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TRIBUNAL DE CONTAS DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO ISO 9001 Cód - 042 (Versão 02) ATA DA 2.838ª SESSÃO (ORDINÁRIA) Aos onze dias do mês de novembro de 2015, às 10h05, no Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, realizou-se a 2.838ª sessão (ordinária) do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, sob a presidência do Conselheiro Roberto Braguim, presentes os Conselheiros Edson Simões, Vice-Presidente, Domingos Dissei, Corregedor, Maurício Faria e João Antonio, o Secretário Geral Rodrigo Pupim Anthero de Oliveira, a Subsecretária Geral Roseli de Morais Chaves, o Procurador Chefe da Fazenda Guilherme Bueno de Camargo e o Procurador Joel Tessitore. A Presidência: "Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos." Dispensada à leitura e entregues cópias, previamente, aos Conselheiros, foram postas em discussão as atas das sessões 2.834ª, 2.836ª e 2.837ª (ordinárias), as quais foram aprovadas, assinadas e encaminhadas à publicação. Preliminarmente, a Corte registrou as seguintes presenças em Plenário: Senhor Luís Antonio de Sampaio Tiengo, Companhia de Engenharia e Tráfego; Senhora Patrícia Sales, Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação do Município de São Paulo Prodam-SP S.A.; Senhores Jorge Eduardo Júlio, Luís Vicente Justino Jácomo, Cássia Miashiro e Roselane Dione Roccia, Serviço Funerário do Município de São Paulo SFMSP; Senhor Ailton Berlandi, Escritório Calheiros; Senhor Houbery Curtiz de Magalhães, Escritório Naidi Magalhães e Senhora Cintia Inês Alvarez, Empresa Tangará. A seguir, o Conselheiro Presidente Roberto Braguim deu conhecimento ao Egrégio Plenário do Relatório Oficial de Atividades da Presidência, bem como das correspondências e ofícios recebidos e enviados, no período de 28 de outubro a 10 de novembro de 2015: 28.10 - Presidiu, relatou e julgou processos na 2.837ª Sessão Plenária Ordinária; 10.11 - Recebeu a visita protocolar do Excelentíssimo Senhor Vereador Quito Formiga. O Presidente, além dos despachos habituais, participou de diversas reuniões administrativas neste período e encaminhou os seguintes ofícios: 28.10 - Ao Servidor Miguel Barbosa da Costa Nunes, em nome do Colegiado que representa, bem como de todos os servidores desta Egrégia Corte de Contas, expressando condolências em virtude do falecimento de seu pai Senhor João Nunes; 29.10 - Ao Senhor Jilmar Augustinho Tatto, Secretário Municipal de Transportes, agradecendo ao convite para participar da 15ª Reunião Ordinária do Conselho Municipal de Transporte e Trânsito, realizada naquela data; 04.11 - Ao Reverendíssimo Dom Abade Matthias Tolentino Braga, O.S.B, Mosteiro de São Bento, ao Reverendo Pastor Emanuel Rubens de Carvalho, da Igreja Batista do Ipiranga, e ao Dirigente João Baptista do Valle, Vice-Presidente da Federação Espírita do Estado de São Paulo FEESP, ratificando o convite a eles feito para fazerem parte da celebração da Cerimônia Ecumênica de Ação de Graças, a realizar-se em 10 de dezembro próximo futuro, às 10 horas, no Plenário Paulo Planet Buarque, desta Corte de Contas; 09.11 Ao Professor, Presidente da Fundação Professor Edevaldo Alves da Silva, agradecendo ao convite para participar do 7º Congresso Internacional para Formação e Capacitação do Judiciário, a realizar-se em Recife, no período entre 08 e 12 de novembro do corrente ano. Continuando, o Presidente registrou a movimentação de processos do Gabinete do Conselheiro Vice-Presidente Edson Simões, bem como do Conselheiro Maurício Faria, no mês de outubro de 2015, indicando respectivamente, a entrada de 287 e 359 e a saída de 281 e 432 processos, entre os quais estão incluídos 04 e 146 julgamentos. Registrou também a movimentação de processos do Gabinete do Conselheiro Corregedor Domingos Dissei, no mesmo mês, indicando a entrada de 361 e a saída de 451 processos, entre os quais estão incluídos 138 julgamentos. A Secretaria Geral providenciará sua publicação na íntegra. Prosseguindo, o Presidente submeteu à deliberação do Egrégio Plenário os seguintes processos: 1) TC 3.656/14-07 TCMSP Comissionamento nesta Corte "Pela deliberação dos Senhores Conselheiros Edson Simões, Vice-Presidente, Maurício Faria, Domingos Dissei, Corregedor, e João Antonio, o Plenário resolveu referendar o ato do Senhor Presidente, no sentido de solicitar o comissionamento dos servidores a seguir

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TRIBUNAL DE CONTAS DO

MUNICÍPIO DE SÃO PAULO

ISO 9001

Cód - 042 (Versão 02)

ATA DA 2.838ª SESSÃO (ORDINÁRIA)

Aos onze dias do mês de novembro de 2015, às 10h05, no Plenário Conselheiro Paulo Planet

Buarque, realizou-se a 2.838ª sessão (ordinária) do Tribunal de Contas do Município de São

Paulo, sob a presidência do Conselheiro Roberto Braguim, presentes os Conselheiros Edson

Simões, Vice-Presidente, Domingos Dissei, Corregedor, Maurício Faria e João Antonio, o

Secretário Geral Rodrigo Pupim Anthero de Oliveira, a Subsecretária Geral Roseli de Morais

Chaves, o Procurador Chefe da Fazenda Guilherme Bueno de Camargo e o Procurador Joel

Tessitore. A Presidência: "Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de

Deus, iniciamos os nossos trabalhos." Dispensada à leitura e entregues cópias, previamente, aos

Conselheiros, foram postas em discussão as atas das sessões 2.834ª, 2.836ª e 2.837ª (ordinárias),

as quais foram aprovadas, assinadas e encaminhadas à publicação. Preliminarmente, a Corte

registrou as seguintes presenças em Plenário: Senhor Luís Antonio de Sampaio Tiengo,

Companhia de Engenharia e Tráfego; Senhora Patrícia Sales, Empresa de Tecnologia da

Informação e Comunicação do Município de São Paulo – Prodam-SP S.A.; Senhores Jorge

Eduardo Júlio, Luís Vicente Justino Jácomo, Cássia Miashiro e Roselane Dione Roccia, Serviço

Funerário do Município de São Paulo – SFMSP; Senhor Ailton Berlandi, Escritório Calheiros;

Senhor Houbery Curtiz de Magalhães, Escritório Naidi Magalhães e Senhora Cintia Inês Alvarez,

Empresa Tangará. A seguir, o Conselheiro Presidente Roberto Braguim deu conhecimento ao

Egrégio Plenário do Relatório Oficial de Atividades da Presidência, bem como das

correspondências e ofícios recebidos e enviados, no período de 28 de outubro a 10 de novembro

de 2015: 28.10 - Presidiu, relatou e julgou processos na 2.837ª Sessão Plenária Ordinária; 10.11 -

Recebeu a visita protocolar do Excelentíssimo Senhor Vereador Quito Formiga. O Presidente,

além dos despachos habituais, participou de diversas reuniões administrativas neste período e

encaminhou os seguintes ofícios: 28.10 - Ao Servidor Miguel Barbosa da Costa Nunes, em nome

do Colegiado que representa, bem como de todos os servidores desta Egrégia Corte de Contas,

expressando condolências em virtude do falecimento de seu pai Senhor João Nunes; 29.10 - Ao

Senhor Jilmar Augustinho Tatto, Secretário Municipal de Transportes, agradecendo ao convite

para participar da 15ª Reunião Ordinária do Conselho Municipal de Transporte e Trânsito,

realizada naquela data; 04.11 - Ao Reverendíssimo Dom Abade Matthias Tolentino Braga,

O.S.B, Mosteiro de São Bento, ao Reverendo Pastor Emanuel Rubens de Carvalho, da Igreja

Batista do Ipiranga, e ao Dirigente João Baptista do Valle, Vice-Presidente da Federação Espírita

do Estado de São Paulo – FEESP, ratificando o convite a eles feito para fazerem parte da

celebração da Cerimônia Ecumênica de Ação de Graças, a realizar-se em 10 de dezembro

próximo futuro, às 10 horas, no Plenário Paulo Planet Buarque, desta Corte de Contas; 09.11 –

Ao Professor, Presidente da Fundação Professor Edevaldo Alves da Silva, agradecendo ao

convite para participar do 7º Congresso Internacional para Formação e Capacitação do Judiciário,

a realizar-se em Recife, no período entre 08 e 12 de novembro do corrente ano. Continuando, o

Presidente registrou a movimentação de processos do Gabinete do Conselheiro Vice-Presidente

Edson Simões, bem como do Conselheiro Maurício Faria, no mês de outubro de 2015, indicando

respectivamente, a entrada de 287 e 359 e a saída de 281 e 432 processos, entre os quais estão

incluídos 04 e 146 julgamentos. Registrou também a movimentação de processos do Gabinete do

Conselheiro Corregedor Domingos Dissei, no mesmo mês, indicando a entrada de 361 e a saída

de 451 processos, entre os quais estão incluídos 138 julgamentos. A Secretaria Geral

providenciará sua publicação na íntegra. Prosseguindo, o Presidente submeteu à deliberação do

Egrégio Plenário os seguintes processos: 1) TC 3.656/14-07 – TCMSP – Comissionamento nesta

Corte "Pela deliberação dos Senhores Conselheiros Edson Simões, Vice-Presidente, Maurício

Faria, Domingos Dissei, Corregedor, e João Antonio, o Plenário resolveu referendar o ato do

Senhor Presidente, no sentido de solicitar o comissionamento dos servidores a seguir

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relacionados, para, com prejuízo das funções, mas sem prejuízo dos vencimentos, direitos e

demais vantagens de seus cargos, prestarem serviços neste Tribunal, até 31 de dezembro de

2015: Lotados na Secretaria Municipal de Cultura - Denise Mancera Salgado, RF 711.457.5,

Bibliotecária; - Vagner de Araújo Cintra, RF 644.612.4, Assistente de Gestão de Políticas

Públicas Lotada na Secretaria Municipal de Serviços - Patricia Boa, RF 637.565.1, Assistente

de Gestão de Políticas Públicas Lotados na Secretaria Municipal de Gestão - Luiz Carlos de

Lima, RF 642.393.1, Assistente de Gestão de Políticas Públicas; - Maria Izabel de Oliveira

Secco, RF 509.970.6, Assistente de Gestão de Políticas Públicas; - Maria José Miranda Santos,

RF 508.586.1, Assistente de Gestão de Políticas Públicas." 2) TC 3.443/15-49 – TCMSP –

Prorrogação de comissionamento nesta Corte "Pela deliberação dos Senhores Conselheiros

Edson Simões, Vice-Presidente, Maurício Faria, Domingos Dissei, Corregedor, e João Antonio,

o Plenário resolveu referendar o ato do Senhor Presidente, no sentido de solicitar a prorrogação

do comissionamento dos servidores a seguir relacionados, para, com prejuízo das funções, mas

sem prejuízo dos vencimentos, direitos e demais vantagens de seus cargos, prestarem serviços

neste Tribunal, até 31 de dezembro de 2016: Lotados na Secretaria Municipal de Cultura -

Denise Mancera Salgado, RF 711.457.5, Bibliotecária; - Vagner de Araújo Cintra, RF 644.612.4,

Assistente de Gestão de Políticas Públicas Lotada na Secretaria Municipal de Serviços -

Patricia Boa, RF 637.565.1, Assistente de Gestão de Políticas Públicas Lotados na Secretaria

Municipal de Gestão - Luiz Carlos de Lima, RF 642.393.1, Assistente de Gestão de Políticas

Públicas; - Maria Izabel de Oliveira Secco, RF 509.970.6, Assistente de Gestão de Políticas

Públicas; - Maria José Miranda Santos, RF 508.586.1, Assistente de Gestão de Políticas

Públicas." 3) TC 3.965/15-04 – TCMSP – Magally Dato Barreirinhas – Prorrogação de

Comissionamento "Pela deliberação dos Senhores Conselheiros Edson Simões, Vice-Presidente,

Maurício Faria, Domingos Dissei, Corregedor, e João Antonio, o Plenário resolveu referendar o

ato do Senhor Presidente, no sentido de autorizar a prorrogação do comissionamentos da

Servidora Magally Dato Barreirinhas, registro funcional 20.215, Agente de Fiscalização, para,

com prejuízo das funções, mas sem prejuízo dos vencimentos, direitos e das demais vantagens de

seu cargo, mediante ressarcimento, continuar prestando serviços na Advocacia Geral da União,

até 31 de dezembro de 2016." – TCMSP – Maria Arminda Gonçalves Pinto – Prorrogação de

Comissionamento "Pela deliberação dos Senhores Conselheiros Edson Simões, Vice-Presidente,

Maurício Faria, Domingos Dissei, Corregedor, e João Antonio, o Plenário resolveu referendar o

ato do Senhor Presidente, no sentido de autorizar a prorrogação do comissionamento da

Servidora Maria Arminda Gonçalves Pinto, registro funcional 738, Auxiliar Técnico de

Fiscalização, para, com prejuízo das funções, mas sem prejuízo dos vencimentos, direitos e das

demais vantagens de seu cargo, continuar prestando serviços na Câmara Municipal de São Paulo,

até 31 de dezembro de 2016." Fazendo uso da palavra, o Conselheiro João Antonio assim se

pronunciou: "Eu convido os Senhores Conselheiros e os demais interessados e interessadas para

a participação no Seminário IV Juris TC, que acontecerá amanhã, dia 12, e sexta-feira, dia 13, na

Escola de Contas. O Seminário visa a aperfeiçoar os trabalhos realizados pelos membros e

servidores dos Tribunais de Contas brasileiros no campo da jurisprudência. Teremos eventos

diversificados, como lançamento de livros, palestras, mesas redondas, debates sobre o tema. O

Seminário terá a participação de especialistas e convidados de diversas regiões do Brasil, dentre

as quais São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais, Tocantins, Mato Grosso, Distrito

Federal, além de representantes do Tribunal de Contas da União. A abertura do IV Juris TC

acontecerá nesta quinta-feira. A programação será: 8h30 – credenciamento; 9h00-9h30 – abertura

solene com a participação do queridíssimo Conselheiro Presidente desta Corte, Roberto

Braguim; depois temos temas, ainda pela manhã, como a Evolução da Jurisprudência em Sede

dos Tribunais de Contas, onde eu serei um dos palestrantes. Teremos o lançamento do livro

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Ementas e Informativos dos Tribunais de Contas – Instrumento de Divulgação do Pensamento

das Cortes para uma Aproximação com a Sociedade, coautor Guilherme Barbosa Neto do TCU.

Depois temos o Diagnóstico da Processualística dos Tribunais de Contas – As Decisões em

Processos de Consultas, Prejulgados, Súmulas e Uniformizações de Jurisprudência, de Giovana

Benevides Sales Araújo do TCE/PR, George Brasil Paschoal Pítsica do TCE/SC e Khenia Rúbia

Franco Nunes do TCE/TO. À tarde, nós temos uma mesa redonda cujo tema será O Novo Código

de Processo Civil e os Tribunais de Contas. A primeira palestra é sobre Aspectos Destacados do

NCPC e o Processo nos Tribunais de Contas, com o palestrante George Brasil Paschoal e a

segunda é sobre o Novo Código do Processo Civil e a Importância da Jurisprudência no Âmbito

dos Tribunais de Contas, do Lucas Gil Carneiro Salim do TCE/ES. Depois, às 16 horas, outra

palestra sobre a Possibilidade de Utilização da Arbitragem na Administração Pública. Na manhã

de sexta-feira, das 9 às 10h30, o tema será Os Múltiplos Ganhos dos Tribunais de Contas no

Investimento em Produtos de Jurisprudência, do Guilherme Barbosa do Tribunal de Contas da

União. Depois, "Avanços no TCU: a Jurisprudência Selecionada e Aplicativos em Dispositivos

Móveis", Luiz Henrique Pochyly da Costa do TCU. E "A Experiência dos TCE/MG e MT na

Implantação de Ementas a Cargo dos Gabinetes", Natel Laudo da Silva do TCE/MT. Às 10h45,

mesa redonda: Boletins Informativos de Jurisprudência dos Tribunais de Contas: Apresentação

de Modelos Adotados (TCU, TC/DF, TCE/MG, TCE/MT, TCE/RR, TCE/SC). À tarde, das 14

às 16 horas, Apresentação de Boas Práticas: A Padronização de Ementas no TCM/SP,

Wanderson Nunes Gornicki, um dos responsáveis pela nossa jurisprudência; Tesouro de Contas

Nacional – TCN (TC/DF e TCU), Raimundo Lustosa de Melo Filho, Rodrigo Vilas Boas e Vânia

de Fátima Pereira, todos do TC/DF; Formulação de Proposta (Recursos Tecnológicos, Materiais

e de Pessoal) para a Criação de um Boletim Informativo de Jurisprudência Nacional, Comitê de

Processualística, Súmula e Jurisprudência do IRB; e, por fim, Divulgação de Projeto de Apoio

para Lançamento de Informativos e Criação de Informativo Unificado dos Tribunais de Contas,

Comitê de Processualística, Súmula e Jurisprudência do IRB. Essa é a programação densa e

extensa dos dias de quinta-feira e sexta-feira desta semana na Escola de Contas do Tribunal de

Contas. Convido a todos e a todas para participar desse evento. Será importante tanto para o

nosso Tribunal quanto para o controle externo no Brasil. Muito obrigado, Senhor Presidente."

