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TRIBUNAL DE CONTAS DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO ISO 9001 Cód - 042 (Versão 02) ATA DA 2.852ª SESSÃO (ORDINÁRIA) Aos vinte e quatro dias do mês de fevereiro de 2016, às 10h45min, no Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, realizou-se a 2.852ª sessão (ordinária) do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, sob a presidência do Conselheiro Roberto Braguim, presentes os Conselheiros Maurício Faria, Vice-Presidente, João Antonio, Corregedor, Edson Simões e Domingos Dissei, o Secretário Geral Rodrigo Pupim Anthero de Oliveira, a Subsecretária Geral Roseli de Morais Chaves; o Procurador Chefe da Fazenda Guilherme Bueno de Camargo. A Presidência: "Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos." Dispensada a leitura e entregues cópias, previamente, aos Conselheiros, foi posta em discussão a ata da sessão ordinária 2.850ª, a qual foi aprovada, assinada e encaminhada à publicação. A seguir, o Conselheiro Presidente Roberto Braguim deu conhecimento ao Egrégio Plenário do Relatório Oficial de Atividades da Presidência, bem como das correspondências e ofícios recebidos e enviados, no período de 17 a 23 de fevereiro de 2016: 17.02 Presidiu, relatou e julgou processos na Sessão Plenária 2.851ª; 22.02 Recebeu, acompanhado dos Conselheiros Maurício Faria, Vice-Presidente, e João Antonio, Corregedor, a visita do Vereador Andrea Matarazzo, líder do PSDB na Câmara Municipal de São Paulo, após, em companhia dos mesmos Conselheiros e do Conselheiro Edson Simões, recebeu a visita do Conselheiro Sebastião Helvécio Ramos de Castro, Presidente do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais e do Instituto Rui Barbosa; 22.02 Participou com o Vice-Presidente e o Corregedor desta Casa, além do Conselheiro Domingos Dissei, da Sessão Solene de Posse dos novos dirigentes eleitos para o exercício 2016 do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo. O Presidente, além dos despachos habituais, participou de diversas reuniões administrativas com os Excelentíssimos Senhores Conselheiros e com os diversos órgãos técnicos do Tribunal, neste período, e encaminhou os seguintes ofícios: 12.02 Ao Vereador José Police Neto, Presidente da Comissão de Finanças e Orçamento, Câmara Municipal de São Paulo, informando a participação dos servidores Marcos Tadeu Barros de Oliveira e Adriano München na Audiência Pública com o objetivo de tratar de aspectos que envolvem as obras da Alameda Santo Amaro, realizada em 18 de fevereiro. 15.02 Ao Dr. Ives Gandra Martins, Advocacia Gandra Martins, agradecendo ao envio do exemplar do livro Meu Diário em Sextetos (2015), de sua autoria e produzido pela Editora Pax e Spes. 16.02 Ao Conselheiro Sebastião Helvecio, Presidente do Instituto Rui Barbosa, agradecendo ao envio dos exemplares do Relatório de Gestão 2014/2015 e das Normas Brasileiras de Auditoria do Setor Público (NBASP) além de dois pen drives , cujo conteúdo foi elaborado por esse respeitável Instituto. 17.02 Ao Senhor Márcio Chaer, Diretor da Revista Eletrônica Consultor Jurídico, agradecendo ao convite para o lançamento do Anuário da Justiça São Paulo 2016, a realizar-se em 24 de fevereiro próximo futuro. Continuando, o Presidente, com pesar, participou o falecimento da Senhora Marina Cerri D'Agostini, mãe do Servidor Noé D'Agostini Neto, Coordenador de Contabilidade e Finanças, ocorrido no último dia 20 de fevereiro. A Presidência, em nome do Colegiado e de todos os servidores desta Corte, enviou ofício de condolências à família enlutada. Solicitando a palavra, o Conselheiro Maurício Faria deu conhecimento ao Egrégio Plenário da matéria constante do seguinte despacho: "Diante dos trabalhos que foram executados pela Auditoria desta Corte quanto à análise de contas do exercício de 2015, informo a este Colegiado que, nos autos do TC 2.469.15-05, realizou-se acompanhamento para verificar se os montantes das Dívidas Consolidada e Mobiliária, das Operações de Crédito e da Concessão de Garantia encontravam-se dentro de seus respectivos limites, diante do disposto no § 1º do inciso III do artigo 59 da Lei de Responsabilidade Fiscal LRF. No trabalho desenvolvido, relativo ao 3º quadrimestre de 2015, apurou-se que a relação da Dívida Consolidada Líquida (DCL) e da Receita Corrente Líquida (RCL) foi de 1,8513 quando deveria ter chegado no máximo a 1,2487, ficando, desta forma, fora da trajetória exigida pelo artigo 4º da

