título: plano estratégico de desenvolvimento do desporto

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Título: Plano Estratégico de Desenvolvimento do Desporto do Município de Torres

Vedras

© 2020, CÂMARA MUNICIPAL DE TORRES VEDRAS

EDIÇÃO:

ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR

AVENIDA DR. MÁRIO SOARES, N.º 110

2040-413 RIO MAIOR

RIO MAIOR, JULHO 2020

O presente estudo é resultante de um contrato-programa estabelecido entre a

Câmara Municipal de Torres Vedras e a Escola Superior de Desporto de Rio Maior |

Instituto Politécnico de Santarém para a criação de um Plano Estratégico de

Desenvolvimento do Desporto do Município de Torres Vedras 2020 - 2025. Os

resultados apresentados decorrem da metodologia estabelecida e aprovada em

julho de 2017. Equipa de estudo: Abel Santos (coordenação); Alfredo Silva; Elsa

Vieira. Colaboração operacional: Diogo Martins

Citação:

Câmara Municipal de Torres Vedras (2020). Plano Estratégico de Desenvolvimento

do Desporto do Município de Torres Vedras. ESDRM, Rio Maior: Santos, A. (coord.),

Silva, A., Vieira, E.; Martins, D..

Primeira Parte

Organização do plano

Primeira Parte || Organização do Plano

Agradecimentos

4

Agradecimentos

Para a concretização do Plano Estratégico de Desenvolvimento do Desporto

do Município de Torres Vedras adotou-se, desde a fase de programação do projeto,

uma perspetiva colaborativa, pelo envolvimento de responsáveis, individuais e

institucionais, na identificação e exploração de problemas de desenvolvimento,

para encontrar soluções agregadoras e exequíveis na melhoria do desporto e da

atividade física do concelho; estimulou-se a cooperação, pelo recurso à troca de

informação de modo a construir-se um quadro fiel do que se realiza e do que se

gostaria de alcançar; e envolveu-se as diferentes partes interessadas

(stakeholders), pessoas e as organizações que podem ser influenciadas e influenciar

as ações de desenvolvimento e recorreu-se também à avaliação das motivações e

expetativas da população. Acresce que o presente trabalho foi realizado com base

em evidências, pela recolha e tratamento de dados, a partir da aplicação de

inquéritos, realização de entrevistas e grupos de discussão.

Assim, às 1.719 pessoas ouvidas (578 jovens 10 e os 14 anos e 1.059

indivíduos 15 e os 74 anos, das treze freguesias; 71 responsáveis presentes nos

grupos de discussão; 6 responsáveis do desporto escolar; e 5 elementos da CMTV)

gostaríamos de agradecer a colaboração, o envolvimento e todo o contributo

proporcionado. De forma particular pelo empenho, apoio e total disponibilidade

para a concretização operacional do trabalho um sentido agradecimento:

À Exma. Vice-Presidente e Vereadora da C.M. de Torres Vedras Eng.ª Laura

Rodrigues;

Ao Exmo. Chefe da Divisão de Educação e Atividade Física da C.M. de Torres

Vedras, Dr. Rodrigo Ramalho e aos técnicos da divisão: Dr. César Costa, Dr.Paulo

Serra e Dr. Hugo Cordeiro;

Ao Prof. Carlos Filhó, da Escola Secundária Madeira Torres, bem como à

turma do curso Técnico de Apoio à Gestão Desportiva, da Escola Secundária

Madeira Torres, do ano letivo 2017-2018;

Aos alunos da Escola Superior de Desporto de Rio Maior, da lic. em Gestão

das Organizações Desportivas: Afonso Brilha; Cristiana Santos; David Ribeiro;

Gonçalo Batista; Henrique Cordeiro; Rafael César; Victor Andrade; André Machado

e Ricardo Barbosa;

Agradecimentos

5

Aos Exmos. Senhores Presidentes das Juntas de Freguesia de A dos Cunhados

e Maceira; Campelos e Outeiro da Cabeça; Carvoeira e Carmões; Dois Portos e

Runa; Freiria; Maxial e Monte Redondo; Ponte do Rol; Ramalhal; Santa Maria, São

Pedro e Matacães; São Pedro da Cadeira; Silveira; Turcifal e Ventosa;

Aos Exmos. Senhores Presidentes dos clubes desportivos do concelho de

Torres Vedras;

Aos Exmos. Senhores Proprietários e gestores dos ginásios e health clubs do

concelho de Torres Vedras;

Aos Exmos. Senhores Proprietários e gestores de escolas de surf concelho de

Torres Vedras;

Aos Exmos. Senhores Diretores de Agrupamento de Escolas: Padre Vítor

Melícias; Henriques Nogueira; Madeira Torres; São Gonçalo e Externato de

Penafirme.

Sumário executivo

6

Sumário executivo

O Plano Estratégico de Desenvolvimento Desportivo de Torres Vedras (PEDD

TV), estabelecido para o horizonte temporal de 2020 a 2025, resulta de um

trabalho de pesquisa constituído pelo diagnóstico e análise estratégica do sistema

desportivo concelhio e pela formulação de propostas de desenvolvimento do

desporto para o concelho.

O Sumário executivo é um resumo, com os benefícios e limitações de uma

síntese, que procura evidenciar alguns resultados de um trabalho bastante

abrangente, integra oito (8) estudos parcelares e análises comparativas em vários

domínios. Desta forma, dever-se-á considerar que qualquer apreciação sobre o que

aqui se destaca requer uma melhor leitura no desenvolvimento do trabalho.

Na fase de diagnóstico do sistema desportivo concelhio, partiu-se de uma

identificação dos principais fatores que, do ambiente geral, podem condicionar o

sistema desportivo local. Através de uma identificação das condições macro de

natureza política, económica, social e tecnológica, constituiu-se um quadro

interpretativo do que podem ser oportunidades ou ameaças ao desenvolvimento do

desporto concelhio. Seguidamente, de acordo com o modelo de análise estratégica

proposto, realizou-se o diagnóstico da situação de prática e procura desportiva,

considerando dois grandes grupos de população, entre os 10 e os 14 anos e entre os

15 e os 74 anos. Em paralelo, interpretou-se a oferta de atividades e serviços

desportivos avaliados pelas principais partes interessadas (stakeholders) do

concelho, através de grupos de discussão (focus group), e constituíram-se, com

recurso a análise documental e a inquéritos aplicados por questionário e

entrevistas, recolhas de dados sobre a atividade desportiva em seis (6) domínios de

intervenção: na Câmara Municipal de Torres Vedras (CMTV); nos clubes; nos

ginásios e health clubs; nas escolas; nas atividades de mar e nas instalações

desportivas do concelho. A aplicação de inquéritos de rua, entrevistas aos

responsáveis das organizações e análise documental, decorreu entre outubro de

2017 e novembro de 2018. O tratamento e análise dos dados decorreram entre os

meses de dezembro de 2018 e Março de 2019.

Dos indicadores de diagnóstico, de âmbito geral, sobressaem os seguintes

aspetos: a população residente no concelho, de acordo com as Estimativas Anuais

da População Residente, em 2017, era de 78.518 pessoas, 20% tinha então até 19

Sumário executivo

7

anos, 16% entre os 20 e os 34 anos, 43% estava entre os 35 e os 64 anos e 21% tinha

65 ou mais anos. O índice de envelhecimento é de 146 idosos por cada 100 jovens

(para o país este valor é de 153,2).

Tomando em consideração os valores das despesas em atividades e

equipamentos desportivos dos municípios (em euros), por localização geográfica

(NUTS - 2013), e por tipo de despesa e atividade e/ ou equipamento desportivo

(INE, 2018), verificamos que, no total anual, as despesas do município de Torres

Vedras aumentaram de 2013 para 2017 em 44%. Na despesa que é comum nos cinco

anos, despesas correntes em atividades desportivas, houve um diferencial no valor

de aumento da despesa em 190%, respetivamente de 327.656,00€ para

951.853,00€.

Em Torres Vedras, o ganho médio mensal dos trabalhadores por conta de

outrem, relativo ao ano de 2016, foi de 954,1€, na sub-região do Oeste de 830,1€ e

em Portugal de 1.105,6€.

Segundo os Censos 2011, o nível de escolaridade da população residente do

concelho de Torres Vedras era caracterizado da seguinte forma: 9,6 % da população

tinham um curso de ensino superior; 0,8% um curso pós-secundário, 13% um curso

secundário, 56,8% tinha concluído o ensino básico (3.º ciclo) e 20% não tinha nível

de escolaridade concluído.

A promoção do desporto e da atividade física é uma das responsabilidades do

Estado, regiões autónomas e autarquias locais, visando a sua generalização

enquanto instrumento essencial para a melhoria da educação, da saúde, da

qualidade de vida e para reforço da identidade social e territorial dos cidadãos. A

criação de ferramentas que incentivem a prática regular de atividade física e o

acompanhamento da evolução do desempenho do praticante, pelo acesso a

formatos digitais, acesso a redes de dados e ligação à internet, é recomendável

face à evolução da ligação entre a informação, os equipamentos e a tecnologia.

Dos principais resultados da fase de diagnóstico, destaca-se que a prática

desportiva dos jovens entre os 10 e os 14 anos, de forma organizada (numa

entidade/ clube e sob a supervisão de uma pessoa, treinador/ monitor) é realizada

por 47,1% dos jovens. A amostra do estudo desta população foi obtida do universo

de 4.772 jovens, selecionados com base no método de estratificação por ano de

estudos e proporcionalidade em função da escola frequentada. O tamanho da

Sumário executivo

8

amostra foi de 578 jovens, o que corresponde a um erro de amostragem inferior a

4%, para uma probabilidade de erro <0,05.

A regularidade da prática de atividade física e desportiva fora da escola

evidencia que a maioria dos jovens (34,9% dos praticantes fora da escola) realiza

atividades pelo menos 2 a 3 vezes por semana ou mais. A maioria dos jovens do

concelho que praticam desporto de forma organizada (55,2%) participa em

competições. As competições que apresentam maior regularidade, as federadas

realizadas fora da escola, desenvolvem-se 1 a 2 x por semana para 38,9% dos

jovens. Nas atividades desportivas no âmbito do desporto escolar, a atividade

realizada ao nível do grupo/ equipa externa revela que a participação dos jovens

do concelho é de 29,1%. Fora da escola, a prática de atividade física e desporto é

realizada por 50,7% dos jovens, de forma livre (sem ser numa entidade / clube e

sem supervisão de uma pessoa, treinador / monitor).

As modalidades mais praticadas no grupo/ equipa de desporto escolar pelos

jovens são o voleibol e o badminton, sendo referidas por 23,2% e 13,4% dos jovens,

respetivamente. Em terceiro lugar, surge o ténis de mesa com 10,4%. Futsal, golfe

e atletismo são as seguintes modalidades mais praticadas. Sucedem-se mais 6

modalidades com valores superiores a 2%: btt, andebol, desportos gímnicos,

multiatividades de exploração da natureza, basquetebol e natação.

Entre as raparigas, o voleibol (38,3%) surge de forma destacada como a

modalidade mais praticada, seguido pelo badminton (13,4%). Os rapazes praticam

sobretudo o ténis de mesa (19,3%) e o futsal (16,9%).

As atividades físicas e desportivas que os jovens praticam

predominantemente fora da escola são: futebol (16,3%), natação (13,9%), danças/

ballet (12,2%), btt e ciclismo (8,1%), aulas de grupo/ fitness (6,0%), artes marciais

e de combate (5,7%) - aikido, jiu-jitsu, judo, karaté, krav maga, taekwondo –

ginástica/ trampolins (5,7%), basquetebol (4,3%) e futsal (4,3%).

As principais razões consideradas para os jovens praticarem atividade física e

desportiva, considerando a diferença entre as respostas discordantes e

concordantes, foram as seguintes: em primeiro lugar, “Porque o desporto permite

divertir-me” (2,5% vs. 93,8%); em segundo lugar, “Porque gosto de desporto” (3,1%

Sumário executivo

9

vs. 92,5%) (nos dois casos motivos de afiliação) e, em terceiro lugar, “Porque o

desporto permite-me estar em forma” (4,3% vs. 85,7%).

Na atividade física e desportiva da população entre os 15 e os 74 anos, a

prática regular (últimas 4 semanas) abrangeu 41,1% dos inquiridos. A prática

regular de atividades físicas e desportivas é superior nas freguesias urbanas

(46,1%), nos homens até aos 49 anos (56,5%) e nos indivíduos com formação

superior. A taxa de feminização geral é de 48,0%. Os locais mais referidos para

realizar a prática de atividade física e desportiva são o meio natural (mar, rio,

campo, montanha) e o parque ao ar livre (40,0%). O enquadramento organizacional

mais referenciado para praticar atividade física e desportiva são os clubes

desportivos ou associações/ recreativas (24,7%) e os ginásios (24,1%).

Para este segmento, a amostra foi obtida de um universo de 79.465

indivíduos (CMTV, 2015; INE, 2012), dos quais 59.705 com idades entre 15 e 74

anos, residentes em freguesias designadas urbanas (32,4%) e não urbanas (67,6%).

Os indivíduos que integraram a amostra foram selecionados com base no método de

estratificação por quotas segundo o sexo, a idade e a proporcionalidade

habitacional em função do tipo de freguesia de residência. O tamanho da amostra

foi de 1.059 indivíduos, o que corresponde a um erro de amostragem inferior a 3%,

para uma probabilidade de erro <0,05. A matriz de seleção da amostra reproduziu a

estrutura sociodemográfica da população residente no território do concelho de

Torres Vedras.

Os ginásios enquadram a atividade física e desportiva para 24,1% dos

praticantes e 15,7% da população. O desporto de competição federado enquadra

18,9% dos praticantes e 8,1% da população.

A larga maioria dos indivíduos (77,2%) frequentou ou utilizou instalações

desportivas/ espaços naturais no concelho para praticar alguma atividade física

desportiva.

As instalações desportivas/ espaços naturais mais utilizados para praticar

atividade física desportiva foram o Parque Verde da Várzea (20,6%). O nível de

satisfação com as instalações desportivas/ espaços naturais utilizados para a

prática de atividades físicas e desportivas foi apreciado como favorável para 82,1%

dos inquiridos.

Sumário executivo

10

A participação em competições (na escola, nos campeonatos ou provas

municipais ou em competições federadas) é realizada por 20,0% dos praticantes

regulares de atividades físicas e desportiva. As competições com maior nível de

regularidade são as federadas, 60% delas realizam-se entre 1 a 2 vezes por semana.

O grau de afiliação no associativismo desportivo, sócio de algum clube ou

associação desportiva, é de 36,4%.

As atividades físicas e desportivas mais praticadas, nas últimas 4 semanas,

são as atividades de manutenção (caminhada, jogging, corrida) para 22,4% da

população, as atividades de ginásio (aeróbica, cardio, hip hop, musculação, step,

etc.) para 21,1%, a natação e hidroginástica com 8,4%, seguindo-se o futebol, com

7,6%, o ciclismo/ cicloturismo/ btt, com 6,6% e o atletismo com 4,2%.

Os gastos médios dos agregados familiares com o desporto, incluindo o

equipamento, durante o último ano foram de 55,30€ por mês. Com gastos entre

20,00€ e 40,00€ encontra-se a maioria dos indivíduos (34,0%).

A população de Torres Vedras perceciona que no concelho existem

numerosas possibilidades de praticar atividades físicas e desportivas (77,1%)

(concordo e concordo totalmente) e 65,4%, dos indivíduos consideram que os clubes

desportivos e outras entidades locais oferecem numerosas possibilidades de

praticar atividades físicas e desportivas. Contudo, 52,8% dos indivíduos reconhece

que não tem tempo para as praticar. Sobre o desempenho da Câmara Municipal e

da Junta de Freguesia, 54,5% dos indivíduos consideraram que estas entidades

estão a fazer o suficiente pela população relativamente à atividade física e

desporto.

O programa de promoção da atividade física com maior nível de notoriedade

foi considerado o “Desporto Sénior – Mexa-se para a Vida” (83,2%), seguido do

“Programa Mexa-se - Aulas no Parque Verde da Várzea” (77,0%) e do programa

“Night Run” (74,2%). Os programas com níveis de notoriedade mais reduzidos foram

“No Domingo a Rua é Nossa” (26,9%) e “É hoje! Dia fitness” (22,7%).

Foram referidos três obstáculos principais à existência de mais atividade

física e desportiva entre a população de Torres Vedras: a inércia das pessoas, falta

de vontade, interesse, motivação, falta de tempo com 29,6% das referências; as

instalações, piscinas municipais, instalações desportivas públicas, espaços para a

Sumário executivo

11

prática desportiva, manutenção, segurança, iluminação com 15,1% das referências;

e os custos, preços das atividades e do acesso às instalações com 12,6% das

referências.

Para aferir a perspetiva das diferentes partes interessadas no desporto

concelhio, foram realizados sete (7) grupos de discussão (focus group), com a

participação dos representantes de clubes/ desporto federado, agrupamentos de

escola, ginásios, juntas de freguesia (do centro, litoral e interior do concelho) e de

organizações com desportos de mar, na totalidade foram ouvidos setenta e um (71)

representantes dos diferentes setores que proporcionam atividades físicas e

desportivas no concelho. A seguir destacam-se as ideias como maior expressão,

pela percentagem de unidades de texto, recolhidos nos diferentes painéis.

Assim, constatou-se uma opinião globalmente positiva sobre o desporto, com

“muita diversidade de atividades no concelho de Torres Vedras (5 Unidades de

Texto (UT) DespFederQ1)”; a “perceção de que existe muita gente a praticar

desporto em Torres Vedras nas várias modalidades”, que a “qualidade tem evoluído

bastante (UTDespFederQ1)”, “há uma visão muito positiva do desporto em TV

(2UTDespFederQ1)”, “boa relação de apoio da CMTV com os clubes, através dos

subsídios que proporciona.” (12UTDespFederQ3), “…existe preocupação por parte

da CMTV em querer fazer mais pelo desporto e pela atividade física” (14-

18UTDespEscolaQ1). A generalização, a multidisciplinaridade e a diversidade da

oferta de modalidades desportivas (30% das UT) é uma característica do concelho.

A construção da pista de atletismo; o início da atividade do râguebi; do

futebol feminino; o campeonato municipal de atletismo e de futebol e o evento

“gimnoeste” foram destacados como algumas das principais iniciativas de

referência. Relativamente ao desporto na escola, elogiaram a existência de

“desporto escolar” em todas as escolas (06UTDespFederQ2) “Existem 4 equipas de

desporto escolar federadas de voleibol feminino no concelho.” (07UTDespFederQ2),

e “…vários grupos de desporto adaptado através do desporto escolar”

(09UTDespFederQ2).

Os inquiridos consideram, em 17 UT, 29,4% das unidades, que se devia

melhorar a cooperação entre os diferentes agentes desportivos locais, e

recomendam que seja a CMTV a mediar essa relação.

Sumário executivo

12

Foi ainda referida a necessidade de se realizar formação para os agentes

desportivos locais (6,7 UTDespFederQ3), a necessidade de melhorar a informação

sobre desporto para a população, no sítio na internet da CMTV (18UTDespFederQ3).

Relativamente às principais limitações identificadas, a intensidade das

repostas coloca maior importância nos seguintes aspetos: instalações desportivas;

dinâmica social e desportiva dos clubes nas suas sedes; melhorar a oferta de

formação, qualificação dos técnicos; necessidade de técnicos e dificuldades em

atrair mais praticantes.

As recomendações proporcionadas, pelas partes interessadas auscultadas,

vão para uma maior preocupação com o aumento dos praticantes, diversificação da

oferta e melhor exploração dos espaços verdes para a prática desportiva, sugerindo

a “criação de um grupo de trabalho entre os vários clubes e a CMTV para, em

conjunto, conseguirem resolver os problemas comuns” (04UTDespFederQ5);

formação de treinadores e de outros recursos humanos do desporto (árbitros,

dirigentes e pais) e atração de mais técnicos qualificados, “… a criação de quadros

competitivos de desporto escolar mais regionais” (13UTDespFederQ5) e para o

desenvolvimento do associativismo na escola.

Relativamente ao grupo de discussão sobre o desporto na escola, os

inquiridos incidiram as principais referências nas instalações desportivas, 23,5% das

UT, em meio escolar (1-4UTDespEscolaQ4), justificando que, nalguns casos, ainda

faltam instalações, em número e diversidade, e que, noutros casos, há

desajustamentos, entre o existente e o que é necessário, e há falta de avaliação do

estado de conservação e manutenção (20UTDespEscolaQ1), “…existem polos

educativos com muitas lacunas de espaços desportivos interiores e exteriores (…)”.

Por outro lado, sugerem o “… enriquecimento dos espaços exteriores das escolas do

primeiro ciclo, ao nível de recursos e até da própria dimensão dos espaços…”(8-

11UTDespEscolaQ5).

Ainda sobre a escola, expressaram referências a modalidades que deviam ter

um melhor acompanhamento na relação com os clubes, casos do voleibol e ténis de

mesa, e na dificuldade dos clubes contactarem com alunos com talento para o

desporto e que se identificam nas escolas (22-25UTDespEscolaQ1). Dado como uma

boa referência, o projeto de desenvolvimento do voleibol, na escola, e as

condições que se constituíram para tal (apoio da direção da escola, mobilização dos

Sumário executivo

13

pais, horários dos treinos, etc.) deve ser continuado, mas “…é preciso um projeto

específico para desenvolver o voleibol em TV.” (5UTDespEscolaQ2). Referiram

também que são necessárias mais modalidades nos campeonatos municipais “…que

assegurem continuidade ao trabalho que é realizado na escola” e que existam

protocolos da CMTV que possibilitem tal situação, dando exemplos: “…com

associações de diferentes desportos tais como, voleibol, andebol, golfe e

râguebi.”. Sublinharam que é necessário um plano para o desenvolvimento de cada

modalidade (3-4UTDespEscolaQ3).

Relacionado com outra faixa etária, salientaram que há “… falta de oferta

desportiva para a faixa etária a partir dos 35 anos …” (11UTDespEscolaQ4), tal

como para pessoas portadoras de deficiência, idosos (12-13UTDespEscolaQ4), e

desporto feminino (14-15UTDespEscolaQ4) e que a divulgação das atividades que a

CMTV promove precisa de ser melhorada (15-16UTDespEscolaQ4).

Das apreciações realizadas pelo grupo de discussão sobre os desportos de

mar, registou-se que “…o surf assume-se com a maior parte da oferta de desportos

de mar a nível local, apesar de haver tradição na zona em desportos como o

bodyboard e o skimboard” e a oferta de kitesurf (1-6UTDespMarQ1). Referiram

ainda um crescimento da prática de skate, longboard dancing skate (7-

11UTDespMarQ1). Por outro lado, “na zona de Santa Cruz não se verifica um

crescendo de praticantes de atividades de desportos de mar”; o “…crescimento é

da parte de praticantes turistas mas não de praticantes regionais.”, o “…turismo de

desportos de mar tem vindo a aumentar ao longo dos anos.”

Destacaram como aspetos mais relevantes, em 12 UT, dois eventos: o Santa

Cruz Ocean Spirit e uma prova anual internacional de skimboard, em Santa Cruz.

Indicaram a criação da Sealand, e a “…possibilidade de desenvolver a formação de

praticantes, que antes estava centralizada nas escolas de surf unicamente.”, a

existência de um “projeto pioneiro em Portugal que possibilita a prática do surf a

alunos do primeiro ciclo” (1-6UTDespMarQ2).

Encontraram limitações à promoção de Santa Cruz como destino de surf.

Neste caso, foram expostas apreciações relativas a dois períodos destintos: o

período fora da época balnear e o de época balnear. Consideraram que “existem

muitas barreiras que evitam a quebra da sazonalidade da prática destes desportos

na região”, apontando como exemplos infraestruturas de apoio à praia fora da

Sumário executivo

14

época balnear, a distância de Santa Cruz a Torres Vedras, o reduzido número de

habitantes, especialmente de crianças, dificuldades na oferta de habitação,

ausência de pontos de diversão noturna para os jovens (15-27UTDespMarQ4).

Sugeriram que é necessário pensar nos dois vetores das modalidades que são a

formação de base e a parte turística ” (1UTDespMarQ5), associando o surf ao estilo

de vida saudável e enfatizando todos os benefícios que a prática do mesmo traz à

saúde e bem-estar das pessoas (24UTDespMarQ5).

O grupo de discussão centrado nos serviços proporcionados pelos ginásios,

enfatizou a realização de eventos como forma de promover a atividade física e as

atividades dos próprios ginásios. Iniciativas como a “night run”, “aula de cross-fit

na Várzea” e os “openday” foram dadas como exemplos bastante positivos para os

objetivos dos munícipes, CMTV e para os ginásios (1-5UTGinQ2).

Foi positivamente destacada a realização do Programa Desporto Sénior,

promovido pela CMTV, e demonstrada a disponibilidade de colaboração dos ginásios

para poderem também intervir no programa e proporcionar intervenções mais

especializadas e dirigidas à população com patologias específicas que requerem

uma intervenção mais especializada (7- 12UTGinQ2). Os representantes dos ginásios

expressaram abertura para: 1) participarem em programas promovidos pela CMTV,

como o programa "Diabetes em Movimento” (1UTGinQ3), 2), indicar a CMTV como

mediadora na ligação à área da saúde, “…ligação à classe médica…” (2UTGinQ3),

38,4% das UT estão relacionadas com este tema (3-6UTGinQ3), 3) a CMTV possa ser

influenciadora da prática de desporto laboral nas empresas e na própria CM, 30,7%

das UT (7-10UTGinQ3) e 4) possa constituir condições para a realização de

programas em meio escolar, “…incentivar as escolas a realizar análises à obesidade

infantil.” (11 e 12UTGinQ3).

Centrados na atividade desportiva realizada ao nível das freguesias, os

constituintes dos três grupos de discussão neste domínio destacaram que não existe

público para as atividades, a oferta é grande, mas a procura deve ser estimulada

(11UTFregCentroQ1), e há redução do n.º de praticantes, devido à redução do n.º

de alunos nas escolas, pelo que existe dificuldade em constituir equipas - falta de

procura. É necessário maior apoio da CM na periferia, existem instalações

desportivas (ID) na periferia com reduzida ocupação, está tudo concentrado na

cidade, é preciso contrariar isto (12UTFregCentroQ1); “…falta de diversidade

Sumário executivo

15

desportiva nas freguesias - ao nível de desporto sénior com as atividades da CMTV

está bom - o problema são as atividades para os jovens que só têm o futebol para

praticar nas freguesias.” (10-12UTFregLitorQ1). Por outro lado, identificam um

crescimento do desporto feminino no concelho, referindo, todavia, que é

necessária maior atenção e estímulo (13UTFregCentroQ1).

Foi dado relevo ao apoio que é proporcionado ao movimento associativo

(1UTFregCentroQ3); a recomendação para que a CM hierarquize os apoios, não

apoiando todas as modalidades da mesma forma, deve ter uma estratégia e dirigir-

se mais a certas modalidades (2UTFregCentroQ3); que a CMTV assuma um papel de

mediadora nas relações entre as escolas e associações e até na própria relação

entre os diferentes clubes do concelho (3,4UTFregCentroQ3); propostas para que a

CM crie um grupo de trabalho, com os clubes/ treinadores, para discutir o

desenvolvimento de cada modalidade; (5UTFregCentroQ3); e que tenha uma

orientação para motivar e estimular a prática de atividades desportivas

(6,7UTFregCentroQ3).

Relativamente ao número de praticantes e à atividade desportiva, para a

população acima dos 30 anos, foram mencionadas as reduzidas ofertas para além

da categoria de sénior, após o término da prática de competição federada

(21UTFregCentroQ4). Esta perspetiva é delimitada na seguinte ideia: “não existe

continuidade da prática por parte do jovem que faz toda a formação numa

modalidade, mas depois chega aos 18 anos e com a universidade ou introdução no

mundo do trabalho deixa de praticar” (20-23UTFregCentroQ4). Mais referiram que

modalidades como btt, ciclismo são praticamente ignoradas, apesar de terem

muitos praticantes, principalmente a partir dos 30 anos (24UTFregCentroQ4).

Expressaram perspetivas em que “…deve-se fazer mais ao nível do desporto

no pré-escolar e no primeiro ciclo porque é a base.” (1,2UTFregCentroQ5) e “…as

AEC podiam ser muito mais potencializadas” (3,4UTFregCentroQ5).

As possibilidades de intervenção da CMTV preencheram 33% das UT, os

respondentes consideraram que a CMTV pode ter um papel de regulação, na gestão

das instalações desportivas utilizadas e não utilizadas, na formação de equipas, na

interpretação da relação entre a procura e a oferta de modalidades, com maior

preocupação com o futebol de formação (5-7UTFregCentroQ5); um papel de

promoção da atividade desportiva, utilizando meios de comunicação como

Sumário executivo

16

outdoors, difundindo o desporto como forma de promoção da saúde; projetos de

promoção da prática desportiva não competitiva, mais direcionado para os adultos

(8-12UTFregCentroQ5); um papel de promotor, no apoio aos cuidados médicos aos

clubes, na formação de treinadores (13-15UTFregCentroQ5); e um papel de

estimulador, incentivando os clubes a oferecer atividades que não sejam só a

competição federada (16UTFregCentroQ5).

Mencionaram a fraca colaboração entre clubes e que o “… fórum das

Associações é uma boa ideia, é preciso escolher uma boa data, mas deve ser

melhorado…” (16,17UTFregLitorQ3). Transmitiram a ideia que é também necessário

reforçar a relação entre os clubes e as escolas (18,19UTFregLitorQ3) e entre as

próprias freguesias (20UTFregLitorQ3). Mas consideraram existir impedimentos dos

dirigentes voluntários em disponibilizarem tempo e, em simultâneo, um menor

número de pessoas para se dedicarem aos clubes, em 28% das UT

Nas instalações desportivas, a não existência de pavilhões desportivos ou

outro tipo de recintos cobertos, em 16% das UT, foi apontada como uma limitação.

Referiram ainda dificuldades de manutenção das instalações e disponibilidade de

espaços verdes para a prática de atividades desportivas, nomeadamente o ciclismo;

e a “…falta de pessoas disponíveis para dar apoio às equipas e associações…”

(8UTFregLitorQ4).

No diagnóstico realizado sobre a intervenção e os serviços proporcionados

pela CMTV, de acordo com a análise documental efetuada aos diversos

instrumentos orientadores e reguladores da política desportiva municipal e com

recurso a entrevista aos seus dirigentes, constata-se que há uma clara e deliberada

intenção de política desportiva centrada em três principais orientações: 1)

proporcionar condições para a realização de atividade física em sentido amplo e

não só no desporto especificamente, “…com uma orientação e objetivos para a

saúde e desporto informal”; 2) “diversificar as modalidades desenvolvidas no

concelho”; e 3) proporcionar “…apoio contínuo aos clubes”, ao “… continuar a

descentralizar o apoio, fazendo com que os parceiros executem atividades com o

apoio a vários níveis da CM, em rede com esses parceiros.”

A concretização das orientações da CMTV é materializada em oito (8)

objetivos gerais: 1) aumentar o índice de prática desportiva do concelho no âmbito

dos diferentes tipos de práticas; 2) promover programas e atividades desportivas,

Sumário executivo

17

como fator de desenvolvimento de novas práticas e de implementação de novas

modalidades; 3) melhorar os níveis de formação dos agentes desportivos do

concelho; 4) melhorar as condições físicas para a prática desportiva no concelho,

através da construção e conservação de instalações desportivas e do

apetrechamento desportivo; 5) apoiar o movimento associativo; 6) promover

iniciativas que visem a qualidade das práticas desportivas e a segurança dos

praticantes; 7) desenvolver redes de colaboração, com a educação, a ação social, e

o ambiente; 8) promover a imagem do desporto e da atividade física como fator de

valorização pessoal e de desenvolvimento social.

Recorrendo às Normas de Aplicação dos Programas de Apoio ao Desporto

(NAPAD), constata-se que, globalmente, os programas estão em coerência com as

orientações de desenvolvimento do desporto para o concelho e com os objetivos

gerais estabelecidos, pelos objetivos específicos dos programas, pelo tipo de

destinatários escolhidos e pelas áreas e tipos de apoio.

No que respeita à descentralização, a CMTV proporciona atividades nas

freguesias, pois existem 75 núcleos do desporto sénior nas freguesias e AEC nas

escolas das freguesias. São concedidos apoios aos clubes, a todos, incluindo os não

urbanos, atribuindo 300€ / ano a cada clube que pretenda desenvolver atividade

física para um grupo superior a 10 pessoas (InqEntB). Cerca de “…50 clubes

candidataram-se aos apoios em 2018 (…) muitos deles das freguesias não urbanas…”

(InqEntB).

A CMTV promove diretamente nove (9) programas. Dois (2) destes

programas, o “Projeto Desporto Sénior – Mexa-se para a Vida” e o “Diabetes em

Movimento”, são realizados durante o ano, cinco (5) dos restantes têm um período

do ano específico em que são proporcionadas as atividades e dois (2), percursos

tanto a pé como de bicicleta todo-o-terreno (btt), são de realização em autonomia.

Estes programas são dirigidos para diferentes tipos de destinatários e dão resposta

a todas as faixas etárias. De forma original no tipo de iniciativa, a CMTV promove,

em parceria com as respetivas associações distritais de modalidade, dois

campeonatos concelhios: um de futebol e outro de atletismo, em várias

especialidades

Os eventos desportivos realizados estão também em linha com os objetivos

de promoção e dinamização de atividade física para o concelho e estão orientados

Sumário executivo

18

para algumas das principais modalidades e práticas de atividade física mais

preferidas pela população, nomeadamente as atividades de manutenção, corrida,

atividades de ginásio e ciclismo/ btt.

O número de recursos humanos que a CMTV tem, a tempo integral, para o

desporto parece estar no limiar mínimo do necessário para cumprir o plano de

atividades anual da Divisão de Educação e Atividade Física.

Considerando os investimentos, as atividades e os apoios proporcionados no

atual mandato, constata-se que os “contratos-programa de desenvolvimento

desportivo”, a “construção de instalações desportivas” e as “atividades e

programas desportivos” têm merecido os principais esforços da CMTV.

Na atividade dos clubes, foi identificada a oferta de 54 modalidades

desportivas diferentes no concelho e 39 clubes que disponibilizaram essas

modalidades, nos últimos 6 anos, com intervenção principal na formação de

praticantes. Para a interpretação da atividade dos clubes, para além do grupo de

discussão sobre o desporto federado, utilizaram-se os recursos documentais

disponibilizados pela CMTV, considerando as candidaturas públicas aos programas

de apoio à atividade desportiva e os respetivos processos submetidos para obtenção

dos apoios financeiros. A principal intenção foi organizar os dados disponíveis que,

em conjugação com a informação recolhida da procura e do grupo de discussão

sobre o associativismo, permitisse constituir inferências sobre as modalidades

proporcionadas e a evolução do número de praticantes.

Constata-se que o futebol de onze, pelo número médio de praticantes, entre

2013 e 2018, teve 50,52% dos praticantes inscritos numa federação. Atendendo ao

peso relativo do número de praticantes, face ao total, identificaram-se mais seis

modalidades com percentagens mais relevantes: hóquei em patins (6,88%)

atletismo (6,27%), ginástica (6,63%), futsal (5,67%), basquetebol (5,41%) e o ténis

(3%).

A distribuição da oferta de prática desportiva federada, nos escalões de

formação, nas freguesias do concelho, é caraterizada por uma concentração na

União das Freguesias de Torres Vedras (São Pedro, Santiago, Santa Maria do Castelo

e São Miguel) e Matacães, com as principais modalidades existentes no concelho.

Sumário executivo

19

O futebol, com exceção da União das Freguesias de Dois Portos e Runa, é

proporcionado em todas as freguesias. O atletismo é a segunda modalidade com

maior distribuição geográfica da prática, em seis freguesias, designadamente nas

freguesias: Ventosa; União das freguesias de Torres Vedras (São Pedro, Santiago,

Santa Maria do Castelo e São Miguel) e Matacães; A dos Cunhados e Maceira; Ponte

de Rol; Silveira e União das Freguesias de Dois Portos e Runa.

Na atividade desportiva não federada, com atividades regulares, na época

2017/ 2018, foram identificadas 235 atividades, segundo os registos da CMTV. A

natação, com 51% das atividades; o fitness, com 14%; e a ginástica, com 7%, foram

as modalidades com mais atividades. Registe-se a percentagem de 4% na atividade

física para pessoas com deficiência.

Na realização de eventos, promovidos pelos clubes, registaram-se 156

iniciativas, com destaque para a modalidade de golfe, com 23% de todos os

realizados, 36 em termos absolutos. Os eventos relacionados com as caminhadas

(10%), com o futebol (8%) e com o atletismo (8%) são os mais promovidos. Ainda

demonstrador das dinâmicas das atividades, destaca-se o número de eventos

realizados no ténis de mesa, btt e ciclismo.

Sobre a formação de recursos humanos do desporto, foram registadas 67

iniciativas, em 17 áreas, na época desportiva. As ações de formação foram

orientadas para os domínios do pedestrianismo (4), primeiros socorros (2), futsal

(1), saúde e condição física (1) e escalada (1).

No estudo sobre a atividade dos ginásios, constatou-se que no concelho de

Torres Vedras existem treze (13) organizações no setor ginásios, health clubs e

espaços de condição física. Os resultados apresentados neste estudo referem-se a

onze (11) organizações que responderam ao inquérito específico para o setor.

Identificou-se que o público-alvo dos ginásios é caracterizado por indivíduos

com idades entre os 25 e os 54 anos, em média 57% é do sexo feminino e 43% do

sexo masculino. A taxa de retenção média encontrada foi de 76%. Quanto ao valor

médio de mensalidade (livre trânsito) é de 30€ e o valor mínimo de mensalidade

varia entre 14,90€ e os 30 €. Oferecem essencialmente serviços de: personal

training (PT), musculação, cárdio, aulas de grupo, programas de perda de peso,

Sumário executivo

20

pilates e treino funcional. De salientar que os serviços com menor expressão são:

atividades aquáticas e artes marciais.

Questionados sobre se no último ano o ginásio/ health club colaborou com o

município, 70% responderam afirmativamente, tendo o envolvimento sido realizado

essencialmente em eventos, quase todos os ginásios avaliam esta cooperação como

muito boa. Foram identificadas outras organizações como integrantes de processos

de cooperação a nível concelhio.

Quanto ao futuro e às áreas de interesse de cooperação com o município, os

ginásios/ health clubs referem os eventos e a prestação de serviços, como muito

importantes, nomeadamente na promoção e no estabelecimento de contactos

junto de empresas, clubes e setor da saúde. As áreas de interesse principais são: a

organização de eventos, a reabilitação física, a prevenção de lesões no trabalho e a

melhoria da capacidade física de trabalhadores e de praticantes desportivos.

Sobre o desporto na escola, na generalidade, os docentes consideram “a

atividade física e desportiva oferecida pelo agrupamento é diversificada,

possibilitando aos alunos uma prática competitiva, e que, na maior parte, estes

alunos não têm possibilidade de praticar...” (Inq.DEscolaQ2). Constatou-se que há

variabilidade na adesão, por parte dos alunos, de escola para escola. As

apreciações globais sobre as ID nas escolas variam entre razoáveis, muito más e não

existentes.

As modalidades identificadas como mais praticadas e com competições, de

acordo com a perceção dos docentes, são: futsal, voleibol, ténis de mesa, goalball

natação e golfe. Existe um clube escolar federado de voleibol.

Colaboram com a escola principalmente as juntas de freguesia (União das

Freguesias de Torres Vedras; Santa Maria, São Pedro e Matacães, Campelos e

Outeiro da Cabeça) no apoio em transportes; a CMTV, no transporte, apoio

logístico, materiais/ equipamentos para organização de eventos; o Ministério da

Educação (Desporto Escolar); a Associação de Educação Física e Desportiva de TV,

cedência gratuita da piscina para alunos com NEE; os Campos de Golfe do Botado,

Campo Real, para a realização de treinos; e os Centros de Saúde, no apoio a

cuidados de saúde, são as principais entidades que colaboram com as escolas.

Sumário executivo

21

Nos últimos três anos, das atividades realizadas, as dirigidas aos “alunos com

deficiência” e “atração de novos alunos” foram as únicas consideradas como de

crescimento, as restantes mantiveram a mesma intervenção. Para os próximos três

anos, os professores inquiridos percecionam um crescimento da intervenção nas

“instalações”, “envolvimento dos professores”, “comunicação para atrair alunos”,

“atração de novos alunos” e crescimento da “relação com as instituições locais”.

Relativamente às Instalações Desportivas (ID), entre os dois períodos de

aferição (2007 e 2017), o concelho construiu trinta e três (33) novos espaços,

passando de 144 para 177 instalações. As ID de base formativa (83%) e de base

recreativa (13%) correspondem a 96% das ID do concelho. O concelho apresenta

uma ADU de 4,26 m2 por habitante, contabilizando-se somente as ID de base

formativa. Este valor está acima do valor de referência de 4 m2 de ADU por

habitante de acordo com as recomendações do Conselho da Europa.

As freguesias com menor número de habitantes têm resultados de ADU por

habitante mais altas e, ao invés, as freguesias com maior população residente têm

valores de ADU mais baixos. Nestes casos, são exemplo, A dos Cunhados e Maceira

(2,60 m2/ hab.); Santa Maria, São Pedro e Matacães (3,36 m2/ hab.) e Silveira

(2,56 m2/ hab.).

Nos anos em referência, as Instalações Desportivas de Base Recreativas

(IDBR), tiveram o maior crescimento, com dezanove (19) novas ID, pela construção

de “percursos pedestres e cicláveis”, com treze (13) espaços, e “circuito de

manutenção”, com seis (6) novos espaços. As Instalações Desportivas de Base

Formativas (IDBF) representam o segundo maior esforço de construção, catorze

(14) novas instalações. Nesta tipologia sobressai o número de “grandes campos

relvados”, com mais oito (8) campos e a construção de três (3) “polidesportivos

cobertos”.

Dos grandes campos de jogos constata-se que só as freguesias de Maxial e

Monte Redondo e Carvoeira é que não dispõem desta tipologia de ID. A tipologia de

pequenos campos de jogos tem uma distribuição com cobertura por todo o

concelho. A tipologia de pavilhões desportivos e as salas de desporto

polidesportivas não são identificadas em duas (2) freguesias: Ponte de Rol e

Ramalhal. A tipologia de piscinas é identificada somente em três (3) freguesias:

Sumário executivo

22

União das Freguesias de Santa Maria, São Pedro e Matacães; A dos Cunhados e

Maceira e na Carvoeira e Camões.

Predominam as IDBF: os polidesportivos descobertos (65, 37% do total de ID);

os grandes campos de jogos relvados (19, 11% do total de ID); os pavilhões

desportivos/ salas de desporto polivalentes (23, 13% do total de ID) e os campos de

ténis (14, 8% do total de ID). Nas IDBR, prevalecem os percursos pedestres e

cicláveis (15, 8% do total de ID) e os circuitos de manutenção (7, 4% do total de ID).

A existência de quatro (4, 2% do total de ID) centros hípicos, nas instalações

desportivas especiais, é também de destacar.

Justifica-se ainda que, sobre o valor identificado, se utilizou um referencial

de construção de ID existente em 2017, dados da CMTV, e um valor das estimativas

anuais da população residente do INE de 2018. As ID construídas após aquele ano

não foram consideradas mas suportam ainda os valores atuais da população

residente.

Da análise efetuada, a partir das evidências encontradas e das ilações

realizadas, podemos tecer as seguintes apreciações:

O sistema desportivo concelhio é caracterizado por um ambiente bastante

positivo, no qual, na globalidade, os parceiros reconhecem a intervenção realizada

pela CMTV na área do desporto e da atividade física. Como tal, importa valorizar

esta avaliação e reforçar a relação de confiança e cooperação entre os vários

parceiros do sistema desportivo concelhio. Forçosamente, os resultados obtidos, no

comparativo com indicadores nacionais, levam a esta assunção de posicionamento.

Há uma deliberada intencionalidade de opções de desenvolvimento

desportivo, concebida e operacionalizada há vários anos, que está consignada em

objetivos, em instrumentos, com estímulos financeiros congruentes para vários

sectores, em programas, atividades, eventos e numa adequação estrutural no

funcionamento da própria CM, com a constituição da Divisão de Educação e

Atividade Física. Desta forma, as escolhas estratégicas a realizar devem permitir

consolidar a orientação de desenvolvimento desportivo em curso.

Pese o facto dos resultados, ao nível da prática de desporto e de atividade

física, serem positivos, no comparativo disponível em termos nacionais, é

necessário uma maior atração de pessoas, ter mais pessoas a praticar, com maior

Sumário executivo

23

frequência, regularidade e intensidade, de acordo com as recomendações

internacionais de referência, nomeadamente a OMS. Ou seja, ser mais eficiente na

atração de potenciais novos praticantes e constituir ações de captação com

melhores resultados.

A oferta de modalidades no concelho é elevada, mas, das principais

modalidades praticadas, nem todas têm resposta ao nível da competição escolar,

federada e de lazer. A possibilidade de constituir ofertas integradas, para que,

verticalmente, as crianças, os jovens e os adultos possam ter possibilidade de

participação em vários níveis de competição, é desejável, do ponto de vista

motivacional, e eficiente no aproveitamento dos investimentos realizados.

Importa aprofundar as interações entre as entidades (escola, clubes/

associações, ginásios, juntas de freguesia e outros operadores) que promovem as

mesmas modalidades desportivas. Melhorar a coordenação das atividades

promovidas pelos vários promotores é condição essencial para a concretização do

ponto anterior. Dificuldades de articulação, cooperação e aproveitamento máximo

dos recursos existentes foram registadas, pelo que é necessário colocar um efeito

agregador e sinérgico no funcionamento das diferentes entidades.

As partes interessadas inquiridas colocam a CMTV no papel de mediação,

coordenação e articulação do sistema desportivo. Porém, uma lógica de

desenvolvimento participativo, processo em que as entidades parceiras e as

pessoas têm um papel ativo na identificação de soluções e na tomada de decisões

que influenciam a vida das organizações desportivas e a sua própria participação,

poderá contribuir para uma maior eficiência dos resultados do modelo de política

desportiva em vigor, essencialmente baseado em estimular, apoiar, cooperar e

responsabilizar as entidades pela operacionalização das suas atividades. No

entanto, os estímulos e as orientações proporcionadas, se não forem conjugadas

com a intervenção dos parceiros, obrigam a esforços muito elevados para se

obterem resultados ou tornam-se mesmo um obstáculo à sua concretização. A

coordenação da atividade realizada pelas escolas, clubes e juntas de freguesias é

de relevante importância para melhorar o funcionamento do sistema desportivo. De

forma supletiva, a atividade dos ginásios e de outros promotores privados, de

natureza comercial, deve ser conjugada.

Sumário executivo

24

Seria de ponderar a criação de novas formas de divulgação/ promoção do

benefício da atividade física e do desporto, selecionando grupos alvo específicos,

nomeadamente jovens do sexo feminino, pessoas portadoras de deficiência, jovens

na escola, mulheres dos meios rurais, população sénior.

Igualmente melhorar os canais de comunicação dos eventos e das iniciativas

realizadas no concelho pelos diferentes promotores. Contribuir também, desta

forma, para remover os fatores que condicionam negativamente o interesse das

pessoas pela atividade física e desportiva. Reforçar o conhecimento e a

comunicação das atividades e dos eventos desportivos, aperfeiçoar a interação com

os potenciais praticantes e restante população.

Identificaram-se algumas modalidades que, não sendo das mais praticadas,

podem ser consideradas como nichos, por terem um conjunto de atributos (pelo

seu impacto transversal noutros setores, pelo seu peso nas tradições e hábitos

culturais da população ou pelo que instrumentalmente permitem atingir, para se

chegarem a objetivos de maior amplitude para promoção do desporto e da

atividade física) que se devem considerar como estimuladores do desporto e da

atividade física. Neste caso, devem ser constituídos planos, tecnicamente e

financeiramente assistidos, de desenvolvimento específico de algumas

modalidades. São exemplos, o ciclismo/ btt, atletismo, surf, pedestrianismo/

caminhada, jogging, corrida (associando o desporto, o turismo e o ambiente), pois

permitem uma prática para todas as faixas etárias, diferentes géneros, diversos

níveis de competição e participação e possibilidade de serem operacionalizados por

vários parceiros.

Dever-se-ão constituir estímulos para melhorar a descentralização de

programas e atividades pelas freguesias, de forma a aumentar a oferta dirigida às

crianças e aos jovens, nas fases de formação desportiva, e aos maiores de 30 anos,

para uma prática desportiva ao longo da vida.

As condições de utilização das IDBR devem ser aprofundadas e efetuada a

sua adequação às necessidades da procura, especificamente para intensificar a

utilização dos espaços verdes/ parques/ circuitos de manutenção. Melhorar as

condições para que mais pessoas utilizem estes espaços e se preste um melhor

serviço à população é, como foi avaliado, um fator de atratividade para a prática.

Sumário executivo

25

Perspetivar a melhoria das ID e o aumento de utilização das existentes.

Reforçando o concelho com algumas instalações desportivas específicas, para

práticas formais e informais, e ter em consideração a necessidade de melhorar

prioritariamente as ID das escolas - do ensino pré-escolar, 1.º, 2º e 3º ciclo -,

reabilitar polidesportivos e espaços de acesso livre, para atividades de participação

desportiva mais diversificada e de compatibilização simultânea de utilizadores. As

ID a serem intervencionadas, para além do seu projeto de construção/

recuperação, devem ter associado um plano de promoção desportiva com os

parceiros responsáveis pelas atividades que aí se possam realizar. Por exemplo, no

caso da natação, e com aproveitamento para atividade de manutenção como a

hidroginástica, há uma modalidade que tem grupos/ equipa no DE e que é a

segunda modalidade mais praticada pelos jovens fora da escola, é a segunda

modalidade mais praticada pela população acima dos 15 anos e a que tem maior

número de atividade de forma regular na atividade desportiva não federada.

Ao nível dos recursos humanos, é necessário reforçar o papel do dirigente

desportivo voluntário, valorizar socialmente a sua intervenção, rejuvenescer as

direções associativas, atraindo mais jovens e mais mulheres para as direções dos

clubes. Ao nível da qualificação dos técnicos, é necessário constituir ofertas

adequadas às necessidades locais e ter domínios/ temas que possam ser

transversais à formação dos técnicos de várias modalidades. Uma bolsa de técnicos

e respetivas competências pode responder ao problema da atração de treinadores e

outros especialistas.

Após realizado o diagnóstico e a análise do sistema desportivo é proposto na

estratégia a seguinte Visão: pretende-se que 1 em cada 2 munícipes de Torres

Vedras pratiquem atividade física e desportiva em 2025, tendo a Missão

proporcionar condições de acesso à prática de atividade física e de desporto com

qualidade no enquadramento técnico, adequadas ao interesse, motivação e nível

de prática do munícipe.

O principal propósito é consolidar um sistema desportivo concelhio dinâmico,

propiciador do bem-estar físico, mental e social das pessoas, facilitador de níveis

de desempenho adequados às expectativas e motivações de evolução na prática de

atividade física e desporto, e que contribua para o envolvimento, coesão,

prosperidade e sustentabilidade da comunidade.

Sumário executivo

26

Os princípios orientadores desenhados são constituídos pelos seguintes

Valores: Igualdade, promover uma abordagem de desporto e atividade física para

todos e por todos, constituindo igualdade de oportunidades para acesso à

participação, assumindo que são necessárias algumas intervenções orientadas para

superar as desigualdades que podem ser sentidas por pessoas, comunidades ou

grupos; Cooperação, as parcerias e a colaboração podem fazer melhor utilização

dos recursos disponíveis, as relações intersectoriais de cooperação amplificam os

resultados; Inclusão, na promoção da tolerância, na aprendizagem de viver em

sociedade no respeito pelo outro, na colaboração, lealdade e amizade, associados

ao fair play; Flexibilidade, constituir adaptações e ajustamentos às necessidades de

evolução de partes e setores do sistema desportivo; Ética, na preocupação de

estruturar as atividades de modo a não permitir a violência no desporto, dopagem,

racismo, xenofobia ou discriminação social; Baseado na evidência, realizar

apreciações, efetuar avaliações, controlar a execução e tomar decisões apoiadas

por pesquisa e por dados relevantes.

São propostos como Objetivos Estratégicos: Obj.Estr.1) Melhorar a

articulação do sistema desportivo local; Obj.Estr.2) Promover a generalização da

prática da atividade física e desportiva da população; Obj.Estr.3) Estimular o

desenvolvimento do tecido associativo desportivo; Obj.Estr.4) Promover a saúde e

a qualidade de vida; Obj.Estr.5) Valorizar as instalações desportivas e o espaço

público para a prática da atividade física e mobilidade ativa.

Os Eixos Estratégicos de intervenção são orientados para: EE1 - Prática

desportiva de competição/ federada; EE2 - Atividade física não competitiva /

organizada; EE3 - Atividade física não organizada; EE4 - Desporto na escola; e EE5 -

Instalações desportivas e espaços públicos.

De forma transversal, constitui-se um conjunto de orientações, Fatores

Críticos de Sucesso, que se julgam facilitadoras da operacionalização do plano, do

controlo da sua execução e dos resultados a obter, centrados na organização de

eventos, na formação de recursos humanos, na comunicação, na cooperação e no

financiamento.

Por fim, são propostos cinco (5) Planos de Ação: PA1 - Governação do

sistema desportivo local; PA2 - Desenvolvimento da prática desportiva dos jovens

em formação; PA3 - Promover a generalização da prática de atividade física e do

Sumário executivo

27

desporto na população adulta; PA4 - Estimular o tecido associativo desportivo e

PA5 – Reabilitar as instalações desportivas e espaços públicos para a prática de

atividade física e de desporto

O relatório está estruturado em quatro partes, relacionadas com as quatro

etapas de desenvolvimento do trabalho, respetivamente relacionadas com: 1)

diagnóstico, 2) análise estratégica; 3) construção da estratégia, desenho da

intenção estratégica; 4) plano operacional da estratégia.

Índice

28

Índice Geral

PRIMEIRA PARTE || ORGANIZAÇÃO GERAL DO PLANO ....................................................... 3

AGRADECIMENTOS ...................................................................................................... 4

SUMÁRIO EXECUTIVO .................................................................................................... 6

ÍNDICE GERAL ......................................................................................................... 28

ÍNDICE DE TABELAS ................................................................................................... 29

ÍNDICE DE FIGURAS ................................................................................................... 31

ÍNDICE DE GRÁFICOS .................................................................................................. 31

ORGANIZAÇÃO GERAL DO PLANO E METODOLOGIA ..................................................................... 33

SEGUNDA PARTE || DIAGNÓSTICO DO SISTEMA DESPORTIVO ............................................. 36

I - ELEMENTOS CONDICIONANTES DO AMBIENTE ........................................................................ 37

II – PRÁTICA DESPORTIVA DOS 10 AOS 14 ANOS ....................................................................... 46

III – PRÁTICA DESPORTIVA DOS 15 AOS 74 ANOS ...................................................................... 78

IV – A PERSPETIVA DAS DIFERENTES PARTES INTERESSADAS NA ATIVIDADE DESPORTIVA DO CONCELHO ................. 125

V – A INTERVENÇÃO DO MUNICÍPIO NO DESPORTO DO CONCELHO ..................................................... 163

VI – A OFERTA DE ATIVIDADES NOS CLUBES ........................................................................... 183

VII – A OFERTA DE ATIVIDADE NOS GINÁSIOS, HEALTH CLUBS E ESPAÇOS DE CONDIÇÃO FÍSICA ......................... 196

VIII – O DESPORTO NA ESCOLA ....................................................................................... 205

IX – OFERTA DE INSTALAÇÕES DESPORTIVAS .......................................................................... 217

TERCEIRA PARTE || ANÁLISE DO SISTEMA DESPORTIVO CONCELHIO.................................. 239

I – ANÁLISE DO SISTEMA DESPORTIVO CONCELHIO .................................................................... 240

II – MATRIZ DE SUPORTE À ANÁLISE DO SISTEMA DESPORTIVO ......................................................... 264

QUARTA PARTE || PROPOSTAS DE DESENVOLVIMENTO .................................................. 275

I – CONCEÇÃO DA ESTRATÉGIA E PROPOSTAS DE DESENVOLVIMENTO .................................................. 276

QUINTA PARTE || PLANOS DE AÇÃO ......................................................................... 279

Índice

29

Índice de Tabelas

Tabela 1 - Por escalão etário percentagem da população residente. .................................................. 38

Tabela 2 – Despesas em atividades e equipamentos desportivos (€) do município. .................................. 39

Tabela 3 – Fatores ambientais de natureza política. ...................................................................... 40

Tabela 4 – Fatores ambientais de natureza económica. .................................................................. 42

Tabela 5 – Análise do ambiente geral fatores de natureza social. ...................................................... 43

Tabela 6 – Análise do ambiente geral fatores de natureza tecnológica. ............................................... 44

Tabela 7 - Caracterização da amostra. ..................................................................................... 48

Tabela 8 - Caracterização das habilitações literárias e situação profissional da amostra. .......................... 49

Tabela 9 - Prática desportiva do desporto escolar - atividade interna. ................................................ 51

Tabela 10 - Prática desportiva do desporto escolar - grupo equipa / externa. ....................................... 52

Tabela 11 - Prática desportiva do desporto escolar - grupo equipa/ atividade externa. ............................ 53

Tabela 12 - Prática desportiva fora da escola. ............................................................................. 53

Tabela 13 – Frequência da prática desportiva fora da escola. ........................................................... 54

Tabela 14 - Atividades físicas e desportivas mais praticadas fora da escola. ......................................... 55

Tabela 15 – Anos de prática da modalidade desportiva. .................................................................. 56

Tabela 16 – Meio de transporte para o local da prática de atividade física e desportiva. ........................... 57

Tabela 17 – Tempo de deslocação para o local da prática de atividade física e desportiva. ........................ 57

Tabela 18 - Razões para praticar atividades físicas e desportivas fora do concelho. ................................ 58

Tabela 19 - Agentes de sociabilização na prática de atividade física e desportiva. .................................. 59

Tabela 20 – Utilização de instalações desportivas e espaços naturais. ................................................. 59

Tabela 21 - Instalações desportivas / espaços naturais do concelho mais frequentadas. ........................... 59

Tabela 22 - Frequência de utilização das instalações desportivas / espaços naturais. .............................. 60

Tabela 23 - Apreciação das instalações desportivas / espaços naturais. ............................................... 60

Tabela 24 – Gosto pelas competições. ...................................................................................... 60

Tabela 25 – Participação em competições. ................................................................................. 60

Tabela 26 – Frequência das competições. .................................................................................. 61

Tabela 27 – Razões para a prática de atividade física e desportiva. .................................................... 62

Tabela 28 - Razões para praticar atividades físicas e desportivas. ..................................................... 63

Tabela 29 - Razões para não praticar atividades físicas e desportivas. ................................................ 64

Tabela 30 - Agentes de incentivo para prática de atividade física e desportiva. ..................................... 65

Tabela 31 – Tipo de agregado familiar e prática de atividade física e desportiva. ................................... 66

Tabela 32 – Prática futura de atividades físicas e desportivas. .......................................................... 66

Tabela 33 - Atividades físicas e desportivas preferidas. .................................................................. 67

Tabela 34 - Modalidades desportivas praticadas no desporto escolar, fora da escola e pretendidas. ............. 68

Tabela 35 - Acesso a jornais, rádios ou à Internet para informação sobre o desporto do concelho. ............... 69

Tabela 36 - Principais jornais consultados. ................................................................................. 69

Tabela 37 - Principais rádios ouvidas. ....................................................................................... 69

Tabela 38 - Principais sítios na internet acedidos. ........................................................................ 70

Tabela 39 - Perceção sobre as oportunidades de prática de atividade física e desportiva na comunidade local. 70

Tabela 40 - Programas de promoção do desporto / atividade física no concelho de Torres Vedras. ............... 71

Tabela 41 – Reconhecimento do nome do programa de promoção do desporto ou da atividade física. ........... 71

Tabela 42 - Assistência a espetáculos desportivos ao vivo. .............................................................. 72

Tabela 43 – Material desportivo existente em casa. ...................................................................... 73

Tabela 44 – Material desportivo existente em casa. ...................................................................... 74

Tabela 45 – Obstáculos para existir mais atividade física e desportiva entre a população. ......................... 75

Tabela 46 – Sugestões para melhorar atividade física e desportiva. .................................................... 75

Tabela 47 - Principais índices de prática de atividade física e desportiva da população jovem. ................... 77

Tabela 48 - Breve caracterização da amostra, sexo e idade. ............................................................ 79

Tabela 49 - Caracterização da amostra. .................................................................................... 80

Tabela 50 - Prática de atividade física e desportiva, nos últimos 12 meses. .......................................... 81

Tabela 51 - Prática de atividade física e desportiva nos últimos 12 meses. ........................................... 81

Tabela 52 - Prática de atividade física e desportiva, nas últimas 4 semanas. ......................................... 82

Tabela 53 - Prática de atividade física e desportiva nas últimas 4 semanas. .......................................... 84

Tabela 54 - Regularidade da prática de atividade física e desportiva nas últimas 4 semanas. ..................... 86

Tabela 55 - Atividades físicas e desportivas praticadas. ................................................................. 88

Tabela 56 - Enquadramento organizacional da prática de atividade física e desportiva. ............................ 89

Tabela 57 – Praticantes em clubes, federações e ginásios. .............................................................. 90

Índice

30

Tabela 58 – Praticantes em federações, por sexo. ........................................................................ 90

Tabela 59 – Comparativo da taxa de feminização. ........................................................................ 90

Tabela 60 – Utilização de instalações desportivas / espaços naturais no concelho de Torres Vedras. ............. 91

Tabela 61 - Instalações desportivas / espaços naturais mais utilizados. ............................................... 91

Tabela 62 – Comparativo dos locais de prática mais utilizados. ......................................................... 92

Tabela 63 - Frequência de utilização da instalação desportiva / espaço natural ..................................... 92

Tabela 64 - Satisfação com as instalações desportivas / espaços naturais. ........................................... 93

Tabela 65 - Razões para deslocação para fora do concelho para praticar. ............................................ 93

Tabela 66 - Agentes de socialização na prática de atividade física e desportiva. .................................... 95

Tabela 67 – Costuma participar em competições desportivas. .......................................................... 96

Tabela 68 – Tipo e frequência das competições desportivas. ............................................................ 96

Tabela 69 – Dimensões das razões para praticar atividades físicas e desportivas. .................................... 97

Tabela 70 - Razões para praticar atividades físicas e desportivas, homens e mulheres. ............................ 98

Tabela 71 - Razões para praticar atividades físicas e desportivas, homens. .......................................... 99

Tabela 72 - Razões para praticar atividades físicas e desportivas, mulheres. ....................................... 100

Tabela 73 - Comparação das três principais razões para praticar atividades físicas e desportivas. .............. 100

Tabela 74 - Razões para não praticar atividades físicas e desportivas, homens e mulheres. ..................... 101

Tabela 75 - Razões para não praticar atividades físicas e desportivas, homens. ................................... 102

Tabela 76 - Razões para não praticar atividades físicas e desportivas, mulheres................................... 103

Tabela 77 - Comparação das três principais razões para não praticar atividades físicas e desportivas. ........ 104

Tabela 78 - Prática de atividades físicas e desportivas no futuro. .................................................... 105

Tabela 79 - Atividades físicas e desportivas pretendidas. .............................................................. 107

Tabela 80 - Grau de afiliação no associativismo desportivo. .......................................................... 110

Tabela 81 – Número de clubes por mil habitantes. ...................................................................... 110

Tabela 82 – Nível de interesse pelo desporto. ........................................................................... 111

Tabela 83 - Informação sobre o desporto do concelho de Torres Vedras. ........................................... 113

Tabela 84 - Assistência a espetáculos desportivos ao vivo. ............................................................ 116

Tabela 85 - Modalidades dos espetáculos desportivos assistidos ao vivo. ............................................ 116

Tabela 86 - A maioria dos espetáculos desportivos assistidos decorreu no concelho de Torres Vedras. ......... 116

Tabela 87 - Perceção sobre as oportunidades de prática desportiva na comunidade local. ....................... 117

Tabela 88 – Comparação da perceção sobre as oportunidades de prática desportiva na comunidade local. ... 118

Tabela 89 – Conhecimento de programas de promoção do desporto ou da atividade física no concelho. ....... 119

Tabela 90 – Reconhecimento do nome do programa de promoção do desporto ou da atividade física. ......... 119

Tabela 91 – Obstáculos para existir mais atividade física e desportiva entre a população. ....................... 120

Tabela 92 – Sugestões para melhorar atividade física e desportiva. .................................................. 121

Tabela 93 – - Principais índices dos hábitos desportivos da população. .............................................. 123

Tabela 94 – Caracterização dos participantes por grupo de discussão. ............................................... 127

Tabela 95 – Análise do conteúdo das entrevistas sobre a orientação política desportiva municipal. ............ 165

Tabela 96 – Programas de apoio ao desporto da CMTV. ................................................................ 170

Tabela 97 – Programas de apoio ao desporto da CMTV (cont.). ....................................................... 171

Tabela 98 – Programas de apoio ao desporto da CMTV (cont.). ....................................................... 172

Tabela 99 – Principais programas operacionalizados pela CMTV. ...................................................... 173

Tabela 100 – Principais programas operacionalizados pela CMTV. .................................................... 175

Tabela 101 – Principais eventos desportivos operacionalizados pela CMTV. ......................................... 176

Tabela 102 – Campeonatos promovidos pela CMTV. ..................................................................... 177

Tabela 103 – Colaboradores relacionados com o deporto e atividade física. ........................................ 178

Tabela 104 – Principais investimentos financeiros realizados no desporto. .......................................... 178

Tabela 105 – Modalidades praticadas (54) no concelho nos clubes. ................................................... 185

Tabela 106 – Modalidades praticadas no concelho por clubes (cont.). ............................................... 186

Tabela 107 – Modalidades praticadas (54) no concelho nos clubes. ................................................... 187

Tabela 108 – Por clube, na modalidade de futebol, tendência de atletas inscritos nos escalões de formação. 188

Tabela 109 – Por clube, principais modalidades coletivas, tendência de inscritos nos escalões de formação. . 189

Tabela 110 – Por clube, principais modalidades individuais, tendência de inscritos nos escalões de formação.189

Tabela 111 – Por freguesia e clube, prática das modalidades federadas por género. .............................. 191

Tabela 112– Por freguesia e clube, prática das modalidades federadas por género. ............................... 197

Tabela 108 – Número de sócios ativos. .................................................................................... 199

Tabela 114 – Pontos fortes e fracos do concelho para a organização. ................................................ 203

Tabela 115 – Principais modalidades praticadas nas escolas do concelho, por níveis do DE. ..................... 210

Tabela 116 – Entidades que melhor podem colaborar, no futuro, com a escola. ................................... 211

Tabela 117 – Escolas que disponibilizam o uso das instalações desportivas a clubes. .............................. 212

Índice

31

Tabela 118 – Necessidades das escolas ao nível de instalações desportivas. ........................................ 212

Tabela 119 – Intervenções realizadas nas escolas, nos últimos anos e nos próximos. .............................. 213

Tabela 120 – Aspetos que julgam ser obstáculo a maior atividade desportiva na escola. ......................... 214

Tabela 121 – Identificação das ID por tipologia e número no concelho. .............................................. 225

Tabela 122 – Tipologia das ID por dotação funcional. ................................................................... 232

Tabela 123 – Tipologia das ID por número de habitantes. .............................................................. 232

Tabela 124 – Tipologia das ID por dimensão da ADU/ SDU. ............................................................ 232

Tabela 125 – Área de influência da ID. .................................................................................... 233

Tabela 126 – Área desportiva útil das ID de base formativa............................................................ 234

Tabela 127 – Área desportiva útil das ID de base formativa por freguesia. .......................................... 235

Tabela 128 – Identificação das ID existentes e necessárias pelo critério de n.º habitantes. ...................... 236

Tabela 129 – Principais forças do sistema desportivo concelhio, na relação entre a prática/ participação e cada

dimensão em análise. ....................................................................................................... 241

Tabela 130 – Principais fraquezas do sistema desportivo concelhio, na relação entre a prática/ participação e

cada dimensão em análise. ................................................................................................. 251

Tabela 131 – Principais oportunidade do sistema desportivo concelhio, na relação entre a prática/ participação

e cada dimensão em análise. ............................................................................................... 256

Tabela 132 – Principais ameaças do sistema desportivo concelhio, na relação entre a prática/ participação e

cada dimensão em análise. ................................................................................................. 262

Tabela 133 – Esquema da matriz de análise utilizada. .................................................................. 264

Índice de Figuras

Figura 1 – Abordagem metodológica realizada. ............................................................................ 33

Figura 2 – Esquema geral de análise do sistema desportivo concelhio. ................................................ 35

Figura 3 – Enquadramento geográfico do concelho de Torres Vedras. .................................................. 37

Figura 4 - Por escalão etário representação da população residente no concelho. .................................. 38

Figura 5 – Principais expressões utilizadas sobre o desporto federado. .............................................. 128

Figura 6 – Principais expressões utilizadas sobre o Desporto na Escola............................................... 133

Figura 7 - Principais expressões utilizadas sobre Desportos de Mar. .................................................. 137

Figura 8 - Principais expressões utilizadas pelo grupo de discussão dos Ginásios. .................................. 142

Figura 9 – Principais expressões utilizadas pelo grupo de discussão das Juntas de Freguesia do Centro. ....... 145

Figura 10 – Principais ideias utilizadas pelo grupo de discussão das Juntas de Freguesia do Interior. ........... 151

Figura 11 – Principais expressões utilizadas pelo grupo de discussão das Juntas de Freguesia do Litoral. ...... 155

Figura 12 - Tipologias de ID definidas no Regime Jurídico das Instalações Desportivas de Uso Público. ........ 220

Figura 13 - População residente por freguesias do concelho de Torres Vedras em 1991, 2001 e 2011. ......... 222

Figura 14 - Densidade populacional por freguesia no concelho de Torres Vedras. .................................. 222

Figura 15 – Distribuição das instalações desportivas pelos aglomerados populacionais do concelho. ............ 224

Figura 16 – Distribuição dos grandes campos de jogos relvados no concelho. ....................................... 227

Figura 17 – Distribuição dos pequenos campos de jogos no concelho. ................................................ 227

Figura 18 – Distribuição dos pavilhões desportivos e salas de desporto polivalentes no concelho. ............... 228

Figura 19 – Distribuição das piscinas no concelho. ...................................................................... 229

Figura 20 – Distribuição do total de ID existentes, por tipologia, no concelho. ..................................... 230

Índice de Gráficos

Gráfico 1 - Regularidade da prática desportiva do desporto escolar – atividade interna. ........................... 50

Gráfico 2 - Regularidade da prática desportiva do desporto escolar – grupo equipa. ................................ 51

Gráfico 3- Atividades físicas e desportivas mais praticadas no desporto escolar ..................................... 52

Gráfico 4- Regularidade da prática de atividade física e desportiva fora da escola. ................................. 54

Gráfico 5 - Atividades físicas e desportivas mais praticadas fora da escola. .......................................... 55

Gráfico 6 - Anos de prática da modalidade desportiva, por idade. ..................................................... 56

Gráfico 7 - Meio de transporte e tempo de deslocação para o local da prática de atividade física e desportiva.

................................................................................................................................... 58

Gráfico 8 - Razões para praticar atividades físicas e desportivas, por dimensão. .................................... 63

Gráfico 9 – Prática de atividades físicas e desportivas, por tipo de agregado familiar. .............................. 66

Gráfico 10 - Atividades físicas e desportivas preferidas. ................................................................. 68

Índice

32

Gráfico 11 - Modalidades dos espetáculos desportivos assistidos ao vivo. ............................................. 72

Gráfico 12 - Período do ano em que pratica atividade física e desportiva. ............................................ 82

Gráfico 13 - Prática desportiva nas últimas 4 semanas. .................................................................. 83

Gráfico 14 - Prática desportiva nas últimas 4 semanas, por idade. ..................................................... 84

Gráfico 15 - Prática desportiva nas últimas 4 semanas, por habilitação literária. .................................... 85

Gráfico 16 - Prática desportiva nas últimas 4 semanas, por idade e sexo. ............................................ 86

Gráfico 17 - Atividades físicas e desportivas praticadas. ................................................................. 87

Gráfico 18 - Meios de transporte utilizados para a deslocação para o local da prática da atividade. ............. 94

Gráfico 19 – Meio de transporte e tempo de deslocação para o local da prática da atividade. ..................... 94

Gráfico 19 - Razões consideradas para praticar atividade física e desportiva, homens e mulheres. ............... 97

Gráfico 20 - Razões consideradas para não praticar atividade física e desportiva. ................................. 101

Gráfico 21 - Razões para não praticar atividades físicas e desportivas, homens e mulheres. ..................... 103

Gráfico 22- Comportamento da população face ao desporto. ......................................................... 106

Gráfico 23 - Atividades físicas e desportivas pretendidas. ............................................................. 107

Gráfico 24 - Gastos médios mensais dos agregados familiares com o desporto. .................................... 109

Gráfico 25 – Nível de interesse pelo desporto. ........................................................................... 112

Gráfico 26 - Nível de interesse pelo desporto, por sexo. ............................................................... 113

Gráfico 27 - Principais jornais consultados. .............................................................................. 114

Gráfico 28 – Principais rádios consultados. ............................................................................... 114

Gráfico 29 - Principais sítios na internet acedidos. ..................................................................... 115

Gráfico 30 – Tipos de investimento realizados no desporto, no atual mandato. .................................... 179

Gráfico 31 – Número de organizações realizadas na atividade física não federada. ................................ 192

Gráfico 32– Número de eventos realizadas na atividade física não federada. ....................................... 193

Gráfico 33 – Ações de formação, por áreas, dirigidas aos recursos humanos do concelho. ........................ 194

Gráfico 34 – Serviços prestados pelas organizações. .................................................................... 198

Gráfico 35 – Caracterização das instalações por área. .................................................................. 199

Gráfico 36 – Tipologia de instalações proporcionadas aos clientes. .................................................. 200

Gráfico 37 – Recursos humanos por função. .............................................................................. 200

Gráfico 38 – Processos de comunicação/ marketing..................................................................... 201

Gráfico 39 – Cooperação com outras entidades. ......................................................................... 202

Gráfico 41 – Número de ID por tipologias e novas construções, diferença em duas datas. ........................ 225

Gráfico 42 – Distribuição relativa (%) de ID segundo as tipologias estabelecidas na legislação. .................. 226

Organização do estudo

33

Organização geral do plano e metodologia

O presente trabalho está orientado para a concretização dos seguintes

objetivos: 1) realizar o diagnóstico da situação da prática de atividade física e

desportiva e da oferta de atividade e serviços de desporto no concelho; 2)

identificar, analisar e validar os principais problemas e oportunidades de

desenvolvimento; 3) definir objetivos e opções estratégicas; 4) construir um plano

estratégico de desenvolvimento propriamente dito e 5) apresentar planos pelas

áreas identificadas como prioritárias.

A abordagem metodológica realizada, conforme estruturado na figura 1, foi

constituída pelo desenvolvimento de uma relação entre as cinco (5) questões-chave

do estudo, as três (3) fases e métodos de pesquisa utilizados - instrumentos e

procedimentos de recolha de dados - e as quatro (4) etapas de construção do plano

estratégico.

Figura 1 – Abordagem metodológica realizada.

Como tal, no âmbito de uma abordagem sistémica e integradora das

diferentes realidades do espaço territorial em que nos focalizámos, partiu-se de um

conceito abrangente de Desporto, definido na Carta Europeia de Desporto (Artigo

2.º) por “todas as formas de atividades físicas que, através de uma participação

organizada ou não, têm por objetivo a expressão ou o melhoramento da condição

Organização do estudo

34

física e psíquica, o desenvolvimento das relações sociais ou a obtenção de

resultados na competição a todos os níveis”. São ainda considerados os principais

instrumentos, nacionais e internacionais, de referência para estímulo a políticas

desportivas e de incentivo à prática desportiva1.

A organização do presente relatório corresponde às fases de

desenvolvimento do trabalho, em que na fase I se realizou o diagnóstico da

atividade física e desportiva realizada no concelho; na fase II, a análise do sistema

desportivo e, na fase III, a formulação das propostas de desenvolvimento

desportivo. O que corresponde às três etapas de elaboração do plano estratégico,

designadamente à de avaliação, desenho das intenções estratégicas de

desenvolvimento e de construção do plano operacional da estratégia.

Especificamente na fase I, sobre o diagnóstico e entendimento das

prioridades de intervenção, a metodologia proposta, considerou duas dimensões de

análise: a “prática e procura desportiva”, onde se incluem os atuais e os potenciais

praticantes; e a “oferta de atividades e serviços de desporto”, que integra uma

análise de sete áreas organizacionais que proporcionam prática desportiva ou têm

uma função de regulação, estímulo e promoção do desporto, tal como se apresenta

na figura 2.

1 Carta de Aalborg - http://www.aalborgplus10.dk/default.aspx

Declaração de Hanôver - http://www.anmp.pt/anmp/div2005/age21/docs/a11.pdf.European network for the promotion of health-enhancing physical activity (2008). http://www.epha.org/a/1936 Instituto do Desporto de Portugal (2009). Orientações europeias para a atividade física – Políticas para a promoção da saúde e bem-estar. http://www.idesporto.pt Parecer do Comité das Regiões (1999). “O Modelo Europeu do Desporto” Jornal Oficial das Comunidades Europeias, 23/12/99, C 374/56. Linhas orientadoras do programa do XXI Governo da República, sobre o desenvolvimento do desporto, em www.portugal.gov.pt/pt.

Organização do estudo

35

Figura 2 – Esquema geral de análise do sistema desportivo concelhio.

O diagnóstico da dimensão “prática e procura desportiva” permitiu

identificar e caracterizar a forma como se pratica desporto no concelho. Inquiriu-

se, para o efeito, uma amostra significativa da população, entre os 10 e os 14 anos,

que frequentam os estabelecimentos de ensino do 2º e 3º ciclo e a população dos

15 aos 74 anos representativa do concelho, por freguesia.

Sobre o diagnóstico da “oferta de atividades e serviços de desporto”, no

início da apresentação dos resultados de cada dimensão é efetuada a descrição

metodológica dos procedimentos, globalmente recolheu-se e tratou-se, pela

aplicação de inquéritos por entrevista, questionário e grupos de discussão, um

conjunto de dados sobre a intervenção das organizações que funcionam em cada

uma das dimensões estudadas. Na dimensão relacionada com as “Instalações

Desportivas” utilizou-se predominantemente os dados proporcionados pela CMTV. A

apreciação efetuada pelas diferentes partes interessadas foi recolhida em grupos

de discussão, constituídos com critérios para o efeito, representativos das

principais organizações promotoras de atividades físicas e desportivas do concelho.

D

Segunda Parte

Diagnóstico do Sistema Desportivo

Elementos condicionantes do ambiente

37

I - Elementos condicionantes do ambiente

A concretização dos objetivos das organizações está fortemente dependente da

forma como estas se relacionam com o seu meio envolvente e dele aproveitam os

recursos que podem influenciar a sua atividade e desempenho, colhendo benefícios ou

evitando ameaças. Os fatores externos interferem na atividade das organizações

desportivas e importa compreendê-los. Desta forma, consideram-se, na caracterização

do ambiente geral, macro ambiente, fatores das dimensões política, económica,

sociodemográfica e tecnológica (PEST) que podem afetar a prática da atividade

desportiva. Identifica-se, em cada uma das dimensões anteriores, os principais fatores

chave ambientais que podem condicionar a atividade desportiva, analisando as suas

implicações, a sua importância, a probabilidade de ocorrência e o impacto, positivo ou

negativo, que poderá vir a ter e os seus efeitos, tal como se descreve nas tabelas

seguintes. Para tal, recorreu-se à revisão dos principais instrumentos estratégicos de

orientação das políticas nacionais, legislação e fontes estatísticas mais relevantes.

