uc's da ilha grande: principais pontos de intereese relativos à sua implantação e operação

25
Unidades de Conservação da Ilha Grande PEIG APA Tamoios ReBio principais pontos de interesse relativos à sua efetiva Implantação e Operação quatro de agosto de 2011

Upload: codig-ilha-grande

Post on 22-Mar-2016

215 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

relatório apresentado em 4/8/2011 ao secretário do ambiente carlos Minc

TRANSCRIPT

Page 1: UC's da Ilha Grande: principais pontos de intereese relativos à sua implantação e operação

Unidades de Conservação da

Ilha Grande

PEIG APA Tamoios

ReBio

principais pontos de interesse relativos à sua

efetiva Implantação e Operação

       

quatro de agosto de 2011    

Page 2: UC's da Ilha Grande: principais pontos de intereese relativos à sua implantação e operação

Introdução  

Nunca  se  fez  tanto  pela  Ilha  Grande  como  nesse  governo.  Entretanto,  o  desafio  que  se  coloca  para  que  o   legado   deixado   seja   o   de   ter   tirado   do   papel   suas   unidades   de   conservação,   obriga   a   todos   os  parceiros   tácitos   dessa   empreitada   que   não   se   deve   errar,   muito   menos   improvisar.   Planejar   e  gerenciar  a   imensa  carteira  de  projetos  produzidos  deve  ser  a  opção  estratégica  do  INEA,  sob  pena  da  bomba   estourar   no   próximo   governo.   Pela   primeira   vez,   abriu-­‐se   uma   excepcional   janela   de  oportunidade  para  transformar  as  unidades  de  conservação  do  Rio  de  Janeiro  em  empreendimentos  públicos,  com  toda  a  rentabilidade  social  possível.  

A   Ilha   Grande   tem   pressa.   Os   cenários   que   se   apresentam   são   ameaçadores   ao   seu   ambiente  socioambiental.  A   selvageria  da   especulação   imobiliária  não  descansa.  As   atividades  de   exploração  petrolífera  em  curso  na  Bacia  de  Santos  deverão  aumentar  substancialmente  com  os   investimentos  bilionários  do  pré-­‐sal,   fazendo  com  que  os   impactos  na  região  sejam  cada  vez  maiores  e  perigosos.  Em   menor   grau,   mas   igualmente   preocupantes,   são   a   realização   da   copa   do   mundo   e   dos   jogos  olímpicos,   assim   como   a   intensa   ocupação   industrial   da   Baía   de   Sepetiba.   Tudo   conspira   para   dar  errado.   A   intenção   dos   que   subscrevem   o   presente   documento   é,   porém,   contribuir   para   que   os  momentos  seguintes  contradigam  as  possibilidades  acima,   cuja  consecução  depende  mais  de  ações  do  que  de  diagnósticos.        

Desde  a  posse  do  primeiro  mandato  do  governador  Sérgio  Cabral,  as  unidades  de  conservação  da  Ilha  Grande  já  eram  prioridades  da  área  ambiental  do  novo  governo,  agora  em  seu  segundo  mandato.  A  ampliação  do  PEIG  no  início  de  2007,  precedida  pela  publicação  da  Resolução  SEA  nº  007  instituindo  Grupo  de  Trabalho  responsável  por  propor  solução  para  o  problema  de  capacidade  de  carga  da  Ilha  Grande  mostraram   que   era   para   valer   o   compromisso   assumido   publicamente   pelo   secretário   do  ambiente  Carlos  Minc,  com  o  aval  do  governador  Sérgio  Cabral.      

Estimulada,   a   sociedade   organizada   local,   com   forte   presença   de   moradores   da   Ilha   Grande,  interessados   diretos   no   tão   almejado   quanto   atrasado   salto   de   qualidade   que   a   Ilha   Grande  demandava,  mostrou  todo  o  seu  entusiasmo  e  colocou-­‐se  disposta  a  tudo  fazer  para  tornar  realidade  as   unidades   de   conservação   da   Ilha   Grande.   Nesse   contexto,   merece   destaque   a   participação   das  quatro  melhores  universidades  públicas  do  Brasil,  que  juntaram-­‐se  à  tarefa.      

A  partir  de  diretrizes  governamentais,  inúmeras  medidas  ganharam  corpo,  em  particular  a  formação  dos   conselhos   consultivos  do  PEIG   e   da  APA  Tamoios,   a   nomeação  da  primeira   administradora  da  APA   Tamoios,   a   contratação   de   consultorias   específicas,   a   formação   de   equipes,   a   elaboração   de  diagnósticos  (os  conhecidos  Diagnósticos  Rápidos  Participativos)  e,  como  não  poderia  deixar  de  ser,  a  partida  célere  para  a  elaboração  dos  Planos  de  Manejo.    

Infelizmente,   por   razões   exaustivamente   apontadas,   os   objetivos   inicialmente   estabelecidos   vem  apresentando  dificuldades  de  realização,  ensejando  continuada  frustração.  Como  exemplo,  somente  agora,   mais   de   quatros   anos   depois,   é   que   foi   anunciada   a   contratação   dos   serviços   referentes   à  Resolução  SEA  nº  007.      

Os  pontos  a  seguir  apresentados,  dentre  outros,  vem  sendo  discutidos  desde  o  início.  Nenhum  deles  se  constitui  novidade.  Considerados  como  fundamentais  para  a  efetiva  consolidação  das  unidades  de  conservação  da  Ilha  Grande,  permanecem  na  agenda  de  pendências  desde  sempre  e  tem  sido  a  causa  de  constrangedores  e  desnecessários  conflitos  entre    parceiros  tácitos.  

Considerando  que:  i.  a  Ilha  Grande  foi  definida  pelo  governador  e  pelo  secretário  como  prioridade;  ii.  os  recursos  para  consolidar  as  suas  unidades  de  conservação  são  suficientes  e  estão  disponíveis  e;  iii.  o   secretário   estadual   do   ambiente  declara   seu   interesse  pela   Ilha  Grande,   cabe   a   indagação:   a   Ilha  Grande  continua  como  prioridade?  Queremos  acreditar  que  sim.  

Page 3: UC's da Ilha Grande: principais pontos de intereese relativos à sua implantação e operação

Pontos  de  interesse  

1.  Termo  de  Cooperação  Técnica  (TCT)  Vale  x  INEA  

Situação  

Trata-­‐se  de  uma  relação  altamente  estratégica  e  que  deve  ser  valorizada  ao  máximo.  Não  é  exagero  afirmar   que   qualquer   parque   do  mundo   gostaria   de   ter   uma   das  maiores  mineradoras   do  mundo  como  parceira,  cujo  lucro  líquido,  recentemente  anunciado,  foi  de  R$  21,5  bilhões  .    

O  desequilíbrio  financeiro  do  TCT  (disponibilizado  x  consumido  ou  R$  1  milhão  x  R$  400  mil)  indica  baixa   eficiência   e   revela  dificuldades   gerencias  na   sua   condução.  A   relação   acima  deveria   tender   a  zero.    

Proposta  

• Sem  prejuízo  para  outras  ações,  destacar  grupo  específico,  com  poder  de  decisão,  no  âmbito  do  INEA  para  acompanhar  o  contrato,  com  maior  participação  do  parque  e  do  seu  conselho  gestor;  

• Estender  a  parceria  com  a  Vale  para  2020;    • Aumentar   –   pelo  menos   dobrar   -­‐   o   aporte   financeiro,   que   este   preveja  melhoria   salarial   e  

recrutamento   para   mais   pessoas,   algumas   para   gerenciar   o   programa   de   voluntariado,  estudar  o  modelo  de  concessões  e  captação  de  recursos;    

• Estabelecer   procedimento   de   coordenação   contratual   que   resulte   em   maior   agilidade  operacional  ao  contrato,  liberação  de  recursos;  

• Estender   o   Projeto   de   Recuperação   Ecossistêmica   para   pelo   menos   sete   anos,   gerando  tecnologia  florestal  e  empregos  na  Ilha  Grande;  

• Incluir  no  TCT  parceria  com  as  universidades  que  fazem  parte  dos  conselhos;  • Tornar   o   viveiro   de   mudas   uma   unidade   de   experimentação   de   projetos   de   restauração  

florestal.  

2.  Implantação  de  uma  administração  estratégica,  tornando  democrática  e  eficiente  a  gestão,  com  estrutura  formal  de  gerenciamento  de  projetos  

Situação  

Não   há   empreendimento,   público   ou   não,   que,   devido   ao   seu   grau   de   complexidade,   com   intensa  interação  entre  as  variáveis  que  compõem  a  sua  missão,  não  tenha  em  sua  estrutura  operacional  um  setor  específico  de  coordenação  e  de  gerenciamento  de  projetos.  Afinal,  implantar  ou  mesmo  operar  um   empreendimento   significa,   de   olho   em   objetivos   estratégicos,   gerenciar   multitarefas,   com  eficiência  e  eficácia,  em  um  conveniente  sistema  de  qualidade,  com  custos  ótimos.  

A  simples  observação  do  conteúdo  do  Módulo  5  -­‐  Planejamento  do  Plano  de  Manejo  do  PEIG,  ou  o  seu  equivalente  da  APA  Tamoios,  corrobora  a  tese  acima  resumida  e  leva  a  todos  a  forte  necessidade  de  se   implantar   uma   estrutura   gerencial   capacitada   para   conduzir   os   projetos/programas/planos   de  ação  descritos  no  referido  Módulo.  A   inexistência  dessa  estrutura   formal  pode   ter  sido  a  causa  das  dificuldades  no  trato  da  quase  perdida  Emenda  Parlamentar  do  deputado  Luiz  Sérgio  (R$  1  milhão)  ou  mesmo  da  agilização  dos  projetos  do  Prodetur  (R$  13  milhões).  

