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Trilha Senac de Desenvolvimento Socioemocional Comunicação – expressões oral e corporal Aperfeiçoamento Eixo tecnológico: Desenvolvimento Educacional e Social Segmento: Educacional Plano de Trabalho Docente

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Trilha Senac de Desenvolvimento Socioemocional

Comunicação – expressões oral e corporalAperfeiçoamento

Eixo tecnológico: Desenvolvimento Educacional e Social Segmento: Educacional

Plano de Trabalho Docente

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Senac – Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial

PresidenteJosé Roberto Tadros

Departamento Nacional

Diretor-GeralSidney Cunha

Diretora de Educação ProfissionalAnna Beatriz Waehneldt

Diretor de Operações CompartilhadasJosé Carlos Cirilo

Coordenação editorialAssessoria de Comunicação

Senac – Departamento NacionalAv. Ayrton Senna, 5.555 – Barra da Tijuca Rio de Janeiro – RJ – BrasilCEP 22775-004

www.senac.br

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação(Luis Guilherme Macena – CRB-7/6713)

Senac. Departamento Nacional. Plano de trabalho docente de Comunicação : expressões oral e corporal : aperfeiçoamento / Senac, Departamento Nacional. — Rio de Janeiro : Senac, Departamento Nacional, 2020. 37 p. : il. color. ; 30 cm. — (Trilha Senac de Desenvolvimento Socioemocional ; 2)

1. Senac. 2. Plano de Trabalho Docente. 3. Comunicação. 4. Expressão Oral. 5. Expressão Corporal. 6. Modelo Pedagógico Senac. 7. Eixo Tecnológico. I. Título. II. Série.

CDD 370

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Trilha Senac de Desenvolvimento Socioemocional

Comunicação – expressões oral e corporal Aperfeiçoamento

Maio de 2020

Eixo tecnológico: Desenvolvimento Educacional e Social Segmento: Educacional

Plano de Trabalho Docente

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Sumário

Apresentação 5

Curso: Comunicação – expressões oral e corporal 6

Objetivo do curso 6

Aula 1 6

Aula 2 14

Aula 3 20

Aula 4 26

Aula 5 31

Orientações gerais ao docente 37

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ApresentaçãoCaro docente,

A adoção de Planos de Trabalho Docente (PTDs) visa favorecer a padronização da oferta de cursos em todo o território nacional, de modo a colaborar com a garantia da qualidade das ações educacionais.

Os Planos de Trabalho Docente elaborados para a Trilha Senac de Desenvolvimento Socioemocional apresentam componentes metodológicos estruturados com base no ciclo ação-refl exão-ação, objetivando evidenciar, de forma fl exível, as etapas que compõem as sequências didáticas propostas para cada aula.

São eles:

Importante reforçar que esses itens não seguem uma sequência rígida ao longo das aulas, pois a natureza de cada situação de aprendizagem é que determinará o melhor momento para mobilizar cada etapa.

O desafi o da elaboração destes planos de trabalho está em construir situações de aprendizagem que atendam ao objetivo de dar unicidade ao escopo da oferta dos cursos; porém, mantendo um padrão de fl exibilidade que permita agregar/adequar as atividades previstas às necessidades da turma e da localidade em que o plano será aplicado.

Bom trabalho!

Aquecimento Apresentação do curso ou recuperação da aula anterior.

Atividade

Atividade ou proposta que articule vivências, conhecimentos, habilidades, atitudes/valores e mundo do trabalho. Pode ser usada na abordagem inicial de uma temática para levantamento das experiências prévias da turma ou para aprimorar a prática dos alunos, propiciando a análise da ação, a tomada de decisão e o posicionamento perante o tema de forma mais qualificada.

Conectando ideias

Diálogo mediado pelo docente sobre impressões e ideias geradas pela atividade e/ou exposição dialogada que articula a bibliografia do Plano de Curso de Referência com os principais pontos levantados pelos alunos.

Então...Sistematização da aprendizagem à luz dos elementos abordados e das atividades realizadas.

Síntese da aprendizagem

Reflexão e registro do principal aprendizado da aula e da contribuição direta com sua vida profissional/educacional.

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Plano de Trabalho Docente (PTD)Curso: Comunicação – expressões oral e corporalCarga horária: 20 horas

Objetivo do cursoEste curso tem como objetivo dar subsídios para que os participantes desenvolvam habilidades comunicativas de expressões oral e corporal. É destinado a profissionais e estudantes de qualquer área ou pessoas interessadas na temática.

Indicador1. Expressa-se de forma oral e corporal, de acordo com o contexto, a intencionalidade e o

público.

Planejamento

Aula 1 4 horas

Elementos de competência

Conhecimentos • Processo de comunicação: elementos da comunicação, relação entre

comunicação, linguagem e expressão; barreiras ou ruídos comunicacionais e escuta ativa.

• Linguagem: tipos, características e funções.

Habilidades • Comunicar-se em público de maneira assertiva. • Identificar aspectos orais e corporais expressos pelo interlocutor. • Adequar postura corporal e gestualidade à linguagem utilizada.

Atitudes/Valores • Colaboração no processo comunicativo. • Flexibilidade no uso da linguagem. • Atenção às mensagens emitidas pelo interlocutor.

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Abertura do curso 30 minutos

ApresentaçãoFaça a sua apresentação e explique a Trilha Senac de Desenvolvimento Socioemocional, destacando a importância das habilidades de natureza socioemocional no trabalho atual e futuro. É necessário contextualizar os temas dos cursos em suas relações com o uso intensivo de tecnologias digitais nas mais diversas atividades econômicas, com consequente aumento da complexidade do trabalho.

Sobre o curso de Comunicação, logo de início, é importante esclarecer à turma que se comunicar é algo que fazemos desde o nascimento – e aprimoramos ao longo da vida. O que pretendemos, neste curso, é proporcionar uma possibilidade de reflexão e conscientização acerca dessa habilidade e, principalmente, propor atividades e ferramentas para exercê-la ainda melhor, em sociedade e no trabalho.

As informações pedagógicas do curso devem ser esclarecidas aos alunos: objetivos; indicadores e formas de avaliação; elementos a serem trabalhados; além da metodologia vivencial que será a base das atividades realizadas. Abra espaço para perguntas e faça esclarecimentos aos alunos. Pode, também, dizer o que espera da turma e perguntar aos alunos quais suas expectativas de aprendizagem.

Por último, informe aos alunos que, ao término de cada uma das cinco aulas do curso, haverá a atividade de síntese da aprendizagem. Nessa atividade, todos devem registrar suas reflexões feitas durante a aula. Além de auxiliar o aluno no processo de reflexão e de autoavaliação, essa estratégia ajudará na recapitulação das atividades realizadas em aulas anteriores, servindo como ponto de partida para novas experiências.

É preciso estabelecer o acordo pedagógico para a boa compreensão dos papéis, limites e objetivos da metodologia vivencial requerida pelos cursos da Trilha. O detalhamento do acordo pedagógico, feito logo no início do primeiro curso – e retomado a cada novo curso –, é tratado no Guia de Orientações para Prática Docente, documento complementar a este PTD e essencial à sua atuação docente.

Para realizar o trabalho pedagógico nos cursos da Trilha é muito importante ter em mente a perspectiva de continuidade entre eles. Portanto, quando a mesma turma participar de mais de um curso, a apresentação da Trilha e o acordo pedagógico serão realizados uma única vez, mas podem ser retomados sempre que necessário. Já a apresentação dos objetivos, indicadores, elementos e vivências são específicos sendo, portanto, necessário apresentá-los no início de cada novo curso.

Aquecimento

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Apresentação dos alunos 1 hora

Objetivo: favorecer a apresentação dos alunos.

10 min. Preparação para a dinâmica de apresentação: para a atividade de apresentação dos alunos, sugere-se a seguinte dinâmica: cada aluno terá 1 minuto para falar seu nome e sobre algo que faz ou conhece muito bem. Pode ser qualquer tema, o importante é que o aluno fale sobre algo de que goste, sinta segurança e deseje dividir com os demais, com o objetivo de compartilhar o conhecimento.

Para tanto, você deve disponibilizar flip-chart, canetas, post-its, imagens de revistas e até outros objetos diversificados. Para facilitar o processo, pode-se projetar ou colocar na lousa as seguintes questões: • o que faço ou tenho interesse que mais tem a ver comigo?; • como falo sobre isso de maneira autêntica e confortável?; • quais recursos posso utilizar para melhor me apresentar?.

Sugere-se dar 5 minutos para que eles reflitam sobre essas questões e organizem a apresentação.

20 min. Apresentação dos alunos: com o início das apresentações, pode-se solicitar a um dos alunos que esteja assistindo para controlar o tempo com um cronômetro.

Sugere-se também que você filme essa apresentação inicial para utilizá-la ao término do curso.

30 min. Análise das apresentações: após a apresentação de todos os alunos, pode-se fazer as seguintes questões para o grupo, a título de sondagem: • qual foi sua maior dificuldade?; • quem construiu uma narrativa antes da apresentação e quem improvisou?; • como perceberam sua própria voz e corpo diante da plateia?; • os recursos escolhidos ajudaram ou atrapalharam as apresentações?; • como foi lidar com a pressão do tempo e da filmagem?; • o que mais chamou a atenção na apresentação dos colegas?.

Informe que todas essas questões serão trabalhadas ao longo do curso. Como fechamento da dinâmica, você pode sinalizar a importância da comunicação em todas as esferas da vida, uma vez que é por meio dela que contamos histórias, podemos conhecer pessoas e trocar saberes e experiências. Vale enfatizar também que a comunicação é um dos maiores fatores de peso no mundo do trabalho, seja em uma entrevista de emprego ou para se comunicar com os colegas no ambiente de trabalho.

Atividade

O aluno pode falar sobre qualquer tema, desde receita de bolo, videogame e coleção de moedas até uma habilidade profissional, expressão artística ou cuidados com o outro. O importante é que usem a criatividade e a objetividade, considerando os recursos e o tempo disponível.

