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TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
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ATA DA 2.854ª SESSÃO (ORDINÁRIA)
Aos dois dias do mês de março de 2016, às 9h50min, no Plenário Conselheiro Paulo Planet
Buarque, realizou-se a 2.854ª sessão (ordinária) do Tribunal de Contas do Município de São
Paulo, sob a presidência do Conselheiro Roberto Braguim, presentes os Conselheiros Maurício
Faria, Vice-Presidente, João Antonio, Corregedor, Edson Simões e Domingos Dissei, o
Secretário-Geral Rodrigo Pupim Anthero de Oliveira, a Subsecretária-Geral Roseli de Morais
Chaves, o Procurador Chefe da Fazenda Guilherme Bueno de Camargo e o Procurador Joel
Tessitore. A Presidência: "Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de
Deus, iniciamos os nossos trabalhos." Dispensada a leitura e entregues cópias, previamente, aos
Conselheiros, foi posta em discussão a ata da sessão 2.851ª (ordinária), a qual foi aprovada,
assinada e encaminhada à publicação. Preliminarmente, a Corte registrou as presenças em
Plenário dos Senhores Valmir Neme e Fabiana Miguel, SP Negócios S.A. Continuando, o
Conselheiro Presidente Roberto Braguim requereu ao Colegiado designação de data para a
realização de sessão extraordinária destinada ao julgamento das Contas da Companhia
Metropolitana de Habitação de São Paulo – Cohab-SP, relativas aos exercícios financeiros de
2007 e 2008, propondo, para tanto, o dia 23 de março próximo futuro, o que foi deferido.
Prosseguindo, o Conselheiro Presidente Roberto Braguim deu conhecimento ao Egrégio Plenário
do Relatório Oficial de Atividades da Presidência, bem como das correspondências e ofícios
recebidos e enviados, no período de 24 de fevereiro a 1º de março de 2016: 24.02 - Presidiu,
relatou e julgou processos nas Sessões Ordinárias nºs 298ª de 1ª Câmara, 2.852ª e 2.853ª
Plenárias. O Presidente, neste período, além dos despachos habituais, participou de reuniões
administrativas com os Exmos. Senhores Conselheiros e com os diversos órgãos técnicos do
Tribunal e encaminhou os seguintes ofícios: 23.02 – Ao Senhor Fernando Rodrigues da Silva,
Superintendente do Instituto de Previdência Municipal de São Paulo, indicando as servidoras
Lectícia Maria Dias e Silva Buassaly Berto e Patrícia de Araújo Medeiros Franzotti, na condição
de titular e suplente, respectivamente, para comporem a Comissão Eleitoral para eleger o
Conselho Deliberativo e Fiscal daquele Instituto. 24.02: 1 - Ao Senhor Claudio Avelino Mac-
Knight Filippi, Presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo,
agradecendo ao convite para a recepção alusiva à posse dos Conselheiros Gestão 2016/2017
daquele Conselho, a realizar-se em 18 de março próximo futuro; 2 – Ao Vereador José Police
Neto, Presidente da Comissão de Finanças e Orçamento, Câmara Municipal de São Paulo,
indicando o servidor Carlos Hugo Ybars para participar da Audiência Pública com o objetivo de
avaliar o cumprimento das metas fiscais, realizada em 26 de fevereiro. 25.02 – Ao Servidor
Doutor Cristóvão Machado Barbosa Filho, em nome do Colegiado que represento, bem como de
todos os Servidores desta Casa, expressando condolências pelo falecimento de sua genitora Sra.
Maria de Lourdes C. Machado. 26.02 – Ao Doutor Marcos da Costa, Presidente da Ordem dos
Advogados, agradecendo ao convite para a Posse Solene nos cargos de Diretores, Conselheiros
Secionais e Federais Paulistas e Diretores da CAASP, eleitos para o triênio 2016/2018, a realizar-
se em 03 de março próximo futuro. 29.02 – 1 - Ao Conselheiro Valdecir Fernandes Pascoal,
Presidente da Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil – ATRICON,
agradecendo ao convite para a Cerimônia de Posse dos Conselheiros: Valdecir Fernandes
Pascoal, Sebastião Helvécio Ramos de Castro, Thiers Vianna Montebello e Marcos Bemquerer
Costa, eleitos, respectivamente, para os cargos de Presidente da Associação dos Membros dos
Tribunais de Contas do Brasil (Atricon); do Instituto Rui Barbosa (IRB); da Associação
Brasileira dos Tribunais de Contas dos Municípios (Abracom); da Associação Nacional dos
Ministros e Conselheiros Substitutos dos Tribunais de Contas (Audicon), bem como dos demais
membros de suas Diretorias e do Conselho Deliberativo daquela Associação, a realizar-se em 03
de março próximo futuro; 2 - Ao Senhor Antonio Maria Filgueiras Cavalcante, Procurador-Geral
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de Contas do Estado do Pará, agradecendo ao convite para a Sessão Solene de Posse do Senhor
Felipe Rosa Cruz, no cargo de Procurador-Geral do Ministério Público de Contas do Estado do
Pará, a realizar-se em 04 de março próximo futuro. Dando continuidade, o Presidente submeteu à
deliberação do Egrégio Plenário os seguintes processos: 1) TC 4.882/15-14 – TCMSP –
Resolução 1/2016 "Por deliberação dos Senhores Conselheiros Maurício Faria, Vice-Presidente,
Edson Simões, Domingos Dissei e João Antonio, Corregedor, o Plenário aprovou a Resolução
1/2016, que aprova o Plano Anual de Fiscalização para o exercício de 2016 e dá outras
providências." 2) TC 3.965/15-04 – TCMSP – Marcia Oliveira de Cerqueira – Comissionamento
"Pela deliberação dos Senhores Conselheiros Maurício Faria, Vice-Presidente, Edson Simões,
Domingos Dissei e João Antonio, Corregedor, o Plenário resolveu referendar o ato do Senhor
Presidente, no sentido de autorizar o comissionamento da Servidora Marcia Oliveira de
Cerqueira, RF 760.556.0, Auxiliar de Apoio Administrativo, lotada neste Tribunal de Contas do
Município de São Paulo, para, com prejuízo das funções, mas sem prejuízo dos vencimentos,
direitos e demais vantagens de seu cargo, prestar serviços na Secretaria Municipal de
Coordenação das Subprefeituras, até 31 de dezembro de 2016." 3) TC 3.443/15-49 – TCMSP –
Maria da Luz Gonçalves Inoue – Comissionamento nesta Corte "Pela deliberação dos Senhores
Conselheiros Maurício Faria, Vice-Presidente, Edson Simões, Domingos Dissei e João Antonio,
Corregedor, o Plenário resolveu referendar o ato do Senhor Presidente, no sentido de solicitar o
comissionamento da Servidora Maria da Luz Gonçalves Inoue, RF 603.439.0 – Assistente de
Gestão de Políticas Públicas – AGPP, originária da Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e
Recreação – Núcleo de Gestão de Pessoas – NGP, para, com prejuízo das funções, mas sem
prejuízo dos vencimentos, direitos e demais vantagens de seu cargo, prestar serviços neste
Tribunal até 31 de dezembro de 2016." A seguir, o Presidente, com pesar, participou o
falecimento da Senhora Maria de Lourdes Calcagno, mãe do Doutor Cristóvão Machado, lotado
no Gabinete da Presidência – Saúde, ocorrido no dia 25 de fevereiro. A Presidência, em nome do
Colegiado e de todos os servidores desta Corte, enviou ofício de condolências à família enlutada.
Solicitando a palavra, o Conselheiro Edson Simões pronunciou-se como segue: "Estou
disponibilizando os relatórios na internet desde 29 de fevereiro, segundo proposta do Conselheiro
Domingos Dissei, seguida pelos Conselheiros João Antônio e Roberto Braguim. Nesta linha,
realizei um ensaio (experimental) com meu gabinete para disponibilizar no sistema Sigma (na
internet), além do citado relatório, a cópia integral do processo digitalizado com o auxílio da NTI.
Este procedimento, uma vez adotado, propiciará não só aos diretamente envolvidos, mas a todos
os servidores que o desejarem, acesso a TODAS AS PEÇAS QUE CONSTAM NOS AUTOS,
reduzindo o deslocamento físico de processos e de pessoas, trazendo mais agilidade e conforto,
uma vez que o acesso ao processo não se limitará ao tempo de disponibilização na sala das becas,
evitando, assim, a tradicional disputa pela análise dos processos, a formação da costumeira fila na
impressora daquele local e, principalmente, atendendo aos anseios do conselheiro Dissei quanto à
desejada redução do número de cópias. A implantação do processo eletrônico deve ter, a exemplo
do que foi realizado por nossos Tribunais de Justiça, um TEMPO DE ADAPTAÇÃO AO NOVO
SISTEMA E DA SUA RESPECTIVA OPERACIONALIZAÇÃO, no qual processos novos
(aqueles que terão a sua distribuição a partir de uma determinada data a ser estabelecida pelo
Pleno) "nascerão" digitais, com todos os seus critérios e especificidades, sem prejuízo dos
processos antigos, que manterão sua tramitação física. Além da proposta de digitalização integral
dos processos incluídos em Pauta de Julgamento, propomos que os novos processos (autuados a
partir de uma data estabelecida por este Pleno) passem a ter digitalizadas todas as folhas nele
encartadas (tudo igualmente sem alterar a sua tramitação física), a exemplo do que ocorre em
Piauí, Mato Grosso etc. Portanto, nossa intenção é a de colaborar, dentro de nossas
possibilidades, no que parece ser um caminho sem volta, mas que deve ser atravessado com
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parcimônia e conforme as especificações técnicas e de qualidade, que são características deste
Tribunal de Contas. Propomos, desde já, que sejam realizados estudos pelo NTI com o objetivo
de viabilizar a disponibilização na intranet de processos digitalizados. É sabido que estamos
apoiando, faz tempo, a tramitação digital, o que, uma vez implantada, trará maior praticidade e a
eliminação do chamado "tempo morto" ou "tempo neutro" do processo, períodos em que o feito
fica parado, entre um andamento e outro, ou sofre tramitação meramente burocrática. No entanto,
podemos realizar inovações simples e imediatas que certamente trarão maior praticidade e
agilidade para todos os envolvidos no processo. É importante lembrar que durante o meu período
à frente da Presidência sempre apoiei, com muito empenho, as novas tecnologias e fizemos uma
série de investimentos no setor, com o objetivo de garantir a nossa liderança tecnológica e a
autossuficiência do TCM nesta área. Ao todo, foram investidos, em 2008, e no período entre
2010 e 2013, quase 11 milhões de reais com o desenvolvimento desta área, estratégica para o
TCM. Em 2009, na presidência do Conselheiro Braguim, foram investidos R$ 1.843.163,77 (um
milhão, oitocentos e quarenta e três mil, cento e sessenta e três reais e setenta e sete centavos),
perfazendo um investimento total de R$ 12.539.050,04 (doze milhões, quinhentos e trinta e nove
mil, cinquenta reais e quatro centavos). Entre as conquistas deste período, poderíamos citar o
aperfeiçoamento e desenvolvimento dos procedimentos de fiscalização por parte dos gabinetes e
da SFC. Implantamos os seguintes sistemas: a - Ábaco – permite realizar cruzamentos e
pesquisas relacionadas às despesas e receitas da Prefeitura e autarquias. b - Átomo – permite
consultar os dados da Junta Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp). c - Panorama – gerencia
recursos humanos e atividades de fiscalização da SFC. d - Átomo Radar – gera informações e
análises relativas às licitações e contratações da Prefeitura, autarquias e empresas municipais. e -
Diálogo – estabelece contato direto com a Origem, o que permite um melhor controle do
cumprimento de determinações oriundas do Relatório de Contas do Executivo. E ainda podemos
destacar a aquisição do sistema de telefonia VOIP, com a consequente modernização dos
recursos técnicos do sistema; de solução de firewall, visando maior segurança no uso da internet;
de computadores e notebooks; de solução de software McAfee Endpoint na versão antivírus e de
diversos softwares para redes, monitoramento, edição e desenvolvimento de imagens. Ao mesmo
tempo, firmamos contrato com a Simpress para fornecimento de impressoras e manutenção
preventiva e corretiva, com a Telefônica-Vivo para prestação de serviços de Speedy, com a
Prodam para serviços de tecnologia da informação, com a IBM e OFICCER para manutenção
preventiva, com a ONENET e OS & T para suporte para produtos NOVELL e com a ITAUTEC
para manutenção preventiva dos microcomputadores e monitores. Aproveito este momento para,
sob a inspiração de Humberto Eco, fazer uma breve reflexão sobre a tecnologia e seus usos, como
a proposta dos processos eletrônicos no Tribunal, temas que abordarei nesse pronunciamento em
que discuto as implicações de uma atitude nesse sentido. Ouçamos o que disse o ilustre filósofo,
semiólogo e escritor italiano, falecido recentemente, em entrevista aos jornais Folha de S.Paulo e
La Stampa: Em um momento em que o avanço tecnológico prometia abreviar (até mesmo
encerrar definitivamente) a carreira da publicação em papel, Eco revelava seu ceticismo em
relação à tecnologia: "O livro, para mim, é como uma colher, um machado, uma tesoura, esse
tipo de objeto que, uma vez inventado, não muda jamais. Continua o mesmo e é difícil de ser
substituído", afirmou, categórico. Eco falava de dentro de uma verdadeira fortaleza literária -
naquele escritório/residência em Milão, ele guardava nada menos que 30 mil volumes,
cuidadosamente dispostos em estantes espalhadas pelo apartamento lá estavam as raridades,
obras produzidas há séculos, verdadeiros tesouros. Isso mesmo: tesouros de papel. "Não pretendo
trocar meus livros físicos por e-books", afirmou. "Vou ficar abrigado neste meu paraíso até dar
adeus a ele". É bom lembrar, conforme dizia o intelectual, "que o mundo esta cheio de livros
fantásticos que ninguém lê". O rigor, de fato, assusta, sobretudo quando seu detentor age
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impiedosamente, como Eco o fez, apontando sua pena aguda contra a crescente produção humana
de imbecilidade proporcionada pela explosão dos meios de comunicação nos anos 1960 e a era da
internet a partir dos anos 1990. No entanto, mesmo tendo decretado que o livro nunca iria morrer
e a internet era uma incontrolável megaindústria anticultural, ele dizia tirar proveito de seu tablet
de última geração. "Toda vez que faço uma busca no Google tenho um susto que me inspira a
escrever umas verdades", disse. "Há tanta informação errada e sem hierarquia que sinto que o ser
humano pode perder as referências básicas da cultura em pouco tempo. Afinal, o homem passou
uma procuração incondicional à internet para ela se ocupar de sua memória e de sua capacidade
de raciocínio. A tendência é ficarmos cada vez mais desmiolados." Nem sempre o que parece
simples o é. Da mesma forma, certamente, a internet e as redes sociais, além do chamado
compartilhamento em nuvem, não são a solução para todos os problemas, embora a propaganda
dos dias atuais, em nossa sociedade massificada, diga o contrário. A tecnologia não é um fim em
si mesmo e deve ser encarada como o que de fato representa: uma ferramenta que tem por
objetivo abreviar a resolução de problemas. Conhecimento guardado em "nuvem" pode se
comportar como a própria, em sua versão real, ou seja, desaparecer ou mudar de forma. Como
poderíamos diferenciar um documento impresso de um guardado na nuvem? É que o impresso
não depende de fatores externos, como energia elétrica e suportes computacionais, e pode ser
consultado a hora que quisermos, em qualquer lugar. Isso se traduz em confiabilidade e
credibilidade. E é exatamente isso que buscamos, ainda mais em um Tribunal, lugar em que ter
credibilidade está na essência do trabalho. Quem confia mais num e-book ou num texto guardado
na nuvem do que num texto impresso, no formato livro, jornal ou revista? É interessante lembrar
que nem toda inovação é benéfica por si só, sob o argumento da "modernidade". Na verdade,
embora seja importante, a tecnologia não é panaceia para todos os problemas, mas apenas algo
que serve para que busquemos soluções para os nossos problemas. Não pode, no entanto, se
converter em um novo problema. Ainda segundo Eco: "Uma teoria da internet feita hoje será
ultrapassada daqui a três meses. Só dá para elaborar, considerar criticamente, mas não se pode
fazer profecias. Em Bolonha, no curso de ciência da comunicação, profiro cada ano uma palestra
inicial e, nesta ocasião, digo aos estudantes: não podemos lhes ensinar propriamente nenhuma
técnica ou disciplina, pois no fim do curso cada técnica estará ultrapassada. Podemos lhes ensinar
só o tipo de atitude kantianamente transcendental para entender, no fim de seus cinco anos, o que
então acontecerá". Em relação às redes sociais, em meados do ano passado Eco fez uma
declaração polêmica que teve grande repercussão: "As redes sociais dão o direito de falar a uma
legião de idiotas que antes só falavam em um bar depois de uma taça de vinho, sem prejudicar a
humanidade. Então, eram rapidamente silenciados, mas, agora, têm o mesmo direito de falar que
um prêmio Nobel. É a invasão dos imbecis". A intolerância e a agressividade, característica do
"ethos" predominante na internet, teriam como base essa alquimia desorientada, o milagre da
multiplicação dos pequenos profetas de plantão. E rebatia: "Temei os profetas e aqueles que estão
dispostos a morrer pela verdade, pois, em geral, farão morrer muitos outros juntamente com eles,
frequentemente antes deles, por vezes no lugar deles". Certamente, Eco quis dizer que o ser
humano deve usar a tecnologia disponível com parcimônia e cautela. Dessa forma, pode (e deve)
utilizar os meios tecnológicos para facilitar o seu trabalho. Não deve, no entanto, se tornar
escravo dessa mesma tecnologia, de forma que passe a considerar que esta, aparentemente, tenha
o poder de resolver seus problemas de compartilhamento e arquivo de documentos sensíveis,
somente para citar um exemplo simplório. É preciso coragem e sabedoria para usar as novas
tecnologias como aliadas, não como obstáculos ou muletas, nas quais precisamos nos apoiar para
tudo. Qualquer pessoa minimamente bem informada é capaz de perceber a enorme quantidade de
informações incorretas publicadas na internet. Sabe, também, que é muito comum que usuários
falsifiquem seus perfis nas redes, procurando parecer o que não são, e desenvolvam amizades
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frias e distantes nestas, embora tenham milhares de "amigos" na rede social. Não se trata, claro,
de abrir mão da tecnologia ou, numa atitude anacrônica, fingir que ela não existe ou não interfere
em nossas vidas, mas conferir-lhe o devido valor, como ferramenta importante para o
conhecimento, não como substituta do saber humano. Este é, de fato, insubstituível. O
conhecimento em rede, por sua vez, é volátil e volúvel, transformando-se o tempo todo. Sua
credibilidade é, portanto, bastante limitada. E em um mundo volátil, em que "tudo o que é sólido
se desmancha no ar", como disse certa vez Karl Marx, confiança e credibilidade são moedas
fortes que devemos cultivar. O médico Briam Yeo, em artigo veiculado no jornal eletrônico The
Business Times, disse que "se estar conectado consome mais do seu tempo e se torna a atividade
preferida da sua vida a ponto de deixar todo resto de lado, isso com certeza é sinal de que alguma
coisa está errada". Pessoas verdadeiramente sábias ponderam as vantagens e desvantagens da era
digital. E procuram fazer as escolhas corretas. Entre as vantagens desses métodos, podemos citar
a consulta rápida de processos, a redução de espaço para arquivo e a facilidade de baixar e
compartilhar arquivos virtuais. As desvantagens também são muitas, entre elas a questão da
segurança na rede, problema vivenciado por todos que mantêm contas correntes nos bancos nos
dias de hoje, a fragilidade dos meios de suporte que se tornam vulneráveis com o passar dos
tempos, e os custos (muitas vezes bastante altos) para manter a estrutura protegida e atualizada.
Assim, à guisa de conclusão, poderíamos dizer que não deploramos a tecnologia, mas
consideramos que esta deve se compatibilizar com o conhecimento impresso e não substituí-lo.
As novas tecnologias nada mais são do que facilitadoras da disseminação do conhecimento e não
o próprio conhecimento. Portanto, devem ser usadas com parcimônia e equilíbrio, de forma que
seus efeitos sejam no geral saudáveis e cumpram o objetivo a que se propuseram. Apoiamos e
recebemos os benefícios da tecnologia e da ciência, mas é necessário lembrar que as pesquisas
antecedem estas inovações. Concluindo, apoiamos as propostas tecnológicas apresentadas pelo
Conselheiro Dissei para agilizar os processos, concomitante com o uso do papel sempre que
necessário. Consideramos que uma coisa não destrói a outra, mas a complementa e melhora. É
necessário um meio termo em relação às inovações para que as mudanças sejam harmônicas e
não destrutivas. Não podemos abandonar os livros nem a tecnologia representada pelos
computadores, mas utilizá-las concomitantemente, sem panaceias ou visões messiânicas.
Encaminho para o Conselheiro Dissei este livro 50 anos do CNPQ - contados pelos seus
presidentes, do qual participei na condição de coautor, pesquisando e analisando a ciência e a
tecnologia no Brasil. O trabalho para a elaboração da obra foi realizado na virada do século XX e
lançado em 2002 pela Fapesp sob a coordenação do mestre Shozo Motoyama, do CHC-USP."
Fazendo uso da palavra, o Conselheiro Maurício Faria assim se expressou: O Conselheiro
Edson Simões traz, então, todo esse tema relacionado ao uso da tecnologia e tocando na questão
do processo eletrônico. O que eu quero registrar é que ontem foi realizado, na sede da Prefeitura,
um evento que dizia respeito a um ano dos procedimentos de implantação do processo eletrônico.
Foram enviados convites aos Conselheiros. Eu acabei comparecendo e o Conselheiro João
Antonio também compareceu. Houve uma apresentação dos avanços e da história de implantação
do processo eletrônico na Prefeitura de São Paulo, com os avanços e as metas estabelecidas. O
que eu constatei – o Conselheiro João Antonio estava lá e nós acabamos comentando as
impressões do evento – é que a Prefeitura se adiantou. Ela está adiantada nesse processo.
Segundo o que foi exposto, nós já temos hoje aproximadamente 2,5% de todos os processos da
Prefeitura de São Paulo já processados digitalmente. A meta da Prefeitura é chegar a 25% do total
de processos já em processo eletrônico até o final de 2016. Eles informaram que já foram
capacitados alguns milhares de servidores, treinados para a utilização do processo eletrônico. Se
não me engano, são onze mil servidores treinados e habilitados de uma maneira sistemática para
lidar com o processo eletrônico. Esse número é interessante porque é bastante expressivo.
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Embora essa cifra de 2,5% ainda seja inicial, ela já abarca processos especialmente na área
estratégica da Secretaria de Finanças. A Secretaria de Finanças tem um papel estratégico porque é
o ente responsável pela arrecadação, em especial, dos tributos municipais, processamento das
receitas e também pelo processamento das despesas. Em especial, o esforço relacionado com as
receitas – e, dentro das receitas, a ação de fiscalização tributária – envolve toda uma série de
elementos de estratégias de riscos, de identificação de prioridades. A utilização de ferramentas
tecnológicas está, pelo exposto, já bastante avançada na Secretaria de Finanças. Eles informaram
que o caminho seguido foi um que me pareceu bastante objetivo: foi designada uma equipe que
ficaria responsável pelo processo eletrônico; essa equipe fez um mapeamento das experiências de
processo eletrônico nos diversos órgãos públicos dos vários níveis federativos e, a partir de um
processo de análise das experiências de processo eletrônico e de qual sistema se apresentaria com
melhor desempenho, identificaram a experiência desenvolvida com o sistema do TRF4 –
Tribunal Regional Federal 4, no Rio Grande do Sul. O Governo Federal, então, passou a adotar
esse sistema – evidentemente, com as devidas customizações –, originalmente desenvolvido pelo
TRF4, e a Prefeitura Municipal de São Paulo, também, então, desenvolveu os procedimentos para
utilizar esse sistema do TRF4. São dados que colocam uma dinâmica da Prefeitura que me parece
mais adiantada do que a nossa. A impressão que eu tive ontem foi a de que a Prefeitura, que
também estava, uns meses atrás, ainda em um estágio embrionário de discussão de uma estratégia
para o processo eletrônico, desencadeou essa estratégia. Ontem tivemos o evento que registrava e
fazia o balanço de um ano de vivência do processo eletrônico, e ela já está, com isso, caminhando
de uma maneira dinamizada. Eu entendo que isso coloca desafios para o Tribunal de Contas,
inclusive essa questão: a Prefeitura fez essa escolha de utilização do sistema do TRF4; por sua
vez, esse sistema foi o adotado pelo Governo Federal, em seus diversos órgãos e instâncias, e isso
teria que ser objeto de consideração pelo Tribunal de Contas, verificando quais são as vantagens
de estudarmos esse caminho. Ontem eu me dei conta de que nós precisaríamos buscar uma
aceleração do procedimento de implantação do processo eletrônico. A minha sugestão é que nós
preparemos uma reunião administrativa do Colegiado só com essa pauta, só para discutir
processo eletrônico. Que essa reunião seja devidamente preparada com um relato técnico dos
encaminhamentos que já vêm sendo adotados; que nós analisemos, nessa reunião, esse caminho
seguido, porque me parece haver no Tribunal de Contas um desafio que ainda não estaria
totalmente equacionado, que é essa preliminar essencial: qual é o sistema que será adotado como
ferramenta? Nós podemos e devemos dar uma série de avanços. O Conselheiro Domingos Dissei,
de fato, é uma pessoa muito preocupada, e tem dado e certamente continuará dando grandes
contribuições nesse rumo. Isso é muito importante: diminuir, nas nossas ações e
encaminhamentos, o uso de papel; digitalizar os processos; a questão de substituição do relatório
impresso pelo relatório digitalizado. São ganhos, mas há um elemento chave, salvo engano meu,
que é o processo eletrônico em si, seu sistema e sua estratégia de implantação. A minha sugestão
é essa: que nós preparássemos uma reunião administrativa só com esse tema – uma reunião
devidamente preparada – e estudássemos se é o caso de chamarmos os técnicos da Prefeitura para
fazer uma apresentação aos nossos técnicos a respeito dos caminhos que eles seguiram, os
desafios, as questões que precisariam de aperfeiçoamentos, quais erros deveriam ser evitados.
Acho que o Colegiado teria que se debruçar sobre o processo eletrônico com essa nova situação
de que a Prefeitura já está com o seu processo eletrônico em uma dinâmica de implantação já
adiantada. Se a Prefeitura vai mais adiante e o Tribunal de Contas não acelera os seus
procedimentos, nós vamos ter uma situação de descompasso, inclusive de linguagem, entre o
controle externo e a Prefeitura. O Tribunal de Contas ficará em uma situação até desconfortável
de atraso tecnológico. Eu digo porque, na Prefeitura, o importante é a escala. A comparação é em
escala. A Prefeitura é uma máquina gigantesca, com um número gigantesco de órgãos que têm
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que ser integrados em processo eletrônico, e o Tribunal de Contas é uma única organização de
trabalho, em um único local. Só nessa escala eles já treinaram onze mil servidores; nós temos
aproximadamente seiscentos servidores, o que mostra que nós temos condições de realizar um
esforço, porque contamos com essa vantagem de que tudo, em nosso caso, envolve uma escala
menor em termos de organização de trabalho, de número de pessoas. Nós temos até uma certa
obrigação de avançar com rapidez. Nós temos quatro mil processos. Eles têm 280 mil, o
Conselheiro Domingos Dissei está dizendo. A diferença de escala é gigantesca. É por isso que eu
acho que foi muito oportuno o Conselheiro Edson Simões trazer esse tema. Eu ainda estava
digerindo as informações de ontem e pretendia colocar algo a respeito. Com a palavra, o
Conselheiro João Antonio: Primeiro, quero parabenizar o Conselheiro Maurício Faria pelo
excelente pronunciamento e pelo estudo feito, e mais ainda, pela importância que tem o
pronunciamento do Conselheiro Edson Simões no contexto da discussão atual, com vista à
implantação do processo eletrônico no Tribunal de Contas, com todos os cuidados, as
ponderações, as formalidades jurídicas cabíveis. Acrescentando às informações dadas pelo
Conselheiro Maurício Faria, são hoje mais de 12 mil, se não me falha a memória, processos já
incluídos no sistema eletrônico da Prefeitura, dos mais de 200 mil processos. Na Secretaria de
Finanças, 40% de todos os processos já estão incluídos no sistema eletrônico. 100% dos
processos dos setores de cobrança e de processamento tributário. O que percebemos, na
Prefeitura e no simpósio de ontem, é que é um caminho sem volta. O que me preocupa é este
nosso atraso. E me preocupa algo mais: nós somos um Tribunal de Contas que atua em um único
Município, o que também permite uma integração de política de informática
Câmara/Prefeitura/Tribunal de Contas. A interligação de sistemas potencializa a ação e a
transparência dos atos. Eu entendo que é urgente uma aceleração para a implantação do sistema
eletrônico. Apoio as propostas do Conselheiro Maurício Faria. Acho que é urgente essa sintonia
com o sistema a ser implantado na Prefeitura, porque um dos desafios é como integrar o nosso
sistema ao da Prefeitura, para potencializar aquilo que é de nossa própria competência e que é do
controle externo. Eu parabenizo o Conselheiro Edson Simões por trazer esta matéria em um
momento da mais importância para o nosso Tribunal e quero apoiar as propostas do Conselheiro
Maurício Faria, tanto da reunião quanto do encontro de técnicos do Tribunal e da Administração,
para que possamos ver o que está sendo feito e, de repente, pode ser um caminho a ser seguido. O
Conselheiro Domingos Dissei: Senhor Presidente, Senhores Conselheiros, primeiro vou
agradecer ao Conselheiro Edson Simões pela delicadeza do livro: 50 Anos de CNPq, organizado
pelo mestre Shozo e Vossa Excelência, ambos da USP, são os autores do livro. Eu agradeço. Vou
ler com carinho. Vossa Excelência só não me falou se este livro já está digitalizado ou não, mas
isso eu vou verificar depois. Parabenizo a Vossa Excelência e agradeço mais uma vez. Eu vou
falar um pouco sobre processo eletrônico, porque nós estamos insistindo bastante sobre isso.