Inexiste  um  gerenciamento  efetivo  das  atividades  do  parque,  REBIO  e  APA  Tamoios.  A  gestão  tem  se  pautado  pela  rotina,  eivada  de  improvisações  e  com  decisões  tomadas  sem  muito  critério  gerencial.  Não   há   prioridades   definidas   de   atividades   e   nem   orçamentárias.   Não   está   claro   quem   na   sede   é  

Page 4: UC's da Ilha Grande: principais pontos de intereese relativos à sua implantação e operação

responsável   pela   implantação   e   operação   do   PEIG.   O   que   é   passado   é   que   todas   as   unidades   de  conservação  são  administradas  por  uma  só  pessoa,  que  supervisiona  o  (hercúleo)  trabalho,  e  ainda  sem  contar  com  gerente(s)  de  projeto.  Tocar  um  projeto  na  base  da  rotina  está  sendo  um  fracasso.  Quase   cinco   anos   se   passaram   e   até   o  momento   nenhum   parque   foi   implantado,  mesmo   havendo  recursos.  Parques  são  implantados  com  planejamento,  profissionalismo  e  gente  experiente.    

Proposta    

• Dar   um   fim   à   postura   autoritária   com   os   Conselhos   e   designar   interlocutores   que   sejam  eficientes,  saibam  dialogar  e  resolver  pendências;  

• Atribuir   à   SEA   a   tarefa   de   elaborar,   junto   com   os   Conselhos,   um   PROGRAMA   DE  IMPLANTAÇÃO  DAS  UNIDADES  DE  CONSERVAÇÃO  DA  ILHA  GRANDE  (PEIG,  REBIO,  RDS  do  Aventureiro   e   APA   Tamoios)   com   contratação   de   UNIDADE  DE   GERÊNCIA  DE   PROJETOS   -­‐  alocada   na   SEA   -­‐   formada   por   técnicos   experientes   e   eficientes,   para   o   período   de   2012   e  2013.  Sem  esta  medida  tudo  continuará  na  estaca  zero;  

• Definir  quem  afinal  responde  pelo  PEIG,  pela  REBIO  e  pela  APA  Tamoios  na  sede;  • Submeter  ao  Conselho  os  Relatórios  de  Atividades  do  PEIG/APA  Tamoios/REBIO  de  2009  e  

de  2010;      • Submeter  ao  Conselho  os  Relatórios  detalhados  de  Custeio  e   Investimentos  do  PEIG/REBIO  

de   2009   e   de   2010,   indicando   quanto   foi   previsto,   quanto   e   onde   foi   gasto   e   a   origem  dos  recursos;  

• A   gestão   do   PEIG   não   é   tarefa   para   pessoas   com   pouco   experiência,   sendo   uma  irresponsabilidade  nomeá-­‐las  para  esta  função,  expondo  profissionais  de  excelente  qualidade  ao   risco   desnecessário:   criar programa de capacitação adequado para a administração do parque, buscando o conhecimento das universidades que fazem parte dos conselhos. Aumentar  sua  autonomia  gerencial  e  administrativa.  Enviar  os  administradores  para  outros  estados   para   aprender   como   fazer   gestão   de   parques,   já   que   o   INEA   não   dispõe   de  experiência.  Tornar  o  cargo  de  administrador  de  alguma  forma  atrativa  para  recrutar  e  reter  profissionais.   O   Chefe   do   Parque   pode   ser   de   nível   superior   ou   médio,   desde   que   seja  capacitado  em  coordenação  de  projetos  e  de  equipes.  Pôr  fim  ao  rodízio  excessivo  e  trabalhar  pela  nomeação  de  quadros  experientes;  

• Apresentar   ao   Conselho   até   outubro/2011,   um   Plano   de   Gestão   do   Pessoal   prevendo  treinamento,  motivação,  remuneração  e  diversos  outros  tópicos  relacionados  ao  tema;  

• Formalizar  parcerias  com  universidades  e  com  a  prefeitura  de  Angra  dos  Reis;    • Prover   a   lotação   requerida   para   a   perfeita   implantação   e   operação   do   PEIG   e   da   APA  

Tamoios,  com  aumento  da  autonomia  gerencial  de  suas  administrações.  

 3.  Regularização  Fundiária  

Situação  

A regularização fundiária do PEIG, da APA Tamoios e da futura RDS do Aventureiro, cujos contatos foram iniciados pela SEA junto ao SPU, foram relegados a segundo plano. Não se nota qualquer esforço para corrigir a fraude cometida no Termo de Cessão do SPU ao Estado, que excluiu Lopes Mendes. Enquanto isso, o processo sobre Lopes Mendes corre na Justiça sem que nada pareça estar sendo feito.  

No  início  de  2010,  o  então  Ministro  do  Meio  Ambiente  Carlos  Minc  recebeu  solicitação  para  ajudar  na  regularização  fundiária  da  Ilha  grande  nos  seguintes  termos:  

“.................................      

·                Celebrar  Convênio  do  MMA  com  o  Ministério  do  Planejamento,  Secretaria  do  Patrimônio  

Page 5: UC's da Ilha Grande: principais pontos de intereese relativos à sua implantação e operação

da  União,  Incra  e  Governo  do  Estado  do  Rio  de  Janeiro  (INEA  e  Procuradoria  do  Estado);      ·                Celebrar   novo   Termo   de   Rerratificação   do   Termo   de   Transferência   dos   Imóveis   Colônia  

Penal  Cândido  Mendes  e  Colônia  Agrícola  do  Distrito  Federal  de  1966,  já  que  o  Termo  de  Rerratificação   assinado   em   2004   contém   erros   grosseiros   de   limites,   tendo   excluído   a  praia  de  Lopes  Mendes  e  várias  outros  terrenos  públicos  situados  à  sua  retaguarda.  O  erro  tem  ajudado  imensamente  a  má-­fé;          

·                Termo  de  Cessão  Gratuita   a   ser   expedido  pelo  Ministério  do  Planejamento,  através  da  Secretaria  do  Patrimônio  da  União  (SPU),  de  cessão  do  uso  das  terras  inseridas  no  Parque  Estadual  da  Ilha  Grande  (excluídos  os  imóveis  anteriormente  mencionados)  e  na  Reserva  Biológica  da  Praia  do  Sul;  

·                Continuar  o  trabalho  de  regularização  por  enseada,  iniciando-­se  pelas  terras  da  bacia  que  drena  para  a  Vila  do  Abraão.  

 ………………………….  

Tal   determinação   pode   ser   cumprida   pelo   MMA   através   de   um   projeto   específico,   com  recursos  a  ele  alocados,  coordenado  pelo  Setor  de  Gerenciamento  Costeiro  com  apoio  do  IBAMA  e  SPU.      Poderia  começar  analisando   individualmente  a   situação   fundiária  e  ambiental  de   todas  as  ilhas  das  baías  de  Sepetiba  e  da  Ilha  Grande.  

……………………………”    

Logo  a  seguir,  despachou  carta  à  Secretaria  do  Patrimônio  da  União  (SPU),  ao  Instituto  Nacional  de  Colonização  e  Reforma  Agrária  (INCRA),  à  Procuradoria-­‐Geral  do  Estado  do  Rio  de  Janeiro  e  ao  INEA,  solicitando  providências.  Os  conselheiros  do  PEIG  pouco  souberam  sobre  o  assunto.  

Proposta      

• Assumir   a   tarefa   como   prioritária,   reativar os contatos com o SPU e outros órgãos, via Termo de Parceria, para estudar e equacionar a situação fundiária da Ilha Grande e ilhas do entorno, inclusive a REBIO;

• Organizar oficina de dois dias, na Ilha Grande, para discutir com o Conselho a forma final da proposta de ampliação do PEIG, antes de ir à audiência pública;

• Solicitar a retirada das ações do fórum de Angra dos Reis, passando-as para o Rio de Janeiro, como já solicitado pelo Procurador do Estado;

• Destacar equipe com dedicação exclusiva para conduzir e dar prosseguimento aos estudos aplicáveis ;

• Obter novo Termo de Cessão junto ao SPU, incluindo Lopes Mendes e dar entrada no cartório apropriado indicando os novos limites da gleba em mapas.

 

4.  Plano  de  Manejo  do  PEIG  

Situação  

Iniciado   em   2007   e   concluído   cerca   de   quatro   anos   depois,   o   Plano   de   Manejo   do   PEIG   foi,   pela  primeira   vez,   integralmente  disponibilizado   aos   conselheiros  do  PEIG   em  20/06/2011.   Sua   versão  impressa   foi   apresentada   na   reunião   do   Conselho   Gestor   em   05/07/2011,   quando   foi   informado  pelos   representantes   do   INEA/GEPRO/DIBAP   que   aquela   versão   é   a   que   seria   publicada.   Foram  intensas  e  desgastantes  as  discussões  que  cercaram  a  elaboração  da  mais  importante  ferramenta  de  gestão  do  PEIG.  

Os  pontos  de  divergência  de  maior  interesse  foram  decididos  pela  prerrogativa  (legal)  do  INEA.  

Page 6: UC's da Ilha Grande: principais pontos de intereese relativos à sua implantação e operação

A   versão   apresentada   contém   uma   importante   desconformidade:   apresenta   uma   desatualização  sistêmica  causada  pela  defasagem  de  tempo  decorrido  entre  o  início  e  o  fim  da  sua  elaboração.  Como  não  houve  a  contínua  atualização  de  seu  conteúdo  ao  longo  de  quatro  anos,  muitas  partes  do  Plano  de  Manejo  dão  sinais  de  obsolescência.  

Maiores  detalhes  sobre  o  assunto  podem  ser  encontrados  no  Anexo  2.      

Proposta  

• Rediscutir   o   Plano   de   Manejo   do   PEIG   e   concluí-­‐lo   até   março   de   2012,   passando   a   ser  executado   a   partir   de   2013,   de   forma   a   possibilitar   um   prazo   para   o   estabelecimento   de  parcerias,   aquisição   e   implantação   de   ferramentas   gerenciais   e   de   um   melhor   modelo   de  gestão;  

• Assegurar,   através   de   atos   administrativos,   com   o   devido   treinamento,   de   que   o   Plano   de  Manejo   (do  PEIG  e  da  APA  Tamoios)   seja   ferramenta  obrigatória  da  administração  de   cada  UC;                  

• Promover  uma  oficina  específica  para  discutir  e  aprovar,  até  outubro  de  2011,  um  Plano  de  Ação  PEIG/REBIO  para  2012,  com  metas  claras  e  realistas  para  investimentos,  contemplando  as  propostas  dos  conselheiros  apresentadas  em  15/02/2011  com  o  titulo  “Prioridades  para  o  Parque  em  2011”  (ver  Anexo  1).  