Retomando a palavra, o Conselheiro Presidente Roberto Braguim assim se manifestou: "Sem

dúvida, Conselheiro João Antonio. Parabéns pela iniciativa." Prosseguindo, o Conselheiro

Domingos Dissei – Relator deu conhecimento ao Egrégio Plenário da matéria constante do

seguinte despacho: "1 - Trago à apreciação do Pleno, nesta oportunidade, assunto relativo ao

Edital da Concorrência 004/15, da COHAB/SP, tendo por objeto a contratação de empresa

especializada para execução de obras e serviços de melhorias das condições ambientais das áreas

de preservação permanente e arborização do Conjunto Habitacional Jardim da

Conquista/Carrãozinho – Subprefeitura São Mateus – Município de São Paulo – Capital. 2 - O

Edital foi submetido ao exame da Subsecretaria de Fiscalização e Controle que, após análises e

superação de outras impropriedades, entendeu remanescente apenas a seguinte falha: "... a

exigência de atestado de visita técnica não está justificada para o presente caso, haja vista o

objeto não ser enquadrado como caso excepcional, segundo entendimento jurisprudencial do

Tribunal de Contas da União – TCU." 3 - O Edital da licitação em análise traz em seu bojo que a

visita técnica seria realizada nos dias 15 e 29 de outubro de 2015, conforme agendamento a ser

efetuado pela licitante (fl. 255) – item 11 e 11.2. Ressaltou a Auditoria que a visita técnica é uma

faculdade concedida aos licitantes de modo a que possam vir a sanar eventuais dúvidas advindas

do exame da documentação técnica. 4 - Porém, segundo julgados do TCU, inclusive, essa

exigência deve ocorrer em casos excepcionais, bastando, via de regra, a declaração do licitante de

que conhece as condições locais para a execução do objeto. 5 - No caso presente, conforme a

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cláusula 11.4 do Edital, o Atestado de Visita é exigido no sentido de ser comprovado o

comparecimento da licitante ao local dos serviços. 6 - No entanto, o objeto em análise não está

caracterizado e nem justificado como caso excepcional que suportasse a exigência da vistoria

técnica pretendida. 7 - Diante disso, conforme despacho de fls., DETERMINEI a SUSPENSÃO

cautelar do certame, bem como a intimação da Origem para ciência, cumprimento e

providências, tendo em vista os apontamentos da Área Auditora desta Corte, decisão essa que

elevo ao REFERENDO de Vossas Excelências. 8 - Cabe informar, porém, que, em 9.11.2015, a

COHAB fez publicar despacho de REVOGAÇÃO da Concorrência 004/15, em virtude da

necessidade de ajustes no certame e, ainda, por motivos de interesse público. 9 - Assim sendo,

tendo em vista a perda superveniente do objeto, e por economia processual, proponho,

adicionalmente, o arquivamento do referido processo, bem como que a Origem seja intimada do

teor do presente julgado e que, quando do lançamento do novo Edital para o mesmo objeto, faça

inserir a informação de que o certame substitui a Concorrência 004/2015". Afinal, o Egrégio

Plenário, à unanimidade, referendou a medida determinada pelo Conselheiro Domingos Dissei –

Relator." (Certidão - TC 2.160/15-99) Ainda, com a palavra, o Conselheiro Domingos Dissei

deu conhecimento ao Egrégio Plenário da matéria constante do seguinte despacho: "O TC

3.573/15-54 versa sobre a Representação interposta pela empresa UZEDA COMÉRCIO E

SERVIÇOS LTDA., na qual a Representante questiona a classificação e a habilitação da empresa

FVB Locadora, na condição de vencedora do Pregão Eletrônico 14/SFMSP/2015, da Autarquia

do Serviço Funerário Municipal, cujo objeto é a contratação de empresa para a prestação dos

serviços de translado funerário, por 24 horas, para enterros, remoções e viagens, incluindo

veículos 0 km adaptados e motorista, sendo 27 no segmento padrão e 03 no segmento luxo, pelo

período de 30 meses. Em decorrência da mencionada Representação, a Área Auditora desta

Egrégia Corte de Contas apontou, basicamente, três impropriedades na licitação, o que me levou

a suspender cautelarmente os atos de adjudicação e homologação do certame, até posterior

deliberação deste Egrégio Tribunal. Em síntese, as irregularidades apontadas, e que subsidiaram

a decisão cautelar, foram as seguintes: 1. O fato do folder apresentado pela licitante vencedora

não conter as especificações técnicas indicadas no Termo de Referência, "... uma vez que o vão

livre entre a mesa superior e a inferior deve ter distância mínima de 500 mm. e no folder consta

43 cm"; 2. A planilha de composição de custos apresentada pela FVB contemplar salário base

dos agentes funerários abaixo do piso da categoria, previsto em Convenção Coletiva. 3. Uma das

certidões apresentadas indicar a existência de débitos pendentes de IPVA. Instada, a Autarquia

do Serviço Funerário Municipal apresentou, em duas oportunidades, esclarecimentos e forneceu

documentos no sentido de justificar a regularidade dos seus atos. Vieram aos autos, ainda,

argumentos e documentos trazidos pela Empresa vencedora do certame, FVB Locadora,

contestando as alegações contidas na Representação e defendendo a lisura dos procedimentos

adotados no certame. Após instrução, em sua derradeira manifestação a Auditoria reiterou as suas

conclusões, tendo sugerido, ao final, que a Assessoria Jurídica de Controle Externo analisasse

ponto específico relacionado à regularidade fiscal da licitante vencedora. Instada, a Assessoria

Jurídica de Controle Externo analisou e concluiu no sentido da improcedência dos

questionamentos da Representação. Assim, feito o registro dos principais fatos contidos nos

autos, passo a tecer comentários acerca dos motivos que formaram meu convencimento no

sentido da superação das impropriedades inicialmente apontadas. 1. Inicio abordando a questão

da apresentação do folder supostamente em desacordo com as especificações técnicas contidas

no edital. Para melhor compreensão do tema, é preciso deixar consignado que a exigência ora

analisada está prevista no Anexo II, modelo padrão da proposta comercial, por meio de uma

"OBSERVAÇÃO", cujo texto está assim redigido: 'OBS: A proponente deverá apresentar Folder

da empresa que irá efetuar a adaptação dos veículos anexada.' Conforme muito bem destacado

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pela Assessoria Jurídica de Controle Externo, na manifestação de fls. 318/322, 'A "observação"

por meio da qual o folder foi exigido em momento algum determinou que o mesmo deveria

apresentar as especificações técnicas constantes do item 5.1.2.5, do Termo de Referência'. Sobre

tal questão, alinho-me ao entendimento da Assessoria Jurídica de Controle Externo, na medida

em que o instrumento convocatório vincula não só os licitantes, mas, sobretudo a própria

Administração, sendo forçoso concluir que esta última não está autorizada a fazer exigências que

não estão expressamente consignadas no edital. A conclusão final da Auditoria, inclusive, parece

dar suporte ao raciocínio da AJCE, na medida em que considera que '... a exigência de folder se

deu de forma genérica, gerando interpretações sobre o alcance de tal instrumento...'. Então,

seguindo tal premissa, como se poderia exigir que a Origem desclassificasse a licitante de menor

preço em razão do descumprimento de uma exigência genérica e passível de interpretações ?! A

Origem, portanto, agiu com acerto, uma vez que não há, no instrumento convocatório, qualquer

exigência de que o folder deveria conter as especificações técnicas do item 5.1.2.5, do Termo de

Referência. Até porque, o fato da licitante ter juntado modelo de folder com especificações

diversas daquelas constantes do edital não implica dizer que a empresa não poderia promover as

adaptações conforme as exigências do Termo de Referência. E ainda, segundo a Origem, o folder

é elemento meramente ilustrativo e, no seu entendeu, satisfaz a necessidade da Autarquia

Municipal. 2. Sobre a apresentação da planilha de composição de custos, mais uma vez entendo

assistir razão à Douta Assessoria Jurídica de Controle Externo desta Corte de Contas, que

entendeu, no caso em tela, permitir seja acolhido o procedimento adotado pelo Sr. Pregoeiro, na

medida em que não houve majoração do preço ofertado e, 'a priori', parece não ter apresentado

valores inexequíveis. Considerando que estamos tratando de contratação de serviços por preço

global, penso que, no caso dos autos, as falhas verificadas não são suficientes para ensejar a

desclassificação da proposta da licitante vencedora, sendo possível admitir a correção dos itens

que apresentaram desconformidades, CONTUDO, SEM A MAJORAÇÃO DO PREÇO

OFERTADO, como fez a empresa FVB ao apresentar a planilha revisada. Não é demais salientar

que a providência adotada, e questionada na Representação, objetivava a manutenção da proposta

mais vantajosa ao Erário Municipal – aquela que apresentou o menor preço. Tal raciocínio,

inclusive, está em consonância com a Instrução Normativa 02/08 do Ministério do Planejamento,

que no seu artigo 24, assim estabelece: 'Quando a modalidade de licitação for pregão, a planilha

de custos e formação de preços deverá ser entregue e analisada no momento da aceitação do

lance vencedor, em que poderá ser ajustada, se possível, para refletir corretamente os custos

envolvidos na contratação, desde que não haja majoração do preço proposto.' A mesma Instrução

Normativa 02/08 do Ministério do Planejamento, no artigo 29-A, § 2º, ainda prevê que 'Erros no

preenchimento da Planilha não são motivo suficiente para a desclassificação da proposta, quando

a Planilha puder ser ajustada sem a necessidade de majoração do preço ofertado, e desde que se

comprove que este é suficiente para arcar com todos os custos da contratação'. Julgo, pois, que o

procedimento adotado pelo Pregoeiro - que permitiu a correção de vícios pontuais constantes na

composição dos custos - tem amparo no artigo 43, § 3º da Lei Federal 8.666/93. Além do que, tal

medida, vai ao encontro do interesse público, que deve nortear a atuação da Administração

Pública, em todas as suas esferas. Obviamente, conforme bem apontado pelo Senhor Assessor

Jurídico Chefe do Controle Externo e pela sempre diligente Coordenadoria I, da SFC, deverá a

Autarquia Municipal avaliar, previamente à formalização do ajuste, se o valor da proposta

apresentada pela empresa FVB Locadora é exequível, levando em consideração, especialmente,

as alterações que promoveu na sua planilha de composição de custos. 3. Por último, mas não

menos importante, abordo a questão da suposta irregularidade fiscal da empresa FVB Locadora.

Também neste item entendo que a Representação não merece prosperar, uma vez que a certidão

encartada às fls. 139 dá o necessário respaldo à situação de regularidade fiscal da licitante

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vendedora. Vejamos: o mencionado documento foi expedido pela Procuradoria Geral do Estado;

estava dentro do prazo de validade; e apontou INEXISTÊNCIA DE DÉBITOS INSCRITOS na

Dívida Ativa junto à fazenda Estadual pertinente. Nenhuma dúvida, portanto, quanto à

regularidade do documento apresentado, bem como quanto ao fato de inexistir débito inscrito

para empresa FVB Locadora. Repita-se: INEXISTÊNCIA DE DÉBITO INSCRITO! O

documento juntado às fls. 140, no qual constam DÉBITOS NÃO INSCRITOS relativos ao

IPVA, com a devida vênia, e salvo melhor juízo, não tem o condão de macular a regularidade

fiscal da licitante vencedora. E a razão é a seguinte: o inciso III, do artigo 29, da Lei Federal

8.666/93 exige a PROVA DA REGULARIDADE para com as Fazendas Federal, Estadual e

Municipal. Não exigiu, em nenhum momento, PROVA DA INEXISTÊNCIA DE DÉBITOS. Se

assim quisesse o legislador teria feito como no inciso V do mesmo artigo, quando exige PROVA

DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITOS INADIMPLIDOS. Portanto, Nobres Conselheiros, não cabe

ao interprete ampliar o alcance da expressão "Regularidade" contida no inciso III, artigo 29, da

Lei Geral de Licitações. Importante registrar que a Portaria Intersecretarial 02/2014, expedida

pelas Secretarias Municipais de Gestão e dos Negócios Jurídicos, dispõe no seguinte sentido:

Art. 1º. 'Nas licitações e contratações, a comprovação da regularidade fiscal para com a Fazenda

do Estado de São Paulo, quando for exigível, deve ser efetuada com a apresentação da certidão

emitida pela Procuradoria Geral do Estado – PGE, referente aos débitos inscritos em dívida

ativa.' Também nesse aspecto não há reparos no procedimento adotado pelo Senhor Pregoeiro. A

futura contratação diminuirá o tempo médio – de 8 para 4 horas - entre a contratação dos serviços

da Autarquia e o velório, permitindo, inclusive, maior controle das rotas, uma que os novos

veículos serão dotados de aparelhos GPS. Evita-se, por exemplo, desvios no destino dos veículos

para clínicas ou locais para a prática da tanatopraxia nos corpos. Sendo assim, por todo o

exposto, e considerando que os esclarecimentos e demais documentos que instruem os presentes

autos demonstraram suficientemente a regularidade dos atos até então praticados pela Origem.

Considerando, ainda, a necessidade do serviço público em questão, bem como que a expectativa,

com a presente contratação, é que o tempo médio de remoção dos corpos no Município de São

Paulo seja reduzido de 8 para 4 horas, trago a este Pleno a PROPOSTA DE REVOGAÇÃO DA

SUSPENSÃO do Pregão Eletrônico 14/SFMSP/2015, do Serviço Funerário Municipal,

condicionada à análise minuciosa, pela Autarquia Municipal, previamente à contratação, sobre a

exequibilidade da proposta apresentada pela licitante vencedora, levando em conta,

especialmente, a alteração promovida na sua planilha de composição de custos. Determino que a

Subsecretaria de Fiscalização e Controle promova a análise da futura execução contratual.

Afinal, o Egrégio Plenário, à unanimidade, referendou as medidas determinadas pelo Conselheiro

Domingos Dissei – Relator." (Certidão - TC 3.573/15-54) Concedida a palavra ao Conselheiro

Maurício Faria, Sua Excelência assim se pronunciou: "Não se trata de referendo, mas eu gostaria

de fazer uma comunicação ao Colegiado. Entendo que seria oportuno que fosse neste momento

da Sessão. Excelentíssimo Senhor Presidente, Excelentíssimos Senhores Conselheiros, Senhor

Secretário Geral, Senhora Subsecretária Geral, Douta Procuradoria. Mesmo não havendo

previsão regimental, considero adequado trazer ao conhecimento deste Egrégio Plenário a

determinação de arquivamento "in limine", com fundamento no artigo 56, parágrafo 1º, do

Regimento Interno deste Egrégio Tribunal de Contas do requerimento recebido como

Representação apresentado por João Nascimento Macedo, por meio do qual afirma que o Senhor

Elias Tergrieni Pinto Júnior, Presidente da empresa Líder Consórcio, vencedor da licitação para

concessão de obra pública para a construção, implantação, operação, manutenção e exploração

econômica do Circuito das Compras – Concorrência Pública nº 01B/SDTE/2015, mais Investe

Empreendimentos e Corporações, integra polo passivo de ação de improbidade administrativa,

ajuizada pelo Ministério Público Federal, em trâmite na 3ª Vara da Justiça Federal do Amazonas.

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Em síntese, afirma que o objeto da demanda judicial que tramita na Justiça Federal do Amazonas

também se refere a fatos envolvendo contratação para a administração de espaço público para

compras populares (camelôs e afins), requerendo, assim, a abertura de inquérito administrativo

visando a apurar crime de falsidade ideológica e improbidade administrativa praticados pelo

requerido, a suspensão da assinatura do contrato objeto da licitação realizada pela

Municipalidade, bem como seja oficiado o Poder Judiciário da Comarca de Manaus para possível

manifestação e interesse no presente procedimento. O requerente juntou cópias da decisão

judicial que recebeu a ação de improbidade administrativa perante a justiça federal do Amazonas,

cópias de documentos que indicam atos de constituição da empresa Mais Investe

Empreendimento e Corporações, entre outras cópias atinentes ao respectivo consórcio, além de

cópia da publicação no Diário Oficial da Cidade indicando o consórcio noticiado como vencedor

do certame já mencionado. Recebido o requerimento, esta relatoria determinou a manifestação da

Assessoria Jurídica de Controle Externo, a qual sugeriu o recebimento como Representação, em

homenagem ao princípio do informalismo. Todavia, opinou pelo arquivamento "in limine", com

fundamento no artigo 56, parágrafo 1º, combinado com o artigo 55, inciso III e parágrafo 1º do

Regimento Interno desta Corte de Contas. A respeito da ação judicial mencionada, assinalou que,

embora produza seus efeitos de forma "ex nunc", não atingindo automaticamente outros

contratos já firmados, eventual condenação judicial em ação de improbidade administrativa não

impede a revisão dos contratos pela Administração Pública nos termos do ordenamento jurídico

vigente e dos precedentes jurisprudenciais citados. Diante do exposto, em sede de juízo de

admissibilidade, o presente requerimento foi recebido por esta relatoria como Representação.

Todavia, deixei de conhecer o mérito, por ausência do pressuposto fundamental para o seu

regular conhecimento, conforme estabelecido pelo inciso III do artigo 55 do Regimento Interno

deste Egrégio Tribunal de Contas, porquanto não está acompanhado de documentos que

constituam prova ou indícios relacionados com o fato denunciado ou a existência de ilegalidade

ou irregularidade da licitação realizada por esta Municipalidade, bem como não está instruída

com a prova de cidadania exigida pelo parágrafo 1º do artigo 55 do Regimento Interno, razões

pelas quais determinei o arquivamento "in limine", com fulcro no parágrafo 1º do artigo 56 do

mesmo diploma normativo. Determinei, outrossim, a intimação do interessado. Estou trazendo

ao conhecimento porque é uma licitação que tem uma certa importância; tem um sentido de

invocação, em se tratando de concessão de obra pública. É uma forma de contratação

relativamente nova no Município. Entendi que, embora sem a obrigatoriedade regimental, seria

oportuno trazer ao conhecimento do Colegiado essa matéria." A seguir, o Conselheiro Presidente

Roberto Braguim finalizou como segue: "Muito grato pelo esclarecimento, Nobre Conselheiro

Maurício Faria." Dando sequência, o Conselheiro Presidente Roberto Braguim, a fim de que

pudesse relatar os processos de sua pauta, solicitou ao Conselheiro Vice-Presidente Edson

Simões que assumisse a direção dos trabalhos. – JULGAMENTOS REALIZADOS –

PROCESSOS RELATADOS PELO CONSELHEIRO PRESIDENTE ROBERTO

BRAGUIM, na qualidade de Relator – 1) TC 952/12-03 – Secretaria Municipal de Educação –

SME – Inspeção – Verificar se as contratações de prestação de serviços de logística e

armazenamento nos exercícios de 2009 até a presente data, por meio de Atas de RP, guardam

relação entre o objeto contratado e o da Ata ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes

autos, dos quais é Relator o Conselheiro Roberto Braguim. Acordam os Conselheiros do

Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório

e voto do Relator, em conhecer da inspeção realizada para fins de registro. Acordam, ademais, à

unanimidade, em determinar o envio de ofício à Secretaria Municipal de Educação – SME para

que seja dada ciência das conclusões alcançadas. Acordam, ainda, à unanimidade, consoante

proposta do Conselheiro Maurício Faria, nos termos de seu voto apresentado em separado, em

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determinar à Subsecretaria de Fiscalização e Controle desta Casa, no âmbito do TC 727/13-93,

nos quais já constam vários elementos de instrução que podem ser úteis ao deslinde da questão, a

análise da execução dos Contratos 221/SME/2007, 02/SME/2008, 23/SME/2009, 55/SME/2009,

29/SME/2012, 30/SME/2012 e 210/SME/2012, sob o enfoque da possibilidade de pagamento em

duplicidade pelo mesmo serviço de armazenagem. Relatório: Em pauta Procedimento de

Fiscalização, realizado, por minha determinação, na modalidade Inspeção, na Secretaria

