uhe tibagi montante · 2019. 12. 5. · conforme o instituto, admite-se um potencial...
TRANSCRIPT
PROGRAMA DE MONITORAMENTO DO LENÇOL
FREÁTICO – ETAPA 3: RESULTADOS ANALITICOS
UHE TIBAGI MONTANTE
TIBAGI - PR
JUNHO DE 2019
Data: 10/06/2019 Elaborado por: Osmair Ferreira
N° Relatório: 01 Revisado: Anielli Cruz
N° da Revisão: Rev00 Autorizado: Nelson Castro
CONSTRUSERV Serviços Gerais LTDA Programa de Monitoramento do Lençol Freático – UHE TIBAGI MONTANTE/PR
2/49
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 6
2 LOCALIZAÇÃO ................................................................................................................ 9
3 CONTEXTO HIDROGEOLÓGICO .................................................................................... 11
4 SONDAGEM E INSTALAÇÃO DE POÇOS DE MONITORAMENTO .................................. 17
4.1 Hidrogeologia Local .................................................................................................. 17
4.2 Procedimentos de sondagem e instalação dos poços.............................................. 24
4.3 Desenvolvimento do poço e coleta de amostras para análises laboratoriais .......... 36
5 RESULTADOS ANALÍTICOS ........................................................................................... 42
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................. 47
CONSTRUSERV Serviços Gerais LTDA Programa de Monitoramento do Lençol Freático – UHE TIBAGI MONTANTE/PR
3/49
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Localização do empreendimento e principais vias de acesso. ...................... 10
Figura 2 - Unidades Aquíferas da região do empreendimento ...................................... 13
Figura 3 - Afloramento na BR-153, evidenciando o perfil de alteração na porção
solo/rocha, a oeste do empreendimento. ..................................................................... 15
Figura 4 - Afloramento de arenito na BR-153 a sudoeste do empreendimento ........... 15
Figura 5 - Afloramento de arenito na BR-153, KM 242, a sudoeste do empreendimento,
onde é possível notar a presença de uma camada silto-arenosa branca no
empilhamento, semelhante à atravessada nas perfurações realizadas na área. .......... 16
Figura 6 - Vista de trado com material da zona saturada do PM-01, durante a sondagem
........................................................................................................................................ 18
Figura 7 - Mostra ilustrativa das diferentes camadas argilosas atravessadas durante a
sondagem do PM-01....................................................................................................... 18
Figura 8 - Camada silto argilosa branca atravessada durante a sondagem no PM-02 .. 19
Figura 9 - Fragmentos de arenito recuperados em meio a material de alteração, durante
a sondagem do PM-02. ................................................................................................... 20
Figura 10 - Material recuperado de camada areno-siltosa no PM-02. .......................... 20
Figura 11 - Material de areno argiloso recuperado durante a sondagem do PM-02. Note-
se que o material já apresenta certa umidade ............................................................... 21
Figura 12 – Dados fornecidos pela Tibagi Energia do P-01 da Tecno Poços. Fonte: Tecno
Poços. .............................................................................................................................. 23
Figura 13 - Localização dos pontos de sondagem e instalação dos poços de
monitoramento no terço inferior do reservatório da UHE Tibagi Montante. ............... 26
CONSTRUSERV Serviços Gerais LTDA Programa de Monitoramento do Lençol Freático – UHE TIBAGI MONTANTE/PR
4/49
Figura 14 - Equipe da Construserv realizando sondagem manual na área do PM-02 –
Fazenda Caverna. ............................................................................................................ 27
Figura 15 - Ponto previamente definido para a instalação do poço PM-01. Note-se a
presença de caminhões, máquinas, evidencias de trânsito intenso, bem como materiais
como madeira e areia depositados nas proximidades. .................................................. 28
Figura 16 - Ponto de instalação do poço PM-01. Note-se a proximidade com o lavador
de veículos do canteiro de obras, evidenciando a manutenção da proximidade com a
atividade antrópica atual, que se pretendia abranger. .................................................. 29
Figura 17 - Inicio da perfuração do PM-02, com a utilização de cavadeira manual. Em
destaque, no canto superior esquerdo, o furo resultante. Note-se já na porção superior
do furo, a presença de fragmentos de arenito amarelado. ........................................... 30
Figura 18 - Membro da equipe tentando o avanço do furo de sondagem, com a
ferramenta de corte sobre camada impenetrável ao trado manual, que é visto no
extremo superior esquerdo da foto. .............................................................................. 31
Figura 19 - Vista da parte inferior do poço, no ato do fechamento do fundo com tampão
roscavel. .......................................................................................................................... 32
Figura 20 - Comparação entre os tubos geomecanicos ranhurado e liso utilizados na
instalação dos poços. ...................................................................................................... 33
Figura 21 - Procedimento de introdução de pré-filtro de areia selecionada, no PM-01.
........................................................................................................................................ 34
Figura 22 - Procedimento de introdução da bentonita, no PM-01. ............................... 35
Figura 23 - Vista do PM-01 após o preenchimento do espaço anular superior, com
material local .................................................................................................................. 35
Figura 24 - Vista de tampa do poço PM-02 durante sua instalação. ............................. 36
CONSTRUSERV Serviços Gerais LTDA Programa de Monitoramento do Lençol Freático – UHE TIBAGI MONTANTE/PR
5/49
Figura 25- Vista de bailer contendo água do PM-01, durante seu desenvolvimento. ... 37
Figura 26 –Medidor multiparâmetros utilizado para analises in loco. .......................... 38
Figura 27 - Momento de coleta de água para análises químicas, utilizando-se bailer
descartável de polietileno. ............................................................................................. 39
Figura 28 - Vista da tela de resultados da sonda multiparametros ............................... 40
Figura 29 - Vista das amostras acondicionadas em caixa de isopor com gelo químico (em
azul) para envio ao laboratório. ..................................................................................... 41
CONSTRUSERV Serviços Gerais LTDA Programa de Monitoramento do Lençol Freático – UHE TIBAGI MONTANTE/PR
6/49
LISTA DE TABELAS
Quadro 5-1: Síntese dos parâmetros analisados com respectivos tipos de análise .................36
Quadro 5-2 – Resultados obtidos da amostra do PM-01 localizado na UHE Tibagi
Montante. ....................................................................................................................... 43
Quadro 5-3 Resultados obtidos da amostra do PM-01 localizado na Fazenda Caverna.
........................................................................................................................................ 45
CONSTRUSERV Serviços Gerais LTDA Programa de Monitoramento do Lençol Freático – UHE TIBAGI MONTANTE/PR
7/49
1 INTRODUÇÃO
O presente relatório é parte integrante do conjunto de produtos gerados em
decorrência do contrato firmado entre as empresas Tibagi Energia e Grupo Construserv,
por meio do qual estas acordaram que a Construserv passaria a atuar em seus
programas ambientais, dentre eles, o Programa de Monitoramento do Lençol Freático,
no qual, seriam necessários levantamentos de dados secundários e primários que
permitissem, em uma primeira etapa, a definição dos pontos para a instalação de poços
de monitoramento piezométrico e da qualidade da água, no entorno do futuro
reservatório do empreendimento.
Já a segunda e terceira etapas, cujos resultados são apresentados no presente
relatório, corresponderam à execução de sondagens a trado manual no solo, com a
instalação de dois poços de monitoramento das águas subterrâneas, com a coleta de
amostras que foram devidamente acondicionadas, preservadas e encaminhadas a
laboratório especializado para a realização das análises químicas necessárias.
A determinação dos pontos de sondagem foi resultado da somatória dos
esforços amostrais e levantamentos em campo realizados durante a vistoria inicial de
reconhecimento, que permitiu a identificação dos pontos mais adequados para o
estabelecimento do monitoramento da qualidade das águas, bem como as eventuais
variações no nível freático em resposta à implantação do empreendimento.
Adicionalmente, na primeira etapa, ainda foram identificados os pontos passíveis da
ocorrência de contaminação cruzada entre as águas subterrâneas e o futuro
reservatório, por meio de poços preexistentes na área de inundação.
