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TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
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ATA DA 2.851ª SESSÃO (ORDINÁRIA)
Aos dezessete dias do mês de fevereiro de 2016, às 9h50min, no Plenário Conselheiro Paulo
Planet Buarque, realizou-se a 2.851ª sessão (ordinária) do Tribunal de Contas do Município de
São Paulo, sob a presidência do Conselheiro Roberto Braguim, presentes os Conselheiros
Maurício Faria, Vice-Presidente, João Antonio, Corregedor, Edson Simões e Domingos Dissei, o
Secretário Geral Rodrigo Pupim Anthero de Oliveira, a Subsecretária Geral Roseli de Morais
Chaves, o Procurador Chefe da Fazenda Guilherme Bueno de Camargo e a Procuradora Claudia
Adri de Vasconcellos. A Presidência: "Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a
proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos." Preliminarmente, a Corte registrou as
seguintes presenças em Plenário: Senhores Pedro Henrique Bianchi, Marcos Fabrício Souza
Machado e Márcia Cristina, Serviço Funerário do Município de São Paulo – SFMSP; Senhora
Marcella Castro, Escritório Porto Lauand. A seguir, o Conselheiro Presidente Roberto Braguim
deu conhecimento ao Egrégio Plenário do Relatório Oficial de Atividades da Presidência, bem
como das correspondências e ofícios recebidos e enviados, no período de 03 a 16 de fevereiro de
2016: 03.02 – Presidiu, relatou e julgou processos na Sessão Plenária 2.850ª; 15.02 – Participou,
acompanhado do Secretário Geral e dos Subsecretários desta Casa, da Abertura do 2º Programa
de Formação aos Novos Servidores do TCMSP. O Presidente, além dos despachos habituais,
participou de diversas reuniões administrativas com os Exmos. Senhores Conselheiros e com os
diversos órgãos técnicos do Tribunal, neste período, e encaminhou os seguintes ofícios: 1º.02 –
Ao Sr. Rogério Ceron de Oliveira, Secretaria de Finanças e Desenvolvimento Econômico,
consignando que, não obstante os esforços da Municipalidade em solucionar as questões
orçamentárias referentes ao Programa de Estágio, o disposto no artigo 2º do Decreto 56.785/16
demanda a adoção de providências administrativas previstas no Regimento Interno deste
Tribunal, em observância à autonomia que caracteriza a independência institucional deste Órgão,
e informando que a questão será oportunamente submetida ao referendo do E. Plenário deste
Tribunal. 03.02 – Ao Sr. Rodrigo Pimentel Pinto Ravena, Secretaria Municipal do Verde e do
Meio Ambiente, informando que, em decorrência de adaptações nas áreas externas deste
Tribunal, faz-se necessária a pavimentação, com blocos de concreto intertravados, em área de
aproximadamente 1760m², local do antigo Espelho D'água. Lembrando que o citado espaço
abrange alguns espécimes vegetais de pequeno e médio porte, os quais representam cerca de
50m², razão pela qual solicita os préstimos daquela Secretaria, quanto aos procedimentos a serem
adotados visando à efetivação do intento, em observância às normais ambientais. 04.02: 1 – Ao
Conselheiro Luis da Cunha Teixeira, Presidente do Tribunal de Contas do Estado do Pará,
agradecendo ao convite para a Sessão Solene destinada à posse da Sra. Rosa Egídia Crispino
Calheiros Lopes, no cargo de Conselheira daquela Corte de Contas, realizada em 11 de fevereiro;
2 – Ao Sr. Walter Penninck Caetano, Diretor da Conam – Consultoria em Administração
Municipal Ltda., firmando o recebimento do exemplar do primeiro volume da obra Direito
Municipal – um olhar abrangente, publicada por aquela respeitável Consultoria. 05.02 – Ao Sr.
Rogério Ceron de Oliveira, Secretário Municipal de Finanças e Desenvolvimento Econômico da
Prefeitura do Município de São Paulo, em atenção ao solicitado pelo Subsecretário do Tesouro
Municipal, encaminhando os demonstrativos contábeis referentes ao exercício de 2015 –
Balanços Financeiro, Patrimonial e Orçamentário; Demonstração das Variações Patrimoniais;
Demonstração dos Fluxos de Caixa, bem como cópia da manifestação do Coordenador-Chefe de
Contabilidade e Finanças desta Corte. 11.02: 1 – Ao Sr. Marcos Alcyr Brito de Oliveira,
Presidente do Sindicato dos Servidores da Câmara Municipal e do Tribunal de Contas do
Município de São Paulo – Sindilex, agradecendo ao convite para a Cerimônia de Posse da nova
Diretoria daquele Sindicato, realizada em 15 de fevereiro; 2 – Ao Dr. Ives Gandra Martins,
Advocacia Gandra Martins, agradecendo ao exemplar do livro Meu Diário em Sextetos (2015),
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da autoria dele e produzido pela Editora Pax e Spes; 3 – Ao Conselheiro Sérgio Aboudib Ferreira
Pinto, Presidente do Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo, agradecendo ao convite
para a Sessão Especial de Posse do Procurador de Contas Luciano Vieira, no cargo de
Procurador-Geral do Ministério Público Especial de Contas, naquela Casa, a realizar-se em 18 de
fevereiro. Prosseguindo, o Presidente submeteu à deliberação do Egrégio Plenário os seguintes
processos: 1) TC 3.080/15-97 – TCMSP – Remanejamento e criação de dotações orçamentárias
"Por deliberação dos Senhores Conselheiros Maurício Faria – Vice-Presidente, Edson Simões,
Domingos Dissei e João Antonio, Corregedor, o Plenário aprovou, à unanimidade, a
convalidação do ato de remanejamento e de criação de dotações orçamentárias no Orçamento do
Tribunal, realizado pelo Executivo Municipal através do Decreto 56.785/16, nas Dotações
Suplementadas: 10.10.01.032.3024.2100 – Administração da Unidade 3.3.60.39.00.00 – Outros
Serviços de Terceiros – Pessoa Jurídica 3.3.60.48.00.00 – Outros Auxílios Financeiros – Pessoa
Física Recursos utilizados das dotações: 10.10.01.032.3024.2100 – Administração da Unidade
3.3.90.39.00.00 – Outros Serviços de Terceiros – Pessoa Jurídica 3.3.90.48.00.00 – Outros
Auxílios Financeiros a Pessoas Físicas." 2) TC 3.443/15-49 – TCMSP – Marcia Aparecida Vitor
Rolim e Aline Soares de Sousa – Comissionamentos nesta Corte "Pela deliberação dos Senhores
Conselheiros Maurício Faria, Vice-Presidente, Edson Simões, Domingos Dissei e João Antonio,
Corregedor, o Plenário resolveu referendar o ato do Senhor Presidente, no sentido de solicitar os
comissionamentos das Servidoras Marcia Aparecida Vitor Rolim, RF 742.832.4, Assistente de
Gestão de Políticas Públicas, lotada na Secretaria do Governo Municipal – SGM e Aline Soares
de Sousa, RF 50.054, Médica Pronto-Socorrista, lotada na Unidade UBS/PA-Alvorada do
Município de Guarulhos, para prestarem serviços neste Tribunal, com prejuízo das funções, mas
sem prejuízo dos vencimentos, direitos e demais vantagens de seus cargos, até 31/12/2016."
Prosseguindo, o Presidente registrou a movimentação de processos do Gabinete do Conselheiro
Vice-Presidente Maurício Faria, no mês de dezembro de 2015, indicando a entrada de 217 e a
saída de 232 processos, entre os quais estão incluídos 65 julgamentos. Registrou também, a
movimentação de processos do Gabinete do Conselheiro Edson Simões, no mês de janeiro de
2016, indicando a entrada de 308 e a saída de 358, entre os quais estão incluindo 36 julgamentos.
A Secretaria Geral providenciará sua publicação, na íntegra, em apartado. Dando sequência, o
Presidente lembrou aos Senhores Conselheiros que o Plano Anual de Fiscalização – PAF,
referente ao exercício de 2016, tem como prazo final de aprovação a primeira Sessão Ordinária
do mês de março, a ser realizada no dia 02. Para tanto, solicita a todos que desejarem fazer
eventuais alterações que as encaminhem à Secretaria Geral, para as providências cabíveis. Ainda
com a palavra, o Presidente assim se manifestou: "Em ação conjunta do Núcleo da Tecnologia
da Informação e da Subsecretaria Administrativa, com o apoio da Presidência, será iniciada já
nesta semana campanha interna para uso racional dos recursos de impressão e reprografia nas
dependências do Tribunal de Contas. Por meio da realização de palestras técnicas e divulgação
de uma cartilha eletrônica com as melhores práticas, esperamos reduzir o número de impressões
e cópias, resultando em uma maior economia para o órgão. Eu solicito a todos, portanto, atenção
com este tema, porque estamos superando o valor contratado. Nós temos que nos manter dentro
dos limites contratuais. A campanha será lançada e a NTI, juntamente com a Subsecretaria
Administrativa, orientará os caminhos a serem adotados para a impressão dos dois lados de folha
e tudo o mais, para que as impressões sejam devidamente ajustadas e controlado o número de
xerocópias e impressões." Conselheiro Domingos Dissei: "Senhor Presidente, um adendo.
Quanto a essas impressões, o interessante seria destacar os gabinetes. Gabinete por gabinete. Aí
até haverá uma disputa para ver quem gasta menos. Isso é interessante. Eu parabenizo o
Presidente. Primeiro que nós não estamos mais vendo aquelas cópias aqui, porque já foi
publicado. Excelente, essa atitude, e também essa agora de nós diminuirmos as cópias. Eu faço
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esse pleito a Vossa Excelência." Presidente: "Nós já fizemos. No trabalho anterior que
encaminhamos aos Senhores Conselheiros, logo no começo do ano, já fizemos, no levantamento,
o consumo de cada um. Nós vamos doravante fazer isso para que todos possam ter o controle se
estão extrapolando ou não e possam tomar as providências." Conselheiro Domingos Dissei:
"Até o comparativo, não é, Senhor Presidente? Se estamos diminuindo. Isso é interessante. É
como a água." Prosseguindo, o Conselheiro Edson Simões requereu na qualidade de Relator, a
designação de data para o julgamento dos Balanços da Companhia Paulistana de Securitização e
da Empresa de Cinema e Audiovisual de São Paulo S.A. – SPCine, ambas do exercício de 2014,
para o próximo dia 2 de março, após a realização da Sessão Ordinária. Solicitando a palavra, o
Conselheiro Domingos Dissei assim se manifestou: "Eu tenho dois assuntos a serem tratados.
O primeiro assunto é sobre as tampas de boca-de-lobo. Isso foi um diálogo até com o
Conselheiro Maurício Faria. Eu fiz um memorando, que vai ser publicado amanhã, que diz o
seguinte: Alguns números – nós gastamos na Cidade de São Paulo, em torno de 65 mil tampas de
bocas-de-lobo, número enorme, chegando a gastos de R$ 3,5 milhões por ano, fora a mão de
obra. Estou dizendo só do material da boca-de-lobo. Nós temos 450 mil bocas-de-lobo na Cidade
de São Paulo. É um serviço continuado. É um serviço de zeladoria importantíssimo para a
cidade, em função das enchentes. O que ocorre? Com o ensaio tecnológico – olhem como o
ensaio é importantíssimo e com o bom trabalho dos engenheiros do Tribunal de Contas, eles
fizeram um relatório dos ensaios tecnológicos. Quanto à resistência do concreto, elas foram
aprovadas. Nós já fizemos uma análise em tudo: na boca-de-lobo, guias, guias-chapéus, sarjetas e
sarjetões. Eles atenderam satisfatoriamente quanto à resistência, a dureza do concreto. Para que
tenhamos uma ideia, elas foram 100% reprovadas porque a boca-de-lobo é armada. Tem ferro no
meio. O ferro, que foi contratado de 8 mm, estava com 6 mm. O espaçamento de ferro também é
maior e em vez de ser de 10 cm, é maior. A armadura é em cima e embaixo, tem armadura dupla
e só tinha uma armadura simples. É por isso que vemos tantas tampas trincadas. Olhem o que
está ocorrendo. Isso era uma ata antiga, que nós tínhamos feito em 2014, e agora tem uma ata
nova. Eu já estou enviando para a publicação, que Vossa Excelência fará, para que ela envie a
todas as Subprefeituras e que exijam, porque, pelo contrato, é obrigatório que a empresa dê a
realização de todos os ensaios tecnológicos a cada cem peças. Eu já estou enviando para que ele
envie a todas as Subprefeituras e, nessa ata nova, faça isso. Todas as bocas-de-lobo de 2014
devem ser trocadas. Isso eu ainda vou trazer ao Plenário, mas estou informando de forma
auxiliar, porque senão o erário perde. Olhem o prejuízo que dá ao erário. Além da fragilidade, há
a mão de obra, porque, quanto mais quebra, mais mão de obra se gasta. Além dos R$ 3,5
milhões, nós não calculamos é difícil mensurar o que será feito. Eu trouxe esse exemplo da boca-
de-lobo, porque o Conselheiro Maurício Faria e eu ficamos dialogando sobre a resistência.
Houve um pouco de demora, mas aqui findou o nosso estudo, com esses números. Olhem a
importância que tem o ensaio tecnológico. Daqui para frente, isso deve ser uma coisa de décadas.
É a importância do ensaio tecnológico. Em segundo lugar, Senhor Presidente, hoje houve a
publicação sobre a Corregedoria 2014/2015 no Diário Oficial da Cidade. Só tem um gráfico
interessante lá. Eu inicio com a economia e celeridade processual, que foi a Sala das Becas, que
nós começamos a colocar na intranet as pautas já previamente com os relatórios. Isso deu uma
celeridade no processo muito grande. Seria interessante projetar esse gráfico. Eu vou dar um
número. Em 2012, só o fato de não ler mais aqui no Plenário e, previamente entregue o relatório,
foram 1.885 processos. Em 2013, ele pulou para 2.557 processos. Em 2014, 4.222 processos.
Entre 2012 e 2014 houve um aumento de 130% dos processos do Pleno, Juízo Singular e
Câmaras. Isso está no Sigma. Olhem o aumento que houve, até porque isso incentiva. O
Conselheiro João Antonio reclamava: “Eu tenho mais de mil processos. Como nós vamos fazer?”
Vossa Excelência até estava estudando e falava naquele momento em prescrição. Não sei se
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Vossa Excelência ainda está estudando, porque realmente tinha razão e, naquele momento, eu
falei: “Cabe razão a Vossa Excelência. É muito processo. Vamos ficar velhinhos, sair daqui e não
ter julgado tudo.” Vejam o gráfico. Isso foi impressionante. Se continuarmos nesse ritmo, vai ser
uma beleza, porque vamos nos dedicar realmente para aquele momento da cidade em que é
preciso que demos uma resposta rápida, porque dar uma resposta depois de décadas não
funciona. Essa é a projeção do voto na Sessão Plenária. O seguinte é a projeção do voto, que foi
feita. Depois foi falado da representação eletrônica, que eu também apresentei, que foi um caso
que veio da Prodam. Esse caso veio do Estado do Pará. A representação eletrônica e a
disponibilização das representações. Hoje todo mundo sabe o que entra e sai daqui. A tramitação
do processo é bem rápida. Depois, o sistema de tramitação interna, o TID. Esse TID está difícil.
A Secretaria Geral e o Secretário também precisa implantar. O TID é importantíssimo porque nós
conversamos com a Prefeitura. A Prefeitura implantou e está excelente. Nós precisamos ter o
TID implantado aqui dentro, ou não funciona. Na Secretaria Geral eu ainda vejo muito
papelzinho sem nada, que fica ali. É um apelo que eu faço do TID. O grupo de trabalho de
aposentadoria e pensão está pronto. Me falaram que o Dr. Sebastião do meu Gabinete está pronto
para enviar ao Senhor. Depois, a cartilha de adiantamento, que foi feita, e espero que surta algum
efeito, porque já está no nosso site. Muita gente não vai mais precisar fazer tanto processo.
Depois que foi implantada a Ouvidoria, no final de 2013, com essa resolução, as correições que
fiz no Cartório, com a inspeção das Unidades de Cartório e Ofícios. Eu já dei para o Senhor
Presidente todas as sugestões para que ele estude e faça de forma virtual ou faça de outra forma.
Hoje, em vez de ter carro alugado, pega-se uma pessoa e vai naquele sistema. Tem uma
Secretaria que usa táxi – chama o táxi, vai e volta, que é muito mais rápido do que nós termos
um carro aqui. Seria interessante fazer esse estudo também. A inspeção no restaurante eu fiz e
depois publiquei. A inspeção no serviço médico, eu estou esperando terminar, porque o Setor de
Recursos Humanos está me devendo um ofício. A Engenharia, o termo do CREA e CAU, já
conversei com o Presidente, ele já está aceitando melhor, vamos continuar conversando. O ensaio
tecnológico, eu já dei o exemplo hoje. O monitoramento por motolink, as câmeras fixas foram
excelentes. O livro de ordem é uma coisa que é indiscutível. Depois as minhas visitas. E, por fim,
os indicadores de desempenho, que com o Conselheiro João Antonio nós votamos na sessão de 6
de maio de 2015 e falamos que seriam implantados os indicadores de desempenho e a Escola de
Contas iria apresentar mas não apresentou até hoje. Não estou fazendo a cobrança, mas precisa
apresentar sobre isso, Conselheiro João Antonio, porque nós ainda não temos. Os indicadores
falharam, porque foi dia 6 de maio, mas até agora eu não vi. Nós tínhamos votado de implantar
os indicadores em 2016, já que para a zeladoria da cidade é importantíssimo. Eu vou lembrar
aqui: “Os principais indicadores da cidade: cata-bagulho, ecoponto, poda de árvore, iluminação
pública, coleta de lixo, varrição, manutenção de calçada, guia e sarjeta, corte de grama e
capinação. Foi feito um projeto-piloto de tapa-buraco, poda de árvore, limpeza mecânica, boca-
de-lobo e limpeza de córrego. Serão mapeados e analisados seus aspectos de deficiência, eficácia
e produtividade financeira.” Isso é muito importante. Eu fiz um estudo e vou apresentar
futuramente, Senhor Presidente. São dois estudos. É esse julgamento virtual, onde há consenso.
O meu raciocínio é que com essa equipe nova de funcionários que entrou, se nós implantarmos a
celeridade do processo, não fica essa enormidade de processo com cada um. Nós vamos julgar o
que a cidade quer. A cidade quer respostas rápidas. Teve problema na merenda? Nós resolvemos.
Com o processo lento, pode por o número de funcionários que quiser, só que ele vai ser lento. Eu
estou fazendo julgamento virtual, como no Judiciário – isso é do Judiciário –, para que nós
possamos implantar aqui. Onde há consenso, pode ser virtual. Nós conversamos, fizemos,
liquidamos, como está sendo feito no TCE. No TCE, com a antecipação de voto eles julgam
muitos processos. A celeridade é muito maior. Eu me preocupo com essa questão de que nós
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podemos acelerar. Futuramente, eu vou voltar a esse tema de julgamento virtual. Eu gostaria de
ter um levantamento, até em função do que o Conselheiro João Antonio falou, de tantos
processos. Quando ele falou que tem mil processos, se ele ficar dez anos, ele vai ficar com os mil
lá, porque realmente é dificultoso. Volta o tema do Conselheiro João Antonio, que ele propôs, e
agora também acho que a ele cabe razão, que é de neste ano fazermos o esforço de duas sessões
semanais. Dois plenários semanais, para que possamos limpar essa pauta. Foi uma sugestão. Eu
fiquei estudando e no Judiciário há o julgamento eletrônico, que acho que cabe aqui. Repito: em
temas de consenso. Vossa Excelência tinha colocado naquele momento duas Sessões Plenárias.
Eu volto a este tema, para que façamos uma reflexão. Neste ano, nós nos concentrarmos e
limparíamos, no sentido de deixar a coisa fluir mais. Era isso, Senhor Presidente, os meus
informes. Desculpe me alongar." Dando sequência, o Conselheiro Presidente Roberto Braguim,
a fim de que pudesse relatar os processos de sua pauta, solicitou ao Conselheiro Vice-Presidente
Maurício Faria que assumisse a direção dos trabalhos. Passou-se à Ordem do Dia. –
PROCESSOS RELATADOS PELO CONSELHEIRO PRESIDENTE ROBERTO
BRAGUIM – 1) TC 1.277/14-10 – Secretaria Municipal de Educação – SME e Martins &
Lococo Lavanderia Ltda. – Pregão Eletrônico 28/SME/2013 – Contrato 03/SME/2014 R$
6.655.271,04 est. – Serviços de lavanderia com o fornecimento e lavagem de roupa de cama e
banho para os Centros de Educação Infantil – CEIs, localizados nos Centros Educacionais
Unificados – CEUs – Lotes 01, 02, 03, 05, 06, 08, 09, 10 e 11 ACÓRDÃO: “Vistos, relatados e
discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro Roberto Braguim. Acordam os
Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de
conformidade com o relatório e voto do Relator, em acolher o Pregão Eletrônico 28/SME/2013 e
o Contrato 03/SME/2014. Acordam, ademais, à unanimidade, em determinar à Subsecretaria de
Fiscalização e Controle desta Corte o acompanhamento da execução do ajuste. Relatório: Trata
o presente da análise do Pregão Eletrônico 28/SME/2013 e do Contrato 03/SME/2014, dele
decorrente, ajustado entre a Secretaria Municipal de Educação – SME e Martins & Lococo
Lavanderia Ltda., tendo por objeto a prestação de serviços de lavanderia com fornecimento e
lavagem de roupa de cama e banho para os Centros de Educação Infantil – CEIs localizados nos
Centros Educacionais Unificados – CEUs – lotes 1 a 3; 5 e 6; e 8 a 11, no valor estimado de R$
6.655.271,04 (seis milhões, seiscentos e cinquenta e cinco mil, duzentos e setenta e um reais e
quatro centavos). A Coordenadoria II considerou irregular o Procedimento Licitatório, tendo em
vista a infringência cometida ao disposto no § 4º do artigo 7º da Lei 8.666/931, uma vez que não
foi apresentada justificativa para o percentual de reserva de 15% (quinze inteiros por cento)
exigido para as toalhas de banho, destacando que foi utilizado como base para os quantitativos o
número de alunos dos 45 CEUs/CEIs. Acrescentou que em Pregões anteriores o percentual
mencionado era de 10% (dez inteiros por cento). Face ao apontado, no sentir de SFC, melhor
sorte não mereceu o Contrato, uma vez que decorrente de Licitação considerada irregular. Na
sequência, a Assessoria Jurídica de Controle Externo acompanhou a conclusão de SFC,
sugerindo, contudo, a oitiva da Secretaria. Oficiada para manifestar-se, a Secretaria apontou o
aumento significativo nas matrículas da Educação Infantil, especialmente dos Centros de
Educação Infantil dos Centros de Educação Unificados, de 9.165 (nove mil, cento e sessenta e
cinco) em dezembro de 2008, para 11.442 (onze mil, quatrocentos e quarenta e dois) em 2014,
representando acréscimo de aproximadamente 25% (vinte e cinco inteiros por cento). Esclareceu,
ainda, que levantamento realizado junto aos Diretores dos CEIs indicou como prioridade, o
1 Art. 7º As licitações para a execução de obras e para a prestação de serviços obedecerão ao disposto neste artigo e,
em particular, à seguinte sequência: (...) § 4º - É vedada, ainda, a inclusão, no objeto da licitação, de fornecimento de
materiais e serviços sem previsão de quantidades ou cujos quantitativos não correspondam às previsões reais do
projeto básico ou executivo.
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aumento do número de toalhas, tendo em vista a quantidade de horas de permanência das
crianças nos CEIs (10 horas), com as habituais intercorrências, bem como a inclusão do uso
da piscina nesses espaços. O Pregoeiro, a partir de sua intimação, reprisou os argumentos da
Pasta, enfatizando que os pontos questionados fazem parte da fase interna do Certame.
Provocada, a Contratada informou que somente acolheu as exigências da Pasta e cumpriu
todas as obrigações do Edital e do Contrato. Diante das defesas apresentadas, a
Coordenadoria II entendeu que a Secretaria Municipal de Educação justificou a necessidade
de aumento do coeficiente de reserva de toalhas, razão pela qual retificou sua conclusão,
orientando-se agora pela aprovação do Pregão e do Contrato analisados, no que foi
acompanhada pela Assessoria Jurídica de Controle Externo e pela Procuradoria da Fazenda
Municipal. É o relatório. Voto: Conforme concluído pela SFC, a Secretaria Municipal de
Educação, em suas razões, conseguiu demonstrar satisfatoriamente a necessidade do aumento
do percentual de reserva das toalhas em razão sobretudo do acréscimo das matrículas da
Educação Infantil, especialmente nos Centros de Educação Infantil localizados nos Centros
de Educação Unificados, que acolhem alunos na faixa etária entre zero a três anos. De se
ponderar, também, na consideração desse aumento, o fato de que as crianças atendidas
permanecem 10 horas nas unidades, inclusive com utilização de piscinas, o que pode
demandar a necessidade de mais de um banho diário. Por esses motivos e com respaldo nas
conclusões finais das Áreas Técnicas e da Procuradoria da Fazenda Municipal, que incorporo
ao presente, acolho o Pregão Eletrônico 28/SME/2013 e o Contrato 03/SME/2014,
determinando, na sequência, o acompanhamento da execução do Ajuste. Participaram do
julgamento os Conselheiros João Antonio – Revisor, Edson Simões e Domingos Dissei.
Presente o Procurador Chefe da Fazenda Guilherme Bueno de Camargo. Plenário
Conselheiro Paulo Planet Buarque, 17 de fevereiro de 2016. a) Maurício Faria – Vice-
Presidente no exercício da Presidência; a) Roberto Braguim – Relator.” 2) TC 436/14-96 –
Secretaria Municipal de Educação – SME e Fundação Getúlio Vargas – FGV – Contrato
055/SME/2013 R$ 3.300.000,00 – Prestação de serviços técnicos especializados para a
obtenção dos estudos necessários à modernização da estrutura administrativa e de gestão da
Secretaria ACÓRDÃO: “Vistos, relatados e discutidos estes autos, dos quais é Relator o
Conselheiro Roberto Braguim. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do
Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator,
em julgar regular o Contrato 055/SME/2013, determinando as comunicações de praxe.
