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PROGRAMA DE MONITORAMENTO DO LENÇOL FREÁTICO ETAPA 3: RESULTADOS ANALITICOS UHE TIBAGI MONTANTE TIBAGI - PR JUNHO DE 2019 Data: 10/06/2019 Elaborado por: Osmair Ferreira N° Relatório: 01 Revisado: Anielli Cruz N° da Revisão: Rev00 Autorizado: Nelson Castro

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PROGRAMA DE MONITORAMENTO DO LENÇOL

FREÁTICO – ETAPA 3: RESULTADOS ANALITICOS

UHE TIBAGI MONTANTE

TIBAGI - PR

JUNHO DE 2019

Data: 10/06/2019 Elaborado por: Osmair Ferreira

N° Relatório: 01 Revisado: Anielli Cruz

N° da Revisão: Rev00 Autorizado: Nelson Castro

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 6

2 LOCALIZAÇÃO ................................................................................................................ 9

3 CONTEXTO HIDROGEOLÓGICO .................................................................................... 11

4 SONDAGEM E INSTALAÇÃO DE POÇOS DE MONITORAMENTO .................................. 17

4.1 Hidrogeologia Local .................................................................................................. 17

4.2 Procedimentos de sondagem e instalação dos poços.............................................. 24

4.3 Desenvolvimento do poço e coleta de amostras para análises laboratoriais .......... 36

5 RESULTADOS ANALÍTICOS ........................................................................................... 42

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................. 47

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Localização do empreendimento e principais vias de acesso. ...................... 10

Figura 2 - Unidades Aquíferas da região do empreendimento ...................................... 13

Figura 3 - Afloramento na BR-153, evidenciando o perfil de alteração na porção

solo/rocha, a oeste do empreendimento. ..................................................................... 15

Figura 4 - Afloramento de arenito na BR-153 a sudoeste do empreendimento ........... 15

Figura 5 - Afloramento de arenito na BR-153, KM 242, a sudoeste do empreendimento,

onde é possível notar a presença de uma camada silto-arenosa branca no

empilhamento, semelhante à atravessada nas perfurações realizadas na área. .......... 16

Figura 6 - Vista de trado com material da zona saturada do PM-01, durante a sondagem

........................................................................................................................................ 18

Figura 7 - Mostra ilustrativa das diferentes camadas argilosas atravessadas durante a

sondagem do PM-01....................................................................................................... 18

Figura 8 - Camada silto argilosa branca atravessada durante a sondagem no PM-02 .. 19

Figura 9 - Fragmentos de arenito recuperados em meio a material de alteração, durante

a sondagem do PM-02. ................................................................................................... 20

Figura 10 - Material recuperado de camada areno-siltosa no PM-02. .......................... 20

Figura 11 - Material de areno argiloso recuperado durante a sondagem do PM-02. Note-

se que o material já apresenta certa umidade ............................................................... 21

Figura 12 – Dados fornecidos pela Tibagi Energia do P-01 da Tecno Poços. Fonte: Tecno

Poços. .............................................................................................................................. 23

Figura 13 - Localização dos pontos de sondagem e instalação dos poços de

monitoramento no terço inferior do reservatório da UHE Tibagi Montante. ............... 26

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Figura 14 - Equipe da Construserv realizando sondagem manual na área do PM-02 –

Fazenda Caverna. ............................................................................................................ 27

Figura 15 - Ponto previamente definido para a instalação do poço PM-01. Note-se a

presença de caminhões, máquinas, evidencias de trânsito intenso, bem como materiais

como madeira e areia depositados nas proximidades. .................................................. 28

Figura 16 - Ponto de instalação do poço PM-01. Note-se a proximidade com o lavador

de veículos do canteiro de obras, evidenciando a manutenção da proximidade com a

atividade antrópica atual, que se pretendia abranger. .................................................. 29

Figura 17 - Inicio da perfuração do PM-02, com a utilização de cavadeira manual. Em

destaque, no canto superior esquerdo, o furo resultante. Note-se já na porção superior

do furo, a presença de fragmentos de arenito amarelado. ........................................... 30

Figura 18 - Membro da equipe tentando o avanço do furo de sondagem, com a

ferramenta de corte sobre camada impenetrável ao trado manual, que é visto no

extremo superior esquerdo da foto. .............................................................................. 31

Figura 19 - Vista da parte inferior do poço, no ato do fechamento do fundo com tampão

roscavel. .......................................................................................................................... 32

Figura 20 - Comparação entre os tubos geomecanicos ranhurado e liso utilizados na

instalação dos poços. ...................................................................................................... 33

Figura 21 - Procedimento de introdução de pré-filtro de areia selecionada, no PM-01.

........................................................................................................................................ 34

Figura 22 - Procedimento de introdução da bentonita, no PM-01. ............................... 35

Figura 23 - Vista do PM-01 após o preenchimento do espaço anular superior, com

material local .................................................................................................................. 35

Figura 24 - Vista de tampa do poço PM-02 durante sua instalação. ............................. 36

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Figura 25- Vista de bailer contendo água do PM-01, durante seu desenvolvimento. ... 37

Figura 26 –Medidor multiparâmetros utilizado para analises in loco. .......................... 38

Figura 27 - Momento de coleta de água para análises químicas, utilizando-se bailer

descartável de polietileno. ............................................................................................. 39

Figura 28 - Vista da tela de resultados da sonda multiparametros ............................... 40

Figura 29 - Vista das amostras acondicionadas em caixa de isopor com gelo químico (em

azul) para envio ao laboratório. ..................................................................................... 41

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LISTA DE TABELAS

Quadro 5-1: Síntese dos parâmetros analisados com respectivos tipos de análise .................36

Quadro 5-2 – Resultados obtidos da amostra do PM-01 localizado na UHE Tibagi

Montante. ....................................................................................................................... 43

Quadro 5-3 Resultados obtidos da amostra do PM-01 localizado na Fazenda Caverna.

........................................................................................................................................ 45

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1 INTRODUÇÃO

O presente relatório é parte integrante do conjunto de produtos gerados em

decorrência do contrato firmado entre as empresas Tibagi Energia e Grupo Construserv,

por meio do qual estas acordaram que a Construserv passaria a atuar em seus

programas ambientais, dentre eles, o Programa de Monitoramento do Lençol Freático,

no qual, seriam necessários levantamentos de dados secundários e primários que

permitissem, em uma primeira etapa, a definição dos pontos para a instalação de poços

de monitoramento piezométrico e da qualidade da água, no entorno do futuro

reservatório do empreendimento.

Já a segunda e terceira etapas, cujos resultados são apresentados no presente

relatório, corresponderam à execução de sondagens a trado manual no solo, com a

instalação de dois poços de monitoramento das águas subterrâneas, com a coleta de

amostras que foram devidamente acondicionadas, preservadas e encaminhadas a

laboratório especializado para a realização das análises químicas necessárias.