Ontem, infelizmente, eu queria ter comparecido. Eu recebi o convite e não tive oportunidade de
comparecer, mas queria ter comparecido à Prefeitura para ver esse avanço. Eu li um relatório da
Prefeitura. Eles têm apenas 2,5% dos processos eletrônicos, mas, só para termos uma ideia, já foi
uma economia de R$ 607 mil em papel dentro da Prefeitura. Olhem o grande avanço. Nós
também temos que reconhecer o trabalho da Prefeitura. É importante que o Tribunal de Contas
converse com a Prefeitura. É importante que os dois sistemas conversem. A primeira sugestão: eu
apoio que traga o pessoal da Prefeitura para conversar conosco. É a primeira coisa, porque eles já
estão mais adiantados. Segunda coisa: Conselheiro Maurício Faria, eu também li e foi do
Tribunal Regional Federal da 4ª Região. A Prefeitura fez e o sistema foi cedido gratuitamente
para a Prefeitura, sem nenhum custo. Ontem eu recebi o relatório. Vossa Excelência mandou um
relatório sobre processo eletrônico e, no final, o NTI diz que decidiu a modalidade de
contratação, levando em consideração a limitação e o risco de sucesso ou não. Não vamos
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contratar assim, vamos chamar a Prefeitura porque eles obtiveram gratuitamente. Nós também
temos o acesso gratuito. O nosso pessoal do NTI pode conversar com eles. O que a Prefeitura fez
e é interessante: eles marcam uma data. Se não tiver essa data, não tem jeito. Por exemplo: a
representação eletrônica. Nós colocamos trinta dias para iniciar e seis meses para não ter mais
representação que não seja eletrônica, porque digitalizamos, devolvemos e acabou. Não cabe
mais papel aqui. Tem tanto papel e tem tantas representações que tinha que estancar uma data. Eu
faria assim: daqui a trinta dias, representação eletrônica. É superfácil implantar isso. Daqui a seis
meses, não recebo mais. Vou digitalizando e informando: "É eletrônica." Agora, precisa ter essa
data. Se não tiver data, nós não conseguimos. A Prefeitura fez um ano ontem. É importantíssimo
isso no Tribunal de Contas, porque senão vamos ficar defasados em relação à Prefeitura e não
vamos nem conversar com eles. Voltando ao Conselheiro Edson Simões, depois do Umberto
Eco, italiano que faleceu recentemente, Vossa Excelência trouxe para o Plenário para tomarmos a
decisão do processo digitalizado. Nós acabamos de aprovar o PAF. É uma proposta do
Conselheiro Edson Simões – daqui para a frente, todo processo será digitalizado. O Conselheiro
Edson Simões: Eu vou repetir. O Conselheiro Domingos Dissei propôs que os relatórios fossem
por meio eletrônico. O Conselheiro João Antonio e o Conselheiro Presidente Roberto Braguim
fizeram a adesão na semana passada. Enquanto isso, eu já estava estudando, em uma espécie de
laboratório, não somente para os relatórios, mas para os processos, e cheguei à seguinte
conclusão: que daria nesse ensaio que o Gabinete fez com apoio do NTI, já está no sistema
eletrônico o processo que vou votar hoje, como ensaio. Eles estão elaborando para, internamente,
os servidores de cada Gabinete, em vez de ficarem na Sala das Becas, além de ter o relatório,
também ter acesso ao processo de forma integral, via eletrônica. O Conselheiro Domingos
Dissei: Essa é a proposta. Eu apoio. O Conselheiro Edson Simões: Esse ensaio já está
disponível. Primeiro, estou disponibilizando, já estou fazendo esforço nesse sentido, com esse
ensaio, para disponibilizar os meus processos, e proponho que essa questão seja discutida e
aprovada pelo Pleno, não só quanto ao meu caso, mas de uma forma geral e pontual. Cada
Conselheiro tem um processo. Esse processo, quando chega a turma para trabalhar, todos querem
o processo, e não dá para todos. Por meio eletrônico, já facilita tudo. Além do relatório, cada
Gabinete já tem acesso a partir de quinta ou sexta-feira, facilitando o trabalho de todos. Agora, o
restante, não me cabe sozinho. É aquilo que o Conselheiro Maurício Faria e o Conselheiro João
Antonio falaram: cabe ao Colegiado decidir um negócio mais amplo, mais de peso, mais
aprofundado, mais cientificamente abalizado. É por isso que eu proponho essa questão para o
Colegiado e, ao mesmo tempo, os estudos específicos do NTI, porque é necessário um estudo
mais minucioso. Fazendo uma reflexão, é incompatível destruir qualquer tipo de coisa que é
usada anteriormente. É preciso compatibilizar as duas coisas, de tal maneira que haja segurança
quando se elimina o papel na questão da utilização da tecnologia. É uma questão de "meio de
campo" aristotélico de bom senso para nós avançarmos. Sou favorável que isso avance e tenha
uma tecnologia de ponta, sendo adotada por intermédio do Tribunal de Contas, que já vem
fazendo esse trabalho. Só para informar o Presidente: todos os acórdãos já estão aí no sistema
eletrônico. Tem mais de 70 mil, se não tiver 100 mil. Nós já começamos isso. Todos os processos
que já foram analisados e julgados por este Pleno já estão lá, por intermédio dos seus acórdãos –
não o processo integral. Além disso, eu rendi homenagem às ideias do Conselheiro Domingos
Dissei, no sentido da utilização da tecnologia. O Conselheiro Domingos Dissei: Eu apoio a sua
propositura de pronto. O Conselheiro Presidente Roberto Braguim: Este assunto sempre foi
tratado, nunca foi deixado de lado. A tecnologia a ser implementada está sendo verificada e
discutida; o meio jurídico para a contratação. O Dr. Ricardo vai ultimar sua manifestação jurídica
hoje e eu já falei com o Secretário Geral. Vamos marcar uma reunião para segunda-feira, dia 7, às
10 horas, para a exposição por parte dos técnicos acerca de todas as dúvidas, da implantação,
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adoção de procedimentos, para que possamos, daí, estabelecer um marco, uma data, e
caminharmos. Esta é a proposição que faço a Vossas Excelências. O Conselheiro Maurício
Faria: A proposta, então, Senhor Presidente, seria fazermos uma reunião na segunda-feira? O
Conselheiro Presidente Roberto Braguim: A reunião que Vossa Excelência solicitou, com os
técnicos, para que nos tirem todas as dúvidas, digam quais os caminhos a serem trilhados,
estabeleçamos marcos. O Conselheiro Domingos Dissei: Senhor Presidente, só complementando
a ideia, acho que segunda-feira é um pouco cedo, porque o pessoal daqui teria que ter contato
com a Prefeitura. O Conselheiro Maurício Faria: A minha dúvida, Senhor Presidente, pelo que
entendi – não chegou a existir uma captação de informação minha que eu tenha memorizado –,
mas me parece que essa hipótese de seguirmos esse caminho de eventual utilização do sistema do
TRF4, sem custos, não sei se ela foi considerada. O que me parecia é que havia uma discussão
sobre qual seria o caminho jurídico para a contratação, inclusive com uma tendência, pelo menos,
de que seria necessária uma licitação. O Conselheiro Domingos Dissei: E ele é gratuito, não é,
Conselheiro Maurício Faria? Pela oportunidade: no relatório que recebi, não cita isso que Vossa
Excelência levantou, do TRF4. Eles teriam que verificar isso para nos falar. O Conselheiro
Maurício Faria: Exatamente. E até eventualmente apresentar um laudo técnico. O Conselheiro
Domingos Dissei: Vamos dar um pouco mais de prazo para eles, mais dez dias. O Conselheiro
Maurício Faria: Se a nossa área técnica entender que esse sistema do TRF4 tem alguma
inadequação, que apresentasse um laudo técnico, um parecer técnico a respeito. Esse caminho,
insisto, não sou uma pessoa que conheça TI. Pelo contrário: sou uma pessoa, neste particular,
bastante limitada, por uma questão de formação pessoal, de história de vida etc., mas tenho um
esforço de entender a TI e o papel que ela tem hoje, inclusive na modernização do setor público.
Eu acho que nós teríamos que analisar essa possibilidade em especial, do caminho seguido pela
Prefeitura, pelo Governo Federal, em relação à utilização do sistema do TRF4, porque isso
provavelmente nos daria muita agilidade e também daria essa condição de uma linguagem em
comum com o sistema da Prefeitura. Por outro lado, por informações de uma conversa sem uma
organização de dados, o caminho da licitação nesse campo apresenta certos riscos. Por exemplo,
o Tribunal de Contas do Município do Rio de Janeiro, nosso coirmão, fez uma licitação para
contratação de sistema e o resultado da contratação não foi bom; surgiu uma série de
dificuldades, o prestador de serviços que venceu a licitação não estava apto, tecnologicamente, a
atender as necessidades do TCM/RJ e, aparentemente, há um risco no caminho. Há questões
jurídicas que envolvem a licitação, mas há também esses riscos da licitação por menor preço:
muitas vezes, o menor preço não é o melhor preço. É um desafio no setor público, essa questão
de como equacionar certas aquisições, sobretudo quando envolvem tecnologia. Eu concordo com
o Conselheiro Domingos Dissei, Senhor Presidente. Acho que talvez fosse melhor, em vez de
fazermos logo na segunda-feira, prepararmos essa reunião, existir esse diálogo da área técnica da
Prefeitura – não um diálogo político-institucional, mas um diálogo de trabalho técnico – com os
nossos técnicos, os técnicos da Prefeitura apresentarem o seu caminho e, em especial, acho que
seria importante que nós focalizássemos o seguinte: devemos ou não adotar o sistema do TRF4?
Por que sim, por que não? Parece-me que isso já iria colocando um equacionamento da questão.
Se, por acaso, o sistema do TRF4 apresenta condições de desempenho com as necessárias
customizações, aí já definiríamos: é este o caminho e vamos em frente. Se não, teríamos que ver
por que não e como lidar com essa eventual diferença de linguagem com o sistema da Prefeitura.
O Conselheiro Presidente Roberto Braguim: Os nossos técnicos seguramente conhecem esses
sistemas, mas, por uma questão de cautela, vou propor daqui a duas semanas, dia 17, às 10 horas.
Pois não, Conselheiro Edson Simões? Três semanas? Dia 24, então? Quinta-feira, dia 24, antes
do feriado? O Conselheiro João Antonio: Senhor Presidente, eu só faço uma observação.
Entendo que os técnicos, darão conta desse trabalho, mas acho que nós deveríamos adotar,
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sempre que possível, um método de trabalho em que o Colegiado acompanhe de perto, em se
tratando de algumas matérias importantes. Se nenhum Conselheiro se opuser, eu proponho que o
Conselheiro Maurício Faria e o Conselheiro Domingos Dissei acompanhem, em nome do
Colegiado, este trabalho preparatório para a reunião do dia 24, porque acho que dá maior
consistência. Há uma maior aproximação entre o Colegiado do Tribunal e o desempenho dos
nossos técnicos. Acho que esse entrosamento possibilita chegar no dia 24 mais preparados para
dar passos mais céleres no processo de implantação do processo eletrônico. O Conselheiro
Edson Simões: Senhor Presidente, dia 31 de março. O Conselheiro Maurício Faria: O
Conselheiro Domingos Dissei está sugerindo, e me parece importante, que também haja a
designação de um técnico por Gabinete de Conselheiro para acompanhar esse trabalho
preparatório, para que haja um fluxo de informações e de processamento de dados, de análises.
Concordo com o Conselheiro Domingos Dissei: eu acho que essa reunião já deveria ser para
decisões sobre como obter o sistema; qual a estratégia de implantação do processo eletrônico.
Nós já estamos nesses procedimentos: digitalização e disponibilização em meio digital de todos
os processos que entram em pauta, com as sugestões do Conselheiro Edson Simões desdobrando
as iniciativas do Conselheiro Domingos Dissei em disponibilizar o relatório por meio digital.
Poderia ou deveria ser esse caminho. Acho que também devemos analisar certos processos que
têm um nível de tratamento mais simplificado como, por exemplo, adiantamento; ver se é
possível avançar nos adiantamentos. Representações. Depois podemos conversar, Conselheiro
Domingos Dissei, pensar em uma estratégia mais ampla, porque temos feito avanços. Aquela
iniciativa do Conselheiro Domingos Dissei de que toda representação, ao ingressar, é
imediatamente comunicada por meio digital a todos os Gabinetes, foi um avanço importante, mas
acho que talvez devêssemos estudar se haveria a possibilidade de nós, uma vez definida a questão
do sistema, fazermos o controle preventivo de licitações por meio eletrônico. É uma frente de
quantidade de processos menor, mas absolutamente estratégica. É uma questão para nós
pensarmos: quais seriam as estratégias de implantação. Já está surgindo essa iniciativa do
Conselheiro Edson Simões de digitalizar os processos que entram em pauta – poderia ser uma
definição – e aí vamos vendo quais seriam outras estratégias de paulatina implantação do
processo eletrônico. Acho que há uma preliminar, que é a questão do sistema. Vamos ter que
resolver. É também digitalizar processo que está em papel, mas tem que ter um sistema para dar
um salto de qualidade. Retomando a palavra o Conselheiro Presidente Roberto Braguim
concluiu: O Conselheiro Edson Simões acabou propondo, por fim, o dia 31 de março. Se todos
estiverem de acordo, dia 31 de março, às 9h30min. Faremos essa reunião e a Secretaria Geral
adotará todas as providências necessárias. Já há formação dos Conselheiros Domingos Dissei e
Maurício Faria com a transferência das informações, apresentação dos técnicos e constituição
desses grupos por parte dos Gabinetes dos Conselheiros, com as indicações. Ninguém mais
querendo fazer uso da palavra, passemos aos referendos. Com a palavra, o Conselheiro
Maurício Faria – Relator deu conhecimento ao Egrégio Plenário da matéria constante do
seguinte despacho: "Antes de dar início aos trabalhos da Pauta Ordinária, trago a referendo deste
Egrégio Plenário a determinação de suspensão do Pregão Eletrônico 12.003/15, exarada em 25 de
fevereiro corrente, no âmbito do processo TC 72.000.895/16-03, que trata de acompanhamento
do mencionado edital. O referido pregão está sendo promovido pela Empresa de Tecnologia da
Informação e Comunicação do Município de São Paulo – Prodam-SP S.A., tendo por objeto o
registro de preços para eventual contratação de empresas especializadas no fornecimento de
licenças de uso e de serviços técnicos sob demanda da plataforma Oracle, para a Administração
Direta e Indireta do Município de São Paulo. Em Relatório de Acompanhamento, a Subsecretaria
de Fiscalização e Controle concluiu pela existência de impropriedades, das quais destaco: (i) os
produtos licenciados no Lote 1 devem ser licitados individualmente, pois a licitação em lote não
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favorece a obtenção do menor preço para cada item, infringindo o princípio da economicidade;
(ii) o objeto deve ser mais especificado, de forma a aclarar que o interesse da Administração é na
aquisição dos "softwares" do Lote 1 na modalidade perpétua de licenciamento; e (iii) a cláusula
referente ao Atestado de Capacidade Técnica contraria o princípio do julgamento objetivo,
disposto no art. 3º da Lei de Licitações e Contratos, uma vez que não fornece quais os parâmetros
serão utilizados para a avaliação dos atestados, nem tampouco estabelece o alcance da expressão
"obrigações da mesma natureza" contida na referida cláusula, devendo ser reformulada para
conter critérios objetivos. Assim, apoiado na manifestação da Subsecretaria de Fiscalização e
Controle (fls. 475/489), que concluiu pela existência de impropriedades no instrumento
convocatório, por visualizar a presença de máculas no edital passíveis de comprometer a higidez
da licitação, determinei, com fulcro no poder geral de cautela, a suspensão do procedimento
licitatório em apreço, ante a iminência da data designada para sua abertura (26/2/2016),
determinando a cientificação da decisão à Origem e ao Pregoeiro. Determinei, outrossim, a
publicação da decisão de suspensão, a qual se encontra publicada no Diário Oficial da Cidade de
São Paulo, edição de 26/2/2016, p. 72. Diante do exposto, já tendo encaminhado aos meus Pares
cópias das principais peças que ora instruem os autos, submeto ao referendo deste Colegiado a
decisão de suspensão do Pregão Eletrônico 12.003/15, da Empresa de Tecnologia da Informação
e Comunicação do Município de São Paulo – Prodam-SP S.A., proferida nos autos do TC acima
referenciado." Afinal, o Egrégio Plenário, à unanimidade, referendou a medida determinada pelo
Conselheiro Maurício Faria – Relator." (Certidão – TC 895/16-03) Continuando, o Conselheiro
Edson Simões – Relator deu conhecimento ao Egrégio Plenário da matéria constante do seguinte
despacho: "Submeto à elevada apreciação deste Egrégio Plenário, para fins de cumprimento do
estabelecido no artigo 31, parágrafo único, inciso XVI, e no artigo 101, § 1º, alínea "e", do
Regimento Interno deste Tribunal, o Despacho exarado no dia 24 de fevereiro de 2016,
determinando a SUSPENSÃO "AD CAUTELAM" do Chamamento Público sem número
de 2016, realizado pela Secretaria Municipal de Transportes objetivando "a celebração de Termo
de Cooperação, visando à instalação e manutenção de 260 estações de autoatendimento para
retirada de bicicletas de uso compartilhado, totalizando 2.600 (duas mil e seiscentas) bicicletas,
pelo prazo de 36 (trinta e seis) meses", sob os seguintes fundamentos: I - A Coordenadoria V
concluiu, na Informação CV nº 45/2016, pela necessidade de suspensão do chamamento público
sem número de 2016 da Secretaria Municipal de Transportes (publicado no Diário Oficial da
Cidade de São Paulo de 22/2/2016); II - A Auditoria relatou ter recebido cópia do processo
administrativo apenas no dia 23/2/2016; III - A Coordenadoria V ressaltou que foi concedido
prazo exíguo de 3 (três) dias para entrega das propostas (término do prazo em 25/2/2016), não
havendo, portanto, tempo hábil para análise por parte dos Órgãos Técnicos deste Tribunal e,
notadamente; IV - A Auditoria rememorou para o fato de que o Chamamento Público 1/2015 e o
Chamamento sem número de 2016 (ambos de objeto muito similar ao presente), também da
Secretaria Municipal de Transportes, que foram suspensos e depois revogados, em razão das
inúmeras irregularidades apontadas por este Tribunal de Contas – nos autos dos processos TC
72.002.608/15-44, 72.002.575/15-44 e 72.003.433/15-95. Antes que a Origem apresentasse
resposta, a Coordenadoria V concluiu, nos autos do processo TC 72.001.051/16-07, que "o
procedimento não reúne condições de prosseguimento, preliminarmente, pela suscitada
ausência de fundamentação legal do Termo de Cooperação proposto (...) e em razão das
seguintes infringências/impropriedades: 1) 4.1 - Não foi apresentada justificativa para a
celebração do Termo de Cooperação, em descumprimento ao que preconiza o artigo 50 da Lei
Municipal 14.223/06; 2) 4.2 - É necessário que a SMT esclareça a opção pela celebração de
Termo de Cooperação em detrimento da realização de concessão e/ou convênio, para a
implantação, operação e manutenção dos serviços de compartilhamento de bicicletas, tendo em
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vista o que dispõe o art. 8º da Lei Municipal 16.388/16, que instituiu o Programa Integra-Bike
São Paulo; 3) 4.3 - Além disso, entendemos necessário que a SMT apresente estimativa dos
custos referentes aos investimentos necessários para a instalação do objeto pretendido, tendo em
vista que a cooperação será firmada com entidade privada com fins lucrativos; 4) 4.4 - Faz-se
necessário mensurar a vantajosidade da exposição das marcas para as empresas prestadoras
dos serviços para que o município possa estabelecer eventual cobrança de outorgas onerosas
para exploração desses locais e das bicicletas com publicidade; 5) 4.5 - Não há especificações
relacionadas ao objeto do Termo de Cooperação, o que consideramos indispensável a fim de
possibilitar de fato a participação de outros interessados, bem como para que possam ser
avaliadas as propostas ofertadas e, sobretudo, alcançado o interesse público; 6) 4.6 - Não foram
estabelecidos critérios para julgamento das propostas oferecidas, tornando subjetiva qualquer
decisão que venha a ser tomada, podendo ensejar questionamentos de toda ordem. Ademais, a
publicação do Comunicado do Chamamento Público se deu por mera formalidade, e não com a
efetiva finalidade de oportunizar o recebimento de novas propostas, em ofensa aos princípios da
impessoalidade, isonomia, moralidade e publicidade; 7) Recomendamos, ainda, que todo e
qualquer procedimento destinado a seleção de propostas seja identificado por número de ordem
em prol da rastreabilidade e transparência dos atos administrativos." Tendo em vista que o
certame já se encontrava suspenso "ad cautelam" desde 24 de fevereiro de 2016, foi
determinado em 1º de março de 2016 a expedição de novo ofício à Origem a fim de que tomasse
ciência das irregularidades apontadas e, no prazo regimental de 15 (quinze) dias, se manifestasse
sobre elas. Diante de todo o exposto, submeto à elevada apreciação e referendo deste Egrégio
Plenário, para fins de cumprimento do estabelecido no artigo 31, parágrafo único, inciso XVI, e
do artigo 101, § 1º, alínea "e", do Regimento Interno deste Tribunal, a decisão que determinou a
suspensão do Chamamento sem número de 2016 da Secretaria Municipal de Transportes."
Afinal, o Egrégio Plenário, à unanimidade, referendou a medida determinada pelo Conselheiro
Edson Simões – Relator." (Certidão – TC 1.051/16-07) Prosseguindo, o Conselheiro Domingos
Dissei – Relator deu conhecimento ao Egrégio Plenário da matéria constante do seguinte
despacho: "Examinando o Edital da Concorrência 01/2016, da Secretaria Municipal de
Desenvolvimento Urbano – SMDU, cujo objeto é a contratação de empresa para prestação de
serviços técnicos profissionais especializados de arquitetura e engenharia consultiva, apoio ao
gerenciamento para execução de projetos de arquitetura e de engenharia dos Territórios CEU –
Centro de Educação Unificada, a Auditoria apontou irregularidades, nos termos das cópias já
encaminhadas a Vossas Excelências, levando-me a suspender o referido certame, decisão essa já
publicada no Diário Oficial de 27/2/2016 e que elevo ao referendo do Plenário desta Corte.
Resumo das irregularidades apontadas pela Auditoria: 1 – Os Auditores apontaram, em seu
relatório, as seguintes irregularidades: a) Pela similitude dos objetos do Contrato 05/2013/SMDU
e da Concorrência 01/SMDU/2016, não resta esclarecido o incremento de 68,2%, verificado no
preço orçado por CEU; b) Não foi localizado no processo administrativo em análise, a
justificativa para a não inversão de fases, o que infringe o disposto no inc. II do parágrafo único
do artigo 2º do Decreto Municipal 52.689/11, alterado pelo Decreto Municipal 56.003/15; c) Não
foi encontrado no processo administrativo a Nota de Reserva com Transferência de dotação
orçamentária de SME para SMDU, o que infringe o disposto no artigo 2º do Decreto Municipal
54.226/13, alterado pelo Decreto Municipal 55.940/15; d) Não foram encontradas no processo
administrativo as justificativas para os índices utilizados para a comprovação da boa situação da
empresa, o que infringe o disposto no § 5º do artigo 31 da Lei Federal 8.666/93; e) O dispositivo
editalício que exige a apresentação do balanço patrimonial não deixa claro a necessidade da
indicação aritmética e dos resultados obtidos em cada um dos referidos índices utilizados para a
comprovação da boa situação da empresa, o que infringe o disposto no inciso VII do artigo 40 da
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Lei Federal 8.666/93; f) Os subitens 9.6 e 12.4, que discorrem sobre a participação dos
consórcios, não deixam claro como seriam calculados os referidos índices para o conjunto das
empresas, infringindo, assim, o disposto no inciso VII do artigo 40 da Lei Federal 8.666/93; g)
Não foram encontradas no processo administrativo, a justificativa para a limitação da composição
dos consórcios em número de 3; h) Não consta do orçamento elaborado pela SMDU a ART do
seu responsável, infringindo o disposto na Lei Federal 6.496/77, artigos 1º e 2º, na Resolução
CONFEA 425/1998, artigos 1º e 2º, na Lei Federal 11.768/08, artigo 109, § 5º, bem como na
Súmula 260 TCU; i) Ocorrência de erros formais na indicação da quantidade de Territórios CEUs
previstos na licitação, bem como na indicação do número da Concorrência a que se refere esta
licitação. Histórico: A Concorrência 01/2016 (analisada neste processo) possui como objeto a
prestação de serviços técnicos profissionais especializados de arquitetura e engenharia consultiva,
apoio ao gerenciamento para execução de projetos de arquitetura e de engenharia dos Territórios
CEU – Centro de Educação Unificada abaixo citados: • Cidade Líder; •Ermelino Matarazzo; •
Santo Amaro; • Vila Medeiros. A Concorrência 01/2016 veio a substituir a Concorrência
01/2015, cujo edital foi analisado nos autos do processo 72.002.610/15-43 e que foi revogada
pela Origem, conforme despacho publicado no DOC de 8.12.2015. Ocorre que as irregularidades
apontadas pela Auditoria em relação ao Edital de 2015 repetem-se no Edital de 2016. Em
primeiro lugar, é necessário esclarecer que a SMDU em 2013, firmou o Contrato 05/2013 com a
SP-Urbanismo para gerenciamento de planos e projetos de arquitetura e de engenharia de
diversos Territórios CEUs, sendo certo que, conforme estabelece o Contrato Social da Empresa
(clausula 5ª, item 04, do Anexo I do Decreto Municipal 51.415/10), a SP-Urbanismo possui
como "objetivo fundamental dar suporte e desenvolver as ações governamentais voltadas ao
planejamento urbano e à promoção do desenvolvimento urbano do Município de São Paulo, para
concretização de planos e projetos da Administração Municipal, por meio da Secretaria
Municipal de Desenvolvimento Urbano" competindo-lhe realizar o "acompanhamento dos
projetos básicos e executivos das obras e intervenções, em especial nas operações urbanas, de
forma a garantir a conformidade com os planos e projetos urbanísticos e com os anteprojetos
de obras e intervenções". A Auditoria, ao comparar os preços de referência adotados nas 02
(duas) Concorrências que possuem data-base jul/15, com aqueles praticados no Contrato
05/2013, firmado entre a SMDU e a SP-Urbanismo (preços esses atualizados para a mesma
data-base – jul/15 – pelo índice IPC-FIPE), verificou um acréscimo substancial no valor
orçado por CEU:
Preço Unitário Total para os 04
CEUs Diferença (%) Diferença (R$)
Contrato 05/2013 celebrado
com a SP-Urbanismo R$ 169.149,74 R$ 676.598,96 -----
Concorrência 01/2015 R$ 319.575,84 R$ 1.278.303,36 88,9
R$ 601.704,40
Concorrência 01/2016 R$ 284.444,00 R$ 1.137.776,00 68,2 R$ 461.177,04
Do exposto, considerando a diferença substancial de preços apontada pela Auditoria sinalizando
a existência de prejuízo ao erário, que neste caso alcança a cifra de R$ 461.177,04 e representa
um aumento de 68,2% em relação ao valor praticado no contrato firmado com a SP-Urbanismo,
foi determinada a suspensão do referido procedimento licitatório. Cumpre destacar, por fim, que
embora a Origem tenha apresentado sua defesa, os apontamentos relacionados ao preço da futura
contratação necessitam da análise por parte da Auditoria desta Corte de Contas para que seja
possível uma eventual autorização para retomada do procedimento licitatório. Observação: A
Origem, por meio do Ofício SSG-GAB 7804/2016 (folha 108), foi intimada às 15h45min do dia
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24/2 para apresentar defesa no prazo de 48 horas. Em resposta, a Origem protocolou o Ofício
97/2016-SMDU.G às 17h42min do dia 26/2 (último dia útil anterior à data da sessão de
licitação), o qual foi recebido neste Gabinete às 17h58min do mesmo dia. A presente
concorrência tem por objeto o apoio ao gerenciamento no recebimento dos projetos que serão
desenvolvidos pelas empresas que vencerem a Concorrência 03/SMDU/2015, cujo objeto é a
"Contratação de empresa ou Consórcio de Empresas Especializadas na Prestação de Serviços de
Arquitetura, Engenharia e Urbanismo para a elaboração de Projetos de Implantação de
Edificações e Reformulação de Equipamentos Públicos para formação dos Territórios Ceu Santo
Amaro, Ermelino Matarazzo, Cidade Líder e Vila Medeiros, Incluindo as etapas de Básico e
executivo". A Concorrência 03/SMDU/2015 estava suspensa desde 17/12/2015 devido ao
mandado de segurança impetrado por uma das licitantes. A decisão judicial julgou improcedente
o pedido, e a licitação será retomada com a abertura dos envelopes da "Proposta Comercial"
prevista para o próximo dia 4 (sexta-feira). Afinal, o Egrégio Plenário, à unanimidade,
referendou a medida determinada pelo Conselheiro Domingos Dissei – Relator." (Certidão – TC
309/16-30) Continuando, o Conselheiro Domingos Dissei – Relator deu conhecimento ao
Egrégio Plenário da matéria constante do seguinte despacho: "Examinando a representação
apresentada em face do Pregão Eletrônico 01/SMSP/SPUA/2016, da Superintendência das
Usinas de Asfalto da Secretaria Municipal de Coordenação das Subprefeituras – SMSP/SPUA,
cujo objeto consiste na contratação de empresa especializada na prestação de serviços de
manutenção e conservação de logradouros, áreas públicas, e demais elementos, através de
equipes, a Auditoria concluiu pela procedência dos questionamentos formulados, nos termos das
cópias já encaminhadas a Vossas Excelências, levando-me a suspender o referido certame,
decisão essa já publicada no Diário Oficial de 1º/03/2016 e que elevo ao referendo do Plenário
desta Corte. Resumo das irregularidades: 1 - Os Auditores concluíram pela procedência da
representação, apontando as seguintes irregularidades: a) Item 14.2 do edital - exigência da
presença física do licitante para protocolização de impugnação, e a exigência do recolhimento do
preço público para a apresentação de impugnação, infringem o inciso III do artigo 5° da Lei
Federal 10.520/02; b) Item 2.1.2 do Anexo I do edital – exigência de "caminhão de materiais
betuminosos" sem detalhar o nível de precisão adequado os equipamentos que a Administração
considera adequados para a prestação de serviço é incompatível com o inciso IX do artigo 6° da
Lei Federal 8.666/93; c) Itens 2.1.1 e 2.2.1 - falta de justificativa das exigências de motoristas
dos itens 2.1.1 e 2.2.1, visto que, nos itens 2.1.2 e 2.2.2 do mesmo Anexo que definem a
composição dos veículos e equipamentos das equipes A e tipo B, os veículos e equipamentos
necessários às equipes já devem incluir o operador, o combustível e a manutenção; d) Item 2.1.5
e 2.2.5 do anexo I do edital – falta de justificativa para os itens 2.1.5 e 2.2.5 do Anexo I do
Edital, que estabelecem os uniformes e equipamentos de proteção individual dos integrantes das
equipes, pois verifica-se que existe quantidade maior de uniformes e EPIs que de funcionários.
Afinal, o Egrégio Plenário, à unanimidade, referendou a medida determinada pelo Conselheiro
Domingos Dissei – Relator." (Certidão – TC 1.225/16-88) A seguir, o Conselheiro Domingos
Dissei – Relator deu conhecimento ao Egrégio Plenário da matéria constante do seguinte
despacho: "1 - Examinando a representação apresentada em face do Pregão Eletrônico 01/SP-
PI/2016, da Subprefeitura de Pinheiros, cujo objeto consiste na prestação de serviços de locação
de veículos com motorista, combustível e manutenção, com GPS, telefone móvel, quilometragem
livre, a Auditoria concluiu pela procedência dos questionamentos formulados, nos termos das
cópias já encaminhadas a Vossas Excelências, levando-me a suspender o referido certame,
decisão essa já publicada no Diário Oficial da Cidade de São Paulo de 1º/3/2016 e que elevo ao
referendo do Plenário desta Corte. Resumo das irregularidades: 1 - Os Auditores concluíram
pela procedência da representação, apontando as seguintes irregularidades: a) da análise do
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edital, constata-se que, de fato, há divergência entre as especificações do Anexo I –
Especificações Técnicas e Condições de Execução (de no mínimo 125 cilindradas, fl. 18 do
edital) e do Anexo II – Modelo Padrão de Proposta Comercial (de no mínimo 200 cilindradas,
fl. 42 do edital); b) analisando os valores referenciais apresentados no CADTERC, tanto no caso
do "Volume 11 – Moto-frete" como no caso do "Volume 16 – Prestação de Serviços de
Transporte Mediante Locação de Veículos", observamos que a definição da quantidade de
quilômetros a serem percorridos por mês é informação indispensável para a formulação de
proposta de preços. Constata-se assim que os parâmetros apresentados pelo CADTERC, em
princípio, não são adequados para a contratação de veículos locados sob o regime de
'quilometragem livre'. Certifico, afinal, que o Egrégio Plenário, à unanimidade, referendou a
medida determinada pelo Excelentíssimo Senhor Conselheiro Domingos Dissei – Relator."