Relatório: Versa o presente TC sobre a análise do Contrato 055/SME/2013, celebrado, por
dispensa de licitação com fundamentado no inciso XIII do artigo 24 da Lei 8.666/93, entre a
Secretaria Municipal da Educação – SME e a Fundação Getúlio Vargas, tendo por objeto a
prestação de serviços técnicos especializados para a obtenção dos estudos necessários à
modernização da estrutura administrativa e gestão da Contratante, no valor de R$ 3.300.000,00
(três milhões e trezentos mil reais). A Secretaria apontou que a Contratação teve por objetivo
aprimorar o modelo administrativo então vigente no seu âmbito, de forma que as atividades meio
fossem planejadas e otimizadas para apoiar o desenvolvimento do ensino público no Município.
Nesse sentido, a Pasta enunciou no Termo de Referência de fls. 8/25 os macro objetivos
perseguidos, a saber: 1) Levantamento, análise e diagnóstico do modelo de gestão atual; 2)
Identificação dos processos e funções; 3) Proposta de o novo modelo de sua gestão e governança;
4) Proposta de modelo de operação da nova estrutura. De igual modo, apontou as etapas dos
trabalhos, os prazos de execução dos serviços, o local de sua execução, o calendário de
pagamentos e as condições gerais do fornecimento. Após consulta a 6 (seis) instituições, com
oferecimento de propostas por 3 (três) delas, a Secretaria optou pela de menor preço, apresentada
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pela Fundação Getúlio Vargas, daí decorrendo o Contrato 055/SME/2013. Na devida
instrução, a Subsecretaria de Fiscalização e Controle reconheceu a regularidade do Ajuste,
eis que a Pasta comprovou sua necessidade, com a justificativa da escolha e do preço,
decorrente este de pesquisa, não remanescendo, assim, qualquer apontamento. A Assessoria
Jurídica de Controle Externo acompanhou a Equipe Técnica deste Tribunal, entendendo que o
Contrato, no tocante aos aspectos jurídicos, está em condições de ser acolhido, enfatizando haver
perfeita correlação entre o objeto pactuado e as atividades desenvolvidas pela Fundação. Por seu
turno, a Procuradoria da Fazenda Municipal, na esteira das manifestações dos Órgãos Técnicos,
propugnou pela regularidade do Ajuste. É o relatório. Voto: O Contrato em exame, celebrado por
dispensa de Licitação, nos termos do permissivo do inciso XIII do artigo 24 da Lei 8.666/93, tem
por objeto prestação de serviços técnicos especializados para obtenção de estudos necessários à
modernização da estrutura administrativa e de gestão da Secretaria Municipal da Educação de
São Paulo. Os motivos da contratação encontram-se largamente esclarecidos pela Secretaria na
documentação de suporte que antecedeu a contratação, estando demonstrada, ainda, a perfeita
adequação à hipótese do dispositivo legal fundamentador da dispensa. De igual modo, como
consignado no relatório, houve consulta a 6 (seis) instituições, dentre as quais 3 (três) ofereceram
propostas, sopesadas pela Pasta, que findou por eleger aquela de menor preço, como atesta a
planilha juntada à fl. 80 dos autos. Diante desses elementos, os Órgãos Técnicos desta Casa
foram uníssonos em reconhecer que a contratação direta encontra-se justificada, estando
preenchidos os requisitos legais aplicáveis. Pelo exposto, julgo regular o Contrato
055/SME/2013, determinando as comunicações de praxe. Participaram do julgamento os
Conselheiros João Antonio – Revisor, Edson Simões e Domingos Dissei. Presente o Procurador
Chefe da Fazenda Guilherme Bueno de Camargo. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 17
de fevereiro de 2016. a) Maurício Faria – Vice-Presidente no exercício da Presidência; a)
Roberto Braguim – Relator.” 3) TC 540/12-46 – Recursos "ex officio" e de Antonio Oliveira da
Silva interpostos contra a R. Decisão de Juízo Singular de 21/10/2013 – Julgador Conselheiro
Maurício Faria – Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social – Smads e
Maria Zélia de Oliveira Souza – Prestação de contas de adiantamento bancário – julho/2010 (R$
9.308,95) ACÓRDÃO: “Vistos, relatados e discutidos estes autos, ora em grau de recurso, dos
quais é Relator o Conselheiro Roberto Braguim. Acordam os Conselheiros do Tribunal de
Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do
Relator, em conhecer do recurso “ex officio”, uma vez que decorrente de disposição regimental,
demandando o reexame necessário da matéria, bem assim em receber, como recurso ordinário, o
pleito formulado pelo Senhor Antonio Oliveira da Silva, dele conhecendo, nos termos da
manifestação da Assessoria Jurídica de Controle Externo desta Casa, quais sejam, por tempestivo
e por ter demonstrado o recorrente interesse legítimo como responsável pelo controle interno.
Acordam, ademais, à unanimidade, quanto ao mérito, em dar provimento parcial aos recursos,
concedendo quitação integral da prestação de contas analisada à Servidora Maria Zélia de
Oliveira Souza, mantendo-se os demais termos da r. Decisão prolatada, por seus próprios e
jurídicos fundamentos. Relatório: Trata-se da análise de Recursos "Ex Officio" e Voluntário
interposto por Antonio Oliveira da Silva, em face de r. Decisão proferida pelo Conselheiro
Maurício Faria, em sede de Juízo Singular, que julgou parcialmente regular a despesa, no valor
de R$ 5.282,10 (cinco mil, duzentos e oitenta e dois reais e dez centavos), e irregular outra parte,
no importe de R$ 4.026,85 (quatro mil, vinte e seis reais e oitenta e cinco centavos), tendo em
vista que a Secretaria, por meio das Coordenadorias Regionais de Assistência Social, realizou
gastos com aquisição de gêneros alimentícios com o mesmo fornecedor, materializados em
vários documentos fiscais, cuja soma totalizou o valor além do permitido, evidenciando a
celebração de contrato verbal afastando-se do conceito de pequenas compras, inerentes ao
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próprio regime de adiantamento. Apontou, ainda, o Julgador, que não restou justificada a
"impossibilidade de realização das despesas pelo processo normal de aplicação, vez que os
gastos foram destinados a atender despesas que, em face de sua previsibilidade, poderiam estar
contempladas em plano de aquisições pelo processo normal de aplicação, objetivando o
suprimento das demandas rotineiras da Unidade, no que tange à concessão de gêneros
alimentícios e outros "benefícios eventuais" às pessoas carentes". Sua Excelência deixou de
imputar os correspondentes débitos, posto que no caso em tela não restaram evidenciadas as
hipóteses previstas nas alíneas "a" a "d" do § 2º inciso III da Instrução 03/11 desta E. Corte. A
Secretaria foi oficiada e a Responsável pelo adiantamento intimada, tendo transcorrido "in albis"
o prazo assegurado, em ambos os casos, para oferecimento de Recursos. De sua parte, Antonio
Oliveira da Silva, na qualidade de responsável pela aprovação da Prestação de Contas no âmbito
da Pasta, apresentou petição requerendo a reforma do julgado, para que seja concedida quitação à
interessada, tendo em vista que a contratação ocorreu sob a égide da Portaria 44/2009/SMADS.
Alegou que, em atendimento à determinação desta Corte, a Secretaria editou nova Ordem Interna
02/SMADS/2012, alterada posteriormente pela de nº 01/2013-SMADS, e a partir da edição dessa
última deixou-se de utilizar a verba de adiantamento para aquisição de alimentos para população
carente. Repisou que esta Corte apesar de julgar irregulares as prestações de contas sem
imputação de recolhimento do valor rejeitado, não tem concedido quitação correspondente aos
servidores, o que os deixa numa condição de vulnerabilidade. Na devida instrução, a Assessoria
Jurídica de Controle Externo opinou pelo conhecimento do Recurso Necessário, posto que
regimental e do pleito oferecido por Antonio Oliveira da Silva, por tempestivo e por
demonstrado interesse legítimo do apelante, responsável pelo controle interno. No mérito,
orientou-se pelo improvimento dos Apelos, porque em seu entendimento o instituto da quitação
pressupõe um valor a ser recolhido, sendo que no caso não foi imputado débito. De sua vez, a
Procuradoria da Fazenda Municipal tomou ciência do processado e requereu o recebimento e
provimento dos Recursos, para declarar-se regular a Prestação de Contas. Por fim, a Secretaria
Geral manifestou-se pelo conhecimento dos Apelos, e, no mérito, opinou pelo provimento
parcial, para que seja dada quitação à responsável. É o relatório. Voto: Conheço do Recurso "Ex
Officio", eis que decorrente de disposição regimental, demandando o reexame necessário da
matéria. Recebo como Recurso Ordinário o pleito formulado por Antonio Oliveira da Silva, dele
conhecendo, nos termos da manifestação da Assessoria Jurídica de Controle Externo. No mérito,
DOU PROVIMENTO PARCIAL aos Recursos, para conceder quitação integral da Prestação de
Contas analisada à servidora Maria Zélia de Oliveira Souza, mantendo-se os demais termos da r.
Decisão prolatada, por seus próprios e jurídicos fundamentos. Participaram do julgamento os
Conselheiros João Antonio – Revisor, Edson Simões e Domingos Dissei. Presente o Procurador
Chefe da Fazenda Guilherme Bueno de Camargo. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 17
de fevereiro de 2016. a) Maurício Faria – Vice-Presidente no exercício da Presidência; a)
Roberto Braguim – Relator.” 4) TC 2.121/12-94 – Recursos "ex officio" e de Antônio Oliveira
da Silva interpostos contra a R. Decisão de Juízo Singular de 27/9/2013 – Julgador Conselheiro
Maurício Faria – Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social – Smads e Vera
Suzart Barbosa – Prestação de contas de adiantamento bancário – setembro/2010 (R$ 18.297,66)
ACÓRDÃO: “Vistos, relatados e discutidos estes autos, ora em grau de recurso, dos quais é
Relator o Conselheiro Roberto Braguim. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do
Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em
conhecer do recurso “ex officio”, uma vez que decorrente de disposição regimental, demandando
o reexame necessário da matéria, bem assim em receber, como recurso ordinário, o pleito
formulado pelo Senhor Antonio Oliveira da Silva, dele conhecendo, nos termos da manifestação
da Assessoria Jurídica de Controle Externo desta Casa, quais sejam, não obstante o apelante não
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tenha indicado expressamente o fundamento legal da peça apresentada, impõe-se seu
recebimento com “status” de recurso ordinário, tendo em vista não só o conteúdo material da
defesa, mas também em observância ao princípio do informalismo aplicado ao Direito
Administrativo. Acordam, ademais, à unanimidade, quanto ao mérito, em dar provimento parcial
aos recursos, concedendo quitação integral da prestação de contas analisada à Servidora Vera
Suzart Barbosa, mantendo-se os demais termos da r. Decisão prolatada, por seus próprios e
jurídicos fundamentos. Relatório: Trata-se da análise de Recursos "Ex Officio" e Voluntário
interposto por Antonio Oliveira da Silva, em face de r. Decisão proferida pelo Conselheiro
Maurício Faria, em sede de Juízo Singular, que julgou parcialmente regular a despesa, no valor
de R$ 6.213,11 (seis mil, duzentos e treze reais e onze centavos), e irregular outra parte, no
importe de R$ 12.084,55 (doze mil, oitenta e quatro reais e cinquenta e cinco centavos), tendo
em vista que: I - as despesas foram realizadas com aquisição de gêneros alimentícios com o
mesmo fornecedor, em valor superior ao limite permitido, configurando contratação verbal,
vedada pelo parágrafo único do artigo 60 da Lei 8.666/93; II - por não restar justificada a
impossibilidade de realização das despesas pelo processo normal de aplicação, vez que os gastos
foram destinados a atender despesas previsíveis, que poderiam estar contempladas em um plano
de aplicação pelo processo normal de aplicação, objetivando o suprimento das demandas
rotineiras da Unidade, no que tange à concessão de gêneros alimentícios e outros "benefícios
eventuais" às pessoas carentes. O nobre Julgador deixou de imputar à responsável o débito
correspondente, em razão do disposto na Instrução 03/2011 desta Casa, com apontamento de
determinação. A Secretaria foi oficiada e a Responsável pelo adiantamento intimada, tendo
transcorrido "in albis" o prazo assegurado, em ambos os casos, para oferecimento de Recursos.
De sua parte, Antonio Oliveira da Silva, na qualidade de responsável pela aprovação da
Prestação de Contas no âmbito da Pasta, apresentou petição requerendo a reforma do julgado,
para que seja concedida quitação à interessada, tendo em vista que a contratação ocorreu sob a
égide da Portaria 44/2009/SMADS, vigente à época. Alegou que, em atendimento à
determinação desta Corte, a Secretaria editou nova Ordem Interna 01/2013-SMADS/2012,
alterada posteriormente pela de nº 01/2013-SMADS, e a partir da edição dessa última deixou-se
de utilizar a verba de adiantamento para aquisição de alimentos para população carente. Na
devida instrução, a Assessoria Jurídica de Controle Externo opinou pelo conhecimento do
Recurso Necessário, posto que regimental. No que se refere ao pleito oferecido por Antonio
Oliveira da Silva, considerou que ainda que ele não tenha indicado expressamente o fundamento
legal da Peça apresentada, impõe-se seu recebimento com "status" de Recurso Ordinário, tendo
em vista não só o conteúdo material da defesa, mas também, em observância ao Princípio do
Informalismo aplicado ao Direito Administrativo. No mérito, orientou-se pelo improvimento dos
Apelos, porque não foram apresentados elementos capazes de alterar a r. Decisão prolatada. De
sua vez, a Procuradoria da Fazenda Municipal tomou ciência do processado e requereu o
recebimento e provimento dos Recursos, para declarar-se regular a Prestação de Contas. Por fim,
a Secretaria Geral manifestou-se pelo conhecimento dos Apelos, e, no mérito, opinou pelo seu
provimento parcial, para que seja dada quitação à responsável, mantendo-se, no mais, a decisão
guerreada. É o relatório. Voto: Conheço do Recurso "Ex Officio", eis que decorrente de
disposição regimental, demandando o reexame necessário da matéria. Recebo como Recurso
Ordinário o pleito formulado por Antonio Oliveira da Silva, dele conhecendo, nos termos da
manifestação da Assessoria Jurídica de Controle Externo. No mérito, na esteira do
pronunciamento da Secretaria Geral, DOU PROVIMENTO PARCIAL aos Recursos, para
conceder quitação integral da Prestação de Contas analisada a Vera Suzart Barbosa, mantendo-se
os demais termos da r. Decisão prolatada, por seus próprios e jurídicos fundamentos.
Participaram do julgamento os Conselheiros João Antonio – Revisor, Edson Simões e Domingos
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Dissei. Presente o Procurador Chefe da Fazenda Guilherme Bueno de Camargo. Plenário
Conselheiro Paulo Planet Buarque, 17 de fevereiro de 2016. a) Maurício Faria – Vice-Presidente
no exercício da Presidência; a) Roberto Braguim – Relator.” 5) TC 3.239/11-59 – Recursos "ex
officio" e de Antonio Oliveira da Silva interpostos contra a R. Decisão de Juízo Singular de
1º/10/2013 – Julgador Conselheiro Maurício Faria – Secretaria Municipal de Assistência e
Desenvolvimento Social – Smads e Luzia Ivete Casoni da Rocha – Prestação de contas de
adiantamento bancário – maio/2010 (R$ 17.841,90) ACÓRDÃO: “Vistos, relatados e
discutidos estes autos, ora em grau de recurso, dos quais é Relator o Conselheiro Roberto
Braguim. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à
unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em conhecer do recurso “ex
officio”, uma vez que decorrente de disposição regimental, demandando o reexame necessário da
matéria, bem assim em receber, como recurso ordinário, o pleito formulado pelo Senhor Antonio
Oliveira da Silva, dele conhecendo, nos termos da manifestação da Assessoria Jurídica de
Controle Externo desta Casa, quais sejam, em razão da informalidade do processo
administrativo, bem como em razão do apelante ser responsável pelo controle interno. Acordam,
ademais, à unanimidade, quanto ao mérito, em dar provimento parcial aos recursos, concedendo
quitação integral da prestação de contas analisada à servidora Luzia Ivete Casoni da Rocha,
mantendo-se os demais termos da r. Decisão prolatada, por seus próprios e jurídicos
fundamentos. Relatório: Trata-se da análise de Recursos "ex officio" e Voluntário interposto
este por Antonio Oliveira da Silva, em face de r. Decisão proferida pelo Conselheiro Maurício
Faria, em sede de Juízo Singular, que julgou parcialmente regular a despesa, no valor de R$
2.467,32 (dois mil, quatrocentos e sessenta e sete reais e trinta e dois centavos), e irregular outra
parte, no importe de R$ 15.374,58 (quinze mil, trezentos e setenta e quatro reais e cinquenta e
oito centavos), tendo em vista que a Secretaria, realizou gastos com aquisição de gêneros
alimentícios com o mesmo fornecedor, extrapolando o montante de R$ 4.000,00 (quatro mil
reais) evidenciando a celebração de contrato verbal, e afastando-se do conceito de pequenas
compras, inerentes ao próprio regime de adiantamento. Apontou, ainda, o Julgador, "que não
restou justificada a impossibilidade de realização das despesas pelo processo normal de
aplicação, vez que os gastos foram destinados a atender despesas que, em face da sua
previsibilidade, poderiam estar contempladas em plano de aquisições pelo processo normal de
aplicação, objetivando o suprimento das demandas rotineiras da Unidade, no que tange à
concessão de gêneros alimentícios e outros "benefícios eventuais" às pessoas carentes". Sua
Excelência deixou de imputar o correspondente débito, posto que no caso em tela não restaram
evidenciadas as hipóteses previstas nas alíneas "a" a "d" do § 2º inciso III do artigo 1º da
Instrução 03/11 desta E. Corte. A Secretaria foi oficiada e a Responsável pelo adiantamento
intimada, tendo transcorrido "in albis" os prazos assegurados, em ambos os casos, para
oferecimento de Recursos. De sua parte, Antonio Oliveira da Silva, na qualidade de responsável
pela aprovação da Prestação de Contas no âmbito da Pasta, apresentou petição requerendo a
reforma do julgado, para que seja concedida quitação à interessada, tendo em vista que a
Contratação ocorreu sob a égide da Portaria 44/2009/SMADS. Alegou que, em atendimento à
determinação desta Corte, a Secretaria editou nova Ordem Interna 02/SMADS/2012, alterada
posteriormente pela de nº 01/2013-SMADS, e a partir da edição dessa última deixou-se de
utilizar a verba de adiantamento para aquisição de alimentos para população carente. Repisou
que esta Corte apesar de julgar irregulares as Prestações de Contas sem imputação de
recolhimento do valor rejeitado, não tem concedido quitação correspondente aos servidores, o
que os deixa numa condição de vulnerabilidade. Na devida instrução, a Assessoria Jurídica de
Controle Externo opinou pelo conhecimento do Recurso Necessário, posto que regimental, e pelo
recebimento do pleito oferecido por Antonio Oliveira da Silva, como recurso, em razão da
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informalidade do processo administrativo sendo o apelante, responsável pelo controle interno.
No mérito, orientou-se pelo improvimento dos Apelos com a manutenção da r. Decisão, por seus
próprios e jurídicos fundamentos, acrescentando o Assessor Chefe que na sua opinião não cabe o
instituto da quitação, posto que não houve valor a ser recolhido, acompanhando assim sua
assessoria. De sua vez, a Procuradoria da Fazenda Municipal tomou ciência do processado e
requereu o recebimento e provimento dos Recursos, para declarar-se regular a Prestação de
Contas e concedida a quitação à servidora. Entendeu que as impropriedades havidas são de
cunho formal e que os atos praticados foram em prol da Administração Pública, não tendo ficado
comprovado nos autos presença de dolo, dano ou prejuízo ao Erário. Por fim, a Secretaria Geral
manifestou-se pelo conhecimento dos Apelos, e, no mérito, pelo provimento parcial, para que
seja dada quitação à responsável. É o relatório. Voto: Conheço do Recurso "ex officio", porque
decorrente de disposição contida no artigo 137, parágrafo único, do Regimento Interno,
demandando o reexame necessário da matéria. Conforme votos já proferidos por mim em outros
processos, recebo como Recurso Ordinário o pleito formulado por Antonio Oliveira da Silva,
dele conhecendo, nos termos da manifestação da Assessoria Jurídica de Controle Externo. No
mérito, DOU PROVIMENTO PARCIAL aos Recursos, para conceder quitação integral da
Prestação de Contas analisada à servidora Luzia Ivete Casoni da Rocha, mantendo os demais
termos da r. Decisão prolatada, por seus próprios e jurídicos fundamentos. Participaram do
julgamento os Conselheiros João Antonio – Revisor, Edson Simões e Domingos Dissei. Presente
o Procurador Chefe da Fazenda Guilherme Bueno de Camargo. Plenário Conselheiro Paulo
Planet Buarque, 17 de fevereiro de 2016. a) Maurício Faria – Vice-Presidente no exercício da
Presidência; a) Roberto Braguim – Relator.” 6) TC 1.379/14-90 – Secretaria Municipal de
Educação – SME – Inspeção – Apuração de possíveis irregularidades denunciadas pelo
Ministério Público do Estado de São Paulo, envolvendo o CEU Vila do Sol ACÓRDÃO:
“Vistos, relatados e discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro Roberto Braguim.
Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de
conformidade com o relatório e voto do Relator, considerando que o relatório da Área Técnica
desta Corte enfrentou adequadamente as questões submetidas a sua competência, em conhecer
das conclusões alcançadas na presente inspeção, determinando o devido registro. Acordam,
ademais, à unanimidade, em determinar a remessa de ofício ao Ministério Público do Estado de
São Paulo, em atenção ao pleito inicial, bem como à Secretaria Municipal de Educação, com
cópia do relatório e voto do Relator, bem como deste Acórdão, acompanhado com cópia dos
pareceres constantes dos autos. Acordam, afinal, à unanimidade, em determinar, após as
providências decorrentes, o arquivamento do feito. Relatório: Trata-se de Procedimento de
Fiscalização por mim determinado, na forma do despacho de fl. 21, e realizado na modalidade de
Inspeção na Secretaria Municipal de Educação – SME, a partir de solicitação encaminhada pela
8ª Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social da Capital, envolvendo eventuais
irregularidades ocorridas no CEU – Centro de Educação Unificado Vila do Sol, nos anos de 2011
e 2012. Em seu encaminhamento, o nobre Promotor fez juntar cópia do Inquérito Civil 520/2012,
instaurado a partir de Representação, no qual são noticiadas falhas envolvendo a Gestora do
equipamento em causa - Patrícia Barbosa de Souza Silva, tais como, "ausência no trabalho,
omissão no desenvolvimento de projetos, ausência de prestação de contas, de encaminhamento
de projetos para apreciação e aprovação ao Conselho Gestor e Colegiado, de vistoria mensal nas
dependências do local, abuso de poder, coagindo servidores à exoneração, entre outras, a apurar".
Dando cumprimento à Ordem de Serviço 2014.06993.4, a Subsecretaria de Fiscalização e
Controle elaborou documento de fls. 187/192vº, abrangendo o período de janeiro/2011 a
dezembro/2012, relatando que a Peça reproduzida às fls. 10/15, trata de diversos assuntos,
apresentados de forma truncada, sendo difícil a compreensão, em alguns casos, do que se
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pretende denunciar. Acrescentou ainda que os anexos citados não a acompanharam, dificultando
a identificação das reais falhas objetivadas. Diante desse quadro, a C-II elegeu 6 (seis) temas para
análise, por considerá-los de sua competência, fazendo-o, em razão do tempo decorrido, a partir
das Atas de Registro das Reuniões do Conselho Gestor, informações da DRE - Diretoria
Regional de Educação – Campo Limpo e da Gestora do CEU Vila do Sol, à época do
desenvolvimento da Inspeção. Os temas eleitos por SFC para análise mereceram as seguintes
constatações: 1 – O controle de frequência de Patrícia Barbosa de Souza Silva era feito por Folha
de Frequência Individual mensal, tendo ela assinado o ponto de 27.01.2011 a 27.01.2013 e, na
maior parte dos dias, o horário assinalado pela própria gestora, à mão, e rubricado era das 13 às
22 horas. Trata-se de controle frágil e não serve para confirmar a presença da servidora, não
sendo possível atestar, ainda mais em decorrência do tempo transcorrido, que ela cumpria seu
horário; 2 – Pelos documentos encaminhados, o quadro de funcionários estava incompleto no
período mencionado pelo denunciante, porém das Atas de reuniões do Conselho Gestor decorre
que foram feitos vários apontamentos de necessidade de pessoal, tendo a Gestora informado
sobre solicitações à Secretaria Municipal de Educação nesse sentido, as quais não foram
atendidas na totalidade por diversos motivos, como falta de interesse dos profissionais pela
distância do equipamento e falta de concurso; 3 – Verificam-se em quase todas as Atas de
Reuniões do Conselho apontamentos relativos a problemas de manutenção nas instalações do
CEU e na maioria das vezes a Gestora expôs as dificuldades enfrentadas para resolvê-los, como
falta de recursos e autorização da DRE. A falta de vistoria mensal por parte da Gestora constou
apenas de uma das Atas, sendo certo que ela não estava presente para se manifestar; 4 – Sobre a
falta de prestação de contas pela Gestora ao Conselho Gestor, pontuou que a competência para
manutenção do CEU é da DRE-CL, que efetua vistoria, constata a necessidade e disponibilidade
de recursos para autorizar a contratação de empresa para realizar a manutenção, não recebendo a
Gestora recursos específicos para isto, apenas Adiantamento Bancário para utilizar em pequenas
manutenções emergenciais, cujas prestações de contas são encaminhadas para a DRE, para
aprovação preliminar e, posteriormente, para o Tribunal de Contas do Município de São Paulo,
para aprovação final. Outros recursos oriundos do setor público ou privado devem ser
depositados na conta da Associação de Pais e Mestres, Servidores, Usuários e Amigos do Centro
Educacional Unificado – APMSUAC, podendo ser utilizados para conservação e manutenção do
prédio, equipamento e instalações do CEU, devendo a prestação de contas ser submetida ao
Conselho Fiscal do Órgão. Solicitadas ao CEU em pauta informações sobre a APMSUAC,
segundo a Gestora, nada foi encontrado a este respeito depois de 30.07.10, data da última Ata de
Assembleia Geral registrada no Livro de Atas de reuniões, mas em três Atas, datadas do ano de
2012, foi apontada a falta de prestações de contas pela Gestora à época e na Ata de 10.02 daquele
ano esta informou que não houve lucro no evento Festa Junina, porém não apresentou evidências
sobre o resultado; 5 – Constata-se nas Atas encaminhadas que vários projetos são discutidos
pelos Conselheiros e cobrados da Gestora, que, em alguns caos, aponta as dificuldades em
realizá-los por força de disponibilidade de pessoal e de espaço; 6 – Diversas Atas de reuniões do
Conselho não foram assinadas pelos participantes, tendo sido apontado que delas não constam
todos os assuntos tratados. A SFC, por fim, considerou procedentes as seguintes denúncias: 1 –
Quadro de funcionários do CEU incompleto; 2 – Falta de prestação de contas; 3 - Não constar
das Atas todos os assuntos tratados nas reuniões. Quanto às outras questões, considerou não ser
possível afirmar sua procedência pelo que segue: a) Ausência da Gestora: pelo o lapso temporal
existente entre a denúncia e a realização da Auditoria; b) Falta de manutenção do CEU: pela
ausência de elementos; c) Falta de encaminhamento de Programas e Projetos: em razão da falta
de clareza na redação de algumas Atas e, ainda, por estarem incompletas. Na sequência, foram
encartadas aos autos as seguintes manifestações: 1 – Antonio Cesar Russi Callegari, Secretário
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Municipal de Educação à época (fls. 218/220): apresentou documento encaminhado pelo Sr.