A determinação dos pontos de sondagem foi resultado da somatória dos

esforços amostrais e levantamentos em campo realizados durante a vistoria inicial de

reconhecimento, que permitiu a identificação dos pontos mais adequados para o

estabelecimento do monitoramento da qualidade das águas, bem como as eventuais

variações no nível freático em resposta à implantação do empreendimento.

Adicionalmente, na primeira etapa, ainda foram identificados os pontos passíveis da

ocorrência de contaminação cruzada entre as águas subterrâneas e o futuro

reservatório, por meio de poços preexistentes na área de inundação.

Para a consecução dos objetivos desse programa, o Grupo Construserv teve

como fontes de dados secundários, os registros do Instituto Águas do Paraná, bem como

de poços tubulares profundos existentes na região do empreendimento.

Os dados primários foram obtidos por meio de duas incursões de campo, com

vistas ao reconhecimento do aquífero local, bem como a identificação visual e avaliação

dos pontos pré-estabelecidos para a instalação dos poços de monitoramento, somados

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ao final, aos dados obtidos durante a instalação dos poços de monitoramento, conforme

mencionada.

A localização dos poços de monitoramento instalados, conforme apresentado no

relatório da primeira etapa foi determinada por meio da análise das características

físicas e de uso das terras no entorno, buscando-se cobrir as localidade com maior

potencialidade da identificação de eventual contaminação do lençol freático, ou seja,

locais com maior incidência de atividade antrópica nos históricos de uso passado e,

aptidão futura.

Posteriormente foram executadas as sondagens nos locais pre determinados,

onde os poços de monitoramento se encontram instalados e aptos para a continuidade

do monitoramento piezométrico e da qualidade das águas.

Foram realizadas então, as coletas de amostras de águas subterrâneas através

dos dois poços de monitoramento instalados, as quais foram submetidas a

procedimentos analíticos in loco, por meio de sonda multiparametro

Aquameter/AquaRead e, em laboratório, pela Interpartner Laboratórios Ponta Grossa –

PR.

Nesse contexto, a seguir são apresentados de forma cumulativa, os resultados

da primeira, segunda e terceira etapas dos estudos, culminando na exposição e

discussão dos resultados analíticos obtidos, bem como a caracaterização da qualidade

da água alí existente na fase pré-reservatório da UHE Tibagi Montante e,

consequentemente servir como ponto de comparação para conjuntos de dados

futuramente obtidos no monitoramento que se seguirá conforme preconizado.

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2 LOCALIZAÇÃO

O aproveitamento hidrelétrico UHE Tibagi Montante, está localizado na porção

centro-leste do estado do Paraná, a aproximadamente 150 km da capital Curitiba, na

região dos municípios de Telêmaco Borba, Castro, Carambei e Ponta Grossa, que fica a

60km a sudeste de Tibagi.

As principais vias de acesso que servem a região são a Rodovia BR-153 e a PR-

340, que atravessa o município de Tibagi em sentido Noroeste-Sudeste até passar sobre

o rio Tibagi.

Por sua vez, a UHE Tibagi Montante está situada no entorno das coordenadas

geográficas 50° 25´ 23” W e 24° 32’ 03” S, a sudoeste da cidade de Tibagi, com acesso

pela Rua Cel. Espirito Santo.

A Figura 1, a seguir, mostra a localização da UHE Tibagi Montante, em relação às

cidades e rodovias de acesso vizinhos.

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Figura 1 – Localização do empreendimento e principais vias de acesso.

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3 CONTEXTO HIDROGEOLÓGICO

A UHE Tibagi Montante está localizada na porção Centro-Norte do estado do

Paraná, no município de Tibagi, que se localiza na porção marginal leste da Bacia

Sedimentar do Paraná, em domínios Faixa Móvel Ribeira, sobre o Segundo Planalto

Paranaense, no reverso da Escarpa Devoniana.

Essa bacia sedimentar, se caracteriza por ser uma bacia de rochas fanerozóicas,

intracratônica, desenvolvida sobre crosta continental.

Tibagi está situada na Faixa Móvel Ribeira, atingida pela Zona de Falha Curitiba

Maringá. Essa unidade tectônica se encontra exposta ao longo da faixa ENE-WSW e

compreende o cinturão dobrado Apiaí, composto por rochas Vulcano sedimentares de

médio e baixo graus, intrudido por granitos sin e pós-tectônicos do ciclo Brasiliano

(Hasui et al., 1975) que cavalgaram na direção SE sobre a microplaca de Curitiba (Basei,

1985).

Esse ambiente geológico deu suporte à formação do sistema aquífero Paleozóico

Inferior, no qual, de acordo com a SUDERHSA, 2007, está inserido o município de Tibagi,

bem como a UHE Tibagi Montante, conforme pode ser observado na Figura 2, a seguir.

Conforme levantado junto ao AGUASPARANÁ, o Sistema Aquífero Paleozóico

Inferior, compreende litologias dos Grupos Castro e Paraná (Formações Furnas e Ponta

Grossa), abrangendo uma área de aproximadamente 7.150 km², representadas

principalmente por siltitos, folhelhos e arenitos, estes últimos da Formação Furnas e que

representam o maior potencial aquífero da área.

Conforme o instituto, admite-se um potencial hidrogeológico de 3,6 L/s/ km²

para este sistema aquífero.

O AGUASPARANA atribui tais conclusões aos dados oriundos de cerca de 110

poços tubulares cadastrados no Banco de Dados Hidrogeológicos da SUDERHSA, os quais

apresentam profundidade média 202 metros e vazão média de 20 m³/hora.

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Em termos de qualidade, o Instituto classifica as águas subterrâneas do sistema

aquífero Paleozóico Inferior como sendo Bicarbonatadas Sódicas, apresentando média

de 177 ppm (mg/L) de Sólidos Totais Dissolvidos, com base em sua distribuição iônica

média. Em situações em que predominam contribuições da Formação Ponta Grossa,

afirma ainda que essas águas podem apresentar conteúdo maior de íon Sulfato.

A Formação Furnas, com uma espessura da ordem de 300 m, é constituída de

arenitos com granulação média a grosseira e matríz caulinítica; secundariamente,

ocorrem arenitos conglomeráticos, arenitos finos e síltico-argilosos (Schneider et al.,

1974). Esses arenitos encontram-se tão consolidados que a ocorrência da água

subterrânea está associada mais às estruturas tectônicas do que propriamente à sua

porosidade primária. O índice de precipitação na região é de 1.300 mm/ano e a vazão

média dos poços é da ordem de 11,2 m³/h.

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Figura 2 - Unidades Aquíferas da região do empreendimento

A Formação Ponta Grossa constitui aquífero limitado, dada as características das

rochas, predominantemente representadas por folhelhos de condutividade hidráulica.

Essas rochas ocorrem interdigitadas com os arenitos do aquífero Furnas e, quase

sempre, funcionam como camadas confinantes desse aquífero.

Em termos de distribuição geográfica, a área de ocorrência da Formação Ponta

Grossa, praticamente, coincide com as áreas de ocorrência do aquífero Furnas e, nesses

locais, a vazão média dos poços é de 4,2 m³/h.

