turismo rural meios de hospedagem - … · programa turismo rural “agregando valor À...

76
PROGRAMA TURISMO RURAL “AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE” TURISMO RURAL Meios de Hospedagem SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL Administração Regional do Estado de São Paulo SENAR SÃO PAULO D O E S T A D O D E S Ã O P A U L O F E D E R A Ç Ã O D A A G R I C U L T U R A FAESP

Upload: vuduong

Post on 25-Aug-2018

218 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: TURISMO RURAL Meios de Hospedagem - … · PROGRAMA TURISMO RURAL “AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE” TURISMO RURAL Meios de Hospedagem SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL Administração

PROGRAMA TURISMO RURAL

“AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE”

TURISMO RURALMeios de Hospedagem

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURALAdministração Regional do Estado de São Paulo SENAR

SÃO PAULO

DO

ESTADO DE SÃO PAULO

FEDE

RA

ÇÃO DAAGRICULTURA

FAESP

Page 2: TURISMO RURAL Meios de Hospedagem - … · PROGRAMA TURISMO RURAL “AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE” TURISMO RURAL Meios de Hospedagem SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL Administração

FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA DO ESTADO DE SÃO PAULOGestão 2008-2011

FábIO DE SALLES MEIRELLESPresidente

AMAURI ELIAS XAVIERVice-Presidente

EDUARDO DE MESQUITAVice-Presidente

JOSÉ CANDÊOVice-Presidente

MAURÍCIO LIMA VERDE GUIMARÃESVice-Presidente

LENY PEREIRA SANT’ANNADiretor 1º Secretário

JOSÉ EDUARDO COSCRATO LELISDiretor 2º Secretário

ARGEMIRO LEITE FILHODiretor 3º Secretário

LUIZ SUTTIDiretor 1º Tesoureiro

IRINEU DE ANDRADE MONTEIRODiretor 2º Tesoureiro

ANGELO MUNHOZ bENKODiretor 3º Tesoureiro

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURALAdministrAção regionAl do estAdo de são PAulo

Conselho AdministrAtivo

FábIO DE SALLES MEIRELLESPresidente

DANIEL KLÜPPEL CARRARARepresentante da Administração Central

bRAZ AGOSTINHO ALbERTINIPresidente da FETAESP

EDUARDO DE MESQUITARepresentante do Segmento das Classes Produtoras

AMAURI ELIAS XAVIERRepresentante do Segmento das Classes Produtoras

MáRIO ANTONIO DE MORAES bIRALSuperintendente

SÉRGIO PERRONE RIbEIROCoordenador Geral Administrativo e Técnico

Page 3: TURISMO RURAL Meios de Hospedagem - … · PROGRAMA TURISMO RURAL “AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE” TURISMO RURAL Meios de Hospedagem SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL Administração

Serviço Nacional de Aprendizagem RuralAdministração Regional do Estado de São Paulo SENAR

SÃO PAULO

DO

ESTADO DE SÃO PAULO

FEDE

RA

ÇÃO DAAGRICULTURA

FAESP

São Paulo, 2006

PROGRAMA TURISMO RURAL

“AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE”

TURISMO RURALMeios de Hospedagem

Page 4: TURISMO RURAL Meios de Hospedagem - … · PROGRAMA TURISMO RURAL “AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE” TURISMO RURAL Meios de Hospedagem SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL Administração

© SENAR-AR/SP – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Administração Regional do Estado de São Paulo

Rua Barão de Itapetininga, 224 - CEP 01042-907 - São Paulo, SP - www.faespsenar.com.br

PROJETO DA OBRA

SENAR-AR/SP – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Administração Regional do Estado de São Paulo

Idealização: Fábio de Salles Meirelles - Presidente do Sistema FAESP - SENAR-AR/SP

Supervisão Geral do Programa Turismo Rural: Jair Kaczinski - Chefe da Divisão Técnica do SENAR-AR/SP

Responsável Técnico: Teodoro Miranda Neto - Chefe Adjunto da Divisão Técnica do SENAR-AR/SP

Elaboração do Texto: Cândida Maria Costa Baptista, Celso Ledo Martins, Cíntia Tomie Suguino e Rosemeire Jorge

PRODUÇÃO EDITORIAL

FUNPEC – Fundação de Pesquisas Científicas de Ribeirão Preto

Coordenação Editorial: Mirian Rejowski

Revisão Técnica: Carlos Alberto Ferreira Gonçalves, Diego Mendes,Fanny Paulina Kriechle Kuhnle, Mauro Albuquerque Pinheiro e

Mirian Rejowski

Pesquisa Iconográfica: Graziela Sabino,Janaina Britto e Luiz Mapelli

Revisão de Texto: Janaina Britto e Mirian Rejowski

Projeto Gráfico: Janaina Britto

Editoração Eletrônica: Douglas Deschauer Rejowski, Reynaldo Trevisan Junior e Tathyana Borges

É proibida a reprodução total ou parcial deste manual por qualquer processo, sem a expressa e prévia autorização do SENAR-AR/SP.

T938

Turismo rural: meios de hospedagem / Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. Administração Regional de São Paulo. -- São Paulo : SENAR-AR/SP, 2006.

(Programa Turismo rural “Agregando valor à propriedade”, 5)

ISBN 85-99965-05-0

1. Turismo rural – Manual 2. Meios de hospedagem (Zona rural) – São Paulo I. Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. Administração Regional de São Paulo II. Série

CDD 338.4791 910.98161

Ficha catalográfica elaborada por: Maria Elizabete de Carvalho Ota – CRB - 8/5050

Page 5: TURISMO RURAL Meios de Hospedagem - … · PROGRAMA TURISMO RURAL “AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE” TURISMO RURAL Meios de Hospedagem SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL Administração

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO, 5

CAPÍTULO 1 – MEIOS DE HOSPEDAGEM NO ESPAÇO

RURAL, 7

Significado da Hospitalidade, 8

Hospitalidade e Turismo Rural, 8

Tipos de Meios de Hospedagem, 10

Organização e Funcionamento, 16

Recepção e Reservas, 18

Governança, 29

Dimensionamento de Móveis, Equipamentos, Utensí-

lios e Enxoval, 40

Revisão, 43

CAPÍTULO 2 – PLANEJAMENTO FÍSICO DO MEIO DE

HOSPEDAGEM, 44

Patrimônio Arquitetônico, 45

Planejamento e Dimensionamento das Áreas, 48

Revisão, 56

CAPÍTULO 3 – PLANEJAMENTO ECONÔMICO-FINAN-

CEIRO DO MEIO DE HOSPEDAGEM, 57

Projetos e Análises Financeiras, 58

Revisão, 67

BIBLIOGRAFIA, 68

Page 6: TURISMO RURAL Meios de Hospedagem - … · PROGRAMA TURISMO RURAL “AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE” TURISMO RURAL Meios de Hospedagem SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL Administração
Page 7: TURISMO RURAL Meios de Hospedagem - … · PROGRAMA TURISMO RURAL “AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE” TURISMO RURAL Meios de Hospedagem SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL Administração

APRESENTAÇÃO

Seja bem-vindo ao Programa de Turismo Rural “Agregando Valor à Propriedade” do SENAR-AR/SP.

Esse Programa visa ampliar o olhar sobre a propriedade rural, fornecendo ferramentas para identificar e

implantar negócios de Turismo, de acordo com os recursos encontrados no meio, aliados às habilidades e

vocações do produtor rural e de sua família. Idealizado a partir de experiências no campo, direciona-se ao

objetivo final de fixar o homem à terra e de consolidar a agricultura no Brasil, país continental.

Esta Cartilha foi elaborada com o objetivo de fornecer subsídios ao conhecimento dos diferentes tipos

de instalações e serviços de hospedagem no meio rural, para que se possa planejar, implantar e gerenciar

um negócio de sucesso, ou seja, um empreendimento competitivo no mercado.

Acreditamos que esta Cartilha, além de ser um recurso de fundamental importância para os profis-

sionais de Turismo Rural, constitui, certamente, um valioso instrumento para o sucesso da aprendizagem

proposta pelo SENAR-AR/SP.

Fábio de Salles Meirelles

Presidente do Sistema FAESP-SENAR-AR/SP

1º Vice-Presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA

Page 8: TURISMO RURAL Meios de Hospedagem - … · PROGRAMA TURISMO RURAL “AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE” TURISMO RURAL Meios de Hospedagem SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL Administração
Page 9: TURISMO RURAL Meios de Hospedagem - … · PROGRAMA TURISMO RURAL “AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE” TURISMO RURAL Meios de Hospedagem SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL Administração

MEIOS DE HOSPEDAGEM NO ESPAÇO RURAL

Neste Capítulo você vai:

entender o significado da Hospitalidade no Turismo Rural e conhecer diferentes Meios de Hospedagem no espaço rural;

aprender como ocorre o funcionamento e a operação nesses empreendimentos e como dimensionar os seus móveis e utensílios.

Page 10: TURISMO RURAL Meios de Hospedagem - … · PROGRAMA TURISMO RURAL “AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE” TURISMO RURAL Meios de Hospedagem SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL Administração

8 FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Meios de Hospedagem

SIGNIFICADO DA HOSPITALIDADE

A arte de hospedar é uma atitude que acompanha o ser humano desde as

épocas mais remotas, quando as pessoas se deslocavam por diversos motivos

e, durante o caminho, necessitavam de lugares para parar e recompor suas

energias para a próxima jornada.

Sabemos que é uma característica do ser humano a curiosidade e a vonta-

de de conhecer lugares novos, de trocar experiências com esses lugares e com

as pessoas que não são de seu convívio diário. Na Antiguidade, particularmente

na Grécia e em Roma, as pessoas viajavam por motivos religiosos, para troca e

aquisição de mercadorias e também para reuniões esportivas e de lazer.

Naquela época, era comum os viajantes se hospedarem em moradias de

outras pessoas, com ou sem parentesco. Assim, as adaptações dos locais,

hábitos e costumes, seja de quem hospedava ou era hospedado, ocorriam

naturalmente. Procurava-se receber o outro em sua casa da melhor maneira

possível, como também quem era acolhido procurava ser o menos inoportuno

possível.

Seja qual fosse o motivo das viagens, com o passar dos tempos os via-

jantes começaram a usar outros locais para se hospedar, como hospedarias,

alojamentos em mosteiros, hospitais para cura, pequenas pousadas e depois

pequenos hotéis. Assim, aquele que hospedava foi organizando a sua maneira

de receber, acolher e atender as necessidades dos hóspedes, desenvolvendo

o caráter profissional e técnico da hospedagem.

Nesse momento já estava presente o conceito, mesmo que primário, da

hospitalidade e do bem receber o hóspede.

1. Hospitalidade: ato de acolher, de hospe-dar e receber, da qua-lidade do hospitaleiro e do tratamento delicado,

cortês e amável.

2. Hóspede: estrangei-ro; forasteiro; aquele que é recebido por

outra pessoa ou que é acolhido com hospitalidade.

HOSPITALIDADE E TURISMO RURAL

Quando falamos em receber turistas no espaço rural, vale lembrar que

“a primeira impressão é a que fica”. Para receber turistas no espaço rural,

A arte de hospedar

Uma das principais tendências do turismo de lazer é a procura por

empreendimentos desenvolvidos em espaços naturais que valorizem a na-

tureza e a cultura local. O homem urbano busca voltar às suas origens,

procurando no espaço rural lugares que remetam ao seu passado.

Page 11: TURISMO RURAL Meios de Hospedagem - … · PROGRAMA TURISMO RURAL “AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE” TURISMO RURAL Meios de Hospedagem SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL Administração

�FAESP SENAR-AR/SP Meios de Hospedagem no Espaço Rural

Hotel Fazenda Pousada do Quilombo, em São Bento do Sapucaí (SP)

Foto

de

Reyn

aldo

Tre

visa

n Ju

nior

, 200

6

Conhecendo bem quem é o nosso público-alvo, suas características,

necessidades, comportamentos e expectativas, podemos hospedá-lo muito

melhor. Nesse sentido, nem sempre precisamos oferecer aos hóspedes os

mesmos padrões de conforto comumente usados nas cidades, em hotéis ur-

banos. Cada local possui suas características, qualidades, belezas e, princi-

palmente, o seu valor.

não basta só sermos hospitaleiros e atendermos bem as pessoas. A aparência

física do local, das instalações, das edificações e dos objetos também é impor-

tante, pois tudo se complementa no momento da hospedagem.

A grande parte dos clientes do Turismo Rural é proveniente das cidades.

Como seus hábitos são os de moradores urbanos, quando se hospedam no

espaço rural procuram sensações diferentes das que estão acostumados a

viver no seu dia-a-dia.

Esse turista, mesmo antes de sair de sua casa já “imagina” algumas

cenas visualizando como será sua viagem ao campo. Tal qual um filme, ele

projeta momentos de prazer, o que irá fazer e até como deve ser o cenário

em que estará. Nós também imaginamos muitas vezes como será um novo

hóspede, seu nome, de onde vem, seus hábitos e o que ele espera do nosso

empreendimento.

No processo de hospedagem ocorrem muitas trocas de vivências e conhe-

cimentos. Mas para que tudo aconteça da melhor forma, precisamos preparar

a propriedade e a equipe, ou seja, devemos “organizar a casa para o bem

receber”.

Foto

de

Reyn

aldo

Tre

visa

n Ju

nior

, 200

6

Dica

1. Organizar a casa para bem receber é um pro-

cesso que envolve várias etapas como veremos ao

longo deste Módulo.

2. Devemos receber o hóspede com educação e atenção, valorizando

nossa cultura, hábitos e costumes.

