true blood - escravos do amor - capítulo 57 - a Última sessão de cinema

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  • 7/27/2019 True Blood - Escravos do Amor - Captulo 57 - A ltima Sesso de Cinema

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    Temporada 04 Captulo 57

    A ltima Sesso de Cinema

    ByWe Love True Blood

    I'm glad I weren't on fire - I would've burned to death before you got one

    button undone.

    Ela esperava a prxima ao dele, no tinha coragem de se mexer e arruinar o

    clima perfeito em que se encontravam. O som das persianas fechando porcausa dos primeiros raios do sol desviaram a ateno de Eric. Perder o contatodo olhar dele era penoso.

    Ao mesmo tempo em que ela queria consumir o ato, aplacar o fogo quequeimava dentro dela, a manh estava chegando e ela sabia o que significava.Como se adivinhasse os pensamentos dela, Eric fez um leve movimento com acabea e comeou a se afastar na direo do banheiro sem dizer uma palavra.

    Sookita tambm no disse nada, apenas recostou a cabea na cama e

    relembrou o que havia acontecido a pouco. Estava alucinando? Ela deu umleve belisco no brao para ter certeza. Soltou um gemido de dor, no tevedvida, ela estava ali muito bem acordada.

    Ouviu Eric ligando o chuveiro, imaginava a gua caindo no corpo dele e tirandoo cheiro de sangue. Apesar de sentir tudo sensvel, um leve formigamentosurgiu. A vontade era tamanha que s de pensar nele o corpo dela reagia nomesmo instante. Aps alguns longos minutos, ela levantou da cama sentindouma preguia imensa e procurou a calcinha pelo quarto.

    Encontrou num canto perto das malas dele em frente ao armrio. Vestiurapidamente e ajeitou o absorvente, ainda sangrava, sem a mesma quantidadede antes. O chuveiro ainda estava ligado quando ela dobrou a cala dele ecolocou em cima da cmoda.

    Por mais que tentasse ficar acordada, o sono chegou exigindo que eladeitasse. Desejava conversar com ele, perguntar por que disse o nome dela eo que fariam depois. Mas assim que deitou na cama de costas para o banheiroe se cobriu com o lenol, os olhos comearam a ficar pesados.

    Ela forava para abri-los, focava o pensamento no que aconteceu e nopercebeu quando o chuveiro desligou. E os olhos pesavam como se

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    estivessem cheios de areia, e a porta do banheiro foi escancarada. Ela sentiu aluz nas costas e o olhar dele. No se virou, continuou forando a viso nadireo do mezanino.

    Sookita o ouviu andando pelo quarto, abrindo e fechando as gavetas e depois o

    barulho parou. O colcho balanou e ela sentiu o corao disparar, ele estavadeitando ao lado dela. Eric tambm se cobriu com o lenol.

    Boa noite., ele disse tocando no ombro dela.

    Pra voc tambm., ela disse baixinho.

    Conforme ele se ajeitou de lado na cama para ficar perto dela, Sookita sentiu omembro dele roando nas coxas, no rijo como antes, mas ele ainda estava nue ao lado dela. Agora havia perdido o sono completamente, tinha receio de

    virar e encontrar o olhar dele.O corpo dele estava to perto, at os pelos das pernas dele era sentia roar.Qualquer movimento que fizesse sentia o membro dele. Era pior do quequalquer tortura, ela estava cansada, mas no conseguia voltar a dormir comogostaria. Era muito pior quando encostava na bunda dela, Sookita decidiu seafastar para a ponta da cama, assim ficaria livre do contato torturante.

    Depois de um certo tempo esperando o sono chegar e rezando para no sentirEric to perto, Sookita finalmente dormiu. No teve sonhos e nem pesadelos,

    ficou apenas no escuro da mente, o que foi um alivio, fazia tempo que nodormia to em paz. Talvez fosse a presena de Eric ao lado, e ela mal sabiaquanto tempo iria durar.

    Acordou de maneira estabanada com medo de tudo ter sumido. Olhou porsobre o ombro e Eric continuava dormindo de lado, no se moveu. Claro,vampiros dormiam mesmo como mortos. Ela sentia a cabea pesada, no eraacostumada a dormir durante o dia, normalmente estaria trabalhando. Pegou ocelular ao lado da cmoda e arregalou os olhos, o horrio piscando era decinco da tarde.

    Mesmo assim estava com preguia de levantar, ainda mais com Eric to perto.Voltou na posio de antes, mantendo uma distncia segura dele. No era omomento de sentir teso com ele dormindo, apesar que era irresistvel, s depensar que ele estava nu.

    Ela virou de bruos, e o rosto para o lado dele. Eric parecia jovem, mas nemtanto, quando se olhava a centmetros de distncia. Ela nunca teve a chancede fazer isso, no perderia a oportunidade. E ele era bem menos assustador deolhos fechados, quase humano. Como seria se fosse mesmo? Ela o teria

    conhecido? Ele a notaria?

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    Sookita apertou os olhos e abriu novamente, no tinha uma resposta, ela noimaginava como Eric seria como humano, como era antes de ser um vampiro.Teria compaixo? Era carinhoso? Na verdade, ela nada sabe o que tem abaixoda superfcie, como se ele fosse apenas ao vampiro enfastiado diante domundo.

    As poucas rugas de expresso dele demonstravam que no era to perfeito,assim como alguns buracos deixados por espinhas de quando era vivo. Ela riuimaginando Eric lidando com isso. Observar o rosto dele sem encontrar devolta os olhos azuis fitando, era mesmo uma experincia diferente. Os lbiosfinos selados, sem dizerem uma palavra cruel sequer. E a testa grande semformar as linhas quando estava irritado.

    Sim, Eric no to bonito, nem to jovem e cheio de defeitos. Mas ela noconsegue desviar os olhos do magnetismo que ele emana, mesmo dormindo.Ele to confiante e sagaz, como se fosse o homem mais poderoso dentro douniverso dele, e mesmo. E isso o faz ser to... Eric.

