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CEM NORTE DE11562011GRC 4,00 euros (IVA incl.) SETEMBRO • 2ª QUINZENA ANO 80º • 2012 • N º 18 (Continua na pág. 635) Novas medidas de austeridade Tendo em vista a redução do défice das contas pú- blicas e a concretização de algumas das novas medidas de austeridade anunciadas pelo Ministro das Finanças, Vítor Gaspar, no passado dia 11 de Setembro, aquando da apresentação das conclusões da quinta avaliação da “troika” ao programa de ajustamento português, foi aprovada em Conselho de Ministros uma proposta de lei que procede ao agravamento da tributação sobre os chamados sinais exteriores de riqueza, como carros de alta cilindrada, barcos e aeronaves, e imóveis com valor acima de um milhão de euros, e também sobre os rendimentos de capital, como juros, dividendos e “royalties” e ainda sobre as mais-valias mobiliárias. A tributação sobre as transferências para paraísos fiscais também é agravada, sendo intensificado o combate à fraude e a evasão fiscais, através do reforço do regime aplicável às manifestações de fortuna dos sujeitos passivos de IRS. Estas medidas, que deverão integrar o segundo Or- çamento retificativo a ser apresentado simultaneamente com a proposta de Orçamento para 2013, serão aplicadas já em 2012 e prolongar-se-ão por 2013, implicando alterações nos Códigos do IRS, do IRC e do Imposto do Selo e à Lei Geral Tributária. O executivo justifica tais medidas com a necessidade de reforçar o princípio da equidade social na austeridade, garantindo uma mais efetiva repartição do esforço de ajustamento por todos e não apenas por aqueles que vivem do rendimento do seu trabalho. NESTE NÚMERO: Código do trabalho: despedimento por extinção do posto de trabalho • Regime de Arrendamento urbano: síntese das principais alterações Tributação sobre capitais e bens de luxo agravada já em 2012 DL nº 198/2012, de 24.8 (IVA - Regime de Bens em Circulação objeto de transações entre sujeitos passivos de IVA) .............................................. 650 Port. nº 229/2012, de 3.8 (Impulso Jovem - Medida de Apoio à Contratação via Reembolso da Taxa Social Única) ................................................... 656 Port. nº 241/2012, de 10.8 (Pensões de invalidez e velhice - actualização 2012 - coeficientes de revalorização das remunerações) ................ 658 Port. n.º 255/2012, de 27.8 (Cartão de contribuinte - novo modelo) ............................................... 648 Resoluções Administrativas e Informações vinculativas IMI: avaliação geral dos imóveis participação de rendas - regime especial de salvaguarda..... 642 Alfândegas e regime aduaneiro: armazéns de expor- tação - selagem dos meios de transporte e volumes - simplificação ................................ 643 IRC: enquadramento das sociedades de investimento (SICAV) luxemburguesas - convenção sobre dupla tributação ............................................... 644 IVA: regime do ouro - enquadramento da actividade de “prestamista” ................................................... 644 IVA: montagem de sistemas de rega ................... 647 Obrigações fiscais do mês e informações diversas . 634 a 641 Trabalho e Segurança Social Legislação e Informações Diversas ................... 650 a 662 Sumários do Diário da República.............................. 664 SUMÁRIO

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CEM NORTEDE11562011GRC

4,00 euros (IVA incl.)

SETEMBRO • 2ª QUINZENA ANO 80º • 2012 • Nº 18

(Continua na pág. 635)

Novas medidas de austeridadeTendo em vista a redução do défi ce das contas pú-

blicas e a concretização de algumas das novas medidas de austeridade anunciadas pelo Ministro das Finanças, Vítor Gaspar, no passado dia 11 de Setembro, aquando da apresentação das conclusões da quinta avaliação da “troika” ao programa de ajustamento português, foi aprovada em Conselho de Ministros uma proposta de lei que procede ao agravamento da tributação sobre os chamados sinais exteriores de riqueza, como carros

de alta cilindrada, barcos e aeronaves, e imóveis com valor acima de um milhão de euros, e também sobre os rendimentos de capital, como juros, dividendos e “royalties” e ainda sobre as mais-valias mobiliárias.

A tributação sobre as transferências para paraísos fi scais também é agravada, sendo intensifi cado o combate à fraude e a evasão fi scais, através do reforço do regime aplicável às manifestações de fortuna dos sujeitos passivos de IRS.

Estas medidas, que deverão integrar o segundo Or-çamento retifi cativo a ser apresentado simultaneamente com a proposta de Orçamento para 2013, serão aplicadas já em 2012 e prolongar-se-ão por 2013, implicando alterações nos Códigos do IRS, do IRC e do Imposto do Selo e à Lei Geral Tributária. O executivo justifi ca tais medidas com a necessidade de reforçar o princípio da equidade social na austeridade, garantindo uma mais efetiva repartição do esforço de ajustamento por todos e não apenas por aqueles que vivem do rendimento do seu trabalho.

NESTE NÚMERO:• Código do trabalho: despedimento por

extinção do posto de trabalho• Regime de Arrendamento urbano: síntese

das principais alterações

Tributação sobre capitais e bens de luxo agravada já em 2012

DL nº 198/2012, de 24.8 (IVA - Regime de Bens em Circulação objeto de transações entre sujeitos passivos de IVA) .............................................. 650Port. nº 229/2012, de 3.8 (Impulso Jovem - Medida de Apoio à Contratação via Reembolso da Taxa Social Única) ................................................... 656Port. nº 241/2012, de 10.8 (Pensões de invalidez e velhice - actualização 2012 - coefi cientes de revalorização das remunerações) ................ 658Port. n.º 255/2012, de 27.8 (Cartão de contribuinte - novo modelo) ............................................... 648Resoluções Administrativas e Informações vinculativasIMI: avaliação geral dos imóveis participação de rendas - regime especial de salvaguarda ..... 642Alfândegas e regime aduaneiro: armazéns de expor- tação - selagem dos meios de transporte e volumes - simplifi cação ................................ 643IRC: enquadramento das sociedades de investimento (SICAV) luxemburguesas - convenção sobre dupla tributação ............................................... 644IVA: regime do ouro - enquadramento da actividade de “prestamista” ................................................... 644IVA: montagem de sistemas de rega ................... 647Obrigações fi scais do mês e informações diversas . 634 a 641Trabalho e Segurança SocialLegislação e Informações Diversas ................... 650 a 662Sumários do Diário da República .............................. 664

SUMÁRIO

Boletim do Contribuinte634SETEMBRO 2012 - Nº 18

I R S (Até ao dia 22 de Outubro)

- Entrega do imposto retido no mês de setembro sobre ren-dimentos de capitais, prediais e comissões pela intermediação na realização de quaisquer contratos, bem como do imposto retido pela aplicação das taxas liberatórias previstas no art. 71º do CIRS.

(Arts. 98º, nº 3, e 101º do Código do IRS)

- Entrega do imposto retido no mês de setembro sobre as remunerações do trabalho dependente, independente e pensões – com exceção das de alimentos (Categorias A, B e H, respectivamente).

(Al. c) do nº 3º do art. 98º do Código do IRS)

- Entrega, no prazo de oito dias contados do momento em que foram deduzidas, das importâncias retidas para efeitos da sobretaxa extraordinária de IRS

(Art. 72º-A e 99º-A do Código do IRS - cfr. Lei nº 49/2011, de7.9, na pág. 623)

I R C

- Entrega das importâncias retidas no mês de setembro por retenção na fonte de IRC. (Até ao dia 22 de outubro)

(Arts.106º, nº 3, 107º e 109º do Código do IRC)

- Entrega da 2ª prestação do pagamento especial por conta relativo a 2012. (Até ao dia 31 de outubro)

(Art. 106º, nº 1, do Código do IRC)

IVA- Entrega do imposto liquidado no mês de agosto pelos

contribuintes de periodicidade mensal do regime normal. (Até ao dia 10 de outubro)*

*Obrigatoriedade de envio pela Internet das declarações periódicas do IVA. O pagamento pode ser efectuado nas estações dos CTT, no Multibanco ou numa Tesouraria de Finanças com o sistema local de cobrança até ao último dia do prazo.

IMPOSTO ÚNICO DE CIRCULAÇÃO (Até ao dia 31 de outubro)

– Liquidação, por transmissão eletrónica de dados, e pagamento do Imposto Único de Circulação – IUC – relativo aos veículos cujo aniversário da matrícula ocorra no mês de outubro.

SEGURANÇA SOCIAL (De 11 a 20 de outubro)- Pagamento de contribuições e quotizações referentes ao

mês de setembro de 2012.

IMPOSTO DO SELO (Até ao dia 22 de outubro)- Entrega, por meio de guia, do imposto arrecadado no

mês de setembro. (Arts. 43º e 44º do Código do Imposto do Selo)

PAGAMENTOSEM OUTUBRO

OBRIGAÇÕESEM OUTUBRO

IRSDeclaração Modelo 11

Entrega até ao dia 15 da Declaração Modelo 11, por transmissão eletrónica de dados, pelos notários e outros fun-cionários ou entidades que desempenhem funções notariais, bem como as entidades ou profi ssionais com competência para autenticar documentos particulares que titulem atos ou contratos sujeitos a registo predial, ou que intervenham em operações previstas nas alíneas b), f) e g do nº. 1 do artigo 10º., das relações dos atos praticados no mês anterior suscetíveis de produzir rendimentos.

IVADeclaração periódica

Envio da declaração periódica do IVA, até ao dia 10 de outubro, por transmissão eletrónica de dados, acompanhada dos anexos que se mostrem devidos, pelos contribuintes do regime normal mensal, relativa às operações efetuadas em agosto.

IVAPedido de restituição de IVA

Montante a reembolsar superior a 400 euros

Durante o mês de outubro deve ser entregue, por trans-missão eletrónica de dados, o pedido de restituição IVA pelos sujeitos passivos cujo imposto suportado, no próprio ano, noutro Estado Membro ou país terceiro (neste caso em suporte de papel), quando o montante a reembolsar for superior a € 400 e respeitante a um período de três meses consecutivos, tal como refere o Decreto-Lei nº 186/2009, de 12 de agosto.

IVADeclaração recapitulativa

Entrega até ao dia 22 de outubro da declaração re-capitulativa por transmissão eletrónica de dados, pelos sujeitos passivos do regime normal mensal que tenham efetuado transmissões intracomunitárias de bens e/ou prestações de serviços noutros Estados Membros, no mês anterior, quando tais operações sejam aí localizadas nos

INFORMAÇÕESDIVERSAS

Boletim do Contribuinte 635SETEMBRO 2012 - Nº 18

termos do artº 6º do CIVA, e para os sujeitos passivos do regime normal trimestral quando o total das transmissões intracomunitárias de bens a incluir na declaração tenha no trimestre em curso (ou em qualquer mês do trimestre) excedido o montante de € 50 000.

Entrega até ao dia 22 de outubro da declaração re-capitulativa por transmissão eletrónica de dados, pelos sujeitos passivos isentos ao abrigo do artº. 53º. que tenham efetuado prestações de serviços noutros Estados Membros, no mês anterior, quando tais operações sejam aí localizadas nos termos do artº 6º do CIVA.

IMTComunicação dos notários e conservadores

Os notários e outros funcionários ou entidades que desem-penhem funções notariais, bem como as entidades e profi ssio-nais com competência para autenticar documentosparticulares que titulem atos ou contratos sujeitos a registo predial devem submeter, até ao dia 15 de cada mês, à Direção-Geral dos Impostos, os seguintes elementos:

a) Em suporte eletrónico (Modelo11), uma relação dos atos ou contratos sujeitos a IMT, ou dele isentos, efe-tuados no mês antecedente, contendo, relativamente a cada um desses atos, o número, data e importância dos documentos de cobrança ou os motivos da isenção, nomes dos contratantes, artigos matriciais e respetivas freguesias, ou menção dos prédios omissos;

b) Cópia das procurações que confi ram poderes de alie-nação de bens imóveis em que por renúncia ao direito de revogação ou cláusula de natureza semelhante o representado deixe de poder revogar a procuração, bem como dos respetivos substabelecimentos, referentes ao mês anterior;

c) Cópia das escrituras ou documentos particulares auten-ticados de divisões de coisa comum e de partilhas de que façam parte bens imóveis

OBRIGAÇÕESEM OUTUBRO

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Boletim do Contribuinte

Novas medidas de austeridade

(Continuação da pág. 633)

No que respeita aos rendimentos de capitais (juros, dividen-dos e “royalties”, entre outros), a taxa liberatória de retenção na fonte é aumentada em 1,5%, passando estes rendimentos a ser taxados a 26,5 %, em vez dos atuais 25%, o mesmo acon-tecendo com o saldo entre as mais e menos-valias mobiliárias na parte que seja superior a 500 euros.

Recorde-se que o Orçamento para 2012, aprovado pela (Lei nº 64-A/2011, de 31.1, publicada no Boletim do Contribuin-te, 2012, em suplemento à 1ª quinzena de janeiro), já havia agravado estas taxas liberatórias de tributação, que eram de 21,5%, no caso dos rendimentos de capitais, e 20%, no caso das mais-valias imobiliárias, fi xando-as nos 25%.

Por seu lado, os imóveis de valor patrimonial tributário superior a um milhão de euros vão ter, já a partir deste ano, uma tributação agravada, não se sabendo ainda a dimensão e forma de aplicação de tal medida.

O que se sabe é que a tributação vai ser efectuada, não em sede de Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), mas antes de Imposto do Selo, isto para que a receita reverta para os cofres do Estado central e não para autarquias, como acontece com a receita do IMI.

Já quanto aos impostos que incidem sobre os automóveis de elevada cilindrada, embarcações de recreio e aeronaves para utilização privada, bens considerados de luxo e que evidenciam riqueza, a única certeza é que vão ser agravados, sendo que, neste momento, ainda não se sabe em que se irá traduzir concretamente esse agravamento (sendo no entanto de prever que seja por alteração ao nº 4 do artigo 89º-A da Lei Geral Tributária).

A estes agravamentos da carga fi scal irá juntar-se ainda em 2013 o que resultará da anunciada redução dos escalões do IRS.

De facto, apesar de a única certeza ser a de que a taxa má-xima se manterá nos 46,5%, parece inevitável que a redução substancial do número de escalões do IRS irá traduzir-se em taxas de tributação efetiva mais elevadas. Aliás, o bastonário da Ordem dos Técnicos Ofi ciais de Contas, Domingues de Azevedo, estima que o reenquadramento dos escalões de rendimento do IRS irá representar um aumento na cobrança deste imposto na ordem dos 3,5% e 4%.

Anunciado também para o próximo ano está o alargamento da base de incidência do IRC com a eliminação ou restrição de algumas das deduções atualmente existentes.

Fica ainda a incerteza quanto ao desfecho que irá ter o polémico aumento em 7% da taxa social única devida pelos trabalhadores por conta de outrem (que supostamente passa-rá de 11% para os 18%), sendo de esperar que, face à forte oposição que tal medida mereceu, o Governo acabe por não avançar com esse aumento ou então que o restrinja de forma a não penalizar porventura os trabalhadores com salários mais baixos, sendo de admitir que tal medida e iniciativa venha a ser algo suavizada. De qualquer forma é bem percetível a situação cada vez mais difícil das contas públicas e a falta de margem de manobra do Governo perante os objetivos que se pretendem atingir no curto e médio prazos o que permite concluir que para além das medidas agora anunciadas, algumas

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Boletim do Contribuinte636SETEMBRO 2012 - Nº 18

delas de forma ainda vaga, outras devam vir a ser propostas mais cedo ou mais tarde conduzindo a novos agravamentos de impostos, provavelmente naqueles que ainda não foram alterados ou agravados mas também em sede de IRS e de IVA pela alargada base de incidência e facilidade de arrecadar rapidamente mais receita.

Selo do carroFinanças notifi cam contribuintes

Muitos proprietários de automóveis estão a ser notifi cados pelas Finanças para fazerem prova do pagamento do selo do carro em 2008, ou seja, foram enviadas muitas notifi cações para audição prévia referentes ao Imposto Único de Circulação (IUC) do ano de 2008.

As notifi cações dizem respeito a pessoas que estão no ca-dastro como tendo uma determinada viatura, cujo imposto não está pago, constituindo, em princípio, uma situação irregular.

Mas depois de bem analisada a situação, verifi ca-se que a maior parte das pessoas já vendeu a viatura, só que o Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres (IMTT) não atuali-zou os registos ou as pessoas esqueceram-se de os ir atualizar ou cancelar, caso o carro já esteja abatido ou não exista.

Desta forma, os contribuintes notifi cados se não estiverem na posse do veículo, devem deslocar-se aos balcões do IMTT e pedir a alteração do registo de proprietário ou o cancelamento da matrícula, em vez de se dirigirem aos serviços das Finanças.

Posteriormente deverão apresentar nos serviços de Finan-ças os motivos pelos quais não devem o imposto.

Aprovado o Regulamento das Contas-Clientes dos Agente

de Execução

Encontra-se em vigor desde o dia 1 de Setembro o Regula-mento n.º 386/2012, de 30.8 (II série), aprovado pela Câmara dos Solicitadores.

Este Regulamento estabelece as normas a que devem obe-decer a abertura, a movimentação, a gestão e o encerramento das contas-clientes dos agentes de execução.

Este regulamento pretende aumentar a transparência na forma como são geridos os valores confi ados aos agentes de execução.

Assim, assegura-se que, a todo o momento, seja possível identifi car a que processos executivos são afetos cada um dos movimentos, sejam estes a crédito ou a débito. Por outro lado, visa-se aumentar a segurança, simplifi car a gestão do escri-tório do agente de execução e tornar mais efi caz a respectiva fi scalização.

Aproveita-se, ainda, para clarifi car, nomeadamente, os seguintes procedimentos:

- Mantêm-se as atuais contas-clientes, sendo alteradas as regras de movimentação, seja a crédito seja a débito;

- A movimentação a débito das contas-cliente implica a prévia emissão de identifi cador único de pagamento (IUP), gerado através da aplicação informática deno-minada SISAAE/GPESE;

- Os movimentos a débito nas atuais contas clientes só são realizados após prévia conciliação dos movimentos a crédito no respetivo processo, sufi cientes para suportar o débito em causa;

- As contas-cliente só admitem movimentos a crédito com prévia obtenção de código de movimento (referência bancária ou outra), gerado através da aplicação infor-mática SISAAE/GPESE, e apenas poderão ser efetu-ados ao balcão da instituição de crédito que celebre protocolo com a Câmara dos Solicitadores, através de DUC, ou por pagamento eletrónico da referência que serve de identifi cador de pagamento.

Este novo regulamento revoga o regulamento da conta clientes de solicitador de execução em vigor desde 2007.

Alterações ao regime de acesso e de exercício da atividade das agências

de viagens e turismo

O regime de acesso e de exercício da atividade das agências de viagens e turismo (constante do DL n.º 61/2011, de 6.5) foi alvo das recentes alterações introduzidas pelo DL n.º 199/2012, de 24.8. Este diploma aproveita para adaptar o citado regime ao diploma que em 2010 transpõs para o direito interno a Diretiva relativa aos serviços no mercado interno.

As alterações introduzidas estabelecem novas regras rela-tivas à constituição e fi nanciamento do fundo de garantia de viagens e turismo (FGVT). Nesta matéria, opta-se por fi xar montantes e critérios mais ajustados à fi nalidade que aquele Fundo prossegue, estabelecendo-se um valor máximo pelo qual o FGVT responde solidariamente, sem prejudicar a ma-nutenção de um adequado nível de proteção dos consumidores.

Para tal, promove-se a eliminação da distinção entre agências de viagens e turismo vendedoras e organizadoras, tendo em conta que a mesma servia somente para efeitos de valoração para contribuição do FGVT.