Para a consecução dos objetivos desse programa, o Grupo Construserv teve
como fontes de dados secundários, os registros do Instituto Águas do Paraná, bem como
de poços tubulares profundos existentes na região do empreendimento.
Os dados primários foram obtidos por meio de duas incursões de campo, com
vistas ao reconhecimento do aquífero local, bem como a identificação visual e avaliação
dos pontos pré-estabelecidos para a instalação dos poços de monitoramento, somados
CONSTRUSERV Serviços Gerais LTDA Programa de Monitoramento do Lençol Freático – UHE TIBAGI MONTANTE/PR
8/49
ao final, aos dados obtidos durante a instalação dos poços de monitoramento, conforme
mencionada.
A localização dos poços de monitoramento instalados, conforme apresentado no
relatório da primeira etapa foi determinada por meio da análise das características
físicas e de uso das terras no entorno, buscando-se cobrir as localidade com maior
potencialidade da identificação de eventual contaminação do lençol freático, ou seja,
locais com maior incidência de atividade antrópica nos históricos de uso passado e,
aptidão futura.
Posteriormente foram executadas as sondagens nos locais pre determinados,
onde os poços de monitoramento se encontram instalados e aptos para a continuidade
do monitoramento piezométrico e da qualidade das águas.
Foram realizadas então, as coletas de amostras de águas subterrâneas através
dos dois poços de monitoramento instalados, as quais foram submetidas a
procedimentos analíticos in loco, por meio de sonda multiparametro
Aquameter/AquaRead e, em laboratório, pela Interpartner Laboratórios Ponta Grossa –
PR.
Nesse contexto, a seguir são apresentados de forma cumulativa, os resultados
da primeira, segunda e terceira etapas dos estudos, culminando na exposição e
discussão dos resultados analíticos obtidos, bem como a caracaterização da qualidade
da água alí existente na fase pré-reservatório da UHE Tibagi Montante e,
consequentemente servir como ponto de comparação para conjuntos de dados
futuramente obtidos no monitoramento que se seguirá conforme preconizado.
CONSTRUSERV Serviços Gerais LTDA Programa de Monitoramento do Lençol Freático – UHE TIBAGI MONTANTE/PR
9/49
2 LOCALIZAÇÃO
O aproveitamento hidrelétrico UHE Tibagi Montante, está localizado na porção
centro-leste do estado do Paraná, a aproximadamente 150 km da capital Curitiba, na
região dos municípios de Telêmaco Borba, Castro, Carambei e Ponta Grossa, que fica a
60km a sudeste de Tibagi.
As principais vias de acesso que servem a região são a Rodovia BR-153 e a PR-
340, que atravessa o município de Tibagi em sentido Noroeste-Sudeste até passar sobre
o rio Tibagi.
Por sua vez, a UHE Tibagi Montante está situada no entorno das coordenadas
geográficas 50° 25´ 23” W e 24° 32’ 03” S, a sudoeste da cidade de Tibagi, com acesso
pela Rua Cel. Espirito Santo.
A Figura 1, a seguir, mostra a localização da UHE Tibagi Montante, em relação às
cidades e rodovias de acesso vizinhos.
CONSTRUSERV Serviços Gerais LTDA Programa de Monitoramento do Lençol Freático – UHE TIBAGI MONTANTE/PR
10/49
Figura 1 – Localização do empreendimento e principais vias de acesso.
CONSTRUSERV Serviços Gerais LTDA Programa de Monitoramento do Lençol Freático – UHE TIBAGI MONTANTE/PR
11/49
3 CONTEXTO HIDROGEOLÓGICO
A UHE Tibagi Montante está localizada na porção Centro-Norte do estado do
Paraná, no município de Tibagi, que se localiza na porção marginal leste da Bacia
Sedimentar do Paraná, em domínios Faixa Móvel Ribeira, sobre o Segundo Planalto
Paranaense, no reverso da Escarpa Devoniana.
Essa bacia sedimentar, se caracteriza por ser uma bacia de rochas fanerozóicas,
intracratônica, desenvolvida sobre crosta continental.
Tibagi está situada na Faixa Móvel Ribeira, atingida pela Zona de Falha Curitiba
Maringá. Essa unidade tectônica se encontra exposta ao longo da faixa ENE-WSW e
compreende o cinturão dobrado Apiaí, composto por rochas Vulcano sedimentares de
médio e baixo graus, intrudido por granitos sin e pós-tectônicos do ciclo Brasiliano
(Hasui et al., 1975) que cavalgaram na direção SE sobre a microplaca de Curitiba (Basei,
1985).
Esse ambiente geológico deu suporte à formação do sistema aquífero Paleozóico
Inferior, no qual, de acordo com a SUDERHSA, 2007, está inserido o município de Tibagi,
bem como a UHE Tibagi Montante, conforme pode ser observado na Figura 2, a seguir.
Conforme levantado junto ao AGUASPARANÁ, o Sistema Aquífero Paleozóico
Inferior, compreende litologias dos Grupos Castro e Paraná (Formações Furnas e Ponta
Grossa), abrangendo uma área de aproximadamente 7.150 km², representadas
principalmente por siltitos, folhelhos e arenitos, estes últimos da Formação Furnas e que
representam o maior potencial aquífero da área.
Conforme o instituto, admite-se um potencial hidrogeológico de 3,6 L/s/ km²
para este sistema aquífero.
O AGUASPARANA atribui tais conclusões aos dados oriundos de cerca de 110
poços tubulares cadastrados no Banco de Dados Hidrogeológicos da SUDERHSA, os quais
apresentam profundidade média 202 metros e vazão média de 20 m³/hora.
CONSTRUSERV Serviços Gerais LTDA Programa de Monitoramento do Lençol Freático – UHE TIBAGI MONTANTE/PR
12/49
Em termos de qualidade, o Instituto classifica as águas subterrâneas do sistema
aquífero Paleozóico Inferior como sendo Bicarbonatadas Sódicas, apresentando média
de 177 ppm (mg/L) de Sólidos Totais Dissolvidos, com base em sua distribuição iônica
média. Em situações em que predominam contribuições da Formação Ponta Grossa,
afirma ainda que essas águas podem apresentar conteúdo maior de íon Sulfato.
A Formação Furnas, com uma espessura da ordem de 300 m, é constituída de
arenitos com granulação média a grosseira e matríz caulinítica; secundariamente,
ocorrem arenitos conglomeráticos, arenitos finos e síltico-argilosos (Schneider et al.,
1974). Esses arenitos encontram-se tão consolidados que a ocorrência da água
subterrânea está associada mais às estruturas tectônicas do que propriamente à sua
porosidade primária. O índice de precipitação na região é de 1.300 mm/ano e a vazão
média dos poços é da ordem de 11,2 m³/h.
CONSTRUSERV Serviços Gerais LTDA Programa de Monitoramento do Lençol Freático – UHE TIBAGI MONTANTE/PR
13/49
Figura 2 - Unidades Aquíferas da região do empreendimento
A Formação Ponta Grossa constitui aquífero limitado, dada as características das
rochas, predominantemente representadas por folhelhos de condutividade hidráulica.
Essas rochas ocorrem interdigitadas com os arenitos do aquífero Furnas e, quase
sempre, funcionam como camadas confinantes desse aquífero.
Em termos de distribuição geográfica, a área de ocorrência da Formação Ponta
Grossa, praticamente, coincide com as áreas de ocorrência do aquífero Furnas e, nesses
locais, a vazão média dos poços é de 4,2 m³/h.
As informações apresentadas pelo AGUASPARANÁ, são fontes confiáveis de
dados do aquífero local, as quais foram corroboradas pelos resultados obtidos durante
CONSTRUSERV Serviços Gerais LTDA Programa de Monitoramento do Lençol Freático – UHE TIBAGI MONTANTE/PR
14/49
a execução das sondagens do solo local, bem como da análise dos registros de
perfuração de um poço tubular profundo, cujos dados foram disponibilizados pela
empresa Concretizar, responsável por sua execução no canteiro de obras da UHE Tibagi
Montante.