• Publicar  ainda  este  ano,  após  as  necessárias  revisões,  os  Módulos  1,  2,  3  e  4  e  os  anexos  a  eles  vinculados,   que   poderão   compor   um   documento   único   a   ser   designado   como   “Documento  Base  de  Informações”.  Um  resumo  das  informações  do  mesmo  seria  incorporado  ao  Plano  de  Manejo,  que  assim,  se  dedicaria  mais  à  planificação.    

• Em   concordância   com   o   Roteiro   Metodológico,   prever   a   elaboração   de   uma   memória   de  projeto  ou  mesmo  em  um  banco  de  dados  do  PEIG  (  e  da  APA  Tamoios)  com  as  informações  que  sofrem  freqüentes  atualizações;  

• Definir  plano  específico  para  o  Passivo  Continuado  do  PEIG  e  da  APA  Tamoios,  em  particular  a   rede  elétrica  da  Ampla  e  as  antenas  de   telefonia   celular,  que  vicejam  sem  controle  e   sem  licença;  

• Promover  a  modelagem  para  concessões;              • A   juízo   do   INEA,   contratar   um   especialista   em   planejamento   de   Parques   para   conduzir   a  

atualização  do  plano;  • Obter   a   cessão   do   prédio   da   Escola   da   Aroeira,   onde   o   INEA   gastou   dinheiro   com   projeto  

básico  de  reforma.  • Desenvolver  parcerias,  dentro  do  que  determina  o  SNUC,  buscando  implementar  a  atividade  

de   elaboração   de   projetos   executivos,   acompanhamento/execução   de   obras,   concepção,  viabilização   e   acompanhamento   de   concessões,   operação   de   centro   de   visitantes,  atendimento   e   recreação   de   turistas,   recuperação   de   trilhas,   manutenção   predial   e   de  viaturas,  patrulhamento  e  coordenação  de  voluntários.    

 5.  Plano  de  Manejo  da  APA  Tamoios  

Situação  

Iniciado  em  2008,  o  Plano  de  Manejo  da  APA  Tamoios,  caracterizou-­‐se  por  longas  interrupções,  tendo  enfrentado  inúmeras  dificuldades,  uma  delas  o  inesperado  decreto  nº  41.921,  de  junho  de  2009.  Em  janeiro  de  2010,  foi  realizado  um  esforço  conjunto  (internamento  de  3  dias  no  CEADS,  em  Dois  Rios)  que  produziu  o  zoneamento  da  APA  Tamoios  na  Ilha  Grande.  A  partir  daí,  nova  parada.  Em  meados  de  2010  contratou-­‐se  consultoria  específica  para  executar  as  condições  gerais  do  Plano  de  Manejo  e  o  zoneamento  do  continente.  Mal  contratado  e  mal  conduzido,   feito  a  toque  de  caixa,   incrementou  os  desencontros  e  a  confusão.  

 

Page 7: UC's da Ilha Grande: principais pontos de intereese relativos à sua implantação e operação

Em  ambiente  de  intensas  cobranças,  quando  até  o  Ministério  Público  foi  acionado,  os  conselheiros  da  APA  Tamoios   e   o   INEA   entenderam-­‐se   e   chegaram   ao   consenso   de   que   os   trabalhos   deveriam   ser  retomados.   E   assim   foi,   com   a   previsão   de   que   sejam   concluídos   em  12   de   setembro   deste   ano.   O  zoneamento  da  Ilha  Grande  já  foi  concluído  e  aprovado  pelo  conselho  da  APA  Tamoios.  

Merece   destaque   a   sistemática   presença   de   lobistas   da   área   imobiliária   nas   reuniões   do   conselho,  fazendo  pressão  pela   flexibilização  do  zoneamento.  Todos  se   lembram  da  Operação  Carta  Marcada,  promovida  para  debelar  as  ilegalidades  ocorridas  na  área  da  APA  Tamoios.  

Proposta  

• Manter  e  assegurar  os  prazos  de  conclusão  do  zoneamento  da  APA  Tamoios  no  continente;  • Assegurar,  junto  ao  município,  de  que  a  unificação  normativa  deva  acontecer  no  menor  prazo  

possível,  com  vistas  a  aumentar  a  eficácia  da  fiscalização;    • Para  prevenir   indesejáveis   interferências  no   trabalho  que  ainda  resta   inconcluso,  a  SEA,  ou  

mesmo   o   INEA   poderiam   dar   publicidade   ao   fato,   com   destaque   para   a   sua   intenção   de  manter   os   pressupostos   de   conservação   socioambientais   já   há   muito   negociados   com   a  sociedade  civil  organizada  desde  2007  e  que  finalmente  os  marcos  legais  pelos  quais  tanto  se  tem  lutado  tornem-­‐se  realidade  e  

• Acelerar   a   finalização   do   Plano   de   Manejo   da   APA   Tamoios,   adotando,   onde   aplicável,   a  metodologia  e  as  propostas  apresentadas  para  o  Plano  de  Manejo  do  PEIG.      

6.  Esgotamento  sanitário  

Situação  

Uma  das  melhores  iniciativas  do  novo  governo  que  se  instalou  em  2007  foi  a  de  buscar  resolver  os  problemas   de   saneamento   ambiental   da   Ilha   Grande,   já   determinado   pelo   famoso   TAC   da   Ilha  Grande,  assinado  em  2002.  Em  2008,  em  visita  à  Ilha  Grande,  acompanhando  o  governador  Cabral,  o  secretário  Minc  anunciou  a  liberação  de  R$  4,8  milhões  para  a  construção  da  rede  de  esgoto  sanitário  de   quatro   praias   da   Ilha   Grande   (Abraão,   Saco   do   Céu,   Araçatiba   e   Provetá).   Sem   nenhuma   razão  aparente,  as  obras  iniciadas  foram  paralisadas;  na  Vila  do  Abraão  nem  começou.  Quem  visita  aquelas  praias   constata   que   os  materiais   e   equipamentos   estão   largados   ao   tempo.  Hoje,   anuncia-­‐se   que   o  Banco   Mundial,   via   Programa   Nacional   de   Desenvolvimento   do   Turismo   –   PRODETUR   deverá  liberar  recursos  para  o  mesmo  serviço.    Proposta  

• Apresentar  ao  conselho  e  à  sociedade  em  geral  a  situação  do  assunto,  razões  da  paralização,  prazos  para  retomada  das  obras,  custos  envolvidos,  etc;  

• Prestar  contas  dos  recursos  já  liberados  e  consumidos  e  • Articular-­‐se  com  a  prefeitura  de  Angra  dos  Reis  para  resolver  o  problema.    

 7.  Desafetação  dos  imóveis  públicos  

Situação      Há  entendimento  geral  de  que  os   imóveis  públicos  existente  no   interior  do  PEIG  são   incompatíveis  com   a   finalidade   deste   tipo   de   unidade   de   conservação.   A   questão   deve   ser   tratada   de   forma  satisfatória   e   transparente,   inclusive   e   principalmente   junto   aos   residentes   daquela   área   que   já  identificaram  razoabilidade  na  proposta  de  solução  para  o  caso  que  vem  sendo  discutido  no  âmbito  do  conselho  gestor  do  PEIG.  

Page 8: UC's da Ilha Grande: principais pontos de intereese relativos à sua implantação e operação

Recentemente   o   INEA   apresentou   minuta   de   projeto   de   lei   a   ser   apresentado   à   ALERJ,   dispondo  sobre  a  desafetação  daquela  área.  Naquela  proposta  a  desafetação  seria  realizada  de  pronto,  ficando  a  questão  da  ocupação  dos  imóveis  a  ser  resolvida  posteriormente  pela  Secretaria  de  Planejamento  do  Estado  do  Rio  de  Janeiro.  

Os   conselheiros   concordam  com  a  desafetação,   desde  que   a  questão  da  ocupação  dos   imóveis   seja  devidamente  resolvida,  antes  e  somente  antes  da  aprovação  da  lei  pelo  Legislativo.  Os  conselheiros  já  manifestaram  sua  posição  dada  a  sua  importância  estratégica  para  a  governabilidade  do  parque.  

Proposta  

• Manter   a   condução   do   assunto   no   INEA,   ou   mesmo   na   SEA,   que   deverá   assumir   a  responsabilidade  pela  solução  do  problema;  

• Que   a   PGE   se   manifeste,   respaldando   aos   órgãos   acima   na   tarefa   de   fazer   cumprir   a  determinação  do  Ministério  Público  Federal  e  da  Promotoria  de  Justiça  do  Estado  do  Rio  de  Janeiro   contida   no   TAC   da   Ilha   Grande,   assinado   em   2002,   de   regularizar   a   ocupação   dos  imóveis  em  questão;  

• Confirmar  o  que  INEA  tem  feito  para  atender  ao  Decreto  nº  5.758,  de  13  de  abril  de  2006  que  institui   o   Plano   Estratégico   Nacional   de   Áreas   Protegidas   -­‐   PNAP,   nos   seus   princípios,  diretrizes,  objetivos  e  estratégias,  que  estabelece:  

“..........  q)   articular   junto   aos   órgãos   competentes   o  estabelecimento   de   um   programa   de   desapropriação   e  reassentamento   das   famílias   residentes   em   unidades   de  conservação;                                                                                                                                                .........”  

• Que   a   regularização   dos   imóveis   se   dê   pela   criação   de   um   grupo  multi-­‐institucional,   onde  estejam  presentes  o  poder  público  e  a  sociedade  civil  organizada,  com  o  objetivo  de  avaliar  individualmente  as  ocupações  existentes.  

• Que  o  projeto  de  lei  nesse  sentido  só  seja  enviado  ao  legislativo  com  esta  etapa  cumprida.  