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TRIBUNAL DE CONTAS DO

MUNICÍPIO DE SÃO PAULO

ISO 9001

Cód - 042 (Versão 02)

ATA DA 2.852ª SESSÃO (ORDINÁRIA)

Aos vinte e quatro dias do mês de fevereiro de 2016, às 10h45min, no Plenário Conselheiro

Paulo Planet Buarque, realizou-se a 2.852ª sessão (ordinária) do Tribunal de Contas do

Município de São Paulo, sob a presidência do Conselheiro Roberto Braguim, presentes os

Conselheiros Maurício Faria, Vice-Presidente, João Antonio, Corregedor, Edson Simões e

Domingos Dissei, o Secretário Geral Rodrigo Pupim Anthero de Oliveira, a Subsecretária Geral

Roseli de Morais Chaves; o Procurador Chefe da Fazenda Guilherme Bueno de Camargo. A

Presidência: "Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos

os nossos trabalhos." Dispensada a leitura e entregues cópias, previamente, aos Conselheiros, foi

posta em discussão a ata da sessão ordinária 2.850ª, a qual foi aprovada, assinada e encaminhada

à publicação. A seguir, o Conselheiro Presidente Roberto Braguim deu conhecimento ao Egrégio

Plenário do Relatório Oficial de Atividades da Presidência, bem como das correspondências e

ofícios recebidos e enviados, no período de 17 a 23 de fevereiro de 2016: 17.02 – Presidiu,

relatou e julgou processos na Sessão Plenária 2.851ª; 22.02 – Recebeu, acompanhado dos

Conselheiros Maurício Faria, Vice-Presidente, e João Antonio, Corregedor, a visita do Vereador

Andrea Matarazzo, líder do PSDB na Câmara Municipal de São Paulo, após, em companhia dos

mesmos Conselheiros e do Conselheiro Edson Simões, recebeu a visita do Conselheiro Sebastião

Helvécio Ramos de Castro, Presidente do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais e do

Instituto Rui Barbosa; 22.02 – Participou com o Vice-Presidente e o Corregedor desta Casa, além

do Conselheiro Domingos Dissei, da Sessão Solene de Posse dos novos dirigentes eleitos para o

exercício 2016 do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo. O Presidente, além dos despachos

habituais, participou de diversas reuniões administrativas com os Excelentíssimos Senhores

Conselheiros e com os diversos órgãos técnicos do Tribunal, neste período, e encaminhou os

seguintes ofícios: 12.02 – Ao Vereador José Police Neto, Presidente da Comissão de Finanças e

Orçamento, Câmara Municipal de São Paulo, informando a participação dos servidores Marcos

Tadeu Barros de Oliveira e Adriano München na Audiência Pública com o objetivo de tratar de

aspectos que envolvem as obras da Alameda Santo Amaro, realizada em 18 de fevereiro. 15.02 –

Ao Dr. Ives Gandra Martins, Advocacia Gandra Martins, agradecendo ao envio do exemplar do

livro Meu Diário em Sextetos (2015), de sua autoria e produzido pela Editora Pax e Spes. 16.02

– Ao Conselheiro Sebastião Helvecio, Presidente do Instituto Rui Barbosa, agradecendo ao envio

dos exemplares do Relatório de Gestão 2014/2015 e das Normas Brasileiras de Auditoria do

Setor Público (NBASP) – além de dois pen drives –, cujo conteúdo foi elaborado por esse

respeitável Instituto. 17.02 – Ao Senhor Márcio Chaer, Diretor da Revista Eletrônica Consultor

Jurídico, agradecendo ao convite para o lançamento do Anuário da Justiça São Paulo 2016, a

realizar-se em 24 de fevereiro próximo futuro. Continuando, o Presidente, com pesar, participou

o falecimento da Senhora Marina Cerri D'Agostini, mãe do Servidor Noé D'Agostini Neto,

Coordenador de Contabilidade e Finanças, ocorrido no último dia 20 de fevereiro. A Presidência,

em nome do Colegiado e de todos os servidores desta Corte, enviou ofício de condolências à

família enlutada. Solicitando a palavra, o Conselheiro Maurício Faria deu conhecimento ao