Ao longo das apresentações, caso os alunos estejam presos ao formato convencional ou restritos a temas formais, você pode “quebrar o gelo” com uma apresentação singular, abordando alguma curiosidade ou interesse pessoal.

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O processo comunicativo 1h20

Objetivo: caracterizar o processo comunicativo.

20 min. Listagem de palavras-chave: pode-se iniciar a aula perguntando aos alunos: • O que é comunicação para vocês?

Faça uma rodada em sequência para que cada aluno verbalize as suas respostas e sintetize cada uma delas em uma palavra, escrevendo-as no quadro branco. Você pode elaborar uma lista com as palavras-chave ditas pelos alunos e, em seguida, perguntar: • vocês já vivenciaram alguma situação em que a comunicação não funcionou?; • nesse caso, qual foi o principal fator que prejudicou o processo comunicativo?.

Ao lado da lista gerada anteriormente, você pode registrar os principais fatores que os alunos identificaram como entraves para a comunicação em vivências anteriores. Ao fim, recomenda-se fotografar as duas listas para uso posterior.

10 min. Preparação para a dinâmica de improvisação sem fala: explique aos alunos que eles vão se organizar em duplas e receber por escrito a indicação de um cenário (praia, montanha, escritório, loja, museu, avenida, feira de antiguidades, floresta, dentista, tempestade etc.) Cada dupla deve criar uma história curta e simples, com começo, meio e fim, sem utilizar a fala para apresentar à turma. Essa deve tentar compreender onde se passa a cena e que tipo de relação se estabelece entre os personagens.

As duplas têm 5 minutos para estruturar uma história, cuja duração deve ser de, no máximo, 3 minutos.

40 min. Apresentação dos alunos: ao fim de cada apresentação, a plateia deve relatar o contexto/cenário em que se passava a história e que tipo de situação foi representada pelas duplas.

10 min. Análise das apresentações: ao término das encenações, sentados em círculo, pode-se lançar as seguintes questões para a turma: • como foi realizar a atividade? Quais foram as dificuldades encontradas?; • quais recursos ou estratégias as duplas utilizaram para se comunicar e para

comunicar a história para a plateia?.

Os alunos deverão iniciar o debate orientados por essas questões e expor suas impressões sobre a atividade. O docente pode ressaltar, ainda, a importância da postura e da atitude atenta do interlocutor ou do espectador, que podem funcionar como termômetro do interesse provocado pela mensagem. A disposição, a receptividade ou a rejeição da plateia, ou do interlocutor, podem facilitar ou dificultar a comunicação para o relator. Entender essas disposições e rejeições pode ajudar o comunicador a encontrar a melhor forma de se comunicar para determinado público.

Deixe os alunos à vontade para explorar qualquer recurso que os auxiliem na comunicação não verbal: linguagens artísticas, gestos, signos, símbolos, escrita, suportes visuais, sonoros e digitais.

Atividade

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Comunicação e linguagem 40 minutos

A partir dos comentários dos alunos, apresente os principais aspectos que caracterizam a comunicação. De acordo com os resultados do debate, você pode, também, abordar os seguintes temas, estabelecendo paralelos com o que foi apresentado pelos alunos:

O que é comunicação

Comunicar signifi ca partilhar, repartir, associar, ou seja, “tornar comum”. Tem o sentido de “estar em relação com”, podendo envolver uma relação entre os seres humanos, entre animais, entre máquinas, ou envolvendo pessoas e animais, indivíduos e máquinas e animais e máquinas. No caso da comunicação entre humanos, corresponde ao processo de interação social, podendo acontecer presencialmente ou a distância.

Importância da comunicação

Como base das relações sociais, a comunicação é uma necessidade da nossa espécie e faz parte da evolução histórica da humanidade. Para viver em sociedade, o ser humano cria um arsenal de códigos para atender às suas necessidades afetivas, intelectuais e de sobrevivência. Ao partilhar histórias, pensamentos, vivências, sentimentos e ideias, o ser humano acumula diferentes tipos de informação e conhecimento. Além da partilha e do registro da experiência vivida com os pares de momento histórico, a comunicação permite transmitir às futuras gerações memórias e descobertas. Esse processo é fundamental para a construção de um repertório comum de práticas e costumes entre os seres humanos.

Elementos da comunicação

O processo de comunicação envolve um remetente e um destinatário, ou seja, uma pessoa que emite uma mensagem e outra que a recebe e a interpreta. Há sempre necessidade de um sistema de representação compartilhado pela comunidade, ou seja, do uso de uma linguagem comum para que possam receber e enviar uma mensagem. O processo de comunicação é formado por: • remetente: envia a mensagem; • destinatário: a quem se destina a mensagem; • mensagem: o conteúdo, aquilo que se deseja comunicar; • contexto: situação à qual a mensagem está se referindo; • contato: meio de transmissão; • código: conjunto de signos e regras sobre os quais a mensagem é elaborada.

Fonte: JACKOBSON, 1969, p. 123 apud AGUIAR, 2004, p. 59.

Conectando ideias

Contexto

Remetente Destinatário

Contato

Mensagem

Código

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Esse esquema pode ser projetado para os alunos, visando ajudar na compreensão do tema.

A linguagem

Como fenômeno social, a comunicação ocorre por intermédio de algum tipo de linguagem. A linguagem é o sistema de símbolos que utilizamos para comunicar, expressar ideias e emoções. É o instrumento coletivo que possibilita a comunicação. Para que haja comunicação de fato, todos precisam entender o código. Por isso, a comunicação e a linguagem sempre estarão juntas. A linguagem pode ser verbal (utiliza a palavra, seja na oralidade ou na escrita) e não verbal (recursos que não usam a palavra, como imagens, símbolos, signos, gestos, expressões faciais e corporais).

Em nosso cotidiano, usamos uma combinação de linguagem verbal e não verbal porque são complementares. No contexto da linguagem verbal, ainda temos a linguagem padrão – uso da norma culta na oralidade e na escrita – e a linguagem não padrão – uso de gírias, regionalismos, abreviações, neologismos e outros recursos, mais típicos da oralidade.

Você pode, ainda, abordar as funções da linguagem: • emotiva: de caráter subjetivo, cumpre a função de emitir expressões subjetivas

(opiniões, emoções, desejos e sentimentos); • poética: tem como intenção construir uma mensagem valorizando sua composição; • conativa: tem a intenção de persuadir, ou seja, indicar como o outro deve agir; • referencial: sendo a função da informação, enfatiza o assunto ou contexto em que a

mensagem está inserida; • metalinguística: tem a função de explicar o próprio código; • fática: visa à manutenção do ato comunicativo. O remetente busca estratégias para

manter a interação com o destinatário.

É importante ressaltar que essas seis funções estão presentes em todo ato comunicativo de forma simultânea e em diferentes graus. A função predominante é que indica a estrutura principal da comunicação.

Para sintetizar o tema, reforce a ideia de que a linguagem é múltipla e que convivem na sociedade os mais variados códigos. A combinação desses códigos permite a interação dos seres humanos e a expressão de suas ideias e sentimentos.

É importante verificar o uso da linguagem de acordo com o contexto. Embora no mundo do trabalho seja exigido o uso da linguagem padrão, não existe uma linguagem certa porque no cotidiano, em conversas com a família ou com os amigos, a linguagem não padrão pode ser a adequada.

Para abordar a temática “Comunicação e linguagem” foi utilizado o livro: AGUIAR, Vera Teixeira de. O verbal e o não verbal. São Paulo: Editora da Unesp, 2004.

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Barreiras à comunicação

O processo de comunicação nem sempre funciona de forma eficaz, pois muitas variáveis estão envolvidas e podem constituir obstáculos na comunicação entre o remetente e o destinatário, distorcendo a mensagem original.

Tipos de barreiras comunicacionais: • pessoais: as interferências decorrentes das limitações, emoções e valores de cada

pessoa. No ambiente de trabalho as mais comuns são as dificuldades em escutar, genuinamente, o que o outro diz, as percepções, as emoções e os sentimentos pessoais;

• físicas: as interferências presentes no ambiente onde ocorre o processo de comunicação, ruídos de portas no decorrer de uma aula ou palestra, a distância física, um canal congestionado etc.;

• semânticas: as limitações decorrentes dos símbolos, por meio dos quais a comunicação é feita. Essas barreiras podem ser verificadas não só por palavras, mas também por gestos, sinais etc., os quais podem ter diferentes sentidos para as pessoas envolvidas no processo.

Os alunos devem ter mencionado algumas barreiras comunicacionais. Proponha que identifiquem os tipos de barreiras encontradas ao longo da apresentação.

No contexto do ambiente de trabalho, para que o entendimento da mensagem se aproxime ao máximo da intenção do remetente, existem alguns elementos que contribuem para a melhoria do processo comunicativo: • acompanhar se a mensagem foi compreendida; • disponibilizar um canal de retroação para o destinatário; • repetir a informação; • simplificar a linguagem; • escutar ativamente; • promover clima de confiança mútua; • criar oportunidades para que a mensagem seja efetivamente absorvida.

Incentivar os alunos a identificarem em quais momentos da encenação essas características foram visíveis é uma boa forma de aprofundar a reflexão. Eles devem indicar possíveis alternativas ou estratégias que poderiam ter sido utilizadas para contornar as dificuldades encontradas no decorrer da atividade.

Para abordar a temática “Barreiras comunicacionais” foi utilizado o livro: CHIAVENATO, Idalberto. Comportamento organizacional: a dinâmica do sucesso das organizações. São Paulo: Thomson, 2004.

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Reavaliação das listas 15 minutos

Relembre as questões lançadas na primeira atividade (o que é comunicação e principais entraves para a comunicação) e reexiba as duas listas elaboradas com as palavras-chave ditas pelos alunos com base nas experiências prévias.