(Certidão – TC 1.227/16-03) Dando sequência, o Conselheiro Presidente Roberto Braguim, a
fim de que pudesse relatar os processos de sua pauta, solicitou ao Conselheiro Vice-Presidente
Maurício Faria que assumisse a direção dos trabalhos. Passou-se à Ordem do Dia. –
JULGAMENTOS REALIZADOS – PROCESSOS RELATADOS PELO CONSELHEIRO
PRESIDENTE ROBERTO BRAGUIM, na qualidade de Relator – 1) TC 460/06-60 –
Recursos da Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM e do Serviço Funerário do Município de
São Paulo – SFMSP interpostos contra o V. Acórdão de 15/5/2013 – Relator Conselheiro
Substituto Moacir Marques da Silva – Serviço Funerário do Município de São Paulo – SFMSP
(Acompanhamento da Ordem de Execução de Serviço 6.3.3.0011/06) – Verificar se a execução
dos contratos celebrados pela Autarquia, cujo objeto é a locação de imóveis, para a instalação da
nova sede administrativa, está sendo executada de acordo com as cláusulas estabelecidas
(Tramita em conjunto com os TCs 403/06-27, 405/06-52 e 434/06-50). Após o relato da matéria,
"o Conselheiro Roberto Braguim conheceu dos recursos interpostos pela Procuradoria da
Fazenda Municipal – PFM e pelo Serviço Funerário do Município de São Paulo – SFMSP, por
presentes os pressupostos de admissibilidade, e, no mérito, considerando que a questão que
afronta o artigo 42 da Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF realmente não foi ventilada durante
a instrução, desse modo, não ocorreu a oitiva dos agentes responsáveis sobre a questão e, sendo
certo que, as obrigações decorrentes das contratações tinham suficiente provisão de fundos até o
final do exercício e tendo sido pagas todas as obrigações pecuniárias dos ajustes, deu-lhes
provimento parcial para, excepcionalmente, reconhecer os efeitos financeiros decorrentes da
execução dos contratos de locação de imóveis celebrado pelo SFMSP. Ainda, que o Conselheiro
João Antonio – Revisor acompanhou, na íntegra, o voto proferido pelo Nobre Conselheiro
Roberto Braguim – Relator. Afinal, na fase de votação, o Conselheiro Edson Simões solicitou
vista dos autos, o que foi deferido." (Certidão) 2) TC 403/06-27 – Recursos da Procuradoria da
Fazenda Municipal – PFM, do Serviço Funerário do Município de São Paulo – SFMSP e de
Atenas Administração de Negócios S/C Ltda. interpostos contra o V. Acórdão de 15/5/2013 –
Relator Conselheiro Substituto Moacir Marques da Silva – Serviço Funerário do Município de
São Paulo – SFMSP e Atenas Administração de Negócios S.C. Ltda. (Contrato de Locação s/nº
R$ 1.011.648,00) – Locação de conjunto de escritórios que se constituem nas unidades
autônomas designadas pelos nºs E-141, E-142, E-144, E-145 e E-146, todas localizadas no 14º
andar ou 18º andar do Condomínio Edifício Grande São Paulo, na Rua Líbero Badaró 425, no 1º
Subdistrito Sé, para instalação de nova sede administrativa (Tramita em conjunto com os TCs
460/06-60, 405/06-52 e 434/06-50). Após o relato da matéria, "o Conselheiro Roberto Braguim
conheceu dos recursos interpostos pela Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM, pelo Serviço
Funerário do Município de São Paulo – SFMSP e pela empesa Atenas Administração de
Negócios S/C Ltda., por presentes os pressupostos de admissibilidade, e, no mérito, afastou a
responsabilidade da contratada no tocante às irregularidades apontadas pela Subsecretaria de
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Fiscalização e Controle desta Corte, ficando, deste modo, prejudicada a apreciação da preliminar
por ela arguida. Ademais, Sua Excelência, considerando que a questão que afronta o artigo 42 da
Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF não foi ventilada durante a instrução, desse modo, não
ocorreu a oitiva dos agentes responsáveis sobre a questão e, sendo certo que, as obrigações
decorrentes da contratação tinha suficiente provisão de fundos até o final do exercício e tendo
sido pagas todas as obrigações pecuniárias do ajuste, deu-lhes provimento parcial para,
excepcionalmente, reconhecer os efeitos financeiros decorrentes do contrato de locação s/nº.
Ainda, o Conselheiro João Antonio – Revisor acompanhou, na íntegra, o voto proferido pelo
Nobre Conselheiro Roberto Braguim – Relator. Afinal, na fase de votação, o Conselheiro Edson
Simões solicitou vista dos autos, o que foi deferido." (Certidão) 3) TC 405/06-52 – Recursos da
Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM, do Serviço Funerário do Município de São Paulo –
SFMSP e de Maria Silvia Moulatlet e Silvana Moulatlet interpostos contra o V. Acórdão de
15/5/2013 – Relator Conselheiro Substituto Moacir Marques da Silva – Serviço Funerário do
Município de São Paulo – SFMSP e Maria Silvia Moulatlet e Silvana Moulatlet (Contrato de
Locação s/nº R$ 138.528,00) – Locação de um imóvel que se constitui em unidade autônoma
designada pelo nº E-151, localizada no Condomínio Edifício Grande São Paulo, na Rua Líbero
Badaró, 425, antigo 465, Subdistrito – Sé (Tramita em conjunto com os TCs 460/06-60, 403/06-
27 e 434/06-50). Após o relato da matéria, "o Conselheiro Roberto Braguim conheceu dos
recursos interpostos pela Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM, pelo Serviço Funerário do
Município de São Paulo – SFMSP e pelas Senhoras Maria Silvia Moulatlet e Silvana Moulatlet,
por presentes os pressupostos de admissibilidade, e, no mérito, afastou a responsabilidade da
contratada no tocante às irregularidades apontadas pela Subsecretaria de Fiscalização e Controle
desta Corte, ficando, deste modo, prejudicada a apreciação das preliminares por elas arguidas.
Ademais, Sua Excelência, considerando que a questão que afronta o artigo 42 da Lei de
Responsabilidade Fiscal – LRF não foi ventilada durante a instrução, desse modo, não ocorreu a
oitiva dos agentes responsáveis sobre a questão e, sendo certo que, as obrigações decorrentes da
contratação tinha suficiente provisão de fundos até o final do exercício e tendo sido pagas todas
as obrigações pecuniárias do ajuste, deu-lhes provimento parcial para, excepcionalmente,
reconhecer os efeitos financeiros decorrentes do contrato de locação s/nº. Ainda, o Conselheiro
João Antonio – Revisor acompanhou, na íntegra, o voto proferido pelo Nobre Conselheiro
Roberto Braguim – Relator. Afinal, na fase de votação, o Conselheiro Edson Simões solicitou
vista dos autos, o que foi deferido." (Certidão) 4) TC 434/06-50 – Recursos da Procuradoria da
Fazenda Municipal – PFM e da Anfab Pedroso Alvarenga SPE Ltda. interpostos contra o V.
Acórdão de 15/5/2013 – Relator Conselheiro Substituto Moacir Marques da Silva – Serviço
Funerário do Município de São Paulo – SFMSP e Anfab Pedroso Alvarenga SPE Ltda. (Contrato
de Locação s/nº R$ 614.284,80) – Locação de conjuntos de escritórios que se constituem nas
unidades autônomas designadas pelos nºs E-154, E-155, E-156, G-135, G-136, G-264 e G-284,
localizadas no Condomínio Edifício Grande São Paulo, na Rua Líbero Badaró, 425, antigo 465,
no 1º Subdistrito Sé, para instalação de nova sede administrativa (Tramita em conjunto com os
TCs 460/06-60, 403/06-27 e 405/06-52). Após o relato da matéria, "o Conselheiro Roberto
Braguim conheceu dos recursos interpostos pela Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM e
pela empresa Anfab Pedroso Alvarenga SPE Ltda., por presentes os pressupostos de
admissibilidade, e, no mérito, afastou a responsabilidade da contratada no tocante às
irregularidades apontadas pela Subsecretaria de Fiscalização e Controle desta Corte, ficando,
deste modo, prejudicada a apreciação da preliminar por ela arguida. Ademais, Sua Excelência,
considerando que a questão que afronta o artigo 42 da Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF não
foi ventilada durante a instrução, desse modo, não ocorreu a oitiva dos agentes responsáveis
sobre a questão e, sendo certo que, as obrigações decorrentes da contratação tinha suficiente
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provisão de fundos até o final do exercício e tendo sido pagas todas as obrigações pecuniárias do
ajuste, deu-lhes provimento parcial para, excepcionalmente, reconhecer os efeitos financeiros
decorrentes do contrato de locação s/nº. Ainda, o Conselheiro João Antonio – Revisor
acompanhou, na íntegra, o voto proferido pelo Nobre Conselheiro Roberto Braguim – Relator.
Afinal, na fase de votação, o Conselheiro Edson Simões solicitou vista dos autos, o que foi
deferido." (Certidão) 5) TC 4.685/01-18 – Secretaria Municipal da Saúde – SMS e
Universidade Federal de São Paulo – Unifesp – Contrato 109/2001 R$ 8.757.000,00 est. e TA
01/2002 (Nota de Empenho emitida para cobertura de despesas com o exercício de 2001) –
Gerenciamento e execução de serviços de hemoterapia pela Unifesp, para atendimento da Rede
Hospitalar Municipal de São Paulo ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, dos
quais é Relator o Conselheiro Roberto Braguim. Acordam os Conselheiros do Tribunal de
Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do
Relator, em julgar regulares o Contrato 109/2001 e o Termo de Aditamento 01/2002, sendo que o
Conselheiro Edson Simões votou, em caráter excepcional. Relatório: Cuida o presente processo
da análise do Contrato 109/2001 firmado com dispensa de Licitação, fundamentado no artigo 24,
inciso XIII, da Lei Federal 8.666/93, entre a Secretaria Municipal da Saúde – SMS e a
Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP, para a prestação de serviços de gerenciamento e
execução de hemoterapia, para atendimento da Rede Hospitalar Municipal de São Paulo, no
valor inicial e estimado de R$ 8.757.000,00 (oito milhões, setecentos e cinquenta e sete mil
reais). Examina-se, igualmente, o Termo de Aditamento 01/2002 lavrado para fazer constar que a
Nota de Empenho emitida para a cobertura das despesas referentes ao exercício é a de nº 38.491,
no valor de R$ 2.475.000,00 (dois milhões, quatrocentos e setenta e cinco mil reais) e não como
constou no instrumento principal. Na devida instrução, a Divisão Técnica IV, após a juntada de
farta documentação, emitiu parecer favorável à aprovação do Contrato e do Termo de
Aditamento, realçando, todavia, que houve emissão extemporânea da Nota de Empenho quando
da Contratação, afrontando o artigo 60 da Lei Federal 4.320/64. De sua parte, a Assessoria
Jurídica de Controle Externo, contrariamente à conclusão da Divisão Técnica, considerou estar o
Contrato eivado de ilegalidade, pois o objeto a ser desenvolvido - gerenciamento e execução de
serviços de hemoterapia para atendimento da Rede Hospitalar - não é compatível com o estatuto
da Contratada, não preenchendo, desta feita, os requisitos exigidos que permitem a dispensa de
licitação, pontuando, ainda, a falta de justificativa de preços. Amparado nesse entendimento, o
Senhor Subsecretário de Fiscalização e Controle da época distanciou-se da conclusão da Divisão
Técnica IV e opinou pela rejeição dos atos sob análise. Provocada a manifestar-se, a Secretaria
Municipal da Saúde sustentou a regularidade da Contratação, referindo-se especialmente à
ausência de fins lucrativos da Contratada, voltada ao ensino e à pesquisa, com inquestionável
reputação profissional. Aduziu que, à época, encontrava-se desestruturada totalmente em razão
da experiência do PAS, sendo a Contratação em causa absolutamente necessária para garantir a
saúde da população. Alinhou que os preços dos serviços contratados foram estimados em razão
da quantidade de exames que seriam realizados e que somente foram pagos os exames
efetivamente realizados, de acordo com os valores constantes da Tabela SUS Nacional. Mesmo
diante dos esclarecimentos prestados, a Assessoria Jurídica manteve o posicionamento pela
irregularidade dos Instrumentos sob exame. Na sequência, identificado o ex-Secretário Municipal
da Saúde, Sr. Eduardo Jorge Martins Alves Sobrinho, como responsável pelas infringências
assinaladas, foi ele intimado para apresentação de defesa. Em seu benefício, o intimado
manifestou-se sustentando, após breve histórico, que a contratação direta da UNIFESP deu-se em
razão de se tratar de instituição que contribuiu para a progressiva reconstrução daquela Pasta,
após a experiência desestruturadora do PAS, eis que, além de implantar sistema eficiente de
coleta de sangue, realizou diversos cursos de treinamento dos servidores, dando oportunidade a
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uma nova concepção de hemoterapia e a um importante conjunto de atividades de pesquisa,
consoante publicações que anexou aos autos. Sustentou a perfeita compatibilidade do
enquadramento da Contratada como instituição de pesquisa, ensino e desenvolvimento
institucional, estando presentes as premissas para a contratação direta. Em nova manifestação,
agora para analisar a defesa do responsável, a Assessoria Jurídica de Controle Externo ponderou
que a Contratada necessitava da COLSAN (Associação Beneficente de Coleta de Sangue) para a
prestação dos serviços objeto do Contrato, o que demonstrava não ter esse serviço
compatibilidade com seu Estatuto. Opinou, pois, pela irregularidade da Avença, tal qual fizera
anteriormente. Por seu turno, a Procuradoria da Fazenda Municipal sustentou que se podia inferir
que a prestação dos serviços de hemoterapia estava incluída no § 3º do artigo 2º do Estatuto da
Contratada, combinado com os artigos 25 e 35 desse mesmo diploma. Asseverou ser a
Universidade Autarquia Federal, sucessora da Faculdade Paulista de Medicina, de manifesto
interesse público, razão pela qual havia nexo causal para a dispensa de licitação fundamentada no
inciso XIII do artigo 24 da Lei 8.666/93. Aduziu que a UNIFESP dava "suporte de saúde pública
em conjunto com seus institutos a 29.05% da população da Grande São Paulo" e, no exercício
da capacidade postulatória, requereu fossem acolhidos o Contrato 109/2001 e o Termo Aditivo
01/2002, inclusive face sua imprescindibilidade na espécie. A Coordenadoria IV, em nova
manifestação, entendeu adequada a fundamentação legal utilizada e esclarecida a atuação da
COLSAN. Salientou que no âmbito do TC 1.949.05-05, ficou patente que a complexidade da
UNIFESP exige, por disposição estatutária, desenvolvimento de várias atividades por meio de
Órgãos Suplementares, Institutos e Entidades reconhecidos pelo Conselho Universitário. Por
derradeiro, a Douta Secretaria Geral, citando precedentes da própria Unidade, como os TCs
5.449.04-43, 1.903.03-42 e 3.846.05-43, considerou regular a fundamentação da contratação
direta diante da pertinência lógica entre a COLSAN e a Universidade, já que a primeira
configura-se como órgão suplementar desta. Entendeu justificado o preço em face da utilização
da Tabela SUS. Ponderou, entretanto, quanto à emissão da Nota de Empenho posteriormente à
vigência do Contrato e à sua celebração também posterior ao início da execução, que a realização
de despesa sem prévio empenho violava o artigo 44 do Decreto Municipal 41.772/02, vigente à
época do Contrato, o que vedava a atribuição de efeitos financeiros retroativos. Opinou, pois,
pela irregularidade dos Ajustes mas, considerando que a Contratada não contribuiu para as
irregularidades praticadas, entendeu que os efeitos financeiros poderiam ser reconhecidos. É o
relatório. Voto: Três são as matérias que merecem análise pormenorizada nestes autos: 1) a
possibilidade de Contratação direta da Universidade de São Paulo – UNIFESP fundamentada no
inciso XIII do artigo 24 da Lei de Licitações e a prestação de serviços pela COLSAN; 2) a
necessidade de justificativa dos preços e; 3) a extemporaneidade da emissão da Nota de
Empenho e a atribuição de efeitos retroativos ao Contrato. A primeira questão já foi sedimentada
pela jurisprudência desta Corte. Efetivamente, em voto por mim proferido no TC 1.903.03-42,
que serviu de condutor para outros casos semelhantes, como os dos TCs 4.452.03-31, 3.575.04-
27, 5.449.04-43, 1.949.05-05 e 4.621.03-05, defendi que a Universidade de São Paulo podia ser
contratada diretamente para a prestação de serviços laboratoriais porque a COLSAN não se
afigura como mera "executora dos serviços" como consta do parecer da Assessoria Jurídica de
Controle Externo. Na verdade, consoante Estatuto da Universidade apresenta-se ela como seu
Órgão Suplementar pertencendo, portanto, à própria estrutura da UNIFESP, o que autoriza
aquela a prestar os serviços de hemoterapia, pois, ao fazê-lo, está desenvolvendo atividade que é
pertinente aos fins da Universidade. Há, portanto, pertinência lógica entre o Ajuste celebrado e os
fins da Contratada cabendo à UNIFESP a responsabilidade pela execução do Contrato, que será
procedida pela COLSAN. Ademais, consoante salientei, a UNIFESP é estabelecimento de ensino
superior, referência em todo o País, razões pelas quais a contratação direta com fundamento no
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artigo 24, inciso XIII, da Lei de Licitações estava justificada. Ultrapassada esta questão de fundo,
resta analisar às referentes à justificativa dos preços, à intempestividade da emissão da Nota de
Empenho e à atribuição de efeitos retroativos ao Contrato. No que tange aos preços, acolho a
defesa da Secretaria Municipal da Saúde e entendo que eles estão justificados, eis que foi
utilizada a Tabela SUS Nacional. Em relação à intempestividade da emissão da Nota de
Empenho e à atribuição de efeitos retroativos ao Contrato, é preciso esclarecer que foram
emitidas duas Notas de Empenho para cobrir as despesas no ano de 2001, uma no dia 04 de
setembro e outra no dia 13 do mesmo mês, esta cancelando aquela. Apesar de ambas referirem-se
a período posterior à vigência do Contrato, que se iniciou em 22 de agosto, consoante sua
Cláusula Sétima, uma circunstância me permite relevar a extemporaneidade da Nota de
Empenho. É que a reserva do empenho ocorreu no dia 17 de agosto de 2001 o que comprova que
na data da assinatura do Instrumento, as providências contábeis necessárias para dar suporte à
despesa já tinham sido tomadas. Além disso, inclino-me a aceitar as explicações aduzidas pelo
ordenador da despesa à época. Isso porque o período de assinatura do Contrato coincide com a
transição no Sistema de Saúde no Município, que deixou de adotar o modelo de cooperativas do
PAS, voltando a prestação dos serviços para as atribuições do Poder Público Municipal. A
situação caótica pela qual passava a Secretaria dificultava a prestação dos serviços faltando,
inclusive, para o caso em questão, servidores capacitados para a coleta, análise, processamento e
distribuição de sangue e de seus componentes à rede hospitalar. Essa situação excepcional,
portanto, que se processou em virtude da transição dos modelos, ocorreu sem culpa da Secretaria,
de modo que, também neste caso, entendo relevável a assinatura posterior do Contrato. Do
exposto e na linha das decisões precedentes, julgo regulares o Contrato 109/2001 e o Termo de
Aditamento 01/2002. Participaram do julgamento os Conselheiros João Antonio – Revisor,
Edson Simões e Domingos Dissei. Presente o Procurador Chefe da Fazenda Guilherme Bueno de
Camargo. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 2 de março de 2016. a) Maurício Faria –
Vice-Presidente no exercício da Presidência; a) Roberto Braguim – Relator." 6) TC 2.781/09-98
– Recurso "ex officio" interposto contra R. Decisão de Juízo Singular de 13/4/2011 – Julgador
Conselheiro Antonio Carlos Caruso – Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania –
SMDHC e Carolina Rodrigues de Carvalho – Prestação de contas de adiantamento bancário –
março/2006 (R$ 6.300,00). Após o relato da matéria, "o Conselheiro Roberto Braguim conheceu
do recurso "ex officio", por ser decorrente de previsão regimental, e, no mérito, ante a ausência
de recurso voluntário veiculando argumentos que pudessem elidir as irregularidades cometidas,
somado o fato de a servidora responsável, Senhora Carolina Rodrigues de Carvalho, ter efetuado
o pagamento da multa que lhe foi imposta, demonstrando sua concordância com o julgado e
ainda estando o decidido de acordo com a Instrução 3/2011, considerou não haver elementos
capazes de alterar a R. Decisão proferida em sede de Juízo Singular, negou-lhe provimento,
mantendo integralmente os termos do R. "decisum" combatido. Ainda, o Conselheiro João
Antonio – Revisor, consoante declaração de voto apresentada, conheceu do recurso "ex officio",
eis que regimental, e, no mérito, deu-lhe provimento parcial para o fim de afastar a multa
aplicada e outorgar quitação integral, uma vez que não restou demonstrado nos autos, dolo ou
má-fé por parte da responsável, mantendo-se, no mais, a Decisão de Juízo Singular atacada por
seus próprios e jurídicos fundamentos. Ademais, Sua Excelência determinou a restituição do
valor recolhido à servidora, devidamente atualizado, bem como a devolução do processo
administrativo acompanhante à Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania –
SMDHC. Também, o Conselheiro João Antonio – Revisor determinou, após as comunicações de
praxe, o arquivamento dos autos. Afinal, na fase de votação, o Conselheiro Edson Simões
solicitou vista dos autos, o que foi deferido." (Certidão) Prosseguindo, o Presidente em
exercício, Conselheiro Vice-Presidente Maurício Faria, devolveu a direção dos trabalhos ao
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Conselheiro Roberto Braguim. Reassumindo a direção dos trabalhos, o Conselheiro Presidente
Roberto Braguim concedeu a palavra ao Conselheiro Vice-Presidente Maurício Faria para relatar
os processos de sua pauta. – PROCESSOS RELATADOS PELO CONSELHEIRO VICE-
PRESIDENTE MAURÍCIO FARIA – 1) TC 1.546/13-49 – Comatic Comércio e Serviços
Ltda. – Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social – Smads – Representação
em face do Pregão 12/2013/Smads, cujo objeto é a prestação de serviços de limpeza, asseio e
conservação predial no complexo Prates e nos equipamentos do CAS/Centro-Oeste
ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro
Maurício Faria. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à
unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em conhecer da representação,
por presentes os requisitos legalmente previstos, e, no mérito, em julgá-la prejudicada, pela perda
do objeto, em face da revogação do certame pela Secretaria Municipal de Assistência e
Desenvolvimento Social – Smads. Acordam, ainda, à unanimidade, em determinar o
cumprimento do artigo 58 do Regimento Interno desta Corte, arquivando-se, após, estes autos.
Relatório: Trata o presente expediente de representação apresentada pela empresa Comatic
Comércio e Serviços Ltda. em face do edital de Pregão 12/SMADS/2013, cujo objeto é a
prestação de serviços de limpeza, asseio e conservação predial no Complexo Prates e nos
equipamentos do CAS/Centro-Oeste. A Representante impugna dois pontos do edital referido, a
saber: a) a falta de exigência, pelo Edital, do registro ou inscrição do licitante em entidade
profissional competente, conforme preconiza o art. 30, I, da Lei Federal 8.666/93, que, no caso
em tela, deveria ser o Conselho Regional de Química; b) ausência de previsão, pelo Edital, de
índices de liquidez corrente, de liquidez geral e índice de endividamento na qualificação
econômico-financeira dos licitantes. Antes de ser proferida decisão sobre o pedido de suspensão
do certame, foram ouvidos os Órgãos Técnicos desta Casa. A Auditoria opinou pela procedência
parcial da representação, considerando que os produtos saneantes e domissanitários utilizados na
prestação dos serviços de limpeza são de baixa toxidade ou atóxicos, sendo, portanto,
desnecessário que as licitantes sejam inscritas ou registradas no Conselho Regional de Química,
mas reputando procedente a impugnação quanto à comprovação da situação financeira dos
licitantes, pois tal exigência consta da Lei Federal 8.666/93, sendo cabível a escolha,
devidamente justificada, pela autoridade administrativa (fls. 78/82). A Assessoria Jurídica de
Controle Externo emitiu parecer a fls. 84/86, que considera que a representação preencheu os
requisitos de admissibilidade, e, no mérito, indevida a exigência de registro no Conselho
Regional de Química, mas necessária a fixação de um índice contábil para servir base para o
exame do balanço patrimonial exigido. Indeferi o pedido de liminar formulado, acolhendo as
ponderações dos Órgãos Técnicos no tocante à desnecessidade de registro ou cadastro das
empresas licitantes junto à entidade profissional, ponderando, quanto à fixação de índices
econômico-financeiros, que esta é uma faculdade à disposição da Administração e não uma
disposição cogente da Lei Federal 8.666/93, havendo, ademais, como item de qualificação
econômico-financeira, a previsão de patrimônio líquido no valor de 5% do total da proposta
apresentada, como critério para análise dos balanços patrimoniais apresentados. Todavia, apesar
de não ter sido determinada a suspensão do certame, a SMADS determinou o adiamento "sine
die" do Pregão 12/SMADS/2013, conforme publicação no Diário Oficial aos 24 de maio de
2013. Assim, ficaram os autos custodiados até que fossem ultimadas providências pela Origem
(fls. 97). Diante da ausência de notícias sobre a retomada, reabertura ou revogação do certame,
foi intimada a Administração para que se manifestasse a respeito e informasse sobre eventual
interesse no prosseguimento da licitação. A Origem apresentou a manifestação de fls. 106/118,
informando a revogação expressa do pregão em questão, tendo sido publicado o ato aos 25 de
setembro de 2015 no Diário Oficial da Cidade. É o relatório. Voto: A revogação do Pregão
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12/SMADS/2013, efetuada pela Origem, por motivos de conveniência e oportunidade, deve levar
à inexorável conclusão de que o presente expediente perdeu seu objeto, impondo-se a extinção
do processo sem julgamento de mérito. Devidamente justificada e comprovada, por SMADS, a
opção de revogação do certame em prol de aditamento de contrato vigente (Contrato
55/SMADS/2011) para atendimento da demanda de serviços de limpeza das unidades que seriam
objeto de licitação. A conduta adotada pela Origem encontra amparo no ordenamento jurídico e o
aditivo foi firmado com valor inferior àquele constante da pesquisa que servia de referência ao
certame, não havendo, portanto, impropriedade a ser registrada. Consta ainda dos
esclarecimentos prestado pela Origem que em 2014 foi iniciado novo certame, desta feita o
Pregão Eletrônico 29/SMADS/2014, que possui como objeto a prestação de serviços de limpeza,
asseio e conservação predial, em várias unidades da Secretaria Municipal de Assistência e
Desenvolvimento Social, em três lotes. Verificou-se que este novo certame, cujo resultado foi
homologado para todos os lotes, conforme publicação realizada no último dia 2 de outubro de
2015, já está sendo analisado no âmbito deste Tribunal, por conta de quatro representações
apresentadas (TCs 58/15-00, 59/15-65, 161/15-80. 231/15-64). Assim, tendo em vista a
revogação do certame que motivou a Representação, bem como que o certame subsequente é
objeto de análise em expedientes próprios, há que ser decretada a perda do objeto deste processo.
Diante do exposto, CONHEÇO DA REPRESENTAÇÃO, porque presentes os requisitos
legalmente previstos e, no mérito, JULGO-A PREJUDICADA, PELA PERDA DO OBJETO DO
PROCESSO, face à revogação do certame pela Origem. Dê-se ciência à Origem e à
Representante. Após, arquive-se. Participaram do julgamento os Conselheiros Domingos Dissei
– Revisor, Edson Simões e João Antonio. Presente o Procurador Chefe da Fazenda Guilherme
Bueno de Camargo. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 2 de março de 2016. a) Roberto
Braguim – Presidente; a) Maurício Faria – Relator." 2) TC 10/15-03 – Roche Diagnóstica do
Brasil Ltda. – Secretaria Municipal da Saúde – SMS – Representação em face do Contrato
40/2009/SMS-1, cujo objeto é a prestação de serviços especializados para fornecimento de testes
de bioquímica e hormônios com cessão de um sistema pré-analítico e equipamentos integrados
totalmente automatizados, com LIS (Sistema de Integração Laboratorial), para uso das unidades
pertencentes à Secretaria – Recurso em face da R. Decisão de 19/11/2014 – Relator Conselheiro
Maurício Faria ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, dos quais é Relator o
Conselheiro Maurício Faria. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de
São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, com fundamento
no artigo 56, § 1º, do Regimento Interno desta Corte, em determinar o arquivamento "in limine"
destes autos, por ausência de pressuposto fundamental para seu regular conhecimento
estabelecido pelo "caput" do artigo 55 do Regimento Interno desta Casa, na medida em que não
compete a este E. Tribunal de Contas conhecer e julgar denúncias revestidas de caráter subjetivo.
Acordam, ainda, à unanimidade, no que concerne ao recurso interposto pela empresa Roche
Diagnóstica do Brasil Ltda., em não conhecê-lo, diante de sua intempestividade. Acordam,
afinal, à unanimidade, em determinar o cumprimento dos termos do artigo 58 do Regimento
Interno desta Corte, com o posterior arquivamento dos autos. Relatório: Trata-se de recurso
interposto pela empresa Roche Diagnóstica do Brasil Ltda., contra a decisão proferida por esta
Relatoria de não conhecimento da Representação, ante a falta de competência desta Corte para
conhecer e julgar denúncias revestidas de caráter pessoal, tendo como fundamento suposto
direito individual subjetivo, nos termos do art. 55, "caput", do Regimento Interno deste E.
Tribunal de Contas1, determinando seu arquivamento (art. 56, § 1º do Regimento Interno
2).