Introduz-se, ainda, a necessidade de inscrição no registo nacional das agências de viagens e turismo (RNAVT) dos estabelecimentos, iniciativas ou projetos declarados de inte-resse para o turismo e das entidades que prossigam atribuições públicas de promoção de Portugal ou das suas regiões enquanto destino turístico que pretendam comercializar serviços através de meios telemáticos ou da Internet.

De realçar, por último, que se ajustam os termos em que o requerimento para acionamento da comissão arbitral deve ser efetuado, determinando-se o pagamento de taxas adminis-trativas por cada processo tramitado na referida comissão, as quais revertem para o FGVT.

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Boletim do Contribuinte 637SETEMBRO 2012 - Nº 18

Censo às Fundações do Estado

Em cumprimento do compromisso assumido no Progra-ma de Assistência Económica e Financeira a Portugal e ao Programa do Governo, em matéria de redução da estrutura organizativa do Estado e dos seus custos, em cujo âmbito se insere a redução do denominado “Estado Paralelo”, o Conselho de Ministros do dia 13 do corrente mês de Setembro validou o processo de censo às Fundações, estabelecendo os proce-dimento das respectivas decisões de extinção, de redução ou cessação de apoios fi nanceiros públicos e de cancelamento do estatuto de utilidade pública.

A avaliação concluída é de 230 fundações, seguindo-se agora os procedimentos previstos no Código do Procedimento Administrativo com vista à conclusão defi nitiva do processo.

Medidas de prevenção do incumprimento dos consumidores

O Conselho de Ministros de 13 de Setembro último aprovou um conjunto de medidas para promover a pre-venção do incumprimento e a recuperação de créditos resultantes de contratos celebrados com consumidores que se encontrem em risco de incumprimento dos com-promissos fi nanceiros assumidos perante instituições de crédito, por força do seu desemprego ou diminuição dos seus rendimentos.

Cada instituição de crédito deverá criar um plano de ação para o risco de incumprimento (PARI), fi xando os procedimentos e medidas de acompanhamento da execução dos contratos de crédito.

Por outro lado, estabelece-se um procedimento uni-formizado para a regularização de situações de incum-primento - o procedimento especial, extrajudicial, de regularização de situações de incumprimento (PERSI).

De realçar, por último, a criação da rede extrajudicial de apoio aos clientes bancários (consumidores) no âm-bito da prevenção do incumprimento e da regularização das situações de incumprimento de contratos de crédito.

SI Qualifi cação PME passa a apoiar a organização de feiras e congressos

Foi alterado, através da Portaria n.º 233-A/2012, de 6 de Agosto, o regulamento do Sistema de Incentivos à Qualifi cação e Internacionalização de Pequenas e Médias Empresas (SI Qualifi cação PME).

As alterações introduzidas dizem respeito ao domínio da promoção da internacionalização das empresas, passando a permitir-se que as empresas que desempenham a atividade de organização de feiras e congressos possam ser promotoras dos projetos conjuntos.

Por outro lado, é alargado o âmbito das despesas elegíveis, que passam a incluir eventos realizados em território nacional destinados à promoção de transações comerciais em mercados internacionais, desde que contribuam para o aumento dos negócios das empresas naqueles mercados em resultado do esforço promocional e do aumento da sua competitividade.

O SI Qualifi cação PME incentiva projetos de investimento tendo em vista a promoção da competitividade das empresas, bem como a sua capacitação para a internacionalização.

O incentivo a conceder assume a natureza de incentivo não reembolsável, ou a fundo perdido, através da aplicação às despesas elegíveis de uma taxa base máxima de 45%, com algumas excepções, nomeadamente no caso das despesas elegíveis relativas à participação em feiras e exposições em que a taxa de incentivo ascende a 75% das despesas elegíveis.

Está actualmente aberto, até 31 de Outubro, a primeira fase do período de apresentação de candidaturas ao concurso “Projetos Conjuntos – Internacionalização” no âmbito deste sistema de incentivos, com uma dotação de 28,750 milhões de Euros e abrangendo todas as regiões NUTS II do Continente.

Incentivo ao exercício de actividades económicas nos Açores

O Dec. Legisl. Regional n.º 38/2012/A, de 18.9, aprova o regime de acesso e exercício de atividades económicas na Região Autónoma dos Açores, transpondo a Diretiva relativa aos serviços no mercado interno, que defende princípios e regras para simplifi car o livre acesso e exercício das ativi-dades de comércio e serviços.

Este diploma visa, desde logo, tornar possível investir mais, melhor e mais depressa nesta região. Para tal sim-plifi ca-se o regime de exercício das atividades comerciais, disponibiliza-se toda a informação relevante para o exercício de diversos tipos de comércio e reduz-se uma forte carga burocrática, permitindo-se aos operadores económicos inicia-rem a sua atividade mais rapidamente, além de se conseguir reduzir os custos da iniciativa privada.

O diploma ora aprovado cria, ainda, um balcão único eletrónico, para efeitos de realização da tramitação eletró-nica dos atos e formalidades conexos com o exercício das respetivas atividades.

Este balcão único eletrónico deverá estar disponível no prazo de 90 dias a contar da entrada em vigor deste diplo-ma, que apenas ocorrerá aquando da publicação da Portaria que aprovará o modelo de impresso para cumprimento das obrigações decorrentes deste mesmo diploma.

INFORMAÇÕESDIVERSAS

Boletim do Contribuinte638SETEMBRO 2012 - Nº 18

Imóveis de habitação com valor superior um milhão de euros com tributação agravada já este ano

De acordo com a proposta de lei do Governo que agra-va a tributação sobre mais-valias, rendimentos offshore e manifestações de fortuna, os proprietários de casas de luxo vão ter de pagar uma taxa de 0,8% em sede de imposto de selo já este ano, pago de uma só vez até 20 de Dezembro.

Na referida proposta, a incidência do imposto de selo é alargada à propriedade de casas com um valor patrimonial tributário (VPT) superior a um milhão de euros.

Este ano, os imóveis já avaliados segundo as regras do IMI vão pagar uma taxa de 0,5% e os não avaliados, uma taxa de 0,8%. Para os prédios detidos por empresas situadas em paraísos fi scais, a taxa sobe para 7,5%.

No próximo ano, a taxa sobe para 1% para todos os imóveis, mas os detidos por contribuintes colectivos em offshores continuarão a pagar uma taxa de 7,5%.

Sistema de acesso aos serviços mínimos bancários

No Conselho de Ministros do passado dia 6 de Setembro foram aprovadas alterações ao sistema de acesso aos serviços mínimos bancários.

As alterações ora aprovadas visam estabelecer as bases do protocolo a celebrar entre o Governo, o Banco de Portugal e as instituições de crédito aderentes ao sistema, bem como o regime sancionatório adequado à sua boa execução.

Pretende-se igualmente clarifi car o regime jurídico do sistema de acesso aos serviços mínimos bancários, eviden-ciando os requisitos de acesso e as causas de recusa legítima de abertura ou conversão de conta, bem como as condições de prestação desses serviços.

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N l

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Boletim do Contribuinte 639SETEMBRO 2012 - Nº 18

Nova lei do arrendamento em vigor no próximo mês de Novembro

Síntese da principais alterações

A revisão do regime do arrendamento urbano foi fi nalmente aprovada pela Lei n.º 31/2012, de 14 de agosto, a qual também introduz alterações ao Código Civil, ao Código de Processo Civil e à Lei n.º 6/2006, de 27.2 (que aprovou o NRAU).

A nova lei do arrendamento apenas entra em vigor no dia 12 de Novembro de 2012, estando a sua aplicação prática, em determinadas matérias, dependente da adaptação dos seguintes regimes às alterações ora introduzidas:

- regime de determinação e verifi cação do coefi ciente de conservação;

- regimes de determinação do rendimento anual bruto corrigido e atribuição do subsídio de renda;

- elementos do contrato de arrendamento e os requisitos a que obedece a sua celebração;

- regulamento das comissões arbitrais municipais. Salientamos que nesse mesmo dia, 14 de agosto, foram

aprovadas alterações ao regime jurídico das obras em prédios arrendados (Lei n.º 30/2012) e ao regime jurídico da reabili-tação urbana (Lei n.º 32/2012).

Tal como referimos em edições passadas do Boletim do Contribuinte, aproveitamos para elencar as principais altera-ções introduzidas de uma forma geral ao regime jurídico do arrendamento urbano. Quanto ao novo meio processual destinado a obter o despejo de forma mais célere decor-rente das novas regras serão publicadas informações mais desenvolvidas no próximo número.

I - Resolução- A justa causa para a resolução do contrato no caso de o

arrendatário estar em mora quanto ao pagamento das rendas passa de três para dois meses de mora.

- Passa a ser possível ao senhorio resolver o contrato se o arrendatário estiver em mora quanto ao pagamento das rendas por mais de oito dias, verifi cando-se essa situação mais de quatro vezes, seguidas ou interpola-das, num período de 12 meses, com referência a cada contrato, sem possibilidade de a resolução fi car sem efeito caso o arrendatário ponha fi m à mora.

- O fundamento de resolução do contrato pelo arrendatário referente à falta de realização de obras pelo senhorio é alargado aos casos em que a falta de tais obras ponha em causa a aptidão do locado para o uso previsto no contrato.

- O prazo para o arrendatário pôr fi m à mora e obter a inefi cácia da comunicação de resolução pelo senhorio é encurtado de três para um mês, fi cando o uso desta faculdade limitado a uma só vez em cada contrato.

Tal signifi ca que, na prática, o despejo é possível ao fi m de três meses (dois meses de mora e mais um sem regularizar o pagamento).

- Também a resolução fundada na oposição à realização de obra ordenada por autoridade pública passa a fi car sem efeito se essa oposição cessar no prazo de um mês.

- A desocupação passa a ser exigível um mês após a re-solução do contrato.

- Passa a ser possível a comunicação da resolução do con-trato por outros motivos que não o atraso no pagamento das rendas, através de simples comunicação por carta registada com aviso de receção.

II - Contratos com prazo certo- Se nada estiver estipulado, o contrato tem-se como

celebrado pelo prazo de dois anos e não por tempo indeterminado, como atualmente. Ou seja, o regime supletivo é de 2 anos renováveis automaticamente.

- Deixa de existir um prazo mínimo de duração do contrato por 5 anos – passa a ser possível celebrar contratos pelo prazo acordado entre as partes;

- Os períodos de renovação automática dos contratos são iguais ao período de duração inicial contratualmente estipulado, eliminando-se as renovações por períodos mínimos de três anos.

III - Renovação / denúncia- A oposição à renovação automática passa a ter avisos

prévios iguais para ambas as partes, prevendo-se as seguintes antecedências mínimas:

1) 240 dias, se o prazo de duração inicial do contrato ou da sua renovação for igual ou superior a seis anos;

2) 120 dias, se o prazo de duração inicial do contrato ou da sua renovação for igual ou superior a um ano e inferior a seis anos;

3) 60 dias, se o prazo de duração inicial do contrato ou da sua renovação for igual ou superior a seis meses e inferior a um ano;

4) Um terço do prazo de duração inicial do contrato ou da sua renovação, tratando-se de prazo inferior a seis meses.

- O arrendatário, decorrido um terço do prazo de duração inicial do contrato ou da sua renovação, pode denunciá-lo a todo o tempo, mediante comunicação ao senhorio com a antecedência mínima seguinte:

1) 120 dias do termo pretendido do contrato, se o prazo deste for igual ou superior a um ano;

2) 60 dias do termo pretendido do contrato, se o prazo deste for inferior a um ano.

- Se o senhorio impedir a renovação automática do contra-to, o arrendatário pode denunciá-lo a todo o tempo, mediante comunicação ao senhorio com uma antecedência não inferior a 30 dias do termo pretendido do contrato, salvo se este tiver entretanto caducado.

IV - Contratos com duração indeterminada- O arrendatário só pode denunciar o contrato após seis

meses de duração efetiva, com um aviso prévio de 120 dias para contratos que, à data da comunicação,

(Continua na pág. seguinte)

INFORMAÇÕESDIVERSAS

Boletim do Contribuinte640SETEMBRO 2012 - Nº 18

tiverem um ano ou mais de duração efetiva e 60 dias nos contratos com duração efetiva inferior a um ano.

- Se senhorio denunciar o contrato através de mero aviso prévio, o arrendatário pode denunciá-lo mediante co-municação ao senhorio com antecedência não inferior a 30 dias do termo pretendido do contrato, salvo se este tiver entretanto caducado.

- A antecedência para o senhorio denunciar o contrato passa de cinco para dois anos.

- A denúncia para habitação ou para demolição ou obras profundas passa a operar por mera comunicação (não tem de ser exercida pela via judicial) e a respetiva compensação devida ao arrendatário é fi xada em seis meses de renda.

- Na denúncia para demolição ou obras profundas, a co-municação ao arrendatário deve ser acompanhada da declaração do município que ateste que foi iniciado o procedimento de controlo prévio da operação urbanísti-ca a efetuar no locado e que esta obriga à desocupação do mesmo.

- Os efeitos do incumprimento do tempo mínimo de ocu-pação do imóvel em caso de denúncia para habitação ou o não início da obra no prazo de seis meses passa a implicar o pagamento de uma indemnização muito mais pesada para o senhorio, no valor de 10 anos de renda, mas deixa de conferir ao arrendatário o direito à reocupação do imóvel.

V - Transmissão da posição de arrendatário- A transmissão por morte do arrendatário só se dá para

pessoa com quem este vivesse em união de facto ou em economia comum há mais de dois anos e desde que essa pessoa residisse no locado há mais de um ano.

- Em qualquer caso, o direito à transmissão por morte não se verifi ca se o titular desse direito tiver outra casa, própria ou arrendada, na área dos concelhos de Lisboa ou do Porto e seus limítrofes, ou no respetivo concelho quanto ao resto do País, à data da morte do arrendatário.

VI - Contratos para fi ns não habitacionaisMantém-se a liberdade das partes na determinação da dura-

ção do contrato. Na falta de estipulação das partes, o contrato considera-se celebrado pelo prazo de cinco anos.

VII - Mecanismos extrajudiciais e judiciais em situações de despejo ou extinção:

- Prevê-se a criação do Balcão Nacional de Arrendamento ao qual o senhorio pode recorrer para requerer a noti-fi cação de desocupação do imóvel ou fração por parte do inquilino devido à falta de pagamento durante 3 meses comprovados;

- Deixa de se prever a existência de título executivo nos casos de resolução não fundada no atraso no paga-

(Continuação da pág. anteior)

mento de rendas e passa a ser obrigatório este novo procedimento para a obtenção desse título executivo e passagem à fase de execução.

- O requerimento de despejo é convertido em título para desocupação do locado se o requerido não deduzir oposição, não juntar o documento comprovativo do pagamento da taxa de justiça ou do pagamento da caução ou se não proceder ao pagamento ou depósito das rendas vencidas.

- Havendo oposição, o processo é distribuído ao tribunal competente para decisão de mérito com eventual rea-lização de julgamento.

- Obtendo-se o título para desocupação do locado, a fase executiva ocorre imediatamente no próprio procedi-mento especial de despejo, podendo haver oposição à execução.

VIII – Atualização das rendas- O senhorio pode propor ao inquilino um novo valor de

renda; o inquilino pode aceitar ou não, podendo con-trapor um novo valor. Da média destes valores ou sai um valor sobre o qual pode haver acordo ou então sairá o valor de indemnização a pagar ao inquilino que cor-responderá a 60 meses de renda que o senhorio deverá pagar para que se desocupe o imóvel .

XIX - Proteção em casos excecionais a idosos, defi cientes com mais de 60%, inquilinos com carência económica

- Prevê-se a transição dos contratos antigos para o novo regime através da negociação da renda, que deverá obedecer às seguintes regras:

1 - Mecanismo transitório de 5 anos para situações de carência económica, prazo durante o qual se mantém o contrato, podendo haver um ajustamento extraor-dinário. O ajustamento extraordinário será apurado tendo por base o valor patrimonial do imóvel (após a atualização do valor patrimonial em curso nos imóveis avaliados pela última vez antes de 2004) e uma taxa de esforço máxima de 25% apurada sobre o rendimento anual bruto corrigido do agregado (taxa de esforço máxima de 10% para rendimentos até cerca de 500 €);

2 - Caso, fi ndos os 5 anos, não haja possibilidade de proceder aos ajustamentos, a Segurança Social deverá ser cha-mada para encontrar uma solução para essas situações.

3 - Para inquilinos com idade igual ou superior a 65 anos ou defi ciência com grau de incapacidade superior a 60%, se não houver carência, pode verifi car-se a atualização da renda, mas os inquilinos mantêm o contrato.

4 - Havendo necessidade da demolição do imóvel ou obras profundas que obriguem à desocupação, o contrato cessa com indemnização, não havendo acordo. Mas, nos contratos de arrendamento celebrados em data anterior a 1990, o senhorio fi ca obrigado ao realoja-mento se o arrendatário tiver idade igual ou superior a 65 anos ou se tiver defi ciência com grau compro-vado de incapacidade superior a 60%. Os inquilinos que tenham de ser realojados terão de o ser em casas adaptadas ao agregado em termos de tipologia. Este realojamento terá de ser feito na mesma freguesia ou freguesias limítrofes.

INFORMAÇÕESDIVERSAS

Boletim do Contribuinte 641SETEMBRO 2012 - Nº 18

5 - Limite máximo aos aumentos das rendas de contratos anteriores a 1990: está previsto que os aumentos das rendas para agregados com rendimentos até 500 euros brutos mensais fi cam limitados a 10% (não podendo ir nestes casos para além dos 50 €) e para os agregados com rendimentos até 2500 euros brutos só poderiam sofrer um aumento máximo de 25%. Entretanto, foi proposto um teto intermédio. Assim, para quem ganha entre 500 e 1500 euros brutos mensais, o peso da renda no vencimento não pode ir além dos 17%. Nestes casos a renda nunca poderá ultrapassar os 255 euros mensais.

XX - Taxa especial de IRS – fi m da isenção de IMIEstá previsto o fi m da isenção em sede de IMI para os

proprietários de prédios devolutos ou em ruínas em zonas classifi cadas. Em contrapartida, os proprietários reclamam do executivo a criação de uma taxa especial para os proveitos com rendas, à margem do restante rendimento. A tributação destes valores vai ter uma taxa especial, equiparada à dos rendimentos de capital, actualmente fi xada em 25%. Contudo, o valor da taxa e a sua entrada em vigor não fi caram para já defi nidos nesta lei, embora se espere que possa entrar em vigor em 2013.

XXI - Seguro de rendasOutra das alterações diz respeito à criação do seguro de

rendas, que será comparticipado pelos próprios senhorios e que serve de garantia quando há incumprimento pelos inquilinos.

XXII - DespejoEm matéria de despejo, pretende-se acelerar estes proces-

sos em tribunal. Enquanto os processos estão pendentes nos tribunais, os inquilinos têm de continuar a pagar as rendas. Presentemente, os arrendatários tinham de depositar no tri-bunal ou pagar o valor referente a todas as rendas em falta; agora limita-se esse valor a seis rendas.

PROCEDIMENTO ESPECIAL DE DESPEJO

Noção: O procedimento especial de despejo é um meio para efetivar a cessação do arrendamento, independentemente do fi m a que este se destina, quando o arrendatário não de-socupe o locado na data prevista na lei ou na data fi xada por convenção entre as partes.