Adicionalmente, dois outros poços perfurados pela SANEPAR no entorno do
empreendimento, foram localizados e seus registros consultados, de modo a ser
possível da mesma forma, identificar a ocorrência de arenitos e argilitos em seu perfil
de perfuração.
Para uma maior compreensão, bem como uma visão mais abrangente do perfil
de alteração solo/rocha presentes na área em estudo, uma busca por afloramentos com
exposição completa do maciço foi realizada no entorno imediato, tendo sido
encontrados algumas ocorrências dignas de nota nos cortes realizados para abertura ou
manutenção da BR-153, Rodovia Transbrasiliana, a oeste e sudoeste do
empreendimento, onde é possível identificar tanto a camada mais alterada da rocha,
como aquelas observadas na porção superior dos furos de sondagem executados (Figura
3), quanto a rocha sã das porções inferiores das sondagens (Figuras 4 e 5).
CONSTRUSERV Serviços Gerais LTDA Programa de Monitoramento do Lençol Freático – UHE TIBAGI MONTANTE/PR
15/49
Figura 3 - Afloramento na BR-153, evidenciando o perfil de alteração na porção solo/rocha, a oeste do
empreendimento.
Figura 4 - Afloramento de arenito na BR-153 a sudoeste do empreendimento
CONSTRUSERV Serviços Gerais LTDA Programa de Monitoramento do Lençol Freático – UHE TIBAGI MONTANTE/PR
16/49
Figura 5 - Afloramento de arenito na BR-153, KM 242, a sudoeste do empreendimento, onde é possível notar a presença de uma camada silto-arenosa branca no empilhamento, semelhante à atravessada nas perfurações
realizadas na área.
Assim, de posse de maiores detalhes do aquífero presente na área, a equipe do
Grupo Construserv, passou à execução das sondagens para a instalação dos poços de
monitoramento na área, conforme será descrito a seguir.
CONSTRUSERV Serviços Gerais LTDA Programa de Monitoramento do Lençol Freático – UHE TIBAGI MONTANTE/PR
17/49
4 SONDAGEM E INSTALAÇÃO DE POÇOS DE MONITORAMENTO
4.1 Hidrogeologia Local
Conforme descrito anteriormente, o aquífero local é marcado pelo fluxo de água
subterrânea entre rochas sedimentares da Formação Furnas, marcadas pela ocorrência
de arenitos e argilitos dispostos em camadas centimétricas a decimétricas, com
alternâncias em termos de granulometria.
O perfil atravessado pela sondagem realizada no PM-01, evidenciou um perfil de
alteração marcado por 10 a 15 centímetros de solo argilo-arenoso com matéria
orgânica, correspondente a Horizonte A, sobreposto a um horizonte CR silto-argiloso
com seixos de arredondados sub-centimétricos a centimétricos.
Sotoposto ao horizonte CR, o perfil apresentou uma alternância de camadas
argilosas compactas com cores que variaram do amarelo esbranquiçado ao roxo.
Tal alternância de camadas argilosas foi registrada até a profundidade de 8,8m
quando foi atingida um material mais resistente que, mesmo após seguidas tentativas,
impediu o avanço da sondagem a trado manual.
Dos 8,8m perfurados, ficou caracterizada como Zona Não-Saturada os 6,55m
iniciais, haja vista que a essa profundidade foi atingido o nível freático local, passando
as amostras de solo a ser retiradas já na forma saturada, conforme ilustra a Figura 6.
A Figura 7, apresentada a seguir, ilustra o tipo de material atravessado durante
a sondagem no PM-01.
CONSTRUSERV Serviços Gerais LTDA Programa de Monitoramento do Lençol Freático – UHE TIBAGI MONTANTE/PR
18/49
Figura 6 - Vista de trado com material da zona saturada do PM-01, durante a sondagem
Figura 7 - Mostra ilustrativa das diferentes camadas argilosas atravessadas durante a sondagem do PM-01
Diferentemente do poço PM-01, no poço PM-02 a perfuração ocorreu em
material estritamente arenoso de coloração predominante amarelada que, à
profundidades próximas a 1m, se encontravam interrompidas por uma lente silto-
CONSTRUSERV Serviços Gerais LTDA Programa de Monitoramento do Lençol Freático – UHE TIBAGI MONTANTE/PR
19/49
arenosa branca, (Figura 8) semelhante à que foi observada em afloramento no
quilômetro 242 da rodovia Transbrasiliana – BR 153, cuja imagem foi apresentada
anteriormente no presente relatório.
Figura 8 - Camada silto argilosa branca atravessada durante a sondagem no PM-02
À semelhança do PM-01, a camada de horizonte A do solo local, apresentava
espessura variada entre 10 e 15 cm, correspondente a um material silto arenoso com
matéria orgânica e fragmentos amarelados de arenito, que também foram identificados
na forma de camadas nas porções mais inferiores do perfil. Esses arenitos são ilustrados
na Figura 9, a seguir.
Intercalando com essas camadas, a sondagem alcançou um arenito siltoso de
coloração marrom clara/esbranquiçada, cuja recuperação ocorria sob forma de
desagregado em pó, conforme ilustra a Figura 10.
Por fim, ao atingir uma camada areno-siltosa, por volta dos 3,10m de amarelo-
esbranquiçado de granulometria muito fina a fina, areno argiloso, foi observado o início
do vertimento de água entre os sedimentos, caracterizando o início da zona saturada.
CONSTRUSERV Serviços Gerais LTDA Programa de Monitoramento do Lençol Freático – UHE TIBAGI MONTANTE/PR
20/49
Figura 9 - Fragmentos de arenito recuperados em meio a material de alteração, durante a sondagem do PM-02.
Figura 10 - Material recuperado de camada areno-siltosa no PM-02.
CONSTRUSERV Serviços Gerais LTDA Programa de Monitoramento do Lençol Freático – UHE TIBAGI MONTANTE/PR
21/49
Figura 11 - Material de areno argiloso recuperado durante a sondagem do PM-02. Note-se que o material já
apresenta certa umidade
Com base no observado durante a perfuração do poço PM-02, foi possível
correlacionar sua litologia com aquela registrada pela empresa Concretizar no poço P-
01, executado por sua equipe nas proximidades do barramento da UHE Tibagi.
O relatório construtivo do referido poço, descreve, e mostra evidencias de que
em praticamente toda sua extensão, que é de 282,7m, corresponde a arenitos. No perfil
apresentado, apenas os 10 primeiros metros e algumas camadas de pouca espessura
correspondem a material siltico ou argiloso, segundo os responsáveis.
Nesse contexto, guardadas as proporções de profundidade e lençóis d´água
atravessados, é possível admitir uma semelhança entre as características físicas do
aquífero, determinadas durante a perfuração do P-01 e aqueles referentes ao PM-01 e
PM-02.
Em decorrência disso, é apresentada a seguir a tabela com as características
físicas do aquífero local, conforme determinada pelos responsáveis pela perfuração e
CONSTRUSERV Serviços Gerais LTDA Programa de Monitoramento do Lençol Freático – UHE TIBAGI MONTANTE/PR
22/49
instalação do P-01 (Figura 12), nas proximidades do barramento da UHE Tibagi
Montante.
Por outro lado, por ser tratar de poço para abastecimento, as colunas d´agua
exploradas são mais profundas que aquelas monitoradas nos poços PM-01 e PM-02,
portanto, em termos de qualidade da água, devem ser aguardados os resultados
analíticos das amostras coletadas. O Quadro 1, a seguir resume as características
observadas.
CONSTRUSERV Serviços Gerais LTDA Programa de Monitoramento do Lençol Freático – UHE TIBAGI MONTANTE/PR
23/49
Figura 12 – Dados fornecidos pela Tibagi Energia do P-01 da Tecno Poços. Fonte: Tecno Poços.