O município de Torres Vedras, integrado na sub-região do Oeste, ocupa uma área de

407,15 km2, distribuída por treze freguesias.

É delimitado a norte pelo município

Lourinhã, a nordeste pelo Cadaval, a este por

Alenquer, a sul pelos municípios de Sobral de

Monte Agraço e Mafra e a oeste pelo Oceano

Atlântico, tendo uma costa atlântica com 20

km de extensão.

A população residente no concelho, de

acordo com as Estimativas Anuais da

População Residente do INE2, em 2017, era

de 78.518 pessoas. O número de homens era de 37.631 (48%) e de mulheres 40.905

(52%). A densidade populacional (hab/ km2) é de 192,8 habitantes por km2.

Conforme tabela 1, o grupo etário entre os 0 e os 14 anos é constituído por uma

população de 11.062 pessoas que corresponde a 14% da população, entre os 15 e os 19

2 INE (2018). Estimativas anuais da população residente. População residente (N.º) por local de residência (NUTS - 2013), sexo e grupo etário; anual.

Figura 3 – Enquadramento geográfico do concelho de Torres Vedras.

Elementos condicionantes do ambiente

38

anos a população é de 4.460 pessoas que corresponde a 6% da população, o grupo

etário entre os 20 e os 34 anos, tem 12.895 pessoas e representa 16% da população.

Entre os 35 e os 49 anos situam-se 23% dos residentes.

Tabela 1 - Por escalão etário percentagem da população residente.

Escalão etário Total H e M % da população

0-14 anos 11062 14%

15-19 anos 4460 6%

20-34 anos 12895 16%

35-49 anos 18321 23%

50-64 anos 15444 20%

65-74 anos 8415 11%

75 e + anos 7921 10%

Fonte: PEDD TV dados tratados a partir das estimativas anuais da população em 2017 (INE,2018)

Registe-se que entre os 35 e os 49 anos se encontra 23% da população. Se

atendermos à pirâmide etária, gráfico 1, constata-se que entre os 35 e os 64 anos tem-

se 43% da população residente.

Figura 4 - Por escalão etário representação da população residente no concelho.

Fonte: PEDD TV dados tratados a partir das estimativas anuais da população em 2017 (INE,2018)

Elementos condicionantes do ambiente

39

O índice de envelhecimento é de 146 idosos por cada 100 jovens, para o país

este valor é de 153,2. Registe-se que a esperança média de vida em Portugal, em 2015,

situava-se, segundo o INE, em 77,6 para o sexo masculino e 83,3 para o sexo feminino.

Tomando em consideração os valores das despesas em atividades e

equipamentos desportivos dos municípios (em euros), por localização geográfica (NUTS

- 2013), e por tipo de despesa e atividade e/ ou equipamento desportivo (INE, 2018),

recolhido pelo inquérito ao financiamento das atividades culturais, criativas e

desportivas às câmaras municipais, verificamos que, no total anual, as despesas do

município de Torres Vedras aumentaram de 2013 para 2017 em 11%. Na despesa que é

comum nos cinco anos, despesas correntes em atividades desportivas, houve um

diferencial no valor de aumento da despesa em 190%, respetivamente de 327.656,00€

para 951.853,00€.

Tabela 2 – Despesas em atividades e equipamentos desportivos (€) do município.

Considerando os valores nacionais, de despesas correntes em atividades

desportivas, face à população, para Portugal e para Torres Vedras, constatou-se que os

valores de referência são respetivamente de 7,99€ e 12,12€ por pessoa no concelho.

A taxa de desemprego, com registo no IEFP (na população 15 - 64 anos), foi, em

2017, de 5,1% em Torres Vedras e 8,7% no país.

Em Torres Vedras, o ganho médio mensal dos trabalhadores por conta de

outrem, relativo ao ano de 2016, foi de 954,1€, na sub-região do Oeste de 830,1€ e em

Portugal de 1.105,6€3.

3PORDATA (2018). Ganho médio mensal dos trabalhadores por conta de outrem: total e por sexo. Acedido em https://www.pordata.pt/Municipios/, em 22 nov. 2018.

Atividades

desportivas

Associações

desportivas

Construção e

manutenção de

recintos (inclui

salas e pavilhões

cobertos)

Construção e

manutenção de

outros equipamentos

desportivos (ao ar

livre ou com simples

Outras

atividades

não

especificadas

Atividades

desportivas

Associações

desportivas

Construção e

manutenção de

recintos (inclui

salas e pavilhões

cobertos)

Construção e

manutenção de outros

equipamentos

desportivos (ao ar

livre ou com simples

Outras

atividades

não

especificadas

2017 951 832 € 0 € 303 504 € 487 291 € 0 € 0 € 0 € 0 € 0 € 0 € 1 742 627 €

2016 15 014 € 902 021 € 0 € 0 € 1 228 € 1 536 € 369 941 € 0 € 0 € 800 € 1 290 540 €

2015 194 704 € 182 092 € 0 € 0 € 0 € 0 € 722 816 € 0 € 0 € 0 € 1 099 612 €

2014 887 793 € 0 € 0 € 0 € 0 € 0 € 0 € 240 020 € 545 091 € 0 € 1 672 904 €

2013 327 656 € 356 343 € 0 € 245 € 0 € 0 € 526 179 € 0 € 0 € 0 € 1 210 423 €

Tipo de despesa

Total anualAno

Despesas correntes Despesas de capital

Atividade e/ ou equipamento desportivo

Elementos condicionantes do ambiente

40

Tabela 3 – Fatores ambientais de natureza política.

Fatores Implicações

(Antecedentes e variáveis influenciadoras)

Importância

Probabilidade de ocorrência

Impacto (Positivo / negativo: efeitos,

resultados)

“Promoção da atividade física – Incumbe ao Estado, regiões autónomas e autarquias locais a promoção e generalização da atividade física enquanto instrumento essencial para a melhoria da condição física, da qualidade de vida e da saúde dos cidadãos.”. São adotados programas que visam: a) Criar espaços públicos aptos para a atividade física; b) Incentivar a integração da atividade física nos hábitos de vida quotidianos, bem como a adoção de estilos de vida ativos; c) Promover a conciliação da atividade física com vida pessoal, familiar e profissional Fonte: Lei nº5/2007, Lei de Bases da Atividade Física e do Desporto – Artigo 6º,Promoção da Atividade Física.

Incumbe às autarquias locais responsabilidade na promoção da atividade física e na criação de condições para que a população possa praticar desporto.

Crítico: Contributo essencial para a generalização da prática desportiva junto das populações.

Considerável probabilidade, face ao interesse da população e aos benefícios públicos inerentes à prática de atividade física e de desporto.

Positivo: Estímulo à promoção da atividade física e criação de condições para que a população possa praticar desporto.

“A atividade física e a prática desportiva por parte das pessoas com deficiência é promovida e fomentada pelo Estado, Regiões Autónomas e autarquias locais com as ajudas técnicas adequadas, adaptada às respetivas especificidades, tenho em vista a plena integração e participação sociais, em igualdade de oportunidades com os demais cidadãos”. Fonte: Lei n.º 5/2007, de 16 de janeiro – Lei de Bases da Atividade Física e do Desporto, Artigo 29.º

Necessidade de selecionar e persuadir órgãos do Estado para a promoção e fomento de programas de atividades.

Crítico: indispensável para promoção de programas de atividades de generalização da prática desportiva

Considerável probabilidade, face a situações de propostas análogas.

Positivo: Concretizando-se a promoção e fomento pelos órgãos do Estado de atividades desportivas.

Desenvolvimento da atividade física e do desporto: “…promover mais e melhor desporto para mais cidadãos, começando a formação na escola, prosseguindo através do movimento associativo com base nos clubes e federações e generalizando a prática desportiva em parceria ativa com as autarquias…” (p. 128); “Apoiar e divulgar projetos e iniciativas que promovam a generalização da atividade física e desporto…” (p. 129). “Desenvolver, em articulação com os municípios, um programa “Territórios Inclusivos”, que assegure a acessibilidades físicas e comunicacionais, desenvolvendo um programa de acessibilidade pedonal…” (p. 243). “Aposta educativa numa escola inclusiva de 2.ª geração no âmbito da educação especial e dos apoios educativos às crianças e aos jovens; garantir o acesso das pessoas com deficiência a educação ao longo da vida, após terminarem a escolaridade obrigatória.” (p. 242). Fonte: Programa do XXI Governo Constitucional (2015-2019).

Reforço da função da escola e apoio à generalização da prática de desporto. Novo programa: “territórios inclusivos”. Aposta na educação especial.

Crítico: Contributo essencial para a generalização da prática desportiva às crianças e jovens com deficiência, garantir acessibilidades e aposta na educação especial.

Elementar probabilidade, face aos desafios propostos e aos recursos disponibilizados.

Positivo: Efeitos elevados no apoio a projetos de generalização da prática desportiva para pessoas com deficiência, sobretudo crianças e jovens em idade escolar e em enquadramento de educação especial. Melhoria das acessibilidades em municípios referência.

“A Direção Geral da Saúde (DGS), desenvolve no âmbito do Plano Nacional de Saúde, programas de Saúde prioritários nas seguintes áreas: (…) C) Promoção da Atividade Física” “Numa perspetiva nacional, é prioritário consciencializar a população para a importância da atividade física na saúde e implementação de políticas intersectoriais e multidisciplinares que visem a diminuição do sedentarismo e aumento dos níveis de atividade física” Pág. 18 – Estratégia Nacional para a promoção da atividade física, da saúde e do bem-estar. Fonte: Despacho 6401/ 2016, Diário da República n.º 94/2016, Série II de 2016-05-16.Determina o desenvolvimento, no âmbito do Plano Nacional de Saúde, de programas de saúde prioritários na (…) Promoção da Atividade Física (…).

Responsabilidade de promover a atividade física como forma de melhorar a qualidade de vida, saúde e bem-estar da população.

Crítico - Promove o acesso à atividade física por parte da população.

Elevada probabilidade de ocorrência, sendo a atividade física uma forma de melhorar qualidade de vida dos cidadãos.

Positivo: Reconhecimento da atividade física como forma de melhorar a saúde, bem-estar da população e como um contributo positivo para a inclusão social.

Elementos condicionantes do ambiente

41

Fatores Implicações

(Antecedentes e variáveis influenciadoras)

Importância

Probabilidade de ocorrência

Impacto (Positivo / negativo: efeitos,

resultados)

Investir na oferta desportiva de proximidade e que garanta uma acessibilidade real dos cidadãos à prática do desporto (p. 39); Promover mais e melhor desporto para mais cidadãos, começando a formação na escola, em parceria ativa com as autarquias (p. 39), combater a discriminação contra as crianças, jovens, adultos e idosos com deficiência ou incapacidade (p. 61), e garantir a igualdade de acesso às atividades desportivas sem discriminações sociais, físicas ou de género (p. 39). Medidas: Apoiar e divulgar projetos e iniciativas que promovam a generalização da atividade física e desporto, abrangendo a diversidade da população portuguesa…(p. 39); Articular a política desportiva com a escola, reforçando a educação física e a atividade desportiva nas escolas…(p. 39); Promover a qualificação dos técnicos e agentes que intervêm no desporto, aumentar a qualificação técnica dos treinadores…(p. 39); Implementar um programa de deteção de talentos…(p. 39); Melhorar a gestão do Centro Desportivo Nacional do Jamor, dos Centros de Alto Rendimento e das infraestruturas desportivas públicas, …(p. 40); Definir um novo quadro de compromisso … que melhore a afetação dos recursos provenientes do Orçamento do Estado, e pela fiscalidade, mecenato e fundos europeus aumente o investimento da iniciativa privada através da responsabilidade social empresarial (p. 40). Fonte: Grandes Opções do Plano para 2016 -2019, Lei n.º 7-B/2016, de 31 de março.

Acessibilidade real dos cidadãos à prática do desporto; começando na escola, em parceria com as autarquias; combater a discriminação contra pessoas com deficiência ou incapacidade; garantir a igualdade de acesso às atividades desportivas sem discriminações físicas; Formação e qualificação de treinadores, técnicos e dirigentes para o desporto para pessoas com deficiência; Conceção e implementação de um programa de identificação e seleção de talentos para as modalidades paralímpicas prioritárias IPC Tóquio 2020;

Crítico: aprofunda as possibilidades de prática desportiva às crianças e jovens com deficiência; pode garantir acessibilidades aos CAR; possibilidade de usufruir do programa de deteção de talentos e pode constituir condições mais atrativas para potenciais patrocinadores e outros financiadores.

Considerável probabilidade, pela necessidade de responder de forma satisfatória às necessidades das populações.

Positivo: Pode aumentar a base de crianças e jovens com deficiência que pratica desporto; Incentivar a apresentação e implementação de um programa nacional de iniciação à prática de desporto para crianças e jovens com deficiência; Melhorar as qualificações dos agentes que intervêm no desporto para pessoas com deficiência; Incentivar a apresentação e implementação de um programa nacional para qualificação de treinadores, técnicos e dirigentes que enquadram o desporto para pessoas com deficiência; Identificar e selecionar jovens com talento para as modalidades paralímpicas, prioritárias IPC Tóquio 2020.

Na UE a proporção de pessoas que praticam ou praticaram desporto regularmente ou com alguma regularidade é mais elevada na Finlândia (69%), na Suécia (67%) e na Dinamarca (63%). Menos propensos a praticar desporto encontra-se os cidadãos da Bulgária, Grécia e Portugal (em cada um destes países, 68% nunca praticam ou praticaram desporto), Special Eurobarometer 472, p.4. Na semana anterior à que foram inquiridos, 79% dos portugueses não fizeram nenhuma atividade física vigorosa. A proporção que praticou atividade física vigorosa, em pelo menos quatro dos últimos sete dias, foi de 7% em Portugal (Special Eurobarometer 472, p.19). Fonte: European Union (2018). Special Eurobarometer 472 - “Sport and physical activity”.

December 2017. ISBN 978-92-79-80242-3 doi:10.2766/483047.

A percentagem de pessoas que têm motivação para a atividade física e para o desporto é reduzida, tem mesmo diminuído nos últimos anos.

Crítico: é necessário um maior aprofundamento das razões que podem levar as pessoas a praticar mais desporto.

Certa: os últimos resultados atestam as limitações nacionais face aos valores anteriormente obtidos para o mesmo tipo de indicadores.

Negativo: As consequências para a saúde e bem estar das pessoas são gravosas.

Condições de acessibilidade a satisfazer no projeto e na construção de espaços públicos, equipamentos coletivos e edifícios públicos, incluindo em instalações desportivas, designadamente estádios, campos de jogos e pistas de atletismo, pavilhões e salas de desporto, piscinas e centros de condição física, incluindo ginásios e clubes de saúde. Fonte: Decreto-Lei n.º 163/2006, de 8 de Agosto.

Cumpre à Inspeção-Geral da Administração do Território a fiscalização das instalações pertencentes à administração pública local. A não intervenção neste domínio pode contribuir para que não se cumpra o previsto em Lei relativamente à satisfação das

Crítico: inibe o acesso por insatisfação das condições de acessibilidade.

Elevada probabilidade de não cumprimento na íntegra do legislado.

Negativo: Se a fiscalização às instalações não ocorrer.

Elementos condicionantes do ambiente

42

condições de acessibilidade, com a manifesta perda para os cidadãos.

Tabela 4 – Fatores ambientais de natureza económica.

Fatores Implicações

(Antecedentes e variáveis influenciadoras)

Importância

Probabilidade de ocorrência

Impacto (Positivo / negativo: efeitos,

resultados)

O Produto Interno Bruto (PIB) de Portugal, em termos homólogos, aumentou 2,8% em volume no 1.º trimestre de 2017 (2,0% no trimestre anterior). Resultado do maior contributo da procura externa líquida, pela aceleração das Exportações de Bens e Serviços. Depois de crescer 0,9 de 2013 para 2014, aumentou de 2014 para 2015 em 1,5% e a valor final de 2016 foi de 1,4%, menos 0,2 p.p. que o verificado no ano anterior. Fonte: INE (2017). Contas Nacionais Trimestrais, 31 maio 2017, p. 1.

https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_destaques&DESTAQUESdest_boui=281044417&DESTAQUESmodo=2 (Acedido em 01 de junho de 2017)

Crescimento económico embora com diminuição da procura interna.

Crítica: pode proporcionar economia com capacidade de gerar novos ou mais postos de trabalho.

Certa. Confirmada pelos dados existentes.

Positivo: Economia com capacidade de gerar mais apoios para a prática desportiva.

Rendimento médio mensal líquido da população empregada por conta de outrem aumentou 1,4% por ano de 2013 a 2016. Fonte: INE (2017). Contas Nacionais Trimestrais – Estimativa Rápida, p. 1 [https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_destaques&DESTAQUESdest_boui=249869610&DESTAQUESmodo=2&xlang=pt]

Perceção de um clima económico positivo.

Crítica: pode oferecer mais poder de compra às famílias.

Certa. Confirmada pelos dados existentes.

Positivo: Capacidade das famílias em contribuírem mais para as despesas com a prática desportiva.

Despesas em atividades e equipamentos desportivos dos municípios portugueses de 2014 para 2015 aumento em 30 792 485€ o que representou uma diferença de 14%. Fonte: https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_indicadores&indOcorrCod=0008280&contexto=bd&selTab=tab2&xlang=pt, acedido a 22/09/2017 Gastos das Câmaras Municipais em atividades desportivas entre 2013 (176.808,1 milhares de euros) e 2015 (177.300,1 milhares de euros), o que representa um aumento de 0,2%. Fonte: https://www.pordata.pt/Portugal/Despesa+das+C%C3%A2maras+Municipais+em+cultura+e+desporto+total+e+por+dom%C3%ADnio+cultural+(2013+)-2755-236242 , acedido a 22/09/2017

Aumento do investimento em atividades e equipamento por parte dos municípios.

Crítica: maior verba disponibilizada para promoção de atividades e arranjo de instalações

Certa. Confirmada pelos dados existentes.

Positivo: Possibilidade de melhorar a qualidade das atividades desportivas mas também de renovação das instalações desportivas.

Uma minoria de 2,1% das empresas, cujo volume de negócios ultrapassou em 2012 os 5 M€, garante 67,7% da receita do Estado com o IRC . Fonte: Pordata. (2016). Receitas fiscais do Estado: total e por alguns tipos de impostos.www.pordata.pt

Reduzido número de empresas de grande dimensão.

Moderada: atrair apoios de maior volume financeiro pode estar comprometido.

Certa. Confirmada pelos dados existentes.

Negativo: O número de grandes empresas com elevada capacidade económica está a diminuir.

Taxa de desemprego da população ativa com idade entre 15 e 74 anos está em redução, diminuiu 7,5% de julho de 2013 a julho de 2017. Fonte: INE. (2016). Inquérito ao emprego. https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_indicadores&indOcorrCod=0007976&contexto=pi&selTab=tab0

Perceção de um clima económico positivo.

Crítica: famílias com melhores condições económicas.

Certa. Confirmada pelos dados existentes.

Positivo: Transmite maior segurança para as relações laborais e aumenta a possibilidade das pessoas investirem mais.

A Associação ZERO (Associação Sistema Terrestre Sustentável) anunciou as 44 praias ZERO poluição em Portugal em 2019 (7% do total das 608 zonas balneares em funcionamento), deste valor o Concelho de Torres Vedras tem 10 praias, ou seja 23% das praias do país consideradas de ZERO poluição. Fonte: Associação ZERO

https://zero.ong/44-praias-zero-poluicao-a-elite-das-aguas-balneares-em-termos-de-qualidade/ acedido em 15 de junho de 2019.

Significa que não foi detetada qualquer contaminação nas análises efetuadas às águas das praias ao longo das três últimas épocas balneares.

Moderada: na conjugação da qualidade das praias às atividade de mar, com maior importância para o surf

Certa. Confirmada pelos dados existentes.

Positivo: Pelo valor que pode ser associado à promoção do surf e outras atividades desportivas de mar.

Elementos condicionantes do ambiente

43

Subsídio por educação especial, 6.853 processos e 1.893 milhões de euros de benefícios, em Fevereiro de 2016, aumento de 3,4% em processos e 2,1% em valor. Fonte: INE. (2016). Boletim Mensal de Estatística, agosto 2016.

Maior cobertura de apoios sociais em número de pessoas e de valor investido.

Crítica: famílias com melhores condições económicas.

Certa. Confirmada pelos dados existentes.

Positivo: Capacidade das famílias em contribuírem mais para as despesas com a prática desportiva.

Tabela 5 – Análise do ambiente geral fatores de natureza social.

Fatores Implicações

(Antecedentes e variáveis influenciadoras)

Importância

Probabilidade de ocorrência

Impacto (Positivo / negativo: efeitos, resultados)

Segundo as Estimativas Provisórias da População Residente de 2015, o município de Torres Vedras apresenta uma taxa de crescimento efetivo anual de 0,1%. Fonte: INE. (2017). https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_princindic&menuBOUI=13707095&contexto=pi&selTab=tab0, acedido em 22/11/2018.

População residente em crescimento após verificação dos saldos de natalidade, óbitos, emigrantes e imigrantes.

Crítica: Implica adaptações na oferta de atividades e na disponibilidade de instalações desportivas.

Confirmada pelos dados existentes.

Negativo: A tendência é de diminuição da população.

Segundo a Pordata em 2001 o concelho de Torres Vedras contava com 4 260 pessoas portadoras de deficiência, valor mais elevado dos concelhos da zona oeste. “Cerca de 16% da população entre os 15 e os 64 anos tinham simultaneamente problemas de saúde prolongados e dificuldades na realização de atividades básicas” Fonte: “Saúde e Incapacidades em Portugal” p.3.

Existência de uma parte da população que necessita de atividades aplicadas á sua condição física.

Crítica: Necessidade de melhorar a qualidade de vida das pessoas portadoras de deficiência.

Confirmada pelos dados existentes.

Positiva: Possibilidade de melhorar a qualidade de vida e inclusão social de pessoas portadoras de deficiência através da prática de atividade física adaptada.

20% da população do concelho de Torres Vedras tem mais de 65 anos, segundo as estimativas da População Residente de 2015 do INE. Fonte: INE. (2017). https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_princindic&menuBOUI=13707095&contexto=pi&selTab=tab0, acedido em 22/11/2018.

Boa parte da população envelhecida, oferta adequada de atividades e instalações.

Crítica: Boa parte da população envelhecida

Confirmada pelos dados existentes.

Positiva: Necessidade de criar programas e atividades que possibilitem aos idosos atividades ativas de forma a melhorar a saúde, bem-estar e a sua inclusão social.

O automóvel é o meio de transporte mais utilizado pela população nas deslocações casa-trabalho ou casa-estudo. Quase 62% da população, que diariamente se desloca para a realização das suas atividades, opta pelo automóvel, na condição de condutor ou passageiro, mais 16 pontos percentuais do que em 2001. Nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto essa percentagem é de 54,0% e 62,7%, respetivamente. O autocarro continuou a ser o transporte público mais utilizado pela população, mas a sua importância recuou cerca de 4 pp na última década. O tempo médio para chegar ao local de trabalho ou estudo era de 20 minutos, demorando mais de metade da população menos de 15 minutos. Nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto esse tempo médio era de 26,37 minutos para Lisboa e de 19,87 minutos para o Porto. Fonte: INE. (2017). https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_princindic&menuBOUI=13707095&contexto=pi&selTab=tab0, acedido em 22/11/2018.

Elevada valorização do transporte privado em detrimento do público, principalmente pela utilização do automóvel.

Moderada: Pode contribuir para a reduzida oferta de transportes de autocarro para as instalações desportivas.

Confirmada pelos dados existentes.

Negativo: Dificulta a quantidade e diversidade de transportes públicos, nomeadamente de autocarros que sejam facilitadores da acessibilidade a instalações desportivas.

O nível de escolaridade da população residente do concelho de Torres Vedras era: 9,6 % da população tinham um curso de ensino superior; 0,8% um curso pós-secundário, 13% um curso secundário, 56,8% tinha concluído o ensino básico (3.º ciclo) e 20% não tinha nível de escolaridade concluída. Fonte: INE. (2017). https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_princindic&menuBOUI=13707095&contexto=pi&selTab=tab0, acedido em 22/11/2018.

Percentagem da população do concelho com formação abaixo do 3.º ciclo.

Elevada: Necessidade de adaptação dos elementos de comunicação.

Confirmada pelos dados existentes.

Negativo: Menor valorização dos benefícios da atividade física e do desporto para a saúde e bem-estar dos munícipes.

O município de Torres Vedras tinha em 2016 um total de 13970 Elevado número de jovens a Elevada: Forma de Confirmada pelos dados Positivo: Jovens têm contacto

Elementos condicionantes do ambiente

44

jovens matriculados em escolas desde a educação pré-escolar até ao secundário. Fonte: INE. (2017). https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_princindic&menuBOUI=13707095&contexto=pi&selTab=tab0, acedido em 22/11/2018.

frequentar escolas do concelho. iniciar os jovens na prática desportiva e de lhes incutir um estilo de vida ativo.

existentes. com a atividade física na escola, através das aulas, atividades internas ou do Desporto Escolar.

Tabela 6 – Análise do ambiente geral fatores de natureza tecnológica.

Fatores Implicações

(Antecedentes e variáveis influenciadoras)

Importância

Probabilidade de ocorrência

Impacto (Positivo / negativo: efeitos,

resultados) Criação de ferramentas que incentivam a prática regular de atividade física e acompanhamento da evolução da performance do praticante pelo acesso a formatos digitais, acesso a redes de dados e ligação à internet. Fonte: http://www.brazilhealth.com/Visualizar/Artigo/1/Tecnologia-na-Pratica-de-Atividade-Fisica, acedido em 25/09/2017.

Impacto da tecnologia na prática de atividade física sendo uma forma de controlar a performance e até de obter prescrição de exercícios, planos de alimentação etc. Necessidade de adaptações tecnológicas das instalações desportivas para acesso às redes de wireless e internet.

Elevada: Como elemento estimulante para a prática de atividade física

Confirmada: Pela quantidade de apps e programas de apoio à atividade física já existentes.

Positivo: Estimula a prática de atividade física focando os praticantes nos seus objetivos e na evolução da sua performance.

Inovação nos wearables, roupas e utensílios tecnológicos que se colocam no corpo. Fonte: http://expresso.sapo.pt/economia/exame/2015-10-15-Como-a-tecnologia-invadiu-o-desporto, acedido em 22 de junho 2018

Maior suporte informacional biométrico em treinos e competições

Elevada: Pela introdução de melhorias nos resultados dos treinos e competições

Quase certa: a consultora Idate prevê que em 2018 serão vendidos 123 milhões, quando em 2014 foram vendidos apenas 20 milhões de unidades destes dispositivos.

Positivo: Suporte ao controlo das prestações treinos e competições.

Videojogos que permitem a prática desportiva virtual por parte de qualquer pessoa Fonte: http://expresso.sapo.pt/actualidade/videojogos-para-queimar-calorias=f500518, acedido em 23/09/2018

Criação de videojogos que recriam a prática de desporto e atividade física

Elevada: Pela disponibilização de vários desportos sem sair de casa

Confirmada: Algumas organizações desportivas já as utilizam para as suas atividades, ex. ginásios e FPF.

Negativo: Promove uma prática mais solitária, sem qualquer tipo de orientação ou prescrição o que pode levar a lesões e reduz a interação pessoal.

Aumento da popularidade e do número de jogadores que aderem aos E-sports Fonte: https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/tecnologias/detalhe/desportos_electronicos_sao_fenomeno_global_mas_em_portugal_ainda_estao_em_pause, acedido em 23/09/2018

Competições de videojogos são percecionadas como competições desportivas

Elevada pelo estímulo e contributo da CP nas fases de teste e resultados finais.

Confirmada pelos dados da Business Inside que indica que já há 70 milhões de jogadores por todo o mundo

Negativo: Apesar de estes videojogos serem vistos como competições desportivas promovem um estilo de vida sedentário.

Desenvolvimento tecnológico permite que pessoas portadoras de deficiência pratiquem determinadas atividades desportivas que até aqui não seriam possíveis. Fonte: http://observador.pt/2016/11/27/pessoas-com-deficiencia-vao-poder-praticar-desportos-de-neve-em-portugal/, acedido em 25/09/2019

Maior acesso de pessoas portadoras de deficiência a diferentes atividades físicas e desportivas

Crítica- Possibilidade de incluir as pessoas portadoras de deficiência em praticamente todas as atividades e programas.

Certa pelo vasto leque de equipamentos e atividades que permitem a inclusão de deficientes.

Positivo: Maior inclusão das pessoas portadoras de deficiência nas atividades desportivas melhorando assim a sua condição física e qualidade de vida.

45

Segunda Parte

Prática desportiva e potencial procura

Primeira Parte – Prática desportiva

46

II – Prática Desportiva dos 10 aos 14 anos

1 Nota introdutória Esta componente do estudo tem por objetivo caracterizar a procura e a

prática desportiva da população residente no território do concelho de Torres

Vedras com idades compreendidas entre os 10 e os 14 anos, que corresponde ao

grupo dos alunos que frequentam o 2.º e 3.º ciclo do ensino básico em escolas do

concelho.

Recolheu-se uma amostra significativa das opiniões, atitudes,

reivindicações e hábitos desportivos da população, que contribuem para um

diagnóstico estruturado da situação desportiva do concelho. Fornecendo

informação organizada acerca dos comportamentos e características da

participação desportiva da população, por sexo e por agrupamento de freguesias

com a finalidade de apoiar o processo de tomada de decisão relativo à conceção

das políticas, programas e projetos de desenvolvimento do desporto que, em

última análise, visam o aumento da participação da população em atividades

físicas e desportivas.

2 Metodologia

A população jovem corresponde ao número de alunos matriculados entre os

anos de escolaridade 5.º e 9.º, no ano letivo 2017-2018, nos estabelecimentos de

ensino do concelho é de 4.772 jovens (CMTV, 2018).

A amostra foi obtida do universo de 4.772 jovens, selecionados com base no

método de estratificação por ano de estudos e proporcionalidade em função da

escola frequentada. O tamanho da amostra foi de 578 jovens, o que corresponde

a um erro de amostragem inferior a 4%, para uma probabilidade de erro <0,05. A

matriz de seleção ou desenho da amostra reproduziu a estrutura por ano de

estudos da população jovem que frequenta os estabelecimentos de ensino no

território do concelho de Torres Vedras.

A técnica de recolha de informação foi o inquérito sociográfico, através de

preenchimento online. Foi obtida a cooperação dos diretores das escolas, sendo

os questionários aplicados aos alunos das turmas, em sala de aula, pelos

professores de Educação Física, aos quais foi entregue um guia com instruções

Primeira Parte – Prática desportiva

47

para aplicação. A recolha dos dados realizou-se entre 2 de março e 27 de maio

de 2018.

O instrumento de recolha da informação foi o questionário construído para o

estudo designado Inquérito dos Hábitos Desportivos da População Jovem,

registado e aprovado pela Direção Geral de Educação, em 13-11-2017, sob o n.º

0598500002.

O objetivo do questionário foi analisar o comportamento da população jovem

face ao desporto, no que respeita às seguintes dimensões: caracterização da

prática desportiva no desporto escolar; caracterização da prática desportiva fora

da escola: atividades praticadas, regularidade, transporte utilizado e tempo de

deslocação, participação em competições, sociabilidades; razões da prática

desportiva e razões da não prática desportiva; intenção futura de praticar

atividade física e desportiva; atividades pretendidas; frequência de instalações e

espaços naturais do concelho; acesso à informação sobre o desporto no

concelho; notoriedade dos programas desportivos do concelho; assistência a

espetáculos desportivos e modalidades; opinião sobre a organização do desporto

no concelho e obstáculos e sugestões para a melhoria atividade física e

desportiva no concelho.

A amostra foi constituída sensivelmente pelo mesmo número de raparigas

(52,9%) e de rapazes (47,1%). Integrou 26,8% de alunos com idades entre os 10 e

12 anos que correspondem ao 2.º ciclo (5.º e 6.º anos) e 73,2% de alunos com

idades entre os 13 e 15 anos que correspondem ao 3.º ciclo do ensino básico (7.º,

8.º e 9.º anos). O número de pessoas do agregado familiar variou entre 2 e 10,

sendo a média de 3,96 pessoas por agregado familiar. Agregados familiares

compostos por 4 pessoas foi a situação mais frequente (36,5%), seguindo de 3

pessoas (23,2%) e duas pessoas (5,2%), conforme tabela 11.

Primeira Parte – Prática desportiva

48

Tabela 7 - Caracterização da amostra.

Torres Vedras

4.772 jovens (5.º - 9.º ano): População

578 jovens (5.º - 9.º ano): Amostra

Sexo

Raparigas 52,9%

Rapazes 47,1%

Ano (Idades)

5.º - 6.º ano (10-12 anos) 26,8%

7.º - 9.º ano (13-15 anos) 73,2%

Agrupamentos de escolas

Agrupamento de Escolas de São Gonçalo 5,4%

Agrupamento de Escolas Henriques Nogueira 30,4%

Agrupamento de Escolas Madeira Torres 19,6%

Agrupamento de Escolas Padre Vítor Melícias 32,7%

Externato de Penafirme 11,9%

N.º de pessoas do agregado familiar

2 5,2%

3 23,2%

4 36,5%

5 10,9%

6 3,6%

7-8 1,6%

9-10 1,2%

NR 17,8%

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q1, Q2, Q4; Q48.

O nível de escolaridade dos pais dos inquiridos foi maioritariamente o

secundário (11.º/12.º Ano), 24,9% para as mães e 18,5% para os pais. Sucede-se a

formação superior para as mães (21,6%) e 15,9% para os pais. Cerca de um

quinto dos pais (19,2%) e 15,1% das mães não possuem o Ensino Básico (9.º ano)

completo. A maioria dos pais (71,3%) e mães (63,5%) têm a condição de “É

trabalhador(a), trabalha numa atividade remunerada”. A situação de

desemprego e doméstica(o) é superior nas mães, conforme expresso na tabela

12.

Primeira Parte – Prática desportiva

49

Tabela 8 - Caracterização das habilitações literárias e situação profissional da amostra.

Habilitações Literárias Mãe Pai

Não possui o Ensino Básico (9.º ano) completo 15,1% 19,2%

Ensino Básico (9.º ano) completo 13,3% 20,2%

Ensino Secundário (11.º/12.º Ano) completo 24,9% 18,5%

Licenciatura 13,5% 8,5%

Mestrado / Doutoramento 8,1% 7,4%

NR 25,1% 26,1%

Situação Profissional

É trabalhador(a), trabalha numa atividade

remunerada 63,5% 71,3%

É doméstica(o) 8,7% 1,7%

Está atualmente desempregada(o) 5,2% 2,8%

É reformada(o), aposentada(o) 1,0% 0,9%

É estudante 0,5% 0,2%

NR 21,1% 23,2%

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q46, Q47.

Primeira Parte – Prática desportiva

50

3 Resultados

3.1 Prática desportiva no âmbito do Desporto Escolar

A prática de atividade física e desportiva no âmbito do desporto escolar, ao

nível da atividade interna, é realizada por 42,9% dos jovens inquiridos. Esta

situação evidencia um índice de participação desportiva no desporto escolar de

42,9%. Pelo contrário, 57,1% dos jovens afirmaram não participar em atividades

físicas desportivas na escola, para além da disciplina obrigatória de Educação

Física, conforme gráfico seguinte.

A regularidade da prática na atividade interna é reduzida, 65,5% dos jovens

(28,1% dos praticantes) realizam a prática na atividade interna 2 a 3 x por período

escolar ou menos. A prática mais regular (2 ou mais x por mês) abrange um

segmento reduzido (9,0%) de jovens que corresponde a 20,9% dos praticantes.

Gráfico 1 - Regularidade da prática desportiva do desporto escolar – atividade interna.

1 x por ano 5,7%

1 x por mês 4,0%

2 a 3 x por ano 11,8%

2 ou mais x por mês 9,0%

2 x por período escolar10,6%

NR 1,9%

Não pratica no desporto escolar 57,1%

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q5.

A prática de atividades físicas desportivas é ligeiramente superior nos

rapazes do que nas raparigas, sendo essa diferença superior quando a

regularidade da prática aumenta: “2 ou mais x por mês” os rapazes expressaram

11,0% e as raparigas 7,2%, conforme tabela seguinte.

Primeira Parte – Prática desportiva

51

Tabela 9 - Prática desportiva do desporto escolar - atividade interna.

Pratica no desporto escolar

1 vez /ano 2 a 3 x por

ano

2 x por período escolar

1 x por mês

2 ou mais x por mês

NR

Não pratica no desporto escolar

Torres Vedras 42,9% 5,7% 11,8% 10,6% 4,0% 9,0% 1,9% 57,1%

Sexo

Raparigas 40,2% 6,5% 11,1% 12,1% 3,3% 7,2% 2,3% 59,8%

Rapazes 41,9% 4,8% 12,5% 8,8% 4,8% 11,0% 1,5% 58,1%

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q1, Q5.

A atividade realizada ao nível do grupo equipa revela que a participação dos

jovens do concelho é de 29,1%. Ou seja, 70,9% dos jovens do concelho não

participam neste tipo de atividades da escola, conforme gráfico seguinte.

Gráfico 2 - Regularidade da prática desportiva do desporto escolar – grupo equipa.

1 x por ano 5,7%

1 x por semana 8,1%

2 a 3 x por semana 13,7%

4 a 5 x por semana 3,8%

NR 0,5%

Não pratica no desporto escolar 70,9%

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q8.

A regularidade da prática de desporto escolar evidencia que 17,5% dos

jovens praticantes realiza atividade do grupo equipa pelo menos 2 a 3 vezes por

semana ou mais. Pela negativa, 81,9% dos jovens não realiza qualquer prática no

grupo equipa / externa ou realiza 1 x por semana ou menos.

A prática de atividades físicas desportivas é ligeiramente superior nos

rapazes (30,9%) do que nas raparigas (27,5%), quando se observa a frequência da

prática as diferenças são marginais, conforme tabela seguinte.

Primeira Parte – Prática desportiva

52

Tabela 10 - Prática desportiva do desporto escolar - grupo equipa / externa.

Pratica no desporto escolar

Menos de 1 x por semana

1 x por semana

2 a 3 x por semana

4 a 5 x por semana

NR

Não pratica no desporto escolar

Torres Vedras 29,1% 2,9% 8,1% 13,7% 3,8% 0,5% 70,9%

Sexo

Raparigas 27,5% 2,6% 7,2% 13,7% 3,6% 0,3% 72,5%

Rapazes 30,9% 3,3% 9,2% 13,6% 4,0% 0,7% 69,1%

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q1, Q8.

As modalidades mais praticadas no grupo/ equipa de desporto escolar

pelos jovens são o voleibol e o badminton, sendo referidas por 23,2% e 13,4% dos

jovens, respetivamente. Em terceiro lugar, surge o ténis de mesa com 10,4%.

Futsal, golfe e atletismo são as seguintes modalidades mais praticadas, conforme

gráfico seguinte.

Para além das modalidades apresentadas no gráfico, sucedem-se mais 6

modalidades com valores superiores a 2%: btt, andebol, desportos gímnicos,

multiatividades de exploração da natureza, basquetebol e natação.

Gráfico 3- Atividades físicas e desportivas mais praticadas no desporto escolar

31,7%

5,5%

6,7%

9,1%

10,4%

13,4%

23,2%

Outras

Atletismo

Golfe

Futsal

Ténis de mesa

Badminton

Voleibol

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q7.

Entre as raparigas, o voleibol (38,3%) surge de forma destacada como a

modalidade mais praticada, seguido pelo badminton (13,4%). Os rapazes

praticam sobretudo o ténis de mesa (19,3%) e o futsal (16,9%), conforme tabela

seguinte.

Primeira Parte – Prática desportiva

53

Tabela 11 - Prática desportiva do desporto escolar - grupo equipa/ atividade externa.

Modalidades

Torres Vedras Voleibol (23,2%) Badminton (13,4%) Ténis de Mesa (10,4%) Futsal (9,1%)

Sexo

Raparigas Voleibol (38,3%) Badminton (12,3%) Golfe (7,4%) Desportos Gímnicos

(7,4%)

Rapazes Ténis de Mesa (19,3%) Futsal (16,9%) Badminton (14,5%) Voleibol (8,3%)

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q7.

3.2 Prática desportiva fora da escola

Fora da escola (fora do horário escolar), a prática de atividade física e

desportiva de uma forma organizada (numa entidade/ clube e sob a supervisão

de uma pessoa, treinador / monitor) é realizada por 47,1% dos jovens inquiridos.

Este resultado expressa um índice de participação desportiva de 47,1%. Pelo

contrário, cerca de metade (52,9%) dos jovens afirmaram não participar em

atividades desportivas fora da escola de uma forma organizada.

Fora da escola, por sua conta, de forma livre (sem ser numa entidade /

clube e sem supervisão de uma pessoa, treinador / monitor), a prática de

atividade física e desporto é realizada por 50,7% dos jovens inquiridos.

Tabela 12 - Prática desportiva fora da escola.

Numa entidade / clube e sob a supervisão de

uma pessoa, treinador / monitor

De forma livre (sem ser numa entidade / clube e sem supervisão de uma pessoa, treinador /

monitor

Torres Vedras 47,1% 50,7%

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q11, Q15.

Acresce referir que 29,0% dos jovens não participa nas atividades do

desporto escolar e também não pratica atividade física e desportiva fora da

escola (numa entidade / clube e sob a supervisão de uma pessoa, treinador /

monitor) situação que manifesta uma ausência de prática de atividade física e

desportiva, para além da disciplina escolar obrigatória de Educação Física.

A prática de atividades desportivas é superior nos rapazes (49,6%) em

relação às raparigas (44,4%), conforme tabela seguinte. A taxa de feminização da

prática do desporto fora da escola de uma forma organizada é de 47,3%.

Primeira Parte – Prática desportiva

54

Tabela 13 – Frequência da prática desportiva fora da escola.

Pratica fora da escola

Menos de 1 x por semana

1 x por semana

2 a 3 x por semana

4 a 5 x por semana

NR

Não pratica fora da escola

Torres Vedras 47,1% 1,2% 10,7% 25,4% 9,5% 0,2% 53,1%

Sexo

Raparigas 44,4% 0,7% 10,5% 23,9% 9,5% 0,0% 55,6%

Rapazes 49,6% 1,8% 11,0% 27,2% 9,6% 1,4% 50,4%

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q1, Q11.

A regularidade da prática de atividade física e desportiva fora da escola

evidencia que a maioria dos jovens (34,9% dos praticantes fora da escola) realiza

atividades pelo menos 2 a 3 vezes por semana ou mais. Enquanto, 11,9% realiza

prática física fora da escola com um regime de frequência de 1 x por semana ou

menos, conforme tabela anterior e gráfico seguinte.

Gráfico 4- Regularidade da prática de atividade física e desportiva fora da escola.

1 x por ano 5,7%

1 x por semana 10,7%

2 a 3 x por semana 25,4%

4 a 5 x por semana 9,5%

NR 0,2%

Não pratica fora da escola 53,1%

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q1, Q11.

As atividades físicas e desportivas que os jovens praticam

predominantemente fora da escola são: futebol (16,3%), natação (13,9%),

danças/ ballet (12,2%), btt e ciclismo (8,1%), aulas de grupo/ fitness (6,0%),

artes marciais e de combate (5,7%) - aikido, jiu-jitsu, judo, karaté, krav maga,

taekwondo – ginástica/ trampolins (5,7%), basquetebol (4,3%) e futsal (4,3%).

Para além das modalidades apresentadas no gráfico, sucedem-se 20

modalidades na categoria designada de “outras” (25,1%), das quais são referidas

Primeira Parte – Prática desportiva

55

com valores entre 3,6% e 2,2% as seguintes: equitação (3,6), atletismo (3,3%) e

voleibol (2,6%) e hóquei em patins (2,2%).

Gráfico 5 - Atividades físicas e desportivas mais praticadas fora da escola.

25,1%

4,1%

4,3%

4,3%

5,7%

6,0%

8,1%

12,2%

13,9%

16,3%

Outras

Ginástica /Trampolins

Basquetebol

Futsal

Artes Marciais e deCombate (Aikido,

Jiu-Jitsu, Judo,…

Aulas de grupo(fitness)

Btt e ciclismo

Danças / Ballet

Natação

Futebol

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q10.

As raparigas afirmaram praticar danças/ ballet com 22,4% de referências,

natação (14,8%) e aulas de grupo/ fitness (10,4%). Os rapazes manifestaram

praticar futebol (25,4%), natação (12,5%) e btt e ciclismo (10,5%), conforme

expresso na tabela.

Tabela 14 - Atividades físicas e desportivas mais praticadas fora da escola.

1.ª 2.ª 3.ª 4.ª 5.ª

Torres Vedras Futebol (16,3%) Natação (13,9%) Danças / Ballet (12,2%) Btt e ciclismo

(8,1%) Aulas de grupo (fitness) (6,0%)

Sexo

Raparigas Danças / Ballet

(22,4%) Natação (14,8%)

Aulas de grupo (fitness) (10,4%)

Ginástica / Trampolins (8,2%)

Equitação (6,6%)

Rapazes Futebol (25,4% Natação (12,5%) Btt e ciclismo (10,5%)

Artes Marciais e de Combate (Aikido, Jiu-Jitsu, Judo,

Karaté, Krav Maga, Taekwondo)

(9,3%)

Futsal (7,3%)

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q10.

Primeira Parte – Prática desportiva

56

Da maioria dos jovens inquiridos, 29,6% pratica a modalidade desportiva

principal há mais de 6 anos. No entanto, 21,9% iniciou a prática há menos de um

ano. No segmento dos jovens com idade entre 10 e 12 anos a maioria manifestou

que iniciou a prática entre 3 e 6 anos (29,4%). Comparando os dois segmentos,

49% dos jovens com 10-12 de idade iniciou a prática há menos de 2 anos,

enquanto no segmento dos 13-15 anos o valor foi de 41,1%. Nos jovens com idade

entre 13 e 15 anos, a maior percentagem iniciou a prática da modalidade

principal há mais de 6 anos (31,5%), conforme tabela e gráfico seguinte.

Tabela 15 – Anos de prática da modalidade desportiva.

Há menos de 1 ano Entre 1 e 2 anos Entre 3 e 6 anos Há mais de 6 anos

Torres Vedras 21,9% 20,7% 27,8% 29,6%

Sexo

10 - 12 anos 23,5% 25,5% 29,4% 21,6%

13 - 14 anos 21,5% 19,6% 27,4% 31,5%

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q12.

Gráfico 6 - Anos de prática da modalidade desportiva, por idade.

Há menos de 1 ano23,5%

Há menos de 1 ano21,5%

Entre 1 e 2 anos25,5% Entre 1 e 2 anos

19,6%

Entre 3 e 6 anos29,4%

Entre 3 e 6 anos27,4%

Há mais de 6 anos21,6% Há mais de 6 anos

31,5%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

10-12 anos 13-15 anos

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q12.

Primeira Parte – Prática desportiva

57

3.2.1 Deslocações para o local da prática

Na maioria das vezes, o meio de transporte que os jovens utilizam para

realizarem a deslocação para o local da prática desportiva é o carro (54,7%),

seguido de a pé (25,1%), de autocarro/ transportes públicos (9,7%) e de bicicleta

(7,3%), conforme tabela seguinte.

Tabela 16 – Meio de transporte para o local da prática de atividade física e desportiva.

Meio de transporte

Carro 54,7%

A pé 25,1%

Autocarro (transportes públicos) 9,7%

Bicicleta 7,3%

Mota 1,7%

Carrinha da equipa / clube 1,1%

Skate 0,4%

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q32.

Mais de metade (54,0%) dos jovens demoram em média, menos de 10

minutos a chegar ao local da prática desportiva e 36,3% demoram entre 10 e 30

minutos, conforme tabela seguinte.

Tabela 17 – Tempo de deslocação para o local da prática de atividade física e desportiva.

Tempo

Menos de 10 minutos 54,0%

De 10 a 30 minutos 36,3%

De 31 a 60 minutos 5,5%

Mais de 1 hora 4,2%

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q32.

O modo de deslocação de carro é utilizado para deslocações que demoram

menos de 10 minutos e a bicicleta é apenas utilizada por 8,9% dos jovens para

realizar deslocações inferiores a 10 minutos, contrariamente aos percursos que

demoram mais tempo, conforme gráfico seguinte.

Primeira Parte – Prática desportiva

58

Gráfico 7 - Meio de transporte e tempo de deslocação para o local da prática de atividade física e desportiva.

A pé 34,0%

A pé 15,7%

A pé 4,0%

A pé 29,4%

Autocarro 6,8%

Autocarro 9,4%

Autocarro 20,0%

Autocarro 11,8%

Bicicleta 8,9%

Bicicleta 3,1%

Bicicleta 16,0%

Bicicleta 11,8%

Carro 48,1%

Carro 68,6%

Carro 52,0%

Carro 41,2%

Mota 0,9% Mota 1,3%Mota 4,0%

Mota 5,9%

Carrinha clube 0,6%

Carrinha clube 4,0%

Carrinha clube 1,3%

Skate 1,3%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Menos de 10 minutos De 10 a 30 minutos De 31 a 60 minutos Mais de 1 hora

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q32.

3.2.2 Razões para a prática de atividades físicas e desportivas fora do

concelho

As três razões principais que levam os jovens a praticar atividades físicas

e desportivas em clubes e entidades fora do concelho de Torres Vedras foram as

seguintes: em primeiro lugar, “Porque existe disponibilidade de instalações

desportivas” (69,6% de referências concordo e concordo totalmente), em

segundo, “Porque as instalações desportivas têm melhor qualidade” (50,9%) e

em terceiro lugar, “Porque é lá que existem espaços naturais para a prática”

(49,6%), conforme exposto na tabela seguinte.

Tabela 18 - Razões para praticar atividades físicas e desportivas fora do concelho.

Razões Discordo

Totalmente Discordo

Não Discordo,

nem concordo

Concordo Concordo

Totalmente

Porque é lá que existem espaços naturais para a prática

12,8% 9,6% 28,0% 33,6% 16,0%

Porque existe disponibilidade de instalações desportivas

26,2% 9,0% 19,7% 43,4% 26,2%

Porque as instalações desportivas têm melhor qualidade

5,7% 5,7% 37,7% 32,0% 18,9%

Porque a modalidade desportiva não existe aqui

23,1% 19,0% 20,7% 19,8% 17,4%

Porque os amigos vão 23,5% 15,1% 30,3% 21,0% 10,1%

Primeira Parte – Prática desportiva

59

Porque os meus pais me levam 15,6% 12,3% 30,3% 27,9% 13,9%

Por não estar satisfeito com o treinador(a) 40,8% 15,8% 25,0% 13,3% 5,0%

Outra razão: Proximidade da minha casa

5,8%

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q14.

3.2.3 Agentes de sociabilização

A maioria dos jovens que realiza prática de atividade física e desportiva

desenvolve a sua prática “Com amigos” (33,9%) e “Sozinho” (18,1%). Praticar

atividade física e desportiva com os pais foi a opção escolhida por 10,1% dos

jovens praticantes, conforme tabela seguinte.

Tabela 19 - Agentes de sociabilização na prática de atividade física e desportiva.

Com amigos(as) Sozinho Com outras

pessoas Com a equipa

Com os pais Com irmãos Com outros familiares

33,9% 18,1% 13,0% 11,6% 10,1% 9,7% 3,6%

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q18.

3.3 Utilização e apreciação das instalações desportivas e espaços

naturais

Fora da escola, desde janeiro de 2017, as instalações desportivas/ espaços

naturais no concelho de Torres Vedras para a prática de atividades desportivas

foram utilizadas por 49,0% dos jovens inquiridos. A opção “Não” foi indicada por

51,0% dos jovens inquiridos.

Tabela 20 – Utilização de instalações desportivas e espaços naturais. Fora da escola utilizaste instalações desportivas / espaços naturais no concelho de

Torres Vedras para a prática de atividades desportivas?

Não Sim

51,0% 49,0%

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q19.

As instalações desportivas/ espaços naturais do concelho mais frequentadas

foram os “Parques Verdes das Freguesias/ Circuitos de manutenção” referidos por

23,9% dos jovens, sucede-se a “Física de Torres Vedras” (12,4%) e os “Ginásios” e

“Praia/ Mar”, ambos com 10,6%, conforme tabela seguinte.

Tabela 21 - Instalações desportivas / espaços naturais do concelho mais frequentadas.

Instalação desportiva / espaço natural

Parques Verdes das Freguesias / Circuitos de manutenção

23,9% Avenida do Atlântico (marginal em Santa Cruz)

2,1%

Física de Torres Vedras 12,4% Piscinas da Física de Torres Vedras 2,1%

Ginásios 10,6% Piscinas de A-dos-Cunhados 2,1%

Praia / Mar 10,6% Sporting Clube de Torres 1,8%

Parque Verde da Várzea 9,7% Pista de Atletismo (Paul) 1,5%

Campos de futebol de relva sintética (por todo o concelho)

7,3% Choupal 1,5%

Sport Clube União Torreense 6,3% Ecopista do Sizandro 0,6%

Percursos Pedestres Sinalizados 3,9% Parque Verde da Ponte do Rol 0,6%

Pavilhões desportivos das associações e escolas 2,7% Paisagem Protegida Local da Serra da Archeira e Socorro

0,3%

Primeira Parte – Prática desportiva

60

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q20.

A frequência de utilização, desde Janeiro 2017, das instalações

desportivas/ espaços naturais referidos por 42,0% dos jovens é 2 x por semana ou

mais. Recorda-se que certos espaços de prática são utilizados com uma

frequência reduzida – só nas férias e 1 x por mês – para 39,5% dos jovens,

conforme expresso na tabela seguinte.

Tabela 22 - Frequência de utilização das instalações desportivas / espaços naturais.

Só nas férias 1 x por mês Cerca de 15 em 15 dias 1 x por semana

2 a 3 x por semana

4 a 5 x por semana ou mais

24,3% 15,2% 6,2% 12,3% 31,3% 10,7%

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q21.

A grande maioria dos jovens refere que “Gosta” (39,4%) ou “Gosta Muito”

(56,8%) dos espaços de prática/ instalações desportivas que frequenta com maior

regularidade, conforme tabela seguinte.

Tabela 23 - Apreciação das instalações desportivas / espaços naturais.

Grau de Satisfação Global

Não gosto nada Não gosto Gosto Gosto Muito

1,2% 2,5% 39,4% 56,8%

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q22.

3.4 Desporto de competição

A maioria dos jovens inquiridos, nas atividades desportivas que pratica

referiu que gosta de competições (79,0%) e 21,0% não gosta de competições.

Tabela 24 – Gosto pelas competições.

Não Sim

21,0% 79,0%

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q23.

A participação em competições é referida por 55,2% dos jovens, enquanto

44,8% referiu que não costuma participar em competições, conforme tabela

seguinte.

Tabela 25 – Participação em competições.

Não Sim

44,8% 55,2%

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q24.

As competições desenvolvidas na escola são as que apresentam uma

frequência mais reduzida, “Menos de 1 x por mês”, 58,8% dos jovens referiu

competições com outras turmas da escola e 59,5% expressou competições com

outras escolas. As competições que apresentam maior regularidade são as

federadas realizadas fora da escola, desenvolvem-se 1 a 2 x por semana para

Primeira Parte – Prática desportiva

61

38,9% dos jovens. Os campeonatos municipais ou provas desportivas municipais

são também desenvolvidos com essa regularidade por 36,1% dos jovens, conforme

exposto na tabela seguinte.

Tabela 26 – Frequência das competições.

Âmbito das competições Menos de 1 x por mês

1 a 3 x por mês

1 x por semana

2 x por semana

Na escola, em competições com outras turmas da minha escola

58,0% 23,2% 8,7% 10,1%

Na escola, em competições com outras escolas 59,5% 26,2% 6,3% 7,9%

Fora da escola, em campeonatos municipais ou provas desportivas municipais

38,7% 25,2% 28,6% 7,6%

Em competições federadas 39,8% 21,2% 27,4% 11,5%

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q25.

Primeira Parte – Prática desportiva

62

3.5 Razões para praticar atividades físicas e desportivas

Conhecer os motivos que levam a população jovem a realizar atividade

física e desportiva, permite compreender a continuidade, o abandono e

melhorar a oferta atual. De acordo com a categorização de Fernández & Solá

(2001), os motivos de realização de prática atividade física e desportiva podem

agrupar-se em três dimensões: a) Motivos de afiliação; b) Motivos de saúde, e c)

Motivos de aprovação social e demonstração de capacidade.

Tabela 27 – Razões para a prática de atividade física e desportiva.

Motivos Indicadores

Motivos de afiliação Porque gosto de desporto Porque os meus pais aconselharam-me Porque o desporto permite-me fazer novos amigos Porque os meus amigos também praticam desporto Porque o desporto permite divertir-me

Motivos de saúde Por recomendação médica Porque o desporto permite-me estar em forma

Motivos de aprovação social e demonstração de capacidade

Porque quero ser um desportista profissional Porque quero melhorar a aparência física Porque sou bom a praticar desporto

Fonte: Adaptado de Fernández & Solá (2001).

As principais razões consideradas para os jovens praticarem atividade física

e desportiva, considerando a diferença entre as respostas discordantes e

concordantes, foram as seguintes: em primeiro lugar, “Porque o desporto permite

divertir-me” (2,5% vs. 93,8%); em segundo lugar, “Porque gosto de desporto”

(3,1% vs. 92,5%) (nos dois casos motivos de afiliação) e, em terceiro lugar,

“Porque o desporto permite-me estar em forma” (4,3% vs. 85,7%), neste caso

motivo de aprovação social e demonstração de capacidade. Destaca-se que a

razão associada a uma carreira profissional no desporto recebeu 54,7% de

concordância para a prática de atividade física e desportiva (dentro do motivo de

aprovação social e demonstração de capacidade).

Primeira Parte – Prática desportiva

63

Gráfico 8 - Razões para praticar atividades físicas e desportivas, por dimensão.

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Por

que

o de

spor

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ite

div

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Por

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fiss

ion

al

Afiliação Saúde Aprov. social e dem. capac.

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q29.

As três razões consideradas menos relevantes para praticar atividade física e

desportiva foram: “Por recomendação médica”, “Porque os meus pais

aconselharam-me” e “Porque os meus amigos também praticam desporto”,

conforme tabela seguinte.

Tabela 28 - Razões para praticar atividades físicas e desportivas.

Discordo

Totalmente Discordo

Não discordo, nem concordo

Concordo Concordo

Totalmente

Porque o desporto permite divertir-me 0,6% 1,9% 3,8% 22,5% 71,3%

Porque gosto de desporto 1,9% 1,3% 4,4% 23,8% 68,8%

Porque o desporto permite-me estar em forma 1,2% 3,1% 9,9% 33,5% 52,2%

Porque o desporto permite-me fazer novos amigos 1,9% 1,9% 14,9% 31,7% 49,7%

Porque sou bom a praticar desporto 3,1% 1,3% 19,5% 38,4% 37,7%

Porque quero melhorar a aparência física 3,8% 7,5% 22,6% 30,8% 35,2%

Porque quero ser um desportista profissional 8,7% 11,8% 24,8% 27,3% 27,3%

Porque os meus pais aconselharam-me 16,3% 13,1% 27,5% 27,5% 15,6%

Porque os meus amigos também praticam desporto

12,4% 22,4% 32,3% 16,8% 16,1%

Por recomendação médica 34,0% 18,2% 22,0% 13,8% 11,9%

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q29.

Primeira Parte – Prática desportiva

64

3.6 Razões para não praticar atividades físicas e desportivas

As principais razões consideradas, para os jovens não praticantes

desportivos, não praticarem atividade física e desportiva (considerando a

diferença entre as respostas discordantes e concordantes) foram: em primeiro

lugar, “Porque faltam atividades adequadas às minhas preferências” (45,1% vs.

25,4%); em segundo, “Porque não gosto de fazer desporto” (49,4% vs. 24,1%) e,

em terceiro lugar, “Porque não existem infraestruturas perto do sítio onde moro”

(51,5% vs. 22,8%). As três razões consideradas menos impeditivas para praticar

atividade física e desportiva foram: “Porque os meus amigos não praticam

desporto”, “Porque tenho uma doença ou lesão” e “Porque fico cansado/

fatigado”, conforme tabela seguinte.

Tabela 29 - Razões para não praticar atividades físicas e desportivas.

Discordo

Totalmente Discordo

Não discordo,

nem concordo

Concordo Concordo

Totalmente

Porque faltam atividades adequadas às minhas preferências 23,1% 22,0% 29,5% 21,4% 4,0%

Porque não gosto de fazer desporto 24,7% 24,7% 26,4% 19,0% 5,2%

Porque não existem infraestruturas perto do sítio onde moro 28,1% 23,4% 25,7% 17,5% 5,3%

Porque os meus pais têm falta de tempo 24,1% 25,9% 31,0% 14,4% 4,6%

Porque fico cansado / fatigado 28,3% 25,4% 25,4% 16,2% 4,6%

Porque tenho uma doença ou lesão 46,8% 14,6% 11,1% 21,1% 6,4%

Porque é muito dispendioso 28,0% 25,1% 33,1% 12,6% 1,1%

Porque os meus amigos não praticam desporto 52,0% 24,9% 17,9% 4,0% 1,2%

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q26.

Primeira Parte – Prática desportiva

65

3.7 Agentes de incentivo para prática de atividade física e

desportiva

Os hábitos desportivos dos jovens são construídos com base num conjunto

de fatores contextuais em que diferentes agentes desempenham um papel

relevante. As influências exercidas são diferenciadas no incentivo que realizam

sobre os jovens para a prática de atividade física e desportiva nos tempos livres.

Com maior registo de frequência no incentivo à prática surgem: o pai e a

mãe, 39,9% e 39,0%, respetivamente. Porém, o pai, para 21,4% dos jovens,

raramente ou nunca incentiva à prática de atividade física e desportiva, conforme

tabela seguinte.

Tabela 30 - Agentes de incentivo para prática de atividade física e desportiva. Nunca Raramente Por vezes Frequentemente Sempre

Mãe 8,1% 7,9% 24,0% 21,0% 39,0%

Pai 10,8% 10,6% 20,2% 18,6% 39,9%

Irmã(s) / irmão(s) 30,6% 9,5% 16,0% 17,1% 26,8%

Amiga(s)/ amigo(s) 15,4% 12,8% 22,8% 21,8% 27,1%

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q30.

A família (por família entende-se as pessoas que moram na mesma casa que

que o jovem) é um modelo de referência para os jovens em idade escolar,

especialmente nas primeiras idades. Existir uma cultura de atividade física e

desportiva na família, expressa no indicador em que algum membro pratique

atividade física, é um fator influente na prática desportiva do jovem. Dessa

forma, observa-se que dos jovens que realizam atividade física e desportiva fora

da escola, em 74% dos casos, são provenientes de famílias em que alguma pessoa

realiza atividade física e desportiva, conforme gráfico seguinte.

Primeira Parte – Prática desportiva

66

Gráfico 9 – Prática de atividades físicas e desportivas, por tipo de agregado familiar.

Pessoas que vivem em casa e não praticam

ativ. física 26,0%

Pessoas que vivem em casa

e praticam

ativ. física 74,0%

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q31, Q9.

Por outro lado, nas famílias em que nenhum membro realiza atividade

física e desportiva a prática desportiva dos jovens é de 37,4%, conforme tabela

seguinte.

Tabela 31 – Tipo de agregado familiar e prática de atividade física e desportiva. Pessoas que em casa praticam atividade física e desportiva, pelo menos 1 vez por semana

Não pratica fora da escola

Pratica fora da escola

Nenhuma 62,6% 37,4%

Alguma 45,7% 54,3%

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q31, Q9.

3.8 Participação futura em atividades físicas e desportivas

A intenção futura de prática de atividades físicas e desportivas, no período

de tempo de 5 anos, evidencia que para 60,3% dos jovens, não praticantes, o

desporto fará parte do seu futuro. No entanto, 39,7% dos jovens afirmaram “Não

saber” e “Não” à intenção de prática atividade física e desportiva. As raparigas

(63,6%) evidenciaram uma intenção de prática desportiva futura superior à dos

rapazes (54,4%), conforme evidencia a tabela seguinte.

Tabela 32 – Prática futura de atividades físicas e desportivas.

Não, certamente Não, provavelmente Não sei Sim,

Provavelmente Sim, certamente

Torres Vedras 3,2% 5,3% 31,2% 36,5% 23,8%

Sexo

Raparigas 5,0% 2,5% 28,9% 37,2% 26,4%

Rapazes 0,0% 10,3% 35,3% 35,3% 19,1%

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q27.

Primeira Parte – Prática desportiva

67

Na amostra de inquiridos, os valores encontrados traduzem um índice de

procura não satisfeita de 19,7%.

O índice de procura desportiva que integra os atuais praticantes

desportivos e os potenciais novos praticantes é de 66,8%. O fator de expansão da

prática desportiva, que corresponde à relação entre os potenciais novos

praticantes e os atuais praticantes, apresenta um valor de 42,0%. Ou seja, face

às intenções de prática desportiva manifestadas, o índice de participação

desportiva poderá crescer em 42,0%.

A modalidade que os jovens mais gostariam de praticar corresponde ao

basquetebol, 10,5%, seguida da modalidade de danças/ ballet que reúne 8,9% das

preferências e do futebol com 7,6%, conforme tabela e gráfico seguinte.

As três principais preferências dos rapazes são o futebol, o basquetebol e o

ciclismo/ btt. As raparigas manifestaram a preferência pela natação, danças/

ballet e ginástica/ trampolins/ acrobática.

Tabela 33 - Atividades físicas e desportivas preferidas. 1.ª 2.ª 3.ª 4.ª 5.ª

Torres Vedras Basquetebol

(10,5%) Danças / Ballet

(8,9%) Futebol (7,6%)

Ginástica / Trampolins / Acrob. (6,8%)

Voleibol (6,2%)

Sexo

Raparigas Natação (13,8%) Danças / Ballet

(12,7%)

Ginástica / Trampolins / Acrob. (9,6%)

Basquetebol (9,2%)

Voleibol (7,7%)

Rapazes Futebol (14,2%) Basquetebol

(11,2%) Ciclismo / BTT

(10,4%)

Karaté / Artes marciais (9,0%)

Andebol (6,7%),

Tiro com arco (6,7%)

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q28.

Para além das modalidades apresentadas no gráfico, sucedem-se mais 26

modalidades, das quais são referidas com valores superiores a 4% as seguintes:

andebol, ciclismo/ btt, badminton, atletismo e equitação.

Primeira Parte – Prática desportiva

68

Gráfico 10 - Atividades físicas e desportivas preferidas.

10,5%

8,9%

7,6%

6,8%

6,2%

5,9%

5,4%

5,4%

43,2%

Basquetebol

Danças / Ballet

Futebol

Ginástica / Trampolins/ Acrob.

Voleibol

Natação

Karaté / Artes Marciais

Surf / Bodyboard

Outras

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q28.

Em termos de alinhamento e continuidade da oferta, da prática e da

procura das modalidades desportivas nos contextos escola, fora da escola, é

possível evidenciar que carecem de melhor alinhamento as seguintes

modalidades: basquetebol, ginástica / trampolins / acrob. e voleibol, conforme

tabela seguinte.

Tabela 34 - Modalidades desportivas praticadas no desporto escolar, fora da escola e pretendidas.

Modalidades mais praticadas no

desporto escolar Modalidades mais praticadas fora da

escola Modalidades que mais gostariam de

praticar

1.ª Voleibol Futebol Basquetebol

2.ª Badminton Natação Danças / ballet

3.ª Ténis de mesa Danças / ballet Futebol

4.ª Futsal Ciclismo / Btt Ginástica / Trampolins / Acrob.

5.ª Golfe Aulas de grupo (Fitness) Voleibol

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q7, Q10, Q28.

Primeira Parte – Prática desportiva

69

3.9 Acesso a informação sobre desporto no concelho

Para estarem informados sobre o desporto do concelho, a maioria (73,5%)

dos jovens não costuma aceder a jornais, rádios ou à Internet. Estes meios são

acedidos apenas por cerca de um quarto dos jovens (26,5%), conforme tabela

seguinte.

Tabela 35 - Acesso a jornais, rádios ou à Internet para informação sobre o desporto do concelho.

Não Sim

73,5% 26,5%

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q34.

O jornal consultado pelos jovens para estarem informados sobre o desporto

do concelho foi destacadamente o “Jornal O Badaladas” (62,5%), seguido de

outros jornais de carácter nacional, conforme tabela seguinte.

Tabela 36 - Principais jornais consultados.

Jornal

Badaladas 62,5%

A Bola 18,2%

Correio da Manhã 5,7%

Record 4,5%

O Jogo 3,4%

Outros 5,7%

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q35.

A principal rádio ouvida pelos jovens para estarem informados sobre o

desporto do concelho foi destacadamente a “Rádio Oeste” (50,0%), seguido de

outras rádios de carácter nacional, conforme tabela seguinte.

Tabela 37 - Principais rádios ouvidas.

Jornal

Radio Oeste 50,0%

Rádio Comercial 17,2%

Rádio RFM 17,2%

Rádio M80 6,9%

Rádio Europa 3,4%

Outras 5,2%

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q35.

Os principais sítios na internet acedidos pelos jovens para estarem

informados sobre o desporto do concelho foram o “Zerozero” e o sítio da “Camara

Municipal de Torres Vedras”. Para além dos referidos na tabela seguinte,

sucedem-se outros 10 sítios de carácter nacional, exceto os relativos a: “Facebook

da Física” e “Sítio da Física”.

Primeira Parte – Prática desportiva

70

Tabela 38 - Principais sítios na internet acedidos.

Sítio

Zerozero 28,1%

Camara Municipal de Vedras 18,8%

Google 18,8%

A Bola 9,4%

Torresvedrasweb 9,4%

Outros 43,8%

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q35.

3.10 Perceção sobre as oportunidades de prática de atividade física

e desportiva na comunidade local

Para além dos motivos para a não prática de atividades físicas e desportivas,

os jovens manifestaram a sua posição sobre várias questões que podem influenciar

a prática de atividades físicas e desportivas. Os horários da escola deviam

contemplar mais horas de desporto obteve a concordância de 55,5% dos jovens

inquiridos. A melhor coordenação entre as atividades desportivas da escola e dos

clubes desportivos surge como um fator que obtém 49,4% de concordância.

Metade dos jovens perceciona que no concelho existem numerosas

possibilidades de praticar atividades físicas e desportivas (50,6%). Sobre o

desempenho da Câmara Municipal e da Junta de Freguesia, 35,0% dos jovens

consideraram que estas entidades estão a fazer o suficiente pela população

relativamente à atividade física e desporto, conforme tabela seguinte.

Tabela 39 - Perceção sobre as oportunidades de prática de atividade física e desportiva na comunidade local.

Discordo Totalmente

Discordo Não discordo,

nem concordo

Concordo Concordo Totalmente

Não sei/ Desconheço

Os horários da escola deviam contemplar mais horas de desporto.

9,2% 7,4% 24,8% 24,4% 31,1% 3,1%

Devia haver uma melhor coordenação entre as atividades desportivas da escola e dos clubes desportivos.

5,1% 8,0% 30,5% 29,6% 19,8% 7,0%

Os clubes desportivos e outras entidades do meu concelho oferecem numerosas possibilidades de praticar atividades físicas e desportivas.

6,4% 7,2% 25,4% 30,2% 20,5% 10,3%

A Câmara Municipal e Junta de Freguesia estão a fazer o suficiente pela população relativamente à atividade física e desporto.

8,6% 9,5% 33,1% 24,3% 10,7% 13,8%

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q40.

Primeira Parte – Prática desportiva

71

3.11 Programas desportivos no concelho

A maioria dos jovens, 58,2%, afirmou não conhecer qualquer programa de

promoção do desporto / atividade física no concelho de Torres Vedras.

Tabela 40 - Programas de promoção do desporto / atividade física no concelho de Torres Vedras.

Conhecimento de programas

Não Sim

58,2% 41,8%

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q36.

De entre os jovens que afirmaram conhecer programas de promoção do

desporto ou da atividade física no concelho de Torres Vedras, constatou-se que o

programa com maior nível de notoriedade foi o designado “Campeonatos

Municipais de Atletismo e Futebol” (63,8%), seguido do “Programa Mexa-se - Aulas

no Parque Verde da Várzea” (59,2%) e do programa “Night Run” (54,7%). Os

programas com níveis de notoriedade mais reduzidos foram “Diabetes em

Movimento” (24,3%), “No Domingo a Rua é Nossa“ (25,7%), conforme referido na

tabela abaixo.

Tabela 41 – Reconhecimento do nome do programa de promoção do desporto ou da atividade física.

Programa Não reconheço Reconheço

Campeonatos Municipais de Atletismo e Futebol 36,2% 63,8%

Programa Mexa-se - Aulas no Parque Verde da Várzea 40,8% 59,2%

Night Run 45,3% 54,7%

É hoje! Dia fitness 52,0% 48,0%

Desporto Sénior – Mexa-se para a Vida 54,7% 45,3%

Passos no concelho – programa de percursos pedestres

58,1% 41,9%

No Domingo a Rua é Nossa 74,3% 25,7%

Diabetes em Movimento 75,7% 24,3%

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q37.

Primeira Parte – Prática desportiva

72

3.12 Assistência a espetáculos desportivos

No último ano, uma minoria de jovens afirmaram assistir a espetáculos ou

eventos desportivos ao vivo (jogos, competições ou provas desportivas) pelo

menos 1 vez por mês ou mais (31,8%). A assistência a espetáculos desportivos

parece não ser um hábito adquirido, uma vez que mais de dois terços dos jovens

(68,2%) situaram a resposta entre o “Nunca” e “Pelo menos 1 vez por ano”,

conforme tabela seguinte.

Tabela 42 - Assistência a espetáculos desportivos ao vivo. Nunca Pelo menos 1 x por ano Pelo menos 1 x por mês Pelo menos 1 x por

semana

28,4% 39,8% 21,7% 10,1%

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q38.

As modalidades assistidas com maior frequência em espetáculos desportivos

ao vivo são o futebol com 32,3% de referências, a ginástica/ trampolins (7,3%) e

as danças/ ballet (7,0%). Para além das modalidades referidas no gráfico seguinte,

sucedem-se em outras (20,5%) mais 15 modalidades desportivas distintas.

Gráfico 11 - Modalidades dos espetáculos desportivos assistidos ao vivo.

4,3%

5,1%

5,3%

5,8%

6,0%

6,5%

7,0%

7,3%

32,3%

Surf / Bodyboard,

Atletismo

Voleibol

Ciclismo / BTT

Basquetebol

Futsal

Danças / Ballet

Ginástica /Trampolins

Futebol

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q39.

Primeira Parte – Prática desportiva

73

3.13 Material desportivo em casa

O material desportivo que foi mais referido existir em casa dos jovens foi a

bicicleta, de tal modo que 72,1% dos jovens expressaram dispor de uma bicicleta

em casa. Sucedem-se a bola de futebol, a corda de saltar e patins com 68,5%,

56,1% e 44,8% dos jovens a manifestar a existência. Demais materiais desportivos

são indicados na tabela abaixo.

Tabela 43 – Material desportivo existente em casa. Material

Bicicleta 72,1%

Bola de futebol 68,5%

Corda para saltar 56,1%

Patins 44,8%

Trotinete 39,1%

Bola de basquetebol 37,5%

Skate 36,7%

Aparelhos para exercícios de ginásio (passadeira / bicicleta / remo)

31,8%

Bola de voleibol 28,0%

Prancha de surf / bodyboard 25,3%

Pesos e halteres 22,0%

Tabela de basquetebol 19,2%

Cana de pesca 16,6%

Bola de andebol 15,2%

Arco 13,1%

Balizas 13,1%

Equipamento de montanha 8,5%

Outros 14,4%

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q41.

Entre os rapazes os materiais mais referidos serem possuídos em casa

foram: bola de futebol (72,5%), bicicleta (66,2%), bola de basquetebol (45,6) e

skate (45,2%). Entre as raparigas foram os seguintes: bicicleta (77,5%), corda de

saltar (68,0%), bola de futebol (64,7%) e patins (54,6%). As maiores diferenças

observadas entre rapazes e raparigas foram nos seguintes materiais desportivos

existentes em casa: corda para saltar (∆ 25,3%), patins (∆ 20,8%), skate (∆

16,1%) e bola de basquetebol (∆ 15,2%), conforme tabela seguinte.

Observadas as diferenças entre rapazes e raparigas, destaca-se que o

material: bicicleta, corda para saltar, e bola de futebol são globalmente mais

presentes em casa das raparigas. A bola de futebol, bicicleta, bola de

Primeira Parte – Prática desportiva

74

basquetebol e skate são predominantemente existentes em casa dos rapazes,

conforme tabela seguinte.

Tabela 44 – Material desportivo existente em casa. Material Raparigas Rapazes

Bicicleta 77,5% 66,2%

Bola de futebol 64,7% 72,8%

Corda para saltar 68,0% 42,6%

Patins 54,6% 33,8%

Trotinete 39,2% 39,0%

Bola de basquetebol 30,4% 45,6%

Skate 29,1% 45,2%

Aparelhos para exercícios de ginásio (passadeira / bicicleta / remo)

33,0% 30,5%

Bola de voleibol 29,7% 26,1%

Prancha de surf / bodyboard 20,3% 32,4%

Pesos e halteres 20,6% 22,4%

Tabela de basquetebol 14,1% 25,0%

Cana de pesca 14,1% 19,5%

Bola de andebol 13,4% 17,3%

Arco 15,0% 10,3%

Balizas 8,5% 18,4%

Equipamento de montanha 7,2% 9,9%

Outros 15,0% 13,6%

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q41, QSD3.

1.1 Obstáculos para mais atividade física e desportiva entre a

população

À questão de natureza aberta sobre quais os aspetos que julga serem

obstáculo para existir mais atividade física e desportiva entre a população de

Torres Vedras? foram referidos 4 obstáculos principais: Em primeiro lugar, a

inércia das pessoas: falta de interesse, motivação, falta de tempo, não gostam

com 43,3% das referências; em segundo lugar, as deslocações, distâncias e o

tempo entre o trabalho/ escola e a prática, os horários escolares/ transportes

com 28,4% das referências, e, em terceiro lugar, com valores similares, as

infraestruturas: instalações desportivas públicas, nas aldeias, piscinas

municipais, espaços verdes ao ar livre para a prática desportiva, ciclovias; e os

custos/ preços, ambos com 20,9% das referências. Para além dos referidos na

tabela, sucede-se mais um obstáculo referido com 2,2% e uma categoria de

outros com 6,7% das referências, entre 134 referências categorizadas em 259

respondentes.

Primeira Parte – Prática desportiva

75

Tabela 45 – Obstáculos para existir mais atividade física e desportiva entre a população. Obstáculos

Inércia das pessoas: falta de interesse, motivação, falta de tempo, não gostam 43,3%

Deslocações, distâncias e o tempo entre o trabalho / escola e a prática, os horários escolares / transportes 28,4%

Infraestruturas: instalações desportivas públicas, nas aldeias, piscinas municipais, espaços verdes ao ar livre para a prática desportiva, ciclovias

20,9%

Custos, preços 20,9%

Divulgação: das atividades, mobilizar as pessoas 9,7%

Tecnologia, internet 4,5%

Estradas, circulação automóvel 3,7%

Oferta de atividades: ao ar livre, caminhadas, corridas 3,0%

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q26.

