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DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO Ano II – nº 107 – Porto Alegre, quinta-feira, 24 de maio de 2007 TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO PUBLICAÇÕES JUDICIAIS SECRETARIA DO PLENÁRIO, CORTE ESPECIAL E SEÇÕES TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO Expediente SPLE Nro 88/2007 Secretaria do Plenário, Corte Especial e Seções AUTOS COM DESPACHO EMBARGOS INFRINGENTES EM AC Nº 91.04.21752-7/RS RELATORA : Des. Federal MARGA INGE BARTH TESSLER EMBARGANTE : SERGIO HENRIQUE SOARES DE VASCONCELLOS CHAVES ADVOGADO : Paulo Roberto Silva de Vasconcellos Chaves e outros : Marino da Cunha Rosa e outro : Jose Umberto Braccini Bastos e outros EMBARGADO : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF ADVOGADO : Pedro Emilio Paschoal Frota e outros DECISÃO 1. Defiro o pedido de habilitação de Marilú da Veiga Chaves, Marcelo Henrique Veiga de Vasconcellos Chaves e Patrícia da Veiga Chaves Picon, sucessores de Sérgio Henrique Soares de Vasconcellos Chaves, nos presentes autos, com suporte no inciso I do artigo 1.060 do CPC, à vista da documentação acostada. Proceda-se à alteração do registro processual. 2. Defiro o pedido de carga dos autos formulado à fl. 574 pelo prazo de 10 (dez) dias. 3. Intimem-se Porto Alegre, 16 de maio de 2007. AÇÃO RESCISÓRIA Nº 93.04.01185-0/RS RELATORA : Des. Federal MARGA INGE BARTH TESSLER AUTOR : MUNICIPIO DE CHAPECO/SC ADVOGADO : Eracy Lafuente Pereira : Amarildo Vedana : Ilse May Nothen Oliveira Lima : Carlos Zamprogna REU : TEREZINHA MARLENE FARIAS PARIS e outros ADVOGADO : Clovis Fedrizzi Rodrigues DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4º REGIÃO 1 / 1489

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DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIOAno II n 107 Porto Alegre, quinta-feira, 24 de maio de 2007

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4 REGIO

PUBLICAES JUDICIAIS

SECRETARIA DO PLENRIO, CORTE ESPECIAL E SEES

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4 REGIOExpediente SPLE Nro 88/2007

Secretaria do Plenrio, Corte Especial e Sees

AUTOS COM DESPACHOEMBARGOS INFRINGENTES EM AC N 91.04.21752-7/RS

RELATORA : Des. Federal MARGA INGE BARTH TESSLER

EMBARGANTE : SERGIO HENRIQUE SOARES DE VASCONCELLOS CHAVES

ADVOGADO : Paulo Roberto Silva de Vasconcellos Chaves e outros

: Marino da Cunha Rosa e outro

: Jose Umberto Braccini Bastos e outros

EMBARGADO : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF

ADVOGADO : Pedro Emilio Paschoal Frota e outros

DECISO

1. Defiro o pedido de habilitao de Maril da Veiga Chaves, Marcelo Henrique Veiga de Vasconcellos Chaves e Patrcia da Veiga

Chaves Picon, sucessores de Srgio Henrique Soares de Vasconcellos Chaves, nos presentes autos, com suporte no inciso I do artigo

1.060 do CPC, vista da documentao acostada. Proceda-se alterao do registro processual.

2. Defiro o pedido de carga dos autos formulado fl. 574 pelo prazo de 10 (dez) dias.

3. Intimem-se

Porto Alegre, 16 de maio de 2007.

AO RESCISRIA N 93.04.01185-0/RS

RELATORA : Des. Federal MARGA INGE BARTH TESSLER

AUTOR : MUNICIPIO DE CHAPECO/SC

ADVOGADO : Eracy Lafuente Pereira

: Amarildo Vedana

: Ilse May Nothen Oliveira Lima

: Carlos Zamprogna

REU : TEREZINHA MARLENE FARIAS PARIS e outros

ADVOGADO : Clovis Fedrizzi Rodrigues

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 1 / 1489

http://www.trf4.gov.br/

LITISCONSORTE : UNIAO

ADVOGADO : Luis Henrique Martins dos Anjos

DESPACHO

Arquivem-se os autos com baixa na distribuio.

Porto Alegre, 17 de maio de 2007.

AO RESCISRIA N 2001.04.01.005093-4/PR

RELATOR : Des. Federal VALDEMAR CAPELETTI

AUTOR : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF

ADVOGADO : Clovis Konflanz e outros

REU : RAUL ALVES FALLEIROS FILHO e outros

ADVOGADO : Antonio Celso Cavalcanti de Albuquerque e outros

REU : REGINA COELI DE SOUZA e outros

DECISO

Tendo em vista a petio da CEF da fl. 529, homologo, para que surta seus jurdicos e legais efeitos, a desistncia da ao em

relao a todos os rus, motivo pelo qual extingo o feito sem julgamento do mrito, nos termos do art. 267, inc. VIII, do CPC.

Intimem-se.

Oficiem-se, eventualmente, os juzos deprecados, solicitando a devoluo das Cartas de Ordem expedidas, independentemente do

seu cumprimento.

Porto Alegre, 18 de maio de 2007.

AO RESCISRIA N 2001.04.01.072499-4/PR

RELATOR : Des. Federal CARLOS EDUARDO THOMPSON FLORES LENZ

AUTOR : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF

ADVOGADO : Clovis Konflanz e outros

REU : DOMINGOS FORTE FILHO e outro

ADVOGADO : Graciane Vieira Lourenco e outros

DECISO

Vistos, etc.

D-se baixa e arquive-se.

Intimem-se. Publique-se.

Porto Alegre, 16 de maio de 2007.

AO RESCISRIA N 2001.04.01.086297-7/RS

RELATORA : Des. Federal MARGA INGE BARTH TESSLER

AUTOR : OLINDA FARIAS BARBOSA

ADVOGADO : Mario Goncalves Soares e outros

REU : CIA/ NACIONAL DE ABASTECIMENTO - CONAB

ADVOGADO : Carlos Alberto de Oliveira e outros

DESPACHO

Arquivem-se os autos com baixa na distribuio.

Porto Alegre, 17 de maio de 2007.

AO RESCISRIA N 2002.04.01.046462-9/SC

RELATORA : Des. Federal MARGA INGE BARTH TESSLER

AUTOR : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 2 / 1489

http://www.trf4.gov.br/

ADVOGADO : Clovis Konflanz e outros

REU : ANGELITA SALETE DA SILVA e outros

DESPACHO

1. vista do trnsito em julgado do acrdo lanado nestes autos por este Regional, intimem-se as partes a fim de que requeiram o

que julgarem necessrio.

2. Em nada sendo requerido no prazo de 10 (dez) dias, arquivem-se os autos, com baixa na distribuio.

Porto Alegre, 17 de maio de 2007.

AO RESCISRIA N 2003.04.01.036598-0/SC

RELATORA : Des. Federal MARGA INGE BARTH TESSLER

AUTOR : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF

ADVOGADO : Clovis Konflanz e outros

REU : ADIR MARMITT e outros

ADVOGADO : Taise Grazziotin Poletto e outro

REU : AIRTON DE JESUS e outros

DESPACHO

1. vista do trnsito em julgado do acrdo lanado nestes autos por este Regional, intimem-se as partes a fim de que requeiram o

que julgarem necessrio.

2. Em nada sendo requerido no prazo de 10 (dez) dias, arquivem-se os autos, com baixa na distribuio.

Porto Alegre, 17 de maio de 2007.

AO RESCISRIA N 2003.04.01.039054-7/RS

RELATOR : Des. Federal EDGARD ANTNIO LIPPMANN JNIOR

AUTOR : ANTONIA SUELI LEMOS e outro

ADVOGADO : Marcelo Domingues de Freitas e Castro

: Josiane Vieira dos Santos

REU : UNIO FEDERAL

ADVOGADO : Luis Henrique Martins dos Anjos

DESPACHO

Abra-se vista ao MPF.

Aps, intimem-se as partes para que, no prazo de 5 dias, requeiram o que de direito. No silncio, d-se baixa na distribuio e

arquivem-se.

Porto Alegre, 11 de maio de 2007.

EMBARGOS INFRINGENTES EM AC N 2004.04.01.017278-0/RS

RELATORA : Des. Federal MARGA INGE BARTH TESSLER

EMBARGANTE : ARNALDO THOMAZ SEBASTIAO e s/m

ADVOGADO : Nedson Pinto Culau e outros

EMBARGADO : UNIO FEDERAL

ADVOGADO : Luis Henrique Martins dos Anjos

DECISO

Trata-se de recurso de embargos infringentes interposto em face de acrdo de lavra da 3 Turma publicado em 27.09.2006 que, por

maioria, deu parcial provimento ao recurso e remessa oficial, vencida a Juza Vnia de Almeida, que provia o recurso em maior

extenso.

o sucinto relatrio. Decido.

Anoto que a matria ventilada nos embargos infringentes apresentados no se enquadra na moldura legal autorizadora do recurso,

qual seja aquela cristalizada no artigo 530 do CPC em sua redao na forma da Lei n 10.352/2001, na medida em que deixou de

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 3 / 1489

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haver quanto ao ponto impugnado efetiva reforma da sentena de mrito, tendo essa em verdade sido mantida pela Turma em tal

tpico. De forma mais detalhada, dizer que a matria relacionada ao termo inicial de incidncia dos juros moratrios decidida na

sentena restou mantida por este Tribunal, que preservou nessa qualidade a data do trnsito em julgado.

Nesse sentir a jurisprudncia do egrgio STJ, conforme o excerto transcrito a seguir, in verbis:

"1. Na sistemtica original do CPC, a simples existncia de divergncia em julgado proferido em apelao e em ao rescisria

ensejava a interposio de embargos infringentes . 2. A Lei 10.352, de 26.12.2001, porm, dando nova redao ao art. 530 do CPC,

restringiu as hipteses de cabimento dos embargos, passando a exigir, para sua admisso, (a) que tenha havido reforma de

sentena de mrito e (b) que tal reforma tenha sido decorrente de julgamento por no-unnime" (REsp. n 645.437/PR, 1 Turma,

Rel. Min. Teori Zavascki, DJU 30.05.2005, p. 231).

Ante o exposto, nego seguimento ao recurso de embargos infringentes, j que manifestamente inadmissvel (artigo 557, CPC).

Intimem-se.

Porto Alegre, 06 de maro de 2007.

EMBARGOS INFRINGENTES EM AC N 2004.04.01.017278-0/RS

RELATORA : Des. Federal MARGA INGE BARTH TESSLER

EMBARGANTE : ARNALDO THOMAZ SEBASTIAO e s/m

ADVOGADO : Mario Julio Krynski e outros

EMBARGADO : UNIO FEDERAL

ADVOGADO : Luis Henrique Martins dos Anjos

DESPACHO

vista do peticionado s fls. 524 e 576 e da efetiva constatao acerca do equvoco noticiado, determino a retificao do registro

processual, tendo em conta que o firmatrio atua isoladamente, assim como a reabertura do prazo para a impugnao da deciso da

fl. 565 mediante a intimao na pessoa do procurador Mrio Jlio Krynski.

Porto Alegre, 17 de maio de 2007.

AO RESCISRIA N 2004.04.01.034827-4/PR

RELATOR : Des. Federal OTVIO ROBERTO PAMPLONA

AUTOR : LUMBERTRADE COML/ EXP/ LTDA/

ADVOGADO : Rodrigo da Silva Graciosa e outro

REU : UNIO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

ADVOGADO : Simone Anacleto Lopes

DESPACHO

Intime-se o novo procurador (substabelecimento fl. 547) a respeito da pauta de julgamento datada para 04/06/2007.

Porto Alegre, 21 de maio de 2007.