 8.  Centro  de  Visitantes  do  PEIG  

Situação  

Como   atualmente   proposta,   a   reforma   na   sede   do   Centro   de   Visitantes   do   PEIG   pode   trazer  problemas.  A  obra  deveria  ter  sido  realizada  logo  no  início  de  2007.  E  agora,  não  é  mais  prioritária.  Ao   contrário,   foi   apresentado   um   projeto   de   reforma   em   desacordo   inclusive   com   a   arquitetura  colonial   e   histórica   do   prédio.   Ao   invés   de   utilizar   madeira,   o   projeto   de   reforma   prevê   o   uso  extensivo  do  aço,  tudo  isso  em  área  sujeita  a  intensa  maresia.  Essa  é  uma  solução  que  provocará  dor  de  cabeça  para  o  chefe  do  parque,  que  terá  que  cuidar  continuamente  do  tratamento  da  ferrugem.  A  atual  Sede/Centro  de  Visitantes  é  simples,  mas  funciona,  em  harmonia  com  as  construções  históricas  locais.   E   só   não   é   melhor   operado   porque   seus   funcionários   nunca   receberam   treinamento   nesse  sentido.                              

Se   a   reforma   for   realizada,   e   se   o   INEA   optar   por   usar   a   chamada   Casa   de   Cultura   como   sede  provisória  do  Centro  de  Visitantes  enquanto  durar  a  obra,  pode:  

• exacerbar  um  histórico  conflito  com  os  moradores  do  Abraão,  que  tem  naquele  prédio  a  sua  única  opção  de  lazer  coletivo;  

• destruir  uma  excelente  vantagem  comparativa,  pois  o  Centro  de  Visitantes  tornou-­‐se  uma  das  poucas  iniciativas  que  vem  funcionando  bem,  contribuindo  sobremaneira  para    melhorar  as  relações  do  PEIG  com  a  comunidade,  pois  a  prática  indica  que  a  obra  pode  durar  mais  do  que  o  previsto  e  

• criar  um  constrangimento  para  a  prefeitura  de  Angra  dos  Reis,  que  acabou  de  promover  uma  ampla  reforma  no  prédio.    

Page 9: UC's da Ilha Grande: principais pontos de intereese relativos à sua implantação e operação

A  melhor  alternativa  seria  a  de  usar  o  prédio  do  Salvamar,  bem  em  frente  ao  cais  de  atracação,  caso  ele  tivesse  sido  ocupado  pelo  INEA,  como  autorizado  pelo  governador  em  2009,  o  que  parece  não  er  havido   empenho   para   tanto,   já   que   passou   para   as   mãos   da   prefeitura   de   Angra   dos   Reis,   via  convênio  assinado  com  a  Secretaria  de  Administração  Penitenciária  do  ERJ,  sem  que  o  INEA  tivesse  tomado  conhecimento.    

Proposta  

Paralisação imediata do projeto de reforma da Sede/Centro de Visitantes, para discussão de projeto conceitual com base nas diretrizes do Plano de Manejo. Adiar a obra para pelo menos 2013 e somente  depois  de  se  encontrar  alternativa  mais  conveniente  para  a  sede  provisória  e lutar pelo prédio da Salvamar. Rever o Projeto  

9.  Prédio  e  galpão  do  Salvamar  

Situação  

A  utilização  do  prédio   e  do  galpão  do  Salvamar,   desativados  há  17  anos,   atualmente  ocupado  pela  Secretaria  de  Administração  Penitenciária  (SEAP)  faz  parte  dos  planos  do  INEA  desde  2007  para  ser  utilizado  como  Centro  de  Informações  Turísticas,  como  detalhado  no  Plano  de  Manejo  do  PEIG  e  no  documento  “Concepção  Geral  do  Centro  de  Informações  Turísticas  da  Ilha  Grande”,  de  janeiro  de  2009.    

Em   meados   de   2009,   atendendo   a   uma   solicitação   do   então   presidente   da   Vale   Roger   Agnelli,   o  governador   Sérgio   Cabral     determinou   que   o   INEA   ocupasse   os   prédios,   o   que   infelizmente   não  aconteceu.  

Na  mais  recente  reunião  do  conselho  do  PEIG,  em  5/7  último,  os  presentes  foram  desagradavelmente  surpreendidos  pela  declaração  do  representante  da  prefeitura  de  Angra  dos  Reis  de  que  os  prédios,  assim  como  a  embarcação  Loretti  tinham  sido  transferidos  para  a  administração  municipal,  por  um  convênio  assinado  em  fevereiro  deste  ano.  Por  aquele  instrumento,  a  prefeitura  de  Angra  dos  Reis  se  compromete  a  reformar  os  prédios  para  a  guarda  de  material,  instalação  de  um  museu  e  acomodação  da  tripulação  da  citada  embarcação.    

A   falta   de   ética   da   prefeitura   de   Angra   dos   Reis   e   da   SEAP   ficaram   patentes   no   episódio,  demonstrando  total  desapreço  por  parcerias  com  o  parque.  Ademais,  pela  leitura  da  documentação  referente   ao   convênio,   cabe   examinar   a   existência   de   algum   vicio   no   ato   jurídico   que   deu   lhe   deu  origem.      

Proposta  

• Examinar   o   eventual   cometimento   de   vícios   do   ato   jurídico   que   deu   origem   ao   citado  convênio  e        

• Buscar,   junto   ao   governador,   a     reversão   do   vergonhoso   convênio,   por   absoluta  inaplicabilidade  e  desrespeito  às  relações  sociais  e  aos  conselhos.    

Page 10: UC's da Ilha Grande: principais pontos de intereese relativos à sua implantação e operação

   

 10.  Estrada  Abraão  x  Vila  Dois  Rios  

Situação  

Há  necessidade  de  se  realizar  melhorias  construtivas  na  estrada  que  liga  a  Vila  do  Abraão  à  Vila  Dois  Rios.  Mas  há  controvérsias  quanto  à  sua  prioridade  e  em  particular  à  sua  real  finalidade  e  extensão.    A   minuta   do   Termo   de   Referencia   para   alguns   serviços   de   engenharia,   disponibilizado   aos  conselheiros,  é  plena  de  lacunas  e  carente  de  dados  que  justifiquem  a  realização  dos  serviços.  Deixa  de  considerar  aspectos  importantes,  tais  como:  

• O  fato  de  a  Vila  Dois  Rios  ser  um  centro  de  estudos  e  de  pesquisa;  • A  justificativa  consistente  para  dotar  a  Vila  Dois  Rios  de  estrutura  turística  que  resulte  em  um  

incremento  da  atividade  naquela  área;  • Não  haver  nenhum  estudo  sobre  o  tipo  de  turismo  que  se  quer,  e  que  se  aplica,  ou  não,  para  a  

Vila  Dois  Rios;  • Não  haver  nenhum  estudo  sobre  a  capacidade  de  dois  importantes  ecúmenos  em  suportar  o  

evidente  aumento  na  taxa  de  visitação  entre  eles;  • O  fato  de  que  a  permissão  a  ser  dada  para  o  trânsito  de  veículos  pode  estimular  a  demanda  

para  outras  localidades  da  Ilha  Grande;  • Nenhuma   proposta   concreta   de   como   dotar   esses   dois   pontos   das   necessárias   facilidades  

para  receber  visitantes.    • Os  impactos  que  a  atividade  pode  trazer  para  os  dois  destinos  e  seu  entorno,  em  particular  a  

praia  da  Parnaioca  e  • A  modalidade  de  concessão  dos  serviços  a  serem  eventualmente  terceirizados.  

 Proposta  

• Suspender   as   atividades   de   contratação   de   qualquer   serviço   eventualmente   em   curso  referentes  ao  assunto  em  tela;  

• Estudar  e  definir  o  que  se  pretende  para  a  Vila  Dois  Rios,  definindo,  com  justificadas  razões,  todos  os  detalhes  envolvidos;  

• Incluir  o  assunto  no  escopo  dos  serviços  a  serem  contratados  para  os  estudos  de  capacidade  de  carga  da  Ilha  Grande,  cujo  TdR  foi  recentemente  apresentado  como  em  vias  de  ser  levado  à  respectiva  Tomada  de  Preços;  

• Tão   logo   estabelecidos   os   pressupostos   acima   descritos,   e   se   for   o   caso,   estabelecer  claramente   o   escopo   dos   serviços   a   serem   executados,   considerando,   no   mínimo,   os   seus  objetivos,   bases   conceituais,   limites   de   fornecimento,   modalidade   de   contratação,  dimensionamento   de   custos,   receitas   e   suas   fontes,   cronogramas,   impactos   considerados  (sociais,  ambientais  e  econômicos,  pelo  menos),  modalidade  de  contratação  dos  serviços  de  operação,  aí  considerada  a  sua  concessão;      

 

Page 11: UC's da Ilha Grande: principais pontos de intereese relativos à sua implantação e operação

11.  Deslizamentos  de  encostas  

Situação  

As   tragédias   causadas  pelas   chuvas  de  2010  e  2011  afetaram  sobremaneira  a   região  de  Angra  dos  Reis  e  Ilha  Grande.  Foi  quase  sem  querer  que  o  conselho  soube  que  o  DRM/RJ  contratou  a  Coppe/RJ  para   fazer  os   estudos   geotécnicos  da   região.  Recentemente   soube-­‐se  que   a  UERJ   tem   interesse   em  disponibilizar  informações  sobre  o  assunto.    

Por  se   tratar  de  um  assunto  que  diz  respeito  à  segurança  da  população  merece   toda  a  atenção  das  autoridades.  

Proposta  

• Dar  mais  transparência  ao  assunto  junto  aos  conselheiros  e  população;  • Criar  estrutura  própria  para  incorporar  o  assunto  às  atividades  corriqueiras  do  INEA;  • Formalizar   parceria   com   as   universidades   participantes   do   conselho,   assim   como   com   a  

prefeitura  de  Angra  dos  Reis;  • Buscar  unificar  as  ações  corretivas  no  âmbito  do  ERJ  e  do  município.    

12.  RDS  do  Aventureiro  

Situação  

A   criação,   pela  Resolução  nº  057,  de  09/04/2008,  do  Grupo  de  Trabalho  para   resolver  o  histórico  passivo   socioambiental   que   se   arrasta   desde   1981   resultou   em   um   golaço   da   SEA   e   do   INEA,   que  deram   um   show   de   competência   e   capacidade   técnica   e   politica,   ao   atender   a   determinação   do  secretário.  Materializado  pelo  Projeto  de  Lei  nº  3.250/2010,  de  18/08/2010,  foi  submetido  à  ALERJ,  onde   se   encontra   tramitando  nas   suas   várias   subcomissões.   A   proposta   apresentada   ao   legislativo  estadual   foi   a   de   transformar   o   povoado   do   Aventureiro   em   uma   Reserva   de   Desenvolvimento  Sustentável  (RDS),  a  melhor  solução  para  assegurar  a  permanência  de  seus  moradores  em  terras  da  União  de  forma  definitiva.  O  processo  está  paralisado.            