1.2 Sugestões para melhorar atividade física e desportiva

As sugestões indicadas pelos jovens, para melhorar atividade física e

desportiva em Torres Vedras, foram centradas em 3 elementos: em primeiro

lugar as infraestruturas: construção, melhoria, mais espaços verdes, parques

para praticar ao ar livre, aldeias, vilas, ciclovias, aparelhos, instalações

desportivas com 27,5% das referências; em segundo lugar a oferta de mais

atividades: na escola, ao ar livre, na pista, eventos, diferentes, caminhadas,

corridas com 27,2% das referências; em terceiro lugar a divulgação:

comunicação, incentivar, motivar com 16,1% das referências. Para além das

referidas na tabela, sucede-se mais uma categoria de sugestões com valor de

1,1% e uma categoria de outros com 0,6% das referências, entre 180 referências

categorizadas em 243.

Tabela 46 – Sugestões para melhorar atividade física e desportiva. Obstáculo

Infraestruturas: construção, melhoria, mais espaços verdes, parques para praticar ao ar livre, aldeias, vilas, ciclovias, aparelhos, instalações desportivas

36,1%

Oferta de mais atividades, na escola, ao ar livre, na pista, eventos, diferentes, caminhadas, corridas 26,7%

Divulgação: comunicação, incentivar, motivar 16,1%

Horários das atividades, distâncias, deslocações rápidas, transporte escolares, mais tempo livre 7,8%

Mais entidades, ginásios / clubes 5,6%

Custos, preços mais reduzidos, gratuito 3,3%

Mais horas de atividade física e desporto na escola 1,7%

Melhorar estradas, reparar 1,1%

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q26.

Primeira Parte – Prática desportiva

76

3.14 Síntese da prática de atividade física e desportiva da

população jovem

A população jovem do concelho de Torres Vedras envolvida na prática de

atividade física e desportiva é de 50,7%, o que traduz um índice de participação

desportiva de 50,7. O índice de participação desportiva organizada entre os

rapazes é de 49,6%, valor superior ao verificado entre as raparigas que é de

44,4%. As atividades físicas e desportivas mais praticadas pelos jovens

contemplam em primeiro lugar o futebol, a natação e as danças/ ballet.

O índice de procura desportiva que integra os atuais praticantes

desportivos e os potenciais novos praticantes é de 66,8%. Considerando as

intenções de prática desportiva futura, foi verificado o índice de procura não

satisfeita de 19,7%. O fator de expansão da prática desportiva, que corresponde

à relação entre os potenciais novos praticantes e os atuais praticantes,

apresenta um valor de 1,420. Ou seja, face às intenções de prática desportiva

manifestadas, o índice de participação desportiva poderá crescer em 42,0%.

No que se refere à prática desportiva futura da população jovem não

praticante de atividades físicas e desportivas, 60,3% manifestou o desejo de

iniciar a prática, porém essa intenção é superior no segmento das raparigas,

63,3%. As preferências pelas modalidades de atividades físicas e desportivas do

segmento de jovens não praticantes são diversas segundo o sexo, porém

globalmente, estão orientadas em primeiro lugar para o basquetebol, em

segundo lugar para as danças/ ballet e em terceiro lugar para o futebol.

No âmbito da prática de atividade física e desportiva o índice de prática

desportiva no desporto escolar – grupo equipa / externo é de 29,1% e na prática

de desporto organizado fora da escola é de 47,1%. Nos rapazes a proporção de

praticantes de desporto organizado fora da escola é de 49,6%, valor superior ao

encontrado para as raparigas. A participação em competições desportivas não

inclui todos os jovens que praticam desporto organizado fora da escola, uma vez

que o índice participação desportiva federada (competições) é de 39,8%. A taxa

de feminização no desporto organizado é de 47,3%, conforme tabela seguinte.

Primeira Parte – Prática desportiva

77

Tabela 47 - Principais índices de prática de atividade física e desportiva da população jovem.

Índice de participação desportiva

Índice de participação desportiva 50,7%

Índices de procura

Índice de procura desportiva 66,8%

Índice de procura não satisfeita 19,7%

Fator de expansão 1,420

Prática desportiva futura

Intenção de prática desportiva futura 60,3%

Intenção de prática desportiva futura raparigas 63,3%

Intenção de prática desportiva futura rapazes 54,4%

Âmbito de prática

Índice de participação desportiva no desporto escolar – atividade interna 42,9%

Índice de participação desportiva no desporto escolar – grupo equipa / externo

29,1%

Índice de participação desportiva organizada 47,1%

Índice participação desportiva federada (competições) 39,8%

Índice de participação desportiva organizada raparigas 44,4%

Índice de participação desportiva organizada rapazes 49,6%

Taxa de feminização no desporto organizado 47,3%

Primeira Parte – Prática desportiva

78

III – Prática desportiva dos 15 aos 74 anos

2 Nota introdutória

Esta componente do estudo tem por objetivo caracterizar a procura e a

prática desportiva da população residente no território do concelho de Torres

Vedras com idades compreendidas entre os 15 e os 74 anos. Recolheu uma

amostra significativa das opiniões, atitudes, reivindicações e hábitos desportivos

da população, que contribuem para um diagnóstico estruturado da situação

desportiva do concelho, proporcionando informação estruturada acerca dos

comportamentos e características da participação desportiva da população, por

sexo e por agrupamento de freguesias.

3 Metodologia

A amostra foi obtida de um universo de 79.465 indivíduos (CMTV, 2015;

INE, 2012), dos quais 59.705 com idades entre 15 e 74 anos, residentes em

freguesias designadas urbanas (32,4%) e não urbanas (67,6%). Os indivíduos que

integraram a amostra foram selecionados com base no método de estratificação

por quotas segundo o sexo, a idade e a proporcionalidade habitacional em

função do tipo de freguesia de residência. O tamanho da amostra foi de 1.059

indivíduos, o que corresponde a um erro de amostragem inferior a 3%, para uma

probabilidade de erro <0,05. A matriz de seleção da amostra reproduziu a

estrutura sociodemográfica da população residente no território do concelho de

Torres Vedras.

A técnica de recolha de informação foi o inquérito sociográfico, através

de (1) entrevistas diretas de rua realizadas por 11 colaboradores e (2)

preenchimento online do inquérito disponibilizado. A recolha dos dados e o

trabalho de campo realizou-se entre 15 de novembro de 2017 e 16 de maio de

2018, entre as 9.00 e as 18.00 horas.

O instrumento de recolha da informação foi o questionário construído para

o estudo designado Inquérito aos Hábitos Desportivos da População com o

objetivo de analisar o comportamento da população face ao desporto, no que

respeita às seguintes dimensões: prática e procura desportiva: prática desportiva

nos últimos 12 meses e prática desportiva nas últimas 4 semanas; caracterização

Primeira Parte – Prática desportiva

79

da prática desportiva: atividades praticadas; regularidade; participação em

competições; afiliação em federações; local; sociabilidades; gastos do agregado

familiar com o desporto; transporte utilizado e tempo de deslocação; frequência

de utilização de instalações e espaços naturais; razões da prática desportiva e

razões da não prática desportiva; intenção futura de praticar atividade física e

desportiva; atividades pretendidas; interesse pelo desporto e acesso à

informação sobre o desporto no concelho; assistência a espetáculos desportivos

e modalidades; afiliação no associativismo desportivo; notoriedade dos

programas desportivos do concelho; perceção sobre as oportunidades de prática

de atividade física e desportiva na comunidade local; obstáculos e sugestões

para a melhoria atividade física e desportiva no concelho.

A amostra foi composta por 53,8% mulheres e 46,2% homens. As idades

foram agrupadas, sendo o segmento de idades compreendido entre os 35 e 49

anos o que integrou maior número de indivíduos (25,9%) e o segmento com

menor número de indivíduos foi o dos 15 aos 19 anos, com 8,0%.

Tabela 48 - Breve caracterização da amostra, sexo e idade.

Concelho de Torres Vedras 59.705 Indivíduos (15-74 anos): População

1.059 Inquiridos (15-74 anos): Amostra

Sexo

Mulheres 53,8%

Homens 46,2%

Idade

15-19 anos 8,0%

20-34 anos 21,7%

35-49 anos 31,6%

50-59 anos 17,2%

60-74 anos 21,4%

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, QSD1, QSD3, QSD4.

Foram inquiridos indivíduos residentes nas 13 freguesias do concelho. As

freguesias de residência são apresentadas na tabela seguinte, na qual se observa

que 64,6% dos inquiridos residiam em freguesias denominadas de não urbanas e

35,4% na freguesia designada de urbana.

O número de pessoas do agregado familiar variou entre 1 e 8, sendo a

média de 2,97 pessoas por agregado familiar. Agregados familiares compostos

por 3 a 4 pessoas foi a situação mais frequente (55,6%), seguindo de 2 pessoas

(23,5%) e uma pessoa (12,2%).

O nível de escolaridade dos inquiridos foi maioritariamente o secundário

(11.º/12.º Ano), 29,7%, seguido dos indivíduos que não possuem o 9.º ano

Primeira Parte – Prática desportiva

80

completo (22,5%). Formações de nível superior foram encontradas em 20,6% dos

inquiridos.

A maioria dos inquiridos (58,3%) enquadrava-se na situação de ativo

perante o trabalho, sendo exercida uma atividade remunerada: Os segmentos

seguintes da amostra corresponderam aos reformados (16,7%) e aos estudantes

(10,3%).

Tabela 49 - Caracterização da amostra.

Concelho de Torres Vedras 1.059 Inquiridos – 100%

Freguesia

A dos Cunhados e Maceira 20,5%

Campelos e Outeiro da Cabeça 2,9%

Carvoeira e Carmões 1,4%

Dois Portos e Runa 2,4%

Freiria 2,2%

Maxial e Monte Redondo 1,2%

Ponte do Rol 5,9%

Ramalhal 1,8%

São Pedro da Cadeira 5,5%

Silveira 15,9%

Torres Vedras e Matacães 35,4%

Turcifal 2,2%

Ventosa 2,7%

Tipo de Freguesia

Não Urbana 64,6%

Urbana 35,4%

N.º de pessoas do agregado familiar

1 12,2%

2 23,5%

3-4 55,6%

5-6 8,2%

7-8 0,4%

NR 14,6%

Habilitações Literárias

Não possui o Ensino Básico (9.º ano) completo 22,5%

Ensino Básico (9.º ano) completo 19,8%

Ensino Secundário (11.º/12.º Ano) completo 29,7%

Licenciatura 16,4%

Mestrado / Doutoramento 4,2%

NR 7,4%

Situação Profissional

É trabalhador(a), trabalha numa atividade remunerada 58,3%

É doméstica(o) 2,4%

Está atualmente desempregada(o) 4,8%

É reformada(o), aposentada(o) 16,7%

É estudante 10,3%

Outra 0,2%

NR 7,4%

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, QSD5, QSD6, ASD7.

Primeira Parte – Prática desportiva

81

4 Resultados

4.1 Prática desportiva

4.1.1 Prática desportiva nos últimos 12 meses

A prática desportiva, convencionada de ocasional, abrange 48,6% da

população dos 15 aos 74 anos residente concelho de Torres Vedras. Significa que

48,6% dos indivíduos afirmaram praticar atividades físicas e desportivas nos

últimos 12 meses, enquanto 51,4% afirmaram não ter praticado qualquer

atividade nesse período de tempo. Estes resultados permitem apresentar um

índice de participação desportiva ocasional de 48,6%.

Tabela 50 - Prática de atividade física e desportiva, nos últimos 12 meses. Não Sim

Concelho de Torres Vedras

51,4% 48,6%

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q1.

A prática de atividades físicas desportivas é superior nos homens (51,3%)

do que nas mulheres (46,3%), ou seja, proporcionalmente existe um maior

número de homens a praticar atividades físicas e desportivas, do que mulheres,

conforme tabela seguinte. Em cada 100 indivíduos, verifica-se a existência de

mais 5 homens do que mulheres a praticar atividade física e desportiva.

Tabela 51 - Prática de atividade física e desportiva nos últimos 12 meses. Não Sim

Concelho de Torres Vedras

51,4% 48,6%

Sexo

Homens 48,7% 51,3%

Mulheres 53,7% 46,3%

Agrupamento de Freguesias

Não urbana 55,0% 45,0%

Urbana 44,8% 55,2%

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q1, QSD1, QSD3.

A prática ocasional de atividades físicas e desportivas é maior nas

freguesias denominadas urbanas (55,2%) do que nas freguesias designadas de não

urbanas (45,0%). A diferença encontrada evidencia que, em cada 100 indivíduos,

nas freguesias urbanas existem mais 10 indivíduos que praticam atividade física

e desportiva de forma ocasional do que nas não urbanas.

Primeira Parte – Prática desportiva

82

Os indivíduos que realizam prática de atividades físicas e desportivas, de

modo ocasional (nos últimos 12 meses), fazem-no predominantemente ao longo

de todo o ano (75,7%) (nenhum período do ano em especial), enquanto 4,1%

afirmaram realizar essa prática só nas férias e outro grupo que corresponde a

20,0% referiu que só pratica durante o período de trabalho, conforme gráfico

seguinte.

Gráfico 12 - Período do ano em que pratica atividade física e desportiva.

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q1 e Q4.

4.1.2 Prática desportiva nas últimas 4 semanas

A prática regular de atividades físicas e desportivas (últimas 4 semanas)

abrangeu 41,1% da população do concelho de Torres Vedras, enquanto 58,9% dos

afirmaram não ter praticado atividades físicas e desportivas nas últimas 4

semanas. O índice de participação desportiva é de 41,1%.

Tabela 52 - Prática de atividade física e desportiva, nas últimas 4 semanas. Não Sim

Concelho de Torres Vedras 58,9% 41,1%

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q3.

A regularidade da prática de atividades físicas e desportivas de pelo

menos 3 vezes por semana ou mais, é de 19,1%, enquanto 18,5% da população

realiza atividades 1 a 2 x por semana, conforme gráfico seguinte.

Primeira Parte – Prática desportiva

83

Gráfico 13 - Prática desportiva nas últimas 4 semanas.

1 x por ano 5,7%

1 a 2 x por semana18,5%

3 a 4 x por semana14,1%

5 x por semana ou mais 5,0%

Não pratica atividade física e desportiva

58,9%

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q3.

No segmento dos indivíduos que praticam atividade física e desportiva nas

últimas 4 semanas, os homens (44,2%) evidenciaram uma prática de atividades

físicas e desportivas mais elevada do que as mulheres (38,4%). Porém, estes

valores permitem apurar uma taxa de feminização de 48,0%.

A prática de atividades físicas e desportivas decresce com o aumento da

idade: a maior participação desportiva é evidenciada no segmento dos 15-19

anos (58,8%), enquanto a menor é no segmento dos 60 aos 74 anos (15,9%),

conforme gráfico e tabela seguintes.

Primeira Parte – Prática desportiva

84

Tabela 53 - Prática de atividade física e desportiva nas últimas 4 semanas. Não Sim

Concelho de Torres Vedras 58,9% 41,1%

Sexo

Homens 55,8% 44,2%

Mulheres 61,6% 38,4%

Idade

15-19 anos 41,2% 58,8%

20-34 anos 45,7% 54,3%

35-49 anos 49,9% 50,1%

50-59 anos 69,2% 30,8%

60-74 anos 84,1% 15,9%

Habilitações Literárias

Não possui o Ensino Básico (9.º ano) completo 85,3% 14,7%

Ensino Básico (9.º ano) completo 62,9% 37,1%

Ensino Secundário (11.º/12.º Ano) completo 53,2% 46,8%

Licenciatura 39,1% 60,9%

Mestrado/ Doutoramento 40,0% 60,0%

Agrupamento de Freguesias

Não urbana 61,7% 38,3%

Urbana 53,9% 46,1%

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q3, SD1, SD3, SD4.

Do segmento dos 35-49 anos para o dos 50-59 anos (apesar da diferença da

amplitude dos segmentos), verifica-se uma forte redução (19,3%) da participação

em atividades físicas e desportivas. Releva-se ainda que 45,7% da população nas

idades de 20 aos 34 anos não praticou nenhuma atividade física e desportiva nas

últimas 4 semanas.

Gráfico 14 - Prática desportiva nas últimas 4 semanas, por idade.

Primeira Parte – Prática desportiva

85

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q4 e Q6.

A prática de atividade física e desportiva aumenta diretamente com o

nível de escolaridade. Ou seja, é superior nos indivíduos titulares dos mais

elevados níveis de escolaridade, atingindo 60,9% nos titulares do grau de

licenciado, conforme gráfico seguinte.

Gráfico 15 - Prática desportiva nas últimas 4 semanas, por habilitação literária.

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q4 e Q6.

A prática de atividade física e desportiva nas freguesias urbanas é mais

elevada do que nas freguesias não urbanas. Os indivíduos que afirmaram

desenvolver atividade física e desportiva nas últimas 4 semanas estão

distribuídos maioritariamente pelas freguesias urbanas, na medida em que 46,1%

afirmaram praticar atividade física e desportiva, enquanto nas freguesias não

urbanas a mesma taxa evidencia um valor de 38,3%.

As mulheres, até ao segmento dos 35-49 anos apresentam um nível de

prática de atividade física e desportiva inferior aos homens, sendo a maior

diferença verificada no segmento dos 15-19 anos (- 43,2%), seguido dos

segmentos 20-34 anos e 35-49 anos. A partir do segmento 50-59 anos as mulheres

são mais ativas, manifestaram taxas superiores, em termos de participação em

atividade física e desportiva, relativamente aos homens, conforme gráfico

seguinte.

Primeira Parte – Prática desportiva

86

Gráfico 16 - Prática desportiva nas últimas 4 semanas, por idade e sexo.

48,9% 48,8%45,2%

33,3%16,2%

70,0%

61,2%56,5%

28,1%

15,5%

0%

20%

40%

60%

80%

15-19 anos 20-34 anos 35-49 anos 50-59 anos 60-74 anos

Feminino

Masculino

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q3, SD3, SD4.

Os homens apresentam uma maior regularidade de prática do que as

mulheres, uma vez que 22,3% realizam atividade 3 vezes por semana ou mais,

enquanto as mulheres evidenciaram 18,7%.

A população residente nas freguesias urbanas evidenciou maiores níveis de

regularidade na prática, 24,8% pratica mais de 3 a 4 vezes por semana, enquanto

nas freguesias não urbanas o valor é de 16,5%.

Tabela 54 - Regularidade da prática de atividade física e desportiva nas últimas 4 semanas. Pratica

atividade física e

desportiva

Menos 1x por semana

1 a 2 x por semana

3 a 4 x por semana

5 x por semana, ou

mais

Não pratica atividade física e

desportiva

Concelho de Torres Vedras

41,1% 2,7% 18,5% 14,1% 5,0% 58,9%

Sexo

Homens 44,2% 4,9% 20,9% 15,3% 7,0% 55,8%

Mulheres 38,4% 3,0% 22,5% 15,4% 3,3% 61,6%

Agrupamento de Freguesias

Não urbana 38,3% 3,1% 17,8% 12,4% 4,1% 61,7%

Urbana 46,1% 4,0% 23,7% 18,1% 6,7% 53,9%

Obs. Não Responde – 0,8%. Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q4, Q5, QSD3, QSD4

Primeira Parte – Prática desportiva

87

4.1.3 Atividades físicas e desportivas praticadas

As atividades físicas e desportivas mais praticadas pelos indivíduos que

mencionaram realizar prática desportiva nas últimas 4 semanas contemplam em

primeiro lugar as atividades de manutenção (caminhada, jogging, corrida)

(22,4%), em segundo lugar as atividades de ginásio (aeróbica, cardio, hip hop,

musculação, step, etc.) com 21,1% e em terceiro lugar a natação e

hidroginástica com 8,4%. Por ordem decrescente, seguem-se o futebol, com

7,6%, o ciclismo/ cicloturismo/ btt, com 6,6% e o atletismo com 4,2%, conforme

gráfico seguinte. Para além das referidas, registaram-se referências a mais 34

modalidades com valores inferiores a 1,9%.

Gráfico 17 - Atividades físicas e desportivas praticadas.

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q2.

Atividades físicas e desportivas praticadas, por sexo

As mulheres, proporcionalmente, praticam mais atividades de ginásio e

atividades de manutenção do que os homens, 30,3% e 26,1%, respetivamente. A

natação e hidroginástica (11,4%) são duas atividades praticadas principalmente

por mulheres, bem como a yoga (5,3%) como a atividade praticada em 4.º lugar.

1,9%

2,6%

2,8%

3,6%

4,2%

6,6%

7,6%

8,4%

21,1%

22,4%

Danças desportivas (danças de salão)

Ginástica de manutenção

Yoga

Futsal

Atletismo

Ciclismo, cicloturismo, btt

Futebol

Natação e hidroginástica

Atividades de ginásio (aeróbica, cardio, hip hop,musculação, step, etc)

Atividades de manutenção (caminhada, jogging, corrida)

Primeira Parte – Prática desportiva

88

A primeira modalidade praticada pelos homens são as atividades de manutenção,

com 19,1%, que incluem a caminhada, jogging, corrida; seguidas pelo futebol

(13,6%), pelas atividades de ginásio (13,2%) e pelo ciclismo/ cicloturismo/ btt

(10,8%), conforme expresso na tabela seguinte.

Tabela 55 - Atividades físicas e desportivas praticadas. 1.ª 2.ª 3.ª 4.ª 5.ª

Torres Vedras

Atividades de manutenção (Caminhada,

Jogging, Corrida) (22,4%)

Atividades de ginásio (Aeróbica, Cardio, Hip

Hop, Musculação, Step) (21,1%)

Natação e hidroginástica (8,4%)

Futebol (7,6%) Ciclismo /

cicloturismo / btt (6,6%)

Sexo

Homens

Atividades de manutenção (Caminhada,

Jogging, Corrida) (19,1%)

Futebol (13,6%)

Atividades de ginásio (Aeróbica, Cardio, Hip Hop, Musculação, Step,

etc) (13,2%)

Ciclismo/ Ciclotur./ btt

(10,8%) Atletismo (6,0%)

Mulheres

Atividades de ginásio (Aeróbica, Cardio, Hip Hop,

Musculação, Step, etc) (30,3%)

Atividades de manutenção

(Caminhada, Jogging, Corrida) (26,1%)

Natação e Hidroginástica (11,4%)

Yoga (5,3%) Ginástica de manutenção

(3,9%)

Agrupamento de Freguesias

Não urbana

Atividades de ginásio (Aeróbica, Cardio, Hip Hop,

Musculação, Step, etc) (21,7%)

Atividades de manutenção

(Caminhada, Jogging, Corrida) (21,0%)

Natação e Hidroginástica (9,2%)

Futebol (9,2%) Ciclismo/

Ciclotur./ btt (5,1%)

Urbana Atividades de manutenção

(26,4%)

Atividades de ginásio (Aeróbica, Cardio, Hip

Hop, Musculação, Step, etc) (20,6%)

Natação e Hidroginástica (7,4%)

Ciclismo/ Ciclotur./ btt

(6,8%) Futebol (5,5%)

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, SD1, SD3 e Q3.

Atividades físicas e desportivas praticadas, por agrupamento de freguesias

As atividades mais praticadas nas freguesias designadas de não urbanas

são as atividades de ginásio (21,7%), as atividades de manutenção (21,0%) e a

natação e hidroginástica (9,2%). Nas freguesias designadas urbanas prevalecem

as atividades de manutenção (26,4%), as atividades de ginásio (20,6%) e a

natação e hidroginástica (7,4%). O futebol e o ciclismo/ cicloturismo/ btt são

modalidades que sucedem, quer nas freguesias designadas não urbanas, quer nas

urbanas, conforme tabela anterior.

Primeira Parte – Prática desportiva

89

Locais habituais para praticar a principal atividade física e desportiva

Os locais mais referenciados, pelos indivíduos que praticam atividade

física e desportiva com regularidade, para realizarem a prática de atividade

física e desportiva correspondem a um clube desportivo ou associação

desportiva/ recreativa (24,7%), e “num ginásio” (24,1%). O meio natural, mar,

rio, campo, montanha com (21,1%) e num parque, ao ar livre (18,9%). Ambos

totalizaram as preferências referidas com 42,7%.

Tabela 56 - Enquadramento organizacional da prática de atividade física e desportiva.

Clube desportivo

/ associação

Num ginásio

No meio natural, mar, rio, campo,

montanha

Num parque,

ao ar livre

Em casa

No caminho entre a casa e a escola / trabalho

.

Na escola ou na

universidade

No trabalho

Outro local

24,7% 24,1% 21,1% 18,9% 4,7% 2,4% 2,0% 0,5% 1,7%

Sexo

Homens 27,5% 13,9% 24,7% 22,2% 4,1% 2,5% 1,9% 0,9% 2,2%

Mulheres 21,4% 33,5% 16,8% 15,2% 5,3% 2,2% 2,2% 0,0% 3,4%

Agrupamento de Freguesias

Não urbanas 27,3% 24,3% 20,7% 14,6% 5,0% 2,8% 2,2% 0,3% 2,8%

Urbanas 21,0% 23,6% 21,0% 24,4% 4,4% 1,8% 1,8% 0,7% 1,1%

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q7.

Os homens (27,5%) evidenciaram praticar atividade física e desportiva

com maior frequência no clube desportivo/ associação do que as mulheres

(21,4%), enquanto as mulheres referem preferência pelos ginásios (33,5%). Os

homens também utilizam com maior frequência do que as mulheres o espaço ao

ar livre: no meio natural, mar, rio, campo, montanha (24,7% vs. 16,8%) e num

parque, ao ar livre (22,2% vs. 15,2%).

Os indivíduos residentes em freguesias urbanas manifestam realizar a

prática de atividade física e desportiva preferencialmente pelos parques ao ar

livre (24,4%), num ginásio (23,6%) e num “clube desportivo/ associação” (21,0%),

enquanto os residentes em freguesias não urbanas referem preferir em primeiro

lugar um clube desportivo/ associação” (27,3%) e em segundo lugar os ginásios

(24,3%), conforme expresso na tabela anterior.

Os clubes/ associações desportivas para realização de prática de atividade

física e desportiva são frequentados por 24,7% dos indivíduos que praticam

Primeira Parte – Prática desportiva

90

atividade física e desportiva regular, o que evidencia um índice de 24,7%. Os

clubes enquadram 16,1% da população residente para a prática de atividade

física e desportiva.

O índice de prática desportiva no âmbito do desporto federado, que

contempla a relação dos praticantes de desporto federado na população total, é

de 8,1%, enquanto o índice de prática desportiva do desporto federado em

relação aos praticantes é de 18,9%. Os ginásios são frequentados por 24,1% dos

indivíduos que praticam atividade física e desportiva. No concelho enquadram

15,7% da população, conforme tabela seguinte.

Tabela 57 – Praticantes em clubes, federações e ginásios. É praticante num

clube / associação desportiva

É federado numa federação desportiva

É praticante num ginásio

Concelho de Torres Vedras 16,1%

8,1%

H – 13,5%

M – 3,5%

15,7%

Portugal 5,0%

8,0%

H – 11,8%

M – 4,6%

10,0%

União Europeia 15,0% - 13,0%

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q7, Q18; A; B; E; European Commission. (2018). Special Eurobarometer 472/ Wave EB88.4: Sport and Physical Activity. European Commission, Directorate-General for Education and Culture and co-ordinated by Directorate-General for Communication. DOI:10.2766/483047, p. 48; European Commission. (2019). Portal de dados abertos da EU - Special Eurobarometer 472: Sport and physical activity, 2018. Retrieved from https://data.europa.eu/euodp/pt/data/dataset/S2164_88_4_472_ENG/resource/ec73e184-29b5-4dda-9fe9-7bc81a185d22, QB10; IPDJ. (2019). Estatísticas do desporto. Instituto Português do Desporto e Juventude, I.P. Retrieved from: http://www.idesporto.pt/conteudo.aspx?id=103

A proporção de mulheres praticantes de atividade física e desportiva que

se encontra filiada em federações desportivas é de 9,2%, valor que permite

apurar uma taxa de feminização no desporto federado de 21,9%.

Tabela 58 – Praticantes em federações, por sexo.

Filiado numa federação

desportiva Não filiado

No concelho de Torres Vedras

18,9% 81,1%

Sexo

Homens 32,7% 67,3%

Mulheres 9,2% 90,8%

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q18, QSD3.

Comparada a taxa de feminização, entre Torres Vedras, Portugal e os

valores médios para a União Europeia, constata-se que é superior no concelho.

Sendo, todavia, menor quando se refere ao desporto federado (21,9%).

Tabela 59 – Comparativo da taxa de feminização.

Prática de

atividade física e desportiva

Taxa feminização Taxa feminização

no desporto federado

Concelho de Torres

Vedras 41,1% (A) 48,0% 21,9%

Primeira Parte – Prática desportiva

91

Portugal 32% (B) 43,4% 29,7%

União Europeia 54% (B) 46,1% _

A - Praticou nas últimas 4 semanas: de menos de 1 x semana até 5 x por semana ou mais. B – Praticou: de 3 x por

mês ou menos até 5 x por semana ou mais.

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q4, Q5, QSD3, QSD4; European Commission. (2018). Special Eurobarometer 472/ Wave EB88.4: Sport and Physical Activity. European Commission, Directorate-General for Education and Culture and co-ordinated by Directorate-General for Communication. DOI:10.2766/483047, p. 10; B - IPDJ. (2019). Estatísticas do desporto. Instituto Português do Desporto e Juventude, I.P. Retrieved from: http://www.idesporto.pt/conteudo.aspx?id=103

Utilização de instalações desportivas/ espaços naturais

No último ano, a larga maioria dos indivíduos (77,2%) frequentou ou utilizou

instalações desportivas/ espaços naturais no concelho de Torres Vedras para

praticar alguma atividade física desportiva, enquanto 22,8% dos inquiridos referiu

realizar a prática desportiva fora do concelho.

Tabela 60 – Utilização de instalações desportivas / espaços naturais no concelho de Torres Vedras.

Não Sim

22,8% 77,2%

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q18.

As instalações desportivas/ espaços naturais mais utilizados para praticar

atividade física desportiva no concelho de Torres Vedras, foram o Parque Verde

da Várzea (20,6%), os Ginásios (20,0%) e os Pavilhões desportivos das associações

e escolas (7,7%), conforme tabela seguinte.

Em outras instalações/ espaços foram identificas 28 referências (5,6%),

das quais se destacam: instalações de outros clubes (39,3%), caminhos e estradas

do concelho (25,0%), Parque do Choupal (14,3%) e Ciclovia (Porto Novo - Santa

Cruz) (10,7%).

Tabela 61 - Instalações desportivas / espaços naturais mais utilizados.

Instalação desportiva / espaço natural Referências à

utilização

Parque Verde da Várzea 20,6%

Ginásios 20,0%

Pavilhões desportivos das associações e escolas 7,7%

Ecopista do Sizandro 6,2%

Física de Torres Vedras 5,6%

Outras instalações 5,6%

Avenida do Atlântico (Marginal em Santa Cruz) 5,5%

Praia / Mar 4,7%

Parques verdes das freguesias / Circuitos de manutenção 4,4%

Percursos pedestres sinalizados 4,2%

Pista de atletismo (Paul) 2,9%

Campos de futebol de relva sintética (por todo o concelho) 2,9%

Piscinas de A-dos-Cunhados 2,6%

Primeira Parte – Prática desportiva

92

Paisagem protegida local da serra da Archeira e Socorro 2,6%

Piscinas da Física de Torres Vedras 2,0%

Sport Clube União Torreense 1,5%

Sporting Clube de Torres 1,1%

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q8.

Comparativo de utilização de instalações desportivas/ espaços naturais

Tabela 62 – Comparativo dos locais de prática mais utilizados.

Nos praticantes de atividade física e desportiva Concelho de

Torres Vedras Portugal União Europeia

É praticante num clube / associação desportiva 24,7% 7% 13%

É praticante num ginásio 24,1% 27% 15%

No meio natural, mar, rio, campo, montanha; Num parque, ao ar livre

40,0% 43% 40%

Em casa 4,7% 17% 32%

No caminho entre a casa e a escola / trabalho. 2,4% 17% 23%

Na escola ou na universidade 2,0% 6% 5%

No trabalho 0,5% 12% 13%

Outro local 1,7% 5% 5%

Obs. A - Praticou nas últimas 4 semanas: de menos de 1 x semana até 5 x por semana ou mais. B – Praticou: de 3 x por

mês ou menos até 5 x por semana ou mais.

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q4, Q5, QSD3, QSD4; European Commission. (2018). Special

Eurobarometer 472/ Wave EB88.4: Sport and Physical Activity. European Commission, Directorate-General for Education

and Culture and co-ordinated by Directorate-General for Communication. DOI:10.2766/483047, p. 43; European

Commission. (2019). Portal de dados abertos da EU - Special Eurobarometer 472: Sport and physical activity, 2018.

Retrieved from https://data.europa.eu/euodp/pt/data/dataset/S2164_88_4_472_ENG/resource/ec73e184-29b5-4dda-

9fe9-7bc81a185d22, QB7.

Frequência de utilização da instalação desportiva / espaço natural

A frequência de utilização das instalações desportivas/ espaços naturais

para a prática de atividades físicas e desportivas, foi realizada 2 a 3 x por

semana por 48,7% dos indivíduos, 1 x por semana, por 20,1% e 4 a 5 x por

semana ou mais, por 16,1% dos indivíduos, conforme tabela seguinte.

Tabela 63 - Frequência de utilização da instalação desportiva / espaço natural

Só nas férias 1 x por mês Cerca de 15 em

15 dias 1 x por semana

2 a 3 x por semana

4 a 5 x por semana, ou

mais

2,1% 9,0% 4,0% 20,1% 48,7% 16,1%

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q9.

Satisfação com as instalações desportivas/ espaços naturais

O nível de satisfação com as instalações desportivas/ espaços naturais

utilizados para a prática de atividades físicas e desportivas foi favorável para

Primeira Parte – Prática desportiva

93

82,1% dos inquiridos, em que 58,2% referiram que se sentem satisfeitos e 23,9%

referiram muito satisfeitos, conforme exposto na tabela seguinte.

Tabela 64 - Satisfação com as instalações desportivas / espaços naturais.

Muito insatisfeito Insatisfeito Nem insatisfeito,

nem satisfeito Satisfeito Muito satisfeito

8,2% 3,2% 6,6% 58,2% 23,9%

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q9.

Razões para deslocação para fora do concelho para praticar

Dos indivíduos que referiram que no último ano, não frequentaram

instalações desportivas/ espaços naturais no concelho para praticar atividade

física desportiva, a principal razão (43,1%) que levou os indivíduos a ir para fora

do concelho foi a existência de espaços naturais, seguida da razão “porque existe

disponibilidade de instalações desportivas”, conforme tabela seguinte. A razão

“porque a modalidade desportiva não existe aqui” foi referida com concordância

por uma minoria de 23,9% dos respondentes.

Tabela 65 - Razões para deslocação para fora do concelho para praticar.

Razões Discordo Totalmente

e Discordo Nem Discordo/Nem

Concordo Concordo e Concordo

Totalmente

Porque é lá que existem espaços naturais para a prática

31,9% 25,0% 43,1%

Porque existe disponibilidade de instalações desportivas

38,4% 23,3% 38,4%

Porque os amigos vão 46,6% 16,4% 37,0%

Porque as instalações desportivas têm melhor qualidade

39,7% 31,5% 28,8%

Porque a modalidade desportiva não existe aqui 49,3% 26,8% 23,9%

Porque os meus pais me levam 66,7% 20,8% 12,5%

Por não estar satisfeito com o treinador(a) 70,8% 23,6% 5,6%

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q9.

Deslocação para o local da prática desportiva

O meio de transporte mais utilizado para os indivíduos se deslocarem para

o local da prática desportiva é o “Carro” (56,4%), seguido da deslocação “A pé”

(34,6%). O autocarro (transportes públicos) (2,9%) foi o meio utilizado em quarto

lugar para realizar a deslocação até ao local de prática desportiva. Destaque

para a utilização da bicicleta, com 5,3%, que, em conjunto com a deslocação a

pé, perfazem 39,9% dos meios através dos quais os indivíduos se deslocam até ao

local de prática desportiva.

Primeira Parte – Prática desportiva

94

Gráfico 18 - Meios de transporte utilizados para a deslocação para o local da prática da atividade.

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q10.

A maioria dos indivíduos (66,1%) que se desloca de carro referiu que

demora, em média, menos de 10 minutos até ao local de realização da prática

desportiva. Entre 10 e 30 minutos foi o tempo indicado por 45,3% que se

deslocam a pé e 7,7% de bicicleta. O meio de transporte coletivo (autocarro)

aparece referido com expressão para deslocações superiores em termos de

tempo: a partir de 31 minutos.

Gráfico 19 – Meio de transporte e tempo de deslocação para o local da prática da atividade.

56,4%

34,6%

5,3%2,9% 0,2%

0,6%

Carro A pé Bicicleta Autocarro (transportes públicos) Mota Outro

Primeira Parte – Prática desportiva

95

A pé 33,3%

A pé 45,3%

A pé 20,5%

A pé 25,0%

Autocarro 0,7%

Autocarro 4,1%

Autocarro 25,0%Bicicleta 7,7%

Bicicleta 2,6%

Carro 66,7% Carro 46,4%

Carro 71,3%Carro 43,8%

Mota 0,5%

Carr. esc. / clu. 1,0%

Carr. esc. / clu. 6,3%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Menos de 10 minutos De 10 a 30 minutos De 31 a 60 minutos Mais de 1 hora

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q10, Q11.

Agentes de socialização na prática de atividades físicas e desportivas

As formas pelas quais os indivíduos praticam habitualmente atividades

físicas e desportivas com regularidade, é sobretudo “com amigos” (34,9%),

enquanto a segunda circunstância mais referenciada (28,3%) foi o modo

individual, “sozinho” e com a família (10,6%). Se considerarmos o

enquadramento da equipa, do grupo, dos amigos e dos colegas de trabalho, a

prática de atividades decorre em 71,7% dos casos na relação com estes

elementos.

Os homens praticam mais com amigos (40,5%) do que as mulheres,

enquanto as mulheres praticam mais sozinhas (30,2%) do que os homens.

Nas freguesias não urbanas a forma predominante de praticar é com

amigos (37,9%), relativamente às freguesias urbanas (30,8%), enquanto nas

freguesias urbanas predomina a prática “Sozinho”, conforme expresso na tabela

seguinte.

Tabela 66 - Agentes de socialização na prática de atividade física e desportiva.

Com

amigos Sozinho

Com a equipa

Sempre em grupo

(variam os parceiros)

Com a família

Com colegas do trabalho

Primeira Parte – Prática desportiva

96

Concelho de Torres Vedras

34,9% 28,3% 11,9% 11,1% 10,6% 3,2%

Sexo

Homens 40,5% 26,5% 14,0% 6,2% 8,1% 4,7%

Mulheres 28,9% 30,2% 9,6% 16,3% 13,3% 1,7%

Agrupamento de Freguesias

Não urbana 37,9% 26,7% 12,0% 11,1% 9,5% 2,8%

Urbana 30,8% 30,4% 11,8% 11,0% 12,2% 3,8%

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q6, QSD1 e QSD3.

Participação em competições desportivas

A participação em competições (na escola, nos campeonatos ou provas

municipais ou em competições federadas) é realizada por 20,0% dos praticantes

regulares de atividades físicas e desportiva (últimas 4 semanas), enquanto 80%

não participa habitualmente em competições.

Tabela 67 – Costuma participar em competições desportivas. Não Sim

80,0% 20,0%

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q19.

As competições realizadas na escola, com outras turmas apresentam uma

regularidade de “menos de 1 vez por mês” em 72,7% dos casos, bem como as

competições com outras escolas (73,2%). As competições com maior nível de

regularidade são as federadas, 60% delas realizam-se entre 1 a 2 vezes por

semana. As competições sob a forma de campeonatos municipais ou provas

desportivas municipais apresentam uma regularidade em 24,6% dos casos entre 1

a 2 vezes por semana e 38,6% realizam-se menos de uma vez por mês, conforme

exposto na tabela seguinte.

Tabela 68 – Tipo e frequência das competições desportivas.

Competições Menos de 1 x por mês

1 a 3 x por mês

1 x por semana

2 x por semana

Na escola, em competições com outras turmas da minha escola

72,7% 15,9% 6,8% 4,5%

Na escola, em competições com outras escolas 73,2% 17,1% 7,3% 2,4%

Fora da escola, em campeonatos municipais ou provas desportivas municipais

38,6% 36,8% 22,8% 1,8%

Em competições federadas 22,9% 17,1% 47,1% 12,9%

Outras competições (Provas abertas) 1,9%

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População Jovem, Q19.

Primeira Parte – Prática desportiva

97

4.2 Razões para a prática desportiva

Conhecer os motivos que levam a população a realizar atividade física e

desportiva, de forma a interpretar a participação, o abandono e melhorar a

oferta atual foi o propósito das questões colocadas. De acordo com a

categorização de Murcia, J., Gimeno, E., & Camacho, A. (2007), os motivos de

realização de prática atividade física e desportiva podem agrupar-se em três

dimensões: A) fitness/ saúde; B) aparência, C) diversão e; D) competência.

Tabela 69 – Dimensões das razões para praticar atividades físicas e desportivas. Motivos Indicadores

Fitness / saúde Para melhorar a saúde

Para melhorar a forma física Para aliviar o stress, relaxar e quebrar com a rotina do dia-a-dia Porque o médico recomendou

Aparência Para melhorar a aparência física

Diversão Porque gosto de desporto Para ocupar os tempos livres e divertir-me

Competência Pelo espírito de competição

Fonte: Adaptado de Murcia, J., Gimeno, E., & Camacho, A. (2007).

As três principais razões para a realização da prática de atividade física e

desportiva foram: primeiro, “para melhorar a saúde”, 96,2% de concordância

(Concordo e Concordo Totalmente); segundo foi evidenciada a razão “para

melhorar a forma física” (93,9%) e, em terceiro lugar, “aliviar o stress, relaxar e

quebrar com a rotina do dia-a-dia” (91,7%). A última razão evocada foi “pelo

espírito de competição” com uma valor de concordância de 27,4%, conforme

gráfico e tabela seguintes.

Gráfico 20 - Razões consideradas para praticar atividade física e desportiva, homens e mulheres.

Primeira Parte – Prática desportiva

98

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q13.

A dimensão que prevalece e orienta as decisões de prática de atividade

física e desportiva é a referida de fitness/ saúde, seguida da dimensão diversão,

nos termos da sistematização proposta por Murcia, J., Gimeno, E., & Camacho,

A. (2007).

Tabela 70 - Razões para praticar atividades físicas e desportivas, homens e mulheres.

Razões Discordo

Totalmente Discordo

Não Discordo, nem concordo

Concordo Concordo

Totalmente

Para melhorar a saúde 0,2% 2,3% 1,2% 54,1% 42,1%

Para melhorar a forma física 0,4% 2,9% 2,7% 59,5% 34,4%

Para aliviar o stress, relaxar e quebrar com a rotina do dia-a-dia

0,4% 3,9% 3,9% 50,7% 41,0%

Porque gosto de desporto 1,2% 4,4% 11,2% 53,3% 29,9%

Para ocupar os tempos livres e divertir-me

2,5% 10,2% 10,4% 55,6% 21,4%

Para melhorar a aparência física 2,9% 9,6% 13,5% 52,2% 21,8%

Para conviver, conhecer outras pessoas, estar com amigos

4,6% 11,2% 12,9% 51,7% 19,7%

1,0%

27,4%

28,6%

71,4%

74,0%

77,0%

83,2%

91,7%

93,9%

96,2%

Outras razões

Pelo espírito de competição

Porque o médicorecomendou

Para conviver, conheceroutras pessoas, estar com…

Para melhorar a aparênciafísica

Para ocupar os tempos livrese divertir-me

Porque gosto de desporto

Para aliviar o stress, relaxar equebrar com a rotina do…

Para melhorar a forma física

Para melhorar a saúde

Primeira Parte – Prática desportiva

99

Porque o médico recomendou 25,9% 25,7% 19,7% 21,1% 7,5%

Pelo espírito de competição 20,3% 32,0% 20,3% 20,1% 7,3%

Outras razões

1%

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q13.

Razões para prática de atividade física e desportiva, por sexo.

As 3 razões principais que as mulheres e homens alegaram para realizar

atividade física e desportiva são as mesmas: (1.ª) “para melhorar a saúde”, (2.ª)

“para melhorar a forma física” e (3.ª) “para aliviar o stress, relaxar e quebrar

com a rotina do dia-a-dia”.

Num segundo conjunto de razões existe diferenças. Os homens valorizam

“porque gosto de desporto”, “para ocupar os tempos livres e divertir-me” e

“para conviver, conhecer outras pessoas, estar com amigos”, enquanto as

mulheres valorizam “Para melhorar a aparência física”, “Porque gosto de

desporto” e “Para ocupar os tempos livres e divertir-me.

Destaca-se ainda que as razões “pelo espírito de competição” e “para

melhorar a aparência física” apresentam valores distintos na hierarquia de

importância: as mulheres valorizam mais a melhoria da aparência física,

enquanto os homens valorizam a dimensão competitiva.

A componente do prazer da prática, “gosto pelo desporto” foi

predominantemente valorizada pelos homens (90,3% vs. 76,3% nas mulheres),

conforme tabela seguinte.

Tabela 71 - Razões para praticar atividades físicas e desportivas, homens.

Razões Discordo

Totalmente Discordo

Não Discordo, nem concordo

Concordo Concordo

Totalmente

Para melhorar a saúde 0,4% 3,0% 2,1% 57,8% 36,7%

Para melhorar a forma física 0,8% 3,8% 2,1% 58,6% 34,6%

Para aliviar o stress, relaxar e quebrar com a rotina do dia-a-dia

0,4% 3,8% 5,5% 53,4% 37,0%

Porque gosto de desporto 2,1% 1,7% 5,9% 52,7% 37,6%

Para ocupar os tempos livres e divertir-me

1,7% 9,7% 8,5% 56,8% 23,3%

Para conviver, conhecer outras pessoas, estar com amigos

5,1% 8,0% 12,7% 50,2% 24,1%

Primeira Parte – Prática desportiva

100

Para melhorar a aparência física 4,3% 10,6% 14,9% 50,6% 19,6%

Pelo espírito de competição 16,2% 26,8% 17,0% 28,9% 11,1%

Porque o médico recomendou 32,8% 26,3% 19,8% 16,8% 4,3%

Outras razões 1,2%

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q13.

Tabela 72 - Razões para praticar atividades físicas e desportivas, mulheres.

Razões Discordo

Totalmente Discordo

Não Discordo, nem concordo

Concordo Concordo

Totalmente

Para melhorar a saúde 0,0% 1,6% 0,4% 50,6% 47,3%

Para melhorar a forma física 0,0% 2,0% 3,3% 60,4% 34,3%

Para aliviar o stress, relaxar e quebrar com a rotina do dia-a-dia

0,4% 4,0% 2,4% 48,2% 44,9%

Para melhorar a aparência física 1,6% 8,5% 12,2% 53,7% 24,0%

Porque gosto de desporto 0,4% 6,9% 16,3% 53,9% 22,4%

Para ocupar os tempos livres e divertir-me

3,3% 10,6% 12,2% 54,5% 19,5%

Para conviver, conhecer outras pessoas, estar com amigos

4,1% 14,3% 13,1% 53,1% 15,5%

Porque o médico recomendou 19,5% 25,2% 19,5% 25,2% 10,6%

Pelo espírito de competição 24,3% 37,0% 23,5% 11,5% 3,7%

Outras razões 0,8%

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q13.

Comparativamente, conforme a tabela seguinte, as três principais razões

de prática apresentam maior intensidade de concordância entre os inquiridos da

população em Torres Vedras.

Tabela 73 - Comparação das três principais razões para praticar atividades físicas e

desportivas.

Razões Torres Vedras (A) Portugal União Europeia

Para melhorar a saúde 96,2% 51% 54%

Para melhorar a forma física 93,9% 36% 47%

Para aliviar o stress, relaxar e quebrar com a rotina do dia-a-dia

91,7% 38% 38%

Obs. A – corresponde a Concordo e Concordo Totalmente.

Fonte: Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q13;

European Commission. (2018). Special Eurobarometer 472/ Wave EB88.4: Sport and Physical Activity. European

Commission, Directorate-General for Education and Culture and co-ordinated by Directorate-General for Communication.

DOI:10.2766/483047, p. 53.

4.3 Razões para a não prática desportiva

As principais razões para a não realização da prática de atividade física e

desportiva (no último ano) foram: “porque não tenho tempo” (61,5%) de

concordância (concordo e concordo totalmente); “porque não tenho motivação/

não estou interessado” (38,3%) e “devido à minha idade” (29,0%). A razão

“porque não tenho com quem fazer desporto” foi referida por cerca de um

Primeira Parte – Prática desportiva

101

quarto dos inquiridos (24,5%). A última razão evocada foi “porque não existem

infraestruturas/ espaços adequados, perto do sítio onde moro” com uma valor

de concordância de 19,3%, conforme gráfico e tabela seguintes.

Gráfico 21 - Razões consideradas para não praticar atividade física e desportiva.

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q14

Tabela 74 - Razões para não praticar atividades físicas e desportivas, homens e mulheres.

Razões Discordo

Totalmente Discordo

Não Discordo, nem concordo

Concordo Concordo

Totalmente

Porque não tenho tempo 6,4% 20,8% 11,3% 40,5% 21,0%

Porque não tenho motivação / não estou interessado

13,9% 33,3% 13,9% 31,1% 7,7%

Devido à minha idade 27,7% 33,3% 10,0% 19,2% 9,8%

Porque tenho uma doença ou lesão 28,4% 37,7% 8,0% 17,8% 8,1%

Porque não tenho com quem fazer desporto

15,9% 43,5% 16,1% 20,9% 3,6%

Porque é muito dispendioso (caro) 16,3% 44,1% 17,6% 17,8% 4,2%

Porque não gosto de fazer desporto ou 17,1% 42,7% 18,4% 16,9% 4,9%

2,4%

19,3%

20,8%

21,8%

22,0%

24,5%

25,9%

29,0%

38,8%

61,5%

Outras razões

Porque não existem infra-estruturas / espaços…

Porque faltam atividadesadequadas às minhas…

Porque não gosto de fazerdesporto ou atividades físicas

Porque é muito dispendioso(caro)

Porque não tenho com quemfazer desporto

Porque tenho uma doença oulesão

Devido à minha idade

Porque não tenho motivação /não estou interessado

Porque não tenho tempo

Primeira Parte – Prática desportiva

102

atividades físicas

Porque faltam atividades adequadas às minhas preferências

17,6% 42,7% 18,9% 18,3% 2,5%

Porque não existem infra-estruturas / espaços adequados, perto do sítio onde moro

21,0% 43,4% 16,3% 15,7% 3,6%

Outras razões

2,4%

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q14.

Razões para a não prática de atividade física e desportiva, por sexo

As duas (2) razões principais que as mulheres e homens alegaram para não

realizar atividade física e desportiva são as mesmas: (1.ª) “porque não tenho

tempo” e (2.ª) “porque não tenho motivação/ não estou interessado”.

A razão “devido à minha idade” foi evidenciada sobretudo pelos homens (3.ª

razão), como questão impeditiva da prática de atividade física e desportiva,

enquanto as mulheres referem-na em 7.º lugar.

As mulheres mostraram que a razão “porque não tenho com quem fazer

desporto” é relevante ao ter sido identificada em 3.º lugar, enquanto que os

homens referem-na em 6.º lugar.

Os homens referem com maior relevância, “porque faltam atividades

adequadas às minhas preferências” e “porque não existem infraestruturas/

espaços adequados, perto do sítio onde moro”, do que as mulheres, que referem

estas razões em último lugar.

A componente do prazer da prática, “porque não gosto de fazer desporto

ou atividades físicas” não foi valorizada pelos homens (última razão - 16,2%

versus 26,4% nas mulheres), conforme tabelas seguintes.

Tabela 75 - Razões para não praticar atividades físicas e desportivas, homens.

Razões Discordo

Totalmente Discordo

Não Discordo, nem concordo

Concordo Concordo

Totalmente

Porque não tenho tempo 7,7% 23,9% 8,5% 39,7% 20,1%

Porque não tenho motivação / não estou interessado

12,8% 37,6% 12,4% 32,9% 4,3%

Devido à minha idade 22,5% 34,6% 8,7% 24,7% 9,5%

Porque tenho uma doença ou lesão 24,7% 43,8% 6,4% 20,0% 5,1%

Porque faltam atividades adequadas às minhas preferências

17,6% 43,8% 15,5% 21,0% 2,1%

Porque não tenho com quem fazer 13,7% 50,2% 15,0% 18,9% 2,1%

Primeira Parte – Prática desportiva

103

desporto

Porque não existem infra-estruturas / espaços adequados, perto do sítio onde moro

18,8% 50,0% 11,5% 17,9% 1,7%

Porque é muito dispendioso (caro) 16,7% 51,7% 15,0% 14,1% 2,6%

Porque não gosto de fazer desporto ou atividades físicas

17,9% 48,5% 17,4% 12,8% 3,4%

Outras razões 2,1%

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q14.

Tabela 76 - Razões para não praticar atividades físicas e desportivas, mulheres.

Razões Discordo

Totalmente Discordo

Não Discordo, nem concordo

Concordo Concordo

Totalmente

Porque não tenho tempo 5,4% 18,4% 13,4% 41,1% 21,7%

Porque não tenho motivação / não estou interessado

14,8% 30,0% 15,2% 29,6% 10,4%

Porque não tenho com quem fazer desporto

17,7% 38,1% 17,0% 22,4% 4,8%

Porque tenho uma doença ou lesão 31,4% 32,8% 9,2% 16,0% 10,6%

Porque não gosto de fazer desporto ou atividades físicas

16,4% 38,0% 19,2% 20,2% 6,2%

Porque é muito dispendioso (caro) 16,0% 38,1% 19,7% 20,7% 5,4%

Devido à minha idade 31,8% 32,2% 11,1% 14,9% 10,0%

Porque não existem infra-estruturas / espaços adequados, perto do sítio onde moro

22,8% 38,1% 20,1% 13,9% 5,1%

Porque faltam atividades adequadas às minhas preferências

17,5% 41,9% 21,6% 16,2% 2,7%

Outras razões 2,6%

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q14.

Gráfico 22 - Razões para não praticar atividades físicas e desportivas, homens e mulheres.

Primeira Parte – Prática desportiva

104

59,8%

37,2%

21,0%

25,1%

16,2% 16,7%

34,2%

19,7%23,2%

62,9%

40,1%

27,2%26,6%

26,4% 26,2% 24,9%

19,0% 18,9%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

Por

que

não

ten

ho

tem

po

Por

que

não

ten

ho

mo

tiva

ção

/ n

ãoes

tou

inte

ress

ado

Por

que

não

ten

ho

com

qu

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zer

des

por

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Por

que

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doen

ça o

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são

Por

que

não

gost

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e fa

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des

po

rto

ou

ativ

idad

es f

ísic

as

Por

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spen

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caro

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Dev

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à m

inha

idad

e

Por

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não

exis

tem

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tura

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esp

aços

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dos

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rto

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nde

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Por

que

falt

am a

tivi

dad

es a

deq

uad

asàs

min

has

pre

ferê

ncia

s

Ou

tras

raz

ões

Homens

Mulheres

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q14. Os valores correspondem ao somatório das categorias “Concordo” e “Concordo totalmente”.

Também de forma comparativa, conforme a tabela seguinte, as três

principais razões de não prática apresentam maior intensidade de acordo entre

os inquiridos da população em Torres Vedras, face aos resultados obtidos na

população portuguesa e na União Europeia.

Tabela 77 - Comparação das três principais razões para não praticar atividades físicas e

desportivas.

Razões Torres Vedras (A) Portugal União Europeia

Porque não tenho tempo 61,5% 43% 40%

Porque não tenho motivação / não estou interessado

38,8% 33% 20%

Porque tenho uma doença ou lesão 28,4% 10% 14%

Obs. A – corresponde a Concordo e Concordo Totalmente.

Fonte: Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q14; European Commission. (2018). Special

Eurobarometer 472/ Wave EB88.4: Sport and Physical Activity. European Commission, Directorate-General for Education

and Culture and co-ordinated by Directorate-General for Communication. DOI:10.2766/483047, p. 60.

Primeira Parte – Prática desportiva

105

4.4 Participação futura em atividades físicas e desportivas

A intenção de prática desportiva futura dos indivíduos não praticantes

desportivos é de 30,9%, enquanto 69,1% dos indivíduos manifestaram uma

intenção neutra e negativa (não sei/ provavelmente, não/ não, certamente)

para iniciar a prática de atividades físicas e desportivas. Este facto expressa na

população do concelho de Torres Vedras um índice de procura desportiva não

satisfeita de 15,4%, situação que corresponde à existência de um plano mental e

consciente do indivíduo para iniciar a prática de atividade física desportiva.

As mulheres (33,8%) evidenciaram um nível de intenção superior aos

homens (27,2%) para iniciar a prática de atividades físicas e desportivas. Esta

circunstância demonstra uma maior procura desportiva por parte das mulheres.

A população residente nas freguesias não urbanas evidenciou uma maior

procura desportiva, revelada pelas afirmações dos indivíduos, 32,2% contra

28,0% nas freguesias urbanas, conforme exposto na tabela abaixo.

Tabela 78 - Prática de atividades físicas e desportivas no futuro. Intenção de prática de

atividades físicas e desportivas no futuro

Não, certamente

Provavelmente, não

Não sei Provavelmente,

sim

Sim, certamente

Torres Vedras 27,1% 24,1% 17,9% 26,0% 4,9%

Sexo

Homens 31,5% 25,5% 15,7% 23,0% 4,3%

Mulheres 23,6% 23,0% 19,6% 28,4% 5,4%

Agrupamento de Freguesias

Não urbanas 29,7% 22,1% 16,1% 28,1% 4,1%

Urbanas 21,3% 28,7% 22,0% 21,3% 6,7%

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q14.

Primeira Parte – Prática desportiva

106

Gráfico 23- Comportamento da população face ao desporto.

1 x por ano 5,7%

Potenciais praticantes - procura não satisfeita 15,4%

Restante população -sem intenção de iniciar a prática

43,5%

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q3 e Q15.

Atividades físicas e desportivas pretendidas

As preferências globais, pelas modalidades de atividades físicas e

desportivas do segmento de indivíduos não praticantes, estão orientadas em

primeiro lugar para as “atividades de manutenção (caminhada, jogging,

corrida)” com 23,5% de referências. Sucede-se a preferência pela “natação e

hidroginástica” (20,4%), “futebol” (7,3%) e “ciclismo/ cicloturismo/ btt” com

(5,3%), conforme tabela seguinte.

Primeira Parte – Prática desportiva

107

Gráfico 24 - Atividades físicas e desportivas pretendidas.

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q15.

Tabela 79 - Atividades físicas e desportivas pretendidas. 1.ª 2.ª 3.ª 4.ª 5.ª

Torres Vedras Atividades de Manutenção

(23,5%)

Natação e Hidroginástica (20,4%)

Futebol (7,3%) Ciclismo / Ciclotur. / Btt (5,3%)

Yoga (3,7%)

Sexo

Homens Atividades de Manutenção

(22,2%) Futebol (17,1%)

Natação e Hidroginástica (11,9%)

Ciclismo / Ciclotur. / Btt (11,5%)

Atletismo (6,0%)

Mulheres Natação e

Hidroginástica (12,7%)

Atividades de Manutenção (24,9%)

Yoga (5,8%) Danças desportivas (Danças de Salão)

(5,5%)

Danças gímnicas e ballet (Aeróbica, Cardio, Hip Hop, Dança Jazz, Step)

(5,5)

Agrupamento de Freguesias

Não urbana Atividades de manutenção

(40,0%)

Natação e Hidroginástica (31,8%)

Futebol (11,4%) Ciclismo/ Ciclotur./

Btt (8,9%) Atletismo (7,5%)

Urbana Atividades de manutenção

(23,0%)

Natação e Hidroginástica (20,6%)

Futebol (7,4%) Danças desportivas (Danças de Salão)

(4,9%)

Ciclismo/ Ciclotur./ Btt

(3,9%)

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q15.

3,1%

3,1%

3,3%

3,4%

3,7%

5,3%

7,3%

20,4%

23,5%

Danças gimnícas e Ballet(Aeróbica, Cardio, Hip Hop,

Dança Jazz, Step)

Ginástica de manutenção

Atletismo

Danças desportivas(Danças de Salão)

Yoga

Ciclismo / Ciclotur. / BTT

Futebol

Natação e Hidroginástica

Actividades demanutenção (Musculação,

Caminhada, Jogging)

Primeira Parte – Prática desportiva

108

Atividades físicas e desportivas pretendidas, por sexo

As mulheres e os homens evidenciaram preferências distintas

relativamente às atividades físicas e desportivas que pretendem praticar. As

mulheres preferem em primeiro lugar a natação e hidroginástica (12,7%),

enquanto os homens referem essa preferência em 3.º lugar (11,9%). Os homens

pretendem em primeiro lugar atividades de manutenção (caminhada, jogging,

corrida) (12,7%) e em segundo lugar futebol (17,1%). As mulheres apresentam

também preferências por atividades de manutenção (caminhada, jogging,

corrida), seguida da modalidade de yoga, danças desportivas e danças gímnicas e

ballet, conforme exposto na tabela anterior.

Atividades físicas e desportivas pretendidas, por agrupamento de freguesias

A natureza da freguesia de residência dos inquiridos parece não evidenciar

preferências muito diversas em termos de atividades pretendidas. As atividades

maioritariamente preferidas, quer nas freguesias urbanas, quer nas não urbanas,

são as atividades de manutenção, a natação e hidroginástica e o futebol. Nas

freguesias não urbanas foi ainda preferida a modalidades de ciclismo/

cicloturismo/ btt e atletismo, enquanto os indivíduos residentes nas freguesias

urbanas apresentaram preferência por danças desportivas (danças de salão) e

ciclismo/ cicloturismo / btt, conforme expressa a tabela anterior.

4.5 Gastos médios das famílias com desporto

Os gastos médios dos agregados familiares com o desporto, incluindo o

equipamento, durante o último ano foram de 55,30€ por mês. Com gastos entre

20,00€ e 40,00€ encontra-se a maioria dos indivíduos (34,0%). A mediana foi de

30,00€, ou seja, 50% dos indivíduos despenderam acima de 30,00€ e os outros

50% terão gasto menos de 30,00€ por mês. Mais de metade dos agregados (50,5%)

gasta com desporto um valor entre 20,01€ e 60,00€.

Releva-se que cerca de dez porcento dos indivíduos (9,50%) não tem

qualquer custo mensal para realizar atividade física e desportiva, enquanto

15,2% dos indivíduos afirmou gastar mais de 80,01€ por mês, conforme expresso

no gráfico abaixo.

Primeira Parte – Prática desportiva

109

Gráfico 25 - Gastos médios mensais dos agregados familiares com o desporto.

9,5%

18,8%

34,0%

16,5%

5,9%

7,7%

7,5%

0,00 €

1,00€ a 20,00€

20,01€ a 40,00€

40,01€ a 60,00€

60,01€ a 80,00€

80,01€ a 100,00€

Mais de 100,00€

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q12.

Primeira Parte – Prática desportiva

110

4.6 Associativismo desportivo

O grau de afiliação no associativismo desportivo evidenciado pelos

indivíduos residentes no concelho de Torres Vedras é de 36,4%, na medida em

que referem que são sócios de algum clube ou associação desportiva. Os homens

evidenciaram um maior grau de associativismo em clubes desportivos (48,4%) do

que as mulheres (25,9%). Nas freguesias denominadas de urbanas os indivíduos

apresentam uma maior taxa de afiliação em clubes desportivos (40,7%) do que

nas freguesias designadas de não urbanas (34,0%), conforme tabela seguinte.

Tabela 80 - Grau de afiliação no associativismo desportivo.

Associado de um clube ou associação desportiva

Torres Vedras 36,4%

Sexo

Homens 48,4%

Mulheres 25,9%

Agrupamento de Freguesias

Não urbana 34,0%

Urbana 40,7%

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q17.

Na relação entre número de clubes e número e habitantes, e de forma

comparativa entre os resultados médios para o país e para o concelho de Torres

Vedras, tal como se expressa na tabela seguinte, constata-se que o concelho

apresenta um valor que está a de metade do valor de referência nacional.

Tabela 81 – Número de clubes por mil habitantes.

Razões Torres Vedras (A) Portugal União Europeia

Para aliviar o stress, relaxar e quebrar com a rotina do dia-a-dia

0,5 1 -

Obs. – Torres Vedras 39 clubes/78.518 residentes; Portugal, 10.748 clubes/ 10.291.027

Fonte: CMTV 2017; INE. (2019). População residente (N.º) por Local de residência (NUTS - 2013), Sexo e Grupo etário;

Anual - INE, Estimativas anuais da população residente. Retrieved from

https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_indicadores&indOcorrCod=0008273&xlang=pt ;

IPDJ. (2019). Estatísticas do desporto. Instituto Português do Desporto e Juventude, I.P. Retrieved from:

http://www.idesporto.pt/conteudo.aspx?id=103

Primeira Parte – Prática desportiva

111

4.7 Interesse pelo desporto

A maioria da população do concelho de Torres Vedras revela interesse pelo

desporto em geral, de tal modo que 74,8% expressou níveis de 6 a 10 e 31%

manifestou elevado interesse (níveis 9 e 10). Relativamente ao interesse pela

prática de desporto o interesse é similar: 69,4% revelou interesse e 29,5%

elevado interesse. Estar informado sobre desporto é menos interessante do que

os temas acima, 60,6% revela interesse e 27,2% muito interesse. O interesse em

assistir a espetáculos desportivos ao vivo é evidenciado por 59,7% da população,

dos quais 25,7% expressou elevado interesse.

Através dos meios audiovisuais (televisão, rádio, jornais e internet) o

interesse em assistir/ ter acesso a espetáculos desportivos é ainda superior,

64,5% e 24% com elevado interesse, conforme expresso na tabela seguinte.

Tabela 82 – Nível de interesse pelo desporto.

Tipo de interesse

Nível de interesse pelo desporto (Escala de 0 a 10, em que 0= nenhum interesse e 10 = máximo

interesse) 0, 1 2, 3, 4 5 6, 7, 8 9, 10

Interesso-me pelo desporto em geral 2,6% 9,2% 13,4% 43,8% 31,0%

Interessa-me a prática de desporto 3,5% 11,5% 15,6% 39,9% 29,5%

Interessa-me estar informado sobre o desporto 6,3% 16,2% 13,1% 37,3% 27,2%

Interessa-me assistir a espetáculos desportivos ao vivo 7,5% 17,0% 14,9% 34,9% 25,7%

Interessa-me assistir / ter acesso a espetáculos desportivos, através de meios audiovisuais (televisão, rádio, jornais e internet)

8,6% 16,5% 15,2% 35,7% 24,0%

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q20.

Primeira Parte – Prática desportiva

112

Gráfico 26 – Nível de interesse pelo desporto.

59,7%

60,6%

64,5%

69,4%

74,8%

Interessa-me assistir /ter acesso aespectáculos

desportivos, através…

Interessa-me assistir aespetáculos

desportivos ao vivo

Interessa-me estarinformado sobre o

desporto

Interessa-me a práticade desporto

Interesso-me pelodesporto em geral

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q20. Valores correspondem ao somatório dos níveis de

interesse positivos (6 a 10).

Os homens expressaram em todas as dimensões maior interesse pelas

questões do desporto do que as mulheres, considerando os níveis de 6 a 10 da

escala. As maiores diferenças encontradas entre os sexos são observadas em

“interesso-me pelo desporto em geral” (homens 85,9%; mulheres 65,1%),

“interessa-me estar informado sobre o desporto” (homens 78,4%; mulheres

52,3%) e “interessa-me assistir/ ter acesso a espetáculos desportivos, através de

meios audiovisuais (televisão, rádio, jornais e internet)” (homens 71,9%;

mulheres 49,0%). A diferença menor foi na dimensão “interessa-me a prática de

desporto” homens 78,0%; mulheres 61,7%), conforme gráfico seguinte.

Primeira Parte – Prática desportiva

113

Gráfico 27 - Nível de interesse pelo desporto, por sexo.

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Interesso-me pelodesporto em geral

Interessa-me a prática dedesporto

Interessa-me estarinformado sobre o

desporto

Interessa-me assistir aespetáculos desportivos ao

vivo

Interessa-me assistir / teracesso a espetáculos

desportivos, através demeios audiovisuais

Homens

Mulheres

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q20, QSD3.

4.8 Acesso à informação sobre desporto e meios de

comunicação social

Os meios de comunicação social (jornais/ rádios/ internet) são consultados

por cerca de metade da população (53%), com o objetivo de estar informada

sobre o desporto do concelho de Torres Vedras, enquanto 47% da população

referiu que não costuma aceder a jornais, rádios ou à Internet para aceder a

informação sobre o desporto no concelho onde reside.

Tabela 83 - Informação sobre o desporto do concelho de Torres Vedras. Para estar informado sobre o desporto do concelho de Torres Vedras,

costuma aceder a jornais, rádios ou à Internet

Não Sim

47,0% 53,0%

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q21.

O principal jornal consultado pela população para estar informada sobre o

desporto do concelho de Torres Vedras foi destacadamente o “Jornal Badaladas”

com 78,5% das referências. Sucedem-se jornais de carácter nacional: “jornal A

Bola” (6,7%), “jornal Record” e “Jornal Correio da Manhã”, ambos com 5,8% das

referências, conforme gráfico seguinte.

Primeira Parte – Prática desportiva

114

Gráfico 28 - Principais jornais consultados.

0,2%

0,6%

0,6%

1,3%

5,8%

5,8%

6,7%

78,5%

Outros

Revista Amor àCamisola

Jornal Público

Atividades de TorresVedras

Jornal Record

Jornal Correio daManhã

Jornal A Bola

Jornal Badaladas

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q22.

A principal estação de rádio ouvida pela população para estar informada

sobre o desporto do concelho de Torres Vedras foi destacadamente a “Rádio

Oeste” com 66,4% das referências e a “Rádio Europa” (18%). Sucedem-se rádios de

carácter nacional, conforme exposto conforme gráfico seguinte.

Gráfico 29 – Principais rádios consultados.

1,2%

2,0%

3,7%

4,1%

4,5%

18,0%

66,4%

Outras

Rádio Comercial

Rádio Renascença

Rádio RFM

Rádio Antena 1

Rádio Europa

Rádio Oeste

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q22.

Os principais sítios na internet acedidos pela população para estar

informada sobre o desporto do concelho de Torres Vedras foram “Torres Vedras

web” (26,1%) e CM de Torres Vedras com 21,8% das referências. Foram ainda

Primeira Parte – Prática desportiva

115

referidos sítios de amplitude nacional e outros sítios cujo somatório totaliza 19,4%

das referências, conforme exposto conforme gráfico seguinte.

Gráfico 30 - Principais sítios na internet acedidos.

19,4%

2,4%

3,8%

4,3%

6,6%

8,1%

21,8%

26,1%

Outros sítios

Rtv on

Sapo

Google

Zero a zero

Fm desporto

CM de Torres Vedras

Torres Vedras web

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q22.

Primeira Parte – Prática desportiva

116

4.9 Assistência a espetáculos desportivos

A assistência a espetáculos desportivos ao vivo é uma forma de

aculturação ao fenómeno desportivo, que contribui para um maior

conhecimento, compreensão, valorização e gosto pelo desporto. No último ano,

a maioria da população de Torres Vedras (44,8%) afirmou que nunca assistiu a

espetáculos desportivos ao vivo. A assistência a espetáculos desportivos parece

ser um hábito raro, uma vez que 25,3% dos inquiridos situaram a resposta entre

“Pelo menos 1 x por mês” e “Pelo menos 1 x por semana”, conforme expresso na

tabela seguinte.

Tabela 84 - Assistência a espetáculos desportivos ao vivo. Nunca

Pelo menos 1 x por ano

Pelo menos 1 x por mês

Pelo menos 1 x por semana

No último ano, assistiu a espetáculos ou eventos desportivos ao vivo (jogos, competições ou provas desportivas)

44,8% 29,9% 19,0% 6,3%

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q24.

As principais modalidades dos espetáculos desportivos assistidos foram o

futebol, destacadamente com 46,6% de referências, o ciclismo/ cicloturismo/ btt

(7,8%) e o hóquei em patins (7,2%), conforme tabela seguinte.

Tabela 85 - Modalidades dos espetáculos desportivos assistidos ao vivo. Modalidade Assistência

Futebol 46,6%

Ciclismo/cicloturismo/btt 7,8%

Hóquei em patins 7,2%

Atletismo 7,0%

Futsal 4,2%

Ginástica desportiva 3,1%

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q24.

A maioria dos indivíduos (66,2%) que assistiram a espetáculos desportivos

ao vivo afirmou tê-lo feito no concelho de Torres Vedras. Assim,

independentemente da regularidade, os indivíduos inquiridos elegeram o seu

concelho como local preferencial para assistir ao vivo a espetáculos desportivos.

Tabela 86 - A maioria dos espetáculos desportivos assistidos decorreu no concelho de Torres Vedras.

Fora do concelho de Torres Vedras

No concelho de Torres Vedras

33,8% 66,2%

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q24.

Primeira Parte – Prática desportiva

117

4.10 Perceção sobre as oportunidades de prática de atividade

física e desportiva na comunidade local

A população de Torres Vedras perceciona que no concelho existem

numerosas possibilidades de praticar atividades físicas e desportivas (77,1%)

(concordo e concordo totalmente) e 65,4%, dos indivíduos consideram que os

clubes desportivos e outras entidades locais oferecem numerosas possibilidades

de praticar atividades físicas e desportivas. Contudo, 52,8% dos indivíduos

reconhece que não tem tempo para as praticar. Sobre o desempenho da Câmara

Municipal e da Junta de Freguesia, 54,5% dos indivíduos consideraram que estas

entidades estão a fazer o suficiente pela população relativamente à atividade

física e desporto e mais de um quarto da população (27,6%) não tem posição e

não consegue avaliar o desempenho da das entidades públicas no que respeita à

atividade física e desporto, conforme tabela seguinte.

Tabela 87 - Perceção sobre as oportunidades de prática desportiva na comunidade local.

Oportunidades de prática desportiva

Discordo Totalmente

Discordo Não Discordo, nem concordo

Concordo Concordo

Totalmente

Não sei/ Desconheço

Os clubes desportivos e outras entidades do meu concelho oferecem numerosas possibilidades de praticar atividades físicas e desportivas

1,8% 5,6% 11,7% 57,2% 19,9% 3,7%

As possibilidades de praticar atividade física e desporto no meu concelho existem, mas não tenho tempo para as praticar

4,2% 21,4% 18,8% 36,0% 16,8% 2,7%

Não tenho realmente interesse em praticar atividade física e desporto, prefiro fazer outras coisas no meu tempo livre

1,2% 10,8% 14,2% 48,4% 17,0% 8,4%

A Câmara Municipal e Junta de Freguesia estão a fazer o suficiente pela população relativamente à atividade física e desporto.

3,4% 14,6% 20,6% 41,1% 13,4% 7,0%

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q25;

Primeira Parte – Prática desportiva

118

Na comparação da perceção de oportunidades de prática, no concelho, no país e

na União Europeia, verifica-se que os respondentes têm uma avaliação superior

quanto às oportunidades proporcionados pelos clubes e outras entidades (77,1%),

que os valores de menor interesse pela prática (65,4%) são superiores e que

valorizam mais (54,5%), comparativamente, o que a Câmara Municipal e Junta de

Freguesia estão a fazer pela população relativamente à atividade física e

desporto.

Tabela 88 – Comparação da perceção sobre as oportunidades de prática desportiva na

comunidade local.

Comparação das oportunidades de prática desportiva

Concelho de Torres Vedras

(A) Portugal União Europeia

Os clubes desportivos e outras entidades do meu concelho oferecem numerosas possibilidades de praticar atividades físicas e desportivas

77,1% 63% 73%

As possibilidades de praticar atividade física e desporto no meu concelho existem, mas não tenho tempo para as praticar

52,8% 67% 74%

Não tenho realmente interesse em praticar atividade física e desporto, prefiro fazer outras coisas no meu tempo livre

65,4% 44% (D) 54% (D)

A Câmara Municipal e Junta de Freguesia estão a fazer o suficiente pela população relativamente à atividade física e desporto.

54,5% 44% 49%

Obs. A – corresponde a Concordo e Concordo Totalmente Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q25; European Commission. (2018). Special Eurobarometer 472/ Wave EB88.4: Sport and Physical Activity. European Commission, Directorate-General for Education and Culture and co-ordinated by Directorate-General for Communication. DOI:10.2766/483047, p. 66, 70, 74; D - European Commission. (2010). Special Eurobarometer 334/Wave 72.3: Sport and Physical Activity. European Commission, Directorate-General for Education and Culture and co-ordinated by Directorate-General for Communication, p. 48.

Primeira Parte – Prática desportiva

119

4.11 Programas desportivos no concelho

Cerca de metade da população (49,3%) do concelho de Torres Vedras afirmou

não ter conhecimento da existência de qualquer programa de promoção do

desporto ou da atividade física no concelho de Torres Vedras.

Tabela 89 – Conhecimento de programas de promoção do desporto ou da atividade física no concelho.

Não Sim

49,3% 50,7%

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q23.

De entre os indivíduos que afirmaram conhecer qualquer programa de

promoção do desporto ou da atividade física no concelho de Torres Vedras,

constatou-se que o programa com maior nível de notoriedade foi o designado

“Desporto Sénior – Mexa-se para a Vida” (83,2%), seguido do “Programa Mexa-se -

Aulas no Parque Verde da Várzea” (77,0%) e do programa “Night Run” (74,2%). Os

programas com níveis de notoriedade mais reduzidos foram “No Domingo a Rua é

Nossa” (26,9%) e “É hoje! Dia fitness” (22,7%), conforme referido na tabela

abaixo.

Tabela 90 – Reconhecimento do nome do programa de promoção do desporto ou da atividade física.

Programa Não reconheço Reconheço

Desporto Sénior – Mexa-se para a Vida 16,8% 83,2%

Programa Mexa-se - Aulas no Parque Verde da Várzea 23,0% 77,0%

Night Run 25,8% 74,2%

Campeonatos Municipais de Atletismo e Futebol 40,4% 59,6%

Passos no concelho – programa de percursos pedestres

51,3% 48,7%

Diabetes em Movimento 70,3% 29,7%

No Domingo a Rua é Nossa 73,1% 26,9%

É hoje! Dia fitness 77,3% 22,7%

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q23.

Primeira Parte – Prática desportiva

120

4.12 Obstáculos para mais atividade física e desportiva entre

a população

À questão de natureza aberta sobre quais os aspetos que julga serem

obstáculo para existir mais atividade física e desportiva entre a população de

Torres Vedras? foram referidos 3 obstáculos principais: em primeiro lugar a

inércia das pessoas: falta de vontade, interesse, motivação, falta de tempo com

29,6% das referências; em segundo lugar as infraestruturas: piscinas municipais,

instalações desportivas públicas, espaços para a prática desportiva, manutenção,

segurança, iluminação com 15,1% das referências; e os custos, preços das

atividades e do acesso às instalações com 12,6% das referências. Para além dos

referidos na tabela, sucedem-se mais 5 obstáculos referidos com valores

inferiores a 2% e uma categoria de outros com 2,3% das referências, entre 470

referências categorizadas em 381 respondentes

Tabela 91 – Obstáculos para existir mais atividade física e desportiva entre a população. Obstáculo

Inércia das pessoas: falta de vontade, interesse, motivação, falta de tempo 29,6%

Infraestruturas: piscinas municipais, instalações desportivas públicas, espaços para a prática desportiva, manutenção, segurança, iluminação

15,1%

Custos, preços 12,6%

Divulgação: das atividades, eventos, espaços, mobilizar as pessoas 9,6%

Deslocação e o tempo entre o trabalho / escola e a prática, os horários / transportes 9,6%

Oferta de atividades: ao ar livre, diversidade 7,2%

Centralização: atividades e instalações desportivas 5,1%

Apoio: Câmara Municipal, Junta de Freguesia 3,2%

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q26.