IMPUGNAO AO VALOR DA CAUSA EM AR N 2006.04.00.000915-7/SC

RELATOR : Des. Federal OTVIO ROBERTO PAMPLONA

IMPUGNANTE : UNIO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

ADVOGADO : Simone Anacleto Lopes

IMPUGNADO : ADVOCACIA SERGIO ROBERTO BACK S/C

ADVOGADO : Sergio Roberto Back

DECISO

A Unio apresentou impugnao ao valor da causa atribudo na ao rescisria, alegando que esse valor deve ser fixado em R$

1.291,91 (um mil duzentos e noventa e um reais e noventa e um centavos), que corresponde ao valor atribudo causa originria

corrigido.

Intimada, a parte autora requereu a rejeio do incidente, pois se trata de quantia ilquida, bem como no h no ordenamento ptrio

norma a regular o valor a ser atribudo causa.

Passo a decidir.

A jurisprudncia dos Tribunais, inclusive do Superior Tribunal de Justia, pacfica no sentido de que o valor da causa em ao

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 4 / 1489

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rescisria deve corresponder ao da ao originria corrigido monetariamente. Nesse sentido:

"PROCESSO CIVIL. AO RESCISRIA. VALOR DA CAUSA. IMPUGNAO.

1. O valor da causa nas rescisrias, via de regra, o que foi atribudo ao originria, monetariamente corrigido, devendo, contudo,

ficar devidamente demonstrado, com exatido, na impugnao, aquele que se reputa correto.

2. (...)

3. (...)"

(Pet 2723/SE, 3 Seo, Rel. Min. Paulo Gallotti, DJ de 1/8/2005, p. 316)

A ao originria foi ajuizada em 19/12/2002 e quela causa foi atribudo o valor de R$ 1.000,00. A ao rescisria foi ajuizada em

28/03/2006, mais de dois anos depois. O montante de R$ 1.291,91 parece representar perfeitamente o valor da causa originria

corrigido monetariamente.

Esse montante, se no menor, ao menos se equivale ao crdito que o autor pretende ter restitudo, relativo COFINS incidente

sobre o faturamento da sociedade.

Assim, acolho a impugnao da Unio e fixo o valor da causa em R$ 1.291,91 (um mil duzentos e noventa e um reais e noventa e

um centavos).

Intimem-se.

Publique-se.

Porto Alegre, 15 de maio de 2007.

CORTE ESPECIAL

CORTE ESPECIAL

PAUTA DE JULGAMENTOS - ADITAMENTO

Determino a incluso dos processos abaixo relacionados na Pauta de Julgamentos ORDINRIA do dia 31 de maio de 2007,

quinta-feira, s 13:30, podendo, entretanto, nessa mesma Sesso ou Sesses subseqentes, ser julgados os processos adiados ou

constantes de Pautas j publicadas.

00004 MS 2007.04.00.011713-0

RELATOR : Des. Federal CARLOS EDUARDO THOMPSON FLORES LENZ

IMPEDIDO(S) : Des. Federal MARIA LCIA LUZ LEIRIA

: Des. Federal VILSON DARS

IMPTE : RODRIGO DA SILVEIRA CARVALHO

ADV : Rodrigo da Silveira Carvalho

IMPTDO :DESEMBARGADOR FEDERAL PRESIDENTE DO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA

4A REGIAO

Publique-se e Registre-se.

Porto Alegre, 23 de maio de 2007.

Desembargadora Federal Maria Lcia Luz Leiria

Presidente do(a) CORTE ESPECIAL.

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 5 / 1489

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3 SEO

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4 REGIOExpediente Nro 92/2007

Secretaria da Terceira Seo

00001 AO RESCISRIA N 2003.04.01.021333-9/RS

AUTOR : ALCINDA DEMARCO GARCIA e outros

ADVOGADO : Jorge Otavio Alvorcem Teixeira

REU : UNIO FEDERAL

ADVOGADO : Luis Henrique Martins dos Anjos

REU : REDE FERROVIARIA FEDERAL S/A - RFFSA

ADVOGADO : Toni Caril Bellinaso

REU : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Mariana Gomes de Castilhos

EXTRATO DE ATA

EXTRATO DE ATA DA 4 SESSO ORDINRIA, REALIZADA EM 20/05/2007, A SEGUIR PUBLICADO, NOS TERMOS

DO ART. 74, PARGRAFO NICO, IV, C/C, ART. 76, 1 DO REGIMENTO INTERNO DO TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4 REGIO, COM EFEITO DE INTIMAO.

CERTIDO

A SEO, POR UNANIMIDADE, DECICIU SUSCITAR CONFLITO NEGATIVO DE COMPETNCIA CORTE ESPECIAL.

SECRETARIA DA 1 TURMA

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4 REGIOExpediente Nro 105/2007

Secretaria da Primeira Turma

00001 APELAO CVEL N 2000.70.00.011464-0/PR

RELATOR : Des. Federal JOEL ILAN PACIORNIK

APELANTE : IND/ TREVO LTDA/

ADVOGADO : Fabio Artigas Grillo e outros

APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Solange Dias Campos Preussler

APELADO : (Os mesmos)

DESPACHO

Intime-se o INSS para se manifestar sobre a petio e pedido de fls. 182/183, no prazo de 10 dias.

Porto Alegre, 04 de maio de 2007.

00002 APELAO CVEL N 2001.71.10.002148-4/RS

RELATOR : Des. Federal JOEL ILAN PACIORNIK

APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Sibele Regina Luz Grecco

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 6 / 1489

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APELANTE : RUY KUTSCHER DE CASTRO

ADVOGADO : Ricardo Moreira Karini e outro

APELADO : (Os mesmos)

DESPACHO

O MM. Julgador a quo oficiou relatando que o dbito relativo execuo fiscal n 97.00.26582-0 foi pago em sua integralidade,

tendo sido prolatada sentena de extino, com fulcro no artigo 794, I do CPC, nos autos da execuo supracitada.

Sendo assim, intimem-se as partes para que se manifestem, em 10 (dez) dias, sobre os documentos juntados s fls. 72-73,

informando eventual interesse no prosseguimento do feito.

Publique-se.

Porto Alegre, 07 de maio de 2007.

00003 EMBARGOS DE DECLARAO EM APELAO CVEL N 2004.71.07.005035-0/RS

RELATOR : Des. Federal VILSON DARS

EMBARGANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Solange Dias Campos Preussler

EMBARGANTE : ALFREDO DAVID BRINKER

ADVOGADO : Carmen Fabris de Abreu

EMBARGADO : ACRDO DE FLS.

INTERESSADO : (Os mesmos)

REMETENTE : JUZO FEDERAL DA VF EXEC.FISCAIS DE CAXIAS DO SUL

DESPACHO

Tratando-se de embargos de declarao com pedido de efeito infringente, em respeito ao amplo direito de defesa, intimem-se as

parte para que se manifestem no prazo de quinze dias.

Porto Alegre, 10 de maio de 2007.

00004 APELAO CVEL N 2006.72.08.002086-8/SC

RELATOR : Des. Federal VILSON DARS

APELANTE : CONSTRUTORA KLEIS LTDA/

ADVOGADO : Roberto Jacob Nicolau Mussi Filho e outro

APELADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Solange Dias Campos Preussler

DECISO

Nos termos do pedido da embargante e da manifestao da autarquia, homologo a desistncia da apelao com fundamento no artigo

501 do CPC.

Cumpridas as formalidades de estilo, d-se baixa na distribuio e remetam-se os autos vara de origem. Intimem-se.

Porto Alegre, 08 de maio de 2007.

00005 AGRAVO DE INSTRUMENTO N 2007.04.00.009931-0/SC

RELATOR : Des. Federal JOEL ILAN PACIORNIK

AGRAVANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 7 / 1489

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ADVOGADO : Joao Ernesto Aragones Vianna

AGRAVADO : ANTONIO JURACY RIBEIRO

DECISO

Trata-se de agravo de instrumento interposto contra deciso que, em execuo fiscal, declinou da competncia para a Comarca de

Videira/SC (fl. 12).

Esgrime a agravante que o ajuizamento da execuo no local do domiclio do ru uma faculdade ao executado, sendo defeso o

declnio da competncia, em razo do lugar, de ofcio, por ser esta relativa. Sustenta que o pargrafo 3 do artigo 109 da CF/88, ao

dispor sobre a competncia delegada da justia estadual, refere-se a beneficirios e segurados, e no a contribuintes e devedores.

Alm disso, a ltima parte do pargrafo antes citado, autorizando a lei a permitir que outras causas sejam processadas e julgadas pela

justia estadual no se aplica ao caso, porquanto o CPC, que regulamenta a matria, no traz tal previso. Roga pela concesso do

efeito suspensivo.

Decido.

A competncia a ser analisada decorre de delegao Justia Estadual em funo do permissivo constitucional previsto no art. 109,

3, da CF/88, e regulada pela Lei 5.010/66, em seu art. 15, inciso I. O art. 109, 3, da CF prev que, alm da competncia da

Justia Estadual para julgar as causas relativas a benefcios previdencirios, "a lei poder permitir que outras causas sejam tambm

processadas pela Justia Estadual". A Lei 5.010/66, art. 15, inciso I, autoriza a propositura dos executivos fiscais da Unio e de suas

autarquias perante Juzes estaduais, quando a comarca no for sede de vara federal, in verbis:

"A execuo fiscal da Fazenda Pblica ser proposta perante o Juiz de direito da Comarca do domiclio do devedor, desde que no

seja ela sede de Vara da Justia Federal."

Destarte, ao contrrio do afirmado pelo recorrente, h lei estipulando, expressamente, a possibilidade do ajuizamento das execues

fiscais na justia estadual, quando a comarca no for sede de vara federal, no havendo, pois, falar em competncia to-somente da

justia federal para o julgamento dos executivos fiscais.

J o art. 578, caput e pargrafo nico, do CPC prev:

"Art. 578. A execuo fiscal (art. 585, Vl) ser proposta no foro do domiclio do ru; se no o tiver, no de sua residncia ou no do

lugar onde for encontrado.

Pargrafo nico. Na execuo fiscal, a Fazenda Pblica poder escolher o foro de qualquer um dos devedores, quando houver mais

de um, ou o foro de qualquer dos domiclios do ru; a ao poder ainda ser proposta no foro do lugar em que se praticou o ato ou

ocorreu o fato que deu origem dvida, embora nele no mais resida o ru, ou, ainda, no foro da situao dos bens, quando a

dvida deles se originar."

Impende esclarecer acerca do critrio para fixao da competncia em apreo. O art. 578 prev que a execuo fiscal ser proposta

no foro do domiclio do ru. Sucede que o juiz no est autorizado a declinar, de ofcio , da competncia, uma vez que fixada em

razo do domiclio do devedor, sendo, portanto, de natureza territorial e, conseqentemente, relativa. A orientao firmada pela

Smula n 33 do STJ, dispe:

"A incompetncia relativa no pode ser declarada de ofcio."