Peça aos alunos para reavaliarem a lista, considerando a dinâmica de improvisação, o debate realizado e os conhecimentos explorados na discussão em plenária. Eles podem acrescentar, reelaborar, excluir ou complementar as ideias iniciais. Ressalte que é importante os alunos terem o registro do resultado desse processo.

O que aprendi sobre o processo de comunicação? 15 minutos

5 min. Retorno ao objetivo da aula: recupere o objetivo pedagógico do curso: Expressa-se de forma verbal e corporal de acordo com o contexto, a intencionalidade e o público e estabeleça relações com o que foi trabalhado na aula, destacando os elementos abordados: elementos da comunicação, relação entre comunicação, linguagem e expressão; barreiras ou ruídos comunicacionais; linguagem: tipos, características e funções.

Algumas atitudes/valores também foram trabalhadas na aula, como: colaboração no processo comunicativo; flexibilidade no uso da linguagem; e atenção às mensagens emitidas ao interlocutor. Pode-se ainda destacar as habilidades mobilizadas na aula, como: comunicar-se em público de maneira assertiva; identificar aspectos orais e corporais expressos pelo interlocutor; e adequar postura corporal e gestualidade à linguagem utilizada.

10 min. Registro da aprendizagem: após a apresentação dos grupos, peça para que os alunos registrem as impressões e os conhecimentos que desenvolveram na aula. O ponto a ser destacado é: O que aprendi sobre o processo de comunicação?

Recursos didáticos • Computador, projetor multimídia, pacote Office 365, quadro branco, cadeiras

universitárias, dispositivos móveis dos alunos, rede wi-fi de internet, sulfite, bloco de notas adesivas, canetas, revistas e objetos diversificados, canetões para quadro branco, canetas coloridas, flip-chart, laboratório de informática ou laboratório móvel.

Para desenvolvimento dessa atividade, fica a seu critério dividir a turma em grupos ou fazer o processo juntamente com todos alunos.

Então...

Síntese da aprendizagem

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Planejamento

Aula 2 4 horas

Elementos de competência

Conhecimentos • Linguagem corporal: técnicas de expressão corporal; significados de movimentos,

posturas e gestos. • Expressão facial: estado emocional; influência do contexto; expressões voluntárias e

involuntárias; intenções e reações. • Comunicação no ambiente de trabalho: características da comunicação

organizacional; formalidade e informalidade nas linguagens verbal e não verbal. • Comunicação no ambiente digital: práticas e formas de interação nas plataformas

on-line; comunicação e imagem pessoal nas redes sociais.

Habilidades • Comunicar-se em público de maneira assertiva. • Adequar postura corporal e gestualidade à linguagem utilizada. • Atitudes/Valores. • Colaboração no processo comunicativo. • Flexibilidade no uso da linguagem. • Atenção às mensagens emitidas pelo interlocutor.

Recapitulação e abertura de perspectivas15 minutos

Peça a um aluno que leia o registro feito na aula anterior, com base na pergunta de síntese da aprendizagem: O que aprendi sobre o processo de comunicação?

Após essa apresentação, solicite complementações dos demais.

Logo após, informe que, nessa aula, eles vão vivenciar situações que abarcam a expressão oral e explorar possibilidades com a expressão facial.

Explique, também, que todos têm potencial de desenvolver essas habilidades que são essenciais para qualidade das interações sociais, seja no trabalho ou em situações do cotidiano. A boa comunicação é essencial para todas as ocupações, qualquer que seja o cargo ocupado.

Explorando os recursos expressivos1h30

Objetivo: explorar recursos expressivos no ato da comunicação.

10 min. Preparação para a dinâmica “blá-bla-blá”: o docente organiza a turma em formato de “U” e explica que os alunos deverão, em duplas, estabelecer um diálogo em uma língua inventada ou apenas com o uso de “blá-blá-blá”.

Aquecimento

Atividade

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Para tanto, avise que vai selecionar dois participantes por vez, de forma aleatória.

Pode-se indicar os seguintes temas para contextualizar a conversa de cada dupla: • ganhar na loteria; • sofrer uma traição; • planejar mudar de país; • ser demitido de uma empresa; • ganhar uma promoção de cargo na empresa; • convidar para ser cobaia humana de um medicamento em fase de testes; • dizer que está namorando uma pessoa depois de muito tempo sem se relacionar com

ninguém; • dar uma notícia triste; • entrevistar para um canal de TV; • pedir um conselho.

Abre-se espaço para dúvidas sobre as regras do jogo, lembrando que somente a dupla em cena saberá, a princípio, o tema que será representado para a plateia.

30 min. Organização e apresentação dos alunos: depois de tirar as dúvidas da turma, chame a primeira dupla e entregue um papel com o tema a ser encenado. Informe que todos participarão da atividade com um tema diferente e que cada dupla tem 1 minuto para pensar em como vai se expressar e interagir para comunicar o fato para a plateia.

Após a apresentação de cada dupla, o grupo deve tentar identificar o contexto e o tipo de situação expressa pelos participantes. Contudo, nem você e nem as duplas irão confirmar se os palpites estão corretos.

10 min. Análise das apresentações: sentados em círculo, apresente as seguintes questões para a turma: • quais as dificuldades encontradas para fazer o exercício?; • quais barreiras comunicacionais os desafiaram?; • quais as estratégias utilizadas pelas duplas para se comunicar e comunicar a história

à plateia?.

Os alunos falam de suas impressões sobre a atividade e você pode auxiliá-los a identificar as relações entre intenção e formas de expressar necessidades, emoções, sentimentos, dúvidas, hipóteses, descobertas, opiniões e questionamentos sem utilizar nosso código linguístico.

30 min. Reapresentação das duplas em português: após essa análise, os participantes devem retomar a mesma ação e refazer a cena dialogando em português.

10 min. Análise das reapresentações em português: após as apresentações com a fala de cada dupla e a revelação do assunto que orientou a construção do diálogo, apresente as seguintes questões:

Para que os alunos entendam melhor a proposta, chame um e inicie com ele um diálogo, deixando clara a intencionalidade da conversa por meio da entonação, pausas e expressões faciais utilizadas.

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• em que medida a linguagem não verbal foi suficiente para captar o teor da mensagem?;

• estamos acostumados a prestar atenção na linguagem não verbal? Por quê?

Os alunos deverão iniciar o debate orientados por essas questões e expor suas impressões, comparando as duas formas de apresentação. Ressalte a importância da entonação, da postura, dos gestos e das expressões faciais, assim como do uso da linguagem em contextos diferenciados.

A linguagem não verbal 45 minutos

Com base nos comentários dos alunos e usando as duas encenações como exemplos, introduza o tema das expressões corporal e facial, projetando a seguinte frase:

“Os especialistas em comunicação calculam, na verdade, que apenas dez por cento de nossa comunicação são representados pelas palavras que emitimos. Cerca de 30 por cento são representados pelos sons e 60 por cento, pela linguagem corporal.” (COVEY, 2012, p. 289)1

A linguagem não verbal diz respeito às formas de expressão que não utilizam palavras ou a linguagem escrita, e constitui o aprendizado em torno da cultura: gestos, trejeitos faciais, posturas corporais e até distâncias físicas e aspectos inconscientes. Esses sinais não verbais podem confirmar ou contrariar as mensagens verbais. Por exemplo: uma pessoa está conversando com a outra e se diz interessada na conversa, mas olha para o chão e cruza os braços, o que pode significar tristeza, desconforto, resistência ou vontade de encerrar a conversa.

Expressão corporal

Todo o nosso corpo fala quando estamos comunicando. A posição dos pés e das pernas, o movimento do tronco, dos braços, das mãos e dos dedos, a postura dos ombros, o balanço da cabeça, as contrações do semblante e a expressão do olhar, cada gesto possui um significado próprio e encerra em si uma mensagem. Embora os gestos tenham estreita ligação com a natureza das ideias, nem sempre é fácil encontrar na sua expressão o complemento ideal para as nossas mensagens.

A gesticulação obedece a um processo natural: pensamos na mensagem, ao mesmo tempo que informamos ao corpo o movimento a ser executado; o corpo reage e, só depois, pronunciamos as palavras. As ideias se sucedem rapidamente e, a cada ideia, deverá ocorrer um gesto complementar, o que indica que os braços e as mãos, de certa forma, deverão estar quase o tempo todo se movimentando. Esse conceito sugere que não há necessidade de procurar rapidamente algum tipo de apoio após a execução do gesto.

Os movimentos das pernas complementam as mensagens e o ritmo da apresentação visto que, caso as pernas estejam cruzadas, inquietas ou se afastando do interlocutor, podem contradizer a intencionalidade de uma fala acolhedora; se a pessoa andar de um lado para o outro, sem parar, pode parecer ansiosa e desviar o foco do que está sendo dito. Além disso, a posição das pernas tem significado especial para a estética da postura, mas não é só em consideração ao público. A própria pessoa irá sentir-se melhor se mantiver uma atitude correta.

Conectando ideias

1COVEY, Stephen R. Os 7 hábitos das pessoas altamente eficazes: lições poderosas para a transformação pessoal. Rio de Janeiro: Beste Seller, 2012.

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Expressão facial

Um aspecto relevante da comunicação não verbal é a expressão de emoções através da linguagem facial. O semblante talvez seja a parte mais expressiva de todo o corpo. Funciona como uma espécie de tela, onde as imagens do nosso interior são apresentadas em todas as suas dimensões.

Cada sentimento possui formas diferentes para ser apresentado pelo semblante. O queixo, a boca, as faces, o nariz, os olhos, as sobrancelhas e a testa trabalham isoladamente, ou em conjunto, para demonstrar ideias e sentimentos transmitidos pelas palavras e, muitas vezes, sem a presença delas. A boca semiaberta, com os olhos abertos, indicará estado de espanto, surpresa, sem que uma única palavra seja pronunciada. A região ocular é de imensa importância expressiva, pois expressa os sentimentos internos ou velados. Em linhas gerais, pode-se constatar as seguintes expressões e seus possíveis significados: • sobrancelhas abaixadas: concentração, reflexão, seriedade; • sobrancelhas levantadas: surpresa, espanto, alegria; • olhos brilhantes: entusiasmo, alegria; • olhos baços: desânimo, tristeza.