Municipal de Educação-SME, para verificar se o objeto das contratações celebradas, com base

em Atas de Registro de Preços para a prestação de serviços de logística e armazenamento, nos

exercícios de 2009 até junho de 2012, guardam relação com o registrado. Após a coleta de farta

documentação, a Subsecretaria de Fiscalização e Controle iniciou por apontar que, desde 2009

até junho de 2012, a Secretaria havia formalizado 5 contratações fundadas em Atas de Registro

de Preços para os serviços em pauta. São eles os Contratos nºs 23/SME/2009, 55/SME/2009,

58/SME/2009, 29/SME/2012 e 30/SME/2012. A partir desse universo, acrescido da análise dos

quantitativos e da vigência, a Subsecretaria ofereceu no relatório de fls. 195/205 as seguintes

conclusões: 1 - Os Ajustes em exame foram firmados com a empresa TZAR, com exceção do

Contrato nº 29/SME/2012, celebrado com a TCI BPO; 2 - Os objetos dos Contratos examinados

guardam relação textual com aqueles registrados nas Atas de RP utilizadas; 3 - Referidas

Contratações decorreram da utilização das Atas de RP nºs 36/1039/07/05, 36/1646/08/05 e

36/00004/11/05 da Fundação de Desenvolvimento da Educação - FDE, da Secretaria de

Educação do Estado de São Paulo; 4 - As quantidades dos Contratos nºs 23/SME/2009,

55/SME/2009 e 58/SME/2009 excedem o total dos quantitativos registrados nas Atas de RP,

caracterizando infringência ao estabelecido no § 2º do artigo 15-A do Decreto Estadual nº

47.945/031, alterado pelo Decreto Estadual nº 54.939/09; 5 - Os Contratos nºs 55/SME/2009 e

58/SME/2009 vigoravam há quase três anos enquanto o de nº 23/SME/2009 encontrava-se válido

há mais de três anos. A utilização do Sistema de Registro de Preços para a prestação de serviços

contínuos ou continuados não encontra amparo legal, mostrando-se, por conseguinte, irregular,

por infringência ao disposto no artigo 3º da Lei Municipal n.º 13.278/022, combinado com o

artigo 26 do Decreto Municipal n.º 44.279/033; 6 - Apesar de os objetos dos contratos guardarem

relação textual com os registrados não se pode concluir que os serviços e os respectivos

quantitativos faturados nos períodos analisados, referentes aos Ajustes nºs 55/SME/2009 e

58/SME/2009, correspondem aos objetos contratados, bem como se estes foram efetivamente

prestados pela Contratada. Por minha determinação, a Secretaria Municipal de Educação foi

oficiada para apresentar justificativas sobre as conclusões alcançadas pelo Órgão Técnico, mas

mesmos após reiteração, não houve oferecimento de resposta. Provocada a se manifestar, a

Procuradoria da Fazenda Municipal ressaltou que o serviço contratado não é tão específico que

não se possa enquadrá-lo na categoria de rotineiro, mesmo porque não é a dimensão que

caracteriza a natureza. Considerou que a logística é serviço rotineiro que não demanda grandes

projetos e previsões anteriores a sua contratação pela Administração. Propugnou, assim, pelo

conhecimento, para registro da Inspeção realizada. Em nova manifestação, a SFC informou que

os Ajustes nº 23/SME/2009, 55/SME/2009 e 58/SME/2009 não foram objeto de análise

1 § 2º As aquisições ou contratações adicionais a que se refere este artigo não poderão exceder, por órgão ou

entidade, a cem por cento dos quantitativos registrados na Ata de Registro de Preços. 2 Art. 3º O fornecimento de materiais em geral e a prestação de quaisquer serviços, em ambos os casos, desde que

habituais ou rotineiros, poderão ser contratados pelo sistema de registro de preços. 3 Art. 26. Poderão ser objeto de registro de preços os materiais e os serviços, considerados de uso habitual ou

rotineiro, para os quais não se possa prever o exato quantitativo a ser demandado pela administração, em especial

quando houver: I - necessidade de contratações frequentes; ou II - conveniência de entregas parceladas; ou III -

necessidade de atendimento a mais de um órgão ou entidade.

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individuado em outros TCs, mas que, tendo em vista as irregularidades constatadas neste

processo, foram realizadas: 1) a análise formal e acompanhamento da execução do Contrato nº

210/SME/12, por ser posterior e abranger o objeto comum de prestação de serviços de

armazenamento e mixagem de kits de uniforme, com relatórios apensos nos TCs nºs

72.000.816.13-86 e 72.001.727.13-93, ambos com conclusão pela irregularidade; 2) Inspeção

com a finalidade de apurar os estoques de produtos antigos armazenados na empresa TZAR, cujo

relatório consta do TC nº 72.002.948.13.98, no qual se enfatiza o quadro crítico nos contratos de

logística firmados pela SME. A AJCE, a seu turno, entendeu que a Inspeção atendeu aos

objetivos propostos, acrescendo ainda, com relação aos quantitativos, que os valores constantes

em Atas são estimados, haja vista que a sua natureza impede a prévia fixação de quantidades

exatas. Aduziu que o Sistema de Registro de Preços é utilizado pela Administração em situações

que não se tem certeza da demanda, e que, no que tange à utilização de Ata para prestação de

serviços continuados ou contínuos, há decisões neste Tribunal acatando tal possibilidade, como

no TC nº 72.003.063.06-87. A Procuradoria da Fazenda Municipal, ciente do acrescido, ratificou

seu parecer anterior para que a Inspeção realizada seja conhecida e registrada. A Secretaria Geral

acompanhou as manifestações da Subsecretaria de Fiscalização e Controle e da Assessoria

Jurídica de Controle Externo, entendendo que a Inspeção encontra-se em condições de ser

conhecida. É o relatório. Voto: A presente Inspeção foi realizada para verificar se na Secretaria

Municipal da Educação, no período de 09.05 a 25.06.2012, as contratações de serviço de

logística e armazenamento, celebradas por Atas de Registro de Preços, guardavam relação com o

objeto registrado. Do trabalho efetivado por SFC, resultado do exame das cinco contratações

identificadas no relatório, restou concluído que nelas os objetos estabelecidos guardam tal

relação. Alargando, ainda, o objeto da Inspeção, SFC levantou outras questões, referentes aos

Contratos em pauta, dizendo respeito à extrapolação dos quantitativos registrados, à prestação de

serviços continuados fundados em Atas e à própria execução contratual. Apontou, todavia, nesse

âmbito, que tendo em conta as questões levantadas no presente TC, foram instaurados outros

processos para examinar contratação assemelhada (Contrato nº 210/SME/2012). Alinhou, assim,

a existência dos TCs nºs 72.000.816.13-86 e 72.001.727.13-93, anotado equivocadamente à fl.

222 como 72.002.816.13-86, ambos em fase de execução. Diante do exposto, conheço da

presente Inspeção para registro, determinando seja dada ciência à Secretaria das conclusões

alcançadas, deixando de proceder a qualquer outra determinação, em razão da existência dos TCs

nºs 72.000.816.13.86 e 72.001.727.13.93. É como voto. Voto em separado proferido pelo

Conselheiro Maurício Faria: A inspeção realizada nestes autos, por determinação do Nobre

Conselheiro Roberto Braguim, contida no Memorando EXP-RB 24/12, remete ao voto que

proferi em separado por ocasião do julgamento englobado dos processos TC nº 72.000.358/08-36

e TC nº 72.000.427/08-57, na 2.825ª Sessão Ordinária, realizada aos 19 de agosto de 2015.

Naquela ocasião, em que estavam em análise dois contratos da Secretaria Municipal de

Educação, o Contrato Emergencial n.º 221/SME/2007 e o Contrato n.º 02/SME/2008, foi

possível constatar que os contratos tinham prazos de vigência sobrepostos, com objeto

parcialmente coincidente, em relação ao armazenamento no âmbito da Secretaria Municipal da

Educação. Restou assentado que durante 53 (cinquenta e três) dias os contratos com objeto

coincidente em relação à armazenagem coexistiram, sem nenhuma ressalva, fazendo com que,

possivelmente, o serviço de armazenagem tenha sido remunerado tanto no contrato emergencial

quanto no contrato oriundo do certame licitatório, causando eventualmente prejuízo ao erário,

pois nada obstava que a Municipalidade pagasse duas vezes pelo mesmo serviço, nesse período.

No caso em tela, esta Corte se depara com situação semelhante, que merece análise detida. A

relatório de inspeção da Auditoria apontou que desde 2009 até a data de realização dos trabalhos,

em 2012, havia 5 (cinco) contratos vigentes que tinham como objeto a prestação de serviços de

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logística e armazenamento, todos eles oriundos de Atas de Registro de Preços da Fundação para

o Desenvolvimento da Educação – FDE-SP, sendo 4 (quatro) firmados com a empresa Tzar SL

Transportes e Armazenagem Ltda. (atualmente denominada Tzar Logística Ltda.) e 1 (um) com a

empresa TCI BPO – Tecnologia, Conhecimento e Informação S/A. Posteriormente, em seu

relatório complementar, a Auditoria faz menção a um sexto contrato, 210/SME/12, objeto de

análise formal e de execução em dois processos específicos (TC nº 72.000.816/13-86 e TC nº

72.001.727/13-93). Assim, foi possível verificar que quatro contratos têm objeto parcialmente

coincidente, no que tange aos serviços de armazenamento. Em sucinto quadro comparativo,

temos os seguintes dados:4

a) Contrato n.º 23/SME/2009 (fls. 26/36) Contratada: Tzar Logística

Ltda. Ata de Registro de Preços FDE-SP nº 03/1039/07/05 Objeto: Serviços de armazenamento e

movimentação de carga Período de vigência: 01/04/2009 a 01/10/2014 b) Contrato nº

55/SME/2009 (fls. 48/57) Contratada: Tzar Logística Ltda. Ata de Registro de Preços FDE-SP nº

36/1039/07/05 Objeto: Serviços de armazenamento de materiais pedagógicos e diversos,

mixagem e montagem de kits Período de vigência: 20/07/2009 a 21/03/2015 c) Contrato nº

29/SME/2012 (fls.101/107) Contratada: TCI BPO – Tecnologia, Conhecimento e Informação

S/A Ata de Registro de Preços FDE-SP n.º 36/00004/11/05 Objeto: Serviços de recepção,

armazenamento, separação, montagem e embalagem de kits de uniforme escolar e kits de

materiais diversos Período de vigência: 15/02/2012 a 14/02/2013 d) Contrato n.º 30/SME/2012

(fls.119/126) Contratada: Tzar Logística Ltda. Ata de Registro de Preços FDE-SP n.º

36/00004/11/05 Objeto: Serviços de recepção, armazenamento, separação, montagem e

embalagem de kits de uniforme escolar e kits de materiais diversos Período de vigência:

14/02/2012 a 13/02/2013 e) Contrato n.º 210/SME/2012 Contratada: Tzar Logística Ltda. Ata de

Registro de Preços FDE-SP nº 21/00348/12/05 Objeto: Serviços de armazenagem, mixagem e

montagem/embalagem de kits de uniforme escolar e projetos pedagógicos. Período de vigência:

28/12/2012 a 27/12/2013 Em uma análise perfunctória, vislumbra-se que entre 2009 e 2014 não

houve nenhum período em que apenas um contrato desse conta do objeto armazenagem. De outra

banda, entre 2012 e 2013 os cinco contratos estiveram vigentes. É possível que a Municipalidade

necessitasse de serviços de armazenagem em alta escala e as contratações fossem cabíveis. No

entanto, o relatório de Auditoria aponta no item 4.7 que "com base nas informações constantes

do Processo de Pagamento, não podemos concluir que os serviços e os respectivos quantitativos

faturados nos períodos analisados, referentes aos ajustes nº 55/SME/2009 e 58/SME/2009,

correspondem aos objetos contratados, bem como se estes foram efetivamente prestados pela

Contratada". Com a constatação de um dos Órgãos Técnicos desta Casa de que não havia o

devido controle dos serviços prestados, e, tendo em vista que 5 (cinco) contratos,

simultaneamente, tinham como objeto a prestação desses serviços de armazenagem, não se pode

afastar a hipótese, já aventada no meu voto anteriormente referido, de que a sobreposição de

contratos pode ter dado azo à duplicidade de pagamentos também neste caso, causando prejuízos

ao erário. Some-se a isso o fato de que a mesma empresa efetuou o fornecimento dos serviços de

armazenamento, nos 2 (dois) contratos constantes do voto anterior (Contrato Emergencial n.º

221/SME/2007 e o Contrato n.º 02/SME/2008) e em 4 (quatro) contratos referentes ao processo

em exame, quais sejam os Contratos 23/SME/2009, 55/SME/2009, 30/SME/2012 e

210/SME/2012, sem que fosse promovida uma licitação pela Municipalidade, já que a primeira

contratação foi direta em caráter emergencial e as outras quatro decorrem de adesão a atas de

registro de preço da FDE-SP. Assim, reitero o entendimento esposado naquela ocasião, de que é

imprescindível a análise das execuções contratuais, de modo a verificar eventuais pagamentos

4 Como os relatórios de Auditoria datam de 2013, por meio do Sistema Átomo foram efetuadas pesquisas a fim de

verificar aditamentos posteriores até a data de elaboração do voto, procedendo-se, assim, à mera atualização dos

dados.

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dúplices. Certamente, como os contratos já estão com suas respectivas vigências encerradas, a

análise será precipuamente contábil-financeira. No entanto, mesmo com as limitações materiais

que o tempo decorrido impõe a uma providência desse quilate, seria possível, por exemplo,

eventualmente constatar que uma das empresas contratadas possa ter recebido pagamento por

armazenamento de uma determinada quantidade de metros cúbicos que os armazéns destinados à

execução contratual não pudessem comportar. Concluo que, com estes elementos e tendo em

vista a competência dos Tribunais de Contas previstas nos artigos 70 e 71 da Constituição

Federal, sendo múnus desta Corte averiguar qualquer possibilidade de dano ao erário, é cabível a

determinação de medida a fim de que seja examinada a hipótese e verificado se houve ou não a

duplicidade de pagamentos, nos termos da Resolução TCM nº 06/00, art. 7º. Diante do exposto,

CONHEÇO da inspeção realizada nos autos e proponho que seja determinada a análise da

execução dos Contratos 221/SME/2007, 02/SME/2008, 23/SME/2009, 55/SME/2009,

29/SME/2012, 30/SME/2012 e 210/SME/2012, sob o enfoque da possibilidade de pagamento em

duplicidade pelo mesmo serviço de armazenagem. Sugiro, ademais, tendo em vista que a

execução do Contrato nº 210/SME/2012 é objeto do TC nº 72.001.727/13-93, que a

determinação seja cumprida nesses autos, nos quais já constam vários elementos de instrução que

podem ser úteis ao deslinde da questão. Participaram do julgamento os Conselheiros João

Antonio – Revisor, Maurício Faria e Domingos Dissei. Presente o Procurador Chefe da Fazenda

Guilherme Bueno de Camargo. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 11 de novembro de

2015. a) Edson Simões – Vice-Presidente no exercício da Presidência; a) Roberto Braguim –

Relator." 2) TC 1.666/12-10 – Subprefeitura Pinheiros – SP-PI – Auditoria Programada –

Avaliar se as atribuições, competências e se as atividades desenvolvidas no âmbito da

Subprefeitura Pinheiros estão sendo executadas de acordo com a legislação aplicável

ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro

Roberto Braguim. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo,

à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em conhecer da auditoria

programada realizada, determinando o seu registro. Acordam, ademais, à unanimidade, tendo em

vista que os trabalhos realizados indicaram que a Subprefeitura Pinheiros não logrou apresentar

documentação de suporte que possibilitasse a comprovação da correção de seus procedimentos

visando à solução e, principalmente, ao atendimento das reclamações apresentadas por meio do

Serviço 156, e em face ao tempo decorrido, da realização do presente trabalho, em determinar à

Subsecretaria de Fiscalização e Controle com a anuência do Conselheiro Domingos Dissei –

Relator desta Subprefeitura, para o presente Biênio 2015/2016, a promoção de nova auditoria,

visando comprovar o efetivo atendimento das reclamações e demais fiscalizações. Relatório:

Cuidam os autos de Auditoria Programada, realizada na Subprefeitura Pinheiros, destinada a

avaliar as atribuições, competências e se os Serviços de Zeladoria estão sendo realizados de

acordo com a legislação aplicável, sendo que os trabalhos de campo foram desenvolvidos entre

os meses de julho e agosto de 2012. Tais trabalhos, levados a efeito pela Coordenadoria III, da

Subsecretaria de Fiscalização e Controle, tiveram por foco, de modo particular, as demandas

solicitadas pelos cidadãos pelo Sistema de Atendimento ao Cidadão – SAC, registrados pelo

Sistema 156. Ao final, foram consignadas as seguintes constatações: a) No período analisado não

houve conclusão para nenhuma das solicitações registradas do assunto "Comércio irregular"

subassunto "Retirada de Ambulante"; b) A Subprefeitura cancelou indevidamente 22 (vinte e

duas) solicitações geradas pelo Sistema SAC, com reclamações plausíveis e identificação

completa do local, procedendo ao seu arquivamento e registro no Sistema SAC como

"Solicitação Cancelada", sem que tenha havido qualquer apuração da veracidade das denúncias

ou aplicação de sanções por eventuais irregularidades detectadas; c) Apesar de haver

transcorrido, à época, mais de 7 meses da data de registro da solicitação n.º 10501963 no Sistema

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SAC, não houve qualquer resposta por parte da Subprefeitura Pinheiros quanto à reclamação

referente à existência de vendedores ambulantes na região da Estação Berrini de Trens da

Companhia Metropolitana de Trens Metropolitanos – CPTM. Em vistoria realizada no dia 20 de

agosto de 2012, na Rua Guilherme Barbosa de Melo, foi constatada a existência de diversos

vendedores ambulantes no local; d) Quanto ao imóvel localizado na Rua Dr. Mário Ferraz, 529,

apesar de existir um histórico de multas aplicadas por ocupação sem prévia Licença de

Funcionamento e da existência do Processo Administrativo n.º 2007-0.384.244-3, autuado há

anos, a última multa registrada pelo não atendimento ao Auto de Intimação 9316 – Interdição,

fora aplicada há mais de 1 (um) ano. A reclamação registrada no Sistema SAC sob n.º 10747034,

acerca da ocupação irregular do imóvel, fora registrada como concluída há mais de 45 (quarenta

e cinco) dias. No entanto, em vistoria realizada ao local no dia 15 de agosto de 2012, foi

constatado que no imóvel estava instalado o Restaurante Riso que permanecia em

funcionamento; e) Em resposta à reclamação registrada no Sistema SAC sob n.º 10701806, a