Egrégio Plenário da matéria constante do seguinte despacho: "Diante dos trabalhos que

foram executados pela Auditoria desta Corte quanto à análise de contas do exercício de 2015,

informo a este Colegiado que, nos autos do TC 2.469.15-05, realizou-se acompanhamento para

verificar se os montantes das Dívidas Consolidada e Mobiliária, das Operações de Crédito e da

Concessão de Garantia encontravam-se dentro de seus respectivos limites, diante do disposto no

§ 1º do inciso III do artigo 59 da Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF. No trabalho

desenvolvido, relativo ao 3º quadrimestre de 2015, apurou-se que a relação da Dívida

Consolidada Líquida (DCL) e da Receita Corrente Líquida (RCL) foi de 1,8513 quando deveria

ter chegado no máximo a 1,2487, ficando, desta forma, fora da trajetória exigida pelo artigo 4º da

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Resolução 40/01 do Senado Federal, sendo necessária a expedição de alerta, previsto na Lei de

Responsabilidade Fiscal. Entretanto, cabe destacar a edição do Decreto Federal 8.616, de

29.12.2015, dispondo sobre os requisitos exigidos para que os municípios façam a adesão à troca

do indexador das dívidas entre a União, Estados, o Distrito Federal e Município, visto que a

União teria de regulamentar a troca do indexador até o dia 31 de janeiro, de acordo com a Lei

Complementar 151/2015. Com o indexador alterado, a dívida do município decorrente do

Refinanciamento com a União, corrigida pelo IGP-DI + 9%, passará a ser calculada pela taxa

Selic ou pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) (o que for menor) + 4%.

Para tanto, terão de ser celebrados Termos Aditivos aos Contratos já firmados com a União,

ocasionando a diminuição da medida da relação entre o montante da Dívida Consolidada Líquida

(DCL) e da Receita Corrente Líquida (RCL), ficando o percentual abaixo de 1,2 e possibilitando,

assim, ao Município de São Paulo cumprir os limites de endividamento estipulados, a partir de

2016. Desta forma, diante do exposto, entendo que o Município de São Paulo vem tomando

iniciativas direcionadas ao controle da Dívida Pública, mas que não se efetivaram por completo

no exercício de 2015, ensejando, por cautela, a expedição de alerta. Para tanto, comunico aos

meus pares que exarei despacho determinando a expedição de ofício, acompanhado das

manifestações dos órgãos técnicos, ao Excelentíssimo Senhor Prefeito Fernando Haddad e ao

Excelentíssimo Senhor Secretário Municipal de Finanças e Desenvolvimento Econômico, para

ciência do alerta e adoção de providências, na forma proposta pelo corpo técnico desta Corte

de Contas. Afinal, o Egrégio Plenário, à unanimidade, referendou a medida determinada pelo

Conselheiro Maurício Faria – Relator." (Certidão – TC 2.469/15-05) Prosseguindo, o

Conselheiro Maurício Faria requereu ao Egrégio Plenário a realização de sessões extraordinárias

para a apreciação das Contas da São Paulo Negócios – SP Negócios e da Companhia São Paulo

de Desenvolvimento e Imobilização de Ativos – SPDA, ambas relativas ao exercício de 2014,

sugerindo o dia 09 de março próximo futuro, o que foi deferido. Solicitando a palavra, o

Conselheiro Domingos Dissei fez o seguinte comunicado ao Egrégio Plenário: "Por

determinação de um Acórdão 757/10-76, à unanimidade, o Plenário, na data de 4 de março de

2015, solicitou à SIURB que colocasse em sua tabela de preços o serviço de limpeza mecanizada

de boca-de-lobo, ou seja, hidrojato sugador. No dia 8 de julho, a Siurb foi regularmente oficiada.

O ofício é 148/2015. Dizem eles que estavam providenciando a inclusão das tabelas. No dia 26

de outubro, solicitei novamente. Siurb, 12 de novembro, outro ofício – estava adotando

providências. Sou relator das subprefeituras. Cada subprefeitura contrata por um preço. Nós não

temos parâmetros. Eu gostaria de novamente oficiar a Siurb. Não pode ser dessa forma. Estou

solicitando já há um ano. Fez um ano e eles não colocam na tabela o caminhão. É um serviço

necessário. Indago a Vossa Excelência a forma como vamos fazer." De posse da palavra, o

Conselheiro Presidente Roberto Braguim assim se pronunciou: "Podemos oficiar, assim

como podemos convocar o Senhor Secretário para prestar informações ao Egrégio Plenário ou

diretamente a Vossa Excelência. Convocá-lo para vir aqui no Plenário, se os Conselheiros

entenderem cabível, ou Vossa Excelência o convoca em seu Gabinete." Conselheiro Domingos

Dissei: "Acredito que o Senhor Secretário tenha determinado, mas o funcionário não faz. Se o

funcionário não faz, é uma irresponsabilidade funcional." O Presidente:"Mas aí ele adotará as

providências necessárias no âmbito interno para a responsabilização. Se ele deu uma ordem e ela

não foi cumprida, e essa ordem é perfeitamente legal e está dentro dos parâmetros da lógica e da

razoabilidade, tem que adotar providências. Eu acho que, dessa forma, surtiria efeito."