    Ela virou o rosto para o outro lado, observar a face dele era como olhar opassado, quem ele foi e desejar ter conhecido aquele Eric. Com essepensamento ela pegou novamente no sono, dessa vez sonhou com umacriana loira e sorridente vivendo nas nuvens. E algo muito pesado em cimadela, como se a esmagasse.

    Sookita abriu os olhos bem devagar e notou que o peso no era produto do

    sonho, mas da realidade, muito vivida. Eric estava apoiado com o corpo emcima dela. O lenol estava na ponta da cama, s a camisola e a calcinha queusava ainda a separava do corpo nu dele.

    Ele tirou as alas da camisola dos ombros de Sookita e a puxou para baixo, ata altura da cintura. Podia sentir os lbios dele tocando nas costas, e a lnguatraando caminhos tortuosos, da mesma maneira em que ela sentiu no clitrishoras antes.

    O formigamento voltou imediatamente, o calor sufocando como das outras

    vezes. Sufocando tanto que ela sentia vontade de gritar. Ainda mais com omembro rijo dele encostando na bunda dela.

    Ele apertou a cintura dela, Sookita soltou um gemido baixo. Puxou o resto dacamisola pelas pernas dela, sem demora fez o mesmo com a calcinha. Ericmoveu o corpo totalmente para cima dela. O peito dele de encontro as costas,ela sentia o formato dos msculos, o frio dele no incomodava, ela estava toquente, to molhada, to pronta.

    Sookita ouvia as batidas aceleradas do corao, estava ansiosa com o que ele

    faria em seguida. Iria possu-la nessa posio? No era acostumada composies diferentes, e provavelmente perdeu sobre isso na aula de educao

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    sexual. Mas acreditava que no ensinavam sobre isso, Tara falou uma vez queos homens gostavam de fazer por trs, Sookita no teve coragem de perguntaro que significava.

    Vou te foder agora, espero que no se importe.

    Ela ouviu a voz rouca dele perto da orelha, um arrepio enorme percorreu ocorpo, no to enorme quanto o membro dele batendo entre as pernas dela.

    Nem um pouco., ela disse afundando a cabea no travesseiro, podia sentir orosto pegando fogo.

    Oh, est arrepiada., ele passou o dedo no brao dela.

    Eu fico... quando perto do meu ouvido.

    Assim..., Eric disse encostando os lbios na orelha dela.

    Meu Deus..., ela gemeu mais ainda, estava toda arrepiada.

    Ele soltou uma risada, at jogou a cabea para trs. Sookita virou o rosto e riutambm. Ela desejava que esse momento no acabasse nunca. E acabou, nomomento que ele fez um movimento com o quadril e ela o sentiu dentro dela.

    Sookita segurou a respirao, o sentia novamente, daquele jeito que tantoimaginou. Eric movia devagar por entre as pernas dela, os pelos da virilha deleroavam na bunda dela. Assim como o peito musculoso se movia por sobre ascostas dela, para cima e para baixo. Era uma mistura de sensaes que elanunca experimentou antes.

    Ela o sentia entrando cada vez mais forte, a delicadeza dos primeirosmovimentos sendo substituda pelo desespero crescente. O corpo dele semovendo, fazendo com que ela o acompanhasse tambm arqueando o quadrilpara cima e a possusse com mais fora.

    Eric apertou a cintura dela com uma das mos, puxando e batendo de encontroa ele. O peso dele a afundava na cama, ainda mais com os movimentosintensos que faziam. Ela no estava incomodada, era delicioso senti-lo daquelamaneira. Como era sentir o membro dele a violando mais e mais, chegando ato fundo e voltando em seguida. Depois entrando nela novamente com vontade,machucando de prazer. Ela queria ser machucada por ele, cada vez mais.

    Com a outra mo livre, Eric enfiou por baixo do corpo dela procurando os seios.Acariciou lentamente cada um e percorreu com a mo a barriga dela, fazendocom que sentisse mais arrepio. Em seguida, ele levou a mo at o ponto demaior prazer dela. Nesse instante, ele parou de penetra-la. Sentiu o membro

    escorregando para fora dela, quase gritou para que ele continuasse. Mas

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    quando ele comeou a movimentar os dedos no clitris, Sookita arqueou maisainda o quadril para dar liberdade a mo dele.

    Ela sentia um prazer duplo, ao mesmo tempo que os dedos dele a satisfaziam,tambm sentia o membro dele encostando nas coxas, depois na bunda. Ela

    estava quase explodindo de tanta excitao, como tinha esperado por isso, tointensamente.

    Eric soltou um gemido por conta dos movimentos dela de encontro ao corpodele, e voltou a penetra-la. Mas no deixou de passar os dedos nela, elecoordenava os movimentos. Sookita tentava segurar o momento final o mximoque conseguia, mexia o quadril para os dedos dele no ficassem no pontocerto. S que os dedos no desviavam, continuavam subindo e descendo, ocheiro do sangue tomando conta.

    De repente ele parou todos os movimentos, ficou imvel em cima dela poralguns segundos. Ela teve receio de que algo tivesse acontecido, de quejamais consumariam novamente, de que estava amaldioada. Ela ouvia apenasa prpria respirao, ofegante, desesperada e esperando para gozar.

    Ele saiu de cima dela, Sookita j sentia a falta do peso dele e soltou um suspiroresignado. Em seguida, ele segurou nos ombros dela e a virou de frente paraele.

    Os olhos se encontraram, ela fitava diretamente aqueles olhos azuis, que

    naquele momento no eram cruis. Exibiam um desejo, uma vontade que elano viu antes. Como ela desejou que ele respirasse, que estivesse como ela, ocorpo molhado de suor, o fogo incontrolvel.

    Eric lambeu os dedos molhados do sangue dela, sem desviar o olhar. Depoisdeixou o corpo cair novamente em cima dela, separou as pernas dela com amo e voltaram no ritmo de antes. Ele a possua mais forte, ela podia ouvir acama rangendo, estava com medo que terminassem esparramados no cho.