Seguem acrdos no sentido do quanto ilustrado:

"CONFLITO DE COMPETNCIA. FAZENDA PBLICA. PARGRAFO NICO DO ART. 578 DO CPC. COMPETNCIA

RELATIVA. SMULA 33 DO STJ. l. A Fazenda Pblica pode optar por propor a execuo fiscal em foro diverso daquele do

domiclio do ru, conforme dispe o pargrafo nico do art. 578 do CPC. 2. Tratando-se de competncia relativa defeso ao juiz

declinar da competncia de oficio (Smula 33 do STJ). 3. Conflito negativo de competncia conhecido. Competente o Juzo

suscitado." (TRF4, CC 199904011165013, DJU 15/03/2000, Rel. Jos Luiz B. Germano da Silva)

"PROCESSUAL CIVIL. EXECUO FISCAL. COMPETNCIA TERRITORIAL. 1. As execues fiscais podem ser ajuizadas

perante a Justia Estadual do foro do domiclio do executado, caso a comarca no seja sede de vara federal. 2. A competncia

fixada para o ajuizamento da execuo fiscal territorial e, por conseguinte, de natureza relativa , no podendo ser declinada de

ofcio ." (CC 200304010431604/RS, Rel. Wellington Mendes de Almeida, 1S, julg. 04/12/2003, pub. 07/01/2004, pg. 153, unnime)

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 8 / 1489

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Outrossim, recolho, junto ao acervo do c. STJ, os seguintes arestos:

"CONFLITO NEGATIVO DE COMPETNCIA. EXECUO FISCAL. COMPETNCIA RELATIVA. ARGIO DE

INCOMPETNCIA EX OFFICIO. IMPOSSIBILIDADE. 1. A competncia territorial, consagrada no princpio geral do foro do

domiclio do ru, relativa, determinando-se no momento em que a ao proposta. 2. vedado ao rgo julgador declarar, de

ofcio , a incompetncia relativa (Smula n. 33 do STJ), que somente poder ser reconhecida por meio de exceo oposta pelo

ru/executado. 3. Conflito conhecido para declarar competente o Juzo Federal da 6 Vara da Seo Judiciria do Estado do Par,

o suscitado." (STJ, CC 47491, DJ 18/04/2005, p. 209, Rel. Castro Meira)

"CONFLITO NEGATIVO DE COMPETNCIA - EXECUO FISCAL PROPOSTA PERANTE A JUSTIA FEDERAL DA SEO

JUDICIRIA DO AMAP - COMPETNCIA RELATIVA - ARGIO DE INCOMPETNCIA DE OFCIO PELO JUZO -

IMPOSSIBILIDADE - NECESSIDADE DE EXCEO DE INCOMPETNCIA. "A demanda executria movida pelo fisco ser

proposta no domiclio do obrigado (foro comum), e, se no tiver, no foro de sua residncia ou lugar em que for encontrado (foros

supletivos)" (cf. Araken de Assis, in "Manual do Processo de Execuo", 6 edio revista, atualizada e ampliada, Ed. RT, p. 201).

Cuida-se de hiptese de competncia relativa, que, nos termos do artigo 112 do Cdigo Buzaid, somente pode ser argida por meio

de exceo de incompetncia, sendo defeso ao juiz declar-la de ofcio . Esse entendimento foi consagrado pela Smula n. 33 deste

Sodalcio: "A incompetncia relativa no pode ser declarada de ofcio." Conflito de competncia conhecido para declarar

competente o Juzo Federal da 2 Vara da Seo Judiciria do Amap." (STJ, CC 31682, DJ 26/05/2003, p. 251, Rel. Franciulli

Netto)

Ante o exposto, concedo em parte o pedido de efeito suspensivo para reconhecer a impossibilidade de que o julgador declare, deofcio, sua incompetncia, uma vez que territorial.

Intime-se. Publique-se.

Comunique-se o Juzo de origem.

Porto Alegre, 08 de maio de 2007.

00006 AGRAVO DE INSTRUMENTO N 2007.04.00.009962-0/PR

RELATOR : Des. Federal JOEL ILAN PACIORNIK

AGRAVANTE : ELECTROLUX DO BRASIL S/A

ADVOGADO : Leonardo Sperb de Paola e outros

AGRAVADO : FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCACAO - FNDE

ADVOGADO : Geraldo Jose Macedo da Trindade

DECISO

Trata-se de agravo de instrumento interposto contra deciso (fls. 156/158) que rejeitou exceo de pr-executividade na qual

buscava a excipiente a extino da ao executiva, aos fundamentos de pagamento do dbito e da ocorrncia de

decadncia/prescrio.

Entendeu a MM. Julgadora "a quo" que a matria em discusso no passvel de anlise em exceo de pr-executividade,

porquanto, em relao ao pagamento, exige dilao probatria e, no tocante prescrio/decadncia, no h prova da data da

constituio definitiva do crdito tributrio.

Sustenta a recorrente, em sntese, que teve contra si ajuizada execuo fiscal na qual visava o FNDE cobrana de diferenas

decorrentes de suposto pagamento a menor, a ttulo de salrio-educao, relativamente s competncias 1/97, 7/97, 12/97, 8/98,

1/99, 12/99, 7/2000, 10/2000, 12/2000 e 017/2001, perfazendo um total de R$ 39.660,73. Tais diferenas, contudo, no prosperam,

pois j efetuou, integralmente, o pagamento das importncias, bem como estas j foram atingidas pela prescrio/decadncia. Pugna

pela concesso do efeito suspensivo.

Decido.

A exceo de pr-executividade, construo doutrinrio-pretoriana, constitui-se em instrumento processual tencionado a extinguir a

execuo na hiptese de pecha insanvel do ttulo executivo, demonstrvel mediante prova pr-constituda, ou de nulidade passvel

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de conhecimento ex officio pelo julgador. Deveras, tem seu mbito de cognio limitado, restrito a casos que se enquadram nessas

situaes, porquanto, em todos os demais, ao executado cabe apresentar seus argumentos de defesa por meio dos competentes

embargos do devedor, via prpria a tal mister, luz da norma inscrita no art. 16, 2, da Lei 6.830/80.

Pelo exposto, a alegao de que no houve pagamento a menor poderia, em tese, ser efetuada em exceo de pr-executividade.

Ocorre que, in casu, no h uma simples afirmao de pagamento total, com a apresentao de guia/recibo dando certeza de tal

ocorrncia. Pelo contrrio, argumenta a excipiente, ora agravante, que "o FNDE interpretou as coisas de forma diversa: ao invs de

abatimento postergado (o que no lhe trazia qualquer prejuzo) entendeu haver abatimento antecipado (...) Notificada, ento, a

prestar esclarecimentos, encaminhou mensagem por meio eletrnico ao FNDE, na qual apresentou um relatrio de valores aplicados

e das dedues efetuadas, relativamente matriz (cujos supostos dbitos so objeto da presente execuo) (...) Diante dessas

informaes, o FNDE encaminhou mais um ofcio, desta feita requerendo o seguinte: 'Caso tenha ocorrido deduo fora do

respectivo semestre, solicitamos que sejam encaminhados a esta Autarquia, documentos que expliquem os fatos das competncias

envolvidas, juntamente com as cpias das guias de recolhimento do FNDE.'. Tal solicitao foi atendida, sendo encaminhados ao

FNDE (...) Assim, deduz-se que, sem ter apreciado as explicaes prestadas, o FNDE, provavelmente por erro, encaminhou as

diferenas apuradas a inscrio em dvida ativa e, passo seguinte, execuo." (fls. 07/08). Ora, no vejo como, de plano, acolher a

alegao de nada devido pela executada/recorrente, porquanto os fatos que foram expendidos exigem exame acurado, inclusive

com dilao probatria. E tampouco os comprovantes de pagamento juntados s fls. 81, 87, 91, 95, 99, 106, 114, 125, 130, 134, etc.

do conta que foi quitado justamente o dbito em cobrana, tambm necessitando de amplo debate e exame. Destarte, para o

reconhecimento da existncia da improcedncia da cobrana deve a agravante ajuizar embargos execuo fiscal, j que neste

permitida a dilao probatria e anlises mais profundas da matria.

Nesse sentido, as seguintes decises:

PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTRIO. EXECUO FISCAL. RESPONSABILIDADE DO SCIO-GERENTE PELAS OBRIGAES

TRIBUTRIAS DA PESSOA JURDICA. NECESSIDADE DE DILAO PROBATRIA. EXCEO DE PR-EXECUTIVIDADE .

DESCABIMENTO.

1. A exceo de pr-executividade cabvel para a discusso a respeito dos pressupostos processuais e das condies da ao,

vedada sua utilizao, nessas hipteses, apenas quando h necessidade de dilao probatria.

2. Tendo o acrdo recorrido afirmado, no caso concreto, a necessidade de "aprofundada investigao sobre matria de fato",

invivel o exame da questo em sede de exceo de pr-executividade . 3. Agravo regimental a que se nega provimento. (AgRg no

REsp 448268/RS, Relator Ministro Teori Albino Zavascki, DJ de 23.08.2004 p. 120).

TRIBUTRIO. PROCESSUAL CIVIL. EXECUO FISCAL. PRESCRIO INTERCORRENTE. AUSNCIA DE OMISSO OU

NEGLIGNCIA DO EXEQENTE. EXCEO DE PR-EXECUTIVIDADE . NECESSIDADE DE DILAO PROBATRIA.

INCABIMENTO.

(...).

3. Tratando-se de exceo de pr-executividade , impossvel o exame de questes que demandem maiores digresses, tais como a

alegao de que includos no dbito executado os valores j pagos no mbito do parcelamento. 4. Agravo de instrumento

improvido. (TRF4, AG 2006.04.00.031576-1, Primeira Turma, de minha lavra, publicado em 18/12/2006).

EXECUO FISCAL. EXCEO DE PR-EXECUTIVIDADE . SUSPENSO DA EXIGIBILIDADE DO CRDITO TRIBUTRIO.

A exceo de pr-executividade o meio apropriado para enfrentar flagrantes nulidades e questes de ordem pblica que podem

ser conhecidas de ofcio.

A alegao de que o dbito tributrio relativo ao IPI lanado em processo administrativo est com sua exigibilidade suspensa por

fora de sentena proferida em ao mandamental transitada em julgado no restou comprovada, pois tal sentena no autorizou a

compensao de valores desde 1987 e sequer poderia, pois o writ no admite retroatividade. Nos presentes autos, tambm paira

dvida se a utilizao do creditamento do IPI se refere a perodos anteriores ao ajuizamento do mandamus e que levaria

suspenso da exigibilidade dos crditos.

Cuida-se, portanto, de matria complexa, controvertida, que no pode ser examinada de plano e que h de ser dirimida em

cognio exauriente e no na via sumria da exceo de pr-executividade , muito menos da na via estreita do agravo de

instrumento.

(TRF4, AG 2006.04.00.035148-0, Primeira Turma, Relator Vilson Dars, publicado em 20/03/2007)

No vinga, igualmente, a alegao de prescrio/decadncia, porquanto, como bem explicitado pela julgadora monocrtica, nos

tributos sujeitos a lanamento por homologao, onde o valor declarado pelo prprio contribuinte, o prazo prescricional tem incio

com a entrega da declarao. De outro lado, se esta for incompleta ou o pagamento insuficiente, caber ao fisco proceder ao

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lanamento da quantia devida, o mesmo ocorrendo se o contribuinte nada declara. Isso explicado, verifico que a agravante no

providenciou a juntada do recibo da entrega da declarao (incio do prazo prescricional), bem como no indicou (se for o caso)qual seria a data da constituio definitiva do crdito tributrio, motivo pelo qual este julgador no pode acolher a tese relativa

prescrio/decadncia. Cabe lembrar, novamente, que o mais adequado alegar a matria em embargos execuo fiscal, pois

nestes h possibilidade de dilao probatria e maiores digresses sobre a matria.

Isso posto, indefiro o pedido de efeito suspensivo.

Intimem-se. Publique-se.

Porto Alegre, 11 de maio de 2007.

00007 AGRAVO DE INSTRUMENTO N 2007.04.00.009974-6/SC

RELATOR : Des. Federal JOEL ILAN PACIORNIK

AGRAVANTE : CLUBE DOZE DE AGOSTO

ADVOGADO : Rodrigo Titericz e outros

AGRAVADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Joao Ernesto Aragones Vianna

DECISO

Trata-se de agravo de instrumento interposto contra deciso (fls. 16) que rejeitou exceo de pr-executividade na qual visava a

excipiente ao reconhecimento de serem indevidos os valores encartados na ao executiva, relativos a honorrios advocatcios,

porquanto j englobados no parcelamento.