Alexandre da Silva Cordeiro, Diretor da DRE Campo Limpo à época, no qual a Sra. Patrícia
informa que não resta nenhum ponto acerca das Prestações de Contas que não tenha sido tratado
ou esclarecido por sua gestão aos membros do Conselho; que não havia movimentação ou
operação bancária a ser levada à apreciação do Conselho Gestor posto nenhum valor ter sido
recebido durante sua gestão no CEU e que as Prestações de Contas de Adiantamento bancário
foram devidamente aprovadas; que os assuntos elencados nas pautas eram tratados nas reuniões
do Conselho Gestor e os que ficavam pendentes eram retomados na reunião seguinte; que o
denunciante apresentava assuntos, muitas vezes, redundantes e de difícil compreensão; que as
reuniões eram mensais e não bimestrais, conforme previsto em Portaria, para garantir maior
lisura e acompanhamento por parte dos conselheiros; que as Atas eram extensas e, por esta razão
e por compromissos, alguns participantes não assinavam a lista de presença; que as questões
apresentadas eram esclarecidas, com o devido encaminhamento. O Sr. Alexandre, ainda,
acrescentou que o CEU Vila do Sol, em 2011, teve mais problemas para preencher os cargos
disponibilizados por problema de distância física. 2 – Alexandre da Silva Cordeiro, Diretor da
Delegacia Regional de Educação de Campo Limpo, informou: a) que no período de abrangência
da Inspeção, não era o Diretor da Unidade, não sendo portanto pessoa legítima para apresentar
defesa; b) que o quadro de funcionários do CEU Vila do Sol sofre alterações devido ao fato de o
equipamento estar localizado em área das mais distantes e periféricas da Cidade de São Paulo e
suprir a falta de recursos humanos é um grande desafio para o Gestor; c) quanto aos demais itens
apontados, por se tratar de fatos de outra gestão, é de ser convocada a Gestora do CEU, à época
dos fatos, para manifestar-se; d) que, logo após ter assumido o cargo de Diretor, o denunciante
relatou as supostas irregularidades praticadas naquele CEU, protocolando documentos com
questionamentos, a partir do que foi instaurado na DRE processo de apuração preliminar, o qual,
após análise da Comissão responsável, foi encaminhado a PROCED. 3 – Vera Maria Angelo,
Gestora do CEU Vila do Sol, à época das defesas, pontuou: a) que estava no cargo desde abril de
2013 e que relendo as Atas das reuniões do Conselho Gestor dos anos anteriores não ficam claras
as questões abordadas na denúncia; b) que a SME e a DRE tentam preencher os cargos vagos
com possibilidades de contratação, porém há dificuldade em fazê-lo em todas as unidades
escolares e equipamentos da região, pois os profissionais preferem trabalhar em lugares mais
acessíveis; c) que, até a época de sua manifestação, não havia sido constituída a Associação de
Pais e Mestres, Servidores, Usuários e Amigos do Centro Educacional Unificado – APMSUAC,
assim não havia verbas para prestar contas, sendo que as de Adiantamento Bancário eram
realizadas conforme legislação vigente; d) que tem procurado sanar a falta de clareza das Atas de
reuniões do Conselho Gestor, escrevendo-as durante a reunião, com leitura e assinatura dos
presentes no momento do encerramento. 4 – Patrícia Barbosa de Souza Silva, Gestora do CEU
Vila do Sol, à época dos fatos, esclareceu: a) que os cargos em comissão, quando disponíveis,
eram enviados à DRE – Campo Limpo para as devidas providências; b) que as despesas
realizadas por adiantamento bancário eram expostas na parede da sala de reuniões e feita uma
breve explanação sobre os serviços, além de as cópias das notas fiscais estarem arquivadas no
CEU e que não resta nenhum ponto acerca das Prestações de Contas que não tenha sido tratado
ou esclarecido por sua gestão aos membros do Conselho; c) que à época dos fatos, o CEU não
possuía APMSUAC constituída, portanto, não havia movimentação ou operação bancária a ser
apreciada pelo Conselho e as Prestações de Contas de Adiantamento bancário foram
devidamente aprovadas; Em nova manifestação, SFC ratificou suas conclusões anteriores.
Provocada a manifestar-se, a Assessoria Jurídica de Controle Externo ressaltou a natureza fática
do trabalho e observou que todos os apontados como responsáveis tomaram ciência dos
apontamentos da SFC, pelo que opinou pelo conhecimento do trabalho realizado, acompanhando
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as conclusões da área técnica. A Procuradoria da Fazenda Municipal, por sua vez, com suporte
nas intervenções constantes dos autos, entendeu que as impropriedades detectadas são de ordem
formal, não havendo indícios ou prova concreta da existência de um dano ao Erário. Por fim,
requereu o conhecimento e o registro da presente Inspeção. A Secretaria Geral concluiu que a
Inspeção está em condições de ser conhecida e sugeriu que o Ministério Público do Estado de
São Paulo seja cientificado das conclusões alcançadas. É o relatório. Voto: Diante da provocação
do Ministério Público do Estado de São Paulo, no exercício das competências legais atribuídas a
esta Casa, determinei a instauração do Procedimento Fiscalizatório adequado à averiguação
devida. Em cumprimento a esse despacho, a Subsecretaria de Fiscalização e Controle expediu a
Ordem de Serviço 2014.06993.4, inaugurando a competente Inspeção, instruindo-a com os
documentos de fls. 187/192vº. Considerando que o relatório da Área Técnica enfrentou
adequadamente as questões submetidas a sua competência, CONHEÇO das conclusões
alcançadas na Inspeção e determino o devido registro. Com cópia dos pareceres constantes dos
autos, transmita-se o resultado deste julgamento ao Ministério Público do Estado de São Paulo,
em atenção ao pleito inicial, bem como à Secretaria Municipal de Educação. E após as
providências decorrentes, arquive-se. Participaram do julgamento os Conselheiros João Antonio
– Revisor, Edson Simões e Domingos Dissei. Presente o Procurador Chefe da Fazenda
Guilherme Bueno de Camargo. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 17 de fevereiro de
2016. a) Maurício Faria – Vice-Presidente no exercício da Presidência; a) Roberto Braguim –
Relator.” Prosseguindo, o Presidente em exercício, Conselheiro Vice-Presidente Maurício Faria,
devolveu a direção dos trabalhos ao Conselheiro Roberto Braguim. Reassumindo a direção dos
trabalhos, o Conselheiro Presidente Roberto Braguim concedeu a palavra ao Conselheiro
Maurício Faria para relatar os processos de sua pauta. – PROCESSOS RELATADOS PELO
CONSELHEIRO VICE-PRESIDENTE MAURÍCIO FARIA – 1) TC 3.186/12-75 – Recurso
"ex officio" interposto contra a R. Decisão de Juízo Singular de 22/5/2015 – Julgador
Conselheiro João Antonio – Secretaria Municipal de Habitação – Sehab e Carlos Alberto Pelarin
– Prestação de contas de adiantamento bancário – janeiro/2011 (R$ 60.600,00) ACÓRDÃO:
“Vistos, relatados englobadamente com os TCs 2.241/13-27 e 3.343/13-32 e discutidos estes
autos, ora em grau de recurso, dos quais é Relator o Conselheiro Maurício Faria. Acordam os
Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de
conformidade com o relatório e voto do Relator, em conhecer do recurso em exame, por
regimental. Acordam, ademais, à unanimidade, quanto ao mérito, considerando que a matéria em
julgamento já foi objeto de reiterados julgamentos por parte desta Corte de Contas, onde se
destacou a irregularidade no procedimento de utilização do regime de adiantamento na forma
evidenciada, bem como tendo em conta que a r. Decisão “a quo” encontra-se proferida à luz da
Resolução 04/2011, aprovada pela Instrução 03/2011 desta Corte, em negar provimento ao
recurso, mantendo-se o “Decisum” proferido, por seus próprios e jurídicos fundamentos.
Acordam, afinal, à unanimidade, em determinar, após as providências regimentais, o
arquivamento dos autos. Relatório e voto englobados: v. TC 3.343/13-32. Participaram do
julgamento os Conselheiros Domingos Dissei – Revisor, Edson Simões e João Antonio. Presente
o Procurador Chefe da Fazenda Guilherme Bueno de Camargo. Plenário Conselheiro Paulo
Planet Buarque, 17 de fevereiro de 2016. a) Roberto Braguim – Presidente; a) Maurício Faria –
Relator.” 2) TC 2.241/13-27 – Recurso "ex officio" interposto contra a R. Decisão de Juízo
Singular de 29/8/2014 – Julgador Conselheiro João Antonio – Subprefeitura Guaianases –SP-G e
José Gilson da Silva Monteiro – Prestação de contas de adiantamento bancário – maio/2011 (R$
1.000,00) ACÓRDÃO: “Vistos, relatados englobadamente com os TCs 3.186/12-75 e
3.343/13-32 e discutidos estes autos, ora em grau de recurso, dos quais é Relator o Conselheiro
Maurício Faria. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à
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unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em conhecer do recurso em
exame, por regimental. Acordam, ademais, à unanimidade, quanto ao mérito, considerando que a
matéria em julgamento já foi objeto de reiterados julgamentos por parte desta Corte de Contas,
onde se destacou a irregularidade no procedimento de utilização do regime de adiantamento na
forma evidenciada, bem como tendo em conta que a r. Decisão “a quo” encontra-se proferida à
luz da Resolução 04/2011, aprovada pela Instrução 03/2011 desta Corte, em negar provimento ao
recurso, mantendo-se o “Decisum” proferido, por seus próprios e jurídicos fundamentos.
Acordam, afinal, à unanimidade, em determinar, após as providências regimentais, o
arquivamento dos autos. Relatório e voto englobados: v. TC 3.343/13-32. Participaram do
julgamento os Conselheiros Domingos Dissei – Revisor, Edson Simões e João Antonio. Presente
o Procurador Chefe da Fazenda Guilherme Bueno de Camargo. Plenário Conselheiro Paulo
Planet Buarque, 17 de fevereiro de 2016. a) Roberto Braguim – Presidente; a) Maurício Faria –
Relator.” 3) TC 3.343/13-32 – Recurso "ex officio" interposto contra a R. Decisão de Juízo
Singular de 30/4/2015 – Julgador Conselheiro Roberto Braguim – Secretaria Municipal de
Esportes, Lazer e Recreação – Seme e Leda Sueli de Arruda Martins – Prestação de contas de
adiantamento bancário – junho/2012 (R$ 6.063,48) – junho/2012 ACÓRDÃO: “Vistos,
relatados englobadamente com os TCs 3.186/12-75 e 2.241/13-27 e discutidos estes autos, ora
em grau de recurso, dos quais é Relator o Conselheiro Maurício Faria. Acordam os Conselheiros
do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o
relatório e voto do Relator, em conhecer do recurso em exame, por regimental. Acordam,
ademais, à unanimidade, quanto ao mérito, considerando que a matéria em julgamento já foi
objeto de reiterados julgamentos por parte desta Corte de Contas, onde se destacou a
irregularidade no procedimento de utilização do regime de adiantamento na forma evidenciada,
bem como tendo em conta que a r. Decisão “a quo” encontra-se proferida à luz da Resolução
04/2011, aprovada pela Instrução 03/2011 desta Corte, em negar provimento ao recurso,
mantendo-se o “Decisum” proferido, por seus próprios e jurídicos fundamentos. Acordam, afinal,
à unanimidade, em determinar, após as providências regimentais, o arquivamento dos autos.
Relatório englobado: Trago a julgamento, por força do disposto no artigo 137, parágrafo único,
do Regimento Interno desta Casa, o reexame necessário de Decisões proferidas em sede de Juízo
Singular em prestações de contas de Adiantamentos realizadas por servidores municipais,
constantes dos seguintes processos: 1 - TC 2.241/13-27: Interessado: JOSÉ GILSON DA SILVA
MONTEIRO. Unidade: Subprefeitura de Guaianases. 2 - TC 3.186/12-75: Interessado: CARLOS
ALBERTO PELARIN. Unidade: Secretaria Municipal de Habitação. 3 - TC 3.343/13-32:
Interessado: LEDA SUELI DE ARRUDA MARTINS. Unidade: Secretaria Municipal de
Esportes, Lazer e Recreação. O julgamento original em cada um dos processos em exame foi no
sentido da aprovação parcial das contas considerando a irregularidade constatada em relação a
algumas despesas, na forma identificada nos autos. Não obstante a irregularidade parcial anotada,
não houve determinação de reposição de valores aos cofres públicos, ao fundamento de que, nos
casos em tela, não se verificaram as hipóteses previstas nas alíneas "a" a "d" do § 2º do artigo 1º
da Instrução 03/2011 desta Corte de Contas, dando-se quitação integral ao servidor. Expedidas as
respectivas intimações dando ciência das Decisões proferidas em Juízo Singular, os interessados
deixaram transcorrer "in albis" o prazo para interposição de recurso. Considerando a realidade
evidenciada, de ausência de interesse recursal por parte dos interessados e de qualquer fato novo
relacionado à instrução processual que demandasse reanálise da matéria por parte dos órgãos
técnicos, esta Relatoria, em homenagem ao princípio da celeridade, optou por simplificar a
instrução em fase de reexame necessário, para encaminhar os autos diretamente para
manifestação do Órgão Fazendário. A Procuradoria da Fazenda Municipal, em cada um dos
processos, propugnou pela revisão do julgado unicamente para afastar o entendimento pela
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irregularidade da despesa. A Secretaria Geral, por derradeiro, exarou parecer conclusivo pelo
conhecimento e não provimento dos Recursos em julgamento. É o relatório. Voto englobado:
Conheço dos recursos em exame, por regimental. Quanto ao mérito, a decisão original não
merece reparos. A matéria em julgamento já foi objeto de reiterados julgamentos por parte desta
Corte de Contas, onde se destacou a irregularidade no procedimento de utilização do regime de
adiantamento na forma evidenciada em cada um dos processos, o qual destoou de suas regras de
utilização e prestação de contas do numerário. Assim, as irregularidades apontadas pelo órgão
técnico mostram-se suficientes para impedir a revisão dos julgados, posto que inexistente fato
novo a possibilitar a eventual revisão da matéria, bem como considerando que a Decisão exarada
encontra-se proferida à luz da Resolução 04/11, aprovada pela Instrução 03/11 desta Corte, que
estabeleceu expressamente, a possibilidade das prestações de contas serem julgadas irregulares,
sem a consequência do julgamento pela imputação do débito, consoante seu artigo 1º, inciso III e
seus parágrafos, dando-se quitação integral ao servidor. Diante do exposto, quanto ao mérito,
nego provimento aos recursos, mantendo-se as Decisões proferidas em sede de Juízo Singular,
por seus próprios e jurídicos fundamentos. Após as providências regimentais, arquivem-se os
autos. Participaram do julgamento os Conselheiros Domingos Dissei – Revisor, Edson Simões e
João Antonio. Presente o Procurador Chefe da Fazenda Guilherme Bueno de Camargo. Plenário
Conselheiro Paulo Planet Buarque, 17 de fevereiro de 2016. a) Roberto Braguim – Presidente; a)
Maurício Faria – Relator.” 4) TC 1.950/12-13 – Recursos "ex officio", da Procuradoria da
Fazenda Municipal – PFM e de Alejandra Maria Devecchi interpostos contra a R. Decisão de
Juízo Singular de 4/10/2013 – Julgador Conselheiro Eurípedes Sales – Secretaria Municipal do
Verde e do Meio Ambiente – SVMA e Alejandra Maria Devecchi – Prestação de contas de
adiantamento bancário – abril/maio/2010 (R$ 949,70) ACÓRDÃO: “Vistos, relatados
englobadamente com os TCs 2.120/13-02 e 2.636/13-75, e discutidos estes autos, ora em grau de
recurso, dos quais é Relator o Conselheiro Maurício Faria. Acordam os Conselheiros do Tribunal
de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto
do Relator, em conhecer dos recursos “ex officio”, por regimental, e voluntários, pois
preenchidos os requisitos de admissibilidade previstos no Regimento Interno desta Corte.
Acordam, ainda, por maioria, quanto ao mérito, pelos votos dos Conselheiros Maurício Faria –
Relator, Domingos Dissei – Revisor e Edson Simões, considerando o recolhimento do valor
glosado pela Servidora Alejandra Maria Devecchi, cumprindo, assim, a R. Decisão prolatada em
04/10/2013, em declarar prejudicada a análise do apelo, em razão da perda de seu objeto, dando
quitação integral à responsável no valor originalmente glosado. Vencido, no mérito, o
Conselheiro João Antonio, nos termos de sua declaração voto apresentada. Acordam, ademais, à
unanimidade, em determinar, após as comunicações de praxe, o arquivamento dos autos.
Relatório e voto englobados: v. TC 2.636/13-75. Declaração de voto apresentada pelo
Conselheiro João Antonio: v. TC 2.636/13-75. Participaram do julgamento os Conselheiros
Domingos Dissei – Revisor, Edson Simões e João Antonio. Presente o Procurador Chefe da
Fazenda Guilherme Bueno de Camargo. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 17 de
fevereiro de 2016. a) Roberto Braguim – Presidente; a) Maurício Faria – Relator.” 5) TC
2.120/13-02 – Recurso "ex officio" interposto contra a R. Decisão de Juízo Singular de
27/11/2013 – Julgador Conselheiro Eurípedes Sales – Subprefeitura Vila Prudente/Sapopemba –
SP-VP/SB e Miriã Romano Carvalho da Silva – Prestação de contas de adiantamento bancário –
março/2011 (R$ 3.000,00) ACÓRDÃO: “Vistos, relatados englobadamente com os TCs
1.950/12-13 e 2.636/13-75, e discutidos estes autos, ora em grau de recurso, dos quais é Relator o
Conselheiro Maurício Faria. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de
São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em conhecer dos
recursos “ex officio”, por regimental, e voluntários, pois preenchidos os requisitos de
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admissibilidade previstos no Regimento Interno desta Corte. Acordam, ainda, por maioria,
quanto ao mérito, pelos votos dos Conselheiros Maurício Faria – Relator, Domingos Dissei –
Revisor e Edson Simões, considerando o recolhimento do valor glosado pela Servidora Miriã
Romano Carvalho da Silva, cumprindo, assim, a R. Decisão prolatada em 27/11/2013, em
declarar prejudicada a análise do apelo, em razão da perda de seu objeto, dando quitação integral
à responsável no valor originalmente glosado. Vencido, no mérito, o Conselheiro João Antonio,
nos termos de sua declaração voto apresentada. Acordam, ademais, à unanimidade, em
determinar, após as comunicações de praxe, o arquivamento dos autos. Relatório e voto
englobados: v. TC 2.636/13-75. Declaração de voto apresentada pelo Conselheiro João
Antonio: v. TC 2.636/13-75. Participaram do julgamento os Conselheiros Domingos Dissei –
Revisor, Edson Simões e João Antonio. Presente o Procurador Chefe da Fazenda Guilherme
Bueno de Camargo. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 17 de fevereiro de 2016. a)
Roberto Braguim – Presidente; a) Maurício Faria – Relator.” 6) TC 2.636/13-75 – Recurso "ex
officio" interposto contra a R. Decisão de Juízo Singular de 10/12/2013 – Julgador Conselheiro
Eurípedes Sales – Subprefeitura São Mateus – SP-SM e Rosangela Moreira – Prestação de contas
de adiantamento bancário – novembro/2011 – (R$ 2.500,00) ACÓRDÃO: “Vistos, relatados
englobadamente com os TCs 1.950/12-13 e 2.120/13-02, e discutidos estes autos, ora em grau de
recurso, dos quais é Relator o Conselheiro Maurício Faria. Acordam os Conselheiros do Tribunal
de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto
do Relator, em conhecer dos recursos “ex officio”, por regimental, e voluntários, pois
preenchidos os requisitos de admissibilidade previstos no Regimento Interno desta Corte.
Acordam, ainda, por maioria, quanto ao mérito, pelos votos dos Conselheiros Maurício Faria –
Relator, Domingos Dissei – Revisor e Edson Simões, considerando o recolhimento do valor
glosado pela Servidora Rosangela Moreira, cumprindo, assim, a R. Decisão prolatada em
10/12/2013, em declarar prejudicada a análise do apelo, em razão da perda de seu objeto, dando
quitação integral à responsável no valor originalmente glosado. Vencido, no mérito, o
Conselheiro João Antonio, nos termos de sua declaração voto apresentada. Acordam, ademais, à
unanimidade, em determinar, após as comunicações de praxe, o arquivamento dos autos.
Relatório: Trago a julgamento, por força do disposto no artigo 137, parágrafo único, do
Regimento Interno desta Casa, o reexame necessário e apreciação de recursos voluntários da
Procuradoria da Fazenda Municipal, das seguintes Decisões proferidas em prestação de contas de
Adiantamento: 1) TC 2.120/13-02, tendo como interessada a servidora Miriã Romano Carvalho
da Silva, vinculada à Subprefeitura de Vila Prudente/Sapopemba; 2) TC 1.950/12-13, tendo
como interessada a servidora Alejandra Maria Devecchi, vinculada à Secretaria do Verde e do
Meio Ambiente; e 3) TC 2.636/13-75, tendo como interessada a servidora Rosângela Moreira,
vinculada à Subprefeitura de São Mateus. O julgamento original em cada um dos processos ora
em exame, em grau recursal, foi no sentido da aprovação parcial das contas, com determinação
de reposição de valores aos cofres públicos, por se entender que a despesa foi realizada de forma
irregular vez que, pela sua natureza e previsibilidade, não poderia ter sido enquadrada no regime
de adiantamento por passível de realização pelo processo normal de aplicação da despesa.
Instada a se manifestar nos TCs 2.120/13-02 e 2.636/13-75, a Assessoria Jurídica de Controle
Externo manifestou-se pelo conhecimento do recurso, em face do disposto no artigo 137 do
RITCMSP, e, no mérito, pelo provimento parcial para afastar a glosa imputada, de forma a
amoldar a decisão ao teor da Instrução 03/2011. A Procuradoria da Fazenda, acompanhando
parecer exarado da AJCE, requer que o R. Julgado seja, ao menos, reformado parcialmente,
afastando-se a glosa imputada. No decorrer da instrução processual, as servidoras interessadas,
uma vez intimadas da Decisão proferida, acostaram aos autos os respectivos comprovantes de
depósito em conta corrente da PMSP, correspondentes ao valor glosado. Sobre as providencias
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adotadas pela responsável, acatando a glosa imposta, a Auditoria ressaltou que a providência
adotada deu cumprimento ao quanto decidido no julgado Original, ressalvando, no TC 2.120/13-
02, que a houve o recolhimento do valor glosado acrescido somente da atualização monetária,
mas sem ser acrescido os juros de mora, e que nos autos do TC 2.631/13-75, deixou a interessada
de acostar aos autos o Documento de Recolhimento do Depósito, conforme estabelecido na
Portaria SF 151/12. A Procuradoria da Fazenda Municipal ponderou que, em face do
recolhimento do valor glosado, a r. Decisão prolatada restou cumprida, pelo que os recursos "ex
officio" e voluntários encontram-se prejudicados. No mesmo sentido foi o parecer da Secretaria
Geral que opinou pelo conhecimento dos recursos e, no mérito, no sentido de que o reexame da
matéria restou prejudicado pela perda de seu objeto, face ao recolhimento efetuado, relevando-se
o recolhimento do valor remanescente, no caso apontado. É o relatório. Voto: Preliminarmente,
conheço dos recursos em exame por entender presentes os pressupostos de admissibilidade
contidos no art. 137 do RITCMSP. No mérito, considerando o recolhimento da importância
glosada pela servidora interessada, acompanho os pareceres exarados no sentido de que restou
prejudicada a análise do mérito dos recursos em exame, em razão da perda de seu objeto. Nesse
contexto, dou quitação integral à responsável no valor originalmente glosado. Isto posto, tendo
em vista nada mais subsistir, determino o arquivamento dos autos. Declaração de voto
apresentada pelo Conselheiro João Antonio: A decisão monocrática julgou e aprovou
parcialmente as contas, deu quitação à responsável da importância de R$ 2.479,89 (dois mil,
quatrocentos e setenta e nove reais e oitenta e nove centavos) e glosou a importância de R$
20,11, vez que irregular em virtude desta despesa ser passível de realização pelo processo normal
de aplicação, nos termos do art. 1° da Lei Municipal 10.513/88 e do artigo 1° do decreto
48.592/2007, determinando sua devolução aos cofres públicos, com os encargos devidos.