As informações apresentadas pelo AGUASPARANÁ, são fontes confiáveis de

dados do aquífero local, as quais foram corroboradas pelos resultados obtidos durante

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a execução das sondagens do solo local, bem como da análise dos registros de

perfuração de um poço tubular profundo, cujos dados foram disponibilizados pela

empresa Concretizar, responsável por sua execução no canteiro de obras da UHE Tibagi

Montante.

Adicionalmente, dois outros poços perfurados pela SANEPAR no entorno do

empreendimento, foram localizados e seus registros consultados, de modo a ser

possível da mesma forma, identificar a ocorrência de arenitos e argilitos em seu perfil

de perfuração.

Para uma maior compreensão, bem como uma visão mais abrangente do perfil

de alteração solo/rocha presentes na área em estudo, uma busca por afloramentos com

exposição completa do maciço foi realizada no entorno imediato, tendo sido

encontrados algumas ocorrências dignas de nota nos cortes realizados para abertura ou

manutenção da BR-153, Rodovia Transbrasiliana, a oeste e sudoeste do

empreendimento, onde é possível identificar tanto a camada mais alterada da rocha,

como aquelas observadas na porção superior dos furos de sondagem executados (Figura

3), quanto a rocha sã das porções inferiores das sondagens (Figuras 4 e 5).

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Figura 3 - Afloramento na BR-153, evidenciando o perfil de alteração na porção solo/rocha, a oeste do

empreendimento.

Figura 4 - Afloramento de arenito na BR-153 a sudoeste do empreendimento

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Figura 5 - Afloramento de arenito na BR-153, KM 242, a sudoeste do empreendimento, onde é possível notar a presença de uma camada silto-arenosa branca no empilhamento, semelhante à atravessada nas perfurações

realizadas na área.

Assim, de posse de maiores detalhes do aquífero presente na área, a equipe do

Grupo Construserv, passou à execução das sondagens para a instalação dos poços de

monitoramento na área, conforme será descrito a seguir.

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4 SONDAGEM E INSTALAÇÃO DE POÇOS DE MONITORAMENTO

4.1 Hidrogeologia Local

Conforme descrito anteriormente, o aquífero local é marcado pelo fluxo de água

subterrânea entre rochas sedimentares da Formação Furnas, marcadas pela ocorrência

de arenitos e argilitos dispostos em camadas centimétricas a decimétricas, com

alternâncias em termos de granulometria.

O perfil atravessado pela sondagem realizada no PM-01, evidenciou um perfil de

alteração marcado por 10 a 15 centímetros de solo argilo-arenoso com matéria

orgânica, correspondente a Horizonte A, sobreposto a um horizonte CR silto-argiloso

com seixos de arredondados sub-centimétricos a centimétricos.

Sotoposto ao horizonte CR, o perfil apresentou uma alternância de camadas

argilosas compactas com cores que variaram do amarelo esbranquiçado ao roxo.

Tal alternância de camadas argilosas foi registrada até a profundidade de 8,8m

quando foi atingida um material mais resistente que, mesmo após seguidas tentativas,

impediu o avanço da sondagem a trado manual.

Dos 8,8m perfurados, ficou caracterizada como Zona Não-Saturada os 6,55m

iniciais, haja vista que a essa profundidade foi atingido o nível freático local, passando

as amostras de solo a ser retiradas já na forma saturada, conforme ilustra a Figura 6.

A Figura 7, apresentada a seguir, ilustra o tipo de material atravessado durante

a sondagem no PM-01.

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Figura 6 - Vista de trado com material da zona saturada do PM-01, durante a sondagem

Figura 7 - Mostra ilustrativa das diferentes camadas argilosas atravessadas durante a sondagem do PM-01

Diferentemente do poço PM-01, no poço PM-02 a perfuração ocorreu em

material estritamente arenoso de coloração predominante amarelada que, à

profundidades próximas a 1m, se encontravam interrompidas por uma lente silto-

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arenosa branca, (Figura 8) semelhante à que foi observada em afloramento no

quilômetro 242 da rodovia Transbrasiliana – BR 153, cuja imagem foi apresentada

anteriormente no presente relatório.

Figura 8 - Camada silto argilosa branca atravessada durante a sondagem no PM-02

À semelhança do PM-01, a camada de horizonte A do solo local, apresentava

espessura variada entre 10 e 15 cm, correspondente a um material silto arenoso com

matéria orgânica e fragmentos amarelados de arenito, que também foram identificados

na forma de camadas nas porções mais inferiores do perfil. Esses arenitos são ilustrados

na Figura 9, a seguir.

Intercalando com essas camadas, a sondagem alcançou um arenito siltoso de

coloração marrom clara/esbranquiçada, cuja recuperação ocorria sob forma de

desagregado em pó, conforme ilustra a Figura 10.

Por fim, ao atingir uma camada areno-siltosa, por volta dos 3,10m de amarelo-

esbranquiçado de granulometria muito fina a fina, areno argiloso, foi observado o início

do vertimento de água entre os sedimentos, caracterizando o início da zona saturada.

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Figura 9 - Fragmentos de arenito recuperados em meio a material de alteração, durante a sondagem do PM-02.

Figura 10 - Material recuperado de camada areno-siltosa no PM-02.

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Figura 11 - Material de areno argiloso recuperado durante a sondagem do PM-02. Note-se que o material já

apresenta certa umidade

Com base no observado durante a perfuração do poço PM-02, foi possível

correlacionar sua litologia com aquela registrada pela empresa Concretizar no poço P-

01, executado por sua equipe nas proximidades do barramento da UHE Tibagi.

O relatório construtivo do referido poço, descreve, e mostra evidencias de que

em praticamente toda sua extensão, que é de 282,7m, corresponde a arenitos. No perfil

apresentado, apenas os 10 primeiros metros e algumas camadas de pouca espessura

correspondem a material siltico ou argiloso, segundo os responsáveis.

Nesse contexto, guardadas as proporções de profundidade e lençóis d´água

atravessados, é possível admitir uma semelhança entre as características físicas do

aquífero, determinadas durante a perfuração do P-01 e aqueles referentes ao PM-01 e

PM-02.

Em decorrência disso, é apresentada a seguir a tabela com as características

físicas do aquífero local, conforme determinada pelos responsáveis pela perfuração e

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instalação do P-01 (Figura 12), nas proximidades do barramento da UHE Tibagi

Montante.

Por outro lado, por ser tratar de poço para abastecimento, as colunas d´agua

exploradas são mais profundas que aquelas monitoradas nos poços PM-01 e PM-02,

portanto, em termos de qualidade da água, devem ser aguardados os resultados

analíticos das amostras coletadas. O Quadro 1, a seguir resume as características

observadas.

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Figura 12 – Dados fornecidos pela Tibagi Energia do P-01 da Tecno Poços. Fonte: Tecno Poços.

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Quadro 1: Síntese dos dados dos Poços Perfurados.

