trovadorismo, humanismo, classicismo
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Roteiro de Estudos sobre Trovadorismo, Humanismo e ClassicismoTRANSCRIPT
TROVADORISMO (Séc. XII – XV)
Contexto histórico
Idade Média (Séc. V – XV) Feudalismo Teocentrismo Cruzadas Peste Negra
Feudo = Porção de Terrasenhor feudal + membros empobrecidos da nobreza + cavaleiros + camponeses livres e servosVassalo = direito de viver na propriedade, cultivar a terra, além de receber a proteção. Fidelidade e pagamento e impostos.Suserano = sr. feudal, dono da terra cedida ao vassalo
Pirâmide social:
rei (poder legitimado pela Igreja)alto clero, nobreza (duques, condes)cavaleiros, senhores feudais, baixo clerosoldados, camponeses, servos
Igreja Católica:
“Os príncipes têm poder na terra, os sacerdotes, sobre a alma. E assim como a alma é muito mais valiosa do que o corpo, assim também mais valioso é o clero do que a monarquia […]. Nenhum rei pode reinar com acerto a menos que sirva devotamente ao vigário de Cristo.” Fala do papa Inocêncio III (1198-1216). In.: PERRY, Marvin.. Civilização ocidental: uma história concisa. São Paulo: Martins Fontes, 1985. p. 218.
Teocentrismo = visão de mundo cristã = Deus = perfeição e superioridadeHomem = imperfeito e pecadorIgreja = 2/3 das terrasEscrita/Leitura = MosteirosFilosofia = Escolástica (Tomás de Aquino/Agostinho)Ciência/Arte = ocultada (Arquitetura gótica,
Filmes: Cruzada, Coração Valente, O Nome da Rosa, As Brumas de Avalon, Joana D'Arc, Rei Artur, Caça as Bruxas, A flauta mágica
CANTIGAS
Características:
Língua Galego-Português Tradição Oral Cantada e acompanhada por instrumentos musicais
Instrumentos:
Violas de Arco / Cítaras Flautas / Alaúdes Pandeiros / Saltérios Gaitas / Soalhas
Artistas:
Trovador: alta nobreza, música Segrel: nobre, poeta, cantor Jogral: compositor e cantor Menetrel: cantor
Soldadeira: acompanha o jogral
Cantiga da Ribeirinha (1189 ou 1198) de Paio Soares de Taveirós é o marco inicial da Literatura Portuguesa.
Tipos: Líricas (+)
AmorAmigo
Satíricas (-)EscárnioMaldizer
Cantigas de Amor
Paixão infeliz, o amor não correspondido; O eu lírico é sempre masculino; O homem é o “coitado” (sofre de uma dor imensa) e a
mulher é “formosa” Superioridade da dama Homem (vassalo) x Mulher (suserana) Amor cortês, convencionalismo Origem provençal (sul da França)
Cantiga da Ribeirinha
No mundo non me sei parelha,mentre me for'como me vai, ca já moiro por vós – e ai!Mia senhor branca e vermelha,Queredes que vos retraiaquando vos eu vi em saia!Mao dia me levantei,que vos enton non vi fea!
Cantiga de Amigo
Relação amorosa entre camponeses; O tema central é a saudade; O eu lírico é sempre feminino; Expõe a visão feminina do amor; O amor é real e possível; Amor natural e espontâneo; Origem ibérica (peninsular)
Ai flores, ai flores do verde pino,se sabedes novas do meu amigoai Deus, e u é?Ai flores, ai flores do verde ramo,se sabedes novas do meu amado!Ai Deus, e u é?Se sabedes novas do amado,aquel que mentiu do que mi há jurado!Ai Deus, e u é?(D. Dinis)
Cantiga de Escárnio
Crítica indireta, por meio de palavras ambíguas; É obtido por meio de ironias, trocadinhos e jogos
semânticos; Ridicularizam o comportamento de nobres ou
denunciam as mulheres que não seguem o código do amor cortês;
Ai, dona fea, fostes-vos queixar
que vos nunca louv[o] em meu cantar;mais ora quero fazer um cantarem que vos loarei toda via;e vedes como vos quero loar:dona fea, velha e sandia!(João Garcia de Gulhade)
Cantiga de Maldizer
Crítica direta, identificando a pessoa satirizada; Intenção difamatória; Linguagem ofensiva e palavras de baixo calão; Muitas vezes, tratam das indiscrições amorosas de
nobres e membros do clero.
Martim jogral, que defeita,sempre convosco se deitavossa mulher!Vedes-me andar suspirando;e vós deitado, gozandovossa mulher!Do meu mal não vos doeis;morro eu e vós fodeisvossa mulher!(João Garcia de Guilhade)
A vós, Dona abadessa, de mim, Dom Fernand'Esquio,estas doas vos envio, porque sei que sodes essadona que as merecedes:quatro caralhos francesese dous ao prioressa.(Fernando Esguio)
Artistas influenciados pelas cantigas satíricas: Bocage Gregório de Matos Marquês de Sade
Cancioneiros: da Vaticana da Ajuda da Biblioteca Nacional de Lisboa
D. Dinis (1261-1325): 138 composições; protegeu outros artistas
Novelas de Cavalaria
Prosa: longas narrativas em versos; As aventuras dos cavaleiros; Divulgar os valores: HONRA e LEALDADE Ideais Cristãos; Ciclos: Clássico / Carolíngio / Bretão (Arturiano)
Exemplos: Rei Artur Cavaleiros da Távola Redonda A demanda do Santo Graal Amadis de Gaula Tristão e Isolda
HUMANISMO (1434-1527)
Idade Média x Renascimento
Política, Economia e Sociedade
Feudalismo x Mercantilismo Nobreza x Burguesia Cavalaria x Marinha
Vida Cultural
Religião x Ciência Espiritualismo x Materialismo Teocentrismo x Antropocentrismo
Giordano Bruno (Heliocentrismo)
Contexto histórico:
Antropocentrismo Bifrontismo = Transição Declínio da organização feudal Início das Grandes navegações Ascensão da burguesia (Burgos) Comércio = Mercantilismo Divulgação da cultura = Imprensa
Características ideológicas
Abandono da subordinação absoluta à Igreja Católica; Resgate dos valores clássicos greco-romanos; Procura na ciência uma explicação para fenômenos até
então atribuídos a Deus; Afirmação da capacidade do indivíduo em controlar seu
próprio destino.