Determinou ainda que se observe o limite de saque estabelecido no item 3.1.7 da Portaria SF
26/08, e quando houver necessidade de saques superiores atente para a autorização do Titular da
Unidade de execução orçamentária do órgão. Preliminarmente, quanto ao recurso "ex officio",
insta ressaltar que a necessidade do reexame necessário advém do próprio Regimento Interno
desta Casa, consoante o art. 136, inciso V e parágrafo único do art. 137 e seguintes. Desta feita,
como já me manifestei em outras oportunidades, entendo que o recurso "ex officio" devolve a
matéria ao Pleno no mérito, não havendo que se falar em perda do objeto. No caso sob análise,
observa-se que houve o recolhimento do valor efetuado pelo interessado, em consonância com o
inciso I e § 3º do artigo 1º da Lei Municipal 13.275/02, com acréscimo de juros e encargos
moratórios, juntando aos autos guia de recolhimento no importe de R$ 83,24 (oitenta e três reais
e vinte e quatro centavos) (fls.59). Devolvida a matéria a julgamento por força inerente ao
recurso ex officio, verifico que, em que pese o valor glosado já ter sido depositado pelo servidor,
entendo que os argumentos trazidos aos autos restaram incontroversos, que os valores constantes
da prestação de contas foram efetivamente despendidos e recebidos pelos serviços de
manutenção de elevadores efetivamente prestados e que a devolução da glosa importaria
enriquecimento sem causa da administração. Assim, não há dúvidas de que os recursos
financeiros foram efetivamente aplicados no exercício da atividade administrativa. Por fim,
entendo que as irregularidades constatadas não provocaram danos ao erário e que, ainda, não
foram evidenciados dolo ou má-fé dos agentes responsáveis, nos termos da Resolução 03/11.
Diante do exposto, CONHEÇO do recurso "ex officio", eis que regimental. Considerando que o
servidor responsável pelo adiantamento apresentou guia de arrecadação comprovando o
recolhimento do valor da glosa aplicada, com os acréscimos referentes à atualização monetária,
DOU PROVIMENTO PARCIAL ao recurso para outorgar ao servidor responsável a quitação
integral das despesas correspondentes e DETERMINO à Municipalidade a restituição ao servidor
do valor recolhido devidamente corrigido. Após as comunicações de praxe, arquivem-se os
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autos. Participaram do julgamento os Conselheiros Domingos Dissei – Revisor, Edson Simões e
João Antonio. Presente o Procurador Chefe da Fazenda Guilherme Bueno de Camargo. Plenário
Conselheiro Paulo Planet Buarque, 17 de fevereiro de 2016. a) Roberto Braguim – Presidente; a)
Maurício Faria – Relator.” 7) TC 2.846/15-80 – Sersil Transportes Ltda. – Secretaria Municipal
de Gestão – SMG – Representação em face do Pregão 8/2015/Cobes, cujo objeto é a contratação
de empresa especializada para a prestação de serviço de gerenciamento de transporte de pessoas e
cargas ACÓRDÃO: “Vistos, relatados e discutidos estes autos, dos quais é Relator o
Conselheiro Maurício Faria. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de
São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em conhecer da
representação interposta, pois presentes os requisitos regimentais de admissibilidade previstos no
Regimento Interno deste Tribunal de Contas, e, no mérito, em julgá-la improcedente. Acordam,
afinal, à unanimidade, em determinar, após a adoção das providências previstas no artigo 58 do
Regimento Interno desta Corte, o arquivamento dos autos. Relatório: Trata-se do exame da
Representação interposta por Sersil Transportes Ltda. em face do Edital de Pregão Eletrônico
008/2015-COBES, deflagrado pela Secretaria Municipal de Gestão objetivando a contratação de
empresa especializada para a prestação de serviço de gerenciamento de transporte de pessoas e
cargas, com data de abertura marcada para o dia 14 de julho de 2015. A Representante se insurge
contra o Edital alegando, em síntese, possível dirigismo da licitação, relativamente aos itens
6.2.4.1, 6.2.4.1.1 e 6.2.4.1.1.1 do Edital2, pois, a seu ver, não há congruência entre o objeto
licitado e o requerido para qualificação das licitantes, bem como em virtude de permitir a
participação de cooperativas no certame (item 3.7 do Edital), quando resta, segundo alega, a
caracterização da subordinação e dependência na prestação dos serviços. A Auditoria deste
Tribunal (fls. 129/133) informou inicialmente que o Edital representado trata do mesmo objeto
do Edital de Pregão 38/2014-COBES-SEMPLA, analisado no TC 459/15-72 e considerado
regular e/ou regularizado. Acerca dos pontos impugnados pela Representação ora em exame, a
Auditoria desta Corte considerou improcedente a alegação da Representante quanto a possível
dirigismo da licitação, não vislumbrando incongruência nem incompatibilidade com o objeto
licitado, posto que o Edital, em seu item 6.2.4.1.1.1, disponibiliza leque de opções de serviços
compatíveis para aceitação dos atestados. Sobre a aventada relação de subordinação e
dependência, sugeriu a oitiva da Assessoria Jurídica de Controle Externo, dado o caráter jurídico
da questão. A AJCE, por sua vez, entendeu que a disposição inserida no instrumento
convocatório tem justamente o condão de ampliar a competitividade ao prever que são
compatíveis com o objeto “outras atividades” de similar conteúdo. Acerca da participação de
cooperativas, lembrou que o Edital sob exame reflete modelo que já foi discutido no âmbito do
TC n° 459/15-723, quando se concluiu pela regularidade da permissão, sendo que as regras da
disputa e da contratação, no caso específico, não revelam por si mesmas um óbice à participação
de cooperativas. Acrescentou, ainda, que as condições de execução e de controle não se
confundem com a subordinação jurídica também presente nos casos de mera intermediação de
2 “6.2.41. Certidão(ões) ou atestado(s) de capacidade técnica em nome da proponente, fornecido(s) por pessoa(s)
jurídica(s) de direito público ou privado que assegure(m) a aptidão da licitante para o desempenho de atividade
pertinente e compatível com o objeto da presente licitação, indicando o período de prestação de serviços; local da
execução dos serviços; quantidades executadas; caracterização do bom desempenho da licitante e outros dados
característicos do objeto. 6.2.4.1.1. O(s) atestado(s) deverá(ão) comprovar a prestação anterior de serviços
compatíveis ao objeto desta licitação em pelo menos 50% (*cinquenta por cento) dos quantitativos indicados no item
2 do ANEXO I – Termo de Referência, ou seja, 05 veículos classificados como Grupo C e 01 veículo classificado
como Grupo D1, todos com cessão de condutor. 6.2.4.1.1.1 São compatíveis as atividades de gerenciamento de
transporte, locação de veículos e outras espécies de prestação de serviço de transporte em que se envolva a cessão de
veículo com condutor”. 3 J. de forma englobada com o TC 2.029.15-02, em 19/08/2015, 2.825ª. S.O – Pleno.
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mão de obra e, assim, na precarização da relação de trabalho. Após indeferimento do pedido de
suspensão do certame, considerando que os itens questionados já haviam sido objeto de análise
mais aprofundada nos autos do TC 459/15-72, que cuidou do Pregão precedente de número
38/2014 para o mesmo objeto (e que restou fracassado), os outros seguiram o regular trâmite
regimental. A Procuradoria da Fazenda Municipal, ciente do processado e na esteira das
manifestações dos órgãos técnicos deste Tribunal, alicerçadas nas conclusões acostadas no TC
459/15-72 e nas orientações traçadas pela PGM na Informação 261/2013 PGM.AJC, requereu
seja conhecida a Representação e, no mérito, seja julgada antecipadamente improcedente,
independentemente de instrução processual. A Secretaria Geral, fls. 150/156, opinou pelo
conhecimento da Representação e, no mérito, pela sua improcedência. É o relatório. Voto:
Conheço da Representação, uma vez que se encontram preenchidos os requisitos legais e
regimentais de sua admissibilidade. No mérito, à vista dos pareceres dos órgãos preopinantes
deste Tribunal, bem como da douta Procuradoria da Fazenda Municipal, os quais adoto como
razões de decidir, pelos seus próprios e jurídicos fundamentos, julgo improcedente a
Representação. Dê-se ciência do resultado do julgamento à Origem e à Representante. Após as
cautelas de estilo, arquivem-se os autos. Participaram do julgamento os Conselheiros Domingos
Dissei – Revisor, Edson Simões e João Antonio. Presente o Procurador Chefe da Fazenda
Guilherme Bueno de Camargo. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 17 de fevereiro de
2016. a) Roberto Braguim – Presidente; a) Maurício Faria – Relator.” 8) TC 799/04-78 – São
Paulo Transporte S.A. – SPTrans e Construtora Queiroz Galvão S.A. – Concorrência 018/2003 –
Contrato 2003/129 R$ 30.899.614,03 e TA 01/2004 (o prazo de vigência do contrato será
contado a partir da emissão da Ordem de Serviço) – Serviços de fabricação, pintura, montagem,
inspeção de estruturas metálicas (inclusive estrutura espacial) e cobertura, para serem instaladas
na Estação de Transferência Parque Dom Pedro II e Estações Térreas Rangel Pestana, Luís
Gama, Ana Nery e Estações Elevadas Alberto Lion, Cipriano Barata, C.A.Y., Ipiranga CPTM,
General Lecor, Rua do Grito e estação de terminal Sacomã, do Sistema VLP – Veículo Leve
sobre Pneus. Após o relato da matéria, "o Conselheiro Maurício Faria relatou ao Egrégio
Plenário a matéria constante do processo epigrafado. Ainda, na fase de discussão, o Conselheiro
João Antonio solicitou vista dos autos, o que foi deferido." (Certidão) – PROCESSOS
RELATADOS PELO CONSELHEIRO EDSON SIMÕES – 1) TC 3.050/14-45 – São Paulo
Transporte S.A. – SPTrans – Acompanhamento – Verificar a regularidade do Edital da
Concorrência 002/2014, cujo objeto é a contratação de serviços de execução de obras civis e
serviços para implantação de passagem inferior sob a linha CPTM da Avenida do Arvoreiro para
a Rua Doutor Oscar Andrade Lemos – Distrito do Grajaú, quanto aos aspectos da legalidade,
formalidade e mérito ACÓRDÃO: “Vistos, relatados e discutidos estes autos, dos quais é
Relator o Conselheiro Edson Simões. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do
Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em
julgar prejudicado o acompanhamento do edital referente à Concorrência 002/2014, tendo em
vista a perda superveniente do objeto, uma vez que a São Paulo Transporte – SPTrans fez
publicar no Diário Oficial da Cidade de São Paulo, de 25/04/2015, o aviso de revogação do
procedimento licitatório. Acordam, ainda, à unanimidade, em determinara à SPTrans que adote a
proposta da Assessoria Jurídica de Controle Externo desta Corte, no sentido de que “na eventual
inauguração de uma nova licitação com o mesmo objeto, faça constar o propósito de suceder o
procedimento licitatório revogado”, além de observar, rigorosamente, os ditames da Lei Federal
8.666/93, a fim de que não se repitam as irregularidades verificadas no edital da licitação em
questão. Acordam, afinal, à unanimidade, em determinar, após as comunicações de praxe, o
arquivamento dos autos. Relatório: Cuida-se o presente do acompanhamento do Edital da
Concorrência 02/2014, lançada pela São Paulo Transporte – SPTrans, tendo por objeto a
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execução de obras civis e serviços para implantação de passagem inferior sob linha da CPTM –
Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, da Avenida do Arvoreiro para a Rua Doutor Oscar
Andrade Lemos – Distrito de Grajaú, no valor estimado de R$ 8.960.958,72 (oito milhões,
novecentos e sessenta mil novecentos e cinquenta e oito reais e setenta e dois centavos). A
Subsecretaria de Fiscalização e Controle, ao realizar o exame preliminar do Edital supracitado,
concluiu que o certame "não reúne condições de prosseguimento em face das seguintes
irregularidades: 1. Os serviços relacionados para a apresentação de atestados de capacidade
técnico-profissional e técnico-operacional não correspondem a parcelas de valor significativo do
objeto da licitação, infringindo o disposto no inc. I do § 1º do art. 30 da LF 8.666/93; 2.
Exigência de atestados com excesso de particularização dos serviços, como número e diâmetro
mínimo de cabos de protensão, infringindo o: § 3º do art. 30 c/c o inc. I do § 1º do art. 3º, ambos
da LF 8.666/93; 3. O edital não definiu nenhum critério para exequibilidade das propostas,
infringindo o disposto no § 1º do inc. II do art. 48 da LF 8.666/93. 4. A possibilidade de efetuar
correções de cálculos e de transcrição dos preços unitários das propostas das licitantes infringe o
disposto no §3º do inciso VI do art. 43 da LF 8.666/93; 5. Falta de projeto básico adequado,
infringindo o comando do Inciso I do § 2º do artigo 7º da LF 8.666/93". Sugeriu, ainda, as
seguintes recomendações à Origem: "1. Incluir a previsão de desclassificação das propostas com
preços unitários com variação superior a 10% dos preços de referência estabelecidos no Anexo
III do edital; 2. Substituir, no subitem 12.2 da minuta do contrato, a expressão Diário de Obras
por Livro de Ordem, em atendimento à Resolução 1.024/2009 do Conselho Federal de
Engenharia e Agronomia – CONFEA, que tornou seu uso obrigatório nas obras e serviços de
Engenharia, e incluir sua manutenção na obra como uma das obrigações da contratada (subitem
9.1 da minuta do contrato)". Com amparo nas conclusões do parecer técnico da Auditoria, este
Tribunal de Contas, em 15 de agosto de 2014, determinou a sustação da Concorrência 002/2014,
com abertura da sessão designada para o dia 18 de agosto subsequente, no intuito de se evitar
possível prejuízo aos cofres públicos com a eventual restrição do número de participantes na
licitação em razão das inconformidades supraenunciadas, verificadas no Edital, medida essa
referendada pelo Tribunal Pleno, à unanimidade. A SPTrans, devidamente cientificada da
determinação, emitiu comunicado sobre a suspensão do certame em tela, e os autos retornaram à
Subsecretaria de Fiscalização e Controle para complementar a análise do instrumento
convocatório. Assim, foi elaborado o Relatório de Acompanhamento do Edital, finalizado com o
posicionamento de que o procedimento licitatório não reúne condições de prosseguimento em
razão dos cinco apontamentos iniciais acrescidos de outros dois, totalizando 7 irregularidades e 6
recomendações, a saber: 1. (4.1) Insuficiência de justificativa para a contratação, tendo em vista
que não foi localizada, nos autos do PALC 2014/0257, nenhuma informação de que as diretrizes
viárias para a abertura de rua e da passagem pretendida na licitação em comento tenham sido
avaliadas e aprovadas no âmbito do Município, nem qualquer documento que comprove a
anuência da CPTM com a realização do serviço pretendido – infringência ao disposto no artigo
2º, inciso I, do Decreto Municipal 44.279/03 (subitem 3.4 do relatório); 2. (4.2) O edital não
definiu nenhum critério de inexequibilidade das propostas, infringindo o disposto no § 1º do art.
48 da LF 8.666/93 (subitem 3.7 do relatório); 3. (4.3) A possibilidade de efetuar correções de
cálculos e de transcrição dos preços unitários das propostas das licitantes infringe o disposto no §
3º do art. 43 da LF 8.666/93 (subitem 3.7 do relatório); 4. (4.4) Ausência de projeto básico
adequado infringe o comando do inc. I do § 2º do art. 7º da LF 8.666/93 (subitem 3.13.2 do
relatório); 5. (4.5) A inclusão no objeto da licitação de quantitativos que não correspondem às
previsões reais do projeto básico infringe o § 4º do art. 7º da LF 8.666/93 (subitem 3.14.1 do
relatório); 6. (4.6) Os serviços relacionados para a apresentação de atestados de capacidade
técnico-profissional e técnico-operacional não correspondem a parcelas de valor significativo do
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objeto da licitação, infringindo o disposto no inc. I do § 1º do art. 30 da LF 8.666/93 (subitem
3.15.4 do relatório); 7. (4.7) A exigência de atestados com excesso de particularização dos
serviços, como número e diâmetro mínimo de cabos de protensão, infringe o disposto no § 3º do
art. 30 c/c o inc. I do § 1º do art. 3º, ambos da LF 8.666/93 (subitem 3.15.4 do relatório).
Sugerimos ainda as seguintes recomendações à Origem: 1. 8. (4.8) Incluir a previsão de
desclassificação das propostas com preços unitários com variação superior a 10% dos preços de
referência estabelecidos no Anexo III do edital (subitem 3.7 do relatório); 2. 9. (4.9)
Disponibilizar às licitantes um cronograma físico-financeiro de referência, em atenção aos
princípios da isonomia e da publicidade (subitem 3.13.3 do relatório); 3. 10. (4.10) Prever a
aprovação do planejamento executivo da obra pela SPTrans (subitem 6.3 da minuta do contrato),
bem como a fixação de prazo para a emissão da primeira Ordem de Serviço, subitem 6.1.1 da
minuta do contrato (subitens 3.13.4 e 3.16 do relatório); 4. 11. (4.11) Revisar as composições de
preços para descarte em bota fora licenciado (CPU-01 e CPU-02, subitem 3.14.3 do relatório); 5.
12. (4.12) Substituir, no subitem 12.2 da minuta do contrato, a expressão Diário de Obras por
Livro de Ordem, em atendimento à Resolução 1.024/2009 do CONFEA, que tornou seu uso
obrigatório nas obras e serviços de Engenharia, e incluir, no subitem 9.1 da minuta do contrato,
sua manutenção na obra como uma das obrigações da contratada (subitem 3.19 do relatório); 6.
(4.13) Rever a penalidade prevista no item 12.2.2 da minuta do contrato (subitem 3.19 do
relatório). A Origem apresentou suas justificativas ante as conclusões da Auditoria que
embasaram a decisão desta Corte de Contas e o superveniente Relatório da Auditoria. A
Subsecretaria de Fiscalização e Controle, ao analisar os elementos trazidos pela SPTrans,
verificou que foram superados os itens 4.2, 4.3 e 4.7 e as recomendações 4.8, 4.9, 4.11 e 4.13,
desde que efetuadas as alterações propostas pela Origem. Permanecendo, por conseguinte, as
irregularidades descritas acima nos itens 4.1, 4.4, 4.5 e 4.6 e as recomendações 4.10 e 4.12, pois
apenas parcialmente atendidas. A Assessoria Jurídica de Controle Externo, "considerando que o
objeto do apontamento do item 4.1 está contemplado no do item 4.4," acompanhou "a Equipe
Técnica desta Casa ao concluir como remanescentes os itens 4.4, 4.5 e 4.6, além das
recomendações referidas nos itens 4.10 e 4.12". Ao ser oficiada para pronunciar-se sobre os
pareceres dos órgãos técnicos, a SPTrans encaminhou, em 27 de fevereiro de 2015, sua
manifestação e comunicou, por intermédio da Gerência de Implantações Regionais, estar
"providenciando a Revogação da Concorrência 002/2014 e tão logo a Diretoria Executiva da
SPTrans apresente sua Resolução de Diretoria sobre o assunto, informaremos o Tribunal de
Contas do Município de São Paulo". À vista da efetiva revogação do certame, cujo aviso foi
publicado no Diário Oficial da Cidade de 25 de abril de 2015, a Subsecretaria de Fiscalização e
Controle, a Assessoria Jurídica de Controle Externo, a Procuradoria da Fazenda Municipal e a
Secretaria Geral opinaram que, diante da perda superveniente do objeto, restou prejudicada a
análise do Edital da Concorrência 002/2014, tendo a Área Jurídica sugerido "oficiar à Origem
para que, na eventual inauguração de uma nova licitação com o mesmo objeto, faça constar o
propósito de suceder o procedimento licitatório revogado". É o relatório. Voto: A São Paulo
Transporte fez publicar no Diário Oficial da Cidade de São Paulo, de 25 de abril de 2015, o aviso
de revogação da Concorrência 002/2014, por ela promovida, para a execução de obras civis e
serviços para implantação de passagem inferior sob a linha da Companhia Paulista de Trens
Metropolitanos – CPTM, da Avenida do Arvoreiro para a Rua Doutor Oscar Andrade Lemos –
Distrito de Grajaú. Assim, revogado o procedimento licitatório, ocorreu a perda superveniente do
objeto, conforme conclusão uníssona da Subsecretaria de Fiscalização e Controle, da Assessoria
Jurídica de Controle Externo, da Procuradoria da Fazenda Municipal e da Secretaria Geral,
motivo pelo qual JULGO prejudicado o acompanhamento do edital referente à Concorrência
002/2014 por perda de seu objeto. DETERMINO à Origem que adote a proposta da Assessoria
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Jurídica de Controle Externo, no sentido de que "na eventual inauguração de uma nova licitação
com o mesmo objeto, faça constar o propósito de suceder o procedimento licitatório revogado",
além de observar, rigorosamente, os ditames da Lei Federal 8.666/93, a fim de que não se
repitam as irregularidades verificadas no Edital da licitação em questão. Cumpridos os
procedimentos regimentais, arquivem-se os autos. Participaram do julgamento os Conselheiros
João Antonio – Revisor, Maurício Faria e Domingos Dissei. Presente o Procurador Chefe da
Fazenda Guilherme Bueno de Camargo. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 17 de
fevereiro de 2016. a) Roberto Braguim – Presidente; a) Edson Simões – Relator.” 2) TC
4.147/14-10 – Sanecol Saneamento Ambiental e Ecológico Ltda. – Companhia de Engenharia de
Tráfego – CET – Representação em face da Tomada de Preços 01/2014, cujo objeto é a prestação
de serviços de elaboração de projetos básicos, funcionais e executivos de Arquitetura e
Engenharia, relativos à infraestrutura de instalações, infraestrutura de TI, leiautes, planilhas
orçamentárias, memorial descritivo, cronograma, termo de referência para contratação de
reforma, cronograma de execução e aprovação de projetos nos órgãos competentes, visando à
reforma do Edifício da Central de Operações Bela Cintra, conforme Anexo I – Termo de
Referência ACÓRDÃO: “Vistos, relatados e discutidos estes autos, dos quais é Relator o
Conselheiro Edson Simões. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de
São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em conhecer da
representação, pois preenchidos os requisitos de admissibilidade. Acordam, ademais, à
unanimidade, quanto ao mérito, tendo em vista a anulação da Tomada de Preços 01/2014,
publicada no Diário Oficial da Cidade de São Paulo, de 02/02/2016, em julgá-la prejudicada,
ante a perda superveniente do objeto. Acordam, ainda, à unanimidade, em determinar que se
proceda nos termos do artigo 58 do Regimento Interno deste Tribunal, com o posterior
arquivamento dos autos. Relatório: Cuidam os autos do TC 4.147/14 de Representação
formulada por Sanecol-Saneamento Ambiental e Ecológico Ltda. em face do Edital de Tomada
de Preços 1/2014, realizado pela Companhia de Engenharia de Tráfego, tendo por objeto a
contratação de empresa especializada para prestação de serviços de elaboração de projetos
básicos, funcionais e executivos de Arquitetura e Engenharia, relativos à infraestrutura de
instalações, infraestrutura de TI, leiautes, planilhas orçamentárias, memorial descritivo,
cronograma, termo de referência para contratação da reforma, cronograma de execução e
aprovação de projetos nos órgãos competentes, visando a reforma do Edifício da Central de
Operações Bela Cintra, no valor de R$ 134.180.522,46 (cento e trinta e quatro milhões, cento e
oitenta mil quinhentos e vinte e dois reais e quarenta e seis centavos). A Representante insurgiu-
se, em síntese, contra o item 8 do Edital, subitem 8.4.3 e seguintes, por exigir a apresentação de
atestados técnicos com no mínimo 03 (três) projetos, e cada um constando o mínimo de 15
(quinze) posições de trabalho, devendo ser o presente retificado. Posto isso, tendo em vista o
caráter de urgência, requereu o deferimento cautelar para suspender a procedimento licitatório
para que a Representada sane as irregularidades apresentadas. No mérito, sejam apuradas as
ilegalidades apontadas e julgada procedente sua Representação. A Subsecretaria de Fiscalização
e Controle foi instada a se manifestar, informando que o certame, cuja abertura estava prevista
para 17/10/2014, às 10h, havia sido adiado "sine die". Em resposta, a Auditoria concluiu pela
procedência da Representação e ainda argumentou da necessidade da CET conhecer as
informações da Representada quanto às exigências contidas no item 8, e subitem 84.3 e
seguintes. Oficiada, a Origem apresentou suas informações que, submetidas à análise do órgão
Técnico, às fls. 104/106, assim concluiu: "Por todo o exposto, concluímos que permanece a
necessidade de conhecer as argumentações/informações da CET, no sentido de justificar as
exigências contidas no item 8, subitem 8.4.3 e seguintes da nova minuta do edital, considerando
a seleção da proposta mais vantajosa para Administração, consoante disposição contida no artigo
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3º da Lei 8.666/93. Cumpre registrar que a Tomada de Preços 001/2014/CET, cuja abertura
estava prevista para 17.10.2014, foi adiada '"sine die" em razão de necessidade de alteração no
Edital' por decisão da CET, conforme publicado no DOC de 16.10.2014 (página 131 – fl. 70). A
suspensão do certame continua em vigor até a presente data. Ressalta-se nesta oportunidade, que
o Edital da Tomada de Preços 1/2014/CET não foi objeto de Acompanhamento no âmbito da
Auditoria". Novamente oficiada, a CET trouxe aos autos novas informações que, analisadas pela
Coordenadoria V, às fls. 118/119 v, concluiu nos seguintes termos: "Por todo o exposto,
concluímos que as alterações propostas pela CET, caso levadas a efeito, atendem ao que foi
requerido na Representação. Cumpre registrar que a Tomada de Preços 001/2014/CET, cuja
abertura estava prevista para 17.10.2014, foi adiada '"sine die" em razão de necessidade de
alteração no Edital' por decisão da CET, conforme publicado no DOC de 16.10.2014 (página 131
– fl. 70). A suspensão do certame continua em vigor até a presente data". Por sua vez, a
Assessoria Jurídica de Controle Externo, em parecer de fls. 122/124 e 127, no tocante à
admissibilidade da Representação, entendeu que foram atendidos os requisitos exigidos nos
artigos 54 e 55 do Regimento Interno deste Tribunal de Contas, pelo que opinou por seu
conhecimento. Quanto ao mérito, restringindo-se ao questionamento trazido na inicial, entende
que, caso haja a efetiva alteração do instrumento convocatório informado pela Origem, a
Representação restará prejudicada pela perda superveniente do seu objeto. Diante das conclusões
alcançadas, bem como das informações prestadas sobre as possíveis alterações propostas, a CET
foi novamente oficiada e apresentou a versão final do Edital do certame em questão para
apreciação e manifestação desta Corte de Contas. Instada a se manifestar, a Coordenadoria V, às
fls. 165/166, assim concluiu: "Por todo o exposto, concluímos que as alterações levadas a efeito
pela CET, atendem ao que foi requerido na Representação. Cumpre destacar que a Tomada de
Preços 001/2014/CET, que se encontrava adiada "'sine die' em razão de necessidade de alteração
no Edital" por decisão da CET, foi retomada conforme publicação no DOC de 26.02.2015 (fl.