    Ela passou as pernas em volta da cintura dele, e agarrou o pescoo, podia

    senti-lo agora, ajuda-lo a chegar no momento final. Os corpos semovimentavam em sincronia, ele entrava e saia dela, em cada sada elarespirava fundo esperando quando ele entrasse novamente. Acelerando, maisforte, ela soltou uma mo do pescoo dele e apoiou na parede.

    Sookita sentia que o momento chegava, assim como o dela, a plvis deleencostando no clitris e ao mesmo tempo ela ajudando com as pernas para eleenfiar mais e mais fundo. Ele a beijava no pescoo, procurando chegar noslbios dela. Quando encontraram os lbios um do outro, como se tudoparasse, at o sexo. Foi um beijo diferente dos outros, cheio de promessas. Ele

    chupava os lbios dela, sugava como se estivesse bebendo o mais delicioso

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    sangue. E ela fazia o mesmo com a lngua dele, o gosto dos dois misturados,ela no sabia onde comeava e onde ele terminava.

    E durante o longo beijo, ela nem lembrava que precisava respirar, o sentiugozando. Ele aumentou a intensidade do beijo, chupava mais ainda a lngua

    dela, demonstrando o prazer que estava sentido. Quando o beijo terminou, elapuxou os lbios dele com os dela e sentiu o calor esvaindo, deixando aospoucos o corpo dela.

    Ela tambm tinha gozado, s que sutil, sem a mesma exploso de antes. Odele tambm foi da mesma maneira, como se estivessem num outro plano,como se o ato final no fosse o momento principal e sim apenas um simplesbeijo era o suficiente para conect-los.

    No fundo no era apenas o sexo que desejava, o calor no vinha apenas disso.

    Ela desejava o contato ntimo, aquele pequeno momento de vulnerabilidadeque ambos sentiam quando estavam nos braos um do outro. Como se nadapudesse atingi-los, mesmo que tudo ao redor fosse contra.

    Ele se afastou para encar-la, com uma das mos retirou algumas mechas quecaiam insistentes no rosto dela. Sookita sorriu diante do gesto, sentindo umamoleza tomando conta do corpo.

    Eu no queria que tivesse acabado..., ela disse beijando levemente os lbiosdele.

    Nem eu.

    Ele rolou para o lado e colocou as mos apoiadas atrs da cabea, olhava parao teto com um sorriso de canto. Sookita virou na direo dele e deitou a cabeano travesseiro.

    Tudo voltar ao normal., ela disse depois de alguns minutos de silncio.

    Por que diz isso?, ele arqueou uma sobrancelha.

    S nesses momentos no nos atacamos... atravs do sexo.Ento, deveramos fazer sempre., ele olhou de soslaio para ela.

    No pra ser desse jeito. Usarmos isso..., ela apontou para a cama. Paranos entendermos.

    Sobre nunca conversarmos coisas normais?

    Tambm. Eu quero conhecer o Eric que se esconde atrs dessa coisa toda.

    No sou to interessante assim., ele disse numa voz rouca, sem o tom sexualde antes.

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    Eu tenho que julgar isso, no voc., ela deitou de costas como ele.

    Est bem... Pergunte o que quiser...

    Eu... no..., ela comeou a gaguejar.

    Estou esperando., foi a vez dele virar de lado para encar-la.

    Voc muito direto. Eu tenho que pensar.

    No entendo o que voc quer. Se eu no falo nada sou fechado, quando douliberdade, sou direto. Decida-se o que eu sou., ele disse irritado.

    Como voc era antes de ser vampiro?, era a vez dela olhando para o teto,no queria sentir o peso do olhar dele quando respondesse.

    No lembro mais.Como no?

    Faz muito tempo...

    Est fugindo da pergunta, voc disse que podia ser o que eu quisesse.

    Achei que iria me perguntar coisas de revista feminina. Meu filme favorito, meuator predileto., ele sorriu.

    Nada to profundo..., ela suspirou.

    Por exemplo, o que voc faz de sbado noite?

    Ela se surpreendeu com a pergunta, no imaginava que ele pudesse terinteresse na rotina dela. Pensou por alguns segundos antes de responder, notinha uma vida muito agitada, ao contrrio dele.

    Normalmente eu trabalho... no bar., ela pensou mais um pouco. Quandotenho folga vou no cinema com Bastian e de vez em quando vou na boateencontrar Tara.

    Vai fazer o que hoje?

    Bem... eu estou aqui com voc.

    Por causa disso no ir fazer as suas coisas? No quero atrapalhar nada., eledisse com uma expresso divertida.

    No se ache tanto assim., ela disse irritada. Talvez iriamos na Sesso dameia-noite do cinema l no centro da cidade.

    Aquilo uma porcaria.

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    Ah, no... eu e Tara vamos todos os anos assistir algum filme de terror antigoque estiver passando. sempre na semana do Dia dos Mortos.

    Nem sabia disso.

    Ano passado no fomos, meio que quebramos a tradio.Ela sabia bem do motivo, tanta coisa tinha acontecido, nem tiveram tempo parase divertirem e nem cabea para tal. Eric fechou os olhos, ficando pensativo.Estavam novamente num longo silncio.

    Podemos ir ns dois., ele disse.

    Como ?

    Ela sentou assustada, olhando para o lado e encontrando o corpo nu dele,

    sentiu uma leve sensao entre as pernas. Ele ainda a deixava excitada,mesmo depois de terem feito sexo.

    Por que o susto? Eu tambm fao coisas normais, como ir ao cinema.

    No comigo., ela disse alto.

    Sempre tem uma primeira vez.

    estranho...

    Como amigos, Sookita. No surte por antecipao.No isso., o corao dela doeu um pouco. Vamos acabar discutindo poralguma coisa...

    Vamos fingir que no nos conhecemos, problema resolvido., ele tambmsentou na cama.

    Impossvel.

    Use a imaginao. No serei Eric e voc no ser Sookita.

    Por que fazer isso?

    Para ficarmos tranquilos perto um do outro pelo menos por algumas horas.,ele sentou na ponta da cama ficando de costas para ela.

    Esquecer todos os problemas. Isso meio que uma trapaa.