Ou algo parecido com isto quanto aos lábios: • arqueados para cima: prazer, alegria, satisfação; • arqueados para baixo: desprazer, tristeza, insatisfação; • em bico: dúvida, contrariedade, raiva.

A interação entre o corpo, a voz e os gestos colaboram para uma boa comunicação quando todos estão em sintonia. A força da comunicação não verbal está no fato de que não é necessário falar para que outra pessoa entenda a nossa mensagem.

Para melhor ou pior, é preciso ter ciência de que a linguagem não verbal pode interferir no sentido da comunicação, já que sua função é atender a uma necessidade de elucidação ou afirmação da mensagem e integrar-se no conjunto da expressão verbal.

De maneira geral, a linguagem não verbal tende a ser mais eficaz quanto mais alinhada estiver ao contexto em que se dá a comunicação. A forma como um apresentador de um show de rock e um leiloeiro gesticulam, movimentam-se e produzem expressões faciais é exemplo desse alinhamento.

Portanto, é preciso analisar e compreender os elementos da realidade na qual se dá a comunicação e utilizá-los como fonte para a própria expressão corporal, sem recorrer a artificialismos ou maneirismos que anulem a personalidade de quem fala.

Para abordar a temática “Linguagem não verbal” foram utilizados os livros: WEIL, Pierre; TOMPAKOW, Roland. O corpo fala: a linguagem silenciosa da comunicação não verbal. Petrópolis, Vozes, 2015.POLITO, Reinaldo. Como falar corretamente e sem inibições. São Paulo: Saraiva, 2016.

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A expressão corporal 30 minutos

Objetivo: explorar recursos expressivos no ato da comunicação.

Análise de imagens: apresente imagens que exemplifiquem as seguintes posturas, pedindo aos alunos que tentem identificar quais mensagens as pessoas passam quando manifestam essa linguagem corporal:1. inclinar o corpo;2. olhar para baixo;3. projetar o peito para frente;4. segurar as mãos para trás;5. colocar as mãos na cintura;6. ficar de braços cruzados.

Os alunos podem elaborar suas respostas em pequenos grupos e, em seguida, em plenária, todos podem votar no significado das posturas.

30 minutos

Apresente os significados mais comuns associados às figuras e enfatize o comportamento no ambiente de trabalho.

Significado das posturas:1. inclinar o corpo: na direção de quem fala é sinal de interesse na conversa. Para trás

pode denotar algo negativo, como querendo estar em outro lugar;2. olhar para baixo: frequentemente, pode significar tristeza ou desconforto, indicando

desejo de sair daquele local ou encerrar a conversa. Se for em uma entrevista, pode parecer que quem responde não é sincero;

3. projetar o peito para frente: geralmente, para intimidar ou parecer mais forte. Em uma entrevista, pode parecer confiança, mas com exagero pode sugerir arrogância;

4. corrigir frequentemente a postura: quando estamos nervosos ou desconfortáveis com alguma situação, tentamos melhorar a nossa postura constantemente na cadeira. Isso passa uma ideia de incômodo;

5. segurar as mãos para trás: quando estamos em pé, as mãos e os braços ficam soltos e livres para o movimento. Quando posicionamos os braços para trás e seguramos as mãos atrás das costas, passa uma impressão de confiança;

6. colocar as mãos na cintura: quando estamos com raiva ou xingando, colocamos as mãos na cintura e direcionamos nosso olhar para a pessoa. Essa postura é conhecida como postura que desafia;

7. ficar de braços cruzados: se alguém faz algo que nos irrita bastante, logo “fechamos a cara” e cruzamos os braços para dizer: “estou na defensiva, esperando seu ataque”.

As expressões faciais sempre vão dar algum tipo de informação importante e útil tanto para o emissor como para o receptor. Uma cara de “nojo”, por exemplo, pode mostrar que você não está feliz com a forma como a conversa está se desenrolando – e que você busca uma alternativa para a situação.

Atividade

Conectando ideias

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Nós costumamos conversar ‘olhando no olho’, mas observamos todos os movimentos que o rosto faz. Assim, conseguimos identificar quando falta seriedade em uma frase ou quando o rosto destoa do tom da fala.

15 minutos

A partir de tudo o que foi vivenciado e debatido na aula, pergunte aos alunos se já passaram por uma situação em que aquilo que a pessoa falava não correspondia à sua postura corporal. Por exemplo, uma pessoa que, ocultando informações, dará pistas por meio da postura, dos gestos, das expressões faciais, da tonalidade da voz e outros aspectos.

É necessário desenvolver uma consciência corporal e prestar atenção em como estamos comunicando ideias, sentimentos e percepções. É importante também estar ciente das posturas adotadas em situação de trabalho.

Para finalizar, destaque que quando nos expressamos de forma adequada, a mensagem tem mais chance de ser entendida corretamente. No mundo do trabalho, é muito importante estarmos atentos às nossas expressões faciais, posturas e comunicação não verbal como um todo. O modo como uma pessoa se senta ou emite expressões faciais em uma reunião ou comunicação com os colegas de trabalho e superiores costumam ser observados.

Importante ressaltar que, atualmente, e em especial nos ambientes corporativos, é comum nos comunicarmos utilizando recursos tecnológicos que não permitem a visualização das pessoas (e-mail ou Whatsapp, por exemplo).

Esse tipo de comunicação, dada a impossibilidade do contato visual, pode gerar mal-entendidos, justamente por não termos acesso às expressões oral e corporal que, como vimos, auxiliam a entender a intencionalidade da mensagem.

Qual é a importância da linguagem corporal para o processo comunicativo? 15 minutos

5 min. Retorno ao objetivo da aula: recupere o indicador do curso: Expressa-se de forma oral e corporal, de acordo com o contexto, a intencionalidade e o público e estabeleça relações com o que foi trabalhado na aula, destacando os elementos abordados: linguagem corporal: técnicas de expressão corporal; significados de movimentos, posturas, gestos e expressão facial: estado emocional; influência do contexto; expressões voluntárias e involuntárias; intenções e reações.

Algumas atitudes/valores também foram trabalhados na aula, como: colaboração no processo comunicativo; flexibilidade no uso da linguagem; atenção às mensagens emitidas ao interlocutor; e cordialidade no trato com as pessoas. Pode-se destacar, ainda, as habilidades mobilizadas na aula como: comunicar-se de maneira assertiva; identificar aspectos orais e corporais verbais expressos pelo interlocutor; e adequar postura corporal e gestualidade à linguagem utilizada.

10 min. Registro da aprendizagem: após a apresentação dos grupos, peça aos alunos que registrem as impressões e os conhecimentos que desenvolveram na aula.

Então...

Síntese da aprendizagem

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O ponto a ser destacado é: Qual é a importância da linguagem corporal para o processo comunicativo?

Recursos didáticos • Computador, projetor multimídia, pacote Office 365, quadro branco, cadeiras

universitárias, dispositivos móveis dos alunos, rede wi-fi de internet, sulfite, bloco de notas adesivas, canetas, canetões para quadro branco, canetas coloridas, flip-chart, laboratório de informática ou laboratório móvel.

Planejamento

Aula 3 4 horas

Elementos de competência

Conhecimentos • Processo de comunicação: elementos da comunicação; relação entre comunicação,

linguagem e expressão; barreiras ou ruídos comunicacionais e escuta ativa. • Comunicação no ambiente de trabalho: características da comunicação

organizacional; formalidade e informalidade nas linguagens verbal e não verbal.

Habilidades • Comunicar-se em público de maneira assertiva. • Identificar aspectos orais e corporais expressos pelo interlocutor. • Adequar postura corporal e gestualidade à linguagem utilizada.

Atitudes/Valores • Cordialidade ao falar com as pessoas. • Empatia ao escutar as pessoas. • Colaboração no processo comunicativo. • Atenção às mensagens emitidas pelo interlocutor.

Recapitulação e abertura de perspectivas 15 minutos

Peça a um aluno que leia o registro feito na aula anterior, com base na pergunta de síntese da aprendizagem lançada ao término da aula anterior: De que forma minha linguagem corporal influencia os processos de comunicação que realizo?

Após essa apresentação, solicite complementações dos demais.

Finalizada a leitura, informe que, nesta aula, eles vão vivenciar situações que abarcam as expressões verbal e não verbal no contexto do mundo do trabalho.

Aquecimento

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Comunicação no ambiente de trabalho 55 minutos

Objetivo: identificar perspectivas de comunicação no ambiente de trabalho.

10 min. Preparação para a dramatização: peça para os alunos afastarem as cadeiras, deixando livre o espaço na sala.

Organize três grupos e distribua para cada um as seguintes situações:

Situação Descrição da situação Orientação ao grupo

1

Elisa está trabalhando e recebe um e-mail do seu chefe para refazer um trabalho. Ela está muito ocupada e fica bastante chateada. Como ela reage?

A linguagem corporal deve contradizer a fala.

2

Carlos começou o estágio há um mês, mas ainda mantém o hábito de dormir muito tarde. Ele passa o dia tentando disfarçar o sono, mas os colegas de trabalho percebem que ele está sem dormir direito. Como ele pode lidar com essa situação na empresa?

Alguém deve fazer o papel de avaliador do comportamento do Carlos.

3

Há muito tempo, Júlio espera o resultado de um concurso no qual se inscreveu. Ele recebe uma ligação no trabalho informando que foi classificado. Ele está muito contente, mas trabalha em um ambiente formal e silencioso. Como Júlio reage diante da notícia?