Subprefeitura aplicou o Auto de Multa n.º 13-173.772-4, datado de 10 de julho de 2012, por

ocupação do imóvel para uso não residencial sem prévia Licença de Funcionamento. No entanto,

em vistoria realizada no dia 20 de agosto de 2012, à Rua Baltazar Fernandes, n.º 352, foi

constatada a manutenção da ocupação do imóvel para uso não residencial; f) Em resposta à

reclamação registrada no Sistema SAC sob n.º 10864723, a Subprefeitura aplicou o Auto de

Multa nº 13-174.225-6, datado de 3 de julho de 2012, por ocupação do imóvel para uso não

residencial sem prévia Licença de Funcionamento. No entanto, em vistoria realizada no dia 15 de

agosto de 2012, à Rua Clodomiro Amazonas, n.º 291, foi constatada a manutenção da ocupação

do imóvel para uso não residencial e a ocupação do passeio público com mesas e cadeiras; g)

Apesar de constar no Sistema SAC como concluída e serviço haver sido considerado realizado, a

conclusão referente à Reclamação n.º 10526263 não esclarece se há irregularidade no

alinhamento do imóvel e quais sanções foram aplicadas, limitando-se a informar que a

reclamação foi encaminhada ao Setor de Cadastro. Face às conclusões alcançadas nos autos,

determinei a expedição de ofícios dirigidos aos responsáveis pela Subprefeitura, bem como a

intimação ao Subprefeito e Coordenador de Planejamento e Desenvolvimento Urbano, à época,

para apresentarem justificativas. Foram, então, encaminhadas justificativas vazadas nos seguintes

termos: a) Quanto a não conclusão para as solicitações registradas para o tema "Comércio

Irregular": com a implantação da 'Operação Delegada', convênio firmado entre a Prefeitura de

São Paulo e a Polícia Militar, a região da Berrini passou a ser fiscalizada por Policiais Militares,

sendo entendimento da Subprefeitura de que a operação resume-se à apreensão das mercadorias

comercializadas de forma irregular na via pública; b) Quanto ao cancelamento de 22 solicitações

geradas pelo Sistema SAC: Uma vez instalado o Sistema de Gerenciamento da Fiscalização –

Módulo Agenda (SAF), as reclamações realizadas no SAC passaram a ser transferidas

automaticamente para os Agentes Vistores, respeitando-se a pertinência do assunto e a

localização da ocorrência com base no Setor/Quadra. Registrou-se, ainda, que a PRODAM

verificou problemas na transmissão destas reclamações no final de 2011, acarretando um grande

número de reclamações que não chegaram aos agentes vistores; c) No que tange ao imóvel

localizado na Rua Dr. Mário Ferraz, n.º 529, que apesar de existir um histórico de multas

aplicadas por ocupação sem prévia Licença de Funcionamento e de existir o Processo

Administrativo n.º 2007-0.384.244-3 para apuração das irregularidades, permanecer em

funcionamento: Os procedimentos adotados junto a estabelecimentos comerciais são

regulamentados por Lei Municipal e que o seu descumprimento implica a adoção de medidas

externas à área de fiscalização; d) Referentemente à reclamação de n.º 10526263, apesar de

constar no Sistema SAC como concluída e o serviço haver sido considerado efetuado, a

conclusão alcançada não esclarece como se deu a sua correção: Diante de uma situação na qual o

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agente não consegue identificar com precisão a irregularidade, ele se vale dos serviços de outras

áreas para dirimir suas dúvidas, no caso, cabe ao Setor de Cadastro a informação de precisar as

dimensões de áreas públicas. Para os demais apontamentos as justificativas apresentadas repetem

as ofertadas para os itens afins já examinados. A Coordenadoria III, considerando que os

argumentos trazidos aos autos não trouxeram novos elementos, bem como não se fizeram

acompanhar de documentação que comprovasse a sua correção, manteve suas anteriores

conclusões. A Assessoria Jurídica de Controle Externo entendeu que a Auditoria cumpriu os

objetivos delineados em seu objeto. A Procuradoria da Fazenda Municipal, por sua vez, opinou

no sentido do conhecimento e registro da Auditoria realizada, sendo essa, também, a conclusão

da Secretaria Geral. É o relatório. Voto: Conheço da Auditoria Programada realizada,

determinando o seu registro. Entendo, de outra parte, que os trabalhos realizados indicam que a

Subprefeitura Pinheiros não logrou apresentar documentação de suporte que possibilitasse a

comprovação da correção de seus procedimentos visando à solução e, principalmente, ao

atendimento das reclamações apresentadas por meio do Serviço 156. Por essa razão, proponho ao

nobre Conselheiro Domingos Dissei, relator daquela Subprefeitura para o biênio de 2015/2016, e

face ao tempo decorrido, da realização do presente trabalho, seja determinada a promoção de

nova Auditoria, visando comprovar o efetivo atendimento das reclamações e demais

fiscalizações. É o voto. Participaram do julgamento os Conselheiros João Antonio – Revisor,

Maurício Faria e Domingos Dissei. Presente o Procurador Chefe da Fazenda Guilherme Bueno

de Camargo. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 11 de novembro de 2015. a) Edson

Simões – Vice-Presidente no exercício da Presidência; a) Roberto Braguim – Relator." 3) TC

1.166/12-97 – Secretaria Municipal de Educação – SME e Editora Abril S.A. – Contrato

63/SME/2012 R$ 931.190,00 – Aquisição de 2.755 assinaturas anuais da Revista Recreio para

escolas da Rede Municipal de Ensino, no número de 5 exemplares por Unidade Escolar

ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro

Roberto Braguim. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo,

à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em julgar regular o Contrato

63/SME/2012, determinando, na sequência, após as cautelas de praxe, o arquivamento destes

autos. Relatório: Cuida-se da análise do Contrato n.º 63/SME/2012, lavrado com base no artigo

25 inciso I da Lei nº 8.666/93, entre a Secretaria Municipal de Educação e a Editora Abril S/A.,

para a aquisição de 2.755 assinaturas anuais da "Revista Recreio", para as escolas da rede

municipal, no valor de R$ 931.190,00 (novecentos e trinta e um mil, cento e noventa reais). Em

análise preliminar dos autos, a Subsecretaria de Fiscalização e Controle considerou irregular a

Contratação pelas razões seguintes: a) divergência existente entre a quantidade de escolas de

ensino fundamental e a constante da requisição de compra das assinaturas, desrespeitando o

artigo 2º, inciso I, do Decreto Municipal nº. 44.279/035;

b) emissão da Nota de Empenho com

valor insuficiente para a cobertura da despesa, infringindo o artigo 61 da Lei nº 4.320/646; c) não

existência de autorização para que os procuradores da Editoria Abril S/A, que assinaram o

Ajuste, celebrem contratos em nome dela. Oficiada, a Secretaria prestou esclarecimentos no

sentido de que houve um erro na totalização das quantidades na planilha de distribuição – o que

será retificado -, faltando incluir as 06 EMEBs, totalizando, ao final, 551 Unidades Educacionais

e, portanto, 2755 assinaturas; as Notas de Empenho foram emitidas como determina o Decreto

Municipal nº 52.934/12, que fixa normas referentes à execução orçamentária e financeira para o

exercício de 2012, isto é, cada uma em montante equivalente ao necessário para a cobertura do

5 Art. 2º. O processo de licitação, devidamente autuado, deverá ser instruído, conforme o caso, com os seguintes

elementos: I - requisição de material ou justificativas para contratação; 6 Art. 61. Para cada empenho será extraído um documento denominado "nota de empenho" que indicará o nome do

credor, a representação e a importância da despesa bem como a dedução desta do saldo da dotação própria.

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período de 04 meses, sendo assim necessárias três Notas para o exercício 2012 e o restante para o

exercício de 2013. Juntou aos autos, ainda, cópia do Instrumento de Procuração que conferiu

poderes aos Representantes da Contratada para assinar o Ajuste e informou que ele também foi

colacionado ao Processo Administrativo correspondente. Ante as considerações tecidas pela

Pasta, a Subsecretaria de Fiscalização e Controle retificou, em parte, suas conclusões,

entendendo que foram esclarecidas as questões referentes à divergência entre a quantidade de

escolas e a constante das requisições de compras e a atinente aos poderes de representação

daqueles que firmaram o Contrato, permanecendo a irregularidade em razão da insuficiência de

recursos empenhados para o exercício. A Assessoria Jurídica de Controle Externo entendeu

correto o fundamento legal que embasou a inexigibilidade de competição (art. 25, inciso I, da Lei

n.º 8.666/93), e considerou justificada a questão do empenhamento a menor, registrando que não

havia alternativa à Administração, senão seguir as orientações do Decreto Municipal nº

52.934/12. O Sr. Alexandre Alves Schneider e a Sra. Célia Regina Guidon Falótico, identificados

como responsáveis pelas irregularidades, apresentaram defesas, o primeiro alegando que a

divergência de quantidades configura mero lapso na totalização da planilha que instruiu o

Processo Administrativo, e que, apesar desta, as assinaturas adquiridas correspondem ao correto

número de escolas; que havia recursos reservados para adimplir as despesas e que a emissão dos

empenhos obedeceu aos valores das cotas de despesas, consoante Decreto Municipal nº

52.934/12; que já foi sanada falta de cópia da Procuração, com a juntada do instrumento,

enquanto a segunda reiterou os termos da defesa apresentada pela Secretaria envolvida. A

Auditoria, em seu derradeiro pronunciamento, manteve a infringência ao artigo 61 da Lei n.º

4.320/64, pela insuficiência dos recursos empenhados, apesar das manifestações acrescidas. Por

outro lado, a Assessoria Jurídica de Controle Externo opinou pela regularidade da Contratação. A

Procuradoria da Fazenda Municipal, com base nos pareceres da Assessoria Jurídica de Controle

Externo, requereu o acolhimento do Contrato. A Secretaria Geral, concluindo a instrução

processual, opinou, no mesmo sentido da Assessoria Jurídica de Controle Externo. É o relatório.

Voto: Conforme informado pela Diretoria de Orientação Técnica da Secretaria, a revista em

causa integra uma coletânea de materiais indicados para o desenvolvimento de atividades de

leitura e escrita nas classes do 1º ao 5º ano do Ciclo I, e tem o propósito de incrementar o acervo

de matérias à disposição dos alunos e professores, tendo sido considerada por aquela área a

publicação mais coerente e adequada à faixa etária a que se destina. De outra parte, sobre a

fundamentação legal que embasou a contratação – artigo 25, inciso I, da Lei nº 8.666/1993 – da

análise dos autos, e conforme apontamentos positivos da Auditoria e Assessoria Jurídica de

Controle Externo, considero devidamente enquadrada e atendida a determinação legal, isto é, a

inviabilidade da competição para a aquisição de materiais que só possam ser fornecidos por

produtor, empresa ou representante comercial exclusivo. A irregularidade remanescente, sob a

ótica da Subsecretaria de Fiscalização e Controle, concerne ao empenhamento insuficiente à

cobertura da despesa, ato infringente do artigo 61 da Lei Federal nº 4.320/1964. A Secretaria

Municipal de Educação e os interessados, no entanto, justificaram essa prática no artigo 3º, do

Decreto Municipal nº 52.934/2012, que fixou a liberação quadrimestral das cotas orçamentárias,

limitando, assim, sua utilização no período. A divergência ou descompasso entre o Decreto e o

artigo 61, da Lei Federal nº 4.320/64, é apenas aparente porque cabe ao Executivo baixar as

normas para a execução orçamentária, em função das disponibilidades de caixa ou da

necessidade do contingenciamento da despesa, para manter o equilíbrio com a receita. Esse tema,

aliás, já foi objeto de substancioso parecer no precedente surgido com a edição do Decreto

Municipal nº 51.194/2010, assim ementado: "Direito Financeiro". Execução orçamentária,

legalidade do art. 3º do Decreto nº 51.194/10, que definiu cotas orçamentárias trimestrais para as

atividades da Administração Direta e Indireta. Dispositivo que está em consonância com a Lei de

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Responsabilidade Fiscal e, também, com as normas atinentes à programação financeira trimestral

prevista nos arts. 47 e 48 da Lei nº 4.320/64." Essa tese, por sua similitude, tem aplicação

também em relação ao Decreto Municipal nº 52.934/2012. Diante do exposto, acolhendo as

razões apresentadas pela Secretaria Municipal de Educação e pelos responsáveis apontados e,

ainda, na ausência de notícia de dolo, culpa ou má fé dos agentes, tampouco prejuízo ao Erário,

julgo regular o Contrato n.º 63/SME/2012, determinando, na sequência, após as cautelas de

praxe, o arquivamento dos autos. É como voto. Participaram do julgamento os Conselheiros João

Antonio – Revisor, Maurício Faria e Domingos Dissei. Presente o Procurador Chefe da Fazenda

Guilherme Bueno de Camargo. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 11 de novembro de

2015. a) Edson Simões – Vice-Presidente no exercício da Presidência; a) Roberto Braguim –

Relator." 4) TC 3.302/11-93 – Recursos "ex officio" e de Antonio Oliveira da Silva interpostos

contra a R. Decisão de Juízo Singular de 1º/10/2013 – Julgador Conselheiro Maurício Faria –

Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social – Smads – Luzia Ivete Casoni da

Rocha – Prestação de contas de adiantamento bancário (R$ 17.841,90) – abril/2010

ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, ora em grau de recurso, dos quais é

Relator o Conselheiro Roberto Braguim. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do

Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em

conhecer do recurso "ex officio", visto que decorrente de previsão regimental, e em receber como

recurso ordinário o pleito formulado pelo servidor Antônio Oliveira da Silva, dele conhecendo.

Acordam, ainda, à unanimidade, quanto ao mérito, em dar provimento parcial aos apelos para dar

quitação ao responsável pela prestação de contas julgada, mantendo no mais a R. Decisão de

Juízo Singular recorrida. Relatório: Sob julgamento Recursos "Ex Officio", com origem no

disposto no parágrafo único do artigo 137 do Regimento Interno desta Casa, e Voluntário

interposto por Antonio Oliveira da Silva, em face de decisão prolatada, em sede de Juízo

Singular, pelo Conselheiro Maurício Faria que, ao apreciar a referida Prestação de Contas,

aprovou-a em parte, julgando, no entanto, irregulares as despesas com aquisição de gêneros

alimentícios, no valor de R$ 12.999,60 (doze mil, novecentos e noventa e nove reais e sessenta

centavos), por estarem em desacordo com o regime de adiantamento, sem apresentação dos

motivos impeditivos da utilização do processo normal de aplicação, e por configurarem compra

com um único fornecedor, no valor acima do permitido que é de R$ 4.000,00 (quatro mil reais),

caracterizando celebração de contrato verbal. Na decisão impugnada não houve determinação do

recolhimento do valor rejeitado, tendo por base a Instrução nº 03/11 desta Corte, porém, com

apontamento de determinação. Devidamente intimada, a responsável pelo adiantamento restou

silente, enquanto o servidor Antonio Oliveira da Silva, responsável pela aprovação das

Prestações de Contas no âmbito da Secretaria, apresentou pleito, asseverando que efetivamente

os itens de subsistência humana não poderiam ser adquiridos pelo regime de adiantamento, razão

pela qual a Secretaria editou a Ordem Interna nº 02/SMADS/2012, alterada pela Ordem Interna

nº 01/SMADS/2013, que determina que a aquisição de alimentos deveria ser efetivada por

Licitação. Apontou, porém, que o método, até então adotado, já era considerado uma instituição,

tendo em vista que era empregado há décadas sem qualquer manifestação dos órgãos

fiscalizadores. No mais, observou que as Decisões de Juízo Singular não têm estipulado

imputação de penalidades aos responsáveis pelas Prestações de Contas, com base na Instrução nº

03/11 deste Tribunal, contestando a não quitação dos responsáveis, o que os deixaria vulneráveis

e com a sensação de que não fizeram a coisa certa com o dinheiro público. Por fim, pleiteou a

reconsideração da conclusão apresentada de forma que a responsável seja quitada. Na devida

instrução, a Coordenadoria III entendeu que os argumentos apresentados em nada mudam o

decidido, cabendo a manutenção da r. decisão recorrida. Por sua vez, a Assessoria Jurídica de

Controle Externo considerou que, apesar de não haver indicação expressa do fundamento legal

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ou regimental no texto, a petição oferecida pelo servidor Antônio Oliveira da Silva pode ser

recebida como Recurso Ordinário, em virtude sobretudo da informalidade do processo

administrativo, de seu conteúdo material e de possível atenuação do rigor formal neste âmbito.

Acresceu, na voz de sua Chefia, que, ainda que tenha sido salutar a expedição da Ordem Interna

mencionada pelo servidor, a qual determinou a aquisição de alimentos por licitação e não mais

pelo regime de adiantamento, tal providência, mesmo adequada à legalidade, não inibe o

exercício da competência constitucional do controle externo atribuído a esta Casa e que o fato de

ser prática consolidada há décadas naquele órgão pode constituir, apenas, fundamento para a não

imputação de débito, nos termos da Instrução Normativa nº 03/2011 desta Corte. Por fim, opinou

pelo conhecimento dos Recursos "Ex Officio" e Voluntário e pelo seu improvimento por não

poder se falar em quitação uma vez que não há valor a ser recolhido. A Procuradoria da Fazenda

Municipal, por seu turno, apontou que deixou de recorrer contra V. Julgado por não ter sido

determinada a reposição dos valores aos cofres públicos. Requereu, no entanto, o conhecimento e

o provimento dos Apelos para que a r. Decisão seja parcialmente reformada, declarando-se

regular em sua totalidade a Prestação de Contas. Na sequência, a Secretaria Geral opinou pelo

conhecimento dos Recursos "Ex Officio" e Voluntário e, no mérito, orientou-se pelo seu

provimento parcial, para o fim de se dar quitação à responsável. É o relatório. Voto: Em sede de

admissibilidade, conheço do Recurso "Ex Officio", posto que decorrente de previsão regimental,

e, conforme voto por mim já proferido em outros TCs e acompanhando entendimento

manifestado pela Assessoria Jurídica de Controle Externo, recebo como Recurso o pleito

formulado pelo servidor Antonio Oliveira da Silva, dele conhecendo. No mérito, dou

PROVIMENTO PARCIAL aos Apelos para dar quitação à responsável pela Prestação de Contas

julgada, mantendo no mais a r. decisão combatida. É como voto. Participaram do julgamento os

Conselheiros João Antonio – Revisor, Maurício Faria e Domingos Dissei. Presente o Procurador

Chefe da Fazenda Guilherme Bueno de Camargo. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 11

de novembro de 2015. a) Edson Simões – Vice-Presidente no exercício da Presidência; a)

Roberto Braguim – Relator." Prosseguindo, o Presidente em exercício, Conselheiro Vice-

Presidente Edson Simões, devolveu a direção dos trabalhos ao Conselheiro Roberto Braguim.