Hotel Fazenda Pousada do Quilombo, em São Bento do Sapucaí (SP)

Page 12: TURISMO RURAL Meios de Hospedagem - … · PROGRAMA TURISMO RURAL “AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE” TURISMO RURAL Meios de Hospedagem SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL Administração

10 FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Meios de Hospedagem

A boa hospitalidade fica clara quando o hóspede volta para seu local

de origem melhor do que quando chegou e satisfeito com a hospedagem e

com a equipe que o recebeu e o acolheu.

TIPOS DE MEIOS DE HOSPEDAGEM

O local onde podemos nos hospedar e satisfazer nossas necessidades é

chamado Meio de Hospedagem: um local para acomodar, descansar, repor

energias, alimentar e entreter.

A hospedagem no Turismo Rural tem características de hospedagem do-

méstica e comercial:

Doméstica: ocorre dentro dos espaços da casa, da família, da proprie-

dade, fazendo com que o hóspede participe dos hábitos, costumes e

tarefas cotidianas dos moradores locais; uma maneira informal e perso-

nalizada de atender o hóspede.

Comercial: apesar de todo o acolhimento, faz uso dos padrões de qua-

lidade, de métodos de serviços e técnicas pré-definidas.

Na composição da rede turística, os Meios de Hospedagem são um dos

pilares do tripé que apóia o Turismo, como já vimos nos Módulos 1 e 3.

Atenção

1. O meio de hospedagem comercial

mais conhecido é o Hotel.

2. Tanto na hospeda-gem doméstica quanto na comercial, há o pa-gamento pelo serviço

prestado.

Como podemosperceber a boahospitalidade?

TURISMO

Hospedagem e

Alimentação

EntretenimentoTransporte

Dentre os diferentes Meios de Hospedagem, vamos destacar os principais

empreendimentos que têm lugar no espaço rural:

Page 13: TURISMO RURAL Meios de Hospedagem - … · PROGRAMA TURISMO RURAL “AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE” TURISMO RURAL Meios de Hospedagem SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL Administração

11FAESP SENAR-AR/SP Meios de Hospedagem no Espaço Rural

Hotel Fazenda

É o estabelecimento de médio a grande porte, adaptado em fazendas ou

propriedades rurais que se desmembraram destas, e não necessariamente

produtivas. Com equipamentos novos ou adaptados de antigas fazendas, des-

tina-se à prática de atividades recreacionais campestres e ao contato com a

natureza.

Possui amplas instalações receptivas, algumas de valor histórico e arqui-

tetônico, em áreas rurais de destacado valor paisagístico. Caracteriza-se como

um hotel no espaço rural, que oferece serviços de alojamento, hospedagem,

lazer, podendo ainda oferecer espaços diferenciados para eventos, tratamento

de saúde etc.

O segmento de mercado que mais o freqüenta são as famílias em busca

de uma aproximação com a vida no campo.

Hotel Fazenda Dona Carolina, Itatiba (SP)

ww

w.d

onac

arol

ina.

com

.br,

2006

OUTROS •

HOTEL FAZENDA• FAZENDA HOTEL•

POUSADA RURAL• ACANTONAMENTO•

CAMPING• SPA RURAL•

1. Hotel: termo original do frânces que siginifi-cava mansão ampliada

e mobiliada; edifício público ou privado,

luxuoso e imponente.

Page 14: TURISMO RURAL Meios de Hospedagem - … · PROGRAMA TURISMO RURAL “AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE” TURISMO RURAL Meios de Hospedagem SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL Administração

12 FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Meios de Hospedagem

Fazenda Hotel

É o estabelecimento situado em propriedade rural, cujo diferencial é a

produção agrícola e/ou pastoril a manutenção dos hábitos rurais. O hóspede

busca essa opção de hospedagem visando um total desligamento de sua ro-

tina e uma atividade de lazer diferenciada, integrando-se com a comunidade

local.

Fazenda Vila Rica, Itatiba (SP) Fazenda Paraitinga, São Luiz do Paraitinga (SP)

Tem como principal atrativo a participação do hóspede na rotina do traba-

lho no campo, associada aos passeios a cavalo, às caminhadas, às reuniões

para ouvir “causos”, lendas e cantigas, e, principalmente, apreciar a comida

típica regional ou local. Oferece serviços de um hotel - alojamento, alimenta-

ção e entretenimento - sem comprometer a integração do hóspede ao ambien-

te rural. Recebe principalmente famílias, além de grupos de estudantes com

finalidades educativas e jovens em busca do contato com a natureza e a vida

no campo.

Pousada Rural

É um estabelecimento de pequeno porte que utiliza construções de valor

histórico ou construções novas, situadas em fazendas ou pequenas e médias

propriedades. De administração familiar, destaca-se na arte de acolher o hós-

pede. Apresenta instalações rústicas e confortáveis com aproveitamento de

elementos da cultura e natureza locais na decoração interna e externa.

Oferece serviços de alojamento, alimentação baseada na cozinha regio-

nal ou local, contato com a natureza e com as lidas do campo e atendimento

personalizado e informal. Geralmente se vincula a um forte atrativo turístico

na propriedade ou região (processo produtivo, arquitetura típica, festa popular,

ww

w.fa

zend

avila

rica.

com

.br,

2006

ww

w.p

arai

tinga

.com

.br,

2006

Atenção

Podemos adaptar alguns cômodos da casa ou

uma outra construção (casa de colonos, tulha, senzala) para acolher o turista, que passsa a vivenciar o cotidiano da

família e da propriedade.

Page 15: TURISMO RURAL Meios de Hospedagem - … · PROGRAMA TURISMO RURAL “AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE” TURISMO RURAL Meios de Hospedagem SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL Administração

13FAESP SENAR-AR/SP Meios de Hospedagem no Espaço Rural

Vista da Pousada rural Dona Manoela, Gonçalves (MG)

ww

w.p

ousa

dado

nam

anoe

la.c

om

Vista da Pousada Latitude 22, Arraial do Cabo (RJ)

É o estabelecimento de hospedagem dirigido especialmente a crianças

e jovens para a prática de atividades recreativas, esportivas e/ou culturais.

Normalmente apresenta dormitórios e banheiros coletivos ou até para quatro

leitos, do tipo pavilhão, restaurante ou refeitório, e estruturas que permitem

atividades em grupos.

É comercializado em pacotes principalmente nos períodos de férias e fe-

riados prolongados. Fora desses períodos, é promovido para a realização de

eventos de organizações como igrejas, associações, empresas etc.

ww

w.a

njos

dove

nto.

com

.br

atrativo natural etc.).

Tem como principal cliente o turista de lazer, em especial as famílias que

buscam o aconchego e a simplicidade do campo.

Acantonamento - Paiol Grande, São Bento do Sapucaí (SP)

ww

w.p

aiol

gran

de.c

om.b

r, 20

06

Fogueira no Acantonamento dos alunos do Colégio Marcelinas (RJ)

http

://m

arce

linas

-rio

.com

.br,

2006

Acantonamento

Page 16: TURISMO RURAL Meios de Hospedagem - … · PROGRAMA TURISMO RURAL “AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE” TURISMO RURAL Meios de Hospedagem SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL Administração

14 FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Meios de Hospedagem

Camping - Goias Velho (GO)

ww

w.v

ilabo

adeg

oias

.com

.br

Camping Casarão, Itu (SP)

ww

w.c

ampi

ngca

sara

o.co

m.b

r, 20

06

Spa Rural

É o estabelecimento que disponibiliza ao hóspede equipamentos voltados

para o bem-estar físico e/ou emocional, como salas de massagens, banhos

especiais, alimentação balanceada normalmente com produtos orgânicos pro-

duzidos no local, caminhadas e atividades ao ar livre.

Atende principalmente o turista individual, jovens ou adultos, em busca de

tratamentos anti-estresse, pós-operatório, emagrecimento, rejuvenescimento,

anti-depressão, descanso, desintoxicação alimentar, ou de valores espirituais

junto à natureza. Requer mão-de-obra especializada conforme os serviços ofe-

recidos (médico, psicólogo, nutricionista, massagista, orientador espiritual).

É o estabelecimento que oferece espaços, instalações e serviços para

acampamento ao ar livre (espaço gramado ou não e arborizado), mediante uso

de barraca, tenda, trailers ou outros equipamentos como motor home. Tem

infra-estrutura básica (pontos de energia elétrica, área para lavar e estender

roupas, telefone comunitário ou público) e edificações centralizadas de higiene

e alimentação (banheiros, refeitório, lanchonete).

É procurado principalmente por jovens e famílias que valorizam o contato

com a natureza.

1. Trailer: reboque ou semi-reboque tipo

casa, com duas, quatro ou seis rodas, acoplado ou adaptado à traseira de automóveis, utiliza-do em geral em ativi-dades turísticas, como

alojamento, ou para atividades comerciais.

2. Motor Home: veículo automotor cuja car-roceria é fechada e

destinada a alojamento, escritório, comércio ou finalidades análogas.

Camping ou Acampamento Turístico

Acantonamento ou Acampamento de fériasPousada Rural Fenix, São Luis do Paraitinga (SP)

ww

w.p

arai

tinga

.com

.br,

2006

Page 17: TURISMO RURAL Meios de Hospedagem - … · PROGRAMA TURISMO RURAL “AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE” TURISMO RURAL Meios de Hospedagem SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL Administração

15FAESP SENAR-AR/SP Meios de Hospedagem no Espaço Rural

Spa Rural - Canto da Floresta Hotel Resort Eco-Místico, Serra Negra (SP)

Foto

de

Luiz

Map

elli,

200

5

Outros Meios de Hospedagem

Podemos, ainda, citar outros estabelecimentos de hospedagem no espaço

rural:

Colônias de Férias: de propriedade corporativa (entidade associativa),

oferece equipamentos, instalações e serviços de hospedagem, destina-

do aos associados de entidades privadas ou públicas, normalmente com

instalações mais simples, tipo albergues. São utilizados principalmente

em períodos de férias, feriados e finais de semana, ou durante o ano

todo por associados aposentados.

Locação de Imóveis para Temporada: o proprietário aluga sua pro-

priedade (sítio ou chácara) a um particular ou à uma organização para

temporada (férias, feriados e finais de semana) ou para determinados

eventos (casamentos, seminários, reuniões etc.).

O espaço rural tem importante patrimônio natural e cultural. Por isso,

o desenvolvimento do turismo precisa respeitar a integridade desses re-

cursos, ressaltando os aspectos diferenciais da paisagem rural, da tran-

qüilidade, do repouso, da arquitetura de época e popular, dos costumes e

hábitos da população rural.

Nesse espaço, podemos criar uma oferta de hospedagem alinhada

ao maior contato com a natureza, à promoção de atividades ao ar livre e

ao estabelecimento de um verdadeiro diálogo entre turistas e a população

rural. Para tanto, é importante desenvolver um turismo organizado de

pequena escala (não massivo), administrado pela população rural.

Recomendações importantes

para a hospedagem no

espaço rural

Sala de massagem e musculação - Cabo Frio (RJ)

ww

w.s

paco

ncha

s.co

m.b

r

Page 18: TURISMO RURAL Meios de Hospedagem - … · PROGRAMA TURISMO RURAL “AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE” TURISMO RURAL Meios de Hospedagem SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL Administração

16 FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Meios de Hospedagem

ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO

No caso de um Meio de Hospedagem no espaço rural, é comum que al-

gumas pessoas acumulem funções para o bom aproveitamento de todos os

envolvidos no empreendimento. Mesmo assim, temos que conhecer a orga-

nização geral de um Meio de Hospedagem que pode ser dividida em vários

setores, os quais funcionam de forma integrada: administração, recepção,

reservas, arrumação e limpeza, lavanderia, cozinha, bar e restaurante, manu-

tenção e jardinagem, e outros (ponto de venda, lazer e entretenimento, even-

tos, alimentação, médico-terapêutica etc.).

Vamos identificar então quais são os setores importantes para o funcio-

namento de cada tipo de Meio de Hospedagem no espaço rural. Para tanto,

devemos considerar o público-alvo e os serviços que pretendemos e podemos

oferecer.

Tipo de Meios de Hos-pedagem

Público-Alvo Setores

Hotel Fazenda

Fazenda Hotel

Pousada Rural

Acantonamento

Camping

Dica

1. Uma pousada rural pode oferecer apenas

café da manhã, contando com o setor de Cozinha.

2. Um hotel fazenda pode oferecer espaço para

congressos e reuniões, contando com o setor de

Eventos.

3. Um meio de hospe-dagem misto pode ser também implantado no

espaço rural (sítio de Lo-cação e Acantonamento)

4. Um pequeno Ponto de Venda pode ser insta-

lado no saguão (hall de entrada), ofere-cendo serviços básicos (protetor solar, escova e pasta de dente etc.)

e/ou artesanais (produtos locais ou da região.

Page 19: TURISMO RURAL Meios de Hospedagem - … · PROGRAMA TURISMO RURAL “AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE” TURISMO RURAL Meios de Hospedagem SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL Administração

17FAESP SENAR-AR/SP Meios de Hospedagem no Espaço Rural

Spa Rural

Locação de Temporada

Outros

Agora que já compreendemos de forma geral a organização e o funciona-

mento de cada tipo de Meio de Hospedagem, podemos definir qual o tipo que

iremos implantar na propriedade rural selecionada.

O Tipo de Meio de Hospedagem a ser implantado na propriedade selecio-

nada é:

Neste Módulo trataremos apenas dos setores relacionados à hospeda-

gem, pois outros setores já foram ou serão enfocados em outros módulos do

Programa, como podemos ver no esquema a seguir.

ReservasRecepçãoArrumação e LimpezaLavanderiaManutenção e Jardinagem

Administração

Ponto de Venda

Módulo 5

Modulo 3

Módulo 4

Qual tipo de Meio de Hospedagem deve ser implantado na propriedade rural?

Page 20: TURISMO RURAL Meios de Hospedagem - … · PROGRAMA TURISMO RURAL “AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE” TURISMO RURAL Meios de Hospedagem SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL Administração

18 FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Meios de Hospedagem

Como estamos considerando um Meio de Hospedagem Rural de pequeno

a médio porte, temos que simplificar sua estrutura de setores.