Primeira Parte – Prática desportiva

121

4.13 Sugestões para melhorar atividade física e desportiva

As sugestões indicadas pelos inquiridos para melhorar atividade física e

desportiva em Torres Vedras foram centradas em quatro (4) elementos: Em

primeiro lugar a oferta de mais atividades, atividades diversificadas, eventos,

apoiar ações com 27,5% das referências; em segundo lugar as infraestruturas:

construção, melhoria, manutenção, instalações desportivas, espaços públicos

para a prática desportiva ao ar livre, verdes, ecopistas, manutenção,

descentralizadas com 27,2% das referências; em terceiro lugar a divulgação:

comunicação, informação, sensibilização, incentivar, motivar, atividades,

eventos com 20,8% das referências; e, na quarta sugestão, redução dos custos,

preços mais reduzidos, gratuito com 10,4% das referências. Para além das

referidas na tabela, sucedem-se mais 6 categorias de sugestões com valores

inferiores a 1,5%, entre as 375 referências categorizadas em 349 respondentes.

Tabela 92 – Sugestões para melhorar atividade física e desportiva. Obstáculo

Oferta de mais atividades, diversificadas, eventos, apoiar ações 27,5%

Infraestruturas: construção, melhoria, manutenção, instalações desportivas, espaços públicos para a prática desportiva ao ar livre, verdes, ecopistas, manutenção, descentralizadas

27,2%

Divulgação: comunicação, informação, sensibilização, incentivar, motivar, atividades, eventos

20,8%

Custos, preços mais reduzidos, gratuito 10,4%

Horários flexíveis, proximidade escola clube, trabalho, atividade não apenas no verão 4,3%

Descentralização: atividades e instalações desportivas 2,1%

Coordenação: articulação CM, JF, clubes, escolas, ginásios 2,1%

Apoio: aos clubes, não só financeiro 1,6%

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População, Q26.

Primeira Parte – Prática desportiva

122

4.14 Síntese da prática dos hábitos desportivos da população

A população do concelho de Torres Vedras envolvida na prática de

atividade física e desportiva é de 41,1%, o que traduz um índice de participação

desportiva de 41,1%.

O índice de participação desportiva entre os homens é de 44,2%, valor

superior ao verificado entre as mulheres que é de 38,4%. Porém, a taxa de

feminização na prática de atividade física e desportiva é de 48,0%. As atividades

físicas e desportivas mais praticadas pelos indivíduos contemplam em primeiro

lugar as atividades de manutenção (caminhada, jogging, corrida), em segundo

lugar as atividades de ginásio (aeróbica, cardio, hip hop, musculação, step, etc.)

e em terceiro lugar a natação e hidroginástica.

O índice de procura desportiva que integra os atuais praticantes

desportivos e os potenciais novos praticantes é de 56,5%. Considerando as

intenções de prática desportiva futura, foi verificado o índice de procura não

satisfeita de 15,4%. O fator de expansão da prática desportiva, que corresponde

à relação entre os potenciais novos praticantes e os atuais praticantes,

apresenta um valor de 1,377. Ou seja, face às intenções de prática desportiva

manifestadas, o índice de participação desportiva poderá crescer em 37,7%.

No que se refere à prática desportiva futura da população não praticante

de atividades físicas e desportivas, 30,9% manifestou o desejo de iniciar a

prática, porém essa intenção é superior no segmento das mulheres, 33,8%. As

preferências pelas modalidades de atividades físicas e desportivas do segmento

de indivíduos não praticantes estão orientadas em primeiro lugar para as

atividades de manutenção (caminhada, jogging, corrida), em segundo lugar para

a “natação e hidroginástica” e em terceiro lugar para o futebol.

No âmbito da prática de atividade física e desportiva o índice de prática

desportiva em clubes e associações desportivas é de 16,1% entre os praticantes e

de 24,7% entre a população.

O índice de prática desportiva no âmbito do desporto federado, que

contempla a relação dos praticantes de desporto federado na população total, é

de 8,1%, e entre os praticantes é de 18,9%. Nos homens a proporção de

praticantes de desporto federado é de 32,7%, valor superior ao encontrado para

as mulheres, A taxa de feminização no desporto federado é de 28,1%.

Primeira Parte – Prática desportiva

123

No âmbito da prática de atividade física e desportiva o índice de prática

desportiva em ginásios é de 15,7% entre os praticantes e de 24,1% entre a

população, conforme tabela seguinte.

Tabela 93 – Principais índices dos hábitos desportivos da população. Índice de participação desportiva %

Índice de participação desportiva 41,1%

Índice de participação desportiva homens 44,2%

Índice de participação desportiva mulheres 38,4%

Taxa de feminização 48,0%

Índices de Procura

Índice de procura 56,5%

Índice de procura não satisfeita 15,4%

Fator de expansão 1,377

Prática desportiva futura

Intenção de prática desportiva futura 30,9%

Intenção de prática desportiva futura homens 27,2%

Intenção de prática desportiva futura mulheres 33,8%

Âmbito de Prática

Desporto no clube 16,1%

Desporto no clube nos praticantes 24,7%

Desporto de competição federado 8,1%

Desporto de competição federado nos praticantes 18,9%

Desporto de competição federado nos praticantes homens 32,7%

Desporto de competição federado nos praticantes mulheres 9,2%

Taxa de feminização no desporto federado 28,1%

Desporto no ginásio 15,7%

Desporto no ginásio nos praticantes 24,1%

Fonte: Questionário aos Hábitos Desportivos da População.

Primeira Parte – Prática desportiva

124

Segunda Parte

Ofertas de atividades e

serviços de desporto

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

125

IV – A perspetiva das diferentes partes interessadas na atividade desportiva do concelho

1 Nota introdutória

Nesta dimensão do trabalho pretendeu-se o envolvimento dos principais

constituintes do sistema desportivo concelhio e, a partir da sua auscultação, a

recolha de dados caracterizadores da atividade desportiva realizada em Torres

Vedras. Desta forma, através da representação institucional, por setores de

atividade do desporto, ou relacionado com o desporto, tivemos a participação de

clubes, associações, escolas, ginásios, juntas de freguesia e empresas relacionadas

com o turismo ativo.

O registo da perceção destes representantes, sobre o sistema desportivo

local, permitiu a captação de uma imagem global sobre a atividade desportiva, os

aspetos que positivamente mais valorizam, os que menos valorizam, as

potencialidades, as limitações e, principalmente, o levantamento das

condicionantes que devem ser interpretadas no cruzamento com os dados

recolhidos noutras dimensões do diagnóstico.

2 Metodologia

A utilização de grupos de discussão (focus group), como método de

investigação, permitiu que os participantes expressassem a sua opinião de forma

estruturada, através da partilha e clarificação de ideias sobre os temas que iam

sendo introduzidos pelos próprios a partir de questões iniciais colocadas a todo o

grupo. Desta forma, foi possível recolher uma significativa quantidade de

informação qualitativa num espaço de tempo curto.

Os passos metodológicos efetuados, para a realização dos grupos de discussão

foram os seguintes:

1) definição dos grupos por setores de intervenção. Foram definidos sete (7)

grupos: clubes/ desporto federado; desporto na escola; desportos de mar;

ginásios; academias e Juntas de Freguesia do Centro, Litoral e Interior. Nestes

últimos casos, estes grupos foram constituídos com as entidades mais

representativas da atividade desportiva realizada nas freguesias. O convite aos

constituintes de cada grupo foi realizado pela CMTV, de acordo com a

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

126

experiência e responsabilidade de cada um nas organizações que

representavam;

2) escolha dos moderadores dos grupos de discussão, em número de 2 a 3,

faziam parte da equipa de estudo e aplicavam interpoladamente o protocolo de

condução da discussão;

3) aplicação do protocolo de condução dos grupos de discussão que era

constituído por duas partes: na primeira, numa apresentação de 10 minutos,

eram explicadas as condições de realização das sessões - com a seguinte

agenda: a) boas-vindas e agradecimento aos participantes pela presença e

colaboração; b) apresentação da equipa de estudo; c) enquadramento e

explicação dos objetivos, no âmbito do PEDD TV; d) descrição de como se

procedia a discussão; e) pedido de autorização para registo áudio e transcrição

das informações recolhidas; f) apresentação da metodologia e condições de

tratamento dos dados recolhidos, compromisso de confidencialidade e tempo

previsto de duração (100 minutos) -; a segunda parte, de condução da sessão,

em que foram introduzidas de forma progressiva cinco questões orientadoras,

com recurso a um projetor de vídeo e slides, a saber: (Q.1) Globalmente, como

se pode caracterizar o desporto no concelho de Torres Vedras? Que aspetos

mais relevantes destacariam? (Q.2) Sobre o setor/ na freguesia… em concreto,

que aspetos destacavam? (Q.3) Como interpretam o papel da CM, na área de

intervenção, e as relações de cooperação que são estabelecidas? (Q.4) Quais

são as principais limitações que identificam no setor/ na freguesia? (Q.5) Quais

são as principais oportunidades que devem ser exploradas no setor/ na

freguesia, como se pode melhorar a intervenção no setor e na relação com

outros setores?;

4) registo de presença dos participantes, formulário de levantamento de dados

individuais de representação e consentimento para utilização dos dados

recolhidos;

5) tratamento dos dados e apresentação.

Para tratamento qualitativo das respostas e organização da informação

recolhida, procedeu-se da seguinte forma: 1) transcrição digital e codificação

numérica das respostas, questão a questão, para folha de cálculo microsoft excel.

Constituíram-se assim “unidades de texto” (UT) relativas a cada resposta dada; 2)

por familiaridade semântica, e de forma indutiva, agruparam-se as UT e

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

127

constituíram-se componentes temáticas; 3) a partir da utilização do QSR NVivo10

efetuou-se um tratamento por frequência e percentagem relativa das UT por cada

componente e uma codificação alfanumérica das referências de texto, com um

número sequencial, a identificação de UT, a identificação do painel e o número da

questão respondida (como exemplo: 01UTDespFederQ1, primeira unidade de texto

do grupo de discussão do desporto federado para a questão 1); 4) a apresentação

dos resultados, em tabela, reproduz o peso relativo das respostas obtidas por

componente em cada questão e são efetuadas referências descritivas às UT com

maior frequência. Para a primeira questão constituíram-se “nuvens de palavras”

(Word Clouds) para uma representação visual da frequência de palavras que melhor

caracterizam o sistema desportiva na perspetiva transversal dos inquiridos. Deste

modo, a preocupação do tratamento da informação recai sobre o seu conteúdo,

pela presença e valor das UT, e não pelo número de respondentes.

Tabela 94 – Caracterização dos participantes por grupo de discussão.

Grupo de discussão Dia/ local/ hora Total de

participantes

Ginásios 18 Out. 2018 / Agrupamento de Escolas de São Gonçalo /

16h30 11

Desporto na escola 18 Out. 2018 / Agrupamento de Escolas de São Gonçalo /

18h30 9

Juntas de Freguesia Litoral e clubes

18 Out. 2018 / Agrupamento de Escolas de São Gonçalo / 21h30

10

Juntas de Freguesia Interior e clubes

20 Out. 2018 / Agrupamento de Escolas de São Gonçalo / 18h30

10

Desporto federado 25 Out. 2018 / Agrupamento de Escolas de São Gonçalo /

18h30 10

Juntas de Freguesia Centro e clubes

25 Out. 2018 / Agrupamento de Escolas de São Gonçalo / 21h30

11

Desportos de mar 7 Nov. 2018 / Associação Sealand Santa Cruz / 21h30 10

Total de pessoas participantes 71

Fonte: Registo de presença dos participantes.

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

128

3 Resultados

Os resultados são a seguir apresentados por grupo de discussão,

sequencialmente pela ordem das questões colocadas, que estão sublinhadas para

melhor diferenciação da sua leitura. Por cada questão, é dada a informação sobre o

número total de UT tratadas e, percentualmente, o valor dos temas mais

discutidos, efetuando-se uma síntese sobre o sentido da informação recolhida com

maior referenciação.

Desporto federado

Questionados os membros do painel sobre o deporto federado, sobre (Q.1)

como se pode caracterizar o desporto no concelho de Torres Vedras, constatou-se

que 26,9% das afirmações (de um total de 26 UT) evidenciaram que o concelho tem

bastantes modalidades desportivas, de âmbito federado e não federado, tem muita

gente a praticar e a perceção geral é bastante positiva. Há “muita diversidade de

atividades no concelho de Torres Vedras (5UTDespFederQ1)”; a “perceção de que

existe muita gente a praticar desporto em Torres Vedras nas várias modalidades,

que a qualidade tem evoluído bastante (UTDespFederQ1) e há uma visão muito

positiva do desporto em TV (2UTDespFederQ1).

Figura 5 – Principais expressões utilizadas sobre o desporto federado.

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

129

Noutros aspetos considerados relevantes, observaram a existência de menor

oferta de algumas modalidades, “fora da cidade a aposta foi muito forte ao nível

do futebol, mas a nível de oferta de outras atividades federadas existe pouca

oferta ou quase nenhuma…” (9UTDespFederQ1). O município apoia bastante os

campeonatos municipais de várias modalidades (11UTDespFederQ1). Destacaram a

“existência de várias infraestruturas para praticar as modalidades desportivas, os

campos de relva sintética e a pista de atletismo.” (14UTDespFederQ1), mas existe

dificuldade na utilização de alguns espaços, por exemplo será necessário “gerir

melhor as instalações desportivas, o Torriense tem de alugar 3 campos de futebol

para treinos, tem 2 equipas de futebol feminino e 300 praticantes masculinos…”

(17UTDespFederQ1). Foi evidenciado que há “… grandes associações que sustentam

grande parte da prática desportiva no concelho, Física, Sporting Clube de Torres e

Torriense.” (23UTDespFederQ1).

Sublinharam ainda que “Santa Cruz ao nível dos desportos de mar e eventos

tem tido um crescimento enorme.” (20UTDespFederQ1), mas aquém de Peniche ou

Ericeira (23UTDespFederQ1), que “a população escolar tem uma atividade muito

forte principalmente a do sexo masculino, a nível feminino há menos atividade em

desportos regulares…” (21UTDespFederQ1) ou o “desporto feminino é fraco, a larga

maioria dos praticantes são rapazes.” (26UTDespFederQ1).

Na oferta das modalidades, registaram que “… o ténis de mesa perdeu a

dinâmica porque muitas sedes de clubes fecharam…” (25UTDespFederQ1), ao invés

o “hóquei em patins através do trabalho do Sporting de Torres e da Física…”

(12UTDespFederQ1) aumentou a atividade, de igual forma aumentou a “prática de

disciplinas técnicas de atletismo devido à nova pista de atletismo no concelho”

(18UTDespFederQ1). Destacaram ainda a “importância das modalidades e eventos

de ciclismo, por força da figura de Joaquim Agostinho, com a existência de centros

de formação / escolas de formação de ciclismo no concelho” (19UTDespFederQ1) e

que “o investimento deve ser feito num contexto de desenvolvimento da prática

desportiva regular, orientado para que mais pessoas pratiquem desporto.”

(18UTDespFederQ1)

Sobre (Q.2) que programas, projetos e iniciativas mais relevantes destacam

no concelho, em 11 UT, enalteceram a construção da pista de atletismo; o início da

atividade do râguebi; do futebol feminino; o campeonato municipal de atletismo e

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

130

de futebol e o evento “gimnoeste”. Relativamente ao desporto na escola,

elogiaram a existência de “desporto escolar” em todas as escolas

(06UTDespFederQ2), a “existem de 4 equipas de desporto escolar federadas de

voleibol feminino no concelho.” (07UTDespFederQ2), a “existência de vários grupos

de desporto adaptado através do desporto escolar” (09UTDespFederQ2). Foi ainda

destacada a possibilidade de “no verão algumas das atividades que se costumam

realizar na cidade, passam a ser organizadas na praia.” (05UTDespFederQ2).

Como interpretam o papel da CM e as relações de cooperação que são

estabelecidas com outras áreas (Q.3), os inquiridos, em 17 UT, consideram, em

29,4% das unidades, que se devia melhorar a cooperação entre os diferentes

agentes desportivos locais e que esse papel recomendam que seja efetuada pela

CMTV. Expressões como “…ainda existe muito bairrismo o que muitas vezes

dificulta as relações de cooperação entre os diferentes do concelho, a CM deve

incentivar o diálogo entre clubes…” (02UTDespFederQ3). ou “… compete à CMTV

ser o elo de ligação entre clubes e escolas, promover ativamente a ligação com o

objetivo de melhorar a cooperação…” (03UTDespFederQ3), são exemplo de

unidades de texto que manifestam opiniões sobre a função da CM.

A boa relação entre as escolas e os clubes, principalmente na utilização de

instalações desportivas dos clubes, com no caso da natação, é identificada em

22,2% das UT. De igual forma, a relação da CMTV com os clubes também recolheu

uma apreciação positiva, tal com o programa de apoio ao associativismo, “boa

relação de apoio da CMTV com os clubes, através dos subsídios que proporciona.”

(12UTDespFederQ3). A abertura da pista de atletismo à população e as condições

para a prática da modalidade, proporcionadas aos atletas, foram outros aspetos

destacados, evidenciando o “bom apoio da CMTV ao desenvolvimento dos clubes,

por exemplo o campeonato municipal é muito facilitador, reduz deslocação,

fomenta o desporto local de boa qualidade” (13UTDespFederQ3). Registou-se ainda

que a “CMTV teve autorização para a criação de um posto da Associação de

Atletismo de Lisboa em TV, situação essa que nunca foi concretizada.”

(14UTDespFederQ3).

Foi ainda referida a necessidade de se realizar formação para os agentes

desportivas locais (6,7 UTDespFederQ3), a necessidade de melhorar a informação

sobre desporto para a população, no sítio na internet da CM TV

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

131

(18UTDespFederQ3), e a possibilidade da policia não cobrar taxas aquando da

organização de provas que passam por espaços públicos (17UTDespFederQ3).

Relativamente às principais limitações identificadas (Q.4), a intensidade das

repostas coloca maior importância nos seguintes aspetos: instalações desportivas;

dinâmica social e desportiva dos clubes nas suas sedes; melhorar a oferta de

formação, qualificação dos técnicos; necessidade de técnicos e dificuldades em

atrair mais praticantes.

A capacidade para disponibilizar simultaneamente, no final da tarde e noite,

vários campos de futebol para os escalões de formação é uma dificuldade para

alguns clubes (18% das UT), sobressaindo as dificuldades do Torriense,

“…dificuldade com o horário dos treinos, pois as aulas acabam às 5h:30 e só a

partir dessa hora é que se podem realizar os treinos o que leva a sobrelotação das

instalações.” (07UTDespFederQ4). Relativamente aos espaços sociais dos clubes,

foi dado como exemplo que “as sedes das associações têm vindo a fechar o que

tem levado à perda da prática e da organização de torneios de ténis de mesa

(01UTDespFederQ4). Outra das limitações identificadas está relacionada com a

qualificação dos técnicos (21,4% das UT). Nuns casos por não terem formação,

noutros por falta de oferta formativa na região, “faltam pessoas com a formação

específica para orientar as equipas” (15UTDespFederQ4). Ainda relacionado com os

técnicos, foram nomeadas dificuldades também com a falta de treinadores para

algumas modalidades e técnicos de fisioterapia e massagem desportiva. Pelo

número de clubes que oferecem as mesmas modalidades e pela sua proximidade

territorial, alguns clubes têm dificuldade em garantir um número mínimo de

praticantes que permita a sua participação nalguns escalões. Como evidência, “ os

clubes que não conseguem realizar todos os escalões pois nas proximidades

existem7 ou 8 clubes que têm a mesma oferta o que provoca uma dispersão dos

atletas” (19UTDespFederQ4).

Registaram-se ainda dificuldades em: atrair praticantes para o atletismo;

transportes para os atletas; modalidades alternativas ao futebol, proporcionada

pelos clubes, fora da cidade; constituir ofertas de modalidades desportivas de mar

e na divulgação das atividades aos munícipes, por parte da CMTV.

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

132

Nas principais oportunidades que devem ser exploradas, como se pode

melhorar a intervenção no setor, e também na relação com outros setores (Q.5),

registaram-se 15 UT com elevada diversidade de sugestões. Em primeiro lugar,

recomendações para a orientação desportiva da CM (33% das UT), para uma maior

preocupação com o aumento dos praticantes, diversificação da oferta e melhor

exploração dos espaços verdes para a prática desportiva e sugerindo a “criação de

um grupo de trabalho entre os vários clubes e a CMTV para em conjunto

conseguirem resolver os problemas comuns” (04UTDespFederQ5). Num segundo

plano, as ideias propostas estão relacionadas com a formação, de treinadores e de

outros recursos humanos do desporto (árbitros, dirigentes e pais) e atração de mais

técnicos qualificados – “criação de uma bolsa para os clubes contratarem

treinadores qualificados.” (08UTDespFederQ5). Um terceiro grupo de sugestões

está relacionado com o Desporto Escolar, para “… a criação de quadros

competitivos de desporto escolar mais regionais” (13UTDespFederQ5) e para o

desenvolvimento do associativismo na escola. Por fim, um quarto grupo de

questões está relacionado com aspetos específicos de modalidades: atletismo

(formação para agentes da modalidade) e futebol (dinamização do futebol de praia

e possibilidade de se constituir um polo da A.F. de Lisboa em Torres Vedras).

Desporto na escola

Os membros do grupo de discussão caracterizaram, em 26 UT, o desporto no

concelho de Torres Vedras (Q.1), em 50% das UT revelaram-no como de bastante

dinâmico, muito ativo e com a perceção de que “…existe preocupação por parte da

CMTV em querer fazer mais pelo desporto e pela atividade física”

(1UTDespEscolaQ1). Referiram a existência de uma intervenção política de apoio às

instituições, com uma “ocupação quase total das instalações desportivas”,

bastantes eventos, uma “orientação para quase todas as idades”, “abertura na

relação com as escolas”, diversidade de oferta de atividade desportivas no

concelho e apoio, da CMTV e Juntas de Freguesia, na disponibilidade de transportes

para o Desporto Escolar (ver da 1-13UTDespEscolaQ1).

Em 19% das UT reconheceram “…excelente coordenação entre as escolas e a

CMTV que apoia as atividades realizadas, dando até sugestões de melhoria.”

(14UTDespEscolaQ1). Nesta perspetiva, destacaram a articulação dos diretores das

escolas com a divisão de desporto da CMTV, bastante dinâmico, muito ativo e com

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

133

a perceção de que “…existe preocupação por parte da CMTV em querer fazer mais

pelo desporto e pela atividade física” (14-18UTDespEscolaQ1).

Figura 6 – Principais expressões utilizadas sobre o Desporto na Escola.

Destacaram ainda que a “…a CM devia intervir no que é obrigatório para

todos, na generalização (…) da expressão físico-motora para todos os alunos.”

(19UTDespEscolaQ1), que “…existem polos educativos com muitas lacunas de

espaços desportivos interiores e exteriores (…), reduzida articulação entre essas

intervenções e os professores.” (20UTDespEscolaQ1) e que os Campeonatos

Municipais organizados pela CMTV são importantes para o complemento da prática

desportiva feita nas escolas (21UTDespEscolaQ1).

Na articulação entre o desporto na escola, nos clubes e na intervenção da

CMTV, em 15% de UT, expressaram referências a modalidades que deviam ter um

melhor acompanhamento nesta relação, casos do voleibol e ténis de mesa, e na

dificuldade dos clubes contactarem com alunos com talento para o desporto e que

se identificam nas escolas (22-25UTDespEscolaQ1). Ainda uma referência a que

“…as associações e clubes é que deviam animar o desporto sénior e não a CMTV

diretamente, isto revitalizava os clubes.” (26UTDespEscolaQ1).

Acerca de programas, projetos e iniciativas mais relevantes no concelho, em

12 UT, destacaram (Q.2) a organização das Atividades de Enriquecimento Curricular

(AEC), 25% das UT, expressando que “…não há muitas zonas do país em que as AEC

funcionem tão bem como em TV.” (2UTDespEscolaQ2).

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

134

Foi dado como exemplo, a repetir por outras modalidade, o projeto de

desenvolvimento do voleibol na escola e as condições que se constituíram para tal,

apoio da direção da escola, mobilização dos pais, horários dos treinos, mas que

“…é preciso um projeto específico para desenvolver o voleibol em TV.”

(5UTDespEscolaQ2).

Destacaram-se ainda projetos que evidenciam boa relação entre as escolas e

os clubes, como exemplo as atividade de natação possíveis de realizar no Física e a

utilização de instalações da escola, Esc. Sec. Madeira Torres, por este clube e o

projeto do Externato de Penafirme na Serra da Estrela (8-19UTDespEscolaQ2).

A intervenção da CMTV e as relações de cooperação que são estabelecidas no

concelho (Q.3), em 9 UT, são merecedoras de uma apreciação positiva pelos

membros do grupo inquirido, destacando que podia ser criado um gabinete de

comunicação para “… os cidadãos saberem o que a CMTV faz ao nível do seu

projeto de desenvolvimento desportivo do concelho.” (1UTDespEscolaQ3) e

destacaram o apoio ao associativismo e o subsídio dado por atleta na formação

(2UTDespEscolaQ3). Referem, noutra perspetiva, que são necessárias mais

modalidades nos campeonatos municipais “…que assegurem continuidade ao

trabalho que é realizado na escola” e que existem protocolos da CMTV que

possibilitam tal situação, dando exemplos “…com associações de diferentes

desportos tais como, voleibol, andebol, golfe e râguebi.”, e sublinharam que é

necessário um plano para o desenvolvimento de cada modalidade (3-

4UTDespEscolaQ3).

A maior parte das observações, 56% das UT, foram dirigidas para a

necessidade de maior articulação e coordenação entre as atividades desportivas

realizadas no concelho, fora da escola e na escola, e o aproveitamento das

instalações desportivas disponíveis. Justificaram com uma orientação para um

maior aproveitamento, pelos clubes, do que se faz na escola e ser necessário

fortalecer o associativismo a partir da escola, para tornar os projetos escolares

mais perduráveis no tempo (5-9UTDespEscolaQ3).

As principais limitações identificadas (Q. 4), em 17 UT, foram para as

instalações desportivas, 23,5% das UT, em meio escolar (1-4UTDespEscolaQ4).

Nalguns casos ainda faltam instalações, em número e diversidade, noutros casos

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

135

indicaram desajustamentos, entre o existente e o que é necessário, e falta de

avaliação do estado de conservação e manutenção, “falta de inspeção de

equipamentos desportivos nas escolas”. Sobre o Desporto Escolar, registaram a

falta de identificação das escolas com os projetos, recaem principalmente sobre a

responsabilidade dos professores responsáveis, e a necessidade de maior interação

entre escolas (5-7UTDespEscolaQ4).

Expressaram ainda que “…a atividade externa do desporto escolar está a

perder força, muito devido aos clubes que impedem os jovens de praticar essas

atividades.” (8UTDespEscolaQ4), e que é difícil colaborar com o associativismo

(9UTDespEscolaQ4). “Os clubes não usam o desporto escolar como fonte de

recrutamento de novos talentos” (10UTDespEscolaQ4).

Mencionaram que há “… falta de oferta desportiva para a faixa etária a

partir dos 35 anos para cima” (11UTDespEscolaQ4), tal como para pessoas

portadoras de deficiência, idosos (12-13UTDespEscolaQ4), e desporto feminino (14-

15UTDespEscolaQ4).

Por último, nesta questão, aludiram que a divulgação das atividades que a

CMTV promove precisa de ser melhorada (15-16UTDespEscolaQ4) e que “… falta um

projeto específico para o desenvolvimento do voleibol de TV, da mesma forma que

faltam projetos de desenvolvimento desportivos para outras atividades.”

(17UTDespEscolaQ4).

Nas principais oportunidades a serem exploradas (Q5), em 18 UT, os

inquiridos sugeriram, em 22% das sugestões, a generalização da expressão físico-

motora a toda a população escolar, a partir do jardim-de-infância, a possibilidade

de se debater o tema no concelho e também de clarificar os objetivos das AEC no

que a atividade física diz respeito (1-4UTDespEscolaQ5).

Foi sugerido o reforço das atividades internas de DE, em 17% das UT, para “…

tentar que os alunos pratiquem atividades desportivas - foco na prática para todos

e não na obtenção de resultados.”, para envolver mais alunos e com maior oferta

de atividades, por exemplo torneios (5-7UTDespEscolaQ5).

Outro grupo de sugestões, em 17% das UT, foi orientado para as instalações

desportivas e para a necessidade de melhorar o “… enriquecimento dos espaços

exteriores das escolas do primeiro ciclo, ao nível de recursos e até da própria

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

136

dimensão dos espaços exteriores”, considerando também a “… inspeção e

apetrechamento de material desportivo nas escolas.” (8-11UTDespEscolaQ5). Sobre

espaços para a prática de atividade física, o “… arranjo e melhoramento do circuito

de orientação da Várzea, que servia como espaço para algumas aulas e também

para atividades de tempo não letivo.”, a elaboração de um mapa das instalações

desportivas do concelho e a identificação de percursos pedestres entre municípios

vizinhos foram sugestões dadas (12-14UTDespEscolaQ5).

Relativamente à oferta de atividades desportivas, a “…criação de um

programa de apoio a crianças com dificuldades motoras.”, a criação do "cheque

praticante", de forma a apoiar os gastos dos jovens que praticam desporto, e a

criação de atividades para a população acima dos 35 anos e nas populações mais

velhas, que possam ser promovidos pelo associativismo, foram as últimas sugestões

proporcionadas (15-18UTDespEscolaQ5).

Desportos de mar

Relativamente às atividades desportivas de mar (Q.1), os constituintes do

grupo de discussão, em 20 UT, sobre o desporto no concelho de Torres Vedras

destacaram, em 30% das UT, que o “… concelho de Torres Vedras promove um

conjunto de facilidades do ponto de vista desportivo...”; que é “muito rico em

oferta desportiva”; tem campos de futebol “praticamente em todas as freguesias”,

a principal oferta de atividade desportivas é proporcionada pelo tecido associativo

e que “as instalações desportivas do concelho não são da autarquia mas sim dos

clubes e associações” (1-6UTDespMarQ1).

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

137

Figura 7 - Principais expressões utilizadas sobre Desportos de Mar.

Acerca das atividades desportivas de mar, em 25% das UT, “…o surf assume-

se com maior parte da oferta de desportos de mar a nível local, apesar de haver

tradição na zona em desportos como o bodyboard e o skimboard” e a oferta de

kitesurf (1-6UTDespMarQ1). Referiram ainda um crescimento da prática de skate,

longboard dancing skate (7-11UTDespMarQ1).

Consideraram haver “…condições para o crescimento dos desportos de mar

na região em paralelo com o que se vê em Peniche e Ericeira” (12UTDespMarQ1).

No entanto identificaram ainda algumas perceções sobre a realidade em que “…o

surf na região é visto como um desporto sazonal o que dificulta o crescimento dos

desportos de onda, pois só no verão é que se interessam pela modalidade.”

(13UTDespMarQ1). Observaram ainda que “na zona de Santa Cruz não se verifica

um crescendo de praticantes de atividades de desportos de mar”; o “…crescimento

é da parte de praticantes turistas mas não de praticantes regionais.”, o “…turismo

de desportos de mar tem vindo a aumentar ao longo dos anos.”. Identificaram

ainda “…reduções do número de praticantes de desportos de mar, as camadas mais

jovens não se têm interessado por estes desportos a nível local”; “…que existem

mais praticantes do sexo feminino a praticar surf, mas esse aumento não se traduz

no número de atletas federadas…”, que “não existe uma continuidade de

praticantes de desportos de mar em Torres” e que “os outros desportos de mar que

não sejam o surf têm perdido protagonismo na região” (14-20UTDespMarQ1).

Nos programas, projetos e iniciativas realizadas (Q.2) destacaram como

aspetos mais relevantes, em 12 UT, dois eventos: o Santa Cruz Ocean Spirit e uma

prova anual internacional de skimboard, em Santa Cruz. Indicaram a criação da

Sealand, e a “…possibilidade de desenvolver a formação de praticantes, que antes

estava centralizada nas escolas de surf unicamente.”, a existência de um “projeto

pioneiro em Portugal que possibilita a prática do surf a alunos do primeiro ciclo”

(1-6UTDespMarQ2).

Sobre o potencial de desenvolvimento do surf e da Praia de Santa Cruz,

destacaram que “…cada vez mais o crescimento de uma modalidade é agregado à

competição o que nem sempre é o mais correto pois as pessoas podem praticar o

desporto só pelo prazer de praticar” (1-6UTDespMarQ2). Reforçando que “…os

concelhos vizinhos cresceram e evoluíram nos desportos de mar principalmente

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

138

numa vertente turística e não a formar atletas locais.”, “Peniche e Ericeira têm

marcas de surf residentes o que pode ajudar a explicar a maior adesão dos mais

jovens à prática do surf.” (7-8UTDespMarQ2) e que “o concelho tem as praias mais

limpas do país e isso deve-se ao município…” (9UTDespMarQ2) e deve ser

aproveitado como fator de diferenciação.

Indicaram ainda a possibilidade de “…criação de grupo de agentes locais

para que se ajudem e suportem mutuamente no sentido de garantir que quem atua

na costa fá-lo de forma legal.” e que se deve acompanhar a promoção do

longboard dancing skate, modalidade em crescimento (10-11UTDespMarQ2).

Questionados sobre como interpretam o papel da CM e as relações de

cooperação que são estabelecidas (Q.3), em 22 UT, os inquiridos no grupo

identificaram, em 32% das UT, a necessidade de promover nas escolas as atividades

de mar (1-7 UTDespMarQ3), e de forma específica o surf: “…os desportos de mar

têm de ir às escolas tentar cativar os jovens.” (1UTDespMarQ3), reforçam o

exemplo do projeto em desenvolvimento, a “…colaboração com as escolas que têm

aulas de surf têm funcionado bem, conseguiram encontrar horários e formas de

tornar estas aulas possíveis.” (4UTDespMarQ3), destacando que “… a maneira mais

fácil do município se aproximar e ajudar no desenvolvimento das modalidades de

mar é através das escolas.” (1UTDespMarQ3).

Noutra perspetiva, em 32% das UT (9-15UTDespMarQ3), sublinharam a

necessidade da CM intervir no turismo: “A Câmara tem de promover a ida a Santa

Cruz durante todo o ano e não só durante os meses de verão.” (9UTDespMarQ3), “o

turismo tem de promover Santa Cruz pela sua qualidade de ondas e clima durante

todo o ano, pois tem mais potencialidade que outros sítios.” (10UTDespMarQ3).

Reconheceram uma mudança de paradigma no município em relação a Santa

Cruz, interpretaram mais interesse. Reforçaram que a vertente turística é a parte

que vai trazer o “…oxigénio financeiro às empresas do setor.” (14UTDespMarQ3) e

que esta deve se acompanhada da formação de base, a ser “…trabalhada de forma

diferente” e alertaram, se houver um desenvolvimento significativo de Santa Cruz

e da prática de modalidades de onda, para a necessidade de se criar alojamentos

para suportar esse desenvolvimento. No âmbito das parcerias, reforçaram que “…a

iniciativa de empresas privadas tem de aparecer de forma a promover e a valorizar

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

139

Santa Cruz.” e que “…as marcas ligadas ao surf são fonte de crescimento de

praticantes nos desportos de mar (16-17UTDespMarQ3).

Apontando para um papel regulador da CM, expressaram que “…existe muita

falta de legislação que regule a forma que os operadores trabalhem de forma justa

estabelecendo regras.” (18UTDespMarQ3) e que as empresas orientadas para o

turismo têm principalmente uma perspetiva de entretenimento, para turistas, que

leva “…a uma anarquia nas praias e na prática.” (19UTDespMarQ3). Identificam a

CM e a capitania de Peniche com responsabilidades nesta regulação (21-

22UTDespMarQ3).

As principais limitações identificadas (Q. 4), 32 UT, estão relacionadas com

as condições do mar em Santa Cruz, “…nem sempre são as melhores para quem

está a começar a praticar as modalidades.” (1-5UTDespMarQ4), com a perceção

que “… as modalidades de mar são vistas como modalidades difíceis de praticar o

que pode impedir o aparecimento de novos praticantes.” (3UTDespMarQ4),

adicionalmente e “… culturalmente os portugueses olham para o mar com

desconfiança e como um perigo.” (6UTDespMarQ4), os “…próprios pais ainda vêm o

surf e os desportos radicais como algo perigoso o que é uma barreira para o

interesse nestas modalidades por parte dos jovens (7UTDespMarQ4), outra

dificuldade “…é que a carga horária das escolas torna muito difícil a conciliação

dos estudos com as horas do treino, pois é preciso luz natural para a prática da

modalidade e nem sempre com os horários da escola se consegue conciliar.”

(9UTDespMarQ4).

Os custos relacionados com a prática do surf foram considerados elevados,

podendo ser apontados como uma limitação ao seu crescimento, “… o valor

associado à prática do surf é elevado e nem todas as famílias podem suportar esse

custo a um filho que queira aprender a modalidade.” (9-13. UTDespMarQ4).

Noutra dimensão foram apontadas, em 47% das UT, limitações à promoção

de Santa Cruz como destino de surf. Neste caso, foram expostas apreciações

relativas a dois períodos destintos: o período fora da época balnear e o de época

balnear. No primeiro caso, foram efetuadas referências a fatores de locais,

consideraram que “existem muitas barreiras que evitam a quebra da sazonalidade

da prática destes desportos na região”, são exemplo infraestruturas de apoio à

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

140

praia fora da época balnear, a distância de Santa Cruz a Torres Vedras, o reduzido

número de habitantes, especialmente de crianças, dificuldades na oferta de

habitação, ausência de pontos de diversão noturna para os jovens (15-

27UTDespMarQ4). No segundo caso, no período de época balnear, referiram que,

como praia, Santa Cruz “…tem má reputação porque as pessoas vêm com o objetivo

de fazer praia e Santa Cruz nem sempre fornece as melhores condições para essa

prática o que leva a ficarem com má ideia da zona.” (28UTDespMarQ4) e que

“…não é atrativo investir na praia e na concessão da mesma, não existe uma

discriminação positiva para quem quer arriscar e investir nesta área.”

(27UTDespMarQ4).

Identificaram ainda aspetos relacionados com a necessidade de melhorar a

formação de treinadores e o controlo da atividade profissional, pelas cédulas de

treinador, considerando que as escolas/empresas de surf fazem pouca

autorregulação (28-31UTDespMarQ4). Ao nível das instalações desportivas a não

existência de um skatepark foi apontada como uma lacuna pois existem vários

praticantes de skate em Torres Vedras há vários anos (32UTDespMarQ4).

Questionados sobre quais as principais oportunidades que devem ser

exploradas para o desenvolvimento dos desportos de mar (Q.5), em 25 UT,

globalmente consideraram que “…é necessário pensar nos dois vetores das

modalidades que são a formação de base e a parte turística.” (1UTDespMarQ5),

associando o surf ao estilo de vida saudável e enfatizando todos os benefícios que a

prática do mesmo traz à saúde e bem-estar das pessoas (24UTDespMarQ5).

Sobre a formação, 44% das UT, expressaram principalmente três perspetivas:

a necessidade de atrair mais jovens, convencer as famílias e trabalhar na promoção

da modalidade a partir da escola, que se identificam nas seguintes referências: “

…é necessário atrair os jovens para junto do mar durante todo o ano, tornar a costa

atrativa para eles.” (4UTDespMarQ5); “… cativar os pais para eles se sentirem

confortáveis a levar os filhos a experimentarem a modalidade.” (7UTDespMarQ5); e

é necessária “… a ida às escolas promover a prática aos mais jovens e até sessões

de experimentação com os jovens e os seus pais são uma oportunidade para mudar

a mentalidade dos pais e cativar os jovens para a modalidade.” (9UTDespMarQ5).

Neste caso, reforçando que “…se o ensino for feito de forma apropriada vai

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

141

aproximar as pessoas do mar e das modalidades que nele se praticam aprendo a

conhecer e a interpretar o mar.” (6UTDespMarQ5).

No turismo, 56% das UT, a exploração de oportunidades foi expressa no

potencial das condições naturais, na promoção das praias para o surf, nos serviços

a serem proporcionados e na qualidade da prestação desses serviços, que se

representa nas seguintes ideias:“…Santa Cruz pode optar por explorar do ponto de

vista turístico o surf e as modalidades de ondas com qualidade/ preço, em que o

preço é mais reduzido que noutras zonas e a qualidade da experiência é melhor.”

(13UTDespMarQ5); ”…existência de praias quase virgens sem praticamente

exploração nenhuma; “…quem aprende a fazer surf em Santa Cruz fica apto para

fazer surf em qualquer ponto do mundo.” (20UTDespMarQ5); “…é necessário criar a

marca Santa Cruz e o evento Ocean Spirit pode ser bastante importante para isso

(16UTDespMarQ5); “…tem de haver uma aproximação da cidade à praia, melhorar

os acessos, melhorar as instalações de apoio e dar condições às pessoas para

durante todo a ano se sentirem bem em Torres Vedras.” (22UTDespMarQ5) e que

“…em Torres tem de se apostar na qualidade dos serviços, reduzir o número de

atletas por treinador para garantir o acompanhamento dos atletas e ser assim um

fator distintivo.” (23UTDespMarQ5).

Ginásios e academias de atividade física

Quando questionados (Q.1) sobre como se pode caracterizar o desporto no

concelho de Torres Vedras? Que aspetos mais relevantes destacariam? os elementos

constituintes do painel evidenciaram que, no total de 19 UT, o papel da CMTV (47%

das UT) é de elevada importância na dinamização da prática desportiva no

concelho, reforçando que é “extremamente proactiva na criação iniciativas

envolvimento de todos stakeholders da mesma forma…” (1UTGinQ1); “…no

desenvolvimento de toda a área desportiva quer em termos de ginásios e desportos

de equipa.” (2UTGinQ1); “…trabalho excecional da CMTV em conjunto com os

ginásios na educação das pessoas que são sedentárias para passarem para o

exercício físico.” (3UTGinQ1); “…agora começa a descentralizar essas mesmas

atividades para outras zonas do concelho.” (4UTGinQ1). Foi ainda expresso a “boa

relação…e o grande apoio dado às atividades desenvolvidas pelos parceiros.”

(5UTGinQ1, 7UTGinQ1).

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

142

Figura 8 - Principais expressões utilizadas pelo grupo de discussão dos Ginásios.

Os membros do painel manifestaram que também existe uma boa oferta em

quantidade de ginásios e diversidade de serviços (8UTGinQ1), com uma “…grande e

saudável concorrência.” (9UTGinQ1) e com uma oferta direcionada principalmente

para as mulheres e com menor oferta para homens (10UTGinQ1).

Relativamente à forma como a oferta desportiva é proporcionada no

concelho, foi expresso que as pessoas que “…vivem na periferia podiam ter acesso

a mais oferta desportiva.” (11UTGinQ1), podia haver maior “descentralização do

serviço para fora da cidade de TV, levando a prática desportiva para a periferia do

concelho.” (12UTGinQ1), maior “…abrangência de todo o concelho com as mais

diversas atividades.” (13UTGinQ1) e que “… até á zona de Santa de Cruz, Torres

Vedras é top em termos de oferta desportiva.” (14UTGinQ1).

Analogamente aos praticantes, foi mencionado que há “…diversidade de

oferta para todas as faixas etárias. (6UTGinQ1); “há iniciativas, para os mais novos,

para os mais velhos, para a população adulta. Boa oferta e bem diversificada,

incluindo de algumas associações com este tipo de atividades.” (16UTGinQ1). No

entanto, há uma “atração para a prática desportiva de uma faixa etária mais

elevada, devido a iniciativa da CMTV que é o desporto sénior. (15UTGinQ1) e

“muita variedade de pequenas associações que promovem aulas de grupo e

desporto para os mais idosos.” (19UTGinQ1).

Por fim, foi referido que “o Desporto Escolar está bem desenvolvido com

várias ofertas para os mais jovens em período escolar. (17UTGinQ1), que não há

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

143

muita informação sobre os desportos outdoor, com exceção das iniciativas da CM, e

que os ginásios têm “…algumas condições para potenciar essas práticas também

(18UTGinQ1).

Sobre (Q.2) que programas, projetos e iniciativas mais relevantes

destacavam? –, os inquiridos, em 14 UT, enfatizaram a realização de eventos como

forma de promover a atividade física e as atividades dos ginásios. Iniciativas como

a “night run”, “aula de cross-fit na Várzea” e os “openday” foram dadas como

exemplos bastante positivos para os objetivos dos munícipes, CMTV e para os

ginásios (1-5UTGinQ2). Nesta dimensão, “realizar mais iniciativas, cortar o trânsito,

trazer ainda mais pessoas para a Várzea…” (6UTGinQ2) foram referências

proporcionadas.

Foi positivamente destacado a realização do Programa Desporto Sénior,

promovido pela CMTV, e demostrada a disponibilidade de colaboração dos ginásios

para poderem também intervir no programa e proporcionar intervenções mais

especializadas e dirigidas à população com patologias específicas que requerem

uma intervenção mais especializada (7- 12UTGinQ2). Um dos exemplos dados foi no

“Programa Diabetes em Movimento, fazer com que os ginásios possam intervir, nas

freguesias com as juntas de freguesia.” (10UTGinQ2). Na lógica desta

disponibilidade, para uma maior cooperação, apresentam exemplos como: “lançar

uma campanha para educar as pessoas para o exercício, mais iniciativa de

educação para o desporto (11UTGinQ2), poder ir às zonas rurais, “… a Freixofeira

zona rural com população ainda por explorar em termos de oferta desportiva,

principalmente a população do sexo masculino (11UTGinQ2). Por último,

destacaram como um dos aspetos mais relevantes a “grande adesão do sexo

feminino nas atividades desenvolvidas.” (14 UTGinQ2).

Quando questionados (Q.3) sobre o papel da CM e as relações de cooperação

que são estabelecidas com outras áreas, verificou-se que, das 13 UT registadas, há

abertura dos representantes dos ginásios para: 1) participarem em programas

promovidos pela CMTV, como o programa "Diabetes em Movimento” (1UTGinQ3), 2)

indicar a CMTV como mediadora na ligação à área da saúde, “…ligação à classe

médica…” (2UTGinQ3), 38,4% das UT estão relacionadas com este tema (3-

6UTGinQ3), 3) a CMTV possa ser influenciadora da prática de desporto laboral nas

empresas e na própria CM, 30,7% das UT (7-10UTGinQ3) e 4) possa constituir

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

144

condições para a realização de programas em meio escolar, “…incentivar as escolas

a realizar análises à obesidade infantil.” (11 e 12UTGinQ3). Foi ainda referido que

“…a CMTV é pouco flexível quando são os ginásios a apresentar as suas próprias iniciativas,

existe burocracia em excesso, havendo demora na aceitação dessas atividades quando são

em cooperação com outros setores (13UTGinQ3).

Sobre quais são as principais limitações que identificam no setor (Q.4), das 8

UT referenciadas, 50% das apreciações realizadas estão relacionadas com a forma

como os munícipes aproveitam a oferta existente e como se relacionam com a

atividade física. Neste caso, surgem referências como a “…perceção de que já se

faz tudo para atrair as pessoas para os ginásios, em termos de oferta e incentivos à

população e que mesmo assim as pessoas não aproveitam e vão desistindo da

prática…” (2UTGinQ4) ou “… que é preciso educar as pessoas para a importância da

atividade física e da prática desportiva, pois ainda não é visto como algo

fundamental (2UTGinQ4, 4UTGinQ4). Foram realizadas apreciações relacionadas

com a concorrência aos ginásios, realizada por algumas associações (2UTGinQ4,

4UTGinQ4), pela ausência de certificação profissional dos técnicos e falta de

qualidade. Foi efetuada uma referência à morosidade de licenciamentos e outros

procedimentos na CM - “…a CMTV coloca alguns entraves e não é tão célere quanto

outras câmaras.” (7UTGinQ4) – e “…a comunidade médica do concelho é pouco

recetiva à prescrição de exercício físico.” (8UTGinQ4).

Relativamente às principais oportunidades (Q.5) que devem ser exploradas

no setor, como se pode melhorar a intervenção e a relação com outros setores

(Q.5), nas 16 UT tratadas, são destacadas as seguintes ideias: “maior colaboração

dos ginásios com a CMTV para a introdução de atividades desportivas em aldeias

sem oferta de prática desportiva…”, possibilidade de desenvolvimento do programa

"Diabetes em Movimento" (1-3UTGinQ5), Integração dos ginásios nas aulas de

desporto sénior (4-5UTGinQ5); criação de eventos e atividades desportivas que

sejam inclusivas (2UTGinQ5); sessões de demonstração das atividades de ginásio

nas aldeias (9UTGinQ5); criar uma Convenção de ginásios, …em que demonstravam

as suas atividades…e de livre acesso à população (7-8UTGinQ5) e levar, no dia da

criança, as crianças do concelho a visitar os ginásios e ter aulas de demonstração

de várias atividades (10UTGinQ5), levar também as pessoas seniores do concelho

aos ginásios (11UTGinQ5).

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

145

Juntas de freguesia – Centro

Os elementos constituintes do painel expressaram, sobre a caracterização da

atividade desportiva no concelho (Q.1), que, no total de 27 UT, a generalização, a

multidisciplinaridade e a diversidade da oferta de modalidades desportivas (30%

das UT) é uma característica do concelho. A prática desportiva está generalizada

no concelho (1UTFregCentroQ1), indicam multidisciplinaridade de desportos

(2UTFregCentroQ1). Há diversidade na oferta e alternativas ao nível de atividades

desportivas, quer no desporto de formação quer no desporto sénior

(8UTFregCentroQ1).

Duas referências colocam o investimento da CM em segmentos de

praticantes e no apoio à construção de instalações desportivas como argumentos

justificativos do referido no ponto anterior. Forte aposta no desporto para jovens e

também nos seniores em que a CM tem investido (9UTFregCentroQ1) e a oferta

desportiva é reflexo da política de construção de instalações desportivas,

instalações essas que são dos clubes e associações (10UTFregCentroQ1).

Figura 9 – Principais expressões utilizadas pelo grupo de discussão das Juntas de Freguesia do Centro.

Noutra perspetiva, a quantidade e diversidade da oferta e os públicos

interessados parecem não ter correspondência. Segundo, duas abordagens, não

existe público para as atividades, a oferta é grande mas a procura deve ser

estimulada (11UTFregCentroQ1) e há redução do n.º de praticantes, devido à

redução do n.º de alunos nas escolas, existe dificuldade em constituir equipas -

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

146

falta de procura. É necessário maior apoio da CM na periferia, existem ID na

periferia com reduzida ocupação, está tudo concentrado na cidade, é preciso

contrariar isto (12UTFregCentroQ1). Por outro lado, identificam um crescimento do

desporto feminino no concelho, referindo que é necessária maior atenção e

estimulo (13UTFregCentroQ1).

É apontada uma excelente relação entre os clubes, da cidade, que se

coordenam e permite que haja diversidade na oferta e não concorrência

(14UTFregCentroQ1). Indicando a inexistência de meios financeiros, referiram que

é complicado que em TV haja desporto de referência a nível nacional, nas

competições seniores (15UTFregCentroQ1). Também foi referido que não há oferta

de atividades desportivas para as pessoas acimas dos 30 anos nos clubes

(16UTFregCentroQ1).

Na oferta de modalidades, a perceção é que o futebol e hóquei em patins

(16,17UTFregCentroQ1) são as mais representativas do concelho. No caso do

futebol, é fruto da intervenção da CMTV que incentivou a criação de vários campos

sintéticos espalhados pelo concelho (17UTFregCentroQ1). Constaram também

existir, atualmente, uma aposta muito grande a nível do atletismo, ao nível das

suas disciplinas mais técnicas (19UTFregCentroQ1). No âmbito do desporto

federado, a formação de treinadores teve uma referência pela dificuldade de

oferta de formação no concelho (20UTFregCentroQ1).

Relativamente ao desporto na escola, em 15% das UT, foi considerado que o

trabalho no 1.º ciclo e pré-escolar deve ser melhorado, é a base para o

desenvolvimento do desporto no concelho (21-24UTFregCentroQ1), e a relação

entre desporto escolar e o tecido associativo, para se fazer a transição da prática

entre ambos os lados, deve ser melhorada (22, 23UTFregCentroQ1). Outro

entendimento dado é que o DE está a promover muito a especialização e a

competição e menos a generalização e uma orientação para o lazer para promover

o gosto pelo desporto (23, 24UTFregCentroQ1).

Por último, nas respostas à primeira questão, foi dada uma referência ao

grande crescimento de espaços naturais e de instalações desportivas, que

permitiram a generalização da prática desportiva (25UTFregCentroQ1), e um

destaque sobre TV não tem expressão no surf, tem potencial que deve ser

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

147

explorado, não está a ser aproveitado (26UTFregCentroQ1), e que o BTT, ciclismo,

cicloturismo, para maiores de 30 anos não tem estímulos, para continuidade da

prática jovem para idades mais velhas (27UTFregCentroQ1).

Sobre que programas, projetos e iniciativas realizadas poderiam destacar

como mais relevantes (Q.2), os constituintes do grupo de discussão, em 12 UT,

consideraram a intervenção da CMTV, globalmente na melhoria de instalações, nos

novos campos de futebol (1,2UTFregCentroQ2), na pista de atletismo

(3UTFregCentroQ2) e na forma como são atribuídos os apoios camarários à

formação e não aos seniores, o que aumentou a igualdade entre todos os clubes

(4UTFregCentroQ2).

Destacaram a intervenção do Torreense - no atletismo com cerca de 70

atletas, na iniciação ao râguebi, (5-7UTFregCentroQ2) - , e da Física, pelo aumento

do número de praticantes, crescimento da modalidade de patinagem artística,

desporto adaptado na modalidade de esgrima e ao nível da dinamização do futebol

feminino (9-12UTFregCentroQ2). Foi ainda referido o crescimento de atividades no

concelho como o BTT, escalada e orientação (8UTFregCentroQ2).

Quando questionados (Q.3) sobre o papel da CM, e as relações de cooperação

que são estabelecidas com outras áreas, os inquiridos responderam, em 19 UT,

sobre a intervenção da CMTV, dos clubes, e ente si, sobre a intervenção da Escola e

alertaram para a necessidade do reforço de intervenção sobre ética desportiva.

Assim, dos 37% das UT sobre a intervenção da CMTV no desporto, devemos

destacar: o relevo dado pelo apoio ao movimento associativo (1UTFregCentroQ3); a

recomendação para que a CM hierarquize os apoios, não apoiando todas as

modalidades da mesma forma, deve ter uma estratégia e dirigir-se mais a certas

modalidades (2UTFregCentroQ3); o estímulo dado para que a CMTV assuma um

papel de mediadora nas relações entre as escolas e associações e até na própria

relação entre os diferentes clubes do concelho (3,4UTFregCentroQ3); as propostas

para que a CM crie um grupo de trabalho, com os clubes/treinadores, para discutir

o desenvolvimento de cada modalidade; (5UTFregCentroQ3); e que tenha uma

orientação para motivar e estimular a prática de atividades desportivas,

nomeadamente em campo de futebol nas freguesias que não têm utilização

(6,7UTFregCentroQ3).

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

148

Intensificaram ainda a perceção que existe boa relação entre os clubes, que

deve haver uma intenção dos aproximar ainda mais e que estes têm de comunicar

melhor para o exterior (6-9UTFregCentroQ3).

Sobre a interação com a Escola, 42% das UT, evidenciaram: há pouca relação

entre os clubes e as escolas e a que existe é difícil (10- 13UTFregCentroQ3); a

relação com o desporto federado e a ligação, do que se faz dentro com o que se faz

fora da escola, não são estabelecidas nem é feito nenhum processo de transição,

entre as partes, para acompanhamento de alunos/atletas (10-13UTFregCentroQ3);

as AEC são atividades muito lúdicas e pouco orientadas para as aprendizagens de

habilidades desportivas das modalidades, sendo necessário potenciar resultados

(14UTFregCentroQ3); e a disponibilidade de colaboração entre as Juntas de

Freguesia, os clubes e as escolas, para a utilização comum de instalações

desportivas e de equipamentos (mormente material de escalada) (15-

17UTFregCentroQ3).

Por último, foi expressa a necessidade de existir um programa, com ações,

para a promoção da ética desportiva (18, 19UTFregCentroQ3).

Sobre as principais limitações que identificam na freguesia (Q.4) os membros

do grupo, em 27 UT, dirigiram as suas apreciações para a falta de técnicos, com

qualificações, e de dirigentes com formação apropriada, em 33% das UT. Deste

modo, a falta de técnicos qualificados no concelho (1-6UTFregCentroQ4) e a falta

de pessoas qualificadas para assumirem a gestão desportiva dentro dos clubes

(7,8UTFregCentroQ4) são as menções mais representativas.

Em 18,5% das UT foram abordadas limitações sobre instalações desportivas.

Nuns casos, relativo ao número de campos de futebol disponíveis na cidade -

exemplo do Torreense (14UTFregCentroQ4) e falta de um campo relvado

(14UTFregCentroQ4) -, noutros casos, surgem questões relacionadas a ausência de

um complexo desportivo (10UTFregCentroQ4), remodelações (11UTFregCentroQ4) e

instalações desportivas mais direcionadas para as práticas desportivas informais

(12UTFregCentroQ4).

Ao nível da utilização de instalações, e da sua ocupação, foram efetuadas

referências sobre: falta de coordenação e de estratégia entre os vários clubes do

concelho (15UTFregCentroQ4); muitos clubes a praticarem a mesma atividade o

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

149

que provoca dispersão de atletas e de espaços (16UTFregCentroQ4); e os horários

dos escalões de formação são um problema por que causam sobrelotação das

instalações, todos querem treinar nos mesmos horários (17UTFregCentroQ4). Foi

ainda mencionado que se verifica grande dificuldade dos clubes em constituírem as

equipas ao nível da formação por haver um decréscimo de praticantes

(18UTFregCentroQ4). Acresce que muitos deixam a prática quando vão para a

universidade (18UTFregCentroQ4).

Relativamente ao número de praticantes e à atividade desportiva, para a

população acima dos 30 anos, foram mencionadas as reduzidas ofertas para além

da categoria de sénior, após o término da prática de competição federada

(21UTFregCentroQ4). Esta perspetiva é delimitada na seguinte ideia: “não existe

continuidade da prática por parte do jovem que faz toda a formação numa

modalidade, mas depois chega aos 18 anos e com a universidade ou introdução no

mundo do trabalho deixa de praticar” (20-23UTFregCentroQ4). Mais referiram que

modalidades como btt, ciclismo são praticamente ignoradas apesar de ter muitos

praticantes principalmente a partir dos 30 anos (24UTFregCentroQ4).

Foram ainda apontadas preocupações com: o desporto escolar, pelo tipo de

intervenção, “é a anti generalização da prática desportiva é muito focado para a

competição” (25UTFregCentroQ4); a relação entre os clubes e associações distritais

e federações é bastante complicada, principalmente pelos valores exigidos para a

prática de desporto federado (26UTFregCentroQ4); e, nas atividades realizadas em

meio natural, problemas com proprietários de terrenos, caçadores e outros

intervenientes para a realização de atividades no campo (27UTFregCentroQ4).

Ainda foi abordado que a CMTV apoia da mesma forma clubes que têm raízes

diferentes, por exemplo clube federado e clube desportivo escolar com atividade

federada (27UTFregCentroQ4) indiciando que este tipo de apoio deve ser

diferenciado.

Acerca das principais oportunidades que devem ser exploradas, como se

pode melhorar a intervenção no concelho (Q.5), os inquiridos abordaram o desporto

no 1º ciclo, com principal referência sobre as AEC; a necessidade da CMTV ter um

papel de moderação/ regulação do sistema desportivo local; a necessidade de se

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

150

intervir junto dos pais dos atletas; formas de promoção da prática desportiva e

aproveitamento das condições naturais do concelho, em 21 UT.

O desporto no 1.º ciclo correspondeu a 19% das UT recolhidas, as ideias

expressam que “…deve-se fazer mais ao nível do desporto no pré-escolar e no

primeiro ciclo porque é a base.” (1,2UTFregCentroQ5) e “…as AEC podiam ser

muito mais potencializadas” (3,4UTFregCentroQ5).

As possibilidades de intervenção da CMTV preencheram 33% das UT, os

respondentes consideraram que a CMTV pode ter um papel de regulação, na gestão

das instalações desportivas utilizadas e não utilizadas, na formação de equipas,

entre a procura e a oferta de modalidades, com maior preocupação com o futebol

de formação (5-7UTFregCentroQ5); um papel de promoção da atividade desportiva,

utilizando meios de comunicação como outdoors, difundindo o desporto como

forma de promoção da saúde; projetos de promoção da prática desportiva não

competitiva, mais direcionado para os adultos (8-12UTFregCentroQ5); um papel de

promotor, no apoio aos cuidados médicos aos clubes, na formação de treinadores

(13-15UTFregCentroQ5); e um papel de estimulador, incentivando os clubes a

oferecer atividades que não sejam só a competição federada (16UTFregCentroQ5).

A formação orientada para os pais dos atletas, para a adoção de

comportamentos adequados, mereceu uma apreciação relevante para os inquiridos

(17,18UTFregCentroQ5), considerando que os clubes têm de realizar ações sobre

este assunto.

Para a utilização das condições naturais do concelho, os auscultados

referiram que: o golfe deve ser uma modalidade a desenvolver, pois no concelho de

TV é fácil ter acesso a essa modalidade; devia haver maior aproveitamento da

localização litoral do concelho ao nível dos desportos de mar e que para a prática

de BTT e orientação TV tem dos melhores territórios a nível nacional (19-

21UTFregCentroQ5).

Juntas de freguesia – Interior

Os membros do grupo de discussão das freguesias do interior (Q.1)

destacaram, como aspetos mais relevantes para caracterizar o desporto no

concelho de Torres Vedras, em 20%, das UT, a existência de uma centralidade de

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

151

prática na sede do concelho, na cidade. Afirmaram que existe “centralização da

prática desportiva, os jovens não têm escolha, vêm para TV e o interior tem

dificuldade em oferecer” (1UTFregInterQ1), apontam a diversas causas para este

argumento: “…a capacidade de atração dos grandes clubes” (2UTFregInterQ1); o

desporto é “…pouco diversificado e pouco direcionado para as freguesias do

interior” (6UTFregInterQ1), a “…desertificação das áreas rurais”

(7,8UTFregInterQ1); e não há investimento para que haja oferta desportiva nas

freguesias do interior (9UTFregInterQ1). Consideraram também Santa Cruz como

outra centralidade, para os desportos em mar (5UTFregInterQ1). Acresce que

destacaram “…o grande investimento em infraestruturas no concelho,

principalmente em relvados sintéticos e polidesportivos” (10UTFregInterQ1) e pista

de atletismo de topo (11UTFregInterQ1), e que o futebol beneficiou com a

implementação dos relvados sintéticos apesar de neste momento estar numa curva

descendente (12UTFregInterQ1).

Reconheceram que “a CMTV tem feito o possível para desenvolver o desporto

no concelho, é necessário mais apoio para não deixar morrer os pequenos e débeis

clubes destas freguesias, é preciso dar mais vida às aldeias” (13UTFregInterQ1),

apontaram a perda de vitalidade do associativismo nas zonas mais rurais, enquanto

falta dinâmica a muitos clubes (14UTFregInterQ1) e prognosticaram uma “…morte

lenta do associativismo no concelho de Torres Vedras” (15UTFregInterQ1).

Figura 10 – Principais ideias utilizadas pelo grupo de discussão das Juntas de Freguesia do Interior.

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

152

Referiram que há predisposição da CMTV para que “…exista desporto sénior,

em detrimento do infantil, nestas freguesias. O desporto sénior está a funcionar

com o programa - desporto para a vida, promovido pela CMTV” (16UTFregInterQ1)

e que “houve um aumento do desporto sénior em detrimento do desporto infantil

nas associações das freguesias do interior” (17UTFregInterQ1).

Foram efetuadas outras apreciações positivas ao desporto no concelho, 20%

das UT, e à intervenção da CMTV no aumento da diversidade de modalidades e da

prática desportiva no concelho (18-23UTFregInterQ1). Registaram também o

crescimento da prática do ciclismo (24UTFregInterQ1) e o surgimento de muitos

ginásios no concelho (25UTFregInterQ1).

Sobre programas, projetos e iniciativas (Q.2), em 10 UT, os inquiridos

destacaram: a relação institucional através de parcerias entre CMTV e associações

distritais principalmente ao nível do futebol (1UTFregInterQ2); a prática desportiva

muito circunscrita ao futebol devido à existência de campo relvado sintético

(2UTFregInterQ2); o protocolo entre a CMTV e Agrupamento de Escolas da Madeira

Torres para a prática do golfe (3UTFregInterQ2); o aparecimento das AEC foi

positivo para a prática desportiva dos mais jovens (4UTFregInterQ2); o envio de

flyers promocionais a jovens através da escola que produziu efeitos positivos na

prática desportiva (5UTFregInterQ2); o programa para os seniores, havendo 100

seniores praticando duas vezes por semana atividade física gratuita

(6UTFregInterQ2); a intervenção da Academia do Sporting do Turcifal, que atrai

muitos jovens de fora da freguesia (7UTFregInterQ2); um projeto inovador o Dolce

Furadouro, projeto de atletismo para promover a sua prática gratuita

(8UTFregInterQ2); sendo necessário melhorar balneários de alguns campos

(9UTFregInterQ2) e, por fim, que para as mulheres para além da ginástica e

caminhada há pouca oferta, os equipamentos de fitness na rua revelam também

pouca utilização (10UTFregInterQ2).

Da interpretação do papel da CM e as relações de cooperação que são

estabelecidas com outras áreas (Q.3), os membros do grupo de discussão, em 10

UT, colocaram principal destaque, 100% das respostas, na relação com as escolas.

Neste caso, o aprofundamento das relações de cooperação, o intercâmbio na

utilização das instalações pelos clubes, a intermediação para o uso de transportes

para as instalações, a melhoria da comunicação entre as juntas de freguesia e as

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

153

escolas, e os exemplos da boa interação já existente, são os aspetos mais

abordados pelos inquiridos.

As principais limitações que foram identificadas no grupo de discussão sobre

as freguesias do interior (Q.4), em 18 UT, estão relacionadas com a pequena

dimensão dos clubes; as suas dificuldades financeiras; os impedimentos dos

dirigentes voluntários em disponibilizarem tempo, e o menor número de pessoas,

para se dedicarem aos clubes, em 28% das UT. Acresce que a perda de população

nas freguesias rurais, e a centralização das pessoas nas áreas mais urbanas, levou a

um desinteresse pelas associações das freguesias (6,7UTFregInterQ4). De igual

forma a “…preferência dos jovens em jogar nos grandes clubes do concelho o que

leva a uma centralização da prática desportiva dos jovens na cidade de TV” (8-

10UTFregInterQ4) e permite que ao existir “…tanta oferta na cidade (…) acaba por

"secar" as coletividades envolventes…” (9UTFregInterQ4).

Noutra perspetiva, foram colocadas questões sobre a pouca diversidade de

oferta desportiva nas freguesias, “…pouca prática desportiva para além do futebol”

(14,15,16UTFregInterQ4) e “…pouca sensibilização para a prática desportiva por

parte da população ativa” (17UTFregInterQ4). Neste caso, foi referido que o

segmento etário entre os 18 e os 30 anos deve ter maior estímulo para a atividade

desportiva (11,18 UTFregInterQ4).

Os polidesportivos muito antigos e as condições dos balneários e instalações

de apoio mereceram também apreciações enquanto limitações para a prática da

atividade desportiva (12,13 UTFregInterQ4).

Na projeção das principais oportunidades, a serem exploradas nas freguesias

do interior (Q.5), 32% das UT estão relacionadas com a necessidade de “…haver

uma maior promoção do desporto em geral por parte da CMTV e das Juntas de

Freguesia e criar condições para que toda a gente chegue ao desporto.” Referiram

que mesmo que as atividades se iniciem em TV depois devem chegar à periferia.

Incentivar e criar condições para os jovens se habituem a praticar desporto regular,

para além das aulas de educação física, realizar ações de formação dos pais para

divulgar os benefícios do desporto para a saúde e bem-estar dos seus filhos e

comunicar as iniciativas de promoção, foram exemplos dados (13-

18UTFregInterQ5).

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

154

Foram ainda dadas referências sobre a intervenção das “…próprias freguesias

terem de ser mais dinâmicas (1UTFregInterQ5), “cada sede de freguesia devia

dinamizar atividades para servir de descentralização e assim evitar que a maioria

da prática tenha de ser na cidade de TV (2UTFregInterQ5). Outras referências

foram orientadas para a escola: pelo “…aumento da prática nas escolas primárias e

as AEC a motivarem para o desporto, a CM deve intervir aqui, pois assim os clubes

vão beneficiar (3UTFregInterQ5), as “…escolas poderiam e deveriam utilizar os

campos das freguesias para a prática de educação física, a CM deve assegurar isto.”

(4UTFregInterQ5), sendo que “… a melhoria de condições físicas em algumas

instalações desportivas pode levar a um aumento da prática (5UTFregInterQ5).

Registaram ainda pouca prática de desporto nas mulheres e pouca oferta de

atividades orientadas para si (6-8UTFregInterQ5).

O golfe e o atletismo, na especialidade de trail running, foram modalidades

indicadas com interesse em estabelecer protocolos para estarem presentes em

escolas das diferentes freguesias (9-11UTFregInterQ5), tal como a possibilidade de

criação de um centro de marcha e corrida em cada freguesia (10UTFregInterQ5). A

necessidade de transportes para os clubes foi também referida (19UTFregInterQ5).

Juntas de freguesia – Litoral

Para os membros do grupo de discussão das freguesias do litoral, os aspetos

mais relevantes para caracterizar o desporto concelhio (Q.1) passam, em 17 UT,

pela perceção de maior adesão das pessoas à atividade desportiva, principalmente

na faixa etária entre os 30 e os 40 anos, especificamente adultos seniores, com um

aumento também da oferta das instituições para a promoção das atividades

associadas à saúde e bem-estar, estas apreciações representam 47% das UT. Assim,

há um entendimento que a “…oferta desportiva é cada vez maior no concelho, mas

a procura, sobretudo no desporto jovem, é inferior à oferta” (7,8UTFregLitorQ1).

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

155

Figura 11 – Principais expressões utilizadas pelo grupo de discussão das Juntas de Freguesia do Litoral.

Foi também referido que as crianças estão muito ligadas às ofertas

proporcionadas na cidade, dando exemplo de modalidades como o futebol,

basquetebol ou o hóquei em patins (9,10UTFregLitorQ1). Enfatizando que há

“…falta de diversidade desportiva nas freguesias - ao nível de desporto sénior com

as atividades da CMTV está bom - o problema são as atividades para os jovens que

só têm o futebol para praticar nas freguesias.” (10-12UTFregLitorQ1). Destacaram

ainda que CMTV tem “trabalhado bem” ao levar o futebol para todas as freguesias

e o desporto para as pessoas mais velhas, seniores (13,14UTFregLitorQ1).

O aumento da procura de atividade desportiva foi sentida principalmente nos

jovens, sobretudo futebol, o ciclismo e surf não cresceram (15,16UTFregLitorQ1).

No entanto, a “existência de uma associação que permite a prática do surf em

Santa Cruz (…) tem tido cada vez mais miúdos a praticar (16UTFregLitorQ1).

Sobre as instalações desportivas, mencionaram que há “…muita oferta de

bons espaços desportivos nomeadamente de campos de futebol, temos 16, 17

campos de relva sintética, o que dá muita força ao futebol (17UTFregLitorQ1).

Sobre programas, projetos e iniciativas em desenvolvimento (Q.2), nas 14

UT, os participantes destacaram a dinamização associativa em Ponte de Rol, um

exemplo de “empreendedorismo associativo”, ao nível do futebol, no setor

masculino feminino, do atletismo e no apoio proporcionado aos jovens da freguesia

(1-5UTFregLitorQ1). Tendo, de igual forma, sido destacada a dinamização

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

156

associativa realizada na freguesia da Freiria, na cedência de instalações e na oferta

de atividades para as crianças (6-7UTFregLitorQ1).

Mencionaram que as “…boas instalações desportivas existentes são fator

decisivo para captar praticantes desportivos – os relvados sintéticos…” e que a

“…construção dos novos equipamentos que permitiram o aumento e melhoria da

prática desportiva…” (8-9UTFregLitorQ1) foram elementos fundamentais para o

crescimento da atividade desportiva.

Transmitiram uma perceção sobre o aumento dos praticantes de surf,

“…expansão do surf atraindo cada vez mais praticantes…”, e o “…aproveitamento

da localização junto da costa para fomentar a prática do surf…” (10-

11UTFregLitorQ1).

Foi destacada intervenção da CMTV pelo apoio dado aos clubes, permitindo

que os clubes acolham jovens que não podem pagar a atividade, pela dinamização

do campeonato municipal de futebol e atletismo, e pelas ações realizadas no

âmbito da formação de dirigentes (12-14UTFregLitorQ1).

Os inquiridos interpretam o papel da CM (Q.3) e as relações de cooperação

que são estabelecidas com outras áreas em 22 UT, 63% destas especificamente

sobre a intervenção da CMTV, nos domínios da atribuição de subsídios para a

formação desportiva nos clubes; o apoio por atleta, que ajuda a custear a

manutenção dos equipamentos e pagamento de técnicos, cerca de 80 euros por

jovem por época; estabelecimento de boa cooperação com os clubes; na criação

dos campeonatos municipais; no apoio à formação dos agentes desportivos (1-

14UTFregLitorQ3). Registe-se que simultaneamente foram lançadas referências

para que a CMTV possa ter um papel na mediação das relações entre clubes (“…por

exemplo na cedência de jogadores e constituição de equipas por escalões…”)

(6UTFregLitorQ3) e no incentivo à cooperação entre clubes (4UTFregLitorQ3) e que

“…o apoio por atleta, devia ser diferenciado por escalão etário, maior aposta na

formação, treinadores e massagistas” (14UTFregLitorQ3). Mencionaram ainda que

“…o desporto está muito associado à saúde e ao bem-estar…” (15UTFregLitorQ3).

Foi mencionada a fraca colaboração entre clubes e que o “… fórum das

Associações é uma boa ideia, é preciso escolher uma boa data, mas deve ser

melhorado…” (16,17UTFregLitorQ3). Transmitiram a ideia que é também necessário

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

157

reforçar a relação entre os clubes e as escolas (18,19UTFregLitorQ3) e entre as

próprias freguesias (20UTFregLitorQ3).

No domínio da atividade física na natureza, destacaram que a zona das

Linhas de Torres é uma área protegida, “… deve ser criado num regulamento de

boas práticas desportivas nesses caminhos / espaços…” e que a Rota das Adegas foi

uma boa iniciativa, “…deve existir maior cooperação com os produtores, com maior

estímulo das juntas de freguesia, com a Comissão Vitivinícola Regional”

(21,22UTFregLitorQ3).

Sobe as principais limitações que identificam na freguesia (Q.4) os

inquiridos, em 24 UT, indicam, com principais referências, as instalações

desportivas cobertas, a não existência de pavilhões desportivos ou outro tipo de

recintos cobertos, em 16% das UT, referiram ainda dificuldades de manutenção das

instalações e disponibilidade de espaços verdes para a prática de atividades

desportivas, nomeadamente o ciclismo; e a “…falta de pessoas disponíveis para dar

apoio às equipas e associações…” (8UTFregLitorQ4), 21% das UT. As dificuldades

relacionadas com a falta de voluntários têm consequências no funcionamento das

sedes, no apoio às equipas e na própria subsistência dos clubes (9-

12UTFregLitorQ4).

Noutra dimensão, os aspetos administrativos/ burocráticos na inscrição dos

diferentes recursos humanos das modalidades e nas relações institucionais, que

fazem parte da atividade dos clubes, merece apreciação negativa (13-

16UTFregLitorQ4). A carência de técnicos formados e aumento dos custos com a

formação (17,18UTFregLitorQ4) são outras limitações apontadas.

Os custos com as equipas de futebol sénior e a dificuldade em obter apoios

financeiros, por parte de empresas, levam a que os “…clubes abdiquem das equipas

seniores…” (19,20UTFregLitorQ4).

No domínio das parcerias e cooperação, a dificuldade em realizar parcerias

entre entidades do concelho pertencentes a diferentes freguesias

(21UTFregLitorQ4) e o “… bairrismo dos clubes e dirigentes não ajuda na

cooperação…” (22UTFregLitorQ4) entre clubes.

Nas atividades de desporto de natureza, foram efetuadas referências

relativamente a “… muitos dos percursos pedestres marcados, têm sinalização

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

158

deficiente, o que pode levar a que os praticantes se percam…” e à legislação, que

parece ambígua na exigência de licenças para pequenos passeios de 20 a 30 pessoas

em percursos no campo que não passem por estradas públicas (23-

24UTFregLitorQ4) entre clubes.

Na identificação das principais oportunidades a serem exploradas nas

freguesias (Q.5), os inquiridos no grupo destacaram, em 18 UT, as atividade

relacionadas com o desporto de natureza e o turismo ativo, que preencheram 44%

das referências. A sensibilização para a importância das práticas desportivas na

natureza e o turismo ativo, para a promoção da região e dos produtos regionais, foi

apontada. De igual forma, a necessidade de se qualificar e divulgar mais as zonas

naturais, para percursos pedestres e de BTT, a intenção de se implementar uma

rota organizada e conceber um regulamento para as práticas desportivas de

turismo e natureza, para evitar a degradação da área protegida das Linhas de

Torres, foram as principais sugestões apontadas (1-7UTFregLitorQ5). Destaca-se

ainda a sugestão de utilização de candidatura a financiamento de projetos da UE

para este fim (8UTFregLitorQ5).

A formação de técnicos, nomeadamente para o atletismo, e massagistas (9-

11UTFregLitorQ5) foi indicada como oportunidade. Já a melhoria da formação dos

praticantes de futebol para poderem ingressar, no futuro, no Torreense, enquanto

clube mais representativo do concelho, foi sugerida (16UTFregLitorQ5).

As parcerias entre clubes de diferentes freguesias e escolas foram referidas

como necessárias (12-13UTFregLitorQ5). Para os clubes também foram efetuadas

sugestões para o apoio financeiro proveniente da CMTV, designadamente que

“…devia existir uma comparticipação diferenciada para clubes que integram atletas

carenciados…” (14UTFregLitorQ5) e que “…devia haver diferenciação no valor

atribuído aos clubes consoante a idade dos atletas …” (15UTFregLitorQ5).

A “…melhoria da comunicação pela criação de uma plataforma através da

CMTV em que se reunissem todas as atividades de todas associações e clubes do

concelho…” (17UTFregLitorQ5) e que “…os pais procuram colocar os filhos em

atividades desportivas cada vez mais cedo…” (18UTFregLitorQ5), foram também

mencionadas como oportunidades.

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

159

3.1 Síntese da perspetiva das diferentes partes interessadas

Identificou-se uma opinião globalmente positiva sobre o desporto no

concelho a generalização, a multidisciplinaridade e a diversidade da oferta de

modalidades desportivas (30% das UT) são características marcantes.

Foi referida a necessidade de se realizar formação para os agentes

desportivas locais (6,7 UTDespFederQ3), a necessidade de melhorar a informação

sobre desporto para a população, no sítio na internet da CMTV (18UTDespFederQ3).