POÇO UTM X UTM Y PROFUNDI

DADE NÍVEL DINÂMICO (PERFURAÇÃO)

NÍVEL ESTÁTICO

(POÇO INSTALADO)

DATA DE COLETA

PM-01 559291.08 mE 7286033.43 mS 9.0 m 6.55 m 6.41 m 30/04/2019

PM-02 559952.47 mE 72830903,74 mS 4.0 m 3.10 m 2.46 m 30/04/2019

4.2 Procedimentos de sondagem e instalação dos poços

Conforme descrito anteriormente, foram instalados na área em estudo, dois

poços de monitoramento piezométrico e da qualidade da água, por meio dos quais, se

objetiva registrar e identificar quaisquer alterações no comportamento freático após o

enchimento do reservatório da UHE Tibagi Montante.

Em seguida ao reconhecimento geológico/hidrogeológico do entorno, bem

como da avaliação do uso das terras locais, especialmente a varredura total das áreas

em busca de indícios de pontos com atividades potencialmente contaminantes, foram

selecionados pelo geólogo responsável em campo os 2 (dois) locais mais significativos

para a realização do monitoramento, sendo a distribuição de sua localização

apresentada na Figura 13.

Nesse contexto no presente estudo, o modelo distributivo dos pontos de

tradagem e coleta de amostras foi realizado com a aplicação de uma malha direcionada

- aquela na qual os furos de sondagem são executados de acordo com o conhecimento

das informações já obtidas a respeito das fontes potenciais, vias de disseminação de

contaminantes e/ou indícios observados em campo. Esta opção de modelo distributivo

segue a norma ISO/DIS 10381-1, que trata da distribuição de pontos de amostragem de

solo, não representando, portanto, uma simples alocação de pontos de monitoramento,

mas sim, sua definição com base nos usos pretéritos e futuros dos locais

A execução das sondagens seguiu as normas ABNT/NBR 13.895 – Construção de

poços de monitoramento e amostragem e ABNT/NBR 7250 - Identificação e Descrição

de Amostras de Solos Obtidas em Sondagens de Simples Reconhecimento dos Solos,

ABNT/NBR 9603/86 - Sondagens a Trado e, ABNT/NBR 15.492/2007 – Sondagem de

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reconhecimento para fins de qualidade ambiental, tendo sido realizada pela equipe

técnica do Grupo Construserv, utilizando-se trado manual de caneco com 4 polegadas

de diâmetro, manuseado por 1 sondador e 2 auxiliares de sondagem (Figura 14), sob a

supervisão constante do geólogo responsável em campo.

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Figura 13 - Localização dos pontos de sondagem e instalação dos poços de monitoramento no terço inferior do reservatório da UHE Tibagi Montante.

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Figura 14 - Equipe da Construserv realizando sondagem manual na área do PM-02 – Fazenda Caverna.

Após a identificação da localidade onde se pretendia instalar os poços de

monitoramento, na primeira etapa do presente estudo, no ato da mobilização de equipe

e equipamentos para a execução dos serviços, uma nova análise mais detalhada foi

realizada, a esse momento com vistas à localização definitiva frente à futura superfície

d´água do reservatório a ser implantado, bem como à garantia da exequibilidade do

monitoramento pretendido, findadas as obras e estabelecido o novo uso das terras.

Nesse contexto, a localização previamente estabelecida para a implantação do

poço de monitoramento PM-01, nas proximidades do atual canteiro de obras e futura

área de lazer do reservatório, necessitou ser alterada em algumas dezenas de metros,

sob pena de não ser possível sua continuidade na localização predeterminada, haja vista

a grande movimentação de máquinas, materiais e equipamentos pelo local, fato que

colocaria em risco a integridade do poço, possivelmente levando à necessidade de

relocação futura.

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As Figuras 15 e 16, a seguir, mostram o local onde se pretendia inicialmente

executar a sondagem e, aquele para o qual, foi realocado o furo, também nas

proximidades do canteiro de obras e futura área de lazer.

O número de poços de monitoramento instalados no site, foi definido segundo a

análise do modelo conceitual e as leituras de concentração de vapores orgânicos

voláteis (VOC) no solo, conforme orienta o Manual de Gerenciamento de Áreas

Contaminadas da CETESB e sua profundidade alcançou 2 (dois) metros abaixo do nível

freático.

Figura 15 - Ponto previamente definido para a instalação do poço PM-01. Note-se a presença de caminhões,

máquinas, evidencias de trânsito intenso, bem como materiais como madeira e areia depositados nas proximidades.

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Figura 16 - Ponto de instalação do poço PM-01. Note-se a proximidade com o lavador de veículos do canteiro de obras, evidenciando a manutenção da proximidade com a atividade antrópica atual, que se pretendia abranger.

Os poços de monitoramento foram construídos de acordo com as normas

ABNT/NBR já mencionadas, tendo sido executados com trado manual de 4 polegadas de

diâmetro, montado sobre hastes metálicas e suportadas por estrutura do tipo tripé.

Porém, para o início das perfurações, foi utilizada uma cavadeira manual – boca

de lobo, a qual permitia o acesso direto às camadas superiores do solo. Essa atividade é

ilustrada a seguir na Figura 17.

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Figura 17 - Inicio da perfuração do PM-02, com a utilização de cavadeira manual. Em destaque, no canto superior

esquerdo, o furo resultante. Note-se já na porção superior do furo, a presença de fragmentos de arenito amarelado.

Conforme destacado anteriormente, localmente os furos iniciados não

conseguem alcançar a zona saturada e, consequentemente não permitem a instalação

dos poços de monitoramento para os fins que se objetiva. No caso do presente estudo,

essa realidade foi observada na região em que se instalou o PM-02.

Naquela localidade, identificada como Fazenda Caverna, para que o poço de

monitoramento pudesse ser instalado, foi necessário o deslocamento da sondagem por

4 vezes consecutivas, sendo que em todas as tentativas, o trado atingia uma camada de

rocha sedimentar do tipo arenito, muito dura, incapaz de ser penetrada pelo trado

manual, antes que fosse atingido o nível freático, mesmo com a utilização de ferramenta

de rompimento, conforme ilustra a Figura 18.

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Figura 18 - Membro da equipe tentando o avanço do furo de sondagem, com a ferramenta de corte sobre camada

impenetrável ao trado manual, que é visto no extremo superior esquerdo da foto.

Porém, na quinta tentativa, ainda na mesma localidade, a camada impenetrável

superficial, que ocorre a profundidades entre 1,15m e 2,3 m foi desviada e o nível

freático atingido.

Ressalta-se, porém, que ainda assim, outra camada impenetrável foi atingida

durante a perfuração, por volta dos 4m, mas, nesse caso, já com uma coluna d’água

suficiente para que fossem atendidos os objetivos e, portanto, o poço foi instalado com

sucesso.

Os poços de monitoramento PM-01 e PM-02 foram construídos utilizando-se

tubos geomecânicos de 2 polegadas de diâmetro, sendo o trecho final - mais profundo,

correspondendo respectivamente a 4m e 3 metros de extensão, foi constituído por tubo

ranhurado denominado de filtro, fechado com tampão de PVC em sua extremidade

inferior, conforme ilustra a Figura 19.