1 "Art. 55. A representação ou denúncia sobre matérias de competência do Tribunal deverá preencher os seguintes
requisitos:"
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Conforme se verifica dos autos, a Representante insurgiu-se contra atos praticados pela
Secretaria Municipal de Saúde, que não estaria efetuando pagamentos devidos por força do
Contrato 40/2009 SMS-1, para prestação de serviços de teste de bioquímica e hormônios. Em
síntese, afirmou que, após sucessivas prorrogações, o Município deixou de pagar as prestações
vencidas em dezembro de 2012, janeiro e fevereiro de 2013, num total de R$ 1.974.562,50 (um
milhão, novecentos e setenta e quatro mil, quinhentos e sessenta e dois reais e cinquenta
centavos). A Representante interpôs Recurso Ordinário, no qual ressaltou que as razões da
Representação têm por fundamento o interesse público primário, que no seu entender consiste no
verdadeiro interesse a que se destina a Administração Pública, pois este alcança o interesse da
coletividade e possui supremacia sobre o particular. Instada a se manifestar, a Assessoria Jurídica
de Controle Externo posicionou-se pela intempestividade do Recurso, bem como pela não
aplicação do princípio da fungibilidade recursal. Na hipótese de apreciação do mérito,
manifestou-se pelo improvimento, mantendo-se a r. decisão proferida. No mesmo sentido, as
manifestações da Procuradoria da Fazenda Municipal e da Secretaria Geral. É o relatório. Voto:
De início, ressalto neste julgamento que esta Relatoria, com fundamento no art. 56, § 1º, do
Regimento Interno desta E. Corte, determinou o arquivamento "in limine" dos autos da
Representação, por ausência de pressuposto fundamental para seu regular conhecimento
estabelecido pelo "caput" do art. 55 do Regimento Interno, na medida em que não compete a este
E. Tribunal de Contas conhecer e julgar denúncias revestidas de caráter subjetivo. No que
concerne ao recurso interposto, na esteira das manifestações da Assessoria Jurídica de Controle
Externo e da Secretaria Geral, voto pelo não conhecimento, diante de sua intempestividade. De
acordo com o art. 150 do Regimento Interno desta E. Corte de Contas, o recurso cabível contra a
extinção do processo com base no seu art. 56, § 1º, seria o Agravo Regimental, cujo prazo é de 5
dias, contados da intimação. Na hipótese dos autos, o início do prazo ocorreu em 03/12/2014, ou
seja, na data da juntada aos autos do ofício cumprido (fl. 62, verso), tendo ocorrido a interposição
do Recurso Ordinário em 16/12/2014, portanto, fora do prazo. Outrossim, a análise do caso
concreto impede a aplicação da fungibilidade recursal, a qual só tem lugar quando preenchidos os
seguintes requisitos: é preciso que não haja erro grosseiro na interposição, nem má-fé. Ambos
dependem da dúvida objetiva a respeito do recurso apropriado. No processo em julgamento, não
caberia à Recorrente alegar dúvida quanto ao recurso apropriado, na medida em que o art. 150 do
Regimento deste E. Tribunal de Contas é explícito ao estabelecer o cabimento do Agravo
Regimental: "Art. 150 – Caberá agravo regimental, dentro do prazo de 05 (cinco) dias, contados
da intimação, das decisões interlocutórias, proferidas nos casos previstos nos artigos 56, § 1º,
62, §1º, 108, § 3º, 114, parágrafo único, 126, parágrafo único e 140, deste Regimento." (g.n.)
Diante do exposto, não conheço do presente Recurso. Após as providências de praxe, arquivem-
se os autos. Participaram do julgamento os Conselheiros Domingos Dissei – Revisor, Edson
Simões e João Antonio. Presente o Procurador Chefe da Fazenda Guilherme Bueno de Camargo.
Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 2 de março de 2016. a) Roberto Braguim –
Presidente; a) Maurício Faria – Relator." 3) TC 1.400/14-84 – Secretaria Municipal de
Segurança Urbana – SMSU – Acompanhamento – Verificar a regularidade do Edital do Pregão
Eletrônico 001/SMSU/2014, cujo objeto é a locação de veículos automotores para uso do efetivo
empregado no policiamento ambiental da Guarda Civil Metropolitana, quanto aos aspectos da
legalidade, formalidade e mérito (Tramita em conjunto com os TCs 2.506/14-40 e 2.773/14-27)
ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro
Maurício Faria. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à
2 Art. 56. A petição inicial será dirigida ao Presidente, que determinará a sua autuação, sendo encaminhada, em
seguida à apreciação do Conselheiro Relator. § 1º - O Relator ordenará o arquivamento "in limine" da inicial, em
despacho fundamentado, se esta não preencher os requisitos estabelecidos no art. 55, deste Regimento".
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unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, considerando a anulação do
certame, efetuada pela Secretaria Municipal de Segurança Urbana – SMSU, em declarar
prejudicada a análise do edital pela perda do objeto. Acordam, ainda, à unanimidade, em
determinar o envio de cópia deste Acórdão à SMSU, arquivando-se, após, estes autos. Relatório
e voto englobados: v. TC 2.773/14-27. Participaram do julgamento os Conselheiros Domingos
Dissei – Revisor, Edson Simões e João Antonio. Presente o Procurador Chefe da Fazenda
Guilherme Bueno de Camargo. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 2 de março de 2016.
a) Roberto Braguim – Presidente; a) Maurício Faria – Relator." 4) TC 2.506/14-40 – Secretaria
Municipal de Segurança Urbana – SMSU – Acompanhamento – Verificar a regularidade do
Edital do Pregão Eletrônico 008/SMSU/2014, cujo objeto é a prestação de serviços de locação de
30 veículos automotores para uso do efetivo empregado no policiamento da Guarda Civil
Metropolitana, quanto aos aspectos da legalidade, formalidade e mérito (Tramita em conjunto
com os TCs 1.400/14-84 e 2.773/14-27) ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes
autos, dos quais é Relator o Conselheiro Maurício Faria. Acordam os Conselheiros do Tribunal
de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto
do Relator, em julgar regular o Edital do Pregão Eletrônico 008/SMSU/2014. Acordam, ainda, à
unanimidade, em determinar, acolhendo sugestão dos Órgãos Técnicos desta Casa, à Secretaria
Municipal de Segurança Urbana – SMSU que realize estudos visando aprimorar suas pesquisas
de preços, os quais servirão para estabelecer o preço referencial de futuras licitações. Acordam,
ainda, à unanimidade, em determinar o envio de cópia deste Acórdão à SMSU, arquivando-se,
após, estes autos. Relatório e voto englobados: v. TC 2.773/14-27. Participaram do julgamento
os Conselheiros Domingos Dissei – Revisor, Edson Simões e João Antonio. Presente o
Procurador Chefe da Fazenda Guilherme Bueno de Camargo. Plenário Conselheiro Paulo Planet
Buarque, 2 de março de 2016. a) Roberto Braguim – Presidente; a) Maurício Faria – Relator." 5)
TC 2.773/14-27 – Uzêda Comércio e Serviços Ltda. – Secretaria Municipal de Segurança
Urbana – SMSU – Representação em face do Edital do Pregão Eletrônico 008/SMSU/2014, cujo
objeto é a prestação de serviços de locação de veículos automotores para uso do efetivo
empregado no policiamento da Guarda Civil Metropolitana, quanto aos aspectos da legalidade,
formalidade e mérito ACÓRDÃO: "Vistos, relatados englobadamente com os TCs 1.400/14-84
e 2.506/14-40 e discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro Maurício Faria.
Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de
conformidade com o relatório e voto do Relator, em conhecer da representação, por presentes os
requisitos de admissibilidade. Acordam, ainda, à unanimidade, quanto ao mérito, em julgá-la
improcedente, com esteio nas manifestações unânimes dos Órgãos Técnicos desta Corte.
Acordam, ademais, à unanimidade, em determinar o cumprimento do artigo 58 do Regimento
Interno desta Corte, arquivando-se, após, estes autos. Relatório englobado: Trago ao Egrégio
Tribunal a análise dos processos abaixo arrolados, que trataram da contratação de serviços de
locação de veículos para o policiamento ambiental da Guarda Civil Metropolitana, pela
Secretaria Municipal de Segurança Urbana: 1 - TC 1.400/14-84: Acompanhamento do edital de
Pregão Eletrônico 001/SMSU/2014; 2 - TC 2.506/14-40: Acompanhamento do Edital de Pregão
Eletrônico 008/SMSU/2014 3 - TC 2.773/14-2: Representação Uzêda Comércio e Serviços Ltda.
Primeiramente, quanto à análise do Acompanhamento do Edital de Pregão Eletrônico
001/SMSU/2014, a Auditoria, em parecer inicial de fls. 212/218, manifestou-se no sentido de
que o Edital não reunia condições de prosseguimento, razão pela qual a própria Origem
suspendeu o certame (DOC de 15.05.2014 - fl. 229). Posteriormente, foi acostado aos autos o
parecer da Assessoria Jurídica de Controle Externo (fls. 342/351), entendendo que restavam
superados os apontamentos inicialmente apresentados. A nova sessão de abertura foi designada
para 24.06.14 (fl. 332). Uma vez realizada, a Origem trouxe aos autos o documento de fl. 508,
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noticiando a posterior anulação do Pregão Eletrônico 001/SMSU/2014, por considerar que não
logrou êxito na obtenção da proposta mais vantajosa, diante dos preços obtidos. Por sua vez, no
que toca ao Acompanhamento de Edital do outro pregão levado a efeito para o mesmo objeto,
Pregão Eletrônico 008/SMSU/2014, analisado no TC 2.506/14-40, o exame da Auditoria foi
conclusivo no sentido de que o mesmo reunia condições de prosseguimento, não obstante a
manutenção de algumas ressalvas3. Por determinação desta Relatoria, após a abertura do certame,
a Auditoria manifestou-se de forma complementar acerca dos preços ofertados pelos licitantes,
destacando a inexistência de problemas com força suficiente para invalidar a continuidade do
procedimento. Por esta razão, exarou parecer pelo acolhimento excepcional do Edital, com
sugestão de determinação para que fossem realizados estudos por parte da Origem, visando
aprimorar a pesquisa de preços para determinar o preço referencial nas futuras licitações.
Ademais, restou constatado que, após a fase de lances, a média dos preços finais (R$ 6.586,13)
foi consideravelmente menor que a média das propostas do pregão 01/14, anterior revogado (R$
9.455,90), com redução de 41,3% no preço da proposta vencedora nessa licitação (R$ 4.700,00)
em relação ao do vencedor no certame anulado (R$ 8.000,00). Ato contínuo, foi autuado o TC
2.773/14-27 para análise da Representação formulada pela empresa Uzêda Comércio e Serviços
Ltda., que em face do pregão superveniente, ou seja, do Pregão Eletrônico 008/SMSU/2014,
questionou supostas irregularidades no procedimento. Nestes autos, a Auditoria se manifestou no
sentido de que a Representação mostrava-se procedente em relação a dois aspectos: a) acerca da
conduta do Pregoeiro, menos rigorosa em relação ao pregão anterior, uma vez que não foram
desclassificadas as propostas cujos modelos não atendiam às especificações do edital; b) quanto à
incompatibilidade do preço ofertado pela licitante vencedora em relação aos preços apurados na
pesquisa de mercado. Diante desses novos fatos alegados pelo Representante, esta Relatoria
determinou à Origem que se abstivesse de celebrar o contrato decorrente do Pregão 08/14, até a
apresentação de esclarecimentos complementares, medida essa que foi referendada pelo Pleno na
2.760ª S.O. Novas justificativas foram acrescidas pela Origem às fls. 97/130, através das quais
entendeu por bem contextualizar o histórico da primeira licitação anulada, visando lidar com a
afirmação de posturas do pregoeiro. Nesse sentido, esclareceu que o julgamento original foi
revisto, justamente para desclassificar as empresas licitantes cujas propostas não deram
atendimento ao disposto no Edital, quais sejam: a) Locadora de Veículos Santa Cruz Ltda., por
ter ofertado o modelo S10 LS, que não possui coluna de direção regulável; e b) PCS Construção
e Saneamento Ltda., por ter apresentado modelo inexistente, vez que não havia veículo da marca
Volkswagen, modelo S10. Já em relação às propostas das empresas Companhia de Locação das
Américas, Jundiá Transportadora Turística Ltda. e GN Gerenciamento Nacional, a Origem
esclareceu, ainda, que não obstante os modelos apresentados não tenham sido suficientemente
especificados - na medida em que nem todos os modelos S10/Frontier davam atendimento às
especificações constantes do Edital - não houve razão para desclassificação das empresas, pois,
em consonância com o princípio da ampla competitividade, houve a compreensão de que a
compatibilidade de tais modelos seria atestada no momento de entrega do protótipo dos veículos,
por profissional técnico qualificado para tanto. Por sua vez, no que toca à constatação da
incompatibilidade do preço ofertado pela licitante vencedora em relação aos preços apurados na
pesquisa de mercado da Secretaria, e a verificação da sua exequibilidade, a Origem afastou o
3 não foi efetuado estudo comparativo de custos evidenciando a vantajosidade da locação em relação à aquisição –
infringência à LF nº 10.520/02, artigo 3º, inciso I e no DM nº 44.279/03, artigo 2º, inciso I (item 3.1); o edital não
está rubricado em todas as folhas – infringência ao § 1º do artigo 40 da Lei Federal nº 8.666/93 (item 3.2); não foi
justificado o preço médio referencial da licitação, obtido por meio de pesquisa de mercado (item 3.3); não consta
dos autos a justificativa para os índices econômico-financeiros –infringência ao § 5º do art. 31 da LF nº 8.666/93
(item 3.4);
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alegado pela Representante argumentando que, embora tenha realizado múltiplas consultas ao
mercado, os valores pesquisados revelaram-se de fato destoantes dos efetivamente praticados,
mas que foi pequena a diferença entre o seu preço e o ofertado pela segunda e terceira melhores
propostas, sendo que o preço final obtido mostrou-se compatível com o da Ata de Registro de
Preços 001/SMSU/2013. Ademais, ressaltou que o menor preço adjudicado resultou de ampla
competitividade, com sensível diferença entre o valor global da licitação anulada e o da atual.
Por fim, destacou que, em caso análogo, os argumentos da representante também não foram
acolhidos no âmbito do Poder Judiciário, em processo similar. Nessa oportunidade, novamente a
matéria foi levada à apreciação do Pleno nas Sessões Ordinárias nºs 2.762/2.763ª, nas quais se
deliberou no sentido do acolhimento das novas justificativas apresentadas pela Origem,
reconhecendo preliminarmente que o certame deu atendimento ao objetivo maior da licitação, no
sentido de permitir a ampla competitividade e a busca da proposta mais vantajosa, afastando
eventuais questionamentos sobre a exequibilidade dos preços apresentados. Por decorrência, e
com esteio em parecer superveniente da AJCE, conclusivo pela improcedência da Representação,
houve a retomada do certame, condicionando a contratação pela Origem à confirmação do
atendimento das especificações técnicas previstas por meio de entrega do protótipo. Com novas
justificativas anexadas às fls. 223/236 sobre essa questão, acresceu-se aos autos derradeira
manifestação da Auditoria, conclusiva no sentido de que restou justificada a diferença de preços
obtida na comparação do Pregão Eletrônico 008/SMSU/2014 com a Ata de RP 001/SMSU/2013;
bem como que o protótipo apresentado pela empresa adjudicatária deu atendimento às
especificações contidas no edital, sendo, no mais, de igual forma improcedente a Representação
considerando as informações acrescidas. Em manifestação final, a AJCE reitera seu
entendimento anterior pela improcedência da Representação. A Procuradoria da Fazenda
Municipal manifestou-se no sentido da superação das questões iniciais e propugnou pela
improcedência da Representação. A Secretaria Geral, encerrando a instrução processual, opina
pelo conhecimento e improcedência da Representação, na esteira das manifestações unânimes
dos órgãos técnicos. É o relatório. Voto englobado: Em relação à análise do Acompanhamento
do primeiro Edital de Pregão Eletrônico 001/SMSU/2014, e levando em conta a notícia de
anulação do certame, deixo de apreciar a matéria por perda superveniente de seu objeto, com
esteio em jurisprudência pacífica dessa Corte. No que toca ao Acompanhamento do posterior
Edital de Pregão Eletrônico 008/SMSU/2014, levado a efeito no TC 2.506/14-40, as
manifestações unânimes dos órgãos técnicos foram no sentido da regularidade do Edital.
Ademais, em análise complementar, restou evidenciado nos autos a regularidade dos preços
ofertados pelos licitantes frente aos de mercado, bem como diante dos ofertados na licitação
anteriormente anulada, afastando-se, assim, eventuais questionamentos iniciais acerca da
economicidade da terceirização da frota, no caso concreto. Nesse particular, foi constatado que a
média dos preços finais (R$ 6.586,13) foi menor que a média das propostas do pregão anterior
revogado (R$ 9.455,90), evidenciando uma redução de 41,3% no preço da proposta vencedora
nessa licitação em relação ao do vencedor no certame anulado, e, com isso, reforçando a ideia de
estruturação adequada do referencial de preço lançado como referência para a contratação. Por
derradeiro, no que toca à Representação formulada pela empresa Uzêda Comércio e Serviços
Ltda., em face do Pregão Eletrônico 008/SMSU/2014, a abordagem dos questionamentos feitos
pela Representante já foi objeto de análise preliminar por parte deste Colegiado quando das
Sessões Ordinárias nºs 2.762/2.763ª, nas quais se deliberou no sentido do acolhimento das
justificativas apresentadas pela Origem. Diante da marcha processual verificada, cabe somente
reafirmar que o certame deu atendimento ao objetivo maior da licitação no sentido de permitir a
ampla competitividade e a busca da proposta mais vantajosa, afastando eventuais
questionamentos sobre a exequibilidade dos preços apresentados. Desta feita, a autorização de
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retomada do certame pelo Órgão Pleno se reafirma nos próprios conteúdos lançados na discussão
já feita naquele momento. Não obstante, cumpre ainda mencionar que, posteriormente a essa
decisão de liberação do certame, foi trazida aos autos a informação complementar de que houve a
comprovação das especificações técnicas previstas por meio de entrega do protótipo pela
empresa adjudicatária, assegurando-se, dessa forma, o previsto no Edital e afastando-se qualquer
prejuízo que pudesse subsistir nesse sentido, razão pela qual as manifestações posteriores foram
unânimes no sentido da improcedência da Representação. Assim, diante do exposto, voto pelo
conhecimento da Representação, por presentes os requisitos de admissibilidade e, no mérito, pela
sua improcedência, com esteio nas manifestações unânimes dos órgãos técnicos. Ademais, voto
pela regularidade do Edital de Pregão Eletrônico 008/SMSU/2014, e pela perda do objeto do
Acompanhamento do Edital de Pregão Eletrônico 001/SMSU/2014, considerando a sua
anulação. Não obstante, acolhendo sugestão da Auditoria, determino à Origem que realize
estudos visando aprimorar suas pesquisas de preços, que servirão para determinar o preço
referencial de futuras licitações. Encaminhem-se cópias do julgado ao Representante e demais
interessados, nos termos regimentais. Após, arquive-se os autos. Participaram do julgamento os
Conselheiros Domingos Dissei – Revisor, Edson Simões e João Antonio. Presente o Procurador
Chefe da Fazenda Guilherme Bueno de Camargo. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 2
de março de 2016. a) Roberto Braguim – Presidente; a) Maurício Faria – Relator." 6) TC
4.962/14-70 – G. Eletro Eireli – Secretaria Municipal da Saúde – SMS – Representação em face
do Edital do Pregão Eletrônico 239/2014, cujo objeto é a contratação de empresa especializada
para prestação de serviços de vigilância patrimonial armada e desarmada, com instalação de
sistema de CFTV com manutenção preventiva e corretiva do sistema de monitoramento de
imagens e ronda eletrônica para as Unidades pertencentes ao Gabinete da Secretaria (Tramita em
conjunto com o TC 2.212/15-90) ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, dos
quais é Relator o Conselheiro Maurício Faria. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas
do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator,
em conhecer da representação, por presentes os requisitos de admissibilidade. Acordam, ainda, à
unanimidade, quanto ao mérito, no que concerne à exigência da certidão de registro no Serviço
Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho – SESMT, prevista no
item 12.3.3.8 do edital como requisito de qualificação técnica, à vista da alteração promovida no
instrumento convocatório, em declará-la prejudicada, pela perda do objeto. Acordam, ademais, à
unanimidade, ainda quanto ao mérito, quanto à unificação do objeto de vigilância patrimonial
com serviços de eletrônica (manutenção preventiva e corretiva/instalação), em face da correlação
dos serviços demonstrada, em julgá-la improcedente. Acordam, também, à unanimidade, em
relação aos pontos ressaltados pela Subsecretaria de Fiscalização e Controle desta Corte no
decorrer da instrução do feito, quais sejam: necessidade de constar no edital referência ao regime
de execução do futuro contrato, planilha de quantitativos e preços unitários, critérios para
aplicação de penalidades e critério para medição dos serviços, em determinar ao Órgão Auditor
desta Casa, que instaure processo de acompanhamento de execução do Contrato
085/2015/SMS.1, com especial relevo para tais questões. Acordam, ademais, à unanimidade, em
determinar a remessa de ofício à representante e à representada, nos termos regimentais.
Relatório: Em julgamento o TC 4.962/14-70, que cuida da Representação em face do Pregão
239/2014, cujo objeto é a prestação de serviços de vigilância patrimonial armada e desarmada,
com instalação de sistema de CFTV, manutenção preventiva e corretiva do sistema de
monitoramento de imagens e ronda eletrônica para as unidades pertencentes ao Gabinete da
SMS. Em seu pleito inicial, alega a empresa Representante que o Edital referenciado exige
apresentação de Certidão de Registro no SESMT como requisito de habilitação – item 12.3.3.8
do instrumento convocatório -, bem como unificou os objetos serviços de eletrônica
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(manutenção/instalação) e vigilância patrimonial de maneira irregular. Por fim, requereu a
suspensão do certame, com a consequente reforma dos apontamentos indicados. Esta Relatoria
prolatou despacho de fls. 89/91, no sentido de suspensão do certame por entender que a
exigência de apresentação de certidão que comprove o registro no SESMT é descabida, medida
devidamente referendada pelo Pleno na 2.785º S.O. Instada a se manifestar, a Assessoria Jurídica
de Controle Externo opinou preliminarmente pelo conhecimento da Representação, eis que
preenchidos os requisitos insculpidos no art. 55 do Regimento Interno desta E. Corte de Contas.
No mérito, entendeu ser a mesma procedente em relação à exigência da Certidão de Registro no
SESMT. Quanto ao questionamento da unificação dos serviços de eletrônica com os de
vigilância patrimonial e ronda, sugeriu a oitiva da Origem para, eventualmente, ratificar sua
legitimidade. Por fim, ressaltou que, na formatação da Planilha inserta no Anexo III do Edital,
não há referência ao regime de execução do futuro contrato. A Auditoria, em análise inicial,
posicionou-se pela procedência parcial da Representação no que atine a exigência prevista no
item 12.3.3.8 do Edital. Já em relação à unificação do objeto, entendeu que o fato de serem
serviços relacionados, realizados por empresas diversas, exclui o caráter restritivo da licitação.
Quanto à planilha de preços do Anexo III do Edital, registra que a mesma não é clara quanto à
distinção do custo de instalação e do valor de manutenção de equipamentos. Devidamente
intimada, a Secretaria Municipal de Saúde apresentou suas razões às fls. 112/114, trazendo
interpretação do disposto na Lei 12.740/12, art. 162 CLT e NR4, aprovada pela Portaria 33/1983
do Ministério do Trabalho, para sustentar a exigência da certidão de registro no SESMT. Em
novo pronunciamento, a Auditoria reiterou sua manifestação anterior, registrando a necessidade
de constar no Edital os seguintes itens: a) referência do regime de execução do futuro contrato; b)
critério de medição dos serviços; c) critério de aplicação de penalidades e d) exigência de
apresentação de planilha discriminada dos quantitativos e custos unitários. Por conseguinte, a
Origem juntou nova minuta de instrumento convocatório às fls. 129/154 com as adequações
aptas a ensejar a retomada do certame licitatório suspenso. Diante dessa nova minuta do edital
trazida aos autos, houve a retomada da licitação condicionada às alterações propostas. Essa
decisão foi referendada pelo Pleno na S.O 2.800ª. Como conteúdo de acompanhamento,
constatou-se a exclusão da exigência de apresentação da certidão que comprove o registro no
SESMT e, ratificou-se a pendência das questões referentes à planilha de preços, regime de
execução, aplicação de penalidades e medição dos serviços. Em manifestação final, a Assessoria
Jurídica de Controle Externo reitera seu entendimento pelo conhecimento da Representação,
perda do objeto em relação à exigência de registro no SESMT e improcedência quanto à alegação
de inadequação do objeto. Ressalta, ainda, a permanência das questões elencadas pela área
técnica. A Procuradoria da Fazenda Municipal manifestou-se no sentido da improcedência da
representação no tocante à alegação de inadequação do objeto e pela perda do objeto quanto à
exigência de registro no SESMT. A Secretaria Geral, encerrando a instrução processual,
acompanhou as manifestações unânimes de AUD e AJCE. É o relatório. Voto: Conheço da
Representação apresentada, posto que atendidos os requisitos de admissibilidade consignados no
art. 55 do Regimento Interno desta Corte. Em que pese a irregularidade4 concernente à exigência
da Certidão de Registro no SESMT, prevista no Item 12.3.3.8 do Edital como requisito de
qualificação técnica, vislumbro que com a alteração promovida no instrumento convocatório, a
questão foi devidamente sanada, conduzindo, assim, à perda do objeto em relação a tal
apontamento. Quanto à unificação do objeto de vigilância patrimonial com serviços de eletrônica
(manutenção preventiva e corretiva/instalação), tal medida se mostra necessária para definição da
extensão da responsabilidade diante de eventual falha na execução do objeto contratado. Desta
4 como já decidido por este Tribunal, conforme TC’s 72-001.876.11-81; 72-001.723.08-75; 72-000.893.10-84
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feita, a correlação dos serviços fica demonstrada. Por derradeiro, remanesceram os apontamentos
dos órgãos técnicos em relação à necessidade de constar no Edital referência ao regime de
execução do futuro contrato, planilha de quantitativos e preços unitários, critérios para aplicação
de penalidades e critério para medição dos serviços. Cumpre ressaltar que as observações acima
não foram objeto da Representação em apreço, e, por consequência, ultrapassam o conteúdo de
análise específica empreendida neste TC. Bem por isso, determino a instauração de processo de
acompanhamento da execução do contrato, com especial relevo para tais questões. À vista das
manifestações dos órgãos técnicos constantes dos autos, cujas razões passam a integrar o
presente, CONHEÇO da Representação apresentada, por presentes seus requisitos de
admissibilidade, e, no mérito, VOTO pela PERDA DO OBJETO em relação à exigência do
subitem 12.3.3.8, IMPROCEDÊNCIA quanto à unificação do objeto. E DETERMINO seja
instaurado processo de acompanhamento de execução do Contrato 085/2015/SMS.1. Dê-se
ciência aos interessados da decisão proferida, nos termos regimentais. Participaram do
julgamento os Conselheiros Domingos Dissei – Revisor, Edson Simões e João Antonio. Presente
o Procurador Chefe da Fazenda Guilherme Bueno de Camargo. Plenário Conselheiro Paulo
Planet Buarque, 2 de março de 2016. a) Roberto Braguim – Presidente; a) Maurício Faria –
Relator." 7) TC 2.212/15-90 – Garantia Real Segurança Ltda. – GR – Secretaria Municipal da
Saúde – SMS – Representação em face do Edital do Pregão Eletrônico 239/2014, cujo objeto é a
contratação de empresa especializada para prestação de serviços de vigilância patrimonial
armada e desarmada, com instalação de sistema de CFTV com manutenção preventiva e
corretiva do sistema de monitoramento de imagens e ronda eletrônica para as Unidades
pertencentes ao Gabinete da Secretaria (Tramita em conjunto com o TC 4.962/14-70)
ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro
Maurício Faria. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à
unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em conhecer da representação,
por presentes os requisitos de admissibilidade, consignados no Artigo 55 do Regimento Interno
desta Corte de Contas. Acordam, ainda, à unanimidade, quanto ao mérito, diante dos pleitos
contidos na representação, vedação de participação de empresas reunidas em consórcio e
ausência de previsão sobre a possibilidade de subcontratar serviços do Sistema CFTV, estarem
afetos ao poder discricionário da Administração, em julgá-la improcedente. Acordam, ademais, à
unanimidade, em determinar a remessa de ofício à representante e à representada, nos termos
regimentais. Relatório: Em julgamento o TC 2.212/15-90, que cuida da Representação em face
do Pregão 239/2014, cujo objeto é a prestação de serviços de vigilância patrimonial armada e
desarmada, com instalação de sistema de CFTV com manutenção preventiva e corretiva do
sistema de monitoramento de imagens e ronda eletrônica para as unidades pertencentes ao
gabinete da SMS. Insurge-se a Representante contra os seguintes itens do Edital: ausência de
previsão sobre a possibilidade de subcontratar serviços do Sistema CFTV e à vedação de
participação de empresas reunidas em Consórcio. Por determinação desta Relatoria, a Auditoria
manifestou-se às fls. 93/96 pela improcedência da Representação. Em seguida, a Assessoria
Jurídica de Controle Externo apresentou seu parecer opinando preliminarmente pelo
conhecimento da Representação, eis que preenchidos os requisitos insculpidos no art. 55 do
Regimento Interno desta E. Corte de Contas. No mérito, opina pela improcedência da mesma,
por entender que a minuta contratual – anexo VII do Edital – possibilita a subcontratação, desde
que previamente autorizada pela Administração. No tocante à vedação de participação de
empresas reunidas em consórcio, ressalta tratar-se de matéria que envolve decisão de cunho
discricionário do administrador público. Diante disso, houve indeferimento ao pedido liminar de
suspensão e, na sequência, a expedição de ofício ao Secretário Municipal de Saúde, ao Senhor
Pregoeiro e ao Representante para ciência da decisão. Por seu turno, a Procuradoria da Fazenda
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Municipal manifestou-se no sentido da improcedência da Representação. A Secretaria Geral,
encerrando a instrução processual, opina no sentido do conhecimento e improcedência da
presente Representação. É o relatório. Voto: Conheço da Representação apresentada, posto que
atendidos os requisitos de admissibilidade consignados no art. 55 do Regimento Interno desta E.
Corte de Contas. Quanto ao mérito, nota-se que o objeto da Representação cinge-se a dois
aspectos: (i) vedação de participação de empresas reunidas em Consórcio e (ii) ausência de
previsão sobre a possibilidade de subcontratar serviços do Sistema CFTV. Com efeito, da análise
sistêmica do disposto no art. 33, da Lei 8.666/93, infere-se que a decisão sobre eventual
participação de empresas reunidas em Consórcio e seus limites está afeta ao poder discricionário
da Administração. Logo, cabe ao Administrador Público, a partir da definição do objeto a ser
licitado, avaliar se a sua complexidade ou seu valor está a exigir ou não a formação de consórcio
de empresas, de forma a viabilizar e ampliar a competividade. Sobre o tema, Marçal Justen
Filho5 assim leciona: "2) Consórcio e dominação de mercados Em regra, o consórcio não é
favorecido ou incentivado pelo nosso Direito. Assim se passa porque, como instrumento de
atuação empresarial, o consórcio pode conduzir a resultados indesejáveis. A formação de
consórcio acarreta risco de dominação de mercado, através de pacto de eliminação de competição
entre os empresários. No campo de licitações, a formação de consórcios poderia reduzir o
universo da disputa. O consórcio poderia retratar uma composição entre os eventuais
interessados: em vez de estabelecerem disputa entre si, formalizariam acordo para eliminar a
competição. Aliás, a composição entre os potenciais interessados para participar de licitação
pode alcançar a dimensão da criminalidade" Obviamente, no caso em tela há que se observar o
núcleo intangível do mérito do ato administrativo, preservando, em última análise a
discricionariedade qualificadora da decisão administrativa, sem adentrar, assim, na hipótese de
controle de legalidade. No caso presente, o que se verifica é que a decisão foi balizada na
essência do objeto licitado que não reúne características que reclamem, necessariamente, a
participação de consórcios, como por exemplo: complexidade, atividades de naturezas distintas
e/ou obras de grande vulto. No tocante à subcontratação, os itens 12.2, 12.2.1 e 12.2.2 do Anexo
VII do Edital – Minuta do Termo de Contrato – em linhas gerais, condicionam a subcontratação,
no todo ou em parte, à previa e expressa autorização da Origem. Tais assertivas observam o
disposto no art. 72 da Lei 8.666/93, não representando, portanto, qualquer óbice à plena
satisfação da execução contratual. Vale destacar que a subcontratação também se insere na esfera
de competência discricionária da Administração e, seguindo o raciocínio exposto anteriormente,
referida discricionariedade ganha contornos próprios, já que caberá a Administração avaliar a
cada caso se é possível a realização do serviço por terceiros estranhos à contratação. Em paralelo,
a subcontratação somente ocorrerá diante da análise concreta, evitando fragilizar o próprio
conteúdo de execução do contrato. À vista das manifestações dos órgãos técnicos constantes dos
autos, cujas razões passam a integrar o presente, CONHEÇO da Representação, por presentes
seus requisitos de admissibilidade, e, no mérito, voto pela IMPROCEDÊNCIA da mesma. Dê-se
ciência aos interessados da decisão proferida, nos termos regimentais. Participaram do
julgamento os Conselheiros Domingos Dissei – Revisor, Edson Simões e João Antonio. Presente
o Procurador Chefe da Fazenda Guilherme Bueno de Camargo. Plenário Conselheiro Paulo
Planet Buarque, 2 de março de 2016. a) Roberto Braguim – Presidente; a) Maurício Faria –
Relator." A seguir, o Conselheiro Presidente Roberto Braguim solicitou ao Conselheiro Vice-
Presidente Maurício Faria que assumisse a direção. Prosseguindo, o Presidente em exercício
concedeu a palavra ao Conselheiro Edson Simões, que passou a relatar o processo de sua pauta. –
PROCESSO RELATADO PELO CONSELHEIRO EDSON SIMÕES – 1) TC 5.225/02-24
5 Comentários à Lei de Licitações e Contratos Administrativos. 16ª ed. São Paulo: Editora RT, p. 658.
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– Companhia de Engenharia de Tráfego – CET – Análise de eventual ocorrência de negligência
funcional no que toca à baixa dos valores contabilizados a título de empréstimos compulsórios
sobre combustíveis, em razão da prescrição ocorrida para se pleitear sua restituição, sem que a
empresa adotasse qualquer providência para seu recebimento, conforme determinado no V.