Reassumindo a direção dos trabalhos, o Conselheiro Presidente Roberto Braguim concedeu a

palavra ao Conselheiro Edson Simões para relatar o processo de sua pauta. – PROCESSO

RELATADO PELO CONSELHEIRO VICE-PRESIDENTE EDSON SIMÕES – 1) TC

7.234/99-19 – Secretaria Municipal de Coordenação das Subprefeituras – SMSP – Execução do

Julgado de 4/4/2001 relativo à cobrança das multas impostas às contratadas – Auditoria

Programada – Verificar os procedimentos adotados para as ações de fiscalização e a existência de

requisitos técnicos necessários à avaliação dos serviços medidos, relativos à varrição de vias e

logradouros públicos. "O Conselheiro Edson Simões relatou ao Egrégio Plenário a matéria

constante do citado processo. Ainda, na fase de discussão, o Conselheiro Domingos Dissei

solicitou vista dos autos, o que foi deferido." (Certidão) – PROCESSOS RELATADOS PELO

CONSELHEIRO MAURÍCIO FARIA – 1) TC 1.341/10-93 – Autarquia Hospitalar Municipal

– AHM e SP Alimentação e Serviços Ltda. – Pregão Presencial 014/2010 – Contrato 007/2010

R$ 19.932.000,00 – Prestação de serviços de nutrição e alimentação hospitalar, visando ao

fornecimento de dietas gerais, dietas especiais, dietas enterais (fornecimento, envase e

distribuição) e fórmulas lácteas destinadas a pacientes (adulto e infantil) e acompanhantes

legalmente constituídos, para o Hospital Municipal Professor Doutor Alípio Corrêa Netto,

Hospital Municipal Tide Setúbal, Hospital Municipal Professor Waldomiro de Paula, Hospital

Municipal Doutor Fernando Mauro Pires da Rocha, Hospital Municipal Doutor José Soares

Hungria, Hospital Municipal e Maternidade Professor Mário Degni, Pronto Socorro Municipal

Professor João Catarin Mezomo e Pronto Socorro Municipal Doutor Caetano Virgílio Netto

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(Tramita em conjunto com o TC 1.454/10-80) ACÓRDÃO: "Vistos, relatados englobadamente

com os TCs 776/10-10, 451/11-37, 185/11-15 e 1.454/10-80 e discutidos estes autos, dos quais é

Relator o Conselheiro Maurício Faria. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do

Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em

julgar irregular o Pregão 014/AHM/2010, tendo em vista que a exigência de comprovante de

quitação da empresa perante o Conselho Regional de Nutricionistas revelou-se restritiva à

participação das licitantes, uma vez que nada influiu na verificação da qualificação técnica das

mesmas, servindo, tão somente, de instrumento para compelir as empresas ao adimplemento de

suas obrigações financeiras com o referido Conselho, em face aos fundamentos elencados e ao já

decidido no âmbito do TC 179/10-31. Acordam, entretanto, à unanimidade, em deixar de aplicar

o princípio da acessoriedade e acolher, excepcionalmente, o Contrato 007/2010, uma vez que se

verificou a participação de várias empresas ao certame, apresentando propostas e disputando

lances, não havendo registro de que tenha havido prejuízo ao erário, por conta de contratação por

um valor que não fosse compatível com o mercado. Acordam, ademais, à unanimidade, em

determinar o arquivamento dos autos. Relatório e voto englobados: v. TC 1.454/10-80.

Participaram do julgamento os Conselheiros Domingos Dissei – Revisor, Edson Simões e João

Antonio. Presente o Procurador Chefe da Fazenda Guilherme Bueno de Camargo. Plenário

Conselheiro Paulo Planet Buarque, 11 de novembro de 2015. a) Roberto Braguim – Presidente;

a) Maurício Faria – Relator." 2) TC 776/10-10 – Starbene Refeições Industriais Ltda. –

Autarquia Hospitalar Municipal – AHM – Representação interposta em face do Pregão

Presencial 014/2010, cujo objeto é a prestação de serviços de nutrição e alimentação hospitalar,

visando o fornecimento de dietas gerais, dietas especiais, dietas enterais (fornecimento, envase e

distribuição) e fórmulas lácteas destinadas a pacientes (adulto e infantil) e acompanhantes

legalmente constituídos, para as Unidades da Autarquia (Tramita em conjunto com os TCs

451/11-37 e 185/11-15) ACÓRDÃO: "Vistos, relatados englobadamente com os TCs 1.341/10-

93, 451/11-37, 185/11-15 e 1.454/10-80 e discutidos estes autos, dos quais é Relator o

Conselheiro Maurício Faria. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de

São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em conhecer da

representação, por presentes os requisitos de admissibilidade, e, no mérito, em julgá-la

improcedente. Acordam, ademais, à unanimidade, em determinar o envio de ofício à Autarquia

Hospitalar Municipal – AHM e à representada, para ciência deste julgado, dando cumprimento

ao artigo 58 do Regimento Interno deste Tribunal. Acordam, afinal, à unanimidade, em

determinar o arquivamento dos presentes autos. Relatório e voto englobados: v. TC 1.454/10-

80. Participaram do julgamento os Conselheiros Domingos Dissei – Revisor, Edson Simões e

João Antonio. Presente o Procurador Chefe da Fazenda Guilherme Bueno de Camargo. Plenário

Conselheiro Paulo Planet Buarque, 11 de novembro de 2015. a) Roberto Braguim – Presidente;

a) Maurício Faria – Relator." 3) TC 451/11-37 – Autarquia Hospitalar Municipal – AHM e

LBGS Grupos de Serviços Ltda. – Contrato 006/2010 R$ 10.914.000,00 – Contratação de

empresa para prestação de serviços de nutrição e alimentação hospitalar, visando o fornecimento

de dietas gerais, dietas especiais, dietas enterais (fornecimento, envase e distribuição) e fórmulas

lácteas destinadas a pacientes (adulto e infantil) e acompanhantes legalmente constituídos, para o

Hospital Municipal Doutor Carmino Caricchio, Hospital Municipal Doutor Ignácio Proença de

Gouvêa, Hospital Municipal Doutor Alexandre Zaio e Pronto Socorro Municipal Vila Maria

Baixa (Acomp. TC 185/11-15) (Tramita em conjunto com o TC 776/10-10) ACÓRDÃO:

"Vistos, relatados englobadamente com os TCs 1.341/10-93, 776/10-10, 185/11-15 e 1.454/10-

80 e discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro Maurício Faria. Acordam os

Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de

conformidade com o relatório e voto do Relator, em acolher excepcionalmente o Contrato

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006/2010/AHM, deixando de aplicar o princípio da acessoriedade, por considerar que as falhas

constadas são eminentemente formais e, conforme manifestação dos Órgãos Técnicos desta

Corte, podem ser objeto de relevação. Acordam, ainda, à unanimidade, em determinar o

arquivamento dos autos. Relatório e voto englobados: v. TC 1.454/10-80. Participaram do

julgamento os Conselheiros Domingos Dissei – Revisor, Edson Simões e João Antonio. Presente

o Procurador Chefe da Fazenda Guilherme Bueno de Camargo. Plenário Conselheiro Paulo

Planet Buarque, 11 de novembro de 2015. a) Roberto Braguim – Presidente; a) Maurício Faria –

Relator." 4) TC 185/11-15 – Ministério Público do Estado de São Paulo (Promotoria de Justiça

do Patrimônio Público e Social da Capital) – Autarquia Hospitalar Municipal – AHM –

Solicitação de informações em face do Contrato 006/2010, cujo objeto é a prestação de serviços

de nutrição e alimentação hospitalar, visando o fornecimento de dietas gerais, dietas especiais,

dietas enterais (fornecimento, envase e distribuição) e fórmulas lácteas destinadas a pacientes

(adulto e infantil) e acompanhantes legalmente constituídos, para as Unidades da Autarquia

(Acomp. TC 451/11-37) (Tramita em conjunto com o TC 776/10-10) ACÓRDÃO: "Vistos,

relatados englobadamente com os TCs 1.341/10-93, 776/10-10, 451/11-37 e 1.454/10-80 e

discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro Maurício Faria. Acordam os

Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de

conformidade com o relatório e voto do Relator, em determinar o envio de cópia do Acordão

alcançado no TC 451/11-37, que analisou o Contrato 006/2010/AHM, ao Ministério Público do

Estado de São Paulo, em atenção aos ofícios constantes destes autos. Acordam, ainda, à

unanimidade, em determinar o arquivamento do presente TC. Relatório e voto englobados: v.

TC 1.454/10-80. Participaram do julgamento os Conselheiros Domingos Dissei – Revisor, Edson

Simões e João Antonio. Presente o Procurador Chefe da Fazenda Guilherme Bueno de Camargo.

Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 11 de novembro de 2015. a) Roberto Braguim –

Presidente; a) Maurício Faria – Relator." 5) TC 1.454/10-80 – Autarquia Hospitalar Municipal –

AHM e SP Alimentação e Serviços Ltda.– Acompanhamento – Execução Contratual – Verificar

se o Contrato 007/2010 (R$ 19.932.000,00), cujo objeto é a contratação de empresa para

prestação de serviços de nutrição e alimentação hospitalar, visando o fornecimento de dietas

gerais, dietas especiais, dietas enterais (fornecimento, envase e distribuição) e fórmulas lácteas

destinadas a pacientes (adulto e infantil) e acompanhantes legalmente constituídos, para o

Hospital Municipal Professor Doutor Alípio Corrêa Netto, Hospital Municipal Tide Setúbal,

Hospital Municipal Professor Waldomiro de Paula, Hospital Municipal Doutor Fernando Mauro

Pires da Rocha, Hospital Municipal Doutor José Soares Hungria, Hospital Municipal e

Maternidade Professor Mário Degni, Pronto Socorro Municipal Professor João Catarin Mezomo

e Pronto Socorro Municipal Doutor Caetano Virgílio Netto, está sendo executado de acordo com

as normas legais pertinentes e em conformidade com as cláusulas estabelecidas no ajuste

(Tramita em conjunto com o TC 1.341/10-93) ACÓRDÃO: "Vistos, relatados englobadamente

com os TCs 1.341/10-93, 776/10-10, 451/11-37 e 185/11-15 e discutidos estes autos, dos quais é

Relator o Conselheiro Maurício Faria. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do

Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em

julgar regular a execução do Contrato 007/2010, no período analisado de 1º/3 a 31/5/2010.

Relatório englobado: A Autarquia Municipal Hospitalar realizou o Pregão n.º 014/AHM/2010

para prestação de serviços de nutrição e alimentação hospitalar. Referido certame gerou 3 (três)

contratos diversos para atender às unidades constantes do edital. Dessa iniciativa, surgiram os

seguintes procedimentos de fiscalização:

TC 1.341.10-93 exame da licitação Pregão n.º 014/AHM/2010 e do Contrato n.º 007/2010

TC 1.454.10-80 acompanhamento da execução do Contrato n.º 007/2010

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TC 0.451.11-37 análise do Contrato n.º 006/2010

TC 0.776.10-10 Representação interposta pela empresa Starbene Refeições Industriais

Ltda., em face da decisão da Sra. Pregoeira da 4ª Comissão Permanente de

Licitação da Autarquia Hospitalar Municipal, que declarou a empresa

LBGS Grupo de Serviços Ltda., habilitada para o item 05 do Pregão n.º

014/AHM/2010

TC 185.11-15 consta solicitação do Ministério Público do Estado de São Paulo acerca

de informações relacionadas ao Contrato n.º 006/2010/AHM

Diante da identidade das matérias, surge como adequada medida a opção pelo julgamento

englobado dos feitos. Passo a relatar, então, os correspondentes autos. No âmbito do TC nº

1.341.10-93, em manifestação inicial, a Auditoria concluiu pela irregularidade do Pregão n.º

014/AHM/2010, diante da exigência do edital no sentido da demonstração, por parte dos

interessados, da comprovação de quitação do Conselho Regional de Nutricionistas e pela

exigência de Certificado de Registro restrito à 3ª Região (São Paulo e Mato Grosso do Sul). No

que tange à análise voltada para o Contrato n.º 007/2010/AHM, a Auditoria considerou o

instrumento formalmente irregular pela falta de empenho prévio e suficiente para atender as

despesas do exercício, com ofensa aos arts. 60 e 61 da Lei Federal n.º 4.320/64. A Assessoria

Jurídica de Controle Externo também entende aquelas exigências como conceitualmente

restritivas, mas, de outra parte, alega não ser possível inferir dos autos que as mesmas chegaram

a comprometer efetivamente a competitividade do certame. Com relação ao contrato,

acompanhou o entendimento da Auditoria pela irregularidade da contratação, sugerindo a oitiva

da Origem. Instada a se manifestar, a Autarquia Hospitalar Municipal afirmou que a certidão de

quitação exigida não interferiu na ampla competitividade e na lisura do procedimento, bem como

que o registro junto ao Conselho Regional de Nutrição da Região 3 foi exigido em razão de

previsão contida na Resolução CFN 378/2005, de que o registro deve ser efetuado na unidade da

federação em que a empresa da área de nutrição atua. Quanto à falta de empenho prévio e

suficiente, alegou que não dispunha de orçamento para o empenhamento total da despesa, mas,

que, no entanto, todo o período contratado foi coberto por notas de empenho, não tendo havido

despesas sem prévio empenho. As áreas técnicas mantiveram as posições anteriormente lançadas.

Os pronunciamentos da Procuradoria da Fazenda Municipal e da Secretaria Geral sinalizam a

possibilidade de relevação das falhas apontadas, concluindo pelo acolhimento do Pregão nº

14/2010 e do Contrato nº 07/2010, sem prejuízo de eventuais determinações. No âmbito do TC

nº 776.10-10, manifestaram-se os órgãos técnicos acerca das alegações formuladas pela

Representante, reputando-as, inicialmente, parcialmente procedentes, considerando a

impropriedade na habilitação de empresa diante da verificação de alteração dos dados cadastrais

após a expedição da certidão do Conselho Regional de Nutrição, bem como por conta do atestado

de capacidade técnica não atender a previsão do item 8.3.3 do Edital. Todavia, após análise dos

argumentos apresentados pelos interessados, bem como diante da informação trazida aos autos

de que a liminar concedida em sede de Mandado de Segurança, que determinava a suspensão da

contratação, teve seus efeitos sustados em face da decisão de extinção do feito, os órgãos

técnicos mudaram de opinião acerca das conclusões iniciais, passando à conclusão de

improcedência da Representação, diante da possibilidade de relevação das irregularidades

apontadas, vez que de caráter meramente formal. A Procuradoria da Fazenda Municipal e a

Secretaria Geral, no mesmo sentido, manifestaram-se pelo conhecimento e improvimento da

Representação. No âmbito do TC 451.11-37, a Auditoria entendeu pela irregularidade formal do

Contrato n.º 006/2010/AHM, pela emissão extemporânea de Notas de Empenho. Entretanto, a

Assessoria Jurídica de Controle Externo, com base nos esclarecimentos prestados pela Origem,

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que expôs problemas em relação à contenção orçamentária, considerou justificada a

irregularidade, visto que todo o valor do período em discussão havia sido liquidado com os

recursos da Nota de Empenho nº 2683/2010. A Procuradoria manifestou-se pela regularidade do

contrato e a Secretaria Geral, não obstante a ocorrência da irregularidade apontada, opinou pelo

acolhimento excepcional da contratação face às justificativas ofertadas pela Origem. Por

derradeiro, no âmbito do TC 1.454.10-80, a Auditoria manifestou-se no sentido de que a

execução do Contrato n.º 007/2010/AHM, no período de 01/03 a 31/05/2010, foi executada de

acordo com as normas legais pertinentes e com as cláusulas estabelecidas no ajuste. A Assessoria

Jurídica de Controle Externo, a Procuradoria da Fazenda Municipal e a Secretaria Geral

acompanharam as conclusões da Auditoria no sentido de acolhimento da execução contratual. É

o relatório. Voto englobado: Preliminarmente, destaco que esta Corte já se pronunciou, à

unanimidade, sobre a matéria ora trazida ao Pleno, ao julgar irregular o edital do procedimento

licitatório na modalidade Pregão Presencial n.º 014/AHM/2010, por ocasião da análise do TC

72.000.179.10-31. Naquela ocasião, firmou-se o entendimento de que a exigência de

comprovante de quitação da empresa perante o Conselho Regional de Nutricionistas revelou-se

restritiva à participação das licitantes, uma vez que nada influiu na verificação da qualificação

técnica das mesmas, servindo, tão somente, de instrumento para compelir as empresas ao

adimplemento de suas obrigações financeiras com o referido Conselho. Por tais razões, a

Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento, em seu manual de "Diretrizes para

combater o conluio entre concorrentes em licitações públicas", afirma que a Administração deve:

"Evitar restrições supérfluas que possam reduzir o número de concorrentes qualificados,

estabelecendo requisitos mínimos proporcionais à dimensão e ao conteúdo do contrato e não

impondo condições mínimas que criem obstáculos à participação no certame". Não tendo

ocorrido qualquer mudança do quadro fático ou jurídico, faz-se necessário manter a coerência

com o julgado pretérito. Assim, acompanho o parecer da Auditoria e reafirmo o entendimento

pela irregularidade do procedimento relacionado ao Pregão n.º 014/AHM/2010, tratado nos autos

do TC 1.341.10-93. Em relação à análise formal dos Contratos nºs 006/2010/AHM e

007/2010/AHM e à execução deste último, não há que se declarar que as avenças e seus

respectivos desdobramentos devem ser considerados irregulares, por mera relação de

acessoriedade, em relação ao Pregão n.º 014/AHM/2010. Conforme leciona Maria Sylvia Zanella

Di Pietro, via de regra, a nulidade da licitação também alcançará a contratação. No entanto, em

certas circunstâncias, esta relação de prejudicialidade não estará presente, em razão da incidência

de princípios albergados pelo direito administrativo pátrio: "Por tudo quanto se disse, pode-se

afirmar que, se a letra da lei leva à conclusão de que qualquer ilegalidade no procedimento da

licitação induz a nulidade do contrato, chega-se a outra solução pela intepretação baseada em

princípios outros que fazem parte do ordenamento jurídico, além do princípio da legalidade em

sentido estrito."7 Referida autora traz rol exemplificativo de circunstâncias que desautorizam a

aplicação do princípio da acessoriedade, pela qual um contrato derivado de licitação eivada de

vício necessariamente será considerado nulo. Considera, então, que as irregularidades da

licitação não devem contaminar o contrato se forem meramente formais, vícios que não tenham

provocado qualquer tipo de prejuízo, seja ao erário, seja à Administração Pública, seja aos

licitantes, seja a terceiros (pas de nullité sans grief - não há nulidade sem prejuízo); ou mesmo

ilegalidades que causem prejuízo apenas aos licitantes, que não a invocaram no momento

oportuno, provocando a preclusão de seu direito. Muito embora a restrição da competitividade

pela exigência de quitação junto ao Conselho Profissional seja indevida e mereça reparos por

7 DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. O papel dos Tribunais de Contas no controle dos contratos administrativos.