CONSTRUSERV Serviços Gerais LTDA Programa de Monitoramento do Lençol Freático – UHE TIBAGI MONTANTE/PR
24/49
Quadro 1: Síntese dos dados dos Poços Perfurados.
POÇO UTM X UTM Y PROFUNDI
DADE NÍVEL DINÂMICO (PERFURAÇÃO)
NÍVEL ESTÁTICO
(POÇO INSTALADO)
DATA DE COLETA
PM-01 559291.08 mE 7286033.43 mS 9.0 m 6.55 m 6.41 m 30/04/2019
PM-02 559952.47 mE 72830903,74 mS 4.0 m 3.10 m 2.46 m 30/04/2019
4.2 Procedimentos de sondagem e instalação dos poços
Conforme descrito anteriormente, foram instalados na área em estudo, dois
poços de monitoramento piezométrico e da qualidade da água, por meio dos quais, se
objetiva registrar e identificar quaisquer alterações no comportamento freático após o
enchimento do reservatório da UHE Tibagi Montante.
Em seguida ao reconhecimento geológico/hidrogeológico do entorno, bem
como da avaliação do uso das terras locais, especialmente a varredura total das áreas
em busca de indícios de pontos com atividades potencialmente contaminantes, foram
selecionados pelo geólogo responsável em campo os 2 (dois) locais mais significativos
para a realização do monitoramento, sendo a distribuição de sua localização
apresentada na Figura 13.
Nesse contexto no presente estudo, o modelo distributivo dos pontos de
tradagem e coleta de amostras foi realizado com a aplicação de uma malha direcionada
- aquela na qual os furos de sondagem são executados de acordo com o conhecimento
das informações já obtidas a respeito das fontes potenciais, vias de disseminação de
contaminantes e/ou indícios observados em campo. Esta opção de modelo distributivo
segue a norma ISO/DIS 10381-1, que trata da distribuição de pontos de amostragem de
solo, não representando, portanto, uma simples alocação de pontos de monitoramento,
mas sim, sua definição com base nos usos pretéritos e futuros dos locais
A execução das sondagens seguiu as normas ABNT/NBR 13.895 – Construção de
poços de monitoramento e amostragem e ABNT/NBR 7250 - Identificação e Descrição
de Amostras de Solos Obtidas em Sondagens de Simples Reconhecimento dos Solos,
ABNT/NBR 9603/86 - Sondagens a Trado e, ABNT/NBR 15.492/2007 – Sondagem de
CONSTRUSERV Serviços Gerais LTDA Programa de Monitoramento do Lençol Freático – UHE TIBAGI MONTANTE/PR
25/49
reconhecimento para fins de qualidade ambiental, tendo sido realizada pela equipe
técnica do Grupo Construserv, utilizando-se trado manual de caneco com 4 polegadas
de diâmetro, manuseado por 1 sondador e 2 auxiliares de sondagem (Figura 14), sob a
supervisão constante do geólogo responsável em campo.
CONSTRUSERV Serviços Gerais LTDA Programa de Monitoramento do Lençol Freático – UHE TIBAGI MONTANTE/PR
26/49
Figura 13 - Localização dos pontos de sondagem e instalação dos poços de monitoramento no terço inferior do reservatório da UHE Tibagi Montante.
CONSTRUSERV Serviços Gerais LTDA Programa de Monitoramento do Lençol Freático – UHE TIBAGI MONTANTE/PR
27/49
Figura 14 - Equipe da Construserv realizando sondagem manual na área do PM-02 – Fazenda Caverna.
Após a identificação da localidade onde se pretendia instalar os poços de
monitoramento, na primeira etapa do presente estudo, no ato da mobilização de equipe
e equipamentos para a execução dos serviços, uma nova análise mais detalhada foi
realizada, a esse momento com vistas à localização definitiva frente à futura superfície
d´água do reservatório a ser implantado, bem como à garantia da exequibilidade do
monitoramento pretendido, findadas as obras e estabelecido o novo uso das terras.
Nesse contexto, a localização previamente estabelecida para a implantação do
poço de monitoramento PM-01, nas proximidades do atual canteiro de obras e futura
área de lazer do reservatório, necessitou ser alterada em algumas dezenas de metros,
sob pena de não ser possível sua continuidade na localização predeterminada, haja vista
a grande movimentação de máquinas, materiais e equipamentos pelo local, fato que
colocaria em risco a integridade do poço, possivelmente levando à necessidade de
relocação futura.
CONSTRUSERV Serviços Gerais LTDA Programa de Monitoramento do Lençol Freático – UHE TIBAGI MONTANTE/PR
28/49
As Figuras 15 e 16, a seguir, mostram o local onde se pretendia inicialmente
executar a sondagem e, aquele para o qual, foi realocado o furo, também nas
proximidades do canteiro de obras e futura área de lazer.
O número de poços de monitoramento instalados no site, foi definido segundo a
análise do modelo conceitual e as leituras de concentração de vapores orgânicos
voláteis (VOC) no solo, conforme orienta o Manual de Gerenciamento de Áreas
Contaminadas da CETESB e sua profundidade alcançou 2 (dois) metros abaixo do nível
freático.
Figura 15 - Ponto previamente definido para a instalação do poço PM-01. Note-se a presença de caminhões,
máquinas, evidencias de trânsito intenso, bem como materiais como madeira e areia depositados nas proximidades.
CONSTRUSERV Serviços Gerais LTDA Programa de Monitoramento do Lençol Freático – UHE TIBAGI MONTANTE/PR
29/49
Figura 16 - Ponto de instalação do poço PM-01. Note-se a proximidade com o lavador de veículos do canteiro de obras, evidenciando a manutenção da proximidade com a atividade antrópica atual, que se pretendia abranger.
Os poços de monitoramento foram construídos de acordo com as normas
ABNT/NBR já mencionadas, tendo sido executados com trado manual de 4 polegadas de
diâmetro, montado sobre hastes metálicas e suportadas por estrutura do tipo tripé.
Porém, para o início das perfurações, foi utilizada uma cavadeira manual – boca
de lobo, a qual permitia o acesso direto às camadas superiores do solo. Essa atividade é
ilustrada a seguir na Figura 17.
CONSTRUSERV Serviços Gerais LTDA Programa de Monitoramento do Lençol Freático – UHE TIBAGI MONTANTE/PR
30/49
Figura 17 - Inicio da perfuração do PM-02, com a utilização de cavadeira manual. Em destaque, no canto superior
esquerdo, o furo resultante. Note-se já na porção superior do furo, a presença de fragmentos de arenito amarelado.
Conforme destacado anteriormente, localmente os furos iniciados não
conseguem alcançar a zona saturada e, consequentemente não permitem a instalação
dos poços de monitoramento para os fins que se objetiva. No caso do presente estudo,
essa realidade foi observada na região em que se instalou o PM-02.
Naquela localidade, identificada como Fazenda Caverna, para que o poço de
monitoramento pudesse ser instalado, foi necessário o deslocamento da sondagem por
4 vezes consecutivas, sendo que em todas as tentativas, o trado atingia uma camada de
rocha sedimentar do tipo arenito, muito dura, incapaz de ser penetrada pelo trado
manual, antes que fosse atingido o nível freático, mesmo com a utilização de ferramenta
de rompimento, conforme ilustra a Figura 18.
CONSTRUSERV Serviços Gerais LTDA Programa de Monitoramento do Lençol Freático – UHE TIBAGI MONTANTE/PR
31/49
Figura 18 - Membro da equipe tentando o avanço do furo de sondagem, com a ferramenta de corte sobre camada
impenetrável ao trado manual, que é visto no extremo superior esquerdo da foto.
Porém, na quinta tentativa, ainda na mesma localidade, a camada impenetrável
superficial, que ocorre a profundidades entre 1,15m e 2,3 m foi desviada e o nível
freático atingido.