Assim, vamos reunir os setores fundamentais da hospedagem em duas

áreas que serão detalhadas neste Capítulo:

Recepção e Reservas;

Governança (arrumação, limpeza, lavanderia, manutenção e jardinagem).

É importante saber que nessas duas áreas todos os procedimentos são

definidos à partir do tipo de acomodação dos hóspedes, a chamada Unidade

Habitacional (UH).

RESERVAS E RECEPÇÃO

O setor de Reserva e Recepção de um meio de hospedagem é responsável

pela impressão que o hóspede leva do estabelecimento, pois nele estão as

pessoas que o atendem desde a reserva até o fechamento da conta. Vejamos

a seguir dois fluxogramas do ciclo de reservas em um meio de hospedagem,

a partir das formas de atendimento mais comuns.

Cozinha

Bar

Restaurante

Outros (Lazer e Eventos)

Módulo 6

Módulos 7 e 9

Unidade Habitacional (UH): uma Unidade

Habitacional se refere ao “espaço físico” de

uso privativo do hóspe-de, sendo identificado

geralmente por um número. Pode ser um

quarto, um aparta-mento, uma suíte, um apartamento duplo,

uma suíte presidencial e até um chalé.

Recepção no Hotel Alvorada, Cunha (SP)

ww

w.fa

zend

aalv

orad

a.co

m.b

r

Page 21: TURISMO RURAL Meios de Hospedagem - … · PROGRAMA TURISMO RURAL “AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE” TURISMO RURAL Meios de Hospedagem SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL Administração

1�FAESP SENAR-AR/SP Meios de Hospedagem no Espaço Rural

Ciclo de Reservas - Atendimento Telefônico

Cliente

Setor de Reservas

Respostas

Indiretamente

Agências / Empresas

Não é possível atender

Diretamente

É possível atender

Ficha de Reservas

Mapa de Ocupação

Planilha de Reservas

Ciclo de Reservas - Atendimento Pessoal

Cliente

Hóspede com Reserva Hóspede sem Reserva

Preenchimento da ficha de entrada (“check-in”)

Determinação da Acomodação

Lançamento de Despesas

Fechamento de Contas (“check-out”)

Abertura de Fatura

Page 22: TURISMO RURAL Meios de Hospedagem - … · PROGRAMA TURISMO RURAL “AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE” TURISMO RURAL Meios de Hospedagem SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL Administração

20 FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Meios de Hospedagem

É muito importante definir com cuidado quais são as tarefas de cada cola-

borador no processo de hospedagem, definindo as funções e responsabilida-

des por meio da descrição de cada cargo.

Cargos e Tarefas

O Atendente de Reservas e Recepcionista é quem dará o acolhimento

ao hóspede, ouvindo-o com atenção. Nessa primeira conversa podemos per-

ceber suas necessidades e expectativas, assim providenciar a entrada deste

(“check-in”). Suas tarefas são:

Executar o atendimento telefônico.

Realizar as reservas, sejam elas de particulares, de agentes de viagem

ou de empresas.

Controlar a disponibilidade de UH’s por meio do mapa de reservas.

Elaborar alterações e cancelamentos de reservas.

Elaborar os “vouchers” de confirmação da reserva, enviando-os ao

cliente pelo correio, fax ou internet.

Concretizar o “check-in” com reserva e sem reserva (“walk-in”).

Preencher o formulário referente ao “check-in”: Ficha Nacional de Re-

gistro de Hóspedes (FNRH) ou similar.

Determinar a acomodação (UH) solicitada.

Fornecer as primeiras informações sobre a propriedade, as acomoda-

ções e outros serviços.

Depois do hóspede instalado, fazer a abertura da conta, registrando a

forma de pagamento tratada na reserva ou no balcão.

Lançar os débitos (despesas) nas contas.

Coordenar a ocupação e disponibilidade.

Fechar as contas no “check-out”.

O Mensageiro (Carregador de bagagem) é quem acompanha o hóspede

até as acomodações. Suas tarefas são:

Acompanhar o hóspede à recepção e à UH após o “check-in”, e atender

os seus pedidos, encaminhando-os aos responsáveis.

Mostrar todos os serviços, as acomodações e os equipamentos, testan-

do-os para ver se está tudo funcionando.

Levar as mensagens ao hóspede.

Retirar a bagagem do hóspede no “check-out”.

Verificar se o apartamento está em ordem e se por acaso o hóspede

Tarefas do Atendente

de Reservas/Recepcionista

1. “Chek-in”: regis-tro de entrada de um hóspedo no meio de

hospedagem.

2. “Voucher”: do-cumento emitido por agências de turismo

como comprovante de reserva de acomodação,

de refeições e outros serviços oferecidos.

3. “Walk in”: do inglês, invasor ou intruso;

significa a chegada do hóspede sem reserva.

4. “Check-out”: registro da saída de um

hóspede do meio de hospedagem.

Tarefas do Mensageiro

Page 23: TURISMO RURAL Meios de Hospedagem - … · PROGRAMA TURISMO RURAL “AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE” TURISMO RURAL Meios de Hospedagem SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL Administração

21FAESP SENAR-AR/SP Meios de Hospedagem no Espaço Rural

não esqueceu nenhum pertence, ou, ao contrário, se está levando al-

gum pertence do hotel.

Serviços e Controles

Depois de compreender as funções que cada colaborador tem sob sua

responsabilidade, observamos que a área de Recepção e Reservas possui al-

gumas peculiaridades que facilitam o trabalho de organização da Hospeda-

gem. Vamos ver agora os serviços e controles dessa área.

Para que as tarefas de controle possam ser executadas, temos que:

Conhecer os tipos de UH´s, diárias e reservas.

Usar adequadamente alguns impressos (formulários).

Contar com equipamentos necessários.

Quem responde pela recepção e pelas reservas deve conhecer a nomen-

clatura que o mercado utiliza para as acomodações (UH) e os tipos de diárias

cobradas nos Meios de Hospedagem.

Essas diárias se fundamentam no tipo de acomodação ou UH (quarto,

apartamento etc.), como explicado no quadro a seguir.

Tipos de UH e Diárias

TIPO DE UHQuarto

Apartamento

Apartamento para deficientes

Suite

Apartamento conjugado

Apartamentos comunicantes

Chalés

DESCRIÇÃOQuarto sem banheiro privativo

Quarto com banheiro privativo

Quarto com banheiro privativo,

portas mais largas e barras de

apoio, rampas de acesso e móveis

adaptados

Sala, quarto e banheiro

Dois quartos interligados e um

único banheiro

Dois apartamentos interligados

por uma porta que pode ser fechada,

permitindo sua venda individual

Mesma configuração de aparta-

mentos ou suites, mas situados em

áreas externas

Condições Básicas para realizar

os Seviços e Controles

Atenção

Um Meio de Hospeda-gem pode ter um ou mais tipos de UH’s.

Page 24: TURISMO RURAL Meios de Hospedagem - … · PROGRAMA TURISMO RURAL “AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE” TURISMO RURAL Meios de Hospedagem SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL Administração

22 FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Meios de Hospedagem

UH da Fazenda Pirahy, Itu (SP)

ww

w.fa

zend

apira

hy.c

om.b

r, 20

06

Tendo por base o tipo de UH, as diárias são definidas a partir de:

1 hóspede

2 hóspedes em cama de casal

2 hóspedes em camas de solteiro

3 hóspedes

4 hóspedes

Mais de 4 hóspedes

Single

Double

Twin

Triplo

Quádruplo

Coletivo

Número de Camas (leitos)Tipo de Diária

número de camas;

tipo (regime) de alimentação;

faixa etária dos hóspedes;

tempo de permanência.

Vejamos os quadros a seguir.

Acima de 12 anos

De 2 anos a 12 anos incompletos

Menos de 2 anos

Grupos específicos (casais com fi-

lhos até 6 anos, pessoas acima de

60 anos etc.)

Completa (100% do valor)

Meia (50% do valor)

“Free” (0% do valor)

Outras

Faixa Etária dos HóspedesTipo de Diária

Atenção

Você pode redefinir essas faixas etárias

conforme for melhor para o seu empreendimento!

Características

das U’Hs que são

consideradas para a

definição de diárias

Page 25: TURISMO RURAL Meios de Hospedagem - … · PROGRAMA TURISMO RURAL “AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE” TURISMO RURAL Meios de Hospedagem SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL Administração

23FAESP SENAR-AR/SP Meios de Hospedagem no Espaço Rural

“Day use” ou “day camp” (dia no campo)

Pernoite

Pernoite com café da manhã

Pernoite com meia pensão

Pernoite com pensão completa

Pacotes de hospedagem

Ocupação da UH por um período de até 12h, geralmente no

período das 8 às 20h, sem hospedagem

Ocupação da UH por um período de 24h, sem nenhuma refei-

ção incluída na diária

Ocupação da UH por um período de 24h com o café-da-manhã

incluído na diária

Ocupação da UH por um período de 24h com o café-da-manhã

e mais uma refeição (almoço ou jantar) incluídos na diária

Ocupação da UH por um período de 24h com o café-da-manhã,

almoço e jantar incluídos na diária

Ocupação da UH por um período de vários dias incluindo refei-

ções e outras atividades (passeio de barco, baile de carnaval,

traslados etc.); diária aplicada principalmente por hotéis de

lazer

Tipo de Diária Tempo de permanência e regime de alimentação

Seguindo os conceitos trabalhados neste item, vamos definir, mesmo que

seja de forma preliminar, os tipos de UH do nosso Meio de Hospedagem e as

diárias que nele podemos praticar:

Tipos de UH

Tipos de Diárias

Page 26: TURISMO RURAL Meios de Hospedagem - … · PROGRAMA TURISMO RURAL “AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE” TURISMO RURAL Meios de Hospedagem SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL Administração

24 FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Meios de Hospedagem

Aviso de Reserva

É um impresso utilizado para preencher todos os dados e informações

sobre o hóspede, sendo utilizado no momento em que a reserva é solicitada

por telefone, fax, internet ou pessoalmente. Deve ter uma seqüência lógica

que facilite ao atendente obter:

todas as informações necessárias para o perfeito atendimento ao

hóspede;

dados que facilitem a busca de informações sobre a idoneidade do

cliente.

Tipos de Reserva

Os tipos de reserva mais conhecidos são: reservas individuais e reservas

de grupo. As reservas individuais podem ser feitas diretamente pelos clientes,

empresas ou agências de turismo.

Quando feitas pelos clientes ou por empresas, solicitamos depósito con-

forme a política do meio de hospedagem; em ambos casos devemos esclare-

cer a forma de pagamento e a garantia de “no show”.

Quando feitas por agências de turismo, em geral após a solitação da re-

serva, devemos solicitar um documento que a garanta, ou seja, o “voucher”.

As reservas de grupo, por envolverem volume maior de UH’s e de outros

serviços, devem ser bem documentadas. É fundamental que seja documenta-

do tudo o que for acertado entre o setor de reservas e a empresa ou agência

que a solicitou. Devemos abrir uma pasta e guardar toda a documentação para

o controle dessas reservas.

“No show”: falta de comparecimento do

cliente sem aviso prévio.

Logotipo e nome do Empreendimento

Nome: Check-in: Check-out: Nº Adultos: Nº crianças:

Endereço:

Cidade:

Estado:

Tel.:

Fax:

E-mail: Tipo de pensão:

Tipo de Acomodação: Forma de pagamento:

Solicitações especiais:

Responsável pela reserva: Data:

Page 27: TURISMO RURAL Meios de Hospedagem - … · PROGRAMA TURISMO RURAL “AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE” TURISMO RURAL Meios de Hospedagem SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL Administração

25FAESP SENAR-AR/SP Meios de Hospedagem no Espaço Rural

Mapa de Ocupação

Também chamado de plano de reservas, é utilizado para o lançamento de

todas as reservas solicitadas com antecedência; é o impresso que permite a

visualização da ocupação do hotel. Vejamos o exemplo a seguir.

Hotel:

Mês/Ano: /

Nº Tipo UH

Total de UH´s Vendidas

Data: 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

01 DBL

02 STE

03 TWN

04 TWN

05 TWN

06 STE

07 DBL

08 DBL

09 DBL

10 TWN

Registro do Hóspede (“check-in”)

O registro do hóspede é feito com o preenchimento de uma ficha. O Em-

bratur e a ABIH indicam um modelo de ficha, a FNRH – FICHA NACIONAL DE

REGISTRO DE HÓSPEDES (FNRH), que podemos adaptar de forma mais sim-

ples, conforme nossas necessidades. Segue um exemplo:

1. EMBRATUR: Instituto Brasileiro de Tursimo, órgão ligado ao Minis-

tério do Turismo.2. ABIH: Assossiação Brasileira da Indústria

de Hotéis.

Page 28: TURISMO RURAL Meios de Hospedagem - … · PROGRAMA TURISMO RURAL “AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE” TURISMO RURAL Meios de Hospedagem SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL Administração

26 FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Meios de Hospedagem

Cadastro do Hóspede (frente)

Nome:

Endereço:

Município: Estado:

Telefone: E-mail:

Ocupação: RG:

Data de Nascimento: Acompanhantes:

Data: Assinatura:

Cadastro do Hóspede (verso)

Obs:

No verso dessa ficha podemos fazer anotações sobre as preferências dos

hóspedes quanto à localização da UH, travesseiros altos ou baixos, solicitações

especiais, entre outras informações que podem auxiliar na superação das ex-

pectativas do cliente.