164), marcando-se a reabertura para as 10 horas do dia 19.03.2015". A AJCE, em sua
manifestação acostada às fls. 176/180, entende que o vício de direcionamento impugnado pela
Representação deixou de existir no dispositivo da nova versão do edital, razão pela qual concluiu
no sentido de que houve a perda superveniente da presente Representação. A Procuradoria da
Fazenda Municipal, à fl. 182, acompanhou a Assessoria Jurídica de Controle Externo e requereu
seja reconhecida a superveniente perda de objeto da reclamação inicial. A Secretaria Geral, por
seu turno, consignou que "no tocante ao mérito, houve a perda superveniente do objeto da
representação, restando, pois, prejudicada, em face das alterações promovidas pela Origem no
ato convocatório". Ressalte-se, por fim, que foi publicado no Diário Oficial do dia 2 de fevereiro
de 2016 a anulação do certame. É o relatório. Voto: Conforme relatado, a Companhia de
Engenharia de Tráfego efetivou as alterações no Edital da Tomada de Preços 1/2014 em
atendimento às determinações feitas por este Tribunal. Diante disso, a Coordenadoria V, a
Assessoria Jurídica de Controle Externo, a Procuradoria da Fazenda Municipal e a Secretaria
Geral opinaram pela perda superveniente de objeto, em razão da correção das irregularidades
inicialmente apontadas. Não obstante, consta do Diário Oficial da Cidade, de 2 de fevereiro de
2016, despacho de ANULAÇÃO do certame. Diante do exposto, CONHEÇO da Representação,
pois preenchidos os requisitos de admissibilidade. No mérito, tendo em vista a ANULAÇÃO da
Tomada de Preços 1/2014, JULGO-A PREJUDICADA, ante a perda superveniente de objeto.
Cumpridas as formalidades legais, arquivem-se os autos. Participaram do julgamento os
Conselheiros João Antonio – Revisor, Maurício Faria e Domingos Dissei. Presente o Procurador
Chefe da Fazenda Guilherme Bueno de Camargo. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 17
de fevereiro de 2016. a) Roberto Braguim – Presidente; a) Edson Simões – Relator.” –
PROCESSOS RELATADOS PELO CONSELHEIRO DOMINGOS DISSEI – A)
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REVISOR CONSELHEIRO VICE-PRESIDENTE MAURÍCIO FARIA – 1) TC 1.748/11-
00 – Recurso "ex officio" interposto contra a R. Decisão de Juízo Singular de 21/11/2013 –
Julgador Conselheiro Maurício Faria – Secretaria Municipal da Saúde – SMS e Valeria Marques
da Silva Pignata – Prestação de contas de adiantamento bancário – junho/2002 (R$ 5.854,00)
ACÓRDÃO: “Vistos, relatados e discutidos estes autos, ora em grau de recurso, dos quais é
Relator o Conselheiro Domingos Dissei. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do
Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em
conhecer do recurso "ex officio", por regimental. Acordam, ainda, à unanimidade, quanto ao
mérito, considerando que foi constatado que a responsável pelo adiantamento adotou todas as
providências atinentes ao correto processamento da prestação de contas, encaminhando os autos
do Processo Administrativo ao setor de Contabilidade para proceder à incorporação do bem, em
dar provimento integral ao apelo, para o fim de reformar a R. Decisão guerreada e dar quitação
integral à servidora. Acordam, ademais, à unanimidade, em determinar, após o cumprimento das
formalidades legais, o arquivamento dos autos. Relatório: Cuida o presente de recurso "ex
officio" em face da Decisão Singular que aprovou parcialmente as contas e glosou as despesas
assinaladas pelos técnicos, por infringência ao disposto no artigo 3º, § 3º, inciso III, do Decreto
Municipal 40.533/01 e no subitem 4.1, letra "n", da Portaria SF 32/01, vigentes à época. No caso
concreto, em que pese o reconhecimento das irregularidades, o julgador monocrático não
imputou débito à responsável, por não restarem evidenciadas as hipóteses previstas nas alíneas
"a" a "d" do § 2º, do inciso III, do art. 1º, da Instrução 03/2011, desta Corte. No entanto, devido à
inobservância dos dispositivos legais infringidos, aplicou à responsável multa no valor de R$
200,00 (duzentos) reais, com fulcro na Lei Municipal 9.167/80 e no Regimento Interno do
Tribunal. Intimada, a responsável não apresentou defesa. Todavia, solicitou o processo
administrativo com a finalidade de regularizar a prestação de contas junto à Subsecretaria do
Tesouro Municipal, não logrando êxito devido ao decurso do tempo transcorrido da ocorrência
dos fatos. A Subsecretaria de Fiscalização e Controle apenas relatou os autos e nada acrescentou.
A Assessoria Jurídica de Controle e a Secretaria Geral opinaram pelo conhecimento e
improvimento do reexame necessário. O órgão fazendário requereu o conhecimento e
provimento do recurso em exame, para que seja reconhecida a regularidade das despesas
analisadas em sua totalidade. É o relatório. Voto: 1 - Conheço do recurso "ex officio", por
regimental. 2 - Compulsando os autos do processo administrativo 2002-0.080.906-3, ora
acompanhante, constata-se que a responsável pelo adiantamento adotou todas as providências
atinentes ao correto processamento da prestação de contas, tanto que, em 08 de julho de 2002,
encaminhou os autos ao setor de Contabilidade para prosseguimento, conforme determinava a
legislação, fls. 74, do processo administrativo. 3 - Na sequência, observa-se uma exaustiva
tramitação do processo administrativo na tentativa de incorporação do bem e sucessivas
manifestações de diferentes setores discutindo a quem cabia a obrigação de incorporar o bem: 2
bloqueadores de telefones no valor de R$ 90,00. 4 - A tentativa de incorporar os dois
bloqueadores que se iniciou em 11 de julho de 2002 terminou em 04 de novembro de 2010, com
o arquivamento do processo, tendo em vista o insucesso. 5 - Narrei tais fatos apenas para
demonstrar que a responsabilidade de incorporação desses bens, à época considerados
permanentes, não era da responsável, mas sim do contador. 6 - Entendo, ainda, que este fato não
pode se constituir em impeditivo à aprovação das despesas havidas, até porque se trata de ato
posterior à aquisição do bem de natureza permanente, cuja responsabilidade é da área contábil-
financeira, devendo tal documento, apenas, integrar a instrução processual, nos termos
estabelecidos no subitem 4.1, alínea "q" da Portaria SF 15/04. 7 - Pelas razões expostas, dou
provimento ao recurso "ex officio" para o fim de reformar a respeitável Decisão guerreada,
aprovar as contas prestadas e dar quitação integral à responsável. 8 - Após as medidas
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regimentais cabíveis, arquivem-se os autos. Participaram do julgamento os Conselheiros
Maurício Faria – Revisor, Edson Simões e João Antonio. Presente o Procurador Chefe da
Fazenda Guilherme Bueno de Camargo. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 17 de
fevereiro de 2016. a) Roberto Braguim – Presidente; a) Domingos Dissei – Relator.” 2) TC
2.634/13-40 – Recurso "ex officio" interposto contra a R. Decisão de Juízo Singular de
24/6/2014 – Julgador Conselheiro Roberto Braguim – Secretaria Municipal de Cultura – SMC e
Carlos Roberto Gaspar Junior – Prestação de contas de adiantamento bancário – março/2011 (R$
14.150,00). Após o relato da matéria "o Conselheiro Domingos Dissei – Relator conheceu do
recurso "ex officio", por regimental e, quanto ao mérito, deu-lhe provimento parcial, para o fito
de, não obstante manter a irregularidade parcial da prestação de contas examinada, por seus
próprios e jurídicos fundamentos, dar quitação ao servidor responsável, de forma a afastar
eventual configuração de situação de alcance, visto que, no que tange a glosa alvitrada, a Decisão
não impôs ao responsável a obrigação de reposição do valor aos cofres públicos, portanto,
proferida em perfeita sintonia com as prescrições contidas na Resolução 04/2011, deste Tribunal.
Ainda, o Nobre Conselheiro Domingos Dissei – Relator determinou, após as medidas
regimentais cabíveis, o arquivamento dos autos. Certifico, outrossim, que o Conselheiro
Maurício Faria – Revisor, nos termos de seu voto proferido em separado, conheceu do recurso e,
no mérito, considerando que inscrições em cursos, seminários e congressos, não podem se
submeter a qualquer tipo de procedimento licitatório devido à inviabilidade de competição a ela
inerente, a adoção do regime de adiantamento para o seu custeio encontra amparo legal por suas
próprias peculiaridades, uma vez que não tem como aguardar os trâmites normais de
processamento, conforme dispõe o artigo 2º do Decreto Municipal 48.592/2007 e, pondo em
relevo que é equivocada a pretensão de se aplicar dispositivos da Lei Federal 8.666/93, em
detrimento ao princípio da especialidade, segundo o qual a existência de lei especial afasta a
aplicação da lei geral, Sua Excelência deu-lhe provimento integral para o fim de declarar a
regularidade da prestação de contas examinada, dando quitação ao servidor. Ademais, o
Conselheiro Edson Simões acompanhou o voto proferido pelo Conselheiro Domingos Dissei –
Relator. Entretanto, o Conselheiro João Antonio acompanhou o voto proferido pelo Conselheiro
Maurício Faria – Revisor. Afinal, o Conselheiro Presidente Roberto Braguim, nos termos do
artigo 172, inciso II, do Regimento Interno desta Corte, determinou que os autos lhe fossem
conclusos, para proferir voto de desempate." (Certidão) 3) TC 1.753/11-31 – Recurso "ex
officio" interposto contra a R. Decisão de Juízo Singular de 21/11/2013 – Julgador Conselheiro
Maurício Faria – Secretaria Municipal da Saúde – SMS e Sandra Regina Albano Pereira –
Prestação de contas de adiantamento bancário – maio/2002 (R$ 10.100,00). Após o relato da
matéria "o Conselheiro Domingos Dissei conheceu do recurso "ex officio", por regimental, e,
quanto ao mérito, por entender que a falta da Nota de Incorporação de Bens Patrimoniais Móveis
não pode constituir impeditivo à aprovação das despesas havidas, pois se trata de ato posterior à
aquisição do bem de natureza permanente, cuja responsabilidade é da área contábil-financeira,
devendo tal documento, apenas integrar a instrução processual, nos termos estabelecidos no
subitem 4.1, alínea “q” da Portaria SF 15/2004, deu-lhe provimento, para o fim de reformar a
Respeitável Decisão guerreada, aprovar integralmente as contas prestadas e dar quitação integral
às contas apreciadas. Ainda, Sua Excelência determinou o arquivamento dos autos, após as
medidas regimentais cabíveis. Ademais, o Conselheiro Maurício Faria – Revisor, nos termos de
seu voto proferido em separado, conheceu da remessa de ofício, por regimental, e, quanto ao
mérito, deu provimento integral ao recurso para o fim de julgar regular a despesa examinada,
considerando a notícia trazida aos autos, em fase recursal, de que os bens adquiridos restaram
devidamente incorporados ao patrimônio público, conforme Notas de Incorporação de Bens
Patrimoniais Móveis – NIBPM anexadas aos autos, outorgou quitação integral à interessada, bem
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como afastou a multa aplicada por não mais subsistir fundamento para sua manutenção. Afinal,
na fase de votação, o Conselheiro Edson Simões solicitou vista dos autos, o que foi deferido."
(Certidão) 4) TC 1.612/10-29 – Recurso "ex officio" interposto contra a R. Decisão de Juízo
Singular de 29/8/2014 – Julgador Conselheiro João Antonio – Secretaria Municipal do Verde e
do Meio Ambiente – SVMA e Robson Maida Profenzano – Prestação de contas de adiantamento
bancário – setembro/2008 (R$ 6.600,00) ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes
autos, dos quais é Relator o Conselheiro Domingos Dissei. Acordam os Conselheiros do
Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório
e voto do Relator, em conhecer do reexame necessário, por disciplina regimental, e, quanto ao
mérito, em negar-lhe provimento, mantendo-se a Respeitável Decisão recorrida por seus próprios
e jurídicos fundamentos. Acordam, ademais, à unanimidade, em determinar que, após as medidas
regimentais, arquivem-se os autos. Relatório: Em julgamento o reexame necessário da r.
Decisão Singular de fls. 73, que julgou irregular a importância de R$ 6.600,00 (seis mil e
seiscentos reais) utilizada para pagamento com inscrições de servidores no curso de Formação de
Consultores Internos e Facilitadores – Módulo IV – "Fazendo Acontecer", ministrado pela
empresa Adigo Consultores, por contrariar as normas aplicáveis ao regime de adiantamento
bancário; estar em desacordo com o limite permitido para contratação verbal; caracterizar
fracionamento de despesa e, por não estarem presentes os motivos impeditivos para a realização
da despesa pelo processo normal de aplicação. Apesar das irregularidades apontadas e da rejeição
das contas apresentadas, o julgador singular não imputou débito ao responsável, levando em
consideração que as despesas foram destinadas ao atendimento do interesse público e outorgou-
lhe quitação integral. Na apreciação do reexame necessário, a Assessora preopinante da
Assessoria Jurídica de Controle Externo e a Secretaria Geral pronunciaram-se pelo regular
processamento do recurso "ex officio" e pelo seu improvimento. O Assessor Jurídico Chefe, por
seu turno, discordou, apenas, da aplicação do art. 60, parágrafo único, da Lei 8.666/93, como
mais um dos fundamentos para rejeição das despesas, mas que, todavia, em nada altera o
julgamento pela irregularidade das despesas realizadas. O órgão fazendário requereu o
provimento do exame necessário para se declarar a regularidade da despesa havida. Voto: 1 -
Conheço do reexame necessário, por disciplina regimental. 2 - Quanto ao mérito, é imperioso
destacar que essa matéria, utilização do regime de adiantamento para pagamento de despesas
com curso de capacitação continuada de servidores no âmbito da Secretaria Municipal do Verde
e Meio Ambiente, já foi tratada em reiterados julgamentos desta Corte, tendo sido, inclusive,
objeto de inspeção levada a efeito nos autos do TC 2.677.08-95, cuja conclusão foi pela
irregularidade das despesas realizadas com tal desiderato. 3 - Nesta senda, a respeitável Decisão
reapreciada foi consentânea com tal jugado e considerou irregular a despesa, ora em análise.
Todavia, à luz da Resolução 04/2011, aprovada pela Instrução 03/11, desta Corte, o julgador
singular não imputou débito ao responsável e, ainda, lhe outorgou quitação. 4 - Por tal razão e,
ainda, mantendo a linha decisória de votos por mim já proferidos neste sentido, aliado às
ponderações dos órgãos técnicos e especializados desta Corte, que ficam incorporadas neste voto,
NEGO PROVIMENTO ao presente reexame necessário, mantendo-se a respeitável Decisão
recorrida por seus próprios e jurídicos fundamentos. 5 - Após as medidas regimentais, arquivem-
se os autos. É o meu voto. Participaram do julgamento os Conselheiros Maurício Faria – Revisor,
Edson Simões e João Antonio. Presente o Procurador Chefe da Fazenda Guilherme Bueno de
Camargo. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 17 de fevereiro de 2016. a) Roberto
Braguim – Presidente; a) Domingos Dissei – Relator." 5) TC 547/12-95 – Secretaria Municipal
de Direitos Humanos e Cidadania – SMDHC e Multivias Locações e Viagens Ltda. – Pregão
Presencial 010/SMPP/2011 – Contrato 013/SMPP/2011 R$ 800.000,00 est. – Contratação de
empresa especializada em prestação de serviços de fretamento de veículos, tipo ônibus, micro-
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ônibus e vans, para atender as necessidades eventuais das Coordenadorias e Conselhos da
Secretaria (Tramita em conjunto com o TC 413/12-29). Após o relato da matéria "o Conselheiro
Domingos Dissei conheceu do Pregão Presencial 10/SMPP/2011 e julgou regular o Contrato
13/SMPP/2011, relevando as falhas formais constatadas. Ainda, Sua Excelência determinou,
após as medidas regimentais, o arquivamento dos autos. Ademais, na fase de votação, o
Conselheiro Maurício Faria – Revisor solicitou vista dos autos, o que foi deferido." (Certidão)
6) TC 413/12-29 – Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania – SMDHC e
Multivias Locações e Viagens Ltda. – Acompanhamento – Execução contratual – Verificar se o
Contrato 013/SMPP/2011 (R$ 800.000,00 est.), cujo objeto é a contratação de empresa
especializada em prestação de serviços de fretamento de veículos, tipo ônibus, micro-ônibus e
vans, para atender as necessidades eventuais das Coordenadorias e Conselhos da Secretaria, está
de acordo com as normas legais pertinentes e em conformidade com as cláusulas estabelecidas
no ajuste (Tramita em conjunto com o TC 547/12-95). Após o relato da matéria "o Conselheiro
Domingos Dissei acolheu a execução do ajuste, no período de julho a novembro de 2011, no
valor de R$ 426.676,97. Ainda, Sua Excelência determinou, após as medidas regimentais, o
arquivamento dos autos. Ademais, na fase de votação, o Conselheiro Maurício Faria – Revisor
solicitou vista dos autos, o que foi deferido." (Certidão) 7) TC 3.398/09-48 – São Paulo
Turismo S.A. – SPTuris e Arcolimp Serviços Gerais Ltda. – Acompanhamento – Execução
contratual – Verificar se o Contrato CCN/GCO 106/09 (R$ 1.394.679,96), cujo objeto é a
prestação de serviços de limpeza e conservação, por um período de 12 meses, compreendendo
também o fornecimento de equipamentos e materiais, está sendo executado de acordo com as
normas legais pertinentes e em conformidade com as cláusulas estabelecidas no ajuste
ACÓRDÃO: “Vistos, relatados e discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro
Domingos Dissei. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à
unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em acolher, excepcionalmente,
a Execução Contratual CCN/GCO 106/09, no período e valores auditados. Acordam, ademais,
por maioria, pelos votos dos Conselheiros Domingos Dissei – Relator, Edson Simões e João
Antonio, em determinar a expedição de ofício à São Paulo Turismo S.A., para que adote as
providências necessárias ao ressarcimento do valor glosado de R$ 2.013,41 (dois mil e treze reais
e quarenta e um centavos), que remanesceu devido pela contratada pelos serviços não prestados
na primeira quinzena do mês de julho de 2010, e informe-as a este Tribunal, no prazo de 30
(trinta) dias. Vencido, neste particular, o Conselheiro Maurício Faria – Revisor, nos termos de
seu voto proferido em separado. Relatório: Cuida o presente do acompanhamento da execução
do Contrato CCN/GCO 106/09, firmado entre a SPTURIS e a empresa Arcolimp Serviços Gerais
Ltda., para a execução de serviços de limpeza e conservação nas áreas internas e externas do
Parque Anhembi, a fim de verificar se está sendo executado de acordo com o pactuado. Os
serviços objeto deste contrato descritos no Termo de Referência, compreendem, basicamente:
limpeza de áreas acarpetadas, de pisos frios e pavimentados; desinsetização e desratização;
limpeza e desinfecção das caixas d água. A licitação e o contrato foram acolhidos, à
unanimidade, quando do julgamento do TC 3.762.09-89, em 10.10.2012. Feito o relatório, a
Auditoria concluiu que a execução do contrato, no período de 21.10. a 09.12.2009, no montante
de R$ 191.052,05, (50 dias do valor contratual de R$ 1.394.679,96) não estava sendo executado
de acordo com o pactuado, pelo quanto segue: 1. Inconsistências no confrontamento entre
Relatório de Frequência Mensal e o livro de registro de ponto, relativamente ao período de 21 a
31 de outubro de 2009; 2. Por diversas vezes a empresa contratada não disponibilizou o número
mínimo de postos exigidos contratualmente; 3. A empresa contratada não havia disponibilizado,
até o encerramento das análises, o número mínimo de equipamentos exigido para a prestação dos
serviços; 4. Não estavam sendo emitidos relatórios da folha de ponto; 5. O relatório diário das
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tarefas executadas não estava sendo apresentado. Solicitada nova manifestação, a Auditoria
esclareceu que a base pelo qual foi afirmado o descumprimento da execução foi o não
atendimento das condições estabelecidas no Termo de Referência, Anexo I do Edital, quais
sejam: distribuição de postos e quantidade de equipamento. A contratada, no período analisado,
ou seja, 11 dias, deixou de cumprir o número mínimo previsto por sete vezes, sendo quatro delas
(dias 21, 26, 27 e 29) com um número expressivo de faltas. Quanto aos equipamentos, a empresa
Arcolimp disponibilizou apenas um aspirador de pó e água, sendo certo que o mínimo a ser
disponibilizado seriam quatro aspiradores. Devidamente intimados para manifestações sobre as
conclusões dos Órgãos Técnicos desta Casa, os interessados apresentaram as suas justificativas.
A Origem informando a respeito do item 4.1, declarou que a situação acerca das anotações não
correspondentes ao Relatório de Frequência Mensal e no livro de ponto já havia sido resolvida
com a adoção de um novo sistema de controle de frequência dos funcionários da contratada, com
vistas a garantir maior eficiência sendo que cada funcionário contará com uma ficha individual
de ponto. A Origem glosou os serviços não prestados e comunicou que a contratada é objeto de
processo administrativo para aplicação de penalidade. Em relação ao número mínimo de
equipamentos exigido para a prestação dos serviços, a defesa faz menção à Correspondência
Interna GEM-049/10 de 06.05.10, onde a Gerência de Manutenção encaminhou para a Gerência
de Compras os relatórios referentes à falta de equipamentos nos meses de outubro/09 a
janeiro/10, solicitando que fosse realizado o desconto dos valores cabíveis e que se verificasse a
possibilidade de aplicação das penalidades cabíveis. Enfatizou que, a partir do mês de
fevereiro/2010, a contratada disponibilizara todos os equipamentos. Quanto à necessidade da
emissão de relatórios da folha de ponto, a Origem esclareceu que a contratada estava cumprindo
as obrigações, tendo sido superados os problemas de adaptação. Em nova análise, AUD manteve
sua conclusão anterior no sentido de que o contrato não estava sendo executado de acordo com
suas cláusulas. Foram anexados aos autos documentação de fls. 320/331, e em cumprimento ao
determinado pelo Conselheiro, emitiu novo parecer informando que os serviços de limpeza
estavam sendo executados a contento, segundo manifestação da Origem. Todavia, esclareceu
que, as falhas apontadas nos itens 1 e 4, de natureza formal, não prejudicaram a execução
contratual e a não disponibilização do número mínimo de postos diários, prejudica sim a
execução do ajuste pois fica em desconformidade com o contrato. Noutros termos, as faltas
cometidas pela Arcolimp não prejudicaram toda a execução do contrato. No tocante à glosa, os
períodos avaliados foram: 20.10.2009 a 08.01.2010 e primeira quinzena de julho de 2010.
Ocorreram duas glosas, uma referente ao período de 21 a 31.10.2009 foi no montante de R$
5.252.09 e a outra referente ao período de 01.a 30.11.2009 no valor de R$ 24.333,09. Lembrou a
Auditoria que não foi efetuada glosa em julho de 2010, mas que deveriam ser descontadas as
faltas dos dias em que os postos de trabalho não atingiram o mínimo de 80, sendo que o valor
diário do posto diurno é de R$ 47,83 e o noturno R$ 48,18. Novamente intimados a Origem e o
Representante legal da Contratada, apresentaram defesas e juntaram novos documentos. Por fim,
concluiu a Especializada: "Considerando a necessidade de adoção de providências para a correta
execução do contrato CCN/GCO 106/09, como a glosa de valores e aplicação de penalidades por
descumprimento contratual, reiteramos que o contrato não foi executado de acordo com as
cláusulas estabelecidas no ajuste, tendo em vista que permanecem inalteradas as constatações,
com exceção do item 2, o qual retificamos tendo em vista a conclusão do processo
administrativo, na forma a seguir: 1. Inconsistências no confrontamento entre Relatório de
Frequência Mensal e o livro de registro de ponto, relativamente ao período de julho de 2010. 4.
Por diversas vezes a empresa contratada não disponibilizou o número mínimo de postos exigidos
contratualmente. Foi aberto processo administrativo contra a Arcolimp, culminando na aplicação
de multa no valor de R$ 2.527,93. 4. Foi emitido o relatório da folha de ponto em julho de 2010,
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porém, com inconsistências em relação ao registro de ponto. Salientamos que as impropriedades
referentes aos itens 1, 2 e 4 não são fortes o suficiente para macular todo o ajuste, mas reiteramos
que deveria ser efetuada a glosa referente à primeira quinzena de julho de 2010, no montante de
R$ 2.013,41". A Procuradoria da Fazenda Municipal requereu o acolhimento do ajuste, ou, ao
menos, sejam reconhecidos os efeitos financeiros e patrimoniais dos atos, ante a ausência de
dolo, culpa, má-fé ou qualquer prejuízo ao Erário. A Assessoria Jurídica de Controle Externo
acompanhou a conclusão da Auditoria, no sentido de que as impropriedades referentes aos itens
1, 2 e 4. não são suficientes para macular todo o ajuste, mas, deveria ser efetuada a glosa
referente à primeira quinzena de julho de 2010, no montante de R$ 2.013,41. Verificou a
Secretaria Geral que os itens 3 e 5, foram sanados, ou seja, a empresa contratada disponibilizou
durante a análise efetuada, o número mínimo de equipamentos exigido para a prestação dos
serviços e o relatório diário das tarefas executadas foi apresentado no período de julho de 2010.