Produção:
Gênero Dramático:Teatro de Gil Vicente
Gênero Lírico:Poesia Palaciana
Gênero Narrativo:Prosa Historiográfica de Fernão Lopes
Crônicas de Fernão Lopes
Narração histórica e artística; Descrições detalhadas do palácio e das aldeias; Apresenta as festas populares; Informa o papel do povo nas guerras e rebeliões; Verosimilhança
Obras:
Crônica del Rei D. Pedro Crônica del Rei D. Fernando Crônica del Rei D. João I
Poesia Palaciana
“Cancioneiro Geral” de Garcia Resende, 1516 A música dissocia-se da palavra; Amor com intimidade (poetas são mais realistas) Geralmente usavam redondilhas maiores; Usavam uma linguagem elaborada; 1.00 poemas de 300 autores.
Teatro de Gil Vicente
Popular Critica todas classes sociais Moralizante Utiliza humor
Conteúdo: “ridendo castiga mores” (a rir se corrigem os costumes)
Medieval Religioso Moralista Catequista Místico Sagrado
X
Humanista Pagão Crítico Satírico Cotidiano Profano
Personagens: moralizar e satirizar
Alegóricos: Símbolos Moral Sagrado Bem x Mal
X
Tipificados: Pagão Crítica Caricatura Cotidiano
Encenações litúrgicas
Mistérios: Vida de Cristo – Passagens bíblicas; Milagres: Situações da vida dos santos em que havia
intervenção miraculosa; Moralidades: Representações alegóricas (virtudes,
vícios). Ex: Autos (Trilogia da Barca).
Encenações profanas
Farsas: Popular – Falam do cotidiano – Irônico e cômico;
Momos: Representações mascaradas – Uso da mímica (ridicularizar costumes);
Sotties: Personagens loucos tinham liberdade de expressar verdades.
RENASCIMENTO
Definição:
Movimento cultural e artístico que rompeu com o padrão de pensamento vigente no mundo medieval. Introduzindo a cultura laica (não religiosa).
Transição:Idade Média → Idade ModernaFeudalismo → Capitalismo
Início:
Local: Itália (Principal), ING, FRA, POR, ESP, ALE, HOL, BEL (Países Baixos);
Tradição de Mercado /Rota Comercial Desenvolvimento Urbano Sociedade: ricos e urbanos (Burguesia);
Artistas/Intelectuais/Filósofos/Mecenas
Diferenças
MEDIEVAL RENASCENTISTA
Teocentrismo Antropocentrismo
Verdade = Bíblia Verdade = Experimentos
Política Descentralizada
CentralizaçãoAbsolutismo
Feudalismo Mercantilismo
Natureza = Pecado Natureza = Hedonismo
Camponeses Burgueses
Características
Humanismo (valorização do ser humano) Individualismo Naturalismo, Equilíbrio, Harmania Hedonismo (Belo, Prazer) – Carpe Diem Cientificismo, Racionalismo = Razão Experimentalismo Retorno à cultura clássica (greco-romana) Mitologia Pagã
Fases do Renascimento
Trecento (séc. XIV): Transição teocêntrica para a antropocêntrica; Dante – Literatura - “A Divina Comédia” Petrarca – Literatura - “Lírica do Cancioneiro” Boccaccio – Literatura - “Decamerão” Giotto – Pintura – figuras com aspecto humano e traços
de individualidade. Destaque para suas pinturas de “São Francisco de Assis”
Quatrocento (séc. XV)
Família Médici (mecenas); Florença (principal centro) Técnica de pintura a óleo; Botticelli – figuras leves, delicadeza, inocência.
“Nascimento de Vênus” e “Alegoria da Primavera”;
Da Vinci – Pintor, desenhista, escultor, poeta, inventor, engenheiro, músico, físico, anatomista, botânico, geólogo… “Homem Vitruviano”, “Gioconda” (Mona Lisa), “Santa Ceia”
Cinquento (séc. XVI)
Papas (mecenas); Roma (principal centro); Nicolau Maquiavel – Literatura - “O Príncipe”; Rafael – Pintura - “Escola de Atenas”, “A Sagrada
Família” Michelângelo – Pintura e Escultura - “Moisés”, “Davi” e
“Pietá” (esculturas), “Os afrescos da Capela Sistina” (pintura)
Outros países:
William Shakespeare - “Romeu e Julieta” Montaigne - “Ensaios” Camões - “Os Lusíadas” Cervantes - “Dom Quixote de la Mancha” Van Eyck (Holanda) Dürer (Alemanha)
Renascimento Científico
Giordano Bruno: afirmou que o univerno não era estático, infinito e a Terra não era o centro dele. Foi queimado na fogueira a mando da Inquisição
Nicolau Copérnico – teoria heliocêntrica Johan Kepler – órbitas elípticas dos planetas Galileu Galilei – pai da ciência moderna André Vesálio – pai da anatomia moderna Miguel Servet e William Harvey – mecanismo de
circulação sanguínea