Combatida  pelos  adeptos  da  especulação  imobiliária,  pelos  mal  intencionados  e  pelos  demagogos,  o  PL  corre  o  risco  de  ser  deformada  no  âmbito  da  ALERJ,  ou  mesmo  de  nem  ser  aprovado.    Proposta      • anunciar   publicamente   a   posição   da   SEA   favorável   a   RDS,   inclusive   ao   CONEMA,   para   efeito  

interno  e  externo;            • articular  com  o  Governador  a  aprovação  da  lei  de  criação  da  RDS  na  Assembléia  Legislativa;  • determinar  ao  INEA  e  a  Superintendência  de  Biodiversidade  da  SEA,  a  preparação  de  projeto  de  

implantação   da   RDS   e   de   fortalecimento   da   RBPS   para   ser   apresentado   a   Câmara   de  Compensação;  

13.  Reserva  Biológica  Estadual  da  Praia  de  Sul  

Situação  

A   cada   dia   que   passa,   a   REBIO   se   torna   cada   vez   mais   visitada   em   condições   que   fogem   de   suas  normas.  Assim  como  o  Aventureiro,  requer  atenção  fiscalizatória.  

Page 12: UC's da Ilha Grande: principais pontos de intereese relativos à sua implantação e operação

Proposta  

• Acelerar  a  reforma  da  sede  da  REBIO  no  Aventureiro,  não  se  limitando  às  obras  físicas  e  • Sem  prejuízo  para  as  propostas  feitas  ao  PEIG,  dotar  a  REBIO  de  estrutura  mínima  suficiente  

para  assegurar  a  devida  proteção.    

14.  Patrulhamento  e  fiscalização    Situação:  desde  2007,  o  serviço  de  fiscalização  do  PEIG,  da  REBIO  e  da  APA  Tamoios  tem  se  resumido  a  um  fiscal,  que  se  esforça  de  forma  notável  para  desempenhar  sua  função  e  ainda  suprir  a  ausência  de  fiscalização  da  APA  Tamoios.  Não  cabe  ao  Parque  fazer  a  fiscalização  da  APA  Tamoios.  Esta  tem  de  ter  seu  corpo  de  fiscais.                                    Proposta:            • enviar  mais  fiscais  para  a  Ilha  Grande,  tendo  em  vista  que  outras  UCs  com  menor  tamanho  tem  

mais  fiscais  que  o  PEIG;    • implantar  a  sede  da  APA  Tamoios  na  Ilha  Grande,  onde  estão  mais  de  70  %  dos  terrenos  que  a  ela  

pertencem.  

 

 

 

 

 

Page 13: UC's da Ilha Grande: principais pontos de intereese relativos à sua implantação e operação

ANEXO  1  

Rio  de  Janeiro,  15  de  fevereiro  de  2011      Ao  Chefe  do  Parque  Estadual  da  Ilha  Grande    Assunto:  Recomendação  dos  conselheiros  signatários  sobre:    Prioridades  para  o  Parque  em  2011    Os   conselheiros   que   subscrevem   o   presente   documento   solicitam   que   o  mesmo   seja   integral   e   formalmente  incorporado  à  agenda  das  discussões  no  âmbito  do  Conselho  Consultivo.    Desde   a   ampliação   do   PEIG   em   2007   e   a   constituição   de   seu   Conselho   Consultivo,   uma   questão   vem   sendo  sistemática  e   insistentemente  oferecidas  à  discussão  por   ser   reconhecidamente  mandatória  para  a  efetiva  –  e  definitiva  -­‐  implantação  de  uma  das  mais  importantes  unidades  de  conservação  do  Rio  de  Janeiro:  a  sua  gestão,  estrategicamente  fundamentada  na  melhor  combinação  eficiência  x  eficácia,   incrementada  por  uma  declarada  vontade   política   e   por   recursos   financeiros   já   identificados   e   há   muito   anunciados.   Afinal,   a   busca   da  sustentabilidade  do  PEIG  deve  ser  tarefa  de  todos,  governo  do  estado  e  sociedade.  Planejamento  é  fundamental  e  obrigatório.    Com  esse  pressuposto  em  mente,  os  conselheiros  que  subscrevem  o  presente  documento  apresentam  as  suas  principais   propostas   básicas   de   prioridades   para   o   PEIG   em   2011   para   dar   partida   a   um   debate   no   âmbito   do  conselho   sobre  os  objetivos   a   serem  alcançados  no  presente   ano.  Ao  mesmo   tempo,   reiteramos  que   a  nossa  iniciativa   não   esgota   o   debate   e   enseja   a   oportunidade   para   novas   propostas,   em   particular   de   outros  conselheiros   e,   por   suposto,   do   próprio   PEIG.   Pretendemos   apresentar   em   breve   um   detalhamento   mais  específico  de  cada  um  dos  pontos  aqui  apresentados.    Com  todas  as  propostas  em  mãos,   sugerimos  que  o   INEA  promova  uma  oficina  específica  para  debater  o   seu  Plano  de  Trabalho  para  2011,  levando  em  conta,  mas  não  se  limitando  aos  seguintes  pontos:      a)                  Obras      As  obras  a  seguir  propostas  podem  ser  programadas  para  o  curto  prazo,  pois  fazem  parte  das    rotinas  básicas  do  PEIG:    

I. manutenção  da  sede,  do  alojamento  e  da  casa  do  Administrador;  II. reforma  da  sede  do  Aventureiro,  que  está  em  estado  precaríssimo;  III. reforma  da  sede  de  Lopes  Mendes  (Aroeira)  e  sua  implantação;  IV. construção   da   garagem   para   embarcações,   uma   necessidade   premente   antes   que   a   lancha   nova   se  

estrague  no  tempo;  V. definição  sobre  outras  casas  para  os  funcionários  do  parque;  VI. construções  de  torre  (s)  para  os  guarda-­‐vidas  em  Lopes  Mendes;  VII. implementação  da  sinalização  do  PEIG;  VIII. planejamento  e  implementação  do  manejo  das  trilhas  do  parque;  IX. diligenciamento  dos  projetos  de  reforma  da  estrada  da  Colônia  e  de  drenagem  pluvial  da  Vila  do  Abraão.  

   b)                Gerenciamento      

Page 14: UC's da Ilha Grande: principais pontos de intereese relativos à sua implantação e operação

I. Aprovar  e  planejar  a  implantação  do  Plano  de  Ação  20111,  inclusive  os  Planos  Setoriais;  II. Viabilizar  Adiantamento2  do  parque  e  da  reserva  que  vem  sendo  adiado  desde  2007;  III. Elaborar  e  aprovar  o  Plano  de  Manutenção  dos  equipamentos  do  PEIG;          IV. Dimensionar  e  aprovar  o  Programa  Financeiro  do  PEIG,  aí  considerado  o  Orçamento3  para  o  seu  custeio,  

fontes  de  recurso,  etc;  V. Fortalecer  a  parceria  do  TCT  Vale  x  INEA4;  VI. Promover  a  integração  operacional,  financeira,  técnica  e  gerencial  com  a  APA  Tamoios;  VII. Ampliar  a  atuação  do  PEIG  nas  demais  enseadas,  com  vistas  a  efetiva  integração  destas  com  a  sede  do  

PEIG5;  VIII. Fortalecer  a  parceria  estratégica  com  as  universidades  públicas  que  compõem  o  Conselho6;  IX. Estabelecer  e  implementar  as  regras  dos  festivais  de  música;  X. Equacionar  serviço  de  manutenção  da  lancha:  está  ainda  nova  e  assim  deve  ser  mantida;  XI. Equacionar  serviço  de  manutenção  dos  veículos:  estão  caindo  aos  pedaços;  XII. Concluir  Relatório  Anual  de  Atividades7;      XIII. Aprovar  o  Plano  de  Manejo;  XIV. Acelerar  a  ampliação  do  PEIG,  considerando  as  áreas  de  risco;  XV. Acelerar  a  execução  dos  estudos  de  capacidade  de  carga  da  Ilha  Grande,  já  em  fase  de  TdR;  XVI. Definir   procedimentos   para   a   solução   dos   problemas   de   ocupação   dos   imóveis   públicos   na   área   do  

parque;  XVII. Implementar  estudos  para  identificar  e  atuar  nos  Passivos  Ambientais  Continuados  (Ampla,  Petrobrás8,  

Eletronuclear,  concessionárias  telefonia,  etc)    XVIII. Formular  e  implementar  ações  voltadas  para  a  capacitação  dos  conselheiros;  XIX. Implementar  a  Secretaria  Executiva  do  Conselho  Consultivo;  