A parte superior do tubo de revestimento foi fechada hermeticamente com a

utilização de “caps” de pressão de plástico.

Os filtros utilizados, conforme mencionado, são tubos geomecânicos com

ranhuras vazadas, com aberturas de cerca de 0,2mm e espaçamento de

aproximadamente 1cm. Os filtros foram instalados com 4m e 3m de comprimento,

sendo 1m acima do nível d’água e 2m abaixo, de modo a possibilitar a coleta mesmo

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com a variação sazonal do nível d’água. A tubulação acima do filtro é construída com

mesmo material, porém, sem as ranhuras para entrada d´água, conforme mostra a

Figura 20.

Figura 19 - Vista da parte inferior do poço, no ato do fechamento do fundo com tampão roscavel.

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Figura 20 - Comparação entre os tubos geomecanicos ranhurado e liso utilizados na instalação dos poços.

O espaço anular entre o filtro e a parede de solo perfurado foi preenchido com

um pré-filtro a 1m acima do final superior do filtro no PM-01 e, 0,6m no PM-02, devido

sua profundidade baixa. A composição do pré-filtro utilizado foi de areia grossa lavada

e selecionada com granulação entre 1 e 2mm, conforme mostra a Figura 21.

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Figura 21 - Procedimento de introdução de pré-filtro de areia selecionada, no PM-01.

Acima do pré-filtro foi executado um selo de bentonita (Figura 22), de no mínimo

50 cm de altura, com a função de vedar o espaço anular em torno do tubo de

revestimento, evitando contaminação do poço por líquidos percolados pelo espaço

anular.

O espaço anular entre a parede de perfuração e o tubo de revestimento foi

preenchido com o solo de escavação até próximo ao nível da superfície do terreno –

Figura 23.

Para proteção do tubo de revestimento que sobressai cerca de 15cm ao nível do

terreno, foi instalado uma tampa de proteção de alumínio, modelo denominado

“câmara de calçada, que permite o acabamento do furo. O tipo de tampa utilizada

possui fechamento hermético com abertura através de chave especial com formato

triangular em baixo relevo, conforme mostra a Figura 24.

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Figura 22 - Procedimento de introdução da bentonita, no PM-01.

Figura 23 - Vista do PM-01 após o preenchimento do espaço anular superior, com material local

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Figura 24 - Vista de tampa do poço PM-02 durante sua instalação.

Conforme pode ser observado na figura anterior, ao redor da tampa de proteção

e no espaço interno, foi concluída a proteção sanitária do poço por meio de laje de

concreto.

4.3 Desenvolvimento do poço e coleta de amostras para análises

laboratoriais

Após a instalação dos poços de monitoramento PM-01 e PM-02, foi realizada a

operação para seu desenvolvimento e limpeza.

Tal atividade consiste em remover toda a água armazenada no interior do poço,

agitada e suja durante a perfuração e instalação. O desenvolvimento dos poços foi

realizado em concordância com as normas técnicas vigentes, tendo sido utilizado bailer

descartáveis de polietileno suportado por corda de nylon (Figura 25), ambas virgens,

considerando-se um conjunto para cada poço.

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Figura 25- Vista de bailer contendo água do PM-01, durante seu desenvolvimento.

Para a determinação do momento em que a água contida nos poços pudesse ser

considerada limpa, os parâmetros de turbidez e pH foram monitorados durante a

remoção da água, até sua estabilização (Figura 26).

O desenvolvimento dos poços visa o reestabelecimento do o fluxo natural do

aquífero para o pré-enchimento e recuperação do nível do poço, de modo que a coleta

represente uma água com qualidade mais próxima à encontrada em condições normais

no aquífero, diminuindo a possibilidade de interferências decorrentes da execução das

sondagens, nos resultados das análises químicas.

Após um período mínimo de 24 horas, no dia 30 de abril de 2019, a coleta de

água subterrânea foi realizada pelo geólogo de campo, utilizando a frascaria adequada

e os conservantes necessários, ambos fornecidos pela empresa ISG Interpartner

Laboratórios, para onde foram encaminhadas para análises químicas. A cadeia de

custódia de amostras apresentada no Anexo 1 desse relatório.

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Os procedimentos de coleta foram realizados com a utilização de bailer descartável

de polietileno (Figura 27), suportado por corda de nylon virgem. Durante a amostragem

foram medidos em campo (Figura 26, apresentada anteriormente) os seguintes

parâmetros:

➢ Temperatura;

➢ pH;

➢ Oxigênio Dissolvido;

➢ Turbidez e,

➢ Condutividade

Figura 26 –Medidor multiparâmetros utilizado para analises in loco.

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Figura 27 - Momento de coleta de água para análises químicas, utilizando-se bailer descartável de polietileno.

Conforme mencionado, alguns parâmetros eram medidos em campo durante a

coleta das amostras, com auxílio de uma sonda multiparâmetros. O acompanhamento

dos valores resultantes dessa análise, eram acompanhados diretamente pelo

responsável da coleta, diretamente no display do coletor, conforme ilustra a Figura 28.

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Figura 28 - Vista da tela de resultados da sonda multiparametros

Após suas coletas, as amostras foram acondicionadas nos devidos frascos e,

estes em uma caixa de isopor (Figura 29) preservada com gelo químico e encaminhadas

ao laboratório.

O transporte das amostras foi realizado imediatamente após as coletas até o

laboratório contratado, onde foi recebido em poucas horas.

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Figura 29 - Vista das amostras acondicionadas em caixa de isopor com gelo químico (em azul) para envio ao

laboratório.

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5 RESULTADOS ANALÍTICOS

Conforme mencionado anteriormente, as amostras de água subterrânea

coletadas nos poços PM-01 e PM-02 na área das margens do futuro reservatório da UHe

Tibagi Montante foram acondicionadas nos frascos apropriados considerando cada

parâmetro a ser analisado em laboratório, bem como receberam as devidas

preservações, quando necessárias, ressaltando-se que toda a frascaria e preservantes

utilizados foram disponibilizados pelo laboratório Interpartner de Ponta Grossa- PR,

estando prontos para uso ao chegar ao local das coletas. Coube, portanto, à equipe do

Grupo Construserv, apenas o acondicionamento dos frascos na caixa térmica para

transporte e a introdução de frasco de gelo para a manutenção da temperatura interna.

Devidamente preservadas e acondicionadas, as amostras seguiram para o

laboratório citado, onde foram recebidas no dia 30/04/2019, portanto atendendo às

exigências de tempo mínimo para monitoramento antes do início do enchimento do

reservatório, conforme pode ser observado no ANEXO 1, desse relatório, que traz a

cópia da Cadeia de Custódia de amostras.