Destacou a informação de AUD no sentido de que as impropriedades referentes aos itens 1, 2 e 4
não são fortes o suficiente para macular o ajuste. Quanto ao apontamento 1, inconsistência no
confrontamento entre o Relatório de Frequência Mensal e o Livro de Registro de Ponto, relativo
ao período de 21 a 31 de outubro de 2009, a Origem reconheceu referida inconsistência e anexou
aos autos novo modelo de ficha individual de ponto, buscando, assim, corrigir a falha apontada.
Quanto ao valor a ser glosado pelos serviços não prestados, está sendo considerada a primeira
quinzena de mês de julho/10, com valor apurado por AUD de R$ 2.013,41 (dois mil e treze reais
e quarenta e um centavos). Em relação aos meses de outubro e novembro de 2009, foram
realizados os descontos relativos aos serviços previstos e não prestados. No que tange ao
apontamento 2, no sentido de que por diversas vezes a empresa contratada não disponibilizou o
número mínimo de postos exigidos contratualmente, a Origem admite esse fato e alega que, para
solucionar o problema, decidiu realizar um fechamento mensal e não diário, destacando, ao final,
que não havia sido realizada a glosa do mês de julho de 2010, porque com o novo critério
adotado, fechamento mensal, todas as faltas foram devidamente compensadas. Quanto ao item 4
que diz respeito às inconsistências do relatório da folha do ponto de julho de 2010 em relação ao
registro de ponto, AUD ressaltou as diferenças encontradas, destacando que as mesmas se tratam
de falhas formais, não prejudicando a presente execução. Acompanhou o entendimento dos
Órgãos Técnicos, no sentido de que as impropriedades referentes aos itens 1, 2 e 4 não foram
suficiente para macular a execução do ajuste, e de que os itens 3 e 5 foram sanados. No entanto,
remanescia devido pela empresa, a título de glosa, o montante de R$ 2.013,41 (dois mil e treze
reais e quarenta e um centavos), pois não havia nos autos notícia do pagamento do valor apurado
por AUD acerca da referida glosa. O Senhor Secretário Geral opinou pela regularidade da
execução contratual, com a ressalva apontada relativa à glosa referente ao período de julho de
2010. É o relatório. Voto: 1 - Cuida o presente de Acompanhamento da Execução do Contrato
106/09, firmado entre a SPTURS e a ARCOLIMP, cujas impropriedades detectadas pela
Auditoria e referentes aos itens 1, 2 e 4, foram superadas, dado que a Origem anexou novo
modelo de ficha individual de ponto e, para solucionar o fato de a empresa não disponibilizar o
número mínimo de postos exigidos contratualmente, passou a realizar fechamento mensal e não
diário, sendo que todas as faltas foram compensadas. 2 - Sendo assim e, na esteira das
manifestações da Auditoria, da Assessoria Jurídica de Controle Externo, da Procuradoria da
Fazenda Municipal e da Secretaria Geral, que adoto como razões de decidir, ACOLHO
excepcionalmente a Execução Contratual 106/09, no período e valores auditados. 3 - Quanto ao
valor glosado pelos serviços não prestados, foi considerado pela Auditoria a primeira quinzena
de julho/10, no valor de R$ 2.013,41 e, quanto aos meses de outubro e novembro de 2009, foram
realizados os descontos relativos aos serviços previstos e não prestados. 4. Sendo, assim,
remanesceu devido pela Contratada, a título de glosa, o valor de R$ 2.013,41. 5 - Por tal razão,
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determino a expedição de ofício à Origem para que adote as providências necessárias ao seu
ressarcimento e informe a este Tribunal no prazo de 30 (trinta) dias. Voto em separado
proferido pelo Conselheiro Maurício Faria: A Subsecretaria de Fiscalização e Controle, a
Assessoria Jurídica de Controle Externo e a Secretaria Geral foram unânimes em suas
manifestações no sentido de que as falhas constatadas pela Auditoria na execução do Contrato
CCN/GCO 106/09 não foram suficientes para macular o ajuste como um todo, em razão,
sobretudo, de consistirem em questões formais. Todavia, todos os Órgãos Técnicos também
apontaram a existência de uma ressalva, referente a uma glosa no valor de R$ 2.013,41, referente
à execução do contrato no mês de julho de 2010. Verifica-se, todavia, que a Origem justificou a
não realização de glosa em relação ao mês apontado, em razão de ter adotado uma sistemática de
compensação de faltas, fazendo com que não houvesse valor a ser descontado, pois o serviço
teria sido prestado de forma completa na ocasião. Para tanto, apresentou tabela acostada a fls.
378. É certo que a sistemática adotada pela Origem não se revela a mais adequada, já que, se
houve o dimensionamento contratual de 68 postos de trabalho diurnos e 12 noturnos, é porque
essa era a necessidade existente e que deveria ser respeitada pela Contratada e pela própria
SPTURIS. Caso fossem necessários mais postos em qualquer um dos dois turnos, ou constatadas
diferentes necessidades com o passar do tempo, seria necessária adequação contratual. Todavia,
em que pese formalmente não haver amparo legal para a compensação efetuada pela SPTURIS, o
fato é que o serviço foi prestado, de modo que, insistir na glosa causaria enriquecimento sem
causa da Administração Pública, por ser ressarcida de um serviço que foi executado. Desta
forma, considero que os esclarecimentos prestados pela Origem, comprovando a compensação,
dispensam a realização da glosa proposta. À vista disso, considerando, ainda, que a Origem
efetuou glosa de outros períodos em que a Contratada não disponibilizou o número de postos
contratualmente previstos, aplicou multa à Contratada pelas falhas constatadas (fls. 406), passou
a exigir os relatórios de atividade devidos e, ainda, diante dos problemas de execução contratual,
não efetuou a prorrogação contratual e realizou novo certame licitatório, buscando contratação
mais eficiente e adequada, considero que as infringências são passíveis de relevação. Não
obstante, registre-se que houve demora, por parte da Origem na tomada das providências cabíveis
para exigir da Contratada o número mínimo de equipamentos previstos para a prestação dos
serviços, devendo, assim, haver alerta para que haja maior celeridade nas medidas que devem ser
adotadas. Diante do exposto, ACOLHO EXCEPCIONALMENTE a execução do Contrato
CCN/GCO 106/09, determinando seja oficiado à SPTURIS para que: a) abstenha-se de práticas
de compensação como a constatada no caso em tela, promovendo as eventuais glosas e/ou
descontos cabíveis, de imediato; b) zele para que previsões contratuais de apresentação de
equipamentos sejam cumpridas de imediato, impondo-se as sanções cabíveis pelo eventual
descumprimento. Participaram do julgamento os Conselheiros Maurício Faria – Revisor, Edson
Simões e João Antonio. Presente o Procurador Chefe da Fazenda Guilherme Bueno de Camargo.
Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 17 de fevereiro de 2016. a) Roberto Braguim –
Presidente; a) Domingos Dissei – Relator.” 8) TC 4.270/14-87 – Associação dos Prestadores de
Serviços e Construção do Estado de São Paulo – Aprescon – Subprefeitura M'Boi Mirim – SP-
MB – Representação em face do Edital de Tomada de Preços 10/SP-MB/2014, cujo objeto é a
contratação de empresa para execução de serviços de reurbanização de áreas municipais
ACÓRDÃO: “Vistos, relatados e discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro
Domingos Dissei. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à
unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em conhecer da representação
interposta em face do Edital de Tomada de Preços 10/SP-MB/2014, por estarem presentes os
pressupostos de admissibilidade constantes dos artigos 54 e 55 do Regimento Interno desta Corte
de Contas, e, quanto ao mérito, em julgá-la improcedente, considerando que, por se tratar de uma
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tomada de preços, nenhuma empresa interessada em participar do certame teve sua intenção
cerceada pelas exigências contidas no edital. Acordam, ademais, à unanimidade, em determinar
que, após a adoção das providências previstas no artigo 58 do Regimento Interno desta Corte,
arquivem-se os autos. Relatório: Trata-se de Representação formulada pela APRESCON -
Associação dos Prestadores de Serviços e Construção do Estado de São Paulo, contra o Edital de
Tomada de Preços 10/SPMB/2014, para contratação de empresa para execução de serviços de
reurbanização de áreas municipais. O Representante insurge-se contra exigências e contradições
que, no seu entender, restringem sobremaneira a competitividade, sendo consideradas excessivas
e desarrazoadas, a saber: 3.1 - Das ilegalidades contidas no Ato Convocatório, nas cláusulas 2.5,
2.5.1, 2.5.2, 2.5.3, 2.5.4, 6.4.2.4 "c" e "d" e 6.5.2.4 "c". Ilegalidades das cláusulas 2.5, 2.5.1,
2.5.2, 2.5.3 e 2.5.4 Alegações da Representante: A Representante se insurge contra os subitens
2.5, 2.5.1, 2.5.2, 2.5.3 e 2.5.4 do ato convocatório, referentes aos documentos a serem
apresentados pelo responsável técnico no ato de credenciamento para vistoria, alegando, em
síntese, que: As exigências contidas nos subitens mencionados não são razoáveis; A exigência de
que a vistoria técnica seja realizada necessariamente pelo responsável técnico, além da
necessidade de apresentação do registro junto ao CREA ou CAU, de comprovação do vínculo
empregatício com a empresa licitante e de certificados cadastrais válidos para a categoria exigida
na obra ou, se for o caso, de protocolo de entrega de documentos para habilitação, não encontra
previsão legal e está em desacordo com decisões do Tribunal de Contas da União; A
Administração Pública não pode determinar quem estaria capacitado para realizar a vistoria
técnica; Não cabe à Administração exigir, no momento da vistoria, documentos relativos à
habilitação do responsável técnico da empresa licitante. A Auditoria assim se manifestou: A
exigência de vistoria técnica deve se limitar aos casos considerados imprescindíveis, haja vista
que a devida caracterização do objeto do certame deve estar contida nos elementos técnicos do
edital. Nesse sentido é o Acórdão nº 2.150/2008 – Plenário, do Tribunal de Contas da União
(TCU): “9.7.5. abstenha-se de inserir em seus instrumentos convocatórios cláusulas impondo a
obrigatoriedade de comparecimento ao local das obras quando, por sua limitação de tempo e em
face da complexidade e extensão do objeto licitado, pouco acrescente acerca do conhecimento
dos concorrentes sobre a obra/serviço, de maneira a preservar o que preconiza o art. 3ª caput, e §
1º, inciso I, da Lei 8.666/93, sendo suficiente a declaração do licitante de que conhece as
condições locais para a execução do objeto. Para os casos onde haja a imprescindibilidade da
visita, evite reunir os licitantes em data e horário marcados capaz de dar-lhes conhecimento
prévio acerca do universo de concorrentes;” (grifamos). Uma vez exigida a vistoria, conforme
dispõe o Edital de Tomada de Preços n° 10/SPMB/2014, considera-se que a necessidade de que
seja realizada por responsável técnico da licitante (subitem 2.5), com a comprovação de seu
vínculo empregatício e responsabilidade técnica registrada na Certidão de Pessoa Jurídica do
Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA) ou do Conselho de Arquitetura e
Urbanismo (CAU) (subitem 2.5.3) não estão justificadas e restringem o caráter competitivo da
licitação, em infringência ao artigo 3°, § 1°, inciso I da Lei Federal n° 8.666/93. No que se refere
ao subitem 2.5.4 do edital, que exige a apresentação de Certificados de Registro Cadastral (CRC)
ou, se for o caso, do protocolo de entrega dos documentos para habilitação, como condição para a
realização da vistoria técnica, fica caracterizada a antecipação da verificação das condições de
habilitação, em infringência ao artigo 43, inciso I da Lei Federal n° 8.666/93, incorrendo-se
também no descumprimento do artigo 3°, § 1°, inciso I daquele diploma legal. Desse modo, a
Auditoria considerou que para a realização da vistoria técnica bastaria a licitante credenciar um
profissional com registro no CREA ou CAU, sendo, portanto, a Representação procedente
quanto aos itens 2.5, 2.5.3 e 2.5.4 do Edital de Tomada de Preços n° 10/SPMB/2014 e
improcedente quanto aos itens 2.5.1 e 2.5.2. Registrou, ainda, que a exigência de que a vistoria
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técnica seja feita em conjunto por todas as licitantes (subitem 2.7 do edital, a seguir transcrito),
dá a elas o conhecimento prévio acerca do universo de concorrentes e restringe o dia e horário da
vistoria, em infringência ao artigo 3°, § 1°, inciso I da Lei Federal n° 8.666/93. “2.7. Não será
aceita, sob hipótese alguma, vistoria que não tenha sido realizada com a presença do
representante técnico da Coordenadoria de Projetos e Obras e em conjunto com todas as
licitantes.” (grifamos). Ilegalidades das cláusulas 6.4.2.4.c, 6.4.2.4.d e 6.5.2.4.c Alegações da
Representante: A Representante se insurge contra os subitens 6.4.2.4.c, 6.4.2.4.d e 6.5.2.4.c do
ato convocatório, referentes à qualificação técnica, alegando, em síntese que: A exigência de 3
atestados contida no item 6.5.2.4.c extrapola os limites da lei e restringe a participação de
possíveis interessados; Os quantitativos exigidos na cláusula 6.4.2.4.d estão em desacordo com a
Súmula 24 do TCE/SP e o artigo 30 da Lei de Licitações. Acrescenta ainda que “... nem mesmo
quem tem ou tenha prestado esse tipo de serviço para a própria Secretaria detém atestado de
capacidade técnica nos exatos termos do que está sendo exigido,...” (destaque no original); A
Auditoria em sua análise assim entendeu: O subitem 6.5.2.4.c do edital enumera os documentos
para comprovação de capacidade técnica que deverão ser protocolados até o terceiro dia útil
anterior à data do recebimento das propostas pelas empresas não inscritas no Registro Cadastral.
Ressalva-se, inicialmente, que o prazo previsto pelo artigo 22, § 2° da Lei Federal n° 8.666/93
estende-se até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, e não até o terceiro dia
útil. A necessidade da apresentação de 3 (três) atestados, questionada pelo Representante, consta
das exigências para inscrição no Registro Cadastral da Portaria n° 064/SIURB G/2005. Tendo em
vista que as licitantes já cadastradas apresentaram obrigatoriamente esses atestados por ocasião
de seu cadastramento e o princípio da isonomia, consideramos improcedente a Representação
quanto ao subitem 6.5.2.4.c do edital. No que se refere aos quantitativos de serviços exigidos na
cláusula 6.4.2.4.d, situam-se em torno de 50% das respectivas quantidades que constam da
planilha orçamentária da licitação. Face ao exposto, a Representação é improcedente quanto ao
subitem 6.4.2.4.d do edital. Sobre o subitem 6.4.2.4.c não foi localizado questionamento
específico pela Representante, razão pela qual não foi analisado neste memorando. Desse modo,
consignou: - improcedente a representação em relação aos subitens 2.5.1, 2.5.2, 6.4.2.4.c,
6.4.2.4.d e 6.5.2.4.c do edital; - procedente em relação aos subitens 2.5, 2.5.3 e 2.5.4 do edital.
Registrou, por oportuno, que a exigência de que a vistoria técnica seja feita em conjunto por
todas as licitantes (subitem 2.7 do edital) dá a elas o conhecimento prévio acerca do universo de
concorrentes e restringe o dia e horário da vistoria, em infringência ao artigo 3°, § 1°, inciso I da
Lei Federal n° 8.666/93. Por fim, ressaltou que, conforme publicação do Diário Oficial da Cidade
de São Paulo de 23.10.2014, a SP-MB negou provimento à impugnação apresentada pela
APRESCON sobre os mesmos questionamentos que constam da Representação em análise. Em
face das considerações da Auditoria, determinei, "ad cautelam", a suspensão da licitação,
oficiando à Origem e ao Presidente da Comissão de Licitações para que se manifestassem. A
Subprefeitura de M'Boi Mirim, em resposta à intimação, entendeu que devido à complexidade da
execução da obra, que envolve a construção de escadaria para acesso de pessoas à creche
existente, com estrutura de concreto armado, torna-se necessário na vistoria técnica a presença de
profissional habilitado e portador do CREA ou CAU, com vínculo empregatício com a empresa
licitante. Esta manifestação justifica a exigência contida nos subitens 2.5, 2.5.3 e 2.5.4. A
Auditoria, após analise dos esclarecimentos trazidos pela Origem, reiterou a sua conclusão
anterior opinando pela procedência parcial da Representação em apreço. Diante das
considerações tecidas pela Auditoria, mantendo as conclusões anteriores, a SP-MB apresentou
considerações sobre a importância da obra, demonstrando as características e a sua importância
para a comunidade e chamando a atenção para o fato de estar recebendo recursos da FUNDURB,
de modo que a demora da licitação traria a perda deste recurso no exercício de 2014. A Assessora
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Chefe do Controle Externo, por seu turno, concluiu, inicialmente, que quanto à obrigatoriedade
da visita técnica como condição de participação a possibilidade encontra amparo no inciso III do
artigo 30 da Lei Federal 8.666/93, o que permite inferir sua legitimidade. Quanto ao momento e
prazo para a realização da visita, não há disposição expressa que os regulamentem, ficando essa
decisão ao critério da oportunidade e conveniência da Administração, condicionado ao
atendimento dos princípios que norteiam o procedimento licitatório. No caso em tela, a Origem
não determinou prazo para agendamento, mas informou quando iria ocorrer a vistoria, e desse
modo não se pode arguir sua ilegalidade. No mais, não se teve notícia de qualquer
questionamento das empresas participantes. Consignou, também, que a modalidade Tomada de
Preços é realizada entre os interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a exigências
para cadastramento até o 3º dia anterior ao recebimento da proposta. Desse modo, as exigências
contidas no edital, devido à modalidade utilizada, não se mostram ilegais, tendo em vista que a
visita técnica foi realizada um dia antes da entrega das propostas, momento em que as empresas
interessadas em participar do certame já tinham seu responsável técnico definido e estavam
devidamente cadastradas ou com seu protocolo de cadastramento. Acrescentou, ainda, que
quanto ao “vinculo empregatício” (previsto no subitem 2.5.3 do Edital) a interpretação deve ser
ampliativa admitindo-se contrato social, carteira de trabalho ou contrato de trabalho. Por fim,
concluiu pela improcedência da Representação por entender que, por se tratar de uma Tomada de
Preços, nenhuma empresa interessada em participar do Certame teve sua intenção cerceada pelas
exigências contidas no Edital. Em razão do deliberado na Sessão Ordinária nº 2.775ª, de
05/11/2014, foi autorizada a retomada da Tomada de Preços nº 10/SP-MB/2014. A Procuradoria
da Fazenda Municipal, na esteira da manifestação da Assessora Chefe do Controle Externo,
requereu a improcedência da Representação. A Secretaria Geral opinou pelo conhecimento da
Representação proposta pela APRESCON - Associação dos Prestadores de Serviços e
Construção do Estado de São Paulo, tendo em vista o preenchimento dos requisitos regimentais
de admissibilidade e, no mérito, pela sua improcedência por entender correta a redação do edital
por parte da Origem. É o relatório. Voto: 1 - CONHEÇO da Representação interposta em face
do Edital de Tomada de Preços n9 10/SPMB/2014, cujo objeto é a contratação de empresa para
execução de serviços de reurbanização de áreas municipais, por estarem presentes os
pressupostos de admissibilidade constantes dos artigos 54 e 55 do Regimento Interno desta Corte
de Contas. 2 - No mérito, JULGO-A IMPROCEDENTE, com amparo nas manifestações da
Assessoria Jurídica de Controle Externo, da Procuradoria da Fazenda Municipal e da Secretaria
Geral, por entender, igualmente, que, por se tratar de uma Tomada de Preços, nenhuma empresa
interessada em participar do Certame teve sua intenção cerceada pelas exigências contidas no
Edital. 3 - Após adoção das providências prevista no artigo 58, do Regimento Interno desta
Corte, arquivem-se os autos. Participaram do julgamento os Conselheiros Maurício Faria –
Revisor, Edson Simões e João Antonio. Presente o Procurador Chefe da Fazenda Guilherme
Bueno de Camargo. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 17 de fevereiro de 2016. a)
Roberto Braguim – Presidente; a) Domingos Dissei – Relator.” – B) REVISOR
CONSELHEIRO CORREGEDOR JOÃO ANTONIO – 9) TC 3.081/15-50 – Lider Serviço
de Locação de Veículos Ltda.-EPP – Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente –
SVMA – Representação em face do Pregão 11/SVMA/2015, cujo objeto é a contratação de
serviços de transporte com veículos, incluindo motorista e combustível, com quilometragem livre
ACÓRDÃO: “Vistos, relatados e discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro
Domingos Dissei. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à
unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em conhecer da representação,
visto que preenchidos os pressupostos de admissibilidade previstos no Regimento Interno deste
Tribunal de Contas, e, quanto ao mérito, à vista da revogação do despacho que havia autorizado a
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abertura do certame, em julgá-la prejudicada, pela perda superveniente de seu objeto, ressaltando
que o Pregão Eletrônico 018/SVMA/2015, aberto em substituição ao Pregão Eletrônico
011/SVMA/2015, restou prejudicado, conforme publicação no Diário Oficial da Cidade de São
Paulo, de 13.11.2015. Acordam, ainda, à unanimidade, em determinar à SVMA que, de futuro,
quando da publicação de nova licitação realizada em substituição à licitação revogada, observe a
Instrução 02/2015 deste Tribunal de Contas, no sentido de que, concomitantemente à publicação
de nova licitação, deverá inserir no Pubnet, no escopo da licitação revogada, o evento
COMUNICADO, informando a abertura de nova licitação, em substituição à anterior. Acordam,
também, à unanimidade, em determinar a remessa de ofício específico à SVMA, para, diante do
insucesso dos Pregões 11/SVMA/2015 e 18/SVMA/2015, esclarecer, no prazo de 15 (quinze)
dias, como vêm sendo prestados os serviços de transporte da Pasta. Acordam, afinal, à
unanimidade, em determinar, após as medidas regimentais, o arquivamento dos autos.
Relatório: Trata o presente de Representação formulada pela empresa Líder Serviço de Locação
de Veículos Ltda. – EPP em face do edital do Pregão Eletrônico 011/SVMA/2015, cujo objeto
era a contratação de empresa especializada na prestação de serviços de transporte com veículos,
incluindo motorista e combustível, quilometragem livre, para atendimento das necessidades da
Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente. A Representante se insurgiu, basicamente,
contra a (i) não utilização, como parâmetro de contratação, do Caderno do Cadterc, tomando
como base de preços tão somente o custo por hora trabalhada, e (ii) permissão de que sociedades
constituídas há menos de 1 (um) ano apresentasse balancetes mensais. A Auditoria considerou a
representação parcialmente procedente, tento em vista que o Artigo 31, inciso I, da Lei Federal
8.666/93 veda a substituição do balanço patrimonial e demonstrações contábeis do ultimo
exercício social por balancetes ou balanços provisórios. Quanto à utilização ou não do Caderno
do Cadterc como parâmetro, a Auditoria entendeu imprescindível conhecer as justificativas da
Origem. Diante desses apontamentos, determinei ad cautelam a suspensão do certame, com a
consequente intimação da Origem, decisão que foi referendada, por unanimidade, na Sessão
Plenária de 29.07.2015. A Origem alegou que os critérios de medição e pagamento dos serviços
estabelecidos no edital buscavam remunerar as horas em que os veículos ficariam à disposição da
Secretaria. Apontou ter realizado levantamento no Cadterc cujo valor obtido serviria de
referência para o julgamento das propostas de preços, procedendo as alterações do edital.