                                                                                                               1  A   falta  de  um  Plano  de  Manejo  aprovado  não  exime  o   INEA  de  apresentar  um  Plano  de  Ação  do  que  pretende   fazer  no  parque  em  2011  em  termos  de  recursos  humanos,  infraestrutura,  uso  público,  etc,  incluindo  as  metas  a  serem  avaliadas  pelo  Conselho.  O  Plano  de  Ação  deve   ser   simples,   com  cronograma   físico-­‐financeiro   contendo  as  metas   e   rubricas,   para  que  o  Conselho  possa  cobrar,  acompanhar  e  mobilizar-­‐se  para  colaborar.  Sem  isso,  a  gestão  será  errática.      2  Esta  é  uma  necessidade  básica.  O  Adiantamento,  qualquer  administrador  deve  ter,  é  um  dinheiro  para  despesas  pequenas.  Sem  ele   fica   difícil   administrar;   os   pequenos  problemas  deixam  de   ser   resolvidos   e   acabam  atrapalhando.   Somente  quem  teve  experiência  de  ponta  sabe  o  quanto  isso  é  importante.  Esta  é  uma  condição  mínima  para  que  o  Administrador  trabalhe  com  dignidade  e   com  um  ambiente  mais  profissionalizado  e  menos   improvisado.  Nenhum  parque  de  Minas  Gerais  ou  São  Paulo  trabalha  sem  Adiantamento.  Para  ter  idéia,  apenas  o  núcleo  Ubatuba  do  Parque  Estadual  da  Serra  do  Mar  tem  mais  de  R$  250  mil/ano.      3   Planejar   o   custo   da   operação   é   um   procedimento   obrigatório   e   de   grande   facilidade.   Fundamental   para   a   operação   do  parque.        4  Sem  fazer  nenhum  juízo  de  valor,  a  parceria  com  uma  empresa  gigante  como  a  Vale,   inclusive  com  a  utilização  da  forte  e  significativa  expressão  “ADOÇÃO”  obriga  a  todos  a  se  desdobrarem  para  valorizar  essa  rara  e  privilegiada  oportunidade  para  ousar  e  colocar  o  PEIG  na  vanguarda  da  área  ambiental  do  estado.  Negligenciar  essa  oportunidade,  mais  do  que  um  tiro  no  (outro)   pé,   significará   o   abandono,   no   seu   berço,   de   um   novo   paradigma   de   avanço   socioambiental,   com   excelência  gerencial.    5  Nesse  sentido,  o  Chefe  do  PEIG  já  iniciou  entendimentos  com  a  Associação  de  Pousadas  da  Enseada  do  Bananal  (APEB)  para  a  realização  de  uma  reunião  naquele  local.    6  As  quatro  maiores  e  melhores  universidades  públicas  do  Brasil   fazem  parte  do  Conselho  e,  por  razões  que  não  cabe  aqui  discorrer,  não  tem  participado  com  o  seu  capital  de  conhecimento  para  o  fortalecimento  do  PEIG.  Nesse  sentido,  sugere-­‐se  a  construção  de  um  detalhado  protocolo  de  colaboração  com  elas  para  que  atuem  de  forma  multidisciplinar  e   integrada  nas  atividades   do   parque,   em   especial   nas   Câmaras   Técnicas,   mas   não   se   limitando   a   elas.   Esse   protocolo   deve   ser   um  compromisso  formal,  assinado  entre  os  reitores  das  universidades  e  a  presidente  do  INEA.          7   O   Relatório   Anual   de   Atividades   relativo   ao   ano   2010   deve   ser   apresentado   e   discutido   no   âmbito   do   Conselho.   O   seu  conteúdo  deve  resumir  o  que  foi  feito  no  parque,  possuir  uma  memória  dos  fatos  e  eventos  nas  diversas  áreas  da  gestão  tais  como,   recursos   humanos,   finanças   (quanto   foi   previsto   e   quanto   foi   gasto,   por   origem),   implantação   e   manutenção   de  infraestrutura,  equipamentos,  manejo  de  ecossistemas,  patrimônio  histórico,  uso  público,  parcerias,  etc.    8  Solicitar  à  Petrobrás  que  ela  faça  com  o  PEIG  o  mesmo  que  a  Eletronuclear  fez  com  a  ESEC  Tamoios:  adotou  as  embarcações  daquela   Estação   Ecológica   e   toma   conta   de   tudo   que   se   refere   ao   Plano   de  Manutenção.   Esse   procedimento   irá   aliviar   o  trabalho  do  PEIG  e  otimizar  o  TCT  Vale  x  INEA.  

Page 15: UC's da Ilha Grande: principais pontos de intereese relativos à sua implantação e operação

XX. Formular  e  implementar  procedimentos  para  a  aproximação  do  PEIG  com  a  comunidade;  XXI. Dar   andamento   e   concluir   Projeto   Executivo   de   Recuperação   da   Estrada,   agora   com   o   enfoque   dos  

deslizamentos  de  dezembro  de  2010;  XXII. Dar   início   aos   debates   sobre   o   Planejamento   do   PEIG   no   contexto   dos   seguintes   cenários:   os  

deslizamentos   geológicos   (mapas   de   risco),   a   chegada   da   Copa   de   2014,   os   Jogos   Olímpicos   e   a  implementação  do  pré-­‐sal  na  região;  

XXIII. Iniciar  discussões  e  definir  procedimentos  voltados  para  as   comemorações  dos  40  anos  do  PEIG  e  30  anos  da  Rebio-­‐Sul,  com  recursos  alocados  a  esse  eventos.  

   Nome  da  entidade  e  assinatura  do  conselheiro  representante    

Associação  CURUPIRA  de  Guias  e  Condutores  de  Visitantes  da  Ilha  Grande    

 

Associação  de  Moradores  da  Vila  Dois  Rios    Associação   de   Moradores   e   Amigos   da   Ilha  Grande  –  AMAIG  

 

Associação   de   Moradores   Tradicionais   e  Amigos  da  Parnaioca  -­‐  AMOTAP    

 

Associação   de   Pousadas   da   Enseada   do  Bananal  –  APEB  

 

Associação   dos   Meios   de   Hospedagem   da  Ilha  Grande  –  AMHIG  

 

Comitê  de  Defesa  da  Ilha  Grande  –  CODIG    

 

Instituto  Ondular    

 

Jornal  O  Eco  –  Palma  Editora    

 

Liga  Cultural  Afro-­‐brasileira    

 

Sindipetro    

 

Universidade   do   Estado   do   Rio   de   Janeiro   -­‐  UERJ  

 

Universidade  Federal  Fluminense  –  UFF      

 

Universidade  Federal  Rural  do  Rio  de  Janeiro  –  UFRRJ  

 

 

Page 16: UC's da Ilha Grande: principais pontos de intereese relativos à sua implantação e operação

Anexo 2 Considerações sobre a última versão

do Plano de Manejo do PEIG, disponibil izado ao conselho em 20/06/2011 e apresentado em

05/07/2011

julho 2011

Page 17: UC's da Ilha Grande: principais pontos de intereese relativos à sua implantação e operação

1. INTRODUÇÃO

Iniciado em 2007 e concluído cerca de quatro anos depois, o Plano de Manejo do PEIG foi, pela primeira vez, integralmente disponibilizado aos conselheiros do PEIG em 20/06/2011. Sua versão impressa foi apresentada na reunião do Conselho Gestor em 05/07/2011, quando foi informado pelos representantes do INEA/ GEPRO/DIBAP que aquela versão é a que seria publicada.

Ao longo do tempo, os conselheiros do PEIG testemunharam e participaram das dificuldades que cercaram a sua contratação e decorrente elaboração. Cabe registrar também as inúmeras e exaustivas discussões levadas a efeito entre os conselheiros e os representantes do INEA/GEPRO/DIBAP sobre muitos de seus pontos.

Fica igualmente claro que os pontos de divergência de maior interesse foram decididos pela prerrogativa do INEA, uma delas o de não aceitar a proposta de se incorporar ao Plano de Manejo o conceito de Administração Estratégica no parque e nem prever a atividade específica de Gerenciamento de Projetos na estrutura organizacional da unidade de conservação.

Verifica-se que a defasagem de tempo decorrido entre o início e o fim da elaboração da mais importante ferramenta gerencial do parque não tenha alertado aos coordenadores de sua elaboração, o cuidado e o dever em maximizar a contínua atualização de seu conteúdo ao longo desses quase quatro anos, de forma a evitar a esperada e indesejada obsolescência de partes do Plano de Manejo antes mesmo de sua publicação.

De uma forma geral o Plano de Manejo foi um grande avanço e representa uma vitória de todos. É rico de informações, e bem reflete o esforço realizado nos dois primeiros anos de trabalho. Afinal, o Plano de Manejo bem deve refletir as regras do jogo a serem seguidas por todos os envolvidos em um empreendimento público.

Todavia, ele claramente precisa ser objeto de discussões e revisões para torná-lo realista, aplicável, factível e melhor apresentado, e mais que tudo, melhor negociado para que não tenha o mesmo destino de tantos planos públicos formulados sem discussão, a gaveta, devido à falta de parceiros comprometidos e, sobretudo, de aplicabilidade. Por esse caminho, o Plano de Manejo pode não cumprir o seu papel de farol gerencial.

Infelizmente, ao que tudo indica será preciso contratar um especialista em planejamento de Parques para atualizar o plano. Afinal, a demora teve seu custo.

Page 18: UC's da Ilha Grande: principais pontos de intereese relativos à sua implantação e operação

2. ANÁLISE GLOBAL

O plano é enciclopédico, possuindo 585 páginas, dos quais 207 páginas de caracterização, 129 páginas de ordenamento e planificação e nada menos que 228 páginas somente com anexos! Por dever de ofício, o plano segue o Roteiro Metodológico do INEA, cujo escopo tem um erro crasso: fornece muito mais orientações para o diagnóstico do que para a planificação. Logicamente, o plano refletiu esta distorção. Das 585 páginas, menos de ¼ é de planificação, ou seja, a parte mais importante é a que menos recebe atenção!. O documento acaba sendo muito mais um diagnóstico com anexos que um plano em si. Não tem sentido aprovar um plano assim, pois isto foge a qualquer lógica de planejamento. Em nenhum empreendimento gasta-se ¾ da documentação com Situação e ¼ com especificações.

A presente versão apresenta sinais de desatualização e inconsistência, o que pode ser atribuído a erros sistemáticos ou falhas de método ou mesmo de defeitos de quem gerenciou o trabalho.

O Plano de Manejo carece de uma sistematização entre os diversos textos, produzidos pelos seus diversos autores. Há trechos muito densos e bem detalhados e trechos superficiais e com pouco detalhamento o que, mais do que desconforto na leitura induz o leitor à falsa impressão de que um assunto é mais prioritário ou importante que um outro.

O atraso excessivo na discussão obviamente defasou o plano, que já nasceu velho, com diversas informações desatualizadas, projeções para 2010 (como pode um plano aprovado em 2011 prever o passado?) e praticamente ignora as conseqüências e lições dos deslizamentos geológicos. Lembrando também da publicação do Censo 2010 do IBGE.

A presente versão passa ao largo de questões de estratégico interesse para a boa governança do parque. Não aborda e nem discorre com a devida profundidade sobre o desenvolvimento de parcerias formais com as universidades públicas envolvidas, com a iniciativa privada e com os governos, entre outros as prefeituras do entorno (Angra dos Reis, Mangaratiba e Parati), o IPHAN, o fortalecimento do seu conselho e a sua importância como interlocução com a sociedade, os efeitos a serem sentidos pela atividade do pré-sal ou dos grandes eventos esportivos na região para os próximos anos. Não há referências detalhadas sobre a elaboração de indicadores, inclusive de sustentabilidade.