Em termos de procedimentos de coleta e analises, as amostras foram coletadas

em consonância com o preconizado no Artigo 17 da Resolução CONAMA 396/2008,

sendo submetidas ainda em campo a análises com uso de sonda multiparâmetros

Aquameter/AquaRead antes de seguiram para as análises laboratoriais em pauta. Tendo

havido dois métodos de analises distintas nas amostras coletadas – in loco e

laboratoriais, a seguir será apresentado no quadro 5-1, a lista de parâmetros analisados

e o tipo de análise realizada.

Quadro 5-1: Síntese dos parâmetros analisados com respectivos tipos de análise

PARÂMETRO ANALISADO TIPO DE ANÁLISE

Temperatura da água Sonda Multiparâmetro

Oxigênio dissolvido Sonda Multiparâmetro

Condutividade elétrica Sonda Multiparâmetro

pH Sonda Multiparâmetro

Turbidez Sonda Multiparâmetro

Alcalinidade total Laboratorial

Fósforo total dissolvido Laboratorial

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Ortofosfato Laboratorial

Nitrato Laboratorial

DBO e DQO Laboratorial

Cálcio, dureza e cloretos Laboratorial

Bicarbonato e hidróxidos Laboratorial

Sólidos Totais Laboratorial

Ferro e manganês, e Laboratorial

Coliformes totais e fecais. Laboratorial

A definição dos parâmetros analisados atendeu o preconizado no termo de

referência do solicitante, elaborado em consonância com o PBA do empreendimento e

com a Resolução CONAMA 396/2008. Por outro lado, cabe destaque o fato de que no

Anexo I dessa resolução, onde são apresentados os valores orientadores para a análise

dos resultados obtidos, não são definidos os VMP – Valores Máximos Permitidos, para

alguns dos parâmetros analisados.

Nesse contexto, quando não existentes os VMP para determinados parâmetros

na Resolução CONAMA 396/2008, buscou-se a análise comparativa com base na

Resolução CONAMA 357/2005 para águas doces.

Os Quadros 5-2 e 5-3, a seguir, apresentam os resultados analítico obtidos nas

amostras coletadas, ressaltando-se que tais valores representam as condições

observadas em campo no dia 30/04/2019, quando as amostras foram coletadas. As

datas de analise apresentadas no Quadro, se referem apenas à data de conclusão da

análise e não à sua coleta.

Quadro 5-2 – Resultados obtidos da amostra do PM-01 localizado na UHE Tibagi Montante.

PM - 01 UHE Tibagi Montante

Método Parâmetro Resultado

Valor Máximo

Permitido (VMP)

Limite de Detecção

(LD)

Limite de Quantificação

(LQ)

Unidade Medida

Data da Análise

AEF-IT-50.001 Alcalinidade Total 9,06 - - mg/L CaCO3 06/05/2019

AEF-IT-50.026 Bicarbonatos 11 - - mg/L HCO3 06/05/2019

AEF-IT-50.024 Cálcio Total 1,55 - - mg/L Ca 07/05/2019

AEF-IT-50.028 Cloreto <1,34 250 0,33 1,34 mg/L Cl 06/05/2019

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AEF-IT-50.002 Condutividade 88,6 - - μS/cm 06/05/2019

AEF-IT-50.012 DBO 5,6 - - mg/L O2 02/05/2019

AEF-IT-50.011 DQO 24,91 - - mg/L O2 06/05/2019

AEF-IT-50.003 Dureza Total 4,38 500 - - mg/L CaCO3 06/05/2019

AEF-IT-50.005 Ferro Total 0,02 0,3 - - mg/L Fe 06/05/2019

AEF-IT-50.017 Fosfato Orto <0,01 - - mg/L P 06/05/2019

AEF-IT-50.017 Fosfato Total <0,01 - - mg/L P 07/05/2019

AEF-IT-50.023 Hidróxido 0 - - mg/L OH 06/05/2019

AEF-IT-50.025 Manganês Total 0,01 0,1 - - mg/L Mn 06/05/2019

AEF-IT-50.007 Nitrato 0,1 10 - - mg/L N 03/05/2019

AEF-IT-50.001 Ph 6,26 6,00 - 9,50 2,00 - 13,0 2,00 - 13,0 N.A. 06/05/2019

AEF-IT-50.022 Oxigênio Dissolvido 9,04 - - mg/L O2 30/04/2019

AEF-IT-50.014 Sólidos Totais à 103°C 50,6 - - mg/L 07/05/2019

AEF-IT-50.042 Temperatura 20,7 40 - - ºC 30/04/2019

AEF-IT-50.010 Turbidez 1832 5 0,1 0,1 uT 06/05/2019

AEF-IT-50.019 Coliformes Fecais 1 < 1 < 1 < 1 NMP/100mL 30/04/2019

AEF-IT-50.019 Coliformes Totais >2419,6 < 1 < 1 < 1 NMP/100mL 30/04/2019

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Quadro 5-3 Resultados obtidos da amostra do PM-01 localizado na Fazenda Caverna.

PM - 02 Fazenda Caverna

Método Parâmetro Resultado

Valor Máximo

Permitido (VMP)

Limite de Detecção

(LD)

Limite de Quantificação

(LQ)

Unidade Medida

Data da Análise

AEF-IT-50.001 Alcalinidade Total 29,2 - - mg/L CaCO3 06/05/2019

AEF-IT-50.026 Bicarbonatos 35,6 - - mg/L HCO3 06/05/2019

AEF-IT-50.024 Cálcio Total 8 - - mg/L Ca 07/05/2019

AEF-IT-50.028 Cloreto 22,2 250 0,33 1,34 mg/L Cl 06/05/2019

AEF-IT-50.002 Condutividade 929 - - μS/cm 06/05/2019

AEF-IT-50.012 DBO 11,95 - - mg/L O2 02/05/2019

AEF-IT-50.011 DQO 100,78 - - mg/L O2 06/05/2019

AEF-IT-50.003 Dureza Total 25,8 500 - - mg/L CaCO3 06/05/2019

AEF-IT-50.005 Ferro Total 0,15 0,3 - - mg/L Fe 06/05/2019

AEF-IT-50.017 Fosfato Orto <0,01 - - mg/L P 06/05/2019

AEF-IT-50.017 Fosfato Total <0,01 - - mg/L P 07/05/2019

AEF-IT-50.023 Hidróxido 0 - - mg/L OH 06/05/2019

AEF-IT-50.025 Manganês Total 0,32 0,1 - - mg/L Mn 06/05/2019

AEF-IT-50.007 Nitrato 0,5 10 - - mg/L N 03/05/2019

AEF-IT-50.001 Ph 6,48 6,00 - 9,50 2,00 - 13,0 2,00 - 13,0 N.A. 06/05/2019

AEF-IT-50.022 Oxigênio Dissolvido 5,64 - - mg/L O2 30/04/2019

AEF-IT-50.014 Sólidos Totais à 103°C 5065 - - mg/L 07/05/2019

AEF-IT-50.042 Temperatura 21,3 40 - - ºC 30/04/2019

AEF-IT-50.010 Turbidez 4840 5 0,1 0,1 uT 06/05/2019

AEF-IT-50.019 Coliformes Fecais 178,2 < 1 < 1 < 1 NMP/100mL 30/04/2019

AEF-IT-50.019 Coliformes Totais > 2419 < 1 < 1 < 1 NMP/100mL 30/04/2019

Com a análise dos resultados apresentados fica evidente que nas amostras, os

parâmetros analisados NÃO atendem em sua totalidade os valores máximos permitidos

mais restritivos, que se referem aos padrões de consumo humano e, portanto NÃO se

pode enquadrar nas classes 1 e 3. Da mesma forma, embora alguns parâmetros, como

Manganês Total se refiram a condições naturais resultantes da geoquímica regional,

outros, como Coliformes fecais ou termotolerantes são de origem externa, portanto,

não é aplicável a exceção relacionada à origem da concentração, quando natural.