    No, apenas escapismo., ele ficou em p.

    Voc sabe que eu sou eu... e eu sei que...

    E da?, Eric a interrompeu, virou de frente para a cama. uma chance denos conhecermos, sem dramas.

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    Eu topo.

    Ela disse sentindo uma emoo diferente, algo novo estava acontecendo. Ericfez um aceno com a cabea e caminhou at o armrio, comeando a se vestir.

    Onde vai?, ela perguntou desapontada.Encontrar Bastian, temos o assunto de Bill para resolver., ele disse friamente.

    No prematuro? Ele ainda no se recuperou.

    Voc me quer longe daqui. melhor acabarmos logo com isso., ele ajeitou aregata preta que colocou.

    Ah, tem isso.

    Ela deitou novamente na cama, estava arrependida pelo que disse no diaanterior, no queria ele longe dali. E ele estava levando a srio, no era o idealter uma conversa que poderia acarretar uma nova discusso. Precisavamaproveitar esse momento raro de trgua.

    Eric se aproximou da cama, to alto e imponente, parando ao lado dela.Abaixou o tronco at alcanar o rosto dela. Deu um leve beijo na testa e sorriu.

    Encontro voc na frente do cinema.

    Ele no se afastou imediatamente, esperou a confirmao dela. Sookita

    balanou a cabea e tocou no rosto dele com a ponta dos dedos. Ele pegou amo dela e apertou de encontro ao rosto. Ele tambm no queria que omomento chegasse ao fim, como se a magia acabasse assim que sasse, elapodia sentir no olhar dele.

    Quando ele soltou a mo dela e se afastou velozmente, Sookita suspiroufundo, estava sozinha novamente. Mas o corao batendo sem parar pelo queaconteceria mais tarde. Ela o teria s para ela, sem o mundo para atrapalhar.No falariam de Bill, nem de Pam, muito menos de Nora e da Autoridade. Seriauma Sookita e um Eric diferentes. Quem sabe dessa vez funcionasse, fugindode quem eram na realidade.

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    A rua em frente ao cinema estava tranquila, havia vrios casais e jovensbarulhentos comprando ingressos. O cinema tinha uma fachada antiga, com acabine da bilheteria no meio do saguo e vrios psteres de filmes clssicosestampados nos dois lados das paredes.

    Sookita caminhava lentamente pelo saguo, observava cada pster como se

    estivesse analisando quadros numa exposio. Sentia as mos tremendo pelonervosismo, tirava toda hora o celular do bolso para ver as horas. As pessoas

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    no paravam de chegar e entravam na ltima sesso de cinema da noite.Faltavam uns 15 minutos para a meia-noite, ela evitava olhar para a entradaesperando pela chegada dele. Tentava se distrair com o ambiente em suavolta.

    Usava o vestido preto que ganhou da Autoridade na viagem para Tijuana.Gostava como se sentia nele, suas curvas eram valorizadas, parecia bem maismagra e no era comprido como os outros vestidos que usava, ficava nametade das coxas. Quando se olhou no espelho antes de sair, gostou de comoas pernas estavam chamativas. Fez uma maquiagem leve, no queriaexagerar, deixou os cabelos soltos que formavam alguns cachos nas pontas.

    Olhou mais uma vez para o celular, odiava com a mo tremia, quase deixou oaparelho cair no cho. Faltavam 10 minutos, ele no iria deixa-la ali sozinhacomo uma idiota. Um n no estmago se formou, tinha que parar de pensar nopior. Lanou um nico olhar para entrada, no havia sinal de um vampiro alto eloiro vestindo preto. Ele chamava a ateno onde chegava e notaria assim queele aparecesse.

    Ela caminhou at o final da parede, ficou entretida analisando o pster de umfilme de terror antigo com Vincent Price. Sempre achou esse cinemaaconchegante, uma aura de um tempo antigo, como se voltassem nos anos 50.Claro que o lugar precisava de uma reforma, o dono era um americano idoso eque mantinha as tradies de onde morou quando criana. Para ele cinema era

    longe de shopping ou de grandes complexos, era algo individual e um prazerdiferente para cada pessoa.

    No era surpresa Eric achar o lugar ruim, ele no era acostumado com coisasnormais, por mais que tivesse dito o contrrio. Era to surreal irem juntos aocinema, talvez ele nunca tenha feito o convite, ela imaginou tudo. Agora ficariaali plantada esperando a imaginao continuar criando peas.

    Estou te procurando faz uns dez minutos.

    A voz dele soou irritada atrs dela, ela sorriu antes de se virar, o corao quase

    saindo pela boca. No havia imaginado, ele foi mesmo encontr-la.

    Quem voc para falar comigo dessa maneira?

    Ela o desafiou empinando o queixo, ficou horas pensando em quem serianaquela noite, no iria deixa-lo escapar com a ideia que inventou.

    O homem dos seus sonhos., ele pegou a mo dela e a levou at os lbios.

    Como sabe se j no o encontrei?

    Uma mulher bonita como voc jamais estaria sozinha., ele beijou a mo dela.Eu dei sorte esta noite.

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    So os seus olhos., ela piscou vrias vezes e fez um olhar sonhador.

    Como se chama? Imagino que deve ter o nome de alguma Deusa grega, umamusa que atormenta os meus sonhos., ele soltou a mo dela.

    um poeta?, ela sorriu. Meu nome bem mundano, Scarlett.Apenas um poeta de sua beleza, Scarlett.

    No disse o seu nome, senhor...

    No tenho um nome, sou o que quiser esta noite.

    As luzes comearam a piscar no saguo, logo a sesso iria comear. Elaestava adorando a brincadeirinha, esse homem sem nome era to diferente deEric, apenas compartilhavam o mesmo rosto e corpo. At a voz dele estava

    suave, como se a acariciasse.

    Preciso comprar meu bilhete., ela disse se afastando.

    Fique aqui.

    Ele fez uma reverncia e se afastou na direo da bilheteria. A fila tinhadiminudo, a maioria das pessoas j estavam l dentro, teriam que entrar noescuro. Por sorte, Eric era um vampiro e enxergava perfeitamente. Ele voltousegurando os dois bilhetes na mo, parou ao lado dela e fez um movimentocom o quadril oferecendo o brao para ela.