A previsão de 120 pessoas do quadro do INEA alocados no Parque, somados aos 21 guardiões e 24 voluntários, totalizando 161 pessoas para o prazo de cinco anos é obviamente irrealista e precisa ser urgentemente replanejada para não desmoralizar o próprio plano. Tal projeção não se apóia em qualquer análise de custo ou bom senso. O PEIG, como qualquer parque do mundo, deve manter uma equipe concursada reduzida e contratar serviços de guardiões, manutenção e limpeza e ampliar equipes sempre por projeto (revegetação, etc).

As propostas para a Vila Dois Rios devem ser objeto de acordo prévio com a UERJ, sob pena de criarem mais uma frente de conflito. INEA e UERJ devem apresentar uma proposta única e acordada ao Conselho, refletindo as responsabilidades de cada um. Idem para a Marinha do Brasil, que sequer foi consultada. E a VALE, parceira fundamental que sustenta o Parque foi ignorada.

As análises financeiras estão muito simples. É necessária uma apresentação dos custos unitários para verificar a sua consistência. E um fato banal: não há metas de receitas, somente de despesas. E não está claro de onde virão os recursos para bancar custos operacionais de R$ 4 milhões ao fim de cinco anos. E não são apresentados onde e quanto foram gastos (custeio e investimentos) no PEIG/REBIO nos anos de 2009 e 2010 (TEMORIO, KFW, Tesouro do Estado, etc).

Page 19: UC's da Ilha Grande: principais pontos de intereese relativos à sua implantação e operação

Há poucas referências à gestão da REBIO, embora a Administração do Parque a gerencie como um setor desde 2007. Certamente este vazio não pode constar no plano. Ou a gestão da REBIO é incorporada ao Plano de Manejo do PEIG ou um Plano Paralelo da REBIO é apresentado para ser analisado ao mesmo tempo. Quem conhece a Ilha sabe que é impossível separar os dois na hora de planejar. Tanto é que o antigo IEF uniu os dois na operação. A coerência deve ser mantida.

Por fim, nota-se nitidamente que faltou uma sistematização de estilos, uma padronização gráfica e uma cuidadosa revisão técnica gramatical antes da edição final. E há trechos repetidos.

Page 20: UC's da Ilha Grande: principais pontos de intereese relativos à sua implantação e operação

3. ANÁLISE SETORIZADA PARTE INICIAL Capa e esti lo A capa e estilo tem que seguir o padrão de plano de manejo do INEA (Tres Picos, e outros), o que não parece.

Apresentação

Em todos os Planos de Manejo do Brasil e do exterior, quem assina a Apresentação é o presidente da instituição e não o seu diretor, dada a importância do documento. Afinal é o presidente que o homologa.

O nome da Lúcia Mendes vai aparecer na equipe de apoio? O CODIG é um Comitê e não um Conselho; Petrobrás tem acento agudo; O nome de todas as entidades do conselho não vai aparecer no siglário? Ou só algumas? O siglário requer atualização, para incluir outras entidades mencionadas, como por exemplo ESSO, WWF, DGRNR (página 9-13, anexo II), etc. 4. MÓDULO 1 - INFORMAÇÕES GERAIS DA UNIDADE DE CONSERVAÇÃO

1. Página 1-1: A diversidade florística foi um dos principais fatores que levaram à criação das Unidades de Conservação: Parque Estadual da Ilha Grande (Decreto Estadual nº 15.273, de 26/06/1971); Reserva………..não ficou muito claro.

2. Página 1-4: colocar as entidades em ordem alfabética e com o nome completo. Verificar se falta alguma;

3. Página 1-4: os gastos anuais podem ser mais detalhados? Por que o aporte do estado ficou como nd? Qual a natureza dos gastos, diretos e indiretos, custeio, etc? Esse ponto deveria ser mais detalhado, em nome da transparência;

4. Página 1.6, figura 1-2: a melhor expressão é rotas marítimas e não aquáticas; 5. Página 1-8, quadro 1-4- Horários e valores do transporte para a Ilha Grande: deve-se rever

ou mesmo retirar, pois vai perder a atualização em pouquíssimo tempo, se não já perdeu; 6. Página 1-9, item 1.3 - HISTÓRICO E ANTECEDENTES LEGAIS: e os escravos, seu tráfico,

contrabando, etc, ficam de fora? 7. Página 1-10, texto sugerido: “Em 25 de agosto de 1978, o então Governador Faria Lima

baixa o Decreto n° 2.061 diminuindo em 2/3 a área do Parque, que cai de 15.000 ha para 5.600 ha, além de transferir a administração do Parque para o Departamento de Recursos Naturais Renováveis da Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento. Pelo decreto, o PEIG passou a incluir apenas os terrenos e benfeitorias de propriedade do

Page 21: UC's da Ilha Grande: principais pontos de intereese relativos à sua implantação e operação

Estado, correspondentes às duas fazendas (do Holandês e Dois Rios), adquiridas pelo imperador D. Pedro II na segunda metade do século XIX, daí a razão de ter sido diminuído..............”;

8. Página 1-11: Esso Brasileira de Petróleo; 9. Página 1-11: Foi criado também um grupo de trabalho para a elaboração, em seis quatro

meses, de um plano de..........; 10. Página 1-12, item 1.4 - ORIGEM DO NOME: merece ser reescrito, está muito

evasivo. MÓDULO 2: CONTEXTUALIZAÇÃO 1. Página 2-4, item 2.1.2 - Oportunidades de compromissos com organismos internacionais:

a primeira parte do texto, até antes do assunto “Plano de Gestão Integrada do Ecossistema da Baía de Ilha Grande (FAO)”, ainda está valendo, a ponto de poder ser incluído no PM? Os contatos e negociações foram efetivamente formalizados? Se sim, atualizar os dados e datas

2. Página 2-13, quadro 2-2 - Planos, programas e ações regionais: deve ser revisado, corrigido e atualizado.

MÓDULO 3: ANÁLISE REGIONAL 1. Página 3-9: Cenário tendencial para o ecossistema marinho da baía de Ilha Grande e das

ilhas: não ficou clara a afirmativa: “Excesso de turistas na Ilha Grande devido à falta de opções de parques com praias em outras ilhas”.

2. Página 3-10, figura 3-1 – Campos petrolíferos da bacia de Santos: atualizar e dar mais ênfase ao assunto, como dado estratégico para a região. É importante conhecer o provável impacto do pré-sal na região. Consultar a Petrobrás e pedir dados atualizados, inclusive mapas de ótima qualidade. A imagem a seguir foi retirada da revista Brasil Energia nº 367 (www.brasilenergia.com.br)

a. 3. Página 3-14: o Ministério do turismo também financia e apóia projetos em outras áreas

que não as do Prodetur; 4. Página 3-15: incluir o Projeto Coral-Sol; 5. Página 3-17: incluir a Reserva Ecológica da Ilha Grande; 6. Página 3-19 Instituições turísticas e qualificação da mão de obra: trocar para Instituições

turísticas, ong’s e qualificação da mão de obra. Atualizar para incluir, dentre outras, o ISABI e associações de moradores;

Page 22: UC's da Ilha Grande: principais pontos de intereese relativos à sua implantação e operação

7. Página 2-19: a Associação dos Meios de Hospedagem da Ilha Grande – AMIGH está grafada errado: o certo é AMHIG;

8. Página 3-21: atualizar o Quadro 3-15 - Parcerias do PEIG. MÓDULO 4: ANÁLISE DA UC E ENTORNO 1. Página 4-3 - Precipitação: discorrer sobre as áreas de risco, deslizamentos e outros

problemas geológicos. Esse assunto surgiu de forma mais notável em 2009 e merece a devida atenção. Propor ações;

2. Página 4-19, ítem 4.1.5 - Hidrografia, hidrologia e limnologia, primeiro parágrafo: a RH1 já tem seu Comitê de Bacia hidrográfica;

3. Página 4-30: substituir por “A exceção da fábrica desativada na praia de Matariz, sabidamente antiga, realiza-se levantamento das demais edificações para se datar o seu licenciamento, isto é, se foi após a criação da APA de Tamoios ou da promulgação da Constituição Estadual em 1989, que declarou os costões rochosos e as praias como áreas de preservação permanente ou mesmo posteriormente ao Decreto nº 20.172, de 01/07/94, que institui o Plano Diretor da Área de Proteção Ambiental de Tamoios”;

4. Página 4-72: a professora Miryan Sepúlveda pode identificar o autor da foto aérea do presídio de Dois Rios;

5. Página 4-76: o texto sobre a ocupação do galpão da SEAP ainda vale? O parque vai aceitar abrir mão do prédio, como indicado na foto? consultar o estudo Concepção Geral do Centro de Informações Turísticas da Ilha Grande (Ex-Galpão SEAP)

6. Página 4-79: corrigir para “Ambulantes vendem biscoitos e refrigerantes nas praias Preta e

de Lopes Mendes”; 7. Página 4-80: atualizar o Quadro 4-31 - Pesquisas científicas realizadas no PEIG a partir de

2004; 8. Página 4-88, item c) Edificações da Vila do Abraão: Muito já foi dito e discutido sobre o

assunto. Os conselheiros já manifestaram sua discordância a esse respeito e alertaram para os inconvenientes da decisão tomada pelo INEA, considerada equivocada e que só vai adiar o problema, empurrando-o para as calendas, com prejuízo para o parque e para os moradores da área que ficarão mais um tempo ser ver sua situação resolvida.