Nesse contexto, com base na Resolução CONAMA 396/2008, as amostras

coletadas podem ser enquadradas na Classe 2, haja vista que a maior parte dos

parâmetros analisados atende aos VMP mais restritivos, relativos ao consumo Humano,

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porém, a presença de Coliformes Fecais ou Termotolerantes está registrada com maior

concentração no PM-02 com NMP de 178, 2 em 100 ml de água e, portanto, atendendo

somente os VMP para dessedentação de animais e recreação.

Da mesma forma, os parâmetros Turbidez e DBO excederam seus VMP e devem

ser acompanhados nas demais amostragens durante o monitoramento em tela.

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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com base no exposto nos itens anteriores, fica evidenciado que a área da UHE

Tibagi e seu reservatório estão assentados sobre aquífero sedimentar, com

predominância de rochas areníticas, que, por vezes cede espaço a camadas de caráter

mais argiloso, que pode ser responsável pela ocorrência de diferentes colunas d´água

distribuídas a diferentes profundidades em seu subsolo.

Dadas as características observadas durante as perfurações realizadas no local,

bem como no levantamento geológico do entorno e a análise de dados referentes a

poços tubulares profundos perfurados por terceiros na região, foi possível confirmar as

referências técnicas, que incluem a área de inserção da UHE Tibagi Montante no âmbito

do Sistema Aquífero Paleozóico Inferior, o qual é representado no local por rochas da

Formação Furnas, cuja espessura nas proximidades do barramento da usina é de no

mínimo 282,7m, haja vista os dados da sondagem ali executada para instalação de poço

de abastecimento.

Considerando-se que a unidade aquífera é objeto de uma série de estudos e

dados estatísticos e, que os estudos locais corroboraram as informações contidas nos

mapas hidrogeológicos, é possível admitir que as características físicas e de

produtividade hídricas das rochas do local, se enquadram no descrito para a unidade.

Por outro lado, são apresentados também dados específicos das rochas locais, obtidos

por meio de observações diretas e ensaios realizados.

Com relação à qualidade das águas, após análise dos resultados, foi possível

identificar a presença de coliformes fecais ou termotolerantes nas amostras coletadas,

que não permitem o atendimento aos padrões para consumo humano. Da mesma

forma, os parâmetros DQO e Turbidez apresentaram concentrações elevadas e devem

ser acompanhados nas demais etapas do monitoramento, para maior detalhamento.

Ressalta-se que em comparação a demais poços, a presença de coliformes na

água, também foi detectada nas análises do poço instalado pela CONCRETIZAR no

barramento da UHE Tibagi Montante, porém, conforme mencionado anteriormente, no

mesmo, as amostras foram coletadas a maiores profundidades, revelando portanto, que

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essa alteração não se trata de uma ocorrência local, mas sim com abrangência regional

e externa às obras.

Em termos de Classificação, nessa primeira análise, sugere-se o enquadramento

do aquífero como Classe 2, conforme Resolução CONAMA 396/2008, ressaltando-se que

trata-se apenas da primeira coleta realizada nos poços instalados e, portanto, não se

possui qualquer possibilidade de análise de frequência de resultados, nem tampouco,

relacionadas à evolução das concentrações.

Por fim, com vistas aos objetivos do presente estudo, considera-se que tanto a

contextualização hidrogeológica local aqui apresentada, como a instalação dos dois

poços de monitoramento instalados, permitirão que os parâmetros estabelecidos, no

caso Piezometria e Qualidade da Água, sejam acompanhados de forma sistêmica, tendo

como parâmetros de comparação, os dados resultantes da atividade que se apresentou.

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ANEXO 1: CADEIA DE CUSTÓDIA DAS AMOSTRAS ENVIADAS AO LABORATÓRIO

ANEXO 2: LAUDO DO LABORATÓRIO INTERPARTNER

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LABORATORIO INTERPARTNER

LAUDO DE ANALISES

Laudo Nº 846/2019

pág.: 1 / 4

Rua Barão Brasílio Machado, nº 25 - Oficinas - Ponta Grossa - Paraná - CEP 84036-570Fone / Fax: (42) 3229-3111 - E-mail: [email protected] - www.interpartnerpg.com.br

REGISTRO CRQ/PR Nº 01663 - REGISTRO MAPA Nº PR 05761-4 - IAP - CCL074

DADOS DO CLIENTE

Nome: UHE Tibagi Montante

Endereço: -

Município: Tibagi - PR Estado: Paraná

IDENTIFICAÇÃO DA AMOSTRA

Identificação: PM-01 TIBAGI MONTANTE Temperatura: NÃO INFORMADO

Procedência: TIBAGI - PR C. Climáticas: SOL

Número da Amostra: 821 Nº do Cliente: 5114

Data da Coleta: 30/04/2019 Horário Coleta: 12:26

Entrada no laboratório: 30/04/2019 Horário da entrada: 16:30

Nome do amostrador: CLIENTE (MARCELO)

Observação:  

RESULTADOS

MÉTODO PARÂMETRO RESULTADOVALOR MÁXIMO

PERMITIDO (VMP) 1LIMITE DE

DETECÇÃO (LD)