Page 29: TURISMO RURAL Meios de Hospedagem - … · PROGRAMA TURISMO RURAL “AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE” TURISMO RURAL Meios de Hospedagem SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL Administração

27FAESP SENAR-AR/SP Meios de Hospedagem no Espaço Rural

É a operação mediante a qual controlamos o movimento mensal dos hós-

pedes no Meio de Hospedagem. Registramos diariamente o número de entra-

das, de saídas, de hospedados e de UH’s ocupadas no chamado Boletim de

Ocupação Hoteleira (BOH). Assim como a FNRH, existe um modelo indicado

pelo Embratur e pela ABIH, mas podemos adaptá-lo de forma mais simples,

conforme nossas necessidades. Vejamos o modelo a seguir.

Controle de Ocupação Hoteleira

Fatura

É um dos impressos mais importantes da recepção, pois é onde o recep-

cionista registra todas as despesas do hóspede durante sua estada. Assim

como os outros impressos, também podemos elaborar a fatura de acordo com

as necessidades de nosso empreendimento. Vejamos o modelo a seguir, que

é de um hotel.

FATURA

Nome: Endereço: Cidade: Telefone:

Ciiente

Data: Número de hóspedes: Quartos ocupados: Tarifa:

Hospedagem

Telefonia

Frigobar

Restaurante

Lavanderia

Garagem

Cofre

Outros

Totais

Seção Dia____ Dia____ Dia____ Dia____ Dia____ Dia____ Dia____ Totais

Subtotal

Imposto

TOTAL

DinheiroChequeCartão de CréditoNome

Detalhes do pagamento

Observações:

Obrigado por nos escolher!

Modelo

de Fatura

Page 30: TURISMO RURAL Meios de Hospedagem - … · PROGRAMA TURISMO RURAL “AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE” TURISMO RURAL Meios de Hospedagem SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL Administração

28 FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Meios de Hospedagem

PREVISÃO DE OCUPAÇÃO(Próximos ____ dias)

Período ____/____/____ a ____/____/____

DATA ENTRADAS SAÍDAS HOSPEDADOS Nº DE UH’S OCUPADAS

_______/_______/_______

Os equipamentos necessários para o Setor de Reservas e Recepção são

os seguintes:

Computadores conectados à Internet;

Telefones (e fax);

Sistema hoteleiro: se não for possível a aquisição de programas espe-

cíficos, pode-se elaborar um sistema informatizado para um pequeno

Meio de Hospedagem rural ou fazer os controles manualmente.

Equipamentos

“Livro de Ocorrências”

Um outro controle simples que dá bons resultados é o livro de ocorrências

(“log book”).

Nele são registradas as comunicações entre os recepcionistas de diferen-

tes turnos. Assim toda informação é passada para o recepcionista que assume

o turno, evitando-se atropelos e contratempos.

Page 31: TURISMO RURAL Meios de Hospedagem - … · PROGRAMA TURISMO RURAL “AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE” TURISMO RURAL Meios de Hospedagem SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL Administração

2�FAESP SENAR-AR/SP Meios de Hospedagem no Espaço Rural

GOVERNANÇA

O setor de Governança é responsável pela limpeza e arrumação das uni-

dades habitacionais (UH) e de todas as áreas do Meio de Hospedagem, bem

como da lavanderia/rouparia. Em estabelecimentos de pequeno a médio porte,

os setores de manutenção e jardinagem podem estar, também, nesta área.

Para o bom funcionamento desse setor e participação no atendimento aos

clientes, a equipe - governanta, camareira(s), copeira(s), jardineiro(s) e/ou en-

carregado de serviços gerais - deve trabalhar de forma integrada e hamônica.

Escolha de produtos e utensílios

Camareiras /

Faxineiras

Limpeza e

arrumação

das UH’s

Limpeza e

arrumação

das demais

áreas

Jardineiro /

Serviços Gerais

Manutenção

e reparos nas

UH’s

Manutenção

e reparos nas

demais áreas

Manutenção

e reparos das

áreas

jardinadas

Lavadeiras e

Passadeiras

Lavar e Passar

todo enxoval

Lavar e Pas-

sar roupas de

hóspede

Dimensionamento e controle do enxoval

Governanta

Previsão de ocupação

Delegação a tarefas

Page 32: TURISMO RURAL Meios de Hospedagem - … · PROGRAMA TURISMO RURAL “AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE” TURISMO RURAL Meios de Hospedagem SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL Administração

30 FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Meios de Hospedagem

A principal tarefa da Governanta é assessorar a Gerência no equaciona-

mento do enxoval. Para dimensionar o enxoval, vamos lembrar que os tecidos

duram muito mais quando bem cuidados, isto é, quando lavados com produtos

adequados e deixados para descanso 24h, tempo que as fibras do tecido ne-

cessitam para se refazerem.

Em Meios de Hospedagem de grande porte (hotéis de negócios e/ou de

lazer) é recomendado comprar 4 (quatro) peças de cada item do enxoval, pois

uma deve ficar uma na cama, uma no carrinho, uma na lavanderia e a última

descansando para a recuperação.

Para os Meios de Hospedagem rural, com ocupação principalmente nos

finais de semana e feriados, além de alguns períodos de férias, sugerimos

também a compra de 4 (quatro) peças de cada item do enxoval, sendo: uma

peça na cama, uma na lavandeira, uma no estoque e uma para descanso e

atendimentos emergenciais.

Cargos e Tarefas

Exemplo de enxoval em um Meio de Hospedagem rural, com 10 UH’s

double (20 leitos):

80 unidades (ou peças) de lençóis de cima;

80 unidades (ou peças) de lençóis de baixo;

160 fronhas, pois são 2 travesseiros para cada cama;

TOTAL: 160 unidades (ou peças) de lençóis + 160 fronhas.

Qual a duração das roupas do Meio de

Hospedagem?

A duração das roupas (enxoval) está relacionada à:

Qualidade das roupas: é importante escolhermos tecido de qualidade

para todo o enxoval, pois é um investimento considerável, e não pode-

mos estar a todo o momento realizando trocas e substituições;

Rotatividade: se não possuirmos um estoque compatível de roupas

com o fluxo de hóspedes, sua rotatividade será muito grande. Em fun-

ção disso, o tecido se deteriorará mais rapidamente.

Forma de manuseio: em relação aos equipamentos e produtos de lim-

peza, devemos ter alguns cuidados especiais, pois não adianta termos

excelentes produtos de limpeza e equipamentos sofisticados se quem

os manusear não souber extrair o máximo da capacidade e potência dos

mesmos.

Governanta

Enxoval: o enxoval, na hotelaria, se refere aos lençóis, toalhas, roupões entre outras

peças de cama e banho que ficam à disposição

do hóspede na UH.

Page 33: TURISMO RURAL Meios de Hospedagem - … · PROGRAMA TURISMO RURAL “AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE” TURISMO RURAL Meios de Hospedagem SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL Administração

31FAESP SENAR-AR/SP Meios de Hospedagem no Espaço Rural

Por que os lençóis, fronhas e toalhas de banho em hotéis são geralmente brancos?

Recomendamos a utilização de lençóis, fronhas e toalhas na cor branca

em função de:

evitar que o tecido tenha aparência de desbotado;

identificar o aspecto de limpeza;

facilitar a composição das peças (decoração);

viabilizar a reposição de peças.

Alerta

Não devemos utilizar lençóis com elástico, pois não são recomendáveis para este tipo de ativida-

de em função de sua manutenção.

O enxoval de uma UH padrão (apartamento duplo) pronta para ocupação é o

seguinte:

1 lençol de baixo (lençol inferior)

1 lençol de cima ou virol (lençol

superior)

2 fronhas

2 travesseiros (por pessoa)

2 cobertores ou edredons (sendo 1

extra)

1 colcha ou cobre leito

1 protetor de colchão

1 travesseiro extra vestido com

fronha

2 toalhas de rosto

2 toalhas de banho

1 piso

2 sabonetes pequenos ou 1

padrão

Outras amenidades, dependendo

do tipo de Meio de Hospedagem

PARA CADA CAMA PARA O BANHEIRO

A governanta é quem responde pelos serviços utilizados pelos hóspedes antes,

durante e após sua estada e pela organização de toda a área de limpeza e conser-

vação do meio de hospedagem. São suas tarefas:

realizar os cálculos de funcionários por turno de trabalho;

controlar o estoque de enxoval e produtos de limpeza;

realizar o treinamento dos colaboradores;

definir o padrão de qualidade dos serviços de arrumação e limpeza;

orientar e checar todos os serviços de limpeza e arrumação das UH´s, das

áreas sociais e dos serviços, criando rotinas e distribuindo as tarefas de for-

ma adequada;

zelar pela boa aparência dos funcionários;

escolher os utensílios e produtos corretos para cada serviço;

Page 34: TURISMO RURAL Meios de Hospedagem - … · PROGRAMA TURISMO RURAL “AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE” TURISMO RURAL Meios de Hospedagem SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL Administração

32 FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Meios de Hospedagem

auxiliar os hóspedes, principalmente em situações especiais (morte, briga,

roubo, vazamento, arma de fogo, entre outros);

solicitar serviços de reparo e zelar pelo conforto de todos os envolvidos no

processo de hospedagem, dos hóspedes (clientes externos) aos funcionários

(clientes internos).

Para poder definir o número de funcionários (camareiras) necessários por

turno é importante levar em consideração alguns aspectos:

previsão de ocupação;

profissionais treinados e capacitados;

características físicas do Meio de Hospedagem;

nível de padrão de qualidade.

É o profissional responsável pela limpeza, higienização e arrumação das

unidades habitacionais e áreas sociais, inspeção de “check-out”, reposição e

controle de material utilizado para o serviço, atendimento de pedidos e recla-

mações.

É o profissional que responde pela lavanderia garantindo o fornecimento

de enxovais e roupas limpas a todos os setores e seus colaboradores. Em

algumas pousadas de pequeno porte os serviços de lavanderia são terceiri-

zados, isto é, a roupa é lavada em uma lavanderia fora do estabelecimento

de hospedagem. Nesse caso devemos fazer o controle de saída e entrada da

roupa, bem como da qualidade da lavagem desta.

A lavanderia é o subsetor da Governança que deve ser visto com muita

atenção e cuidado.

A partir de cálculos de ocupação real e prevista, podemos avaliar se

compensa implantarmos uma lavanderia ou se optamos por lavar a roupa

fora do empreendimento.

Camareira ou Arrumadeira

Lavadeira/Passadeira

Encarregado de Serviços Gerais/Jardineiro

Realiza a manutenção preventiva e corretiva, planejada adequadamente,

Dica

O número de funcionários (colaboradores) de um meio de hospedagem

varia conforme seu tamanho e suas

características.

Page 35: TURISMO RURAL Meios de Hospedagem - … · PROGRAMA TURISMO RURAL “AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE” TURISMO RURAL Meios de Hospedagem SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL Administração

33FAESP SENAR-AR/SP Meios de Hospedagem no Espaço Rural

Jardins da Fazenda São Francisco, São José do Barreiro (SP)

ww

w.fa

zend

asao

franc

isco

.com

.br,

2006

Existem formulários que servem para solicitação ou lembrete de serviços,

usados quando um hóspede faz tal pedido na reserva. É importante que tudo

esteja preparado antes da chegada do hóspede, para que ele se sinta bem

acolhido.

Solicitação de Serviços

Data da SolicitaçãoDescrição daSolicitação

Providenciar para(Data)

Solicitado porServiço Executado em:

(Data)

evitando transtornos para os hóspedes e aumento de despesas ao proprietário.

Nesse sentido troca lâmpadas e conserta goteiras e vazamentos, curtos elétri-

cos, dentre outros serviços.

Mantém a paisagem externa limpa e ordenada cuidando para que o jar-

dim, o sistema de iluminação externo, e a sinalização estejam sempre bem

conservados e ordenados, além de outras áreas como baias, oficinas etc.

Serviços e Controles

Page 36: TURISMO RURAL Meios de Hospedagem - … · PROGRAMA TURISMO RURAL “AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE” TURISMO RURAL Meios de Hospedagem SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL Administração

34 FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Meios de Hospedagem

Os serviços e controles são ainda importantes para analisarmos a pe-

riodicidade em que as tarefas devem ser executadas de forma planejada e

ordenada. Exemplo de tempos e tarefas a serem executadas:

Diárias: limpeza e arrumação diária das unidades habitacionais, bem

como requisições de itens necessários.

Semanais: requisição de materiais de limpeza e faxina pesada nas uni-

dades habitacionais desocupadas.

Mensais: contagem de enxovais e utilidades existentes na rouparia de

andar.

Trimestrais: vira de colchão.

Semestrais: limpeza e lavagem de cortinas e carpetes.

Anuais: inventários gerais.

Outros controles importantes são descritos a seguir:

Controle de Ocupação de Apartamentos (Folha de Serviço da Cama-

reira): Com esse controle podemos saber quais UH’s estão sendo ocu-

padas e quais estão limpas para podermos otimizar as vendas, caso

haja necessidade. Outro dado importante refere-se à segurança. Assim

como os demais controles, devemos elaborar um que seja específico

para o nosso empreendimento. Vejamos o exemplo a seguir.

Carrinho de camareira

ww

w.h

ospm

ovei

s.co

m.b

r, 20

06Dica

O Carrinho da Camareira deverá ser adequado ao Meio de Hospedagem, ao número de UH´s do mesmo e ao estilo e

características da sua construção.

Page 37: TURISMO RURAL Meios de Hospedagem - … · PROGRAMA TURISMO RURAL “AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE” TURISMO RURAL Meios de Hospedagem SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL Administração

35FAESP SENAR-AR/SP Meios de Hospedagem no Espaço Rural

Folh

a de

Ser

viço

da

Cam

arei

ra

Cam

arei

raDa

ta

Apto

Pess

oas

Entra

daSa

ída

Ocup

ado

Vago

Inte

rdi-

tado

Dorm

iu

Fora

Lim

poOK

Baga

gem

Obse

rvaç

õsSe

mPo

uca

Regu

lar

Mui

ta

Page 38: TURISMO RURAL Meios de Hospedagem - … · PROGRAMA TURISMO RURAL “AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE” TURISMO RURAL Meios de Hospedagem SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL Administração

36 FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Meios de Hospedagem

Controle de Requisição de Materiais por Semana: possibilita maior

controle dos materiais que estão sendo utilizados pelas camareiras, ao

mesmo tempo em que evita desperdícios. Indica quais materiais deverão

ser comprados e suas quantidades, auxiliando na minimização de custos.

