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TÍTULO: COLESTEATOMA DE CONDUTO AUDITIVO EXTERNO COMO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE PATOLOGIAS DA ORELHA EXTERNA TÍTULO: CATEGORIA: CONCLUÍDO CATEGORIA: ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE ÁREA: SUBÁREA: MEDICINA SUBÁREA: INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE DE RIBEIRÃO PRETO INSTITUIÇÃO: AUTOR(ES): DÉBORA PEDROSO DE ALMEIDA, VICTOR ARCANJO ALMEIDA GAMA AUTOR(ES): ORIENTADOR(ES): ALDO JOSÉ BELLODI ORIENTADOR(ES):

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Page 1: TÍTULO: COLESTEATOMA DE CONDUTO AUDITIVO EXTERNO …conic-semesp.org.br/anais/files/2015/trabalho-1000019588.pdf · O colesteatoma de conduto auditivo externo (CCAE) é uma doença

TÍTULO: COLESTEATOMA DE CONDUTO AUDITIVO EXTERNO COMO DIAGNÓSTICO DIFERENCIALDE PATOLOGIAS DA ORELHA EXTERNATÍTULO:

CATEGORIA: CONCLUÍDOCATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDEÁREA:

SUBÁREA: MEDICINASUBÁREA:

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE DE RIBEIRÃO PRETOINSTITUIÇÃO:

AUTOR(ES): DÉBORA PEDROSO DE ALMEIDA, VICTOR ARCANJO ALMEIDA GAMAAUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): ALDO JOSÉ BELLODIORIENTADOR(ES):

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1. RESUMO Introdução: O colesteatoma de conduto auditivo externo (CCAE) é uma

doença rara e acomete principalmente idosos. Seu diagnóstico é eminentemente

clínico, caracterizado por sintomas de otalgia crônica, unilateral, com ocasional

otorréia. Objetivo: relatar o caso de um CCAE com pobre sintomatologia clínica.

Metodologia: revisão de prontuário médico. Relato de Caso: W.M.R.R., 65 anos,

masculino, queixa de hipoacusia em ouvido direito, realizado diagnóstico inicial de

rolha de cerume, o material foi removido sob microscopia e encaminhado para

exame anatomopatológico mostrando ser composto por lamelas de ceratina.

Discussão: O CCAE consiste em lesões císticas revestidas de epitélio escamoso

estratificado preenchidas por acúmulo de queratina esfoliada, ocasionam erosões

ósseas na porção posterior e inferior do canal auditivo externo, seu tratamento pode

ser cirúrgico ou clínico. Conclusão: Importância em conhecer as patologias que

fazem o diagnóstico diferencial com patologias da orelha externa para o correto

diagnóstico e tratamento.

2. INTRODUÇÃO O colesteatoma de conduto auditivo externo (CCAE) é uma doença rara e

acomete principalmente idosos. Seu diagnóstico é eminentemente clínico,

caracterizado por sintomas de otalgia crônica, unilateral, com ocasional otorréia de

odor fétido. Usualmente a audição é normal, o que depende da obstrução do meato

auditivo externo (MAE) pelo colesteatoma. A membrana timpânica não está

comprometida e há erosão óssea do MAE. Sua evolução é lenta e pouco

sintomática, logo, seu diagnóstico pode ser tardio.

O diagnóstico diferencial do CCAE faz-se com queratose obliterante (QO),

rolha de cerume, otite externa necrotizante e doenças malignas, como o

ceruminoma.

3. OBJETIVO Relatar o caso de um colesteatoma de conduto auditivo externo com pouca

sintomatologia clínica e atentar para seus diagnósticos diferenciais.

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4. METODOLOGIA

Relato de caso após revisão do prontuário médico do paciente.

5. DESENVOLVIMENTO 5.1 RELATO DO CASO

W.M.R.R., 65 anos, masculino, queixa de hipoacusia e tinnitus bilateralmente,

nega otalgia ou otorréia. Otoscopia: foi observada presença de rolha de cerume em

ouvido direito. Após tentativa de remoção através de lavagem otológica sem

sucesso a remoção do material foi realizada sob microscopia, pois o mesmo se

encontrava muito aderido ao conduto auditivo externo. A pele do conduto

apresentava-se lacerada e havia sinais de erosão óssea em parede posterior.

Exame anatomopatológico: material exclusivamente composto por lamelas de

ceratina, quadro histológico compatível com colesteatoma a depender da correlação

clínica. (Figura 1)

Tomografia computadorizada (TC) evidenciou colesteatoma restrito ao conduto, sem

invasão para estruturas vizinhas ou erosões ósseas adjacentes.

5.2 DISCUSSÃO

O colesteatoma de conduto auditivo externo (CCAE) é geralmente unilateral e

pode ser classificado em primário ou secundário, sendo este o de maior prevalência.

É caracterizado pela formação de lesões císticas revestidas de epitélio

escamoso estratificado preenchidas por acúmulo de queratina esfoliada localizadas

dentro da orelha média ou outras áreas pneumatizadas do osso temporal. Essas

lesões císticas ocasionam erosões ósseas na porção posterior e inferior do canal

auditivo externo e geralmente não acomete estruturas da orelha média e membrana

timpânica. A Tomografia computadorizada de alta resolução é utilizada para definir a

extensão da doença.

O tratamento do CCAE pode ser clínico ou cirúrgico. O primeiro está indicado

em pacientes com poucos sintomas e lesão localizada, e é realizado através de

limpeza local seriada com ou sem a aplicação de antibiótico tópico. O segundo

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baseia-se na remoção do colesteatoma e do osso necrótico e está indicado quando

a erosão óssea atinge a caixa timpânica ou mastóide, ou quando a perda auditiva e

otorréia são significativas e não respondem ao tratamento clínico medicamentoso. A

cirurgia também pode ser necessária em casos de complicações no nervo facial,

erosão ossicular ou fístula labiríntica.

6. RESULTADOS O caso relatado mostra a importância em se conhecer as diversas patologias

que podem acometer o ouvido externo. Em um primeiro momento foi proposto a

remoção do que seria uma simples rolha de cerume, notou-se grande dificuldade

durante o procedimento. Ao final do mesmo as características do material removido,

juntamente com o aspecto da pele do conduto auditivo externo e sinais de uma

possível erosão óssea, nos remeteram ao diagnóstico de CCAE.

No caso descrito optou-se pelo tratamento clínico devido a pouca

sintomatologia e pelo CCAE ser restrito ao conduto.

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

É de suma importância para o médico ter o conhecimento de patologias que

fazem o diagnóstico diferencial com patologias da orelha externa para o correto

diagnóstico e um tratamento individualizado deste paciente.

8. FONTES CONSULTADAS 1. SHIRE, J.R.; DONEGAN, J.O. Cholesteatoma of the external auditory canal and

keratosis obturans. The American Journal of Otology. v. 7, n. 5, p. 361-364, 1986.

2. COSTA, S.S. Otorrinolaringologia Princípios e Pratica. 2 ed. Porto Alegre: Artmed,

2006. p. 234-253.

3. ALTMANN, F.; WATNER, J.G. Cholesteatoma of the external auditory meatus.

Arch. Otolaryngol., v. 38, p. 236-240, 1943.

4. VRABEC, J.T.;CHALJUB, G. External canal cholesteatoma. The american Journal

of Otology, v. 21, p. 608-614, 2000.

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9. ANEXOS

(Figura 1)