Ressalta-se, porém, que ainda assim, outra camada impenetrável foi atingida
durante a perfuração, por volta dos 4m, mas, nesse caso, já com uma coluna d’água
suficiente para que fossem atendidos os objetivos e, portanto, o poço foi instalado com
sucesso.
Os poços de monitoramento PM-01 e PM-02 foram construídos utilizando-se
tubos geomecânicos de 2 polegadas de diâmetro, sendo o trecho final - mais profundo,
correspondendo respectivamente a 4m e 3 metros de extensão, foi constituído por tubo
ranhurado denominado de filtro, fechado com tampão de PVC em sua extremidade
inferior, conforme ilustra a Figura 19.
A parte superior do tubo de revestimento foi fechada hermeticamente com a
utilização de “caps” de pressão de plástico.
Os filtros utilizados, conforme mencionado, são tubos geomecânicos com
ranhuras vazadas, com aberturas de cerca de 0,2mm e espaçamento de
aproximadamente 1cm. Os filtros foram instalados com 4m e 3m de comprimento,
sendo 1m acima do nível d’água e 2m abaixo, de modo a possibilitar a coleta mesmo
CONSTRUSERV Serviços Gerais LTDA Programa de Monitoramento do Lençol Freático – UHE TIBAGI MONTANTE/PR
32/49
com a variação sazonal do nível d’água. A tubulação acima do filtro é construída com
mesmo material, porém, sem as ranhuras para entrada d´água, conforme mostra a
Figura 20.
Figura 19 - Vista da parte inferior do poço, no ato do fechamento do fundo com tampão roscavel.
CONSTRUSERV Serviços Gerais LTDA Programa de Monitoramento do Lençol Freático – UHE TIBAGI MONTANTE/PR
33/49
Figura 20 - Comparação entre os tubos geomecanicos ranhurado e liso utilizados na instalação dos poços.
O espaço anular entre o filtro e a parede de solo perfurado foi preenchido com
um pré-filtro a 1m acima do final superior do filtro no PM-01 e, 0,6m no PM-02, devido
sua profundidade baixa. A composição do pré-filtro utilizado foi de areia grossa lavada
e selecionada com granulação entre 1 e 2mm, conforme mostra a Figura 21.
CONSTRUSERV Serviços Gerais LTDA Programa de Monitoramento do Lençol Freático – UHE TIBAGI MONTANTE/PR
34/49
Figura 21 - Procedimento de introdução de pré-filtro de areia selecionada, no PM-01.
Acima do pré-filtro foi executado um selo de bentonita (Figura 22), de no mínimo
50 cm de altura, com a função de vedar o espaço anular em torno do tubo de
revestimento, evitando contaminação do poço por líquidos percolados pelo espaço
anular.
O espaço anular entre a parede de perfuração e o tubo de revestimento foi
preenchido com o solo de escavação até próximo ao nível da superfície do terreno –
Figura 23.
Para proteção do tubo de revestimento que sobressai cerca de 15cm ao nível do
terreno, foi instalado uma tampa de proteção de alumínio, modelo denominado
“câmara de calçada, que permite o acabamento do furo. O tipo de tampa utilizada
possui fechamento hermético com abertura através de chave especial com formato
triangular em baixo relevo, conforme mostra a Figura 24.
CONSTRUSERV Serviços Gerais LTDA Programa de Monitoramento do Lençol Freático – UHE TIBAGI MONTANTE/PR
35/49
Figura 22 - Procedimento de introdução da bentonita, no PM-01.
Figura 23 - Vista do PM-01 após o preenchimento do espaço anular superior, com material local
CONSTRUSERV Serviços Gerais LTDA Programa de Monitoramento do Lençol Freático – UHE TIBAGI MONTANTE/PR
36/49
Figura 24 - Vista de tampa do poço PM-02 durante sua instalação.
Conforme pode ser observado na figura anterior, ao redor da tampa de proteção
e no espaço interno, foi concluída a proteção sanitária do poço por meio de laje de
concreto.
4.3 Desenvolvimento do poço e coleta de amostras para análises
laboratoriais
Após a instalação dos poços de monitoramento PM-01 e PM-02, foi realizada a
operação para seu desenvolvimento e limpeza.
Tal atividade consiste em remover toda a água armazenada no interior do poço,
agitada e suja durante a perfuração e instalação. O desenvolvimento dos poços foi
realizado em concordância com as normas técnicas vigentes, tendo sido utilizado bailer
descartáveis de polietileno suportado por corda de nylon (Figura 25), ambas virgens,
considerando-se um conjunto para cada poço.
CONSTRUSERV Serviços Gerais LTDA Programa de Monitoramento do Lençol Freático – UHE TIBAGI MONTANTE/PR
37/49
Figura 25- Vista de bailer contendo água do PM-01, durante seu desenvolvimento.
Para a determinação do momento em que a água contida nos poços pudesse ser
considerada limpa, os parâmetros de turbidez e pH foram monitorados durante a
remoção da água, até sua estabilização (Figura 26).
O desenvolvimento dos poços visa o reestabelecimento do o fluxo natural do
aquífero para o pré-enchimento e recuperação do nível do poço, de modo que a coleta
represente uma água com qualidade mais próxima à encontrada em condições normais
no aquífero, diminuindo a possibilidade de interferências decorrentes da execução das
sondagens, nos resultados das análises químicas.
Após um período mínimo de 24 horas, no dia 30 de abril de 2019, a coleta de
água subterrânea foi realizada pelo geólogo de campo, utilizando a frascaria adequada
e os conservantes necessários, ambos fornecidos pela empresa ISG Interpartner
Laboratórios, para onde foram encaminhadas para análises químicas. A cadeia de
custódia de amostras apresentada no Anexo 1 desse relatório.
CONSTRUSERV Serviços Gerais LTDA Programa de Monitoramento do Lençol Freático – UHE TIBAGI MONTANTE/PR
38/49
Os procedimentos de coleta foram realizados com a utilização de bailer descartável
de polietileno (Figura 27), suportado por corda de nylon virgem. Durante a amostragem
foram medidos em campo (Figura 26, apresentada anteriormente) os seguintes
parâmetros:
➢ Temperatura;
➢ pH;
➢ Oxigênio Dissolvido;
➢ Turbidez e,
➢ Condutividade
Figura 26 –Medidor multiparâmetros utilizado para analises in loco.
CONSTRUSERV Serviços Gerais LTDA Programa de Monitoramento do Lençol Freático – UHE TIBAGI MONTANTE/PR
39/49
Figura 27 - Momento de coleta de água para análises químicas, utilizando-se bailer descartável de polietileno.
Conforme mencionado, alguns parâmetros eram medidos em campo durante a
coleta das amostras, com auxílio de uma sonda multiparâmetros. O acompanhamento
dos valores resultantes dessa análise, eram acompanhados diretamente pelo
responsável da coleta, diretamente no display do coletor, conforme ilustra a Figura 28.
CONSTRUSERV Serviços Gerais LTDA Programa de Monitoramento do Lençol Freático – UHE TIBAGI MONTANTE/PR
40/49
Figura 28 - Vista da tela de resultados da sonda multiparametros
Após suas coletas, as amostras foram acondicionadas nos devidos frascos e,
estes em uma caixa de isopor (Figura 29) preservada com gelo químico e encaminhadas
ao laboratório.
O transporte das amostras foi realizado imediatamente após as coletas até o
laboratório contratado, onde foi recebido em poucas horas.
CONSTRUSERV Serviços Gerais LTDA Programa de Monitoramento do Lençol Freático – UHE TIBAGI MONTANTE/PR
41/49
Figura 29 - Vista das amostras acondicionadas em caixa de isopor com gelo químico (em azul) para envio ao
laboratório.