LIMITE DEQUANTIFICAÇÃO

(LQ)UNIDADE MEDIDA

DATAANÁLISE

AEF-IT-50.001 Alcalinidade Total 9,06 Não Consta -- -- mg/L CaCO3 06/05/2019

AEF-IT-50.026 Bicarbonatos 11,0 Não Consta -- -- mg/L HCO3 06/05/2019

AEF-IT-50.024 Cálcio Total 1,55 Não Consta -- -- mg/L Ca 07/05/2019

AEF-IT-50.028 Cloreto <1,34 250,0 0,33 1,34 mg/L Cl 06/05/2019

AEF-IT-50.002 Condutividade 88,6 Não Consta -- -- µS/cm 06/05/2019

AEF-IT-50.012 DBO 5,6 Não Consta -- -- mg/L O2 02/05/2019

AEF-IT-50.011 DQO 24,91 Não Consta -- -- mg/L O2 06/05/2019

AEF-IT-50.003 Dureza Total 4,38 500,0 -- -- mg/L CaCO3 06/05/2019

AEF-IT-50.005 Ferro Total 0,02 0,30 -- -- mg/L Fe 06/05/2019

AEF-IT-50.017 Fosfato Orto <0,01 Não Consta -- -- mg/L P 06/05/2019

AEF-IT-50.017 Fósforo Total <0,01 Não Consta -- -- mg/L P 07/05/2019

AEF-IT-50.023 Hidróxido 0 Não Consta -- -- mg/L OH 06/05/2019

AEF-IT-50.025 Manganês Total 0,01 0,10 -- -- mg/L Mn 06/05/2019

AEF-IT-50.007 Nitrato 0,10 10,0 -- -- mg/L N 03/05/2019

AEF-IT-50.001 pH 6,26 6,00 - 9,50 2,00 - 13,0 2,00 - 13,0 N.A. 06/05/2019

AEF-IT-50.022 Oxigênio Dissolvido 9,04 Não Consta -- -- mg/L O2 30/04/2019

AEF-IT-50.014 Sólidos Totais á 103°C 5060,0 Não Consta -- -- mg/L 07/05/2019

AEF-IT-50.042 Temperatura 20,7 40,0 -- -- ºC 30/04/2019

AEF-IT-50.010 Turbidez 1832,0 5,00 0,10 0,10 uT 06/05/2019

AEF-IT-50.019 Coliformes Fecais 1,0 < 1 < 1 < 1 NMP/100mL 30/04/2019

AEF-IT-50.019 Coliformes Totais >2419,6 < 1 < 1 < 1 NMP/100mL 30/04/2019

Informações Adicionais:

a) Os resultados deste ensaio se aplicam somente à amostra analisada pelo laboratório não sendo extensiva a outros lotes e produtos.

b) A identificação da amostra está de acordo com o informado pelo cliente na Ficha de Coleta.

c) Este relatório só poderá ser reproduzido de forma integral, na sua totalidade e sem nenhuma alteração.

d) Norma de Refência dos métodos de ensaio - Standard Methods for Examination of Water and Wastewater - 22ª Ed. 2012.

(1) VMP = Valor máximo permitido segundo PRC Nº 5, de 28 de setembro de 2017

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LABORATORIO INTERPARTNER

LAUDO DE ANALISES

Laudo Nº 846/2019

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Rua Barão Brasílio Machado, nº 25 - Oficinas - Ponta Grossa - Paraná - CEP 84036-570Fone / Fax: (42) 3229-3111 - E-mail: [email protected] - www.interpartnerpg.com.br

REGISTRO CRQ/PR Nº 01663 - REGISTRO MAPA Nº PR 05761-4 - IAP - CCL074

Tiago Nunes BillerbeckCRBio - 50721/07-D

Responsável Técnico

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LAUDO DE ANALISES

Laudo Nº 847/2019

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Rua Barão Brasílio Machado, nº 25 - Oficinas - Ponta Grossa - Paraná - CEP 84036-570Fone / Fax: (42) 3229-3111 - E-mail: [email protected] - www.interpartnerpg.com.br

REGISTRO CRQ/PR Nº 01663 - REGISTRO MAPA Nº PR 05761-4 - IAP - CCL074

DADOS DO CLIENTE

Nome: UHE Tibagi Montante

Endereço: -

Município: Tibagi - PR Estado: Paraná

IDENTIFICAÇÃO DA AMOSTRA

Identificação: PM-02 TIBAGI MONTANTE Temperatura: NÃO INFORMADO

Procedência: TIBAGI - PR C. Climáticas: SOL

Número da Amostra: 822 Nº do Cliente: 5114

Data da Coleta: 30/04/2019 Horário Coleta: 13:45

Entrada no laboratório: 30/04/2019 Horário da entrada: 16:30

Nome do amostrador: CLIENTE (MARCELO)

Observação:  

RESULTADOS

MÉTODO PARÂMETRO RESULTADOVALOR MÁXIMO

PERMITIDO (VMP) 1LIMITE DE

DETECÇÃO (LD)

LIMITE DEQUANTIFICAÇÃO

(LQ)UNIDADE MEDIDA

DATAANÁLISE

AEF-IT-50.001 Alcalinidade Total 29,2 Não Consta -- -- mg/L CaCO3 06/05/2019

AEF-IT-50.026 Bicarbonatos 35,6 Não Consta -- -- mg/L HCO3 06/05/2019

AEF-IT-50.024 Cálcio Total 8,00 Não Consta -- -- mg/L Ca 07/05/2019

AEF-IT-50.028 Cloreto 22,2 250,0 0,33 1,34 mg/L Cl 06/05/2019

AEF-IT-50.002 Condutividade 929,0 Não Consta -- -- µS/cm 06/05/2019

AEF-IT-50.012 DBO 11,95 Não Consta -- -- mg/L O2 02/05/2019

AEF-IT-50.011 DQO 100,78 Não Consta -- -- mg/L O2 06/05/2019

AEF-IT-50.003 Dureza Total 25,8 500,0 -- -- mg/L CaCO3 06/05/2019

AEF-IT-50.005 Ferro Total 0,15 0,30 -- -- mg/L Fe 06/05/2019

AEF-IT-50.017 Fosfato Orto <0,01 Não Consta -- -- mg/L P 06/05/2019

AEF-IT-50.017 Fósforo Total <0,01 Não Consta -- -- mg/L P 07/05/2019

AEF-IT-50.023 Hidróxido 0 Não Consta -- -- mg/L OH 06/05/2019

AEF-IT-50.025 Manganês Total 0,32 0,10 -- -- mg/L Mn 06/05/2019

AEF-IT-50.007 Nitrato 0,50 10,0 -- -- mg/L N 03/05/2019

AEF-IT-50.001 pH 6,48 6,00 - 9,50 2,00 - 13,0 2,00 - 13,0 N.A. 06/05/2019

AEF-IT-50.022 Oxigênio Dissolvido 5,64 Não Consta -- -- mg/L O2 30/04/2019

AEF-IT-50.014 Sólidos Totais á 103°C 5065,0 Não Consta -- -- mg/L 07/05/2019

AEF-IT-50.042 Temperatura 21,3 40,0 -- -- ºC 30/04/2019

AEF-IT-50.010 Turbidez 4840,0 5,00 0,10 0,10 uT 06/05/2019

AEF-IT-50.019 Coliformes Fecais 178,2 < 1 < 1 < 1 NMP/100mL 30/04/2019

AEF-IT-50.019 Coliformes Totais >2419,6 < 1 < 1 < 1 NMP/100mL 30/04/2019

Informações Adicionais:

a) Os resultados deste ensaio se aplicam somente à amostra analisada pelo laboratório não sendo extensiva a outros lotes e produtos.

b) A identificação da amostra está de acordo com o informado pelo cliente na Ficha de Coleta.

c) Este relatório só poderá ser reproduzido de forma integral, na sua totalidade e sem nenhuma alteração.

d) Norma de Refência dos métodos de ensaio - Standard Methods for Examination of Water and Wastewater - 22ª Ed. 2012.

(1) VMP = Valor máximo permitido segundo PRC Nº 5, de 28 de setembro de 2017

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