Historia que teve contra si ajuizada execuo fiscal, em 21 de maio de 2003. Propostos embargos, estes foram julgados

improcedentes e, por isso, interposta apelao. Ocorre que, diante do interesse em adimplir o dbito, efetuou o parcelamento

institudo pela Medida Provisria n 303/2006, tendo formulado pedido de desistncia do recurso, o que foi atendido. No obstante

isso, foi surpreendida com a execuo dos nus sucumbenciais, muito embora o Termo de Parcelamento firmado na via

administrativa ter abrangido todos os dbitos. Argumenta que a desistncia do recurso ocorreu por exigncia do prprio

exeqente/agravado. Assevera que a cobrana dos honorrios est em desacordo com os princpios da

razoabilidade/proporcionalidade. Por fim, diz que a verba honorria deve ser reduzida a 1% sobre o valor da causa, consoante o

disposto no artigo 5, pargrafo 3, da Lei n 10189/2001. Roga pela concesso do efeito suspensivo.

Decido.

De acordo como que se depreende dos autos, houve sentena julgando improcedentes os embargos execuo fiscal, restando os

honorrios fixados em 10% sobre o valor atualizado da causa (fls. 165/185) Aps, foi homologado o pedido de desistncia, do qual a

agravante no junta cpia. Esta deciso espargiu efeitos retroativos at o exato momento da prolao da sentena, mantendo-a

indene, inclusive no que pertine imposio de pagamento dos estipndios de advogado.

Transitada em julgado a sentena monocrtica, exsurgiu ao Fisco a pretenso executria quanto verba de patrocnio (fls. 187/188).

Aqui, a propsito, cabe fazer uma considerao no tocante impossibilidade de reduo daquela ao percentual de 1%, como

pugnado, uma vez que j ocorrida a precluso mxima. Com efeito, qualquer manifestao a respeito dos honorrios deveria ter sido

feita antes do trnsito em julgado, no sendo, por bvio, a exceo de pr-executividade e muito menos o agravo de instrumento

instrumentos adequados para modificar aquele arbitramento.

Alega a agravante que os honorrios restaram insertos no parcelamento especial, argumentando a viabilidade de o pagamento ser

levantado em pea pr-executiva como embarao cobrana judicial, extinguindo a execuo.

E, muito embora os argumentos explanados na inicial, fato que no edificou a agravante substrato probatrio com aptido para

cristalizar seu alegado direito, no tendo se desincumbido do encargo processual confinado no art. 333, inc. I, do CPC. De fato,

argumentando-se que na prpria guia e em clusula do Termo de parcelamento, h a incluso da multa, juros e honorrios

advocatcios, deveria ter a recorrente juntado, no mnimo, cpia de tais documentos, o que no efetuou.

No vislumbro, assim, o cintilar o bom direito, mormente em se considerando tratar-se de agravo de instrumento, recurso que no

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admite dilao probatria. Sinalizo, ademais, que o pagamento (incluso no parcelamento), se efetivamente implementado, poder

ser objeto de ampla discusso nos embargos.

Do exposto, indefiro o pedido de efeito suspensivo.

Intimem-se. Publique-se.

Porto Alegre, 08 de maio de 2007.

00008 AGRAVO DE INSTRUMENTO N 2007.04.00.011042-0/SC

RELATOR : Des. Federal LVARO EDUARDO JUNQUEIRA

AGRAVANTE : GOLDEN MIX CONSTRUCOES E INCORPORACOES LTDA/

ADVOGADO : Rudinei Luis Baldi

AGRAVADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Joao Ernesto Aragones Vianna

DECISO

Reservo-me para apreciar o pedido de concesso de efeito suspensivo/antecipao da pretenso recursal em momento posterior

apresentao da contraminuta e prestao de informaes, pelo juzo de origem, sobretudo para que se estabelea o contraditrio em

relao ao teor da certido da fl. 67 dos autos (e anexo - fl. 68), da Secretaria de Registros e Informaes Processuais (SRIP), in

verbis:

"Certifico que o nome da parte agravante, embora constar na petio inicial e no sistema de dados da 1 Instncia grafado

diferentemente, foi cadastrado como GOLDEN MIX CONSTRUES E INCORPORAES LTDA/, conforme consta da

informao a seguir juntada do cadastro da Receita Federal, em ateno ao disposto no 3 do artigo 4 da Resoluo 441 de

09/06/2005, do Conselho da Justia Federal: ' 3 O nome do autor e o nmero de inscrio no CPF/CNPJ s sero cadastrados com

base no que constar de um desses documentos, ou em outro, oficial, que indique a aludida inscrio.'

Aos 23 de abril de 2007, fao estes autos conclusos ao(a) Excelentssimo(a)

Senhor(a) Desembargador(a) Federal - Relator(a). Do que para constar, lavrei este termo.

Secretaria de Registros e Informaes Pessoais."

Dessa forma, determino:

a) intime-se a parte agravada para, querendo, apresentar resposta;

b) solicitem-se as informaes.

c) aps, voltem os autos conclusos.

Cumpra-se.

Porto Alegre, 07 de maio de 2007.

00009 AGRAVO DE INSTRUMENTO N 2007.04.00.011385-8/PR

RELATOR : Des. Federal VILSON DARS

AGRAVANTE : JOSE CARLOS BUSATTO

ADVOGADO : Jose Carlos Busatto

AGRAVADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Joao Ernesto Aragones Vianna

INTERESSADO : UNICON - UNIAO DE CONSTRUTORAS LTDA/

ADVOGADO : Orlando Caputi

DECISO

JOS CARLOS BUSATTO interps agravo de instrumento da deciso do juzo a quo colocada nas seguintes letras na Execuo de

Sentena n 9510114510/PR:

"(...)

1. Trata-se de execuo de sentena que condenou o INSS ao pagamento de honorrios de sucumbncia ao patrono da parte autora,

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fixados, em sede de embargos em R$ 59.764,63 (cinqenta e nove mil setecentos e sessenta e quatro reais e sessenta e trs

centavos).

Requer o exeqente a expedio de precatrio requisitrio alimentar (fls. 374/375), alegando que seu crdito tem essa natureza.

Verifica-se, entretanto, que os honorrios de sucumbncia no tm, por si s, natureza alimentar, seguindo a sorte do principal.

Visto que dependem do xito do advogado na ao, tendo portanto percepo aleatria e incerta, no esto inseridos na categoria

dos alimentos necessarium vitae prevista no art. 100, 1-A, da Constituio Federal.

Desta forma, tendo o crdito principal natureza comum, os honorrios sucumbenciais arbitrados tm essa mesma natureza.

Neste sentido, colaciono os seguintes julgados:

EMENTA: Precatrio. Artigo 33 do ADCT da Constituio Federal. Honorrios de advogado. - Quando a Constituio excepciona

do precatrio para a execuo de crditos de natureza outra que no a alimentcia os crditos que tenham tal natureza, a exceo

s abarca a execuo da condenao em ao que tenha por objeto cobrana especfica desses crditos, inclusive, portanto, dos

honorrios de advogado, e no a execuo de condenao a pagamentos que no decorrem de crditos alimentares, ainda que

nessa condenao haja uma parcela de honorrios de advogado a ttulo de sucumbncia, e, portanto, a ttulo de acessrio da

condenao principal. Neste caso, o acessrio segue a sorte do principal. Recurso extraordinrio conhecido e provido.

(RE 141639 / SP, Rel. Min. MOREIRA ALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado em 10/05/1996, DJ 13.12.1996 PP-50179)

PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. VIOLAO AOS ARTS. 126, 128, 165, 458, 459 e 535, I e II, DO CPC.

INOCORRNCIA. HONORRIOS ADVOCATCIOS DE SUCUMBNCIA E CONTRATUAL. NATUREZA.

1. Acrdo recorrido que conheceu a questo versada nos autos de forma completa, diversamente do que alegado pelos

recorrentes, distinguindo, inclusive, as duas espcies de verba honorria (contratual e de sucumbncia).

2. Inexiste ofensa aos arts. 126, 128, 165, 458, 459 e 535 do CPC, quando o Tribunal de origem, embora sucintamente,

pronuncia-se de forma clara e suficiente sobre a questo posta nos autos. Ademais, o magistrado no est obrigado a rebater, um a

um, os argumentos trazidos pela parte, desde que os fundamentos utilizados tenham sido suficientes para embasar a deciso.

3. assente nesta Corte e no E. Pretrio Excelso que os honorrios de sucumbncia, por dependerem do xito do causdico na

ao, sendo, assim, de percepo aleatria e incerta, no podem ser considerados inseridos na mesma categoria dos alimentos

necessarium vitae prevista no art. 100, 1., alnea "a", da Lei Maior (Precedentes: REsp n. 329.519/SP, Rel. Min. Joo Otvio de

Noronha, DJU de 21/11/2005; REsp n. 653.864/SP, Rel. Min. Eliana Calmon, DJU de 13/12/2004; RMS n. 17.536/DF, Rel. Min.

Jos Delgado, Rel. p/ Acrdo Min. Luiz Fux, DJU de 03/05/2004; e RE n. 143.802-9/SP, Rel. Min Sydney Sanches, DJU de

09/04/1999).

4. Por outro lado, caso fosse atribuda verba sucumbencial natureza alimentar, estar-se-ia dando preferncia ao patrono em

detrimento de seus clientes.

5. Os honorrios contratuais, por seu turno, representam a verba necessarium vitae atravs do qual o advogado prov seu sustento,

ao contrrio do quantum da sucumbncia da qual nem sempre pode dispor, razo pela qual, em princpio, somente aqueles podem

ser considerados de natureza alimentar.

6. In casu, porm, o patrono da causa convencionou com seus clientes, ora recorrentes, por ocasio de seu patrocnio em ao

indenizatria por desapropriao, honorrios advocatcios na razo de 50% (cinqenta por cento) calculados sobre o xito obtido

na demanda (fls. 49/55).

7. Considerando-se que os honorrios advocatcios de sucumbncia no tm natureza alimentar em razo de sua incerteza quanto

ao percebimento, posto sempre atrelados ao ganho de causa, encerram a mesma caracterstica aqueles contratados sob o xito, por

fora do princpio de que ubi eadem ratio ibi eadem dispositio.

8. Recurso especial desprovido.

(REsp 724.693/PR, Rel. Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA TURMA, julgado em 11.04.2006, DJ 28.04.2006 p. 272)

Assim, considerando-se que os honorrios sucumbenciais no tm, por si s, natureza alimentar, expea-se precatrio requisitrio

comum, nos valores determinados na sentena proferida nos embargos execuo (fls. 384/385). Intime-se.

2. Retifique-se a numerao dos autos a partir da fl. 384.

Foz do Iguau, 06 de dezembro de 2006.

Luciana da Veiga Oliveira Juza Federal"Tempestivamente, o requerente apresentou embargos de declarao, o qual foi recebido, contudo rejeitado pela MM Magistrada de

origem, que assim se manifestou:

"(...)

1. Atravs da petio das fls. 404/17, Jos Carlos Busatto interps Embargos de Declarao em face da deciso da fl. 399-verso,

que considerou que os honorrios sucumbenciais no tm natureza alimentar, determinando a expedio de precatrio requisitrio

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comum. O embargante alega que o despacho interlocutrio omitiu a interpretao adotada pelo Supremo Tribunal Federal que

reconheceu queles a ordem especial restrita aos crditos de natureza alimentcia.

Decido.

Acolho por tempestivos os Embargos, nos termos do art. 93, IX da CF/88. Deixo de conhec-lo, no entanto, considerando que no

houve omisso na deciso da fl. 399-verso, a qual reproduziu o entendimento esposado na sentena proferida nos autos de

embargos execuo (autos n 2003.70.02.006221-0) com cpia s fls. 384/85, a qual definiu que "quanto ao pedido formulado na

petio executiva para expedio de precatrio de natureza alimentar, a Corte Especial do TRF4, no Mandado de Segurana n

2002.04.01.055842-9/SC, rejeitou a qualificao de natureza alimentcia verba de patrocnio", determinando, ao final, a

expedio de precatrio requisitrio. No houve qualquer insurgncia quanto a essa deciso pelo interessado, transitando em

julgada a sentena em data de 25/10/2006 (fl. 398).

Posto isso, deixo de acolher os presentes embargos. Intime-se.