Acórdão de 9/10/2002, proferido no Processo TC 3.303/00-01 (Contas da Companhia de
Engenharia de Tráfego – CET – exercício de 1999) ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos
estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro Edson Simões. Acordam os Conselheiros do
Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório
e voto do Relator, em conhecer da auditoria e dos resultados nela alcançados, nos termos do
artigo 2º da Resolução 6/2000, pois atingiu a finalidade de apurar "eventual ocorrência de
negligência funcional no que tange à baixa dos valores contabilizados a título de Empréstimos
Compulsórios sobre Combustíveis, em razão da prescrição ocorrida para se pleitear sua
restituição". Acordam, ainda, à unanimidade, em face do lapso temporal que impede qualquer
possibilidade de se obter a restituição de valores "à vista da perda do prazo para propor a ação
cabível e vazadas quaisquer possibilidades para apurar responsabilidades por parte da atual
Administração", em determinar à Companhia de Engenharia de Tráfego – CET que futuramente
fiscalize, com rigor, os procedimentos que visem à restituição de valores, principalmente de
direito líquido e certo, evitando ocorrência de prejuízos ao erário. Acordam, afinal, à
unanimidade, em determinar, uma vez cumpridas as formalidades legais, o arquivamento dos
autos. Relatório: Cuidam os autos da apuração de responsabilidade pela perda de prazo para
ingresso da Ação de Repetição de Indébito no escopo de se obter a restituição das quantias
recolhidas a título de Empréstimo Compulsório sobre combustíveis, de interesse da Companhia
de Engenharia de Tráfego – CET, exercício de 1999, em cumprimento ao determinado, por
unanimidade, pelo V. Acórdão de fls.05/08 destes autos, que julgou, por votação unanime,
regular o balanço relativo ao exercício de 1999. Ante o fato da empresa não ter adotado qualquer
providência para recuperar valores de crédito tributário, foi determinado à Auditoria que
analisasse a eventual ocorrência de negligência funcional, razão por que, em dezembro de 2002,
foi autuado o presente para acompanhar o andamento dos trabalhos afetos à questão, sendo assim
analisado pelo órgão técnico: "a) do lote de veículos identificados como sendo de propriedade da
CET, falta verificar qual a quantidade que efetivamente prestaram serviços durante todo o
período em análise, para fins de apuração do valor a ser considerado no presente processo. b) o
presente processo de Sindicância Interna Administrativa encontra-se em andamento, com
previsão de conclusão para até 30/04/2005. Outrossim, informamos que a data inicialmente
prevista de 31/10/2004 não foi possível ser cumprida devido a diversos fatores de ordem interna.
(...) Acreditamos que enquanto a empresa não identificar a quantidade de veículos de sua
propriedade, que efetivamente prestaram serviços durante o período em análise, para
levantamento do valor correto do empréstimo compulsório de combustíveis, não haverá
parâmetros para comparar com o valor de R$ 108.009,72 [cento e oito mil e nove reais e setenta
e dois centavos] (fls. 69 a 74), baixado em 30.12.2000. Destacamos, mais uma vez, que as
providências tomadas pela Origem, para identificação dos veículos que faziam parte da frota da
CET estão ocorrendo em ritmo muito lento, pois até o presente momento não foram concluídos
os levantamentos, e também, pelo fato da Empresa não ter adotado providências no sentido de
restituir os valores pagos, prescritos em 13.09.1996 (prazo prescricional de 5 anos)". Às fls. 14 a
Origem informou os responsáveis pela Assessoria Jurídica, no período de 14 de setembro de
1991 a 13 setembro de 1996. Informou, ainda, os Presidentes da CET à época, dentre os quais
Gilberto Monteiro Lehfel, que presidiu a empresa de 05 de janeiro de 1993 a 21 janeiro de 1997,
FALECIDO EM 03 DE AGOSTO DE 2015: A Origem se manifestou às fls. 202/203 nos termos
abaixo aduzidos, "in verbis": "Não obstante o tempo transcorrido desde os fatos noticiados por
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essa Corte, constam nos arquivos da CET informações dando conta de que fatos aqui tratados
foram efetivamente apurados no período de agosto/2002 a outubro/2003, quando já se encontrava
prescrito o direito de pleitear judicialmente a restituição de valores recolhidos a título de
empréstimo compulsório sobre veículos. Nesse sentido, aos 17 de novembro de 2005, foi
apresentado Relatório Conclusivo referente à Sindicância Interna Administrativa (SIND-30/02),
no qual se entendeu em ‘manter a nossa conclusão, manifestada às fls. 73, ou seja, que caberia à
Assessoria Jurídica proceder, na época, ação específica, no âmbito judicial, visando tentar o
ressarcimento do valor recolhido a título de empréstimo compulsório’. Sem embargo, por se
tratar de fatos ocorridos e inicialmente apurados em Administrações anteriores à atual e, ainda,
tendo em conta que os empregados envolvidos nos fatos não mais integram os quadros desta
Empresa, entendemos esgotadas as possibilidades de apuração de eventuais responsabilidades, de
modo a se concluir não haver qualquer outra providência a ser adotada por parte da atual
Administração da Empresa". A Assessoria Jurídica de Controle Externo entendeu que: "a
ausência de novos elementos que pudessem modificar as questões postas em tela no âmbito
Jurídico pelo fato de não haver nenhum meio de se restituir os valores face a perda de prazo para
propor Ação cabível, bem como as conclusões aduzidas pela Assessoria Jurídica da Origem,
estão esgotadas as possibilidades de apuração de responsabilidade, não havendo outra
providência a ser adotada por parte da Administração da Empresa [CET]". A Procuradoria da
Fazenda Municipal, mais uma vez, ciente do acrescido, confirmou o entendimento esposado pela
Assessoria Jurídica de Controle Externo. A Secretaria Geral, levando em conta os elementos que
instruem os autos, concluiu: "diante do lapso temporal decorrido, nada há mais restaria a analisar
ou aditar, tendo em vista o que, na realidade, ficou nos autos assentado: a prescrição do direito de
ação ante a desídia perpetrada pela Administração, levando-se em conta acerca do responsável
pela perda do prazo para a propositura do pleito judicial cabível para a repetição dos valores
indevidamente recolhidos a título de empréstimo compulsório, sobretudo quando houve
determinação do Nobre Conselheiro Relator no item 1, do despacho de fls. 21 e no item 2 do
despacho de fls. 33 dirigida para AUD contida no item 4 do aresto. Em assim sendo, não se
apresentou nenhum meio legal para restituir os valores, à vista da perda do prazo para propor a
ação cabível e vazadas quaisquer possibilidades para apurar responsabilidades por parte da atual
Administração da empresa em face do lapso temporal, já que espelhada, à época, incúria por
parte da Origem". É o relatório. Voto: Cuidam os autos da apuração de responsabilidade pela
perda de prazo para ingresso da Ação de Repetição de Indébito no escopo de se obter a
restituição das quantias recolhidas a título de Empréstimo Compulsório sobre combustíveis, de
interesse da Companhia de Engenharia de Tráfego – CET, exercício de 1999, em cumprimento
ao determinado, por unanimidade, pelo V. Acórdão de fls. 05/08 destes autos, que julgou, por
votação unanime, regular o balanço relativo ao exercício de 1999. A Auditoria analisou a
ocorrência de negligência funcional, e ressaltou: "Acreditamos que enquanto a empresa não
identificar a quantidade de veículos de sua propriedade, que efetivamente prestaram serviços
durante o período em análise, para levantamento do valor correto do empréstimo compulsório de
combustíveis, não haverá parâmetros para comparar com o valor de R$ 108.009,72 [cento e oito
mil e nove reais e setenta e dois centavos] (fls. 69 a 74), baixado em 30.12.2000. Destacamos,
mais uma vez, que as providências tomadas pela Origem, para identificação dos veículos que
faziam parte da frota da CET estão ocorrendo em ritmo muito lento, pois até o presente momento
não foram concluídos os levantamentos, e também, pelo fato da Empresa não ter adotado
providências no sentido de restituir os valores pagos, prescritos em 13.09.1996 (prazo
prescricional de 5 anos)". Às fls. 14 a Origem informou quem eram os responsáveis pela
Assessoria Jurídica, no período de 14 de setembro de 1991 a 13 de setembro de 1996. Ressalte-se
que a origem informou, ainda, quem eram os Presidentes da CET à época, dentre os quais
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Gilberto Monteiro Lehfel, o qual presidiu a empresa de 5 de janeiro de 1993 a 21 janeiro de
1997, FALECIDO EM 03 DE AGOSTO DE 2015. Em manifestação final, a Auditoria concluiu
que: "o não cumprimento do prazo inicialmente previsto para conclusão do processo de
sindicância, para 30.10.2004, não está devidamente esclarecidas". Reiterando que: "há a
necessidade, urgente, de levantamento dos veículos de propriedade da CET, que efetivamente
prestaram serviços durante o período em análise, para determinar o valor correto do Empréstimo
Compulsório sobre Combustíveis que a Empresa deixou de restituir". A Assessoria Jurídica de
Controle Externo entendeu que: "a ausência de novos elementos que pudessem modificar as
questões postas em tela no âmbito Jurídico pelo fato de não haver nenhum meio de se restituir os
valores face a perda de prazo para propor Ação cabível, bem como as conclusões aduzidas pela
Assessoria Jurídica da Origem, estão esgotadas as possibilidades de apuração de
responsabilidade, não havendo outra providência a ser adotada por parte da Administração da
Empresa [CET]". A Secretaria Geral, levando em conta os elementos que instruem os autos e as
análises realizadas pelos órgãos técnicos deste Tribunal, concluiu: "Em assim sendo, não se
apresentou nenhum meio legal para restituir os valores, à vista da perda do prazo para propor a
ação cabível e vazadas quaisquer possibilidades para apurar responsabilidades por parte da atual
Administração da empresa em face do lapso temporal, já que espelhada, à época, incúria por
parte da Origem". Diante do exposto e com amparo nos posicionamentos da Subsecretaria de
Fiscalização e Controle, da Assessoria Jurídica de Controle Externo e da Secretaria Geral, cujos
fundamentos adoto como razões de decidir, CONHEÇO DA AUDITORIA e dos resultados nela
alcançados, nos termos do artigo 2º da Resolução nº 6/2000, pois atingiu a sua finalidade de
apurar "eventual ocorrência de negligência funcional no que tange à baixa dos valores
contabilizados a título de Empréstimos Compulsórios sobre Combustíveis, em razão da
prescrição ocorrida para se pleitear sua restituição". Em face do lapso temporal que impede
qualquer possibilidade de se obter a restituição de valores "à vista da perda do prazo para propor
a ação cabível e vazadas quaisquer possibilidades para apurar responsabilidades por parte da
atual Administração", DETERMINO à Companhia de Engenharia de Tráfego – CET que
futuramente fiscalize, com rigor, os procedimentos que visem à restituição de valores,
principalmente de direito líquido e certo, evitando ocorrência de prejuízos ao erário. Cumpridas
as formalidades legais, arquivem-se os autos. Participaram do julgamento os Conselheiros João
Antonio – Revisor e Domingos Dissei. Ausente o Conselheiro Presidente Roberto Braguim, por
motivo previamente justificado. Presente o Procurador Chefe da Fazenda Guilherme Bueno de
Camargo. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 2 de março de 2016. a) Maurício Faria –
Vice-Presidente no exercício da Presidência; a) Edson Simões – Relator." Reassumiu a direção
dos trabalhos, o Conselheiro Presidente Roberto Braguim e concedeu a palavra ao Conselheiro
Domingos Dissei para relatar os processos de sua pauta. – PROCESSOS RELATADOS PELO
CONSELHEIRO DOMINGOS DISSEI – A) REVISOR CONSELHEIRO VICE-
PRESIDENTE MAURÍCIO FARIA – 1) TC 414/10-20 – Secretaria Municipal de
Comunicação – Secom – Acompanhamento – Verificar a regularidade do Edital da Concorrência
001/Secom/2010, cujo objeto é a contratação de empresa para prestação de serviços de
comunicação e relacionamento digital, compreendendo: planejamento, concepção
desenvolvimento, implementação e manutenção evolutiva de portais e sítios, com atualização de
conteúdos para a Prefeitura do Município de São Paulo – PMSP, quanto aos aspectos da
legalidade, formalidade e mérito (Acomp. TC 2.709/11-85) 2) TC 2.709/11-85 – Secretaria
Municipal de Comunicação – Secom – Acompanhamento – Verificar a regularidade do Edital da
Concorrência 006/Secom/2011, cujo objeto é a contratação de pessoa jurídica especializada para
a prestação de serviços de comunicação digital, compreendendo: planejamento, concepção
desenvolvimento, implementação e atualização evolutiva de portais, sítios e ações digitais;
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execução de ações de comunicação interativa em qualquer ambiente digital, incluindo internet,
intranet, extranet, mobile, PDA e de relacionamento na internet, além de serviços acessórios que
se verifiquem necessários no decorrer da execução do Contrato, quanto aos aspectos da
legalidade, formalidade e mérito (Acomp. o TC 414/10-20) ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e
discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro Domingos Dissei. Acordam os
Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de
conformidade com o relatório e voto do Relator, considerando a revogação do certame, em julgar
prejudicado o edital da Concorrência 006/SECOM/2011, diante da perda de seu objeto.
Acordam, ainda, à unanimidade, em determinar a remessa de cópia dos relatórios dos Órgãos
Técnicos deste Egrégio Tribunal de Contas, bem como deste Acórdão, à Secretaria Municipal de
Comunicação – Secom, no intuito de subsidiar eventual novo certame para o mesmo objeto.
Acordam, ademais, à unanimidade, em determinar à referida Pasta que, de futuro, quando da
publicação de nova licitação realizada em substituição à licitação revogada, observe a Instrução
02/2015 deste Tribunal de Contas, no sentido de que concomitantemente à publicação de nova
licitação deverá inserir no PUBNET, no escopo da licitação revogada, o evento COMUNICADO,
informando a abertura de nova licitação, em substituição à anterior. Acordam, afinal, à
unanimidade, em determinar, após o cumprimento das formalidades legais, o arquivamento dos
autos. Relatório: Em julgamento o acompanhamento do EDITAL DE CONCORRÊNCIA
006/SECOM/2011, do tipo técnica e preço, elaborado pela Secretaria Municipal de Comunicação
– SECOM, tendo por objeto a "contratação de pessoa jurídica especializada para prestação de
serviços de comunicação digital compreendendo: planejamento, concepção, desenvolvimento,
implementação e atualização evolutiva de portais, sítios e ações digitais; execução de ações de
comunicação interativa em qualquer ambiente digital, incluindo internet, intranet, extranet,
mobile, pda e de relacionamento na internet, conforme descrição contida no Anexo II -
Especificação Técnica - do Edital, além de serviços acessórios descritos no item 1.1.1, que se
verifiquem necessários no decorrer da execução do contrato.". Referida licitação, conforme
observado pela Auditoria, veio a suceder a Concorrência 001/2010, examinada no bojo do TC
414/10-20, ora acompanhante, adiada "sine die" pela Origem em data de 01/04/2010, sob o
argumento de que passaria por reavaliação. A Equipe Técnica desta E. Corte de Contas, após
análise, concluiu que o instrumento convocatório apresentava as seguintes irregularidades: a)
disposições do Edital e da minuta do contrato em conflito; b) previsão de que a inscrição no
CADIN impede a participação no certame (e não a contratação); c) omissão quanto à
possibilidade de regularização da situação fiscal das micro e pequenas empresas; d) previsão de
atualização financeira dos indicadores contábeis para efeito de qualificação econômico-
financeira; e) previsão de que serão abertas as propostas de preços tão somente dos dois
primeiros classificados na fase de análise das propostas técnicas; f) conflito entre o prazo de
vigência do ajuste (24 meses) e o prazo utilizado para estimativa do valor contratual (12 meses);
g) incompatibilidade entre o prazo de vigência do ajuste e a exigência relativa à comprovação de
patrimônio líquido mínimo; h) inconsistência na definição das fases do ajuste para efeito dos
pagamentos; i) previsão de descontos de multas em desacordo com o disposto nos artigos 86, §
2º, e 87, § 1º, da Lei Federal 8.666/93; j) ausência, na minuta contratual, de informações
conhecidas; e k) inconsistências na redação de dispositivos do Edital (fls. 156/163). A Assessoria
Jurídica de Controle Externo, por sua vez, embora entendendo que as cláusulas pertinentes à
qualificação econômica financeira das licitantes estariam dentro dos parâmetros previstos na Lei
Federal 8.666/93, acompanhou no mais a Auditoria, elencando ainda outras impropriedades,
quais sejam: a) o caráter eliminatório da chamada 1ª Etapa mencionada nos itens 6.2 e 6.3 do
Edital (fls. 48), cujas exigências de assemelhavam a de uma fase preliminar de habilitação,
extrapolando o que determina os artigos 27 a 31 da Lei Federal 8.666/93; e b) a necessidade de
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esclarecimento quanto ao motivo pelo qual foi distribuída de maneira linear a remuneração das
etapas distintas, na medida em que eventual prorrogação do contrato poderia ensejar distorções.
Diante disso, o certame licitatório, cuja abertura estava prevista para o dia 01/12/2011, acabou
suspenso por esta Corte em 14/11/2011. Ciente da medida, a Origem se limitou a informar que o
edital passaria por reavaliação e que a nova minuta seria submetida ao exame desta Corte. Ocorre
que, em data de 15.06.2012, embora ainda não revogada a suspensão, a licitação foi reaberta pela
SECOM, ensejando o despacho de fls. 187, pelo qual foi reafirmada à Origem a suspensão do
aludido certame, o que a levou a suspendê-lo "sine die". Desta feita, examinada a nova minuta de
edital, apontou a Auditoria que a Origem não havia se limitado apenas a adequar o instrumento
convocatório às propostas anteriormente emanadas desta Corte, tendo promovido alterações e
incluído novos itens, razão do surgimento de novas impropriedades, fazendo-se, portanto,
necessárias providências em relação aos seguintes pontos: a) adoção do tipo melhor técnica sem
que a hipótese esteja prevista em Decreto do Poder Executivo, contrariando o disposto no art. 45,
§ 4º, da Lei Federal 8.666/93; b) o edital não prevê a apresentação de propostas de preços, eis que
foram fixados pela Origem os valores da remuneração contratual, infringindo o comando do art.
46, § 1º, da Lei Federal 8.666/93; c) a entrega dos documentos de habilitação e das propostas
técnicas em momento diverso ofende o art. 16 da Lei Municipal 13.278/02; d) ausência de novo
parecer do Conselho Municipal de Informática – CMI, com desprezo ao Decreto Municipal
45.992/05; e) a forma do objeto e da estimativa do valor da contratação inviabilizam a elaboração
de planilha de custos (art. 40, § 2º, II, da Lei Federal 8.666/93); a realização da reserva
orçamentária; a elaboração do cronograma de execução (art. 55, IV, da Lei Federal 8.666/93); a
definição do cronograma de desembolso (art. 40, XIV, da Lei Federal 8.666/93); a fixação de
garantia com base no valor contratual (art. 56, § 2º, da Lei Federal 8.666/93); e a definição da
necessidade de realização de audiência pública (art. 39 da Lei Federal 8.666/93). A Assessoria
Jurídica, após exame do novo edital, acresceu aos apontamentos da Auditoria a necessidade de
adequação dos itens 2.2, 4.1.4.1, 8.3.1, 9.1, 12.1 e penalidades e prazo de execução, apontando,
ainda, merecer reflexão os itens 5.4, 1.3.1 e 1.3.3 e as cláusulas 13.5, 14.2 e 15.7, cujas
considerações estão registradas no Relatório de Análise. Instada a se manifestar, a Origem, em
agosto de 2011, informou que o Edital passaria por minuciosa reavaliação, comprometendo-se
enviar cópia do futuro edital revisado para conhecimento desta Corte. No entanto, decorridos
mais de um ano e permanecendo o procedimento suspenso, oficiou-se à Origem solicitando um
posicionamento acerca do certame, oportunidade em que foi comunicada a esta Corte a sua
revogação (DOC de 3/10/2013). Diante disso, a Assessoria Jurídica de Controle Externo
pronunciou-se no sentido de que o presente acompanhamento perdeu seu objeto. Todavia, em
face da situação retratada nos autos, determinei à Subsecretaria de Fiscalização e Controle desta
Corte que verificasse junto à Origem como vinham sendo prestados os serviços de comunicação
e relacionamento digital que eram objeto das concorrências noticiadas. Foram então acostadas
pela Especializada as informações de fls. 343, dando conta de que, de acordo com as informações
da SECOM, os serviços referentes a melhorias no portal da Prefeitura foram contratados com a
PRODAM, por meio do contrato 11/SECOM/2012, cuja análise passou a ser tratada nos autos do
TC 3.371.14-59, e esclarecendo que, quanto aos demais serviços, não havia notícia de que
tinham sido contratados. Complementando as informações acerca do assunto, o Órgão Auditor
desta Corte fez também um cotejo entre os serviços que eram previstos no Edital da
Concorrência 006/SECOM/2011 e os constantes no contrato 11/SECOM/2012, firmado com a
PRODAM, observando às fls. 348 haver diferença entre eles, de modo a tornar questionável a
informação de que os serviços previstos no edital revogado tenham sido executados por meio da
contratação da PRODAM. Adicionalmente, informou a Auditoria desta Corte que no relatório
inicial do TC 2.245-14-69, que cuida do acompanhamento da execução do Contrato
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04/SECOM/2011, firmado com a Empresa Call Tecnologia e Serviços Ltda., para os serviços da
Central 156, foi apontado que dentre os projetos desenvolvidos sem previsão contratual, no item
Serviço de Suporte Tecnológico à Operação, estava o Portal da PMSP, no valor de R$
8.347.228,00. Registre-se que após os esclarecimentos oferecidos pela Origem, a Auditoria
esclareceu que a SECOM confirmou que alguns serviços prestados no edital revogado são
prestados pela PRODAM e por empresa contratada e admitiu que parte dos serviços previstos no
edital revogado não era prestada. A Procuradoria da Fazenda Municipal ciente de todo o
processado, requereu o arquivamento destes autos e de seu acompanhante, em razão da perda de
objeto. A Secretaria Geral, por seu turno, manifestou-se igualmente pelo arquivamento dos autos
ante a revogação da Concorrência 006/SECOM/2001. É o relatório. Voto: 1 – Em que pese o
empenho do Órgão Auditor e da Assessoria Jurídica de Controle Externo desta Corte no intuito
da correção de falhas e do aperfeiçoamento do Edital da Concorrência 006/SECOM/2011, tendo
por objeto "a contratação de pessoa jurídica especializada para prestação de serviços de
comunicação digital, compreendendo: planejamento, concepção, desenvolvimento,
implementação e atualização evolutiva de portais, sítios e ações digitais; execução de ações de
comunicação interativa em qualquer ambiente digital, incluindo internet, intranet, extranet,
mobile, pda e de relacionamento na internet", verificou-se, ao longo da instrução realizada, que a
Origem, em vez de promover as necessárias adequações, optou, por revogá-la. 2 – Note–se, aliás,
que referido certame tinha objeto semelhante ao versado do Edital da Concorrência 001/2010,
examinado nos autos do TC 414/10-20, que tramita na condição de acompanhante, e que foi
igualmente adiada pela Origem e posteriormente revogada de acordo com publicação no DOC de
19/01/2012. 3 – Destarte, diante da revogação do certame e alinhando-me ao entendimento da
Assessoria Jurídica de Controle Externo, da Secretaria Geral e da Procuradoria da Fazenda
Municipal, JULGO PREJUDICADO o acompanhamento do edital da Concorrência
006/SEC0M/2011, diante da perda de seu objeto. 4 – De outra parte, ressalto que conforme
evidenciado na instrução complementar realizada, parte do serviço objeto da licitação revogada
passou a ser prestado pela PRODAM por meio do Contrato 011/SECOM/2012, já objeto de
análise desta Corte no TC 3.371.14/59, bem como por empresa contratada, como é o caso do
Portal da PMSP, que consoante apontado no relatório da Auditoria, teria sido indevidamente
realizado no bojo do contrato 04/SECOM/2011, para os serviços da Central de Atendimento 156,
questão já objeto de exame nos autos do TC 2.245-14-69, que cuida do exame da execução do
aludido ajuste. 5 – Por final, determino sejam extraídas cópias dos relatórios dos Órgãos
Técnicos deste Egrégio Tribunal de Contas, bem como desta decisão, para remessa à Secretaria
Municipal de Comunicação, no intuito de subsidiar eventual novo certame para o mesmo objeto.
6 - Determino, ainda, à Origem que, de futuro, quando da publicação de nova licitação realizada
em substituição a licitação revogada, observe a Instrução 02/2015 deste Tribunal de Contas, no
sentido de que concomitantemente à publicação de nova licitação deverá inserir no PUBNET, no
escopo da licitação revogada, o evento COMUNICADO, informando a abertura de nova
licitação, em substituição à anterior. 7 – Cumpridas as formalidade legais, arquivem-se os
presentes autos. Participaram do julgamento os Conselheiros Maurício Faria – Revisor, Edson
Simões e João Antonio. Presente o Procurador Chefe da Fazenda Guilherme Bueno de Camargo.
Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 2 de março de 2016. a) Roberto Braguim –
Presidente; a) Domingos Dissei – Relator." 3) TC 680/00-71 – Recursos de Roberto Luiz
Bortolotto e de André Monteiro de Fazio interpostos contra o V. Acórdão de 30/4/2014 – Relator
Conselheiro Edson Simões – Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras – Siurb e
Companhia Construtora Radial – Acompanhamento – Execução contratual – Contrato
043/SVP/99 (R$ 1.296.906,28 – TAs 125/2000/SVP, 239/2000/SVP, 53/2001/Siurb,
202/2001/Siurb, 241/2001/Siurb, 19/2002 e 59/2002) – Verificar o Contrato e os TAs, cujo
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objeto é a execução das obras de canalização do Córrego do Congo, no trecho entre as Ruas
Elísio Teixeira Leite Manuel de Souza Azevedo e pavimentação da Avenida Tomas Rabelo e
Silva, bem como a elaboração de Projeto Executivo. Após o relato da matéria, "o Conselheiro
Domingos Dissei conheceu dos recursos voluntários, uma vez preenchidos os requisitos de
admissibilidade. Ainda, o Nobre Conselheiro Domingos Dissei – Relator, no mérito,
considerando que os recursos interpostos não trouxeram elementos novos que possibilitassem
alterar o quanto já decidido às fls. 743/744 dos autos, negou-lhes provimento, mantendo o V.
Acórdão recorrido em todos os seus termos, por seus próprios e jurídicos fundamentos. Também,
o Nobre Conselheiro Domingos Dissei – Relator determinou, após as medidas regimentais
cabíveis, o arquivamento do feito. Ademais, os Conselheiros Maurício Faria – Revisor e Edson
Simões acompanharam o voto proferido pelo Nobre Conselheiro Domingos Dissei – Relator.