    Sookita arregalou os olhos, ser que no estava em Alm da Imaginao? Eleinterpretava perfeitamente o papel de um estranho romntico. Passou um dosbraos em volta do dele e caminharam pelo saguo como um casal.

    No quer uma pipoca?

    No sei, se eu levar um susto capaz de espalhar para todo lado.

    Eu estarei do seu lado., ele piscou para ela.

    Em seguida se afastou na direo do balco, havia uma boa fila, demorariaalguns minutos. Ela estava parada no meio do caminho, algumas pessoasolhavam irritadas para ela. Sookita resolveu se afastar para um canto do outrolado, Eric a encontraria sem dificuldades.

    Ainda pensava em tudo que estava acontecendo, era to confuso e ao mesmotempo to divertido. Poder ter a companhia dele sem estarem em algumasituao embaraosa ou perigosa. Ele surgiu de repente na frente dela, ela nofazia ideia de onde apareceu e mesmo velozmente no derrubou uma pipoca.

    Ele ofereceu o brao novamente e foram para a entrada da sesso, as luzesestavam apagadas e o nome Evil Deadaparecia em enormes letras vermelhas

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    na tela do cinema. J havia assistido ao clssico dos anos 80, mesmo assimainda levava bons sustos, principalmente no cinema.

    Eric a conduziu pelas escadas, se no tivesse ajuda dele, sem dvida elacorreria o risco de cair. O cinema estava com a metade da sala ocupada, um

    bom nmero para uma sesso to tarde e de um filme antigo. Sentaram naparte de cima e na lateral. Havia quatro lugares, ela ocupou o que ficava pertoda parede e ele sentou ao lado dela. Os outros dois lugares ficaram vazios, elatorcia para que ningum sentasse.

    Ele estendeu a pipoca e Sookita sentiu os dedos dele gelados. O filmecomeava a passar na tela, a cena clssica de jovens adolescentes viajandopor estradas tortuosas e indo passar o fim de semana numa cabana que ficavaem uma floresta apavorante. Ela pegou um punhado de pipoca e enfiou naboca de uma vez. Quase engasgou, sentiu os olhos marejados de lgrimas,no poderia passar mais uma vergonha na frente dele.

    Alguns moleques soltavam risadinhas irritantes e outros mandavam queficassem quietos. Eric se ajeitou na poltrona, colocou uma perna sobre o joelhoe as mos em cima da barriga. Parecia entretido com o filme, os olhos atentosna tela, observando cada movimento.

    J assistiu esse filme?, ela perguntou baixinho.

    Claro., ele respondeu tambm falando baixo. Eu vim aqui apenas para

    encontrar a minha musa.

    No acredito que ficar me paquerando em plena sesso., ela riu o maisbaixo que conseguiu.

    Est funcionando?, ele perguntou virando o rosto e a encarandointensamente.

    Nem um pouco, o filme est mais interessante., ela pegou mais um punhadode pipoca.

    Adora provocar os homens, Scarlett.

    S os que no dizem o nome., ela cruzou as pernas.

    Um poeta jamais se revela para a sua musa.

    Por que no?

    Ela perguntou divertida, nem estava prestando ateno no filme, olhava para atela e no via nada. Estava plenamente consciente da presena dele ao ladodela.

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    A alma dele viver em tormento quando ela o deixar. S restaro as lgrimasque o devorar.

    Ela no tem motivo para deix-lo.

    Sim, sempre ter. Pois descobrir que no fundo ele no passa de um homemcomum., os olhos dele brilharam no escuro.

    De repente ela sonha com isso mesmo, no com o impossvel., o coraoestava novamente disparado, ela quase derrubou a pipoca no cho.

    Com o que ela sonha?, ele tombou a cabea na direo dela e sussurrouperto do ouvido.

    Com o homem normal que ele foi, to humano quanto ela ., ela colocou amo no peito para se acalmar.

    Est lutando como Dom Quixote, Scarlett. Lutando contra moinhos de ventopensando serem gigantes.

    O poeta no tem salvao?

    Ele est esquecido de si mesmo, louco, cego e perdido., ele se ajeitou napoltrona, retirando a perna de cima da outra. Somente os lbios da musapodem salv-lo.

    Vale a pena tentar.

    Ela aproximou o rosto do dele e beijou os lbios rapidamente, se afastando emseguida.

    Por que to tmida?

    No sou acostumada a beijar estranhos., ela encolheu os ombros.

    O poeta continua perdido.

    Ela respirou fundo, olhou em volta e a maioria das pessoas estavam entretidas

    com o filme, haviam acabado de acordar o demnio que tentava possuir umadas moas. Colocou a pipoca no cho. Em seguida, apoiou as mos no rostodele e o beijou mais uma vez. Dessa vez colocou a lngua dentro da boca dele,a sensao de antes voltou com fora. Ele a puxou para perto de si, mas obrao da poltrona atrapalhava. O beijo parou, e ela estava pronta paraprotestar. Eric sentou na ponta da cadeira, com os joelhos encostando nacadeira da frente, passou a mo pela coxa dela e puxou a perna para coloc-laentre as dele.

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    Voltou a beij-la, ele sugava a lngua dela com ardor, ela sentia a ereo deEric passando a coxa na virilha dele. Ela gemeu durante o beijo, estava prontapara mais uma rodada de sexo, sempre estaria.

    Ele apertou as pernas prendendo a coxa dela. Pararam de se beijar, a lngua

    dele desceu pelo pescoo dela. Sookita estava quase levando a mo para acala dele, iria abaixar o zper para sentir o membro dele diretamente na coxa.Quando uma luz forte bateu no rosto deles, Sookita colocou a mo na frentedos olhos para desviar da luz.

    proibido atos libidinosos neste cinema., a voz do velho soou severa por trsda luz.

    Vai nos expulsar?, Eric perguntou.