]2. Desentranhem-se a petio e documentos das fls. 97/102 constantes dos autos n 2003.70.02.006221-0, juntando-as neste

processo em substituio s cpias das fls. 421/23, renumerando as folhas.

3. Conforme j determinado, o precatrio requisitrio comum dever ser expedido no valor determinado na sentena proferida nos

embargos execuo (R$ 59.764,63). Aps o pagamento integral, a parte poder manifestar a sua satisfao ou, ento, requerer a

execuo complementar. Ademais, os honorrios sucumbenciais deferidos nos embargos execuo n 2003.70.02.006221-0,

devero ser executados naqueles autos. Assim, indefiro o pedido constante da petio das fls. 421/2. Intime-se.

Foz do Iguau, 03 de abril de 2007.

Luciana da Veiga Oliveira Juza Federal"

Inconformado com o decisum, o agravante interps o presente recurso, sustentando, em apertada sntese, que o STF, bem como este

Tribunal possuem o entendimento de que os honorrios de advogado decorrentes de deciso judicial tm natureza alimentar,

fundados no carter meramente exemplificativo do 1-A do artigo 100 da CF.

Pleiteou a concesso do efeito suspensivo.

o relatrio.

A 1 Turma do Supremo Tribunal Federal, a quem cumpre interpretar a Constituio em ltima instncia, concluiu pelo carter

estritamente alimentar dos honorrios de sucumbncia, como se v do julgado que transcrevo:

"CRDITO DE NATUREZA ALIMENTCIA - ARTIGO 100 DA CONSTITUIO FEDERAL.

A definio contida no 1-A do artigo 100 da Constituio Federal, de crdito de natureza alimentcia, no exaustiva.

HONORRIOS ADVOCATCIOS - NATUREZA - EXECUO CONTRA A FAZENDA.

Conforme o disposto nos artigos 22 e 23 da Lei n 8.906/94, os honorrios advocatcios includos na condenao pertencem ao

advogado, consubstanciando prestao alimentcia cuja satisfao pela Fazenda ocorre via precatrio, observada ordem especial

restrita aos crditos de natureza alimentcia, ficando afastado o parcelamento previsto no artigo 78 do Ato das Disposies

Constitucionais Transitrias, presente a Emenda Constitucional n 30, de 2000. Precedentes: Recurso Extraordinrio n

146.318-0/SP, Segunda Turma, relator ministro Carlos Velloso, com acrdo publicado no Dirio da Justia de 4 de abril de 1997,

e Recurso Extraordinrio n 170.220-6/SP, Segunda Turma, por mim relatado, com acrdo publicado no Dirio da Justia de 7 de

agosto de 1998.

(RE 470407 / DF - DISTRITO FEDERAL - RECURSO EXTRAORDINRIO Relator(a): Min. MARCO AURLIO - Julgamento:

09/05/2006 - rgo Julgador: Primeira Turma - DJ 13-10-2006 PP-00051)"

No voto condutor, o eminente Relator Ministro Marco Aurlio assim se manifestou:

"Se por um aspecto verifica-se explicitao do que se entende como crdito de natureza alimentcia, por outro, cabe concluir pelo

carter simplesmente exemplificativo do preceito. que h de prevalecer a regra bsica da cabea do artigo 100 e, nesse sentido,

constata-se a aluso ao gnero crdito de natureza alimentcia. O preceito remete necessariamente ao objeto, em si, do crdito

alfim visado. Ora, salrios e vencimentos dizem respeito a relaes jurdicas especficas e ao lado destas tem-se a revelada pelo

vnculo liberal. Os profissionais liberais no recebem salrios, vencimentos, mas honorrios e a finalidade destes no outra seno

prover a subsistncia prpria e das respectivas famlias.

(...)

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 14 / 1489

http://www.trf4.gov.br/

Consoante o disposto na Lei n 8.906, de 4 de julho de 1994, os advogados tm direito no s aos honorrios convencionados como

tambm aos fixados por arbitramento e na definio da sucumbncia - artigo 22 -, sendo explcito o artigo 23 ao estabelecer que os

honorrios includos na condenao, por arbitramento ou sucumbncia, pertencem ao advogado, tendo este direito autnomo para

executar a sentena nesta parte, podendo requerer que o precatrio, quando necessrio, seja expedido a seu favor. Repito mais uma

vez que os honorrios advocatcios consubstanciam, para os profissionais liberais do direito, prestao alimentcia. Da se

considerar infringido o artigo 100 da Constituio Federal, valendo notar que, no recurso extraordinrio, embora explorado em

maior dimenso o vcio de procedimento, revelasse inconformismo com o julgamento no que tomada a parcela como a indicar

crdito comum."

Isso posto, defiro a antecipao do pedido recursal, para o fim de determinar seja consignado no ofcio requisitrio para pagamento

dos valores relativos aos honorrios de advogado a natureza alimentar dessa verba.

Comunique-se ao Juzo de origem o teor da deciso para que sejam tomadas as medidas para sua execuo, dispensadas as

informaes.

parte agravada para responder, querendo. Intimem-se. Publique-se. Aps, retornem os autos conclusos para julgamento.

Porto Alegre, 09 de maio de 2007.

00010 AGRAVO DE INSTRUMENTO N 2007.04.00.011401-2/SC

RELATOR : Des. Federal VILSON DARS

AGRAVANTE : SILVESTRE COM/ E IND/ DE PESCADOS LTDA/

ADVOGADO : Andre Antonio Xavier

: Carlos Leandro da Costa Roslindo

AGRAVADO : PORMARTES PESCADOS E GELO LTDA/

ADVOGADO : Marcelo Silveira e outro

INTERESSADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Joao Ernesto Aragones Vianna

DECISO

SILVESTRE COMRCIO E INDSTRIA DE PESCADOS LTDA. interps agravo de instrumento da deciso do juzo a quo

colocada nas seguintes letras na Execuo Fiscal n 9950014751/SC:

"(...)

BENS ARREMATADOSConforme Auto de Arrematao de fls. 307/308, restaram arrematados os seguintes bens:

"1) Um terreno situado no lugar Cordeiros, em Itaja/SC, zona urbana, com rea de 420 metros quadrados, representado pelos n

17, 18, e 19, da quadra 2, do Jardim Beira Rio, com as medidas e confrontaes constantes na matrcula n 16.930 do 2 Ofcio de

Registro de Imveis de Itaja/SC, avaliado, cada um, em R$ 23.100,00, totalizando R$ 69.300,00 (sessenta e nove mil e trezentos

reais);

2) Um terreno, situado no lugar Cordeiros, em Itaja/SC, zona urbana, com rea de 280 metros quadrados, representado pelos lotes

n 20 e 21, da quadra 2, do Jardim Beira Rio, com as medidas e confrontaes constantes na matrcula n 22.665 do 2 Ofcio de

Registro de Imveis de Itaja/SC, avaliado cada um em R$ 23.100,00, totalizando R$ 46.200,00 (quarenta e dois mil e duzentos

reais);

3) Um terreno, situado no lugar Cordeiros, em Itaja/SC, zona urbana, com rea de 540 metros quadrados, representado pelos lotes

n 22 e 23, da quadra 8, do Jardim Beira Rio, com as medidas e confrontaes constantes na matrcula n 22.664 do 2 Ofcio de

Registro de Imveis de Itaja/SC, avaliado cada um em R$ 44.550,00, totalizando R$ 89.100,00 (oitenta e nove mil e cem reais);

4) Um terreno, situado no lugar Cordeiros, em Itaja/SC, zona urbana, com rea de 1.798,65 metros quadrados, representado pelos

lotes n 24, 25, 26 e 27, da quadra 8, do Jardim Beira Rio, com as medidas e confrontaes constantes na matrcula n 16.972 do 2

Ofcio de Registro de Imveis de Itaja/SC, avaliado cada um em R$ 22.275,00, totalizando R$ 295.400,00 (duzentos e noventa e

cinco mil e quatrocentos reais);

OBS.: sobre os terrenos acima descritos existe um galpo de alvenaria, com um pavimento e rea de 1.237,00 metros quadrados,

para uso comercial, e um trapiche com 100m de comprimento.

Total da Avaliao: por se tratar de bens de difcil diviso, os bens acima descritos esto avaliados, englobadamente, em R$

500.000,00 (quinhentos mil reais).

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5) Um terreno, situado no lugar Cordeiros, em Itaja/SC, zona urbana, com rea de 4.592,25 metros quadrados, representado pelos

lotes n 18, 19, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 27, 28, 29, 30 e 31, da quadra 9, do Jardim Beira Rio, com as medidas e confrontaes

constantes na matrcula n 22.666 do 2 Ofcio de Registro de Imveis de Itaja/SC. Sobre o terreno existe as seguintes benfeitorias:

um refeitrio em alvenaria com 9m de largura e 20m de comprimento; um galpo em madeira com 9m de largura e 20m de

comprimento, em pssimo estado de conservao, avaliado cada um em R$ 4.300,00, totalizando R$ 60.200,00 (sessenta mil e

duzentos reais);

6) Um terreno, situado no lugar Cordeiros, em Itaja/SC, zona urbana, com rea de 337,50 metros quadrados, representado pelos

lotes n 3, da quadra 9, do Jardim Beira Rio, com as medidas e confrontaes constantes na matrcula n 19.086 do 2 Ofcio de

Registro de Imveis de Itaja/SC, avaliado em R$ 4.000,00 (quatro mil reais);

7) Um terreno, situado no lugar Cordeiros, em Itaja/SC, zona urbana, com rea de 270 metros quadrados, representado pelos lotes

n 4, da quadra 9, do Jardim Beira Rio, com as medidas e confrontaes constantes na matrcula n 17.351 do 2 Ofcio de Registro

de Imveis de Itaja/SC, avaliado em R$ 3.000,00 (trs mil reais);

8) Um terreno, situado no lugar Cordeiros, em Itaja/SC, zona urbana, com rea de 540 metros quadrados, representado pelos lotes

n 5e 7 da quadra 9, do Jardim Beira Rio, com as medidas e confrontaes constantes na matrcula n 15.759 do 2 Ofcio de

Registro de Imveis de Itaja/SC, avaliado cada um em R$ 3.000,00, totalizando R$ 6.000,00 (seis mil reais);

9) Um terreno, situado no lugar Cordeiros, em Itaja/SC, zona urbana, com rea de 270 metros quadrados, representado pelo lote

n 6, da quadra 9, do Jardim Beira Rio, com as medidas e confrontaes constantes na matrcula n 19.072 do 2 Ofcio de Registro

de Imveis de Itaja/SC, avaliado em R$ 3.000,00 (trs mil reais);

10) Um terreno, situado no lugar Cordeiros, em Itaja/SC, zona urbana, com rea de 270 metros quadrados, representado pelo lote

n 9, da quadra 9, do Jardim Beira Rio, com as medidas e confrontaes constantes na matrcula n 19.085 do 2 Ofcio de Registro

de Imveis de Itaja/SC, avaliado em R$ 3.000,00 (trs mil reais);

11) Um terreno, situado no lugar Cordeiros, em Itaja/SC, zona urbana, com rea de 270 metros quadrados, representado pelo lote

n 11, da quadra 9, do Jardim Beira Rio, com as medidas e confrontaes constantes na matrcula n 15.042 do 2 Ofcio de

Registro de Imveis de Itaja/SC, avaliado em R$ 3.000,00 (trs mil reais);

12) Um terreno, situado no lugar Cordeiros, em Itaja/SC, zona urbana, com rea de 270 metros quadrados, representado pelo lote

n 12, da quadra 9, do Jardim Beira Rio, com as medidas e confrontaes constantes na matrcula n 19.069 do 2 Ofcio de

Registro de Imveis de Itaja/SC, avaliado em R$ 3.000,00 (trs mil reais);

13) Um terreno, situado no lugar Cordeiros, em Itaja/SC, zona urbana, com rea de 270 metros quadrados, representado pelos

lotes n 13, da quadra 9, do Jardim Beira Rio, com as medidas e confrontaes constantes na matrcula n 19.084 do 2 Ofcio de

Registro de Imveis de Itaja/SC, avaliado em R$ 3.000,00 (trs mil reais);

14) Um terreno, situado no lugar Cordeiros, em Itaja/SC, zona urbana, com rea de 270 metros quadrados, representado pelo lote

n 15, da quadra 9, do Jardim Beira Rio, com as medidas e confrontaes constantes na matrcula n 19.083 do 2 Ofcio de

Registro de Imveis de Itaja/SC, avaliado em R$ 3.000,00 (trs mil reais);

15) Um terreno, situado no lugar Cordeiros, em Itaja/SC, zona urbana, com rea de 270 metros quadrados, representado pelo lote

n 17, da quadra 9, do Jardim Beira Rio, com as medidas e confrontaes constantes na matrcula n 19.082 do 2 Ofcio de

Registro de Imveis de Itaja/SC, avaliado em R$ 3.000,00 (trs mil reais)." (sublinhados meus)

A regularidade da arrematao restou reconhecida pela deciso do Agravo de Instrumento n. 2004.04.01.02437-7.