Relativamente às principais limitações identificadas, a intensidade das

repostas coloca maior importância nos seguintes aspetos: instalações desportivas;

dinâmica social e desportiva dos clubes nas suas sedes; melhorar a oferta de

formação, qualificação dos técnicos; necessidade de técnicos e dificuldades em

atrair mais praticantes.

Sobre o desporto na escola, elogiaram a existência de “desporto escolar” em

todas as escolas (06UTDespFederQ2) “Existem 4 equipas de desporto escolar

federadas de voleibol feminino no concelho.” (07UTDespFederQ2), e “…vários

grupos de desporto adaptado através do desporto escolar” (09UTDespFederQ2).

Expressaram referências a modalidades que deviam ter um melhor

acompanhamento na relação com os clubes, casos do voleibol e ténis de mesa, e na

dificuldade dos clubes contactarem com alunos com talento para o desporto e que

se identificam nas escolas (22-25UTDespEscolaQ1). Dado como uma boa referência,

o projeto de desenvolvimento do voleibol, na escola, e as condições que se

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

160

constituíram para tal (apoio da direção da escola, mobilização dos pais, horários

dos treinos, etc.) deve ser continuado, mas “…é preciso um projeto específico para

desenvolver o voleibol em TV.” (5UTDespEscolaQ2). Referiram também que são

necessárias mais modalidades nos campeonatos municipais.

Das apreciações realizadas pelo grupo de discussão sobre os desportos de

mar, registou-se que “…o surf assume-se com a maior parte da oferta de desportos

de mar a nível local, apesar de haver tradição na zona em desportos como o

bodyboard e o skimboard” e a oferta de kitesurf (1-6UTDespMarQ1). Relataram

ainda um crescimento da prática de skate, longboard dancing skate (7-

11UTDespMarQ1). Por outro lado, “na zona de Santa Cruz não se verifica um

crescendo de praticantes de atividades de desportos de mar”; o “…crescimento é

da parte de praticantes turistas mas não de praticantes regionais.”, o “…turismo de

desportos de mar tem vindo a aumentar ao longo dos anos.”

Nos eventos: o Santa Cruz Ocean Spirit e uma prova anual internacional de

skimboard, em Santa Cruz. Indicaram a criação da Sealand, e a “…possibilidade de

desenvolver a formação de praticantes, que antes estava centralizada nas escolas

de surf unicamente.”, a existência de um “projeto pioneiro em Portugal que

possibilita a prática do surf a alunos do primeiro ciclo” (1-6UTDespMarQ2).

Encontraram limitações à promoção de Santa Cruz como destino de surf.

Neste caso, foram expostas apreciações relativas a dois períodos destintos: o

período fora da época balnear e o de época balnear. Sugeriram que é necessário

pensar nos dois vetores das modalidades que são a formação de base e a parte

turística ” (1UTDespMarQ5), associando o surf ao estilo de vida saudável e

enfatizando todos os benefícios que a prática do mesmo traz à saúde e bem-estar

das pessoas (24UTDespMarQ5).

O grupo de discussão centrado nos serviços proporcionados pelos ginásios,

enfatizou a realização de eventos como forma de promover a atividade física e as

atividades dos próprios ginásios. Iniciativas como a “night run”, “aula de cross-fit

na Várzea” e os “openday” foram dadas como exemplos bastante positivos para os

objetivos dos munícipes, CMTV e para os ginásios (1-5UTGinQ2).

Foi positivamente destacada a realização do Programa Desporto Sénior,

promovido pela CMTV, e demonstrada a disponibilidade de colaboração dos ginásios

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

161

para poderem também intervir no programa e proporcionar intervenções mais

especializadas e dirigidas à população com patologias específicas que requerem

uma intervenção mais especializada (7- 12UTGinQ2). Os representantes dos ginásios

expressaram abertura para: 1) participarem em programas promovidos pela CMTV,

2), estimular a CMTV como mediadora na ligação à área da saúde, “…ligação à

classe médica…” (2UTGinQ3), 38,4% das UT estão relacionadas com este tema (3-

6UTGinQ3), 3) a CMTV possa ser influenciadora da prática de desporto laboral nas

empresas e na própria CM, 30,7% das UT (7-10UTGinQ3) e 4) possa constituir

condições para a realização de programas em meio escolar, “…incentivar as escolas

a realizar análises à obesidade infantil.” (11 e 12UTGinQ3).

Centrados na atividade desportiva realizada ao nível das freguesias, os

constituintes dos três grupos destacaram que não existe público para as atividades,

a oferta é grande, mas a procura deve ser estimulada (11UTFregCentroQ1), e há

redução do n.º de praticantes, devido à redução do n.º de alunos nas escolas, pelo

que existe dificuldade em constituir equipas - falta de procura. É necessário maior

apoio da CM na periferia, existem instalações desportivas (ID) na periferia com

reduzida ocupação, está tudo concentrado na cidade, é preciso contrariar isto

(12UTFregCentroQ1).

Foi dado relevo ao apoio que é proporcionado ao movimento associativo

(1UTFregCentroQ3); a recomendação para que a CM hierarquize os apoios, não

apoiando todas as modalidades da mesma forma, deve ter uma estratégia e dirigir-

se mais a certas modalidades (2UTFregCentroQ3); que a CMTV assuma um papel de

mediadora nas relações entre as escolas e associações e até na própria relação

entre os diferentes clubes do concelho (3,4UTFregCentroQ3).

Relativamente ao número de praticantes e à atividade desportiva, para a

população acima dos 30 anos, foram mencionadas as reduzidas ofertas para além

da categoria de sénior, após o término da prática de competição federada

(21UTFregCentroQ4).

Expressaram perspetivas em que “…deve-se fazer mais ao nível do desporto

no pré-escolar e no primeiro ciclo porque é a base.” (1,2UTFregCentroQ5) e “…as

AEC podiam ser muito mais potencializadas” (3,4UTFregCentroQ5).

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

162

As possibilidades de intervenção da CMTV preencheram 33% das UT, os

respondentes consideraram que a CMTV pode ter um papel de regulação, na gestão

das instalações desportivas utilizadas e não utilizadas, na formação de equipas, na

interpretação da relação entre a procura e a oferta de modalidades, com maior

preocupação com o futebol de formação (5-7UTFregCentroQ5).

Mencionaram a fraca colaboração entre clubes e que o “… fórum das

Associações é uma boa ideia, é preciso escolher uma boa data, mas deve ser

melhorado…” (16,17UTFregLitorQ3). Transmitiram a ideia que é também necessário

reforçar a relação entre os clubes e as escolas (18,19UTFregLitorQ3) e entre as

próprias freguesias (20UTFregLitorQ3).

Nas instalações desportivas, a não existência de pavilhões desportivos ou

outro tipo de recintos cobertos, em 16% das UT, foi apontada como uma limitação,

tal como dificuldades de manutenção das instalações e disponibilidade de espaços

verdes para a prática de atividades desportivas.

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

163

V – A intervenção do município no desporto do concelho

1 Nota introdutória

O diagnóstico relativo a esta dimensão decorre da apreciação da visão e

conceção da política desportiva do município e da sua operacionalização. Desta

forma, recorreu-se à utilização de entrevistas dos responsáveis pela área da

atividade física e desporto e à utilização de análise documental que permitisse

verificar a consistência entre o que é planeado e realizado.

Assim, no presente capítulo, são refletidos os seguintes aspetos: 1) linhas de

orientação que têm sido seguidas nos últimos anos por parte da CMTV; 2) principais

objetivos de política desportiva; 3) ideias de desenvolvimento desportivo com

maior dificuldade de concretização; 4) programas, apoios, atividades, competições

e outros eventos proporcionados pela CMTV 5) interpretação do quadro de pessoal

técnico que intervém na área, e 6) dimensão de investimentos financeiros

realizados no desporto.

2 Metodologia

Para a recolha da informação por entrevista constituiu-se um guião, a partir

dos principais resultados do capítulo anterior, - da perspetiva das diferentes partes

interessadas na atividade desportiva do concelho -, de acordo com o modelo de

análise proposto, para a identificação das orientações de política desportiva,

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

164

objetivos, programas, condições de operacionalização e principais recursos

existentes, humanos e financeiros. Simultaneamente efetuou-se uma análise

documental às principais evidências orientadoras das políticas e dos apoios

proporcionados pela CMTV, recorrendo-se à documentação disponibilizada e de

domínio público.

As respostas foram tratadas por análise de conteúdo, por método qualitativo,

em que a inferência é realizada na presença do tema e não na sua frequência

(Bardin,1977). Esta opção é recomendável em situações onde não existe muita

documentação disponível e fiável, quando o tempo disponível para a pesquisa é

reduzido e obriga a uma recolha de informação junto de inquiridos qualificados

como profundos conhecedores do que se pretende conhecer, de acordo com

Grawitz (1993).

3 Resultados

Das entrevistas realizadas, com o objetivo de interpretar a orientação política

da CMTV para a atividade física e desporto, principais linhas de orientação que têm

sido seguidas nos últimos anos (Q.1), registou-se uma clara intencionalidade de

intervenção em três domínios:

1) na atividade física em sentido amplo e não só no desporto especificamente,

“…com uma orientação e objetivos para a saúde e desporto informal”. Neste

caso, houve: i) uma alteração estrutural com a mudança da designação da

unidade com intervenção no âmbito do desporto para Divisão de Educação e

Atividade Física; ii) uma orientação para a saúde e hábitos de vida saudável,

“…a estreita ligação ao setor da saúde. É central associar a atividade física à

saúde…” (InqEntB), embora a “…associação ao sistema de saúde, a ligação ao

serviço nacional de saúde é difícil…” (InqEntA); e alteração do regulamento e

critérios de apoio ao desporto, desde 2011, passaram a designar-se de Normas

de Apoio à Atividade Física (InqEntA). “O reforço da atividade desportiva

informal, não federada, não enquadrada no sistema desportivo tradicional” foi

também considerada nesta perspetiva (InqEntB). A questão estrutural e

preocupante é necessário mobilizar as pessoas para fazer atividade física. No

dia-a-dia interiorizem e necessidade de elas próprias realizarem atividade e

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

165

terem estruturas e espaço público que permita realizar a sua atividade e a sua

saúde. A classe médica é determinante para isto (InqEntB).

2) “diversificar as modalidades desenvolvidas no concelho”; Existe apoio para a

diversificação de outras modalidades. O apoio ao desenvolvimento do Voleibol,

como exemplo, “…há 7 anos não existia equipa nenhuma…”, temos maior

orientação para as raparigas, efetuando-se uma “discriminação positiva do

género”, o apoio ao desporto para as pessoas portadoras de deficiência e

“…majorar os apoios às atividades realizadas nas freguesias não urbanas…”

foram algumas das alterações realizadas (InqEntA)..

3) “…apoio contínuo aos clubes”. Pretendemos “… continuar a descentralizar o

apoio, fazendo com que os parceiros executem atividades com o apoio a vários

níveis da CM, em rede com esses parceiros.”. Mas se referiu, “…podemos apoiar

a vários níveis, incluindo logística, mas o desenvolvimento é dos clubes.”

Justificando, “…criámos as bases para o desenvolvimento local, para que se crie

massa crítica, para que as pessoas se habituem a estar organizadas,

descentralizado.” (InqEntA). Continuar com o “… apoio ao desporto formal,

competitivo, em instalações formais, como a pista de atletismo, que

construímos, e atividades na pista…” (InqEntA).

Relativamente à cooperação e relação entre os clubes, devem ser “…os próprios

clubes que tomem as decisões sobre as atividades, os próprios com o conhecimento

que tem à sua volta, tomem as decisões, os espaços, os recursos e os seus públicos.

Com um investimento na formação dos agentes podem tomar melhores decisões.

Estamos empenhados na via da formação dos agentes desportivos, na qualificação e

não o que devem fazer (InqEntA)”. Ao nível da coordenação não pretendemos

assumir um papel no apoio à definição da oferta dos clubes (InqEntB). Pretendemos

implementar um programa de formação para dirigentes desportivos, está assumido

pela CMTV. A nossa realidade é muito heterogénea, nas freguesias não urbanas

(InqEntB).

Na tabela seguinte resume-se, a análise do conteúdo das entrevistas.

Tabela 95 – Análise do conteúdo das entrevistas sobre a orientação política desportiva municipal.

Ideia-chave 1. Alteração de orientação

Estrutural, mudança na designação da Divisão: Educação e Atividade Física Orientação e objetivos para a saúde e desporto informal Novo Regulamento de Apoios: Normas de apoio à atividade física

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

166

Ideia-chave 2. Apoio aos clubes

A CM tem baseado boa parte da atividade nas associações desportivas do concelho Apoiar a vários níveis, incluindo apoio logístico, mas o desenvolvimento é dos clubes Descentralizar o apoio, os parceiros realizam atividades com o apoio da CMT Continuar o apoio ao desporto formal, competitivo, ex. em instalações formais, como a pista de atletismo Criamos as bases para o desenvolvimento local, para que se crie massa critica, que as pessoas se habituem a estar organizadas, descentralizado Somos parceiros dos clubes, e trabalhamos muito em parceria com os clubes, mesmo em eventos como o trofeu Joaquim Agostinho e o Cross de Torres Vedras Planos de desenvolvimento em 3 modalidades: Atletismo, Voleibol e Ténis de Mesa (suspenso)

O papel de articulação da relação entre os clubes. A CM não deve assumir um papel ativo, determinante na definição e na ordenação do que deve ser feito. Não pretendemos assumir um papel no apoio à definição da oferta dos clubes

Ideia-chave 3. Diversificar as modalidades desenvolvidas

Discriminação positiva do género: ex. voleibol feminino Desenvolvimento do desporto adaptado nos clubes, temos chamado a atenção para que promovam atividades inclusivas Apoiar mais certos grupos desfavorecidos da comunidade

As zonas não urbanas, do interior, nas freguesias que trabalham menos a atividade física têm uma majoração nos apoios, como estímulo

Ideias-chave 3. Das ações realizadas

Desporto de competição federado Programas/ atividades promovidas pela CMTV

Formação dos agentes desportivos

Comunicação das atividades

Estreita ligação ao setor da saúde. É central associar a atividade física à saúde

Reforço da atividade desportiva informal

É difícil dialogar, existem resistências para dialogar com a área da saúde

Programa desporto sénior

Dinamização da pista de atletismo

Estamos empenhados na via da formação dos agentes desportivos, na qualificação

Área com necessidades de melhoria, em desenvolvimento

Questionados (Q.3) se havia ideias de desenvolvimento desportivo que não

têm conseguido fazer passar para os parceiros locais (clubes, ginásios, escolas…),

constatou-se que a inclusão pelo desporto, nomeadamente “… o desenvolvimento

do desporto adaptado nos clubes…” é reduzido. “Temos chamado a atenção para

que promovam atividades inclusivas…”. “A CM tem que dedicar mais atenção a este

aspeto para que haja uma melhoria.”. Também “as zonas não urbanas – do interior

- das freguesias trabalham menos a atividade física e por isso também têm uma

majoração com discriminação positiva, nas atividades que desenvolvam.” para que

possam ser mais dinâmicas (InqEntA). Porém, “… o sistema local é centrado nos

clubes e no papel do associativismo. Somos parceiros dos clubes, e trabalhamos

muito em parceria com os clubes, mesmo em eventos como o trofeu Joaquim

Agostinho e o Cross de Torres Vedras. Os clubes cooperam bem com a CM.”

(InqEntB).

A Divisão de Educação e Atividade Física é constituída pelo chefe de divisão,

2 técnicos superiores, um assistente técnico e uma assistente operacional e um

técnico na pista de atletismo. Acresce a colaboração dos técnicos contratados

anualmente para o desporto sénior (InqEntB). Sobre um hipotético crescimento dos

recursos para o desporto, a nível do número de técnicos e aumento de orçamento

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

167

para o setor (Q.4), as respostas expressas indicaram que “…não é previsível que o

quadro aumente...”, mas “…o orçamento tem tido um crescimento anual.”, “… os

núcleos de desporto sénior têm aumentado.”, “…os eventos têm aumentado, são

de maior dimensão e têm um orçamento maior.” (InqEntA).

A necessidade de melhorar a divulgação das atividades (Q.6), entre os

diferentes parceiros, foi identificada como uma área em que serão realizados

esforços de melhoria no futuro, “…porque todas as áreas da CM cresceram muito e

a comunicação não cresceu...” (InqEntA).

Os equipamentos desportivos, os espaços utilizados pelas escolas,

nomeadamente do 1.º ciclo (Q.7) a requalificar, estão identificados e vamos

resolvendo de acordo com as disponibilidades financeiras anuais e pelas maiores

urgências num programa plurianual de intervenções prioritárias. Efetivamente

alguns espaços necessitam de requalificação. Mas em alguns casos existem

alternativas, e a nossa orientação deve ser de partilha com alternativas de

instalações próximas, por exemplo de um clube que dispõe de um determinado

espaço (InqEntA).

Sobre a construção de mais piscinas, “não temos esse objetivo não vamos

intervir e investir na construção piscinas municipais.”. As piscinas existem – por

exemplo na Física, A-dos-Cunhados, APECI, na Misericórdia. Até existem vagas

disponíveis nas piscinas, não estão lotadas.” (InqEntB).

Relativamente à oferta de atividades para a população adulta entre os 30 e

os 50 anos, facilidade de acesso à prática, nas freguesias não urbanas e custos com

a participação (Q.8). Das respostas recolhidas pode-se interpretar que o segmento

dos adultos entre os 30-50 anos não é um alvo principal. Segundo as perspetivas

recolhidas, este segmento está mais apto e autónomo, estão na vida ativa, dispõem

de espaços públicos para atividades informais e privados, como os ginásios, existe

uma grande oferta. O que a CM faz é dar a conhecer essa oferta dos ginásios. Não

realizamos atividades que entrem em concorrência com as organizações que se

dedicam a este segmento, mas parceria. A CM dá apoio e possibilidades para se

darem a conhecer (InqEntA). A CM tem uma atividade destinada a esta população:

Nigth Run – que dá uma resposta a este segmento (InqEntB). Os ginásios trabalham

para este segmento, e os clubes fazem outra oferta, os clubes não veem estes

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

168

segmentos como uma oportunidade de potenciais clientes. Os clubes podem

oferecer uma atividade para pais ao mesmo tempo que o jovem está no treino

(InqEntB). Hoje, no concelho de Torres Vedras, qualquer pessoa que queira fazer

atividade física, consegue fazer sem gastar dinheiro (InqEntB).

No que respeita à descentralização (Q.8), mais atividades nas freguesias,

existem 75 núcleos do desporto sénior nas freguesias. Existem AEC nas escolas das

freguesias. Os apoios aos clubes são concedidos a associações locais (InqEntA). O

apoio aos clubes, todos incluindo os não urbanos, estamos a disseminar a prática.

Atribuímos 300€ / ano a cada clube que pretenda desenvolver atividade física para

um grupo superior a 10 pessoas (InqEntB). Cerca de 50 clubes candidataram-se aos

apoios 2018 e acabámos e assinar os contratos-programa, muitos deles das

freguesias não urbanas (InqEntB).

Os campos de futebol estão na maioria nas zonas não urbanas. Pode haver

algum desconhecimento, as pessoas não sabem. Só conhecem o futebol, o formal.

Muitas pessoas não sabem, não se recordam, que na sua freguesia existe desporto

sénior e ginástica para senhoras (zumba, fitness) e para crianças (InqEntB).

Existem custos elevados das atividades para a população, para os jovens e

população em geral, ginásios e os clubes têm de suportar os custos com as

inscrições, sobretudo futebol. As inscrições são substanciais. A CM já atribui o

apoio por atleta para suprir isso. (InqEntB).

Na orientação para a saúde e hábitos de vida saudável, questionados sobre o

papel do município na ligação com a classe médica para estímulo da atividade

física (Q. 9), registou-se que estão a ser realizados contactos com o “…Ministério da

Saúde e com a DGS e os diretores dos centros de saúde.” e há a pretensão de

“…que seja feita uma prescrição para populações especiais: os diabéticos,

hipertensos.”, em vez de só farmacológica. A CM dedica-se ao segmento

populacional dos mais de 65 anos. Há também intenção de “… apoiar o projeto do

Ministério da Saúde – Academias da Mobilidade – para capacitar as pessoas, em que

o médico, enfermeiro e o TEF (CM) vão assumir a prescrição de atividade física,

mas também a medicação e alimentação.”. O projeto vai arrancar com 3 locais e

intervir nas freguesias rurais. A responsabilidade da CM é com a atividade física.

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

169

Entrará também em funcionamento o projeto diabetes em movimento em Torres

Vedras e na Silveira, em colaboração com o ACES (InqEntA).

A nossa ideia para o Centro Municipal de Marcha e Corrida é “… como se

fosse quase uma farmácia do exercício, em que os médicos no centro de saúde…(…)

dissessem à pessoa que necessita de fazer atividade física e que deve ir ao Centro

Municipal de Marcha e Corrida, em que à terça e sexta feira temos lá um técnico

que prescreve atividade física (tal como: natação, corrida, ginásio). Neste caso,

para além desta oferta, permitiria informar sobre outras possibilidades no

concelho, por exemplo as pessoas eram informadas das ofertas dos ginásios

(InqEntB).

Na análise aos principais instrumentos de orientação à concretização das

políticas desportivas municipais verificámos que os objetivos estabelecidos pela

Câmara Municipal de TV em matéria de política desportiva e de desenvolvimento

do desporto, são:

1. Aumento do índice de prática desportiva do concelho no âmbito dos

diferentes tipos de práticas desportivas;

2. Promoção de Programas e Atividades Desportivas, como fator de

desenvolvimento de novas práticas e de implementação de novas

modalidades;

3. Melhoria dos níveis de formação dos agentes desportivos do concelho;

4. Melhoria das condições físicas para a prática desportiva no concelho,

através da construção e conservação de instalações desportivas e do

apetrechamento desportivo;

5. Apoio ao movimento associativo;

6. Promoção de iniciativas que visem a qualidade das práticas desportivas,

da segurança dos praticantes.

7. Desenvolvimento de redes de colaboração, com a educação, a ação

social, e o ambiente;

8. Promoção da imagem do desporto e da atividade física como fator de

valorização pessoal e de desenvolvimento social.

Recorrendo às Normas de Aplicação dos Programas de Apoio ao Desporto (NAPAD,

2016), a perspetiva de orientação é também vincada em três dimensões:

1) “O Desporto constitui nas sociedades modernas um fator de promoção da

saúde, de integração social, de formação ao longo da vida, que se traduz na

criação de condições de melhoria da qualidade de vida das pessoas e ainda

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

170

como fator de desenvolvimento económico e financeiro das sociedades.

(NAPAD, p.1).”;

2) “…a Câmara Municipal de Torres Vedras, desenvolve uma ação de

promoção e dinamização do desporto, através da construção e melhoria de

equipamentos desportivos, promovendo e organizando projetos e eventos de

âmbito desportivo e apoiando a atividade do movimento associativo.”

(NAPAD, p.1),

3) A Câmara Municipal de Torres Vedras, no âmbito da sua política

desportiva, atribui ao movimento associativo um papel estratégico para o

desenvolvimento do desporto (NAPAD, 2016, p.1).

A concretização dos objetivos acimas apresentados e as orientações

expressas concretizam-se nos seguintes Programas de Apoio ao Desporto (PAD):

1. Programa de Apoio à Atividade Desportiva Federada;

2. Programa de Apoio à Promoção da Atividade Física e Desportiva não

Federada;

3. Programa de Formação de Agentes Desportivos.

Os programas são sistematizados nas três tabelas seguintes. O primeiro

programa é orientado para a prática do desporto federado e tem como principais

destinatários jovens, de ambos os sexos, até aos 18 anos.

Tabela 96 – Programas de apoio ao desporto da CMTV.

Programa Programa de Apoio à Atividade Desportiva Federada (PAADF)

Objetivos

Apoiar financeiramente os atletas e equipas, inscritos em escalões de formação. Promover o enquadramento técnico por monitores/ treinadores que possuam o grau mínimo de formação para o exercício, como habilitação mínima (formação superior na área do desporto e/ ou certificado da respetiva Associação/ Federação)

Condições específicas

Prática desportiva no âmbito das competições organizadas pelas federações e ou associações de modalidade, pela autarquia e outras a eleger Atletas com idade igual ou inferior a 18 anos e ou que estejam inscritos em escalões de formação

Destinatários Entidades que apresentem atletas inscritos em modalidades individuais ou coletivas, em escalões de formação e ou seniores

Áreas de apoio e critérios

Participação (apoio por atleta inscrito) e de classificação Diferenciação positiva para atletas do género feminino Atletas das modalidades de basquetebol, andebol e voleibol Atletas com enquadramento técnico especializado (Lic. em ciências do desporto ou 1º grau de formação de treinadores)

Tipo de apoio

Apoio financeiro Nas modalidades coletivas e individuais/ nos campeonatos municipais, regionais, nacionais/ sem enquadramento técnico – 75€ por federado inscrito; Nas modalidades coletivas e individuais / nos campeonatos municipais, regionais, nacionais / com enquadramento técnico – 80€ por federado inscrito;

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

171

Atletas femininos, sem enquadramento técnico (75€), com enquadramento técnico (100€); Modalidades de voleibol, andebol e basquetebol sem enquadramento técnico (75€), com enquadramento técnico (100€)

Fonte: NAPAD da CMTV, pp. 4 – 7.

O apoio à promoção da atividade física e desportiva tem como principais

destinatários as organizações desportivas do concelho, proporciona apoios para as

atividades regulares e para os eventos de promoção da atividade, tal como se

verifica na tabela seguinte.

Tabela 97 – Programas de apoio ao desporto da CMTV (cont.).

Programa

Programa de Apoio à Promoção da Atividade Física e Desportiva não federada

(PAPAFDNF)

Objetivos

Apoiar financeiramente a generalização do acesso à atividade física e promoção da saúde. Apoiar as iniciativas das associações na organização e promoção de atividades físicas e desportivas dirigidas a atletas não federados Apoiar financeiramente a organização de atividades, de forma regular, com enquadramento de carácter não federado Apoiar financeiramente a organização de eventos de carácter desportivo

Condições específicas

Apoiar todas as atividades e ou modalidades desportivas, cujos praticantes não se encontram federados e ou a participar em competições organizadas pelas ligas profissionais, federações e ou associações de modalidade e pela autarquia Incentivar para que as atividades e ou modalidades desportivas, cuja prática se faça sob orientação técnica e pedagógica de um técnico com formação superior na área do desporto e ou formação técnica reconhecida Estimular a regularidade da prática de todas as atividades e ou modalidades desportivas, cuja prática se faça durante um época desportiva (período igual ou superior a 6 meses). Incentivar a organização de eventos pelas associações, com carácter pontual e de âmbito desportivo (torneios, concentrações, encontros, passeios, provas inseridas em competições de âmbito regional e ou nacional, etc.)

Destinatários

Entidades desportivas, nomeadamente federações e associações de modalidades, associações e clubes desportivos, associações promotoras de desporto e clubes de praticantes

Áreas de apoio e critérios

São divididas em dois domínios:

Programa de Apoio à Promoção da Atividade Física e Desportiva não Federada, considera a atribuição de apoios monetários diferenciados no primeiro e segundo ano e no terceiro e seguintes. As atividades terão de apresentar enquadramento técnico e ter um carácter regular; existir um número mínimo de 10 pessoas a praticar a atividade. Pode considerar como critério para a atribuição do apoio a existência taxas de assiduidade das atividades, superiores a 50%; os praticantes terão de estar abrangidos por um seguro desportivo. Promoção da Atividade Física e da Organização de Eventos Desportivos, apoio à organização de eventos de carácter desportivo, formal e ou informal, de reconhecido interesse para o desenvolvimento do desporto no concelho e ou do

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

172

movimento associativo; Os eventos de carácter internacional ou que pela sua natureza e dimensão assim o justifiquem são apoiados por programa específico Considera um valor máximo e um valor mínimo a atribuir por evento; utiliza critérios de avaliação para efeitos de atribuição de apoios: o nº estimado de participantes; O âmbito territorial da participação (local, regional, nacional); se o eventos são inseridos em calendários desportivos das respetivas associações e ou federações de modalidade. São consideradas elegíveis as despesas relacionadas especificamente com a organização do evento

Tipo de apoio

Apoio financeiro Apoio à oferta organizada de atividade física regular não federada, em equipa ou a atletas individuais, promoção da atividade física numa determinada modalidade. Apoio financeiro no 1º Ano (500€), 2º Ano (400€), e Seguintes (300€); com um mínimo de 10 participantes.

Fonte: NAPAD da CMTV, pp. 5 – 7.

A terceira dimensão de apoio está relacionada com a formação de recursos

humanos das organizações desportivas do concelho, possibilitando a organização de

ações de formação localmente, apoio na frequência de ações, quando se realizam

fora do concelho. Prevê também a eventualidade de apoio logístico na realização

das ações, ver tabela seguinte.

Tabela 98 – Programas de apoio ao desporto da CMTV (cont.).

Programa Programa de Formação de Agentes Desportivos (PFAD)

Objetivos

Apoio à organização de ações de formação (de complemento ou aperfeiçoamento de competências, da formação de base ou no aperfeiçoamento de competências) a promover pelas associações do concelho ou promovida por outras entidades, visando a melhoria do desempenho das organizações e das pessoas envolvidas nos processos de desenvolvimento do desporto no concelho de Torres Vedras

Condições específicas

Formação em formato de congresso, seminário, workshop, ou outro, de curta duração, com carácter pontual e carga horária reduzida. Formação técnica especializada ou de atribuição de nível de formação reconhecido pelo Instituto do Desporto de Portugal e ou Federação Desportiva da respetiva modalidade

Destinatários

Entidades desportivas, nomeadamente federações e associações de modalidades, associações e clubes desportivos, associações promotoras de desporto e clubes de praticantes

Áreas de apoio e critérios

São divididas em dois domínios: Organização de Ações de Formação, é dada preferência à abordagem de temas nas

seguintes áreas: associativismo desportivo; generalização da prática desportiva;

gestão do desporto; saúde e condição física; treino desportivo; desporto juvenil;

desporto sénior; desporto adaptado. A autarquia presta apoio na organização do

evento em três áreas distintas: 1) organização, conceção da ação; e processos de

candidaturas a apoios; 2) apoio financeiro; 3) apoio em meios (espaços para a

realização das ações, meios audiovisuais, informática). Consideram-se como critérios

para avaliação das ações, e determinação dos valores dos apoios, os seguintes

elementos: n.º previsto de formandos; n.º e currículo dos formadores; duração da

ação

Apoios à Participação em Ações de Formação, tem como destinatários as

associações e os agentes desportivos que desenvolvam a sua atividade no concelho

de Torres Vedras, em ações de formação na área do desporto, quer na sua formação

de base quer no aperfeiçoamento de competências. As áreas prioritárias de

formação são os cursos de treinador, reconhecidos oficialmente pela modalidade; e

as seguintes áreas: associativismo desportivo; generalização da prática desportiva;

gestão do desporto; saúde e condição física; treino desportivo; desporto juvenil;

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

173

desporto sénior; desporto adaptado.

Considera como fator de prioridade na atribuição dos apoios, o número de ações

apoiadas por associação. É dada preferência às situações de 1ª candidatura. O

número de participações por associação a apoiar por ano, pode ser limitado

Tipo de apoio

Apoio financeiro e de meios Apoio na organização de formação na área do Desporto, apoio anual à organização

de ações de formação, apoio máximo por ação 1000€, em função a ação proposta

Apoio à participação em formação na área do desporto, 50% do custo das mesmas

até ao valor máximo de 250€ de apoio por participação anual

Fonte: NAPAD da CMTV, pp. 7 – 10.

Constata-se que os programas estão em coerência com os objetivos e as

orientações de desenvolvimento do desporto para o concelho, de acordo com os

objetivos, destinatários, áreas e tipos de apoio.

Nas principais atividades e eventos promovidos, com maior regularidade pelo

município, de acordo com o expresso nas duas tabelas seguintes, a CMTV promove

diretamente nove (9) programas. Dois (2) destes programas, o “Projeto Desporto

Sénior – Mexa-se para a Vida” e o “Diabetes em Movimento”, são realizados

durante o ano, cinco (5) dos restantes têm um período do ano específico em que

são proporcionadas as atividades e dois (2) são de realização, em autonomia, de

percursos tanto a pé como de bicicleta todo-o-terreno (btt).

Tabela 99 – Principais programas operacionalizados pela CMTV.

Programa Mexa-se Night Run

Projeto Desporto

Sénior – Mexa-se para

a Vida

É Hoje! Dia Fitness

Âmbito

Orientado para a

atividade e animação

desportiva através de um

conjunto de aulas de

grupo

Conjunto de caminhadas

e corridas ao longo da

cidade de Torres Vedras

durante a noite.

Caminhadas de 5 e 6 Km;

Iniciação à corrida de 8

km; Corridas de 9 a 11

Km

Projeto desenvolvido em

todas as freguesias do

concelho, constituído por

um conjunto de sessões

regulares de atividade

física dirigidas para

maiores de 55 anos

Programa que permite

que os munícipes, uma

vez por semana,

experimentem diversas

modalidades nos ginásios

orientadas por técnicos

Objetivos

Promover a utilização do Parque Verde da Várzea, como espaço para a prática de atividade física. Proporcionar a prática de atividade física a diferentes públicos ao ar livre. Promover a melhoria da qualidade de vida, através da criação de hábitos de prática de atividade física

Esta atividade tem o

objetivo de inclusão

permitindo a prática

informal e descontraída

de atividade física,

aquisição de hábitos de

vida saudáveis e a

dinamização do centro de

Torres Vedras passando

por locais emblemáticos

da cidade

Promover a melhoria da

qualidade de vida,

através dos benefícios da

prática da atividade física

regular; melhoria da

autonomia funcional

através da estimulação

motora; promover a

autonomia sócio afetiva e

a integração social

Promover a iniciação da

prática de atividade

física;

Promover um estilo de

vida saudável e ativo;

Melhorar a aptidão física,

saúde e capacidade

funcional da população

Destinatários População em geral De participação gratuita não requerendo inscrição

População em geral De participação gratuita não requerendo inscrição

Munícipes do concelho com idade igual ou superior a 55 anos

População do concelho de Torres Vedras

Periodicidade

Dois dias por semana entre 15 de maio e 14 de julho, das 19:15h às 20h

Às quartas-feiras de 8 de março a 13 de dezembro, 21:15h

Dois dias por semana, sessões de 50 min entre outubro e junho. Os horários e dias da semana em que a atividade é marcada depende da

Primeiro sábado de cada mês até dezembro

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

174

freguesia em que se realiza

Locais de realização

Parque Verde da Várzea em Torres Vedras

Praça Machado Santos (Praça da Batata)

Consoante a freguesia em que a atividade vai ser realizada

Nos vários ginásios do concelho

Parceiros

Ginásios do concelho Juntas de Freguesia do

Concelho de Torres

Vedras

Ginásios: Física, Fit One,

Fitness Factory, Hígia,

Kalorias, Mais Fitness Sul,

O’Hara

Fonte: CMTV

Os destinatários destes programas são a “população em geral” e, nalguns

casos, especificamente os maiores de 55 anos. São de frequência gratuita,

envolvem vários parceiros locais e dois têm a colaboração dos ginásios e health

clubs do concelho.

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

175

Tabela 100 – Principais programas operacionalizados pela CMTV.

Fonte: CMTV

Programa Passos no Concelho No domingo a rua é nossa! Diabetes em

movimento®

Percursos

pedestres

Ecovias

Âmbito

Utilização dos percursos

pedestres guiados. Os

percursos têm como base as

“Pequenas Rotas” sinalizadas

Promoção da atividade física

informal junto da população

Caminhada (5 km, 6 km), Corrida

(9 km, 10 km). Experimentação de

diversas modalidades desportivas

(futebol, hóquei, basquetebol,

voleibol, ténis de mesa, golfe,

desportos de combate, orientação,

esgrima, xadrez, entre outros)

Programa comunitário de exercício físico concebido para pessoas com diabetes tipo 2 desenvolvido em Portugal desde 2011

O concelho de Torres Vedras proporciona 12 percursos de pequena rota, sinalizados e com folhetos informativos de apoio, e troços de duas grandes rotas: Rota do Atlântico (GR11) e Rota das Linhas de Torres (GR30)

A oferta de ecovias é proporcionada por duas vertentes: o Eco-Caminho do Sizandro (Torres Vedras – Foz do Sizandro – Santa Cruz – Porto Novo), considerando ainda dois percursos de Torres Vedras à Foz do Sizandro e de Torres Vedras a Santa Cruz; e o Eco-Caminho da Serra do Socorro, remodelado com a construção do Eco-Caminho Turcifal/Serra do Socorro

Objetivos

Pretende-se dar a conhecer

o património paisagístico e

cultural do concelho de

Torres Vedras

Divulgar a oferta de serviços de

atividade física e desportiva;

Promover a atividade física

enquanto veículo de aquisição de

hábitos de vida saudáveis;

Promover a fruição da cidade

como espaço de lazer

Visa proporcionar aos destinatários a dose mínima de exercício físico recomendada para o controlo da diabetes pelas principais organizações científicas internacionais, e sem custos diretos para os participantes

Realização dos percursos tanto a pé como de bicicleta todo-o-terreno (btt)

Possibilidade de combinação dos troços comuns, permitindo uma combinação de dois ou mais percursos

Destinatários População do concelho de Torres Vedras

População do concelho de Torres Vedras

Diabéticos tipo 2 População do concelho de Torres Vedras e visitantes externos

Periodicidade - Aos domingos, num período do ano Três (3) sessões semanais de

exercício físico Possibilidade de utilização durante todo o ano em autonomia

Locais de realização

Percursos marcados Ruas específicas da cidade Pavilhão do Sporting Clube de Torres

Várias zonas do concelho

Parceiros

Académico de Torres Vedras; Associação de Marchas e Passeios do Concelho de Torres Vedras

Associações desportivas e ginásios de Torres Vedras

Câmara Municipal de Torres

Vedras, Universidade de

Trás-os-Montes e Alto Douro

e Centro de Saúde de Torres

Vedras do ACES Oeste Sul

Associação de Marchas e Passeios do Concelho de Torres Vedras, FPCM

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

176

Os eventos, relacionados com o ciclismo, o atletismo, na especialidade de corta-mato, e as atividades de ondas (surf,

bodyboard, waveski, stand up paddle, entre outras), são, pelos objetivos, recursos afetos, destinatários e número de pessoas

envolvidas, as iniciativas com maior impacto no concelho. No caso do Santa Cruz Ocean Spirit o evento ultrapassa a exclusiva

atividade desportiva, sendo um evento de animação e promoção do concelho.

Tabela 101 – Principais eventos desportivos operacionalizados pela CMTV.

Programa Troféu Internacional Joaquim Agostinho Cross Internacional de Torres Vedras – Corta-Mato

dos Matos Velhos Santa Cruz Ocean Spirit

Âmbito

O Grande Prémio Internacional de Torres Vedras teve início em 1978, e, atualmente, é uma das principais provas portuguesas no calendário da União Ciclista Internacional. O concelho tem tradição no ciclismo, com praticantes a competirem ao mais alto nível nacional e internacional, tendo como expoente máximo o patrono do evento Joaquim Agostinho

Prova desportiva do concelho, implementada em 1981, fundada pelo Grupo Desportivo Cultural e Recreativo dos Matos Velhos, atualmente integra competições nacionais de corta-mato fazendo parte do calendário da Federação Portuguesa de Atletismo

Festival internacional de desportos de ondas, realizado desde 2007 na praia de Santa Cruz, concelho de Torres Vedras. Realização de provas nacionais e internacionais dos diversos desportos de ondas: Surf, Bodyboard, KiteSurf, Waveski, Windsurf e Stand Up Paddle.

Experimentação de diversos desportos de ondas, presença de diversos espaços comerciais ligados aos desportos envolvidos, lojas, espaços de restauração e espaços de promoção dos diversos patrocinadores e animação noturna.

Objetivos

Promoção e divulgação do nome da cidade de Torres Vedras, homenagear a grande figura do ciclismo português o torriense Joaquim Agostinho

Promoção e divulgação do nome e da cidade de Torres

Vedras;

Promover a modalidade e motivar os jovens para a prática

regular da mesma, tendo em conta a as fortes raízes que

possui no concelho.

Incentivar o público à prática dos desportos de ar livre e

hábitos de vida saudáveis

Destinatários Ciclistas profissionais Atletas seniores, femininos e masculinos, de corta-mato

nacionais e internacionais. Principais clubes nacionais Amantes dos desportos de ondas e também toda a família

Periodicidade Primeira quinzena do mês de julho No mês de novembro No mês de Julho

Local Concelho de Torres Vedras Parque Verde da Várzea, Torres Vedras Praia de Santa Cruz, Torres Vedras

Organizadores Câmara Municipal de Torres Vedras e União Desportiva do Oeste

Câmara Municipal de Torres Vedras, Grupo Desportivo, Cultural e Recreativo dos Matos Velhos e UD Oeste

Câmara Municipal de Torres Vedras; PromoTorres

Patrocinadores

Câmara Municipal de Torres Vedras; Comunidade Intermunicipal do Oeste; CUF; ModeCort; Pretrab, S.A.; Caixa Agrícola Torres Vedras; Adega Cooperativa de São Mamede da Ventosa; Lactimonte; Hotels & Resorts Golf Mar; Vimeiro; Constantinos; Sicasal; Europeças.pt

BMW; MEO; Montepio; Vimeiro; TV oficial- FUEL TV; rádio

oficial -mega hits

Fonte: CMTV

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

177

De forma original no tipo de iniciativa, a CMTV promove, em parceria com as

respetivas associações distritais de modalidade, dois campeonatos concelhios: um

de futebol e outro de atletismo, em várias especialidades. Se, no primeiro caso, os

destinatários da competição têm até 12 anos, sendo o escalão máximo o de

infantis; no segundo, os escalões constituídos permitem a participação de atletas

federados em todos os escalões etários, mesmo para participantes acima dos 75

anos, conforme resultados publicados no website da CMTV.

Tabela 102 – Campeonatos promovidos pela CMTV.

Programa Campeonato Municipal de Futebol Campeonato Municipal de Atletismo

Âmbito

Promovido pela Câmara Municipal de Torres Vedras em colaboração com a Associação de Futebol de Lisboa, desde 2006/ 2007

Promovido pela Câmara Municipal de Torres Vedras em colaboração com a Associação de Atletismo de Lisboa. Realiza-se desde a época 2006/2007

Objetivos Promover o desenvolvimento dos atletas do concelho, possibilitando a realização de momentos de

competição adequados aos diferentes escalões etários

Destinatários

Escalões de infantis (Fut.7), traquinas, petizes e benjamins

Nas várias disciplinas do atletismo, masculinos e femininos, de benjamins, infantis, iniciados, juvenis, juniores, seniores e para vários segmentos etários acima dos 40 anos de idade. Último escalão para maiores de 75 anos. Atletas filiados na época desportiva nos respetivos escalões, de ambos os sexos, em representação de clubes, escolas/agrupamentos de escolas igualmente filiados ou como individuais

Periodicidade Anual, de outubro a maio Anual, de outubro a junho

Local Campos dos clubes de futebol do Concelho Pista Municipal de Atletismo Carlos Lopes (Campeonato

Municipal de Pista) e localidades do Concelho (Campeonato Municipal de Primavera)

Organizadores

Câmara Municipal de Torres Vedras e Associação de Futebol de Lisboa

Câmara Municipal de Torres Vedras, clubes do concelho

e Associação de Atletismo de Lisboa

Fonte: CMTV

Tal como referido para os programas, os eventos estão também em linha

com os objetivos de promoção e dinamização de atividade física para o concelho e

estão orientados para algumas das principais modalidades e práticas de atividade

física mais preferidas pela população, nomeadamente as atividades de

manutenção, corrida, atividades de ginásio e ciclismo/ btt.

Para a concretização das atividades, dos eventos, da operacionalização dos

programas de apoio e demais atribuições, a Divisão de Educação e Atividade da

CMTV tem, com regimes diferenciados de relação laboral, três colaboradores, a

tempo integral, com intervenção técnica em funções de gestão, organização de

atividades e programas e/ou direção técnica de instalações desportivas, conforme

tabela seguinte.

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

178

Tabela 103 – Colaboradores relacionados com o deporto e atividade física.

Condições de intervenção dos colaboradores Número

Colaboradores com formação específica que desenvolvem funções na área da gestão desporto, direção técnica de instalações desportivas e organização de atividades e programas desportivos

4

Colaboradores com formação específica que desenvolvem funções na área do desporto, com funções de docência e técnicos de exercício físico e de eventos e programas desportivos

9

Colaboradores que exercem funções na área do desporto, não incluídos nas duas questões anteriores, independentemente da sua função (administrativo, limpeza, etc.): administrativo (1); encarregado de instalações (1); vigilante (1)

3

Colaboradores com horário completo nas funções de gestão, organização de atividades e programas e/ou direção técnica de instalações desportivas

3

Fonte: CMTV

O maior número de colaboradores, com intervenções parciais, está na

animação de programas desportivos com periodicidade de um ano escolar.

Considerando os investimentos financeiros, as atividades e os apoios

proporcionados no atual mandato, constata-se que os “contratos-programa de

desenvolvimento desportivo”, a “construção de instalações desportivas” e as

“atividades e programas desportivos” têm merecido os principais esforços da CMTV.

Tabela 104 – Principais investimentos financeiros realizados no desporto.

Tipo de investimento / atividade Valor(€)

Total investido na construção de instalações desportivas no atual mandato autárquico

900.000€

Total investido em atividades e programas desportivos (excluídos custos com recursos humanos, entre agosto de 2016 e julho de 2017)

281.600€

Total investido na aquisição de equipamentos desportivos e material didático e formativo durante o atual mandato autárquico

18.130€

Total contratualizado em contratos-programa de desenvolvimento desportivo e efetivamente pago durante o atual mandato autárquico

1.391.102€

Total do investimento na construção de parques infantis, durante o atual mandato autárquico

102.380€

Total do investimento na manutenção de parques infantis,

durante o atual mandato autárquico 900€

Fonte: CMTV

No gráfico seguinte, verifica-se, percentualmente, o tipo de investimentos

realizados e reconhece-se que a “aquisição de equipamentos desportivos e material

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

179

didático”, tal como o “investimento na manutenção de parques infantis”,

apresentam os valores mais baixos de investimento.

Gráfico 31 – Tipos de investimento realizados no desporto, no atual mandato.

Registe-se ainda que o Plano Estratégico de Turismo Sustentável para o

Concelho de Torres Vedras (PETS 2020, p.95), no que à relação do turismo com o

desporto expressa, aborda uma perspetiva de desenvolvimento do turismo

desportivo, tendo como referência a prática equestre (pela existência de

picadeiros em Runa, Campo Real, Vimeiro, Torres Vedras, entre outros locais) o

futebol (pelos campos disponíveis e pelos eventos de futebol e futsal) e, na Medida

3.2 - Eixo Sol e Mar -, é proposto o “desenvolvimento de roteiro e sinalética para a

prática de desportos de deslize; e a criação do percurso pedestre “Moinhos do

Litoral”. No Eixo prioritário IV - Ação 3 – reforçam a necessidade de um incremento

da cultura de surf e beneficiação de praias com equipamentos para a prática de

desportos de deslize (p.114). Na Medida 4.4, Turismo Natureza, intensificaram a

necessidade de: i) salvaguarda dos recursos naturais do concelho; ii) Dinamização

de atividades de Turismo Ativo e Desporto Natureza, para a prática de: stand up

paddle, kitesurf, surf, bodyboard, kitesurf, skimboard, kayaksurf, paddle surf, e

locais para pesca, mergulho; snorkeling e pesca submarina. Noutra dimensão, pela

rede de trilhos e caminhos florestais e agrícolas, sugerem ofertas relacionadas

com: btt, downhill, ori-btt, passeios de bicicleta, hipismo e passeios a cavalo,

birdwatching, golf, parapente, asa-delta e saltos de paraquedas.

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

180

3.1 Síntese sobre a intervenção do município

Constata-se que há uma clara e deliberada intenção de política desportiva

centrada em três principais orientações: 1) proporcionar condições para a

realização de atividade física em sentido amplo e não só no desporto

especificamente, “…com uma orientação e objetivos para a saúde e desporto

informal”; 2) “diversificar as modalidades desenvolvidas no concelho”; e 3)

proporcionar “…apoio contínuo aos clubes”, ao “… continuar a descentralizar o

apoio, fazendo com que os parceiros executem atividades com o apoio a vários

níveis da CM, em rede com esses parceiros.”

A concretização das orientações da CMTV é materializada em oito (8)

objetivos gerais: 1) aumentar o índice de prática desportiva do concelho no âmbito

dos diferentes tipos de práticas; 2) promover programas e atividades desportivas,

como fator de desenvolvimento de novas práticas e de implementação de novas

modalidades; 3) melhorar os níveis de formação dos agentes desportivos do

concelho; 4) melhorar as condições físicas para a prática desportiva no concelho,

através da construção e conservação de instalações desportivas e do

apetrechamento desportivo; 5) apoiar o movimento associativo; 6) promover

iniciativas que visem a qualidade das práticas desportivas e a segurança dos

praticantes; 7) desenvolver redes de colaboração, com a educação, a ação social, e

o ambiente; 8) promover a imagem do desporto e da atividade física como fator de

valorização pessoal e de desenvolvimento social.

No que respeita à descentralização, a CMTV proporciona atividades nas

freguesias, pois existem 75 núcleos do desporto sénior nas freguesias e AEC nas

escolas das freguesias. É concedido apoios aos clubes, a todos, incluindo os não

urbanos, atribuindo 300€ / ano a cada clube que pretenda desenvolver atividade

física para um grupo superior a 10 pessoas (InqEntB). Cerca de “…50 clubes

candidataram-se aos apoios em 2018 (…) muitos deles das freguesias não urbanas…”

(InqEntB).

A CMTV promove diretamente nove (9) programas. Dois (2) destes

programas, o “Projeto Desporto Sénior – Mexa-se para a Vida” e o “Diabetes em

Movimento”, são realizados durante o ano, cinco (5) dos restantes têm um período

do ano específico em que são proporcionadas as atividades e dois (2), percursos

tanto a pé como de bicicleta todo-o-terreno (btt), são de realização em autonomia.

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

181

Estes programas são dirigidos para diferentes tipos de destinatários e dão resposta

a todas as faixas etárias. De forma original no tipo de iniciativa, a CMTV promove,

em parceria com as respetivas associações distritais de modalidade, dois

campeonatos concelhios: um de futebol e outro de atletismo, em várias

especialidades

Os eventos desportivos realizados estão também em linha com os objetivos

de promoção e dinamização de atividade física para o concelho e estão orientados

para algumas das principais modalidades e práticas de atividade física mais

preferidas pela população, nomeadamente as atividades de manutenção, corrida,

atividades de ginásio e ciclismo/ btt.

O número de recursos humanos que a CMTV tem, a tempo integral, para o

desporto parece estar no limiar mínimo do necessário para cumprir o plano de

atividades anual da Divisão de Educação e Atividade Física.

Considerando os investimentos, as atividades e os apoios proporcionados no

atual mandato, constata-se que os “contratos-programa de desenvolvimento

desportivo”, a “construção de instalações desportivas” e as “atividades e

programas desportivos” têm merecido os principais esforços da CMTV.

No apoio à atividade dos clubes, foi identificada a oferta de 54 modalidades

desportivas diferentes no concelho e 39 clubes que disponibilizaram essas

modalidades, nos últimos 6 anos, com intervenção principal na formação de

praticantes.

Constata-se que o futebol de onze, pelo número médio de praticantes, entre

2013 e 2018, teve 50,52% dos praticantes inscritos numa federação. Atendendo ao

peso relativo do número de praticantes, face ao total, identificaram-se mais seis

modalidades com percentagens mais relevantes: hóquei em patins (6,88%)

atletismo (6,27%), ginástica (6,63%), futsal (5,67%), basquetebol (5,41%) e o ténis

(3%).

A distribuição da oferta de prática desportiva federada, nos escalões de

formação, nas freguesias do concelho, é caraterizada por uma concentração na

União das Freguesias de Torres Vedras (São Pedro, Santiago, Santa Maria do Castelo

e São Miguel) e Matacães, com as principais modalidades existentes no concelho.

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

182

O atletismo é a segunda modalidade com maior distribuição geográfica da

prática, em seis freguesias, designadamente nas freguesias: Ventosa; União das

freguesias de Torres Vedras (São Pedro, Santiago, Santa Maria do Castelo e São

Miguel) e Matacães; A dos Cunhados e Maceira; Ponte de Rol; Silveira e União das

Freguesias de Dois Portos e Runa.

Na atividade desportiva não federada, com atividades regulares, na época

2017/ 2018, foram identificadas 235 atividades, segundo os registos da CMTV. A

natação, com 51% das atividades; o fitness, com 14%; e a ginástica, com 7%, foram

as modalidades com mais atividades. Registe-se a percentagem de 4% na atividade

física para pessoas com deficiência.

Na realização de eventos, promovidos pelos clubes, registaram-se 156

iniciativas, com destaque para a modalidade de golfe, com 23% de todos os

realizados, 36 em termos absolutos. Os eventos relacionados com as caminhadas

(10%), com o futebol (8%) e com o atletismo (8%) são os mais promovidos. Ainda

demonstrador das dinâmicas das atividades, destaca-se o número de eventos

realizados no ténis de mesa, btt e ciclismo.

Sobre a formação de recursos humanos do desporto, foram registadas 67

iniciativas em que houve participação dos agentes locais, em 17 áreas, na época

desportiva. As ações de formação foram orientadas para os domínios do

pedestrianismo (4), primeiros socorros (2), futsal (1), saúde e condição física (1) e

escalada (1).

Sobre o apoio e a relação com o desporto na escola, na generalidade, os

docentes consideram “a atividade física e desportiva oferecida pelo agrupamento é

diversificada, possibilitando aos alunos uma prática competitiva, e que, na maior

parte, estes alunos não têm possibilidade de praticar.” (Inq.DEscolaQ2). Constatou-

se que há variabilidade na adesão, por parte dos alunos, de escola para escola. As

apreciações globais sobre as ID nas escolas variam entre razoáveis, muito más e não

existentes. As modalidades identificadas como mais praticadas e com competições,

de acordo com a perceção dos docentes, são: futsal, voleibol, ténis de mesa,

goalball natação e golfe. Existe um clube escolar federado de voleibol.

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

183

VI – A oferta de atividades nos clubes

1 Nota introdutória O presente ponto deve ser interpretado em conjugação com os resultados do

grupo de discussão sobre o desporto federado. Caracteriza-se, a partir dos dados

disponibilizados, os principais valores da prática desportiva federada nos escalões

de formação, entre 2013 e 2018, realizada pelos clubes do concelho. Pretende-

se conhecer as principais modalidades, a identificação dos clubes que as

proporcionam, o número de atletas por clube e a tendência do número de inscritos

nos anos em causa. Procurou-se identificar complementaridades que podem ser

estabelecidas entre estas organizações e lacunas da oferta desportiva.

A descrição dos dados recolhidos é feita, essencialmente, de forma

agrupada, pois pretende-se ter uma visão global da intervenção dos clubes.

2 Metodologia

Por recurso aos dados disponibilizados pela CMTV, considerando as

candidaturas públicas aos programas de apoio à atividade desportiva e os

respetivos processos submetidos para obtenção dos apoios financeiros, efetuou-se

uma apreciação descritiva e gráfica dos valores registados.

A principal intenção foi organizar os dados disponíveis que, em conjugação com

a informação recolhida da procura e do grupo de discussão sobre o associativismo,

permitisse constituir inferências sobre as modalidades proporcionadas e a evolução

do número de praticantes. Desta forma, num primeiro momento, identificaram-se

limitações e potencialidades do setor; num segundo momento, os resultados que

estão a ser atingidos na atração e manutenção de praticantes.

3 Resultados

Foi identificada a oferta de 54 modalidades desportivas diferentes no concelho

e 39 clubes que disponibilizaram essas modalidades, nos últimos 6 anos, e com

intervenção principal na formação de praticantes.

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

184

Na tabela seguinte, identificam-se as modalidades e os clubes que as

proporcionam.

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

185

Tabela 105 – Modalidades praticadas (54) no concelho nos clubes.

Modalidade Clube Modalidade Clube Modalidade Clube

Aeróbica GDRC "Os Carregueirenses" Dança Oriental Clube Atlético de Penafirme MMA Oestesport Clube Desportivo e Recreativo ADRC Bordinheira

Aikido Oestesport Clube Desportivo e Recreativo

Escalada Académico de Torres Vedras Natação/ Natação Adaptada / Hipoterapia

Ass. Educação Física e Desportiva de Torres Vedras Associação Melhoramentos de A-Dos-Cunhados Associação para a Educação de Crianças Inadaptadas Associação Melhoramentos de A-Dos-Cunhados

Andebol Atlético Clube Barroense Fitness/ Ativo Fitness Casa do Povo do Turcifal Centro de Cultura e Animação de Campelos ADRC Bordinheira

Passeio BTT Joaquim Agostinho

Associação Recreativa Cultural e Desportiva da Silveira

Artes Marciais ADRC Bordinheira Futebol/ de Veteranos Clube Desportivo A-Dos-Cunhados Grupo Desportivo do Ramalhal Freria Sport Clube

Patinagem Ass. Educação Física e Desportiva de Torres Vedras

Atletismo Casa do Benfica de TV Futsal Casa do Benfica de TV Atlético Clube Barroense

Pesca Desportiva ADRC Bordinheira

Atletismo/ Trail/ Running Clube de Praticantes Turres Trail Clube

Futebol Academia Turcifal ACDR Arneiros (M/F) ACDR Coutada AF Pedagógica DC TVD AMCR Fonte Grada ARCD Sobreiro Curvo Casa Povo Turcifal Casalinhense (M/F) CD A dos Cunhados (M/F) Cerca FC CSDC Pedra FC São Pedro Freiria SC GDRC Ponterrolense (M/F) Ramalhal (M/F) SCU Campelense (M/F) Torreense (M/F)

Petanca Casa do Benfica de TV

Ballet Associação Social Recreativa Cultural e Desportiva Sobreiro Curvo Futebol Clube São Pedro

Pilates Centro de Cultura e Animação de Campelos Freria Sport Clube GDRC "Os Carregueirenses" Associação Melhoramentos de A-Dos-Cunhados

(continua )

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

186

Tabela 106 – Modalidades praticadas no concelho por clubes (cont.).

Modalidade Clube Modalidade Clube Modalidade Clube

Boxe Atlético Clube Barroense Jogos Tradicionais Associação para o Desenvolvimento das Paradas

Tiro ADRC Bordinheira

BTT Académico de Torres Vedras Associação Recreativa Cultural e Desportiva da Silveira Associação Cultural e Beneficiente de St.º António do Varatojo

Judo Ass. Educação Física e Desportiva de Torres Vedras

Voleibol Agrupamento de Escolas Madeira Torres

Caminhadas/ passeios pedestres

Associação de Marchas e Passeios do Concelho de Torres Vedras Centro de Cultura e Animação de Campelos

Jujitsu Brasileiro Associação de Educação do Movimento

Xadrez Académico de Torres Vedras

Ciclismo Casa do Benfica de TV Karaté Clube Atlético de Penafirme Yoga Centro Social Cultural e Recreativo do Ameal

Cicloturismo/ ciclismo p/ todos

União Desportiva do Oeste Kickboxing e Muay Thai

Associação de Educação do Movimento ADRC Bordinheira

Zumba Ass. Educação Física e Desportiva de Torres Vedras Associação Recreativa e Cultural de Soltaria Atlético Clube Barroense Futebol Clube São Pedro Grupo Desportivo de Matacães Associação Melhoramentos de A-Dos-Cunhados Centro de Cultura e Animação de Campelos Freria Sport Clube Centro Social Cultural e Recreativo do Ameal Centro Social Desportivo e Cultural da Pedra

Columbofilia Ass. Columbófila de TV Krav Maga Oestesport Clube Desportivo e Recreativo

Corfebol Adaptado Associação para a Educação de Crianças Inadaptadas

Polo Aquático Ass. Educação Física e Desportiva de Torres Vedras

Crosstraining Oestesport Clube Desportivo e Recreativo

Pool 8 Clube Desportivo A-Dos-Cunhados

Cycling Ass. Educação Física e Desportiva de Torres Vedras

Rope Skipping Ass. Educação Física e Desportiva de Torres Vedras

Dança/ de salão Associação Social Recreativa Cultural e Desportiva Sobreiro Curvo ADRC Bordinheira GDRC Casalinhense

Rugby Ass. Educação Física e Desportiva de Torres Vedras

Ginástica Adultos/ Manutenção/ Sénior

Casa do Povo do Ramalhal Freria Sport Clube

Step/ Step Adaptado Associação para a Educação de Crianças Inadaptadas

Golfe Associação de Golfe de Torres Vedras

Taekwondo Oestesport Clube Desportivo e Recreativo

Hip Hop Associação Melhoramentos de A-Dos-Cunhados Centro Social Desportivo e Cultural da Pedra

Ténis de Campo Clube de Ténis de Torres Vedras

Hóquei em Patins Sporting Clube de Torres Ténis de Mesa Futebol Clube São Pedro Sporting Clube de Torres

Fonte: CMTV

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

187

Na tabela seguinte, identificam-se as modalidades, por atletas nos escalões

de formação, que, apoiadas pela CMTV, tiveram, pelo menos num dos anos com

registos, atletas federados inscritos. Desta forma, constata-se que o futebol, de

onze, pelo número médio de praticantes, entre 2013 e 2018, teve 50,52% dos

praticantes inscritos numa federação. No comparativo com o peso relativo das

modalidades a nível nacional, o atletismo, o futebol, a ginástica, o hóquei em

patins e o ténis de mesa tem pesos relativos superiores no concelho. A sublinhado

as que estão abaixo dos valores nacionais.

Tabela 107 – Modalidades praticadas (54) no concelho nos clubes.

Modalidades 2013 2014 2015 2016 2017 2018 N.º médio

de praticantes

Peso relativo da modalidade (%)

Concelho

Peso relativo da modalidade

(%) Portugal a)

Atletismo 120 154 152 100 198 181 151 6,27 2,75

Basquetebol 119 100 112 150 146 154 130 5,41 6,76

Ciclismo 30 34 46 66 41 18 39 1,63 2,45

Escalada 0 0 3 2 5 9 3 0,13 5,13

Esgrima 0 0 0 3 6 10 3 0,13 0,18

Futebol 1551 1450 1175 1015 1047 1051 1215 50,52 28,61 b)

Futebol 5 e 7 46 47 26 57 82 134 65 2,72 nd

Futsal 48 70 125 173 177 225 136 5,67 nd

Ginástica 111 114 156 145 235 195 159 6,63 2,69

Golfe 16 9 10 2 0 0 6 0,26 2,55

Hóquei em patins 152 148 156 175 184 178 166 6,88 2,29

Judo 11 20 22 15 37 24 22 0,89 2,20

Jujitsu 0 0 0 0 16 0 3 0,11 nd

Karaté 5 23 32 13 41 27 24 0,98 2,40

Kickboxing e Muay Thai

0 0 0 0 53 57 18 0,76 0,43

Natação 77 36 46 85 113 34 65 2,71 6,82

Orientação 3 3 2 2 3 3 3 0,11 0,42

Patinagem 45 43 53 33 63 63 50 2,08 nd

Ténis 57 87 87 87 63 52 72 3,00 3,01

Ténis de Mesa 5 18 24 27 22 24 20 0,83 0,59

Tiro 0 0 50 0 0 0 8 0,35 0,70

Triatlo 1 1 1 0 2 0 1 0,03 0,42

Voleibol 41 40 60 17 69 46 46 1,89 7,62

Xadrez 0 0 0 0 0 1 0 0,01 0,50

Total ano 2438 2397 2338 2167 2603 2486 2405 100% -

a) Fonte IPDJ. (2019). 2013-2017 b) Inclui futebol 5 e 7 e futsal.

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

188

Ainda pelo peso relativo do número de praticantes, face ao total,

identificaram-se mais seis modalidades com percentagens mais relevantes: hóquei

em patins (6,88%) atletismo (6,27%), ginástica (6,63%), futsal (5,67%), basquetebol

(5,41%) e o ténis (3%).

Na modalidade de futebol, a Associação Desportiva de Sobreiro Curvo tem

tido, nos anos em referência, um crescente aumento do número de jogadores; tal

como a Academia do Sporting do Turcifal, desde 2015. Os restantes clubes, com

oscilações de ano para ano, apresentam uma tendência de redução, o GRDC

Ponterrolense de forma mais acentuada.

Tabela 108 – Por clube, na modalidade de futebol, tendência de atletas inscritos nos escalões de formação.

Fonte: Dados da CMTV 2018.

Considerando as modalidades coletivas de hóquei em patins, futsal e

basquetebol, regista-se o aumento do número de praticantes no Sporting Clube de

Torres (no futsal e no hóquei em patins), a Casa do Benfica de Torres Vedras, no

futsal, e, com alteraçõs nos indicadores, o crescimento do basquetebol na Ass. Ed.

Física e Desport. de Torres Vedras.

2013 2014 2015 2016 2017 2018

Futebol Clube São Pedro Futebol 58 50 42 42 56 63

Grupo Desportivo de Matacães Futebol 32 23 28 0 0 0

Grupo Desportivo do Ramalhal Futebol 82 80 38 37 23 25

GDRC Casalinhense Futebol 173 156 163 134 118 12

Futebol 149 139 128 93 69 84

Academia Sporting Turcifal Futebol 142 125 104 132 172 187

Futebol 11 86 69 92 51 52

Ass.Cultural Recreativa e Desportiva da Coutada Futebol 38 0 28 0 87 90

Futebol 141 175 0 0 0 0

Ass.de Formação Pedagógica Desportiva e Cultural de Torres Vedras Futebol 107 93 105 97 104 90

Associação Social Recreativa Cultural e Desportiva Sobreiro Curvo Futebol 90 108 117 142 129 141

Casa do Povo do Turcifal Futebol 58 59 39 43 25 35

Centro Social Desportivo e Cultural da Pedra Futebol 38 50 57 67 31 54

Cerca Futebol Clube Futebol 61 60 0 0 0 112

Clube Desportivo A-Dos-Cunhados Futebol 65 87 71 73 70 71

Futebol 38 46 30 0 0 0

Futebol 126 80 88 82 91 70

Futebol 29 25 20 0 20 17

Clube Carvoeira Aventura e Desporto Futebol 38 25 25 22 0 0

Programa de Apoio à Actividade Desportiva Federada / Apoios à formação

62

Tendência n.º de inscritos Nome do clube

Modalidades

Ass. Cultural Recreativa e Desportiva dos Arneiros

GDRC Ponterrolense

Ass. Cultural Recreativa e Desportiva do Furadouro

Atletico Clube Barroense

Associação Moradores Cultura e Recreio IPSS da Fonte da Grada

Freria Sport Clube

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

189

Tabela 109 – Por clube, principais modalidades coletivas, tendência de inscritos nos escalões de formação.

Fonte: Dados da CMTV 2018

Nas modalidades predominantemente individuais, atletismo, ginástica e

ténis, contata-se que o Sporting Clube de Torres Vedras, na ginástica, e a Casa do

Benfica, no atletismo, têm revelado um aumento anual no número de atleas

inscritos. De forma estável, o Clube de Ténis de Torres Vedras e o GRDC

Ponterrolense, no atletismo, têm mantido um número médio atletas inscritos sem

grandes oscilações.

Tabela 110 – Por clube, principais modalidades individuais, tendência de inscritos nos escalões de formação.

Fonte: Dados da CMTV 2018.

A distribuição da oferta de prática desportiva federada, nos escalões de

formação, nas freguesias do concelho, é caraterizada por uma concentração na

União das freguesias de Torres Vedras (São Pedro, Santiago, Santa Maria do Castelo

e São Miguel) e Matacães com as principais modalidades existentes no concelho.

O futebol, com exceção União das Freguesias de Dois Portos e Runa, é

proporcionado em todas as freguesias. O atletismo é a segunda modalidade com

Futsal 43 65 95 111 87 84

Hóquei em Patins 52 55 82 98 94 87

Futsal F 0 0 1 0 0 0

Futsal 5 5 2 4 2 16

Basquetebol M 73 76 54

Basquetebol F 46 24 58

Futsal 0 0 0 13 9 0

Futsal 0 0 27 45 79 125

Programa de Apoio à Actividade Desportiva Federada / Apoios à formação

154

Tendência n.º de inscritos Nome do clube

Sporting Clube de Torres

Associação Cultural e Beneficiente de St.º António do Varatojo

Ass. Cultural Recreativa e Desportiva dos Arneiros

146150Ass. Educação Física e Desportiva de Torres Vedras

Atletico Clube Barroense

Casa do Benfica de TV

GDRC "Os Carregueirenses" Atletismo 19 17 20 0 42 19

Atletismo 24 52 45 34 48 37

Sport Clube União Torreense Atletismo 23 0 0 0 0 22

Ginástica 0 0 45 51 69 120

Atletismo 0 28 0 0 16 7

Ginástica M 48 48 44

Ginástica F 63 66 67

Atletismo 11 0 0 6 8 0

Atletismo 32 27 35 22 43 44

Clube de Ténis de Torres Vedras Ténis de Campo 57 87 87 87 63 52

Atletismo 0 0 6 4 2 0

Atletismo 11 30 46 34 39 52

Programa de Apoio à Actividade Desportiva Federada / Apoios à formação

75

Tendência n.º de inscritos Nome do clube

Sporting Clube de Torres

GDRC Ponterrolense

166Ass. Educação Física e Desportiva de Torres Vedras

Ass. Cultural Recreativa e Desportiva do Furadouro

Associação Recreativa Cultural e Desportiva da Silveira

Clube Atlético de Penafirme

94

Associação Moradores Cultura e Recreio IPSS da Fonte da Grada

Casa do Benfica de TV

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

190

maior distribuição geográfica da prática, em seis freguesias, designadamente nas

freguesias: da Ventosa; União das freguesias de Torres Vedras (São Pedro, Santiago,

Santa Maria do Castelo e São Miguel) e Matacães; A dos Cunhados e Maceira; Ponte

de Rol; Silveira e União das Freguesias de Dois Portos e Runa.

As modalidades de artes marciais, para além da União das freguesias de

Torres Vedras (São Pedro, Santiago, Santa Maria do Castelo e São Miguel) e

Matacães, têm atletas federados em Freiria e A dos Cunhados e Maceira. Verificou-

se ainda atividades de ondas na freguesia da Silveira e de tiro na freguesia de São

Pedro da Cadeira.

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

191

Tabela 111 – Por freguesia e clube, prática das modalidades federadas por género.

Fonte: Dados da CMTV 2018.

M F M F M F M F M F M F M F M F M F M F M F M F M F M F M F M F M F M F M F M F

ACDR ARNEIROS x x

Carregueirenses x x

CSDC Pedra x

Sporting Clube de Torres x x x x x x x x x x

UDO x x

AF Pedagógica DC TVD x

ATV x x x x

A. Educ.Movimento x x

Casa do Benfica x x x x

AE MT/ SG x

Torreense x x x x x x

Física x x x x x x x x x x x x x x

AMCR Fonte Grada x x

Clube Ténis TVD x x

CAP x x x x

ARCD Sobreiro Curvo x

CD A dos Cunhados x x

Ponte do Rol GDRC Ponterrolense x x x x

ACDR Coutada x x

FC São Pedro x x

Clube Tiro TVD x

Clube Atletismo Oeste x x

Cerca FC x

Sealand x

Casalinhense x x

Freiria Freiria SC x x x

Campelos e Outeiro da

CabeçaSCU Campelense x x

Ramalhal Ramalhal x x

Dois Portos e Runa ACRD Furadouro x x

Clube Golfe Campo Real

Casa Povo Turcifal x

Academia Turcifal x

Silveira

Turcifal

A dos Cunhados e Maceira

São Pedro da Cadeira

Ventosa

Santa Maria São Pedro e

Matacães

Patinagem Ténis Tiro NataçãoEscalada Xadrez Ondas Raguebi Basquetebol EsgrimaGinástica Hóquei Ténis M. Voleibol Ciclismo OrientaçãoFreguesia Clubes

Futebol Atletismo Art. Marc. Futsal

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

192

Na atividade física não federada, com atividades regulares, na época 2017/

2018, foram identificadas 235 atividades, segundo os registos da CMTV. A natação

com 51% das atividades; o fitness com 14%; e a ginástica com 7% foram as

modalidades com mais atividades. Registe-se na atividade física para pessoas com

deficiência 4% das atividades, percentagem idêntica à das atividades do futebol/

futsal.

Gráfico 32 – Número de organizações realizadas na atividade física não federada.

Fonte: Dados da CMTV 2018

Na realização de eventos, gráfico seguinte, registaram-se 156 iniciativas,

sendo a modalidade de golfe a que formalizou mais eventos, 23% de todos os

realizados, 36 em termos absolutos. Os eventos relacionados com as caminhadas

(10%), com o futebol (8%) e com o atletismo (8%) são os mais promovidos. Ainda

demonstradoras das dinâmicas das atividades, destaca-se o número de eventos

realizados no ténis de mesa, btt e ciclismo.

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

193

Gráfico 33– Número de eventos realizadas na atividade física não federada.

Fonte: Dados da CMTV 2018.

Sobre a formação de recursos humanos do desporto, foram registadas 67

iniciativas na época desportiva, em 17 áreas, em que o movimento associativo teve

acesso por sua iniciativa. As ações de formação foram orientadas para os domínios

do pedestrianismo (4), primeiros socorros (2), futsal (1), saúde e condição física (1)

e escalada (1).

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

194

Gráfico 34 – Ações de formação, por áreas, dirigidas aos recursos humanos do concelho.

Fonte: Dados da CMTV 2018

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

195

3.1 Síntese sobre a intervenção dos clubes

Verificou-se que o futebol de onze, pelo número médio de praticantes, entre

2013 e 2018, teve 50,52% dos praticantes inscritos numa federação. Atendendo ao

peso relativo do número de praticantes, face ao total, identificaram-se mais seis

modalidades com percentagens relevantes: hóquei em patins (6,88%) atletismo

(6,27%), ginástica (6,63%), futsal (5,67%), basquetebol (5,41%) e o ténis (3%).

A distribuição da oferta de prática desportiva federada, nos escalões de

formação, nas freguesias do concelho, é caraterizada por uma concentração na

União das Freguesias de Torres Vedras (São Pedro, Santiago, Santa Maria do Castelo

e São Miguel) e Matacães, com as principais modalidades existentes no concelho.

O futebol, com exceção da União das Freguesias de Dois Portos e Runa, é

proporcionado em todas as freguesias. O atletismo é a segunda modalidade com

maior distribuição geográfica da prática, em seis freguesias, designadamente nas

freguesias: Ventosa; União das freguesias de Torres Vedras (São Pedro, Santiago,

Santa Maria do Castelo e São Miguel) e Matacães; A dos Cunhados e Maceira; Ponte

de Rol; Silveira e União das Freguesias de Dois Portos e Runa.

Na atividade desportiva não federada, com atividades regulares, na época

2017/ 2018, foram identificadas 235 atividades, segundo os registos da CMTV. A

natação, com 51% das atividades; o fitness, com 14%; e a ginástica, com 7%, foram

as modalidades com mais atividades. Registe-se a percentagem de 4% na atividade

física para pessoas com deficiência.

Na realização de eventos, promovidos pelos clubes, registaram-se 156

iniciativas, com destaque para a modalidade de golfe, com 23% de todos os

realizados, 36 em termos absolutos. Os eventos relacionados com as caminhadas

(10%), com o futebol (8%) e com o atletismo (8%) são os mais promovidos. Ainda

demonstrador das dinâmicas das atividades, destaca-se o número de eventos

realizados no ténis de mesa, btt e ciclismo.

Sobre a formação de recursos humanos do desporto, foram registadas 67

iniciativas, em 17 áreas, na época desportiva. As ações de formação foram

orientadas para os domínios do pedestrianismo (4), primeiros socorros (2), futsal

(1), saúde e condição física (1) e escalada (1).

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

196

VII – A oferta de atividade nos ginásios, health clubs e espaços de condição física

1 Nota introdutória

O presente ponto pretende caraterizar a dimensão ginásios, health clubs e

espaços de condição física. Esta caraterização pretende: descrever os serviços e

identificar as características das organizações, relativas às instalações, aos

equipamentos desportivos, aos instrumentos de promoção das atividades

desportivas, ao seu público-alvo e às suas principais parcerias. Esta dimensão do

estudo tem ainda como objetivo recolher informação no âmbito da cooperação com

o município e identificar os pontos fortes e fracos do concelho.

2 Metodologia

Para identificar as organizações da dimensão ginásios, health clubs e espaços

de condição física, do concelho de Torres Vedras, foi consultado o Sistema de

Informação da Classificação Portuguesa de Atividades Económicas (SICAE),

nomeadamente, os códigos de atividades económicas, 93130 (atividades de ginásio-

fitness) e 96040 (atividades de bem-estar físico). A partir da consulta, foram

identificadas as entidades nesta dimensão.

O instrumento de recolha de informação foi o inquérito por questionário,

construído para o estudo em causa, enviado por e-mail ao responsável pela

organização. O processo de recolha de informação foi desenvolvido entre o mês de

fevereiro e o mês de agosto de 2018.

Face à metodologia apresentada, no concelho de Torres Vedras foram

referenciadas, nesta dimensão, as seguintes organizações:

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

197

Tabela 112– Por freguesia e clube, prática das modalidades federadas por género. Organizações Observações

ABGYM Inquirida

Clube de praticantes de musculação Inquirida

Exodus Inquirida

Fitness Factory Torres Vedras Inquirida

Ginásio Corpo Único Inquirida

Ginásio O`energy, Family Club Inquirida

Higia Surprise Courage, Unipessoal, Lda Inquirida

Kalorias – Clube de Saúde Inquirida

Mais Fitness Inquirida

Sala de Exercício e Saúde - Física Inquirida

Upgym Inquirida

Clube O'Hara Indisponibilidade de contacto

Fit One Indisponibilidade de contacto

Fonte: http://www.sicae.pt/Consulta.aspx acedido em dezembro de 2017 e informação cedida pela C. M. Torres Vedras.

3 Resultados No concelho de Torres Vedras existem treze (13) organizações na dimensão

ginásios, health clubs e espaços de condição física. Os resultados apresentados

neste estudo referem-se a onze (11) organizações. Das restantes, uma mostrou-se

indisponível para colaborar no momento e não se conseguiu contactar a outra.

No que respeita ao número de anos em que desenvolvem a atividade no

concelho encontraram-se três grupos de organizações: sete empresas que têm

entre 1 a 3 anos de atividade, três empresas que têm entre sete e nove anos e

apenas uma com 23 anos de atividade no concelho.

No âmbito dos serviços prestados pelas organizações apresenta-se o gráfico

seguinte.

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

198

Gráfico 35 – Serviços prestados pelas organizações.

Fonte: Dados obtidos por entrevista, Q. 2.

Da análise, é possível concluir que as organizações do concelho oferecem

essencialmente serviços de: personal training (PT), musculação, cárdio, aulas de

grupo, programas de perda de peso, pilates e treino funcional. De salientar que, os

serviços com menor expressão são: atividades aquáticas e artes marciais.

As organizações da dimensão ginásios foram também inquiridas sobre os

serviços em que se diferenciam da concorrência e as respostas foram as seguintes:

acompanhamento personalizado, atenção ao cliente, acompanhamento nutricional,

diversidade de aulas de grupo, conhecimento e formação dos recursos humanos e

qualidade do serviço.