Interesse Público, nov./dez. v.15, f. 82, Belo Horizonte: Fórum, 2013, pp. 44-45.

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parte deste Tribunal, verifica-se que acorreram várias empresas ao certame (Ata da Sessão, DOC

11/02/2010) apresentando propostas e disputando lances, não havendo registro de que tenha

havido prejuízo ao erário, por conta de contratação por um valor que não fosse compatível com o

mercado. Assim, na esteira do entendimento doutrinário mencionado, deixo de aplicar o

princípio da acessoriedade ao caso em tela. E, nessa toada, considero que as falhas constadas em

relação aos Contratos n.º 006/2010/AHM e 007/2010/AHM, por infringência aos artigos 60 e 61

da Lei Federal nº 4.320/64, são eminentemente formais e, conforme manifestação dos Órgãos

Técnicos desta Corte, podem ser objeto de relevação. Ressalte-se que este também tem sido o

entendimento jurisprudencial deste Tribunal, conforme decidido nos TCs nº 72-002.438.11-40,

72-002.041.11-79, 72-002.437.11-87 e 72-002.438.11-40. Sendo desnecessárias considerações

acerca da execução do Contrato n.º 007/2010/AHM, em razão das manifestações técnicas

precedentes serem no sentido de sua regularidade, resta examinar a Representação tratada no TC

nº 776.10-10. Não obstante o pedido de desistência formulado pela Representante, acostado às

fls. 423 dos autos, em se tratando de matéria de ordem pública, deve ser adentrado o mérito da

demanda. A certidão apresentada pela empresa vencedora, cuja validade expirou em 30 de maio

de 2010, era hábil a ser utilizada no certame, visto que a elevação do capital social operada

posteriormente pela empresa não teve o condão de invalidar esta certidão, eis que não acarretou o

descredenciamento da empresa junto ao Conselho Profissional, tampouco em alteração do valor

da anuidade devida. No mesmo sentido, em relação aos documentos técnicos de comprovação de

execução de serviços, foi atendido o critério quantitativo do Edital. A respeito de tais

questionamentos, é necessário consignar que a Representante apresentou-os ao Poder Judiciário

por meio de mandado de segurança que, em primeira instância foi extinto sem resolução de

mérito. No entanto, em sede de apelação, a decisão foi reformada, tendo, no mérito, a 1ª. Câmara

de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo decidido pela validade da

certidão e dos atestados de capacidade técnica, que prescindiam de registro junto ao Conselho de

Classe, por não constar tal exigência do edital. Esta decisão, em sede de apelação, não foi objeto

de recurso e transitou em julgado.8 Diante do exposto, CONHEÇO da Representação constante

do TC nº 776.10-10, por presentes os requisitos de admissibilidade, e, no mérito, JULGO-A

IMPROCEDENTE, em conformidade com as razões acima expostas. No entanto, JULGO

IRREGULAR o Pregão n.º 014/AHM/2010, face aos fundamentos elencados e ao já decidido no

âmbito do TC 72.000.179.10-31. Considerando, ainda como exposto neste voto, que os vícios

constantes do Pregão n.º 014/AHM/2010 conduziram à irregularidade do certame, mas não foram

suficientes para alcançar as avenças firmadas, ACOLHO EXCEPCIONALMENTE os Contratos

n.º 006/2010/AHM e 007/2010/AHM. Por derradeiro, JULGO REGULAR a execução do

Contrato n.º 007/2010/AHM, no período analisado. Determino o envio de cópia da decisão ao

Ministério Público do Estado de São Paulo, em atenção aos ofícios constantes dos autos TC nº

185.11-15. Dê-se ciência à Origem e à Representante do resultado deste julgamento. Após,

arquive-se. Participaram do julgamento os Conselheiros Domingos Dissei – Revisor, Edson

Simões e João Antonio. Presente o Procurador Chefe da Fazenda Guilherme Bueno de Camargo.

Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 11 de novembro de 2015. a) Roberto Braguim –

Presidente; a) Maurício Faria – Relator." 6) TC 1.376/07-72 – Empresa de Tecnologia da

Informação e Comunicação do Município de São Paulo – Prodam-SP S.A. e Columbia Storage

Integração de Sistemas Ltda. – Pregão 08.009/05 – Contrato CO-01.11/05 R$ 3.232.800,00 – TA

CO/TA 02.07/06 R$ 761.151,99 (efetuar a atualização tecnológica da infraestrutura de storage e

solução de gerenciamento eletrônico de documentos no objeto do contrato original) – Locação de

8 TJSP, Apelação 0005983-69.2010.8.26.0053, Apelante: Starbene Refeições Industriais Ltda. Apelados: Pregoeira

da 4ª. Comissão Permanente de Licitação da Autarquia Hospitalar Municipal de São Paulo. e LBGS Grupos de

Serviços Ltda. Relator: Desembargador Luís Francisco Aguilar Cortez, data de julgamento 12/03/2013.

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ambiente de armazenamento de dados em cartuchos de unidades de leitura e gravação em

cartuchos, "software" de gerenciamento da fitoteca, adequação do Sistema Robótico Storagetec

Powderhorn 9310 no Datacenter do site "Ibirapuera", atualização tecnológica do Sistema

Robótico Storagetec Modelo 4410 no Datacenter do site "Pedro de Toledo" e Sistema de

Armazenamento Virtualizado em Cartuchos ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes

autos, dos quais é Relator o Conselheiro Maurício Faria. Acordam os Conselheiros do Tribunal

de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto

do Relator, em julgar irregulares o Pregão Presencial 08.009/05, por não existir orçamento ou

pesquisa de mercado detalhados em planilhas que expressassem a composição de todos os custos

unitários, infringindo ao inciso II do § 2º do artigo 7º da Lei Federal 8.666/93, o Contrato CO-

01.11/05 e o Termo de Aditamento CO/TA-02.07/06, por acessoriedade. Acordam, ademais, à

unanimidade, em não aceitar seus efeitos financeiros. Acordam, ainda, à unanimidade, em

determinar a intimação da Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação do Município

de São Paulo – Prodam-SP S.A. e da empresa Columbia Storage Integração de Sistemas Ltda.

Acordam, afinal, à unanimidade, em determinar, na sequência, o arquivamento dos autos.

Relatório: Em julgamento a análise formal do Pregão Presencial nº. 08.009/05, do Contrato CO-

01.11/05 e do Termo de Aditamento CO/TA-02.07/06, firmado entre a PRODAM – SP S/A e a

empresa Columbia Storage Integração de Sistemas Ltda. para a prestação dos serviços de

armazenamento de dados. A área técnica considerou o Pregão irregular por não existir orçamento

ou pesquisa de mercado detalhados em planilhas que expressassem a composição de todos os

seus custos unitários, infringindo ao inciso II, do § 2º, do artigo 7º, da Lei Federal n º 8.666/93. O

contrato e o Termo Aditivo foram considerados irregulares por acessoriedade. A Auditoria ainda

observou que a atualização tecnológica viabilizada por meio do Termo Aditivo foi solicitada

menos de seis meses depois da assinatura do contrato (27.04.2006 e 04.11.2005

respectivamente). A Assessoria Jurídica de Controle Externo corroborou das conclusões da

Auditoria e questionou, de outra parte, se o objeto licitado era compatível com a modalidade

pregão. Após a análise dos documentos de defesa, a área técnica esclareceu que no aditamento

para a atualização tecnológica, com a consequente locação de três "Drives", houve acréscimo de

R$ 253.717,33 para cada "Drive" locado. Este valor foi comparado ao de outro contrato firmado

entre a Columbia Storage Integração de Sistemas Ltda. e o Banco Itaú S.A., que adquiriu e pagou

por "Drive" semelhante o valor unitário de R$ 41.337,20, concluindo-se daí que a locação feita

pela PRODAM foi realizada por um valor 613,78% superior ao preço de mercado em que pese

ter resultado num importe de 23,54% sobre o valor inicial do contrato. A Origem esclareceu que

as comparações entre os contratos e aditamentos formalizados pela Columbia com a PRODAM e

com o Banco Itaú são equivocadas, tendo em vista as diferenças entre os contratos, pois o

contrato com a PRODAM foi de locação, por 36 meses, com opção final de compra, tendo a

Columbia fornecido os equipamentos necessários e prestado os serviços por todo o período

locado. Disse ainda que a atualização levada a efeito por meio do Termo Aditivo não contemplou

somente os três drives, mas proporcionou serviços agregados, tais como a utilização de uma

gama de insumos, além da troca do braço robótico, a instalação dos suportes de alumínio etc., ou

seja, toda uma preparação de ambiente que pudesse comportar a atualização demandada,

concluindo que "embora a locação possa ter sido, financeiramente, superior à pronta aquisição,

são serviços, como já dito, incomparáveis, em vista da série de vantagens atribuídas ao ato em

si." (fl. 548) Disse ainda que o banco pagou pelos "Drives" o valor do dólar do dia do

faturamento, em uma só parcela, sendo corrente no mercado a prática de valores diferenciados

para quem paga à vista, que os parques tecnológicos da PRODAM e do Banco Itaú possuem

características distintas de tamanho e de finalidade, de modo que a quantidade de drives

adquirida pelo Banco, além de possuir maior capacidade por unidade, foi bem maior que a

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quantidade locada pela PRODAM. Já a contratada concluiu equivocada a análise da Auditoria,

que considerou, de forma simplista, que o valor pago em aditamento se referiu à compra de 03

Tapes Drives, sem atentar ao fato de que o contrato abrangeu um conjunto de insumos para que

estes drives pudessem funcionar no equipamento locado e já em operação na PRODAM, visto

que os ambientes de armazenamento são distintos, possuindo configurações completamente

diferentes, apesar de se tratarem, ambos, de subsistemas robóticos. A Auditoria ratificou suas

conclusões e, alinhada com a manifestação do Núcleo de Tecnologia da Informação (fls.

412/413), afirma que as defesas não apresentaram elementos para comprovar que o valor do

objeto do aditamento era compatível com o praticado no mercado. No mesmo sentido a

manifestação conclusiva da Assessoria Jurídica de Controle Externo. A Procuradoria da Fazenda

Municipal requereu o acolhimento dos ajustes e, sucessivamente, o acolhimento de seus efeitos

financeiros. A Secretaria Geral, endossando as conclusões da Auditoria e da Assessoria Jurídica

de Controle Externo, entendeu irregulares o Pregão Presencial nº 08.009/05, o Contrato CO-

01.11/05 e o Termo de Aditamento CO/TA-02.07/06. É o relatório. Voto: A instrução processual

realizada demonstrou que os apontamentos feitos inicialmente pela Auditoria desta Casa não

foram contrapostos pelas defesas apresentadas pelos interessados, já que apenas colacionaram

justificativas para a não elaboração da pesquisa de mercado detalhada em planilha expressando a

composição de todos os custos unitários que comporiam os serviços de locação. No entanto, o

comando legal preceitua que já na fase interna da licitação a Administração Pública deve utilizar-

se deste instrumento de modo a especificar, com clareza, não apenas a composição do objeto,

mas também o detalhamento de seus custos unitários. Tal procedimento permite o

aperfeiçoamento da pesquisa de mercado e a clareza das informações concernentes à futura

contratação, possibilitando, ainda, no caso de prorrogação contratual, que cada item seja levado

em consideração para a composição final dos custos. Verifica-se no caso concreto que a ausência

da pesquisa detalhada bem como a ausência de planilha com os custos unitários mesmo após a

contratação não permitiu à área técnica avaliar a composição do serviço. Da singela planilha

proposta pela Prodam, não é possível nem mesmo apontar quantos equipamentos estão

envolvidos na locação, quais insumos foram utilizados, sua quantidade e qual o percentual

referente à manutenção dos mesmos, de modo que somente na fase das defesas é que houve a

parcial abertura destes dados. Note-se que, nem mesmo nesta fase, as defesas decompuseram os

custos de modo a demonstrar sua razoabilidade em comparação aos custos de mercado. A

ausência destas informações não permite concluir pela adequabilidade do preço contratado nem

do preço levado a efeito por intermédio do Termo Aditivo, tendo a área técnica desta Corte se

valido de informações especializadas do Núcleo de Tecnologia da Informação (fls. 412/413) para

concluir que, uma vez que os Drives paradigmas e os contratados apresentam a mesma

codificação, não havia indicativos de tratar-se de equipamentos diferentes. Por tal razão, conclui-

se irregular o aditamento realizado por um valor 613,78% superior ao preço de mercado. Diante

de todo o exposto, julgo irregulares o Pregão Presencial nº. 08.009/05, o Contrato CO-01.11/05 e

o Termo de Aditamento CO/TA-02.07/06, sem a aceitação de seus efeitos financeiros. Intimem-

se a Origem e a empresa e em seguida arquivem-se os autos. Participaram do julgamento os

Conselheiros Domingos Dissei – Revisor, Edson Simões e João Antonio. Presente o Procurador

Chefe da Fazenda Guilherme Bueno De Camargo. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque,

11 de novembro de 2015. a) Roberto Braguim – Presidente; a) Maurício Faria – Relator." 7) TC

2.198/15-61 – Buona Gente Comércio de Alimentos Ltda.-EPP – Secretaria Municipal de

Educação – SME – Representação em face do Pregão Eletrônico 65/SME/2014, cujo objeto é o

registro de preços para aquisição de biscoitos a granel ACÓRDÃO: "Vistos, relatados

englobadamente com o TC 2.192/15-85 e discutidos estes autos, dos quais é Relator o

Conselheiro Maurício Faria. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de

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São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em conhecer da

representação, ante a presença dos pressupostos legais de admissibilidade, e, no mérito, em julgá-

la improcedente. Acordam, ainda, à unanimidade, em determinar o envio do presente Acórdão à

empresa Buona Gente Comércio de Alimentos Ltda. – EPP e à Secretaria Municipal de Educação

– SME, para ciência, nos termos do artigo 58 do Regimento Interno desta Corte. Acordam,

afinal, à unanimidade, em determinar o arquivamento dos autos. Relatório e voto englobados: v.

TC 2.192/15-85. Participaram do julgamento os Conselheiros Domingos Dissei – Revisor, Edson

Simões e João Antonio. Presente o Procurador Chefe da Fazenda Guilherme Bueno de Camargo.

Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 11 de novembro de 2015. a) Roberto Braguim –

Presidente; a) Maurício Faria – Relator." 8) TC 2.192/15-85 – Açucareira Energy Ltda. –

Secretaria Municipal de Educação – SME – Representação em face do Pregão Eletrônico

65/SME/2014, cujo objeto é o registro de preços para aquisição de biscoitos a granel

ACÓRDÃO: "Vistos, relatados englobadamente com o TC 2.198/15-61 e discutidos estes autos,

dos quais é Relator o Conselheiro Maurício Faria. Acordam os Conselheiros do Tribunal de

Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do

Relator, em conhecer da representação, ante a presença dos pressupostos legais de

admissibilidade, e, no mérito, em julgá-la improcedente. Acordam, ainda, à unanimidade, em

determinar o envio do presente Acórdão à empresa Açucareira Energy Ltda. e à Secretaria

Municipal de Educação – SME, para ciência, nos termos do artigo 58 do Regimento Interno desta

Corte. Acordam, afinal, à unanimidade, em determinar o arquivamento dos autos. Relatório

englobado: Relatarei em conjunto os processos que tratam de Representações autuadas,

respectivamente, nos TCs 72.002.192/15-85 e 72.002.198/15-61, formuladas pelas empresas

Açucareira Energy Ltda. e Buona Gente Comércio de Alimentos Ltda. – EPP, apresentadas em

face do Edital de Pregão Eletrônico nº 65/SME/2014, levado a efeito pela Secretaria Municipal

de Educação, tendo por objeto o registro de preço para a aquisição de biscoitos a granel. A

empresa Açucareira Energy Ltda. (TC 2.192/15-85) declarou o peso unitário de 5 (cinco) gramas,

ao passo que na pesagem foi constatado o valor médio de 5,7 g, ou seja, 14% superior ao

declarado, e a empresa Buona Gente Comércio de Alimentos Ltda. EPP (TC 2.198/15-61)

declarou o peso de 5 (cinco) gramas, ao passo que na pesagem foi constatado o valor médio de

6,2 g, ou seja, 24% superior ao declarado, sendo que na rotulagem dos produtos constou o

mesmo peso unitário declarado na Ficha Técnica, portanto, em desacordo com a constatação

obtida nas pesagens dos produtos. Diante disso, alegaram a nulidade do Pregão Eletrônico por

não ter atendido o item 10.1.19, requerendo assim a realização de nova perícia para reanálise e

efetivação da contraprova. A Auditoria desta Corte, ao analisar as Representações, preopinou

pela improcedência das mesmas, por entender que houve descumprimento de previsão editalícia

por parte das Representantes, as quais foram desclassificadas do processo licitatório por

apresentarem produtos divergentes daqueles declarados em Ficha Técnica em margem superior

ao previsto no item 5 do Anexo I do Edital10

. A Assessoria Jurídica de Controle Externo, ao

examinar a matéria, opinou pelo conhecimento das Representações e, no mérito, pela

improcedência das mesmas, tendo em vista que as Representantes descumpriram previsão

9 "10.1.1 Se a primeira proponente classificada não atender às exigências de habilitação, recusar-se a formalizar o

ajuste ou estiver impedida de fazê-lo, no prazo estabelecido no item 13.5 deste Edital e sem embargo da aplicação

das penalidades nele previstas, será examinada a documentação das proponentes classificadas subsequentemente, na

ordem de classificação, até o encontro de uma proposta que atenda a todas as exigências do edital, sendo a

respectiva proponente declarada vencedora e a ela adjudicado o objeto da licitação". 10

"5.PESO LÍQUIDO UNITÁRIO DO PRODUTO: (válido para todos os itens): O peso líquido unitário do produto

do biscoito deverá ser especificado pela licitante na Ficha Técnica e mantido durante o fornecimento. Será tolerada

uma variação de 10% (dez por cento) para mais ou para menos entre os biscoitos (na amostra e no produto

entregue)".

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editalícia. Ressaltou ainda que não há previsão no Edital para que a empresa desclassificada

apresente nova amostra, e, portanto, a decisão da equipe técnica da Origem fundamentou-se nas

disposições aplicáveis. A Douta Procuradoria da Fazenda Municipal requereu a improcedência

das Representações. A Secretaria Geral manifestou-se pelo conhecimento das Representações e,

no mérito, pela improcedência. É o Relatório. Voto englobado: Conheço das Representações,

ante a presença dos pressupostos legais de admissibilidade. No mérito, restou comprovado que os

produtos não atenderam ao disposto no item 5 do Anexo I do Edital, o qual permitia uma

variação de 10% para mais ou para menos entre os biscoitos na amostra e no produto entregue.