Foi determinada a expedio de carta de arrematao (fls. 495v - deciso mantida em grau de recurso).

Deciso de fl. 702 determinou a desocupao voluntria, sob pena de expedio de mandado de imisso de posse.

Em petio de fls. 712 e seguintes, o executado alega, em sntese que: a) na rea arrematada no h benfeitorias como descritas no

auto de arrematao; b) o arrematante no arrematou a rea de marinha, que foi penhorada posteriormente, conforme auto de

reforo de penhora de fl. 370; c) no se ope imisso na rea que indica, desde que mantida a servido de passagem para as

outras empresas, desocupando a rea que a arrematante locatria inadimplente e devolvendo o maquinrio de que

sub-locatria.

Consta da certido de fl. 720verso:

"Certifico que tendo diligenciado ao local constatei observado a planta do loteamento anexa: a) que as benfeitorias indicadas esto

parte sobre terreno arrematado e parte sobre terreno de marinha(vermelho); b) que os ocupantes Osni Ramos e Edson esto sobre

parte do terreno arrematado(fls.307/308) e parte sobre terreno de marinha(vermelho) ;c) que existem benfeitorias e um cais coberto

que esto construda na rea de marinha, conforme reforo de penhora de fls.351 a 368;d) que partes das ruas 'B' e 'T' esto

incorporadas dentro das benfeitorias e terrenos da empresa; e) que as limitaes dos terrenos ocupados pelo Sr.Marcos e Sebastio

esto com suas delimitaes visveis; f) que o Sr.Edson atua na rea de estaleiro, sendo que no local havia 1 barco atuneiro em

construo (capacidade 160toneladas de transporte) e 3trs barcos em manuteno; g) os ocupantes ora intimados estariam

localizados: 1) Osni Silvestre, lotes 20 e 21 da quadra 2 do loteamento anexo; 2) Edson Gazaniga, lotes 17, quadra 2, e lotes 27,

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24,23, quadra 8; 3)Sebastio A.da Silva, dos lotes 5,7,9,11,13,15,17,21,23,25 da quadra 9; 4) Marcos Boaventura apenas no lote 3

da quadra 9"

Osni Ramos Silvestre peticiona a fls. 735/737, dizendo-se possuidor de parte de rea que seria objeto da imisso de posse.

A executada, a fls. 744/746 volta a se manifestar, dizendo que no existe o "trapiche de 100m" indicado na arrematao e que se

prope a pagar percia para identificar a rea dos imveis arrematados.

DECIDOO auto de arrematao, obviamente, confere ao arrematante o domnio sobre os bens nele descritos. Compete, pois, ao Judicirio,

responsvel pela hasta pblica, conferir ao arrematante os direitos que este adquiriu, sob pena de desprestgio do prprio Poder

Judicirio.

Da descrio efetivada pelo Oficial de Justia a fl. 720verso, infere-se, com clareza, que as benfeitorias descritas no auto de

arrematao esto nos imveis objetos das matrculas arrematadas. Parte dessas benfeitorias esto sobre o terreno de marinha

sendo alodiais os imveis arrematados. Conforme se observa do mapa anexado pelo Oficial de Justia a fl. 721 e das fotografias de

fls. 356/368, tambm tiradas por Oficial de Justia, os imveis arrematados formam um nico complexo industrial.

Isso fica ainda mais evidente da narrativa do edital de leilo que descreve as benfeitorias existentes ("sobre os terrenos acima

descritos existe um galpo de alvenaria, com um pavimento e rea de 1.237,00 metros quadrados, para uso comercial, e um

trapiche com 100m de comprimento (...) Sobre o terreno existe as seguintes benfeitorias: um refeitrio em alvenaria com 9m de

largura e 20m de comprimento; um galpo em madeira com 9m de largura e 20m de comprimento, em pssimo estado de

conservao) e acaba por avaliar os imveis englobadamente, "por se tratar de bens de difcil diviso".

PENHORA REALIZADA COM BASE NAS MATRCULAS IMOBILIRIAS.Os Senhores Oficiais de Justia realizam a descrio dos imveis penhorados tomando por base as metragens constantes das

respectivas matrculas. As construes existentes que no constem das matrculas, so por eles descritas no auto de avaliao e

acabam sendo levadas em considerao para o valor final da avaliao.

Se, porventura, a rea do imvel fosse superior ao que consta da matrcula, deveria o executado ter providenciado a devida

retificao de registro, haja vista que prevalece nos registros pblicos o princpio da veracidade, ou seja, o que neles consta

presume-se corresponder verdade.

No tendo tomado as providncias do art. 212 da Lei 6015/73, no poderia (no pode, devido precluso) se insurgir quanto

descrio havida na penhora e conseqente arrematao.

POSSE DE TERRENO DE MARINHAO que constou na penhora e conseqente arrematao como sendo um "trapiche com 100m de comprimento" a construo que se

visualiza com as fotografias de fls. 359 e 362, onde os barcos atracam para embarque/desembarque de pescados. Esse trapiche se

estende por quase toda a rea de marinha que estava sob uso do executado, seqncia dos imveis arrematados.

Pelo simples fato de esse trapiche constar da penhora e da arrematao, aliado a que todas as construes que esto sobre a rea

de Marinha foram penhoradas e arrematadas, e de que a avaliao foi feita levando em conta os bens "englobadamente",

conclui-se, facilmente, que a "posse" sobre a rea de Marinha foi considerada pelo Sr. Oficial de Justia quando da avaliao e

integra, por conseguinte, os direitos do arrematante.

Destaco que o auto de reforo de penhora de fl. 370 ficou sem efeito, haja vista o restabelecimento da arrematao, por fora da

deciso no Agravo de Instrumento n. 2004.04.01.02437-7.

Ressalto que a tentativa do executado em querer impugnar agora o contido no auto de arrematao (que na verdade reproduz o

auto de avaliao) esbarra na precluso. No tendo argido no momento oportuno, perdeu a oportunidade que a lei lhe conferia.

No obstante, volto a afirmar, os imveis arrematados compem um complexo industrial nico, com as divisas bem definidas. Todos

os bens construdos sobre o terreno de Marinha esto descritos no auto de arrematao e alguns esto construdos parte no terreno

de Marinha e parte no alodial arrematado. Assim, no haveria como arrematar os bens que esto sobre o terreno de Marinha e no

estar includa a posse da rea respectiva. A incluso do citado trapiche demonstrao inequvoca disso.

Por fim, anoto que a manuteno de servido de passagem para terceiros e maquinrio que no pertence ao executado querer

defender direito alheio, o que lhe vedado (CPC, art. 6).

(...)

DA ORDEM DE IMISSOTendo transcorrido o prazo para desocupao voluntria, expea-se o mandado de imisso de posse em favor do arrematante,

devendo o oficial observar os critrios desta deciso.

Fica o Oficial de Justia desde logo autorizado a requisitar apoio policial para o cumprimento da diligncia, sem prejuzo de

eventual condenao por ato atentatrio dignidade da justia, nos termos do art. 600 do CPC.

Intimem-se.

Itaja, 18 de abril de 2007.

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Marcelo Adriano MichelotiJuiz Federal Substituto na Titularidade Plena"Nas suas razes de recurso, a agravante sustenta que no est impugnando o auto de arrematao, apenas quer ele seja cumprido

integralmente, no se estendendo a maior as posses de referido domnio. Entende, por isso, no haver precluso para o que pretende:

fazer cumprir os termos do auto de arrematao. Diz: "(...) No h, como afirmou o Juzo, no auto de penhora, qualquer referncia

ao complexo industrial. Os imveis so os imveis, a empresa a empresa, so conceitos de personalidade jurdica e direito de

propriedade bem distintos e nada, nada no auto de arrematao permite que o Juzo chegue a tal concluso. Por fim, o autor da

arrematao descreve os imveis, as matrculas e metragens corretamente, e a rea excedente pertence agravante e outra pessoa,

que est demandando em ao prpria, defendendo os direitos e interesses. Ningum est discutindo a metragem das matrculas

citadas no auto de arrematao, o que discute sua real extenso. Alis, a retificao de rea para quem tem dvidas, a

Agravante no tem dvida nenhuma sobre sua propriedade imobiliria e mobiliria e a deciso ofende seus direitos. A empresa

vizinha ao loteamento em que foram edificadas algumas benfeitorias no est consignada no auto de arrematao e por isso o

direito de propriedade da Agravante deve ser respeitado, incluindo a servido ora necessria para que possa usufruir normalmente

de sua propriedade e que deve a Agravada consignar em sua nova matrcula sob as penas da lei." (fls. 09/10) Pretende, pois,

seja-lhe assegurado a propriedade da empresa no que tange ao cais, fbrica de gelo, aos maquinrios que afirma serem de terceiros

e que no fazem da arrematao.

Pleiteou a concesso do efeito suspensivo.

o relatrio. Decido.

A atribuio de efeito suspensivo ao agravo de instrumento pelo Relator depende da conjugao de duplo requisito, ou seja,

relevncia da fundamentao e possibilidade da deciso agravada provocar leso grave e de difcil reparao ao agravante (CPC,

artigo 558). E, no presente caso, tenho por ausente a segunda hiptese, sendo plenamente possvel aguardar o julgamento do recurso

pela Turma, aps vindas as informaes da parte contrria.

Isso posto, indefiro o efeito suspensivo pleiteado.

parte agravada para responder, querendo. Intimem-se. Publique-se. Aps, retornem os autos conclusos para julgamento.

Porto Alegre, 09 de maio de 2007.

00011 AGRAVO DE INSTRUMENTO N 2007.04.00.011450-4/RS

RELATOR : Des. Federal JOEL ILAN PACIORNIK

AGRAVANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Joao Ernesto Aragones Vianna

AGRAVADO : NUTRIFAR EMPRESA DE ALIMENTACAO LTDA/

INTERESSADO : RAIMONDO PASCHERO e outros

DECISO

Trata-se de agravo de instrumento que investe contra deciso (fl. 11) que indeferiu o pedido de prosseguimento da execuo contra

os responsveis tributrios.

Suscita que restou demonstrada nos autos a existncia de fundamentos para o redirecionamento da execuo, haja vista a certido

lavrada pelo oficial de justia comprovar o encerramento irregular das atividades da empresa. Assevera, tambm, a aplicabilidade e a

constitucionalidade do art. 13 da Lei 8620/93.

No merece prosperar o agravo.

O art. 135, III, do CTN, autoriza o redirecionamento da execuo contra os diretores ou representantes de pessoas jurdicas de direito

privado, quando praticarem atos com excesso de poderes ou infrao lei, contrato social ou estatuto.