Afinal, na fase de votação, o Conselheiro João Antonio solicitou vista dos autos, o que foi
deferido." (Certidão) 4) TC 3.567/13-90 – Subprefeitura Cidade Ademar – SP-AD e Potenza
Engenharia e Construções Ltda. – Inspeção – Aferir a produtividade das equipes de limpeza
manual de galerias, córregos e canais referentes ao Contrato 004/SP-AD/2011 e também a
consonância com os dados constantes do Sistema de acompanhamento da Secretaria (Saffor)
ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro
Domingos Dissei. Considerando que cópia do relatório de inspeção constante destes autos,
apontando falhas no Sistema de Acompanhamento Físico Financeiro e Orçamento (SAFFOR), já
foi remetida à Subprefeitura Cidade Ademar para ciência, diante da necessidade de efetivo
atendimento da Portaria 4/SMSP/GAB/2010; Considerando que a equipe técnica do Gabinete do
Conselheiro Domingos Dissei – Relator vem realizando visitas pontuais em algumas
subprefeituras, no tocante aos serviços gerais de zeladoria da cidade, para, entre outras coisas,
verificar a compatibilidade entre os serviços executados e os sistemas de monitoramento; tendo o
Conselheiro Relator determinado à Subsecretaria de Fiscalização e Controle desta Corte a
realização de nova inspeção na Subprefeitura Cidade Ademar, acordam os Conselheiros do
Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório
e voto do Relator, em conhecer da inspeção para fins de registro, determinando, após as
providências regimentais, o arquivamento dos autos. Relatório: Trata-se de procedimento de
fiscalização, na modalidade Inspeção, nos serviços contratados no Termo de Contrato 004/SP–
AD/2011, celebrado com a Potenza Engenharia e Construção Ltda., para prestação de serviços de
limpeza manual de galerias, córregos e canais, com o escopo de aferir a produtividade das
equipes, verificando se atende o item 2.12, do Anexo III, da Ata de Registro de Preços
007/SMSP/2011, e averiguando também a consonância com os dados constantes do Sistema de
Acompanhamento Físico Financeiro e Orçamento (SAFFOR) da Secretaria Municipal de
Coordenação das Subprefeituras – SMSP. No início dos trabalhos realizados pela Auditoria, esse
Órgão destacou os procedimentos a serem realizados a saber: (i) identificar as unidades
fiscalizadas e os responsáveis pelas informações com as respectivas funções e registros
funcionais; (ii) examinar os processos de pagamentos relativos ao Contrato 004/SP-AD/2011;
(iii) verificar se a produtividade mínima exigida contratualmente está sendo atendida e verificar a
consonância dos dados dos processos com o Saffor. Nessa primeira análise, feita com base na
documentação de suporte, em especial, nos processos de pagamento do referido contrato e nos
dados constantes do Sistema de Acompanhamento Físico Financeiro e Orçamento (SAFFOR), a
Auditoria concluiu que: 1) As equipes do Contrato 004/SP-AD/2011 atingiram o quantitativo
mínimo exigido pelo item 2.12 da Ata de Registro de Preços 007/SMSP/COGEL/2011 em todas
as medições, de abril de 2011 a setembro de 2013, conforme os dados obtidos nos processos de
pagamento. 2) Os dados constantes no SAFFOR não possuem relação com os dados obtidos nos
processos de pagamento, conforme deveriam, de acordo com a Portaria 04/SMSP/GAB/2010,
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não havendo justificativa para tal discrepância. Devidamente intimada, a Origem prestou
esclarecimentos com base nas justificativas apresentadas pelo Supervisor Técnico de Limpeza
Pública, da Coordenadoria de Projetos e Obras da Subprefeitura Cidade Ademar. A Origem
admitiu "não haver justificativa para a discrepância apontada pela fiscalização, senão
concomitância de tarefas e a não disposição de mais servidores para a sua Supervisão". Informou,
ainda, que as "diferenças apontadas estão sendo dirimidas paulatinamente com os dados
coligidos nas planilhas de execução de serviços." Diante disso, a Auditoria salientou que a
Origem não contestou o seu apontamento, acrescentando que em consulta ao Saffor, constatou
que a maioria dos dados ainda é divergente conforme quadro abaixo: Mês Saffor
11/2013
Saffor
06/05/14
Fichas Dif
(Fichas–
Saffor
(06/05/14)
Mês Saffor
11/2013
Saffor
06/05/14
Fichas Dif (Fichas–
Saffor
06/05/14)
abr/11 28.570 24.335 14.906 -9.429 jul/12 28.193 28.193 28.193 0
mai/11 20.897 23.766 23.766 0 ago/12 33.251 33.251 33.316 65
jun/11 24.942 22.698 22.698 0 set/12 29.671 29.671 31.231 1.560
jul/11 15.532 24.549 24.882 333 out/12 34.752 34.752 34.152 -600
ago/11 23.842 25.227 25.277 50 nov/12 12.185 12.185 15.535 3.350
set/11 21.622 21.622 26.346 4.724 dez/12 17.395 17.395 18.545 1.150
out/11 19.900 19.900 31.505 11.605 jan/13 41.834 41.834 31.505 -10.329
nov/11 31.396 31.396 28.833 -2.563 fev/13 46.636 46.636 33.284 -13.352
dez/11 20.862 20.862 29.060 8.198 mar/13 29.802 31.762 36.069 4.307
jan/12 19.270 19.270 26.905 7.635 abr/13 30.406 31.406 32.382 976
fev/12 20.390 20.390 25.135 4.745 mai/13 - 24.360 33.657 9.297
mar/12 30.568 30.568 32.682 2.114 jun/13 28.141 28.141 32.218 4.077
abr/12 18.583 18.583 23.120 4.537 jul/13 32.880 32.880 33.466 586
mai/12 20.878 20.878 30.620 9.742 ago/13 27.853 27.853 30.645 2.792
jun/12 18.968 18.968 30.097 11.129 set/13 34.869 35.229 36.504 1.275
Portanto, esse Órgão Técnico ratificou a sua conclusão anterior. Intimada das conclusões do
Órgão Técnico, a Secretaria, por meio do Ofício 346/SMSP/GAB/CG/2014, encaminhou as
considerações da Subprefeitura Cidade Ademar. Feito novo estudo, a Auditoria ratificou seu
entendimento no sentido de que os dados constantes no Saffor não possuem relação com os dados
obtidos nos processos de pagamento, conforme deveriam, de acordo com a Portaria
4/SMSP/GAB/2010. Vale transcrever a manifestação da Auditoria: 2.2.1. Dados da tabela de fl.
144 Em relação às "Áreas de margem de córregos limpos (m2)" lançadas na coluna "Fichas" da
tabela de fls. 144, as mesmas foram extraídas das planilhas mensais de medição que constam dos
respectivos Processos de Pagamento, conforme fls. 17 a 75 deste TC. Especificamente no que se
refere aos meses mencionados, os valores da tabela elaborada por esta Coordenadoria estão
discriminados nas planilhas de fls. 29/30, 31/32, 37/38, 39/40 e 41/42. A Origem informou
novos valores, conforme fls. 154/155, porém não apresentou as planilhas que eventualmente
substituíram aquelas levantadas por ocasião da Inspeção, o que impossibilita a aferição dos
números ora apresentados. 2.2.2. Correção dos dados do Sistema SAFFOR Efetuamos em
28/10/2014 uma consulta ao Sistema SAFFOR, nas tabelas denominadas "Diário de Produção",
no item "Limpeza Manual de Córregos", referentes aos meses que constam da tabela de fl. 144
(exemplos às fls. 159/166), constatando o que segue: a) Meses de 10/2011 e 11/2011 A despeito
dos novos valores informados pela Origem à fl. 155, foram lançados os registrados pela auditoria
à fl. 144. b) Meses 02/2012, 03/2012 e 04/2012 A Origem lançou no SAFFOR os valores
declarados à fl. 155 (vide Planilhas "Dados de Produção - Cidade Ademar" de fls. 161/163).
Conforme relatado no subitem 2.2.1, a não apresentação das planilhas respectivas impossibilita a
aferição desses valores. c) Meses 09/2012, 01/2013 e 02/2013 Os valores lançados não estão de
acordo com as planilhas de medição (vide fls. 51/52, 57/58, 59/60, 164, 165 e 166). Permanecem,
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portanto, inconsistências nos dados constantes no SAFFOR, motivo pelo qual ratificamos a
conclusão anterior. A Assessoria Jurídica de Controle Externo, bem como a Secretaria Geral,
concordaram quanto à existência de inconsistências nos dados constantes do Sistema de
Acompanhamento Físico Financeiro do Orçamento (Saffor), uma vez que os valores lançados não
estão de acordo com as planilhas de medição (fls. 51/52, 57/58, 59/60 e 164/166). A Procuradoria
da Fazenda Municipal entendeu que os gestores agiram de boa fé e de acordo com o interesse
público, de modo que eventuais inconsistências devem ser atribuídas às dificuldades vivenciadas
pelas Subprefeituras. Requereu que, considerando a natureza adjetiva e instrumental que preside
o exame deste processado, seja a presente Inspeção conhecida para fins de registro. É o relatório.
Voto: 1 - Determinei, por meio do Memorando GAB 163/2013, a fiscalização na modalidade
Inspeção, junto à Subprefeitura de Cidade Ademar, com o objetivo de (i) aferir a produtividade
das equipes/mês de limpeza manual de galerias, córregos e canais referentes ao Contrato 004/SP–
AD/2011, firmado entre aquela Subprefeitura e a empresa Potenza Engenharia e Construção Ltda.
e (ii) verificar a consistência dos dados lançados no Sistema de Acompanhamento Físico
Financeiro do Orçamento - Saffor. 2 - Em minudente análise, a Auditoria apurou que as equipes
de serviços de limpeza manual de galerias, córregos e canais do Contrato 004/SP–AD/2011
atingiram o quantitativo mínimo exigido pelo item 2.12, do Anexo II, da Ata de Registro de
Preços 007/SMSP/COGEL/2011, em todas as medições, relativas ao período de abril/2011 a
setembro/2013, conforme dados obtidos nos processos de pagamento. 3 - Persiste, no entanto, a
inconsistência dos dados constantes do Saffor, no sentido de não possuírem relação com os dados
obtidos nos processos de pagamento, conforme deveriam, de acordo com a Portaria
04/SMSP/GAB/2010. 4 - Posto isto, com apoio nas manifestações da Auditoria, Assessoria
Jurídica de Controle Externo e Secretaria Geral, que adoto como razões de decidir, CONHEÇO
da Inspeção para fins de registro. 5 – Registro, por oportuno, que tão logo elaborado o Relatório
de Inspeção constante destes autos, apontando falhas no Saffor, a Subprefeitura da Cidade
Ademar foi oficiada para ciência, em especial no tocante à necessidade de efetivo atendimento da
Portaria 4/SMSP/GAB/2010. 6 - Ademais, consoante já noticiado por meio do memorando GAB-
DD 041/2016, a equipe técnica de meu Gabinete vem realizando visitas pontuais em algumas
Subprefeituras, no tocante aos serviços gerais de zeladoria da Cidades, para, entre outras coisas,
verificar a compatibilidade entre os serviços executados e os sistemas de monitoramento, sendo
certo, que, a partir dos resultados já obtidos, determinei à SFC a realização de uma nova inspeção
na Subprefeitura de Cidade Ademar. 7 - Após as providências regimentais, arquivem-se os autos.
Participaram do julgamento os Conselheiros Maurício Faria – Revisor, Edson Simões e João
Antonio. Presente o Procurador Chefe da Fazenda Guilherme Bueno de Camargo. Plenário
Conselheiro Paulo Planet Buarque, 2 de março de 2016. a) Roberto Braguim – Presidente; a)
Domingos Dissei – Relator." 5) TC 4.179/00-01 – Recursos da Procuradoria da Fazenda
Municipal – PFM, de Antonia Aparecida Pereira, da Construtora Beter S.A. e de Denise Lopes de
Souza interpostos contra o V. Acórdão de 26/2/2014 – Relator Conselheiro João Antonio –
Secretaria Municipal de Habitação – Sehab e Construtora Beter S.A. – Contrato 005/2000-Sehab-
Habi (R$ 935.528,79) – Serviços de demolições e reformas emergenciais dos alojamentos
existentes nas áreas denominadas José Bonifácio, Zaki Narchi e São Pedro. Após o relato da
matéria, "o Conselheiro Domingos Dissei conheceu dos recursos interpostos pela Senhora
Antonia Aparecida Pereira, pela Procuradoria da Fazenda Municipal e pela empresa Construtora
Beter S.A., pois preenchidos os requisitos regimentais, e deixou de conhecer do apelo interposto
pela Senhora Denise Lopes de Souza, uma vez que intempestivo. Outrossim, o Nobre
Conselheiro Domingos Dissei – Relator, quanto as preliminares arguidas pela Senhora Antonia
Aparecida Pereira, acolheu a de ilegitimidade de parte, uma vez que a mesma, na condição de
Secretária Municipal da Habitação, à época, não assinou contrato algum, tampouco pode ser
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considerada ordenadora da despesa, nos termos do voto condutor do Acórdão recorrido, e, em
decorrência do acolhimento, a de nulidade processual decorrente do cerceamento de defesa e
ofensa ao devido processo legal, declarou-a prejudicada. Ainda, o Nobre Conselheiro Domingos
Dissei – Relator, quanto ao mérito, deu provimento parcial ao recurso da senhora Antonia
Aparecida Pereira para o fim específico de acolher a preliminar e reconhecer a sua ilegitimidade
de parte no presente feito. Também, o Conselheiro Domingos Dissei – Relator, ainda quanto ao
mérito, em relação aos demais apelos, negou provimento para manter o Venerando Acórdão por
seus próprios e jurídicos fundamentos, bem como determinou, após as medidas regimentais
cabíveis, o arquivamento dos autos. Ademais, o Conselheiro Maurício Faria – Revisor, consoante
voto proferido em separado, conheceu dos recursos apresentados pela Procuradoria da Fazenda
Municipal, pela Construtora Beter S/A e pela Senhora Antônia Aparecida Pereira, visto que
preenchidos os requisitos estabelecidos no art. 138 do Regimento Interno e no artigo 45 da Lei
Orgânica desta Corte de Contas. Outrossim, o Nobre Conselheiro Maurício Faria – Revisor, em
relação ao recurso ofertado pela Senhora Denise Lopes de Souza também o conheceu,
ponderando que, muito embora tenha sido constatada a intempestividade de sua apresentação,
essa se deu por apenas um dia, e em razão da formulação de pedido de dilação de prazo
posteriormente rejeitado pelo Conselheiro Relator, Sua Excelência assinalou que a capacidade
postulatória no âmbito desta Corte de Contas não é exclusiva de advogado, sendo assim, é crível
que a recorrente, atuando em causa própria, sem a assistência profissional, diante da praxe de
concessão de prazos de dilação para esclarecimentos, estivesse de boa-fé ao postular prazo
adicional para apresentar suas razões recursais e, também, tendo em vista tais circunstâncias, que
demonstram que não houve mera desídia da apelante em deixar o prazo transcorrer "in albis",
considerou que a formalidade pode ser excepcionalmente superada, aplicando-se o princípio da
proporcionalidade e prestigiando-se a ampla defesa e o contraditório, constitucionalmente
consagrado. Ademais, o Nobre Conselheiro Maurício Faria – Revisor, diante da inobservância do
contraditório e também pela constatação de que a participação da recorrente Antônia Aparecida
Pereira não foi decisiva para o pagamento em duplicidade, no mérito, deu provimento parcial ao
recurso para afastar a multa a ela imposta. Outrossim, o Nobre Conselheiro Maurício Faria –
Revisor, ainda quanto ao mérito, negou provimento aos demais recursos, mantendo a
irregularidade da contratação, a obrigação da Construtora Beter S/A de ressarcir os valores
recebidos a maior, e a multa aplicada à Senhora Denise Lopes de Souza. Também, o Conselheiro
Maurício Faria – Revisor, em razão de juízo incidente sobre matéria de ordem pública, diante da
violação do princípio do contraditório e da ampla defesa, excluiu a empresa Ductor Implantação
de Projetos S/A da responsabilidade de ressarcimento ao erário, uma vez que a empresa não foi
intimada durante a instrução processual para se manifestar nos autos. Afinal, na fase de votação,
o Conselheiro Edson Simões solicitou vista dos autos, o que foi deferido." (Certidão) 6) TC
1.467/11-02 – São Paulo Negócios – SP-Negócios (antiga Companhia São Paulo de Parcerias) e
Fundação Instituto de Administração – FIA – Contrato 02/SPP/2010 R$ 2.500.050,00 e TAs
001/SPP/2010 (alteração do cronograma de entrega dos produtos e realocação dos respectivos
desembolsos), 002/SPP/2011 (prorrogação do prazo de vigência por mais 04 meses),
003/SPP/2011 (prorrogação do prazo de vigência por mais 06 meses), 004/SPP/2011
(prorrogação do prazo de vigência por mais 6 meses), 005/SPP/2012 (prorrogação do prazo de
vigência por mais 6 meses), Termo de Encerramento ao Contrato s/nº e Termo de Aditamento de
Retificação do Termo de Encerramento do Contrato 02/SPP/2010 – Conceber, estruturar,
desenvolver normas e diretrizes, análises e proposições sobre os aspectos institucionais e
regulatórios intrínsecos à execução de Projetos de Parceria Público Privada – PPP ou concessão
comum, na modalidade patrocinada ou administrativa, envolvendo o mapeamento dos possíveis
modelos para a operacionalização do projeto, levando-se em consideração a modelagem
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econômico-financeira e Soluções de Projet Finance, alinhados às especificações e demandas
constantes do Convênio 16/2010-SMS-G ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes
autos, dos quais é Relator o Conselheiro Domingos Dissei. Acordam os Conselheiros do Tribunal
de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do
Relator, em julgar regulares o Contrato 02/SPP/2010 e os Termos de Aditamento 001/SPP/2010,
002/SPP/2011, 003/SPP/2011, 004/SPP/2011 e 005/SPP/2012, relevando-se as falhas formais
constatadas por serem incapazes de macular os ajustes ora em julgamento, bem como em
conhecer do termo de encerramento s/nº do Contrato 02/SPP/2010 e de seu respectivo termo de
aditamento de retificação, porquanto não apontadas irregularidades. Acordam, ainda, à
unanimidade, em determinar à SP Negócios S.A. que, de futuro, cumpra fielmente o quanto
disposto na Lei Municipal 13.226/01, disponibilizando no portal da Prefeitura todas as
informações exigidas como meio de assegurar a transparência das informações. Acordam,
ademais, à unanimidade, em determinar o encaminhamento de cópia deste Acórdão,
acompanhado do relatório e voto do Relator, à Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e
Social para instrução dos procedimentos PJPP-CAP nº 14/2011 e PJPP-CAP nº 1095/2012,
arquivando-se estes autos, após as providências regimentais. Relatório: Em julgamento o
Contrato 02/SPP/2010, firmado entre a Companhia São Paulo de Parcerias S/A – SPP, atual São
Paulo Negócios S/A, e a Fundação Instituto de Administração – FIA, com dispensa de licitação
fundada no disposto no artigo 24, inciso XIII, da Lei 8.666/93, no valor de R$ 2.500.050,00, bem
como dos respectivos Termos de Aditamento. O escopo do referido ajuste consistiu na "prestação
de serviços de concepção, estruturação e desenvolvimento de normas e diretrizes do Projeto de
Parceria Público-Privada – PPP ou Concessão Comum, na modalidade patrocinada ou
administrativa, envolvendo o mapeamento dos possíveis modelos para a operacionalização do
projeto, levando-se em consideração a modelagem econômico-financeira e soluções de Projet
Finance, em atendimento à demanda resultante do Convênio 16/2010 firmado entre a SPP e a
Secretaria Municipal da Saúde para outorga da Concessão Administrativa para a construção e
Modernização de Unidades Hospitalares, construção de Centros de Diagnósticos por Imagem e
prestação de serviços e utilidades não-assistenciais. Cumpre ressaltar que o presente processo foi
autuado por determinação do então Conselheiro Antonio Carlos Caruso, para análise da
contratação da Fundação Instituto de Administração (FIA), tendo em vista matéria publicada no
Jornal da Tarde de 02 de maio de 2011, apontando que o Ministério Público questionava a
contratação da referida Fundação por dispensa de licitação e a possível ocorrência de
subcontratação de escritório de advocacia para elaboração da parte jurídica do contrato. Com
referência às denúncias, a Auditoria desta Corte esclareceu que, após diversos encontros e
reuniões com integrantes da Secretaria Municipal de Saúde, Companhia São Paulo de Parceria e a
Fundação Instituto de Administração (FIA), não foram obtidos elementos concretos que
pudessem confirmar a notícia de contratação irregular de escritório de advocacia, concluindo pela
improcedência da denuncia, por falta de "absoluta materialidade". Consignou que a contratação
foi efetivada por meio de dispensa de licitação com fundamento no inciso XIII do artigo 24 da
Lei Federal de Licitações, fato esse não questionável, pois a contratada possui reputação ético-
profissional bem assentada na comunidade acadêmica e empresarial, conformidade de seu objeto
social com o do contrato e atividades sem fins lucrativos nos termos do seu estatuto. Apontou,
ainda, que a Companhia São Paulo de Parcerias S/A - SPP, colheu propostas de outras
instituições assemelhadas, aptas a prestarem o mesmo serviço, que apresentaram preços
superiores ao da contratada, cumprindo, assim, o disposto no artigo 26, III, da Lei Federal de
Licitações, que estabelece a exigência de justificativa do preço nos casos de dispensa. A
Auditoria procedeu ainda a análise formal do Contrato 02/SPP/2010 e concluiu que a presente
contratação encontrava-se regular, ressalvada apenas publicação extemporânea do extrato do
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termo de contrato no Diário Oficial, impropriedade que, no entendimento do Sr. Subsecretário de
Fiscalização e Controle desta Corte poderia ser relevado à vista dos acórdãos proferidos nos TCs
233.05.18 e 3.561.02.50 Instada a se manifestar, a Assessoria Jurídica de Controle Externo, no
tocante ao motivo que suscitou a matéria jornalística, consignou, que não existem nos autos
elementos probatórios aptos a ensejar qualquer conclusão a respeito, concluindo, pela
regularidade do Contrato 02/SPP/2010 e dos Termos Aditivos 02 e 03 de 2011. A Procuradoria
da Fazenda Municipal requereu o acolhimento dos ajustes, relevando-se a falha apontada por
tratar-se de falha meramente formal. A Secretaria Geral opinou igualmente pela regularidade dos
ajustes, com a ressalva quanto ao atraso na publicação dos mesmos. Após, por proposta do
Conselheiro Revisor, visando ao aprofundamento da instrução, os autos retornaram à
Subsecretaria de Fiscalização e Controle, para verificações da qualificação técnica da contratada
e dos critérios de sua escolha, voltando-se inclusive para o parecer técnico do Diretor
Operacional e, também, para a juntada do estatuto atualizado e análise e avaliação de sua
compatibilidade com o inciso XIII do artigo 24 da Lei Federal de Licitações. Em atendimento, a
Auditoria apontou que outras 02 (duas) instituições manifestaram interesse na contratação,
porém, apresentaram propostas com valores maiores do que a então contratada. Informou que a
contratada comprovou vasta experiência no desempenho de atividades compatíveis com o objeto
do ajuste e, analisando seu estatuto atualizado, verificou que há compatibilidade do objeto de seu
contrato social com o objeto da contratação. Quanto ao preço praticado, após resposta da
Fundação contratada, concluiu que se encontram compatíveis com projetos de escopo
semelhante, cumprindo, assim, a exigência prevista no inciso III, do parágrafo único, do artigo
26, da Lei 8.666/93. Na sequência, a Auditoria solicitou autorização para promover a análise
formal dos Termos de Aditamento 01/2010, 04/2011 e 05/2012. Quanto ao Termo Aditivo
01/2010, concluiu pela sua regularidade, com ressalva devido à publicação extemporânea de seu
extrato no Diário Oficial. Quanto aos Termos Aditivos 04/2011 e 05/2012, a Auditoria concluiu
pela regularidade de ambos, apontando somente ressalva ao último Termo Aditivo devido à falta
de disponibilização das informações do Termo Aditivo no sítio da PMSP, em infringência à Lei
Municipal 13.226/2001. Regularmente intimada, a Origem pugnou pela regularidade do contrato
e de seus Termos Aditivos, uma vez que as falha apontada é meramente formal, esclarecendo que
todos os serviços e produtos demandados pela Secretaria Municipal da Saúde e pela Autarquia
Hospitalar Municipal foram entregues. O Ex-Diretor Presidente da então Companhia São Paulo
de Parcerias S/A, apontado pela Auditoria como responsável por eventuais infringências
constatas, apresentou defesa requerendo o reconhecimento da regularidade dos ajustes. Em
manifestação quanto ao acrescido, a Assessoria Jurídica de Controle Externo opinou pelo
acolhimento dos Termos Aditivos 01/2010, 04/2011 e 05/2012, ressalvada a publicação
extemporânea do ajuste. A Procuradoria da Fazenda Municipal ratificou integralmente o
requerido em sua manifestação anterior, pelo acolhimento dos ajustes, relevando-se as falhas
apontadas por serem meramente formais. A Secretaria Geral opinou pelo acolhimento dos
ajustes, com ressalvas pelo atraso na publicação do Termo Aditivo 01/2010, bem como pela falta
de disponibilização das informações do Termo Aditivo 05/2012 no portal da Prefeitura, as quais,
no entanto, constituem impropriedades passíveis de relevação. Posteriormente, determinou-se à
SFC que examinasse o Termo de Encerramento do Ajuste, que ocorreu antecipadamente em
virtude da não prorrogação do Convênio 016/2010, firmado com a SMS, tendo aquela
especializada concluído pelo seu conhecimento, bem como de seu Termo de Retificação, lavrado
para consignar que o valor executado até o encerramento do ajuste foi de R$ 2.000.040,00.
Cumpre registrar que aquela Especializada cita a existência do TC 958.13-08 que cuida da
execução do mencionado ajuste, no qual foi constatado o atraso de 8 (oito) dias na entrega de um
dos produtos. Após, a Assessoria Jurídica de Controle Externo, a Procuradoria da Fazenda
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Municipal e a Secretaria Geral mantiveram seu entendimento quanto a regularidade dos
instrumentos analisados. Voto: 1 - Após detida análise dos elementos de instrução relativos à
formalização do Contrato 02/SPP/2010 e de seus respectivos Termos de Aditamento 01/2010, 02,
03 e 04 de 2011 e 05/2012, os Órgãos Técnicos e Especializados desta Corte manifestaram-se
pela regularidade formal dos referidos ajustes, ressalvando tão somente a publicação
extemporânea do extrato do Termo de Contrato e Termos Aditivos 01 e 02, bem como a não
disponibilização das informações do Termo Aditivo 05 no sítio eletrônico da Prefeitura
Municipal, conforme previsto no na Lei Municipal 13.226/2001. 2 – No que diz respeito ao
conteúdo da matéria publicada no Jornal da Tarde, relativa a eventual ocorrência de
subcontratação de escritório de advocacia para elaboração da parte jurídica do contrato,
esclareceu a Auditoria desta Corte que não foram obtidos elementos concretos que pudessem
confirmar a notícia de contratação irregular de escritório de advocacia. 3 - Apontou, ademais,
estarem preenchidos os requisitos legais autorizadores da dispensa de licitação com fundamento
no inciso XIII do artigo 24 da Lei Federal de Licitações, informando ter a contratada comprovado
vasta experiência no desempenho de atividades compatíveis com o objeto do ajuste e que,
analisando seu estatuto atualizado, verificou haver compatibilidade do objeto de seu contrato
social com o objeto da contratação, além de ter restado cumprida a exigência de justificativa do
preço, prevista no inciso III, do parágrafo único, do artigo 26 da Lei 8.666/93. 4 – Registre-se,
ainda, que o Órgão Auditor desta Corte examinou também o Termo de Encerramento do referido
ajuste, que se deu em virtude da não prorrogação do Convênio 16/2010- SMS-G, bem como o
respectivo Termo de Aditamento e Retificação, opinando pelo seu conhecimento. 5- Destarte,
diante do exposto, e amparado nas manifestações dos Órgãos Técnicos desta Corte de Contas,
JULGO REGULARES o Contrato 02/2010 e os Termos de Aditamento 01/2010, 02, 03 e 04 de
2011 e 05/2012, relevando-se as falhas formais apontadas por serem incapazes de macular os
ajustes ora em julgamento, bem como CONHEÇO do Termo de Encerramento do ajuste e de seu
respectivo Termo de Aditamento e Retificação, porquanto não apontadas irregularidades. 6 -
DETERMINO à Origem, no entanto, que, de futuro, cumpra fielmente o quanto disposto na Lei
13.226/01, disponibilizando no portal da Prefeitura todas as informações exigidas como meio de
assegurar a transparência das informações. 7 - Encaminhem-se cópia do venerando Acórdão,
acompanhado do relatório e voto, à Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social para
instrução dos procedimentos PJPP-CAP nº 14/2011 e PJPP-CAP nº 1095/2012. Após as
providências regimentais, arquivem-se os autos. Participaram do julgamento os Conselheiros
Maurício Faria – Revisor, Edson Simões e João Antonio. Presente o Procurador Chefe da
Fazenda Guilherme Bueno de Camargo. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 2 de março
de 2016. a) Roberto Braguim – Presidente; a) Domingos Dissei – Relator." 7) TC 1.317/13-51 –
Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania – SMDHC e Ação Comunitária do Brasil
São Paulo – Acompanhamento – Execução contratual – Verificar se a execução do Convênio
086/2012/SMPP (R$ 1.118.306,44), cujo objeto é a implementação do projeto Ger@ção, cujo
escopo é fortalecer 24 organizações sociais da zona sul de São Paulo para estimular o
protagonismo juvenil de 2.200 adolescentes de 11 a 18 anos, nas regiões do Campo Limpo,
Capela do Socorro, M'Boi Mirim e Cidade Ademar na Subprefeitura do Campo Limpo, está de
acordo com o Plano de Trabalho, bem como a regularidade da prestação de contas ACÓRDÃO:
"Vistos, relatados e discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro Domingos Dissei.
Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de
conformidade com o relatório e voto do Relator, em julgar regular a execução do Convênio
086/2012/SMPP no período examinado. Acordam, ainda, à unanimidade, em determinar, após as
medidas de praxe, o arquivamento dos autos. Relatório: Cuida-se nos presentes autos do
acompanhamento da execução do Convênio 086/2012/SMPP, firmado entre a Secretaria
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Municipal de Direitos Humanos e Cidadania e a Associação Comunitária do Brasil São Paulo,
firmado em 29/06/2012, no valor de R$ 1.118.306,44, tendo por objeto a implementação do
projeto Ger@ção, cujo escopo era fortalecer 24 (vinte e quatro) organizações sociais da zona sul
de São Paulo, para estimular o protagonismo juvenil de 2.200 adolescentes, nas regiões que
integram a Subprefeitura de Campo Limpo: Capela do Socorro, M’Boi Mirim, Cidade Ademar e
Campo Limpo. Preliminarmente, cumpre destacar que a formalização do aludido Convênio foi
Acolhido por unanimidade por esta E. Corte de Contas, nos termos do acórdão proferido nos
autos do TC 1.681-13-94. No relatório de acompanhamento de execução de fls. 41/53, o Órgão
Auditor desta Corte concluiu que o referido estava sendo executado de acordo com o objetivo
proposto, bem como que a prestação de contas referente ao período de julho/2012 a
dezembro/2012, no valor de R$ 579,5 mil, estava conforme com os termos do ajuste e a
documentação apresentada era regular. Restou constatado, no entanto, a demora, por parte da
Secretaria, nos repasses para a terceira e quarta parcelas do valor conveniado, o que teria
decorrido da morosidade da Secretaria em analisar a documentação das prestações de contas da
primeira e segunda parcelas. O Órgão Auditor apontou, ainda, que, em decorrência nos atrasos
nos repasses, a entidade, por um período de seis meses (janeiro a junho de 2013), somente
conseguiu dar continuidade ao projeto porque dispunha de recursos próprios. Tendo em vista a
recomendação de que fosse verificada a existência de indicadores que permitissem avaliar a
evolução intelectual dos adolescentes a serem atendidos, o exame de dados contidos no SAMIS –
Sistema de Avaliação de Mudanças e Impactos Sociais, demonstrou que as ações tiveram
resultado: os educandos mostraram evolução na aprendizagem e adquiriram conhecimento e
habilidade no processo educacional.(fls.51). Intimada a Origem, essa informou, com relação ao
atraso no repasse das terceira e quarta parcelas, que o setor de prestação de contas passava por
uma reestruturação visando à implementação de novos fluxos e procedimentos administrativos
internos, além de estar realizando um estudo para a alteração da Portaria 72/SMPP/12, em
especial quanto aos artigos que tratavam das prestações de contas, concomitantemente com os
relativos à liberação dos repasses com a finalidade de se agilizar os procedimentos e,
consequentemente, evitar os atrasos nos repasses dos recursos nos convênios custeados pelo
FUMCAD. A Procuradoria da Fazenda Municipal, considerando as análises favoráveis da
Coordenadoria I, conforme fls.41/52, bem como os esclarecimentos prestados pela Origem,
requereu o acolhimento da execução do Convênio 086/2012/SMPP, posto que formalmente
regular. Este processado permaneceu custodiado até o julgamento do TC 1.681.13-94. É o
Relatório Voto: 1 – Cuida-se do Acompanhamento da Execução do Termo do Convênio
086/2012/SMPP, firmado em 29.06.12 pela então Secretaria Municipal de Participação e Parceria
– SMPP com a Ação Comunitária do Brasil São Paulo, tendo por objeto a implementação do
projeto "Ger@ção" cujo escopo é fortalecer 24(vinte e quatro) organizações sociais da zona sul
de São Paulo para estimular o protagonismo juvenil de 2.200 adolescentes, de onze a dezoito
anos, nas regiões que integram a subprefeitura do Campo Limpo: Capela do Socorro, M Boi
Mirim, Cidade Ademar e Campo Limpo. 2 – Ressalte-se que a análise formal do Termo de
Convênio foi objeto do TC 1.681.13-94, sendo acolhido à unanimidade, relevando-se a falha
formal constatada. 3 – No que diz respeito à sua execução, o Órgão Auditor desta Corte, no
relatório de fls. 41/53, concluiu que o referido convênio estava sendo executado de acordo com o
objetivo proposto, bem como que a prestação de contas referente ao período de julho/2012 a
dezembro/2012, no valor de R$579,5 mil, estava conforme com os termos do ajuste e a
documentação apresentada era regular. 4 – De outra parte, verifico que os atrasos verificados nos
repasses de recursos à conveniada foram devidamente justificados pela Origem, pelo que
considero superado tal apontamento. 5 – Isto posto, JULGO REGULAR a execução do Convênio
086/2012/SMPP, no período examinado, determinando o arquivamento dos autos, após as
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medidas de praxe. Participaram do julgamento os Conselheiros Maurício Faria – Revisor, Edson
Simões e João Antonio. Presente o Procurador Chefe da Fazenda Guilherme Bueno de Camargo.
Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 2 de março de 2016. a) Roberto Braguim –
Presidente; a) Domingos Dissei – Relator." – B) REVISOR CONSELHEIRO
CORREGEDOR JOÃO ANTONIO – 8) TC 1.263/13-24 – Recurso "ex officio" interposto
contra a R. Decisão de Juízo Singular de 3/9/2014 – Julgador Conselheiro Maurício Faria –
Subprefeitura Freguesia/Brasilândia – SP-FO/BR e Maria das Graças Rocha – Prestação de
contas de adiantamento bancário – outubro/2011 (R$ 5.000,00). Após o relato da matéria, "o
Conselheiro Domingos Dissei conheceu do recurso "ex officio", por regimental. Ademais, o
Nobre Conselheiro Domingos Dissei – Relator, quanto ao mérito, negou-lhe provimento, para
manter a r. Decisão reexaminada por seus próprios e jurídicos fundamentos, visto que, no que
tange a glosa alvitrada, o decisório, além de não impor à responsável a obrigação de reposição do
valor aos cofres públicos, tendo sido, portanto, proferida em perfeita sintonia com as prescrições
contidas na Resolução 04/2011, deste Tribunal, deu-lhe quitação, evitando, assim, eventual
configuração de situação de alcance. Ainda, o Conselheiro Domingos Dissei – Relator
determinou, após as providências regimentais, o arquivamento dos autos. Outrossim, os Nobres
Conselheiros João Antonio – Revisor e Maurício Faria acompanharam, na íntegra, o voto
proferido pelo Conselheiro Domingos Dissei – Relator. Afinal, na fase de votação, o Conselheiro
Edson Simões solicitou vista dos autos, o que foi deferido." (Certidão) 9) TC 2.317/15-59 –
C.F.G. Documentação e Serviços Ltda. – ME – Subprefeitura Sé – SP-SE – Representação em
face do Edital do Pregão 25/SP-SE/2014, cujo objeto é a contratação de empresa especializada
em prestação de serviços de locação de veículos de transporte de pessoas com motorista
ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro
Domingos Dissei. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à
unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em conhecer da representação,
por presentes os requisitos legalmente previstos, e, no mérito, em julgá-la improcedente.
Acordam, ainda, à unanimidade, em deixar de fazer qualquer recomendação à Subprefeitura Sé –
SP-SE, tendo em vista que o certame foi concluído e os contratos decorrentes devidamente
assinados e publicados no Diário Oficial da Cidade de São Paulo de 08/08/2015. Acordam, ainda,
à unanimidade, em determinar, após o cumprimento das medidas regimentais, o arquivamento
destes autos. Relatório: Trata o presente de Representação apresentada pela empresa C.F.G.
Documentação e Serviços Ltda. – ME em face do Edital de Pregão 25/SP-SÉ/2014, cujo objeto é
a contratação de empresa especializada na prestação de serviços de locação de veículos de
transporte de pessoas com motorista. A Representante se insurgiu contra o que dispõe o item 6.2
do Edital que estabelece: "6.2. Documentos comprobatórios de propriedade ou contrato
devidamente registrado de arrendamento mercantil "Leasing" e de financiamentos, firmado entre
a Contratada e o Agente Financeiro, relativo aos veículos, objeto deste contrato". Entendeu que a
redação do item 6.2 do Edital deu margem a entendimentos diversos, quando na verdade deveria
exigir da Contratada tão somente o Certificado de Registro e Licenciamento dos Veículos –
CRLV. Discordou, também, a Representante, do fato de não ter sido exigida da Contratada o
seguro total de veículo, a Carteira Nacional de Habilitação – CNH dos motoristas e a vistoria do
Departamento de Transportes Internos – DTI, da Prefeitura Municipal de São Paulo. Requereu,
finalmente, que a Representação fosse conhecida e acolhida, suspendendo-se imediatamente o
certame. Por minha determinação, os autos foram remetidos a Assessoria Jurídica de Controle
Externo para manifestação. A Assessoria Jurídica de Controle Externo juntou seu relatório de
análise destacando o que segue: 1 - Preliminarmente ressaltou a ausência, na Representação, de
atendimento do requisito previsto no inciso III do Artigo 55 do Regimento Interno desta Corte
(documentos de prova ou indícios), entendendo que tal falha não impedia o conhecimento desta
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Representação. 2 – No mérito, entendeu que os argumentos trazidos pela Representante são
improcedentes, posto que: A Representante alegou que a expressão "documento comprobatório"
dá margem a diversos entendimentos, no entanto, como se vê do item 6.11, exige-se o
licenciamento do veículo em conformidade com o Código Nacional de Trânsito. Ao contrário do
alegado pela representante, o subitem 6.5 exige a apresentação da apólice do seguro total do
veículo em nome do futuro Contratado, inclusive a devida franquia, devidamente regularizado e
licenciado; consta a exigência do CNH dos motoristas do subitem 7.2; e o subitem 6.3 aborda não
só a vistoria efetuada pelo Departamento de Transporte Interno – DTI da Prefeitura do Município
de São Paulo suscitado pela Representante, mas também a avaliação das condições gerais dos
veículos. Opinou, finalmente, pelo conhecimento da presente Representação e, no mérito, pela
sua IMPROCEDÊNCIA. A Procuradoria da Fazenda Municipal acompanhou "in totum" a análise
da Assessoria Jurídica de Controle Externo, entendendo não remanescer qualquer dúvida quanto
a regularidade do Pregão Eletrônico 25/SP-SÉ/2014, promovido pela Subprefeitura da Sé.
Concluindo seu parecer, requereu o conhecimento da Representação, por presentes os requisitos
de admissibilidade e, quanto ao mérito que seja julgada improcedente. A Assessora da Secretaria
Geral juntou sua análise acompanhando a manifestação da Assessoria Jurídica de Controle
Externo, opinando pela IMPROCEDÊNCIA DA REPRESENTAÇÃO, sem prejuízo das
determinações/recomendações que forem consideradas pertinentes pela Relatoria. Comunicou
que em pesquisa realizada no Sistema Átomo, verificou que o certame ocorreu de maneira
regular, conforme previsto no Edital e os Contratos com as Licitantes Vencedoras foram lavrados
em 23 de junho de 2015 e publicados no Diário Oficial de 08/08/2015. O Secretário Geral
endossou a manifestação da Assessora, opinando pelo conhecimento da Representação e, no
mérito, por sua IMPROCEDÊNCIA. É o relatório. Voto: Na esteira das manifestações da
Assessoria Jurídica de Controle Externo, corroboradas pela Procuradoria da Fazenda Municipal e
pela Secretaria Geral, cujos fundamentos adoto como razões decidir, CONHEÇO DA
REPRESENTAÇÃO oposta pela empresa C.F.G. Documentação e Serviços Ltda. – ME em face
do Edital de Pregão 25/SP-SÉ/2014, e, no mérito, JULGO-A IMPROCEDENTE. 2 – Deixo de
fazer qualquer recomendação, tendo em vista que o certame foi concluído e os contratos
decorrentes devidamente assinados e publicados no Diário Oficial de 08/08/2015. 3 – Após o
cumprimento das medidas regimentais, arquivem-se os presentes autos. Participaram do
julgamento os Conselheiros João Antonio – Revisor, Maurício Faria e Edson Simões. Presente o
Procurador Chefe da Fazenda Guilherme Bueno de Camargo. Plenário Conselheiro Paulo Planet
Buarque, 2 de março de 2016. a) Roberto Braguim – Presidente; a) Domingos Dissei – Relator."
– PROCESSOS RELATADOS PELO CONSELHEIRO CORREGEDOR JOÃO
ANTONIO – 1) TC 101/02-34 – Recurso da Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM
interposto contra o V. Acórdão de 31/8/2011 – Relator Conselheiro Roberto Braguim – Secretaria
Municipal da Saúde – SMS e Codep Conservadora e Dedetizadora de Prédios e Jardins Ltda.
(Contrato 161/01-SMS-G R$ 408.807,10) – Serviços de engenharia de manutenção predial para
Unidades da Secretaria. Após o relato da matéria, "o Conselheiro João Antonio conheceu do
recurso, uma vez que presentes seus pressupostos de admissibilidade e, quanto ao mérito, deu
provimento ao apelo, para julgar regulares os Termos Aditivos 032/2002 e 103/2002,
reconhecendo, por consequência, os efeitos financeiros dos ajustes. Ainda, o Nobre Conselheiro
João Antonio – Relator determinou, após as comunicações de praxe, o arquivamento dos autos.
Afinal, na fase de votação, o Conselheiro Edson Simões – Revisor solicitou vista dos autos, o que
foi deferido." (Certidão) 2) TC 356/13-78 – Ministério Público do Estado de São Paulo –
Secretaria Municipal de Coordenação das Subprefeituras – SMSP – Apuração de possíveis
irregularidades no Contrato 46/2011/SMSP, firmado com a Fundação de Apoio à Universidade
de São Paulo – Fusp, cujo objeto é a prestação de serviços de estudo e diagnóstico para
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priorização de serviços de restauração e reconstrução de pavimentos asfálticos em vias estruturais
e corredores de transporte público da PMSP com base no modelo HDM-4, sem constar licitação.
"Após o relato da matéria, o Conselheiro João Antonio conheceu, para fins de registro, da
inspeção realizada. Outrossim, Sua Excelência determinou à Secretaria Municipal de
Coordenação das Subprefeituras – SMSP que adote medidas com vistas a observar, em cada
contratação, a necessidade de juntada do parecer da Assessoria Jurídica sobre a contratação e
sobre a minuta do temo de contrato. Ademais, o Conselheiro João Antonio – Relator agregou ao
seu voto as sugestões dos Conselheiros Domingos Dissei e Maurício Faria, no sentido de que seja
oficiada a SMSP, requerendo o envio do relatório final dos estudos objeto deste contrato, a esta
Corte, a fim de que tais conclusões sejam compartilhadas com os técnicos desta Casa, e que o
mesmo relatório final seja objeto de estudos em cursos específicos a serem desenvolvidos pela
Escola Superior de Gestão e Contas Públicas Conselheiro Eurípedes Sales deste Triunal. Ainda, o
Conselheiro João Antonio – Relator determinou o encaminhamento de ofício à SMSP, à
Controladoria Geral do Município e ao Ministério Público do Estado de São Paulo – Promotoria
de Justiça do Patrimônio Público e Social da Capital, Inquérito Civil nº 1089/12 – 1ª PJ, com
cópia do relatório e voto do Relator, para que conheçam das conclusões alcançadas na presente
inspeção, arquivando-se, após as demais comunicações de praxe, estes autos. Afinal, na fase de
votação, o Excelentíssimo Senhor Conselheiro Edson Simões – Revisor solicitou vista dos autos,
o que foi deferido." (Certidão) 3) TC 1.106/12-65 – Ministério Público do Estado de São Paulo
– Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social da Capital – Secretaria Municipal de
Infraestrutura Urbana e Obras – Siurb – Diversos – Apuração de prejuízo ao erário, recente à
implosão mal sucedida da Favela do Moinho. "O Conselheiro João Antonio relatou ao Egrégio
Plenário a matéria constante do citado processo. Ainda, na fase de discussão, o Conselheiro
Domingos Dissei solicitou vista dos autos, o que foi deferido." (Certidão) 4) TC 2.970/12-66 –
Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente – SVMA – Auditoria Extraplano – Verificar
a origem e aplicação dos recursos, os critérios de aprovação dos projetos das praças e os
resultados alcançados na execução do Projeto Florir ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos
estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro João Antonio. Acordam os Conselheiros do
Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório
e voto do Relator, considerando que os trabalhos atenderam os objetivos estabelecidos, em
conhecer para fins de registro a presente Auditoria Extraplano. Acordam, ainda, à unanimidade,
em determinar, após as comunicações de praxe, o arquivamento dos autos. Relatório: Trata o
presente de Auditoria Extraplano realizada no âmbito da Secretaria Municipal do Verde e do
Meio Ambiente com o objetivo de verificar se os procedimentos operacionais adotados na gestão
do "Projeto Florir" são adequados. A Coordenadoria V apresentou Relatório às fls. 215/230 com
os resultados da análise realizada, na seguinte conformidade: "- O Projeto Florir é um conjunto de
ações visando à revitalização e requalificação de praças da cidade. Os órgãos envolvidos neste
projeto são as Subprefeituras, Secretaria de Coordenação das Subprefeituras (Assessoria Técnica
de Serviços e Obras – ATOS) e Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente. - Nos
exames documentais e visitas realizadas, constatou-se que determinadas praças revitalizadas
apresentavam bom estado de conservação, principalmente aquelas que participam do programa
Zeladoria de Praças, porém outras já se encontravam degradadas ou em desacordo com o projeto
inicial, devido às seguintes infringências e impropriedades constatadas: 1) Infringência ao Artigo
6º, Decreto Municipal 29.929/91, alterado pelo Decreto Municipal 41.394/01. O orçamento para
a requalificação da Praça Salim Farah Maluf superou em mais de 300% o limite estabelecido no
Decreto Municipal 29.929/91 para serviços classificados no segundo escalão. 2) Alterações no
projeto e no orçamento aprovados sem consulta prévia à SVMA; 3)Pagamentos de equipamentos
que constaram nas medições, sem evidência de que foram instalados, demonstrando falha na
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fiscalização da execução dos serviços contratados; 4)Rampas de acessibilidade construídas sem a
observância dos padrões previstos na legislação vigente; 5)Paisagismos não consolidados, em
virtude da oferta insuficiente de zeladores de praças e pela inadequação da ata de registro de
preços utilizada; 6)Paisagismo não consolidado e em processo de degradação, bem como
calçadas em concreto desempenado (não permeável), contrastando com os objetivos do Projeto
Calçadas Verdes, e do Florir no que diz respeito à melhoria do aspecto paisagístico das áreas
verdes; A Área Técnica procedeu às seguintes recomendações: a)- Normatizar as diretrizes,
procedimentos e competências do Projeto Florir; b)- Efetuar o acompanhamento dos projetos de
requalificação de praças, a fim de constatar se há compatibilidade entre os resultados alcançados
e as diretrizes pré-estabelecidas". Regularmente intimada, a Secretaria do Verde e do Meio
Ambiente apresentou esclarecimentos às folhas 237/238 e 241, acompanhados das informações
prestadas pelas Subprefeituras de Campo Limpo, às folhas 242/243; Ermelino Matarazzo às
folhas 244/245; Jabaquara às folhas 246/258; Santo Amaro às folhas 259/276 e Pinheiros às
folhas 277/278, e pela Assessoria Técnica de Obras e Serviços da Coordenadoria das
Subprefeituras às folhas 288/293. Em nova manifestação, a Auditoria verificou as informações
colacionadas aos autos, concluindo como segue: - O parecer jurídico apresentado pela Origem foi
elaborado na Secretaria de Negócios Jurídicos (SNJ) em 2007, em atendimento ao Ofício
742/SIURB.G/2007, de 06.08.2007 (fl. 267), encaminhado por SIURB, solicitando análise
daquela Secretaria quanto à possibilidade de utilização de ARP para a contratação de serviços de
manutenção nos Centros Educacionais Unificados (CEU) em valores superiores ao limite
previsto para a modalidade Convite (R$ 150.000,00). Nos autos TC 338/13-96, foi observado que
"...a Assessoria Técnica da SNJ não considera em suas análises e esclarecimentos que a
Concorrência objetivou o Registro de Preços para prestação à Prefeitura do Município de São
Paulo, de "...Serviços Gerais de Manutenção Preventiva, Corretiva, Reparações, Adaptações e
Modificações, de acordo com o Decreto 29.929/91 e alterações posteriores". No mesmo TC, a
Auditoria concluíra que "...o edital da concorrência que precedeu a ARP vincula as contratações
ao disposto no Decreto 29.929/91 e alterações posteriores, fato, como já dito, não considerado e
não observado na prática". No mesmo sentido, cabe salientar que no parecer emitido no TC
709.03-02, a Assessoria Jurídica de Controle Externo deste Tribunal adotou o entendimento,
segundo o qual "... para os serviços de 2º escalão permanece como limite legal o valor fixado
para a modalidade de licitação convite". Assim, ratifica-se a infringência. Impropriedades: a)
Alterações no projeto e no orçamento aprovados sem consulta prévia à SVMA (subitem 3.5.1-
a);" Manifestação da Origem: Subprefeitura de Campo Limpo (SP/CL): as espécies listadas no
item 3.5.1-a estavam indisponíveis ao fornecedor no momento da obra e foram substituídas por
espécies equivalentes, respeitando as condições de adaptação e desenvolvimento das espécies
empregadas, mesmo estas não constando na TCU EDIF/SIURB. Não era do conhecimento da
fiscalização da obra a necessidade de consulta prévia à SVMA para esta substituição, o que
poderia afetar o andamento da obra e seu prazo de entrega. Comentários: As impropriedades
apontadas neste subitem foram constatadas em relação às praças localizadas nas Subprefeituras
Jabaquara e Campo Limpo, conforme relatado no subitem 3.5.1-a do relatório de auditoria. Das
02 (duas) Subprefeituras envolvidas nos projetos e orçamentos alterados, apenas a do Campo
Limpo apresentou esclarecimentos, ressaltando a indisponibilidade das espécies listadas no
projeto e o desconhecimento da fiscalização da obra quanto à necessidade de consulta prévia à
SVMA para esta substituição e, ainda, a possibilidade de atraso no andamento da obra e do
respectivo prazo de entrega. Cumpre salientar que, sendo a SVMA o órgão competente para
aprovação dos projetos do Florir, eventuais alterações devem obrigatoriamente ser submetidas à
sua aprovação. Assim, ratifica-se o apontamento. a) Pagamentos de equipamentos que constaram
nas medições, sem evidência de que foram instalados, demonstrando falha na fiscalização da
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execução dos serviços contratados (subitem 3.5.1-b); Manifestação da Origem: Subprefeitura de
Santo Amaro (SP/SA): em manifestação subscrita pelo Supervisor Técnico de Manutenção,
esclareceu que houve erro de digitação em relação à unidade de medida, de forma que, onde
deveria constar 20 metros de banco, constou 20 unidades de banco. Assegurou que a praça tem
08 bancos com 2,5 metros de comprimento, totalizando os 20 metros que deveriam constar na
planilha. Comentários: As impropriedades apontadas neste subitem foram constatadas em relação
às praças localizadas nas Subprefeituras de Jabaquara e Santo Amaro. A Subprefeitura de Santo
Amaro apresentou seus esclarecimentos, informando que houve erro de digitação na planilha de
medição em relação à unidade de medida utilizada. Em consulta à Tabela de Custos Unitários
Edif/Siurb, constatamos a veracidade da informação. Em relação à Subprefeitura de Jabaquara, o
apontamento da Auditoria já havia sido superado, vez que no período em que a Auditoria foi
realizada, constatou-se a sua correção, com a instalação do equipamento (fl. 225). Deste modo,
considera-se superado o presente apontamento. a) Rampas de acessibilidade construídas sem a
observância dos padrões previstos na legislação vigente (subitem 3.5.1-d); Manifestação da
Origem: Subprefeitura de Campo Limpo (SP/CL): a empresa contratada será convocada a corrigir
quaisquer problemas de execução nas rampas de acessibilidade, como inclinação, acabamento,
desníveis no acesso e piso tátil. Subprefeitura de Ermelino Matarazzo (SP/EM): informou que a
firma (empresa executora do projeto) foi notificada a refazer os serviços na Praça Rotaract Penha.
Subprefeitura de Pinheiros (SP/PI): informou que as rampas da praça Lions Monções não
constaram no projeto de licitação e que foram executadas pela própria Subprefeitura de acordo
com os padrões da ABNT/NBR/9050/2004. Contudo, após a realização de serviços por uma
concessionária (não identificada), 02 (duas) das 04 (quatro) rampas construídas foram danificadas
e executadas de maneira inadequada. Comentários: As falhas na construção das rampas de
acessibilidade foram detectadas nas praças localizadas nas Subprefeituras de Ermelino
Matarazzo, Campo Limpo e Pinheiros. Os esclarecimentos trazidos pelas Subprefeituras
envolvidas na execução dos projetos não foram acompanhados de documentação suporte da
realização das ações anunciadas. De qualquer forma, reforça-se o apontamento quanto à falha na
fiscalização por parte das Subprefeituras. Portanto, ratificamos o presente apontamento. a)
Paisagismos não consolidados, em virtude da oferta insuficiente de zeladores de praças e pela
inadequação da ata de registro de preços utilizada (subitem 3.5.1-e); Manifestação da Origem:
Subprefeitura de Campo Limpo (SP/CL): o programa de zeladores de praça foi reduzido na
região, prejudicando a revitalização de novas praças e a manutenção das áreas que eram atendidas
por este Programa. Este serviço já está incluso na Ata de R.P. 009/SIURB/12. Subprefeitura de
Ermelino Matarazzo (SP/EM): informou que o paisagismo foi implantado, mas a manutenção não
estava prevista no contrato; ademais, a Subprefeitura não foi contemplada com os serviços dos
Zeladores de Praças. Subprefeitura do Jabaquara (SP/JA): alegou que o paisagismo foi
deteriorado pelo pisoteio dos munícipes, roubos de mudas, etc. Secretaria Municipal de
Coordenação das Subprefeituras (SMSP/ATOS): salientou que os benefícios do ajardinamento
paisagístico não acontecem de forma duradoura, em função dos grandes esforços e recursos
escassos nas Subprefeituras exigidos para garantir sua manutenção (irrigação e quadro de
jardineiros). Comentários: Entre as alegações apresentadas como justificativas para a não
consolidação do paisagismo, as Subprefeituras e a Assessoria Técnica de Obras e Serviços da
Secretaria Municipal de Coordenação das Subprefeituras destacam a ausência de previsão
contratual para os serviços de manutenção e a oferta insuficiente de Zeladores de Praça. Tais
alegações corroboram o apontamento da Auditoria, pois os motivos apresentados decorrem da
inadequação da Ata de Registro de Preços utilizada, que não permite às Subprefeituras incluírem
nos orçamentos itens relativos à consolidação do paisagismo, e à insuficiência de Zeladores de
Praças. Apesar do conhecimento dos problemas, não há notícias quanto às ações para solucioná-
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los. Desse modo, ratificamos o presente apontamento. a) Paisagismo não consolidado e em
processo de degradação, bem como calçadas em concreto desempenado (não permeável),
contrastando com os objetivos do Projeto Calçadas Verdes, e do Florir no que diz respeito à
melhoria do aspecto paisagístico das áreas verdes (subitem 3.5.1-f); Manifestação da Origem:
Subprefeitura do Campo Limpo (SP/CL): a execução das calçadas em concreto segue a Diretriz
Executiva de Serviços para Calçadas de Concreto Moldadas "In Loco", de SMSP/ATOS
(março/2008). No caso da praça na Rua Eunice Bechara de Oliveira, a largura da calçada é
insuficiente para implantação de calçada verde, devido ao grande fluxo de pedestres. Neste caso a
permeabilidade do solo é promovida pelo paisagismo da praça. Subprefeitura de Ermelino
Matarazzo (SP/EM): tendo em vista a limitação no valor de R$ 150.000,00 não foi possível a
troca total do passeio existente, mas apenas de alguns trechos. Quanto ao paisagismo, informou
que o mesmo foi implantado, mas a manutenção não estava prevista no contrato e, além disso, a
Subprefeitura não foi contemplada com os serviços dos zeladores de praças. Comentários:
Embora tenham apresentado justificativas, as Subprefeituras envolvidas não contestaram o
apontamento da Auditoria. Portanto, ratificamos o apontamento da Auditoria. Recomendações:
Normatizar as diretrizes, procedimentos e competências do Projeto Florir (subitem 3.3);
Manifestação da Origem: Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente: informou que "o
repasse de recursos para o Projeto Florir está suspenso, tendo em vista a ausência de recursos
orçamentários suficientes e a necessidade de se priorizar a implantação e a manutenção dos
parques municipais". Secretaria Municipal de Coordenação das Subprefeituras (SMSP/ATOS):
esclareceu que após analises de diversos processos administrativos de projetos de revitalização e
requalificação, instruídos e encaminhados pelas Subprefeituras ao final do exercício de 2012, foi
realizada uma nova diretriz dando enfoque mais adequado aos aspectos paisagísticos respaldada
no conceito de ambiência, evidenciando os necessários cuidados com calçadas, estares,
acessibilidade, equipamentos "play ground" e equipamentos para a terceira idade, de acordo com
as posturas e normas técnicas preconizadas pela Prefeitura e pelas boas práticas de engenharia.
Comentários: Os esclarecimentos prestados por SMSP não foram acompanhados de
documentação suporte evidenciando a criação da diretriz anunciada. Portanto, permanece não
atendida a presente recomendação. a) Efetuar o acompanhamento dos projetos de requalificação
de praças, a fim de constatar se há compatibilidade entre os resultados alcançados e as diretrizes
por ela estabelecidas (subitem 3.3 e 3.5.1-a). Manifestação da Origem: Não foram apresentados
esclarecimentos pela SVMA. Comentários: Recomendação não atendida. Conclusão Diante do
exposto, ratificamos as conclusões da Auditoria sintetizadas à fl. 231 e 231-vº, com exceção da
impropriedade relatada no subitem 3.5.1-b - que consideramos superada". A Assessoria Jurídica
de Controle Externo a seu turno, verificou que os apontamentos da Auditoria se iniciam pela
infringência ao Decreto Municipal 29.929/91, alterado pelo Decreto Municipal 41.394/01.
Aduziu, todavia, que no ano de 2010, quando da formalização da Ata de RP 20/SIURB/2010, o
artigo 1º deste último Decreto Municipal – que modificara o artigo 6º do Decreto Municipal
29.929/91 – já havia sido revogado pelo artigo 2º do Decreto Municipal 42.929/03. (...) O
Decreto Municipal 42.237/02, por seu turno, regulamentando a Lei 13.399/02 – que dispõe sobre
a criação de Subprefeituras no Município de São Paulo – trouxe para as Subprefeituras, em seu
artigo 3º, a execução de serviços e obras relativos a ampliações e novas edificações, cujo valor,
por equipamento, não ultrapasse o limite estabelecido para a modalidade licitatória de convite.
Contudo, em seu parágrafo único dispôs: "Em casos excepcionais, a critério da Secretaria de
Serviços e Obras - SSO, as Subprefeituras poderão executar serviços e obras relativos a
ampliações e novas edificações, cujo valor ultrapasse o limite indicado no "caput" deste artigo".
Nesse diapasão, a AJCE entendeu estar com a razão a Origem, que se lastreou em parecer da D.
Secretaria Municipal dos Negócios Jurídicos para rejeitar qualquer limitação ou impedimento
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legal para a contratação dos serviços ora analisados (de segundo escalão) em valores superiores
àqueles aplicados para a modalidade licitatória convite. A Procuradoria da Fazenda Municipal
requereu o conhecimento e registro da Auditoria. A Secretaria Geral, considerando o caráter
instrumental do feito, entendeu que a presente auditoria está em condições de ser julgada. É o
relatório. Voto: Em julgamento a Auditoria Extraplano realizada no âmbito da Secretaria
Municipal do Verde e do Meio Ambiente com o objetivo de verificar se os procedimentos
operacionais adotados na gestão do "Projeto Florir" estavam adequados. Nos trabalhos realizados
pela Área Técnica desta Corte, constatou-se que determinadas praças revitalizadas apresentavam
bom estado de conservação, principalmente aquelas que participam do programa Zeladoria de
Praças, porém outras já se encontravam degradadas ou em desacordo com o projeto inicial.
Mediante esclarecimentos apresentados pela Origem, foi superada a questão pertinente à
infringência ao Artigo 6º, do Decreto Municipal 29.929/91, alterado pelo Decreto Municipal
41.394/01, uma vez que a extrapolação do limite previsto para a contratação de serviços de
segundo escalão, qual seja, a modalidade licitatória convite, encontra respaldo no parágrafo único
do artigo 3º do Decreto Municipal 42.237/02. Quanto aos pagamentos de equipamentos que
constaram nas medições, sem evidência de que foram instalados, tais impropriedades foram
constatadas em relação às praças localizadas nas Subprefeituras de Jabaquara e Santo Amaro. No
caso da Subprefeitura de Santo Amaro, houve falha na digitação da medição e no caso da
Subprefeitura do Jabaquara, o problema foi solucionado pela Origem, durante o período de
realização desta auditoria. No que concerne à acessibilidade, as falhas na construção das rampas
foram detectadas nas praças localizadas nas Subprefeituras de Ermelino Matarazzo, Campo
Limpo e Pinheiros, as quais trouxeram em sua defesa esclarecimentos no sentido de que as
empresas responsáveis pelo serviço foram notificadas para refazer os serviços ou corrigir as
imperfeições constatadas, em que pese não terem apresentado documentação comprobatória das
ações anunciadas. No que respeita à deficiência na fiscalização da execução dos serviços e na
zeladoria das praças, verificou-se a ausência de previsão contratual para os serviços de
manutenção e a oferta insuficiente de Zeladores de Praça, o que decorre da inadequação da Ata de
Registro de Preços utilizada, a qual não permite às Subprefeituras incluírem nos orçamentos itens
relativos à consolidação do paisagismo e à necessidade de Zeladores de Praças. Quanto às
calçadas locais, no caso da Praça localizada na Rua Eunice Bechara de Oliveira, a Subprefeitura
do Campo Limpo justificou que a largura da calçada é insuficiente para implantação de calçada
verde, devido o grande fluxo de pedestres. Neste caso a permeabilidade do solo é promovida pelo
paisagismo da praça. No mesmo quesito, a Subprefeitura de Ermelino Matarazzo sustentou que a
limitação no valor de R$ 150.000,00 não possibilitou a troca total do passeio existente, mas
apenas de alguns trechos. Quanto ao paisagismo, informou que foi implantado, mas a
manutenção não estava prevista no contrato e, além disso, a Subprefeitura não foi contemplada
com os serviços dos zeladores de praças. Por fim, a Secretaria Municipal de Coordenação das
Subprefeituras, em suas informações, esclareceu que após análises de diversos processos
administrativos de projetos de revitalização e requalificação, instruídos e encaminhados pelas
Subprefeituras ao final do exercício de 2012, foi realizada uma nova diretriz dando enfoque mais
adequado aos aspectos paisagísticos respaldada no conceito de ambiência, evidenciando os
necessários cuidados com calçadas, estares, acessibilidade, equipamentos "play ground" e
equipamentos para a terceira idade, de acordo com as posturas e normas técnicas preconizadas
pela Prefeitura e pelas boas práticas de engenharia. Por todo o exposto, verifico que os trabalhos
atenderam os objetivos estabelecidos. Dessa forma, CONHEÇO para fins de REGISTRO a
presente Auditoria Extraplano. Após as comunicações de praxe, arquivem-se os autos.
Participaram do julgamento os Conselheiros Edson Simões – Revisor, Maurício Faria e
Domingos Dissei. Presente o Procurador Chefe da Fazenda Guilherme Bueno de Camargo.