Itens Materiais de

LimpezaUnidade 1ª Semana 2ª Semana 3ª Semana 4ª Semana Total

Álcool Litro

Detergente Frasco

Escova para piso

Unidade

Esponja dupla face

Unidade

Inseticida Frasco

Lâmpadas Unidade

Limpa metais Litro

Lustra móveis Unidade

Luvas Frasco

Óleo Singer Frasco

Papel higiênico Unidade

Saco de lixo (60 l)

Unidade

Saco de lixo (100 l)

Unidade

Sapólio Unidade

Vassoura Unidade

Rodo Unidade

Pá de lixo Unidade

Pano de chão Unidade

Pano de limpeza

Unidade

Flanela Unidade

Amenidades

Mini sabonete Unidade

Fósforo Unidade

Lenço Unidade

Shampoo Unidade

Condicionador Unidade

Outros

Page 39: TURISMO RURAL Meios de Hospedagem - … · PROGRAMA TURISMO RURAL “AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE” TURISMO RURAL Meios de Hospedagem SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL Administração

37FAESP SENAR-AR/SP Meios de Hospedagem no Espaço Rural

Controle e Inspeção de Apartamento e Banheiro: a camareira realiza

o controle com o auxílio de um “check list”, como o exemplo abaixo.

Check list - Inspeção de Apartamento e Banheiro

Camareira: Data: Apto:

Apto R R R Manutenção Banheiro

Porta Porta

Teto Teto

Parede Parede

Armário Janela

Cama Vaso Sanitário

Arandelas Bidê

Ar condic. Ralos

QuadrosRecipientes de lixo

Cortinas Box com cortinas

Janelas Banheira

BanquetasSuporte: papel higiênico

Recipientes de lixo

Espelho

Rodapés Pia

Piso de chão Piso

Tapetes Rodapé

Suprimentos do apto

Suprimentos do banheiro

OBS: OBS:

R = ITENS COM NECESSIDADES DE RETOQUE RR= RETOQUE REALIZADO

“Check list”: lista de verificações de tare-

fas, ações, produtos e serviços.

Page 40: TURISMO RURAL Meios de Hospedagem - … · PROGRAMA TURISMO RURAL “AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE” TURISMO RURAL Meios de Hospedagem SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL Administração

38 FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Meios de Hospedagem

Para aumentar a durabilidade dos colchões e para que estes não fiquem

com marcas devido ao peso constante, faça a virada do colchão a cada três

meses, conforme a ilustração a seguir.

Face 1 do Colchão

É comum, também, a prática da aspiração para limpar os colchões, com

aspirador de pó normal ou específico para esse fim.

Face 2 do Colchão

Vira de Colchão•

JAN

ABR

JUL

OUT

Modelo aspirador de pó

ww

w.a

nrbo

dy33

.com

Page 41: TURISMO RURAL Meios de Hospedagem - … · PROGRAMA TURISMO RURAL “AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE” TURISMO RURAL Meios de Hospedagem SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL Administração

3�FAESP SENAR-AR/SP Meios de Hospedagem no Espaço Rural

Logo

tipo

/ Nom

eIn

vent

ário

DAT

A: _

___/

___/

___

PREV

ISÃO

DE

COM

PRAS

:

Disc

rimin

ação

dos

Iten

sEs

toqu

e In

icia

lEs

toqu

e Ro

upar

iaAp

to.

Lava

nder

iaSu

btot

alPe

rdas

Esto

que

Anua

lAl

mox

arifa

doQt

de. I

deal

A Co

mpr

ar

Lenç

ol c

asal

Lenç

ol s

olte

iro

Lenç

ol in

fant

il

Cobe

rtor c

asal

Cobe

rtor s

olte

iro

Cobe

rtor i

nfan

til

Colc

ha d

e pi

quet

cas

al

Colc

ha d

e pi

quet

sol

teiro

Colc

ha d

e pi

quet

Infa

ntil

Colc

ha/c

obre

leito

cas

al

Colc

ha/c

obre

leito

sol

teiro

Colc

ha/c

obre

leito

infa

ntil

Fron

ha

Fron

ha in

fant

il

Trav

esse

iro

Trav

esse

iro in

fant

il

Prot

etor

de

trave

ssei

ro

Toal

ha d

e ba

nho

Toal

ha d

e pi

scin

a

Toal

ha d

e ro

sto

Toal

ha d

e pi

so

Pano

de

limpe

za

Pano

s pa

ra C

opos

Flan

elas

INVE

NTÁR

IO D

O EN

XOVA

L

Page 42: TURISMO RURAL Meios de Hospedagem - … · PROGRAMA TURISMO RURAL “AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE” TURISMO RURAL Meios de Hospedagem SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL Administração

40 FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Meios de Hospedagem40 41FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Meios de Hospedagem Planejamento Físico do Meio de Hospedagem

Conforme, o público, o tipo de meio de hospedagem, os tipos de UH´s, o

número de camas e os tipos de diárias, definiremos os móveis e equipamen-

tos a serem adquiridos. Nem tudo precisa ser comprado. Podemos aproveitar

móveis antigos ou usados para decorar e valorizar o ambiente. Isto diminui o

nosso investimento inicial.

Cama de casal

Cama de solteiro

Sofá cama

Berço

Penteadeira com banco ou cadeira especial

Guarda-roupa ou armário embutido

Criado-mudo

Mesa com cadeiras ou bancadas

Maleiro

Telefone ou intercomunicador interno

Sistema de refrigeração e calefação (ar condicionado, ven-

tilador, lareira)

Poltrona

Cinzeiro (apartamento para fumantes)

Cesto para lixo

Assento para vaso sanitário

Prateleira sobre a pia, abaixo do espelho ou bancada ao

redor da pia

Chuveiro com box ou cortina

Porta sabonetes

Suporte ou prateleira para artigos de banho

Porta toalhas

Porta papel higiênico

Tomada com indicação de voltagem

Abajour ou iluminação para criado-mudo e escrivaninha

DIMENSIONAMENTO DE MóVEIS, EQUIPAMEN-TOS, UTENSÍLIOS E ENXOVAL

Lista de Móveis e Equipamentos de UH - Sugestão

Móveis e Equipamentos

Camas de solteiro em uma suíte no Hotel Alvorada, Cunha (SP)

ww

w.fa

zend

aalv

orad

a.co

m.b

r

Page 43: TURISMO RURAL Meios de Hospedagem - … · PROGRAMA TURISMO RURAL “AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE” TURISMO RURAL Meios de Hospedagem SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL Administração

40 41FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Meios de Hospedagem Planejamento Físico do Meio de Hospedagem

Descrição Quantidade Valor Unitário Valor Total

Valor

Dimensionamento e Investimentos em Móveis e Equipamentos

Page 44: TURISMO RURAL Meios de Hospedagem - … · PROGRAMA TURISMO RURAL “AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE” TURISMO RURAL Meios de Hospedagem SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL Administração

42 FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Meios de Hospedagem

Para dimensionar o enxoval, devemos, também, levar em conta as ca-

racterísticas de cada empreendimento em particular. A lista que segue é uma

sugestão, ou lembrete, pois devemos adaptá-la às necessidades do nosso

Meio de Hospedagem.

Lençol casal

Lençol solteiro

Lençol infantil

Cobertor casal

Cobertor solteiro

Cobertor infantil

Colcha de piquet casal

Colcha de piquet solteiro

Colcha de piquet Infantil

Colcha/cobre leito casal

Colcha/cobre leito solteiro

Colcha/ cobre leito infantil

Fronha

Fronha infantil

Travesseiro

Travesseiro infantil

Protetor de travesseiro

Toalha de banho

Toalha de piscina

Toalha de rosto

Toalha de piso

Pano de limpeza

Lista de Utensílios e Enxoval de UH - Sugestão

Descrição Quantidade Valor Unitário Valor Total

Valor

Dimensionamento e Investimentos em Utensílios e Enxoval

Utensílios e Enxoval

Pano para copos

Flanela

Armário

Prateleira

Balde

Carrinho da camareira

Rodo

Vassouras

Escovão

Escova de limpeza

Aspirador (geral)

Page 45: TURISMO RURAL Meios de Hospedagem - … · PROGRAMA TURISMO RURAL “AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE” TURISMO RURAL Meios de Hospedagem SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL Administração

43FAESP SENAR-AR/SP Meios de Hospedagem no Espaço Rural

Até agora conhecemos os tipos de Meio de Hospedagem que podemos

implantar em uma propriedade rural, como é seu funcionamento e a operacio-

nalização dos setores de hospedagem. No Capítulo 2 vamos realizar o plane-

jamento físico do empreendimento, aproveitando as estruturas existentes ou

construindo novas estruturas.

Significado da Hospitalidade

Hospitalidade e Turismo Rural

Tipos de Meios de Hospedagem

Organização e Funcionamento

Reservas e Recepção

Governança

Dimensionamento de Móveis, Equipamentos, Utensílios e Enxoval

REVISÃO

Quantidade Colaboradores Cargo ou Função

Valor

Definição dos Colaboradores do Meio de Hospedagem

Page 46: TURISMO RURAL Meios de Hospedagem - … · PROGRAMA TURISMO RURAL “AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE” TURISMO RURAL Meios de Hospedagem SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL Administração

44 45FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Meios de Hospedagem Planejamento Físico do Meio de Hospedagem

PLANEJAMENTO FÍSICO DO MEIO DE HOSPEDAGEM

Neste Capítulo você vai:

compreender a importância do Patrimônio Arquitetônico no Turismo Rural e os cuidados para a valorização das estruturas;

aplicar os conceitos de planejamento físico no dimensionamento das áreas na propriedade.

Page 47: TURISMO RURAL Meios de Hospedagem - … · PROGRAMA TURISMO RURAL “AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE” TURISMO RURAL Meios de Hospedagem SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL Administração

44 45FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Meios de Hospedagem Planejamento Físico do Meio de Hospedagem

Fazenda Pinhal

ww

w.fa

zend

apin

hal.c

om.b

r

PATRIMÔNIO ARQUITETÔNICO

Como foi visto no Módulo 4 - Ponto de Venda de Produtos, receber e

hospedar pessoas no espaço rural é uma atividade que possui características,

onde o tempo, os objetos, a paisagem e o patrimônio arquitetôncio representam

um grande valor.

Hospedar-se em um Meio de Hospedagem rural torna-se, para mui-

tos, um momento único e especial onde o estilo da construção e os mate-

riais utilizados são o cenário e onde acontece a experiência turística.

A boa apresentação, conservação e manutenção das edificações são fun-

damentais para que o cenário do acolhimento no momento da hospedagem

seja perfeito. Isto não quer dizer que adaptações físicas não possam ser fei-

tas, principalmente em antigas propriedades que possuem uma história rica.

As edificações no espaço rural apresentam a história do que se passou

em outras épocas, registrado em suas paredes e objetos. Visitar proprieda-

des antigas é reencontrar, impecavelmente conservado, um período de nossa

história. É poder usufruir seu acervo e sua natureza, com uma estrutura de

hospedagem cuja decoração normalmente proporciona descontração, des-

canso e vivência cultural extraordinária.

Dica

Releia o Capítulo 2 da Cartilha do Aluno do Mó-dulo 4 - Ponto de Venda

de Produtos

Com essa preocupação, podemos identificar e reconhecer o estilo arquite-

tônico e histórico dos prédios da nossa propriedade, descrevendo as caracte-

rísticas das suas construções, num quadro a seguir, como o modelo a seguir.

Importância

Page 48: TURISMO RURAL Meios de Hospedagem - … · PROGRAMA TURISMO RURAL “AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE” TURISMO RURAL Meios de Hospedagem SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL Administração

46 47FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Meios de Hospedagem Planejamento Físico do Meio de Hospedagem46 47FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Meios de Hospedagem Planejamento Físico do Meio de Hospedagem

Sede da Fazenda Vila Rica, Itatiba (SP)

ww

w.fa

zenf

avila

rica.

com

.br,

2006

Construções Século Cultura Estilo

Cuidados e Valorização das Estruturas Físicas e Recursos Existentes

Agora que já conseguimos identificar qual o estilo das construções da

nossa propriedade e que cada época teve o seu charme, vamos descobrir

o que precisa ser consertado e substituído para podermos trabalhar com o

Turismo Rural.

Em relação ao Meio de Hospedagem no qual os hóspedes estarão aco-

modados, a substituição de peças das construções deve ser feita com muito

rigor, investigando-se primeiro o que se usava originalmente, nas épocas em

que foram feitas. Por exemplo, para trocar folhas de janelas devemos saber

como eram as originais.

Como já vimos no Módulo 4, antes de começar a arrumar e consertar as

Page 49: TURISMO RURAL Meios de Hospedagem - … · PROGRAMA TURISMO RURAL “AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE” TURISMO RURAL Meios de Hospedagem SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL Administração

46 47FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Meios de Hospedagem Planejamento Físico do Meio de Hospedagem46 47FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Meios de Hospedagem Planejamento Físico do Meio de Hospedagem

Dica

1. Aproveite as constru-ções antigas.

2. Mantenha as caracterís-ticas originais.

3. Crie o histórico da cons-trução e da restauração.

Atenção

Releia os detalhes desta vistoria na Cartilha 4 para não esquecer de

algum item.

estruturas físicas temos que fazer uma vistoria cuidadosa observando sempre

a partir do telhado para as fundações e alicerces.