Informou, também, que excluiria a necessidade de apresentação de balancetes mensais pelas
empresas que ainda não tivessem completado seu primeiro exercício fiscal, e que, neste caso,
seria exigido o balanço de abertura da empresa. A Auditoria entendeu que os esclarecimentos e
justificativas quanto à remuneração indicaram que a forma de remuneração e os controles
estabelecidos no Edital foram suficientes para sanar o apontamento, sendo que os critérios
utilizados eram suficientes para remunerar o trabalho efetivamente prestado, além de promover a
proteção da contratação contra a ociosidade na utilização dos veículos. Quanto ao apontamento
relativo à permissão de que as sociedades constituídas há menos de 1 (um) ano apresentassem
balancetes mensais, entendeu que a proposta de nova redação apresentada pela Origem sanaria o
questionamento. Levada a Pleno, a proposta de retomada do certame foi referendada, por
unanimidade. Contudo, conforme constatado, a Pregoeira e equipe de apoio deliberaram por
propor a revogação do certame, que, a seguir, foi sucedido pelo Pregão Eletrônico
018/SVMA/2015, tendo igualmente por objeto a contratação de empresa especializada na
prestação de serviços de transporte com veículos, incluindo motorista e combustível, com
quilometragem livre, para atendimento das necessidades da SVMA. A Origem esclareceu que, na
verdade, havia revogado o despacho que havia autorizado a abertura do aludido certame,
trazendo aos autos cópia do despacho. A Procuradoria da Fazenda Municipal requereu a perda de
objeto da Representação, em vista da revogação do despacho que havia autorizado a abertura do
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certame. A Secretaria Geral, por sua vez, manifestou-se pelo conhecimento da Representação, eis
que preenchidos os pressupostos de admissibilidade. No mérito, em razão da revogação do
despacho que havia autorizado a abertura do certame, opinou pela perda superveniente de seu
objeto. É o relatório. Voto: 1 - Cuida o presente processo de análise da Representação formulada
pela empresa Líder Serviço de Locação de Veículos Ltda. – EPP, em face do edital do Pregão
Eletrônico 011/SVMA/2015, cujo objeto era a contratação de empresa especializada na prestação
de serviços de transporte com veículos, incluindo motorista e combustível, quilometragem livre,
para atendimento das necessidades da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente. 2 -
Preliminarmente, CONHEÇO da Representação, posto que preenchidos os pressupostos de
admissibilidade previstos no Regimento Interno deste Tribunal de Contas. 3 - No mérito, diante
das manifestações da Procuradoria da Fazenda Municipal e da Secretaria Geral, que adoto como
razões de decidir, e à vista da revogação do despacho que havia autorizado a abertura do certame,
JULGO-A PREJUDICADA, pela perda superveniente de seu objeto. 4 – Ressalto, por oportuno,
que o Pregão Eletrônico 018/SVMA/2015, aberto em substituição ao Pregão Eletrônico
011/SVMA/2015, restou prejudicado, conforme publicação no Diário Oficial da Cidade de São
Paulo, de 13.11.2015. 5 – De outra parte, DETERMINO à Origem que, de futuro, quando da
publicação de nova licitação realizada em substituição a licitação revogada, observe a Instrução
02/2015 deste Tribunal de Contas, no sentido de que concomitantemente à publicação de nova
licitação deverá inserir no PUBNET, no escopo da licitação revogada, o evento COMUNICADO,
informando a abertura de nova licitação, em substituição à anterior. 6 – DETERMINO, ainda, a
remessa de ofício específico à Origem, para, diante do insucesso dos Pregões 11/SVMA/2015 e
18/SVMA/2015, esclarecer, no prazo de 15 (quinze) dias, com vêm sendo prestados os serviços
de transporte da Pasta. Após as medidas regimentais, arquivem-se os autos. Participaram do
julgamento os Conselheiros João Antonio – Revisor, Maurício Faria e Edson Simões. Presente o
Procurador Chefe da Fazenda Guilherme Bueno de Camargo. Plenário Conselheiro Paulo Planet
Buarque, 17 de fevereiro de 2016. a) Roberto Braguim – Presidente; a) Domingos Dissei –
Relator.” 10) TC 3.187/15-80 – Centurion Segurança e Vigilância Ltda. – Subprefeitura Vila
Prudente/Sapopemba – SP-VP/SB – Representação em face do Edital do Pregão 03/SP-VP/2015,
cujo objeto é a contratação de empresa especializada para prestação de serviços de
vigilância/segurança patrimonial armada ACÓRDÃO: “Vistos, relatados e discutidos estes
autos, dos quais é Relator o Conselheiro Domingos Dissei. Acordam os Conselheiros do
Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório
e voto do Relator, em conhecer da representação examinada, eis que preenchidos os pressupostos
de sua admissibilidade. Acordam, ademais, á unanimidade, no mérito, considerando a Orientação
Normativa 3/12 - PGM, expedida pelo Procurador Geral do Município de São Paulo, que orienta,
no âmbito do Município de São Paulo, o entendimento no sentido de que a sanção contratual
prevista no inciso III do artigo 87 da Lei de Licitações, tal como as previstas no inciso IV do
mesmo artigo e no artigo 7° da Lei Federal 10.520/2002, projetam efeitos para todos os órgãos e
entidades de todos os entes federativos, em julgá-la improcedente. Acordam, afinal, à
unanimidade, em determinar, após as medidas regimentais, o arquivamento dos autos.
Relatório: Em julgamento a representação apresentada pela empresa Centurion Segurança e
Vigilância Ltda., em face do Edital de Pregão Eletrônico 03/SP-VP/2015, cujo objeto consiste na
contratação de empresa especializada para prestação de serviços de vigilância/segurança
patrimonial armada para a Subprefeitura Vila Prudente. A Representante questiona a previsão
contida no subitem 3.2, letra "e", do edital, que impede a participação de empresas suspensas ou
impedidas de licitar e contratar com a Administração Pública, nos termos da Orientação
Normativa da Procuradoria Geral do Município 03/2012. A Assessoria Jurídica de Controle
Externo manifestou-se pelo conhecimento da representação, posto que preenchidos os requisitos
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para sua admissibilidade. Quanto ao mérito, asseverou que a ampliação dos efeitos das
penalidades previstas nos incisos III e IV do artigo 87 da Lei Federal 8.666/93, em consonância
com a posição adotada pelo STJ e pela PGM, é a forma recomendada para evitar conflitos à
Municipalidade, opinando, ao final, pela improcedência da presente Representação. Consoante
despacho de folha 90, com fundamento na manifestação da Assessoria Jurídica de Controle
Externo, indeferi o pedido de suspensão formulado pela representante, decisão essa devidamente
publicada no Diário Oficial de 13/08/2015. A Procuradoria da Fazenda Municipal requereu a
declaração da total improcedência da representação, ressaltando que o edital só fez cumprir a lei.
A Secretaria Geral manifestou-se pelo conhecimento da representação. Quanto ao mérito,
esclareceu que esta Corte vem decidindo, no sentido de que o alcance dos efeitos da pena de
suspensão de licitar e contratar com a Administração, prevista no inciso III, do artigo 87 da Lei
de Licitações, deverá ser estendido a todos os Órgãos Públicos, no âmbito da Federação, Estados
e Municípios, citando os julgados dos TCs 739/14-18 e 2.573/14-38, destacando ser este o
entendimento que se verifica na Orientação Normativa 03/2012, da PGM – Procuradoria Geral
do Município. Concluiu, assim, que o subitem do edital questionado cumpre a legislação
pertinente em vigor, corroborado com a mencionada orientação normativa da PGM, opinando
pela improcedência da representação. É o relatório. Voto: 1 - CONHEÇO da Representação em
exame, eis que preenchidos os pressupostos de sua admissibilidade. 2 - Quanto ao mérito,
destaca-se que a controvérsia está relacionada à interpretação dos incisos III e IV do artigo 87 da
Lei Federal de Licitações, que tratam, respectivamente, da suspensão temporária de participação
em licitação e da declaração de inidoneidade para licitar ou contratar. 3 - O Colendo Superior
Tribunal de Justiça, conforme citações mencionadas na Ementa 11.607 da PGM, considera que a
punição prevista no inciso III do artigo 87 da Lei 8.666/93 não produz efeitos somente em
relação ao órgão ou ente federativo que determinou a punição, mas a toda a Administração
Pública, logo, há fundamento jurisprudencial e coesão lógico-jurídica na medida adotada pela
Origem ao inserir a cláusula 3.2, letra "e", no edital. 4 - Assim, com fundamento nas
manifestações da Assessoria Jurídica de Controle Externo, da Procuradoria da Fazenda
Municipal e da Secretaria Geral, que adoto como razões de decidir e, considerando a Orientação
Normativa 3/12 - PGM, expedida pelo Procurador Geral do Município de São Paulo, que orienta,
no âmbito do Município de São Paulo, o entendimento no sentido de que a sanção contratual
prevista no inciso III do artigo 87 da Lei de Licitações, tal como as previstas no inciso IV do
mesmo artigo e no artigo 7° da Lei Federal 10.520/02, projetam efeitos para todos os órgãos e
entidades de todos os entes federativos, JULGO IMPROCEDENTE a representação em exame. 5
- Após as medidas regimentais, arquivem-se os autos. É o meu voto. Participaram do julgamento
os Conselheiros João Antonio – Revisor, Maurício Faria e Edson Simões. Presente o Procurador
Chefe da Fazenda Guilherme Bueno de Camargo. a) Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque,
17 de fevereiro de 2016. a) Roberto Braguim – Presidente; a) Domingos Dissei – Relator.” –
PROCESSOS RELATADOS PELO CONSELHEIRO CORREGEDOR JOÃO ANTONIO
– 1) TC 70/97-73 – Recursos de Roberto Luiz Bortolotto, João Luciano Pivetti e Jorge Luis
Martins interpostos contra o V. Acórdão de 13/4/2011 – Relator Conselheiro Edson Simões –
Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras – Siurb e Araguaia Construtora Brasileira
de Rodovias S.A. (Contrato 200/SVP/1996 R$ 1.744.648,02) – Pavimentação e obras
complementares da antiga Estrada do Limoeiro e outras vias, situadas na AR – São Mateus. Após
o relato da matéria "o Conselheiro João Antonio conheceu dos recursos interpostos, pois
presentes os requisitos regimentais de admissibilidade, e, quanto ao mérito, uma vez que as
impropriedades constatadas não causaram qualquer prejuízo ao erário, bem como não restou
demonstrada a existência de dolo, culpa, má-fé ou desídia por parte dos agentes públicos, deu
provimento aos apelos para afastar as multas aplicadas, mantendo-se, no mais, o V. Acórdão
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recorrido, por seus próprios e jurídicos fundamentos. Ainda, Sua Excelência determinou, após as
comunicações de praxe, o arquivamento dos autos. Afinal, na fase de votação, o Conselheiro
Edson Simões – Revisor solicitou vista dos autos, o que foi deferido. (Certidão) 2) TC
1.260/05-26 – Recursos de Dernal Oliveira dos Santos e de Ana Maria de Andrade interpostos
contra o V. Acórdão de 18/8/2010 – Relator Conselheiro Edson Simões – Companhia de
Engenharia de Tráfego – CET e Araguaia Engenharia Ltda. (Contrato 41/2004 R$ 1.950.177,49)
– Serviços de manutenção, reparação e complementação da infraestrutura urbana em áreas com
ocupação urbana consolidada (total ou parcialmente) e que apresentem problemas com
benfeitorias públicas precárias, como pavimentos, sistemas de drenagem (córregos, galerias,
canais e afins), consolidação de taludes, muros de arrimo, obra de terra, partes e mobiliário
urbano em geral. Após o relato da matéria "o Conselheiro João Antonio conheceu dos recursos
interpostos, por presentes os pressupostos de admissibilidade, e, quanto ao mérito, considerando:
1) que este Plenário, por ocasião do julgamento do recurso interposto no processo TC 4.628-03-
46, reviu anterior posicionamento e julgou regular a Concorrência 17/SMSP/COGEL/2002,
gerando reflexos nestes autos, uma vez que a Ata de Registro de Preços 02 decorreu do citado
procedimento licitatório; 2) que os serviços objeto do Contrato 41/2004 podiam ser contratados
por meio do sistema de registro de preços, em razão da sua natureza e por refletirem situação
habitual e rotineira durante um dado período de tempo neste Município; 3) que a avença em tela
guarda compatibilidade com os objetivos definidos no Estatuto Social da CET, visto que, em que
pesem serem de infraestrutura urbana, relacionam-se diretamente com segurança e fluidez do
trânsito, matéria afeta à operação do sistema viário, de competência daquela Sociedade de
Economia; 4) que, quanto à incompatibilidade entre os itens e quantitativos contratados e aqueles
previstos na ata de registro de preços, à época dos fatos, ainda não vigoravam as alterações
veiculadas pelo Decreto 51.278/2010, voltadas à limitação dos quantitativos adicionais àqueles
registrados na ata de registro de preços; 5) a ausência de comprovação de prejuízo ao erário
oriundo da conduta praticada pelos agentes públicos; Sua Excelência deu provimento aos apelos
para o fim de julgar regulares a Ata de Registro de Preços 002/SMSP/COGEL/2003, o Contrato
41/2004 e o Termo Aditivo 48/2004, afastando, por consequência, a multa aplicada aos agentes
públicos responsáveis. Ainda, Sua Excelência determinou, após as comunicações de praxe, o
arquivamento dos autos. Afinal, na fase de votação, o Conselheiro Edson Simões – Revisor
solicitou vista dos autos, o que foi deferido.” (Certidão) 3) TC 3.199/11-36 – Recursos "ex
officio" e de Antonio Oliveira da Silva interpostos contra a R. Decisão de Juízo Singular de
1º/10/2013 – Julgador Conselheiro Maurício Faria – Secretaria Municipal de Assistência e
Desenvolvimento Social – Smads e Aidee Miranda Souza – Prestação de contas de adiantamento
bancário– março/2010 (R$ 15.000,00) ACÓRDÃO: "Vistos, relatados englobadamente com os
TCs 539/12-67, 1.905/12-69 e 1.851/12-31 e discutidos estes autos, ora em grau de recurso, dos
quais é Relator o Conselheiro João Antonio. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do
Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em
conhecer dos recursos "ex officio" e ordinário, eis que regimentais, e, no mérito, em dar-lhes
provimento parcial apenas para outorgar quitação à responsável. Acordam, ainda, à unanimidade,
em determinar a restituição do processo administrativo acompanhante à Secretaria Municipal de
Assistência e Desenvolvimento Social – Smads. Acordam, afinal, à unanimidade, em determinar,
após as comunicações de praxe, o arquivamento dos autos. Relatório e voto englobados: v. TC
1.851/12-31. Participaram do julgamento os Conselheiros Edson Simões – Revisor, Maurício
Faria e Domingos Dissei. Presente o Procurador Chefe da Fazenda Guilherme Bueno de
Camargo. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 17 de fevereiro de 2016. a) Roberto
Braguim – Presidente; João Antonio – Relator." 4) TC 539/12-67 – Recursos "ex officio" e de
Antonio Oliveira da Silva interpostos contra a R. Decisão de Juízo Singular de 27/9/2013 –
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Julgador Conselheiro Maurício Faria – Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento
Social – Smads e Kelly Rodrigues Melatti – Prestação de contas de adiantamento bancário –
julho/2010 (R$ 27.000,00) ACÓRDÃO: "Vistos, relatados englobadamente com os TCs
3.199/11-36, 1.905/12-69 e 1.851/12-31 e discutidos estes autos, ora em grau de recurso, dos
quais é Relator o Conselheiro João Antonio. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do
Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em
conhecer dos recursos "ex officio" e ordinário, eis que regimentais, e, no mérito, em dar-lhes
provimento parcial apenas para outorgar quitação à responsável. Acordam, ainda, à unanimidade,
em determinar a restituição do processo administrativo acompanhante à Secretaria Municipal de
Assistência e Desenvolvimento Social – Smads. Acordam, afinal, à unanimidade, em determinar,
após as comunicações de praxe, o arquivamento dos autos. Relatório e voto englobados: v. TC
1.851/12-31. Participaram do julgamento os Conselheiros Edson Simões – Revisor, Maurício
Faria e Domingos Dissei. Presente o Procurador Chefe da Fazenda Guilherme Bueno de
Camargo. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 17 de fevereiro de 2016. a) Roberto
Braguim – Presidente; João Antonio – Relator." 5) TC 1.905/12-69 – Recursos "ex officio" e de
Antonio Oliveira da Silva interpostos contra a R. Decisão de Juízo Singular de 7/10/2013 –
Julgador Conselheiro Maurício Faria – Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento
Social – Smads e Marlene Zorio – Prestação de contas de adiantamento bancário – março/2010
(R$ 20.000,00) ACÓRDÃO: “Vistos, relatados englobadamente com os TCs 3.199/11-36,
539/12-67 e 1.851/12-31 e discutidos estes autos, ora em grau de recurso, dos quais é Relator o
Conselheiro João Antonio. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de
São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em conhecer dos
recursos "ex officio" e ordinário, eis que regimentais, e, no mérito, em dar-lhes provimento
parcial apenas para outorgar quitação à responsável. Acordam, ainda, à unanimidade, em
determinar a restituição do processo administrativo acompanhante à Secretaria Municipal de
Assistência e Desenvolvimento Social – Smads. Acordam, afinal, à unanimidade, em determinar,
após as comunicações de praxe, o arquivamento dos autos. Relatório e voto englobados: v. TC
1.851/12-31. Participaram do julgamento os Conselheiros Edson Simões – Revisor, Maurício
Faria e Domingos Dissei. Presente o Procurador Chefe da Fazenda Guilherme Bueno de
Camargo. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 17 de fevereiro de 2016. a) Roberto
Braguim – Presidente; João Antonio – Relator." 6) TC 1.851/12-31 – Recursos "ex officio" e de
Antonio Oliveira da Silva interpostos contra a R. Decisão de Juízo Singular de 21/10/2013 –
Julgador Conselheiro Maurício Faria – Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento
Social – Smads e Francilene Gomes Fernandes – Prestação de contas de adiantamento bancário –
junho/2010 (R$ 20.000,00) ACÓRDÃO: "Vistos, relatados englobadamente com os TCs
3.199/11-36, 539/12-67 e 1.905/12-69 e discutidos estes autos, ora em grau de recurso, dos quais
é Relator o Conselheiro João Antonio. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do
Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em
conhecer dos recursos "ex officio" e ordinário, eis que regimentais, e, no mérito, em dar-lhes
provimento parcial apenas para outorgar quitação à responsável. Acordam, ainda, à unanimidade,
em determinar a restituição do processo administrativo acompanhante à Secretaria Municipal de
Assistência e Desenvolvimento Social – Smads. Acordam, afinal, à unanimidade, em determinar,
após as comunicações de praxe, o arquivamento dos autos. Relatório englobado: Trata o TC
3.199/11-36 da análise do recurso "ex officio", bem como dos recursos ordinários interpostos
pelos servidores Aidee Miranda Souza e Antonio Oliveira da Silva, em face da R. Decisão de
juízo singular, refente à prestação de contas apresentada, do adiantamento concedido à citada
servidora, pela Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, no valor de R$
15.000,00 (quinze mil reais), e período de 09/03 a 31/03/2010. Em sede de juízo singular, o
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Nobre Conselheiro Julgador (fls. 75/76) aprovou parcialmente as contas apresentadas, julgando-
as regulares no valor de R$ R$ 10.945,80 e irregulares as despesas assinaladas pelos Técnicos,
referentes à aquisição de materiais para pequenos reparos em moradias e aquisição de gêneros
alimentícios destinados ao atendimento de pessoas e famílias em situação de vunerabilidade, no
montante de R$ 4.045,20, que estrapolou o limite legal e afastou-se do conceito de pequenas
compras, inerentes ao regime de adiantamento, além de não restar justificada a impossibilidade
de realização das despesas pelo processo normal de aplicação, em face da sua previsibilidade.
Deixou, contudo, de determinar a reposição aos cofres públicos, dos valores rejeitados, tendo em
vista que nos casos em questão, não se verificaram as hipóteses previstas nas alíneas do
parágrafo 2º do artigo 1º da Instrução 03/2011, deste Tribunal. A servidora Aidee Miranda Souza
manifestou-se ciente quanto aos termos da R. Decisão prolatada e o servidor Antonio Oliveira da
Silva, anuindo às conclusões dos Órgãos Técnicos desta Corte, sustentou que a Secretaria vinha
praticando o uso de adiantamento para aquisição de gêneros alimentícios há décadas. Aduziu que
foi editada, como medida saneadora, a Ordem Interna 02/SMADS/2012, alterada posteriormente
pela Ordem Interna 01/SMADS/2013. A Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento
Social deixou transcorrer "in albis" o prazo concedido para eventual apresentação de recurso. A
Subsecretaria de Fiscalização e Controle, não se manifestou em sede recursal. A Assessoria
Jurídica de Controle Externo, com fulcro nos artigos 191 a 194 do Regimento Interno deste
Tribunal, atentou para a impossibilidade de se outorgar quitação aos responsáveis, por entender
que o instituto está relacionado à existência de um valor a ser recolhido, de um pagamento, o que
não existe no caso, porque não foi imputado débito. Por conseguinte, opinou pelo conhecimento
e improvimento dos recursos em tela, mantendo-se a R Decisão, por seus próprios e jurídicos
fundamentos. Quanto às Portarias expedidas pela Secretaria Municipal, verificou que as mesmas
foram publicadas posteriormente à realização das despesas, não alcançando, portanto, a Decisão
ora recorrida. A Procuradoria da Fazenda Municipal, a seu turno, requereu o conhecimento e
provimento dos recursos em análise, para dar quitação total aos responsáveis despesas
apresentadas. A Secretaria Geral, apontando julgados precedentes, opinou no sentido do
conhecimento e provimento parcial dos recursos, para outorgar quitação aos responsáveis. Trata
o TC 539/12-67 da análise do recurso "ex officio", bem como do recurso ordinário interposto
pelo servidor designado, Sr. Antonio Oliveira da Silva, em face da R. Decisão de juízo singular,
refente à prestação de contas do adiantamento concedido à citada servidora Kelly Rodrigues
Melatti, pela Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social/ Fundo Municipal
de Assistênci Social, no valor de R$ 27.000,00 (vinte e sete mil reais), no período de 12/07/2010
a 31/07/2010. Em sede de juízo singular, o Nobre Conselheiro Julgador (fls. 52/54) aprovou
parcialmente as contas apresentadas julgando regulares as despesas no valor de R$ 6.345,00 e
irregulares as despesas no montante de R$ 20.655,00, referente às despesas com aquisição de
gêneros alimentícios, com o mesmo fornecedor, em valor superior ao permitido, configurando
contratação verbal, infringindo o parágrafo único do artigo 60 da Lei Federal 8.666/93 e sem
prévio empenho, infringindo o artigo 60 da Lei 4.320/64. Deixou, contudo, de determinar a
reposição aos cofres públicos, dos valores rejeitados, tendo em vista que nos casos em questão,
não se verificaram as hipóteses previstas nas alíneas do parágrafo 2º, inciso III, do artigo 1º da
Instrução 03/2011, deste Tribunal. O servidor designado, Sr. Antonio Oliveira da Silva, em seu
recurso, anuiu às conclusões dos Órgãos Técnicos desta Corte e sustentou que a Pasta vinha
praticando o uso de adiantamento para aquisição de gêneros alimentícios há décadas. Contudo,
como medida saneadora, editou a Ordem Interna 02/SMADS/2012, alterada posteriormente pela
Ordem Interna 01/SMADS/2013. Regularmente intimadas, a interessada e a Secretaria Municipal
de Assistência e Desenvolvimento Social deixaram transcorrer "in albis" o prazo assinalado para
eventual apresentação de recurso. A Subsecretaria de Fiscalização e Controle, não se manifestou
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em sede recursal. A Sra Assessora de Controle Externo manidestou-se pelo conhecimento dos
recursos analisados, pois presentes os requisitos regimentais e no mérito, pelo não provimento,
mantendo-se a R. Decisão, por seus próprios e jurídicos fundamentos. O Sr. Assessor Subchefe
de Controle Externo, acompanhou a manifestação da Sra. Assessora pré-opinante, no que tange
ao conhecimento dos recursos em tela, no mérito, com fulcro nos artigos 191 a 194 do
Regimento Interno deste Tribunal, atentou para a impossibilidade de se outorgar quitação aos
responsáveis, por entender que o instituto está relacionado à existência de um valor a ser
recolhido, de um pagamento, o que não existe no caso, porque não foi imputado débito. Por
conseguinte, opinou pelo conhecimento e improvimento dos recursos em tela, mantendo-se a R
Decisão, por seus próprios e jurídicos fundamentos. Quanto às Portarias expedidas pela
Secretaria Municipal, verificou que foram publicadas posteriormente à realização das despesas,
não alcançando, portanto, a Decisão ora recorrida. A Procuradoria da Fazenda Municipal, a seu
turno, requereu o conhecimento e provimento dos recursos em análise, para dar quitação total aos
responsáveis despesas apresentadas, ante a ausência de dano ou prejuízo ao erário, bem como,
por não vislumbrar dolo, culpa ou má-fé na espécie. A Secretaria Geral opinou pelo
conhecimento do recurso "ex officio" e do recurso ordinário interposto, pois presentes os
requisitos de admissibilidade. No mérito, opinou pelo não provimento dos mesmos, por entender
que as razões recursais apresentadas não troxeram fatos novos capazes de alterar a Decisão
recorrida. Trata o TC 1.851/12-31 da análise do recurso "ex officio", bem como do recurso
ordinário interposto pelo servidor Antonio Oliveira da Silva, em face da R. Decisão de juízo
singular, refente à prestação de contas apresentada, do adiantamento concedido à servidora
Francilene Gomes Fernandes, pela Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento
Social, no valor de R$ 20.000,00 (vinte mil reais), no período de 07/06 a 30/06/2010. Em sede de
juízo singular, o Nobre Conselheiro Julgador (fls. 38/40) aprovou parcialmente as contas
apresentadas, julgando regulares as despesas no valor de R$ 10.290,26 e irregulares as despesas
referentes à aquisição de materiais para pequenos reparos em moradias e à aquisição de gêneros
alimentícios destinados ao atendimento de pessoas e famílias em situação de vunerabilidade, no
montante de R$ 9.709,74, que estrapolou o limite legal e afastou-se do conceito de pequenas
compras, inerentes ao regime de adiantamento, além de não restar justificada a impossibilidade
de realização das despesas pelo processo normal de aplicação, em face da sua previsibilidade.