Independentemente do fi m a que se destina o arrendamen-to, podem servir de base ao procedimento especial de despejo:

- Em caso de revogação, o contrato de arrendamento, acompanhado desse acordo;

- Em caso de caducidade pelo decurso do prazo, não sendo o contrato renovável, o contrato escrito donde conste a fi xação desse prazo;

- Em caso de cessação por oposição à renovação, o con-trato de arrendamento acompanhado do comprovativo

da comunicação prevista no artigo 1097.º ou no n.º 1 do artigo 1098.º do Código Civil;

- Em caso de denúncia por comunicação, o contrato de arrendamento, acompanhado do comprovativo da comunicação prevista na alínea c) do artigo 1101.º ou no n.º 1 do artigo 1103.º do Código Civil;

- Em caso de resolução por comunicação, o contrato de arrendamento, acompanhado do comprovativo da co-municação prevista no n.º 2 do artigo 1084.º do Código Civil, bem como, quando aplicável, do comprovativo, emitido pela autoridade competente, da oposição à realização da obra;

- Em caso de denúncia pelo arrendatário, nos termos dos n.ºs 3 e 4 do artigo 1098.º do Código Civil, do artigo 34.º ou do artigo 53.º, o comprovativo da comunicação da iniciativa do senhorio e o documento de resposta do arrendatário.

O procedimento especial de despejo só pode ser utilizado relativamente a contratos de arrendamento cujo imposto do selo tenha sido liquidado.

O pedido de pagamento de rendas, encargos ou despesas que corram por conta do arrendatário pode ser deduzido cumulativamente com o pedido de despejo no âmbito do procedimento especial, desde que tenha sido comunicado ao arrendatário o montante em dívida.

As rendas que se forem vencendo na pendência do proce-dimento especial de despejo devem ser pagas ou depositadas, nos termos gerais.

(Continua no próximo número)

642 Boletim do Contribuinte

RESOLUÇÕESADMINISTRATIVAS

SETEMBRO 2012 - Nº 18

IMIParticipação de rendas

Regime especial de salvaguarda para imóveis arrendados

Esclarecimentos

Tendo sido publicada a Portaria nº 240/2012(1), de 10.08.2012, que aprovou o modelo da Participação de Rendas, referida no nº 2 do artigo 15º-N do Decreto-Lei nº 287/2003, de 12 de novembro, aditado pelo artigo 6º da Lei nº 60-A/2011(2), de 30 de novembro, informa-se o seguinte:

• A referenciada Portaria, nos termos do artigo 4º, entra em vigor em 11.08.2012.

• O prazo de entrega da Participação de Rendas, nos termos do nº 1 do artigo 2º da referida Portaria, termina a 31 de outubro de 2012,

I. Regime especial do IMI para prédios arrendados A avaliação geral de prédios urbanos vem concluir a reforma

da tributação do património iniciada em 2003, como forma de assegurar uma tributação mais justa do património imobiliário.

No sentido de salvaguardar a situação específi ca dos prédios arrendados, a Lei nº 60-A/2011, de 30 de novembro, prevê um regime especial para os prédios ou partes de prédios urbanos arrendados, por contrato de arrendamento para habitação celebrado antes da entrada em vigor do Regime do Arrenda-mento Urbano, aprovado pelo Decreto-Lei nº 321-B/90, de 15 de outubro, ou por contrato de arrendamento para fi ns não habitacionais celebrado antes da entrada em vigor do Decreto--Lei nº 257/95, de 30 de Setembro, e que estejam abrangidos pela avaliação geral.

Nestes casos, sempre que o resultado da avaliação geral for superior ao valor que resultar da capitalização da renda anual através da aplicação do fator 15, será este último o valor patri-monial tributário (VPT) relevante, exclusivamente, para efeitos da liquidação do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI).

II. Modelo da Participação de Rendas 1. Para efeitos da aplicação do regime especial referido no

ponto I, os proprietários, usufrutuários ou superfi ciários devem, através do modelo da Participação de Rendas aprovado pela Portaria acima referenciada, identifi car os prédios urbanos arrendados por contrato de arrendamento para habitação cele-brado antes da entrada em vigor do Regime do Arrendamento Urbano, aprovado pelo Decreto-Lei nº 321-B/90, de 15 de outubro, ou por contrato de arrendamento para fi ns não habi-tacionais celebrado antes da entrada em vigor do Decreto-Lei nº 257/95, de 30 de setembro.

2. Para benefi ciar deste regime, deve o declarante e/ou o sujeito passivo de IMI apresentar o modelo da Participação

de Rendas relativamente aos prédios de que é titular e que se encontram abrangidos por este regime especial de apuramento do valor patrimonial tributário para efeitos, exclusivamente, de liquidação do IMI.

3. O prazo para a entrega da Participação de Rendas termina no dia 31 de outubro de 2012.

4. A Participação de Rendas pode ser enviada por trans-missão eletrónica de dados, através do endereço: www.par-taldasfi nancas.gov.pt/ENTREGAR/DECLARACÕES/lMI/PARTICIPACÃO DE RENDAS (ano 2012).

5. A Participação de Rendas pode, também, ser entregue em qualquer serviço de fi nanças.

III. Documentos a entregar com a Participação de Rendas • Fotocópia autenticada do contrato escrito de arrenda-

mento; e • Cópia dos recibos de renda ou canhotos desses recibos

relativos aos meses de Dezembro de 2010 até ao mês anterior ao da data da apresentação da participação de rendas; ou

• Mapas mensais de cobrança de rendas, nos casos em que estas são recebidas por entidades representativas dos proprietários, usufrutuários ou superfi ciários dos prédios urbanos arrendados.

IV. Procedimentos na falta do contrato escrito de arren-damento

1. Caso o declarante/sujeito passivo não disponha do con-trato escrito de arrendamento, pode, no serviço de fi nanças onde proceder à entrega da participação e/ou dos documentos, entregar requerimento para que a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) solicite, à entidade prestadora do serviço de eletricidade, a confi rmação de que o contrato de abastecimento de eletricidade do prédio arrendado teve início em data anterior à entrada em vigor dos Regimes do Arrendamento Urbano, acima mencionados. devendo indicar, no requerimento, a identifi cação do arrendatário, nome e NIF/NIPC, a morada do prédio e o Código Ponto de Entrega (CPE) inscrito na fatura.

2. Na falta da apresentação do contrato escrito de arren-damento e não sendo possível obter, junto da entidade pres-tadora do serviço de eletricidade, a informação referida no ponto anterior, o declarante/sujeito passivo pode, mediante requerimento, comprovar que o contrato de arrendamento teve início em data anterior à entrada em vigor daqueles diplomas, através de prova documental da existência de outro tipo de contrato de abastecimento (v.g. água, gás, telefone) em nome do arrendatário por referência ao prédio ou, ainda, por via de outro meio de prova documental idóneo.

3. Se os citados contratos de abastecimento não tiverem sido celebrados em nome do arrendatário, como por exemplo no caso da sucessão do contrato de arrendamento, deve o de-clarante/sujeito passivo indicar, nos respectivos requerimentos, a identifi cação da pessoa que celebrou tais contratos, bem como o motivo pelo qual os mesmos não foram celebrados em nome do arrendatário.

4. Após a receção do requerimento referido no ponto 1, o serviço de fi nanças recetor deverá proceder ao seu envio para a Direção de Serviços do Imposto Municipal sobre Imóveis (DSIMI), que obterá a respetiva confi rmação, junto da EDP, nos termos acordados por protocolo entre a AT e aquela enti-

Boletim do Contribuinte 643SETEMBRO 2012 - Nº 18

RESOLUÇÕESADMINISTRATIVAS

dade, conforme o disposto na parte fi nal do nº 5 do artigo 3º da citada Portaria.

V. Anexo 1 do modelo da Participação de Rendas No caso da existência de situações de contitularidade

de direitos sobre prédios, deve a participação de rendas ser apresentada apenas por um dos contitulares, por si e em representação dos demais, juntando para o efeito o Anexo 1 com a identifi cação de todos os contitulares e das respetivas quotas-partes.

VI. Entrega/submissão das Participações de Rendas 1. Nas situações em que a participação de rendas seja apre-

sentada por transmissão eletrónica de dados, os documentos obrigatórios referidos no ponto III podem ser entregues em qualquer serviço de fi nanças, juntamente com o comprovativo de submissão da participação de rendas. Considera-se que a participação de rendas é apresentada na data em que ocorrer a receção dos documentos.

2. Sempre que o sujeito passivo/declarante pretenda cor-rigir a informação constante de uma participação de rendas já submetida, desde que dentro do prazo de entrega (31 de Outubro), poderá:

• Até à receção dos documentos obrigatórios – proceder, via Internet, à substituição da participação de rendas, submetendo nova participação de rendas;

• Após a receção dos documentos – solicitar qualquer al-teração à participação de rendas no serviço de fi nanças onde foram rececionados os documentos.

3. A participação de rendas, pode ser consultada através do endereço: www.portaldasfi nancas.gov.pt/CONSULTAR/DECLARACÕES/IMl/PARTlCIPACÃO DE RENDAS (Ano 2012)

VII. Fixação do VPT e meios de defesa 1. Do valor patrimonial tributário que vier a ser fi xado, para

efeitos exclusivamente de IMI, será o participante notifi cado por transmissão eletrónica de dados ou, não sendo tal possível, por via postal registada.

2. Da fi xação do valor patrimonial tributário dos prédios urbanos objeto da participação de rendas cabe, nos termos do nº 5 do artigo 15º-N do Decreto-Lei nº 287/2003, de 12 de novembro, aditado pelo artigo 6º da Lei nº 60-A/2011, de 30 de novembro, reclamação graciosa ou impugnação judicial a apresentar nos termos referidos no nº 1 do artigo 70.° e na alínea b) do nº 1 do artigo 102º do Código do Procedimento e de Processo Tributário (CPPT).

3. A reclamação graciosa é apresentada e instruída no serviço de fi nanças recetor dos documentos obrigatórios, que a remeterá para o órgão competente para a decisão conforme previsto no artigo 73º do CPPT.

(Of. Circulado nº 40106, de 10.08.2012, da DSIMMSI, da AT)

N.R. 1 – A Lei nº 60-A/2011, de 30.11, foi publicada no Boletim do Contribuinte, 2011, pág. 798.

2 – A Port. nº 240/2012, que aprovou o modelo para participação de rendas, aplicável aos contratos de arrendamento celebrados antes da entrada em vigor ao Regime do Arrendamento Urbano, aprovado pelo DL nº 321-B/90, de 15.10, ou do Decreto-Lei nº 257/95, de 30.9 juntamente com as instruções de preenchimento, procedimento e prazos de entrega, foi transcrita na pág. 619 do último número.

3 – Alertamos todos os interessados que o prazo para apresenta-ção da declaração de participação de rendas termina já próximo dia 31 de Outubro.

Alfândegas e regime aduaneiroArmazéns de exportação

Selagem dos meios de transporte e volumes

Na sequência da publicação do Decreto-Lei nº 180/88, de 20 de Maio, relativo à exportação de mercadorias, foram elaboradas pelos serviços da, à data, Direcção-Geral das Al-fândegas, instruções nacionais sobre este regime aduaneiro.

Entre as várias instruções divulgadas encontram-se as vertidas na Circular nº 177/89, Série II, sobre a apresentação das mercadorias à alfândega.

Resulta dos nºs 1, 2 e 3 do Ponto III da Circular nº 177/89 que os contentores que acondicionam mercadorias a exportar apresentadas à alfândega nos armazéns de exportação devem ser selados pelos respectivos titulares com o selo de modelo especial (previsto no nº 3 do Anexo III da Circular nº 119/89, Série II), que, para esse efeito, os titulares dos armazéns de exportação devem solicitar autorização para utilizar esse selo de modelo especial em conformidade com o descrito na referida Circular nº 119/89 e que, consequentemente, devem anotar o número de selo utilizado no exemplar da declaração aduaneira de exportação.

Esta Circular nº 119/89 continha as instruções, à data, sobre a simplifi cação, do regime de trânsito comunitário/comum, do estatuto de expedidor autorizado e previa a necessidade dos titulares deste estatuto procederem à selagem dos meios de transporte ou dos volumes através de um selo de modelo especial. Estas instruções foram, entretanto, revogadas e subs-tituídas pela Circular nº 53/2002, Série II, relativa ao estatuto de expedidor autorizado e pela Circular nº 2/2010, Série II, relativa à simplifi cação de utilização de selos de um modelo especial.

Quer o estatuto de expedidor autorizado quer a utilização de selos de um modelo especial constituem simplifi cações do regime de trânsito comunitário/comum, pelo que apenas se aplicam em situações em que as mercadorias são sujeitas a esse regime aduaneiro.

Por fi m, é de referir que não resulta do Despacho Normativo nº 87/88 a obrigação do titular do armazém de exportação, em relação às mercadorias aí apresentadas à alfândega para exportação, de proceder à selagem dos respetivos meios de transporte ou volumes.

Deste modo, tendo em consideração o descrito nos pará-grafos anteriores, é determinada a revogação dos nºs 1, 2 e 3 do Ponto III da Circular nº 177/89.

(Ofício Circulado nº 15064/2012, de 4.9.2012, da Dir. de Serviços de Regulação Aduaneira, da AT)

644 Boletim do Contribuinte

INFORMAÇÕESVINCULATIVAS

SETEMBRO 2012 - Nº 18

IRCEnquadramento das sociedades

de investimento (SICAV) luxemburguesas Convenção sobre dupla tributação

FICHA DOUTRINÁRIA Diploma: CIRC e CDT LUXEMBURGO Artigo: 98º e 4º e 29º Assunto: Enquadramento das sociedades de investimento

(SICAV) luxemburguesas na CDT Luxemburgo Processo: 1588/2010, com Despacho de 20/09/2010, do

Diretor de Serviços das Relações Internacionais

Conteúdo: As Autoridades Fiscais do Luxemburgo solicitaram a abertura de procedimento amigável com vista à uniformização da interpretação da CDT luxembur-go no que respeita ao enquadramento das SICAV luxemburguesas naquela convenção.

Sobre a referida questão foi sancionado o seguinte entendimento:

1. A forma de funcionamento das SICAV implica a assunção de algum do risco do investimento, o que poderá implicar que a própria sociedade tenha uma actividade autónoma relativamente aos inves-tidores, obtendo proveitos e suportando despesas, podendo, assim, estar sujeita a tributação.

2. De acordo com o disposto no artigo 4º da Con-venção entre a República Portuguesa e o Grão--Ducado do Luxemburgo para evitar as Duplas Tributações e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de Impostos sobre o Rendimento e o Património, cuja a aprovação para ratifi cação foi efectuada pela Resolução da Assembleia da República n.º 56/2000, publicada no Diário da República, I Série, de 30 de Junho de 2000, e o Aviso relativo à troca de instrumentos de ratifi cação foi publicado no Diário da República, I Série, de 30 de Dezembro de 2000 (CDT Luxemburgo), são considerados residentes num Estado contratante quaisquer pessoas que ai estejam sujeitas a tributação em virtude do seu domicílio, residência ou sede.

3. Razão pela qual tais sociedades de investimento (SICAV) não estão abrangidas pelo disposto no artigo 29º da CDT e no aditamento ao mesmo artigo constante do Protocolo anexo á CDT, de-vendo considerar-se como abrangidas pela CDT, nomeadamente no seu artigo 1º, desde que reúnam condições para serem consideradas como residentes fi scais no Luxemburgo, nos termos do disposto no artigo 4º da mesma convenção.

IVARegime do ouro

Enquadramento da actividade de “prestamista”

FICHA DOUTRINÁRIA Diploma: D.L. 362/99, de 16/09 Assunto: Regime do ouro Processo: A100 2006107 - despacho do SDG dos Impostos,

substituto legal do Diretor-Geral, em 21-01-2009

Conteúdo: Tendo por referência o pedido de informação vin-culativa, efectuado ao abrigo dos artigos 59°, n°3, alínea e), e 68°, ambos da Lei Geral Tributária, do sujeito passivo “A”, cumpre informar o seguinte:

1. Coloca o sujeito passivo dúvidas sobre o regime especial aplicável ao ouro para investimento e, qual o enquadramento da actividade de “prestamista”.

2. O Decreto-Lei n° 362/99, de 16/09, cuja entrada em vigor ocorreu em 1 de Janeiro de 2000, procedeu à aprovação do regime especial aplicável ao ouro para investimento, transpondo para o ordenamento jurídico nacional a Directiva 98/80/CE, do Conse-lho, de 12 de Outubro de 1998.

3. Através do Ofício-Circulado n° 30 014, de 2000/01/13, desta Direcção de Serviços, foram dadas instruções administrativas no sentido de clarifi car a aplicação do referido regime especial.

4. Assim, este regime é exclusivamente destinado às operações sobre ouro para investimento, sendo este considerado como tal, nos termos do n° 1 do art° 2° do Regime, se cumulativamente reunir as seguintes condições:

- Se apresente sob a forma de barra ou de placa, com pesos aceites pelos mercados de ouro;

- Tenha um toque igual ou superior a 995 milésimos, seja representado ou não por títulos;

- As barras ou placas sejam de peso superior a 1 g. 5. De harmonia com o n° 1 do art° 3° do Regime,

“Estão isentas de imposto sobre o valor acrescen-tado as transmissões, aquisições intracomunitárias e importações de ouro para investimento” como tal defi nido no art° 2° do Regime, qualquer que seja o destino que lhe seja dado ou a natureza do adquirente (sujeito passivo ou particular).

6. Para efeitos da aplicação da referida isenção, nos termos do n° 2 do art° 3° do Regime, consideram-se também transmissões de bens “as operações sobre ouro para investimento representado por certifi ca-dos de ouro, afectado ou não afectado, ou negociado em contas -ouro, incluindo, nomeadamente, os empréstimos e swaps de ouro que comportem um direito de propriedade ou de crédito sobre ouro para investimento, bem como as operações sobre ouro para investimento que envolvam contratos de futuros ou contratos forward que conduzam à transmissão do direito de propriedade ou de crédito sobre ouro para investimento”.

Boletim do Contribuinte 645

INFORMAÇÕESVINCULATIVAS

SETEMBRO 2012 - Nº 18

(Continua na pág. seguinte)

7. Ficam igualmente isentas de IVA “as prestações de serviços de intermediários, que atuam em nome e por conta de outrem, quando intervenham nas operações de ouro para investimento”.

8. Todavia, o art° 5° do Regime permite a renúncia à isenção (caso a caso), quando o adquirente seja:

- Um sujeito passivo do IVA dos mencionados na alínea a) do n° 1 do artigo 2° do Código do IVA;

- Um sujeito passivo registado para efeitos de IVA noutro Estado membro;

- Um adquirente de um país não pertencente à Comunidade Europeia; optando pela aplicação do imposto às transmissões a que se refere o artigo 3° aos sujeitos passivos que, nomeadamente:

- Produzam ouro para investimento; - Transformem qualquer ouro em ouro para inves-

timento; - Forneçam habitualmente ouro para fi ns industriais

no quadro da sua atividade profi ssional. 9. É ainda permitido aos intermediários que ctuem

em nome e por conta de outrem, a renúncia à isenção, optando pela aplicação do imposto às suas presta-ções de serviços, relacionadas com transmissões de ouro para investimento, desde que nas referidas transmissões tenha havido renúncia à isenção.

10. Relativamente ao direito à dedução, os sujeitos passivos que efectuem operações isentas, nos termos do artigo 3° do Regime, só têm direito à dedução específi ca prevista no art° 8° do Regime, ou seja não lhes é permitida a dedução da totalidade do imposto suportado com aquisições de bens e ser-viços destinados à actividade tributável, podendo apenas deduzir:

- O imposto devido ou pago sobre o ouro para investimento adquirido a um outro sujeito passivo que tenha exercido a renúncia à isenção prevista no artigo 5°;

- O imposto devido ou pago sobre as aquisições efectuadas no território nacional, as aquisições intracomunitárias e as importações de ouro que não seja de ouro para investimento que, por si ou em seu nome, seja posteriormente transformado em ouro para investimento;

- O imposto devido ou pago nas prestações de serviços adquiridas para alterar a forma, o peso ou o toque de ouro para investimento, ou de ouro que, através dessas operações, seja transformado em ouro para investimento.