Conselheiro Domingos Dissei: "Houve uma determinação do Colegiado, por unanimidade. Eu

me recordo. Esse acórdão foi por unanimidade que se fosse incluído na tabela, mesmo porque

naquele tempo eu fiz o alerta: olhem o prejuízo. Cada Subprefeitura contrata de uma forma." O

Presidente: "Se Vossa Excelência preferir me mandar uma pequena memória do assunto, eu

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posso levantar o acórdão ou a Secretaria Geral me passa, e faço um contato com o Senhor

Secretário, se Vossa Excelência desejar. Fica à escolha." Conselheiro Domingos Dissei: "Eu

vou mandar essa "pro memoria" para Vossa Excelência, para ter tudo que foi registrado e que a

Secretaria Geral fez, só que não vem o resultado." Conselheiro Maurício Faria: "Senhor

Presidente, a minha sugestão vai no sentido de que fosse oficiado o Senhor Prefeito e fosse

oficiada a Controladoria Geral do Município, para que acompanhe esse tipo de situação. A

Controladoria vem atuando, inclusive, no sentido de adequações dos procedimentos

administrativos. Ela teve uma participação relevante na diretriz da administração de preferência

pelo pregão eletrônico. Além das atividades de fiscalização, de controle interno, a Controladoria

vem procurando assessorar o Senhor Prefeito e a Administração no sentido de boas práticas e de

inovações, visando, exatamente, melhor controle interno e melhor gestão do gasto público. A

minha sugestão é que fossem oficiados o Senhor Prefeito e a Controladoria Geral, e que,

inclusive, no ofício ao Senhor Prefeito fosse mencionado o envio dessas questões à

Controladoria. Eu soube que há esforço em outras situações de busca de inovação, de melhora

nos procedimentos administrativos, e que a Secretaria de Gestão estaria empenhada em estudar

questões estratégicas relacionadas à gestão do gasto público – buscando procedimentos

uniformizados, mais eficientes, envolvendo a questão de preços, de custos de serviços. Também,

talvez, fosse interessante o envio à Secretaria de Gestão que, ao que parece, tem se debruçado

sobre essas questões. Isso é muito relevante. Uma das questões-chaves do controle externo e

interno é conseguir maior controle sobre preços. As tabelas de preços, as referências de preços. O

desafio, inclusive nacional, no setor público é organizar bancos de dados sobre preços a serem

praticados nas aquisições de serviços e de obras públicas." Conselheiro Domingos Dissei: "Só

complementando, Conselheiro Maurício Faria: nós vamos ficar sabendo a composição desse

preço. Hoje nós não temos. O controle externo precisa ter isso. Senhor Presidente, é por isso que

eu fiz hoje esse alerta, porque mês que vem é a nova tabela de SIURB, referente a janeiro. Sai em

março. Se não for a de março, agora no próximo mês, só daqui a seis meses ela faz nova tabela.

Olhem o prejuízo ao erário. Vamos novamente oficiar. Eu acato a sugestão do Conselheiro

Maurício Faria, mas acho que Vossa Excelência também poderia fazer uma gestão junto ao

Senhor Secretário, porque senão nós podemos até fazer uma inspeção de por que não foi feito."

Conselheiro João Antonio: "Só para registrar que essa questão da tabela de SIURB passa, a

cada readequação de preços e cada inclusão de novos itens, por um reestudo do mercado, que não

é uma decisão meramente discricionária do Senhor Secretário; envolve pesquisas. Não tenho

certeza se continua, mas o instituto responsável por fazer esses estudos preliminares para a