O público-alvo é caracterizado por indivíduos, com idades, essencialmente,

entre os 25 e os 54 anos, apenas um ginásio menciona o escalão etário dos 15 aos

24 anos e dois espaços identificam, o escalão etário, acima dos 55 anos. Quanto ao

género, há a referir que, em média, 57% é do sexo feminino e 43% do sexo

masculino, no entanto, é necessário mencionar que existem espaços, em que o

público é essencialmente masculino ou, feminino, pela tipologia de serviços

prestados nessas organizações. Quanto ao número de sócios ativos apresenta-se o

gráfico seguinte:

9%

9%

18%

27%

55%

55%

64%

73%

73%

82%

82%

91%

91%

91%

Atividades aquáticas

Artes Marciais

CrossFit

Outro

Yoga

Reabilitação funcional

Nutrição

Treino Funcional

Pilates

Aulas de grupo

Perda de peso

Cardio

Musculação

Personal Training (PT)

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

199

Tabela 113 – Número de sócios ativos.

Fonte: Dados obtidos por entrevista, Q. 4.

A taxa de retenção média é de 76%, no entanto, é necessário mencionar

alguma variabilidade neste indicador, isto é, o valor mínimo de taxa de retenção

indicado foi de 56% e o valor máximo foi de 95%. Quanto ao valor médio de

mensalidade (livre trânsito) é de 30€ e o valor mínimo de mensalidade varia entre

14,90€ e os 30 €.

Quanto à caraterização das instalações, nomeadamente à área total da

instalação apresenta-se o gráfico seguinte:

Gráfico 36 – Caracterização das instalações por área.

Fonte: Dados obtidos por entrevista, Q. 10.

Quando questionadas sobre se as instalações, as 10 entidades que

responderam a esta questão, mencionaram que detém as seguintes tipologias de

instalações:

55%

9%

27%

Até 200

De 801 a 900

+ De 1000

44%

22%

11%

22%

0%

Até 200 m2

Entre 200 m2 e 500 m2

Entre 500 m2 e 1000 m2

Entre 1000 m2 e 1500 m2

Maior que 1500 m2

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

200

Gráfico 37 – Tipologia de instalações proporcionadas aos clientes.

Fonte: Dados obtidos por entrevista, Q. 11.

Na área dos recursos humanos, a função de técnico de exercício físico é a

que tem maior representatividade, tanto a tempo inteiro, como a tempo parcial.

De forma detalhada apresenta-se o gráfico seguinte:

Gráfico 38 – Recursos humanos por função.

Fonte: Dados obtidos por entrevista, Q.13

Sobre os processos de comunicação/ marketing das organizações, o destaque

é dado às redes sociais, cartazes, para além do desenvolvimento de atividades de

rua com o objetivo de promover o ginásio/ health club.

100%

80%

10%

10%

10%

10%

10%

Salas de exercício

Estúdios

Piscina

Sauna

Banho turco

Jacuzzi

Sala para crianças

6

2

6

2

7

4

4

1

4

5

4

0

7

3

6

2

26

14

12

2

7

8

5

0

Administração - A tempo inteiro

Administração - A tempo parcial

Diretor Técnico - A tempo inteiro

Diretor Técnico - A tempo parcial

Técnico de exercício físico /instrutor - A tempo inteiro

Técnico de exercício físico /instrutor - A tempo parcial

Pessoal administrativo - A tempo inteiro

Pessoal administrativo - A tempo parcial

Limpeza - A tempo inteiro

Limpeza - A tempo parcial

Outros - A tempo inteiro

Outros - A tempo parcial

nº de pessoas nº entidades

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

201

Gráfico 39 – Processos de comunicação/ marketing.

Fonte: Dados obtidos por entrevista, Q.13.

Quanto aos meios mais eficazes para promover o ginásio/ health club

mencionam: as redes sociais (90%), cartazes (40%) e atividades de promoção/

parceria com o município (40%).

No domínio da cooperação com o município, foram questionados sobre se no

último ano o ginásio/ health club colaborou com o município, os resultados

evidenciam que 70% respondeu afirmativamente. Esta cooperação é realizada

essencialmente, em eventos e quase todos os ginásios avaliam esta cooperação

como muito boa. A cooperação em instalações e prestação de serviços é apenas

mencionada por uma entidade. Quanto ao futuro e às áreas de interesse de

cooperação com o município, os ginásios/ health clubs referem os eventos e a

prestação de serviços, como muito importantes na possível relação de colaboração

com o município.

No âmbito da cooperação com outras entidades, no último ano, os resultados

evidenciam o seguinte:

50%

100%

50%

40%

80%

60%

20%

Atividades de rua

Redes sociais

Folhetos

Publicidade nos media

Cartazes

Atividades de promoção/ parceria com omunícipio

Outros

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

202

Gráfico 40 – Cooperação com outras entidades.

Fonte: Dados obtidos por entrevista, Q.17.

As entidades parceiras dos ginásios/ health clubs, neste último ano, foram

principalmente: Centro de Dia do Centro Social Paroquial de Torres Vedras, Escola

Madeira Torres, ARCD da Silveira, Unidade de Saúde Familiar de Santa Cruz, escola

de Ciclismo da Silveira, Associação Sealand, restaurantes e estética. Esta

cooperação concretizou-se com: aula para idosos no Dia Mundial da Atividade

Física, atividade física para estudantes, organização de eventos, recuperação

articular/ muscular patológica e cirúrgica, e criação de menus saudáveis com

descontos para sócios do ginásio. Quanto à avaliação da cooperação, a maior parte

dos ginásios, avalia-a como boa ou, muito boa, apenas é mencionado que a

cooperação com a Escola Madeira Torres é muito insuficiente e com a Unidade de

Saúde Familiar de Sant. Cruz é insuficiente.

Quanto ao futuro, os ginásios/ health clubs referem interesse de cooperação

com: a Promotorres, o município, as empresas do concelho, a Cuf e os clubes de

futebol, tendo como áreas de interesse: a organização de eventos, a reabilitação, a

prevenção de lesões no trabalho e a melhoria da capacidade física. Quanto à

importância destas colaborações futuras é atribuída importância máxima às

parcerias com as empresas do concelho.

As organizações foram questionadas sobre de que forma poderia o município

intervir para que a sua atividade/ negócio aumentasse e as respostas foram as

seguintes:

50%

50%

Sim

Não

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

203

Eventos, colocar página no documento mensal (ou bimensal) do município, com informação sobre os espaços e serviços existentes;

Investir em infraestruturas;

Criar mais iniciativas que aconteçam dentro dos ginásios, levando a população às instalações dos espaços comerciais. Articular a realização de rastreios aos participantes no desporto sénior (mexa-se pela vida) dentro das instalações.

Adesão a treinos no local de trabalho nas grandes empresas, câmara proporciona benefícios a quem aderir. Mais espaços preparados para treinos outdoor;

Marketing, mais provas lúdicas de outdoor ao público.

Fonte: Inquérito aos Ginásios Q.22

As organizações inquiridas referem pontos fortes e fracos do concelho na sua

perspetiva, apontando aspetos relacionados com a atuação do próprio município,

como também a atitude da população relativamente à prática de exercício físico,

como está evidenciado na figura seguinte:

Tabela 114 – Pontos fortes e fracos do concelho para a organização.

Fonte: Dados obtidos por entrevista, Q. 24 e 25

Espaços verdes, incentivos à terceira idade, criar atividadespara crianças de modo a fomentar a prática da atividade física;

Apoio Municipal, geografia, cultura desportiva do municipio;

Realização de atividades semanalmente (Night Run), variedadede atividades ao longo do ano (Mexa-se), bem como, outrasatividades físicas e pedagógicas relativamente aos benefíciospara a saúde.

Bastante investimento particular. Aulas grátis, palestras,eventos e rastreios.

Aulas grátis. Pouco investimento em material de treino outdoor;

Necessidade de divulgar os eventos nos meios sociais, de formaatempada;

Maior sensibilização para a prática da atividade física,

Organização de colóquios/ discussões sobre atividade física/saúde e bem estar;

Divulgação e marketing bem estruturado mas fora de tempo útil.

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

204

3.1 Síntese sobre a atividade dos ginásios

No concelho de Torres Vedras existem treze (13) organizações no setor

ginásios, health clubs e espaços de condição física. Os resultados apresentados

neste estudo referem-se a onze (11) organizações que responderam ao inquérito

específico para o setor.

Identificou-se que o público-alvo dos ginásios é caracterizado por indivíduos

com idades entre os 25 e os 54 anos, em média 57% é do sexo feminino e 43% do

sexo masculino. A taxa de retenção média encontrada foi de 76%. Quanto ao valor

médio de mensalidade (livre trânsito) é de 30€ e o valor mínimo de mensalidade

varia entre 14,90€ e os 30 €. Oferecem essencialmente serviços de: personal

training (PT), musculação, cárdio, aulas de grupo, programas de perda de peso,

pilates e treino funcional. De salientar que os serviços com menor expressão são:

atividades aquáticas e artes marciais.

Questionados sobre se no último ano o ginásio/ health club colaborou com o

município, 70% responderam afirmativamente, tendo o envolvimento sido realizado

essencialmente em eventos, quase todos os ginásios avaliam esta cooperação como

muito boa. Foram identificadas outras organizações como integrantes de processos

de cooperação a nível concelhio.

Quanto ao futuro e às áreas de interesse de cooperação com o município, os

ginásios/ health clubs referem os eventos e a prestação de serviços, como muito

importantes, nomeadamente na promoção e no estabelecimento de contactos

junto de empresas, clubes e setor da saúde. As áreas de interesse principais são: a

organização de eventos, a reabilitação física, a prevenção de lesões no trabalho e a

melhoria da capacidade física de trabalhadores e de praticantes desportivos.

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

205

VIII – O desporto na escola

1 Nota introdutória

Nesta dimensão caracteriza-se a atividade desportiva realizada nas escolas, ao

longo do ano letivo. A informação recolhida proporciona um conjunto de

informações sobre: as capacidades instaladas em cada estabelecimento;

participação dos alunos nas atividades desportivas internas e externas;

comportamento dos alunos face ao desporto; potencialidades em cada instituição e

os melhores resultados desportivos obtidos nos últimos anos.

Em termos globais, demonstra-se o que cada escola consegue oferecer a nível

do desporto, assim como a recetividade por parte da comunidade escolar para

aprofundar as relações com o sistema desportivo concelhio.

Os dados recolhidos, através de inquérito por questionário, expressam uma

quantidade significativa de opiniões, atitudes, necessidades e atividades

desportivas desenvolvidas em cada escola. Identificaram-se, quatro agrupamentos

e um externato, nove (9) escolas: Escola EB 2,3 de Campelos – Agrupamento Escolas

Padre Vítor Melícias; Escola EB 2,3 de D. Gonçalo – Agrupamento Escolas de São

Gonçalo; Escola EB 2,3 de Freiria – Agrupamento Escolas de São Gonçalo; Escola EB

2,3 Maxial - Agrupamento Escolas Henriques Nogueira; Escola EB 2,3 Padre

Francisco Soares – Agrupamento Escolas Madeira Torres; Escola EB 2,3 Padre Vítor

Melícias – Agrupamento Escolas Padre Vítor Melícias; Escola Secundária Henriques

Nogueira - Agrupamento Escolas Henriques Nogueira; Escola Secundária Madeira

Torres - Agrupamento Escolas Madeira Torres e Externato de Penafirme.

Os inquéritos foram respondidos pelos Professores Coordenadores do Desporto

Escolar de Agrupamento e pelos Professores Responsáveis em cada escola.

2 Metodologia A recolha de informação, realizada por inquérito por questionário, foi dividida em

oito (8) áreas, com a seguinte organização:

1. Identificação da escola e dos respondentes;

2. Breve historial da atividade realizada, caracterização da atividade física e

desportiva realizada na escola; principal finalidade da atividade; principais

objetivos; fatores diferenciadores da prática por escola (ex. instalações,

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

206

equipamentos, empenho dos docentes, projetos, atividades realizadas,

resultados, ou outros aspetos);

3. Identificação das atividades e dos ativos, caracterização da Atividade

Interna (nível I), principais atividades internas realizadas, considerando

atividades de promoção e divulgação desportiva, organizadas na

continuidade dos conteúdos curriculares da disciplina de educação física

(EF); caracterização da Atividade Externa (nível II), atividades realizadas no

âmbito do desporto escolar que compreendam o treino desportivo regular de

grupos/ equipa e de competição desportiva interescolar formal de âmbito

local, regional, nacional; caracterização da atividade, quando existe, do

Clube Escolar Federado (nível III), constituição de grupos-equipa que

participam em competições organizadas pelas federações das respetivas

modalidades e a existência de Centro de Formação Desportiva, nos termos

do programa do Desporto Escolar. Ações de promoção de atividade

desportiva realizadas na escola com apoio de entidades externas.

4. Identificação dos parceiros, entidades que colaboram atualmente com a

escola e em que consiste essa colaboração. Utilização de instalações

desportivas da escola e relações de cooperação;

5. Instalações desportivas e apetrechamento, principais necessidades da

escola ao nível de instalações desportivas, avaliação do apetrechamento

desportivo que a escola possui e estado de conservação;

6. Resultados desportivos, identificação dos principais marcos, em termos de

resultados desportivos obtidos pela escola nos últimos 5 anos;

7. Orientação estratégica da atividade, perceção relativamente à

intervenção realizada pela escola nos últimos 3 anos em termos do desporto

escolar, se cresceu, estabilizou ou reduziu;

8. Recomendações, sobre aspetos que podem ser considerados obstáculo

para uma maior atividade desportiva na escola e na interação com o

exterior, que podem ser claramente melhorados; sugestões e ações que

poderão ser realizadas para conduzir a uma maior atividade desportiva na

escola.

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

207

3 Resultados

Dos questionários respondidos, entre 1 de fevereiro e 30 de junho de 2018, por

autopreenchimento dos professores responsáveis pelo desporto escolar tivemos

resposta de 67% das escolas, das seguintes seis (6): Escola EB 2,3 de Campelos –

Agrupamento Escolas Padre Vítor Melícias; Escola EB 2,3 Maxial - Agrupamento

Escolas Henriques Nogueira; Escola EB 2,3 Padre Vítor Melícias – Agrupamento

Escolas Padre Vítor Melícias; Escola Secundária Henriques Nogueira - Agrupamento

Escolas Henriques Nogueira; Escola Secundária Madeira Torres - Agrupamento

Escolas Madeira Torres e Externato de Penafirme.

Questionados, em pergunta aberta, sobre “(Q.6) como carateriza a atividade

física e desportiva realizada na escola? ” os respondentes consideraram

globalmente que há envolvimento dos professores e dos alunos na atividade física e

desportiva na escola. Identificaram a participação como “boa”, “muito boa”,

diversificada, com projetos de promoção, especificando os seguintes aspetos:

“A atividade física e desportiva oferecida pelo agrupamento é diversificada

possibilitando aos alunos uma prática competitiva que, na maior parte, estes

alunos não têm possibilidade de prática competitiva.” (Inq.DEscolaQ2). “No sentido

de evidenciar a participação dos alunos em atividades físicas, institui-se no ano

letivo 2017/18 o projeto "Turma MAIS Desportiva". A atribuição do prémio é

determinada pelos seguintes critérios: participação da turma nas atividades; fair-

play na participação das atividades propostas; classificação atribuída à turma nas

diversas atividades.” (Inq.DEscolaQ6).

“O agrupamento procura oferecer aos alunos um conjunto diversificado de

modalidades. Na escola de Campelos os alunos participam bastante, mas na escola

Vítor Melícias há por vezes dificuldade em levar os alunos a participar e em manter

a regularidade.” (Inq.DEscolaQ6).

“O Agrupamento tem uma oferta desportiva variada, com 10 grupos / equipa

do Desporto Escolar, atividade interna (maioritariamente na EB de Campelos, onde

os IMC revelam mais incidência de sobrepeso e obesidade), além das aulas de

Educação Física e atividades promovidas pelo Departamento de Educação Física e

Desporto Escolar. O departamento é dinâmico e envolve-se nas atividades

promovidas, que nunca podem ser muitas além das já existentes no âmbito do

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

208

Desporto Escolar. Ao nível dos alunos a adesão é boa na EB Padre Vítor Melícias e

muito boa na EB de Campelos, onde os alunos revelam mais interesse pelas

atividades desportivas.” (Inq.DEscolaQ6).

Sobre (Q.7) qual tem sido a principal finalidade da atividade desportiva

realizada na escola? Na generalidade os respondentes apontaram o incentivo à

prática desportiva, ajudar os alunos a praticar, a praticar mais e regularmente, dar

a conhecer as modalidades, proporcionar momentos de competição, promover a

dimensão educativa e formativa pelo desporto, e criar estilos de vida saudáveis,

com os seguintes exemplos: “desenvolver o nível funcional das capacidades

motoras dos alunos e melhorar a realização das habilidades motoras nos diferentes

tipos de atividades. Promover o desenvolvimento integral do aluno, favorecendo o

reforço da oferta educativa numa perspetiva interdisciplinar e integrada com as

restantes aprendizagens escolares.” (Inq.DEscolaQ7); “maximizar o número de

praticantes, experienciarem o maior número de situações possíveis, criar hábitos

saudáveis para o resto das suas vidas.” (Inq.DEscolaQ7); “proporcionar aos alunos

momentos e contextos competitivos que lhes permitam fomentar o gosto pela

prática desportiva.” (Inq.DEscolaQ7); “tem muito a ver com a filosofia que o

professor responsável imprime ao grupo-equipa; “na maioria dos casos o grande

objetivo é a formação através de uma prática pedagógica e formativa.”

(Inq.DEscolaQ7); “a divulgação da importância da prática desportiva e dos hábitos

de vida saudável.” (Inq.DEscolaQ7); ”fomentar o gosto pela atividade física e

proporcionar aos alunos atividades e locais para o fazer.” (Inq.DEscolaQ7),

“promover a prática regular de atividade física e desportiva com carácter

voluntário e regular.” (Inq.DEscolaQ7).

Relativamente (Q.8) aos principais objetivos estabelecidos para a escola, em

termos de desporto escolar, as respostas estão orientadas com as dadas à questão

anterior, assim: as aprendizagens das modalidades; o desenvolvimento integral dos

alunos; a formação pessoal dos alunos; a criação e manutenção de hábitos de vida

saudáveis; o desenvolvimento da prática desportiva; promover o combate à

inatividade física; melhorar o aproveitamento escolar e o sucesso educativo; e

constituir-se como instrumento de inclusão, foram os principais objetivos

transmitidos. Tal como se evidencia nas respostas seguintes:

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

209

"Consolidação das aprendizagens; desenvolvimento integral dos alunos; criação

e manutenção de hábitos de vida saudáveis; melhoria da aptidão físico-motora;

promover estilos de vida saudáveis que contribuam para a formação equilibrada

dos alunos e permitam o desenvolvimento da prática desportiva; promover o

combate à inatividade física e a luta contra a obesidade.” (Inq.DEscolaQ8);

“Incentivar nos alunos o espírito de que as atividades desportivas contribuem

para um melhor aproveitamento escolar e para o sucesso educativo.”

(Inq.DEscolaQ8);

“Perspetivar o Desporto Escolar como um instrumento de inclusão e de

promoção do sucesso escolar, privilegiando alunos que apresentem maiores

riscos de insucesso, absentismo ou abandono escolar." (Inq.DEscolaQ8);

“Manter os alunos motivados e participar em todos os momentos,

concentrações, jornadas. Se possível ir treinando alunos mais novos que deem

continuidade ao trabalho desenvolvido.” (Inq.DEscolaQ8);

“Contribuir para o combate ao insucesso e abandono escolar e promover estilos

de vida saudáveis que contribuem para a formação equilibrada dos alunos.

Contribuir para a criação de uma cultura desportiva na escola. Desenvolver

conhecimentos sobre a ética desportiva, revelando um espírito de "Fair-Play".

Participar ativamente em todas as situações e procurar o êxito pessoal e do

grupo. Respeito pelas normas do espírito desportivo como consciencialização à

responsabilidade.” (Inq.DEscolaQ8);

“Promover a socialização no âmbito desportivo; promover a atividade física e

desportiva inclusiva; promover a prática regular de atividade física e desportiva

com carácter voluntário; e aumento da atividade física na escola de Campelos,

com vista à redução dos níveis de sedentarismo e IMC acima da média ali

existente.” (Inq.DEscolaQ8);

“Continuidade dos Grupos/ equipa do projeto anterior e abertura do Boccia

para alunos com NEE. Aumentar a % de participação dos alunos nas atividades.”

(Inq.DEscolaQ8).

Questionados (Q.9) se consideram que a escola a que pertencem se diferencia

das outras escolas do concelho? O principal sentido das respostas dadas é de não

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

210

existirem diferenças entre as escolas quanto às atividades; diversidade de oferta

de modalidades; tentativa de ter o maior número de alunos para participarem nas

competições; empenho dos professores. No entanto, as respostas diferem nas

instalações desportivas, “em termos de instalações e equipamentos, a EB Padre

Vítor Melícias tem condições razoáveis, enquanto a EB de Campelos apresenta

condições muito más…” (Inq.DEscolaQ9); não existência de pavilhão coberto na

Escola Secundária Henriques Nogueira” (Inq.DEscolaQ9).

A identificação das principais modalidades praticadas nas escolas do concelho,

foi realizada recorrendo aos três níveis de organização da atividade no âmbito do

DE. Assim, tal como se descreve na tabela seguinte, identificaram-se, nos Níveis I e

II, onze (11) modalidades diferentes, com participação nas competições a nível

local e regional, principalmente no escalão correspondente a infantis, iniciados e

juvenis. As atividades de Caminhada e Passeios Pedestres são pontuais.

No Nível III, Clube Escolar Federado, grupos-equipa que participam em

competições organizadas pelas federações das respetivas modalidades, identificou-

se a modalidade de Voleibol

Tabela 115 – Principais modalidades praticadas nas escolas do concelho, por níveis do DE.

Nível I Nível II

Atletismo/ corta-mato

Torneio de futsal inter-turmas

Passeios pedestres

Desportos gímnicos

Golfe

Voleibol Voleibol

Futsal Basquetebol Ténis de mesa

Atletismo/ corta-mato

Voleibol Ténis de mesa

Torneios inter-turmas / jogos desportivos coletivos em todos os finais de período

Caminhada Basquetebol Goalball Futsal Voleibol

Projeto "Turma MAIS Desportiva"

Torneio de Basquetebol 3x3

Semana do Atletismo

Futsal Ténis de mesa

Torneios inter-turmas de diversas modalidades

Corrida de Escola

Torneio de Ténis de Mesa Tomé Borges

Caminhada, Pista de Atletismo da Paúl

Goalball Natação

Torneios inter-turmas de diversas modalidades

Corridas de escola nas duas EB (Campelos e V Melícias)

Torneio do mata

Golfe Ténis de mesa

Fonte: Questionário à Prática de Deporto na Escola, Q.9.

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

211

Nas ações de promoção de atividade desportiva realizadas na escola, com apoio

de entidades externas (Q.18), os inquiridos indicaram as seguintes iniciativas:

“Ação de Sensibilização sobre Esgrima”, em colaboração com a Federação

Portuguesa de Esgrima; “Voleibol na Escola”, em colaboração com a Associação de

Voleibol de Lisboa; Orientação, em colaboração com o Académico de Torres

Vedras; e realização de uma Caminhada, em colaboração com a CMTV.

Questionados sobre (Q.19) quais as entidades que colaboram atualmente com a

escola e em que consiste essa colaboração, verifica-se que principalmente as

Juntas de Freguesia (União das Freguesias de Torres Vedras; Santa Maria, São Pedro

e Matacães, Campelos e Outeiro da Cabeça) no apoio em transportes; a CMTV, no

transporte, apoio logístico, materiais/ equipamentos para organização de eventos;

o Ministério da Educação (Desporto Escolar); a Associação de Educação Física e

Desportiva de TV, cedência gratuita da piscina para alunos com NEE; os Campos de

Golfe do Botado, Campo Real, para a realização de treinos; e os Centros de Saúde,

no apoio a cuidados de saúde, são as principais entidades que colaboram com as

escolas.

O grau de satisfação (Q.20) com esta colaboração é “bom” ou “muito bom”,

com exceção da relação com os Centros de Saúde que foi considerada “suficiente”.

As entidades (Q.21) que melhor podem colaborar no futuro com a escola, de acordo

com a área de colaboração, são referidas na tabela seguinte.

Tabela 116 – Entidades que melhor podem colaborar, no futuro, com a escola.

Entidades Área de colaboração/ cooperação

Câmara Municipal de Torres Vedras Transportes e apoio logístico/ Cedência de instalações

União das Freguesias de Torres Vedras Transportes

Clubes Encaminhamento e evolução dos praticantes

Associação de Educação Física e Desportiva de Torres Vedras

Utilização da piscina

Federações Encaminhamento e evolução dos praticantes Fonte: Questionário à Prática de Deporto na Escola, Q.21.

Os transportes, as instalações e o “encaminhamento e evolução dos praticantes

são as principais áreas de cooperação apontadas.

Questionados se algum clube, associação ou organização desportiva, utiliza as

instalações da escola e com o qual têm alguma relação de cooperação (Q.21), três

escolas indicaram a existência dessa relação com cinco clubes, que utilizam as

instalações entre 4 a 6 horas por semana, conforme tabela imediata.

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

212

Tabela 117 – Escolas que disponibilizam o uso das instalações desportivas a clubes. Escola Clube

Escola Secundária Henriques Nogueira - Agrupamento Escolas Henriques Nogueira

Associação da Educação Física e Desportiva de Torres Vedras Clube Académico de Penafirme

Escola EB 2,3 Padre Vítor Melícias – Agrupamento Escolas Padre Vítor Melícias

Sporting Clube de Torres Vedras

Escola EB 2,3 de Campelos – Agrupamento Escolas Padre Vítor Melícias

Associação da Educação Física e Desportiva de Torres Vedras, Paulense Centro de Intervenção Comunitária de Boavista– Olheiros

Fonte: Questionário à Prática de Deporto na Escola, Q.21.

Relativamente às principais necessidades da escola ao nível de instalações

desportivas (Q.26), foi solicitada a sua identificação considerando as que são

urgentes, no prazo de um ano letivo, e as que são de médio e longo prazo.

Tabela 118 – Necessidades das escolas ao nível de instalações desportivas.

Escola Urgentes A médio prazo

Escola EB 2,3 Maxial - Agrupamento Escolas Henriques Nogueira

Renovação dos equipamentos/ materiais desportivos no exterior

Escola Secundária Henriques Nogueira - Agrupamento Escolas Henriques Nogueira

Instalação de aparelhos de condição física no exterior (pátio)

Reformulação da instalação dos candeeiros no ginásio

Escola EB 2,3 de Campelos – Agrupamento Escolas Padre Vítor Melícias

Inspeção, substituição de todos os equipamentos (balizas, tabelas ...)

Pavilhão desportivo na Escola de Campelos

Escola EB 2,3 Padre Vítor Melícias – Agrupamento Escolas Padre Vítor Melícias

Inspeção, substituição de todos os equipamentos (balizas, tabelas ...)

Fonte: Questionário à Prática de Deporto na Escola, Q.26.

Em como avaliam o apetrechamento desportivo que a escola possui atualmente

(Q.27), com recurso a uma escala de quatro pontos entre “Muito Insuficiente” a

“Mais do que suficiente”, os inquiridos indicaram entre insuficiente, na Escola

Secundária Henriques Nogueira - Agrupamento Escolas Henriques Nogueira, e

suficiente nas restantes nas restantes escolas. Quanto ao estado de conservação do

existente (Q.28), e numa escala de avaliação entre “Muito degradado” a “Muito

bem conservado”, os respondentes avaliaram entre “Degradado”, na Escola EB 2,3

Maxial - Agrupamento Escolas Henriques Nogueira, e “Razoável” nas restantes

escolas. Solicitado que concretizassem quais são as principais necessidades de

apetrechamento (Q.29), as necessidades urgentes até ao próximo ano letivo,

consideraram: “tabelas novas nos espaços exteriores”, na Escola EB 2,3 Maxial -

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

213

Agrupamento Escolas Henriques Nogueira, “aparelho de limpeza do polidesportivo,

aspirador potente.”, “material específico para as modalidades”, Escola Secundária

Henriques Nogueira - Agrupamento Escolas Henriques Nogueira, e “postes de salto

em altura, substituição das forras de lona de todos os colchões de ginástica, por

forras de PVC. A médio prazo, mesas de ténis de mesa para interior e exterior.”, na

Escola EB 2,3 de Campelos – Agrupamento Escolas Padre Vítor Melícias.

Nos resultados desportivos obtidos pelas escolas nos últimos 5 anos (Q.30), o

Atletismo (nos escalões de juniores femininos, juvenis e iniciados femininos e

masculinos) das Escolas: Secundária Henriques Nogueira - Agrupamento Escolas

Henriques Nogueira; EB 2,3 Padre Vítor Melícias – Agrupamento Escolas Padre Vítor

Melícias e EB 2,3 de Campelos – Agrupamento Escolas Padre Vítor Melícias, e o

Voleibol (no escalão de iniciados femininos e masculinos) foram as modalidades

indicadas com maior participação nas competições, regionais e nacionais, e com

resultados desportivos nas primeiras classificações.

Noutros resultados obtidos, considerados expressivos da dinâmica do desporto

na escola, (Q.31), as escolas que responderam consideraram: “…temos tido sempre

atletas no pódio nas competições regionais e por vezes nos nacionais nos Mega

Sprint e no Corta-Mato” (Escola EB 2,3 Padre Vítor Melícias – Agrupamento Escolas

Padre Vítor Melícias). “Vários pódios regionais e nacionais no Corta-Mato (Escola

Secundária Henriques Nogueira - Agrupamento Escolas Henriques Nogueira), ainda

no Golfe, participações no campeonato nacional e apuramentos para os regionais,

no Badminton e no Ténis de Mesa, com alunos apurados para os regionais quase

todos os anos (Escola EB 2,3 de Campelos – Agrupamento Escolas Padre Vítor

Melícias).

Acerca da orientação estratégica para a atividade do DE, questionou-se os

destinatários do inquérito sobre a sua perceção relativamente à intervenção

realizada pela escola nos últimos 3 anos e a tendência para os próximos três anos

(Q.32), se “Cresceu”, “Estabilizou” ou se “Reduziu”, relativamente a um conjunto

de intervenções de desenvolvimento do desporto. Tal como se expressa na tabela

seguinte.

Tabela 119 – Intervenções realizadas nas escolas, nos últimos anos e nos próximos. Intervenções Nos últimos 3 últimos anos Nos próximos 3 anos

Instalações Aquisição de materiais/ equipamentos

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

214

Fonte: Questionário à Prática de Desporto na Escola (Q. 32). Intervenção cresceu (↑), estabilizou (=), reduziu (↓)

Como se pode constatar, nenhuma intervenção, face ao período anterior e ao

seguinte, teve uma perspetiva intendida como de “redução”. Nos últimos três anos,

as atividades para “alunos com deficiência” e “atração de novos alunos” foram as

únicas consideradas como de crescimento, as restantes mantiveram a mesma

intervenção. Para os próximos três anos, percecionam um crescimento da

intervenção nas “instalações”, “envolvimento dos professores”, “comunicação para

atrair alunos”, “atração de novos alunos” e crescimento da “relação com as

instituições locais”, apreciando que as restantes ficarão estáveis.

Questionados sobre a identificação de outros aspetos que julgam ser obstáculo

para uma maior atividade desportiva na escola e na interação com o exterior, e

que podem ser melhorados (Q.33), os inquiridos responderam sobre “obstáculos”

delimitados em oito (8) dimensões: organização interna da escola; coordenação

entre escolas; transportes; expressão físico-motora no 1º ciclo e DE; relação com as

AEC; instalações desportivas; equipamentos desportivos/ apetrechamento e relação

entre a escola e os clubes, tal como se descreve na tabela seguinte.

Tabela 120 – Aspetos que julgam ser obstáculo a maior atividade desportiva na escola.

Dimensão Descritivo do obstáculo

Organização interna do plano curricular e horários

“Sobrevalorização de certas disciplinas/ professores que «boicotam» a prática desportiva aos alunos chantageando-os com a avaliação e os exames nacionais.” (Q.32, Resp.1)

Coordenação da atividade dos alunos entre escolas, na passagem de ciclo de estudos

“Articulação entre escolas "2-3" e secundárias do município no âmbito do Desporto Escolar de forma a garantir continuidade/ progressão dos alunos nas diferentes modalidades quando transitam entre escolas/ciclos de escolaridade.” (Q.32, Resp.4)

Transportes

“Dificuldade relativamente aos transportes dos alunos/ atletas.” (Q.32, Resp.2) “A pouca disponibilidade financeira dos agrupamentos para deslocações dos alunos quer no âmbito da EF, quer do DE.” (Q.32, Resp.11)

Expressão físico-motora no 1º ciclo e DE

“O não cumprimento efetivo da expressão físico-motora no 1º ciclo, a qual deveria ser ministrada em regime de coadjuvação com professor de Educação Física;” (Q.32, Resp.3) “Os agrupamentos deveriam assumir com a autarquia compromisso comum de viabilizar o cumprimento do programa de EFM.” (Q.32, Resp.5) “Os agrupamentos, o Desporto Escolar e a autarquia também deveriam criar compromisso para "alargamento" do desporto

Envolvimento dos professores Comunicação para atrair alunos

Programa nacional do desporto escolar

Relação com as instituições locais Número de atividades

Atividades para alunos com deficiência Atração de novos alunos Receitas para os projetos

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

215

escolar ao 1º ciclo de forma a criar continuidade/evolução nas diferentes modalidades. “

Relação/ funcionamento das AEC “Rever/ repensar as AEC nomeadamente a AFD no concelho, de forma a que não funcionem como em muitos casos sem condições nas escolas.” (Q.32, Resp.6)

Instalações desportivas

“Espaços exteriores das escolas muito pobres na possibilidade de utilização e de exploração.” (Q.32, Resp.7) “Ausência de cobertura nos campos de jogos da Escola Básica de Campelos e na Escola Básica Padre Vítor Melícias.” (Q.32, Resp.8) “Ausência de pavilhão na EB de Campelos.” (Q.32, Resp.9) “Falta de espaço exterior coberto e sala polivalente nas escolas de 1º ciclo e Jardins de Infância.” (Q.32, Resp.15) “Equacionar melhor aproveitamento das instalações desportivas, quer das escolas, quer da comunidade de modo a serem melhor aproveitadas, pelas escolas e pela comunidade.” (Q.32, Resp.16)

Equipamentos desportivos/ materiais/ apetrechamento

“Necessidade urgente de requalificação de equipamentos e espaços atuais de Educação Física (tabelas, balizas…) das escolas de 2º e 3º ciclo.” (Q.32, Resp.12) “Falta de montagem de "percursos" /aparelhos de atividade física nas escolas ou em espaços próximos das mesmas, os quais poderiam ser utilizados pela população.” (Q.32, Resp.13)

Relação entre a Escola e os Clubes “Falta de articulação entre o Desporto Escolar e o Desporto Federado.” (Q.32, Resp.10) “Há dificuldade em encaminhar alunos que se iniciaram na escola.” (Q.32, Resp.14)

Fonte: Questionário à Prática de Deporto na Escola, Q.32.

Por fim, na última questão, quais as sugestões e ações que poderão ser

realizadas para conduzir a uma maior atividade desportiva na escola (Q.33), os

inquiridos indicaram a necessidade de “…sensibilização por parte de toda a

comunidade escolar para a importância de práticas físicas saudáveis. (Q.33Resp.1);

a necessidade de se conseguir o “…apoio inequívoco por parte da direção da escola

valorizando a componente psicomotora como fundamental para uma educação

completa dos alunos.” (Q.33Resp.2); a promoção de “…várias atividades/ torneios

de diversas modalidades (atividade interna) que envolvam as várias escolas do

concelho.” (Q.33Resp.3); a “elaboração de carta municipal de todos os

equipamentos desportivos existentes e sua divulgação.” (Q.33Resp.4); a

“…elaboração de carta diagnóstico de necessidades de equipamentos de atividade

física ao nível escolar e comunitário.” (Q.33Resp.5); promover a realização de um

encontro sobre o "…desenvolvimento da Expressão Físico-Motora no concelho de

Torres Vedras" (Q.33Resp.6); realizar reuniões de trabalho entre coordenadores de

departamento de EF e de DE dos vários agrupamentos (Q.33Resp.7) e destes com a

autarquia (Q.33Resp.8) e estabelecer “…protocolos entre a autarquia e os

agrupamentos no âmbito do transporte regular de alunos e professores de EF ou de

grupos/ equipa a instalações/ equipamentos que não os escolares.” (Q.33Resp.9).

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

216

3.1 Síntese sobre o desporto na escola

Na generalidade, os docentes inquiridos consideram “a atividade física e

desportiva oferecida pelo agrupamento é diversificada, possibilitando aos alunos

uma prática competitiva, e que, na maior parte, estes alunos não têm possibilidade

de praticar ...” (Inq.DEscolaQ2). Constatou-se que há variabilidade na adesão, por

parte dos alunos, de escola para escola. As apreciações globais sobre as ID nas

escolas variam entre razoáveis, muito más e não existentes.

As modalidades identificadas como mais praticadas e com competições, de

acordo com a perceção dos docentes, são: futsal, voleibol, ténis de mesa, goalball

natação e golfe. Existe um clube escolar federado de voleibol.

Colaboram com a escola principalmente as juntas de freguesia (União das

Freguesias de Torres Vedras; Santa Maria, São Pedro e Matacães, Campelos e

Outeiro da Cabeça) no apoio em transportes; a CMTV, no transporte, apoio

logístico, materiais/ equipamentos para organização de eventos; o Ministério da

Educação (Desporto Escolar); a Associação de Educação Física e Desportiva de TV,

cedência gratuita da piscina para alunos com NEE; os Campos de Golfe do Botado,

Campo Real, para a realização de treinos; e os Centros de Saúde, no apoio a

cuidados de saúde, são as principais entidades que colaboram com as escolas.

Nos últimos três anos, das atividades realizadas, as dirigidas aos “alunos com

deficiência” e “atração de novos alunos” foram as únicas consideradas como de

crescimento, as restantes mantiveram a mesma intervenção. Para os próximos três

anos, os professores inquiridos percecionam um crescimento da intervenção nas

“instalações”, “envolvimento dos professores”, “comunicação para atrair alunos”,

“atração de novos alunos” e crescimento da “relação com as instituições locais”.

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

217

IX – Oferta de instalações desportivas

1 Nota introdutória

O financiamento e regulação que caracterizam a ação do Estado, em relação ao

desporto, vêm integrando iniciativas de projeção, construção, exploração e

reestruturação de instalações desportivas (ID), em parceria com o movimento

associativo desportivo, sobretudo com os clubes, as associações regionais/ distritais

de clubes e as federações desportivas4.

A centralidade que os municípios detêm sobre a conceção e gestão de vários

instrumentos de ordenamento do território parece associar um crescente

protagonismo na integração do planeamento das instalações desportivas nas

iniciativas políticas locais, em articulação com as múltiplas dimensões de gestão

territorial, a CMTV tem um posicionamento específico quanto à conceção,

construção, gestão e propriedade das ID.

A presente dimensão do estudo posiciona-se numa abordagem interpretativa

sobre o entendimento das ID no desenvolvimento desportivo local. O objetivo foi

efetuar, a partir da informação disponibilizada pela CMTV, a avaliação da situação

do concelho em matéria de ID. A definição dos indicadores de análise assentou no

pressuposto de que a gestão de ID constitui um processo fásico (de programação e

projeção, construção e exploração) e cíclico, relativo à reestruturação que as

instalações sofrem após período de exploração, concretizando-se numa nova fase

de programação e projeção (Farmer, P.; Mulrooney, A. & Ammon, R.; 1996)5.

4 Comissão Europeia (1999); O Modelo Europeu do Desporto – Documento de Reflexão. Bruxelas: Ed. Comissão Europeia –

Direcção-Geral X 5 Farmer, P.; Mulrooney, A. & Ammon, R. (1996); Sport Facility Planning and Management; Ed. Fitness Information

Technology, Morgantown.

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

218

2 Metodologia

O estudo sobre as ID foi organizado em 3 etapas metodológicas, a partir das

quais se estruturou a informação e se obtiveram os resultados que a seguir se

expressam:

Levantamento por georeferenciação das ID do concelho, a partir do

Departamento de Estratégia, área dos Sistemas de Informação

Geográfica, da CMTV;

Caracterização técnica das ID do concelho, de acordo com os

elementos disponibilizados pela CMTV;

Identificação das necessidades de projeção e construção de ID.

O universo do presente estudo foi definido pelas ID cuja propriedade e/ ou

gestão pertencem ao município, às freguesias ou aos clubes desportivos/

associações desportivas do concelho, independentemente da entidade proprietária

e/ ou gestora; a amostra incidiu sobre a totalidade das ID (100%). Atendendo ao

quadro normativo específico6, delimitador de normas de conceção, segurança,

funcionalidade e manutenção específicas, não foram considerados para o presente

estudo os espaços de jogo e recreio destinados a crianças.

2.1 Georeferenciação das ID do concelho

O objetivo de utilizar as ID com georeferenciação foi o de permitir que:

Passem a constar de uma base de dados com informação geográfica que

se encontre associada por um identificador comum: um mapa digital;

Seja assegurada a separação das informações sobre as ID em diferentes

camadas temáticas, bem como o seu armazenamento independente;

O trabalho sobre o planeamento do desporto se desenvolva em condições

de maior celeridade e simplicidade;

Ter por referência a realidade territorial e as suas subdivisões

administrativas;

Articular as referências das ID com os múltiplos níveis de caracterização

propostos no Sistema Nacional de Informação Desportiva7e,

essencialmente, pela tipologia normativa8.

Decreto-Lei n.º 379/97, de 27 de Dezembro - Aprova o Regulamento que estabelece as condições de segurança a observar na localização, implantação, conceção e organização funcional dos espaços de jogo e recreio, respetivo equipamento e superfícies de impacte. Posteriormente alterado pelo Decreto-Lei n.º 119/2009, de 19 de Maio. 7 https://www.snid.pt/home

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

219

2.2 Caracterização técnica das ID

A interpretação técnica das ID foi estruturada tendo por referência um

conjunto de pressupostos:

Assegurar uma uniformização de identificação e caracterização das ID do

concelho, transversal às diferentes tipologias;

Constituir um referencial de informação, capaz de suportar análises técnicas

e funcionais das ID e, consequentemente, estimular a reflexão e discussão

sobre a situação e as medidas de desenvolvimento a implementar;

Assegurar um carácter ágil e prático na consulta e utilização no processo de

gestão municipal;

Reforçar a identidade específica que cada ID constitui;

Facilitar a informação que o município tem de prestar ao IDP, IP no primeiro

trimestre de cada ano, cf. disposto no regime jurídico das instalações

desportivas de uso público (RJIDUP), aprovado pelo decreto-lei n.º 141/2009;

Estruturar uma lógica de planeamento, construção e gestão de potenciais

necessidades.

A avaliação das ID do concelho foi desenvolvida tendo por referência as

principais ID e numa estrutura de análise que privilegiou as IDBF por serem as mais

frequentes no concelho. A identificação das principais ID foi realizada a partir dos

seguintes critérios: ID com resposta atual a utentes (individuais e coletivos/

organizações desportivas); atividades que possibilita a sua utilização (formação/

treinos; atividades educativas e eventos desportivos) e condições funcionais

(acesso; condições da SDU).

A avaliação incidiu sobre as seguintes dimensões de análise:

Análise territorial - identificação da distribuição das ID no concelho;

Base populacional - considerando o número de habitantes por freguesia;

ID por densidade populacional - relacionado a distribuição de ID pelas

freguesias com maior densidade populacional;

8 Com base no disposto no Decreto-Lei n.º 141/2009, de 16 de Junho – Estabelece o Regime Jurídico das Instalações Desportivas de Uso Público.

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

220

Área desportiva útil / Superfície desportiva útil - avaliação da área

especificamente destinada à prática desportiva;

Apuramento das necessidades territoriais de instalações desportivas de

acordo com a proposta da Direcção-Geral de Ordenamento do Território e

Desenvolvimento Urbano (DGOTDU, 2002);

Apetrechamento - dimensão destinada a avaliar os materiais e equipamentos

disponíveis (questão respondida nos diferentes inquéritos aplicados por

sectores).

A definição sobre as diferentes tipologias de ID é estruturada, na figura

seguinte, a partir da legislação em vigor.

Figura 12 - Tipologias de ID definidas no Regime Jurídico das Instalações Desportivas de Uso Público.

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

221

INST

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Concebidas e destinadas a actividades desportivascom carácter informal ou sem sujeição a regrasimperativas e permanentes, no âmbito das práticasrecreativas, de manutenção e de lazer activo.

Concebidas e destinadas para a educação desportivade base e actividades propedêuticas de acesso adisciplinas desportivas especializadas, paraaperfeiçoamento e treino desportivo, cujascaracterísticas funcionais, construtivas e depolivalênciasão ajustadas aos requisitos decorrentesdas regras desportivas que enquadram asmodalidades desportivas a que se destinam.

Instalações permanentes concebidas e organizadaspara a prática de actividades desportivasmonodisciplinares, em resultado da sua específicaadaptação para a correspondente modalidade ou pelaexistência de condições naturais do local, evocacionadas para a formação e o treino da respectivadisciplina.

Instalações permanentes, concebidas e vocacionadas paraacolher a realização de competições desportivas, e onde seconjugam os seguintes factores: a) Expressiva capacidadepara receber público e a existência de condições paraalbergar os meios de comunicaçãosocial; b) Utilização prevalente em competições e eventoscom altos níveis de prestação; c) A incorporação designificativos e específicos recursos materiais e tecnológicosdestinados a apoiar a realização e difusão pública deeventos desportivos.

INS

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ULO a) Estádios;

b) Pavilhões multiusos desportivos;c) Estádios aquáticos e complexos de piscinas olímpicas;d) Hipódromos;e) Velódromos;f) Autódromos, motódromos, kartódromos e crossódromos;g) Estádios náuticos;h) Outros recintos

a) Pavilhões e salas de desporto destinados e apetrechados para uma modalidade específica;b) Salas apetrechadas exclusivamente para desportos de combate;c) Piscinas olímpicas, piscinas para saltos e tanques especiais para actividades subaquáticas;d) Pistas de ciclismo em anel fechado e traçado regulamentar; e) Instalações de tiro com armas de fogo; f) Instalações de tiro com arco; g) Pistas e infra -estruturas para os desportos motorizados em terra;h) Instalações para a prática de desportos equestres; i) Pistas de remo e de canoagem e infra -estruturas de terra para apoio a desportos náuticos;j) Campos de golfe;l) Outras instalações desportivas cuja natureza e características se conformem com o disposto no n.º 1.m) Centros de alto rendimento e centros de estágio desportivos.

a) Grandes campos de jogos, destinados ao futebol, râguebi e hóquei em campo; b) Pistas de atletismo, em anel fechado, ao ar livre e com traçado regulamentar;

c) Pavilhões desportivos e salas de desporto polivalentes;d) Pequenos campos de jogos, campos polidesportivos, campos de ténis e ringues de

patinagem, ao ar livre ou com simples cobertura;e) Piscinas, ao ar livre ou cobertas, de aprendizagem, desportivas e polivalentes.

a) Recintos, pátios, minicampos e espaços elementares destinados a iniciação aos jogosdesportivos, aos jogos tradicionais e aos exercícios físicos; b) Espaços e percursospermanentes, organizados e concebidos para evolução livre, corridas ou exercícios demanutenção, incluindo o uso de patins ou bicicletas de recreio; c) Salas e recintoscobertos, com área de prática de dimensões livres, para actividades de manutenção,lazer, jogos recreativos, jogos de mesa e jogos desportivos não codificados; d) Aspiscinas cobertas ou ao ar livre, de configuração e dimensões livres, para usosrecreativos, de lazer e de manutenção.

Tipologias de ID - Regime Jurídico de ID de Uso Público [DL_141/2009]

Resultados

3.1 Análise territorial, populacional e georeferenciação de ID

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

222

Constata-se, globalmente, que as freguesias com mais habitantes em 1991, a

cima dos quatro mil habitantes, foram as que tiveram aumentos de população até

2011. Com exceção das freguesias de Turcifal e Ramalhal, as com menor número de

habitantes, continuaram a perder residentes.

Figura 13 - População residente por freguesias do concelho de Torres Vedras em 1991, 2001 e 2011.

Na relação com a figura seguinte, sobre a densidade populacional, as

freguesias do litoral e da sede de concelho, nos anos em apreço, com maior

número de habitantes, são as que apresentam maior densidade populacional

(número de habitantes por km2), principalmente a União de Freguesias de Santa

Maria, São Pedro e Matacães e da Silveira.

Figura 14 - Densidade populacional por freguesia no concelho de Torres Vedras.

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

223

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

224

Na figura seguinte, considerando os aglomerados populacionais do concelho, está

ilustrada a distribuição das ID por tipologias existentes, em 2007 e 2017.

Figura 15 – Distribuição das instalações desportivas pelos aglomerados populacionais do concelho.

Com base na figura anterior, estruturamos, na tabela seguinte, o n.º de ID

segundo classes tipológicas e número de equipamentos. Verifica-se que, na

diferença entre os anos em referência, as Instalações Desportivas de Base

Recreativas (IDBR) tiveram o maior crescimento, com dezanove (19) novas ID.

Nesta caso, devido à construção de “percurso pedestre e ciclável sinalizado”, treze

(13) novos espaços, e “circuito de manutenção”, seis (6) novos espaços.

As Instalações Desportivas de Base Formativas (IDBF) representam o segundo

maior esforço de construção, catorze (14) novas instalações. Nesta tipologia

sobressai o número de “grandes campos de jogos relvado”, com mais oito (8)

campos e a construção de três (3) “polidesportivos cobertos”.

Registe-se a desativação de 3 campos de ténis e de 3 polidesportivos

descobertos.

No total, entre os dois períodos de aferição, o concelho construiu trinta e três

(33) novos espaços. Passando de 144 para 177.

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

225

Tabela 121 – Identificação das ID por tipologia e número no concelho. Tipologias de Instalações

N.º de Instalações

Instalações Desportivas de Base Recreativas (IDBR) 2007 2017 Diferença

Circuito de manutenção 1 7 6

Percurso pedestre e ciclável sinalizado 2 15 13

Skateparque 1 1 0

Subtotal 4 23 19

Instalações Desportivas de Base Formativas (IDBF)

Grande campos de jogos relvado 11 19 8

Pista de atletismo 0 1 1

Campo de ténis 17 14 -3

Campo de padel 0 2 2

Polidesportivo coberto 0 3 3

Polidesportivo descoberto 68 65 -3

Polidesportivo descoberto relvado 0 2 2

Pavilhão gimnodesportivo 21 23 2

Piscinas cobertas 7 9 2

Piscinas descobertas 9 9 0

Subtotal 133 147 14

Instalações Desportivas Especiais ou Monodisciplinares (IDEM)

Centro hípico 3 4 1

Campo de golfe 2 1 -1

Subtotal 5 5 0

Instalações Desportivas Especiais para o Espetáculo (IDEE)

Hipódromo 1 1 0

Estádio de futebol 1 1 0

Subtotal 2 2 0

Total 144 177 33

Fonte: Dados disponibilizados pela CMTV (2018).

Gráfico 41 – Número de ID por tipologias e novas construções, diferença em duas datas.

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

226

As ID de base formativa (83%) e de base recreativa (13%) correspondem a 96%

das ID do concelho, tal como se expressa no gráfico seguinte.

Gráfico 42 – Distribuição relativa (%) de ID segundo as tipologias estabelecidas na legislação.

Fonte: Dados disponibilizados pela CMTV (2018).

Na figura seguinte, observa-se a distribuição dos grandes campos de jogos pelo

concelho e constata-se que só as freguesias de Maxial e Monte Redondo e Carvoeira

é que não dispõem desta tipologia de ID.

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

227

Figura 16 – Distribuição dos grandes campos de jogos relvados no concelho.

Os pequenos campos de jogos tem uma distribuição com cobertura por todo

o concelho. No mínimo, há um pequeno campo por freguesia.

Figura 17 – Distribuição dos pequenos campos de jogos no concelho.

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

228

Os pavilhões desportivos e as salas de desporto polidesportivas não são

identificadas em duas (2) freguesias: Ponte de Rol e Ramalhal.

Figura 18 – Distribuição dos pavilhões desportivos e salas de desporto polivalentes no concelho.

As piscinas são identificadas somente em três (3) freguesias: União das

Freguesias de Santa Maria, São Pedro e Matacães; A dos Cunhados e Maceira e na

Carvoeira e Camões.

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

229

Figura 19 – Distribuição das piscinas no concelho.

Por fim, considerando as freguesias do concelho e a densidade populacional

de cada uma, observa-se, na figura seguinte, todas as 177 ID existentes no

concelho.

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

230

Figura 20 – Distribuição do total de ID existentes, por tipologia, no concelho.

Como referido, predominam as Instalações Desportivas de Base Formativas, os

polidesportivos descobertos (65, 37% do total de ID), os grandes campos de jogos

relvados (19, 11% do total de ID) e os pavilhões de desportivos/ salas de desporto

polivalentes (23, 13% do total de ID) e os campos de ténis (14, 8% do total de ID).

Nas Instalações Desportivas de Base Recreativas, prevalecem os percursos

pedestres e cicláveis (15, 8% do total de ID) e os circuitos de manutenção (7, 4% do

total de ID). A existência de quatro (4, 2% do total de ID) centros hípicos, nas

instalações desportivas especiais, é também de destacar.

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

231

3.2 Apuramento das necessidades territoriais de instalações

desportivas

Na avaliação ponderou-se, igualmente, o apuramento da área desportiva útil

do concelho e a pertinência de apresentar resultados com este indicador. Assim, o

indicador de área desportiva útil (ADU) ou superfície desportiva útil (SDU)

representa um dos indicadores base da análise sobre as necessidades territoriais em

matéria de equipamentos desportivos. Sobre este indicador, a Direcção-Geral de

Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano (DGOTDU, 2002)9 sustenta,

sobre a sua utilização, que :

“Para a previsão de equipamentos de âmbito local ou regional e destinados a

prestar serviços básicos, como os equipamentos desportivos formativos de

base, recorre-se a métodos de cálculo simples e que, no essencial, se

resumem à utilização de indicadores de referência – “standard” ou “norma” –

relacionando a superfície de equipamentos a prever, com a unidade

populacional residente nos limites da área de estudo.”

Sobre o conceito de ADU/ SDU, ela representa a superfície delimitada pelo

traçado do jogo ou prática, acrescida das áreas de segurança mínimas necessárias.

Desta forma, este indicador é sobretudo útil durante a elaboração de planos de

ordenamento do território permitindo a avaliação prévia sobre as necessidades de

reserva de solo para ID. Acresce que não considera outras variáveis importantes,

como a prática desportiva existente, a potencial procura, ou o nível de exigência

técnica da instalação, face ao nível qualitativo de realização dessa prática. Na base

deste princípio, é tido como referência a atribuição de uma quota global de 4 m2

de ADU por habitante. Este valor é, de acordo com as recomendações do Conselho

da Europa e do Conselho Internacional para a Educação Física e o Desporto

(UNESCO, 1977), decomposto na seguinte proporção de tipologias:

9 DGOTU (2002). Normas para a Programação e Caracterização de Equipamentos Colectivos. Col.

Informação, n.º6. Ed. Direcção-Geral de Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano, Lisboa.

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

232

Tabela 122 – Tipologia das ID por dotação funcional.

Tipologias

Dotação Funcional Útil (m2/ hab.)

Grande Campo de Jogos 2,00

Pequeno Campo de Jogos 1,00

Pavilhões e Salas de Desporto 0,15

Pistas de Atletismo 0,80

Piscinas Cobertas 0,03

Piscinas ao Ar Livre 0,02

Total 4 m2

Ainda na lógica de programação, a DGOTUD (2002) sugere uma relação entre

a tipologia dos equipamentos e, com base mínima, o número de habitantes que os

podem vir a utilizar, ver a relação proposta que se expressa na tabela seguinte.

Tabela 123 – Tipologia das ID por número de habitantes. Tipologias

População-Base Mínima

(habitantes)

Grande Campo de Jogos 2500

Pequeno Campo de Jogos 800

Pavilhões e Salas de Desporto 300

Pistas de Atletismo 7500

Piscinas Cobertas 5000

Piscinas ao Ar Livre 7500

Para cálculo da área desportiva útil (ADU/ SUD) são utilizadas duas medidas

como referência: uma com um valor mínimo (medida reduzida) e outra com um

valor padrão (medida padrão) em m2, como a seguir se apresenta.

Tabela 124 – Tipologia das ID por dimensão da ADU/ SDU. Tipologias

Dimensão funcional

Medida

Reduzida (m2) Medida

Padrão (m2)

Grande Campo de Jogos 5000 8000

Pequeno Campo de Jogos 800 1500

Pavilhões e Salas de Desporto 450 1350

Pistas de Atletismo 6000 14000

Piscinas Cobertas 150 400

Piscinas ao Ar Livre 150 500

Reforça-se ainda a necessidade de identificar, para efeito de programação

das ID, a área de implantação (que compreende a ADU acrescida das áreas para

serviços de apoio e circulações interiores) e a área de reserva urbanística (área

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

233

mínima para a implantação do equipamento). Todavia, não considerámos para o

presente trabalho.

Sobre o critério de área de influência da instalação desportiva, o conceito de

irradiação corresponde ao valor máximo de tempo, de percurso ou distância, a pé

ou utilizando transportes públicos, percorrida pelos utilizadores desde a instalação

desportiva. A irradiação mede-se em minutos ou quilómetros. Por conseguinte,

procura-se representar a atração de determinada instalação desportiva, através dos

pontos do território cujo afastamento ao equipamento corresponde ao valor da sua

irradiação. No trabalho, face aos meios de deslocação anteriormente identificados,

no ponto relativo à participação desportiva, e à informação disponível não se

considerou este critério.

Tabela 125 – Área de influência da ID.

Tipologias Área de influência

A pé (Km)

Transportes públicos (minutos)

Grande Campo de Jogos 2 a 3 15 a 20

Pequeno Campo de Jogos 0,5 a 1 5

Pavilhões e Salas de Desporto 2 a 4 15 a 30

Pistas de Atletismo 2 a 4 15 a 20

Piscinas Cobertas 2 a 4 15 a 30

Piscinas ao Ar Livre 2 a 3 15 a 20

Para cálculo da ADU, e considerando o referencial da DGOTDU que permite

estabelecer um padrão de comparabilidade, verifica-se que o concelho de Torres

Vedras apresenta uma ADU de 4,26 m2 por habitante, contabilizando-se somente as

ID de base formativa. Este valor está acima do valor de referência de 4 m2 de ADU

por habitante de acordo com as recomendações do Conselho da Europa.

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

234

Tabela 126 – Área desportiva útil das ID de base formativa.

Justifica-se ainda que, sobre o valor identificado, se utilizou um referencial

de construção de ID existente em 2017, dados da CMTV, e um valor das estimativas

anuais da população residente do INE de 2018. Tal significa que as ID construídas

após aquela data não foram consideradas mas suportam ainda os valores atuais da

população residente. Como anteriormente se verificou, para além do crescimento

dos grandes campos de jogos relvados, os circuitos de manutenção e os percursos

pedestres tiveram um significativo aumento, entre 2007 e 2017, mas também não

foram contabilizados para efeitos de cálculo da ADU.

Tal como se evidencia, na tabela seguinte, os valores da ADU estão

fortemente condicionados pela população residente nas freguesias e pela tipologia

de ID existente, normalmente grandes campos de jogos. As freguesias com menor

número de habitantes têm resultados de ADU por habitante mais altas e, ao invés,

as freguesias com maior população residente, têm valores de ADU mais baixos.

Nestes casos, são exemplo, A dos Cunhados e Maceira (2,60 m2/ hab.); Santa Maria,

São Pedro e Matacães (3,36 m2/ hab.) e Silveira (2,56 m2/ hab.).

Instalações Desportivas de Base Formativas (IDBF)N.º ID

(Ano 2011)

Medida Padrão

(m2)

ADU População

(Habitantes)

ADU /

Habitantes

Grande campos de jogos relvado 19 8000 152000 1,94

Pista de atletismo 1 14000 14000 0,18

Campo de ténis 14 1500 21000 0,27

Campo de padel 2 1500 3000 0,04

Polidesportivo coberto 3 1500 4500 0,06

Polidesportivo descoberto 65 1500 97500 1,24

Polidesportivo descoberto relvado 2 1500 3000 0,04

Pavilhão gimnodesportivo/ salas de desporto polivalentes 23 1350 31050 0,40

Piscinas cobertas 9 400 3600 0,05

Piscinas descobertas 9 500 4500 0,06

Total 147 334150 4,26

Tipologias de Instalações Área Desportiva Útil

78518

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

235

Tabela 127 – Área desportiva útil das ID de base formativa por freguesia.

No seguimento dos elementos tratados, a programação de ID deve equacionar:

a tipologia de ID, por base mínima de população que permita a sua viabilidade

económica e funcional; a dotação funcional útil (DFU); a dimensão funcional; a

área de influência e irradiação e a sua localização (na proximidade de

equipamentos escolares; integrada com outros equipamentos; complementada com

os espaços verdes e áreas de recreio; localizada em posição central relativamente

à zona residencial a servir predominantemente).

Na tabela seguinte, efetua-se uma relação, por freguesia, entre a população

residente e a tipologia de ID para uma base mínima de habitantes. Verificando-se a

existência da ID recomendada para a dimensão populacional de base (assinalada

com √); se não existe ID mas não é recomendada face ao critério (0) e se não existe

ID e é recomendada (*).

8000 1500 1350 1400 400 500 M2

A-dos-Cunhados e Maceira 10391 16000 6000 2700 0 800 1500 27000,0 2,60

Campelos e Outeiro Cabeça 3667 8000 6000 1350 0 0 0 15350,0 4,19

Carvoeira e Carmões 2414 0 1500 2700 0 0 500 4700,0 1,95

Dois Portos e Runa 3128 8000 7500 1350 0 0 1000 17850,0 5,71

Freiria 2461 8000 7500 1350 0 0 0 16850,0 6,85

Maxia l e Monte Redondo 3546 0 10500 1350 0 0 0 11850,0 3,34

Ponte Rol 2444 8000 3000 0 0 0 0 11000,0 4,50

Ramalhal 3472 8000 4500 0 0 0 0 12500,0 3,60

S. Pedro Cadeira 5077 16000 4500 1350 0 0 0 21850,0 4,30

Santa Maria , S. Pedro e

Matacães25717 40000 24000 17550 1400 2400 1000 86350,0 3,36

Si lveira 8530 16000 4500 1350 0 0 0 21850,0 2,56

Turci fa l 3342 8000 6000 1350 0 400 500 16250,0 4,86

Ventosa 5276 16000 6000 0 0 0 0 22000,0 4,17

Freguesias

Grande

Campo de

Jogos

Pequeno

Campo de

Jogos

Pavilhões e

Salas de

Desporto

Po

pu

laç

ão

Piscinas

Cobertas

Piscinas ao

Ar LivreAUD

AUD/ Hab.

Pistas de

Atletismo

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

236

Tabela 128 – Identificação das ID existentes e necessárias pelo critério de n.º habitantes.

√); se não existe ID mas não é recomendada face ao critério (0) e se não existe ID e é recomendada (*).

Como justificado anteriormente, as instalações com potencial de projeção,

face ao critério, necessitam da conjugação de outra informação adicional sobre a

existência de prática desportiva, dinâmicas existentes de desenvolvimento dessa

prática, e complementaridade de outras ID, para suportarem opções de construção

ou de adaptação de instalações. De qualquer forma, exclusivamente pelo critério

da dimensão populacional da freguesia como cenário, na União das Freguesias do

Maxial e Monte Redondo pode ser ponderada a necessidade de um grande campo de

jogos; na Ponte de Rol, Ramalhal e Ventosa a existência de pavilhões ou salas de

desporto; na Silveira a ponderação de uma pista de atletismo e nas freguesias de

São Pedro da Cadeira, Silveira e Ventosa a possibilidade de existência de piscinas

cobertas.

2500 800 300 7500 5000 7500

A-dos-Cunhados e Maceira 10391 √ √ √ * √ √

Campelos e Outeiro Cabeça 3667 √ √ √ 0 0 0

Carvoeira e Carmões 2414 0 √ √ 0 0 √

Dois Portos e Runa 3128 √ √ √ 0 0 √

Freiria 2461 √ √ √ 0 0 0

Maxia l e Monte Redondo 3546 * √ √ 0 0 0

Ponte Rol 2444 √ √ * 0 0 0

Ramalhal 3472 √ √ * 0 0 0

S. Pedro Cadeira 5077 √ √ √ 0 * 0

Santa Maria , S. Pedro e

Matacães25717 √ √ √ √ √ √

Si lveira 8530 √ √ √ * * *Turci fa l 3342 √ √ √ 0 √ √

Ventosa 5276 √ √ * 0 * 0

Piscinas

Cobertas

Piscinas ao

Ar Livre

Base mínima do n.º habitantes / tipologia de ID existente

Freguesias

Po

pu

laç

ão

/ H

ab

.

Grande

Campo de

Jogos

Pequeno

Campo de

Jogos

Pavilhões e

Salas de

Desporto

Pistas de

Atletismo

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

237

3.1 Síntese sobre as instalações desportivas

Entre os dois períodos de aferição (2007 e 2017), o concelho construiu trinta

e três (33) novos espaços, passando de 144 para 177 instalações. As ID de base

formativa (83%) e de base recreativa (13%) correspondem a 96% das ID do concelho.

O concelho apresenta uma ADU de 4,26 m2 por habitante, contabilizando-se

somente as ID de base formativa. Este valor está acima do valor de referência de 4

m2 de ADU por habitante de acordo com as recomendações do Conselho da Europa.

As freguesias com menor número de habitantes têm resultados de ADU por

habitante mais altas e, ao invés, as freguesias com maior população residente, têm

valores de ADU mais baixos. Nestes casos, são exemplo, A dos Cunhados e Maceira

(2,60 m2/ hab.); Santa Maria, São Pedro e Matacães (3,36 m2/ hab.) e Silveira

(2,56 m2/ hab.).

Nos anos em referência, as Instalações Desportivas de Base Recreativas

(IDBR), tiveram o maior crescimento, com dezanove (19) novas ID, pela construção

de “percursos pedestres e cicláveis”, com treze (13) espaços, e “circuito de

manutenção”, com seis (6) novos espaços. As Instalações Desportivas de Base

Formativas (IDBF) representam o segundo maior esforço de construção, catorze

(14) novas instalações. Nesta tipologia sobressai o número de “grandes campos

relvados”, com mais oito (8) campos e a construção de três (3) “polidesportivos

cobertos”.

Dos grandes campos de jogos constata-se que só as freguesias de Maxial e

Monte Redondo e Carvoeira é que não dispõem desta tipologia de ID. A tipologia de

pequenos campos de jogos tem uma distribuição com cobertura por todo o

concelho. A tipologia de pavilhões desportivos e as salas de desporto

polidesportivas não são identificadas em duas (2) freguesias: Ponte de Rol e

Ramalhal. A tipologia de piscinas é identificada somente em três (3) freguesias:

União das Freguesias de Santa Maria, São Pedro e Matacães; A dos Cunhados e

Maceira e na Carvoeira e Camões.

Predominam as IDBF: os polidesportivos descobertos (65, 37% do total de ID);

os grandes campos de jogos relvados (19, 11% do total de ID); os pavilhões

desportivos/ salas de desporto polivalentes (23, 13% do total de ID) e os campos de

ténis (14, 8% do total de ID). Nas IDBR, prevalecem os percursos pedestres e

cicláveis (15, 8% do total de ID) e os circuitos de manutenção (7, 4% do total de ID).

Segunda Parte – Oferta de atividades e serviços de desporto

238

A existência de quatro (4, 2% do total de ID) centros hípicos, nas instalações

desportivas especiais, é também de destacar.

Justifica-se ainda que, sobre o valor identificado, se utilizou um referencial

de construção de ID existente em 2017, dados da CMTV, e um valor das estimativas

anuais da população residente do INE de 2018. As ID construídas após aquele ano

não foram consideradas mas suportam ainda os valores atuais da população

residente.

239

Terceira Parte

Análise do sistema

desportivo concelhio

Terceira Parte || Análise do Sistema Desportivo Concelhio

Terceira Parte – Análise do sistema desportivo concelhio

240

I – Análise do Sistema Desportivo Concelhio

Metodologia de identificação de indicadores

Para análise do sistema desportivo utilizou-se uma metodologia baseada nos

seguintes passos:

1) Identificação em cada uma das noves dimensões em estudo, dos

indicadores considerados forças, fraquezas, oportunidades e ameaças. A

escolha dos indicadores foi efetuada pelos elementos da equipa de

estudo e executada com recurso a um processo de avaliação da

importância de cada um. Utilizou-se uma média aritmética, de 1 a 5, de

acordo com o método de ”harmonia entre juízes”, julgamento dos

observadores (Fortin, 1999);

2) Relacionou-se os resultados da dimensão prática e de participação

desportiva (dos 10 aos 14 anos e dos 15 aos 74 anos) transversalmente

com as restantes dimensões como se pode verificar nas tabelas seguintes;

3) Para cada dimensão utilizou-se apenas os indicadores com uma avaliação

de importância igual a 5. Deste modo, os indicadores apresentados são os

considerados com maior avaliação;

4) No passo seguinte, seriou-se por todas as dimensões os indicadores que

têm uma natureza familiar, pela identificação semântica, constituindo-se

uma síntese das forças, fraquezas, ameaças e oportunidades do sistema

desportivo do concelho.

1 Principais forças do sistema desportivo concelhio

Considera-se como forças os aspetos que, em cada dimensão, são

considerados positivamente relevantes, de acordo com a sua importância absoluta

enquanto atributos do sistema desportivo ou considerando, em situações de

confrontação com outros trabalhos congéneres nacionais e internacionais, a

relevância do indicador pela sua importância comparativa.

Terceira Parte – Análise do sistema desportivo concelhio

241

Tabela 129 – Principais forças do sistema desportivo concelhio, na relação entre a prática/ participação e cada dimensão em análise. Desporto Federado/

Clubes Desporto na Escola Desportos de mar Ginásios

Desporto de Natureza

Instalações desportivas

CM Torres Vedras Juntas de Freguesia – Centro/ Interior/

Litoral

Fora da escola, a prática de atividade física e desporto é realizada por 50,7% dos jovens.

Fora da escola, a prática de atividade física e desportiva de uma forma organizada (numa entidade / clube e sob a supervisão de uma pessoa, treinador / monitor) é realizada por 47,1% dos jovens.

A regularidade da prática de atividade física e desportiva fora da escola evidencia que a maioria dos jovens (34,9% dos praticantes fora da escola) realiza atividades pelo menos 2 a 3 vezes por semana ou mais.

A maioria dos jovens do concelho (55,2%) participa em competições.

As competições que apresentam maior regularidade são as federadas realizadas fora da escola, desenvolvem-se 1 a 2 x

Há envolvimento dos professores e dos alunos na atividade física e desportiva na escola. Identificaram a participação como “boa”, “muito boa”, diversificada, com projetos de promoção.

“Existem 4 equipas de desporto escolar federadas de voleibol feminino no concelho” (07UTDespFederQ2).

“Existência de vários grupos de desporto adaptado através do desporto escolar” (09UTDespFederQ2).

A atividade física e desportiva oferecida pelo agrupamento é diversificada possibilitando aos alunos uma prática competitiva que, na maior parte, estes alunos não têm possibilidade de prática competitiva.” (Inq.DEscolaQ2).

A atividade realizada ao nível do grupo equipa / externa revela uma

“Santa Cruz ao nível dos desportos de mar e eventos tem tido um crescimento enorme.” (20UTDespFederQ1);

“…o surf assume-se com maior parte da oferta de desportos de mar a nível local, apesar de haver tradição na zona em desportos como o bodyboard e o skimboard” e a oferta de kitesurf (1-6UTDespMarQ1);

“… crescimento da prática de skate, longboard dancing skate (7-11UTDespMarQ1);

O “…turismo de desportos de mar tem vindo a aumentar ao longo dos anos.”

As atividades de ginásio (aeróbica, cardio, hip hop, musculação, step, etc.) (21,1%) são o segundo tipo de atividades mais praticadas pela população;

Os ginásios são frequentados por 24,1% dos indivíduos que praticam atividade física e desportiva. No concelho enquadram 15,7% da população;

Os eventos como forma de promover a atividade física e as atividades dos ginásios. Iniciativas como a “night run”, “aula de cross-fit na Várzea” e os “openday” foram dadas como exemplos bastante positivos para os objetivos dos munícipes, CMTV e para os ginásios (1-5UTGinQ2);

Demostrada a disponibilidade de colaboração dos ginásios para poderem também intervir no programa (Desporto

As atividades de manutenção (caminhada, jogging, corrida) (22,4%), são as atividades mais praticadas pela população;

Os locais mais referenciados, pelos indivíduos que praticam atividade física e desportiva com regularidade, são o meio natural, mar, rio, campo, montanha com (21,1%) e num parque, ao ar livre (18,9%). Ambos totalizaram as preferências referidas com 42,7%.

A larga maioria dos indivíduos (77,2%) frequentou ou utilizou instalações desportivas/ espaços naturais no concelho para praticar alguma atividade física desportiva;

A instalação desportiva/ espaço natural mais utilizado para praticar atividade física desportiva foi o Parque Verde da Várzea (20,6%);

O nível de satisfação com as instalações desportivas/ espaços naturais utilizados para a prática de atividades físicas e desportivas foi favorável para 82,1% dos inquiridos;

A grande maioria dos jovens “Gosta” (39,4%) ou “Gosta Muito” (56,8%) dos espaços de prática / instalações desportivas que frequenta com maior regularidade;

No total, entre os dois períodos de aferição, o concelho construiu

O programa com maior nível de notoriedade foi o “Desporto Sénior – Mexa-se para a Vida” (83,2%);

A construção da pista de atletismo; o início da atividade do râguebi; do futebol feminino; o campeonato municipal de atletismo e de futebol e o evento “gimnoeste” são reconhecidas como iniciativas de referência;

O apoio ao associativismo e o subsídio dado por atleta na formação (2UTDespEscolaQ3);

Os inquiridos, em 17 UT, consideram, em 29,4% das unidades, que se devia melhorar a cooperação entre os diferentes agentes desportivos locais e que esse papel recomendam que seja efetuado pela CMTV;

“boa relação de apoio da CMTV com os clubes, através dos subsídios que

A prática ocasional e regular de atividades físicas e desportivas é maior nas freguesias denominadas urbanas (55,2% - ocasional; 46,1% - regular) do que nas freguesias designadas de não urbanas (45,0% - ocasional; 38,3% - regular;

A atribuição de subsídios para a formação desportiva nos clubes; o apoio por atleta, que ajuda a custear a manutenção dos equipamentos e pagamento de técnicos, cerca de 80 euros por jovem por época;

Estabelecimento de boa cooperação com os clubes; na criação dos campeonatos municipais; no apoio à formação dos agentes desportivos (1-14UTFregLitorQ3).

Terceira Parte – Análise do sistema desportivo

242

por semana para 38,9% dos jovens.

Os locais mais referenciados, pelos indivíduos que praticam atividade física e desportiva com regularidade, são, em primeiro lugar, os clubes desportivos ou associação desportiva / recreativa (24,7%).

O grau de afiliação no associativismo desportivo é de 36,4%, (são sócios de algum clube ou associação desportiva).

Na realização de eventos, registaram-se 156 iniciativas, sendo a modalidade de golfe a que formalizou mais eventos, 23% de todos os realizados, 36 em termos absolutos.

Os eventos relacionados com as caminhadas (10%), com o futebol (8%) e com o atletismo (8%) são os mais promovidos.

Ainda demonstradoras das dinâmicas das atividades, destaca-se o número de eventos realizados no ténis de mesa, btt e ciclismo.

No btt/ ciclismo, para os inquiridos, pesa

participação de 29,1%;

Prática futura de atividades físicas e desportivas, preferidas dos jovens: basquetebol, 10,5%, danças/ ballet (8,9%), futebol (7,6%), ginástica/ trampolins (6,8%), voleibol (6,2%), natação (5,9%), karaté/ artes marciais (5,4%) e surf/ bodyboardd (5,4%), todas estas modalidades têm oferta no concelho.

Sénior) e proporcionar intervenções mais especializadas e dirigidas à população com patologias específicas que requerem uma intervenção mais especializada (7- 12UTGinQ2);

Diversidade de cooperação com outras entidades;

No domínio da cooperação com o município, 70% dos ginásios respondeu afirmativamente, essencialmente em eventos.

trinta e três (33) novos espaços. Passando de 144 para 177;

O concelho de Torres Vedras apresenta uma ADU de 4,26 m2 por habitante, contabilizando-se somente as ID de base formativa;

Grandes campos de jogos pelo concelho e constata-se que só as freguesias de Maxial e Monte Redondo e Carvoeira é que não dispõem desta tipologia de ID;

A tipologia de pequenos campos de jogos tem uma distribuição com cobertura por todo o concelho;

A tipologia de pavilhões desportivos e as salas de desporto polidesportivas não são identificadas em duas (2) freguesias: Ponte de Rol e Ramalhal;

As despesas do município de Torres Vedras aumentaram de 2013 para 2017 em 44%. Na despesa que é comum nos cinco anos, despesas correntes em atividades desportivas, houve um diferencial no valor de aumento da despesa em 190%,

proporciona.” (12UTDespFederQ3);

Existência de uma política de apoio às instituições, com uma “ocupação quase total das instalações desportivas”, bastantes eventos, uma “orientação para quase todas as idades”, “abertura na relação com as escolas”, diversidade de oferta de atividade desportivas no concelho e apoio, da CMTV e Juntas de Freguesia, na disponibilidade de transportes para o Desporto Escolar (ver da 1-13UTDespEscolaQ1);

Consideraram a intervenção da CMTV, globalmente positiva na melhoria de instalações, nos novos campos de futebol (1,2UTFregCentroQ2), na pista de atletismo (3UTFregCentroQ2) e na forma como são atribuídos os apoios camarários à formação e não aos seniores, o que aumentou a igualdade entre todos os clubes (4UTFregCentroQ2);

A CMTV promove nove (9) programas. Dois (2) destes programas, o

Terceira Parte – Análise do sistema desportivo

243

“importância das modalidades e eventos de ciclismo, por força da figura de Joaquim Agostinho…”.

respetivamente de 327.656,00€ para 951.853,00€.

“Projeto Desporto Sénior – Mexa-se para a Vida” e o “Diabetes em Movimento”, são realizados durante o ano, cinco (5) dos restantes têm um período do ano específico e dois (2) são de realização, em autonomia, de percursos tanto a pé como de bicicleta todo-o-terreno (btt), estes programas são dirigidos a todas as faixas etárias;

O número de recursos humanos que a CMTV tem, a tempo integral, para o desporto está no limiar mínimo do necessário para cumprir o plano de atividades anual da divisão;

As três principais orientações da CMTV: 1) proporcionar condições para a realização de atividade física em sentido amplo e não só no desporto especificamente, 2) “diversificar as modalidades desenvolvidas no concelho”; e 3) proporcionar “…apoio contínuo aos clubes”.

Terceira Parte – Análise do sistema desportivo concelhio

244

Principais indicadores de forças que caraterizam o sistema desportivo

concelhio:

Relativamente à prática desportiva entre os 10 e os 14 anos, a atividade do

DE, a nível do grupo equipa/ externa, revela que a participação dos jovens do

concelho é de 29,1%. Fora da escola, a prática de atividade física e desporto é

realizada por 50,7% dos jovens e de uma forma organizada é realizada por 47,1%

dos jovens. A regularidade da prática fora da escola evidencia que a maioria dos

jovens (34,9% dos praticantes fora da escola) realiza atividades pelo menos 2 a 3

vezes por semana ou mais.