    Saiam, saiam, seus moleques., o velho gritava.Sookita sentiu o rosto queimando, sorte que continuava escuro, mas percebiaos olhos de todos na sala em cima dos dois. O velho agarrou o brao de Eric, ovampiro mostrou as presas.

    Ns vamos sair., Sookita disse apavorada.

    Tinham vindo para se divertir, no para arrumarem briga com o velho dono docinema. Eric se livrou com um safano das mos do velho, ficou em p,erguendo a cabea em tom desafiador, escondeu as presas. Agarrou a mo de

    Sookita e desceram pelas escadas escuras.

    Assim que chegaram na rua, Sookita comeou a rir sem parar, o rosto ficoumais vermelho do que j estava.

    Est rindo do qu?, ele perguntou parando na calada.

    inacreditvel o que est acontecendo. Eu no quero acordar desse sonho.

    No est sonhando, estou aqui com voc.

    De repente estamos alucinando., ela continuou rindo at perder o flego.

    Ns fomos expulsos do cinema poratos libidinosos. bem real pra mim.

    Culpa sua com esse papo de poeta.

    Admita, voc estava adorando.

    Ainda estou., ela caminhava pela calada deserta. O que fazemos agora?

    Continuamos de onde paramos..., ele a alcanou.

    No era um encontro de amigos? Sem neuras?

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    Amigos tambm fazem sexo e muito bom por sinal., ele passou a lngua peloslbios.

    No, era para ser um encontro normal, voc disse que faz coisas normais.,ela cruzou os braos.

    Quero ser o Rhett de sua Scarlett., ele soltou uma gargalhada.

    Est tirando sarro da minha cara?

    Claro, uma romntica incorrigvel. Se eu mexer na sua bolsa vou encontrarum romance cheio de cenas erticas.

    Mentira, pode olhar se quiser., ela estendeu a bolsa para ele. Passei dessafase., ela mentiu, tinha vrios romances na cmoda ao lado da cama, torciapara ele no descobrir.

    Duvido.

    Oras, voc tambm estava todo romntico l no cinema.

    Eu dei o que voc desejava tanto.

    Eu no desejava isso... eu queria apenas...

    O normal, sim eu j sei., ele disse com um tom irritado.

    Foi divertido conhecer um lado diferente seu... nada assustador.No entendo por que sempre pensa o pior. Comeamos mesmo com o pesquerdo.

    Voc nunca foi o mais educado dos vampiros, sempre me tratou como umnada., ela se lembrava de quando o conheceu na boate e da humilhao quepassou.

    Est bem, concordo que no sou muito simptico. Mas, voc tambm noajuda.

    A culpa no minha.

    Pelo menos no mais aquela carola medrosa. Gosto mais dessa novaScarlett., ele disse rindo.

    Eu gosto mais do poeta sem nome., ela sorriu de volta.

    Eu fui um humano como qualquer outro, no tinha nada de especial.

    Ele comeou a falar seriamente, a pegando de surpresa, no entendia o motivo

    repentino para mudar de assunto. Ela no disse nada, caminhava quieta aolado dele, estavam chegando no estacionamento.

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    Um fazendeiro que guerreava de vez em quando, e nem era to bom, algumasmarcas que tenho da ponta de espadas., ele disse olhando fixamente para afrente, focava a viso num ponto distante.

    Eu sabia que no tinha esquecido...

    Aquele homem apenas uma lembrana, no carrego mais nada dele.Apenas a aparncia., ele disse sem demonstrar pesar.

    Como viver por mil anos?, ela perguntou ansiosa pela resposta, tinha queaproveitar essa abertura.

    Cansativo. Poucas coisas me surpreendem, como assistir um filme mudo. Aao acontece, mas voc no escuta nada, apenas observa.

    Achei que gostava de ser um vampiro.

    Gosto muito, o que fao de melhor. Sem isso, no sou nada., ele disseainda olhando para frente.

    Eric, aquela vez... no cemitrio...

    Sim.

    Eu o vi morrendo, no me pergunte como, eu tambm no sei. Mas eu vi, eusenti... foi horrvel., ela sentiu os olhos marejados.

    Leu novamente a minha mente?

    Posso ter visto quando voc se transformou... s que voc no pareciahumano e nem foi atacado. Apenas morria...

    Melhor esquecer isso, no sofrer por antecipao.

    Antecipao? No quero que isso acontea., ela segurava as lgrimas.

    No ir acontecer e se... no quero que faa nenhuma loucura., ele parou decaminhar. Como tentar me salvar novamente.

    Deu tudo certo, voc est aqui., ela tambm parou ao lado dele.

    Deu mesmo?

    Ela engoliu em seco, talvez para ele deu certo, mas no para ela e nem Pam.As duas perderam mais do que ganharam, no faziam ideia da reviravolta queaconteceria. Sookita desejava ter visto sobre isso numa viso do futuro, e noser surpreendida.

    Voc tem Nora novamente...

    Tenho., ele disse.

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    Eu sei que sou apenas uma distrao at ela voltar., Sookita o encarou emsinal de desafio.

    Por que se diminui tanto?

    mentira?, ela no iria fugir do confronto, mesmo que acabassem brigando.Sookita, eu no sei o que voc pra mim... estou tentando descobrir.

    Por isso estamos aqui?

    Sim, eu quis passar uma noite agradvel na sua presena. No pedir muito.

    Voc pode fazer coisas normais e eu posso ser agradvel., ela deu deombros.

    S no quero...Por que toda essa preocupao? Eu sei o que eu quero.

    Ela voltou a caminhar na direo do estacionamento, atravessou a rua semesperar por ele. Revirou a bolsa e deu o tquete para o atendente. Haviapoucos carros por l, o dela estava estacionado do outro lado da entrada. Seestivesse sozinha ficaria com receio de andar por ali, parecia perigoso.

    E o que voc quer?, Eric a alcanou, parou no meio do caminho, impedindoque continuasse.

    Continuar sendo agradvel para voc...

    Mesmo que no dure muito?

    Pelo jeito ser nossa nica chance., ela tentava se manter firme, mas pordentro queria gritar que tudo estava errado.