As variações constatadas, para os dois produtos versados nas Representações, biscoito doce tipo

Maisena e biscoito doce tipo Maria, foram superiores em 24% e 14%, respectivamente, às

declarações constantes da Ficha Técnica. Além disso, o item 10.3 do Anexo I11

é explícito ao

estabelecer a desclassificação da empresa em caso de não atendimento aos critérios de Avalição

Técnica e Sensorial, não prevendo a possibilidade de reanálise e contraprova, como suscitado

pelas Representantes. Diante do exposto, julgo improcedentes as Representações em exame. Dê-

se ciência da decisão às Representantes e à Origem e, após os trâmites regimentais, arquivem-se

os autos. Participaram do julgamento os Conselheiros Domingos Dissei – Revisor, Edson Simões

e João Antonio. Presente o Procurador Chefe da Fazenda Guilherme Bueno de Camargo.

Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 11 de novembro de 2015. a) Roberto Braguim –

Presidente; a) Maurício Faria – Relator." – PROCESSOS RELATADOS PELO

CONSELHEIRO CORREGEDOR DOMINGOS DISSEI – 1) TC 541/13-90 – Secretaria

Municipal de Direitos Humanos e Cidadania – SMDHC e Associação de Apoio ao Projeto

Quixote – AAPQ – Acompanhamento – Verificar se a execução do Convênio 219/2011/SMPP

(R$ 659.563,92) e TA 1º/2012 (R$ 801.516,41), cujo objeto é a concentração de esforços entre

os partícipes para a implementação do projeto "Quixote Educa para o Futuro", cujo escopo é

garantir os direitos de 660 crianças e adolescentes por mês, com idade de 8 a 18 anos, em

situação de extremo risco social, além de propiciar o desenvolvimento integral dos mesmos,

transformando-os em cidadãos protagonistas da sustentabilidade, bem como auxiliar na

reintegração da criança ou adolescente moradora de rua à sua família, nas regiões das

Subprefeituras Vila Mariana – SP-VM e Sé – SP-SE, está de acordo com o Plano de Trabalho

bem como a regularidade da prestação de contas ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos

estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro Domingos Dissei. Acordam os Conselheiros do

Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório

e voto do Relator, em acolher a execução do Convênio 219/2011/SMPP, no período de dezembro

de 2011 a maio de 2012, no valor de R$ 630.179,00, visto que regular. Acordam, ademais, à

unanimidade, em determinar o envio de ofício acompanhado de cópia deste Acórdão ao

Ministério Público do Estado de São Paulo, Promotoria de Justiça de Defesa dos Interesses

Difusos e Coletivos da Infância e da Juventude, em atenção à solicitação constante dos autos.

Acordam, afinal, à unanimidade, em determinar, após as medidas regimentais cabíveis, o

arquivamento dos autos. Relatório: Em julgamento o acompanhamento da execução do

convênio nº 219/2011/SMPP, firmado entre a Secretaria Municipal de Participação e Parceria –

SMPP, com recursos do FUMCAD, e a AAPQ – Associação de Apoio ao Projeto Quixote, cujo

objeto é a implementação do projeto "QUIXOTE EDUCA PARA O FUTURO", visando a

garantir os direitos de 600 (seiscentas) crianças e adolescentes por mês, com idade de 8 (oito) a

18 (dezoito) anos, em situação de extremo risco social, além de propiciar o desenvolvimento

11

"10.3. Caso a amostra não atenda a um dos itens de avaliação técnica, a licitante será desclassificada. Nesse caso,

será submetida à Avaliação Técnica e Sensorial especificada neste Anexo a amostra da licitante classificada em

terceiro lugar, e assim sucessivamente, até que a amostra de uma licitante seja aprovada".

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integral buscando a reintegração dos mesmos às suas famílias. A auditoria elaborou minucioso

relatório com o objetivo de verificar a regularidade da execução do referido convênio e se estava

de acordo o Plano de Trabalho. Foi também auditada a prestação de contas do ajuste. O trabalho

foi realizado no período de 21/02 à 14/03/2013, abrangendo o período de dezembro de 2011 a

novembro de 2012, no valor de R$ 630.179,00 (seiscentos e trinta mil cento e setenta e nove

reais). O Termo de Convênio vigorou por um período de 12 (doze) meses, a partir de 01/12/2011

até 30/11/2012, e foi prorrogado por mais um período de 12 (doze) meses por meio da

formalização do 1º Termo de Aditamento, com início em 01/12/2012 e término previsto para

30/11/2013. Inicialmente, referido convênio foi ajustado no montante de R$ 659.500,00

(seiscentos e cinquenta e nove mil e quinhentos reais), tendo sido alterado através do TA 1º no

valor de R$ 801.516,41 (oitocentos e um mil quinhentos e dezesseis reais e quarenta e um

centavos), totalizando o valor de R$ 1.461.080,33 (um milhão quatrocentos e sessenta e um mil

oitenta reais e trinta e três centavos). Em suas diligências, a equipe técnica constatou a atuação

dos técnicos da CMDCA conforme previsto no ajuste e que o Projeto estava sendo cumprido em

consonância com o Plano de Trabalho. Concluiu, ao final, que aludido convênio estava sendo

executado regularmente e que a prestação de contas examinada, referente ao período de

dezembro de 2011 a maio de 2013, no valor de R$ 630,1 mil, estava em conformidade com os

termos do ajuste e a documentação apresentada era regular. Diante das constatações da auditoria,

a Assessoria Jurídica de Controle Externo e Procuradoria da Fazenda Municipal pronunciaram-se

pelo acolhimento da execução do convênio em análise. A seguir, os autos ficaram custodiados

aguardando o julgamento do Convênio e de seu Termo Aditivo 1º/2012, os quais foram

apreciados no TC 571-13-50 e acolhidos, à unanimidade, pelo Plenário desta Corte, na Sessão

Ordinária realizada na data de 17/09/2014. É o relatório. Voto: 1 - Tendo em vista os elementos

de instrução coligidos aos autos, revelando a execução do convênio de acordo com o Plano de

Trabalho, bem como a regularidade da prestação de contas, e acompanhando o entendimento dos

órgãos desta Corte de Contas, bem como da Procuradoria da Fazenda Municipal, ACOLHO a

execução do Convênio nº 219/2011/SMPP, no período de dezembro de 2011 a maio de 2012, no

valor de R$ 630.179,00, posto que regular. 2 – Determino a remessa de cópia do acórdão ao

Ministério Público, Promotoria de Justiça de Defesa dos Interesses Difusos e Coletivos da

Infância e da Juventude, em atenção à solicitação constante dos autos. Após as medidas

regimentais cabíveis, arquivem-se os autos. É como voto. Participaram do julgamento os

Conselheiros Maurício Faria – Revisor, Edson Simões e Domingos Dissei. Presente o Procurador

Chefe da Fazenda Guilherme Bueno de Camargo. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 11

de novembro de 2015. a) Roberto Braguim – Presidente; a) Domingos Dissei – Relator." 2) TC

4.891/14-24 – Subprefeitura Santo Amaro – SP-SA – Acompanhamento – Verificar a

regularidade do Edital da Concorrência 01/SP-SA/2014, cujo objeto é a elaboração de projeto

executivo e execução de obras de requalificação urbana e complementação de drenagem na

margem direita do Córrego Pinheirinho ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos,

dos quais é Relator o Conselheiro Domingos Dissei. Acordam os Conselheiros do Tribunal de

Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do

Relator, diante da revogação do procedimento licitatório, publicada no Diário Oficial da Cidade

de São Paulo, de 13/1/2014, em julgar prejudicada a análise do Edital da Concorrência 01/SP-

SA/2014, pela perda superveniente do seu objeto. Acordam, ademais, à unanimidade, tendo em

vista a existência de contratos firmados pela Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e

Obras – Siurb e São Paulo Obras – SP-Obras para realização de diversas obras na região, em

determinar a remessa de ofício à Subprefeitura Santo Amaro com a recomendação de que, caso

tenha a intenção de promover nova licitação, consulte previamente a SP-Obras e a Siurb visando

à compatibilização de seu objeto com as intervenções já realizadas, bem como as projetadas para

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o local. Acordam, afinal, à unanimidade, em determinar, após as medidas regimentais cabíveis, o

arquivamento dos autos. Relatório: Trata o presente de Acompanhamento do Edital de

Concorrência nº 01/SP-SA/2014, promovido pela Subprefeitura Santo Amaro – SP-SA, cujo

objeto é a elaboração de projeto executivo e execução de obras de requalificação urbana e

complementação de drenagem, a serem realizadas na margem direita do Córrego Pinheirinho. O

processo foi autuado, por minha determinação, com a Ordem de Serviço nº 2014.07761.1 (fl. 03).

Em sua análise, a Subsecretaria de Fiscalização e Controle concluiu que o Edital não reunia

condições de prosseguimento, por apresentar as seguintes impropriedades: 1 - Considerando-se

que há previsão de prolongamento da Av. Jornalista Roberto Marinho no âmbito da Operação

Urbana Água Espraiada, torna-se necessária uma consulta à Secretaria Municipal de

Infraestrutura Urbana e Obras (SIURB) e à SP-Obras a fim de verificar se há interferência e/ou

incompatibilidade entre os projetos, consulta essa que não consta do PA n° 2014-0.230.780-9; 2 -

Os desenhos técnicos da licitação não possuem os elementos mínimos necessários para a

caracterização de todos dos serviços a serem executados e não atendem aos requisitos do artigo

6°, inciso IX da Lei Federal n° 8.666/93; 3 - Os elementos técnicos da licitação não se encontram

identificados com os nomes, cargos e assinaturas de seus autores, o que dificulta a atribuição de

responsabilidades pela elaboração do projeto básico; 4 - Não constam do PA n° 2014-0.230.780-

9 as Anotações de Responsabilidade Técnica (ARTs) referentes às peças do projeto básico, em

desacordo com o artigo 3° da Resolução n° 1.025/09 do Conselho Federal de Engenharia e

Agronomia (CONFEA); 5 - O cronograma físico-financeiro que consta do processo

administrativo da licitação não possui detalhamento dos serviços compatível com a

complexidade das obras a serem executados, em infringência ao artigo 7°, § 2°, inciso III da Lei

Federal n° 8.666/93; 6 - Não estão justificados no PA n° 2014-0.230.780-9 os insumos, os

coeficientes de produtividade e os respectivos custos unitários dos 02 serviços extratabela que

constam do orçamento, em infringência ao artigo 7°, § 2°, inciso II da Lei Federal n° 8.666/93; 7

- Embora a SP-SA tenha apresentado a memória de cálculo das quantidades que constam da

planilha orçamentária da licitação, com base nos desenhos técnicos de fls. 97/98 não é possível a

identificação de todos os itens de serviço e as respectivas quantidades estimadas. Diante da

deficiência na justificativa das quantidades estimadas não resta comprovado o atendimento ao

artigo 6°, inciso IX, alínea "f" e ao artigo 7°, § 4° da Lei Federal n° 8.666/93; 8 - Em que pese a

insuficiência dos desenhos técnicos, com base na análise dos serviços, por amostragem, foram

constatadas deficiências na planilha orçamentária da licitação que podem resultar em prejuízo ao

erário durante a execução do futuro contrato; 9 - Não consta no processo apreciação do edital

pela Assessoria Jurídica de SP-SA, conforme determinam o art. 3°, § 1°, do DM 44.279/03, e o

parágrafo único do artigo 38, da LF 8.666/93 (item 3.7); 10 - O original do edital constante no

PA não estava rubricado em todas as folhas, tampouco assinado ou datado pela autoridade que o

expediu, em desacordo com o § 1º do art. 40 da LF 8.666/93; 11 - O item III.2 do edital fixa

como limite para recebimento de impugnações a antecedência de até 02 (dois) dias úteis antes da

data marcada para a realização da sessão. No entanto, conforme o disposto no § 1º do art. 41 da

Lei Federal nº 8.666/1993, o prazo limite para qualquer pessoa física é de 05 (cinco) dias úteis

antes da data fixada para o recebimento das propostas. O prazo de 02 (dois) dias úteis consta no §

2º do mesmo artigo, mas se refere à impugnação a ser feita por licitantes; 12 - O disposto no item

VI.1.4.1 do edital, no que se refere à exigência das licitantes possuírem em seu quadro

permanente profissional na modalidade engenheiro agrônomo, não se mostra relevante para a

execução do objeto do contrato e restringe o caráter competitivo do certame, em infringência ao

artigo 3°, § 1°, inciso I da Lei Federal n° 8.666/93; 13 - No que se refere às exigências de

qualificação técnico-profissional, os serviços de "Fundação de rachão", "Escavação de córrego" e

"Remoção de material úmido ou saturado" não são relevantes tecnicamente, em infringência ao

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artigo 30, § 1°, inciso I da Lei Federal n° 8.666/93. Em relação aos serviços de

"Desassoreamento, limpeza e remoção de material de galeria moldada", "Fornecimento e

colocação de geoforma têxtil tipo auto-drenante" e "Ensecadeira de madeira com paredes

duplas", não se encontram previstos nos desenhos técnicos da licitação, razão pela qual a

exigência de experiência anterior não está justificada e infringe o disposto no artigo 3°, § 1°,

inciso I da Lei Federal n° 8.666/93; 14 - Os quantitativos dos serviços exigidos como prova de

qualificação técnico-operacional situam-se em cerca de 50% dos quantitativos previstos na

planilha de orçamento. No entanto, tendo em vista a presença de serviços que não constam dos

desenhos técnicos da licitação ("Desassoreamento, limpeza e remoção de material de galeria

moldada", "Fornecimento e colocação de geoforma têxtil tipo auto-drenante" e "Ensecadeira de

madeira com paredes duplas") e as deficiências constatadas no item 3.4.8 deste Relatório,

verifica-se infringência ao artigo 3°, § 1°, inciso I da Lei Federal n° 8.666/93; 15 - A exigência

de que nas propostas sejam mantidos os mesmos coeficientes das composições de custos

unitários do orçamento elaborado pela prefeitura (item VII.1.2.3 do edital) frustra o caráter

competitivo do certame, em infringência ao artigo 3°, § 1°, inciso I da Lei Federal n° 8.666/93;

16 - O Edital prevê que serão abertos primeiramente o envelope nº 1 – Habilitação, e

posteriormente os envelopes nº 2 – Proposta Comercial dos licitantes habilitados, em desacordo

com a Lei Municipal nº 14.145/13, que estabeleceu a inversão de fases das licitações; 17 - Outros

equívocos e impropriedades no Anexo XI do Edital – Minuta de Contrato. Em face das

impropriedades apontadas no Relatório da Subsecretaria de Fiscalização e Controle, determinei

"ad cautelam" a suspensão "sine die" do referido certame licitatório, bem como a intimação da

Origem para ciência e manifestação, decisão essa devidamente referendada na Sessão Ordinária

realizada em 04.02.2015. Em resposta, a Origem informou a intenção de revogar o certame e

promover abertura de nova licitação, visando à elaboração de Projeto Executivo. A Assessoria

Jurídica de Controle Externo constatou a revogação da Concorrência, publicada no Diário Oficial

de 13.01.2014 (fls. 146). Assim, diante da notícia de revogação do procedimento licitatório,

entendeu que restou prejudicado o Acompanhamento do Edital e opinou pela perda

superveniente de seu objeto. Por sugestão da Assessoria Jurídica de Controle Externo, a Origem

foi oficiada para que faça constar no novo Edital a menção ao procedimento licitatório revogado.

O Órgão Fazendário, bem como a Secretaria Geral acompanharam o posicionamento da

Assessoria Jurídica de Controle Externo e entenderam que, à vista da revogação do certame, a

análise do edital restou prejudicada pela perda superveniente de seu objeto. É o relatório. Voto:

Diante da revogação do procedimento licitatório pela Administração Pública e considerando as

manifestações dos Órgãos Técnicos desta Corte, da Secretaria Geral e da Procuradoria da

Fazenda Municipal, JULGO PREJUDICADA a análise do Edital de Concorrência nº 01/SP-

SA/2014, promovido pela Subprefeitura Santo Amaro – SP-SA, cujo objeto é a elaboração de

projeto executivo e execução de obras de requalificação urbana e complementação de drenagem,

a serem realizadas na margem direita do Córrego Pinheirinho pela perda superveniente de seu

objeto, determinando o seu arquivamento. 2. De outra parte, tendo em vista a existência de

contratos firmados pela SIURB e SP-Obras para realização de diversas obras na região,

DETERMINO a remessa de ofício à Subprefeitura de Santo Amaro com a recomendação de que,

caso tenha a intenção de promover nova licitação, consulte previamente a SP-Obras e a SIURB

visando à compatibilização de seu objeto com as intervenções já realizadas, bem como as

projetadas para o local. 3 - Após as medidas regimentais cabíveis, arquivem-se os autos.

Participaram do julgamento os Conselheiros Maurício Faria – Revisor, Edson Simões e João

Antonio. Presente o Procurador Chefe da Fazenda Guilherme Bueno de Camargo. Plenário

Conselheiro Paulo Planet Buarque, 11 de novembro de 2015. a) Roberto Braguim – Presidente;

a) Domingos Dissei – Relator." – PROCESSOS RELADOS PELO CONSELHEIRO JOÃO

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ANTONIO – 1) TC 4.726/14-18 – Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras –

Siurb – Acompanhamento – Verificar a regularidade do edital de Pré-Qualificação

006/2014/Siurb, cujo objeto é a pré-qualificação, para futura contratação, de execução de obras

para a construção de 20 Territórios CEUs, em estrutura de concreto pré-moldado, distribuídos em

10 Lotes, sendo cada um deles composto por 2 Unidades, no Município de São Paulo

ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro João

Antonio. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à

unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em julgar regular o Edital de

Pré-Qualificação 006/14/SIURB. Acordam, ainda, à unanimidade, em determinar, após as

comunicações de praxe, o arquivamento dos autos. Relatório: Trata o TC 72.004.726.14.18 de

análise do Edital de Pré-Qualificação nº 006/14/SIURB para a futura contratação de execução de

obras para a construção de 20 (vinte) Territórios CEUs, em estrutura de concreto pré-moldado,

distribuídos em 10 (dez) lotes, sendo cada um deles composto por 2 (duas) unidades, no

Município de São Paulo. Submetido à análise da equipe técnica desta Corte, a mesma concluiu

que o certame não reunia condições de prosseguimento, segundo as seguintes conclusões: "Em

face de todo o exposto, concluímos que o presente procedimento licitatório não reúne condições

de prosseguimento, diante das seguintes infringências à legislação e irregularidades constatadas:

4.1 - Os subitens 5.3, 5.4.2, 5.4.2.1 e 5.5 (f.1) deste Edital fazem referências à Lei Federal nº

12.462/11 e/ou ao Decreto Federal nº 7.581/11, normas essas relativas ao Regime Diferenciado

de Contratações Públicas – RDC, regime este não aplicável à licitação em tela (subitem 3.1). 4.2

- Desatendimento ao disposto no parágrafo único do artigo primeiro do Decreto Municipal nº

48.042/2006, em face da inexistência de justificativas, por parte da autoridade competente, para a

dispensa da Consulta Pública (subitem 3.2). 4.3 - Infringência ao disposto no § 5º, do art. 30, da

Lei federal 8.666/93, em face da vedação à exigência de comprovação de atividade ou de aptidão

com limitações de execução simultânea, em locais distintos e no mesmo contrato (subitem 3.3).