Júlio deve esquecer que está no ambiente de trabalho.

Os grupos devem criar uma dramatização com base nas orientações de cada situação recebida. Os alunos conversam em grupo, experimentando a sequência de expressões corporais que melhor representem a situação. Os alunos também podem utilizar música e outros recursos que estiverem disponíveis, além de organizar o mobiliário de acordo com a situação proposta.

30 min. Apresentação dos alunos: enquanto um grupo apresenta sua dramatização, os outros grupos deverão identificar: • quando existe sintonia entre o que a pessoa fala e as expressões não verbais?; • como as expressões (em cada situação) dialogam com o ambiente de trabalho?.

15 min. Análise das apresentações: com os alunos já sentados em semicírculo, coordene a análise das apresentações.

A ênfase deve ser feita sob dois aspectos: o poder da comunicação não verbal, utilizando o corpo, e como devemos cuidar disso no ambiente corporativo.

Recupere a aula anterior e comente sobre a expressão corporal, sua importância, o quanto ocorre de maneira inconsciente e espontânea e o quanto está presente no dia a dia.

Atividade

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Seguem algumas questões que podem ser feitas aos alunos: • você percebe o quanto se expressa com o corpo?; • em quais situações alguém havia percebido o que se passava antes de você falar?; • como você entende a expressão corporal no ambiente de trabalho?; • como o corpo se expressa quando estamos diante de pessoas com diferentes níveis

hierárquicos?.

Comunicação no ambiente corporativo 40 minutos

A partir dos comentários dos alunos, inicie o debate sobre o mundo do trabalho.

A linguagem não verbal é muito mais ampla que os pontos já destacados. Saber discernir e como se comportar no ambiente de trabalho pode criar oportunidades, pois não bastam os conhecimentos técnicos. Os cuidados com a imagem, com a postura e o comportamento vão muito além do momento da entrevista.

A palavra-chave é: discrição.

No ambiente de trabalho, para ter uma boa convivência, não se deve exagerar no tom de voz e nos gestos. Algumas atitudes podem ofender os outros e devem ser evitadas: bater o telefone, falar alto e importunar seu colega com conversas o tempo todo, por exemplo.

A melhor maneira de fazer uma ligação é se identificar, explicar o motivo do telefonema e perguntar se há disponibilidade para conversarem. A conversa deve ser com voz clara e bem-disposta. O ideal é focar somente no assunto, mostrar-se interessado por meio de questionamentos – quando necessário –, saber ouvir e demonstrar entusiasmo, estimulando assim o outro a falar.

Use a linguagem direta, simples, objetiva, clara, educada e sem erros de português.

Durante reuniões, recomenda-se:a) sentar-se de maneira correta;b) evitar expressões ou gestos bruscos;c) evitar falar sobre assuntos pessoais;d) não utilizar ou deixar o celular ligado em volume alto.

Quando vir uma porta aberta não significa “entre”. Pare à porta, sorria e peça licença. Se autorizado, entre e cumprimente com um “bom-dia” ou expressão adequada para o horário. Ao conversar, olhe nos olhos e não se distraia durante a conversa.

Com relação à postura, não cruze os braços, não se sente de qualquer jeito jogando o corpo na cadeira (mesmo se estiver cansado), e também não se sente na beirada da cadeira. Ao sentar-se, esteja bem acomodado, porém ereto e de forma adequada.

No contexto corporativo, as seguintes sugestões são sempre bem-vindas: • pense antes de falar; • seja construtivo. Seu objetivo é influenciar e persuadir seu chefe para apoiar suas ideias; • apresente as razões pelas quais você acha que algo pode ser melhorado; • pense em termos de poder poupar recursos da empresa;

Conectando ideias

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• proponha melhorias que beneficiem a empresa como um todo, e não somente você; • use o tempo adequadamente; • tenha uma solução viável; • não fique na defensiva se sua ideia não for aceita.

Comunicando-se com diferentes instâncias 50 minutos

Objetivo: aplicar recursos comunicativos.

10 min. Preparação para a apresentação: apresente uma mensagem a ser comunicada para diferentes pessoas em uma empresa. Os alunos devem se organizar para passar a mensagem da melhor maneira possível, de forma que todos tenham o mesmo entendimento, respeitando cargos e instâncias da organização.

A turma será dividida em três grupos, e cada grupo deverá comunicar a diferentes esferas hierárquicas de uma empresa que, a partir daquele mês, terá como meta a cota de vendas, sendo esse o principal índice de medição de desempenho dos vendedores. A empresa definiu que o desempenho mínimo esperado dos vendedores deve ser equivalente ao cumprimento de 100% dessa cota, além de mudar as regras de pagamento da comissão sobre as vendas: • caso o vendedor não atinja a cota, receberá metade do valor previsto e terá de atingir

100% da cota no próximo mês; • caso cumpra 100% da cota, receberá o valor integral previsto; • e, caso supere a cota, receberá 50% a mais do valor integral previsto, além de um

prêmio, caso mantenha o desempenho por três meses seguidos; • caso toda a equipe cumpra ou supere a meta por seis meses seguidos, todos

receberão um bônus.

Os diferentes destinatários da mensagem são:1. vendedores (alteração das regras de pagamento da comissão);2. gerente de vendas (alteração da forma de avaliação de desempenho da equipe de vendas);3. presidente (comunicado que todos foram avisados).

Observar a postura, os gestos e as expressões que as pessoas utilizam em determinada cultura organizacional é uma prática fundamental para adequar e desenvolver a própria expressão corporal. Você pode pedir aos alunos para revisitarem alguns códigos de ética para identificar posturas requeridas em determinadas empresas.

Para abordar a temática “Comunicação no ambiente corporativo” foram utilizados os livros: WEIL, Pierre; TOMPAKOW, Roland. O corpo fala: a linguagem silenciosa da comunicação não verbal. Petrópolis, Vozes, 2015. WENTZ, Frederick H. Soft skills training: a workbook to develop skills for employment. Columbia: [s. n], 2019.

Atividade

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Reforce a importância da clareza e da objetividade no processo comunicativo.

30 min. Apresentação dos alunos: enquanto um grupo apresenta sua dramatização, os outros grupos deverão observar a adequação das expressões verbal e corporal, de acordo com o destinatário da mensagem.

10 min. Análise das apresentações: sentados em círculo, peça para os alunos tecerem comentários sobre as apresentações, auxiliando-os a identificarem o grau de adequação da linguagem e da postura adotadas no decorrer da dramatização.

Exibição de vídeo sobre escuta ativa 30 minutos

Objetivo: avaliar aspectos da comunicação.

20 min. Exibição de vídeo: “Para início de conversa”, de Carolina Nalon, gravado no evento TEDx, está disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=3qzcPcQjbMI e pode servir como ponto de partida para a análise e reflexão sobre a forma como escutamos os outros.

10 min. Análise e debate: após a exibição do vídeo, pergunte aos alunos como eles se percebem como ouvintes no processo comunicativo.

Enquanto os alunos falam sobre a autopercepção, registre as principais impressões da turma para dar início ao próximo tema.

Escuta ativa 20 minutos

No processo de comunicação, um dos fatores essenciais é a escuta ativa. O desafio da expressão oral é conseguir obter a atenção do interlocutor ou da plateia. A escuta ativa é uma atitude do destinatário (interlocutor ou plateia).

Escute, não se prepare para falar

Seres humanos são criaturas sociais e ser social é um processo de mão dupla. Quando falam conosco sem consideração ou interesse por nossa resposta percebemos esse ato como uma atitude antissocial; precisamos escutar porque todos nós sabemos como é duro não ser ouvido.

Existe uma forma bem mais profunda de escuta, que exige que se esteja plenamente presente enquanto a outra pessoa está falando. Não é tão fácil quanto parece porque temos a tendência de passar grande parte da conversa preocupados com: • elaborar uma resposta inteligente; • obter uma posição de controle ou vantagem; • encontrar uma oportunidade para falar, sem se preocupar se o conteúdo dialoga com

o que já foi dito pelo interlocutor; • expor nossas ideias independentemente de o interlocutor ter concluído sua fala.

Atividade

Conectando ideias

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A escuta ativa é uma ferramenta que pode ser considerada um tipo de comunicação generosa. A partir do momento em que uma pessoa se dispõe a conversar com outra e presta atenção na sua fala deve demonstrar um interesse verdadeiro pelo assunto.

O ouvinte, nesse caso, é considerado ativo porque ele não ouve calado ou passivamente; demonstra interesse, evita julgamentos, distrações e manifesta curiosidade com perguntas, buscando sempre conferir se compreendeu a mensagem. Seguem algumas dicas para aprimorar a escuta:1. evite interrupções ou distrações;2. mantenha o foco na pessoa que se expressa;3. demonstre interesse verdadeiro;4. preste real atenção;5. evite qualquer tipo de julgamento;6. faça perguntas e cheque o entendimento;7. coloque-se no lugar do outro;8. ofereça feedbacks com críticas construtivas;9. faça sugestões a partir das ideias apresentadas.

15 minutos

Faça uma breve relação entre as impressões que os alunos tiveram com as atividades realizadas e a comunicação nas organizações, tendo em vista destacar os seguintes aspectos da comunicação não verbal positiva no trabalho.

Enfatize a importância de evitar linguajar não aceito por determinado tipo de ouvinte ou público. É importante buscar sempre a linguagem clara e evitar ao máximo os jargões, as gírias ou frases de efeito que irritam o ouvinte e comprometem a comunicação. Cada ambiente tem sua própria cultura. Conhecer as características culturais dos interlocutores ou da plateia é sempre de grande utilidade para o comunicador.

Quais são as características da comunicação no ambiente de trabalho? 15 minutos

5 min. Retorno ao objetivo da aula: recupere o indicador do curso: Expressa-se de forma verbal e corporal, de acordo com o contexto, a intencionalidade e o público e estabeleça relações com o que foi trabalhado na aula, destacando os elementos abordados relacionados à comunicação no ambiente de trabalho: características da comunicação organizacional; formalidade e informalidade nas linguagens oral e não verbal e escuta ativa.