    Depois no ir xingar e gritar comigo que estraguei a sua vida? J fez issovrias vezes.

    Voc sempre foi sincero, minhas expectativas nunca foram realistas., elapassou mais uma vez por ele, destravando o carro.

    Antes que fizesse mais um movimento, foi jogada de encontro ao carro sendoencoxada por ele. Ele levou uma das mos ao queixo dela e forou a encar-lo.

    Eu senti algo forte por voc antes, como senti., ele no deixava que eladesviasse o olhar. S no posso te oferecer o futuro.

    Ento, voc sabe o que sente por mim.

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    Eu sei apenas no agora, eu te desejo. Eu disse uma vez sobre amor e vocachou que foi apenas uma boa atuao. Deve ter sido, no vou negar... eu noqueria que pensasse o pior de mim, como sempre faz questo de fazer.

    Voc tem que parar de decidir o que melhor ou pior para mim, Eric. Eu

    penso o pior, porque voc s mostra isso. Talvez seja mais fcil eu ver apenasesse seu lado cruel. Mais fcil para ns dois nos afastarmos.

    Podemos s pensar no momento?

    No quero adivinhar o futuro... quero esquecer que ele existe.

    Ele a abraou, to forte que ela teve dificuldade para respirar. Ela ficou naponta dos ps, apenas o cheiro amadeirado dele na noite. Do abrao para obeijo foi apenas um pulo, estavam excitados novamente. Mais uma vez ela no

    queria que essa noite acabasse, que durasse eternamente.A mo dele percorria o corpo dela, desde as costas at a bunda, semdelicadeza, querendo mais do que tiveram antes. Quando pararam de se beijar,ela olhou por sobre os ombros dele e viu que o atendente do estacionamentoestava distrado. Nem olhava para eles ali no carro.

    Dessa vez no seremos interrompidos., ele disse passando as presas nopescoo dela.

    Sookita o empurrou para longe, ele cambaleou pelo susto. Ela abriu a porta

    traseira e sentou com as pernas estendidas no banco. Ergueu o vestido pretoat a cintura e tirou a calcinha, enroscando na ponta do salto baixo que usava.Ela praguejou alto, jamais conseguiria ser sexy, nem se esforando. Ericabaixou a cabea para no bater no teto, apoiou uma das mos no encosto epuxou a calcinha dela com a outra mo.

    Ela se arrastou para trs, encostando a cabea na porta, jogou uma perna noencosto do banco. Estava to aberta para ele, nunca tinha se exposto tanto demaneira consciente. Ela definitivamente no era mais a mesma, nuncaimaginou que seria capaz de fazer isso.

    Eric tentou se ajeitar no banco, um joelho entre as pernas dela e o outro nocho do carro. Dessa vez ela o ajudou a abrir a cala, no estava com as mostremendo. Puxaram a cala junto da cueca at o membro ereto ficar exposto.Sookita o envolveu com uma das mos, ainda no tinha tido a chance desdeque voltaram a fazer sexo.

    Dessa vez, ela estava dando prazer a ele, ainda mais sabendo como elegostava de fazer. Ainda tinha na mente quando o viu se masturbando, agorasentia o membro pulsante entre as mos. Ela subiu e desceu com a mo vriasvezes, no to rpido quanto ele fez, mas com a mesma intensidade.

  • 7/27/2019 True Blood - Escravos do Amor - Captulo 57 - A ltima Sesso de Cinema

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    Se continuar... eu vou gozar., ele disse gemendo.

    Ela no parou por causa do pedido desesperado dele, continuou subindo edescendo, apertando levemente a cabea de vez em quando. Eric apoiava asmos nos bancos, tentava manter o equilbrio. Os gemidos dele eram to altos

    e roucos, ela sabia que ele estava a ponto de gozar. Quando sentiu o membrovibrando na mo, sabendo que ele estava no limite, ela parou de uma vez.

    Sua bruxa..., ele disse se ajeitando entre as pernas dela.

    Voltaram na mesma dana de antes, os corpos em sincronia perfeita. Mesmo olugar sendo desconfortvel, os ps dele para fora da porta aberta, os gemidosprovavelmente sendo ouvidos do outro lado do estacionamento. Elescontinuavam sem se importarem. Ela batia toda hora a cabea na porta porcausa dos movimentos rpidos, no sentia dor nenhuma. Segurou na cintura

    dele e forava o quadril de encontro ao dela.

    As presas dele estavam visveis, ele queria mord-la, ela tinha certeza disso.Mesmo assim, ele no fez, apenas roava as pontas na pele delicada dopescoo dela. O que aumentava a expectativa e o prazer de quando ele amorderia. Dessa vez no seria uma clmax delicado, seria algo violento,desesperado, como se no tivessem uma prxima vez. Como se soubessemdisso.

    Ela agarrou o pescoo dele, ele segurou com uma das mos nos cabelos dela,

    puxando para o lado. Ele fincou as presas no pescoo e comeou a sugar osangue dela. Ela gritou quando gozou, e quando sentiu o dele minutos depois.Eric parou de sug-la e descansou a cabea no peito dela, ficaram ali parados,nos braos um do outro, saboreando o momento.

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    Sookita acordou no dia seguinte sentindo a mulher mais feliz do mundo,realmente pisava em algodes e nem precisava de maconha. Eric estavadormindo como uma pedra na cama. Ela deu um beijo no rosto dele, e foi se

    arrumar para trabalhar. Encontrou milhares de mensagens de Tara no celular euma de Bill. O corao dela disparou. O que ele poderia querer?

    Respondeu uma das mensagens de Tara dizendo que conversariam mais tardee sentiu os dedos tremerem quando respondeu para Bill, perguntou apenas oque ele desejava.

    Tomou um banho rpido, comeu umas torradas e tomou um suco de laranja. Efoi para o trabalho, nunca fez o caminho to alegre. S pensava em tudo queestava acontecendo, o prazer em ter Eric, no apenas sexualmente, mas a

    presena dele. Nem em seu sonho mais louco, imaginou que isso iriaacontecer. Realmente, s vezes os sonhos se tornavam realidade.