9. Página 4-96: rever o texto, que já está desatualizado: Principais empreendimentos e obras de infraestrutura - Os principais empreendimentos e obras de infraestrutura existentes na Ilha Grande são:

• terminal das embarcações da Barcas S/A e o cais de turismo; • instalações de captação e distribuição de águas da Prefeitura; • ETE do Abraão;

Page 23: UC's da Ilha Grande: principais pontos de intereese relativos à sua implantação e operação

• antena de celular no Abraão. 10. Página 4-114, 4.7 - ASPECTOS INSTITUCIONAIS DA UC: utilizar o texto “O PEIG,

desde o início de 2009, integra a estrutura do INEA. A memória institucional e a documentação gerencial do Parque são extremamente pobres para um parque com 40 anos, prejudicando a análise de dados pretéritos sobre a instituição. Nada foi encontrado além de processos administrativos e de uma proposta de plano de manejo datada de 1993 (UFFRJ-1993). Uma grande quantidade de documentos, fotografias, material jornalístico e relatos pessoais de moradores interessados no assunto serviu para dar início à recomposição da memória do parque”;

11. Página 4-119, Quadro 4-50 - Veículos e embarcações do PEIG: incluir a lancha inflável de casco rígido recém adquirida;

12. Página 4-120, Figura 4-19 - Estrutura organizacional do PEIG: deveria haver espaço para uma Secretaria Executiva ligada ao Conselho Consultivo e para os chefes dos 5 setores, estes subordinados ao chefe. Incluir também uma estrutura voltada para o planejamento dos Planos Setoriais, gerenciamento de projetos, com atribuições de atuar nas atividades de planejamento estratégico (ver item 40). O modelo gerencial do parque deveria ser revisto;

13. Página 4-124: O documento Programa de Fortalecimento do PEIG cobre uma série de assuntos e apresenta várias propostas. Quase nada dele foi incluído no PM.

14. Página 4-125: rever e atualizar o Quadro 4-54 - Estimativa prevista de alocação de recursos para o Programa de Fortalecimento do PEIG (2009-2013). O período de 2009-2013 está desatualizado. Ao mesmo tempo, o anexo XXI, página 1/1 – Cronograma Financeiro indica o período 2012 – 2016, o que denota inconsistência;

15. Página 4-126: rever e atualizar o Quadro 4-55 - Principais parcerias do PEIG; 16. Página 4-129: face a excessiva demora na conclusão deste PM, muitos de seus

pontos estão bastante defasados. O item 4.9- PROBLEMÁTICA descreve com exatidão o resultado do principais problemas que foram levantados e discutidos na Oficina de Planejamento, retratando a realidade em meados de 2007, ou seja, quatro anos atrás. E nada foi efetivamente feito para discutir as seis causas levantados, o que vai se revelar estranho para quem ler o PM quatro anos depois, em 2011. Incluir o item 4.11 – RESULTADOS OBTIDOS e tentar revelar o que foi feito, de forma transparente;

17. Página 4-129: rever e atualizar o Quadro 4.10 – POTENCIALIDADES MÓDULO 5 – PLANEJAMENTO 1. Página 5-1, item 5.2 - AVALIAÇÃO ESTRATÉGICA DA UNIDADE DE CONSERVAÇÃO:

passados cerca de quatro anos de sua elaboração, o texto merece ser atualizado, pois está bem defasado. Deveria ser reescrito. A Oficina foi realizada em 2007 e muita coisa aconteceu/deixou de acontecer/mudou de lá prá cá. Torna-se mandatória a criação de uma estrutura gerencial capacitada no parque, voltada para a construção de estratégias e táticas, indicadores de desempenho, implementação e monitoramento, devendo essa estrutura ficar subordinada ao chefe;

2. Página 5-6: modificar o texto existente por “Entre os pontos fortes do PEIG destacam-se o enorme potencial de uso público, o excepcional valor paisagístico, a localização próxima a cidades bem estruturadas, com vocação turística (Paraty, Angra dos Reis, Mangaratiba), a franca disposição dos moradores e das entidades locais para colaborar e a existência de instituições de pesquisa e da academia com as quais devem ser buscados protocolos formais de parceria”;

Page 24: UC's da Ilha Grande: principais pontos de intereese relativos à sua implantação e operação

3. Página 5-6: reescrever o texto “No cenário externo, destacam-se entre as ameaças a degradação do entorno causada pela debilidade do aparato de ordenamento de uso do solo e de fiscalização da Prefeitura, a falta de estrutura da APA de Tamoios na Ilha Grande e do Batalhão Florestal, e a inação da Capitania dos Portos. Entre as oportunidades identificadas estão parcerias existentes e potenciais e as fontes de recursos. De maneira geral, a matriz estratégica apresenta um cenário positivo, com grande potencial de avanço, desde que sejam resolvidos três problemas: recursos humanos do PEIG, autonomia para execução local do orçamento de custeio e parte do investimento e reformulação da equipe de gerenciamento”;

4. Página 5-28: como ficam os moradores da ZHC Parnaioca? 5. Página 5-30: o IBIo pode ser consultado sobre o texto contido no item 5.4.8 - Zona de

Amortecimento (ZA); 6. Página 5-40, 5.4.9 - Normas Gerais da Unidade de Conservação: incluir proibição de

soltura de balões e de queima de fogos de artifício; 7. Página 5-52: incluir a prefeitura de Angra e a TursiAngra na lista “Estabelecer parcerias

com instituições membros do conselho, como a AMHIG e o CONSIG, para a produção de material de divulgação do PEIG”.

8. Página 5-54, item 5. Hospedagem: Como prever cama e café nos próprios do estado em Dois Rios? Vai ser possível terceirizar?

9. Página 5-55, 1. Centro de Visitantes: Onde entra o EcoMuseu? 10. Página 5-69, 5.5.5 - Plano Setorial de Proteção Ambiental: atualizar com as

questões dos acidentes geológicos, deslizamentos, etc; 11. Página 5-73, o item 9 perdeu o sentido, pois os imóveis públicos voltaram ao

controle do ERJ devido à recente extinção do Termo de Cessão; 12. Página 5-79, Quadro 5-15 - Proposta de funções e atividades do quadro funcional

do PEIG: alterar para incluir atribuições dos cargos relacionados com o Planejamento Estratégico, gerência de projetos, etc, como mencionado nos itens 35 e 40. O melhor será rever o modelo gerencial a ser adotado para o parque;

13. Página 5-83: atualizar os quadros e explicar do que se trata o regimento interno mencionado (ítem 1, início do parágrafo);

14. Página 5-83: o Quadro 5-18 - Demanda de voluntários para os Núcleos do PEIG apresenta “previsão” para 2010, o que se configura como irreal.

15. Página 5-85, item 1.1. Vila do Abraão: incluir a ocupação de imóveis do estado para uso de parceiros, tais como Ibama, ong’s, universidades, casas de pesquisadores visitantes, agentes públicos em serviço, funcionários da prefeitura, professores a serviço, biblioteca do parque, centro de treinamento, escritórios de prestadores de serviço, almoxarifados & oficinas, etc;

16. Página 5-91, item 4. Gerenciamento de projetos e obras: considerar a possibilidade do gerenciamento de obras e projetos ser feito pelo quadro do parque, dependendo da obra ou do projeto, com vistas a otimizar a fiscalização e assegurar bons resultados;

17. Página 5-92: incluir o levantamento do inventário completo das oficinas líticas/amoladores;

18. Página 5-94, item 4. Adoção Empresarial – Companhia Vale: buscar apoio financeiro com os fundos de pensão, os maiores acionistas da Vale. Tentar aumentar a participação da Vale, nem que seja para fazer jus ao uso da expressão “adoção”;

19. Página 5-95: incluir a UFRRJ; 20. Página 5-98, 1. Arrecadação de recursos: ampliar o texto, introduzindo atividades

como serviços ambientais, por exemplo;

Page 25: UC's da Ilha Grande: principais pontos de intereese relativos à sua implantação e operação

21. Página 5-100, item 5. Adoção: termo incorreto, deve ser substituido por Termo de Cooperação Operacional;

22. Página 5-102: rever e atualizar o Quadro 5-22 - Cronograma Físico do Parque Estadual da Ilha Grande.

MÓDULO 6 – PROJETOS ESPECÍFICOS 1. Página 6-1, com base no já mencionado no item 32, corrigir o texto “1. Redelimitar,

excluindo do PEIG a parte urbana da Vila do Abraão, para tanto, é necessário atender, nesta ordem ao determinado no TAC da Ilha Grande de regularizar as ocupações, preparar estudo técnico e projeto de lei contendo o memorial descritivo dos novos limites no entorno da Vila do Abraão e realizar audiência pública”;

2. Página 6.1, item 1.1 - Áreas entre a cota 100 m e a Costa: o capítulo está muito genérico, com poucos detalhes. Os limites mencionados não estão claros. Os polígonos deveriam ser apresentados individualmente, como indicados no documento Estudo Técnico para Ampliação e Adequação dos Limites do Parque Estadual da Ilha Grande, disponibilizado em março de 2010, o qual detalha, ponto a ponto, as razões para a ampliação, uma delas, por exemplo, a justificativa de se incorporar ao parque as praias da Feiticeira, Perequê ou Fazenda, Ubatuba, Ubatubinha e Pouso correspondentes aos terrenos de marinha.

ÍTEM 7 - MONITORIA E AVALIAÇÃO 1. Deveria ser chamado de Módulo 7 – Monitoria e Avaliação; 2. Deveria discorrer mais e com mais detalhes sobre os indicadores, inclusive de

sustentabilidade; 3. Página 7.1 , item 7 - MONITORIA E AVALIAÇÃO: adquirir, com treinamento e capacitação,

software específico para essa atividade, cuja premissa deve ser o conteúdo deste capítulo (ver critérios ISO, por exemplo);

4. Página 12-13, anexo II: corrigir o ano de 2001 para 2002; 5. Página 12-13, anexo II: incluir o CODIG como parceiro e membro da coordenação do

Projeto BNDES; 6. Página 12-13: a CMAR já concluiu e publicou a lei municipal nº 2.088, de 23/01/2009 que

dispõe sobre a Lei de Diretrizes Territoriais para a Ilha Grande, de acordo com o artigo 15 da LEI 1.754 de 21 de dezembro de 2006.;

7. Página 13-13: atualizar o nome dos chefes do parque; 8. Página 1/1, anexo XXI: rever e atualizar o cronograma financeiro; 9. Anexo XXII: SISTEMA DO ORDENAMENTO TURÍSTICO SUSTENTÁVEL DA ILHA GRANDE –

PRODETUR-RJ: Esse é o texto final? Está compatível com a última versão do Termo de Referencia recentemente apresentado?