Cuidados para as Novas Construçõese Áreas de Expansão

Quando for necessária uma nova construção, é importante que analise-

mos alguns aspectos para valorizar ainda mais o patrimônio, como já vimos no

Módulo 4, tais como:

Sapata: um tipo de fundação para cons-truções mais pesadas que são instaladas em terrenos mais fracos.

O projeto arquitetônico, principalmente a fachada, deve estar em har-

monia com a paisagem local, considerando o relevo, a vegetação e as

principais características da região.

Soluções devem ser criadas para atender o aumento de demanda de

energia que certamente virá e estudadas soluções alternativas como:

placa de captação de luz solar (painel solar), cata-vento, geradores à

gasolina ou diesel etc.

O tratamento de água residual e de esgoto não deve poluir os rios e

o lençol freático; existem formas eficientes e baratas de tratamento

como o biodigestor.

O impacto sobre o meio ambiente deve ser minimizado, evitando-

se áreas de terraplanagem de grande porte e sapatas de gran-

des profundidades.

A construção deve estar situada de modo a evitar o corte de árvores e

a retirada de pedras; não deve estar próxima a lugares com barulho.

A iluminação natural deve ser privilegiada; é aconselhável que as va-

randas e janelas sejam direcionadas, sempre que possível, para as

faces Norte, Nordeste e Noroeste.

As unidades habitacionais, sempre que possível, devem estar com uma

distância razoável umas das outras, evitando assim interferência de

som; se isso não for possível, devemos utilizar materiais que isolem

o som, como paredes duplas recheadas com lã de vidro ou soluções

similares.

A ventilação deve ser a mais natural possível; a ventilação cruzada

(aberturas na frente e atrás das instalações) muitas vezes resolve

esse problema adequadamente.

Page 50: TURISMO RURAL Meios de Hospedagem - … · PROGRAMA TURISMO RURAL “AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE” TURISMO RURAL Meios de Hospedagem SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL Administração

48 4�FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Meios de Hospedagem Planejamento Físico do Meio de Hospedagem48 4�FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Meios de Hospedagem Planejamento Físico do Meio de Hospedagem

Capela da Pousada Vizinha da Lua, Piquete (SP)

Foto

de

Graz

iela

Cas

tilho

Sab

ino,

200

4

PLANEJAMENTO E DIMENSIONAMENTO DAS ÁREAS

Já vimos os cuidados que temos que ter em relação às estruturas existen-

tes e áreas de expansão, agora vamos analisar como dimensionar e conciliar

os espaços na propriedade.

Planejamento Físico da Propriedade

Essa visão completa deve ser registrada em um mapa de estudo de im-

plantação, onde devemos colocar todos os recursos naturais (lagos, matas,

plantações, montanhas, rios etc.) e as edificações (casa sede, curral, casas

de colonos, paiol etc.). Para tanto, precisamos retomar o croqui da proprieda-

de que fizemos no Módulo 1 (Exemplo 1) e aperfeiçoá-lo em um novo croqui

(Exemplo 2).

Dica

O planejamento físico da propriedade deve estar

de acordo com as neces-sidades e desejos

de toda a família do empreendedor.

Para trabalharmos com o Turismo Rural, é importante termos uma

visão completa de:

todos os atrativos, recursos e edificações existentes e propostas;

o que já existe e onde estão localizados dentro da propriedade;

o que será necessário ou precisa ser criado ou transformado.

Page 51: TURISMO RURAL Meios de Hospedagem - … · PROGRAMA TURISMO RURAL “AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE” TURISMO RURAL Meios de Hospedagem SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL Administração

48 4�FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Meios de Hospedagem Planejamento Físico do Meio de Hospedagem48 4�FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Meios de Hospedagem Planejamento Físico do Meio de Hospedagem

Nesta fase é importante que tenhamos definido quais espaços são de uso

das atividades rurais (atividades relacionadas à plantação, aos animais etc.)

e quais serão destinados ao uso dos turistas e hóspedes. Com isso podemos,

por meio de um desenho ou esquema, mostrar em círculos onde cada uma

dessas áreas está localizada.

1. Porteira

2. Paiol

3. Estábulo

4. Pasto

5. Casa Sede

6. Casa de Colonos

7. Plantação

8. Rio

9. Mata Nativa

Exemplo 1

1

2

34

5

67 8

9

É importante observar o fluxo de atividades, os caminhos, as dificul-

dades e os acessos de ligação entre cada atrativo ou mesmo entre cada

edificação. A visão e qualidade da paisagem nos caminhos devem ser as

mais agradáveis possíveis, assim como a distância entre cada edificação.

Page 52: TURISMO RURAL Meios de Hospedagem - … · PROGRAMA TURISMO RURAL “AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE” TURISMO RURAL Meios de Hospedagem SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL Administração

50 51FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Meios de Hospedagem Planejamento Físico do Meio de Hospedagem50 51FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Meios de Hospedagem Planejamento Físico do Meio de Hospedagem

1. Porteira

2. Paiol

3. Estábulo

4. Pasto

5. Casa Sede

6. Casa de Colonos

7. Plantação

8. Rio

9. Mata Nativa

1

2

34

5

6

7 8

9

Exemplo 2

Reforma e Adaptação das Edificações

Quando optamos por utilizar as edificações existentes para o turismo ru-

ral, as pesquisas referentes ao estilo e à história das edificações é o ponto

de partida, como já observamos. Nem sempre essa adaptação é fácil e, por

vezes, irá requerer uma boa organização de atendimento e funcionamento.

É interessante utilizarmos as edificações já existentes na propriedade,

com o que minimizamos os custos de novas construções e aproveitamos o

que já está pronto.

Algumas edificações podem ser adaptadas para outras funções no tu-

rismo rural e com isso a descaracterização e gastos com construções novas

podem ser menores. As casas de colonos, estábulos e outras edificações po-

dem ser adaptadas perfeitamente a novos usos sem terem seus aspectos to-

talmente perdidos. É esse o momento ideal para confirmarmos os segmentos

Page 53: TURISMO RURAL Meios de Hospedagem - … · PROGRAMA TURISMO RURAL “AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE” TURISMO RURAL Meios de Hospedagem SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL Administração

50 51FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Meios de Hospedagem Planejamento Físico do Meio de Hospedagem50 51FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Meios de Hospedagem Planejamento Físico do Meio de Hospedagem

Definição do Uso das Edificações

O primeiro item importante na escolha das edificações e suas futuras fun-

ções é o que se refere ao fluxo de atividades e segurança, como já vimos no

Módulo 4. Não podemos aproveitar as casas dos colonos para o uso de hos-

pedagem sem considerar o trajeto que os hóspedes farão para chegarem à

propriedade, a sua circulação interna, os acessos que utilizarão na partida, os

espaços abertos e sua segurança.

No caso da utilização da casa sede como meio de hospedagem, esta de-

verá contar como adaptações, mas também com limitações para não desca-

racterizá-la, reforçando que não é necessário a existência de banheiro em

todos os quartos.

Cuidados para Elaboração da Planta Baixa do Projeto

A importância de conhecermos os setores que compõe os Meios de Hos-

pedagem está relacionada à facilidade de identificar o fluxo de informação,

o quadro de funcionários, e como planejar as estruturas físicas para melhor

atender a essas necessidades.

Em Meios de Hospedagem não informatizados, é aconselhável que os se-

tores de Reserva e de Recepção se concentrem em um só, o que auxilia a troca

de informações entre ambos. Essa condição não é necessária para os sistemas

informatizados ligados em rede, pois o sistema disponibiliza as informações

para todos os setores, independentemente de sua localização física.

É importante saber que a área do saguão deve ser proporcional à quanti-

dade de UH´s que possuímos, para que no momento em que o hóspede preen-

cha as fichas de “check-in” ou faça “check-out” tenha espaço .

de demanda dos hóspedes ou turistas do nosso empreendimento e, no caso da

hospedagem, a definição de que tipos de quartos serão necessários.

Dica

Devemos evitar cami-nhos que facilitem a

saída dos hóspedes do Meio de Hospedagem sem que os mesmos

passem e sejam vistos pela Recepção.

Os regulamentos para os Meios de Hospedagem do Embratur e da

ABIH sugerem no mínimo, 1m² de área social por UH. Isto significa que se

temos 20 apartamentos, devemos ter no mínimo 20m² de área social.

Num Meio de Hospedagem rural, este espaço pode contar com uma

sala de estar ou um espaço aconchegante; não precisa ter necessariamen-

te divisórias.

Page 54: TURISMO RURAL Meios de Hospedagem - … · PROGRAMA TURISMO RURAL “AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE” TURISMO RURAL Meios de Hospedagem SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL Administração

52 53FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Meios de Hospedagem Planejamento Físico do Meio de Hospedagem52 53FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Meios de Hospedagem Planejamento Físico do Meio de Hospedagem

Áreas de Hospedagem - Unidades Habitacionais

O dimensionamento físico deve considerar quais são os tipos de UH’s, e

principalmente, o tamanho das camas e outras peculiaridades, que definimos

no capítulo anterior.

Tipo Nº de Camas Observação

“Double” 2 camas de solteiro (1 x 2m cada) Opção de 1 bicama ou 1 beliche não é muito usual

“Twin” 1 cama de casal (1,40 x 2m) Tamanho padrão aproximado

Triplo 3 camas de solteiro (1 x 2m cada)Opção de 1 cama de solteiro e 1 bicama ou 1 beliche, conforme o tipo de meio de hospedagem e o espaço disponível

Quádruplo 4 camas de solteiro (1 x 2m cada)Opção de 2 camas de solteiro e 2 bicamas ou 2 beliches, conforme o tipo de meio de hospedagem e o espaço disponível

Coletivo Depende do número de leitosVárias opções de camas, bicamas e beliches, dependendo do número de leitos e espaço disponível

Classificação das UH’S por Número de Camas

Agora vamos ver a dimensão mínima e máxima para os diferentes pa-

drões de Meios de Hospedagem, considerando as construções novas.

Dimensões por Padrão de UH´s

ÁreaPadrão

Econômico Médio Superior

Área de hospedagem (UH´s) em m² comparada à área total construída 80 a 85% 70 a 75% 60 a 65%

Área total construída da UH (quarto + banheiro) 17m² a 25m² 25m² a 30m² 30m² a 35m²

Largura mínima do quarto (da parede da cabeceira à parede oposta) 3m 3,3m 3,6m

Comprimento mínimo do quarto (para uma cama de casal ou duas de solteiro)

4,5m 5,0m 5,5m

Dimensão mínima do banheiro 3,2m² 4,0m² 4,5m²

Terraço privativo – largura mínima 0,8m 1,0m 1,3m

Corredor das UH´s – largura mínima 1,2m 1,5m 1,8m

Page 55: TURISMO RURAL Meios de Hospedagem - … · PROGRAMA TURISMO RURAL “AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE” TURISMO RURAL Meios de Hospedagem SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL Administração

52 53FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Meios de Hospedagem Planejamento Físico do Meio de Hospedagem52 53FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Meios de Hospedagem Planejamento Físico do Meio de Hospedagem

Para o dimensionamento físico de um Meio de Hospedagem a ser im-

plantado ou para o redimensionamento físico de um já implantado ou em

funcionamento, temos que considerar os seguintes aspectos:

prever, se possível, um hall antecedendo o banheiro e o quarto, pro-

porcionando assim maior privacidade interna;

prever, se possível, banheiros com janelas voltadas para área ex-

terna;

distribuir as peças sanitárias privilegiando uma maior privacidade,

de forma a dispor na ordem de visualização primeiramente o lava-

tório de frente à porta, em seguida o vaso sanitário e o box o menos

visível possível;

distanciar, o máximo possível, as janelas das unidades habitacio-

nais para proporcionar melhor privacidade acústica e visual;

dimensionar, conforme a necessidade do público, a disposição dos

móveis para montagem de cama extra;

planejar a disposição dos móveis do quarto, de maneira a propiciar

uma maior privacidade. Exemplo: ao abrirmos a porta, não devemos

visualizar imediatamente a cama;

atentar para que as cabeceiras das camas estejam alinhadas com

as janelas, pois propiciam admiração da paisagem por quem estiver

recostado nelas;

prever espaços de circulação ao redor das camas;

não colocar cama debaixo da janela, com as laterais encostadas em pa-

redes e nem sem nenhuma parede atrás da cabeceira.

Com os dados que obtivemos no capítulo anterior e neste, podemos rever e

definir a quantidade, o tamanho e os tipos das UH´s do nosso empreendimento:

Nº da UH Tamanho Tipo de UH

Page 56: TURISMO RURAL Meios de Hospedagem - … · PROGRAMA TURISMO RURAL “AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE” TURISMO RURAL Meios de Hospedagem SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL Administração

54 55FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Meios de Hospedagem Planejamento Físico do Meio de Hospedagem54 55FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Meios de Hospedagem Planejamento Físico do Meio de Hospedagem

Quando o hóspede procura um Meio de Hospedagem no espaço rural, an-

tes de qualquer coisa ele procura um local que seja bucólico e que não tenha

tanto a sensação de cidade e, o mais importante, tenha uma vista bonita.

A janela é a grande moldura que o hóspede busca sempre que entra na

edificação. Assim, os elementos de visão, iluminação, insolação, ventilação e

odores são muito importantes.

A determinação de aberturas nas edificações pode e deve ser escolhida

levando em consideração os elementos acima mencionados. No entanto, nem

sempre é necessário termos montanhas e lagos, mas algo que seja contem-

plativo aos olhos de quem observa. Se por ventura a vista do horizonte não for

muito bela, ao menos podemos ter um belo jardim ou gramado, pois o hóspede

se ocupará em observar os detalhes das plantas ou de alguma plantação.