Algumas atitudes/valores também foram trabalhadas na aula, como: colaboração no processo comunicativo, flexibilidade no uso da linguagem, atenção às mensagens emitidas ao interlocutor e empatia ao escutar as pessoas.

Para abordar a temática “Escuta ativa” foi utilizado o livro: KENDALL, Rob. Conversas bem-sucedidas: identificando e resolvendo mal-entendidos. Tradução de: Karla Lima. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2017.

Então...

Síntese da aprendizagem

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Destaque as habilidades mobilizadas na aula como: comunicar-se em público de maneira assertiva, identificar aspectos orais e corporais expressos pelo interlocutor e adequar postura corporal e gestualidade à linguagem utilizada.

10 min. Registro da aprendizagem: peça para que os alunos registrem as impressões e os conhecimentos que desenvolveram na aula. Ponto a ser destacado: Quais são as características essenciais das comunicações verbal e corporal no ambiente de trabalho?

Recursos didáticos • Computador, projetor multimídia, pacote Office 365, quadro branco, cadeiras

universitárias, dispositivos móveis dos alunos, rede wi-fi de internet, sulfite, bloco de notas adesivas, canetas, canetões para quadro branco, canetas coloridas, flip-chart, laboratório de informática ou laboratório móvel.

Planejamento

Aula 4 4 horas

Elementos de competência

Conhecimentos • Linguagem oral: técnicas de expressão oral; qualidade, tom, ressonância e intensidade

da voz; uso da entonação, ritmo, ênfase e pausa na fala. • Linguagem corporal: técnicas de expressão corporal; significados dos movimentos,

posturas e gestos. • Expressão facial: estado emocional; influência do contexto; expressões voluntárias e

involuntárias; intenções e reações. • Comunicação no ambiente de trabalho: características da comunicação

organizacional; formalidade e informalidade nas linguagens verbal e não verbal.

Habilidades • Comunicar-se em público de maneira assertiva. • Utilizar recursos de entonação e ênfase na comunicação. • Adequar postura corporal e gestualidade à linguagem utilizada. • Articular e pronunciar as palavras com clareza e precisão.

Atitudes/Valores • Cordialidade ao falar com as pessoas. • Atenção às mensagens emitidas pelo interlocutor. • Respeito às variedades linguísticas e diversidades culturais.

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Recapitulação e abertura de perspectivas15 minutos

Peça a um aluno que leia o registro feito na aula anterior, com base na pergunta de síntese da aprendizagem lançada ao fim da aula anterior: Quais são as características essenciais das comunicações oral e corporal no ambiente de trabalho?

Após essa apresentação, solicite complementações dos demais.

Finalizada a leitura, informe que, nessa aula, a turma vai vivenciar e explorar ainda mais a temática das expressões oral e corporal no contexto do mundo do trabalho.

Comunicação em público 1h10

Objetivo: aplicar recursos para comunicação eficaz.

20 min. Preparação para a atividade: com os alunos organizados em pequenos grupos, entregue um assunto para cada equipe, que deverá desenvolver um discurso conforme objetivo e local de reunião descritos no quadro a seguir. Nas três situações, o remetente é um profissional de cargo gerencial na empresa.

Assunto Objetivo Local

1 A empresa foi comprada. Acalmar os empregados. Auditório da empresa

2 Todos terão 14º salário nesse ano.

Recompensar os empregados pela produtividade.

Espaço de festa da firma

3

Novo protocolo na empresa: quem for lanchar no período da tarde fora da empresa deverá bater cartão de ponto.

Advertir sobre abusos. Reunião bimestral com empregados.

Cada grupo deve eleger um representante (orador), que irá apresentar à plateia a fala escrita em conjunto. Sem comunicação com os outros grupos, os alunos ouvintes deverão identificar o assunto e o objetivo da fala do orador. Dê pistas sobre saudação inicial e final, padrão de formalidade, uso de termos e informações a serem acrescentadas.

Os grupos terão 20 minutos para preparar o discurso e treinar. Em seguida, cada um fará sua apresentação.

30 min. Apresentação dos alunos: enquanto o orador de cada grupo fala, os membros dos outros grupos deverão identificar sinais, posturas e características de uma boa comunicação em público observando se:a) a mensagem foi passada com clareza e objetividade;b) as palavras foram escolhidas levando em consideração a formalidade/ocasião;c) houve respeito e educação por parte do orador com relação à plateia;d) o que chamou a atenção em cada orador como um bom exemplo de comunicação oral.

Aquecimento

Atividade

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É importante que eles justifiquem com exemplos cada um dos pontos de análise.

20 min. Análise das apresentações: a partir da contribuição dos grupos sobre os pontos altos das apresentações, sistematize as contribuições para abordar algumas técnicas de comunicação em público, como qualidade, tom, ressonância e intensidade da voz; uso da entonação, ritmo, ênfase e pausa na fala.

Técnicas de comunicação em público40 minutos

As técnicas de comunicação em público abrangem elementos como qualidade, tom, ressonância e intensidade da voz; uso da entonação, ritmo, ênfase e pausa na fala.

A voz é o instrumento principal para a comunicação oral. E é com ela que monitoramos a velocidade com que falamos, o tom, o ritmo e as pausas – elementos que afetam a qualidade da mensagem que queremos passar. Ter conhecimento dos fatores que podemos controlar é importante para qualificar a comunicação que produzimos.

Além do aspecto fisiológico da voz, ela é expressa também pela emoção e constitui uma das manifestações mais fortes da personalidade do indivíduo. Nenhuma voz é igual – ela pode ser comparada a uma impressão digital.

Se falamos de forma devagar podemos demonstrar falta de interesse e cansaço. Se falamos de forma rápida demais, podemos sugerir que estamos com pressa e gerar uma mensagem mal-entendida. A velocidade é um ingrediente que determina o interesse do outro.

Quando produzimos a voz, ela ressoa por três estruturas: nasal, bucal e de pescoço, que servem como amplificadores. O tom é o que usamos para falar – grave, médio ou agudo (fino) – e é adequado ao sexo e à idade. Para uma boa comunicação, é importante adequar o volume, mas manter uma voz firme, em tom moderado.

Outro elemento desse contexto é a dicção – a forma como movemos os órgãos fonoarticulatórios para uma transmissão cuidadosa e clara das palavras, com sons bem precisos.

Podemos dar um destaque às palavras que consideramos mais expressivas em uma frase – esse realce é a ênfase por meio da voz. Normalmente, são feitas em palavras importantes. Essa técnica é muito utilizada e pode ser observada na forma como os âncoras de telejornais apresentam uma notícia.

O que poderia ser a melodia da fala é a inflexão. Quando inflexionamos de forma ascendente isso indica uma interrogação; já o descendente é uma conclusão.

Outro elemento importante é a pausa, uma ferramenta que pode separar temas, dar ênfase e permitir respirar. O ritmo é a cadência entre altura e velocidade no discurso. Ele vai dando ritmo à fala e contribui para uma comunicação interessante.

Esse resumo sobre elementos que qualificam a voz para uma boa comunicação são o início para uma conversa com os alunos. Separe vídeos que exemplificam os elementos para dinamizar a conversa. Os vídeos da fonoaudióloga Leny Kyrillos, da série “Como falar bem”, disponíveis no YouTube, são bons insumos para estudo e apresentação aos alunos (endereços disponíveis no fim desta aula).

Conectando ideias

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Leitura de discursos 1 hora

Objetivo: aplicar recursos para comunicação eficaz.

20 min. Preparação para a atividade: depois de dividir a turma em grupos, distribua três discursos famosos entre eles (sem mencionar de quem são). Cada grupo deve ficar responsável por um discurso. Devem ler, interpretar e dividir entre alguns alunos para leitura em voz alta, em tom de discurso.

Sugere-se: Charles Chaplin, Bill Gates, JK Rowling e Martin Luther King.

Os alunos devem preparar o seu discurso em 20 minutos. Podem fazer pequenas alterações para deixar a leitura mais fluida, mas sem descaracterizar o conteúdo.

Se possível, pode-se agendar um auditório para a realização do exercício. Também é interessante gravar as apresentações.

20 min. Apresentação dos alunos: os grupos se organizam e iniciam as apresentações.

20 min. Análise das apresentações: pergunte se alguém já conhecia os autores de algum desses discursos. Em seguida, apresente os discursos originais no Youtube.

Com base na apresentação dos alunos e nos vídeos, o debate deve abordar a importância da voz, da postura, da ênfase, das pausas e flexões em momentos importantes de um discurso.

A oratória 20 minutos

Esse é um conjunto de regras e técnicas para apresentar um discurso com qualidade, com foco no emissor – ou orador. Na verdade, estamos falando de diferenciar um discurso comum de um discurso ‘memorável’.

Essa arte de falar em público diz respeito a falar com desenvoltura (eloquência) e domínio do assunto. Podemos dizer que o conjunto da linguagem corporal, da linguagem verbal e de um texto bem-estruturado – aliado a uma pessoa entusiasmada – pode culminar em uma apresentação inesquecível. E entusiasmo é falar com paixão!

De forma prática, a oratória pode ser útil em discursar sobre algum tema, ministrar um treinamento ou uma aula, defender uma ideia em uma reunião, realizar um negócio ou uma venda, dentre outras possibilidades.

Para abordar a temática “Técnicas de comunicação em público” foi utilizado o livro:POLITO, Reinaldo. Como falar corretamente e sem inibições. São Paulo: Saraiva, 2016.