11. Por sua vez, nos termos do art° 9° do Regime, os sujeitos passivos que produzam ou transformem ouro em ouro para investimento, cuja transmissão seja isenta nos termos do artigo 3°, têm direito a

deduzir o imposto por eles devido ou pago rela-tivamente à aquisição intracomunitária ou impor-tação dos bens ou serviços ligados à produção ou transformação desse ouro.

12. Os sujeitos passivos que renunciarem à isenção prevista no art° 5° do Regime têm direito à dedução do imposto que tenha incidido sobre os bens ou serviços adquiridos, importados ou utilizados para a realização dessas operações, nos termos do n° 1 do artigo 20° do CIVA e do n° 2 do artigo 19° do RITI.

No entanto, determina-se que a dedução tenha lugar com aplicação do método da afetação real previsto no n° 2 do artigo 23° do Código do IVA.

13. Chama-se ainda à atenção de que, tenha havido ou não renúncia à isenção do imposto, o n° 3 do artigo 6° do Regime estabelece que as operações relativas ao ouro de investimento não são consideradas para efeitos da determinação da percentagem de dedução referida no n° 4 do artigo 23° do Código do IVA que seja aplicável a outras operações desenvolvidas pelo sujeito passivo.

14. Quanto às transmissões, aquisições intracomunitárias e importações de ouro que não seja ouro para investimento, as mesmas estão sujeitas a tributação de acordo com as regras do Código do IVA e do RITI.

15. Porém, na segunda parte do n° 1 do art° 10° do Regime especial aplicável ao ouro para investimen-to, estabelece-se que nas transmissões de ouro:

- sob a forma de matéria-prima (barra, placa, grana-lha, solda, etc.) ou de produtos semitransformados (por ex. fi o, fi ta, tubo que não sejam artefactos de ouro);

- com um toque igual ou superior a 325 milésimos; o devedor do imposto é o adquirente, desde que sujeito passivo de IVA, com direito à dedução total ou parcial do imposto, que deverá proceder à liqui-dação e dedução simultânea na declaração periódica de imposto, não constituindo o IVA qualquer custo fi nanceiro para estes sujeitos passivos.

16. No que respeita aos artefactos de ouro as suas transmissões, aquisições intracomunitárias e im-portações estão sujeitas a IVA nos termos gerais previstos no Código do IVA e no RITI.

17. Do exposto, conclui-se: - As transmissões, aquisições intracomunitárias e

importações de ouro que não seja ouro para inves-timento estão sujeitas a tributação de acordo com as regras do Código do IVA e do RITI;

- O regime especial aplicável ao ouro para inves-timento (Decreto-Lei n° 362/99 de 16/09) só é aplicável ao ouro que cumulativamente apresente as condições do n° 1 do art° 2° do Regime, sendo as suas transmissões, aquisições intracomunitárias e importações isentas, qualquer que seja o destino que lhe seja dado ou a natureza do adquirente (sujeito passivo ou particular);

646 Boletim do Contribuinte

INFORMAÇÕESVINCULATIVAS

SETEMBRO 2012 - Nº 18

- Os sujeitos passivos que produzam ouro para investimento, transformem qualquer ouro em ouro para investimento, forneçam habitualmente ouro para fi ns industriais no quadro da sua actividade profi ssional, podem renunciar à isenção anterior-mente referida desde que o adquirente seja um sujeito passivo do IVA dos mencionados na alínea a) do n° 1 do artigo 2° do Código do IVA ou um sujeito passivo registado para efeitos de IVA noutro Estado membro ou ainda um adquirente de um país não pertencente à Comunidade Europeia;

- Ainda que sujeitas à tributação pelas regras gerais, as transmissões de ouro sob a forma de matéria--prima ou de produtos semitransformados (que não sejam artefactos), de toque igual ou superior a 325 milésimos, o pagamento do imposto e as demais obrigações decorrentes dessas operações (com exceção das previstas no art° 12° do Regime - registo de operações) devem ser cumpridas pelo adquirente, desde que sujeito passivo que tenha direito à dedução total ou parcial do imposto.

18. De harmonia com o art° 13° do Regime, “Em tudo o que não se revelar contrário ao disposto no presente regime especial aplicam-se as disposições do Código do IVA e do Regime do IVA nas Tran-sacções lntracomunitárias de Bens”.

19. Assim, de acordo com a alínea b) do n.° 1 do art.° 29° do CIVA, os sujeitos passivos de imposto são obrigados a emitir uma fatura ou documento equivalente por cada transmissão de bens ou prestação de serviços, tal como vêm defi nidas nos art.°s 3° e 4° do presente diploma, bem como pelos pagamentos que lhe sejam efectuados antes da data da transmissão de bens ou da prestação de serviços.

20. As referidas facturas ou documentos equivalen-tes, de harmonia com o n.° 1 do art.° 36° do CIVA, devem ser emitidos o mais tardar no quinto dia útil seguinte ao do momento em que o imposto é devido nos termos do art.° 7° do Código, salvo se houver pagamentos relativos a uma transmissão de bens ou prestação de serviços ainda não efectuada, a data da emissão do documento comprovativo coincidirá sempre com a da percepção de tal montante.

21. Os referidos documentos, só são considerados passados de forma legal se neles constarem todos os elementos do n.° 5 do art.° 36 do CIVA, ou seja:

a) Os nomes, fi rmas ou denominações sociais e a sede ou domicílio do fornecedor de bens ou prestador de serviços e do destinatário ou adquirente, bem como os correspondentes números de identifi cação fi scal dos sujeitos passivos de imposto;

b) A quantidade e denominação usual dos bens transmitidos ou dos serviços prestados, com espe-cifi cação dos elementos necessários à determinação da taxa aplicável; as embalagens não efectivamente transaccionadas deverão ser objecto de indicação separada e com menção expressa de que foi acordada a sua devolução;

c) O preço líquido de imposto, e os outros elementos incluídos no valor tributável;

d) As taxas aplicáveis e o montante de imposto devido;

e) O motivo justifi cativo da não aplicação do im-posto, se for caso disso;

f) A data em que os bens foram colocados à dis-posição do adquirente, em que os serviços foram realizados ou em que foram efectuados pagamentos anteriores à realização das operações, se essa data não coincidir com a data da emissão da factura.

No caso de a operação ou operações às quais se reporta a factura compreenderem bens ou ser-viços sujeitos a taxas diferentes de imposto, os elementos mencionados nas alíneas b), c) e d) devem ser indicados separadamente, segundo a taxa aplicável.

22. Pelo exposto os sujeitos passivos que efectuem transmissões de ouro para investimento, estão obrigados quando da emissão das facturas ou documentos equivalentes a processa-las de acordo com o n° 5 do art° 36° do CIVA, nomeadamente o motivo justifi cativo da não aplicação do imposto [alínea e)] ou seja:

- Se se tratarem de transmissões de ouro para investimento isentas, nos termos do artigo 3° do Regime, o fornecedor deve indicar na fatura o mo-tivo justifi cativo da não aplicação do imposto, por exemplo: “isento - Regime especial do ouro para investimento” ou “Isento - artigo 3° do Regime aprovado pelo DL n° 362/99”;

- Se se tratar de transmissões de ouro para inves-timento em que tenha sido exercida a renúncia à isenção do imposto (art° 5° do Regime) e nas transmissões de ouro sob a forma de matéria-prima ou de produtos semitransformados de toque igual ou superior a 325 milésimos (nos termos do art° 10° do Regime), o fornecedor dos bens deve, para cumprimento do disposto no artigo 36°, n° 5, e), do Código do IVA, incluir na factura emitida a menção “Regime especial do ouro - IVA devido pelo adquirente”.

23. No que respeita à actividade de “Prestamista”, esta Direcção de Serviços entende que a mesma não confi gura uma actividade de revenda de bens, conforme aquela, que se encontra vinculada nos pressupostos elencados na alínea c) do art° 2° do Decreto-Lei n° 199/96, de 18 de Outubro, pelo que está sujeita ao regime geral de IVA, e à taxa normal de 19% (actualmente, 23%), por força do estabelecido na alínea c) do n° 1 do art° 18° do CIVA.

(Continuação da pág. anterior)

Boletim do Contribuinte 647

INFORMAÇÕESVINCULATIVAS

SETEMBRO 2012 - Nº 18

IVAMontagem de sistemas de rega

FICHA DOUTRINÁRIA Diploma: CIVA Artigo: 2º, nº 1, j) Assunto: Montagem de sistemas de rega Processo: A109 2009062 - despacho do SDG dos Impostos,

substituto legal do Director -Geral, em 16-06-2009

Conteúdo: Tendo por referência o pedido de informação vin-culativa, formulado ao abrigo do artigo 68° da Lei Geral Tributária (LGT) pelo sujeito passivo “A”, presta-se a seguinte informação.

1. O sujeito passivo acima referido, encontrando-se enquadrado em IVA no regime normal mensal, vem expor e solicitar o seguinte:

1.1 Exerce a actividade de “comercialização de motores e bombas de rega, regas por aspersão e micro-aspersão, montagens e captação de água”.

1.2 Muitos dos trabalhos que efetua são prestados a empresas que exercem a sua atividade na área agrícola, nomeadamente a montagem de pivots de rega e sistemas de rega gota a gota, pelo que necessita de efetuar abertura de valas para instalar os tubos de rega.

1.3 Não tem sido entendido, pelo sujeito passivo, que os trabalhos em questão estejam abrangidos pela regra de inversão do sujeito passivo nos serviços de construção civil, uma vez que a atividade da empresa não se enquadra em nenhum serviço de construção civil.

1.4 Contudo, dado o conceito extremamente abran-gente de obra, tem dúvidas acerca da interpretação daquela norma, nomeadamente se deve ser aplica-da, ou não, a regra de inversão nos serviços que presta, uma vez que, segundo o sujeito passivo, não se encontra a construir redes de rega, mas sim fornecer e montar tubos que podem ser utilizados para várias situações.

1.5 Tendo em consideração os factos expostos, vem solicitar uma informação vinculativa, no sentido de enquadrar corretamente a atividade que exerce perante a referida regra de inversão do sujeito passivo.

2. A alínea j) do n° 1 do artigo 2° do Código do IVA (CIVA), aditada pelo art. 1° do Decreto-Lei n° 21/2007, de 29 de Janeiro, refere que são sujeitos passivos do imposto “As pessoas singulares ou colectivas referidas na alínea a) que disponham

de sede, estabelecimento estável ou domicílio em território nacional e que pratiquem operações que confi ram o direito à dedução total ou parcial do imposto, quando sejam adquirentes de serviços de construção civil, incluindo a remodelação, reparação, manutenção, conservação e demolição de bens imóveis, em regime de empreitada ou subempreitada.”

3. Nos termos do Ofício-Circulado n° 30.101, de 2007-05-24, desta Direcção de Serviços, nomea-damente do ponto 1.2., para que haja inversão do sujeito passivo, é necessário que, cumulativamente:

a) se esteja na presença de aquisição de serviços de construção civil;

b) o adquirente seja sujeito passivo do IVA em Portugal e aqui pratique operações que confi ram, total ou parcialmente, o direito à dedução do IVA.

4. No Anexo I ao referido Ofício, Lista exempli-fi cativa de serviços aos quais se aplica a regra de inversão, constam, entre outros, os seguintes serviços:

- abertura de valas; - construção de redes de rega. 5. Deste modo, constata-se que a construção de

redes de rega encontra-se dentro do conceito de serviços de construção civil, e, consequentemente, abrangida pela regra de inversão em causa, desde que, conforme foi referido, o adquirente seja su-jeito passivo do IVA em Portugal e aqui pratique operações que confi ram, total ou parcialmente, o direito à dedução do IVA.

6. O facto referenciado pelo sujeito passivo, que não se encontra a construir redes de rega, mas sim a fornecer e montar tubos que podem ser utilizados para várias situações, não pode merecer acolhi-mento, uma vez que, conforme o próprio refere, a sua actividade consiste na montagem de pivots de rega e sistemas de rega gota a gota, necessitando de efetuar abertura de valas para instalar os tubos de rega.

7. Concluindo, temos que o sujeito passivo fornece e instala tubagem variada, unidades de bombagem para elevação de água, quadros elétricos, bem como todo o serviço de montagem e instalação, com recurso, inclusivamente, a abertura de valas. Trata-se, na verdade, de um sistema de rega, mais ou menos complexo, dependendo das fi nalidades e terreno em causa.

8. Por isso, tendo em consideração que tais serviços constam, expressamente, do Anexo I ao Ofício--Circulado n° 30.101, já referido anteriormente, não restam dividas que deve ser aplicada a regra de inversão em causa aos serviços em apreço, pelo que a faturação deve ser emitida sem a liquidação de IVA, e deve conter a expressão “IVA devido pelo adquirente”, nos termos do n° 13 do artigo 36° do CIVA.

Boletim do Contribuinte648SETEMBRO 2012 - Nº 18

LEGISLAÇÃO

Cartão de ContribuinteNovo modelo

Revogação da Portaria nº 377/2003, de 10 de maio

Portaria n.º 255/2012 de 27 de agosto

(in DR n.º 165, I Série, de 27.8.2012)

Considerando que o cartão de cidadão, aprovado pela Lei n.º 7/2007, de 5 de fevereiro, veio substituir o cartão de contribuinte para os cidadãos nacionais, bem como para os cidadãos brasileiros que recorreram à faculdade prevista no n.º 2 do artigo 3.º daquela lei;

Considerando que, por força do disposto no n.º 1 do artigo 39.º do Decreto-Lei n.º 247-B/2008, de 30 de dezembro, deixaram, a partir da sua entrada em vigor, de ser emitidos cartões de identifi -cação fi scal de pessoa coletiva para todas as entidades abrangidas pelo artigo 3.º do referido diploma;

Considerando que a emissão do cartão de contribuinte fi ca circunscrita às pessoas singulares que não tenham nacionalidade portuguesa, com exceção dos cidadãos brasileiros que recorram à faculdade prevista no n.º 2 do artigo 3.º da Lei n.º 7/2007, de 5 de fevereiro, bem como às entidades não abrangidas pelo artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 247-B/2008, de 30 de dezembro*;

Considerando que, face às alterações legislativas entretanto ocorridas, importa adaptar o modelo de cartão de contribuinte, não se justifi cando a existência de dois modelos, um para pessoas singulares e outro para pessoas coletivas;

Considerando que o modelo de cartão de contribuinte pode ser simplifi cado, eliminando-se a incorporação no mesmo de elementos que se consideram indispensáveis;

Considerando a necessidade de fazer refl etir no cartão de contri-buinte o atual logótipo da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT):

Assim:Manda o Governo, pelo Ministro de Estado e das Finanças, ao

abrigo do disposto no n.º 1 do artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 463/79, de 30 de novembro, na redação dada pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 266/91, de 6 de agosto, o seguinte:

Artigo 1.ºÉ aprovado o novo modelo, em anexo à presente portaria,

do cartão de contribuinte.

Artigo 2.º

O cartão de contribuinte possui duas faces, sendo impresso na frente:

a) A expressão «Pessoa Singular» ou «Pessoa Coletiva», antecedendo o número de identifi cação fi scal e o nome ou denominação;

b) A data de emissão do respetivo cartão.

Artigo 3.º

Por força do disposto na Lei n.º 7/2007, de 5 de fevereiro, e no Decreto-Lei n.º 247B-2008, de 30 de dezembro, o cartão de contribuinte apenas é emitido em nome de:

a) Pessoas singulares que não tenham nacionalidade portuguesa, com exceção dos cidadãos brasileiros que recorram à faculdade prevista no n.º 2 do artigo 3.º da Lei n.º 7/2007, de 5 de fevereiro;

b) Entidades não abrangidas pelo artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 247-B/2008, de 30 de dezembro.

Artigo 4.º

Quando o contribuinte pessoa singular passe a ser titular do cartão de cidadão, cessa, automaticamente, a validade do seu cartão de contribuinte de pessoa singular.

Artigo 5.º

Quando o contribuinte pessoa coletiva ou entidade equipa-rada, abrangido pelo artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 247-B/2008, de 30 de dezembro, passe a ser titular de cartão de empresa ou de cartão de pessoa coletiva, cessa, automaticamente, a validade do seu cartão de contribuinte de pessoa coletiva.

Artigo 6.º

Sem prejuízo do disposto nos números anteriores, mantêm--se válidos os cartões de contribuinte emitidos pela adminis-tração fi scal, incluindo os emitidos nos termos da Portaria n.º 862/99, de 8 de outubro.

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Boletim do Contribuinte 649SETEMBRO 2012 - Nº 18

LEGISLAÇÃO

Artigo 7.ºÉ revogada a Portaria n.º 377/2003, de 10 de maio.

Artigo 8.ºA presente portaria entra em vigor no dia seguinte ao da

sua publicação.N.R. * O DL nº 247-B/2008, de 30.12, aprovou o SICAE (Sistema

de Informação da Classifi cação Portuguesa das Atividades Económi-cas) e aprovou o “Cartão da Empresa” e o cartão de pessoa coletiva.

ANEXOModelo do cartão de contribuinte

Cartão de plástico com as dimensões: 85 mm x 54 mm - cantos redondos com as seguintes especifi cações:

Frente

Impressão a 1/1 corPantone Solid C. 281Logótipo: AT 100 % wLetras dos dados indicativos do contribuinte: impressão a cor branca na emissão do cartão

(variando a designação da «pessoa»)

Verso

A quem encontrar este cartão,pede-se o favor de o entregar urgentemente

em qualquer Serviço da AT - Autoridade Tributária e Aduaneira

Pantone Solid C. 281Banda de fita magnéticaLogótipo: AT 100 % wBarra horizontal branca: para assinatura do contribuinteLetras: impressão a branco «A quem encontrar este cartão, pede -se o favor de o entregar

urgentemente em qualquer Serviço da AT — Autoridade Tributária e Aduaneira»

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Boletim do Contribuinte650SETEMBRO 2012 - Nº 18

REGIME DE BENS EM CIRCULAÇÃO OBJETO DE TRANSAÇÕES ENTRE SUJEITOS PASSIVOS DE IVA(Aprovado pelo Decreto-Lei n.º 147/2003, de 11.7 - Versão atualizada e republicada pelo Decreto-Lei nº 198/2012,

de 24 de agosto, a vigorar a partir de 1 de janeiro de 2013)

ARTIGO 1.ºÂmbito de aplicação

Todos os bens em circulação, em território nacional, seja qual for a sua natureza ou espécie, que sejam objeto de operações realizadas por sujeitos passivos de imposto sobre o valor acres-centado deverão ser acompanhados de documentos de transporte processados nos termos do presente diploma.