CONSTRUSERV Serviços Gerais LTDA Programa de Monitoramento do Lençol Freático – UHE TIBAGI MONTANTE/PR
42/49
5 RESULTADOS ANALÍTICOS
Conforme mencionado anteriormente, as amostras de água subterrânea
coletadas nos poços PM-01 e PM-02 na área das margens do futuro reservatório da UHe
Tibagi Montante foram acondicionadas nos frascos apropriados considerando cada
parâmetro a ser analisado em laboratório, bem como receberam as devidas
preservações, quando necessárias, ressaltando-se que toda a frascaria e preservantes
utilizados foram disponibilizados pelo laboratório Interpartner de Ponta Grossa- PR,
estando prontos para uso ao chegar ao local das coletas. Coube, portanto, à equipe do
Grupo Construserv, apenas o acondicionamento dos frascos na caixa térmica para
transporte e a introdução de frasco de gelo para a manutenção da temperatura interna.
Devidamente preservadas e acondicionadas, as amostras seguiram para o
laboratório citado, onde foram recebidas no dia 30/04/2019, portanto atendendo às
exigências de tempo mínimo para monitoramento antes do início do enchimento do
reservatório, conforme pode ser observado no ANEXO 1, desse relatório, que traz a
cópia da Cadeia de Custódia de amostras.
Em termos de procedimentos de coleta e analises, as amostras foram coletadas
em consonância com o preconizado no Artigo 17 da Resolução CONAMA 396/2008,
sendo submetidas ainda em campo a análises com uso de sonda multiparâmetros
Aquameter/AquaRead antes de seguiram para as análises laboratoriais em pauta. Tendo
havido dois métodos de analises distintas nas amostras coletadas – in loco e
laboratoriais, a seguir será apresentado no quadro 5-1, a lista de parâmetros analisados
e o tipo de análise realizada.
Quadro 5-1: Síntese dos parâmetros analisados com respectivos tipos de análise
PARÂMETRO ANALISADO TIPO DE ANÁLISE
Temperatura da água Sonda Multiparâmetro
Oxigênio dissolvido Sonda Multiparâmetro
Condutividade elétrica Sonda Multiparâmetro
pH Sonda Multiparâmetro
Turbidez Sonda Multiparâmetro
Alcalinidade total Laboratorial
Fósforo total dissolvido Laboratorial
CONSTRUSERV Serviços Gerais LTDA Programa de Monitoramento do Lençol Freático – UHE TIBAGI MONTANTE/PR
43/49
Ortofosfato Laboratorial
Nitrato Laboratorial
DBO e DQO Laboratorial
Cálcio, dureza e cloretos Laboratorial
Bicarbonato e hidróxidos Laboratorial
Sólidos Totais Laboratorial
Ferro e manganês, e Laboratorial
Coliformes totais e fecais. Laboratorial
A definição dos parâmetros analisados atendeu o preconizado no termo de
referência do solicitante, elaborado em consonância com o PBA do empreendimento e
com a Resolução CONAMA 396/2008. Por outro lado, cabe destaque o fato de que no
Anexo I dessa resolução, onde são apresentados os valores orientadores para a análise
dos resultados obtidos, não são definidos os VMP – Valores Máximos Permitidos, para
alguns dos parâmetros analisados.
Nesse contexto, quando não existentes os VMP para determinados parâmetros
na Resolução CONAMA 396/2008, buscou-se a análise comparativa com base na
Resolução CONAMA 357/2005 para águas doces.
Os Quadros 5-2 e 5-3, a seguir, apresentam os resultados analítico obtidos nas
amostras coletadas, ressaltando-se que tais valores representam as condições
observadas em campo no dia 30/04/2019, quando as amostras foram coletadas. As
datas de analise apresentadas no Quadro, se referem apenas à data de conclusão da
análise e não à sua coleta.
Quadro 5-2 – Resultados obtidos da amostra do PM-01 localizado na UHE Tibagi Montante.
PM - 01 UHE Tibagi Montante
Método Parâmetro Resultado
Valor Máximo
Permitido (VMP)
Limite de Detecção
(LD)
Limite de Quantificação
(LQ)
Unidade Medida
Data da Análise
AEF-IT-50.001 Alcalinidade Total 9,06 - - mg/L CaCO3 06/05/2019
AEF-IT-50.026 Bicarbonatos 11 - - mg/L HCO3 06/05/2019
AEF-IT-50.024 Cálcio Total 1,55 - - mg/L Ca 07/05/2019
AEF-IT-50.028 Cloreto <1,34 250 0,33 1,34 mg/L Cl 06/05/2019
CONSTRUSERV Serviços Gerais LTDA Programa de Monitoramento do Lençol Freático – UHE TIBAGI MONTANTE/PR
44/49
AEF-IT-50.002 Condutividade 88,6 - - μS/cm 06/05/2019
AEF-IT-50.012 DBO 5,6 - - mg/L O2 02/05/2019
AEF-IT-50.011 DQO 24,91 - - mg/L O2 06/05/2019
AEF-IT-50.003 Dureza Total 4,38 500 - - mg/L CaCO3 06/05/2019
AEF-IT-50.005 Ferro Total 0,02 0,3 - - mg/L Fe 06/05/2019
AEF-IT-50.017 Fosfato Orto <0,01 - - mg/L P 06/05/2019
AEF-IT-50.017 Fosfato Total <0,01 - - mg/L P 07/05/2019
AEF-IT-50.023 Hidróxido 0 - - mg/L OH 06/05/2019
AEF-IT-50.025 Manganês Total 0,01 0,1 - - mg/L Mn 06/05/2019
AEF-IT-50.007 Nitrato 0,1 10 - - mg/L N 03/05/2019
AEF-IT-50.001 Ph 6,26 6,00 - 9,50 2,00 - 13,0 2,00 - 13,0 N.A. 06/05/2019
AEF-IT-50.022 Oxigênio Dissolvido 9,04 - - mg/L O2 30/04/2019
AEF-IT-50.014 Sólidos Totais à 103°C 50,6 - - mg/L 07/05/2019
AEF-IT-50.042 Temperatura 20,7 40 - - ºC 30/04/2019
AEF-IT-50.010 Turbidez 1832 5 0,1 0,1 uT 06/05/2019
AEF-IT-50.019 Coliformes Fecais 1 < 1 < 1 < 1 NMP/100mL 30/04/2019
AEF-IT-50.019 Coliformes Totais >2419,6 < 1 < 1 < 1 NMP/100mL 30/04/2019
CONSTRUSERV Serviços Gerais LTDA Programa de Monitoramento do Lençol Freático – UHE TIBAGI MONTANTE/PR
45/49
Quadro 5-3 Resultados obtidos da amostra do PM-01 localizado na Fazenda Caverna.
PM - 02 Fazenda Caverna
Método Parâmetro Resultado
Valor Máximo
Permitido (VMP)
Limite de Detecção
(LD)
Limite de Quantificação
(LQ)
Unidade Medida
Data da Análise
AEF-IT-50.001 Alcalinidade Total 29,2 - - mg/L CaCO3 06/05/2019
AEF-IT-50.026 Bicarbonatos 35,6 - - mg/L HCO3 06/05/2019
AEF-IT-50.024 Cálcio Total 8 - - mg/L Ca 07/05/2019
AEF-IT-50.028 Cloreto 22,2 250 0,33 1,34 mg/L Cl 06/05/2019
AEF-IT-50.002 Condutividade 929 - - μS/cm 06/05/2019
AEF-IT-50.012 DBO 11,95 - - mg/L O2 02/05/2019
AEF-IT-50.011 DQO 100,78 - - mg/L O2 06/05/2019
AEF-IT-50.003 Dureza Total 25,8 500 - - mg/L CaCO3 06/05/2019
AEF-IT-50.005 Ferro Total 0,15 0,3 - - mg/L Fe 06/05/2019
AEF-IT-50.017 Fosfato Orto <0,01 - - mg/L P 06/05/2019
AEF-IT-50.017 Fosfato Total <0,01 - - mg/L P 07/05/2019
AEF-IT-50.023 Hidróxido 0 - - mg/L OH 06/05/2019
AEF-IT-50.025 Manganês Total 0,32 0,1 - - mg/L Mn 06/05/2019
AEF-IT-50.007 Nitrato 0,5 10 - - mg/L N 03/05/2019
AEF-IT-50.001 Ph 6,48 6,00 - 9,50 2,00 - 13,0 2,00 - 13,0 N.A. 06/05/2019
AEF-IT-50.022 Oxigênio Dissolvido 5,64 - - mg/L O2 30/04/2019
AEF-IT-50.014 Sólidos Totais à 103°C 5065 - - mg/L 07/05/2019
AEF-IT-50.042 Temperatura 21,3 40 - - ºC 30/04/2019
AEF-IT-50.010 Turbidez 4840 5 0,1 0,1 uT 06/05/2019
AEF-IT-50.019 Coliformes Fecais 178,2 < 1 < 1 < 1 NMP/100mL 30/04/2019
AEF-IT-50.019 Coliformes Totais > 2419 < 1 < 1 < 1 NMP/100mL 30/04/2019
Com a análise dos resultados apresentados fica evidente que nas amostras, os
parâmetros analisados NÃO atendem em sua totalidade os valores máximos permitidos
mais restritivos, que se referem aos padrões de consumo humano e, portanto NÃO se
pode enquadrar nas classes 1 e 3. Da mesma forma, embora alguns parâmetros, como
Manganês Total se refiram a condições naturais resultantes da geoquímica regional,
outros, como Coliformes fecais ou termotolerantes são de origem externa, portanto,
não é aplicável a exceção relacionada à origem da concentração, quando natural.