Atividade

Conectando ideias

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Alguns dos assuntos comuns na oratória são: • linguagem corporal: os gestos e demais movimentos que a pessoa faz quando fala

devem ser muito bem alinhados com o discurso – e de forma intencional; • qualidade da voz: os recursos vocais são instrumentos poderosos para um discurso –

articulação, intensidade, frequência, entonação vocal e ênfase; • califasia: técnica sobre a entonação correta durante um discurso, principalmente para

transmitir uma mensagem para um grande público; • vocabulário: um dos mais importantes elementos da oratória – um amplo vocabulário

possibilita uma mensagem mais clara e precisa. Uma dica para melhorar o vocabulário é ler livros em voz alta, no mínimo cinco páginas por dia;

• técnicas de memorização: esse é um recurso interessante para evitar o famoso branco na hora do discurso;

• trabalhar a timidez: o medo de falar em público é um dos requisitos. Há técnicas para lidar com essa dificuldade.

Para alguns estudiosos, a oratória não representa apenas a fala, e sim a sua habilidade em controlar os seus pensamentos e sentimentos.

20 minutos

Para sintetizar todos os elementos e vivências dessa aula, você pode exibir o seguinte vídeo “Do medo à confiança: a tímida que ama falar em público”, de Lena Souza, no TEDx: https://www.youtube.com/watch?v=fEZ_u8o6i98.

Ao término da exibição, peça aos alunos para traduzirem, em uma palavra, sua principal impressão sobre o vídeo.

15 minutos

Quais os elementos mais importantes para uma boa comunicação oral?

5 min. Retorno ao objetivo da aula: recupere o indicador do curso: Expressa-se de forma verbal e corporal, de acordo com o contexto, a intencionalidade e o público e estabeleça relações com o que foi trabalhado na aula, destacando os elementos abordados: linguagem verbal, linguagem corporal, expressão facial e comunicação no ambiente de trabalho.

Algumas atitudes/valores também foram trabalhadas na aula, como: colaboração no processo comunicativo, flexibilidade no uso da linguagem, atenção às mensagens emitidas ao interlocutor e cordialidade ao falar com as pessoas.

Importante destacar as habilidades mobilizadas na aula como: comunicar-se em público de maneira assertiva; utilizar recursos de entonação e ênfase na comunicação; articular e pronunciar as palavras com clareza e precisão; e adequar postura corporal e gestualidade à linguagem utilizada.

Para abordar a temática “Técnicas de comunicação em público” foi utilizado o livro:POLITO, Reinaldo. Como falar corretamente e sem inibições. São Paulo: Saraiva, 2016.

Então...

Síntese da aprendizagem

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10 min. Registro da aprendizagem: após a apresentação dos grupos, peça aos alunos para registrarem as impressões e os conhecimentos que desenvolveram na aula. Ponto a ser destacado: Quais elementos você considera mais importantes para uma boa comunicação oral?

Recursos didáticos

Computador, projetor multimídia, pacote Office 365, quadro branco, cadeiras universitárias, dispositivos móveis dos alunos, rede wi-fi de internet, sulfite, bloco de notas adesivas, canetas, canetões para quadro branco, canetas coloridas, flip-chart, laboratório de informática ou laboratório móvel.

Planejamento

Aula 5 4 horas

Elementos de competência

Conhecimentos • Linguagem oral: técnicas de expressão oral; qualidade, tom, ressonância e intensidade

da voz; uso da entonação, ritmo, ênfase e pausa na fala. • Linguagem corporal: técnicas de expressão corporal; significados dos movimentos,

posturas e gestos. • Expressão facial: estado emocional; influência do contexto; expressões voluntárias e

involuntárias; intenções e reações. • Comunicação no ambiente digital: práticas e formas de interação nas plataformas on-

line; comunicação e imagem pessoal nas redes sociais.

Habilidades • Utilizar recursos de entonação e ênfase na comunicação. • Adequar postura corporal e gestualidade à linguagem utilizada. • Articular e pronunciar as palavras com clareza e precisão.

Atitudes/Valores • Cordialidade ao falar com as pessoas. • Empatia ao escutar as pessoas. • Flexibilidade no uso da linguagem. • Respeito às variedades linguísticas e diversidades culturais.

Capitulação e abertura de perspectivas 15 minutos

Peça a um aluno que leia o registro feito na aula anterior, com base na pergunta de síntese da aprendizagem lançada ao término da aula anterior: Quais elementos você considera mais importantes para uma boa comunicação oral?

Aquecimento

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Após essa apresentação, solicite complementações dos demais.

Logo após, informe que realizarão duas atividades de fechamento do curso, visando explorar, de forma global, as expressões oral e corporal e como se aplica a comunicação no ambiente digital. Ressalte, ainda, a importância do exercício de falar e assistir outras pessoas se comunicando como forma eficiente de identificar as próprias qualidades como orador, os defeitos e as possibilidades de melhoria ao longo da vida.

Comunicação no ambiente digital 30 minutos

Objetivo: aplicar recursos digitais para comunicação eficaz.

10 min. Sondagem: peça para os alunos responderem: • quais redes sociais vocês têm?; • como a utilizam? com qual frequência?; • qual a finalidade?.

20 min. Análise das redes sociais: depois da sondagem, peça para os alunos acessarem suas redes sociais e analisarem seu conteúdo. O ideal é que os alunos tenham a chance de abrir suas redes sociais no laboratório de informática da escola. Cada um pode analisar seu perfil com base nas seguintes questões: • em uma entrevista de emprego, suas redes sociais falariam bem de você?; • existe possibilidade de você ter compartilhado alguma notícia falsa?; • já compartilhou ou comentou algo que pode ser considerado bullying?; • você já compartilhou ou comentou algo que pode ser considerado racista,

homofóbico, sexista ou de intolerância religiosa?; • como você avalia sua comunicação on-line?.

Peça aos alunos que analisem suas redes e repensem sobre o que mudariam para melhorar sua imagem pessoal no ambiente digital.

Os alunos devem elaborar um check list, relacionando a relação entre os elementos trabalhados no curso e os principais cuidados com a imagem pessoal no ambiente digital.

A imagem pessoal nas redes sociais 30 minutos

O processo de comunicação também se dá por meio das redes sociais, pois é ali que comunicamos nossas intenções, desejos e convicções. É importante entender como estamos nos comunicando nesse universo que parece protegido, mas é uma grande vitrine. As nossas contas nas redes sociais são uma espécie de extensão de quem nós somos, e os empregadores sabem disso.

Segundo pesquisa da consultoria CarrerBuilder2, os comportamentos que mais provocam a rejeição dos empregadores são: i) fotos muito sensuais e provocativas: não são bem

2 Disponível em http://www.espacobr.com.br/tecnologia/recrutador -nas-redes-o-que-as-empresas-analisam-ao-olhar-seuperfil-nas-redes-sociais. Acesso em: 6 maio 2020.

Atividade

Conectando ideias

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vistas por 46% dos recrutadores; ii) informações sobre consumo de álcool ou drogas: 41% de reprovação; iii) reclamações sobre antigos trabalhos ou ex-colegas: 36% de rejeição dos recrutadores; iv) escrita com muitos erros ou sem coerência: 32% de rejeição; v) comentários discriminatórios: 28%; e vi) mentira sobre as próprias qualificações: com 25%.

Se estamos empregados, a atenção precisa ser dobrada, pois a rede social pode ‘falar mal’ de nós. Além de evitar ser mal-interpretado, é preciso construir uma imagem positiva.

Seguem exemplos de atitudes a serem evitadas:1. postura que reclama muito: evite postar desagrados ou irritações, principalmente

sobre pessoas. Se tiver algum desentendimento com colega de trabalho ou chefe, resolva pessoalmente (sem envolver terceiros) e não comunique sua frustração na internet;

2. posts no horário de trabalho: a empresa contrata um empregado para trabalhar e se envolver nos assuntos profissionais. Afaste-se das distrações – um comentário, uma curtida, uma postagem é um rastro que identifica você em outro lugar que não é o do trabalho. Podem ter consequências;

3. fazer muitas críticas: vivemos em um País de liberdade e cada um tem o direito de acreditar e defender posições (políticas, religiosas, etc.). Por isso, fazer críticas frequentes soa agressivo e pode causar mal-entendidos. É preferível prevenir;

4. posts com roupas inapropriadas: o mundo empresarial exige um certo pudor – quando somos empregados, carregamos uma parte da responsabilidade social da empresa naquilo que comunicamos dentro e fora da empresa. Você pode até ter sua vida pessoal do jeito que quiser, mas publicar excessos pode comprometer sua imagem profissional;

5. comentários inadequados: questões que podem trazer prejuízo a outras pessoas e causar ofensa devem ser completamente extintos da rede social (racismo, xenofobia, machismo, pedofilia, incitação ao crime e à violência, discriminação com relação à opção sexual ou religiosa etc. são questões que não devem ser consideradas).Atenção: além de ser altamente repudiado pelos internautas e pela maioria das empresas, esse tipo de atitude é crime no Brasil. Você pode perder o emprego, ter problemas com a Justiça e ainda pagar indenizações;

6. postar fotos não autorizadas do local de trabalho: a depender do contexto de trabalho, podem ter consequências graves. Por exemplo, profissionais de saúde que postam fotos ou comentam sobre pacientes. Houve caso de um engenheiro da Apple que perdeu o emprego depois que sua filha postou um vídeo com o iPhone X, que ainda não tinha sido lançado oficialmente;

7. usar termos vulgares: o uso de palavrões ou vocabulário impróprio sempre é inadequado. A postagem pode ser crítica e ser educada ao mesmo tempo.

Como manter uma imagem pessoal positiva

Além de evitar alguns comportamentos que podem contribuir para uma imagem negativa, é preciso saber como construir uma imagem positiva – para comunicar às pessoas uma imagem profissional adequada.

Em termos profissionais, o LinkedIn é uma ferramenta que pode incrementar o networking e, para quem quer uma vaga, aumentar a possibilidade de ser interessante para futuros empregadores. O site Catho elaborou algumas orientações para criar uma imagem profissional atrativa.