ARTIGO 2.ºDefi nições

1 - Para efeitos do disposto no presente diploma considera-se:

a) «Bens» os que puderem ser objeto de transmissão nos termos do artigo 3.º do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado;

b) «Documento de transporte» a fatura, guia de remessa, nota de devolução, guia de transporte ou documentos equivalentes;

c) «Valor normal» o preço de aquisição ou de custo devida-mente comprovado pelo sujeito passivo ou, na falta deste o valor normal determinado nos termos do n.º 4 do artigo 16.º do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado;

d) «Remetente» a pessoa singular ou coletiva ou entidade fi scalmente equiparada que colocou os bens em circulação à disposição do transportador para efetivação do respetivo transporte ou operações de carga, bem como o transportador quando os bens em circulação lhe pertençam;

e) «Transportador» a pessoa singular ou coletiva ou entidade fi scalmente equiparada que, recebendo do remetente ou de anterior transportador os bens em circulação, realiza ou se propõe realizar o seu transporte até ao local de destino ou de transbordo ou, em caso de dúvida, a pessoa em nome de quem o veículo transportador se encontra registado, salvo se o mesmo for objeto de um contrato de locação fi nanceira, considerando-se aqui o respetivo locatário;

f) «Transportador público regular coletivo» a pessoa singular ou coletiva ou entidade fi scalmente equiparada que exerce a atividade de exploração de transportes coletivos e que se encontra obrigada ao cumprimento de horários e itinerários nas zonas geográfi cas que se lhes estão concessionadas;

g) «Destinatário ou adquirente» a pessoa singular ou coletiva ou entidade fi scalmente equiparada a quem os bens em circulação são postos à disposição;

h) «Local de início de transporte ou de carga» o local onde o re-metente tenha entregue ou posto à disposição do transportador os bens em circulação, presumindo-se como tal o constante no documento de transporte, se outro não for indicado;

i) «Local de destino ou descarga» o local onde os bens em circulação forem entregues ao destinatário, presumindo-se como tal o constante no documento de transporte, se outro não for indicado;

j) «Primeiro local de chegada» o local onde se verifi car a primeira rutura de carga.

2 - Para efeitos do disposto no presente diploma:a) Consideram-se «bens em circulação» todos os que se encon-

trem fora dos locais de produção, fabrico, transformação, exposição, dos estabelecimentos de venda por grosso e a retalho ou de armazém de retém, por motivo de transmissão onerosa, incluindo a troca, de transmissão gratuita, de de-volução, de afetação a uso próprio, de entrega à experiência ou para fi ns de demonstração, ou de incorporação em pres-tações de serviços, de remessa à consignação ou de simples transferência, efetuadas pelos sujeitos passivos referidos no artigo 2.º do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado;

b) Consideram-se ainda bens em circulação os bens encontra-dos em veículos nos atos de descarga ou transbordo mesmo quando tenham lugar no interior dos estabelecimentos co-merciais, lojas, armazéns ou recintos fechados que não sejam casa de habitação, bem como os bens expostos para venda em feiras e mercados a que se referem os Decretos-Leis n.os 252/86, de 25 de agosto, e 259/95, de 30 de setembro.

ARTIGO 3.ºExclusões

1 - Excluem-se do âmbito do presente diploma:a) Os bens manifestamente para uso pessoal ou doméstico

do próprio;b) Os bens provenientes de retalhistas, sempre que tais bens se

destinem a consumidores fi nais que previamente os tenham adquirido, com exceção dos materiais de construção, artigos de mobiliário, máquinas elétricas, máquinas ou aparelhos recetores, gravadores ou reprodutores de imagem ou de som, quando transportados em veículos de mercadorias;

c) Os bens pertencentes ao ativo imobilizado;d) Os bens provenientes de produtores agrícolas, apícolas, sil-

vícolas ou de pecuária resultantes da sua própria produção, transportados pelo próprio ou por sua conta;

e) Os bens dos mostruários entregues aos pracistas e viajan-tes, as amostras destinadas a ofertas de pequeno valor e o material de propaganda, em conformidade com os usos co-merciais e que, inequivocamente, não se destinem a venda;

f) Os fi lmes e material publicitário destinados à exibição e exposição nas salas de espetáculos cinematográfi cos, quando para o efeito tenham sido enviados pelas empresas distribui-doras, devendo estas fazer constar de forma apropriada nas embalagens o respetivo conteúdo e a sua identifi cação fi scal;

g) Os veículos automóveis, tal como se encontram defi nidos no Código da Estrada, com matrícula defi nitiva;

h) As taras e embalagens retornáveis;i) Os resíduos sólidos urbanos provenientes das recolhas

efetuadas pelas entidades competentes ou por empresas a prestarem o mesmo serviço.

*

* O DL nº 198/2012, de 24 de agosto foi transcrito na pág. 614 do último número do Boletim do Contribuinte.

Boletim do Contribuinte 651SETEMBRO 2012 - Nº 18

REGIME DE BENS EM CIRCULAÇÃO OBJETO DE TRANSAÇÕES ENTRE SUJEITOS PASSIVOS DE IVA(Aprovado pelo Decreto-Lei n.º 147/2003, de 11.7 - Versão atualizada e republicada pelo Decreto-Lei nº 198/2012,

de 24 de agosto, a vigorar a partir de 1 de janeiro de 2013)

2 - Encontram-se ainda excluídos do âmbito do presente diploma:

a) Os produtos sujeitos a impostos especiais de consumo, tal como são defi nidos no artigo 4.º do Código dos Impostos Especiais de Consumo, publicado em anexo ao Decreto--Lei n.º 566/99, de 22 de dezembro, quando circularem em regime suspensivo nos termos desse mesmo Código;

b) Os bens respeitantes a transações intracomunitárias a que se refere o Decreto-Lei n.º 290/92, de 28 de dezembro;

c) Os bens respeitantes a transações com países ou territórios terceiros quando em circulação em território nacional sem-pre que sujeitos a um destino aduaneiro, designadamente os regimes de trânsito e de exportação, nos termos do Regula-mento (CEE) n.º 2913/92, do Conselho, de 12 de outubro;

d) Os bens que circulem por motivo de mudança de instala-ções do sujeito passivo, desde que o facto e a data da sua realização sejam comunicados às direções de fi nanças dos distritos do itinerário, com pelo menos oito dias úteis de antecedência, devendo neste caso o transportador fazer-se acompanhar de cópia dessas comunicações.

3 - Relativamente aos bens referidos nos números anteriores, não sujeitos à obrigatoriedade de documento de transporte nos termos do presente diploma, sempre que existam dúvidas sobre a legalidade da sua circulação, pode exigir-se prova da sua pro-veniência e destino.

4 - A prova referida no número anterior pode ser feita mediante a apresentação de qualquer documento comprovativo da natureza e quantidade dos bens, sua proveniência e destino.

ARTIGO 4.ºDocumentos de transporte

1 - As faturas devem conter obrigatoriamente os elementos referidos no n.º 5 do artigo 36.º do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado.

2 - Sem prejuízo do disposto no n.º 6 do presente artigo, as guias de remessa ou documentos equivalentes devem conter, pelo menos, os seguintes elementos:

a) Nome, fi rma ou denominação social, domicílio ou sede e número de identifi cação fi scal do remetente;

b) Nome, fi rma ou denominação social, domicílio ou sede do destinatário ou adquirente;

c) Número de identifi cação fi scal do destinatário ou adquirente, quando este seja sujeito passivo, nos termos do artigo 2.º do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado;

d) Designação comercial dos bens, com indicação das quan-tidades.

3 - Os documentos de transporte referidos nos números ante-riores cujo conteúdo não seja processado por computador devem conter, em impressão tipográfi ca, a referência à autorização minis-terial relativa à tipografi a que os imprimiu, a respetiva numeração atribuída e ainda os elementos identifi cativos da tipografi a, nomea-damente a designação social, sede e número de identifi cação fi scal.

4 - As faturas, guias de remessa ou documentos equivalentes devem ainda indicar os locais de carga e descarga, referidos como tais, e a data e hora em que se inicia o transporte.

5 - Na falta de menção expressa dos locais de carga e descarga e da data do início do transporte, presumir-se-ão como tais os constantes do documento de transporte.

6 - Os documentos de transporte, quando o destinatário não seja conhecido na altura da saída dos bens dos locais referidos no n.º 2 do artigo 2.º, são processados globalmente, nos termos referidos nos artigos 5.º e 8.º, e impressos em papel, devendo proceder-se do seguinte modo à medida que forem feitos os fornecimentos:

a) No caso de entrega efetiva dos bens, devem ser processados em duplicado, utilizando-se o duplicado para justifi car a saída dos bens;

b) No caso de saída de bens a incorporar em serviços prestados pelo remetente dos mesmos, deve a mesma ser registada em documento próprio, nomeadamente folha de obra ou qualquer outro documento equivalente.

7 - Nas situações referidas nas alíneas a) e b) do número anterior, deve sempre fazer-se referência ao respetivo documento global.

8 - As alterações ao local de destino, ocorridas durante o trans-porte, ou a não aceitação imediata e total dos bens transportados, obrigam à emissão de documento de transporte adicional em papel, identifi cando a alteração e o documento alterado.

9 - No caso em que o destinatário ou adquirente não seja sujeito passivo, far-se-á menção do facto no documento de transporte.

10 - Em relação aos bens transportados por vendedores am-bulantes e vendedores em feiras e mercados, destinados a venda a retalho, abrangidos pelo regime especial de isenção ou regime especial dos pequenos retalhistas a que se referem os artigos 53.º e 60.º do Código do IVA, respetivamente, o documento de trans-porte pode ser substituído pelas faturas de aquisição processadas nos termos e de harmonia com o artigo 36.º do mesmo Código.

11 - Os documentos referidos nas alíneas a) e b) do n.º 6 e as alterações referidas no n.º 8 são comunicados na forma prevista na alínea b) do n.º 6 do artigo seguinte.

ARTIGO 5.ºProcessamento dos documentos de transporte

1 - Os documentos referidos na alínea b) do n.º 1 do artigo 2.º devem ser emitidos por uma das seguintes vias:

a) Por via eletrónica, devendo estar garantida a autenticidade da sua origem e a integridade do seu conteúdo, de acordo com o disposto no Código do IVA;

b) Através de programa informático que tenha sido objeto de prévia certifi cação pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), nos termos da Portaria n.º 363/2010, de 23 de junho, alterada pela Portaria n.º 22-A/2012, de 24 de janeiro;

c) Através de software produzido internamente pela empresa ou por empresa integrada no mesmo grupo económico, de cujos respetivos direitos de autor seja detentor;

d) Diretamente no Portal das Finanças;e) Em papel, utilizando-se impressos numerados seguida e

tipografi camente.2 - Os documentos emitidos nos termos das alíneas b) a e)

do número anterior devem ser processados em três exemplares.

Boletim do Contribuinte652SETEMBRO 2012 - Nº 18

REGIME DE BENS EM CIRCULAÇÃO OBJETO DE TRANSAÇÕES ENTRE SUJEITOS PASSIVOS DE IVA(Aprovado pelo Decreto-Lei n.º 147/2003, de 11.7 - Versão atualizada e republicada pelo Decreto-Lei nº 198/2012,

de 24 de agosto, a vigorar a partir de 1 de janeiro de 2013)

3 - A numeração dos documentos emitidos nos termos do n.º 1 deve ser progressiva, contínua e aposta no ato de emissão.

4 - Quando, por exigência de ordem prática, não seja bastante a utilização de um único documento dos referidos na alínea b) do n.º 1 do artigo 2.º, deve utilizar-se o documento com o número seguinte, nele se referindo que é a continuação do anterior.

5 - Os sujeitos passivos são obrigados a comunicar à AT os elementos dos documentos processados nos termos referidos no n.º 1, antes do início do transporte.

6 - A comunicação prevista no número anterior é efetuada da seguinte forma:

a) Por transmissão eletrónica de dados para a AT, nos casos previstos nas alíneas a) a d) do n.º 1;

b) Através de serviço telefónico disponibilizado para o efeito, com indicação dos elementos essenciais do documento emitido, com inserção no Portal das Finanças até ao 5.º dia útil seguinte.

7 - Nas situações previstas na alínea a) do número anterior, a AT atribui um código de identifi cação ao documento.

8 - Nos casos previstos na alínea a) do n.º 1, sempre que o transportador disponha de código fornecido pela AT fi ca dispen-sado da impressão do documento de transporte.

9 - A AT disponibiliza no Portal das Finanças o sistema de emissão referido na alínea d) do n.º 1 e o modelo de dados para os efeitos previstos na alínea a) do n.º 6.

10 - A comunicação prevista nos n.os 5 e 6 não é obrigatória para os sujeitos passivos que, no período de tributação anterior, para efeitos dos impostos sobre o rendimento, tenham um volume de negócios inferior ou igual a (euro) 100 000.

ARTIGO 6.ºCircuito e validade dos documentos de transporte

1 - Os documentos de transporte são processados pelos sujeitos passivos referidos na alínea a) do n.º 1 do artigo 2.º do Código do IVA e pelos detentores dos bens e antes do início da circulação nos termos do n.º 2 do artigo 2.º do presente diploma.

2 - Ainda que processados nos termos do número anterior, para efeitos do presente diploma consideram-se não exibidos os documentos de transporte emitidos por sujeito passivo que se encontre em qualquer das seguintes situações:

a) Que não esteja registado;b) Que tenha cessado atividade nos termos dos artigos 33.º ou

34.º do Código do IVA;c) Que esteja em falta relativamente ao cumprimento das

obrigações constantes do artigo 41.º do Código do IVA, durante três períodos consecutivos.

3 - O disposto no número anterior aplica-se apenas aos casos em que simultaneamente se verifi quem a qualidade de remetente e transportador.

4 - Consideram-se ainda não exibidos os documentos de transporte na posse de um sujeito passivo que, sendo simultaneamente transportador e destinatário, se encontre em qualquer das situações referidas no n.º 2 do presente artigo.

5 - Os exemplares dos documentos de transporte referidos no n.º 2 do artigo anterior são destinados:

a) Um, que acompanha os bens, ao destinatário ou adquirente dos mesmos;

b) Outro, que igualmente acompanha os bens, à inspeção tri-butária, sendo recolhido nos atos de fi scalização durante a circulação dos bens pelas entidades referidas no artigo 13.º, e junto do destinatário pelos serviços da AT;

c) O terceiro, ao remetente dos bens.6 - Sem prejuízo do disposto no artigo 52.º do Código do IVA,

devem ser mantidos em arquivo, até ao fi nal do 2.º ano seguinte ao da emissão, os exemplares dos documentos de transporte des-tinados ao remetente e ao destinatário, bem como os destinados à inspeção tributária que não tenham sido recolhidos pelos serviços competentes.

7 - No caso referido na alínea a) do n.º 1 do artigo 5.º, consideram-se exibidos os documentos comunicados à AT, desde que apresentado o código atribuído de acordo com o n.º 7 do mesmo artigo.

8 - Sempre que exigidos os documentos de transporte ou de aquisição relativos aos bens encontrados nos locais referidos na alínea a) do n.º 2 do artigo 2.º, cujo transporte ou circulação tenha estado sujeita à disciplina do presente diploma, e o sujeito passivo ou detentor dos bens alegue que o documento exigido não está disponível no local, por este ser diferente da sua sede ou domicílio fi scal ou do local de centralização da escrita, notifi car-se-á aquele para no prazo de cinco dias úteis proceder à sua apresentação, sob pena da aplicação da respetiva penalidade.

9 - Relativamente aos bens sujeitos a fácil deterioração, o documento exigido no número anterior deve ser exibido de imediato.

10 - Se ultrapassado o prazo estabelecido na parte fi nal do n.º 6 do presente artigo, considera-se exibido o documento exigido nos termos do n.º 8 se os bens em causa se encontrarem devida-mente registados no inventário fi nal referente ao último exercício económico.

ARTIGO 7.ºTransportador

1 - Os transportadores de bens, seja qual for o seu destino e os meios utilizados para o seu transporte, devem exigir sempre aos remetentes dos mesmos o original e o duplicado do documento referido no artigo 1.º ou, sendo caso disso, o código referido no n.º 7 do artigo 5.º

2 - Tratando-se de bens importados em Portugal que circulem entre a estância aduaneira de desalfandegamento e o local do primeiro destino, o transportador deve fazer-se acompanhar, em substituição do documento referido no número anterior, de docu-mento probatório do desalfandegamento dos mesmos.

3 - Quando o transporte dos bens em circulação for efetuado por transportador público regular coletivo de passageiros ou mer-cadorias ou por empresas concessionárias a prestarem o mesmo serviço, o documento de transporte ou código referido no n.º 7 do artigo 5.º pode acompanhar os respetivos bens em envelope fechado, sendo permitida a abertura às autoridades referidas no artigo 13.º

Boletim do Contribuinte 653SETEMBRO 2012 - Nº 18

REGIME DE BENS EM CIRCULAÇÃO OBJETO DE TRANSAÇÕES ENTRE SUJEITOS PASSIVOS DE IVA(Aprovado pelo Decreto-Lei n.º 147/2003, de 11.7 - Versão atualizada e republicada pelo Decreto-Lei nº 198/2012,

de 24 de agosto, a vigorar a partir de 1 de janeiro de 2013)

4 - A disciplina prevista neste artigo não se aplica ao trans-portador público de passageiros quando os bens em circulação pertencerem aos respetivos passageiros.

ARTIGO 8.ºImpressão dos documentos de transporte

1 - A impressão tipográfi ca dos documentos de transporte re-feridos na alínea e) do n.º 1 do artigo 5.º só pode ser efetuada em tipografi as devidamente autorizadas pelo Ministro das Finanças, devendo obedecer a um sistema de numeração unívoca.

2 - (Revogado.)3 - (Revogado.)4 - Nos casos em que, por exigências comerciais, for necessá-

rio o processamento de mais de três exemplares dos documentos referidos, é permitido à tipografi a autorizada executá-los, com a condição de imprimir nos exemplares que excedam aquele número uma barra com a seguinte indicação: «Cópia de documento não válida para os fi ns previstos no Regime dos Bens em Circulação».

5 - A autorização referida no n.º 1 é concedida, mediante a apresentação do respetivo pedido, às pessoas singulares ou coleti-vas ou entidades fi scalmente equiparadas que exerçam a atividade de tipografi a ou que a iniciem, na condição de que:

a) Não tenham sofrido condenação nos termos dos artigos 87.º a 91.º, 103.º a 107.º, 113.º, 114.º, 116.º a 118.º, 120.º, 122.º e 123.º do Regime Geral das Infrações Tributárias, aprovado pela Lei n.º 15/2001, de 5 de junho, nem nos termos das normas correspondentes do Regime Jurídico das Infrações Fiscais não Aduaneiras, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 20-A/90, de 15 de janeiro;

b) Não estejam em falta relativamente ao cumprimento das obrigações constantes do n.º 1 do artigo 26.º e dos n.os 1 e 2 do artigo 40.º do Código do IVA, do n.º 1 do artigo 57.º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares ou do n.º 1 do artigo 96.º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas;

c) Não se encontrem em estado de falência;d) Não tenham sido condenadas por crimes previstos nos

artigos 256.º, 258.º, 259.º, 262.º, 265.º, 268.º e 269.º do Código Penal.

6 - O pedido de autorização referido no número anterior deve ser entregue por via eletrónica, no Portal das Finanças, contendo a identifi cação, as atividades exercidas e o local do estabelecimento da tipografi a, devendo ser acompanhado dos seguintes elementos:

a) Certifi cado do registo criminal do proprietário da empresa, ou, tratando-se de sociedade, de cada um dos sócios gerentes ou administradores em exercício;

b) Certifi cado, processado pela entidade judicial respetiva, para efeitos da alínea c) do número anterior.

ARTIGO 9.ºSubcontratação

1 - É permitido às tipografi as autorizadas encarregar outras tipografi as, desde que também autorizadas, da impressão dos docu-

mentos que lhes forem requisitados, desde que façam acompanhar os seus pedidos da fotocópia das requisições recebidas.

2 - Tanto a tipografi a que efetuou a impressão como a que a solicitou devem efetuar os registos e a comunicação referidos no artigo 10.º

ARTIGO 10.ºAquisição de documentos de transporte

1 - A aquisição dos impressos referidos no n.º 1 do artigo 8.º é efetuada mediante requisição escrita do adquirente utilizador, a qual contém os elementos necessários ao registo a que se refere o n.º 2 do presente artigo.