Nesse contexto, com base na Resolução CONAMA 396/2008, as amostras
coletadas podem ser enquadradas na Classe 2, haja vista que a maior parte dos
parâmetros analisados atende aos VMP mais restritivos, relativos ao consumo Humano,
CONSTRUSERV Serviços Gerais LTDA Programa de Monitoramento do Lençol Freático – UHE TIBAGI MONTANTE/PR
46/49
porém, a presença de Coliformes Fecais ou Termotolerantes está registrada com maior
concentração no PM-02 com NMP de 178, 2 em 100 ml de água e, portanto, atendendo
somente os VMP para dessedentação de animais e recreação.
Da mesma forma, os parâmetros Turbidez e DBO excederam seus VMP e devem
ser acompanhados nas demais amostragens durante o monitoramento em tela.
CONSTRUSERV Serviços Gerais LTDA Programa de Monitoramento do Lençol Freático – UHE TIBAGI MONTANTE/PR
47/49
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com base no exposto nos itens anteriores, fica evidenciado que a área da UHE
Tibagi e seu reservatório estão assentados sobre aquífero sedimentar, com
predominância de rochas areníticas, que, por vezes cede espaço a camadas de caráter
mais argiloso, que pode ser responsável pela ocorrência de diferentes colunas d´água
distribuídas a diferentes profundidades em seu subsolo.
Dadas as características observadas durante as perfurações realizadas no local,
bem como no levantamento geológico do entorno e a análise de dados referentes a
poços tubulares profundos perfurados por terceiros na região, foi possível confirmar as
referências técnicas, que incluem a área de inserção da UHE Tibagi Montante no âmbito
do Sistema Aquífero Paleozóico Inferior, o qual é representado no local por rochas da
Formação Furnas, cuja espessura nas proximidades do barramento da usina é de no
mínimo 282,7m, haja vista os dados da sondagem ali executada para instalação de poço
de abastecimento.
Considerando-se que a unidade aquífera é objeto de uma série de estudos e
dados estatísticos e, que os estudos locais corroboraram as informações contidas nos
mapas hidrogeológicos, é possível admitir que as características físicas e de
produtividade hídricas das rochas do local, se enquadram no descrito para a unidade.
Por outro lado, são apresentados também dados específicos das rochas locais, obtidos
por meio de observações diretas e ensaios realizados.
Com relação à qualidade das águas, após análise dos resultados, foi possível
identificar a presença de coliformes fecais ou termotolerantes nas amostras coletadas,
que não permitem o atendimento aos padrões para consumo humano. Da mesma
forma, os parâmetros DQO e Turbidez apresentaram concentrações elevadas e devem
ser acompanhados nas demais etapas do monitoramento, para maior detalhamento.
Ressalta-se que em comparação a demais poços, a presença de coliformes na
água, também foi detectada nas análises do poço instalado pela CONCRETIZAR no
barramento da UHE Tibagi Montante, porém, conforme mencionado anteriormente, no
mesmo, as amostras foram coletadas a maiores profundidades, revelando portanto, que
CONSTRUSERV Serviços Gerais LTDA Programa de Monitoramento do Lençol Freático – UHE TIBAGI MONTANTE/PR
48/49
essa alteração não se trata de uma ocorrência local, mas sim com abrangência regional
e externa às obras.
Em termos de Classificação, nessa primeira análise, sugere-se o enquadramento
do aquífero como Classe 2, conforme Resolução CONAMA 396/2008, ressaltando-se que
trata-se apenas da primeira coleta realizada nos poços instalados e, portanto, não se
possui qualquer possibilidade de análise de frequência de resultados, nem tampouco,
relacionadas à evolução das concentrações.
Por fim, com vistas aos objetivos do presente estudo, considera-se que tanto a
contextualização hidrogeológica local aqui apresentada, como a instalação dos dois
poços de monitoramento instalados, permitirão que os parâmetros estabelecidos, no
caso Piezometria e Qualidade da Água, sejam acompanhados de forma sistêmica, tendo
como parâmetros de comparação, os dados resultantes da atividade que se apresentou.
CONSTRUSERV Serviços Gerais LTDA Programa de Monitoramento do Lençol Freático – UHE TIBAGI MONTANTE/PR
49/49
ANEXO 1: CADEIA DE CUSTÓDIA DAS AMOSTRAS ENVIADAS AO LABORATÓRIO
ANEXO 2: LAUDO DO LABORATÓRIO INTERPARTNER
LABORATORIO INTERPARTNER
LAUDO DE ANALISES
Laudo Nº 846/2019
pág.: 1 / 4
Rua Barão Brasílio Machado, nº 25 - Oficinas - Ponta Grossa - Paraná - CEP 84036-570Fone / Fax: (42) 3229-3111 - E-mail: [email protected] - www.interpartnerpg.com.br
REGISTRO CRQ/PR Nº 01663 - REGISTRO MAPA Nº PR 05761-4 - IAP - CCL074
DADOS DO CLIENTE
Nome: UHE Tibagi Montante
Endereço: -
Município: Tibagi - PR Estado: Paraná
IDENTIFICAÇÃO DA AMOSTRA
Identificação: PM-01 TIBAGI MONTANTE Temperatura: NÃO INFORMADO
Procedência: TIBAGI - PR C. Climáticas: SOL
Número da Amostra: 821 Nº do Cliente: 5114
Data da Coleta: 30/04/2019 Horário Coleta: 12:26
Entrada no laboratório: 30/04/2019 Horário da entrada: 16:30
Nome do amostrador: CLIENTE (MARCELO)
Observação:
RESULTADOS
MÉTODO PARÂMETRO RESULTADOVALOR MÁXIMO
PERMITIDO (VMP) 1LIMITE DE
DETECÇÃO (LD)
LIMITE DEQUANTIFICAÇÃO
(LQ)UNIDADE MEDIDA
DATAANÁLISE
AEF-IT-50.001 Alcalinidade Total 9,06 Não Consta -- -- mg/L CaCO3 06/05/2019
AEF-IT-50.026 Bicarbonatos 11,0 Não Consta -- -- mg/L HCO3 06/05/2019
AEF-IT-50.024 Cálcio Total 1,55 Não Consta -- -- mg/L Ca 07/05/2019
AEF-IT-50.028 Cloreto <1,34 250,0 0,33 1,34 mg/L Cl 06/05/2019
AEF-IT-50.002 Condutividade 88,6 Não Consta -- -- µS/cm 06/05/2019
AEF-IT-50.012 DBO 5,6 Não Consta -- -- mg/L O2 02/05/2019
AEF-IT-50.011 DQO 24,91 Não Consta -- -- mg/L O2 06/05/2019
AEF-IT-50.003 Dureza Total 4,38 500,0 -- -- mg/L CaCO3 06/05/2019
AEF-IT-50.005 Ferro Total 0,02 0,30 -- -- mg/L Fe 06/05/2019
AEF-IT-50.017 Fosfato Orto <0,01 Não Consta -- -- mg/L P 06/05/2019
AEF-IT-50.017 Fósforo Total <0,01 Não Consta -- -- mg/L P 07/05/2019
AEF-IT-50.023 Hidróxido 0 Não Consta -- -- mg/L OH 06/05/2019
AEF-IT-50.025 Manganês Total 0,01 0,10 -- -- mg/L Mn 06/05/2019
AEF-IT-50.007 Nitrato 0,10 10,0 -- -- mg/L N 03/05/2019
AEF-IT-50.001 pH 6,26 6,00 - 9,50 2,00 - 13,0 2,00 - 13,0 N.A. 06/05/2019
AEF-IT-50.022 Oxigênio Dissolvido 9,04 Não Consta -- -- mg/L O2 30/04/2019
AEF-IT-50.014 Sólidos Totais á 103°C 5060,0 Não Consta -- -- mg/L 07/05/2019
AEF-IT-50.042 Temperatura 20,7 40,0 -- -- ºC 30/04/2019
AEF-IT-50.010 Turbidez 1832,0 5,00 0,10 0,10 uT 06/05/2019
AEF-IT-50.019 Coliformes Fecais 1,0 < 1 < 1 < 1 NMP/100mL 30/04/2019
AEF-IT-50.019 Coliformes Totais >2419,6 < 1 < 1 < 1 NMP/100mL 30/04/2019
Informações Adicionais:
a) Os resultados deste ensaio se aplicam somente à amostra analisada pelo laboratório não sendo extensiva a outros lotes e produtos.