4.4 - Exigência da apresentação de atestados de execução de serviços pouco relevantes e de

valores pouco significativos para a comprovação da capacitação técnico-operacional,

contradizendo o próprio Edital (subitem 3.3). 4.5 - Infringência ao disposto no artigo 3º, da Lei

Federal nº 8.666/93, devido à limitação imposta no subitem 12.8 do Edital (subitem 3.4). 4.6 -

Há necessidade de serem indicadas quais obras/serviços serão passíveis da subcontratação

prevista no item 13 do Edital, tendo presente que aquelas para as quais foram exigidos atestados

quando da qualificação técnico-operacional da Contratada não deverão ser executadas por outras

empresas não qualificadas previamente (subitem 3.5). Oficiada, a Origem prestou os

esclarecimentos de fls. 178/184, nos quais a SIURB deslindou, um a um, os apontamentos da

Auditoria. Em seguida, os autos foram encaminhados à Assessoria Jurídica de Controle Externo,

fls. 187/191, a qual, segundo seu parecer, entendeu que as justificativas e alterações produzidas

pela Origem permitiriam a continuidade do certame. Novamente encaminhados os autos para a

SFC, após a divulgação do novo Edital (cópias às fls. 195/234), aquela Especializada, às fls.

235/237vº, assim opinou: "Diante de todo o exposto, com relação aos apontamentos expressos às

fls. 169vº-170, registra-se a permanência de pendências e irregularidades referentes aos

apontamentos dos subitens 4.2 e 4.3, sendo que os demais foram superados. Cabe ainda destacar

que houve alteração no prazo para execução das obras e serviços, tratado no subitem 2.2. do

Edital, que passou de 15 (quinze) para 12 (doze) meses, não tendo sido noticiada a existência de

justificativa técnica juntada ao processo administrativo original." Diante de tal conclusão, o

Conselheiro Relator determinou, às à fl. 238, envio de novo Ofício à Origem para que esta se

manifestasse sobre os itens ainda remanescentes de esclarecimentos. Cumprindo determinação

do Conselheiro Relator, a Origem se manifestou às fls. 242/243, esclarecendo que, no subitem

4.2, "A retirratificação do despacho exarado será publicada no Diário Oficial da Cidade na data

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de 16 de janeiro de 2015 e devidamente junta ao processo administrativo.". Já em relação ao

apontamento do subitem 4.3, a Origem esclareceu que: "Considerando o entendimento dos

Senhores Auditores, entendeu a Comissão Permanente de Licitação – CPL/EDIF, em alterar os

quesitos referentes à qualificação técnica, com a finalidade de tornar ainda mais cristalino o

certame. Para tanto, nesta data juntamos o Edital com nova redação no quesito mencionado."

Desta forma, nova versão do Edital foi publicada pela Origem, conforme fls. 244/282, versão

esta publicada no DOC de 16.01.2015, conforme fls. 283. Em nova manifestação acerca dos

esclarecimentos apresentados pela SIURB, a Coordenadoria VI retificou, em parte, seu

entendimento anterior, mantendo, entretanto, o apontamento referente ao item 4.3: "Diante de

todo o exposto, com relação aos apontamentos expressos à fl. 237 vº, registra-se a permanência

de pendência referente ao apontado no subitem 4.3, sendo que os demais foram superados.

Registre-se que não houve qualquer consideração por parte da SIURB quanto à redução do prazo

para execução das obras e serviços, tratado no subitem 2.2. do Edital, que passou de 15 (quinze)

para 12 (doze) meses, não tendo sido noticiada a existência de estudo técnico que ateste a

viabilidade dessa decisão." Em nova manifestação, a Assessoria Jurídica de Controle Externo, às

fls. 289/292, opinou pelo acolhimento do Edital de Pré-Qualificação nº 006/14/SIURB e, com

relação à falta de justificativa técnica para redução do prazo para execução das obras e serviços,

tratado no item 2.2 do Edital, sugeriu que a questão fosse avaliada quando da inauguração do

procedimento licitatório ou, a critério do Conselheiro Relator, por ocasião da execução

contratual. Por seu turno, a Procuradoria da Fazenda Municipal, às fls. 294/295, requereu o

acolhimento do Edital de Pré-Qualificação em exame. Por fim, a Secretaria Geral, respaldada

pelas conclusões da Assessoria Jurídica de Controle Externo, opinou pelo acolhimento do Edital

de Pré-Qualificação nº 006/14/SIURB. As conclusões da SG basearam-se no fato de que, em que

pesem as ponderações feitas pela Auditoria acerca do apontamento constante do subitem 4.3, o

mesmo não seria impeditivo parta o regular prosseguimento Edital de Pré-Qualificação. No

mesmo sentido, o equívoco apontado pela Auditoria no subitem 7.4.2.3, fls. 262, bem como o

referido na redação dada ao subitem 7.4.2.6 – o qual leva a uma redação inócua para a

participação em consórcio – entendeu a Secretaria Geral que tais apontamentos não

comprometem o regular prosseguimento Edital de Pré-Qualificação ora analisado. Finalmente,

em relação à falta de justificativa técnica para redução do prazo para execução das obras e

serviços, a SG baseou-se no entendimento da AJCE, ponderando que a questão poderá ser

melhor avaliada quando da inauguração do procedimento licitatório ou em sede de execução

contratual. É o relatório. Voto: Em julgamento o Edital de Pré-Qualificação nº 006/14/SIURB

para a construção de 20 (vinte) Territórios CEUs, em estrutura de concreto pré-moldado,

distribuídos em 10 (dez) lotes, sendo cada um deles composto por 2 (duas) unidades, no

Município de São Paulo. Conforme análise inicial do instrumento convocatório do certame, a

Subsecretaria de Fiscalização e Controle apontou que o Edital, na sua versão original, não reunia

condições de prosseguimento, uma vez que apresentava 06 (seis) apontamentos carecedores de

esclarecimentos ou retificação, conforme Relatório de fls. 166/171. Em face das impropriedades

apontadas pela Auditoria, a SIURB suspendeu a abertura do certame, a fim de promover os

ajustes com vistas a sanar tais inconsistências, e fez republicar nova versão do Edital, em duas

oportunidades, sendo que sua versão final foi publicada no Diário Oficial de 16.01.2015, com

data de abertura designada para o dia 03.02.2015 p.p. Após a publicação da versão final do

Edital, a Auditoria desta Corte elaborou nova análise do instrumento, concluindo que as

impropriedades haviam sido sanadas, com exceção do apontado no subitem 4.3 do Relatório

inicial, relativamente à comprovação de atividade ou de aptidão com limitações de execução

simultânea, em locais distintos e no mesmo contrato. No entanto, conforme bem pontuou a

Assessoria Jurídica de Controle Externo, a última versão do Edital, publicada em 16.01.2015, fez

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constar a alteração nos subitens 7.4.2.1 e 7.4.2.2, fls. 127/128, modificação esta que corrigiu o

referido apontamento. Nesse diapasão, a Assessoria Jurídica de Controle Externo, a Procuradoria

da Fazenda Municipal e a Secretaria Geral foram unânimes em opinar pelo acolhimento do Edital

em exame. Diante de todo o exposto, julgo REGULAR o Edital de Pré-Qualificação nº

006/14/SIURB. Após as comunicações de praxe, arquivem-se os autos. Participaram do

julgamento os Conselheiros Edson Simões – Revisor, Maurício Faria e Domingos Dissei.

Presente o Procurador Chefe da Fazenda Guilherme Bueno de Camargo. Plenário Conselheiro

Paulo Planet Buarque, 11 de novembro de 2015. a) Roberto Braguim – Presidente; a) João

Antonio – Relator." 2) TC 4.730/14-95 – Subprefeitura Aricanduva/Formosa/Carrão – SP-SM –

Auditoria – Verificar a efetiva aplicação dos recursos concedidos mediante regime de

adiantamento, atentando para o cumprimento dos prazos, controle dos recursos, prestação de

contas, bem como avaliar o aspecto legal das operações ACÓRDÃO: "Vistos, relatados

englobadamente com o TC 4.738/14-05 e discutidos estes autos, dos quais é Relator o

Conselheiro João Antonio. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de

São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em conhecer, para

fins de registro, da Auditoria Programada realizada na Subprefeitura Aricanduva/Formosa/Carrão

– SP-SM, por ter atingido sua finalidade. Acordam, ainda, à unanimidade, em determinar, após

as comunicações de praxe, o arquivamento dos autos. Relatório e voto englobados: v. TC

4.738/14-05. Participaram do julgamento os Conselheiros Edson Simões – Revisor, Maurício

Faria e Domingos Dissei. Presente o Procurador Chefe da Fazenda Guilherme Bueno de

Camargo. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 11 de novembro de 2015. a) Roberto

Braguim – Presidente; a) João Antonio – Relator." 3) TC 4.738/14-05 – Subprefeitura

Guaianases – SP-G – Auditoria – Verificar a efetiva aplicação dos recursos concedidos mediante

regime de adiantamento, atentando para o cumprimento dos prazos, controle dos recursos,

prestação de contas, bem como avaliar o aspecto legal das operações ACÓRDÃO: "Vistos,

relatados englobadamente com o TC 4.730/14-95 e discutidos estes autos, dos quais é Relator o

Conselheiro João Antonio. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de

São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em conhecer, para

fins de registro, da Auditoria Programada realizada na Subprefeitura Guaianases – SP-G, por ter

atingido sua finalidade. Acordam, ainda, à unanimidade, em determinar, após as comunicações

de praxe, o arquivamento dos autos. Relatório englobado: Cuidam-se, nestes autos, de

Auditorias Programadas realizadas para verificar "in loco", e por amostragem, a efetiva aplicação

dos recursos concedidos mediante regime de adiantamento, atentando para o cumprimento dos

prazos, controle dos recursos, prestação de contas, bem como avaliar o aspecto legal das

operações. Os trabalhos foram realizados nas Subprefeituras de Aricanduva/Formosa/Carrão –

TC nº 4.730.14.95 e Guaianases – TC n° 4.738.14.05. Como resultado dos exames efetuados, os

quais abrangeram o período de janeiro a novembro de 2014, a Subsecretaria de Fiscalização e

Controle elaborou os relatórios de fls. 04/09, de ambos os TCs, com a seguinte conclusão comum

para ambos os TCs: "Com base nos processos de adiantamentos selecionados para exame nesta

amostra, conclui-se que os recursos do adiantamento estão sendo devidamente aplicados, e de

forma legal (...)."p. A seguir, em ambos os TCs, a Coordenadora Chefe da Coordenadoria de

Fiscalização III endossou as conclusões alcançadas pelas equipes técnicas. Posteriormente, os

autos foram encaminhados à Procuradoria da Fazenda Municipal, a qual, nos dois TCs em

análise, requereu o conhecimento e registro das auditorias. Por seu turno, a Secretaria Geral

entendeu ambas as Auditorias se encontravam em condições de ser submetidas à apreciação do

Conselheiro Relator, nos termos do parágrafo único do art. 11 da Resolução nº 06/00, com

redação conferida pelo art. 1º da Resolução nº 02/02. É o relatório. Voto englobado: Em

julgamento as Auditorias Programadas, realizadas nas Subprefeituras de

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Aricanduva/Formosa/Carrão e Guaianases com vistas a verificar "in loco", e por amostragem, a

efetiva aplicação dos recursos concedidos mediante regime de adiantamento. Os fatos apurados

permitiram concluir que os recursos concedidos a título de adiantamento estavam sendo

aplicados de acordo com as formalidades legais, compreendendo o cumprimento dos prazos, o

controle dos recursos e a prestação de contas. Diante de todo o exposto, CONHEÇO, para fins de

registro, das Auditorias Programadas realizadas nas Subprefeituras de

Aricanduva/Formosa/Carrão e Guaianases, posto que atingiram suas finalidades. Após as

comunicações de praxe, arquivem-se os autos. É como voto, Senhor Presidente. Participaram do

julgamento os Conselheiros Edson Simões – Revisor, Maurício Faria e Domingos Dissei.

Presente o Procurador Chefe da Fazenda Guilherme Bueno de Camargo. Plenário Conselheiro

Paulo Planet Buarque, 11 de novembro de 2015. a) Roberto Braguim – Presidente; a) João

Antonio – Relator." – PROCESSOS DE REINCLUSÃO – CONSELHEIRO MAURÍCIO

FARIA – 1) TC 1.455/11-23 – Secretaria Municipal de Serviços – SES – Acompanhamento –

Verificar a regularidade do Edital da Concorrência 02/SES/2011, cujo objeto é prestação de

serviços técnicos especializados para a elaboração de projetos especiais, supervisão técnica,

desenvolvimento tecnológico e apoio ao planejamento orçamentário e às ações, para a melhoria

do Sistema de Iluminação Pública do Município de São Paulo, contemplando a Copa do Mundo

de Futebol de 2014, quanto aos aspectos da legalidade, formalidade e mérito ACÓRDÃO:

"Vistos, relatados e discutidos estes autos, devolvidos na presente sessão pelo Conselheiro

Maurício Faria, após vista que lhe fora concedida na 2.711ª S.O., ocasião em que votaram os

Conselheiros Eurípedes Sales – Relator, à época, e Roberto Braguim – Revisor. Acordam os

Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, consoante notas

taquigráficas – referentes à 2.711ª S.O. – anteriormente insertas nos autos, em acolher o Edital da

Concorrência 02/SES/2011, formulado pela Secretaria Municipal de Serviços – SES.

Participaram do julgamento os Conselheiros Roberto Braguim – Revisor, Maurício Faria e

Domingos Dissei. Presente à sessão, nesta data, o Conselheiro João Antonio, sem direito a voto,

uma vez que o mesmo foi anteriormente proferido pelo Conselheiro Eurípedes Sales – Relator, à

época, na 2.711ª S.O. Presente à sessão, nesta data, o Conselheiro Vice-Presidente Edson

Simões, sem direito a voto, por ter sido Presidente à época, na 2.711ª S.O. Presente o Procurador

Chefe da Fazenda Guilherme Bueno de Camargo. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 11

de novembro de 2015. a) Roberto Braguim – Presidente." 2) TC 331/12-66 – Secretaria

Municipal de Serviços – SES e Consórcio SP-Luz – Concorrência 06/SES/2011 – Contrato

06/SES/2011 R$ 433.794.099,16 – Prestação de serviços técnicos especializados de manutenção

e ampliação, considerados os serviços de eficientização e remodelação, com fornecimento de

material, para o sistema de Iluminação Pública do Município de São Paulo (Tramita em conjunto

com o TC 2.243/11-90). "O Conselheiro Maurício Faria devolveu ao Egrégio Plenário o

citado processo, após vista que lhe fora concedida, na 2.715ª S.O., quando votaram os

Conselheiros Eurípedes Sales – Relator e Roberto Braguim – Revisor. Ademais, naquela sessão,

o Conselheiro Eurípedes Sales – Relator, consoante notas taquigráficas insertas nos autos, com

fundamento nas manifestações da Assessoria Jurídica de Controle Externo e da Secretaria Geral

desta Corte, bem como da Procuradoria da Fazenda Municipal, acolheu a licitação na modalidade

Concorrência 06/SES/2011 e o Contrato 66/SES/2011. Também, o Conselheiro Roberto

Braguim – Revisor acompanhou, na íntegra, o voto proferido pelo Conselheiro Eurípedes Sales

– Relator. Ademais, na presente sessão, o Conselheiro Maurício Faria, nos termos de seu voto

apresentado em separado, consignou que, no voto que proferiu por ocasião do julgamento do TC

2.243/11-90, que tratou do acompanhamento do edital de concorrência, destacou, entre outras

irregularidades, que detectou no referido instrumento convocatório, que o detalhamento dos

serviços licitados na Concorrência 06/SES/2011 revelou que o objeto continha 79% de serviços

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de engenharia e que a parcela relacionada exclusivamente à manutenção da rede era

expressivamente de menor monta (21%), o que poderia levar à desconfiguração do próprio objeto

licitado, bem como da falha de maior gravidade, é aquela apontada pela Subsecretaria de

Fiscalização e Controle acerca do procedimento adotado pela licitante vencedora, e também pelas

duas outras licitantes, de aumentar os preços de materiais e da mão de obra usados na

manutenção e reduzir os preços desses mesmos materiais quando usados na remodelação,

eficientização e ampliação, dessa forma julgou irregulares a concorrência e o contrato, assim

como condicionou a aceitação dos efeitos financeiros à conclusão do TC 3.771/13-56, destinado

a examinar a execução do ajuste. Afinal, na fase de votação, o Conselheiro Domingos Dissei

solicitou vista dos autos, o que foi deferido." (Certidão) Continuando, os Conselheiros

requereram ao Egrégio Plenário, nos termos do artigo 172, inciso III, combinado com o artigo

182, ambos do Regimento Interno desta Corte, adiamento do prazo para devolver os processos

remanescentes da pauta de reinclusão, o que foi deferido. A seguir, o Presidente concedeu a

palavra aos Senhores Conselheiros e à Procuradoria da Fazenda Municipal para as considerações

finais. Nada mais havendo a tratar, às 11h40, o Presidente encerrou a sessão, da qual foi lavrada a

presente ata, que vai subscrita por mim, Rodrigo Pupim Anthero de Oliveira,

_________________________, Secretário Geral, e assinada pelo Presidente, pelos Conselheiros,

pelo Procurador Chefe da Fazenda e pelo Procurador. São Paulo, 11 de novembro de 2015.

_______________________________ ROBERTO BRAGUIM

Presidente

___________________________ ___________________________ EDSON SIMÕES DOMINGOS DISSEI Vice-Presidente Corregedor

___________________________ ____________________________ MAURÍCIO FARIA JOÃO ANTONIO Conselheiro Conselheiro

______________________________ GUILHERME BUENO DE CAMARGO

Procurador Chefe da Fazenda

______________________________ JOEL TESSITORE

Procuradora

MFC/amc/mcam/smvo/hc ATA DA 2.838ª SESSÃO (ORDINÁRIA)