A questo que exsurge se o simples inadimplemento do tributo acarreta a responsabilizao pessoal do scio ou diretor da

empresa. De regra, de responsabilidade da sociedade comercial o pagamento do tributo, a qual deve arcar com as conseqncias

resultantes do no-cumprimento da obrigao tributria. Cuidando-se de sociedade por cotas de responsabilidade limitada, h

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responsabilidade solidria dos scios-gerentes somente pelo excesso de mandato e pelos atos praticados com violao da lei ou do

contrato. Nas sociedades annimas, os diretores no so responsveis pelas obrigaes que contrarem em nome da empresa e em

virtude de ato regular de gesto, porm respondem civilmente pelos prejuzos que causarem, quando agirem com culpa ou dolo,

dentro de suas atribuies ou poderes, ou com violao da lei ou do estatuto.

H que se considerar, todavia, que a violao lei, ao contrato ou ao estatuto no presumida, exigindo-se comprovao de que o

scio-gerente ou diretor agiu culposa ou dolosamente na administrao da empresa. A legislao comercial afasta a responsabilidade

objetiva do scio ou administrador, merecendo interpretao sistemtica o dispositivo do CTN que trata da responsabilidade

tributria pessoal. Assim, somente possvel a responsabilizao pessoal se houver prova inequvoca de que o no-recolhimento de

tributo resultou da atuao dolosa ou culposa do scio-gerente ou do diretor, que, com o seu procedimento, causaram violao lei,

ao contrato ou ao estatuto.

Os mesmos princpios norteiam a responsabilizao dos scios em caso de dissoluo irregular da sociedade, ou mesmo de falncia,

pois estas hipteses no configuram, a priori, atuao dolosa ou culposa. No se pode erigir exigncia de ordem formal como fator

de responsabilizao objetiva, sob pena de privilegiar-se a forma em detrimento da realidade. No se pode olvidar que a difcil

conjuntura econmico-financeira do pas provoca o perecimento de muitas empresas, cuja crtica situao no permite sequer que

regularizem a extino da sociedade. No tocante falncia, a prpria legislao de regncia condiciona a extenso da

responsabilidade social dos scios-gerentes ou administradores apurao em processo ordinrio, no juzo falimentar, de iniciativa

do sndico.

Outrossim, alm de comprovar a participao consciente em atos com excesso de poderes ou infrao lei, contrato ou estatuto, que

acarrete o inadimplemento do tributo, deve o exeqente provar que o scio ou administrador tenha efetivamente exercido as suas

funes ao tempo do surgimento da obrigao tributria, porquanto no pode ser responsabilizado por dbitos anteriores ou

posteriores ao seu ingresso ou gesto na sociedade.

Compete ao exeqente produzir as provas neste sentido, porquanto no merece vingar o pedido com base em mera imputao de

responsabilidade objetiva do scio-gerente. Somente aps o cumprimento destes requisitos, verificar o MM. Juzo a quo a

possibilidade de redirecionamento da execuo.

No caso concreto, no houve prova inequvoca de que o scios agiram com excesso de poderes ou infrao lei, pelo que no cabe,

neste momento, a responsabilizao dos mesmos.

A argumentao expendida neste voto traduz orientao da 1 Seo desta Corte, ento espelhada em julgado do E. STJ, consoante

os precedentes a seguir transcritos:

"TRIBUTRIO E PROCESSUAL CIVIL - ICMS - EXECUO FISCAL - REDIRECIONAMENTO - SCIOS DE SOCIEDADE

POR QUOTAS - RESPONSABILIDADE SOCIETRIA - ART. 135, III, CTN. I - A responsabilidade tributria prevista no art. 135,

III, do CTN, imposta ao scio-gerente, ao administrador ou ao diretor de empresa comercial s se caracteriza quando h

dissoluo irregular da sociedade ou se comprova a prtica de atos de abuso de gesto ou de violao da lei ou do contrato. II - Os

scios da sociedade de responsabilidade por cotas no respondem objetivamente pela dvida fiscal apurada em perodo

contemporneo a sua gesto, pelo simples fato da sociedade no recolher a contento o tributo devido, visto que, o no cumprimento

da obrigao principal, sem dolo ou fraude, apenas representa mora da empresa contribuinte e no "infrao legal" deflagradora

da responsabilidade pessoal e direta do scio da empresa. III - No comprovado os pressupostos para a responsabilidade solidria

do scio da sociedade de responsabilidade limitada h que se primeiro verificar a capacidade societria para solver o dbito fiscal,

para s ento, supletivamente, alcanar seus bens. IV - Recurso Especial a que se d provimento." (REsp n 121.021/PR, 2 Turma,

Rel. Min. Nancy Andrighi, DJU 11/09/2000, p. 235)

"EMBARGOS INFRINGENTES. EXECUO FISCAL. CITAO DO SCIO-GERENTE. ART. 135, INC. III, DO CTN. 1. De

acordo com a jurisprudncia do e. Superior Tribunal de Justia, interpretando o alcance do art. 135, III, do CTN, o simples

inadimplemento de tributos no autoriza o redirecionamento da execuo fiscal contra os scios-gerentes da empresa devedora. 2.

O recolhimento de contribuies previdencirias constitui encargo da pessoa jurdica, cujo patrimnio no se confunde com o dos

scios que a integram. 3. Para que se promova a responsabilizao do scio-gerente, necessrio que a exeqente faa prova no

sentido de que o scio agiu com excesso de mandato ou infringncia lei ou estatuto, em detrimento dos objetivos almejados pelo

empreendimento.(Jos Germano da Silva, DJU 11/07/2001, p. 127)

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No obstante, o mencionado art. 13 da Lei n 8620/93 j foi analisado por este Tribunal na Argio de Inconstitucionalidade em

Agravo de Instrumento N 1999.04.01.096481-9/SC, onde foi declarado inconstitucional na parte em que estabelece: "e os scios

das empresas por cotas de responsabilidade limitada" por invadir rea reservada lei complementar, vulnerando, dessa forma, o art.

146, III, 'b', da Constituio Federal.

Tendo em vista o fundamento acima exarado, junto o inteiro teor da Argio de Inconstitucionalidade.

No se configura como prova cabal da dissoluo irregular, a certido do Oficial de Justia (fls. 36) que atesta o no funcionamento

da empresa no local indicado e a inexistncia de bens passveis de constrio, restando infrutferas as alegaes trazidas aos autos.

Assim sendo, nego seguimento ao presente agravo, conforme autoriza o artigo 557, do CPC, o que no retira da exeqente a

condio de, se demonstrada a efetiva ingerncia dos scios da empresa para com as obrigaes desta, vir a postular novamente o

redirecionamento do executivo.

Intimem-se. Publique-se.

Porto Alegre, 11 de maio de 2007.

00012 AGRAVO DE INSTRUMENTO N 2007.04.00.012104-1/SC

RELATOR : Des. Federal VILSON DARS

AGRAVANTE : COML/ DE PNEUS LTDA/

ADVOGADO : Patricia Tatiana Schmidt

AGRAVADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

PROCURADOR : Geraldo Ernesto Mondardo

ADVOGADO : Joao Ernesto Aragones Vianna

DECISO

COMERCIAL DE PNEUS LTDA. interps agravo de instrumento da deciso do juzo a quo colocada nas seguintes letras na

Execuo Fiscal N 2004.72.04.010847-8/SC:

"(...)

Requer, o credor, a declarao de ineficcia da alienao das reas desmembradas 001 (matrcula 71.282) e 002 (matrcula

71.877), bem como da rea remanescente (matrcula 71.867), todas referentes ao imvel de matrcula n 24.051, nos termos do

artigo 185 do Cdigo Tributrio Nacional, uma vez que s h notcia de outro bem pertencente a executada Comercial de Pneus

Ltda (fl. 180), que est alienado fiduciariamente no podendo, assim, garantir a execuo.

Infere-se da anlise da matrcula atualizada do imvel n 24.051 (fls. 200/201), que a empresa executada alienou referido bem na

data de 17/04/2006, desmembrando-o em trs reas matriculadas sob os ns 71.282, 71.877 e 71.867. Ocorre que a executada foi

citada da presente execuo em data de 11/01/2006 (fl. 179v), ou seja, data anterior a onerao havida.

No caso em tela deve ser reconhecida a fraude execuo, uma vez que caracterizada a alienao do referido imvel que se deu em

data posterior a citao vlida da devedora. Em que pese haver apenas outro bem (veculo) em nome da empresa executada, o

mesmo no pode garantir a presente execuo pois se encontra alienado fiduciariamente. Assim, transferindo, a executada, o nico

bem que garantiria o Juzo, resta evidenciada a insolvncia da empresa r.

Neste sentido:

PROCESSO CIVIL. EXECUO FISCAL. FRAUDE EXECUO. CARACTERIZAO.REQUISITOS.

1. Quando se tratar de fraude de execuo de crdito tributrio, aplica-se o disposto no art. 185 do CTN, prevalecendo a Lei

Especial sobre a previso geral do art. 593, incisos I e II, do CPC.

2. Impe-se o reconhecimento da fraude execuo quando presentes os dois elementos autorizadores da sua decretao, a saber,

a Litispendncia (operada com a citao vlida do devedor) e a transferncia de bens que implique a insolvncia (que presumida,

cabendo ao devedor infirmar tal presuno).

3. certo que, buscando afastar a presuno relativa que ora resta configurada, poder o executado apresentar bens outros

garantia do Juzo, confirmando, assim, que a alienao do bem no o levou ao estado de insolvncia. No momento, contudo, de

ser reconhecida a fraude execuo.

4. Agravo de instrumento provido. (TRF4 Regio. 1 Turma. Relator:

JoelIlanPaciornik.AG200404010493961/RS.Documento:TRF440013337. DJ 04/10/2006. P. 594)

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 20 / 1489

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E ainda:

PROCESSO CIVIL. EXECUO FISCAL. FRAUDE EXECUO. CARACTERIZAO.

1. Impe-se o reconhecimento da fraude execuo quando presentes os dois elementos autorizadores da sua decretao, a saber,

a litispendncia (operada com a citao vlida do devedor) e a transferncia de bens que implique a insolvncia (que presumida,

cabendo ao devedor infirmar tal presuno). De se ressaltar que a configurao da fraude execuo independe da comprovao

de qualquer elemento volitivo (consilium fraudis ou m-f por parte do adquirente).

2. (...)

3. Agravo de instrumento improvido. (TRF4 Regio. 1 Turma. Relator: Wellington Mendes de Almeida. AG200504010475884/PR.

Documento: TRF400119933. DJ 15/02/2006. P. 365)

Ante o exposto, com base no art. 185 do CTN, defiro o pedido do INSS e declaro ineficaz a alienao das reas desmembradas 001

(matrcula 71.282) e 002 (matrcula 71.877), bem como da rea remanescente (matrcula 71.867) do imvel n 24.051.

Providencie-se a penhora dos imveis acima indicados.

Antes, porm, intime-se o exeqente para que fornea o nome dos terceiros que no fazem parte da relao processual e que

adquiriram as reas desmembradas, quais sejam, a rea 001 (matrcula 71.282), a rea 002 (matrcula 71.877) e a rea

remanescente (matrcula 71.867) do imvel n 24.051.

Aps, intimem-se os terceiros para que assumam o encargo de depositrio dos respectivos imveis. Em caso de recusa, proceda-se

de acordo com o art. 659, 5 do CPC. Oficie-se ao Cartrio de Registro de Imveis para o registro da penhora.

Intimem-se.

Cricima, 28 de maro de 2007.

Marcelo Cardozo da SilvaJuiz Federal"

A agravante, em suas razes recursais, sustenta que a deciso hostilizada merece reforma, porquanto o imvel em questo h muito

j havia sido alienado. Diz: "De fato, este imvel fora adquirido pela agravante, conforme demonstra a matrcula n 24.051. Porm,

diante da difcil situao financeira enfrentada pela agravante h algum tempo, resolvei vender referido imvel, o tendo feito

atravs de contrato particulares de compra e venda. No entanto, devido existncia de hipoteca, e outras providncias, tais como o

processo de desmembramento das reas que demorou para ser concludo perante a Prefeitura Municipal de Cricima, bem como, o

pagamento parcelado do seu valor, tendo havido vrios atrasos por parte dos compradores, o respectivo imvel s foi transferido

para os atuais proprietrios em 17.04.2006, a requerimento e interesse dos mesmos, conforme comprova a matrcula atualizada,

gerando as matrculas n 71.282, 71.877 e 71.867. (...) No se pode deixar de destacar ainda, que a agravante ofereceu a penhora

ttulos da dvida pblica, de valores superiores ao pretendido na execucional, mas o agravado sob o argumento de que eram bens

de difcil comercializao, no aceitou tal indicao." (fl. 08)

Pleiteou a concesso do efeito suspensivo.

o relatrio. Decido.