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Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 2 de março de 2016. a) Roberto Braguim –
Presidente; a) João Antonio – Relator." 5) TC 5.006/14-24 – Resmat Prestação de Serviços de
Higienização e Conservação Ltda. – Subprefeitura Sapopemba – SP-SB – Representação em face
do Pregão Presencial 15/SP-SB/2014, cujo objeto é prestação de serviços de manutenção e
conservação de galerias e demais dispositivos de drenagem superficial junto a córregos e canais,
através de 1 equipe ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, dos quais é Relator
o Conselheiro João Antonio. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de
São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em conhecer da
representação, pois presentes os requisitos de admissibilidade previstos no Regimento Interno
desta Corte. Acordam, ainda, à unanimidade, quanto ao mérito, no que concerne à exigência
contida no subitem 8.3.3.1.2 do edital, em julgá-la improcedente. Acordam, ademais, à
unanimidade, ainda quanto ao mérito, à vista da retificação promovida pela Subprefeitura
Sapopemba – SP-SB no instrumento convocatório, incluindo a necessidade de apresentação da
Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas, em declará-la prejudicada pela perda do objeto.
Acordam, afinal, à unanimidade, em determinar que se proceda nos termos do artigo 58 do
Regimento Interno deste Tribunal, com o posterior arquivamento dos autos. Relatório: Trata o
TC 5.006/14-24 da Representação interposta pela empresa Resmat Prestação de Serviços de
Higienização LTDA., em face do Edital do Pregão 15/SP-SB/2014 formulado pela Subprefeitura
de Sapopemba. O referido Edital tem como objeto a contratação de serviços de manutenção e
conservação de galerias e demais dispositivos de drenagem superficial junto a córregos e canais,
através de uma equipe. Insurge-se a Representante contra a exigência contida no subitem
8.3.3.1.2, que indica prazo mínimo de 6 (seis) meses consecutivos para efeito de comprovação da
capacidade técnica operacional e contra a não previsão de Certidão Negativa de Débitos
Trabalhistas, tendo em vista que a mesma certidão não está prevista no Item 8.3.7. A Assessoria
Jurídica de Controle Externo manifestou-se pelo conhecimento da Representação, eis que
atendidos os requisitos previstos no § 1º do art. 55 do Regimento Interno deste E. Tribunal de
Contas. Quanto ao mérito, ponderou: A) No que diz respeito ao prazo mínimo de 6 (seis) meses
consecutivos para o atestado de capacidade técnica operacional (subitem 8.3.3.1.2), entende
incabível a presente Representação; B) Com relação à Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas,
entende que nos subitens do item 8.3.7 do Edital não há a exigência de apresentação da CNDT,
contrariando previsão do art. 29, V, da Lei Federal 8.666/93. Tal imposição encontra-se presente
ainda nas regras "contidas na Orientação Normativa 1/12 - PGM, quando o objeto licitado for
prestação de serviços, o que torna a presente Representação procedente, sob esse aspecto". Por
fim, a AJCE sugeriu a suspensão "ad cautelam" do referido procedimento licitatório. O relator
determinou a intimação da Origem para manifestação em 24 (vinte e quatro) horas. Em resposta,
afirmou ter incluído no edital o ponto impugnado. A Procuradoria da Fazenda Municipal, às fls.
62/63, registrou a manifestação da AJCE, no sentido da improcedência do item "a" e procedência
do item "b", e a retificação promovida no Edital pela Origem, incluindo a apresentação da
Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas, pugnou pela improcedência da presente
Representação, item "a", e pelo provimento do item "b", o qual já restou atendido em virtude da
mencionada retificação, não havendo, segundo seu entendimento, óbice ao prosseguimento do
certame e seu regular processamento. A Secretaria Geral apresentou parecer nos seguintes
termos: Preliminarmente, registrou que os requisitos de admissibilidade da presente
Representação, estabelecidos nos artigos 54, 55 e seguintes do Regimento Interno deste Egrégio
Tribunal de Contas, foram atendidos, motivo pelo qual, opinou por seu conhecimento. Quanto ao
mérito: No tangente ao primeiro apontamento, "prazo mínimo de 06 (seis) meses consecutivos
que deverá constar no atestado", considerando-se o objeto licitado, bem como o prazo do
contrato, a exigência me parece compatível, não procedendo, portanto, o questionamento em
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debate. Com relação ao outro ponto, falta de previsão de apresentação de Certidão Negativa de
Débitos Trabalhistas – CNDT no Edital entende que a licitação em questão versa sobre serviços,
assim estando sujeita ao parágrafo 1º, do artigo 30, da Lei Federal 8.666/93, sem a aplicação
direta do inciso II. O mencionado questionamento foi respondido pela Origem, tendo promovido
a retificação do Edital, fazendo a inclusão do item questionado, assim tornando regular o Edital.
Opinando ao fim, pelo conhecimento da representação, quanto ao primeiro ponto "prazo mínimo
de 06 (seis) meses consecutivos que deverá constar no atestado" entende improcedente, e, no
segundo ponto "falta de previsão no Edital de apresentação de Certidão Negativa de Débitos
Trabalhistas – CNDT", conclui pela perda superveniente do objeto. É o relatório. Voto: Em
julgamento a Representação interposta pela empresa RESMAT PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
DE HIGIENIZAÇÃO LTDA., em face do Edital do Pregão 15/SP-SB/2014, formulado pela
Subprefeitura de Sapopemba para contratação de serviços de manutenção e conservação de
galerias e demais dispositivos de drenagem superficial junto a córregos e canais, através de uma
equipe. A Representante insurge-se contra a exigência contida no subitem 8.3.3.1.2, que indica
prazo mínimo de 06 (seis) meses consecutivos que deverá constar no atestado para efeito de
comprovação da capacidade técnica operacional; e contra a não previsão no Edital de
apresentação de Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas (Item 8.3.7). Relativamente ao prazo
mínimo de experiência, acompanho a AJCE e a Secretaria Geral, considerando a exigência
compatível com o objeto licitado, não procedendo, portanto, o questionamento em debate.
Quanto à mencionada certidão, a Origem promoveu a retificação do edital, incluindo a
necessidade de apresentação do documento. Por todo o exposto, CONHEÇO da Representação
formulada pela empresa Resmat Prestação de Serviços de Higienização, pois presentes os
requisitos de admissibilidade previstos no Regimento Interno deste Tribunal. No mérito, julgo-a
IMPROCEDENTE quanto à exigência contida no subitem 8.3.3.1.2 e em razão da retificação
promovida no Edital e inclusão da necessidade de apresentação da Certidão Negativa de Débitos
Trabalhistas, julgo-a PREJUDICADA nesse aspecto, assim consequentemente entendo ter havido
PERDA DE OBJETO. Proceda-se nos termos do art. 58 do Regimento Interno deste Tribunal e,
após, arquivem-se os autos. Participaram do julgamento os Conselheiros Edson Simões –
Revisor, Maurício Faria e Domingos Dissei. Presente o Procurador Chefe da Fazenda Guilherme
Bueno de Camargo. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 2 de março de 2016. a) Roberto
Braguim – Presidente; a) João Antonio – Relator." A seguir, o Conselheiro Presidente Roberto
Braguim solicitou ao Conselheiro Vice-Presidente Maurício Faria que assumisse a direção dos
trabalhos. Prosseguindo, o Presidente em exercício devolveu a palavra ao Conselheiro João
Antonio, para relatar os demais processos de sua pauta. 6) TC 3.348/15-18 – Forte Transporte
Locação e Limpeza Ltda. – São Paulo Obras – SP-Obras – Representação interposta em face do
Edital da Concorrência 049150130, cujo objeto é execução das obras e serviços de adequação da
pista e "Pit Lane" e serviços complementares, visando à realização do 44º Grande Prêmio Brasil
de Fórmula 1/2015, no Autódromo de Interlagos ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos
estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro João Antonio. Acordam os Conselheiros do
Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório
e voto do Relator, em conhecer da representação, uma vez que presentes os requisitos de
admissibilidade regimentais, e, quanto ao mérito, em julgá-la improcedente, acompanhando as
manifestações dos Órgãos Técnicos desta Corte. Acordam, afinal, à unanimidade, em determinar
o cumprimento do artigo 58 do Regimento Interno deste Tribunal e, em seguida, o arquivamento
dos autos. Relatório: Trata o presente TC de Representação formulada pela empresa Forte
Transporte Locação e Limpeza Ltda., em face da Concorrência 049150130 da São Paulo Obras –
SPObras, cujo objeto é a execução das obras de adequação da "pista e Pit Lane" e serviços
complementares, visando a realização do 44º Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1 - 2015, no
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Autódromo Municipal José Carlos Pace – Interlagos. Insurge-se a Representante, em resumo,
contra o fato de ter sido impedida de protocolar a garantia da proposta comercial, sob a alegação
de que o boleto emitido pela seguradora deveria estar quitado antes do certame, sendo que este
tinha o prazo de 15 dias para pagamento, contados da sua data de emissão. Após apresentação de
esclarecimentos pela Origem, fls. 55/154, os autos foram encaminhados à Assessoria Jurídica de
Controle Externo – AJCE, que opinou pelo conhecimento da presente Representação e, no
mérito, pela sua improcedência, uma vez que as condições para apresentação do seguro garantia
foram previamente estabelecidas no Edital e cumpridas pelas demais licitantes (fls. 156/158). Na
sequência, a Procuradoria da Fazenda Municipal, na esteira da manifestação da AJCE, requereu o
conhecimento da Representação e, no mérito, sua improcedência (fls. 160). Por derradeiro, a
Secretaria Geral, em sede de preliminar, opinou pelo conhecimento da Representação em exame,
uma vez que presentes os requisitos regimentais de admissibilidade. No mérito, posicionou-se a
Secretaria pela improcedência da Representação, destacando que a exigência de apresentação de
garantia na fase de habilitação está prevista no inciso III do art. 31 da Lei Federal 8.666/93, tendo
por finalidade assegurar a consistência das propostas durante a comprovação da qualificação
econômico-financeira dos licitantes, observadas as mesmas modalidades e critérios previstos no
"caput" e § 1º do art. 56 da mesma Lei, limitada a 1% (um por cento) do valor estimado do objeto
da contratação. Ressaltou ainda que a exigência em tela encontra-se prevista no Edital da
Concorrência objeto da presente Representação, motivo pelo qual a Representante deveria tê-la
atendido no prazo e nas condições estabelecidas, destacando que o item 10.3.5.4 do Edital
determinava que "a garantia quando prestada na modalidade de seguro-garantia, a apólice deverá
ser paga à vista e o documento comprobatório da quitação deverá ser entregue juntamente com o
deposito da caução." Registrou, ao final, a constatação da AJCE, a qual, analisando a
documentação apresentada pela Origem, observou que todos os participantes do certame que
optaram pela modalidade seguro garantia apresentaram a apólice do seguro e o respectivo
comprovante de pagamento, independente da data de vencimento ser posterior àquela prevista no
item 2.8 do Edital. É o relatório. Voto: Em julgamento a Representação formulada pela empresa
Forte Transporte Locação e Limpeza Ltda., em face da Concorrência 049150130 da São Paulo
Obras – SPObras, cujo objeto é a execução das obras de adequação da pista e "Pit Lane" e
serviços complementares, visando a realização do 44º Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1 - 2015,
no Autódromo Municipal José Carlos Pace – Interlagos. Compulsando os autos, verifico que as
razões aduzidas pela Representante não encontram guarida no Edital da Concorrência em
referência, o qual determinou, nos itens 2.8 e 10.3.5.4, que a garantia da proposta comercial,
quando prestada na modalidade de seguro-garantia, deveria ter a quitação da apólice paga à vista,
com a apresentação do respectivo documento comprobatório até às 16 horas do dia 24.08.15.
Diante do exposto, CONHEÇO da Representação interposta, pois presentes os requisitos
regimentais de admissibilidade e, quanto ao mérito, JULGO-A IMPROCEDENTE,
acompanhando as manifestações dos órgãos técnicos desta Corte, que adoto também como razões
de decidir. Após as comunicações de praxe, arquivem-se os autos. Participaram do julgamento os
Conselheiros Edson Simões – Revisor e Domingos Dissei. Ausente o Conselheiro Presidente
Roberto Braguim, por motivo previamente justificado. Presente o Procurador Chefe da Fazenda
Guilherme Bueno de Camargo. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 2 de março de 2016.
a) Maurício Faria – Vice-Presidente no exercício da Presidência; a) João Antonio – Relator." 7)
TC 2.416/12-98 – Secretaria Municipal de Coordenação das Subprefeituras – SMSP – Pregão
01/SMSP/Cogel/2010 – Registro de preços para a prestação de serviços de conservação de áreas
urbanizadas/ajardinadas/praguejadas e em seu entorno, serviços técnicos de manejo de árvores e
serviços de conservação mecanizada de áreas urbanizadas/ajardinadas/praguejadas e seu entorno.
através de equipes, no Município de São Paulo, divididos em XII agrupamentos 8) TC 1.388/10-
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57 – Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras – Siurb e GN Gerenciamento
Nacional de Transportes e Serviços Gerais Ltda. – Pregão 013/07/Siurb – Contrato 147/Siurb/07
R$ 1.699.974,80 – TAs 385/Siurb/08 R$ 48.360,00 (alteração do valor contratual e acréscimo de
serviços), 459/Siurb/08 R$ 53.916,72 (alteração do valor contratual), 087/Siurb/09 R$
1.986.074,24 (alteração de prazo e do valor contratual), 241/Siurb/09 (red. de R$ 9.220,64 –
alteração contratual) e 017/Siurb/10 R$ 1.976.853,60 (prorrogação de prazo e alteração do valor
contratual) – Serviços de transporte com veículos, incluindo motorista e combustível de
quilometragem livre. "O Conselheiro João Antonio – Relator requereu ao Egrégio Plenário, nos
termos do artigo 172, inciso IV, do Regimento Interno desta Corte, a retirada de pauta dos citados
processos, para melhores estudos, o que foi deferido." (Certidões) 9) TC 1.183/09-00 –
Secretaria Municipal de Educação – SME e Empresa Tejofran de Saneamento e Serviços Ltda. –
Contrato 101/2008 R$ 10.014.000,00 – Contratação de empresa para execução de serviços de
conservação, limpeza de instalações prediais, áreas internas e externas, áreas verdes, tratamento
de piscinas e serviços de copa nos CEUs e nas unidades escolares da Secretaria – Lote 7 (Tramita
em conjunto com os TCs 1.191/09-39, 1.192/09-00 e 1.193/09-64) ACÓRDÃO: "Vistos,
relatados e discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro João Antonio. Acordam os
Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade
com o relatório e voto do Relator, em julgar regular o Contrato 101/SME/2008. Acordam,
ademais, à unanimidade, em determinar o envio de cópia deste Acórdão ao Ministério Público do
Estado de São Paulo – 7ª Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social da Capital, em
atendimento ao pedido formulado nos autos. Acordam, afinal, à unanimidade, em determinar,
após as comunicações de praxe, o arquivamento dos autos. Relatório e voto englobados: v. TC
1.193/09-64. Participaram do julgamento os Conselheiros Edson Simões – Revisor e Domingos
Dissei. Ausente o Conselheiro Presidente Roberto Braguim, por motivo previamente justificado.
Presente o Procurador Chefe da Fazenda Guilherme Bueno de Camargo. Plenário Conselheiro
Paulo Planet Buarque, 2 de março de 2016. a) Maurício Faria – Vice-Presidente no exercício da
Presidência; a) João Antonio – Relator." 10) TC 1.191/09-39 – Secretaria Municipal de
Educação – SME e Limpadora Califórnia Ltda. – Contrato 109/SME/2008 R$ 6.492.000,00 – TA
16/SME/2009 R$ 255.538,67 (inclusão de 20 postos de serviços para o CEU Jaguaré, com
acréscimo do valor mensal contratual) – Contratação de empresa para execução de serviços de
conservação e limpeza de instalações prediais, áreas internas e externas, áreas verdes, tratamento
de piscinas e serviços de copa nos CEUs e nas Unidades escolares da Secretaria Municipal de
Educação – Lote 15 (Tramita em conjunto com os TCs 1.183/09-00, 1.192/09-00 e 1.193/09-64)
ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro João
Antonio. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à
unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em julgar regulares o Contrato
109/SME/2008 e o Termo de Aditamento 16/SME/2009. Acordam, ademais, à unanimidade, em
determinar o envio de cópia deste Acórdão ao Ministério Público do Estado de São Paulo – 7ª
Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social da Capital, em atendimento ao pedido
formulado nos autos. Acordam, afinal, à unanimidade, em determinar, após as comunicações de
praxe, o arquivamento dos autos. Relatório e voto englobados: v. TC 1.193/09-64. Participaram
do julgamento os Conselheiros Edson Simões – Revisor e Domingos Dissei. Ausente o
Conselheiro Presidente Roberto Braguim, por motivo previamente justificado. Presente o
Procurador Chefe da Fazenda Guilherme Bueno de Camargo. Plenário Conselheiro Paulo Planet
Buarque, 2 de março de 2016. a) Maurício Faria – Vice-Presidente no exercício da Presidência; a)
João Antonio – Relator." 11) TC 1.192/09-00 – Secretaria Municipal de Educação – SME e
Agrícola e Construtora Monte Azul Ltda. – Contrato 108/2008 R$ 6.756.000,00 – TA
19/SME/2009 R$ 261.449,82 (inclusão de 20 postos de trabalho para o CEU Uirapuru e
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acréscimo ao valor mensal contratual) – Contratação de empresa para execução de serviços de
conservação, limpeza de instalações prediais, áreas internas e externas, áreas verdes, tratamento
de piscinas e serviços de copa nos CEUs e nas unidades escolares da Secretaria – Lote 14
(Tramita em conjunto com os TCs 1.183/09-00, 1.191/09-39 e 1.193/09-64) ACÓRDÃO:
"Vistos, relatados e discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro João Antonio.
Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de
conformidade com o relatório e voto do Relator, em julgar regulares o Contrato 108/SME/2008 e
o Termo de Aditamento 19/SME/2009. Acordam, ademais, à unanimidade, em determinar o
envio de cópia deste Acórdão ao Ministério Público do Estado de São Paulo – 7ª Promotoria de
Justiça do Patrimônio Público e Social da Capital, em atendimento ao pedido formulado nos
autos. Acordam, afinal, à unanimidade, em determinar, após as comunicações de praxe, o
arquivamento dos autos. Relatório e voto englobados: v. TC 1.193/09-64. Participaram do
julgamento os Conselheiros Edson Simões – Revisor e Domingos Dissei. Ausente o Conselheiro
Presidente Roberto Braguim, por motivo previamente justificado. Presente o Procurador Chefe da
Fazenda Guilherme Bueno de Camargo. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 2 de março
de 2016. a) Maurício Faria – Vice-Presidente no exercício da Presidência; a) João Antonio –
Relator." 12) TC 1.193/09-64 – Secretaria Municipal de Educação – SME e A. Tonanni
Construção e Serviços Ltda. – Contrato 110/2008 R$ 4.302.000,00 – TA 18/SME/2009 R$
277.757,07 (inclusão de 20 postos de trabalho para o CEU Parque Formosa e acréscimo ao valor
mensal contratual reajustado) – Contratação de empresa para execução de serviços de
conservação, limpeza de instalações prediais, áreas internas e externas, áreas verdes, tratamento
de piscinas e serviços de copa nos CEUs e nas unidades escolares da Secretaria – Lote 16
(Tramita em conjunto com os TCs 1.183/09-00, 1.191/09-39 e 1.192/09-00) ACÓRDÃO:
"Vistos, relatados e discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro João Antonio.
Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de
conformidade com o relatório e voto do Relator, em julgar regulares o Contrato 110/SME/2008 e
o Termo de Aditamento 18/SME/2009. Acordam, ademais, à unanimidade, em determinar o
envio de cópia deste Acórdão ao Ministério Público do Estado de São Paulo – 7ª Promotoria de
Justiça do Patrimônio Público e Social da Capital, em atendimento ao pedido formulado nos
autos. Acordam, afinal, à unanimidade, em determinar, após as comunicações de praxe, o
arquivamento dos autos. Relatório: Tratam os TCs 1.191/09-39, 1.183/09-00, 1.192/09-00 e
1.193/09-64 sobre a análise dos contratos celebrados pela Secretaria Municipal de Educação, cujo
objeto é a execução de serviços de conservação e limpeza de instalações prediais, áreas internas e
externas, áreas verdes, tratamento de piscinas e serviços de copa nos CEUs e nas Unidades
Escolares da Secretaria Municipal de Educação. Referidos ajustes decorreram do Pregão
33/SME/2008, julgado regular por esta Corte conforme decisão prolatada no TC 1.121/08-72.
Assim, em razão da conexão do objeto, os processos em epígrafe serão julgados em conjunto. TC
1.191/09-39 – Trata do exame da legalidade, formalidade e mérito do Contrato 109/SME/2008 e
do seu Aditamento 16/SME/2009, celebrado entre SME e a empresa Limpadora Califórnia
LTDA. Após exame inicial e manifestação da Origem e da Contratada, a Secretaria de
Fiscalização e Controle – SFC apontou as seguintes falhas: "Contrato 109/SME/2008:
Infringência à Lei Federal 4.320/64 em face da inadequação da classificação funcional
programática; Infringência ao § 1º do artigo 18 da Lei Complementar 101/00 por contabilização
inadequada da despesa; Infringência à Lei Municipal 13.226/01 pela não disponibilização das
informações relativas ao contrato no site da Prefeitura. Termo Aditivo 16/SME/2009: Irregular
por suceder o Contrato 109/SME/2008; Infringência ao artigo 56 da Lei Federal 8.666/93 por
falta da garantia complementar; Falta de planilha de custos e formação de preços referente ao
valor aditado; Infringência à Lei Federal 4.320/64 em face da inadequação da classificação
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funcional programática." TC 1.183/09-00 – Trata do exame da legalidade, formalidade e mérito
do Contrato 101/SME/2008, celebrado entre a SME e a Empresa Tejofran de Saneamento e
Serviços Ltda. Após exame inicial e manifestação da Origem e da Contratada, a Secretaria de
Fiscalização e Controle – SFC apontou as seguintes falhas: Infringência à Lei Federal 4.320/64
em face da inadequação da classificação funcional programática; Infringência ao § 1º do artigo 18
da Lei Complementar 101/00 por contabilização inadequada da despesa; Infringência à Lei
Municipal 13.226/01 pela não disponibilização das informações relativas ao contrato no site da
Prefeitura. TC 1.192/09-00 – Trata do exame da legalidade, formalidade e mérito do Contrato
108/SME/2008 e do seu Aditamento 19/SME/2009, celebrado entre a SME e a empresa Agrícola
e Construtora Monte Azul Ltda. Após exame inicial e manifestação da Origem e da Contratada, a
Secretaria de Fiscalização e Controle – SFC apontou as seguintes falhas: Contrato
108/SME/2008: Infringência à Lei Federal 4.320/64 em face da inadequação da classificação
funcional programática; Infringência ao § 1º do artigo 18 da Lei Complementar 101/00 por
contabilização inadequada da despesa; Infringência à Lei Municipal 13.226/01 pela não
disponibilização das informações relativas ao contrato no site da Prefeitura; Termo Aditivo
19/SME/2009: Irregular por suceder o Contrato 108/SME/2008; Falta de planilha de custos e
formação de preços do valor aditado; Infringência à Lei Federal 4.320/64 em face da inadequação
da classificação funcional programática". TC 1.193/09-64 – Versa o presente TC sobre o exame
da legalidade, formalidade e mérito do Contrato nº 110/SME/2008 e do seu Aditamento
18/SME/2009, celebrado entre a SME e a empresa A. Tonanni Construções e Serviços Ltda.
Após exame inicial e manifestação da Origem e da Contratada, a Secretaria de Fiscalização e
Controle – SFC apontou as seguintes falhas: "Contrato 110/SME/2008: Infringência à Lei Federal
4.320/64 em face da inadequação da classificação funcional programática; Infringência ao § 1º do
artigo 18 da Lei Complementar 101/00 por contabilização inadequada da despesa; Infringência à
Lei Municipal 13.226/01 pela não disponibilização das informações relativas ao contrato no site
da Prefeitura; Não envio de nova proposta de preços reajustada ao lance final da proponente,
conforme item 6.13 do Edital. Termo Aditivo 18/SME/2009: Irregular por suceder o Contrato
110/SME/2008; Ausência do envio da planilha de custos e formação de preços do valor aditado;
Infringência à Lei Federal 4.320/64 em face da inadequação da classificação funcional
programática." A Assessoria Jurídica de Controle Externo – AJCE, nos processos acima,
concluiu que os apontamentos registrados pela Auditoria, à exceção da falta de disponibilização
de informações no sítio da Prefeitura, ausência de envio de nova proposta de preços reajustada ao
lance final da proponente (TC 1.193.09-64) e da falta de planilha de custos e formação de preços
referente ao valor aditado, têm origem na licitação e, se os achados de fiscalização referidos no
exame do procedimento licitatório forem considerados superados, deverão também alcançar os
ajustes em exame. Por fim, ainda observou que a falta de publicação no sítio da Prefeitura, por si
só, não é capaz de gerar a irregularidade das contratações em exame. A Procuradoria da Fazenda
Municipal, por sua vez, manifestou-se nos processos em epígrafe acompanhando a posição da
AJCE, no sentido de que a falta de publicação dos ajustes não é motivo para gerar a
irregularidade dos contratos e que as demais questões estão ligadas ao Pregão. No tocante à falta
apresentação de garantia complementar (TC 1.191/09-39) e de planilha de custos, argumentou
que estas não foram exigidas por considerar que a garantia ofertada já era suficiente e a planilha
de custos já havia sido objeto da contratação da licitação anterior. Ao final, a Secretaria Geral,
posicionou-se no sentido de que parte das falhas apontadas pela Auditoria nos processos em
análise referem-se à fase interna do Pregão 33/SME/2008, o qual foi considerado regular por esta
Corte, conforme decisão proferida no TC 1.121/08-72. Dessa forma, entendeu que
remanesceram, em relação aos ajustes em exame, somente as falhas referentes à ausência de
publicação no sítio da Prefeitura da Cidade de São Paulo e à falta de apresentação planilha de
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custos e formação de preços, bem como a não apresentação de nova proposta de preços reajustada
ao lance final do proponente (TC 1.193/09-64), sendo que, em relação à primeira falha, esta não
constitui irregularidade suficiente para macular o contrato e o aditamento em análise. Quanto às
impropriedades relativas à ausência de apresentação de planilha de custos e formação de preços,
bem como de nova proposta de preços reajustada ao lance final, entendeu a Secretaria que tais
falhas restaram esclarecidas pela Origem. É o relatório. Voto: Em julgamento os contratos
celebrados pela Secretaria Municipal de Educação, decorrentes do Pregão 33/SME/2008, cujo
objeto é a execução de serviços de conservação e limpeza de instalações prediais, áreas internas e
externas, áreas verdes, tratamento de piscinas e serviços de copa nos Centros Educacionais
Unificados e nas Unidades Escolares da Secretaria Municipal de Educação. Na linha das
manifestações da AJCE e da Secretaria Geral, entendo que parte das falhas apontadas pela AUD,
no exame dos ajustes em análise, referem-se à fase interna do Pregão 33/SME/2008, as quais
restaram superadas, tendo em vista que esta Corte julgou regular o referido certame licitatório,
conforme decisão proferida no TC 1.121/08-72. Em relação às impropriedades remanescentes,
entendo que se trataram de falhas de natureza meramente formal, as quais, por si só, não são
suficientes para impedir o acolhimento dos ajustes em exame. Ademais, como bem ressaltado
pela AJCE, este Tribunal, em diversos julgamentos recentes, tem relevado a falha atinente à
ausência de divulgação de informações dos atos no sítio eletrônico da Prefeitura de São Paulo.
Dessa forma, nos termos da manifestação da Secretaria Geral desta Corte, cujos argumentos
ficam incorporados ao presente voto, julgo REGULARES os Contratos 101/SME/2008,
108/SME/2008, 109/SME/2008 e 110/SME/2008, bem como os Termos Aditivos 16/SME/2009;
18/SME/2009 e 19/SME/2009. Encaminhe-se cópia da decisão a ser alcançada pelo Plenário à 7ª
Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social da Capital, do Ministério Público do
Estado de São Paulo, em atendimento aos pedidos formulados nos autos, para ciência deste
julgado. Após as comunicações de praxe, arquivem-se os autos. Participaram do julgamento os
Conselheiros Edson Simões – Revisor e Domingos Dissei. Ausente o Conselheiro Presidente
Roberto Braguim, por motivo previamente justificado. Presente o Procurador Chefe da Fazenda
Guilherme Bueno de Camargo. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 2 de março de 2016.
a) Maurício Faria – Vice-Presidente no exercício da Presidência; a) João Antonio – Relator." 13)
TC 613/12-18 – Subpefeitura Mooca – SP-MO e A. Tonanni Construções e Serviços Ltda. –
Contrato 026/SP-MO/2011 R$ 2.844.918,24 – Prestação de serviços técnicos de manejo de
árvores, através de 04 equipes, pelo período de 12 meses. "O Conselheiro João Antonio –
Relator requereu ao Egrégio Plenário, nos termos do artigo 172, inciso IV, do Regimento Interno
desta Corte, a retirada de pauta do citado processo, para melhores estudos, o que foi deferido."
(Certidão) – PROCESSOS DE REINCLUSÃO – CONSELHEIRO PRESIDENTE
ROBERTO BRAGUIM – O Presidente em exercício comunicou ao Egrégio Plenário a
transferência, para a próxima sessão plenária, do julgamento do seguinte processo constante da
pauta de reinclusão do Conselheiro Presidente Roberto Braguim, ausente, por motivo
previamente justificado: 1) TC 2.634/13-40 – Recurso "ex officio" interposto contra a R. Decisão
de Juízo Singular de 24/6/2014 – Julgador Conselheiro Roberto Braguim – Secretaria Municipal
de Cultura – SMC e Carlos Roberto Gaspar Junior – Prestação de contas de adiantamento
bancário – março/2011 (R$ 14.150,00) Na sequência, os Conselheiros requereram ao Egrégio
Plenário, nos termos do artigo 172, inciso III, combinado com o artigo 182, ambos do Regimento
Interno desta Corte, adiamento do prazo para devolver os processos remanescentes da pauta de
reinclusão, o que foi deferido. Por derradeiro, o Presidente em exercício concedeu a palavra aos
Senhores Conselheiros e à Procuradoria da Fazenda Municipal para as considerações finais. A
seguir, o Presidente em exercício convocou os Senhores Conselheiros para a Sessão Ordinária
2.857ª, bem como para as Sessões Extraordinárias 2.858ª e 2.859ª, destinadas, respectivamente,
TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001
Cód - 042 (Versão 02)
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aos julgamentos dos Balanços da SP Negócios S.A. e da Companhia São Paulo de
Desenvolvimento e Mobilização de Ativos – SPDA, ambos referentes ao exercício de 2014, a
realizarem-se no próximo dia 9 de março, quarta-feira, às 9h30min. Nada mais havendo a tratar,
às 13h20min, o Presidente em exercício encerrou a sessão, da qual foi lavrada a presente ata, que
vai subscrita por mim, Rodrigo Pupim Anthero de Oliveira, _________________________,
Secretário-Geral, e assinada pelo Presidente, pelos Conselheiros, pelo Procurador Chefe da
Fazenda e pelo Procurador. São Paulo, 2 de março de 2016.
_______________________________ ROBERTO BRAGUIM
Presidente
___________________________ ___________________________ MAURÍCIO FARIA JOÃO ANTONIO Vice-Presidente Corregedor
___________________________ ____________________________ EDSON SIMÕES DOMINGOS DISSEI Conselheiro Conselheiro
______________________________ GUILHERME BUENO DE CAMARGO
Procurador Chefe da Fazenda
______________________________ JOEL TESSITORE
Procurador
LSR/amc/mcam/smv/hc ATA DA 2.854ª SESSÃO (ORDINÁRIA)