2 - O fornecimento dos impressos é registado previamente pela tipografi a autorizada, em suporte informático, devendo conter os elementos necessários à comunicação referida no n.º 5.

3 - (Revogado.)4 - As requisições e os registos informáticos referidos nos

números anteriores devem ser mantidos em arquivo, por ordem cronológica, pelo prazo de quatro anos.

5 - Por cada requisição dos sujeitos passivos, as tipografi as comunicam à AT por via eletrónica, no Portal das Finanças, pre-viamente à impressão nos respetivos documentos, os elementos identifi cativos dos adquirentes e as gamas de numeração dos impressos referidos no n.º 1 do artigo 8.º.

6 - A comunicação referida no número anterior deve conter o nome ou denominação social, número de identifi cação fi scal, concelho e distrito da sede ou domicílio da tipografi a e dos adqui-rentes, documentos fornecidos, respetiva quantidade e numeração atribuída.

7 - (Revogado.)

ARTIGO 11.ºRevogação da autorização de impressão de documentos

de transporte

O Ministro das Finanças, por proposta do diretor-geral da AT, pode determinar a revogação da autorização concedida nos termos do artigo 8.º em todos os casos em que se deixe de verifi car qualquer das condições referidas no seu n.º 4, sejam detetadas irregularidades relativamente às disposições do presente diploma ou se verifi quem outros factos que ponham em causa a idoneidade da empresa autorizada.

ARTIGO 12.º(Revogado.)

ARTIGO 13.ºEntidades fi scalizadoras

1 - Sem prejuízo das competências atribuídas por lei a outras entidades, a fi scalização do cumprimento das normas previstas no presente diploma compete à AT e à unidade com as atribuições tributárias, fi scais e aduaneiras da Guarda Nacional Republicana,

Boletim do Contribuinte654SETEMBRO 2012 - Nº 18

REGIME DE BENS EM CIRCULAÇÃO OBJETO DE TRANSAÇÕES ENTRE SUJEITOS PASSIVOS DE IVA(Aprovado pelo Decreto-Lei n.º 147/2003, de 11.7 - Versão atualizada e republicada pelo Decreto-Lei nº 198/2012,

de 24 de agosto, a vigorar a partir de 1 de janeiro de 2013)

cabendo também a esta última, conjuntamente com as restantes autoridades, designadamente a Polícia de Segurança Pública, prestar toda a colaboração que lhes for solicitada para o efeito.

2 - Para assegurar a efi cácia das ações de fi scalização, as en-tidades fi scalizadoras podem proceder à abertura das embalagens, malas ou outros contentores de mercadorias.

3 - Relativamente à abertura de embalagens ou contentores acondicionantes de produtos que, pelas suas características de fácil deterioração ou perigo, não devam ser manuseados ou expostos ao meio ambiente, devem ser tomadas as seguintes providências:

a) As embalagens ou contentores de tais produtos devem ser sempre rotulados ou acompanhados de uma declaração sobre a natureza do produto;

b) As entidades fi scalizadoras, em tais casos, não devem abrir as referidas embalagens, sem prejuízo de, em caso de dúvida quanto aos bens transportados, serem tomadas as medidas adequadas para que se verifi que, em condições aconselháveis, se os bens em circulação condizem com os documentos de transporte que os acompanham.

4 - Os funcionários a quem incumbe a fi scalização prevista no n.º 1 consultam os elementos constantes da base de dados dos bens em circulação disponibilizada pela AT, mediante acesso individual e certifi cado, e sempre que se verifi quem quaisquer infrações às normas do presente diploma devem levantar o respetivo auto de notícia, com a ressalva do disposto no número seguinte.

5 - Sempre que as outras autoridades atuem em conjunto com a AT, cabe aos funcionários desta autoridade levantar os autos de notícia a que haja lugar.

6 - Sempre que a infração for detetada no decurso de operações em que colaborem duas ou mais autoridades, a parte do produto das coimas que se mostrem devidas destinadas ao autuante será repartida, em partes iguais, pelos serviços envolvidos.

7 - Sempre que aplicável, as entidades referidas neste artigo devem averbar no original do documento de transporte o facto de ter sido recolhido o respetivo duplicado.

SECÇÃO IInfrações

ARTIGO 14.ºInfrações detetáveis no decurso da circulação de bens

1 - A falta de emissão ou de imediata exibição do documento de transporte ou dos documentos referidos no artigo 1.º e no n.º 2 do artigo 7.º e ainda as situações previstas nos nºs 2 e 4 do artigo 6.º farão incorrer os infratores nas penalidades previstas no artigo 117.º do Regime Geral das Infrações Tributárias, aprovado pela Lei n.º 15/2001, de 5 de junho, aplicáveis quer ao remetente dos bens quer ao transportador que não seja transportador público regular de passageiros ou mercadorias ou empresas concessionárias a prestar o mesmo serviço.

2 - As omissões ou inexatidões praticadas nos documentos de transporte referidos no artigo 1.º e no n.º 2 do artigo 7.º que não sejam a falta de indicação do número de identifi cação fi scal do destinatário ou adquirente dos bens ou de qualquer das menções

referidas nos nºs 4 e 8 do artigo 4.º e no n.º 3 do artigo 8.º ou ainda o não cumprimento do disposto no n.º 7 do artigo 4.º farão incorrer os infratores nas penalidades referidas no artigo 117.º do Regime Geral das Infrações Tributárias, aprovado pela Lei n.º 15/2001, de 5 de junho, aplicáveis quer ao remetente dos bens quer ao transportador que não seja transportador público regular de passageiros ou mercadorias ou empresas concessionárias a prestar o mesmo serviço.

3 - Será unicamente imputada ao transportador a infração resultante da alteração do destino fi nal dos bens, ocorrida durante o transporte, sem que tal facto seja por ele anotado.

4 - Quando os bens em circulação, transportados num único veículo, provierem de mais de um remetente, a cada remetente será imputada a infração resultante dos bens por ele remetidos.

5 - Sempre que o transportador dos bens em circulação em situação irregular não identifi que o seu remetente, ser-lhe-á im-putada a respetiva infração.

6 - Consideram-se não emitidos os documentos de transporte sempre que não tenham sido observadas as normas de emissão ou de comunicação constantes dos artigos 5.º e 8.º.

7 - Somente são aplicáveis as sanções referidas no presente artigo quando as infrações forem verifi cadas durante a circulação dos bens.

8 - É sempre competente para a aplicação de coimas por infrações ao presente diploma o chefe do serviço de fi nanças da área onde foram detetadas.

9 - Sempre que aplicável, considera-se falta de exibição do documento de transporte a não apresentação imediata do código previsto no n.º 7 do artigo 5.º.

SECÇÃO IIDa apreensão

ARTIGO 15.ºApreensão provisória

1 - Quando, em relação aos bens encontrados em circulação nos termos dos artigos 1.º e 3.º, o seu detentor ou transportador declare que os mesmos não são provenientes de um sujeito passivo de IVA ou face à sua natureza, espécie e quantidade, se possa concluir que os mesmos não integram nenhuma das situações de exclusão previstas e em todos os casos em que haja fundadas suspeitas da prática de infração tributária, pode exigir-se prova da sua prove-niência ou destino, a qual deve ser imediatamente feita, sob pena de se proceder à imediata apreensão provisória dos mesmos e do veículo transportador, nos termos do artigo 16.º.

2 - Do auto devem obrigatoriamente constar os fundamentos que levaram à apreensão provisória, designadamente os requisitos exigidos no número anterior.

3 - Se a prova exigida no n.º 1 não for feita de imediato ou não for efetuada dentro de cinco dias úteis, a apreensão provisória converter-se-á em defi nitiva, passando a observar-se o disposto no artigo 17.º.

4 - O disposto no presente artigo aplica-se, com as devidas adaptações, às situações previstas nos nºs 2 e 4 do artigo 6.º.

Boletim do Contribuinte 655SETEMBRO 2012 - Nº 18

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de 24 de agosto, a vigorar a partir de 1 de janeiro de 2013)

ARTIGO 16.ºApreensão dos bens em circulação e do veículo transpor-

tador

1 - Independentemente das sanções aplicáveis, as infrações referidas nos n.os 1 e 2 do artigo 14.º relativas aos bens em circu-lação implicam a apreensão destes, bem como dos veículos que os transportarem, sempre que estes veículos não estejam afetos aos transportes públicos regulares de passageiros ou mercadorias ou afetos a empresas concessionárias a prestarem o mesmo serviço por conta daqueles.

2 - No caso de os bens apreendidos nos termos do número anterior estarem sujeitos a fácil deterioração, observa-se o pre-ceituado no artigo 886.º-C do Código de Processo Civil, bem como as disposições do Código de Procedimento e de Processo Tributário aplicáveis.

3 - Da apreensão dos bens e dos veículos será lavrado auto em duplicado ou, no caso do n.º 6 do presente artigo, em triplicado, sendo os mesmos entregues a um fi el depositário, de abonação correspondente ao valor normal dos bens apreendidos expressa-mente referido nos autos, salvo se puderem ser removidos, sem inconveniente, para qualquer depósito público.

4 - O original do auto de apreensão será entregue no serviço de fi nanças da área onde foi detetada a infração.

5 - O duplicado do auto de apreensão será entregue ao fi el depositário mediante recibo.

6 - Quando o fi el depositário não for o condutor do veículo ou o transportador, será entregue a este último, ou na sua ausência ao primeiro, um exemplar do auto de apreensão.

7 - Nos casos de apreensão em que o remetente não seja o transportador dos bens, proceder-se-á, no prazo de três dias úteis, à notifi cação do remetente para efeitos do disposto no n.º 1 do artigo 17.º.

ARTIGO 17.ºRegularização das apreensões

1 - Nos 15 dias seguintes à apreensão ou à notifi cação refe-rida no n.º 7 do artigo anterior, podem os infratores regularizar a situação encontrada em falta, mediante exibição ou emissão dos documentos em falta nos termos do presente diploma, bem como dos documentos referidos no n.º 2 do artigo 7.º, ou dos documentos comprovativos da regularização das situações previstas nos n.os 2 e 4 do artigo 6.º e do pagamento das coimas aplicáveis, com redução a metade, no serviço de fi nanças a que se refere o n.º 4 do mesmo artigo.

2 - As despesas originadas pela apreensão são da responsabi-lidade do infrator, sendo cobradas conjuntamente com a coima.

3 - Decorrido o prazo referido no n.º 1 sem que se encontre regularizada a situação, e sem prejuízo do disposto nos n.os 5 e 6 deste artigo, são levantados os autos de notícia relativos às infrações verifi cadas.

4 - Para efeitos do número anterior, o serviço de fi nanças comunica o facto ao apreensor, que, após o levantamento do auto respetivo, lho remete.

5 - Nos casos em que o chefe do serviço de fi nanças competente constate que a apreensão foi feita sem preencher os requisitos previstos no presente diploma ou de que foi feita a prova referida

no n.º 1 do artigo 15.º, não deverá ser levantado auto de notícia, arquivando-se o auto de apreensão, depois de ouvido o apreensor sempre que tal se mostre conveniente.

6 - Nos casos de haver manifesta impossibilidade em fazer a prova referida no n.º 1 do artigo 15.º, pode o chefe do serviço de fi nanças proceder de conformidade com o disposto no número anterior após proceder às diligências que se mostrarem necessárias.

7 - As decisões proferidas nos termos dos n.os 5 e 6 do presente artigo podem ser alteradas, no prazo de 30 dias, por despacho do diretor de fi nanças do distrito, a quem o respetivo processo será remetido.

8 - O despacho proferido nos termos do número anterior pode determinar o prosseguimento do processo, unicamente para pagamento das coimas que se mostrem devidas, considerando-se sempre defi nitiva a libertação dos bens e meios de transporte.

9 - Nos casos referidos no número anterior são os infratores notifi cados do despacho do diretor de fi nanças, podendo utilizar a faculdade prevista no n.º 1 do presente artigo, contando-se o prazo aí referido a partir da data da notifi cação.

10 - As decisões a que se referem os n.os 5 e 7 serão sempre comunicadas ao apreensor.

11 - Da decisão de apreensão cabe recurso para o tribunal tributário de 1.ª instância.

ARTIGO 18.ºDecisão quanto à apreensão

1 - À decisão sobre os bens em circulação e veículos de transporte apreendidos ou ao produto da sua venda é aplicável o disposto do n.º 4 do artigo 73.º do Regime Geral das Infrações Tributárias com as necessárias adaptações.

2 - O levantamento da apreensão do veículo e dos bens respe-tivos só se verifi cará quando:

a) Forem pagas as coimas aplicadas e as despesas originadas pela apreensão e, bem assim, exibidos o comprovativo de emissão ou, sendo caso disso, o original e o duplicado ou, no caso de extravio, segunda via ou fotocópia do documento de transporte ou dos documentos mencionados no n.º 2 do artigo 7.º, ou se encontrem regularizadas as situações previstas nos nºs 2 e 4 do artigo 6.º;

b) For prestada caução, por meio de depósito em dinheiro ou de fi ança bancária, que garanta o montante das coimas e dos encargos referidos na alínea a);

c) Se verifi car o trânsito em julgado da decisão que qualifi ca a infração ou apreensão insubsistente.

3 - Nos casos de apreensão em que o remetente não seja trans-portador dos bens, o levantamento da apreensão, quer dos bens quer do veículo, será efetuado nos termos do número anterior, re-lativamente a cada um deles, independentemente da regularização efetuada pelo outro infrator.

ARTIGO 19.ºLegislação subsidiária

Ao presente regime complementar é aplicável subsidiariamen-te o Regime Geral das Infrações Tributárias, aprovado pela Lei n.º 15/2001, de 5 de junho.

Boletim do Contribuinte656

TRABALHO E SEGURANÇA SOCIALSETEMBRO 2012 - Nº 18

Em resposta ao agravamento da situ-ação do desemprego jovem em Portugal, o Governo elaborou o Plano Estratégico de Iniciativas à Empregabilidade Jovem e de Apoio às PME, «Impulso Jovem», que assenta em três pilares, a saber: i) Estágios; ii) Apoio à contratação e ao empreendedo-rismo; e iii) Apoio ao investimento.

No âmbito do segundo pilar, está pre-visto o lançamento de uma medida de apoio à contratação de jovens desempregados de longa duração, que se consubstancia no reembolso total ou parcial, consoante se trate de contrato sem termo ou a termo, das contribuições obrigatórias para a segurança social da responsabilidade do empregador. Esta medida promove a diminuição dos encargos fi nanceiros associados a novas contratações, reduzindo, assim, a diferença entre o encargo suportado pelo empregador e a remuneração auferida pelo trabalhador e promovendo o crescimento do emprego entre os jovens.

Este apoio temporário e direcionado para uma categoria específi ca de desem-pregados corresponde a uma forma de incentivar novas contratações e combater o desemprego de longa duração, com baixos custos administrativos. O reembolso varia proporcionalmente com a remuneração, mas está sujeito a um limite máximo, de forma a otimizar a utilização dos recur-sos disponíveis e focar o apoio naqueles desempregados cujas contratações podem aumentar mais como resultado desta me-dida. Esta medida vem alargar os apoios já existentes a título de isenção de Taxa Social Única para a contratação de desem-pregados, estando também condicionada à criação líquida de emprego.

Esta medida promove também a con-tratação sem termo, com vista a reduzir a segmentação atualmente existente no mercado de trabalho, no novo contexto de maior fl exibilidade que resulta das altera-ções recentes à legislação laboral.

Foram consultados os Parceiros Sociais com assento na Comissão Permanente de Concertação Social.

Assim, ao abrigo do disposto na alínea d) do n.º 1 do artigo 3.º, no n.º 1 do artigo 17.º do Decreto-Lei n.º 132/99(1), de 21 de abril, e na alínea b) do n.º 2 da Resolução

do Conselho de Ministros n.º 51-A/2012 (2), de 14 de junho, manda o Governo, pelo Se-cretário de Estado do Emprego, o seguinte:

ARTIGO 1.º Objeto

1 - A presente portaria cria a medida de Apoio à Contratação via Reembolso da Taxa Social Única (TSU), de ora em diante designada por Medida, que consis-te no reembolso de uma percentagem da TSU paga pelo empregador que celebre contrato de trabalho com jovens desem-pregados, ou equiparados, inscritos no centro de emprego há pelo menos 12 meses consecutivos.

2 - São equiparados a desemprega-dos, para efeitos da Medida, os jovens inscritos no centro de emprego, há pelo menos 12 meses consecutivos, como trabalhadores com contrato de trabalho suspenso com fundamento no não paga-mento pontual da retribuição.

3 - Considera-se que o tempo de ins-crição referido nos números anteriores não é prejudicado pela frequência de estágio profissional ou outra medida ativa de emprego.

ARTIGO 2.º Execução e regulamentação

1 - O Instituto do Emprego e Forma-ção Profi ssional, I. P. (IEFP), é responsá-vel pela execução da Medida, em articu-lação com o Instituto de Informática, I. P.

2 - O IEFP elabora o regulamento específi co aplicável à Medida.

ARTIGO 3.º Requisitos do empregador

1 - Pode candidatar-se à Medida a pessoa singular ou coletiva de natureza jurídica privada, com ou sem fi ns lucra-tivos, que reúna os seguintes requisitos:

IMPULSO JOVEMPlano Estratégico de Iniciativas à Empregabilidade

Jovem e de Apoio às PMEMedida de Apoio à Contratação via Reembolso

da Taxa Social ÚnicaPortaria n.º 229/2012, de 3 de Agosto

(in DR, nº 150, I Série, de 3.8.2012)

a) Estar regularmente constituída e registada;

b) Preencher os requisitos legais exi-gidos para o exercício da respetiva atividade ou apresentar compro-vativo de ter iniciado o processo aplicável;

c) Ter a situação contributiva regula-rizada perante a administração fi scal e a segurança social;

d) Não se encontrar em situação de in-cumprimento no que respeita a apoios fi nanceiros concedidos pelo IEFP;

e) Ter a situação regularizada em matéria de restituições no âmbito do fi nanciamento do Fundo Social Europeu;

f) Dispor de contabilidade organizada de acordo com o previsto na lei.

2 - A observância dos requisitos pre-vistos no número anterior é exigida no momento da apresentação da candidatura e durante o período de duração do apoio fi nanceiro.

ARTIGO 4.º Requisitos de atribuição do apoio

1 - São requisitos de atribuição do apoio fi nanceiro:

a) A celebração de contrato de traba-lho, a tempo completo, com jovem desempregado inscrito em centro de emprego há pelo menos 12 meses consecutivos;

b) A criação líquida de emprego. 2 - Para efeitos do disposto na alínea

a) do n.º 1, o contrato de trabalho é ce-lebrado sem termo ou a termo resolutivo certo, pelo período mínimo de 18 meses, designadamente ao abrigo da parte fi nal da alínea b) do n.º 4 do artigo 140.º do Código do Trabalho.

3 - Considera-se jovem a pessoa com idade entre os 18 e os 30 anos à data de celebração do contrato de trabalho.

4 - No âmbito da presente Medida, considera-se que há criação líquida de emprego quando:

a) A entidade empregadora registar um número total de trabalhadores igual ou superior à média dos trabalhadores registados nos 6 ou 12 meses que precedem a data da apresentação da candidatura, acres-cida do número de trabalhadores abrangidos pela Medida;

Boletim do Contribuinte 657

TRABALHO E SEGURANÇA SOCIALSETEMBRO 2012 - Nº 18

b) A partir da contratação e pelo menos durante o período de duração do apoio fi nanceiro, a entidade empre-gadora registar, com periodicidade mensal, um número total de traba-lhadores igual ou superior ao número de trabalhadores registados à data da apresentação da candidatura.