A atribuio de efeito suspensivo ao agravo de instrumento pelo Relator depende da conjugao de duplo requisito, ou seja,

relevncia da fundamentao e possibilidade da deciso agravada provocar leso grave e de difcil reparao ao agravante (CPC,

artigo 558). E, no presente caso, entendo ausente a segunda hiptese, inexistindo risco de perecimento do direito da agravante, se o

mrito do recurso for julgado pela Turma, aps vindas as informaes da parte contrria, que dever se manifestar acerca dos

documentos e alegaes apresentados pela requerente.

Isso posto, indefiro o efeito suspensivo pleiteado.

parte agravada para responder, querendo. Intimem-se. Publique-se. Aps, retornem os autos conclusos para julgamento.

Porto Alegre, 07 de maio de 2007.

00013 AGRAVO DE INSTRUMENTO N 2007.04.00.012396-7/SC

RELATORA : Juza VIVIAN JOSETE PANTALEO CAMINHA

AGRAVANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Joao Ernesto Aragones Vianna

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AGRAVADO : MABETI IND/ DE MOVEIS LTDA/ e outros

ADVOGADO : Rodrigo Gazzana de Almeida

DECISO

Trata-se de agravo de instrumento interposto em face da deciso que excluiu os scios do plo passivo da execuo fiscal movida

contra estes e Mabetti Indstria e Comrcio Ltda., ante a no comprovao da ocorrncia de quaisquer das hipteses elencadas no

art. 135 do CTN.

O agravante reclama a no meno no decisum ao art. 13 da Lei n 8.620/93. Sustenta ter havido violao aos princpios da ampla

defesa, do contraditrio e do devido processo legal, pois a excluso dos scios da ao executiva se deu antes mesmo de

oportunizada manifestao do exeqente. Argumenta que, se tivesse se pronunciado anteriormente, o juzo a quo saberia que o

fundamento da incluso dos coobrigados na CDA no o art. 135 do CTN, mas sim o art. 13 da Lei n 8.620/93, c/c art. 124 do

CTN. Alega que o meio processual adequado para a produo de defesa e provas os embargos execuo, e no simples petio.

Afirma que, na condio de pessoa jurdica de direito pblico interno, est vinculada ao disposto no art. 13 da Lei n 8.620/93, por

fora do princpio da legalidade, no tendo a deciso proferida por esta Corte na Argio de Inconstitucionalidade n

1999.04.01.096481-9 o condo de extirp-lo do ordenamento jurdico, com eficcia erga omnes. Defende a legalidade da incluso

dos scios na demanda.

o relatrio. Decido.

Por primeiro, afaste-se a alegao de violao aos princpios da ampla defesa, do contraditrio e do devido processo legal.

Conquanto no tenha sido oportunizada prvia manifestao do INSS acerca do pedido de excluso formulado pelos scios - o que,

de rigor, era exigvel, tendo em vista que a execuo foi proposta contra o contribuinte e os co-responsveis indicados na CDA -, o

agravante no logrou demonstrar o desacerto da deciso hostilizada. Os argumentos em prol da manuteno dos scios no

subsistem frente s circunstncias do caso concreto.

A legitimidade passiva ad causam constitui matria de ordem pblica, passvel de conhecimento em qualquer tempo e grau de

jurisdio, ainda que no haja provocao das partes. Com efeito, no h razo para a reviso do pronunciamento judicial, sobretudo

porque, ao manifestar-se na via recursal, o INSS no infirmou os fundamentos do decisum.

Tambm no procede a alegao de que o meio processual adequado para o debate proposto , exclusivamente, os embargos

execuo. As matrias de ordem pblica e as nulidades do ttulo executivo verificveis de plano, sem necessidade de contraditrio e

dilao probatria, podem ser argidas nos prprios autos da execuo fiscal, independentemente da garantia do juzo, a teor do

disposto no artigo 16, 3, da Lei n 6.830/80. Nesse sentido, inafastvel a anlise procedida pelo juzo da causa, pois a

legitimidade ad causam relaciona-se com as condies da ao.

Quanto excluso dos scios do plo passivo da execuo, a deciso est fundada na ausncia de prova de condutas infracionais,

nos moldes do art. 135 do CTN.

O INSS argumenta que a incluso dos coobrigados na lide se deu com base no art. 124 do CTN, o qual dispe serem solidariamente

obrigadas pelo pagamento do tributo, sem benefcio de ordem, as pessoas expressamente designadas em lei, no caso, o art. 13 da Lei

n 8.620/93. Sustenta que, no tendo sido o art. 135 do CTN o fundamento para o redirecionamento da execuo fiscal, no se faz

necessria a comprovao da prtica pelos scios de ato com excesso de poderes ou infrao lei.

O art. 13 da Lei n 8.620 teve sua constitucionalidade afastada pelo Plenrio desta Corte, em 28 de junho de 2000, por ocasio do

julgamento da Argio de Inconstitucionalidade no Agravo de Instrumento n 1999.04.01.096481-9/SC, em que foi relator o

Desembargador Federal Amir Sarti.

"ARGIO DE INCONSTITUCIONALIDADE. ART. 13 DA LEI N 8.620/93.

inconstitucional o artigo 13 da Lei n 8620/93 na parte em que estabelece: "e os scios das empresas por cotas de

responsabilidade limitada" por invadir rea reservada lei complementar, vulnerando, dessa forma, o art. 146, III, b, da

Constituio Federal."

Em que pese o pronunciamento deste Tribunal no tenha o condo de excluir a norma legal do ordenamento jurdico, com eficcia

erga omnes, o entendimento nele prevalente perfeitamente aplicvel ao caso concreto, restando prejudicada a invocao do art. 124

do CTN.

Ademais, o pedido de (re)direcionamento ao scio/administrador deve ser motivado por situao ftica que denote indcio de

atuao dolosa ou irregular, ou seja, que tenha como causa de pedir situao concreta que, em tese, configura a responsabilidade

solidria do terceiro. O to-s ajuizamento da ao induz litispendncia e expe o patrimnio do executado, o que impe sejam

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evitadas iniciativas aleatrias ou sem a mnima potencialidade de xito.

"Para que se viabilize o redirecionamento da execuo indispensvel que a respectiva petio descreva, como causa para

redirecionar, uma das situaes caracterizadoras da responsabilidade subsidiria do terceiro pela dvida do executado. Pode-se

admitir que a efetiva configurao da responsabilidade e a produo da respectiva prova venham compor o objeto de embargos do

novo executado. O que no se admite - e enseja desde logo o indeferimento da pretenso - que o redirecionamento tenha como

causa de pedir uma situao que, nem em tese, acarreta a responsabilidade subsidiria do terceiro requerido" (STJ, 1 Turma,

REsp n 512.688, rel. Min. Teori A. Zavascki, agosto/2004)

De outra parte, assente na jurisprudncia que o simples inadimplemento da obrigao tributria no traduz hiptese de

responsabilidade solidria do diretor, gerente ou representante legal da pessoa jurdica, desde que o artigo 135, inciso III, do CTN,

exige, para tanto, a prtica de atos com excesso de poderes ou infrao de lei, contrato social ou estatutos (responsabilidade

subjetiva).

"O que pode constituir infrao, o que pode levar o diretor, gerente ou administrador, a tornarem-se responsveis, a causa do no

pagamento, mas jamais este prprio efeito, tomado isoladamente. Ento, preciso que se investigue as causas dessa inadimplncia

para verificar se, entre elas, estariam fatos capazes de serem enquadrados como "excesso de poderes, infrao lei, ao contrato

social ou aos estatutos". E quais seriam os eventos aptos a desencadear esta responsabilidade? Neste particular, o artigo 50 do

Cdigo Civil trouxe elementos muito importantes a ensejar sua adequada integrao com a norma tributria. Com efeito, se a lei

civil indicou com preciso as hipteses, que podem autorizar a desconsiderao da pessoa jurdica, com sendo abuso de

personalidade jurdica caracterizado por: a) desvio de finalidade; e b) confuso patrimonial, ento soa vlido sustentar que outras

no podero ser as causas aptas a levar os administradores, gestores ou representantes legais das pessoas jurdicas a responderem

pelas dvidas fiscais destas, nos termos do art. 135, III, do Cdigo Tributrio Nacional. Em outras palavras, somente quando

demonstrada, pelo Fisco, que a obrigao tributria a cargo da sociedade decorreu de alguma das causas apontadas na lei civil

(art. 50) que o art. 135, III, do Cdigo Tributrio Nacional poder validamente ser acionado" (BOTTALLO, Eduardo Domingos.

In: GRUPENMACHER, Betina Triger. Direito Tributrio e o Novo Cdigo Civil. So Paulo: Quartier Latin, 2004, p. 192-193, apud

PAULSEN, Leandro. Direito Tributrio. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2005, p. 1005).

Em se tratando de sociedade limitada, a responsabilidade do scio restrita integralizao do capital social, salvo nos casos de

atuao dolosa ou ilegal. Com efeito, a responsabilidade pessoal, disciplinada no artigo 135 do CTN, s se configura em havendo

prova inequvoca de que ele agiu com excesso de mandato, ou infringiu a lei, o contrato social ou o estatuto, porque a violao no

presumida.

Como bem salientou o juzo a quo, a empresa executada continua exercendo suas atividades normais, "depois de ter sido

regularmente incorporada pela empresa "Grossl Indstria e Comrcio Ltda.", passando a girar sob a denominao "Grossl

Indstria e Comrcio Ltda."" (fl. 73).

vista de tais consideraes, mantm-se a deciso monocrtica pelos seus prprios fundamentos, sem prejuzo de eventual

reconsiderao no futuro ante o surgimento de novas circunstncias fticas.

Ante o exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento, com fulcro no art. 557, caput, do CPC.

Intimem-se.

Porto Alegre, 12 de maio de 2007.

00014 AGRAVO DE INSTRUMENTO N 2007.04.00.012433-9/RS

RELATOR : Des. Federal LVARO EDUARDO JUNQUEIRA

AGRAVANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Joao Ernesto Aragones Vianna

AGRAVADO : CLUB DE REGATAS RIO GRANDE

DECISO

Trata-se de agravo de instrumento interposto pelo INSS, com pedido de antecipao da pretenso recursal, contra deciso do MM.

Juiz Federal da 1 Vara de Rio Grande, exarada nas seguintes letras:

"Segundo novo entendimento deste Juzo, a utilizao do BACEN-JUD implica mais do que simplesmente a localizao do

executado. Implica a constrio liminar de ativos financeiros em disponibilidade bancria. Neste caso, o risco de se penhorar

ativos legalmente impenhorveis, e. g., receitas destinadas ao pagamento de pessoal ou a prpria subsistncia do executado,

extremamente elevado.

Assim sendo, e considerando que a Resoluo n 524/2006 do CJF apenas facultativa, revogo o despacho de fls. 102/104.

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 23 / 1489

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Intime-se o credor da presente deciso, bem como para que se manifeste sobre o prosseguimento do feito."

Antes dessa deciso havia sido proferida outra, quando foi deferido o pedido de penhora de ativos financeiros via BACEN-JUD.

Nessa ocasio, o magistrado anterior havia destacado (fls. 102/104 dos autos principais):

"O exeqente postula a penhora de dinheiro pertencente ao(s) executado(s) de depositados em sua(s) conta(s), com a utilizao do