b) A identificação da amostra está de acordo com o informado pelo cliente na Ficha de Coleta.
c) Este relatório só poderá ser reproduzido de forma integral, na sua totalidade e sem nenhuma alteração.
d) Norma de Refência dos métodos de ensaio - Standard Methods for Examination of Water and Wastewater - 22ª Ed. 2012.
(1) VMP = Valor máximo permitido segundo PRC Nº 5, de 28 de setembro de 2017
LABORATORIO INTERPARTNER
LAUDO DE ANALISES
Laudo Nº 846/2019
pág.: 2 / 4
Rua Barão Brasílio Machado, nº 25 - Oficinas - Ponta Grossa - Paraná - CEP 84036-570Fone / Fax: (42) 3229-3111 - E-mail: [email protected] - www.interpartnerpg.com.br
REGISTRO CRQ/PR Nº 01663 - REGISTRO MAPA Nº PR 05761-4 - IAP - CCL074
Tiago Nunes BillerbeckCRBio - 50721/07-D
Responsável Técnico
LABORATORIO INTERPARTNER
LAUDO DE ANALISES
Laudo Nº 847/2019
pág.: 3 / 4
Rua Barão Brasílio Machado, nº 25 - Oficinas - Ponta Grossa - Paraná - CEP 84036-570Fone / Fax: (42) 3229-3111 - E-mail: [email protected] - www.interpartnerpg.com.br
REGISTRO CRQ/PR Nº 01663 - REGISTRO MAPA Nº PR 05761-4 - IAP - CCL074
DADOS DO CLIENTE
Nome: UHE Tibagi Montante
Endereço: -
Município: Tibagi - PR Estado: Paraná
IDENTIFICAÇÃO DA AMOSTRA
Identificação: PM-02 TIBAGI MONTANTE Temperatura: NÃO INFORMADO
Procedência: TIBAGI - PR C. Climáticas: SOL
Número da Amostra: 822 Nº do Cliente: 5114
Data da Coleta: 30/04/2019 Horário Coleta: 13:45
Entrada no laboratório: 30/04/2019 Horário da entrada: 16:30
Nome do amostrador: CLIENTE (MARCELO)
Observação:
RESULTADOS
MÉTODO PARÂMETRO RESULTADOVALOR MÁXIMO
PERMITIDO (VMP) 1LIMITE DE
DETECÇÃO (LD)
LIMITE DEQUANTIFICAÇÃO
(LQ)UNIDADE MEDIDA
DATAANÁLISE
AEF-IT-50.001 Alcalinidade Total 29,2 Não Consta -- -- mg/L CaCO3 06/05/2019
AEF-IT-50.026 Bicarbonatos 35,6 Não Consta -- -- mg/L HCO3 06/05/2019
AEF-IT-50.024 Cálcio Total 8,00 Não Consta -- -- mg/L Ca 07/05/2019
AEF-IT-50.028 Cloreto 22,2 250,0 0,33 1,34 mg/L Cl 06/05/2019
AEF-IT-50.002 Condutividade 929,0 Não Consta -- -- µS/cm 06/05/2019
AEF-IT-50.012 DBO 11,95 Não Consta -- -- mg/L O2 02/05/2019
AEF-IT-50.011 DQO 100,78 Não Consta -- -- mg/L O2 06/05/2019
AEF-IT-50.003 Dureza Total 25,8 500,0 -- -- mg/L CaCO3 06/05/2019
AEF-IT-50.005 Ferro Total 0,15 0,30 -- -- mg/L Fe 06/05/2019
AEF-IT-50.017 Fosfato Orto <0,01 Não Consta -- -- mg/L P 06/05/2019
AEF-IT-50.017 Fósforo Total <0,01 Não Consta -- -- mg/L P 07/05/2019
AEF-IT-50.023 Hidróxido 0 Não Consta -- -- mg/L OH 06/05/2019
AEF-IT-50.025 Manganês Total 0,32 0,10 -- -- mg/L Mn 06/05/2019
AEF-IT-50.007 Nitrato 0,50 10,0 -- -- mg/L N 03/05/2019
AEF-IT-50.001 pH 6,48 6,00 - 9,50 2,00 - 13,0 2,00 - 13,0 N.A. 06/05/2019
AEF-IT-50.022 Oxigênio Dissolvido 5,64 Não Consta -- -- mg/L O2 30/04/2019
AEF-IT-50.014 Sólidos Totais á 103°C 5065,0 Não Consta -- -- mg/L 07/05/2019
AEF-IT-50.042 Temperatura 21,3 40,0 -- -- ºC 30/04/2019
AEF-IT-50.010 Turbidez 4840,0 5,00 0,10 0,10 uT 06/05/2019
AEF-IT-50.019 Coliformes Fecais 178,2 < 1 < 1 < 1 NMP/100mL 30/04/2019
AEF-IT-50.019 Coliformes Totais >2419,6 < 1 < 1 < 1 NMP/100mL 30/04/2019
Informações Adicionais:
a) Os resultados deste ensaio se aplicam somente à amostra analisada pelo laboratório não sendo extensiva a outros lotes e produtos.
b) A identificação da amostra está de acordo com o informado pelo cliente na Ficha de Coleta.
c) Este relatório só poderá ser reproduzido de forma integral, na sua totalidade e sem nenhuma alteração.
d) Norma de Refência dos métodos de ensaio - Standard Methods for Examination of Water and Wastewater - 22ª Ed. 2012.
(1) VMP = Valor máximo permitido segundo PRC Nº 5, de 28 de setembro de 2017
LABORATORIO INTERPARTNER
LAUDO DE ANALISES
Laudo Nº 847/2019
pág.: 4 / 4
Rua Barão Brasílio Machado, nº 25 - Oficinas - Ponta Grossa - Paraná - CEP 84036-570Fone / Fax: (42) 3229-3111 - E-mail: [email protected] - www.interpartnerpg.com.br
REGISTRO CRQ/PR Nº 01663 - REGISTRO MAPA Nº PR 05761-4 - IAP - CCL074
Tiago Nunes BillerbeckCRBio - 50721/07-D
Responsável Técnico