5 - Em caso de mais do que uma candidatura da mesma entidade empre-gadora são contabilizados no número total de trabalhadores, referido na alínea a) do número anterior, os trabalhadores anteriormente apoiados, ainda que os respetivos contratos já tenham cessado.

6 - Cada empregador não pode con-tratar mais de 20 trabalhadores ao abrigo da presente Medida.

ARTIGO 5.º Apoio fi nanceiro

1 - O empregador que celebre contra-to de trabalho ao abrigo da Medida tem direito, durante o período máximo de 18 meses, ao reembolso, total ou parcial, do valor da TSU paga mensalmente pelo mesmo relativamente a cada trabalhador, nos seguintes termos:

a) 100 % do valor da TSU, no caso de contrato sem termo;

b) 75 % do valor da TSU, no caso de contrato a termo resolutivo certo.

2 - O reembolso referido no número anterior não pode ser superior a (euro) 175 por mês.

ARTIGO 6.º Procedimento

1 - Para efeitos de obtenção do apoio, o empregador regista a oferta de emprego e a intenção de benefi ciar do apoio no portal NetEmprego do IEFP, em www.netemprego.gov.pt, podendo identifi car o desempregado que pretende contratar.

2 - Após a validação da oferta de emprego pelo IEFP, o centro de emprego deve verifi car a elegibilidade do desem-pregado identifi cado pelo empregador ou indicar-lhe desempregados que reúnam os requisitos necessários ao preenchi-mento daquela oferta.

3 - No prazo de cinco dias úteis a contar da celebração do contrato de tra-balho, em conformidade com o disposto na presente portaria, o empregador apre-

senta ao IEFP, em formulário próprio, a candidatura à Medida.

4 - No prazo de 15 dias úteis con-tados da apresentação da candidatura, o IEFP, verifi cado o cumprimento dos requisitos da Medida, notifi ca a decisão ao empregador.

ARTIGO 7.º Pagamento do apoio

1 - O pagamento do apoio é efetuado da seguinte forma:

a) Uma prestação inicial, no valor de 25 % do montante total aprovado, paga no mês seguinte à notifi cação da decisão referida no n.º 4 do artigo 6.º;

b) Três prestações subsequentes, quadrimestrais, a partir do 5.º mês de execução do contrato, cada uma no valor de 20 % do montante total aprovado;

c) Uma prestação fi nal, no 18.º mês de execução do contrato, no mon-tante remanescente.

2 - Os pagamentos referidos no nú-mero anterior estão sujeitos à verifi cação da manutenção dos requisitos necessários à atribuição da Medida.

ARTIGO 8.º Incumprimento e restituição

1 - O empregador perde o direito ao reembolso da TSU no caso de incumpri-mento em dois meses, seguidos ou interpo-lados, da obrigação de manutenção do nível de emprego, prevista no n.º 4 do artigo 4.º .

2 - O recebimento indevido do apoio financeiro, nomeadamente resultante da prestação de falsas declarações, sem prejuízo, se for caso disso, de participação criminal por eventuais indícios da prática do crime de fraude na obtenção de subsídio de natureza pública, implica a imediata cessação da atribuição de todos os apoios e a restituição do montante já recebido.

3 - O IEFP deve notifi car a entidade empregadora da decisão que põe termo à atribuição do apoio fi nanceiro, indicando a data em que se considera ter deixado de existir fundamento para a respetiva atribuição, bem como da decisão que de-termine a restituição do apoio recebido.

4 - A restituição deve ser efetuada no prazo de 60 dias consecutivos contados

da receção da notifi cação, sob pena de pagamento de juros de mora à taxa legal.

ARTIGO 9.º Regime especial de projetos

de interesse estratégico

Os limites previstos no n.º 6 do ar-tigo 4.º e no n.º 2 do artigo 5.º não são aplicáveis a entidade empregadora que apresente projeto considerado de interes-se estratégico para a economia nacional ou de determinada região, e que como tal seja reconhecido, a título excecional, por despacho do membro do Governo responsável pela área da economia.

ARTIGO 10.º Outros apoios

O apoio fi nanceiro previsto na pre-sente portaria é cumulável unicamente com a medida Estímulo 2012, criada pela Portaria n.º 45/2012(3), de 13 de fevereiro.

ARTIGO 11.º Financiamento comunitário

A Medida inclui fi nanciamento co-munitário, sendo-lhe aplicáveis as respe-tivas disposições do direito comunitário e nacional.

ARTIGO 12.º Vigência

A presente portaria entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação e vigora durante o período de vigência da Resolução do Conselho de Ministros n.º 51-A/2012(2), de 14 de junho.

N.R. 1 – O DL nº 132/99, de 21.4, estabe-leceu os princípios gerais de enquadramento da política de emprego.

2 – A Resol. do Conselho de Ministros nº 51-A/2012, de 14.6, publicada no Bol. do Contribuinte, 2012, pág. 503, aprovou o Plano Estratégico de Iniciativas de Pro-moção de Empregabilidade Jovem e Apoio às Pequenas e Médias Empresas, designado “Impulso Jovem”.

3 – A Port. nº 45/2012, de 13.2, procedeu à criação da medida de apoio ao emprego “Estímulo 2012”, que promove a contratação e a formação profi ssional de desempregados, tendo sido transcrita no Bol. do Contribuinte, 2012, pág. 134.

4 – Sobre o reembolso das contribuições para a Segurança Social pode consultar-se a informação publicada no último número do Bol. do Contribuinte, pág. 624

Boletim do Contribuinte658

TRABALHO E SEGURANÇA SOCIALSETEMBRO 2012 - Nº 18

De acordo com os nºs 4 e 5 do artigo 63.º da Lei n.º 4/2007(1), de 16 de janeiro, diploma que estabelece as bases gerais do sistema de segurança social, o cálculo das pensões de velhice e de invalidez tem por base os rendimentos de trabalho de toda a carreira contributiva dos benefi ciários, revalorizados nos termos defi nidos na lei, nomeadamente tendo em consideração a evolução da infl ação.

«As regras de revalorização das re-munerações anuais que servem de base de cálculo das pensões encontram-se defi nidas no artigo 27.º do Decreto-Lei n.º 187/2007 (2), de 10 de maio, que defi ne e regulamenta o regime jurídico de proteção nas eventua-lidades invalidez e velhice do regime geral de segurança social.

«Assim, o n.º 1 do artigo 27.º estabelece que a atualização é obtida pela aplicação do índice geral de preços no consumidor (IPC), sem habitação, às remunerações anuais relevantes para o cálculo da remu-neração de referência.

«Por seu turno, os nºs 2 e 3 do artigo referido estabelecem que a atualização das remunerações registadas entre 1 de janeiro de 2002 e 31 de dezembro de 2011, para efeitos do cálculo da pensão com base em toda a carreira contributiva, nos termos dos artigos 32.º e 33.º do mesmo decreto-lei, se processa por aplicação de um índice resultante da ponderação de 75% do IPC, sem habitação, e de 25% da evolução média dos ganhos subjacentes às contribuições declaradas à segurança social, sempre que esta evolução seja superior ao IPC, sem habitação, tendo como limite máximo o valor do IPC, sem habitação, acrescido de 0,5 pontos percentuais.

«As remunerações anuais dos traba-lhadores em funções públicas abrangidos

pelo regime de proteção social convergente para efeitos de cálculo das pensões de aposentação e de reforma ao abrigo da Lei n.º 60/2005(3), de 29 de dezembro, são igualmente objeto de revalorização, nos termos defi nidos para as pensões de invalidez e de velhice do regime geral de segurança social.

Compete, pois, ao Governo, no desen-volvimento das normas anteriormente cita-das, determinar os valores dos coefi cientes de revalorização a aplicar na atualização das remunerações registadas que servem de base de cálculo às pensões iniciadas durante o ano de 2012, os quais constam das tabelas que constituem os anexos I e II do presente diploma.

Assim: Nos termos do artigo 63.º, nºs 4 e 5, da

Lei n.º 4/2007, de 16 de janeiro, e do artigo 27.º do Decreto-Lei n.º 187/2007(2), de 10 de maio, alterado pela Lei n.º 64-A/2008 (4), de 31 de dezembro:

Manda o Governo, pelos Ministros de Estado e das Finanças e da Solidariedade e da Segurança Social, o seguinte:

ARTIGO 1.º Coefi cientes de revalorização

das remunerações anuais

Os valores dos coeficientes a uti-lizar na atualização das remunerações a considerar para a determinação da remuneração de referência que serve de base de cálculo das pensões de invalidez e velhice do regime geral de segurança social, do regime do seguro social vo-luntário e das pensões de aposentação e reforma do regime de proteção social convergente são:

PENSÕES DE INVALIDEZ E VELHICECoefi cientes de revalorização das remunerações

que servem de base de cálculo das pensões de invalidez e velhice do regime geral de segurança social

e do regime do seguro social voluntário Tabelas aplicáveis em 2012

Revogação da Portaria n.º 246/2011, de 22 de Junho

Portaria n.º 241/2012, de 10 de Agosto(in DR, nº 155, I Série, de 10.8.2012)

a) Os constantes da tabela publicada como anexo I à presente portaria, que dela faz parte integrante, nas situações em que é aplicável o disposto no n.º 1 do artigo 27.º do Decreto-Lei n.º 187/2007(2), de 10 de maio, alterado pela Lei n.º 64-A/2008 (4), de 31 de dezembro;

b) Os constantes da tabela publicada como anexo II à presente portaria, que dela faz parte integrante, nas situações em que é aplicável o disposto no n.º 2 do artigo 27.º do Decreto-Lei n.º 187/2007, de 10 de maio, alterado pela Lei n.º 64-A/2008, de 31 de dezembro.

ARTIGO 2.º Coefi cientes de revalorização aplicáveis a outras situações

Os valores dos coeficientes cons-tantes da tabela referida na alínea a) do artigo anterior aplicam-se igualmente nas seguintes situações:

a) Atualização da remuneração de referência para cálculo do subsídio por morte prevista no n.º 4 do artigo 33.º do Decreto-Lei n.º 322/90(5), de 18 de outubro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 265/99, de 14 de julho, e pela Lei n.º 23/2010, de 30 de agosto;

b) Cálculo do montante do reembolso de quotizações a que se refere o ar-tigo 263.º do Código Contributivo, aprovado pela Lei n.º 110/2009, de 16 de setembro, alterada pela Lei n.º 119/2009, de 30 de dezembro, pelo Decreto-Lei n.º 140-B/2010, de 30 de dezembro, e pelas Leis nºs 55-A/2010, de 31 de dezembro, e 64-B/2011, de 30 de dezembro;

c) Cálculo do montante da restituição de contribuições e quotizações inde-vidamente pagas, a que se refere o artigo 269.º do Código Contributi-vo, aprovado pela Lei n.º 110/2009, de 16 de setembro, alterada pela Lei n.º 119/2009, de 30 de dezembro, pelo Decreto-Lei n.º 140-B/2010, de 30 de dezembro, e pelas Leis n.os 55-A/2010, de 31 de dezembro, e 64-B/2011, de 30 de dezembro;

d) Atualização das remunerações (Continua na pág. seguinte)

Boletim do Contribuinte 659

TRABALHO E SEGURANÇA SOCIALSETEMBRO 2012 - Nº 18

ANEXO II Tabela aplicável em 2012

(n.os 2 e 3 do artigo 27.º do Decreto-Lei n.º 187/2007, de 10 de maio, alterado pela Lei n.º 64-A/2008, de 31 de dezembro)

ANEXO I Tabela aplicável em 2012

(n.º 1 do artigo 27.º do Decreto-Lei n.º 187/2007, de 10 de maio, alterado pela Lei n.º 64-A/2008, de 31 de dezembro)

(Continuação da pág. anterior)

registadas relativamente a trabalha-dores com retribuições em dívida.

ARTIGO 3.º Norma revogatória

É revogada a Portaria n.º 246/2011 (6), de 22 de junho.

ARTIGO 4.º Produção de efeitos

A presente portaria produz efeitos desde 1 de janeiro de 2012.

N.R. 1 – A Lei nº 4/2007, de 16.1, Lei de Bases da Segurança Social, foi publicada no Bol. do Contribuinte, 2007, págs. 106 e 142.

2 – O DL nº 187/2007, de 10.5, foi transcrito no Bol. do Contribuinte, 2007, pág. 368.

3 – A Lei nº 60/2005, de 29.12, pu-blicada no Bol. do Contribuinte, 2006, pág. 78, estabeleceu mecanismos de con-vergência do regime de proteção social da função pública com o regime geral da segurança social no que respeita às condi-ções de aposentação e cálculo das pensões.

4 – A Lei nº 64-A/2008, de 31.12, que aprovou o Orçamento do Estado para 2009, foi publicada no Boletim do Contribuinte, 2009, suplemento 1ª quinz. Janeiro.

5 – O DL nº 322/90, de 18.10, defi niu e regulamentou a proteção na eventualidade da morte dos benefi ciários do regime geral de segurança social.

6 – A Port. nº 246/2011, de 22.6, fi xou os anteriores valores dos coefi cientes de revalorização das remunerações, tendo sido transcrita no Bol. do Contribuinte, 2011, pág. 495.

1956 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 94,552 51957 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 93,063 51958 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91,597 91959 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 90,511 81960 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88,132 31961 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 86,489 01962 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84,297 21963 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82,806 71964 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80,006 51965 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77,375 71966 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73,481 21967 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69,782 71968 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65,832 71969 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60,397 11970 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56,764 11971 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50,727 61972 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45,865 71973 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40,553 31974 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32,416 61975 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28,139 51976 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23,449 51977 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18,406 31978 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15,074 81979 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12,137 51980 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10,409 51981 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8,674 61982 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7,087 11983 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5,647 11984 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4,367 31985 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3,660 81986 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3,277 31987 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2,995 81988 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2,733 41989 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2,427 61990 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2,140 71991 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,921 61992 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,764 61993 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,656 91994 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,575 01995 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,512 9

Anos Coeficientes

Até 1951 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102,421 61952 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102,421 61953 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 101,508 01954 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100,602 61955 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 97,294 5

Anos Coeficientes

,1996 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,467 41997 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,435 91998 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,398 11999 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,366 72000 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,329 52001 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,273 52002 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,230 42003 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,191 12004 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,164 32005 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,139 32006 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,104 92007 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,079 12008 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,051 72009 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,051 72010 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,037 22011 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,000 02012 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,000 0

Anos Coeficientes

2002 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,260 22003 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,214 62004 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,183 42005 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,153 42006 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,117 12007 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,088 02008 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,055 92009 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,055 92010 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,037 22011 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,000 02012 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,000 0

Boletim do Contribuinte660

TRABALHO E SEGURANÇA SOCIALSETEMBRO 2012 - Nº 18

Com as alterações ao regime de despedimento por extinção do posto de trabalho, introduzidas pela Lei nº 23/2012, de 25.6 (Bol. do Contribuinte, 2012, pág. 505), passou a caber à entida-de empregadora a defi nição de critérios para a concretização do posto de trabalho a extinguir. Assim, os trabalhadores com menor antiguidade deixam de ser os alvos preferenciais para o despedimento.

No regime que vigorou até 31 de julho de 2012 o empregador, perante uma pluralidade de trabalhadores com funções idênticas, deveria observar a seguinte ordem de critérios:

- menor antiguidade no posto de trabalho;

- menor antiguidade na categoria profi ssional;

- classe inferior da mesma categoria profi ssional;

- menor antiguidade na empresa.Nos termos do novo regime de

extinção de posto de trabalho, havendo na secção ou estrutura equivalente di-versos postos de trabalho com funções idênticas, para determinação do posto de trabalho a extinguir, cabe ao empregador definir, por referência aos respetivos titulares, critérios relevantes e não discri-minatórios face aos objetivos subjacentes à extinção do posto de trabalho.

Em consequência, o empregador terá de comunicar ao trabalhador, à comissão de trabalhadores e à associação sindical respetiva, caso seja representante sindi-cal, os critérios adotados para seleção dos trabalhadores a despedir.

Requisitos de despedimento O despedimento por extinção de

posto de trabalho só pode ter lugar desde que se verifi quem os seguintes requisitos:

• os motivos indicados não sejam devidos a conduta culposa do em-pregador ou do trabalhador;

• seja praticamente impossível a subsistência da relação de trabalho. Para efeitos deste requisito, uma vez extinto o posto de trabalho, considera-se que a subsistência da

relação de trabalho é praticamente impossível quando o empregador demonstre ter observado critérios relevantes e não discriminatórios face aos objetivos subjacentes à extinção do posto de trabalho;

• não existam, na empresa, contratos de trabalho a termo para funções correspondentes às do posto de trabalho extinto;

• não seja aplicável o despedimento coletivo.

O despedimento por extinção do pos-to de trabalho só pode ocorrer desde que, até ao termo do prazo de aviso prévio, seja posta à disposição do trabalhador a compensação devida, bem como os cré-ditos vencidos e os exigíveis por efeito da cessação do contrato de trabalho.

Comunicações do empregadorNo caso de despedimento por

extinção de posto de trabalho, o empre-gador comunica, por escrito, à comissão de trabalhadores ou, na sua falta, à comis-são intersindical ou comissão sindical, ao trabalhador envolvido e ainda, caso este seja representante sindical, à associação sindical respetiva:

• a necessidade de extinguir o posto de trabalho, com indicação dos motivos justifi cativos e a secção ou unidade equivalente a que respeita;

• a necessidade de despedir o traba-lhador afeto ao posto de trabalho a extinguir e a sua categoria pro-fi ssional;

• os critérios para seleção dos traba-lhadores a despedir.

Decisão de despedimentoPosteriormente à emissão de parecer

fundamentado emitido pelas entidades acima referidas, o empregador pode proceder ao despedimento.

A decisão de despedimento é proferida por escrito, tendo de constar da mesma:

- motivo da extinção do posto de trabalho;

- confi rmação dos requisitos para a extinção do posto de trabalho (os motivos indicados não sejam devi-

DESPEDIMENTO POR EXTINÇÃO DO POSTO DE TRABALHO

Critérios para selecionar trabalhadores são defi nidos pelo empregador

dos a conduta culposa do emprega-dor ou do trabalhador; seja pratica-mente impossível a subsistência da relação de trabalho; não existam, na empresa, contratos de trabalho a ter-mo para tarefas correspondentes às do posto de trabalho extinto; não seja aplicável o despedimento coletivo);

- prova da aplicação dos critérios de determinação do posto de trabalho a extinguir, caso se tenha verifi cado oposição a esta;

- montante, forma, momento e lugar do pagamento da compensação e dos créditos vencidos e dos exi-gíveis por efeito da cessação do contrato de trabalho;

- data da cessação do contrato.O empregador comunica a decisão,

por cópia ou transcrição, ao trabalhador, à comissão de trabalhadores ou associa-ção sindical bem como à Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), com antecedência mínima, relativamente à data da cessação, de:

• 15 dias, no caso de trabalhador com antiguidade inferior a um ano;

• 30 dias, no caso de trabalhador com antiguidade igual ou superior a um ano e inferior a cinco anos;

• 60 dias, no caso de trabalhador com antiguidade igual ou superior a cinco anos e inferior a 10 anos;

• 75 dias, no caso de trabalhador com antiguidade igual ou superior a 10 anos.

Refi ra-se que o pagamento da com-pensação, dos créditos vencidos e dos exigíveis por efeito da cessação do con-trato de trabalho deve ser efetuado até ao termo do prazo de aviso prévio.

Contraordenação graveConstitui contraordenação grave o

despedimento em que não seja comuni-cada ao trabalhador a respetiva decisão, ou em que não seja reduzida a escrito ou não esteja indicado algum dos elementos que dela deve constar.