A maioria dos jovens do concelho (55,2%) participa em competições. As

competições que apresentam maior regularidade são as federadas realizadas fora

da escola, desenvolvem-se 1 a 2 x por semana para 38,9% dos jovens. De acordo

com a Organização Mundial de Saúde (OMS/ WHO, 2018), os jovens, entre os 5 e os

17 anos, devem fazer pelo menos 60 minutos de atividade física de intensidade

moderada a vigorosa diariamente, quantidades superiores a 60 minutos por dia

proporcionaram benefícios adicionais à saúde. As atividades que fortaleçam

músculos e ossos devem ser realizadas pelo menos 3 vezes por semana.

As modalidades mais praticadas no grupo/ equipa de desporto escolar pelos

jovens são o voleibol e o badminton, sendo referidas por 23,2% e 13,4% dos jovens,

respetivamente. Em terceiro lugar, surge o ténis de mesa com 10,4%. Futsal, golfe

e atletismo são as seguintes modalidades mais praticadas. Sucedem-se mais 6

modalidades com valores superiores a 2%: btt, andebol, desportos gímnicos,

multiactividades de exploração da natureza, basquetebol e natação.

Entre as raparigas, o voleibol (38,3%) surge de forma destacada como a

modalidade mais praticada, seguido pelo badminton (13,4%). Os rapazes praticam

sobretudo o ténis de mesa (19,3%) e o futsal (16,9%). Existem quatro (4) equipas de

desporto escolar federadas de voleibol feminino no concelho e vários grupos de

desporto adaptado através do desporto escolar. A atividade realizada ao nível do

grupo equipa/ externa revela uma participação de 29,1%.

As atividades físicas e desportivas que os jovens praticam predominantemente

fora da escola são: futebol (16,3%), natação (13,9%), danças/ ballet (12,2%), btt e

ciclismo (8,1%), aulas de grupo/ fitness (6,0%), artes marciais e de combate (5,7%) -

aikido, jiu-jitsu, judo, karaté, krav maga, taekwondo – ginástica/ trampolins (5,7%),

basquetebol (4,3%) e futsal (4,3%). No btt/ ciclismo, para os inquiridos, pesa

Terceira Parte – Análise do sistema desportivo

245

“importância das modalidades e eventos de ciclismo, por força da figura de Joaquim

Agostinho…”.

No DE constatou-se que há envolvimento dos professores e dos alunos. Os

professores avaliaram a participação como “boa”, “muito boa”, diversificada e com

projetos de promoção. A atividade física e desportiva oferecida possibilita aos alunos

uma prática competitiva que os alunos não encontram fora da escola.

Na prática desportiva da população entre os 15 e os 74 anos, a prática regular

de atividades físicas e desportivas (últimas 4 semanas) abrangeu 41,1% dos

inquiridos, estes valores estão bastante acima dos resultados médios para o país de

acordo com Eurobarometer 472 (2017). Neste caso, dos que fazem, 5% fazem-no com

regularidade e 21% com alguma regularidade. Registe-se que 68% dos portugueses

não fazem desporto ou atividade física (Eurobarometer 472, 2017, p.10).

A prática ocasional e regular de atividades físicas e desportivas é maior nas

freguesias denominadas urbanas (55,2% - ocasional; 46,1% - regular) do que nas

freguesias designadas de não urbanas (45,0% - ocasional; 38,3% - regular), nos

homens até aos 49 anos (56,5%) e nos indivíduos com formação superior. A taxa de

feminização geral é de 48,0%. O grau de afiliação no associativismo desportivo é de

36,4%, valor muito acima da média nacional de 4% (Eurobarometer 472, 2017, p.48).

Registe-se que segundo a OMS/ WHO (2018), a população, desta faixa etária,

deve fazer pelo menos 150 minutos de atividade física de intensidade moderada

durante a semana, ou fazer pelo menos 75 minutos de atividade física de

intensidade vigorosa durante a semana, ou uma combinação equivalente de

atividade de intensidade moderada e vigorosa. Os adultos devem aumentar sua

atividade física de intensidade moderada para 300 minutos por semana, ou

equivalente, e as atividades de fortalecimento muscular devem ser realizadas

envolvendo os principais grupos musculares em 2 ou mais dias por semana.

Relativamente à prática futura de atividades físicas e desportivas, as

principais modalidades que os jovens mais gostariam de praticar corresponde ao

basquetebol, 10,5%, danças/ ballet (8,9%), futebol (7,6%), ginástica/ trampolins

(6,8%), voleibol (6,2%), natação (5,9%), karaté/ artes marciais (5,4%) e surf/

bodyboard (5,4%), todas estas modalidades têm oferta no concelho.

O enquadramento organizacional mais referenciado para praticar atividade

física e desportiva são os clubes desportivos ou associações/ recreativas (24,7%) e

Terceira Parte – Análise do sistema desportivo

246

os ginásios (24,1%), estas são as duas principais dimensões do desporto organizado

no concelho.

As atividades físicas e desportivas mais praticadas, nas últimas 4 semanas,

pela população acima dos 15 anos, são as atividades de manutenção (caminhada,

jogging, corrida) para 22,4% da população, as atividades de ginásio (aeróbica,

cardio, hip hop, musculação, step, etc.) para 21,1%, a natação e hidroginástica

com 8,4%, seguindo-se o futebol, com 7,6%, o ciclismo/ cicloturismo/ btt, com

6,6% e o atletismo com 4,2%.

A larga maioria dos indivíduos (77,2%) frequentou ou utilizou instalações

desportivas/ espaços naturais no concelho para praticar alguma atividade física

desportiva. Os locais mais referidos para realizar a prática de atividade física e

desportiva são o meio natural (mar, rio, campo, montanha) e o parque ao ar livre

(40,0%). O Parque Verde da Várzea (20,6%) teve a maior percentagem de

utilização. Os indivíduos que praticam atividade física e desportiva com

regularidade, utilizam o meio natural, mar, rio, campo, montanha, em 21,1% dos

casos, e um parque ao ar livre (18,9%).

O nível de satisfação com as instalações desportivas/ espaços naturais

utilizados para a prática de atividades físicas e desportivas foi favorável para 82,1%

dos inquiridos. A grande maioria dos jovens “Gosta” (39,4%) ou “Gosta Muito”

(56,8%) dos espaços de prática/ instalações desportivas que frequenta com maior

regularidade. No total, entre os dois períodos de aferição, o concelho construiu

trinta e três (33) novos espaços. Passando de 144 para 177 ID. O concelho de Torres

Vedras apresenta uma ADU de 4,26 m2 por habitante, contabilizando-se somente as

ID de base formativa. Grandes campos de jogos e pequenos campos de jogos tem

uma distribuição com cobertura por quase todo o concelho. A tipologia de

pavilhões desportivos e as salas de desporto polidesportivas não são identificadas

em duas (2) freguesias: Ponte de Rol e Ramalhal.

As despesas do município de TV aumentaram de 2013 para 2017 em 44%. Na

despesa que é comum nos cinco anos, despesas correntes em atividades

desportivas, houve um diferencial no valor de aumento da despesa em 190%,

respetivamente de 327.656,00€ para 951.853,00€.

Terceira Parte – Análise do sistema desportivo

247

De acordo com as respostas obtidas, Santa Cruz ao nível dos desportos de

mar e eventos tem tido um crescimento significativo de procura, “…o surf assume-

se com maior parte da oferta de desportos de mar a nível local, apesar de haver

tradição na zona em desportos como o bodyboard e o skimboard” e a oferta de

kitesurf.

A diversidade e intensidade de cooperação das entidades desportivas do

concelho, principalmente com a CMTV, é elevada. Foi demostrada a disponibilidade

de colaboração dos ginásios para poderem também intervir no programa (Desporto

Sénior) e proporcionar intervenções mais especializadas e dirigidas à população

com patologias específicas que requerem uma intervenção mais especializada. No

domínio da cooperação com o município, 70% dos ginásios respondeu

afirmativamente, essencialmente em eventos. No entanto, foi entendido que se

devia melhorar a cooperação entre os diferentes agentes desportivos locais e que

esse papel recomendam que seja efetuada pela CMTV.

Os eventos como forma de promover a atividade física e as atividades dos

ginásios foram considerados como relevantes. Iniciativas como a “night run”, “aula

de cross-fit na Várzea” e os “open day” foram dadas como exemplos bastante

positivos para os objetivos dos munícipes, CMTV e para os ginásios.

As três principais orientações da CMTV: 1) proporcionar condições para a

realização de atividade física em sentido amplo e não só no desporto

especificamente, 2) “diversificar as modalidades desenvolvidas no concelho”; e 3)

proporcionar “…apoio contínuo aos clubes”, são consentâneas com os instrumentos

produzidos para as operacionalizar.

O número de recursos humanos que a CMTV tem, a tempo integral, para o

desporto está no limiar mínimo do necessário para cumprir o plano de atividades

anual da divisão.

Foi interpretada uma boa relação de apoio da CMTV aos clubes, através dos

subsídios que proporciona,” o apoio ao associativismo e o subsídio dado por atleta

na formação”. O apoio por atleta ajuda a custear a manutenção dos equipamentos

e pagamento de técnicos, cerca de 80 euros por jovem por época. A criação dos

Terceira Parte – Análise do sistema desportivo

248

campeonatos municipais e o apoio à formação dos agentes desportivos foi

evidenciado com relevante para o desporto local.

Foi considerada ainda, positivamente, a intervenção da CMTV na melhoria de

instalações, nos novos campos de futebol, na pista de atletismo, na forma como

são atribuídos os apoios camarários à formação. Ao nível de programas de

promoção da atividade, a CMTV promove diretamente nove (9) programas. Dois (2)

destes programas, o “Projeto Desporto Sénior – Mexa-se para a Vida” e o “Diabetes

em Movimento”, são realizados durante o ano, cinco (5) dos restantes têm um

período do ano específico em que são proporcionadas as atividades e dois (2) são

de realização, em autonomia, de percursos tanto a pé como de bicicleta todo-o-

terreno (btt), estes programas são dirigidos para diferentes tipos de destinatários e

dão resposta a todas as faixas etárias. O programa com maior nível de notoriedade

foi o “Desporto Sénior – Mexa-se para a Vida” (83,2%).

2 Principais fraquezas do sistema desportivo concelhio

Em consonância com o ponto anterior, considera-se como fraquezas os

aspetos que, em cada dimensão, são considerados negativamente relevantes, ou

atendendo, em situações de confrontação com outros trabalhos congéneres

nacionais e internacionais, à relevância do indicador pela sua debilidade

comparativa. As fraquezas revelam algo que o sistema desportivo não tem ou que

apresenta com notória fragilidade.

Mais de metade (57,1%) dos jovens afirmaram não participar em atividades

físicas desportivas na escola (atividade interna e externa). Cerca de metade

(52,9%) dos jovens afirmaram não participar em atividades desportivas fora da

escola de uma forma organizada. 29,0% dos jovens não participa nas atividades do

desporto escolar e também não pratica atividade física e desportiva fora da escola.

A regularidade da prática na atividade interna, no DE, é reduzida, 65,5% dos jovens

(28,1% dos praticantes) realizam a prática na atividade interna 2 a 3 x por período

escolar ou menos.

As competições na forma de campeonatos municipais, ou provas desportivas

municipais, apresentam uma regularidade, em 24,6% dos casos, entre 1 a 2 vezes

por semana e 38,6% realizam-se menos de uma vez por mês.

Terceira Parte – Análise do sistema desportivo

249

As mulheres evidenciaram praticar atividade física e desportiva com menor

frequência (15,2%) num parque, ao ar livre e num clube desportivo/ associação

(21,4%). A taxa de feminização no desporto federado de 21,9%. A prática

desportiva é reduzida nos segmentos de indivíduos com habilitações literárias ao

nível do 9.º ano completo ou menos (37,1%), relativamente aos indivíduos titulares

de formação superior.

A prática de desporto federado, com exceção do futebol, é reduzida fora das

freguesias da cidade. Há o entendimento que o desporto sénior tem mais resposta à

procura que as atividades para jovens, nas freguesias. A partir dos 50 anos há um

decréscimo acentuado da prática de atividade desportiva. Nas freguesias

denominadas não urbanas a taxa de afiliação em clubes desportivos é reduzida face

às áreas urbanas. A regularidade na prática é superior nas freguesias urbanas,

24,8% pratica mais de 3 a 4 vezes por semana, enquanto nas freguesias não urbanas

o valor é de 16,5%.

Fora da escola, desde janeiro de 2017, as instalações desportivas/ espaços

naturais no concelho para a prática de atividades desportivas não foram utilizadas

por 51,0% dos jovens. Para 39,5% dos jovens a frequência de utilização (desde

Janeiro 2017) das instalações desportivas/ espaços naturais referidos para é

reduzida – só nas férias e 1 x por mês. Uma parte da população (22,8%) referiu

realizar a prática desportiva em instalações desportivas/ espaços naturais fora do

concelho. A pista municipal de Atletismo Carlos Lopes foi referida como um espaço

de prática com uma utilização reduzida (2,9%), em 11.º lugar.

De forma identificada, os espaços exteriores das escolas, do primeiro ciclo,

ao nível de recursos e da dimensão dos espaços, necessitam de ser melhorados. A

falta de inspeção e apetrechamento de material desportivo nas escolas é também

apontada como uma lacuna.

As instalações desportivas - piscinas municipais, instalações desportivas

públicas, espaços para a prática desportiva, manutenção, segurança, iluminação -

foram o segundo obstáculo referido para justificar não existir mais atividade física

e desportiva entre a população. As instalações desportivas cobertas, a não

existência de pavilhões desportivos ou outro tipo de recintos cobertos, as

dificuldades de manutenção das instalações, disponibilidade de espaços verdes

para a prática de atividades desportivas, e espaços para o ciclismo também foram

consideradas limitações.

Terceira Parte – Análise do sistema desportivo

250

Há pouca relação entre os clubes e as escolas e a que existe é difícil (10-

13UTFregCentroQ3). A relação com o desporto federado e a ligação, do que se faz

dentro com o que se faz fora da escola, não são estabelecidas nem é feito nenhum

processo de transição, entre as partes, para acompanhamento de alunos/ atletas

(10-13UTFregCentroQ3). A falta de transportes nos clubes foi também destacada

como uma fraqueza.

Os inquiridos reconheceram dificuldades na formação e qualificação dos

técnicos e na sua atração para os clubes.

No entendimento dos inquiridos, o BTT, ciclismo, cicloturismo, para maiores

de 30 anos não tem estímulos, para continuidade da prática, apesar de ter muitos

praticantes principalmente a partir dos 30 anos.

Os operadores de surf argumentam que a modalidade na região é vista como

um desporto sazonal, o que dificulta o crescimento dos desportos de onda, pois só

no verão é que há preocupações na promoção da modalidade.

A divulgação atempada dos eventos, pelos diferentes canais de comunicação

existentes, deverá ser melhorada. Tal como uma maior sensibilização para a

prática da atividade física, a organização de colóquios/ discussões sobre atividade

física/ saúde e bem-estar foram fragilidades apontadas.

Foram efetuadas referências à falta de qualidade da sinalização dos

percursos pedestres, o que pode levar a que os praticantes se percam. No

entendimento dado.

Terceira Parte – Análise do sistema desportivo concelhio

251

Tabela 130 – Principais fraquezas do sistema desportivo concelhio, na relação entre a prática/ participação e cada dimensão em análise. Desporto Federado/

Clubes Desporto na Escola Desportos de mar Ginásios

Desporto de Natureza

Instalações desportivas

CM Torres Vedras Juntas de Freguesia – Centro/ Interior/

Litoral

“… fora da cidade a aposta foi muito forte ao nível do futebol, mas a nível de oferta de outras atividades federadas existe pouca oferta ou quase nenhuma…” (9UTDespFederQ1);

Instalações desportivas; dinâmica social e desportiva dos clubes nas suas sedes; formação, qualificação dos técnicos; necessidade de técnicos e dificuldades em atrair mais praticantes (Q.4);

Cerca de metade (52,9%) dos jovens afirmaram não participar em atividades desportivas fora da escola de uma forma organizada (numa entidade / clube e sob a supervisão de uma pessoa, treinador /

monitor);

A ausência de prática de atividade física e desportiva é manifesta, 29,0% dos jovens não participa nas atividades do desporto escolar e também não pratica atividade física e desportiva fora da escola (numa entidade/ clube e sob a supervisão de uma pessoa, treinador / monitor).

Mais de metade (57,1%) dos jovens afirmaram não participar em atividades físicas desportivas na escola (atividade interna e

externa);

Regularidade da prática na atividade interna é reduzida, 65,5% dos jovens (28,1% dos praticantes) realizam a prática na atividade interna 2 a 3 x por

período escolar ou menos;

Os “…espaços exteriores das escolas do primeiro ciclo, ao nível de recursos e até da própria dimensão dos

espaços exteriores”;

Necessidade de “… inspeção e apetrechamento de material desportivo nas escolas.” (8-11UTDespEscolaQ5).

Há pouca relação entre os

clubes e as escolas e a que

existe é difícil (10-

13UTFregCentroQ3);

Relação com o desporto

federado, ligação do que se

faz dentro com o que se faz

fora da escola (…) não são

estabelecidos processos de

transição, para

acompanhamento de

alunos/ atletas (10-

13UTFregCentroQ3).

“…o surf na região é visto como um desporto sazonal o que dificulta o crescimento dos desportos de onda, pois só no verão é que se interessam pela modalidade.”;

“A Câmara tem de promover a ida a Santa Cruz durante todo o ano e não só durante os meses de verão.”

(9UTDespMarQ3).

50% das apreciações realizadas estão relacionadas com a forma como os munícipes aproveitam a oferta existente, surgem referências como a “…perceção de que já se faz tudo para atrair as pessoas para os ginásios, em termos de oferta e incentivos à população e que mesmo assim as pessoas não aproveitam e vão desistindo da prática…” (2UTGinQ4);

Pouco investimento em material de treino

outdoor;

Aulas grátis (concorrenciais);

Necessidade de divulgar os eventos nos meios sociais, de forma

atempada;

Maior sensibilização para a prática da atividade

física;

Organização de colóquios/ discussões sobre atividade física/ saúde e bem estar;

Divulgação e marketing bem estruturado mas fora

de tempo útil.

Referências relativamente a “… muitos dos percursos pedestres marcados, têm sinalização deficiente, o que pode levar a que os

praticantes se percam…”.

Pista de atletismo (Paul) referida como espaço de prática com uma utilização reduzida (2,9%), em 11.º lugar;

Parte da população (22,8%) referiu realizar a prática desportiva em instalações desportivas/ espaços naturais fora do

concelho;

As infraestruturas: piscinas municipais, instalações desportivas públicas, espaços para a prática desportiva, manutenção, segurança, iluminação com 15,1% das referências; foi o segundo obstáculo referido para existir mais atividade física e desportiva entre a população;

Fora da escola, desde janeiro de 2017, as instalações desportivas / espaços naturais no concelho para a prática de atividades desportivas não foram utilizadas por 51,0% dos jovens;

Para 39,5% dos jovens a frequência de utilização (desde Janeiro 2017) das instalações desportivas / espaços naturais referidos para é reduzida – só nas férias e 1 x por mês.

As competições sob a forma de campeonatos municipais ou provas desportivas municipais apresentam uma regularidade em 24,6% dos casos entre 1 a 2 vezes por semana e 38,6% realizam-se menos de

uma vez por mês;

O BTT, ciclismo,

cicloturismo, para

maiores de 30 anos não

tem estímulos, para

continuidade da prática

para idades mais velhas

(27UTFregCentroQ1).

Modalidades como btt,

ciclismo são praticamente

ignoradas apesar de ter

muitos praticantes

principalmente a partir

dos 30 anos

(24UTFregCentroQ4).

A regularidade na prática é superior nas freguesias urbanas, 24,8% pratica mais de 3 a 4 vezes por semana, enquanto nas freguesias não

urbanas o valor é de 16,5%;

Nas freguesias denominadas não urbanas a taxa de afiliação em clubes desportivos é reduzida face às

áreas urbanas;

“…falta de diversidade desportiva nas freguesias - ao nível de desporto sénior com as atividades da CMTV está bom - o problema são as atividades para os jovens que só têm o futebol para praticar nas freguesias.” (10-12UTFregLitorQ1);

As instalações desportivas cobertas, a não existência de pavilhões desportivos ou outro tipo de recintos cobertos, em 16% das UT, referiram ainda dificuldades de manutenção das instalações e disponibilidade de espaços verdes para a prática de atividades desportivas, nomeadamente o ciclismo; e a “…falta de pessoas disponíveis para dar apoio às equipas e associações…”

(8UTFregLitorQ4).

A necessidade de transportes para os clubes foi também

referida (19UTFregInterQ5).

Terceira Parte – Análise do sistema desportivo concelhio

252

3 Principais oportunidades do sistema desportivo concelhio

Entende-se por oportunidades os fatores do ambiente, geral e transacional,

suscetíveis de serem aproveitados e conjugados com as capacidades e motivações

apresentadas pela oferta e pela procura. Nesta perspetiva, optou-se por utilizar os

indicadores de cada uma das dimensões que revelassem um motivo a explorar,

neste caso obtidos no ambiente específico.

O ambiente percecionado pelos inquiridos é de uma visão muito positiva do

desporto em TV, justificando que existe muita gente a praticar desporto em várias

modalidades e que a qualidade tem evoluído bastante. Cerca de dois terços da

população (65,4%), considera que os clubes desportivos e outras entidades locais

oferecem numerosas possibilidades de praticar atividades físicas e desportivas. O

desempenho da Câmara Municipal e da Junta de Freguesia de residência, para

54,5% dos indivíduos é favorável, consideraram que estas entidades estão a fazer o

suficiente pela população relativamente à atividade física e desporto.

Constatou-se que os programas promovidos pela CMTV estão em coerência

com os objetivos e as orientações de desenvolvimento do desporto para o concelho,

pelos objetivos, destinatários, áreas e tipos de apoio. Reconhece-se que os

“contratos-programa de desenvolvimento desportivo”, a “construção de instalações

desportivas” e as “atividades e programas desportivos” têm merecido os principais

esforços da CMTV.

De entre os jovens (41,8%) que afirmaram conhecer programas de promoção

do desporto ou da atividade física no concelho, os “Campeonatos Municipais de

Atletismo e Futebol” (63,8%), seguido do “Programa Mexa-se - Aulas no Parque

Verde da Várzea” (59,2%) e do programa “Night Run” (54,7%) são os que têm maior

notoriedade. Os programas com níveis de notoriedade mais reduzidos foram

“Diabetes em Movimento” (24,3%), “No Domingo a Rua é Nossa“ (25,7%).

Metade dos jovens perceciona que no concelho existem numerosas

possibilidades de praticar atividades físicas e desportivas (50,6%). Também

consideram que é necessária melhor coordenação entre as atividades desportivas da

escola e dos clubes desportivos (49,4% de concordância).

Terceira Parte – Análise do sistema desportivo

253

Na generalidade os inquiridos consideraram que “o investimento deve ser

feito num contexto de desenvolvimento da prática desportiva regular, orientado

para que mais pessoas pratiquem desporto.” com “…maior preocupação com o

aumento dos praticantes, diversificação da oferta e melhor exploração dos espaços

verdes para a prática desportiva”.

Na atividade dos clubes, foi identificada a oferta de 54 modalidades

desportivas diferentes no concelho e 39 clubes que disponibilizaram essas

modalidades, nos últimos 6 anos, e com intervenção principal na formação de

praticantes.

Identificaram-se seis modalidades com percentagens proporcionalmente mais

relevantes de prática nos clubes: hóquei em patins (6,88%) atletismo (6,27%),

ginástica (6,63%), futsal (5,67%), basquetebol (5,41%) e o ténis (3%).

O futebol, com exceção União das Freguesias de Dois Portos e Runa, é

proporcionado em todas as freguesias. O atletismo é a segunda modalidade com

maior distribuição geográfica da prática, em seis freguesias, designadamente nas

freguesias: da Ventosa; União das freguesias de Torres Vedras (São Pedro, Santiago,

Santa Maria do Castelo e São Miguel) e Matacães; A dos Cunhados e Maceira; Ponte

de Rol; Silveira e União das Freguesias de Dois Portos e Runa. Aumentou a prática

de disciplinas técnicas de atletismo devido à nova pista de atletismo no concelho.

As modalidades mais praticadas no grupo/ equipa de desporto escolar são o

voleibol e o badminton, o ténis de mesa e o futsal. Os jovens ainda consideraram

que é necessária melhor coordenação entre as atividades desportivas da escola e

dos clubes desportivos (49,4% de concordância);

Foram efetuadas várias referências para que a CMTV assuma um papel de

mediadora nas relações entre as escolas e associações e até na própria relação

entre os diferentes clubes do concelho, pela “criação de um grupo de trabalho

entre os vários clubes e a CMTV para em conjunto conseguirem resolver os

problemas comuns”.

Na atividade física não federada, com atividades regulares, na época 2017/

2018, foram identificadas 235 atividades, segundo os registos da CMTV. A natação

com 51% das atividades; o fitness com 14%; e a ginástica com 7% foram as

Terceira Parte – Análise do sistema desportivo

254

modalidades com mais atividades. Registe-se na atividade física para pessoas com

deficiência 4% das atividades.

Identificou-se a necessidade de se realizar formação para os agentes

desportivas locais, de treinadores e de outros recursos humanos do desporto

(árbitros, dirigentes e pais) e atração de mais técnicos qualificados. Na formação

de recursos humanos do desporto, foram registadas 67 iniciativas, em 17 áreas, na

última época, que tiveram apoio da CMTV.

Melhorar a informação sobre desporto para a população, no sítio na internet

da CM TV, foi colocada como evidência pelos inquiridos.

Os ginásios demonstraram interesse de cooperação com clubes, nas seguintes

áreas: eventos, reabilitação, prevenção de lesões e melhoria da capacidade física

dos atletas. A possibilidade de continuarem e aprofundarem as iniciativas de

promoção da atividade física, para diferentes escalões e em diferentes freguesias,

foi destacada.

O concelho de TV tem 10 praias, ou seja 23% das 44 praias do país,

consideradas de ZERO poluição. Nos eventos: o Santa Cruz Ocean Spirit e uma

prova anual internacional de skimboard, são eventos de referência para a

promoção do surf. A criação da associação Sealand, e a “…possibilidade de

desenvolver a formação de praticantes, que antes estava centralizada nas escolas

de surf unicamente”, foi um aspeto colocado como oportunidade. A existência de

um “projeto pioneiro em Portugal que possibilita a prática do surf a alunos do

primeiro ciclo” é de destacar. Associar o surf ao estilo de vida saudável e

enfatizando todos os benefícios que a prática do mesmo traz à saúde e bem-estar

das pessoas (24UTDespMarQ5) foi uma das recomendações mais destacadas.

Associado ao turismo natureza, a possibilidade de construção de rede de

trilhos, caminhos florestais e agrícolas, sugere ofertas de atividades relacionadas

com: btt, downhill, ori-btt, passeios de bicicleta, hipismo e passeios a cavalo,

birdwatching, golf, parapente, asa-delta e saltos de paraquedas. A ligação ao

turismo e a promoção de mais programas é de reforçar.

As instalações desportivas/ espaços naturais do concelho mais frequentadas

foram os “Parques Verdes das Freguesias/ Circuitos de manutenção” referidos por

Terceira Parte – Análise do sistema desportivo

255

23,9% dos jovens, a “Física de Torres Vedras” (12,4%) e os “Ginásios” e “Praia/

Mar”, ambos com 10,6%. A construção/ melhoria, de mais espaços verdes, parques

para praticar ao ar livre, ciclovias, mais aparelhos, com 27,5% das referências, foi a

primeira sugestão indicada para melhorar atividade física e desportiva. Foi também

nas IDBR que se identificou o maior crescimento, com dezanove (19) novas ID para

percursos pedestres, treze (13), e circuitos de manutenção, seis (6) novos espaços.

As IDBF representam o segundo maior esforço de construção, catorze (14) novas

instalações: grandes campos relvados com mais oito (8) e a construção de três (3)

polidesportivos cobertos.

Pelos critérios de projeção de ID, com base na dimensão da população,

poder-se-á aprofundar a necessidade de: um grande campo de jogos na União das

Freguesias do Maxial e Monte Redondo; pavilhão ou sala de desporto na Ponte de

Rol, Ramalhal e Ventosa; pista de atletismo na Silveira e nas freguesias de São

Pedro da Cadeira, Silveira e Ventosa a possibilidade de existência de piscinas

cobertas.

Ainda persiste a oportunidade para “…haver uma maior promoção do

desporto em geral por parte da CMTV e das Juntas de Freguesia e criar condições

para que toda a gente chegue ao desporto.”. Algumas referências propõem, mais

atividades nas freguesias, que “cada sede de freguesia devia dinamizar atividades

para servir de descentralização e assim evitar que a maioria da prática tenha de

ser na cidade de TV, por exemplo a possibilidade de criação de um centro de

marcha e corrida em cada freguesia.

Terceira Parte – Análise do sistema desportivo concelhio

256

Tabela 131 – Principais oportunidade do sistema desportivo concelhio, na relação entre a prática/ participação e cada dimensão em análise. Desporto Federado/

Clubes Desporto na Escola Desportos de mar Ginásios

Desporto de Natureza

Instalações desportivas

CM Torres Vedras Juntas de Freguesia – Centro/ Interior/

Litoral

Cerca de dois terços da

população (65,4%),

considera que os clubes

desportivos e outras

entidades locais oferecem

numerosas possibilidades

de praticar atividades

físicas e desportivas;

”; a “perceção de que

existe muita gente a

praticar desporto em

Torres Vedras nas várias

modalidades, que a

qualidade tem evoluído

bastante (UTDespFederQ1);

Aumentou a “prática de

disciplinas técnicas de

atletismo devido à nova

pista …”

(18UTDespFederQ1);

A “importância das

modalidades e eventos de

ciclismo, por força da

figura de Joaquim

Agostinho…”

(19UTDespFederQ1);

“O investimento deve ser

feito num contexto de

desenvolvimento da prática

desportiva regular,

orientado para que mais

pessoas pratiquem

desporto.”

(18UTDespFederQ1);

Necessidade de se realizar

As modalidades mais

praticadas no grupo/

equipa de desporto

escolar são o voleibol e o

badminton, o ténis de

mesa e o futsal;

As AEC são atividades

muito lúdicas e pouco

orientadas para as

aprendizagens de

habilidades desportivas

das modalidades, sendo

necessário potenciar

resultados

(14UTFregCentroQ3);

Os jovens consideram que

é necessária melhor

coordenação entre as

atividades desportivas da

escola e dos clubes

desportivos (49,4% de

concordância);

Metade dos jovens

perceciona que no

concelho existem

numerosas possibilidades

de praticar atividades

físicas e desportivas

(50,6%);

Para 41,8% dos jovens

conhecedores de programas

de promoção do desporto os

“Campeonatos Municipais

de Atletismo e Futebol”

(63,8%), o “Programa Mexa-

se - Aulas no Parque Verde

Nos eventos: o Santa

Cruz Ocean Spirit e uma

prova anual internacional

de skimboard, em Santa

Cruz;

A criação da Sealand, e a

“…possibilidade de

desenvolver a formação

de praticantes, que antes

estava centralizada nas

escolas de surf

unicamente.”;

A existência de um

“projeto pioneiro em

Portugal que possibilita a

prática do surf a alunos

do primeiro ciclo” (1-

6UTDespMarQ2);

“…Os desportos de mar

têm de ir às escolas

tentar cativar os jovens.”

(1UTDespMarQ3);

“O turismo tem de

promover Santa Cruz

pela sua qualidade de

ondas e clima durante

todo o ano, pois tem

mais potencialidade que

outros sítios.”

(10UTDespMarQ3);

O Concelho de Torres

Vedras tem 10 praias, ou

seja 23% das 44 praias do

país, consideradas de

As razões principais para

a realização da prática

de atividade física e

desportiva são as da

dimensão fitness /

saúde, seguida da

dimensão diversão;

Há abertura dos

representantes dos

ginásios para: 1)

participarem em

programas promovidos

pela CMTV, como o

programa "Diabetes em

Movimento” (1UTGinQ3),

2) indicar a CMTV como

mediadora na ligação à

área da saúde, “…ligação

à classe médica…”

(2UTGinQ3),

A CMTV possa ser

influenciadora da prática

de desporto laboral nas

empresas e na própria

CM, 30,7% das UT (7-

10UTGinQ3) e 4);

A CMTV possa constituir

condições para a

realização de programas

em meio escolar,

“…incentivar as escolas a

realizar análises à

obesidade infantil.” (11

e 12UTGinQ3);

A zona das Linhas de

Torres é uma área

protegida, “… deve ser

criado num regulamento

de boas práticas

desportivas nesses

caminhos / espaços…”;

A Rota das Adegas foi

uma boa iniciativa,

“…deve existir maior

cooperação com os

produtores, com maior

estímulo das juntas de

freguesia, com a

Comissão Vitivinícola

Regional”

(21,22UTFregLitorQ3).

A sensibilização para a

importância das práticas

desportivas na natureza e

o turismo ativo, para a

promoção da região e dos

produtos regionais, foi

apontada;

Qualificar e divulgar mais

as zonas naturais, para

percursos pedestres e de

BTT, a intenção de se

implementar uma rota

organizada;

Conceber um

regulamento para as

práticas desportivas de

turismo e natureza, para

evitar a degradação da

área protegida das Linhas

As instalações

desportivas / espaços

naturais do concelho

mais frequentadas foram

os “Parques Verdes das

Freguesias / Circuitos de

manutenção” referidos

por 23,9% dos jovens, a

“Física de Torres

Vedras” (12,4%) e os

“Ginásios” e “Praia /

Mar”, ambos com 10,6%.

Dos locais mais

referenciados para

praticar atividade física

e desportiva com

regularidade, a opção

“Num parque, ao ar

livre” é referida em 4.º

lugar (18,9%);

A construção/ melhoria,

de mais espaços verdes,

parques ao ar livre,

ciclovias, mais

aparelhos, com 27,5%

das referências, foi a

primeira sugestão

indicada para melhorar

atividade física e

desportiva.

Nas IDBR identifica-se o

maior crescimento, com

dezanove (19) novas ID:

construção de “percurso

pedestre e ciclável

sinalizado”, treze (13) e

“circuito de

Constatou-se que o

programa com maior

nível de notoriedade foi o

designado “Desporto

Sénior – Mexa-se para a

Vida” (83,2%), seguido do

“Programa Mexa-se -

Aulas no Parque Verde da

Várzea” (77,0%);

A maioria da população

(77,1%) perceciona que

no concelho existem

numerosas possibilidades

de praticar atividades

físicas e desportivas;

O desempenho da Câmara

Municipal e da Junta de

Freguesia, para 54,5% dos

indivíduos é favorável,

consideraram que estas

entidades estão a fazer o

suficiente pela população

relativamente à atividade

física e desporto;

A oferta de mais

atividades, atividades

diversificadas, eventos,

apoiar ações com 27,5%

das referências, foi a

primeira sugestão

indicada para melhorar

atividade física e

desportiva;

A divulgação:

comunicação,

informação,

Nas freguesias designadas

urbanas as atividades mais

praticadas são as atividades

de manutenção (26,4%), as

atividades de ginásio (20,6%)

e a natação e hidroginástica

(7,4%);

A população residente nas

freguesias não urbanas

evidenciou uma maior

intenção de prática

desportiva futura, 32,2%

contra 28,0% nas freguesias

urbanas;

Necessidade de “…haver uma

maior promoção do desporto

em geral por parte da CMTV

e das Juntas de Freguesia e

criar condições para que

toda a gente chegue ao

desporto.” (32% das UT);

“cada sede de freguesia

devia dinamizar atividades

para servir de

descentralização e assim

evitar que a maioria da

prática tenha de ser na

cidade de TV

(2UTFregInterQ5);

Possibilidade de criação de

um centro de marcha e

corrida em cada freguesia

(10UTFregInterQ5).

Os participantes destacaram

a dinamização associativa

em Ponte de Rol, um

Terceira Parte – Análise do sistema desportivo

257

formação, de treinadores e

de outros recursos humanos

do desporto (árbitros,

dirigentes e pais) e atração

de mais técnicos

qualificados (6,7

UTDespFederQ3);

A necessidade de melhorar

a informação sobre

desporto para a população,

no sítio na internet da CM

TV (18UTDespFederQ3);

Maior preocupação com o

aumento dos praticantes,

diversificação da oferta e

melhor exploração dos

espaços verdes para a

prática desportiva;

“Criação de um grupo de

trabalho entre os vários

clubes e a CMTV para em

conjunto conseguirem

resolver os problemas

comuns”

(04UTDespFederQ5);

Outras modalidades com

percentagens relevantes de

prática nos clubes: hóquei

em patins (6,88%) atletismo

(6,27%), ginástica (6,63%),

futsal (5,67%), basquetebol

(5,41%) e o ténis (3%);

O futebol, com exceção

União das Freguesias de

Dois Portos e Runa, é

proporcionado em todas as

freguesias;

O atletismo é a segunda

modalidade com maior

distribuição geográfica da

da Várzea” (59,2%) e o

programa “Night Run”

(54,7%) são os que têm

maior notoriedade.

O golfe e o atletismo, na

especialidade de trail

running, foram

modalidades indicadas

com interesse em

estabelecer protocolos

para estarem presentes

em escolas das diferentes

freguesias (9-

11UTFregInterQ5).

ZERO poluição.

Apontando para um

papel regulador da CM,

expressaram que

“…existe muita falta de

legislação que regule a

forma que os operadores

trabalhem de forma justa

estabelecendo regras.”

(18UTDespMarQ3);

As empresas orientadas

para o turismo têm

principalmente uma

perspetiva de

entretenimento, para

turistas, que leva “…a

uma anarquia nas praias

e na prática.”

(19UTDespMarQ3);

È necessário pensar nos

dois vetores das

modalidades que são a

formação de base e a

parte turística.”

(1UTDespMarQ5);

Associar o surf ao estilo

de vida saudável e

enfatizando todos os

benefícios que a prática

do mesmo traz à saúde e

bem-estar das pessoas

(24UTDespMarQ5);

Melhorar a formação de

treinadores e o controlo

da atividade profissional,

pelas cédulas de

treinador, considerando

que as escolas/empresas

de surf fazem pouca

autorregulação (28-

“maior colaboração dos

ginásios com a CMTV

para a introdução de

atividades desportivas

em aldeias sem oferta de

prática desportiva…”,

possibilidade de

desenvolvimento do

programa "Diabetes em

Movimento" (1-

3UTGinQ5);

Integração dos ginásios

nas aulas de desporto

sénior (4-5UTGinQ5);

Criação de eventos e

atividades desportivas

que sejam inclusivas

(2UTGinQ5); sessões de

demonstração das

atividades de ginásio nas

aldeias (9UTGinQ5);

Criar uma Convenção de

ginásios, …em que

demonstravam as suas

atividades…e de livre

acesso à população (7-

8UTGinQ5);

Levar, no dia da criança,

as crianças do concelho

a visitar os ginásios e ter

aulas de demonstração

de várias atividades

(10UTGinQ5);

Levar também as pessoas

seniores do concelho aos

ginásios (11UTGinQ5);

Interesse de cooperação

com empresas do

concelho;

de Torres, foram as

principais sugestões

apontadas (1-

7UTFregLitorQ5);

O PETS aborda a

perspetiva de

desenvolvimento do

turismo desportivo, tendo

como referência a prática

equestre, o futebol e, na

Medida 3.2 - Eixo Sol e

Mar -, é proposto o

“desenvolvimento de

roteiro e sinalética para a

prática de desportos de

deslize; e a criação do

percurso pedestre

“Moinhos do Litoral”. Na

Medida 4.4, Turismo

Natureza, intensificaram

a necessidade de: i)

salvaguarda dos recursos

naturais do concelho; ii)

Dinamização de

atividades de Turismo

Ativo e Desporto

Natureza, para a prática

de: stand up paddle,

kitesurf, surf, bodyboard,

kitesurf, skimboard,

kayaksurf, etc;

Na Medida 4.4, Turismo

Natureza, construção de

rede de trilhos e

caminhos florestais e

agrícolas, sugerem

ofertas relacionadas com:

btt, downhill, ori-btt,

passeios de bicicleta,

hipismo e passeios a

cavalo, birdwatching,

golf, parapente, asa-

delta e saltos de

paraquedas.

manutenção”, seis (6)

novos espaços;

As IDBF representam o

segundo maior esforço

de construção, catorze

(14) novas instalações:

“grandes campos

relvado”, com mais oito

(8) campos e a

construção de três (3)

“polidesportivos

cobertos”.

Pelos critérios de

projeção de ID, com

base na dimensão da

população, poder-se-á

aprofundar a

necessidade de: um

grande campo de jogos

na União das Freguesias

do Maxial e Monte

Redondo; pavilhão ou

sala de desporto na

Ponte de Rol, Ramalhal

e Ventosa; pista de

atletismo na Silveira e

nas freguesias de São

Pedro da Cadeira,

Silveira e Ventosa a

possibilidade de

existência de piscinas

cobertas.

sensibilização, incentivar,

motivar, atividades,

eventos com 20,8% das

referências;

É necessária uma maior

preocupação com o

aumento dos praticantes,

diversificação da oferta e

melhor exploração dos

espaços verdes para a

prática desportiva,

sugerindo a “criação de

um grupo de trabalho

entre os vários clubes e a

CMTV para em conjunto

conseguirem resolver os

problemas comuns”

(04UTDespFederQ5);

Grande crescimento de

espaços naturais e de

instalações desportivas,

que permitiram a

generalização da prática

desportiva

(25UTFregCentroQ1);

TV não tem expressão no

surf, tem potencial que

deve ser explorado, não

está a ser aproveitado

(26UTFregCentroQ1);

Recomendação para que

a CM hierarquize os

apoios, não apoiando

todas as modalidades da

mesma forma, deve ter

uma estratégia e dirigir-

se mais a certas

modalidades

(2UTFregCentroQ3);

Propostas para que a CM

crie um grupo de

exemplo de

“empreendedorismo

associativo”, ao nível do

futebol, no setor masculino

feminino, do atletismo e no

apoio proporcionado aos

jovens da freguesia (1-

5UTFregLitorQ1);

Dinamização associativa

realizada na freguesia da

Freiria, na cedência de

instalações e na oferta de

atividades para as crianças

(6-7UTFregLitorQ1);

A “existência de uma

associação que permite a

prática do surf em Santa

Cruz (…) tem tido cada vez

mais miúdos a praticar

(16UTFregLitorQ1);

Transmitiram uma perceção

sobre o aumento dos

praticantes de surf,

“…expansão do surf atraindo

cada vez mais

praticantes…”, e o

“…aproveitamento da

localização junto da costa

para fomentar a prática do

surf…” (10-

11UTFregLitorQ1);

Identificam um crescimento

do desporto feminino no

concelho, referindo que é

necessária maior atenção e

estimulo

(13UTFregCentroQ1).

Terceira Parte – Análise do sistema desportivo

258

prática, em seis freguesias;

Na atividade física não

federada, com atividades

regulares, na época 2017/

2018, foram identificadas

235 atividades, segundo os

registos da CMTV. A

natação com 51% das

atividades; o fitness com

14%; e a ginástica com 7%

foram as modalidades com

mais atividades. Registe-se

na atividade física para

pessoas com deficiência 4%

das atividades,

percentagem idêntica à das

atividades do futebol/

futsal;

Na atividade dos clubes, foi

identificada a oferta de 54

modalidades desportivas

diferentes no concelho e 39

clubes que disponibilizaram

essas modalidades, nos

últimos 6 anos, e com

intervenção principal na

formação de praticantes;

31UTDespMarQ4). Os ginásios

demonstraram Interesse

de cooperação com

clubes, nas seguintes

áreas: eventos,

reabilitação, prevenção

de lesões e melhoria da

capacidade física.

trabalho, com os

clubes/treinadores, para

discutir o

desenvolvimento de cada

modalidade;

(5UTFregCentroQ3);

Existem núcleos do

desporto sénior nas

freguesias e AEC nas

escolas das freguesias;

Atribuímos 300€ / ano a

cada clube que pretenda

desenvolver atividade

física para um grupo

superior a 10 pessoas

(InqEntB);

Cerca de 50 clubes

candidataram-se aos

apoios 2018, muitos deles

das freguesias não

urbanas (InqEntB);

Constata-se que os

programas estão em

coerência com os

objetivos e as orientações

de desenvolvimento do

desporto para o

concelho, pelos

objetivos, destinatários,

áreas e tipos de apoio;

Reconhece-se que os

“contratos-programa de

desenvolvimento

desportivo”, a

“construção de

instalações desportivas”

e as “atividades e

programas desportivos”

têm merecido os

principais esforços da

Terceira Parte – Análise do sistema desportivo

259

CMTV.

As sugestões indicadas

pelos jovens para

melhorar atividade física

e desportiva foram: (1) as

infraestruturas:

construção, melhoria,

mais espaços verdes, (…)

aparelhos, instalações

desportivas; (2) a oferta

de mais atividades, na

escola, ao ar livre, na

pista, eventos (…), e; (3)

a divulgação:

comunicação, incentivar,

motivar;

A CMTV com um papel de

estimulador,

incentivando os clubes a

oferecer atividades que

não sejam só a

competição federada

(16UTFregCentroQ5).

Hoje, no concelho de

Torres Vedras, qualquer

pessoa que queira fazer

atividade física, consegue

fazer sem gastar dinheiro

(InqEntB).

Terceira Parte – Análise do sistema desportivo concelhio

260

4 Principais ameaças do sistema desportivo concelhio

Assumiu-se como ameaças os fatores do ambiente, geral e transacional, que

podem condicionar negativamente o sistema desportivo local. Desta forma, optou-

se por utilizar os indicadores de cada uma das dimensões que indiciassem aspetos

negativos que possam influenciar o sistema desportivo local.

É apontada uma diminuição do número de praticantes, identificada pela

redução do número de alunos nas escolas. No desporto federado, nos clubes, existe

dificuldade em constituir equipas nos desportos coletivos.

De acordo com as Estimativas Anuais da População Residente, em 2017,

viviam em TV 78.518 pessoas, 20% até 19 anos (15.522). O índice de

envelhecimento é de 146 idosos por cada 100 jovens, para o país este valor é de

153,2.

O ganho médio mensal dos trabalhadores por conta de outrem, relativo ao

ano de 2016, foi, em TV, de 954,1€, na sub-região do Oeste de 830,1€ e em

Portugal de 1.105,6€.

Identificaram um baixo interesse da população para a atividade física. Os

obstáculos principais para existir mais atividade física e desportiva entre a

população foram: (1) a inércia/ motivação das pessoas: falta de interesse,

motivação, falta de tempo, não gostam; (2) as deslocações, distâncias e o tempo

entre o trabalho / escola e a prática, os horários escolares/ transportes; e (3) as

instalações desportivas públicas, nas aldeias, piscinas municipais, espaços verdes

ao ar livre para a prática desportiva, ciclovias.

As despesas de capital para a construção e manutenção de recintos (salas e

pavilhões cobertos) e construção de outros equipamentos desportivos não tem

valores atribuídos nas contas do município desde 2016 (INE, 2018). Os

polidesportivos muito antigos e as condições dos balneários e instalações de apoio

mereceram também apreciações, quanto à sua qualidade e funcionalidade,

enquanto limitações para a prática da atividade desportiva.

Há o reconhecimento que “a CMTV tem feito o possível para desenvolver o

desporto no concelho, mas é necessário mais apoio “…para não deixar morrer os

pequenos e débeis clubes das freguesias, é preciso dar mais vida às aldeias”.

Apontaram a perda de vitalidade do associativismo nas zonas mais rurais. É

necessário maior apoio da CM na periferia, existem ID na periferia com reduzida

Terceira Parte – Análise do sistema desportivo

261

ocupação, está tudo concentrado na cidade. Referiram que existe “centralização

da prática desportiva, os jovens não têm escolha, vêm para TV e o interior tem

dificuldade em oferecer”.

Dirigentes voluntários disponibilizam menos tempo, há um menor número de

pessoas para se dedicarem aos clubes. Faltam técnicos, com qualificações, e

dirigentes com formação apropriada.

Relativamente à oferta de atividades para a população adulta entre os 30 e

os 50 anos, foram mencionadas as reduzidas ofertas para além do escalão de

sénior, após o término da prática de competição federada. Identificou-se que o

segmento dos adultos entre os 30-50 anos não é um alvo principal para a

intervenção direta da CMTV. Também para pessoas portadoras de deficiência e

para respostas ao desporto feminino é necessária maior intervenção.

Expressaram referências que “…deve-se fazer mais ao nível do desporto no

pré-escolar e no primeiro ciclo porque é a base.” e que as “… AEC podiam ser

muito mais potencializadas”.

Cerca de metade da população (49,3%) afirmou não ter conhecimento da

existência de qualquer programa de promoção do desporto ou da atividade física no

concelho. Destacaram a necessidade de aumentar as formas de promoção da

prática desportiva e aproveitamento das condições naturais do concelho. Registe-se

que no último ano 44,8% da população de Torres Vedras afirmou que nunca assistiu

a espetáculos desportivos ao vivo.

Destacaram que na zona de Santa Cruz não se verifica um aumento dos

praticantes locais de atividades de desportos de mar; o “…crescimento é da parte

de praticantes turistas mas não de praticantes regionais.”. As condições do mar em

Santa Cruz, “…nem sempre são as melhores para quem está a começar a praticar as

modalidades.”, há a perceção que “… as modalidades de mar são vistas como

modalidades difíceis de praticar o que pode impedir o aparecimento de novos

praticantes.”. No entanto, o reduzido número de habitantes, a oferta de

habitação, as condições de acesso e de diversão, são outros elementos

considerados como ameaças ao desenvolvimento das atividades de mar.

Terceira Parte – Análise do sistema desportivo concelhio

262

Tabela 132 – Principais ameaças do sistema desportivo concelhio, na relação entre a prática/ participação e cada dimensão em análise.

Desporto Federado/ Clubes

Desporto na Escola Desportos de mar Ginásios

Desporto de Natureza

Instalações desportivas

CM Torres Vedras Juntas de Freguesia – Centro/ Interior/

Litoral

Dificuldade dos clubes em

constituírem as equipas

ao nível da formação por

haver um decréscimo de

praticantes

(18UTFregCentroQ4);

Acresce que muitos

deixam a prática quando

vão para a universidade

(18UTFregCentroQ4);

Relativamente ao número

de praticantes e à

atividade desportiva, para

a população acima dos 30

anos, foram mencionadas

as reduzidas ofertas para

além da categoria de

sénior, após o término da

prática de competição

federada

(21UTFregCentroQ4);

“não existe continuidade

da prática por parte do

jovem que faz toda a

formação numa

modalidade, mas depois

chega aos 18 anos e com a

universidade ou

introdução no mundo do

trabalho deixa de

praticar” (20-

23UTFregCentroQ4);

Dirigentes voluntários em

disponibilizarem tempo, e

o menor número de

As ideias expressam que

“…deve-se fazer mais ao

nível do desporto no pré-

escolar e no primeiro ciclo

porque é a base.”

(1,2UTFregCentroQ5);

“…As AEC podiam ser

muito mais

potencializadas”

(3,4UTFregCentroQ5).

“na zona de Santa Cruz

não se verifica um

crescendo de praticantes

de atividades de

desportos de mar”; o

“…crescimento é da parte

de praticantes turistas

mas não de praticantes

regionais.”;

As condições do mar em

Santa Cruz, “…nem

sempre são as melhores

para quem está a começar

a praticar as

modalidades.” (1-

5UTDespMarQ4), com a

perceção que “… as

modalidades de mar são

vistas como modalidades

difíceis de praticar o que

pode impedir o

aparecimento de novos

praticantes.”

(3UTDespMarQ4);

“… culturalmente os

portugueses olham para o

mar com desconfiança e

como um perigo.”

(6UTDespMarQ4);

Limitações à promoção de

Santa Cruz como destino

de surf em dois períodos

destintos: o período fora

da época balnear e o de

época balnear. No

primeiro caso, “existem

muitas barreiras (…)

Baixo interesse da

população para a

atividade física.

Legislação, que parece

ambígua na exigência de

licenças para pequenos

passeios de 20 a 30

pessoas em percursos no

campo que não passem

por estradas públicas (23-

24UTFregLitorQ4) entre

clubes.

Formas de promoção da

prática desportiva e

aproveitamento das

condições naturais do

concelho, em 21 UT.

Os polidesportivos

muito antigos e as

condições dos

balneários e

instalações de apoio

mereceram também

apreciações enquanto

limitações para a

prática da atividade

desportiva (12,13

UTFregInterQ4).

Uma parte da

população (22,8%)

referiu realizar a

prática desportiva em

instalações desportivas

/ espaços naturais fora

do concelho;

É necessário investir

em infraestruturas e

mais espaços verdes

para treinos outdoor.

As despesas de capital,

para a construção e

manutenção de

recintos (salas e

pavilhões cobertos) e

construção de outros

equipamentos

desportivos, não tem

valores atribuídos nas

contas do município

desde 2016 (INE, 2018).

Das Estimativas Anuais da População Residente, em 2017, viviam em TV 78.518 pessoas, 20% até19 anos;

O índice de envelhecimento é de 146 idosos por cada 100

jovens;

Em TV, o ganho médio mensal dos trabalhadores por conta de outrem, relativo ao ano de 2016, foi de 954,1€, em Portugal de 1.105,6€.

Cerca de metade da

população (49,3%) afirmou

não ter conhecimento da

existência de qualquer

programa de promoção do

desporto ou da atividade

física no concelho;

Mais de um quarto da

população (27,6%) não tem

posição e não consegue

avaliar o desempenho da das

entidades públicas - Câmara

Municipal e da Junta de

Freguesia - no que respeita à

atividade física e desporto;

No último ano, 44,8% da

população de Torres Vedras

afirmou que nunca assistiu a

espetáculos desportivos ao

vivo;

Há “… falta de oferta

desportiva para a faixa

etária a partir dos 35 anos

Há redução do n.º de

praticantes, devido à redução

do n.º de alunos nas escolas,

existe dificuldade em

constituir equipas - falta de

procura. É necessário maior

apoio da CM na periferia,

existem ID na periferia com

reduzida ocupação, está tudo

concentrado na cidade…;

(12UTFregCentroQ1);

Não existe público para as

atividades, a oferta é grande

mas a procura deve ser

estimulada

(11UTFregCentroQ1);

Não há oferta de atividades

desportivas para as pessoas

acimas dos 30 anos nos clubes

(16UTFregCentroQ1).

Falta de técnicos, com

qualificações, e de dirigentes

com formação apropriada, em

33% das UT;

Existe “centralização da

prática desportiva, os jovens

não têm escolha, vêm para TV

e o interior tem dificuldade

em oferecer”

(1UTFregInterQ1)

Reconheceram que “a CMTV

tem feito o possível para

desenvolver o desporto no

concelho, é necessário mais

Terceira Parte – Análise do sistema desportivo

263

pessoas, para se

dedicarem aos clubes, em

28% das UT.

A necessidade de se

intervir junto dos pais dos

atletas.

infraestruturas de apoio à

praia fora da época

balnear, a distância de

Santa Cruz a Torres

Vedras, o reduzido

número de habitantes,

especialmente de

crianças, dificuldades na

oferta de habitação,

ausência de pontos de

diversão noturna para os

jovens (15-

27UTDespMarQ4).

para cima”

(11UTDespEscolaQ4), tal

como para pessoas

portadoras de deficiência,

idosos (12-

13UTDespEscolaQ4), e

desporto feminino (14-

15UTDespEscolaQ4);

A maioria dos jovens, 58,2%,

afirmou não conhecer

qualquer programa de

promoção do desporto /

atividade física no concelho;

Os obstáculos principais para

existir mais atividade física e

desportiva entre a população

foram: (1) a inércia das

pessoas: falta de interesse,

motivação, falta de tempo,

não gostam; (2) as

deslocações, distâncias e o

tempo entre o trabalho /

escola e a prática, os

horários escolares /

transportes; e (3) as

instalações desportivas

públicas, nas aldeias,

piscinas municipais, espaços

verdes ao ar livre para a

prática desportiva, ciclovias;

Relativamente à oferta de

atividades para a população

adulta entre os 30 e os 50

anos, o segmento dos adultos

entre os 30-50 anos não é um

alvo principal.

apoio para não deixar morrer

os pequenos e débeis clubes

destas freguesias, é preciso

dar mais vida às aldeias”

(13UTFregInterQ1);

Apontaram a perda de

vitalidade do associativismo

nas zonas mais rurais…

(14UTFregInterQ1);

“Houve um aumento do

desporto sénior em detrimento

do desporto infantil nas

associações das freguesias do

interior” (17UTFregInterQ1);

Fraca colaboração entre clubes

e que o “… fórum das

Associações é uma boa ideia, é

preciso escolher uma boa data,

mas deve ser melhorado…”

(16,17UTFregLitorQ3);

Transmitiram a ideia que é

também necessário reforçar a

relação entre os clubes e as

escolas (18,19UTFregLitorQ3) e

entre as próprias freguesias

(20UTFregLitorQ3).

Terceira Parte – Análise do sistema desportivo concelhio

264

II – Matriz de suporte à análise do sistema desportivo

Considerando a importância, a frequência e o volume das evidências, da fase

de diagnóstico, consideradas como oportunidades e ameaças do ambiente externo

e as forças e fraquezas do ambiente interno, efetuou-se a análise do sistema

desportivo concelhio através de uma matriz SWOT10, pela sua simplicidade de

demonstração e de entendimento, em que sistematizamos os indicadores com

apreciações médias mais elevadas, em cada uma das dimensões, possibilitando o

seu cruzamento e a partir daí constituir medidas orientadoras. Para melhorar a

análise apresenta-se, por cada fator (forças, fraquezas, ameaças e oportunidades),

uma síntese decorrente dos pontos anteriores, com as ideias-chave que se podem

inferir pelos indicadores obtidos. No cruzamento dos fatores procurou-se evidenciar

as implicações que decorrem da sua conjugação, conforme figura seguinte.

Tabela 133 – Esquema da matriz de análise utilizada.

10 Acrónimo de Strenghts (forças), Weaknesses (fraquezas), Opportunities (oportunidades) e Threats (ameaças) da matriz de análise proposta por Andrews, K., Christense R. & Learned, E. (1969). Business Policy, Text and Cases. USA: McGraw Hill ISBN B0006BWS9E

Forças – Síntese Fraquezas – Síntese

Oportunidades - Síntese

Implicações

Implicações

Ameaças - Síntese

Implicações Implicações

Terceira Parte – Análise do sistema desportivo concelhio

265

Forças – Síntese Fraquezas – Síntese

Força 1. Prática desportiva entre os 10 e os 14 anos, a atividade do DE, a nível do grupo equipa/ externa, revela que a participação dos jovens do concelho é de 29,1%;

Força 2. Fora da escola, a prática de atividade física e desporto é realizada por 50,7% dos jovens e de uma forma organizada é realizada por 47,1% dos jovens;

Força 3. 55,2% dos jovens participa em competições. As que têm maior regularidade são as federadas, desenvolvem-se 1 a 2 x por semana para 38,9% dos jovens;

Força 4. Modalidades mais praticadas no grupo/ equipa de DE: voleibol e o badminton, sendo referidas por 23,2% e 13,4%. Em terceiro lugar, surge o ténis de mesa com 10,4%. Depois o futsal, golfe e atletismo e mais 6 modalidades com valores superiores a 2%: btt, andebol, desportos gímnicos, multiactividades de exploração da natureza, basquetebol e natação;

Força 5. Entre as raparigas, o voleibol (38,3%) e o badminton (13,4%) são as modalidades mais praticadas. Os rapazes praticam sobretudo o ténis de mesa (19,3%) e o futsal (16,9%);

Força 6. Existem quatro (4) equipas de desporto escolar federadas de voleibol feminino no concelho;

Força 7. Fora da escola as modalidade mais praticadas são: futebol (16,3%), natação (13,9%), danças/ ballet (12,2%), btt e ciclismo (8,1%), aulas de grupo/ fitness (6,0%), artes marciais e de combate (5,7%), futsal (4,3%), basquetebol (4,3%) e ginástica/ trampolins (5,7%);

Força 8. Prática desportiva regular da população entre os 15 e os 74 anos, nas últimas 4 semanas, abrangeu 41,1% dos inquiridos;

Força 9. As atividades físicas e desportivas mais praticadas, nas últimas 4 semanas, pela população acima dos 15 anos, são as atividades de manutenção (caminhada, jogging, corrida) para 22,4% da população, as atividades de ginásio (aeróbica, cardio, hip hop, musculação, step, etc.) para 21,1%, a natação e hidroginástica com 8,4%, seguindo-se o futebol, com 7,6%, o ciclismo/ cicloturismo/ btt, com 6,6% e o atletismo com 4,2%;

Força 10. O grau de afiliação no associativismo desportivo é de 36,4%;

Força 11. O enquadramento organizacional mais referenciado para praticar atividade física e desportiva são os clubes desportivos ou associações/ recreativas (24,7%) e os ginásios (24,1%);

Força 12. 77,2% dos indivíduos frequentou ou utilizou instalações desportivas/ espaços naturais no concelho para praticar alguma atividade física desportiva. Os locais mais referidos para realizar a prática de atividade física e desportiva são o meio natural (mar, rio, campo, montanha) e o parque ao ar livre (40,0%). O Parque Verde da Várzea

Fraqz. 1. 57,1% dos jovens afirmaram não participar em atividades físicas desportivas na escola (atividade interna e externa);

Fraqz. 2. 52,9% dos jovens afirmaram não participar em atividades desportivas fora da escola de uma forma organizada;

Fraqz. 3. 29,0% dos jovens não participa nas atividades do desporto escolar e também não pratica atividade física e desportiva fora da escola;

Fraqz. 4. A regularidade da prática na atividade interna, no DE, é reduzida, 65,5% dos jovens (28,1% dos praticantes) realizam a prática na atividade interna 2 a 3 x por período escolar ou menos;

Fraqz. 5. As competições na forma de campeonatos municipais, ou provas desportivas municipais, apresentam uma regularidade, em 24,6% dos casos, entre 1 a 2 vezes por semana e 38,6% realizam-se menos de uma vez por mês;

Fraqz. 6. É necessária maior sensibilização para a prática da atividade física;

Fraqz. 7. As mulheres evidenciaram praticar atividade física e desportiva com menor frequência (15,2%) num parque, ao ar livre e num clube desportivo/ associação (21,4%). A taxa de feminização no desporto federado de 21,9%;

Fraqz. 8. A prática desportiva é reduzida nos segmentos de indivíduos com habilitações literárias ao nível do 9.º ano completo ou menos (37,1%), relativamente aos indivíduos titulares de formação superior;

Fraqz. 9. A prática de desporto federado, com exceção do futebol, é reduzida fora das freguesias da cidade;

Fraqz. 10. Há o entendimento que o desporto sénior tem mais resposta à procura que as atividades para jovens, nas freguesias;

Fraqz. 11. A partir dos 50 anos há um decréscimo acentuado da prática de atividade desportiva;

Fraqz. 12. Nas freguesias denominadas não urbanas a taxa de afiliação em clubes desportivos é reduzida face às áreas urbanas;

Fraqz. 13. A regularidade na prática é superior nas freguesias urbanas, 24,8% pratica mais de 3 a 4 vezes por semana, enquanto nas freguesias não urbanas o valor é de 16,5%;

Fraqz. 14. As instalações desportivas/ espaços naturais no concelho para a prática de atividades desportivas não foram utilizadas por 51,0% dos jovens;

Fraqz. 15. Para 39,5% dos jovens a frequência de utilização (desde Janeiro 2017) das instalações desportivas/ espaços naturais referidos para é reduzida – só nas férias e 1 x por mês;

Fraqz. 16. Uma parte da população (22,8%) referiu

Terceira Parte – Análise do sistema desportivo

266

(20,6%); Força 13. O nível de satisfação com as instalações

desportivas/ espaços naturais utilizados para a prática de atividades físicas e desportivas foi favorável para 82,1% dos inquiridos;

Força 14. As despesas/ investimentos do município de TV aumentaram de 2013 para 2017 em 44%. Na despesa que é comum nos cinco anos, despesas correntes em atividades desportivas, houve um diferencial no valor de aumento da despesa em 190%, respetivamente de 327.656,00€ para 951.853,00€;

Força 15. Santa Cruz ao nível dos desportos de mar e eventos tem tido um crescimento significativo de procura, o surf, bodyboard, o skimboard e a oferta de kitesurf;

Força 16. As três principais orientações da CMTV para o desporto: 1) proporcionar condições para a realização de atividade física em sentido amplo e não só no desporto especificamente, 2) “diversificar as modalidades desenvolvidas no concelho”; e 3) proporcionar “…apoio contínuo aos clubes”, são consentâneas com os instrumentos produzidos para as operacionalizar;

Força 17. A diversidade e intensidade de cooperação das entidades desportivas do concelho, principalmente com a CMTV, é elevada;

Força 18. Foi interpretada uma boa relação de apoio da CMTV aos clubes, através dos subsídios que proporciona;

Força 19. Os eventos como forma de promover a atividade física e as atividades dos ginásios foram considerados como relevantes;

Força 20. Foi considerada ainda, positivamente, a intervenção da CMTV na melhoria de instalações, nos novos campos de futebol, na pista de atletismo, na forma como são atribuídos os apoios camarários à formação. Ao nível de programas de promoção da atividade.

realizar a prática desportiva em instalações desportivas/ espaços naturais fora do concelho;

Fraqz. 17. A pista municipal de Atletismo Carlos Lopes foi referida como um espaço de prática com uma utilização reduzida (2,9%), em 11.º lugar;

Fraqz. 18. Os espaços exteriores das escolas, do primeiro ciclo, ao nível de recursos e da dimensão dos espaços, necessitam de ser melhorados. A falta de inspeção e apetrechamento de material desportivo nas escolas é também apontada como uma lacuna;

Fraqz. 19. As instalações desportivas (piscinas municipais, instalações desportivas públicas, espaços para a prática desportiva, manutenção, segurança, iluminação, etc.) foram o segundo obstáculo referido para justificar não existir mais atividade física e desportiva entre a população;

Fraqz. 20. A não existência de pavilhões desportivos ou outro tipo de recintos cobertos, as dificuldades de manutenção das instalações, disponibilidade de espaços verdes para a prática de atividades desportivas, e espaços para o ciclismo também foram consideradas limitações;

Fraqz. 21. Há pouca relação/ cooperação entre os clubes e as escolas;

Fraqz. 22. A falta de transportes nos clubes; Fraqz. 23. Os inquiridos reconheceram dificuldades na

formação e qualificação dos técnicos e na sua atração para os clubes.

Fraqz. 24. O BTT/ ciclismo/ cicloturismo, para maiores de 30 anos não tem estímulos, apesar de ter muitos praticantes principalmente a partir dos 30 anos;

Fraqz. 25. Os operadores de surf argumentam que a modalidade na região é vista como um desporto sazonal;

Fraqz. 26. A divulgação atempada dos eventos deverá ser melhorada;

Fraqz. 27. Falta de qualidade da sinalização dos percursos pedestres.

Oportunidades - Síntese Implicações Implicações

Oport. 1. O ambiente percecionado é de uma visão muito positiva do desporto em TV, muita gente a praticar desporto, em várias modalidades e a qualidade tem evoluído bastante;

Oport. 2. Para dois terços da população (65,4%) os clubes desportivos e outras entidades locais oferecem numerosas possibilidades de praticar atividades físicas e desportivas;

Oport. 3. O desempenho da Câmara Municipal e da Junta de Freguesia de residência, para 54,5% dos indivíduos é favorável, consideraram que estão a fazer o suficiente pela população relativamente à

I. Valorizar a perceção positiva sobre a atividade física e desportiva do concelho. Potenciar a relação

de confiança e cooperação entre os vários parceiros do sistema desportivo (Oport. 1; 2, 3 e 7 – Força 14, 16, 17, 18 e 20);

II. Consolidar a orientação de desenvolvimento desportivo em curso (Oport. 4, 5 – Força 8, 14, 16 e

20);

III. Melhorar a coordenação das atividades promovidas pelos vários promotores (Oport. 8, 13,

17 – Força 11 e 17);

VI. Ponderar a criação de formas de divulgação/ promoção do benefício da atividade física e do desporto selecionando grupos alvo específicos, nomeadamente jovens do sexo feminino, pessoas portadoras de deficiência, jovens na escola, mulheres dos meios rurais, população sénior (Oport. 1,14, 20, 23 – Fraqz. 1, 2,3, 4,6,7);

VII. Programas assistidos de desenvolvimento desporto: atletismo, surf (Oport. 12, 20, 21 – Fraqz. 17,25);

VIII. Refletir sobre os estímulos para melhor decentralização de programas/ atividades pelas freguesias (Oport. 26, 20, 21 – Fraqz. 8,9,10,11,12 e 13);

Terceira Parte – Análise do sistema desportivo

267

atividade física e desporto; Oport. 4. Os programas promovidos pela CMTV estão

em coerência com os objetivos e as orientações de desenvolvimento do desporto para o concelho, pelos objetivos, destinatários, áreas e tipos de apoio;

Oport. 5. Os “contratos-programa de desenvolvimento desportivo”, a “construção de instalações desportivas” e as “atividades e programas desportivos” têm merecido os principais esforços da CMTV;

Oport. 6. Foram efetuadas várias referências para que a CMTV assuma um papel de mediadora nas relações entre as escolas e associações;

Oport. 7. Dos 41,8% dos jovens que afirmaram conhecer programas de promoção do desporto ou da atividade física no concelho, os “Campeonatos Municipais de Atletismo e Futebol” (63,8%), seguido do “Programa Mexa-se - Aulas no Parque Verde da Várzea” (59,2%) e do programa “Night Run” (54,7%) são os que têm maior notoriedade. Com níveis de notoriedade mais reduzidos: “Diabetes em Movimento” (24,3%), “No Domingo a Rua é Nossa“ (25,7%);

Oport. 8. Metade dos jovens perceciona que no concelho existem numerosas possibilidades de praticar atividades físicas e desportivas (50,6%);

Oport. 9. Os jovens também consideram, 49,4% de concordância, que é necessária melhor coordenação entre as atividades desportivas da escola e dos clubes desportivos (49,4% de concordância);

Oport. 10. Os inquiridos consideraram que o investimento no desporto deve no desenvolvimento da prática desportiva regular, orientado para que mais pessoas pratiquem desporto, diversificação da oferta e melhor exploração dos espaços verdes para a prática;

Oport. 11. Na atividade dos clubes, foi identificada a oferta de 54 modalidades desportivas diferentes e 39 clubes que as disponibilizam, nos últimos 6 anos, com intervenção principal na formação;

Oport. 12. Para além do futebol, seis modalidades com percentagens proporcionalmente mais relevantes de prática nos clubes: hóquei em patins (6,88%) atletismo (6,27%), ginástica (6,63%), futsal (5,67%), basquetebol (5,41%) e o ténis (3%). O futebol, com exceção União das Freguesias de Dois

IV. Fortalecer as interações entre as entidades (escola, clubes/ associações, ginásios, juntas de freguesia e outros operadores que promovem as mesmas modalidades desportivas (Oport. 9, 10, 11,12, 14, 20, 17 – Força 4,7,9 e 10);

V. Melhorar as condições de utilização das IDBR existentes e efetuar a sua adequação às necessidades da procura especificamente nos espaços verdes/ parques/ circuitos de manutenção (Oport. 24 e 25 – Força 12 e 13).

IX. Perspetivar a melhoria das ID e o aumento de utilização das existentes. Reforçar o concelho com instalações desportivas específicas, para práticas formais e informais (Oport. 20,23, 24 e 25 – Fraqz. 14,15,16, 17, 18);

X. Melhorar os canais de comunicação e divulgação dos eventos e das iniciativas realizadas no concelho pelos diferentes promotores (Oport. 18,19 e 20 – Fraqz. 26);

Terceira Parte – Análise do sistema desportivo

268

Portos e Runa, é proporcionado em todas as freguesias;

Oport. 13. Intenção de prática futura, modalidades preferidas dos jovens: basquetebol, 10,5%, danças/ ballet (8,9%), futebol (7,6%), ginástica/ trampolins (6,8%), voleibol (6,2%), natação (5,9%), karaté/ artes marciais (5,4%) e surf/ bodyboard (5,4%), todas estas modalidades têm oferta no concelho.

Oport. 14. O atletismo é a segunda modalidade com maior distribuição geográfica da prática, em seis freguesias;

Oport. 15. A relação entre os diferentes clubes do concelho;

Oport. 16. Na atividade física não federada, com atividades regulares, a natação com 51% das atividades; o fitness com 14%; e a ginástica com 7% foram as modalidades com mais atividades. Registe-se na atividade física para pessoas com deficiência 4% das atividades;

Oport. 17. Realizar formação para os agentes desportivas locais, de treinadores e de outros recursos humanos do desporto (árbitros, dirigentes e pais) e atração de mais técnicos qualificados;

Oport. 18. Melhorar a informação sobre desporto para a população, no sítio na internet da CM TV, foi colocada como evidência pelos inquiridos;

Oport. 19. Haver maior promoção do desporto em geral, por parte da CMTV e das Juntas de Freguesia. Cada sede de freguesia devia dinamizar atividades para servir de descentralização e assim evitar que a maioria da prática tenha de ser na cidade de TV;

Oport. 20. Os ginásios demonstraram interesse de cooperação com clubes, nos eventos, reabilitação, prevenção de lesões e melhoria da capacidade física dos atletas. Possibilidade de continuarem e aprofundarem as iniciativas de promoção da atividade física, para diferentes escalões e em diferentes freguesias;

Oport. 21. O concelho de TV tem 10 praias, ou seja 23% das 44 praias do país, consideradas de ZERO poluição;

Oport. 22. Nos eventos: o Santa Cruz Ocean Spirit e uma prova anual internacional de skimboard, são eventos de referência para a promoção do surf;

Oport. 23. A constituição da associação Sealand permite desenvolver a formação de praticantes de surf, para além dos operadores

Terceira Parte – Análise do sistema desportivo

269

comerciais; Oport. 24. Um “projeto pioneiro em Portugal

que possibilita a prática do surf a alunos do primeiro ciclo”;

Oport. 25. Associado ao turismo natureza, a possibilidade de construção de rede de trilhos, caminhos florestais e agrícolas, sugerem ofertas de diversas atividades;

Oport. 26. As instalações desportivas/ espaços naturais do concelho mais frequentadas foram os “Parques Verdes das Freguesias/ Circuitos de manutenção” referidos por 23,9% dos jovens, a “Física de Torres Vedras” (12,4%) e os “Ginásios” e “Praia/ Mar”, ambos com 10,6%;

Oport. 27. A construção/ melhoria, de mais espaços verdes, parques para praticar ao ar livre, ciclovias, mais aparelhos, com 27,5% das referências, foi a primeira sugestão indicada para melhorar atividade física e desportiva;

Oport. 28. Pelos critérios de projeção de ID, com base na dimensão da população, poder-se-á aprofundar a necessidade de um grande campo de jogos; pavilhão ou sala de desporto; pista de atletismo e a possibilidade de existência de piscinas cobertas.

Ameaças - Síntese Implicações Implicações

Ameaça 1. Diminuição do número de praticantes nos escalões de formação;

Ameaça 2. N.º de jovens até 19 anos (15522) representa 20% da população (para os dados nacionais o valor é de 19% (PORDATA (2018), no ano de 2014 residiam 16001 jovens;

Ameaça 3. O índice de envelhecimento é de 146 idosos por cada 100 jovens, para o país este valor é de 153,2;

Ameaça 4. Ganho médio mensal dos trabalhadores por conta de outrem, relativo ao ano de 2016, foi, em TV, de 954,1€;

Ameaça 5. O interesse da população pela atividade física e desporto. Principais obstáculos: (1) a inércia/ motivação das pessoas (falta de interesse, motivação, falta de tempo, não gostam); (2) as deslocações, distâncias e o tempo entre o trabalho/ escola e a prática, os horários escolares/ transportes; e (3) as instalações desportivas públicas;

Ameaça 6. As despesas de capital para a

XI. Remover os fatores que condicionam negativamente o interesse das pessoas pela atividade física e desportiva (Ameaça 5 – Força 8);

XII. Reforçar o papel do dirigente desportivo voluntário (Ameaça 8, 9 e 10 – Força 10 e 11);

XIII. Melhorar o conhecimento e a comunicação das atividades e dos eventos desportivos. Utilizar os

meios de comunicação disponíveis para melhorar a interação com os potenciais praticantes e restante população (Ameaça 15 e 16 – Força 19);

XIV. Perspetivar o desenvolvimento do surf e das atividades de mar (Ameaça 17 e 18 – Força 15);

XV. Intensificar as condições de utilização dos espaços naturais (Ameaça 13 – Força 9 e 12).

XVI. Ser mais eficiente na atração de potenciais novos praticantes. Constituir ações de captação com melhores

resultados (Ameaça 1, 2 e 3 – Fraqz. 1, 2, 3, 4, 5 e 6);

XVII. Rejuvenescer os papéis de dirigente. Ter mais jovens nas direções dos clubes (Ameaça 8, 9 e 10 –

Fraqz. 9 e 10);

XVIII. Ajustar ofertas de modalidades à população potencialmente interessada, exemplo do BTT/

ciclismo/ cicloturismo (Ameaça 13 – Fraqz. 24);

XIX. Melhorar as ID das escolas de 1.º ciclo e do ensino pré-escolar (Ameaça 14 – Fraqz. 18);

XX. Reforçar a formação e qualificação dos recursos humanos do sistema desportivo concelhio (Ameaça 12 –

Fraqz.23).

Terceira Parte – Análise do sistema desportivo

270

construção e manutenção de recintos (salas e pavilhões cobertos) e construção de outros equipamentos desportivos, não tem valores atribuídos nas contas do município desde 2016 (INE, 2018);

Ameaça 7. Os polidesportivos muito antigos e as condições dos balneários e instalações de apoio;

Ameaça 8. Apoio aos clubes das freguesias rurais;

Ameaça 9. Perda de vitalidade do associativismo nas zonas mais rurais;

Ameaça 10. Centralização da prática desportiva federada na sede de concelho;

Ameaça 11. Dirigentes voluntários disponibilizam menos tempo, há um menor número de pessoas para se dedicarem aos clubes;

Ameaça 12. Faltam técnicos, com qualificações, e dirigentes com formação apropriada;

Ameaça 13. Oferta de atividades para a população adulta entre os 30 e os 50 anos;

Ameaça 14. Atividade física e desportiva no pré-escolar e no primeiro ciclo;

Ameaça 15. Cerca de metade da população (49,3%) afirmou não ter conhecimento da existência de qualquer programa de promoção do desporto ou da atividade física no concelho;

Ameaça 16. 44,8% da população de Torres Vedras afirmou que nunca assistiu a espetáculos desportivos ao vivo;

Ameaça 17. Número de praticantes de surf residentes no concelho;

Ameaça 18. A perceção que as modalidades de mar são vistas como modalidades difíceis de praticar o que pode impedir o aparecimento de novos praticantes.

Terceira Parte – Análise do sistema desportivo concelhio

271

Da análise efetuada, a partir das evidências encontradas e das ilações realizadas,

podemos tecer as seguintes apreciações:

O sistema desportivo concelhio é caracterizado por um ambiente bastante

positivo, no qual, na globalidade, os parceiros reconhecem a intervenção realizada pela

CMTV na área do desporto e da atividade física. Como tal, importa valorizar esta

avaliação e reforçar a relação de confiança e cooperação entre os vários parceiros do

sistema desportivo concelhio. Forçosamente os resultados obtidos, no comparativo com

indicadores nacionais, levam a esta assunção de posicionamento.