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    Sim, ela sabia que era algo de curta durao, mas pegaria o que a vida iriaoferecer, sem pensar nas consequncias. Passou o resto do dia trabalhandocom um sorriso no rosto, at Sam estranhou a mudana repentina dela e fezum comentrio de que ela estava radiante. E se sentia mesmo dessa maneira,como se fosse a mulher mais poderosa dentro do universo dela.

    De vez em quando olhava no celular esperando pela resposta de Bill. Mandouvrias mensagens explicando para Tara o que tinha acontecido, a amiga no adeixava em paz, queria detalhes e mais detalhes, principalmente os srdidos.At que o celular apito quando anoiteceu, ela havia esquecido que ele noresponderia durante o dia, estava to distrada.

    Quero encontr-la na sua casa no dia 31 para lidarmos com as papeladas.

    Somente ns dois.

    Sookita estremeceu, no precisou cham-lo para encontr-la, ele mesmotomou a liberdade. Pelo jeito o plano de Eric daria certo e ele a deixaria porcausa do que ela disse. Ainda teriam que conversar sobre isso.

    Ela apertou o celular na mo, teria que avisar Eric. No tinham muito tempo,pois em dois dias aconteceria as festividades do Dia dos Mortos. Bill tinha umsenso de humor estranho, ela pensou franzindo o cenho.

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    Francisco dirigia por uma estradinha no deserto fazia umas duas horas, Jessicaestava sentado ao lado morrendo de tdio. Ligou o som alto para noconversarem, aturava o irmo de Alcide o mnimo que podia. Ela sentia a noitequente na pele, adorava essas sensaes por causa do sangue.

    Ele parou o carro no meio do deserto que circundava a cidade de MonteJuarez. Estava um breu danado, Jessica no tinha dificuldades em enxergar.J ele pegou uma lanterna no porta-luvas, deu uma batida no objeto e a luztomou conta do carro.

    Chegamos.

    No meio do deserto... que grande porcaria, ela disse resmungando quandoenfiou o p num buraco assim que saiu do carro.

    Quer saber ou no?

    O que eu no fao por esse sangue...

    Eles caminharam por alguns minutos, Francisco na frente se guiando pela finofeixe de luz no cho. Nem o luar conseguia iluminar o lugar. S havia terra,

    terra e mais terra, algumas pedras e cactos. Ele parou um pouco frente e

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    aponto um estranho poo circular feito de pedras no cho. No era alto, deveriater uns 40 centmetros no mximo, ela calculou quando parou ao lado dele.

    No preciso de gua., ela disse irritada.

    daqui que eles saem...No meio do deserto? Por qu?, Jessica perguntou olhando em volta.

    So lugares seguros e com poucos vampiros em volta. Tem um portal emvrios desertos do mundo e sempre uma cidade como a nossa para velar., eledisse apontando a lanterna para o fundo.

    No tem fim esse poo?, ela disse assombrada, s enxergava uma escuridono fundo.

    Se quiser ir at eles, ter que dar um salto de f...

    Esse lugar cheira a morte, nojento., ela tapou o nariz, no estavaaguentando o cheiro podre que subia do poo.

    Muitos tentaram saltar e no passaram para o outro lado.

    Algum j conseguiu?

    Vampiro? Que eu sabia passar e morrer de novo. Humano no volta mais...se passar... um caminho sem volta., ele encolheu os ombros.

    Qual vantagem vou levar nessa? No quero ir pra l e morrer... voc disseoutra coisa.

    Eles saem em alguns momentos... o Dia dos Mortos est chegando, se vocagir rpido, poder tirar a sorte grande.

    No vo me atacar?

    Por isso precisam de ns nesse plano, so vulnerveis aqui. Principalmenteno Dia dos Mortos., ele disse de maneira solene.

    Desembucha de uma vez...

    Meu av diz que eles so responsveis pelas grandes lendas neste dia 31...fantasmas assustando humanos. um bom disfarce para o que eles fazemneste dia.

    Eles comem as pessoas?, Jessica perguntou com uma careta.

    Pode-se dizer que sim... mas, no no sentido figurado.

    Ele fez uma pausa, o cheiro estava forte naquela noite, algum deve tertentado saltar fazia alguns dias e morrido.

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    Algumas moas so selecionadas... para procriao.

    O qu?, ela gritou.

    bem simples, ns fazemos a escolta para eles. Sempre desconfie quando

    ver um lobo parado em frente uma casa na noite dos mortos.Como... so escolhidas?

    Ela perguntou chocada, sentando na ponta do poo. O av de Alcide jamaishavia mencionado essa histria de procriao. Ele s contou o que era dosenso comum entre os lobos, no os segredos e a profundidade do pacto quetinham com as criaturas.

    Sei l... beleza... algum tipo de poder especial..., ele deu de ombros,franzindo o nariz por causa do cheiro forte.

    Poder... como telepatia?, Jessica disse sentindo um leve tremor nas mos.

    Tambm...

    Ela ficou em p num salto, agora as mos tremiam sem parar. Jamaisesperaria uma informao como essa.

    Quantos sairo depois de amanh?

    Somente dois, esse ano a leva no foi boa. Ultimamente cada vez menos.

    So poucas as moas certas para o servio., ele comeou a se afastar.

    Eles s procriam uma vez por ano? O que as mulheres deles tem de errado?

    Eles no conseguem procriar entre si. As crianas no vingam nascendo noplano deles. No sei explicar o motivo... eles precisam de humanas aptas. Nemsempre esses bebs vingam tambm, so raros os que continuam vivos.

    Eu no esperava por essa..., ela disse colocando as mos no rosto.

    J cumpri a minha parte. Agora cumpra a sua...

    Sim, eu farei o combinado.

    Assim que matar o velho, eu darei cabo do imbecil do Alcide, o lao de vocsestar quebrado quando meu v bater as botas.

    Ela abaixou a cabea, no tinha tanta certeza se daria tudo certo. Ela spensava na criatura que sairia daquele buraco, ela o desejava mais do quetudo.

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