A boa claridade dos cômodos é o cartão do bem receber as pessoas. O uso

da iluminação natural, sempre que possível, além de economia de energia é a

luminosidade ideal. Devemos localizar facilmente os pontos de interruptores

pelos cômodos e não esquecer de identificar as tomadas com suas voltagens,

principalmente nas UH’s. O sol da manhã é o mais higienizador e acolhedor,

sendo assim recomenda-se que as janelas das UH’s sejam voltadas em sua

direção. Por sua vez, os quartos que ficam voltados para o sol da tarde tendem

a ser mais quentes, o que pode requerer o uso de ventiladores.

Corredor ensolarado dos apartamentos da Fazen-da Santo Antônio, Sabino (SP)

Apartamento com insolação na Pousada do Francês, Fernando de Noronha (PE)

Foto

de

Graz

iela

Cas

tilho

Sab

ino,

200

4

ww

w.n

oron

ha.in

fo/c

ham

bre.

br

Iluminação e InsolaçãoDica

A insolação deve ser observada criteriosa-

mente. Em regiões mais quentes, o excesso de

insolação pode transfor-mar a estada do turista

em uma experiência desagradável.

Elementos Naturais

Vistas - Paisagens

Page 57: TURISMO RURAL Meios de Hospedagem - … · PROGRAMA TURISMO RURAL “AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE” TURISMO RURAL Meios de Hospedagem SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL Administração

54 55FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Meios de Hospedagem Planejamento Físico do Meio de Hospedagem54 55FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Meios de Hospedagem Planejamento Físico do Meio de Hospedagem

Planta baixa - Fazenda Capoava, Itu (SP)

ww

w.fa

zend

acap

oava

.com

.br,

2006

No turismo rural o estudo da ventilação é fundamental pois ambientes

arejados são sinal de saúde e alegria; porém ventania demais pode ser um

grande problema. Assim a escolha de aberturas de janelas e portas devem

prever ambientes com aeração equilibrada. Devemos observar nos meses do

ano o sentido que o vento costuma percorrer toda a propriedade.

O vento traz, também, aromas que podem ser agradáveis e convidativos

a passeios, como no caso de jardins e plantações, mas a brisa de áreas como

mangueirão, pasto e outras pode ser problemática. Também o vento costuma

trazer, às vezes, poeira, insetos, folhas; portanto, o uso de telas nas janelas

pode ser muito útil.

Fatores da Decoração

A aparência e organização são fundamentais, mesmo que a sua proprie-

dade seja simples, pois demonstram zelo e dedicação.

Um bom acolhimento dos hóspedes começa nos detalhes de caminhos

cuidados, canteiros de flores e folhagens que agradam aos olhos ao mesmo

tempo em que conduzem aos locais corretos. Valorizando os tipos de espécies

nativas de sua região, sem dúvida estaremos valorizando a natureza local e

descaracterizando minimamente a propriedade.

Os móveis e objetos de decoração devem mostrar a forma como a família

e a população do local vive, apresentando ao hóspede a identidade do local e

das pessoas que nele vivem.

Ventilação

Dica

O exagero na decora-ção deve ser evitado. A valorização dos ambien-tes pode ser feita com

pequenos detalhes.

Page 58: TURISMO RURAL Meios de Hospedagem - … · PROGRAMA TURISMO RURAL “AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE” TURISMO RURAL Meios de Hospedagem SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL Administração

56 57FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Meios de Hospedagem Planejamento Físico do Meio de Hospedagem56 57FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Meios de Hospedagem Planejamento Físico do Meio de Hospedagem

Sinalização de acesso à Pousada Vista da Montanha, Nova Lima (MG)

A sinalização dos acessos e das instalações deve ser feita com materiais

que se harmonizem com o lugar, de forma visível mas não chocante.

Quanto melhor e mais completa a informação constante nas placas, mais

o cliente se sentirá seguro e à vontade, e não invadirá locais indevidos e pe-

rigosos.

ww

w.m

acac

os.c

om.b

r

O Meio de Hospedagem é o grande cenário de sensações e experiên-

cias novas que o hóspede terá, sentirá e vivenciará. Façamos então desse

local, um ambiente acolhedor e receptivo. Assim nosso negócio será um

sucesso.

Dica

A sinalização do em-preendimento deverá

ser planejada como um conjunto, para toda a

propriedade.

Até aqui, conhecemos mais um pouco sobre hospedagem no espaço rural

e seu planejamento físico.

No Capítulo 3 vamos elaborar o planejamento econômico-financeiro do

nosso Meio de Hospedagem no espaço rural.

Patrimônio Arquitetônico

Planejamento e Dimensionamento Físico

REVISÃO

Page 59: TURISMO RURAL Meios de Hospedagem - … · PROGRAMA TURISMO RURAL “AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE” TURISMO RURAL Meios de Hospedagem SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL Administração

56 57FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Meios de Hospedagem Planejamento Físico do Meio de Hospedagem56 57FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Meios de Hospedagem Planejamento Físico do Meio de Hospedagem

PLANEJAMENTO ECONÔMICO-FINANCEIRO DO

MEIO DE HOSPEDAGEMNeste Capítulo você vai:

retomar e aprimorar as análises financeiras dos 9 passos já estudados no Módulo 3;

elaborar o planejamento econômico-financeiro aplicado a um Meio de Hospedagem no espaço rural.

Page 60: TURISMO RURAL Meios de Hospedagem - … · PROGRAMA TURISMO RURAL “AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE” TURISMO RURAL Meios de Hospedagem SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL Administração

58 5�FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Meios de Hospedagem Planejamento Econômico-Financeiro do Meio de Hospedagem58 5�FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Meios de Hospedagem Planejamento Econômico-Financeiro do Meio de Hospedagem

PROJETOS E ANÁLISES FINANCEIRAS

Vamos, agora, retomar os 9 PASSOS DA RAZÃO, aplicando-os aos nossos

empreendimentos rurais.

Listar investimentos iniciais.

Definir impostos que incidirão.

Calcular a depreciação do bem.

Estimar a demanda e o faturamento.

Calcular custos e preços de venda.

Elaborar um balanço.

Calcular o tempo de retorno do capital investido.

Definir o ponto de equilíbrio.

Estimar a margem de contribuição.

1.

2.

3.

4.

5.

6.

7.

8.

9.

1º PASSO: INVESTIMENTOS INICIAIS

DESCRIÇÃO VALORES

Construções

Reformas

Placas de Sinalização

Projeto Paisagístico

Iluminação Externa

Subtotal

Abertura de Empresa

Impressos em Geral

Capital de Giro

Outros - Imprevistos

Subtotal

BENS

DEP

RECI

ÁVEI

S

1.1 CONSTRUÇõES E OUTROS

(a)

(b)

Page 61: TURISMO RURAL Meios de Hospedagem - … · PROGRAMA TURISMO RURAL “AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE” TURISMO RURAL Meios de Hospedagem SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL Administração

58 5�FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Meios de Hospedagem Planejamento Econômico-Financeiro do Meio de Hospedagem58 5�FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Meios de Hospedagem Planejamento Econômico-Financeiro do Meio de Hospedagem

1. 2 MÓVEIS E EQUIPAMENTOS

DESCRIÇÃO QTDE. VALOR UNITÁRIO VALOR TOTAL

Subtotal

1. 3 UTENSÍLIOS

DESCRIÇÃO QTDE. VALOR UNITÁRIO VALOR TOTAL

Subtotal

(c)

(a)

(d)

Page 62: TURISMO RURAL Meios de Hospedagem - … · PROGRAMA TURISMO RURAL “AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE” TURISMO RURAL Meios de Hospedagem SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL Administração

60 61FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Meios de Hospedagem Planejamento Econômico-Financeiro do Meio de Hospedagem60 61FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Meios de Hospedagem Planejamento Econômico-Financeiro do Meio de Hospedagem

1. 4 RESUMO DOS INVESTIMENTOS INICIAIS

DESCRIÇÂO VALORES

Construções e Outros - Transferir subtotal item 1.1 (b)

Móveis e Equipamentos - Transferir subtotal item 1.2 (c)

Utensílios - Transferir subtotal item 1.3 (d)

Total de Investimentos

2º PASSO: MPOSTOS A PAGAR

TIPO %

Simples - Federal / Estadual

ISSQN - Municipal

IRPJ e CSLL - Federal

PIS - Federal

COFINS - Federal

ICMS - Estadual

Total

(e)

Page 63: TURISMO RURAL Meios de Hospedagem - … · PROGRAMA TURISMO RURAL “AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE” TURISMO RURAL Meios de Hospedagem SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL Administração

60 61FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Meios de Hospedagem Planejamento Econômico-Financeiro do Meio de Hospedagem60 61FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Meios de Hospedagem Planejamento Econômico-Financeiro do Meio de Hospedagem

3º PASSO: DEPRECIAÇÃO DOS INVESTIMENTOS

ITENSVALOR

INVESTIDOVIDA ÚTIL (ANO) % ANO

VALOR DEPRECIADO/MÊS

Construções - Transferir subtotal item 1.1 (a)

Móveis e Equipamentos - Transfe-rir subtotal item 1.2 (c)

Utensílios - Transferir subtotal item 1.3 (d)

Total de Investimentos

4º PASSO: ESTIMATIVA DE CLIENTES

MESES Nº DE CLIENTES VALOR UNITÁRIO VALOR TOTAL

Janeiro

Fevereiro

Março

Abril

Maio

Junho

Julho

Agosto

Setembro

Outubro

Novembro

Dezembro

Total

Média por mês (%) (f)

Page 64: TURISMO RURAL Meios de Hospedagem - … · PROGRAMA TURISMO RURAL “AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE” TURISMO RURAL Meios de Hospedagem SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL Administração

62 63FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Meios de Hospedagem Planejamento Econômico-Financeiro do Meio de Hospedagem62 63FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Meios de Hospedagem Planejamento Econômico-Financeiro do Meio de Hospedagem

5º PASSO: CÁLCULO DOS NOSSOS PREÇOS

CUSTOS VARIÁVEIS R$

Mão-de-obra Variável

Insumos de Alimentação

Energia Elétrica

Bebidas

Materiais de Limpeza

Gás/Lenha

Materiais Descartáveis

Comissões

Encargos Financeiros (Cartão, Empréstimos etc.)

Outros Impostos/Taxas

Outros (Pulsos Telefônicos)

Combustível

Manutenção

Total de Custos Variáveis Mensal

Rateio dos Custos Variáveis = Total anterior : (f) (g)

O que são custosvariáveis? Custos e despesas variáveis: são aqueles que só ocorrem quando há

venda de produtos e serviços. Por exemplo: mão-de-obra de diaristas (guias,

monitores), alimentos, bebida, energia, materias etc.

CÁLCULO DOS NOSSOS PREÇOS

Neste momento (5º Passo) estamos “ prevendo” como será a operação

futura da empresa.

Page 65: TURISMO RURAL Meios de Hospedagem - … · PROGRAMA TURISMO RURAL “AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE” TURISMO RURAL Meios de Hospedagem SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL Administração

62 63FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Meios de Hospedagem Planejamento Econômico-Financeiro do Meio de Hospedagem62 63FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Meios de Hospedagem Planejamento Econômico-Financeiro do Meio de Hospedagem

CUSTOS FIXOS R$

Mão-de-obra Fixa (com encargos) + Pró-Labore

Contador

Taxas e Impostos Fixos (ITR, ALVARÁS)

Comunicação (assinatura de telefone e Internet)

Depreciação dos Imobilizados

Propaganda em Guias, Revistas etc.

Outros

Total de Custos Fixos (h)

Rateio dos Custos Fixos = (h) : (f) (i)

Total de Custos Unitários = (g) + (i) (j)

Impostos __% sobre (j) (k)

Lucro esperado __% (Sugestão: 20%) sobre (j) + (k) (l)

Preço de Venda = (j) + (k) + (l) ou de mercado (m)

5º PASSO: CÁLCULO DOS NOSSOS PREÇOS

CÁLCULO DOS NOSSOS PREÇOS

Esse resultado serve para mostrar se teremos condições de competir no

mercado da região. O que são custosfixos?

Custos e despesas fixas: são aqueles que não variam com as vendas;

não importa o quanto estamos vendendo, eles serão sempre iguais. Por exem-

plo: pró-labore, aluguel, salários mensais, taxas, contribuições etc.

Page 66: TURISMO RURAL Meios de Hospedagem - … · PROGRAMA TURISMO RURAL “AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE” TURISMO RURAL Meios de Hospedagem SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL Administração

64 65FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Meios de Hospedagem Planejamento Econômico-Financeiro do Meio de Hospedagem64 65FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Meios de Hospedagem Planejamento Econômico-Financeiro do Meio de Hospedagem

CONTAS R$

Receita Bruta = (f) x (l) (1)

Impostos (PIS, COFINS, ISS, SIMPLES) (2)

Receita Líquida = (1) – (2) (3)

CUSTOS VARIÁVEIS R$

Mão-de-obra Variável

Materiais Descartáveis

Insumos de Alimentação

Energia Elétrica

Bebidas

Materiais de Limpeza

Gás/Lenha

Comissões

Encargos Financeiros (cartão, empréstimos etc.)

Outros Impostos/Taxas

Outros (Pulso Telefônico)

Combustível

Manutenção

Outros

Total de Despesas Variáveis (4)

CUSTOS FIXOS

Mão-de-obra fixa (com encargos)

Contador

Taxas e Impostos Fixos (ITR, ALVARÁS)

Comunicação (assinatura de telefone e internet)

Depreciação dos Imobilizados

Propaganda em Guias, Revistas etc.

Outros

Total de Despesas Fixas (5)

Resultado Mensal = (3) – (4) – (5) (6)

6º PASSO: RESULTADOS - BALANÇOS

Page 67: TURISMO RURAL Meios de Hospedagem - … · PROGRAMA TURISMO RURAL “AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE” TURISMO RURAL Meios de Hospedagem SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL Administração

64 65FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Meios de Hospedagem Planejamento Econômico-Financeiro do Meio de Hospedagem64 65FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Meios de Hospedagem Planejamento Econômico-Financeiro do Meio de Hospedagem

Nada mais é do que o Total Investido (e) : Lucro Mensal (6)

Agora, tome a sua decisão!