Há uma deliberada intencionalidade de opções de desenvolvimento desportivo,

concebida e operacionalizada há vários anos, que está consignada em objetivos, em

instrumentos, com estímulos financeiros congruentes para vários sectores, em

programas, atividades, eventos e numa adequação estrutural no funcionamento da

própria CM, com a constituição da Divisão de Divisão de Educação e Atividade Física.

Desta forma, as escolhas estratégicas a realizar devem permitir consolidar a orientação

de desenvolvimento desportivo em curso.

Pese o facto dos resultados, ao nível da prática de desporto e de atividade, física

serem positivos, no comparativo disponível em termos nacionais, é necessário uma maior

atração de pessoas, ter mais pessoas a praticar, com maior frequência, regularidade e

intensidade, de acordo com as recomendações internacionais de referência,

nomeadamente a OMS. Ser mais eficiente na atração de potenciais novos praticantes.

Constituir ações de captação com melhores resultados.

A oferta de modalidades no concelho é elevada, das principais modalidades

praticadas nem todas têm resposta ao nível da competição escolar, federada e de lazer.

A possibilidade de constituir ofertas integradas, para que verticalmente as crianças, os

jovens e os adultos possam ter possibilidade de participação em vários níveis de

competição é desejável, do ponto de vista motivacional, e eficiente no aproveitamento

dos investimentos realizados.

Importa aprofundar as interações entre as entidades (escola, clubes/ associações,

ginásios, juntas de freguesia e outros operadores) que promovem as mesmas

modalidades desportivas e melhorar a coordenação das atividades promovidas pelos

vários promotores, é condição essencial para a concretização do ponto anterior.

Terceira Parte – Análise do sistema desportivo

272

Dificuldade de articulação, cooperação e aproveitamento máximo dos recursos

existentes foram registadas é necessário colocar um efeito agregador e sinérgico no

funcionamento das diferentes entidades.

As partes interessadas inquiridas colocam a CMTV no papel de mediação,

coordenação e articulação do sistema desportivo. Porém, uma lógica de

desenvolvimento participativo, processo em as entidades parceiras e as pessoas têm um

papel ativo na identificação de soluções e na tomada de decisões que influenciam a vida

das organizações desportivas e a sua própria participação, poderá contribuir maior

eficiência dos resultados do modelo de política desportiva em vigor. Essencialmente

baseado em estimular, apoiar, cooperar e responsabilizar as entidades pela

operacionalização das suas atividades. No entanto, os estímulos e as orientações

proporcionadas, se não forem conjugadas com a intervenção dos parceiros, obrigam a

esforços muito elevados para se obterem resultados ou tornam-se mesmo um obstáculo à

sua concretização, a coordenação da atividade realizada pelas escolas, clubes e juntas

de freguesias é de relevante importância para melhorar o funcionamento do sistema

desportivo. De forma supletiva, a atividade dos ginásios e de outros promotores

privados, de natureza comercial, deve ser conjugada.

Ponderar a criação de novas formas de divulgação/ promoção do benefício da

atividade física e do desporto selecionando grupos alvo específicos, nomeadamente

jovens do sexo feminino, pessoas portadoras de deficiência, jovens na escola, mulheres

dos meios rurais, população sénior.

Melhorar os canais de comunicação dos eventos e das iniciativas realizadas no

concelho pelos diferentes promotores. Contribuir também, desta forma, para remover os

fatores que condicionam negativamente o interesse das pessoas pela atividade física e

desportiva. Reforçar o conhecimento e a comunicação das atividades e dos eventos

desportivos, aperfeiçoar a interação com os potenciais praticantes e restante população.

Identificaram-se algumas modalidades que, não sendo das mais praticadas,

podemos considerá-las como nichos, têm um conjunto de atributos (pelo seu impacto

transversal noutros setores, pelo seu peso nas tradições e hábitos culturais da população

ou pelo que instrumentalmente permitem atingir, para se chegarem a objetivos de

maior amplitude para promoção do desporto e da atividade física) que se devem

Terceira Parte – Análise do sistema desportivo

273

considerar como estimuladores do desporto e da atividade física. Neste caso, devem ser

constituídos planos, tecnicamente e financeiramente assistidos, de desenvolvimento

específico de algumas modalidades, são exemplos o ciclismo/ btt, atletismo, surf,

pedestrianismo/ caminhada, jogging, corrida (associando o desporto, o turismo e o

ambiente) que permitem uma prática para todas as faixa etárias, diferentes géneros,

diversos níveis de competição e participação e que possam ser operacionalizados por

vários parceiros.

Dever-se-á constituir estímulos para melhorar a decentralização de programas e

atividades pelas freguesias de forma a aumentar a oferta dirigidas às crianças, aos

jovens, nas fases de formação desportiva, e aos maiores de 30 anos para uma prática

desportiva ao longo da vida.

As condições de utilização das IDBR devem ser aprofundadas e efetuada a sua

adequação às necessidades da procura, especificamente para intensificar a utilização

dos espaços verdes/ parques/ circuitos de manutenção. Melhorar as condições para que

mais pessoas utilizem estes espaços e se preste um melhor serviço à população é, como

foi avaliado, um fator de atratividade para a prática.

Perspetivar a melhoria das ID e o aumento de utilização das existentes.

Reforçando o concelho com algumas instalações desportivas específicas, para práticas

formais e informais, e considerando que é necessário melhorar prioritariamente as ID

das escolas, do ensino pré-escolar, 1.º, 2º e 3º ciclo, reabilitar polidesportivos, e espaços

de acesso livre, para atividades de participação desportiva mais diversificada e de

compatibilização simultânea de utilizadores. As ID a serem intervencionadas, para além

do seu projeto de construção/ recuperação, devem ter associado um plano de promoção

desportiva com os parceiros responsáveis pelas atividades que aí se possam realizar. Por

exemplo, no caso da natação, e com aproveitamento para atividade de manutenção

como a hidroginástica, temos uma modalidade que tem grupos/ equipa no DE, é a

segunda modalidade mais praticada pelos jovens fora da escola, é a segunda modalidade

mais praticada pela população acima dos 15 anos e a que tem maior número de

atividade de forma regular na atividade desportiva não federada.

Ao nível dos recursos humanos, é necessário reforçar o papel do dirigente

desportivo voluntário, valorizar socialmente a sua intervenção, rejuvenescer as direções

associativas, atraindo mais jovens e mais mulheres para as direções dos clubes. Ao nível

Terceira Parte – Análise do sistema desportivo

274

da qualificação dos técnicos é necessário constituir ofertas adequadas às necessidades

locais e ter domínios/ temas que possam ser transversais à formação dos técnicos de

várias modalidades. Uma bolsa de técnicos e respetivas competências pode responder ao

problema da atração de treinadores e outros especialistas.

275

Quarta Parte

Conceção da estratégia

Quarta Parte – Propostas de Desenvolvimento

Quarta Parte – Conceção da estratégia

276

I – Conceção da estratégia e propostas de desenvolvimento

Face à análise realizada, à síntese dos principais fatores considerados como

condicionadores do desenvolvimento do desporto concelhio, importa definir o que

delimitamos como estratégia para o horizonte temporal previsto. Neste caso, o que

se escolhe como opções de desenvolvimento e como se fundamenta. Desta forma,

identificam-se as principais intenções e as finalidades gerais que se desejam

alcançar, o que se idealiza com o Plano Estratégico de Desenvolvimento do

Desporto de Torres Vedras, através da definição da visão, missão, principais

propósitos, valores e objetivos estratégicos. Do ponto de vista operacional,

sistematizam-se os eixos estratégicos de desenvolvimento, os fatores críticos de

sucesso - recomendações que transversalmente se julga facilitadoras da

operacionalização do plano, do controlo da sua execução e da possibilidade de

introdução de medidas corretivas -, e a identificação dos planos de ação.

Como Visão para o sistema desportivo, pretende-se que 1 em cada 2

munícipes de Torres Vedras pratiquem atividade física e desportiva em 2025, tendo

a Missão de proporcionar condições de acesso à prática de atividade física e de

desporto com qualidade no enquadramento técnico, adequadas ao interesse,

motivação e nível de prática do munícipe.

O principal Propósito é consolidar um sistema desportivo concelhio dinâmico,

propiciador do bem-estar físico, mental e social das pessoas, facilitador de níveis

de desempenho adequados às expectativas e motivações de evolução na prática de

atividade física e desporto, e que contribua para o envolvimento, coesão,

prosperidade e sustentabilidade da comunidade.

Os princípios orientadores são constituídos pelos seguintes Valores:

Igualdade, promover uma abordagem de desporto e atividade física para todos e

por todos, constituindo igualdade de oportunidades para acesso à participação,

assumindo que são necessárias algumas intervenções orientadas para superar as

desigualdades que podem ser sentidas por pessoas, comunidades ou grupos;

Cooperação, as parcerias e a colaboração podem fazer melhor utilização dos

recursos disponíveis, as relações intersectoriais de cooperação amplificam os

resultados; Inclusão, na promoção da tolerância, na aprendizagem de viver em

sociedade no respeito pelo outro, na colaboração, lealdade e amizade, associados

Quinta Parte – Planos de ação

277

ao fair play; Flexibilidade, constituir adaptações e ajustamentos às necessidades de

evolução de partes e setores do sistema desportivo; Ética, na preocupação de

estruturar as atividades de modo a não permitir a violência no desporto, dopagem,

racismo, xenofobia ou discriminação social; Baseado na evidência, realizar

apreciações, efetuar avaliações, controlar a execução e tomar decisões apoiadas

por pesquisa e por dados relevantes.

São propostos como Objetivos Estratégicos: Obj.Estr.1) Melhorar a

articulação do sistema desportivo local; Obj.Estr.2) Promover a generalização da

prática da atividade física e desportiva da população; Obj.Estr.3) Estimular o

desenvolvimento do tecido associativo desportivo; Obj.Estr.4) Promover a saúde e

a qualidade de vida; Obj.Estr.5) Valorizar as instalações desportivas e o espaço

público para a prática da atividade física e mobilidade ativa.

Os Eixos Estratégicos de intervenção são orientados para: EE1 - Prática

desportiva de competição/ federada; EE – 2 Atividade física não competitiva /

organizada; EE - 3 Atividade física não organizada; EE – 4 Desporto na escola; e EE -

5 Instalações desportivas e espaços públicos.

De forma transversal, constitui-se um conjunto de orientações, Fatores

Críticos de Sucesso, que se julgam facilitadoras da operacionalização do plano, do

controlo da sua execução e dos resultados a obter, centrados na organização de

eventos, na formação de recursos humanos, na comunicação, na cooperação e no

financiamento.

Por fim, tal como estruturado na figura seguinte, são propostos cinco (5)

Planos de Ação: PA1 - Governação do sistema desportivo local; PA2 -

Desenvolvimento da prática desportiva dos jovens em formação; PA3 - Promover a

generalização da prática de atividade física e do desporto na população adulta; PA4

- Estimular o tecido associativo desportivo e PA5 – Reabilitar as instalações

desportivas e espaços públicos para a prática de atividade física e de desporto.

Quarta Parte – Conceção da estratégia

278

279

Quinta Parte

Planos de ação

Quinta Parte – Planos de ação

280

Planos de ação

PA1 – Governação do sistema desportivo local Descrição do plano Visa-se o aproveitamento máximo dos recursos disponíveis no concelho e a melhor oferta de condições para a prática desportiva formal e informal. A interação de várias organizações, públicas e privadas, com e sem fins lucrativos, com responsabilidades no estímulo, regulação e promoção da prática desportiva pode trazer melhores resultados através da coordenação e articulação dos seus recursos, esforços e das atividades que realizam, no âmbito das suas competências.

Objetivos específicos 1. Melhorar a coordenação das atividades promovidas pelos vários promotores

concelhios; 2. Fortalecer as interações entre as entidades (escola, clubes/ associações,

ginásios, juntas de freguesia e outros operadores que promovem as mesmas modalidades desportivas);

3. Constituir estruturas representativas dos agentes desportivos concelhios para recolha, tratamento e concertação de medidas de desenvolvimento desportivo para o concelho;

4. Constituir sistema de recolha de informações para resolver problemas operacionais, derivados da falta de comunicação;

5. Dinamizar a cooperação, para a oferta de atividades, através de parcerias com entidades públicas e privadas do sector da saúde, educação, juventude, ambiente e mobilidade urbana;

6. Melhorar a divulgação atempada dos eventos e restantes atividades; 7. Estabelecer parcerias entre as entidades, para o desenvolvimento das mesmas

modalidades desportivas nos diferentes subsistemas.

Relação com os objetivos estratégicos Obj. Estrat.1 - Melhorar a articulação do sistema desportivo local; Obj. Estrat.2 - Promover a generalização da prática da atividade física e desportiva da população; Obj. Estrat.3 - Estimular o desenvolvimento do tecido associativo desportivo; Obj. Estrat.4 - Promover a saúde e a qualidade de vida.

Evidências e justificação: 1. Foram efetuadas várias referências para que a CMTV assuma um papel de mediação nas relações entre as escolas e clubes, para colmatar dificuldades de articulação e

coordenação entre as escolas e os clubes; 2. Possibilidade de estabelecimento de parcerias entre os clubes e escolas para promoção das modalidades que simultaneamente são proporcionadas nos dois contextos; 3. Os níveis de cooperação entre instituições (município, escolas, juntas de freguesia, clubes, ginásios e outros promotores) podem ser melhorados e constituírem-se com

um instrumento de estruturante do sistema desportivo; 4. Interesse das escolas em parcerias com clubes para transportes, orientação, acompanhamento e preparação dos alunos-atletas; 5. Cooperação com o Desporto Escolar para melhorar a atividade interna e a relação com outras entidades do concelho; 6. Há pouca relação/ cooperação entre os clubes e as escolas; 7. Há o entendimento que o desporto sénior tem mais resposta à procura que as atividades para jovens nas freguesias não urbanas; 8. A regularidade da prática é superior nas freguesias urbanas, é preciso melhorar a oferta nas freguesias não urbanas; 9. Necessidade de maior promoção de atividades desportivas e recreativas para a população acima dos 30 anos e que já é proporcionada no concelho; 10. Na utilização de instalações, e na sua ocupação, foram efetuadas referências sobre: falta de coordenação e de estratégia entre os vários clubes do concelho 11. A falta de transportes nos clubes; 12. A divulgação atempada dos eventos deverá ser melhorada. Cerca de metade da população (49,3%) afirmou não ter conhecimento da existência de qualquer programa de

Quinta Parte – Planos de ação

281

promoção do desporto ou da atividade física no concelho 13. Os ginásios demonstraram interesse de cooperação com clubes, nos eventos, reabilitação, prevenção de lesões e melhoria da capacidade física dos atletas. Possibilidade

de continuarem e aprofundarem as iniciativas de promoção da atividade física, para diferentes escalões e em diferentes freguesias.

Alvo Dirigentes, proprietários e técnicos responsáveis pelas entidades promotoras do desporto e relacionadas com o desporto no concelho: clubes/ associações, ginásios, juntas de freguesia e outros operadores que promovem as modalidades desportivas e têm responsabilidades na promoção da saúde e bem estar da população.

Impacto nos eixos estratégicos*

Desporto na escola

Prática desportiva de competição / federada

Atividade física não competitiva / organizada

Atividade física não organizada

Instalações desportivas

*** *** *** * *

Atividades – o que fazer Resultados – o que se espera atingir

Indicadores – Como medir

Calendário

Ação 1 - Constituir o Fórum do Desenvolvimento do Desporto de Torres Vedras que integre elementos representantes do município, juntas de freguesia, agrupamentos escolares, clubes, ginásios e outras entidades locais interessadas no desenvolvimento do desporto. Servirá como estrutura concelhia para recolha, análise e avaliação da execução das medidas e ações do PEDDTV.

Assegurar o envolvimento e apoio dos líderes das organizações desportivas locais, instituições públicas e juntas de freguesia como condição essencial para o desenvolvimento e sustentabilidade das ações que integrem o PEDDTV. Fórum constituído. Alcançar o envolvimento e compromisso dos líderes locais para os resultados desportivos concelhios e para proporcionar ofertas desportivas ajustadas aos interesses da população;

Subscrição de compromisso de participação pelas entidades: com a ideia, o propósito, a missão e o regulamento interno de funcionamento do Fórum. Presença em reuniões. Número de ações realizadas pela cooperação e concertação entre as entidades que constituem o Fórum.

Ano Início Fim

2020

2021 1º Tri. 3º Tri.

2022

2023

2024

2025

Ação 2 – Instituir o Gabinete de Apoio aos Clubes Desportivos de Torres Vedras, destinado a elevar o desempenho dos clubes; para prestar consultoria e suporte a candidaturas de programas de financiamento, ao marketing, comunicação, atração de praticantes, organização de eventos, relação com os sócios, regulamentos de instalações desportivas, formação e outras ações de melhoria do funcionamento dos clubes.

Estabelecer relação com instituições de ensino superior, ensino profissional, IPDJ, IEFP e outras organizações que possam proporcionar apoio ao nível de recursos humanos, técnico, de I&D, estágios e programas de apoio financeiro. Apoiar e capacitar os clubes para que sejam do ponto de vista social, desportivo e económico, sustentáveis. Possibilidade de lançamento e arranque apoiado pela CMTV e, a médio prazo, possibilitar a sua autonomização, pela responsabilidade direta dos clubes.

Cumprimento da fase de lançamento e arranque do Gabinete. Gabinete instituído e em atividade. Número de colaboradores, a tempo integral e parcial, em atividade. Número e impacto das ações realizadas.

Ano Início Fim

2020

2021 3º Tri.

2022 1º Tri.

2023

2024

2025

Quinta Parte – Planos de ação

282

Ação 3 – Criar uma Equipa do Programa “Torres Vedras Ativa e Saudável” que integre elementos da CMTV, centro de saúde, agrupamentos escolares, principais clubes e ginásios com o objetivo de ajustar as iniciativas existentes, a conceber e que constituirá o programa “chapéu” para a promoção da atividade física e do desporto e de combate ao sedentarismo dos vários segmentos da população do concelho.

Criar a equipa do Programa “Torres Vedras Ativa e Saudável”. Possibilitar o desenho apropriado e a execução das ações que aumentem efetivamente os níveis de atividade física da população. Amplificar o impacto dos programas e das atividades em desenvolvimento pela CMTV com o apoio dos diferentes parceiros.

Número de parcerias intersectoriais, em funcionamento, que envolvam as áreas chave: desporto, saúde, educação, juventude, ambiente e mobilidade urbana. Reuniões da equipa realizadas; Obtenção de acordos quanto à adaptação das iniciativas existentes, a conceber, a desenvolver e avaliar.

Ano Início Fim

2020

2021 1º Tri. 2º Tri.

2022

2023

2024

2025

Ação 4 – Produzir vários e-book sobre normas e regulamentos municipais aplicáveis ao desporto predominantemente às principais atividades desenvolvidas pelos clubes e organizações comerciais. São exemplo licenciamento de atividades no espaço público, segurança de eventos desportivos, comunicação no espaço público.

Produzir livros/ brochuras/ fichas técnicas, em formato digital, com informação orientada e facilitadora da intervenção e dos diferentes interessados.

Número de elementos produzidos. Avaliação da utilidade e funcionalidade dos elementos produzidos.

Ano Início Fim

2020

2021 1º Tri.

2022 2º Tri.

2023

2024

2025

Ação 5 - Constituir o Portal do Desporto e da Atividade Física visando disponibilizar um espaço de comunicação entre o município e as organizações desportivas do concelho. Através do Portal as diferentes entidades (clubes, ginásios, escolas, juntas de freguesia, etc.) podem divulgar as suas iniciativas, e de forma coordenada, comunicar diretamente com o município, com as outras entidades, com os destinatários das suas atividades, e efetuar as suas candidaturas a programas de apoio municipais.

Conceber e produzir o Portal, micro site, associado à área da Atividade Física, já existente, no website da CMTV, contendo textos, imagens e vídeos de divulgação das iniciativas concelhias.

Número de entidades envolvidas; Número de elementos de comunicação produzidos e divulgados; Número de utilizadores e consultas; Avaliação da utilidade, funcionalidade e impacto da informação divulgada.

Ano Início Fim

2020

2021 1º Tri. 2º Tri.

2022

2023

2024

2025

Ação 6 – Estimular as experiências de prática, considerar nos critérios de apoio à realização de atividades/ eventos, pelos clubes e outros

Identificar atividades, definir critérios de estímulos Adicionar no Programa de Apoio à Atividade Física e Desportiva estímulos (taxas, incentivos,

Critérios de estímulo identificados. Atividades prioritárias definidas. Integração dos estímulos no regulamento do Programa de Apoio à Atividade Física e

Ano Início Fim

2020

Quinta Parte – Planos de ação

283

promotores, as seguintes situações: a) iniciativas para experimentação das atividades, estímulos ativos para a iniciação à atividade física e desporto, b) as atividades devem permitir o reforço e desenvolvimento das práticas já realizadas no concelho, nomeadamente nos clubes.

apoio logístico, apoio na comunicação, etc.) que discriminem positivamente os eventos desportivos e atividades desportivas, dos clubes ou de organizações comerciais, que integrem iniciativas para experimentação e atividades de incentivo ativo para a participação da população.

Desportiva.

2021 1º Tri.

2022

2023

2024

2025 4º Tri.

Ação 7 – Instituir o Prémio Municipal de Ética no Desporto. Avaliar anualmente a execução do Programa de Apoio à Promoção da Ética no Desporto e valorizar, através do envolvimento e participação da comunidade, as melhores práticas dando apoio ao seu desenvolvimento e divulgação.

Definir os critérios, para apreciação da execução do Programa de Apoio à Promoção da Ética no Desporto, e estabelecer um processo de escolha, com o envolvimento participativo da população, das melhores práticas de promoção da ética no desporto concelhio.

Relatório de avaliação da execução das ações previstas no Programa de apoio à promoção da ética no desporto elaborado Prémio Municipal de Ética no Desporto atribuído anualmente pela população.

Ano Início Fim

2020

2021 1º Tri.

2022

2023

2024

2025 4º Tri.

Ação 8 - Promover a realização de uma Gala do Desporto e da Atividade Física de Torres Vedras, destinada a reconhecer e valorizar o papel dos promotores do desporto para o desenvolvimento e qualidade de vida em Torres Vedras.

Clubes, ginásios, empresas, dirigentes, treinadores, outros técnicos e praticantes desportivos publicamente reconhecidos.

Gala anual do desporto de Torres Vedras organizada.

Ano Início Fim

2020

2021 1º Tri.

2022

2023

2024

2025 4º Tri.

Fatores críticos de sucesso Recomendações

Eventos

Nos eventos desportivos organizados por entidades do concelho ou por entidades de fora do concelho: 1) Definir com os promotores as iniciativas prioritárias para experimentação e atividades de estímulo ativo para iniciação à atividade física e desporto pela população, incluindo as modalidades em consolidação, o segmento das mulheres, das pessoas com deficiência e nas freguesias não urbanas. (ex.: atletismo, btt/ ciclismo, percursos pedestres, running/trail (nigth run), surf); 2) Utilizar os principais eventos desportivos atuais (Cross de Torres Vedras, Grande Prémio Internacional Torres Vedras - Trofeu Joaquim Agostinho, Taça Joaquim Agostinho, Ocean Spirit, GimnOeste, etc.) para, em acordo com os respetivos promotores, incluírem iniciativas adequadamente orientadas para segmentos etários específicos e raparigas, tendo por objetivo o estímulo ativo, a experimentação e a iniciação a atividades de prática de atividade física e desporto. Criar incentivos e condições de acesso com estímulos adequados (comunicação, facilidade de acesso, deslocação) para aumentar o número de espectadores aos atuais eventos desportivos no concelho.

Quinta Parte – Planos de ação

284

Formação de recursos humanos do desporto Levantamento e recolha, a cada duas épocas, das necessidades de formação dos diferentes recursos humanos do desporto. Conceção de um programa de formação para desenvolvimento em cada época desportiva. Associado à Ação 2: 1) Estimular e conceder apoio aos clubes com perfil adequado a formalizar candidatura individual ou em rede ao Programa da

Comissão Europeia para o Emprego e a Inovação Social (EaSI) no objetivo combate à discriminação e aos programas EEA Grants, BPI Capacitar, Mota Engil SA e ERASMUS Plus.

2) Apoiar os clubes titulares da declaração de utilidade pública a realizar registo na Secretaria Geral da Presidência do Conselho de Ministros com o objetivo de planear e executar uma campanha de donativos / consignação do valor de 0,5% do IRS liquidado (art. 152 CIRS) junto das famílias, comunidade e recursos humanos dos parceiros;

3) Promover o encontro entre clubes e entidades formadoras do concelho para acolhimento de estágios na área das TIC que contribuam para a modernização do tecido associativo (Ex. Curso Profissional de Marketing Digital existente em Torres Vedras);

4) Apoiar a realização do programa de formação de recursos humanos dos agentes desportivos: técnicos e dirigentes. Comunicação Preparar e implementar um plano global de comunicação para o desporto no concelho. Coordenar este plano com: 1) o website

do município e Portal do Desporto e da Atividade Física, 2) a revista trimestral do município, 3) a newsletter do município. De forma integrada, utilizar também: cartazes, outdoors no espaço urbano, flyers, redes sociais na internet para disseminação da informação (facebook, instagram, youtube), media regionais (rádios, jornais, internetTv). Utilizar nos instrumentos referidos testemunhos de líderes / opinion makers locais em pequenos vídeos. O conteúdo da comunicação deve ser concebido para os objetivos estratégicos de cada plano de ação. Dar a conhecer, suscitar o interesse, fazer gostar das atividades desportivas e desencadear comportamentos de experimentação / participação são os objetivos que devem presidir as ações de comunicação a realizar. Deve considerar informação sobre a agenda desportiva concelhia existente, destinada a informar os cidadãos das atividades / recursos oferecidos pelos operadores públicos e privados, permitindo consultas sobre a oferta de prática desportiva para crianças, jovens, adultos, seniores, pessoas com deficiência, freguesia, eventos desportivos e competições. Para certas ações, face à natureza dos alvos de comunicação – stakeholders –, realizar comunicação institucional / reuniões, sobre os objetivos estratégicos e execução do PEDDTV, com o objetivo de promover a confiança, o compromisso e a adesão aos planos e ação.

Cooperação

Constituir uma matriz das partes interessadas stakeholders identificar, sistematizar e planear o tipo de envolvimento a realizar com cada uma, por exemplo: clubes, ginásios, agrupamentos de centros de saúde/ centro de saúde/ extensões de saúde, escolas, juntas de freguesia e empresas. Efetuar uma orientação do envolvimento de cada uma de acordo com o que se pretende da sua intervenção em cada uma das Ações propostas.

Financiamento

Assumir a missão da CMTV num papel supletivo, estimulador e indutor de uma maior oferta de atividade física e desportiva pelos clubes do concelho e de outros agentes comerciais.

* Impacto mínimo, ** Impacto médio, *** Impacto elevado

Quinta Parte – Planos de ação

285

PA2 – Desenvolvimento da prática desportiva dos jovens em formação Descrição do plano Promover a generalização da prática desportiva dos jovens em idades de formação, em diferentes modalidades, utilizando a oferta desportiva existente no concelho e com uma maior adequação aos segmentos populacionais, respetivos estilos de vida, motivações e necessidades próprias.

Objetivos específicos 1. Atrair e reter mais jovens nos escalões de formação; 2. Adequar e aumentar a participação dos jovens, pelas preferências

evidenciadas, no âmbito do desporto escolar, sobretudo ao nível da regularidade da atividade interna e com especial atenção nas raparigas;

3. Reforçar a relação entre os clubes e as escolas; 4. Incentivar a existência, mantendo a diversidade, das mesmas modalidades

desportivas que possam existir na escola e nos clubes; 5. Estimular as atividades relacionadas com as condições naturais do concelho,

nomeadamente no mar; 6. Proporcionar nas freguesias não urbanas, e de maior densidade populacional de

jovens, mais oferta de atividades, nomeadamente as dirigidas às raparigas.

Relação com os objetivos estratégicos Obj. Estrat.2 - Promover a generalização da prática da atividade física e desportiva da população; Obj. Estrat.4 - Promover a saúde e a qualidade de vida.

Evidências e justificação: 1. Modalidades mais praticadas no grupo/ equipa de Desporto Escolar: voleibol e o badminton, sendo referidas por 23,2% e 13,4%. Em terceiro lugar, surge o ténis de mesa

com 10,4%; 2. Para além do futebol, seis modalidades com percentagens proporcionalmente mais relevantes de prática nos clubes: hóquei em patins (6,88%) atletismo (6,27%),

ginástica (6,63%), futsal (5,67%), basquetebol (5,41%); 3. Fora da escola as modalidade mais praticadas são: futebol (16,3%), natação (13,9%), danças/ ballet (12,2%), btt e ciclismo (8,1%), aulas de grupo/ fitness (6,0%); 4. Santa Cruz ao nível dos desportos de mar e eventos tem tido um crescimento significativo de procura, o surf, bodyboard, o skimboard e a oferta de kitesurf; 5. 57,1% dos jovens afirmaram não participar em atividades físicas desportivas na escola (atividade interna e externa); 52,9% dos jovens afirmaram não participar em

atividades desportivas fora da escola de uma forma organizada; 6. 29,0% dos jovens não participa nas atividades do desporto escolar e também não pratica atividade física e desportiva fora da escola; 7. A regularidade da prática na atividade interna, no DE, é reduzida, 65,5% dos jovens (28,1% dos praticantes) realizam a prática na atividade interna 2 a 3 x por período

escolar ou menos; 8. As instalações desportivas/ espaços naturais no concelho para a prática de atividades desportivas não foram utilizadas por 51,0% dos jovens; 9. Para 39,5% dos jovens a frequência de utilização (desde Janeiro 2017) das instalações desportivas/ espaços naturais referidos para é reduzida – só nas férias e 1 x por

mês; 10. Os operadores de surf argumentam que a modalidade na região é vista como um desporto sazonal; 11. Os jovens também consideram, 49,4% de concordância, que é necessária melhor coordenação entre as atividades desportivas da escola e dos clubes desportivos (49,4%

de concordância); 12. Diminuição do número de praticantes nos escalões de formação; 13. Necessidade de apoiar a atividade física e desportiva no pré-escolar e no primeiro ciclo.

Quinta Parte – Planos de ação

286

Alvo

Jovens, em idade escolar, com possibilidade de participação nos escalões de formação das modalidades desportivas federadas, no Desporto Escolar ou em prática desportiva regular não federada, com especial atenção nas raparigas e em enquadramentos de práticas inclusivas.

Impacto nos eixos estratégicos*

Desporto na escola

Prática desportiva de competição / federada

Atividade física não competitiva / organizada

Atividade física não organizada

Instalações desportivas

*** *** *** ** *

Atividades – o que fazer Resultados – o que se espera atingir

Indicadores – Como medir

Calendário

Ação 1 – Reforçar o programa Atividade Física no 1.º ciclo do EB e AEC, mediante a organização de atividades relacionadas com a oferta dos clubes de proximidade adequados.

Atividades das escolas, integradas nos agrupamentos, realizadas em relação com os clubes de proximidade adequados. Distinguir e reconhecer as escolas do 1.º ciclo mais ativas.

Uma atividade de relação com os clubes de proximidade adequados realizada na comunidade por período escolar anos letivos: 2020-2021 e 2021-2022, e duas atividades por período escolar nos anos seguintes. Certificado Escola Ativa: atribuído anualmente com adequada visibilidade.

Ano Início Fim

2020

2021 1º Tri.

2022

2023

2024

2025 4º Tri.

Ação 2 – Reforçar a execução do Plano de Desenvolvimento do Atletismo.

Aumentar o número de atividades realizadas, aumentar o número de participantes regulares, coordenar as atividades do plano com as atividades do Centro Municipal de Marcha e Corrida, com as atividades do evento Cross de Torres Vedras, com as atividades do nigth run, com as atividades dos clubes com oferta de atletismo, com as atividades de atletismo dos agrupamentos escolares.

Aumento do número de atividades em 30% relativamente ao ano anteriores. Aumento do número de participantes regulares em 20% relativamente ao ano anterior. Número de participantes por sexo. Número de atividades coordenadas.

Ano Início Fim

2020

2021 1º Tri.

2022

2023

2024

2025 4º Tri.

Ação 3 – Conceber e executar o Plano de Desenvolvimento do Surf.

Atividades realizadas e número de participantes regulares, coordenar as atividades do plano com as atividades do evento Ocean Spirit, com as atividades da Associação Sealand Santa Cruz, com as atividades dos clubes com oferta de surf, e com as atividades de surf dos agrupamentos escolares.

Número de atividades. Número de praticantes regulares. Número de participantes por sexo. Número de atividades coordenadas.

Ano Início Fim

2020

2021 1º Tri.

2022

2023

2024

2025 4º Tri.

Quinta Parte – Planos de ação

287

Ação 4 – Conceber e executar o Plano de Desenvolvimento do Ciclismo / Btt.

Atividades realizadas e número de participantes regulares, coordenar as atividades do plano com as atividades dos eventos Grande Prémio Internacional Torres Vedras - Trofeu Joaquim Agostinho, Taça Joaquim Agostinho (5 provas / passeio), com as atividades dos clubes organizadores de provas e praticantes de ciclismo / Btt, e com as atividades de ciclismo / Btt dos agrupamentos escolares.

Número de atividades Número de praticantes regulares. Número de participantes por sexo. Atividades coordenadas

Ano Início Fim

2020

2021 1º Tri.

2022

2023

2024

2025 4º Tri.

Ação 5 – Nas Férias há Desporto no Clube. Criar um programa de apoio para oferta de atividades físicas e desportivas pelos clubes nos períodos de interrupção escolar – férias desportivas.

Oferta de programa semanal de atividades sem custos / preços reduzidos e decorrer em instalações desportivas resultantes de cooperação pública, associativa e comercial ou em espaços naturais com o objetivo de aumentar o gosto pela prática de atividades físicas e desportivas.

Número de clubes. Número de participantes por sexo.

Ano Início Fim

2020

2021 1º Tri.

2022

2023

2024

2025 4º Tri.

Ação 6 - Estabelecer um acordo de desenvolvimento desportivo com os 3 clubes mais relevantes para oferta de atividades desportivas inclusivas de modo a facilitar o acesso a jovens com deficiência.

Pessoas com deficiência participantes regulares em atividades físicas e desportivas nos 3 clubes.

Número de pessoas com deficiência participantes regulares em atividades físicas e desportivas nos 3 clubes.

Ano Início Fim

2020

2021 1º Tri.

2022

2023

2024

2025 4º Tri.

Fatores críticos de sucesso Recomendações

Eventos

Reforçar o programa Atividade Física no 1.º ciclo do EB e AECs: 1) Aumentar a utilização dos recursos existentes: percursos pedestres (12 percursos Pequena Rota (PR) e troços dos 2 percursos GR) em caminhada e Btt e as 3 Ecovias; 2) Envolver a participação dos pais; Avaliar a calendarização de atividades para os dias nacionais / internacionais comemorativos, tais como Dia da Mulher (8 de março); Dia Mundial da Atividade Física (6 de abril); Dia da Saúde (7 abril); Dia do Associativismo Jovem (30 de abril); Mês do Coração (maio) Fundação Portuguesa Cardiologia; Dia da Criança (1 junho); Dia Olímpico (23 de junho); Dia da Juventude (12 de agosto); Dia do Combate à Obesidade (11 outubro); Dia das Pessoas com Deficiência (3 de dezembro).

Quinta Parte – Planos de ação

288

Reforçar a execução do Plano de Desenvolvimento do Atletismo. Coordenar ações do plano com: 1) Corta mato escolar e Cross de Torres Vedras, 2) Programa de visita à Pista Municipal de Atletismo Carlos Lopes com todas as escolas do 1.º ciclo, 3) Festa do atletismo 2 x por período escolar 2.º e 3.º ciclo do EB, atividades na pista; 4) estimular juntas de freguesia (6), em conjunto com os clubes com oferta de atletismo a organizar evento / corrida de atletismo aberta e com várias distâncias. Conceber e executar o Plano de Desenvolvimento do Surf: 1) Avaliar a criação e desenvolvimento de um Centro de Formação de Surf, no âmbito do Desporto Escolar; 2) Avaliar lançamento do projeto oferta / compra de 50 pranchas de iniciação por ano a custos reduzidos: fornecedor regional representante de uma marca e empresa patrocinadora coerente para reduzir custos de aquisição. Conceber e executar o Plano de Desenvolvimento do Ciclismo / Btt: 1) Instituir com o clube adequado uma Escola de Ciclismo, nos termos da Federação Portuguesa Ciclismo; 2) Programar com os clubes com prática de ciclismo / Btt passeios com distâncias curtas e dificuldade baixa para experimentação iniciação, e passeios ciclismo / Btt destinados a pais e filhos – escolas EB 1, 2 e 3; 3) Os eventos / provas de Btt devem incluir uma caminhada destinada aos familiares e contribuir para os objetivos do Programa “Torres Vedras Ativa e Saudável”; 4) Aumentar para 10 (entre março e setembro) o número de provas / passeios da Taça Joaquim Agostinho; 5) Avaliar o lançamento do projeto oferta / compra de 50 bicicletas por ano a custos reduzidos: fornecedor regional representante de uma marca e patrocinador empresa seguradora para reduzir custos de aquisição; 6) Articular com ações de desenvolvimento do Sistema municipal de bicicletas públicas, de utilização universal: Agostinhas. A CMTV promove a organização no mês de junho de um festival de encerramento do desporto juvenil (federado e escolar), tornando este momento uma festa do desporto jovem. Todos os participantes no festival devem receber uma t-shirt com o lettering e logo do Projeto [Nome]. CMTV incentiva a participação dos agrupamentos escolares no festival, concedendo um conjunto de incentivos para estimular a participação: transporte (em articulação com a junta de freguesia), 1 kit de bolas, equipamentos, coletes, e pasta para o professor aderente e material promocional convencional. Os planos de desenvolvimento devem conter: objetivos, destinatários, atividades a realizar, parceiros, programação das atividades e orçamento. Avaliar a nomeação de um embaixador(a) concelhio que se comprometa a apoiar o fomento do plano de desenvolvimento da modalidade.

Para cada plano de desenvolvimento deve ser designado um responsável que assegure a sua execução. A CMTV terá atribuições de apoio, supervisão, monitorização regular e avaliação os objetivos de cada plano de desenvolvimento.

Formação de recursos humanos do desporto Programa Atividade Física no 1.º ciclo do EB e AECs, a sensibilização e formação dos professores é um elemento crítico. Podem ser preparadas fichas de atuação para os docentes intervirem e/ou articular essa intervenção com as AECs. Na fase inicial devem ser selecionadas as escolas que assegurem boas condições para a concretização dos objetivos. Duas vezes por ano, nos momentos de interrupção letiva, realizar uma sessão formativa (3 horas) específico para professores das escolas do 1º ciclo EB aderentes. Constituir anualmente uma formação para a melhoria da gestão dinamização das atividades realizadas, mediante o recurso de apresentação das atividades consideradas boas práticas. No âmbito dos planos de desenvolvimento, coorganizar anualmente duas ações de formação acreditadas, os clubes com prática na modalidade do plano de desenvolvimento incentivam e asseguram a participação de dirigentes e treinadores. Os temas das ações de formação devem incluir a sensibilização para oferta de atividades e atração de praticantes desportivos.

Quinta Parte – Planos de ação

289

Promover a organização de um Seminário sobre “Equidade e Inclusão na Atividade Física e Desporto”, sobre a temática do desporto feminino e para pessoas com deficiência. Promover a organização anual de um Seminário sobre Ética no Desporto – organizar uma sessão de formação registada no IPDJ, para a componente geral dos treinadores, envolver os responsáveis do Plano Nacional de Ética no Desporto.

Comunicação No âmbito dos planos de desenvolvimento, para além da informação geral referida no plano global de comunicação para o desporto no concelho, pode incluir as componentes específicas: testemunhos - endorsers - vídeos de influenciadores atletas de renome / renome nacional e internacional (se possível do concelho / região, vídeos de especialistas prescritores, vídeos de participantes comuns, sobretudo feminino, pessoas com deficiência: testemunhos presenciais ou em vídeos curtos destinados aos jovens do concelho.

Cooperação

No âmbito dos planos de desenvolvimento, coorganizar com os parceiros locais um festival de a) atletismo, b) surf, c) ciclismo / btt, para crianças EB1, 2 e 3 (abertos e inclusivos), com o apoio da Associação Regional / Distrital da modalidade / Federação: (1) final do 1.º período escolar (natal), (2) final do 2.º período escolar (páscoa) e; (3) final do ano letivo (junho / avaliar dia da criança). Os promotores dos eventos e das atividades principais dos planos de desenvolvimento são incentivados a cooperar com os ginásios existentes no concelho, mediante a condução pelos ginásios dos exercícios preparatórios “aquecimento c/ musica”, retorno á calma, massagem e recuperação de participantes. A CMTV e juntas de freguesia dos territórios envolvidos acordam a participação de meios nas atividades previstas em cada plano. Acordar com os Agrupamentos Escolares a organização / participação de encontros desportivos inter-agrupamentos de escolas do concelho, duas vezes por período escolar, os quais devem incluir as modalidades em desenvolvimento nas atividades internas, nos grupos equipa e nos planos de desenvolvimento.

Financiamento

O programa Atividade Física no 1.º ciclo do EB e AECs considerar majoração / requisito a existência no plano de atividades da escola / agrupamento o envolvimento / participação dos pais e clube da comunidade. Constituir estímulos para os clubes que estabeleçam acordos de cooperação com escolas, tendo a mesma oferta de modalidades.

* Impacto mínimo, ** Impacto médio, *** Impacto elevado

Quinta Parte – Planos de ação

290

PA3 - Promover a generalização da prática de atividade física e do desporto na população adulta Descrição do plano Promover a generalização da prática desportiva, desenhando uma oferta específica para segmentos populacionais reveladores de índices de prática, de maior procura e de probabilidade de adesão. Preconiza-se a criação de programas com características ajustadas aos segmentos populacionais e respetivas necessidades, estilos e motivações.

Objetivos específicos 1. Adequar e aumentar a participação, em atividades físicas e desportivas, da

população adulta, fora do sistema educativo, de acordo com as preferências de práticas identificadas;

2. Reduzir a percentagem de população sedentária; 3. Aumentar a participação desportiva das mulheres; 4. Aumentar a participação desportiva nas idades acimas dos 50 anos 5. Aumentar a frequência da atividade física para níveis médica e cientificamente

recomendados 6. Reduzir o abandono da prática desportiva a partir dos 20 anos; 7. Reforçar a prática em situação de proximidade com a residência,

principalmente em meio rural, ou com os locais de trabalho das pessoas.

Relação com os objetivos estratégicos Obj. Estrat.2 - Promover a generalização da prática da atividade física e desportiva da população; Obj. Estrat.4 - Promover a saúde e a qualidade de vida;

Evidências e justificação

1. As atividades físicas e desportivas mais praticadas, nas últimas 4 semanas, pela população acima dos 15 anos, são as atividades de manutenção (caminhada, jogging, corrida) para 22,4% da população, as atividades de ginásio (aeróbica, cardio, hip hop, musculação, step, etc.) para 21,1%, a natação e hidroginástica com 8,4%, seguindo-se o futebol, com 7,6%, o ciclismo/ cicloturismo/ btt, com 6,6%;

2. O enquadramento organizacional mais referenciado para praticar atividade física e desportiva são os clubes desportivos ou associações/ recreativas (24,7%); 3. As mulheres evidenciaram praticar atividade física e desportiva com menor frequência (15,2%) num parque, ao ar livre e num clube desportivo/ associação (21,4%). A

taxa de feminização no desporto federado de 21,9%; 4. Os eventos como forma de promover a atividade física e as atividades dos ginásios foram considerados como relevantes; 5. A prática de desporto federado, com exceção do futebol, é reduzida fora das freguesias da cidade; 6. Há o entendimento que o desporto sénior tem mais resposta à procura que as atividades para jovens, nas freguesias; 7. A oferta de atividades para a população adulta entre os 30 e os 50 anos de forma organizada vai-se diminuindo com o aumento da idade; 8. A partir dos 50 anos há um decréscimo acentuado da prática de atividade desportiva; 9. A regularidade na prática é superior nas freguesias urbanas, 24,8% pratica mais de 3 a 4 vezes por semana, enquanto nas freguesias não urbanas o valor é de 16,5%; 10. Os inquiridos reconheceram dificuldades na formação e qualificação dos técnicos e na sua atração para os clubes; 11. O BTT/ ciclismo/ cicloturismo, para maiores de 30 anos não tem estímulos, apesar de ter muitos praticantes principalmente a partir dos 30 anos; 12. Os inquiridos consideraram que o investimento no desporto deve no desenvolvimento da prática desportiva regular, orientado para que mais pessoas pratiquem

desporto, diversificação da oferta e melhor exploração dos espaços verdes para a prática; 13. O interesse da população pela atividade física e desporto. Principais obstáculos: (1) a inércia/ motivação das pessoas (falta de interesse, motivação, falta de tempo, não

gostam); (2) as deslocações, distâncias e o tempo entre o trabalho/ escola e a prática, os horários escolares/ transportes; e (3) as instalações desportivas públicas.

Alvo

Quinta Parte – Planos de ação

291

Praticantes atuais e potenciais de atividade física e desporto, designadamente adultos, mulheres, acima dos 20 anos, aumentando a frequência de atividade física para níveis médica e cientificamente recomendados.

Impacto nos eixos estratégicos*

Desporto na escola

Prática desportiva de competição / federada

Atividade física não competitiva / organizada

Atividade física não organizada

Instalações desportivas

* ** *** *** *

Atividades – o que fazer Resultados – o que se espera atingir

Indicadores – Como medir

Calendário

Ação 1 - Conceber e executar um Programa “Torres Vedras Ativa e Saudável”, programa “chapéu” que visa a promoção da atividade física e do desporto e o combate ao sedentarismo dos vários segmentos da população do concelho.

A agregação dos diferentes programas/iniciativas num programa com uma identificação única embora com segmentos, destinatários e práticas diferenciadas. Maior reconhecimento público, notoriedade aumentada e maior facilidade de identificação e de adesão.

Concretização do programa. Imagem e comunicação concebida. Número de iniciativas Número de participantes por sexo e condição de prática.

Ano Início Fim

2020 3º Tri.

2021

2022

2023

2024

2025 4º Tri.

Ação 2 – Revitalizar os Núcleos do Desporto Sénior. Realizar um processo de avaliação da oferta, das condições, do enquadramento técnico para a introdução de novas atividades e constituição de novos núcleos.

Núcleos do desporto sénior, por juntas de freguesia, para promoção da saúde e do exercício físico, considerando prioritários os segmentos populacionais adultos e idosos. Núcleos animados por um agente, preferencialmente proveniente de um clube desportivo local, que promova as atividades mais preferidas, de forma permanente, tais como: marcha, utilização de bicicleta, ginástica de manutenção. Celebrar acordos de cooperação com as freguesias e tecido associativo, de forma a promover a atividade física e desportiva para todos. Tais acordos poderão envolver mecanismos específicos de recompensa para as comunidades locais mais ativas e encorajadoras de estilos de vida mais ativos.

Número de núcleos avaliados. Número de novos núcleos. Número de atualizações das ofertas de atividades. Número de novas ofertas de atividades. Parceiros envolvidos nos núcleos.

Ano Início Fim

2020

2021 2º Tri.

2022

2023

2024

2025 4º Tri.

Quinta Parte – Planos de ação

292

Ação 3 – Símbolo de reconhecimento Clube Master, os clubes são estimulados a oferecer oferta de atividade física e desportiva orientada para a população alvo do plano de ação, podendo revestir-se de competições concelhias entre clubes ou de prática regular.

Oferta de modalidades desportivas à população adulta, reforçando a prática regular com treino/ competição informal ou podendo participar em torneios master, disponibilizados por algumas federações desportivas. Os clubes que oferecerem as atividades dirigidas ao segmento de população em causa recebem um selo de certificação/ reconhecimento.

Número de clubes com oferta. Tipos de oferta. Número de novas ofertas de atividades, por sexo e condições de prática.

Ano Início Fim

2020

2021 3º Tri.

2022

2023

2024

2025 4º Tri.

Ação 4 – Instituir, divulgar e atribuir o prémio Empresa Ativa, que distinga e dê pública visibilidade às empresas que invistam num estilo de vida fisicamente ativo dos seus trabalhadores.

Reconhecimento social, de natureza pública, para proporcionar um reforço de notoriedade às empresas que constituam condições de prática de atividade física para os seus trabalhadores ou que ofereçam estímulos claros de incentivo à prática dentro ou fora do local de trabalho.

Parceiros envolvidos. Número de iniciativas. Impacto do programa nos trabalhadores. Tipo de iniciativas e trabalhadores envolvidos.

Ano Início Fim

2020

2021 2º Tri.

2022

2023

2024

2025 4º Tri.

Ação 5 – Constituição de informação sistematizada para divulgação da oferta de Atividade Física na Natureza, com os programas e circuitos orientados para o pedestrianismo, ciclismo e btt do concelho, assegurando o contacto com a natureza e com atividades sócio culturais mais características da região.

Aumentar os benefícios de município associado à Rede Portuguesa de Municípios Saudáveis e do Plano Nacional de Promoção da Bicicleta e Outros Modos de Transporte Suaves e avaliar a adesão ao projeto europeu.

Reforço do número de percursos pedestres de pequena rota (PR). Sinalética renovada.

Ano Início Fim

2020

2021 3º Tri.

2022

2023

2024

2025 4º Tri.

Fatores críticos de sucesso Recomendações

Eventos

O Programa “Torres Vedras Ativa e Saudável” devem incluir um aumento da oferta organizada de atividades, mediante a articulação dos recursos e ofertas de atividades físicas e desportivas dos clubes e organizações do concelho. Exemplos: a) Ciclismo / Btt: passeio domingueiro. Passeios de bicicleta abertos e gratuitos para toda a população, primeiros domingos de cada mês. (atividade do plano de desenvolvimento do Ciclismo) b) Caminhadas Urbanas - Criar Três 3 circuitos para caminhadas urbanas. Oferta de uma caderneta pessoal para registo. Parceria com o setor da saúde para controlo da tensão arterial, frequência cardíaca, peso e índice de massa corporal. c) Programa de percursos pedestres – Conjunto de 28 caminhadas, conduzidas por 28 clubes do concelho durante o período de março a setembro. Dia adequado domingo manhã. d) Aumentar a utilização dos recursos existentes: percursos pedestres (12 percursos Pequena Rota (PR) e troços dos 2 percursos

Quinta Parte – Planos de ação

293

GR) em caminhada e Btt e as 3 Ecovias. e) Numa parceria de cooperação com os ginásios existentes no concelho reforçar o “Programa Mexa-se - Aulas no Parque Verde da Várzea”, destinado a promover a iniciação à experimentação de atividade física e desportiva, pelo menos no período entre março e setembro.

Formação de recursos humanos do desporto Organizar anualmente um seminário internacional de referência para profissionais do exercício e da saúde, em coordenação com PNAF da DGS e IPDJ (Acreditar no IPDJ para titulares de TPTEF, TPDT, PTTD) Realizar 2 sessões de formação / workshops anuais destinados aos profissionais da área da saúde, educação e desporto do concelho com o objetivo de melhorar a intervenção intersectorial e comprometer os parceiros do Programa Torres Vedras Ativa e Saudável;

Comunicação Para o Programa “Torres Vedras Ativa e Saudável”: 1) o objetivo central é motivar a conduzir à experimentação das atividades, para superar o obstáculo de “não tenho interesse e motivação”. Devem ser realizadas as ações de comunicação adequadas em linha com as melhores práticas nacionais e europeias (PNAF - DGES e IPDJ) e utilizando os suportes disponíveis no PNAF; 2) Conceber uma imagem gráfica (logo e lettering) do Programa a disponibilizar aos parceiros envolvidos para ser utilizado nas atividades por eles produzidas; 3) criar uma APP Torres Vedras Ativa e Saudável, destinada aos munícipes para monitorizarem o nível de atividade física e desportiva realizada; 4) realizar ações informativas, mediante colocação de mensagens que estimulem os indivíduos a adotar estilos de vida ativos e saudáveis, designadamente nos edifícios municipais e das entidades dos setores da cooperação, tais como: junto a escadas rolantes e elevadores. Reforçar junto da opinião pública o valor da atividade física e do desporto: melhor saúde, redução de custos, melhor bem-estar e mais qualidade de vida, posicionando o estilo de vida ativo como sinónimo de bem-estar, produtividade e sucesso, recorrendo a figuras públicas e personalidades credíveis à escala local. Estabelecer parceria com os media regionais para a promoção dos elementos chave do programa.

Cooperação Envolver a celebrar acordos de cooperação com as freguesias e tecido associativo, de forma a promover a atividade física e desportiva para todos. Tais acordos poderão envolver mecanismos específicos de recompensa para as comunidades locais mais ativas e encorajadoras de estilos de vida mais ativos. As atividades devem ser conduzidas e animados por um agente portador do título profissional de técnico de exercício físico, preferencialmente proveniente de um clube desportivo local, que promova as atividades mais preferidas, de forma permanente, tais como: marcha, ginástica de manutenção, hidroginástica. Junto dos núcleos de desporto sénior instituir líderes locais, nas freguesias rurais, como influenciadores da promoção das atividades desportivas junto dos segmentos da população acima dos 50 anos. Criar as condições adequadas que favoreçam uma maior participação das mulheres nas atividades físicas e desportivas, mediante a conceção e implementação de um conjunto de ações coerentes que propiciem, incentivem e valorizem a participação feminina, tais como: oferta das atividades mais preferidas num ambiente adequado, na companhia de amigas e colegas, criação de kid centers e reforçar a oferta da prática de natação e hidroginástica em condições vantajosas para os segmentos da população onde a procura é evidenciada.

Financiamento

No Programa de Apoio à Atividade Física não Federada considerar apoio supletivo por praticante regular com deficiência (apenas existente no Programa de Apoio à Atividade Física Federada).

Quinta Parte – Planos de ação

294

PA4 - Estimular o tecido associativo desportivo Descrição do plano Reforçar a dinâmica e a sustentabilidade social, económica e desportiva dos clubes.

Objetivos específicos Aumentar o número de praticantes desportivos nos clubes, designadamente na população adulta e nas mulheres; Intensificar a oferta de atividade e a relação com os sócios dos clubes; Estabelecer parcerias entre escolas e clubes; Melhorar os processos de comunicação com os diferentes interessados; Estimular o surgimento de formas diversificadas de obter receitas para os clubes; Contribuir para melhorar a organização administrativa dos clubes; Valorizar e dignificar a atividade dos dirigentes desportivos.

Relação com os objetivos estratégicos Obj. Estrat.1 - Melhorar a articulação do sistema desportivo local; Obj. Estrat.2 - Promover a generalização da prática da atividade física e desportiva da população; Obj. Estrat.3 - Estimular o desenvolvimento do tecido associativo desportivo; Obj. Estrat.4 - Promover a saúde e a qualidade de vida.

Evidências e justificação 1. O enquadramento organizacional mais referenciado para praticar atividade física e desportiva são os clubes desportivos ou associações/ recreativas (24,7%); 2. O grau de afiliação no associativismo desportivo é de 36,4%; foi identificada perda de vitalidade do associativismo nas zonas mais rurais. O apoio aos clubes das

freguesias rurais deve ser refletido; 3. Nas três principais orientações da CMTV para o desporto: 1) proporcionar condições para a realização de atividade física em sentido amplo e não só no desporto

especificamente, 2) “diversificar as modalidades desenvolvidas no concelho”; o 3) proporcionar “…apoio contínuo aos clubes”, é realçado como uma das áreas principais;

4. Os inquiridos consideraram que o investimento no desporto deve ser no desenvolvimento da prática desportiva regular, orientado para que mais pessoas pratiquem desporto, diversificação da oferta e melhor exploração dos espaços verdes para a prática;

5. Necessidade de fortalecer a relação entre os diferentes clubes do concelho; Há pouca relação/ cooperação entre os clubes e as escolas. Por outro lado, há uma diminuição do número de praticantes nos escalões de formação;

6. Nas freguesias denominadas não urbanas a taxa de afiliação em clubes desportivos é reduzida face às áreas urbanas; 7. Modalidades mais praticadas no grupo/ equipa de DE: voleibol e o badminton, sendo referidas por 23,2% e 13,4%. Em terceiro lugar, surge o ténis de mesa com 10,4%.

Existem quatro (4) equipas de desporto escolar federadas de voleibol feminino no concelho; 8. Fora da escola as modalidade mais praticadas são: futebol (16,3%), natação (13,9%), danças/ ballet (12,2%), btt e ciclismo (8,1%); 9. As atividades físicas e desportivas mais praticadas, nas últimas 4 semanas, pela população acima dos 15 anos, são as atividades de manutenção (caminhada, jogging,

corrida) para 22,4% da população, as atividades de ginásio (aeróbica, cardio, hip hop, musculação, step, etc.) para 21,1%, a natação e hidroginástica com 8,4%; 10. O BTT/ ciclismo/ cicloturismo, para maiores de 30 anos não tem estímulos, apesar de ter muitos praticantes principalmente a partir dos 30 anos. O atletismo é a

segunda modalidade com maior distribuição geográfica da prática, em seis freguesias; 11. A prática de desporto federado, com exceção do futebol, é reduzida fora das freguesias da cidade; 12. Há o entendimento que o desporto sénior tem mais resposta à procura que as atividades para jovens, nas freguesias;

Quinta Parte – Planos de ação

295

13. Existe menor oferta de atividades para a população adulta entre os 30 e os 50 anos nos clubes. A partir dos 50 anos há um decréscimo acentuado da prática de atividade desportiva;

14. Os inquiridos reconheceram dificuldades na formação e qualificação dos técnicos e na sua atração para os clubes. Faltam técnicos, com qualificações, e dirigentes com formação apropriada. É necessário realizar formação para os agentes desportivas locais, de treinadores e de outros recursos humanos do desporto (árbitros, dirigentes e pais) e atração de mais técnicos qualificados. Dirigentes voluntários disponibilizam menos tempo, há um menor número de pessoas para se dedicarem aos clubes. Ameaça 19.

Alvo Melhorar o funcionamento dos clubes. Aumentar o número de praticantes desportivos nos clubes, considerar a população adulta, mulheres. Intensificar a oferta de atividade aos sócios.

Impacto nos eixos estratégicos*

Desporto na escola

Prática desportiva de competição / federada

Atividade física não competitiva / organizada

Atividade física não organizada

Instalações desportivas

** ***** ***** * **

Atividades – o que fazer Resultados – o que se espera atingir

Indicadores – Como medir

Calendário

Ação 1 – Ativar os Clubes, apoiar tecnicamente os clubes para constituírem planos de desenvolvimento plurianuais, para que orientem as suas escolhas, e que envolvam parceiros privados na dinamização das suas atividades e na arrecadação de receitas e atração de outros recursos.

Estimular os clubes a estruturarem os seus objetivos de desenvolvimento, de forma realista, adequados às suas capacidades, competências, aos seus recursos e mobilizadoras dos seus membros, praticantes e sócios. Incentivar os clubes a constituírem redes de parcerias para apoio à concretização das suas ideias e dos seus objetivos.

Sessões de apoio e formações realizada. Planos desenvolvidos e concretizados.

Ano Início Fim

2020

2021 3º Tri.

2022

2023

2024

2025 4º Tri.

Ação 2 – Programa de apoio à modernização tecnológica dos clubes, estímulo à utilização de meios informáticos e digitais, para ligação online à massa associativa e à comunidade. Apoiar a criação ou melhoria do website na internet, devidamente atualizado e/ ter uma página facebook / instagram.

Programa de apoio à modernização tecnológica dos clubes lançado.

Número de clubes com: website atualizado; página de facebook; número de seguidores adequado; conta e atividade no instagram. Promover novas formas de comunicação e de relacionamento com os diferentes intervenientes com recurso a tecnologias de informação (facebook, blog).

Ano Início Fim

2020

2021 3º Tri.

2022

2023

2024

2025 4º Tri.

Quinta Parte – Planos de ação

296

Ação 3 – Lançar um programa, no âmbito do regulamento municipal para atribuição de apoios - desporto e atividade física, destinado a apoiar a modernização dos espaços sociais dos clubes, visando requalificar os espaços físicos de convívio social nas sedes dos principais clubes.

Programa de apoio à modernização das sedes sociais lançado.

Número de clubes com espaços físicos de natureza social modernizados.

Ano Início Fim

2020

2021 1º Tri.

2022

2023

2024

2025 4º Tri.

Ação 4 – Acordar com os clubes o compromisso de contributo para os Planos de Desenvolvimento Desportivo Municipal: Atletismo, Ciclismo / Btt, Surf, e Programa “Torres Vedras Ativa e Saudável” estimular a oferta de atividades cuja procura foi mais evidenciada pela população: Atividades de Manutenção, Futebol, Natação e Hidroginástica, Ciclismo / Btt, Yoga e Danças Desportivas / Salão.

Os clubes organizam atividades físicas e desportivas nas suas comunidades, para os seus praticantes e sócios, relativas aos Planos de Desenvolvimento e Programa. Apoiam e realizam atividades para aproveitamento dos dias nacionais/ internacionais comemorativos.

Número de clubes com compromisso de acordo escrito assumido. Tipo de atividades e número de pessoas envolvidas.

Ano Início Fim

2020

2021 2º Tri.

2022

2023

2024

2025 4º Tri.

Ação 5 – Desporto na Escola e no Clube, acordar com os clubes o compromisso de contributo para estabelecer cooperação entre clubes e escolas, com o intuito de desenvolver as mesmas modalidades nos dois subsistemas (ex. Badminton e Ténis de mesa).

Os clubes oferecem as mesmas modalidades que o Desporto Escolar para assegurar continuidade do desenvolvimento dos praticantes.

Número de clubes com compromisso escrito assumido

Ano Início Fim

2020

2021 2º Tri.

2022

2023

2024

2025 4º Tri.

Ação 6 – Lançar um programa, no âmbito do regulamento municipal para atribuição de apoios - desporto e atividade física, destinado a apoiar a aquisição de apetrechamento desportivo móvel, visando apoiar as atividades de contributo a desenvolver para os planos de desenvolvimento: Atletismo, Ciclismo / Btt, Surf, e Programa “Torres Vedras Ativa e Saudável” e Programa “Clube Master”.

Número de clubes com apetrechamento desportivo móvel em funcionamento.

Programa de apoio à modernização das sedes sociais lançado.

Ano Início Fim

2020

2021 2º Tri.

2022

2023

2024

2025 4º Tri.

Quinta Parte – Planos de ação

297

Ação 7 – Estimular os clubes desportivos a realizar duas ações anuais para recrutamento de voluntários na comunidade para apoiar e liderar a realização de atividades (diversas, ex.: TIC, website e redes sociais) do clubes locais. Articular com os programas existentes do IPDJ relativos ao “voluntariado e tempos livres”

Número de clubes que realiza candidatura ao IPDJ para atividades de recrutamento de voluntários na comunidade. Estimular o voluntariado. Contribuir para criar modelos de gestão centrados na maior capacidade de atração de voluntários; promover a inserção de jovens nas atividades de dirigente desportivo.

Sessões de atração e apoio à candidatura realizadas.

Ano Início Fim

2020

2021 1º Tri.

2022

2023

2024

2025 4º Tri.

Fatores críticos de sucesso Recomendações

Eventos

Na Ação 2 - o objetivo é estimular à utilização de meios informáticos para ligação à massa associativa e à comunidade. Adotar novas formas de comunicação e de relacionamento com os diferentes intervenientes com recurso a tecnologias de informação e comunicação (página na internet e redes sociais). Na Ação 3 – pretende-se aumentar a oferta de atividades/ serviços de índole recreativa/lazer com o intuito de aumentar o trafego de pessoas / sócios. (bar, televisão para assistir a jogos de futebol, ténis de mesa, jogos de mesa, bilhares, etc).

Formação de recursos humanos do desporto Promover a realização em Torres Vedras de um Programa de formação anual destinado a apoiar o plano de ação: Estimular o tecido associativo desportivo. Deve comportar ações de formação e cursos de treinadores acreditados pelo IPDJ e beneficiar dos programas de formação existentes, EX.: Clube TOP. Áreas: Treino de jovens, marketing, comunicação, atração de praticantes, melhoria da gestão, dinamização de atividades, planeamento, financiamento, campanhas angariação de sócios e captação de receitas dos clubes (articular com municípios contíguos), destinatários: treinadores, titulares do TP de TEF e dirigentes. Partilha de boas práticas entre pares, acerca de um tema específico, de um clube do concelho ou da região. Relacionado com a Ação 1: na área do marketing digital, organizar uma sessão de formação anual sobre o tema para apoiar os dirigentes e técnicos dos clubes a desenvolver atividades relacionadas com as TIC.

Comunicação Associado à Ação 2, instituir um prémio de boas práticas para os clubes que cumprirem um conjunto de critérios (ter formação, ter taxa de feminização elevada, ter uma página facebook, ser inclusivo, ter divulgação de resultados, horários e locais de treino, ter treinos de captação, ter notícias da equipa publicadas nos media regionais, etc. ).

Cooperação

Coordenar com a Área de Intervenção / Juventude / Espaço Primavera - Centro Municipal da Juventude da CMTV para contribuir com ações que procurem para criar modelos de gestão centrados na maior capacidade de atração de voluntários; promover a inserção de jovens nas atividades de dirigismo dos clubes das suas comunidades.

Financiamento

Para a concretização da Ação 4, proporcionar apoio para que os clubes possam realizar algumas atividades de experimentação de modalidades em dias comemorativos, tais como: Dia da Mulher (8 de março); Dia Mundial da Atividade Física (6 de abril); Dia da Saúde (7 abril); Dia do Associativismo Jovem (30 de abril); Mês do Coração (maio) Fundação Portuguesa Cardiologia; Dia da Criança (1 junho); Dia Olímpico (23 de junho); Dia da Juventude (12 de agosto); Dia do Idoso (1 outubro); Dia do Combate à Obesidade (11 outubro); Dia das Pessoas com Deficiência (3 de dezembro).

Quinta Parte – Planos de ação

298

PA5 – Reabilitar as instalações desportivas e espaços públicos para a prática de atividade física e de desporto. Descrição do plano Requalificação e apetrechamento das instalações desportivas existentes, orientações para a criação de novos espaços, que possam servir para o sistema educativo e para as restantes organizações promotoras de atividades físicas e de desporto. Responder às práticas de lazer (percursos pedestres, ciclovias e outras áreas públicas de relação com o desporto). Ponderar rede de ID, nas freguesias rurais/ freguesias urbanas, de acordo com a procura desportiva expressa naquelas realidades.

Objetivos específicos 1) Melhorar a quantidade e qualidade de ID que podem servir as escolas, os

clubes e a população; 2) Requalificar e apetrechar algumas das ID em meio escolar; 3) Constituir uma orientação para a requalificação e apetrechamento de

polidesportivos e salas de atividade física e desporto nas freguesias, de acordo com o número de habitantes e maiores limitações de equipamentos;

4) Reforçar a possibilidade de utilização de espaços verdes para práticas informais de atividade física e desporto;

5) Disponibilizar equipamentos urbanos para mobilização funcional para a população adulta e seniores.

Relação com os objetivos estratégicos Obj. Estrat.1 - Melhorar a articulação do sistema desportivo local; Obj. Estrat.2 - Promover a generalização da prática da atividade física e desportiva da população; Obj. Estrat.3 - Estimular o desenvolvimento do tecido associativo desportivo; Obj. Estrat.4 - Promover a saúde e a qualidade de vida; Obj. Estrat. 5 - Valorizar as instalações desportivas e o espaço público para a prática da atividade física e mobilidade ativa.

Evidências e justificação 1. A concretização das orientações da CMTV é materializada em oito (8) objetivos gerais, um dos quais está orientado para: “4) melhorar as condições físicas para a prática

desportiva no concelho, através da construção e conservação de instalações desportivas e do apetrechamento desportivo”; 2. As possibilidades de intervenção da CMTV preencheram 33% das UT, os respondentes consideraram que a CMTV pode ter um papel de regulação, na gestão das

instalações desportivas utilizadas e não utilizadas … (5-7UTFregCentroQ5); 3. 77,2% dos indivíduos frequentou ou utilizou instalações desportivas/ espaços naturais no concelho para praticar alguma atividade física desportiva. Os espaços mais

referidos para realizar a prática de atividade física e desportiva são o meio natural (mar, rio, campo, montanha) e o parque ao ar livre (40,0%). As instalações desportivas/ espaços naturais mais utilizadas foram o Parque Verde da Várzea (20,6%), os Ginásios (20,0%) e os Pavilhões desportivos das associações e escolas (7,7%), a Ecopista do Sizandro (6,2%); as ID da Física de Torres Vedras 5,6% e a Avenida do Atlântico – “Marginal em Santa Cruz” - (5,5%);

4. Foram referidos três obstáculos principais à existência de mais atividade física e desportiva entre a população de Torres Vedras: a inércia das pessoas, falta de vontade, interesse, motivação, falta de tempo com 29,6% das referências; as instalações, piscinas municipais, instalações desportivas públicas, espaços para a prática desportiva, manutenção, segurança, iluminação com 15,1% das referências; e os custos, preços das atividades e do acesso às instalações com 12,6% das referências;

5. Relativamente às principais limitações identificadas na perspetiva dos clubes, a intensidade das repostas coloca maior importância nos seguintes aspetos: instalações

Quinta Parte – Planos de ação

299

desportivas; dinâmica social e desportiva dos clubes nas suas sedes; melhorar a oferta de formação, qualificação dos técnicos; necessidade de técnicos e dificuldades em atrair mais praticantes;

6. No grupo de discussão sobre o desporto na escola, os inquiridos incidiram as principais referências nas instalações desportivas, 23,5% das UT, em meio escolar (1-4UTDespEscolaQ4), justificando que, nalguns casos, ainda faltam instalações, em número e diversidade, e que, noutros casos, há desajustamentos, entre o existente e o que é necessário, e há falta de avaliação do estado de conservação e manutenção (20UTDespEscolaQ1), “…existem polos educativos com muitas lacunas de espaços desportivos interiores e exteriores (…)”. Por outro lado, sugerem o “… enriquecimento dos espaços exteriores das escolas do primeiro ciclo, ao nível de recursos e até da própria dimensão dos espaços…”(8-11UTDespEscolaQ5);

7. Ter em consideração a necessidade de melhorar prioritariamente as ID das escolas - do ensino pré-escolar, 1.º, 2º e 3º ciclo -, reabilitar polidesportivos e espaços de acesso livre, para atividades de participação desportiva mais diversificada e de compatibilização simultânea de utilizadores. As ID a serem intervencionadas, para além do seu projeto de construção/ recuperação, devem ter associado um plano de promoção desportiva com os parceiros responsáveis pelas atividades que aí se possam realizar;

8. Foi identificada a necessidade de renovação dos equipamentos/ materiais desportivos nas escolas: na Escola Secundária Henriques Nogueira - Agrupamento Escolas Henriques Nogueira, melhorar a Instalação de aparelhos de condição física no exterior (pátio) e construir pavilhão coberto; na Escola EB 2,3 de Campelos – Agrupamento Escolas Padre Vítor Melícias, inspecionar, substituição de todos os equipamentos (balizas, tabelas …); e na Escola EB 2,3 Padre Vítor Melícias – Agrupamento Escolas Padre Vítor Melícias foi indicado a necessidade de inspecionar e substituição de todos os equipamentos (balizas, tabelas ...);

9. Para os próximos três anos, os professores inquiridos percecionam um crescimento da intervenção nas “instalações”, “envolvimento dos professores”, “comunicação para atrair alunos”, “atração de novos alunos” e crescimento da “relação com as instituições locais”;

10. É necessário maior apoio da CM na periferia, existem ID na periferia com reduzida ocupação, está tudo concentrado na cidade… (12UTFregCentroQ1); 11. A não existência de pavilhões desportivos ou outro tipo de recintos cobertos, em 16% das UT, foi apontada como uma limitação. Referiram ainda dificuldades de

manutenção das instalações e disponibilidade de espaços verdes … (8UTFregLitorQ4); 12. As sugestões indicadas pelos jovens, para melhorar atividade física e desportiva em Torres Vedras, foram centradas em 3 elementos: em primeiro lugar as

infraestruturas: construção, melhoria, mais espaços verdes, parques para praticar ao ar livre, aldeias, vilas, ciclovias, aparelhos, instalações desportivas com 27,5% das referências; em segundo lugar a oferta de mais atividades: na escola, ao ar livre, na pista, eventos, diferentes, caminhadas, corridas com 27,2% das referências; em terceiro lugar a divulgação: comunicação, incentivar, motivar com 16,1% das referências;

13. Sobe as principais limitações que identificam na freguesia (Q.4) os inquiridos, em 24 UT, indicam, com principais referências, as instalações desportivas cobertas, a não existência de pavilhões desportivos ou outro tipo de recintos cobertos, em 16% das UT. Os polidesportivos muito antigos e as condições dos balneários e instalações de apoio mereceram também apreciações enquanto limitações para a prática da atividade desportiva (12,13 UTFregInterQ4);

14. Pelo critério da dimensão populacional da freguesia, salvaguardando a limitação do critério, como cenário, na União das Freguesias do Maxial e Monte Redondo pode ser ponderada a necessidade de um grande campo de jogos; na Ponte de Rol, Ramalhal e Ventosa a existência de pavilhões/ salas de desporto; na Silveira a ponderação de uma pista de atletismo e nas freguesias de São Pedro da Cadeira, Silveira e Ventosa a possibilidade de existência de piscinas cobertas.

Alvo Instalações desportivas (ID) utilizadas em meio escolar e partilhadas pela comunidade (clubes juntas de freguesia e outros promotores); apetrechamento das ID com maior utilização pelas escolas, considerando a especificidade das atividades de ensino desenvolvidas espaços naturais passíveis de realização de atividade física e de prática desportiva; áreas de apoio das ID existentes associadas às atividades desportivas que se realizem em espaços naturais; otimização da utilização das ID pelas diferentes organizações/ utentes (clubes e escolas).

Impacto nos eixos estratégicos*

Desporto na escola Prática desportiva de competição / federada

Prática desportiva regular/ organizada

Prática desportiva de recreação/ lazer/ turismo

não organizada

Instalações desportivas

*** *** *** *** ***

Quinta Parte – Planos de ação

300

Atividades – o que fazer Resultados – o que se espera atingir

Indicadores – Como medir

Calendário

Ação 1 – Requalificar e apetrechar os espaços das escolas do 1.º ciclo, constituindo critérios de prioridade, relativa à ausência, proximidade de outras ID e estado de operabilidade.

Critérios de prioridade estabelecidos. Espaços das escolas qualificados e apetrechados.

Priorizar tipo de intervenção. Requalificar duas escolas por ano.

Ano Início Fim

2020

2021 2º Tri.

2022

2023

2024

2025 4º Tri.

Ação 2 – Reparar / requalificar os pavimentos das instalações desportivas das escolas EB 2,3 e Secundárias identificadas.

Pavimentos das instalações desportivas das escolas EB 23 e Secundárias identificadas reparados / qualificados.

Requalificar duas escolas por ano.

Ano Início Fim

2020

2021 3º Tri.

2022

2023

2024

2025 4º Tri.

Ação 3 – Disponibilizar equipamentos urbanos para mobilização funcional para seniores.

Equipamentos urbanos para mobilização funcional para seniores disponibilizados.

Ativar dois equipamentos urbanos por ano.

Ano Início Fim

2020

2021 3º Tri.

2022

2023

2024

2025 4º Tri.

Ação 5 – Proporcionar equipamentos urbanos Street Workout Park.

Equipamentos urbanos Street Workout Park disponibilizados.

Disponibilizar dois equipamentos urbanos por ano.

Ano Início Fim

2020

2021 4º Tri.

2022

2023

2024

2025 4º Tri.

Quinta Parte – Planos de ação

301

Ação 4 – Requalificação das instalações desportivas dos clubes desportivos, nomeadamente as condições dos balneários.

Instalações desportivas dos clubes desportivos requalificadas.

Requalificar dois clubes por ano.

Ano Início Fim

2020

2021 4º Tri.

2022

2023

2024

2025 4º Tri.

Ação 5 – Melhorar a sinalética, marcação e segurança dos espaços públicos para a prática de atividade física e desportiva (parques, espaços públicos, ciclovias, ecovias, percursos pedestres).

Sinalética, marcação e segurança dos espaços públicos melhorada.

50% das melhorias em dois anos.

Ação 5 – Programa de apetrechamento de salas de desporto/ polidesportivos cobertos em freguesias rurais; revestir as instalações de equipamento ligeiro para apoio técnico às atividades e sessões de exercício físico.

Critérios de prioridade estabelecidos por instalação Espaços qualificados e apetrechados.

Duas salas de desporto por ano apetrechadas.

Ano Início Fim

2020

2021 3º Tri.

2022

2023

2024

2025 4º Tri.

Ação 6 – Aumentar a oferta nas freguesias do concelho de áreas ou equipamentos simplificados destinados a práticas recreativas e informais de desporto.

Equipamentos simplificados disponibilizados à comunidade.

Um equipamento por ano.

Ano Início Fim

2020

2021 3º Tri.

2022

2023

2024

2025 4º Tri.

Quinta Parte – Planos de ação

302

Ação 7 – Melhorar a oferta de ID especializadas nas freguesias do concelho. Aprofundar o conhecimento das taxas de ocupação/ utilização das ID já existentes, relacionar com a oferta de atividades pelos promotores, proximidade territorial das ID e com os valores de procura e de intenção de prática obtidos. Cruzar a informação anterior com o critério da dimensão populacional da freguesia, e perspetivar: na União das Freguesias do Maxial e Monte Redondo um grande campo de jogos; na Ponte de Rol, Ramalhal e Ventosa a existência de pavilhão/ sala de desporto; na Silveira a ponderação de uma pista de atletismo e considerando as freguesias de São Pedro da Cadeira, Silveira e Ventosa a possibilidade de existência de piscina coberta.

Estabelecer prioridades no número e tipologia de equipamentos a construir; adequar, do ponto de vista arquitetónico, funcionalidade técnica e de sustentabilidade, os equipamentos às necessidades de utilização pela população. Pelos valores da procura e atividades pretendidas a primeira ID a explorar deverá ser a piscina.

Priorizar o tipo de ID a construir. Construir uma ID até 2025.

Ano Início Fim

2020

2021 3º Tri.

2022

2023

2024

2025 4º Tri.

Fatores críticos de sucesso Recomendações

Eventos

Proporcionar as condições para que nas ID a ter intervenções possam existir eventos de promoção das atividade físicas e desportivas passíveis de serem ali realizadas e de acordo com a procura existente nas freguesias e concelho.

Formação de recursos humanos do desporto As pessoas que tiverem a responsabilidade operacional pelas ID devem ter formação, atualização de competências, adequada para a boa manipulação dos materiais e equipamentos.

Comunicação As ID devem ter um plano de comunicação, a divulgar também nos meios anteriormente recomendados, de forma a atrair o maior número possível de potenciais utilizadores.

Cooperação

Perspetiva-se uma utilização das ID por diferentes tipos de entidades: escolas, clubes, juntas de freguesia, programas da CM e grupos organizados de cidadãos.

Financiamento

Na União das Freguesias do Maxial e Monte Redondo validar a necessidade de grande campo de jogos; nas freguesias de Ponte de Rol, Ramalhal e Ventosa a existência de pavilhões/ salas de desporto.

Bibliografia

303

Bibliografia

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Coordenação Nacional do Desporto Escolar (2019). Desporto Escolar Informações Relatório 2017-2018. Comunicação via e-mail, Novembro, 11, 2019.