Deixou, contudo, de determinar a reposição aos cofres públicos, dos valores rejeitados, tendo em
vista que nos casos em questão, não se verificaram as hipóteses previstas nas alíneas do
parágrafo 2º do artigo 1º da Instrução 03/2011, deste Tribunal. O servidor Antonio Oliveira da
Silva, em sua manifestação, anuiu às conclusões dos Órgãos Técnicos desta Corte e sustentou
que a Secretaria vinha praticando o uso de adiantamento para aquisição de gêneros alimentícios
há décadas. Aduziu que foi editada, como medida saneadora, a Ordem Interna 02/SMADS/2012,
alterada posteriormente pela Ordem Interna 01/SMADS/2013. Intimadas, a responsável e a
Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social deixaram transcorrer "in albis" o
prazo concedido para eventual apresentação de recurso. A Subsecretaria de Fiscalização e
Controle não se manifestou em sede recursal. A Assessoria Jurídica de Controle Externo, com
fulcro nos artigos 191 a 194 do Regimento Interno deste Tribunal, atentou para a impossibilidade
de se outorgar quitação aos responsáveis, por entender que o instituto está relacionado à
existência de um valor a ser recolhido, de um pagamento, o que não existe no caso, porque não
foi imputado débito. Por conseguinte, opinou pelo conhecimento e improvimento dos recursos
em tela, mantendo-se a R Decisão, por seus próprios e jurídicos fundamentos. Quanto às
Portarias expedidas pela Secretaria Municipal, verificou que foram publicadas posteriormente à
realização das despesas, não alcançando, portanto, a Decisão ora recorrida. A Procuradoria da
Fazenda Municipal, a seu turno, requereu o conhecimento e provimento dos recursos, para que a
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Decisão seja parcialmente reformada e as contas examinadas sejam integralmente acolhidas,
dando-se quitação à interessada. A Secretaria Geral opinou pelo conhecimento do recurso "ex
officio" e do recurso voluntário, pois atendidos os pressupostos regimentais. No mérito, opinou
pelo provimento parcial dos mesmos, a fim de que seja concedida quitação à servidora
responsável, mantendo-se no mais, a R. Decisão. Trata o TC 1.905/12-69 da análise do recurso
"ex officio" e do recurso ordinário interposto pelo servidor Antonio Oliveira da Silva, em face da
R. Decisão de Juízo Singular, refente à prestação de contas apresentada, do adiantamento
concedido à citada servidora Marlene Zorio, pela Secretaria Municipal de Assistência e
Desenvolvimento Social, no valor de R$ 20.000,00 (vinte mil reais), no período de 17/03 a
31/03/2010. Em sede de juízo singular, o Nobre Conselheiro Julgador (fls. 49/50) aprovou
parcialmente as contas apresentadas julgando regulares as despesas no valor de R$ 8.900,00 e
irregulares as despesas referentes à aquisição de gêneros alimentícios destinados ao atendimento
de pessoas e famílias em situação de vunerabilidade, no montante de R$ 11.100,00, que
estrapolaram o limite legal e afastaram-se do conceito de pequenas compras, inerentes ao regime
de adiantamento, além de não restar justificada a impossibilidade de realização das despesas pelo
processo normal de aplicação, em face da sua previsibilidade. Deixou, contudo, de determinar a
reposição aos cofres públicos, dos valores rejeitados, tendo em vista que nos casos em questão,
não se verificaram as hipóteses previstas nas alíneas do parágrafo 2º do artigo 1º da Instrução
03/2011, deste Tribunal. O Antonio Oliveira da Silva, em sua manifestação, anuíu às conclusões
dos Órgãos Técnicos desta Corte e sustentou que a Secretaria vinha praticando o uso de
adiantamento para aquisição de gêneros alimentícios há décadas. Aduziu que foi editada, como
medida saneadora, a Ordem Interna 02/SMADS/2012, alterada posteriormente pela Ordem
Interna 01/SMADS/2013. A Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social e a
servidora responsável deixaram transcorrer "in albis" o prazo concedido para eventual
apresentação de recurso. A Subsecretaria de Fiscalização e Controle, não se manifestou em sede
recursal. A Sra Assessora de Controle Externo manifestou-se pelo conhecimento dos recursos
analisados, pois presentes os requisitos regimentais e no mérito, pelo não provimento dos
mesmos, mantendo-se a R. Decisão, por seus próprios e jurídicos fundamentos. O Sr. Assessor
Subchefe de Controle Externo, acompanhou a manifestação da Sra. Assessora pré-opinante, no
que tange ao conhecimento dos recursos em tela e no mérito, com fulcro nos artigos 191 a 194 do
Regimento Interno deste Tribunal, atentou para a impossibilidade de se outorgar quitação aos
responsáveis, por entender que o instituto está relacionado à existência de um valor a ser
recolhido, de um pagamento, o que não existe no caso, porque não foi imputado débito. Por
conseguinte, opinou pelo conhecimento e improvimento dos recursos em tela, mantendo-se a R
Decisão, por seus próprios e jurídicos fundamentos. Quanto às Portarias expedidas pela
Secretaria Municipal, verificou que foram publicadas posteriormente à realização das despesas,
não alcançando, portanto, a Decisão ora recorrida. A Procuradoria da Fazenda Municipal, a seu
turno, requereu o conhecimento e provimento dos recursos em análise, para declarar regulares as
despesas apresentadas. A Secretaria Geral opinou pelo conhecimento do recurso "ex officio" e do
recurso voluntário apresentado, pois presentes os pressupostos regimentais e no mérito, pelo não
provimento dos mesmos, pois ausente a imputação de débito ou a aplicação de penalidade na
referida decisão, além de que, as razões recursais apresentadas não troxeram fatos novos que
justifquem sua alteração. É o relatório. Voto englobado: Em julgamento os recursos "ex officio"
e ordinários interpostos em face das Respeitáveis Decisões prolatadas em sede de juízo singular
que julgaram irregulares as contas apresentadas, referentes à aquisição de materiais para
pequenos reparos em moradias e de gêneros alimentícios destinados ao atendimento de pessoas e
famílias em situação de vulnerabilidade, que extrapolaram o limite legal e afastaram-se do
conceito de pequenas compras, inerentes ao regime de adiantamento, além de não restar
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justificada a impossibilidade de realização das despesas pelo processo normal de aplicação, em
face da sua previsibilidade. Nas referidas Decisões os julgadores deixaram de determinar a
reposição aos cofres públicos das glosas imputadas, em atendimento ao disposto na Instrução
03/11, § 2º, do artigo 1º, desta Egrégia Corte de Contas. Devolvida a matéria para reexame, não
foram trazidos aos autos quaisquer fatos novos que pudessem elidir o já decidido. Diante do
exposto, CONHEÇO dos Recursos "ex officio" e ordinários, eis que regimentais e, no mérito,
DOU-LHES PROVIMENTO PARCIAL aos apelos apenas para outorgar quitação aos
responsáveis. Determino a restituição dos Processos Administrativos acompanhantes à Origem.
Após as comunicações de praxe, ARQUIVEM-SE os autos. Este é o meu voto, Senhor
Presidente. Participaram do julgamento os Conselheiros Edson Simões – Revisor, Maurício Faria
e Domingos Dissei. Presente o Procurador Chefe da Fazenda Guilherme Bueno de Camargo.
Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 17 de fevereiro de 2016. a) Roberto Braguim –
Presidente; João Antonio – Relator." 7) TC 1/15-04 – Consplena Construções e Serviços Ltda. –
Serviço Funerário do Município de São Paulo – SFMSP – Representação em face do Pregão
Eletrônico 73/SFMSP/2014, cujo objeto é a contratação de empresa especializada na prestação
de serviços de limpeza, asseio e conservação predial, visando à obtenção de adequadas condições
de salubridade e higiene, com a disponibilização de mão de obra, saneantes domissanitários,
materiais e equipamentos, e gestão dos resíduos sólidos, nas Unidades Administrativas, Agências
e Velórios (Tramita em conjunto com os TCs 332/15-71 e 1.685/15-07) ACÓRDÃO: "Vistos,
relatados e discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro João Antonio. Acordam os
Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de
conformidade com o relatório e voto do Relator, em conhecer da representação interposta, pois
presentes os requisitos de admissibilidade previstos no Regimento Interno desta Corte. Acordam,
ademais, à unanimidade, quanto ao mérito, em julgá-la parcialmente prejudicada, em razão da
republicação do edital saneando pontos contestados e saneados pelo Serviço Funerário do
Município de São Paulo – SFMSP (itens 3.11.3 a 3.11.4, 5.4 item "b", 16.38 do edital; item
6.1.40, cláusula sexta do contrato, e item 18 da cláusula nona do contrato) e improcedente quanto
aos itens remanescentes. Acordam, ainda, à unanimidade, em determinar que se proceda nos
termos do artigo 58 do Regimento Interno deste Tribunal, com o posterior arquivamento dos
autos. Relatório e voto englobados: v. TC 1.685/15-07. Participaram do julgamento os
Conselheiros Edson Simões – Revisor, Maurício Faria e Domingos Dissei. Presente o Procurador
Chefe da Fazenda Guilherme Bueno de Camargo. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 17
de fevereiro de 2016. a) Roberto Braguim – Presidente; a) João Antonio – Relator." 8) TC
332/15-71 – Resmat Prestação de Serviços de Higienização e Conservação Ltda. – Serviço
Funerário do Município de São Paulo – SFMSP – Representação em face do Pregão Eletrônico
73/SFMSP/2014, cujo objeto é a contratação de empresa especializada na prestação de serviços
de limpeza, asseio e conservação predial, visando à obtenção de adequadas condições de
salubridade e higiene, com a disponibilização de mão de obra, saneantes domissanitários,
materiais e equipamentos, e gestão dos resíduos sólidos, nas Unidades Administrativas, Agências
e Velórios (Tramita em conjunto com os TCs 1/15-04 e 1.685/15-07) ACÓRDÃO: "Vistos,
relatados e discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro João Antonio. Acordam os
Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de
conformidade com o relatório e voto do Relator, em conhecer da representação interposta, pois
presentes os requisitos de admissibilidade previstos no Regimento Interno desta Corte, e, no
mérito, em julgá-la improcedente. Acordam, ainda, à unanimidade, em determinar que se proceda
nos termos do artigo 58 do Regimento Interno deste Tribunal, com o posterior arquivamento dos
autos. Relatório e voto englobados: v. TC 1.685/15-07. Participaram do julgamento os
Conselheiros Edson Simões – Revisor, Maurício Faria e Domingos Dissei. Presente o Procurador
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Chefe da Fazenda Guilherme Bueno de Camargo. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 17
de fevereiro de 2016. a) Roberto Braguim – Presidente; a) João Antonio – Relator." 9) TC
1.685/15-07 – Absoluto Group Comércio e Serviços Ltda. – Serviço Funerário do Município de
São Paulo – SFMSP – Representação em face do Pregão Eletrônico 73/SFMSP/2014, cujo objeto
é a contratação de empresa especializada na prestação de serviços de limpeza, asseio e
conservação predial, visando à obtenção de adequadas condições de salubridade e higiene, com a
disponibilização de mão de obra, saneantes domissanitários, materiais e equipamentos, e gestão
dos resíduos sólidos, nas Unidades Administrativas, Agências e Velórios (Tramita em conjunto
com os TCs 1/15-04 e 332/15-71) ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, dos
quais é Relator o Conselheiro João Antonio. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do
Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em
conhecer da representação interposta, pois presentes os requisitos de admissibilidade previstos no
Regimento Interno desta Corte, e, no mérito, em julgá-la improcedente. Acordam, ainda, à
unanimidade, em determinar que se proceda nos termos do artigo 58 do Regimento Interno deste
Tribunal, com o posterior arquivamento dos autos. Relatório englobado: Trata o TC 1/15-04 da
Representação formulada pela empresa CONSPLENA Construções e Serviços Ltda., em face do
Pregão Eletrônico 73/2014/SFMSP, cujo objeto é a prestação de serviços de limpeza, asseio e
conservação predial a serem executados nas unidades administrativas, agências e velórios. A
Representante opõe-se contra os seguintes pontos: i) exigência de prévio agendamento de visita
técnica; ii) exigência de índices de liquidez geral, liquidez corrente e solvência geral
apresentarem quociente igual ou superior a 1 (um); iii) exigência de atestados que comprovem
20 % do objeto licitado em um contrato, ou em diversos correspondentes ao quantitativo de cada
lote cotado; iv) exigência de qualificação técnica mediante atestado que comprove a inexistência
de pendências relacionadas a órgãos ambientais do Município, do Estado e da União; v) não
exigência de alvará de licença de funcionamento emitido pela Secretaria de Saúde – Vigilância
sanitária da sede da licitante e o certificado de licença de funcionamento emitido pelo
Departamento da Polícia Federal; e vi) ausência de projeto básico. A Assessoria Jurídica de
Controle Externo opinou pelo recebimento da Representação e, quanto ao mérito, por sua parcial
procedência sobre ao item 5.4, "b" do Edital (exigência de qualificação técnica mediante atestado
que comprove a inexistência de pendências relacionadas a órgãos ambientais do Município, do
Estado e da União). Nos demais apontamentos antes de sua manifestação conclusiva, sugere a
oitiva da Origem para apresentação das justificativas. A Origem trouxe aos autos esclarecimentos
às fls. 127/137. A AJCE às fls. 149/152, considerou esclarecido o questionamento relativo à
exigência de certidão negativa de pendências perante órgãos ambientais; e que o exame da
adequação do índice de qualificação econômico-financeira extrapola os limites de sua
competência. Entendeu ainda, pela procedência da Representação quanto às exigências de alvará
de licença de funcionamento, de certificado de licença e funcionamento, de atestados averbados
pela entidade de classe (Conselho Regional de Química) e de profissional Químico no quadro de
funcionários e, quanto aos demais questionamentos, entendeu pela improcedência da
Representação. A Subsecretaria de Fiscalização e Controle às fls. 187/194, concluiu: "a) Visita
técnica – consideramos procedente, pois os prazos fixados para o agendamento e para as visitas
são exíguos e restringem indevidamente o caráter competitivo do certame, devendo ser revistos.
Ademais, é necessário estabelecer no edital republicado, a unidade de medida de área dos locais
contidos nos lotes, situação já apontada na análise do TC 332.15-71 e que a Origem não corrigiu.
b) Índices Econômico-financeiros, Atestados com quantitativo de 20%, Atestados emitidos pelo
Conselho Regional de Química e de profissional Químico, Alvará e Certificado de Licença de
Funcionamento e Edital sem projeto básico – consideramos improcedentes esses itens. c)
Certidão negativa de pendências ambientais – prejudicado, pois o item foi retirado do edital
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republicado". A Representante às fls. 195/218 trouxe novos apontamentos: i) ausência de fixação
de parcela de maior relevância; ii) inexistência da exigência de prova da inscrição do licitante no
CREA; iii) ilegalidade da cláusula 6.1.40 da minuta contratual que dispõe que a Contratada
deverá investir 0,5 % do valor recebido em ações de educação ambiental; e iv) incongruência do
item 18 da Tabela elencada na cláusula 9º do Contrato Administrativo (anexo XVI). A AJCE, às
fls. 262/264, submete ao crivo do Excelentíssimo Relator a suspensão do certame em razão da
necessidade de visita técnica (cláusula 6.1.40 da minuta contratual). O Nobre Conselheiro
Relator às fls. 265/267, determinou a suspensão ad cautelam da licitação e, concedeu prazo para
que a Origem se manifestasse. A Origem à fl. 272 cumprindo determinação do Nobre
Conselheiro Relator, informou o acatamento integral das determinações exaradas, juntando cópia
da nova versão do Edital às fls. 273/382. O Nobre Conselheiro Relator às fls. 383/384, devido as
providencias adotadas pela Origem, revogou expressamente a determinação de suspensão,
autorizando, assim, o prosseguimento do certame. A AJCE às fls. 398/400, esclarece "que apesar
da nova versão do Edital não ter vindo acompanhada da devida motivação - obrigatória para o
agir da Administração Pública – as alterações realizadas se coadunam com as manifestações
desta AJCE e de área técnica desta Corte de Contas". Concluindo por fim, "tendo em vista as
modificações apresentadas pela Origem às fls. 273/382, entendo que restou prejudicada a análise
dos seguintes itens: 3.11.1 a 3.11.4; 5.4 "b"; cláusula 6.1.40 da minuta contratual e item 18,
tabela referida cláusula 9 da minuta contratual e improcedente os demais apontamentos". A
Procuradoria da Fazenda Municipal à fl. 409 acompanhou o entendimento da AJCE, requerendo
que a Representação fosse considerada prejudicada, em virtude das modificações empreendidas
pela Origem, e por sua improcedência quanto aos demais questionamentos. A Secretaria Geral
conclui pelo conhecimento da Representação em exame, no mérito, entende que restou
prejudicada a análise dos itens 3.11.1 a 3.11.4 do Edital; 5.4, "b" do Edital; 16.38 do Edital; e 18
da Tabela elencada na cláusula 9º do Contrato Administrativo (anexo XVI), vez que retirados da
nova versão do Edital. Por fim, opinou pela improcedência da exordial nos demais
apontamentos. O TC 332/15-71 trata da Representação formulada por RESMAT PRESTAÇÃO
DE SERVIÇOS DE HIGIENIZAÇÃO E CONSERVAÇÃO LTDA., em face do mesmo pregão.
A Representante manifesta-se contra os seguintes pontos: a) a exigência de visita técnica, que
seria incompatível com o pregão em sua forma eletrônica; b) a exigência de qualificação técnico-
operacional sem especificar os itens de "maior relevância". A Assessoria Jurídica de Controle
Externo às fls. 80/82, preliminarmente, entende presentes o requisitos de admissibilidade, no
mérito, entende não haver incompatibilidade entre o procedimento licitatório na modalidade
pregão eletrônico e a exigência de vistoria prévia, quanto ao requisito de qualificação técnica
hostilizada não se justifica por não vislumbrar ofensa ao artigo 30, inciso II, da Lei Federal
8.666/93. A Origem às fls. 90/94 atesta a suspensão sine die do certame, bem como busca
esclarecer o quanto alcançado pelos Órgãos desta Corte. A Subsecretaria de Fiscalização e
Controle às fls. 99/104 concluiu: "a) Como a Origem justificou a necessidade da visita técnica,
consideramos improcedente a impugnação formulada. Porém, constata-se que os prazos fixados
no edital restringem indevidamente o caráter competitivo do certame, devendo ser revistos.
Ademais, é necessário estabelecer a unidade de medida de área dos lotes licitados. b) É
improcedente a representação em relação ao quantitativo dos atestados". O Serviço Funerário às
fls. 109/116 acostou novas justificativas. A AJCE às fls. 121/127, restringindo-se ao prazo
constante na exordial, em relação ao agendamento e em relação à visita exigida entende que sua
esfera de competência não permite concluir se o aludido interregno temporal é suficiente para
atender a demanda contida no Edital, por fim aguarda posição da AUD para que possa firmar
posição. A Aud em nova manifestação às fls. 161/163 concluiu que "as alterações efetuadas pela
Origem no edital encartado no TC 1/15-04 resolvem os apontamentos restantes da manifestação
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de fls. 99/104". A Procuradoria da Fazenda Municipal à fl. 170 requer seja reconhecida a
perda de objeto, em relação ao apontamento saneado pela Origem e sua improcedência
quanto ao questionamento remanescente. O TC 1.685/15-07 trata da Representação
formulada por ABSOLUTO GROUP COMÉRCIO E SERVIÇOS LTDA. contra o mesmo
Edital. A Representante às fls. 2/10 insurge contra o instrumento convocatório pela falta de
exigência de: (i) inscrição no Conselho Regional de Administração; e de (ii) composição dos
custos unitários. A Assessoria Jurídica de Controle Externo às fls. 77/79 entende,
preliminarmente, que estão presentes os requisitos de admissibilidade. No mérito, entende
"que a falta de exigência de inscrição no CRA não ofende o preconizado no artigo 30, inciso
I, da Lei Federal 8.666/93". Com relação à falta de exigência de composição dos custos
unitários, registra que a composição dos custos unitários está contemplada no Anexo VIII do
Edital (vide fls. 46/47), de modo que, não procede o pedido da Representante. É o relatório.
Voto englobado: Em julgamento as Representações interpostas contra o Edital de Pregão
Eletrônico 73/2014, formulado pelo Serviço Funerário do Município de São Paulo, cujo
objeto é a prestação de serviços de limpeza, asseio e conservação predial a serem executados
nas unidades administrativas, agências e velórios. Relativamente à Representação autuada no
TC 1/15-04, vários itens contestados pela Representante foram considerados prejudicados em
razão do novo Edital elaborado pela Origem, quais sejam: - item 3.11.3 a 3.11.4 do Edital
(visita técnica); - item 5.4, "b" do Edital (qualificação técnica mediante atestado que
comprove a inexistência de pendências relacionadas a órgãos ambientais do Município,
Estado e União); - item 16.38 do Edital e item 6.1.40 da cláusula sexta da minuta contratual
(previa que a contratada deveria "investir 0,5% do valor recebido em ações de educação
ambiental, conforme plano estratégico a ser desenvolvido juntamente com o SFMSP"); e -
item 18 da tabela da cláusula nove da minuta do contrato administrativo, anexo XVI do
Edital (previa aplicação de penalidade em decorrência da poda de árvores em desacordo com
o manual técnico). Quanto aos itens remanescentes contestados, os órgãos técnicos
consideraram improcedentes por não possuírem o condão de macular o procedimento
licitatório em questão. No TC 332/15-71, a Representante insurgiu-se contra as exigências de
visita técnica e qualificação técnico-operacional sem especificar os itens de "maior
relevância". Os órgãos técnicos entenderam não haver incompatibilidade entre o
procedimento licitatório na modalidade pregão eletrônico e a exigência de vistoria prévia,
bem como consideraram improcedente o questionamento referente à qualificação técnico-
operacional, ante a ausência de ofensa ao artigo 30, inciso II, da Lei Federal 8.666/93. No
que se refere ao TC 1.685/15-07, a AJCE entendeu que a inscrição no Conselho Regional de
Administração não ofende o preconizado no artigo 30, inciso I, da Lei Federal 8.666/93 e que
a exigência de composição dos custos unitários foi contemplada no Anexo VIII do Edital.
Diante de todo o exposto, CONHEÇO das Representações interpostas, pois presentes os
requisitos de admissibilidade previstos no Regimento Interno deste Tribunal. No mérito,
JULGO PARCIALMENTE PREJUDICADA a Representação interposta pela empresa
CONSPLENA Construções e Serviços Ltda, em razão da republicação do Edital saneando
pontos contestados e saneados pela Origem (itens 3.11.3 a 3.11.4, 5.4 "b", 16.38 do Edital;
item 6.1.40, cláusula sexta do contrato, e item 18 da cláusula 9 do contrato) e
IMPROCEDENTE quanto aos itens remanescentes e demais Representações interpostas,
acompanhando a manifestação dos órgãos técnicos. Proceda-se nos termos do art. 58 do
Regimento Interno deste Tribunal e, após, arquivem-se os autos. Este é o meu voto, Senhor
Presidente. Participaram do julgamento os Conselheiros Edson Simões – Revisor, Maurício
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Faria e Domingos Dissei. Presente o Procurador Chefe da Fazenda Guilherme Bueno de
Camargo. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 17 de fevereiro de 2016. a) Roberto
Braguim – Presidente; a) João Antonio – Relator." – PROCESSOS DE REINCLUSÃO –
Preliminarmente, os Conselheiros requereram ao Egrégio Plenário, nos termos do artigo 172,
inciso II, combinado com o artigo 182, ambos do Regimento Interno desta Corte, adiamento
do prazo para devolver os processos remanescentes da pauta de reinclusão, o que foi
deferido. A seguir, o Presidente concedeu a palavra aos Senhores Conselheiros e à
Procuradoria da Fazenda Municipal para as considerações finais. Fazendo uso da palavra, o
Conselheiro Domingos Dissei assim se manifestou: "Senhor Presidente, hoje darei um
informe e gostaria que constasse em ata porque é muito interessante para que a gente possa
refletir. Hoje tivemos 35 processos, Senhor Presidente. Meus assessores fizeram a conta.
Veja a importância desta colocação: tivemos 35 processos, sendo que foi pedida vista de seis
processos. Proferimos voto, então, em 29 processos. Dos 29, 26 TCs tiveram unanimidade.
Isso equivale a 90% de unanimidade. Se tivéssemos – veja a importância – o julgamento
eletrônico, só viria aqui proferir o resultado. Nós cinco teríamos nos pronunciado e viríamos
proferir o resultado. Veja que coisa interessante. Cabe um estudo profundo, e é lógico que
sem prejuízo da obediência aos princípios que regem o processamento dos feitos desta Corte,
a ampla defesa etc. São 90%! Nós iniciamos, aqui, às 9h40min. Agora são praticamente
11h40min. Essas duas horas seriam resolvidas em poucos minutos, dez minutos. Faríamos o
julgamento de muito mais. Veja a produtividade! É isso, Senhor Presidente. Agradeço."
Presidente: "Vou solicitar ao Secretário Geral que promova os estudos necessários para que
nós vejamos como estão ocorrendo os julgamentos eletrônicos no Tribunal de Justiça. Tenho
notícia já há tempos de que, nas Câmaras, os Desembargadores procedem dessa forma, com
julgamento eletrônico, de modo que eles, até, proferem o Acórdão também eletronicamente,
agilizando, com isso, o julgamento de todos os feitos. Eu não havia pensado nisso. Vamos
refletir, como disse Vossa Excelência. Vou pedir ao Secretário que promova os estudos com
a celeridade devida para que nós verifiquemos a possibilidade de implantação no Tribunal.
Com a palavra o Conselheiro Maurício Faria." Conselheiro Maurício Faria: "Senhor
Presidente, entendo que deveríamos ver o seguinte: nas Sessões do Supremo, que são
transmitidas, há determinados blocos de matérias que são votados em listas. Suponho que
deva haver um mecanismo. Provavelmente – suposição minha – aquelas matérias são
pautadas e deve haver algum tipo de mecanismo no sentido de verificar o consenso para
estarem incluídas para votação em lista. Deve haver, também, mecanismos para destaque
eventual de uma matéria que seria excluída da votação em lista. Mas aquele procedimento de
votação em lista é uma votação, digamos, não eletrônica. É uma votação em Sessão Plenária,
pelo método tradicional de coleta de votos. Mas, a votação é feita em bloco de matérias em
lista. Acho que é um outro aspecto dessa problemática. Uma coisa é o meio – que seria
eletrônico ou tradicional. Outra coisa é o processo que pode permitir a votação em bloco de
matérias em relação às quais há um determinado nível de consenso de que podem ser votadas
aceleradamente, em lista etc. Seria interessante verificar qual é o procedimento para que
ocorra esse mecanismo do julgamento de matérias em lista do Supremo. Poderíamos,
inclusive, ter agilidade mesmo com o procedimento tradicional, como é o caso do Supremo,
sem prejuízo de inovação quanto à forma e de, eventualmente, introdução do voto eletrônico.
Mas acho que são duas coisas que têm especificidades.” O Presidente: "Bem ressaltado por
Vossa Excelência essa segunda reflexão. Peço ao Secretário Geral que aduza essa outra
reflexão nos estudos." Por derradeiro, o Presidente convocou os Senhores Conselheiros para
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as Sessões de Primeira e Segunda Câmaras e, em sequência, para as Sessões Ordinárias
2.852ª e 2.853ª, a realizarem-se no próximo dia 24 de fevereiro de 2016, a partir das
9h30min. Nada mais havendo a tratar, às 11h45min, o Presidente encerrou a sessão, da qual
foi lavrada a presente ata, que vai subscrita por mim, Rodrigo Pupim Anthero de Oliveira,
_________________________, Secretário Geral, e assinada pelo Presidente, pelos
Conselheiros, pelo Procurador Chefe da Fazenda e pela Procuradora. São Paulo, 17 de
fevereiro de 2016.
_______________________________ ROBERTO BRAGUIM
Presidente
___________________________ ___________________________ MAURÍCIO FARIA JOÃO ANTONIO Vice-Presidente Corregedor
___________________________ ____________________________ EDSON SIMÕES DOMINGOS DISSEI Conselheiro Conselheiro
______________________________ GUILHERME BUENO DE CAMARGO
Procurador Chefe da Fazenda
__________________________________ CLAUDIA ADRI DE VASCONCELLOS
Procuradora
LSR/amc/smv/mcam/hc ATA DA 2.851ª SESSÃO (ORDINÁRIA)