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1 - Comunique seu progresso profissional: comunique suas promoções, conquistas ou mudanças de emprego a suas redes, mantendo as pessoas atualizadas de seu progresso profissional.

2 - Publique conteúdo relevante: existem referências interessantes que podem colaborar com uma imagem positiva do profissional, como publicar artigos, vídeos, bibliografias relevantes e compartilhar links de matérias que possam auxiliar, de alguma forma, quem segue seu perfil. Isso demonstra espírito altruísta e estar antenado com o que acontece no mundo, especificamente na sua área de atuação.

3 - Siga pessoas influenciadoras: a interação com pessoas estratégicas e com renome no mercado é visto como algo positivo. Seguir profissionais de impacto na área de atuação causa boa impressão, além de denotar a imagem de alguém influente.

4 - Tenha critérios nas publicações: evite postar quaisquer comentários que você teria vergonha de dizer em público, já que, com a internet, muitas vezes nossa censura tende a diminuir. O conceito se aplica a fotos constrangedoras ou com dupla conotação.

Além disso, podemos elencar quatro características que podem servir como filtros para qualquer postagem nas redes: educação, credibilidade, profissionalismo e simpatia.

Nunca vamos nos comunicar de forma tão completa no ambiente digital quanto presencialmente, mas é possível manifestar simpatia e carisma na escrita. Usar emoticons pode ajudar assim como evitar escrever todas as palavras em letra maiúscula. O bom humor é outra ferramenta que, aliada à abertura ao diálogo, pode trazer até seguidores que o admiram.

A credibilidade é um ‘artigo de luxo’ nas redes pela profusão de notícias faltas. Ser alguém que sempre fala a verdade sem imparcialidade produz confiança.

A rede social vai demandar a exposição da vida pessoal, mas é preciso estar atento à audiência – o grande público que enxerga o que postamos como uma grande vitrine.

Para abordar a temática “Técnicas de comunicação em público” foi utilizado o livro:REIS, Joel; MAZULO, Roseli. Gestão de imagem: propósito, plano de carreira e êxito profissional. São Paulo: Editora Senac, 2020.CATHO COMUNICAÇÃO. 5 dicas para construir uma boa imagem profissional nas redes sociais. [S. l.]: Catho, 9 set. 2013. Disponível em: https://www.catho.com.br/carreira-sucesso/carreira/dicas-emprego/comportamento/5-dicas-para-construir-uma-boa-imagem-profissional-nas-redes-sociais/. Acesso em: 20 maio 2020.

Reavaliação do perfil nas redes sociais 15 minutos

Objetivo: avaliar a própria comunicação.

Com base na conversa, os alunos devem reavaliar sua postura na vida, elaborando uma lista de possibilidades para melhorar sua comunicação em redes sociais.

Atividade

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Como o uso das redes sociais pode afetar sua imagem pessoal? 5 minutos

Registro da aprendizagem: após a apresentação dos grupos, peça para que os alunos registrem as impressões e os conhecimentos que desenvolveram na aula. Ponto a ser destacado: Como o uso das redes sociais pode afetar sua imagem pessoal?

A evolução pessoal ao longo do curso 1h35

Objetivo: avaliar a própria comunicação.

5 min. Preparação para a atividade: proponha a retomada da fala de apresentação gravada na primeira aula do curso e a repetição do exercício, no qual cada aluno falou sobre algo que tem domínio ou que é reconhecido por sua competência. Os alunos devem preparar e gravar a mesma fala de 1 minuto, assumindo o desafio de mobilizar a aprendizagem obtida sobre expressões oral e corporal ao longo do curso. A gravação deve garantir a visualização das expressões corporal e facial do aluno e não exceder o tempo estipulado. Depois, pode-se exibi-la juntamente com a fala do primeiro dia, que ainda não foi vista3.

30 min. Processo de gravação das falas: para facilitar o processo de trabalho, o docente organiza duplas, respeitando afinidades ou preferências. Durante o tempo previsto, cada um vai elaborar a sua fala individualmente e um fará a gravação da fala do outro.

1 hora. Exibição dos vídeos e análise das apresentações: após o tempo estipulado, o docente organiza grupos compostos de três duplas e dá início à apresentação da gravação de cada aluno: a gravação do primeiro dia e a do último, que acaba de ser feita.

Cada grupo deve contar com um laptop ou monitor de computador para facilitar a visualização dos vídeos gravados no celular. Importante que você organize o espaço previamente, garantindo as melhores condições para que todos os alunos assistam aos vídeos e conversem. sobre eles.

Sugere-se que a exibição seja feita por aluno, um de cada vez, com a apresentação de seus dois vídeos (primeira e última aula) e comentários sobre eles. Proponha as seguintes questões para a apreciação dos trabalhos:a) com base em tudo o que aprendemos ao longo do curso, quais pontos vocês

destacam ao comparar a primeira e a última apresentação?; b) houve mudanças na expressão corporal/gestual?; c) como vocês percebem o tom de voz?; d) foram feitas pausas para ajudar a expressão?;e) quem improvisou no primeiro dia de aula, estruturou um roteiro para apresentação

nessa última gravação?;f) os recursos escolhidos foram os mesmos da primeira gravação?;g) vocês conseguiram administrar melhor o tempo?.

Síntese da aprendizagem

3 Caso haja alunos que optaram por não fazer o registro em vídeo, eles podem utilizar as anotações da atividade realizada na primeira aula.

Atividade

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Primeiramente, o aluno exibe o vídeo gravado no primeiro dia e, em seguida, apresenta o último. Ao término das exibições, o aluno verbaliza se viu nesses vídeos o seu progresso nas expressões verbal e gestual. A seguir, ele escolhe um colega para fazer também uma apreciação, baseado nos critérios estabelecidos pelo docente.

Circule pelos grupos, coletando informações para sua fala final e garantindo que a atividade se desenvolva em um clima adequado.

O grupo é responsável pelo controle do tempo e pela distribuição equitativa entre os membros, lembrando que cada aluno dispõe de um tempo médio de 15 minutos para a apresentação dos dois vídeos e para a reflexão sobre ela.

Encerramento do curso 50 minutos

5 min. Os alunos devem resgatar as questões-chave que finalizaram as aulas do curso e os seus respectivos registros. Você pode projetar as questões que nortearam os apontamentos e formar grupos. • Aula 1: O que aprendi sobre o processo de comunicação? • Aula 2: Qual é a importância da linguagem corporal para o processo comunicativo? • Aula 3: Quais são as características essenciais das comunicações verbal e corporal

no ambiente de trabalho? • Aula 4: Quais elementos você considera mais importantes para uma boa

comunicação oral? • Aula 5: Como o uso das redes sociais pode afetar sua imagem pessoal?

15 min. Discussão em grupo: solicite aos alunos que, em seus respectivos grupos, apresentem e discutam suas respostas. Após essa discussão, a turma deve consolidar as respostas e se preparar para apresentação.

Recupere o objetivo pedagógico do curso (o docente pode projetar o indicador): Expressa-se de forma verbal e corporal, de acordo com o contexto, a intencionalidade e o público, e apresente a relação dos elementos que foram aprendidos ao longo do curso.

30 min. Apresentação final: os alunos apresentam, em plenária, o consolidado de suas respostas no grupo. Nesse momento, é importante que você resgate as principais aprendizagens vivenciadas no curso e correlacione-as aos aspectos de vida e carreira profissional e educacional dos alunos.

Estabeleça relações consistentes entre as vivências dos alunos e o indicador do curso.

A proposta consiste em estabelecer um momento de autoavaliação e análise crítica dos alunos, de maneira a perceberem, por mais que existam técnicas facilitadoras para as expressões verbal e corporal, as dificuldades que devem continuar a ser enfrentadas em um contínuo processo de desenvolvimento educacional e profissional.

Avaliação da aprendizagem

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Recursos didáticos

• Computadores ou laptops, projetor multimídia, pacote Office 365, quadro branco, cadeiras universitárias, dispositivos móveis dos alunos, rede wi-fi de internet, sulfite, bloco de notas adesivas, canetas, canetões para quadro branco, canetas coloridas, flip-chart, laboratório de informática ou laboratório móvel.

Orientações gerais ao docenteO planejamento das situações de aprendizagem no Programa Senac de Desenvolvimento de Habilidades Socioemocionais foi elaborado em consonância com as perspectivas metodológicas do Modelo Pedagógico Senac, que propõe a construção das situações de aprendizagem a partir de um ou mais ciclos de ação-reflexão-ação. No presente caso, duas ações realizadas na primeira aula são repetidas na última aula, como forma de facilitar a percepção da evolução dos alunos. Entre a primeira e última aula, vários ciclos de ação-reflexão-ação são propostos para o desenvolvimento de aspectos específicos da habilidade em desenvolvimento.

Em consonância com as tendências educacionais contemporâneas, que recomendam o uso das tecnologias de informação e comunicação, previu-se a utilização de projetor multimídia, de dispositivos móveis – smartphones – e dos recursos de gravação de vídeos e reprodução de músicas.

Caso algum dos recursos indicados não esteja disponível, caberá à equipe pedagógica local pensar em práticas alternativas para o trabalho em sala de aula, garantindo que os elementos de competências e o indicador sejam contemplados.

Sugere-se que você avalie, antes do início do curso, as possibilidades locais de acesso à internet. Caso haja essa disponibilidade, indique e oriente os alunos sobre as formas de acesso e a ética em seu uso.

Caso o local de realização do curso não tenha wi-fi disponível, sugere-se a utilização de laboratório de informática ou de laboratório móvel (notebooks/tablets). Na ausência desses recursos, todos os vídeos, como material de registro, devem ser gravados e disponibilizados da forma que for possível para os alunos.

Com relação aos vídeos, caso não seja possível encontrá-los ou não sejam julgados adequados ao público, você poderá substituí-los, desde que os novos vídeos abordem a mesma temática e tenham tempo de execução muito próximo da indicação original.