Teremos retorno do capital investido em:

Meses ou _____________ Anos

7º PASSO: TEMPO DE RETORNO DO CAPITAL INVESTIDO

PRESTE ATENÇÃO NO 7º PASSO!

8º PASSO: PONTO DE EQUILÍBRIO - PE

Definição: Ponto de Equilíbrio é aquele momento em que o valor das ven-

das (quantidade x preço unitário) se IGUALAM com os custos de produção

somados às despesas fixas, ou seja, é quando conseguimos zerar as nos-

sas contas (Receitas = Despesas).

Tempo

Prejuízo

Lucro

Ponto de Equilíbrio

Vendas (R$)

Qtde x Preço Unitário

Custo Total

O gráfico abaixo ilustra este momento.

Page 68: TURISMO RURAL Meios de Hospedagem - … · PROGRAMA TURISMO RURAL “AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE” TURISMO RURAL Meios de Hospedagem SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL Administração

66 67FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Meios de Hospedagem Planejamento Econômico-Financeiro do Meio de Hospedagem66 67FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Meios de Hospedagem Planejamento Econômico-Financeiro do Meio de Hospedagem

Vamos calcular os valores unitários. Para tanto, é só dividir os Valores

Totais pela quantidade de Vendas que foi estimada mensalmente.

DESCRIÇÃO R$

Preço de Venda (PV) unitário ...... (m) (I)

Custos Variáveis (CV) unitário ..... (g) (II)

Lucro Bruto (LB) unitário ....... (I) – (II) (III)

Temos que o Custo Fixo Total (i) era de R$ _________ , portanto o Ponto

de Equilíbrio é o resultado da divisão do Custo Fixo Total pelo Lucro Bruto

Unitário (III).

Custo Fixo Total (h)

Lucro Bruto Unitário (III)

PE unidades

A partir da quantidade vendida acima é que o empreendimento passará a

dar LUCRO. Pensando de outra forma, podemos afirmar que o PE é a quanti-

dade mínima que DEVEMOS vender por mes para não termos prejuízo.

9º PASSO: MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO - MC

A margem de contribuição (MC) é bastante interessante para descobrir-

mos qual o produto que está agregando um VALOR maior no empreendimento

rural. É expressa em porcentagem (%).

PE

Definição: Margem de Contribuição nada mais é do que a diferença entre

o Preço de Venda e os Custos Variáveis, que vai contribuir para o paga-

mento dos Custos Fixos e o Lucro. Quanto maior for a colaboração para

o pagamento do custo fixo, maior será a nossa Margem de Contribuição.

Podemos ter, então, uma MC para cada produto que vendemos.

Page 69: TURISMO RURAL Meios de Hospedagem - … · PROGRAMA TURISMO RURAL “AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE” TURISMO RURAL Meios de Hospedagem SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL Administração

66 67FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Meios de Hospedagem Planejamento Econômico-Financeiro do Meio de Hospedagem66 67FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Meios de Hospedagem Planejamento Econômico-Financeiro do Meio de Hospedagem

BEBIDAS

Valor da venda de um refrigerante

Custos Variáveis

Lucro Bruto

EXEMPLO: Num restaurante rural o que será que está agregando mais

valor, Bebidas ou Comidas?

Para responder essa pergunta devemos fazer uso da MC.

Utilizando a Margem de Contribuição (MC) descobriremos quais são os

produtos que merecem maior esforços de venda para aumentar o LUCRO.

MC X 100 %

COMIDAS

Valor da venda de uma refeição

Custos Variáveis

Lucro Bruto

MC X 100 %

Conhecendo a MC desses dois produtos, quais deles devem receber maior concentração de esforços de venda?

Agora já sabemos como elaborar o planejamento econômico-financeiro do

Meio de Hospedagem espaço rural.

No próximo Módulo, vamos comprender como instalar um Meio de Alimenta-

ção visando o desenvolvimento do Turismo Rural na sua propriedade.

Projetos e Análises Financeiras•

REVISÃO

Page 70: TURISMO RURAL Meios de Hospedagem - … · PROGRAMA TURISMO RURAL “AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE” TURISMO RURAL Meios de Hospedagem SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL Administração

68 6�FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SP BibliografiaTurismo Rural: Meios de Hospedagem

BIBLIOGRAFIA

Nestas referências , você vai:

encontrar todas as fontes que foram consultadas para escrever esta Cartilha;

selecionar as obras para você aprofundar seu conhecimento.

Page 71: TURISMO RURAL Meios de Hospedagem - … · PROGRAMA TURISMO RURAL “AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE” TURISMO RURAL Meios de Hospedagem SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL Administração

68 6�FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SP BibliografiaTurismo Rural: Meios de Hospedagem

ALMEIDA, Joaquim Anécio; RIEDL, Mário (Orgs.). Turismo rural: ecologia, lazer e

desenvolvimento. Bauru: Edusc, 2000.

ANDRADE, Nelson; BRITO, Paulo Lucio de; JORGE, Wilson Edson. Hotel: plane-

jamento e projeto. São Paulo: Senac, 2000.

ANSARAH, Marilia Gomes dos Reis (org.). Turismo: segmentação de mercado.

4.ed. São Paulo: Futura, 2001.

BARRETTO, Margarita. Manual de iniciação ao estudo do turismo. 12 ed. Cam-

pinas: Papirus, 2002.

CÂNDIDO, Índio. Governança em hotelaria . 2ª ed. Caxias do Sul: Educs.

CÂNDICO, Índio; VIEIRA, Eleonora Vieira de. Gestão de hotéis: técnicas, opera-

ções e serviços. Caxias do Sul: Educs, 2003.

CASTELLI, Geraldo. Administração hoteleira. 9.ed. Caxias do Sul: Educs, 2001.

CASTELLI, Geraldo. Hospitalidade: na perspectiva da gastronomia e da hotelaria.

São Paulo: Saraiva, 2005.

CASTROGOVANNI, Antonio Carlos (org.).Turismo urbano. 2.ed. São Paulo: Con-

texto, 2001.

CATUREGLI, Maria Genny. Dicionário inglês português: turismo, hotelaria e co-

mércio exterior. São Paulo: Aleph, 1998.

CHON, Kye-Sung; SPARROWE, Raymonf T. Hospitalidade: conceitos e aplica-

ções. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2003.

COSTA, Silvia de Souza; AUTRAN, Margarida; VIEIRA, Silvia Marta. Pousada:

como montar e administrar. Rio de Janeiro: Senac Nacional, 2002.

DAVIES, Carlos Alberto. Cargos em hotelaria. Caxias do Sul: Educs, 1997.

DAVIES, Carlos Alberto. Manual de hospedagem: simplificando ações na hotela-

ria. Caxias do Sul: Educs, 2002.

DIAS, Reinaldo; AGUIAR, Marina Rodrigues de. Fundamentos do turismo. Cam-

pinas: Alínea, 2002.

LINZMAYER, Eduardo. Curso de gestão de pequenos meios de hospedagem.

Aprender a empreender para pequenos meios de hospedagem. ABIH/Sebrae:

2005.

LINZMAYER, Eduardo. Guia básico para administração da manutenção. São Pau-

lo: Senac, 1994.

LINZMAYER, Eduardo. Guia das profissões hoteleiras: governança. São Paulo:

Senac/ OIT, 1982.

LINZMAYER, Eduardo. Guia das profissões hoteleiras: recepção. São Paulo: Se-

nac/OIT: 1982.

PEARCE, Douglas G. Geografia do turismo: fluxos e regiões no mercado e via-

gens. São Paulo: Aleph, 2003.

PERETTO, Maria. Proposta de classificação e normas de hospedagem em tu-

rismo rural brasileiro. In: OLIVEIRA, C. G. de; MOURA, J. C.; SGAI, M. (eds.).

Page 72: TURISMO RURAL Meios de Hospedagem - … · PROGRAMA TURISMO RURAL “AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE” TURISMO RURAL Meios de Hospedagem SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL Administração

70 71FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SP BibliografiaTurismo Rural: Meios de Hospedagem

Turismo, novo caminho do espaço rural brasileiro. Piracicaba, 2000.

PETROCCHI, Mario. Hotelaria: planejamento e gestão. São Paulo: Futura, 2002.

PORTUGUEZ, Anderson Pereira. Agroturismo e desenvolvimento regional. São

Paulo: Hucitec, 1999.

PRAXEDES, Walter. Reflexões sociológicas sobre a hospitalidade. Revista Espa-

ço Acadêmico, n. 37, jun. 2004.

REJOWSKI, Mirian; COSTA, Kramer Costa (orgs.). Turismo contemporâneo: de-

senvolvimento, estratégia e gestão. São Paulo: Atlas, 2003.

RUSCHMANN, Doris van de Meene. Turismo e planejamento sustentável: a pro-

teção do meio ambiente. Campinas: Papirus, 1997.

VALLEN, Gary e Jerome. Check-in, check-out: gestão de serviços em hotelaria.

Porto Alegre: Bookman, 2003.

Yázigi, Eduardo. A pequena hotelaria e o entorno municipal: guia de montagem e

administração. São Paulo: Contexto, 2003.

www.embratur.gov.br - EMBRATUR. Novo sistema de classificação de empre-

endimentos turísticos. Brasília:1996

www.abih.com.br

www.angelfire.com/wy/wyrd/paghistory.html

www.unav.es/hAntigua/textos/docencia/epigrafia/juridica/tessera3.html

Page 73: TURISMO RURAL Meios de Hospedagem - … · PROGRAMA TURISMO RURAL “AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE” TURISMO RURAL Meios de Hospedagem SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL Administração

70 71FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SP BibliografiaTurismo Rural: Meios de Hospedagem

SINTA CORAGEM E AVANCE!

O desconhecido sempre nos traz medo e insegurança, mas temos que olhar o novo como uma

oportunidade de medir nossa capacidade de vencer obstáculos, criar e inovar. Há pessoas que ficam

paralisadas, estagnadas frente a uma situação nova. E são justamente estas situações em que é pre-

ciso AGIR!

De suma importância perguntar, questionar, pensar e se comprometer para atingir o sucesso

em tudo que fazemos. Nessa época de mudanças, é preciso que nos envolvamos em nossos causas.

Que participemos mais. Que ousemos mais. Que sejamos mais guerreiros, no melhor sentido da

palavra.

É um engano acreditar que funcionários pacíficos e acomodados correm menos riscos. Corre

risco quem não se envolve, quem não participa, quem não opina, quem quer permanecer sempre

distante da luta pela conquista do crescimento e do sucesso.

Num mundo agitado como o nosso, é preciso que todas as pessoas encontrem tempo para ler,

estudar, aprender e, conseqüentemente, crescer.

Sei que as tarefas do dia-a-dia nos fazem achar que é quase impossível conseguir encaixar algo

em nossa agenda, mas a verdade é que um curso, um seminário ou uma palestra podem nos abrir

novos horizontes, apresentar novas pessoas e, muitas vezes, nos dar ferramentas que facilitam neste

momento de novos processos.

Além disso, teremos a chance de perguntar, questionar, exercitar a inteligência que precisa ser

motivada com novos assuntos e interesses para que a vida não caia numa exaustiva rotina.

Hoje não é o maior que vencerá o menor, mas sim o mais rápido vencerá o mais lento - e

quanto mais rápida for a nossa capacidade de nos adaptarmos a mudanças, maiores serão nossas

oportunidades de vencer!

Acredite em você, na sua equipe, nas sugestões do seu pessoal. Sinta coragem e avance!

Pense nisso.

Andréia Guedes

Page 74: TURISMO RURAL Meios de Hospedagem - … · PROGRAMA TURISMO RURAL “AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE” TURISMO RURAL Meios de Hospedagem SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL Administração
Page 75: TURISMO RURAL Meios de Hospedagem - … · PROGRAMA TURISMO RURAL “AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE” TURISMO RURAL Meios de Hospedagem SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL Administração

SENARSÃO PAULO

O SENAR - Serviço Nacional de Aprendizagem Rural é uma entidade de direito

privado sem fins lucrativos. Criado pela Lei n.º 8.315, de 23 de dezembro de 1991, e

regulamentado em 10 de junho de 1992, teve a Administração Regional de São Paulo

criada em 21 de maio de 1993.

Instalado no mesmo prédio da Federação da Agricultura do Estado de São Paulo,

o SENAR-AR/SP tem como objetivo organizar, administrar e executar, em todo o Es-

tado de São Paulo, o ensino da Formação Profissional e da Promoção Social Rurais,

dirigido a pequenos produtores, trabalhadores rurais e seus familiares.

Page 76: TURISMO RURAL Meios de Hospedagem - … · PROGRAMA TURISMO RURAL “AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE” TURISMO RURAL Meios de Hospedagem SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL Administração

PROGRAMA TURISMO RURAL “AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE”

1. Turismo Rural: Oportunidades de Empreendimentos

2. Turismo Rural: Identidade e Cultura

3. Turismo Rural: Gestão de Empreendimentos

4. Turismo Rural: Ponto de Venda de Produtos

5. Turismo Rural: Meios de Hospedagem

6. Turismo Rural: Meios de Alimentação

7. Turismo Rural: Atividades Turísticas em Áreas Naturais

8. Turismo Rural: Atendendo e Encantando o Cliente

9. Turismo Rural: Resgate Gastronômico

10. Turismo Rural: Consolidação do Programa

SUPLEMENTOS

Roteiro de Inventário Turístico

Legislação e Turismo Rural

FAESP – FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA DO ESTADO DE SÃO PAULOSENAR-AR/SP – SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL

Administração Regional do Estado de São Paulo

MódulosIntrodutórios

MódulosEspecíficos

Módulos de Consolidação