Sobre os requisitos legais e procedi-mento para o despedimento por extinção de posto de trabalho, previstos no Código do Trabalho, reproduz-se na página seguinte um conjunto de esquemas que constam do livro “Direito do Trabalho em 100 Quadros”, 3ª edição, da autoria do Gabinete de Advogados António Vi-lar, Luís Cameirão e Associados.

(Código do Trabalho, arts. 368º a 371º)

Boletim do Contribuinte 661

TRABALHO E SEGURANÇA SOCIALSETEMBRO 2012 - Nº 18

DESPEDIMENTO POR EXTINÇÃO DO POSTO DE TRABALHO

A EXTINÇÃO DO POSTO DE TRABALHO DETERMINA O DESPEDIMENTO INDIVIDUAL, MOTIVADO POR MOTIVOS ECONÓMICOS, ESTRUTURAIS OU TECNOLÓGICOS RELATIVOS À EMPRESA

O empregador não se encontra obrigado a cumprir um critério legal para a seleção dos trabalhadores a despedir, podendo defi nir um critério, desde que seja relevante e não discriminatório

Os motivos indicados não sejam devidos a uma atuação culposa do empregador ou trabalhador

Seja impossível a subsistência da relação laboral

Não se verifi que a existência de contratos a termo para as tarefas correspondentes às do posto de trabalho extinto

Não seja aplicável o regime do despedimento coletivo

Seja posta à disposição do trabalhador a compensação devida

A extinção do posto de trabalho apenas será

lícita se cumulativamente estiverem preenchidos os seguintes requisitos:

PROCEDIMENTO DO DESPEDIMENTO POR EXTINÇÃODO POSTO DE TRABALHO

Decisão de Despedimento

por Extinção do posto

O trabalhador e a estrutura representativa deste

apresentam o parecer fundamentado sobre os

motivos invocados

Comunicação ao trabalhador e à comissão

de trabalhadores

• A necessidade de fazer cessar o contrato de trabalho;

• Indicação dos motivos justifi cativos;

• Indicação da categoria profi ssional do trabalhador;

• A opinião do trabalhador e respetiva estrutura representativa quanto aos motivos justifi cativos do despedimento invocados ou sobre a incorreta aplicação dos critérios de escolha defi nidos pelo empregador.

• Os motivos da cessação do contrato;

• Confi rmação dos requisitos legais;

• Montante, forma momento e lugar do pagamento da compensação e dos créditos salariais;

• Prova da aplicação do critério de prioridades

• Data da cessação.

motivoos invoocac dos

QUE DEVE CONTER:

10 DIAS 5 DIAS A CONTAR DA RECEÇÃO DO PARECER

QUE DEVE REFERIR: QUE DEVE MENCIONAR:

Boletim do Contribuinte662

TRABALHO E SEGURANÇA SOCIALSETEMBRO 2012 - Nº 18

Foram publicadas no Diário da Re-pública de 10.8 diversas Resoluções da Assembleia da República destinadas a recomendar ao Governo a adoção de medidas na área do emprego, formação profi ssional e conciliação entre a vida familiar e a vida profi ssional.

• Resolução da Assembleia da Re-pública nº 114/2012 - Recomen-da a criação de um programa de formação profi ssional de apoio ao emprego nos setores da hotelaria, restauração e turismo na região do Algarve. Deverão ser visados neste programa os ativos empregados com contratos de trabalho a termo de duração não inferior a dois anos, os desempregados sazonais com experiência e os jovens à procura

do primeiro emprego não abrangi-dos pela escolaridade obrigatória, com o objetivo de lhes conferir qualificação profissional nestes setores.

• Resolução da Assembleia da República nº 115/2012 – Reco-menda um conjunto de medidas de revitalização do emprego. Pe-rante a dimensão do desemprego, é recomendada ao Executivo a elaboração de um plano estrutu-ral enquadrador das medidas já implementadas e a implementar e que seja colocado à disposição dos diversos públicos alvo de forma desconcentrada e desburocratiza-da. Ainda segundo o mesmo diplo-ma, o Governo deve prosseguir na

MEDIDAS DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Recomendações ao Governo

defi nição e aplicação de medidas ativas de emprego e de qualifi ca-ção profi ssional por grupos alvo, dando agora especial atenção aos trabalhadores desempregados e de longa duração com 45 e mais anos para facilitar a sua reintegração no mercado de trabalho.

• Resolução da Assembleia da Re-pública nº 116/2012 – Recomenda a aprovação de medidas de valo-rização da família que facilitem a conciliação entre a vida familiar e a vida profi ssional. Neste sen-tido, o Governo deverá fomentar disposições laborais fl exíveis que permitam aos pais uma reinserção profi ssional depois da licença de paternidade, apoiando, por um lado, os módulos de atualização profi ssional para esses mesmos trabalhadores e garantindo, por outro, a posição profi ssional an-terior.

O Código do Trabalho foi nova-mente alterado pela Lei nº 47/2012, de 29.8 (Bol. do Contribuinte, 2012, pág. 623), que introduziu modifi cações nos arts. 68º, 69º, 70º e 82º, referentes ao trabalho de menores, por forma a adequá-lo à Lei nº 85/2009, de 27.8, que estabeleceu o regime da escolaridade obrigatória para as crianças e jovens que se encontram em idade escolar e consagra a universalidade da educação pré-escolar para as crianças a partir dos 5 anos de idade.

As alterações ao Código do Traba-lho, que entram em vigor no dia 3 de setembro, surgem para adaptar este di-ploma ao alargamento da escolaridade obrigatória para 12 anos ou até aos 18 anos de idade do aluno.

ALTERAÇÕES AO CÓDIGO DO TRABALHOAdmissão de menor sem escolaridade

obrigatória

Nos termos da nova redação do art. 68º do Código do Trabalho, só pode ser admitido a prestar trabalho o menor que tenha completado a idade mínima de admissão (16 anos), tenha concluído a escolaridade obrigatória ou esteja matriculado e a frequentar o nível secundário de educação e dispo-nha de capacidades físicas e psíquicas adequadas ao posto de trabalho.

O menor com idade inferior a dezas-seis anos que tenha concluído a escola-ridade obrigatória ou esteja matriculado e a frequentar o nível secundário de educação pode prestar trabalhos leves.

Refi ra-se que o Código do Trabalho foi recentemente alterado pela Lei nº 23/2012, de 25.6 (Bol. do Contrib., 2012, pág. 505).

BANCO DE HORAS INDIVIDUAL

O regime de banco de horas pode ser estipulado por acordo entre o empregador e o trabalhador, podendo, nesta situação, o período normal de trabalho ser aumentado até duas horas diárias e atingir 50 horas semanais, tendo o acréscimo por limite 150 horas por ano, e devendo o mesmo acordo prever:

- a compensação do trabalho prestado em acréscimo (por ex. pagamento em dinheiro);

- a antecedência com que o emprega-dor deve comunicar ao trabalhador a necessidade de prestação de trabalho;

- o período em que a redução do tempo de trabalho para compensar trabalho prestado em acréscimo deve ter lugar, por iniciativa do trabalhador ou, na sua falta, do empregador, bem como a antecedência com que qualquer deles deve informar o outro da utilização dessa redução.

(Código do Trabalho, arts. 208º-A)

Boletim do Contribuinte 663SETEMBRO 2012 - Nº 18

o Conselho Regional de Promoção da Região Autónoma da Madeira, designado por COPROMA

Dec. Leg. Regional n.º 26/2012/M, de 3.9 - Segunda alteração ao Dec. Leg. Regional n.º 1/2009/M, de 12 de janeiro, que adapta à admi-nistração regional autónoma da Madeira a Lei n.º 12-A/2008, de 27 de fevereiro, que estabelece os re-gimes de vinculação, de carreiras e de remunerações dos trabalhadores que exercem funções públicas

Dec. Leg. Regional n.º 27/2012/M, de 3.9 - Aplica à administração R. A. da Madeira o regi-me de mobilidade especial entre os serviços dos trabalhadores da Administração Pública visando o seu aproveitamento racional, estabelecido pela Lei n.º 53/2006, de 7 de dezembro, e o regime geral de extinção, fusão e reestruturação de serviços pú-blicos e de racionalização de efetivos, estabelecido pelo DL n.º 200/2006, de 25 de outubro

1.ª SÉRIE - DIÁRIO DA REPÚBLICA - SETEMBRO/2012

COMPILAÇÃO DE SUMÁRIOS - 1ª QUINZENA (De 1 a 15 de setembro de 2012)

(Continuação da pág. 664) Ordenamento do territórioDecreto n.º 23/2012, de 5.9 - Exclui do

regime florestal parcial uma parcela de terreno baldio, com a área de 61,2 ha, integrada no perí-metro florestal das serras de Vieira e Monte Crasto, situada na freguesia de Covas, do concelho de Vila Nova de CerveiraOrdenamento do território – Orla costeira

Dec. Regul. Regional n.º 19/2012/A, de 3.9 - Aprova o Plano de Ordenamento da Orla Costeira da Ilha do FaialQREN

Res. Cons. Min. n.º 76/2012, de 6.9 - Proce-de à quarta alteração à Res. Cons. Min. n.º 25/2008, de 13 de fevereiro, no que respeita à composição dos secretariados técnicos dos programas opera-cionais do Quadro Referência Estratégico NacionalRecursos geológicos – recursos minerais

Res. Cons. Min. n.º 78/2012, de 11.9 -

Aprova a Estratégia Nacional para os Recursos Geológicos - Recursos MineraisSaúde

Lei n.º 52/2012, de 5.9 - Lei de Bases dos Cuidados Paliativos

Port. n.º 271/2012, de 4.9 - Aprova o Regu-lamento e as tabelas de preços a praticar para a produção adicional realizada no âmbito do SIGIC pelas unidades prestadoras de cuidados de saúde públicas e entidades privadas e sociais e revoga a Port. n.º 852/2009, de 7 de Agosto

Port. n.º 273/2012, de 5.9 - Aprova a tabela de preços para os tratamentos de procriação me-dicamente assistida e revoga a Port. n.º 67/2011, de 4 de Fevereiro

Port. n.º 276/2012, de 12.9 - Cria o Centro Hospitalar do Oeste (CHO), que integra o Centro Hospitalar de Torres Vedras e o Centro Hospitalar do Oeste Norte (CHON)

A R Q U I V A D O R

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SETEMBRO 2012 - Nº 18

Boletim do Contribuinte664

1.ª SÉRIE - DIÁRIO DA REPÚBLICA - SETEMBRO/2012

COMPILAÇÃO DE SUMÁRIOS - 1ª QUINZENA (De 1 a 15 de setembro de 2012)

R. Gonçalo Cristóvão, 14, r/c - 4000-263 PortoTelf. 223 399 400 • Fax 222 058 098

www.boletimdocontribuinte.ptImpressão: Uniarte Gráfica, S.A.Nº de registo na DGCS 100 299

Depósito Legal nº 33 444/89

Boletim do ContribuinteEditor: João Carlos Peixoto de Sousa

Proprietário: Vida Económica - Editorial, S.A.(Continua na pág. 663)

Acidentes marítimosPort. n.º 270/2012, de 4.9 - Aprova o perfil

dos investigadores do Gabinete de Prevenção e de Investigação de Acidentes MarítimosAçores – ordenamento da orla costeira

Dec. Regul. Regional n.º 19/2012/A, de 3.9 - Aprova o Plano de Ordenamento da Orla Costeira da Ilha do FaialAdministração pública

Dec. Leg. Regional n.º 26/2012/M, de 3.9 - Segunda alteração ao Dec. Leg. Regional n.º 1/2009/M, de 12 de janeiro, que adapta à administração regional autónoma da Madeira a Lei n.º 12-A/2008, de 27 de fevereiro, que esta-belece os regimes de vinculação, de carreiras e de remunerações dos trabalhadores que exercem funções públicas

Dec. Leg. Regional n.º 27/2012/M, de 3.9 - Aplica à administração regional autónoma da Madeira o regime de mobilidade especial entre os serviços dos trabalhadores da Administração Pública visando o seu aproveitamento racional, es-tabelecido pela Lei n.º 53/2006, de 7 de dezembro, e o regime geral de extinção, fusão e reestrutura-ção de serviços públicos e de racionalização de efetivos, estabelecido pelo DL n.º 200/2006, de 25 de Outubro

Port. n.º 275/2012, de 10.9 - Aprova os Estatutos da Entidade de Serviços Partilhados da Administração Pública - ESPAP, I. P.Agricultura

Port. n.º 280/2012, de 14.9 - Primeira al-teração à Port. n.º 975/2008, de 1 de setembro, que estabelece, para o território do continente, as normas complementares para execução da ajuda à utilização de mosto de uvas concentrado e mosto de uvas concentrado retificado nas campanhas vitivinícolas de 2008-2009 a 2011-2012Ambiente e florestas

Lei n.º 53/2012, de 5.9 - Aprova o regime jurídico da classificação de arvoredo de interesse público (revoga o DL n.º 28 468, de 15 de feve-reiro de 1938)Apoio à economia local

Port. nº 281-A/2012, de 14.9 – (Supl.) - Aprova o Programa de Apoio à Economia Local (PAEL).Bombeiros

Res. Cons. Min. n.º 77/2012, de 7.9 - Dispen-sa do serviço os bombeiros voluntários que sejam funcionários públicos para colaborar no esforço de combate aos incêndiosCinema e audiovisual

Lei n.º 55/2012, de 6.9 - Estabelece os prin-cípios de ação do Estado no quadro do fomento, desenvolvimento e proteção da arte do cinema e das atividades cinematográficas e audiovisuaisCinema e teatro

DL n.º 208/2012, de 7.9 - Procede à trans-formação da Cinemateca Portuguesa - Museu do Cinema, I. P., em entidade pública empresarial, à cisão da Companhia Nacional de Bailado do Organismo de Produção Artística, E. P. E., e à sua transformação em entidade pública empresarial, à alteração da denominação do Organismo de Produção Artística, E. P. E., para Teatro Nacional de São Carlos, E. P. E., à aprovação dos Estatutos da Cinemateca Portuguesa - Museu do Cinema, E. P. E., da Companhia Nacional de Bailado, E. P. E., do Teatro Nacional D. Maria II, E. P. E., do Teatro Na-

cional de São Carlos, E. P. E., e do Teatro Nacional de São João, E. P. E., e à constituição de agrupa-mento complementar de empresas formado pelas entidades públicas empresariais da área da culturaCompras públicas

Res. Cons. Min. n.º 74/2012, de 4.9 - Auto-riza as entidades adjudicantes a assumir os encar-gos orçamentais decorrentes da contratação de eletricidade em regime de mercado livre, através da abertura do respetivo procedimento aquisitivo pela Unidade Ministerial de Compras do Ministério da Solidariedade e da Segurança Social

Port. n.º 275/2012, de 10.9 - Aprova os Estatutos da Entidade de Serviços Partilhados da Administração Pública - ESPAP, I. P.Ensino

Lei n.º 51/2012, de 5.9 - Aprova o Estatuto do Aluno e Ética Escolar, que estabelece os direitos e os deveres do aluno dos ensinos básico e secundá-rio e o compromisso dos pais ou encarregados de educação e dos restantes membros da comunidade educativa na sua educação e formação, revogando a Lei n.º 30/2002, de 20 de Dezembro

Port. n.º 274-A/2012, de 6.9 – (Supl.) - Primeira alteração à Port. n.º 195/2012, de 21 de junho, que aprova o Regulamento do Concurso Nacional de Acesso e Ingresso no Ensino Superior Público para a Matrícula e Inscrição no Ano Letivo de 2012-2013

Port. n.º 275-A/2012, de 11.9 – (Supl.) – Regula o ensino de alunos com currículo específico individual (CEI) em processo de transição para a vida pós-escolar

Port. n.º 281/2012, de 14.9 - Regulamenta a atribuição de licença sem vencimento aos do-centes de carreira dos estabelecimentos públicos de educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário na dependência do Ministério da Educação e Ciência, recrutados por associações de portugueses ou entidades estrangeiras, públicas ou privadas, que promovem e divulgam o ensino da língua e cultura portuguesasEnsino e formação

Port. n.º 272/2012, de 4.9 - Cria o Programa de Apoio e Qualificação do PIEF - Programa Inte-grado de Educação e FormaçãoEquipamentos marítimos

DL n.º 207/2012, de 3.9 - Transpõe a Diretiva n.º 2011/75/UE, da Comissão, de 2 de setembro, que substitui o anexo A da Diretiva n.º 96/98/CE, do Conselho, de 20 de dezembro, relativa às normas a aplicar aos equipamentos marítimos a fabricar ou a comercializar em território nacional ou a instalar em embarcações nacionais, alterando o DL n.º 24/2004, de 23 de JaneiroEspaços públicos – princípio da onerosidade

Port. n.º 278/2012, de 14.9 - Regulamenta a implementação gradual do princípio da one-rosidade através da determinação dos termos em que é devida a contrapartida pelos serviços,

organismos ou demais entidades utilizadores de espaços públicosEstaleiros Navais de Viana de Castelo

Res. Cons. Min. n.º 75/2012, de 5.9 - Deter-mina a admissão ou a não admissão dos potenciais investidores de referência que procederam à apre-sentação de intenções de aquisição a participar nas subsequentes fases do processo de alienação das ações objeto de venda direta de referência no âmbi-to do processo de reprivatização do capital social da empresa Estaleiros Navais de Viana de Castelo, S. A.Estatuto do aluno e ética escolar

Lei n.º 51/2012, de 5.9 - Aprova o Estatuto do Aluno e Ética Escolar, que estabelece os direitos e os deveres do aluno dos ensinos básico e secundá-rio e o compromisso dos pais ou encarregados de educação e dos restantes membros da comunidade educativa na sua educação e formação, revogando a Lei n.º 30/2002, de 20 de DezembroFarmácias

Port. n.º 277/2012, de 12.9 - Define o ho-rário padrão de funcionamento das farmácias de oficina, regula o procedimento de aprovação e a duração, execução, divulgação e fiscalização das escalas de turnos, bem como o valor máximo a cobrar pelas farmácias de turno pela dispensa de medicamentos não prescritos em receita médica do próprio dia ou do dia anterior, e revoga a Port. n.º 31-A/2011, de 11 de janeiroGabinete de Recuperação de Ativos

Port. n.º 269/2012, de 3.9 - Fixa a composi-ção e coordenação do Gabinete de Recuperação de AtivosGestão de resíduos – fiscalização

Lei n.º 54/2012, de 6.9 - Define os meios de prevenção e combate ao furto e de recetação de metais não preciosos com valor comercial e prevê mecanismos adicionais e de reforço no âmbito da fiscalização da atividade de gestão de resíduosIncentivos

Port. n.º 274/2012, de 6.9 - Altera as Port.s nºs 1102/2010, de 25 de outubro, que altera o Regulamento do Sistema de Incentivos à Investiga-ção e Desenvolvimento Tecnológico, e 1103/2010, de 25 de outubro, que altera o Regulamento do Sistema de Incentivos à Inovação

Port. nº 281-A/2012, de 14.9 – (Supl.) - Aprova o Programa de Apoio à Economia Local (PAEL).Inconstitucionalidade

Acórdão do Tribunal Constitucional n.º 397/2012, de 13.9 - Pronuncia-se pela inconsti-tucionalidade das normas contidas nos artigos 1.º, 2.º, 3.º, 7.º, n.os 1 e 2, 10.º e 11.º, n.º 1, alínea b), do decreto que «aprova normas para a proteção dos cidadãos e medidas para a redução da oferta de ‘drogas legais’», aprovado pela Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira em sessão plenária de 31 de julho de 2012Madeira

Dec. Leg. Regional n.º 25/2012/M, de 3.9 - Revoga o Dec. Leg. Regional n.º 15/95/M, de 31 de julho, que criou, na Região Autónoma da Madeira,