Administração Pública, desde muito tempo, é a Fipe. Sem prejuízo de todas as medidas, com as

quais concordo, exige-se um estudo que antecipa a readequação de preços. Cada item a ser

incluído passa por uma análise técnica da Fipe para depois vir à Administração e ela incluí-los. É

algo que exige, pelas informações que tenho, um tempo. De repente, pode até ser que esse tempo

vá ser cumprido nas próximas tabelas. Não sabemos. A primeira questão que deveríamos dirigir

ao Secretário, e por isso faço essa questão de ordem, sem prejuízo das demais medidas, é

perguntar para o Senhor Secretário se esse novo item será incluído na nova relação de março. De

repente, toda essa discussão possa nem ter importância, se essa medida for adotada na próxima

tabela. A primeira pergunta é: "Vai publicar?" Se não for, acho que cabem, aí sim, todas as

medidas." Conselheiro Domingos Dissei: "Só esclarecendo, eu pedi ao Conselheiro Edson

Simões, que é da USP, o telefone. Eu liguei para a FIPE para saber o procedimento. Eu digo:

"Quase um ano." Eles me informaram que não, que não demora um ano. A composição de custos

é bem estudada etc., etc. A Prefeitura toma o cuidado de consultar a Fipe, que faz essa

composição de custos. Ela apresenta e é analisado. Mas diz o interlocutor que não demora esse

prazo; que eles demoram três ou quatro meses. É só por uma questão de que agora vai ter uma

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nova tabela. Nós precisamos ficar sabendo ou não, até porque vão vir novos pregões desse

caminhão hidrossugador e, nesse momento que se necessita, se tivesse uma tabela de SIURB,

com certeza absoluta traria economia ao Município." Retomando a palavra, o Presidente

concluiu: "Vou oficiar ao Senhor Prefeito, ao Senhor Ouvidor, ao Secretário de SIURB,

solicitando informações, ratificando o que o Conselheiro Domingos Dissei disse e indagando esta

possível afirmativa do Conselheiro João Antonio se já será implementado em um futuro

próximo, na nova tabela, e aí a questão estaria devidamente encaminhada. Também falo a

respeito com o Senhor Prefeito." Com a palavra, o Conselheiro Edson Simões deu

conhecimento ao Egrégio Plenário da matéria constante do seguinte despacho: "Submeto à

elevada apreciação deste Egrégio Plenário, para fins de cumprimento do estabelecido no artigo

31, parágrafo único, inciso XVI, e no artigo 101, § 1º, alínea "e", do Regimento Interno deste

Tribunal, o Despacho exarado no dia 19 de fevereiro de 2016, nos autos do TC 834/16-00

determinando a suspensão do Pregão 001/SECOM/2016 realizado pela Secretaria Executiva de

Comunicação – SECOM, visando, "a contratação de serviços especializados na gestão de

informações (monitoramento, integração, notificação e divulgação de informações),

contemplando a função de buscas rápidas de notícias e a transcrição na íntegra das informações

monitoradas, com: disponibilização de unidade de rádio e TV escuta, alertas e monitoramento de

assuntos e temas ligados à Cidade de São Paulo e a Câmara Municipal de São Paulo e

monitoramento dos conteúdos de interesse do Diário Oficial da Cidade e sua divulgação em

modo de Clipping para as Autoridades Municipais e servidores Municipais que necessitem". O

referido despacho foi proferido nos termos e com amparo na manifestação da Coordenadoria I

que conclui que o certame "não reúne condições de prosseguimento, tendo em vista as seguintes

impropriedades": "1.- Não há justificativa para as quantidades licitadas – infringência ao

princípio da motivação (item 3.1). 2.- Pagamento por serviços já prestados e pagos, referentes

aos 15 meses anteriores ao início do contrato – infringência ao princípio da economicidade (item

3.2). 3.- Pesquisa de preços – deverá ser refeita para preservar o interesse público – infringência

ao art. 4° do Decreto Municipal 44.279/03, com redação dada pelo Decreto Municipal 56.144/15

(item 3.3). 4.- Falta de justificativa para o índice econômico-financeiro e para a exigência de

patrimônio líquido mínimo - infringência aos §§ 2º, 3º e 5º do art. 31 da Lei Federal 8.666/93

(item 3.4). 5.- Exigência restritiva de no mínimo 3 atestados – infringência ao art. 30, inc. II, c/c

seu § 5º da Lei Federal 8.666/93 (item 3.5). 6.- Falta de critério para avaliar os quantitativos

mínimos exigidos – infringência aos princípios da impessoalidade, da igualdade e do julgamento

objetivo, previstos no art. 3º da Lei Federal 8.666/93 (item 3.5). 7.- Divergência entre os itens

que tratam de subcontratação. Caso se opte pela autorização para a subcontratação deve-se

estabelecer o percentual e o tipo de serviço - infringência ao art. 72 da Lei Federal 8.666/93 (item

3.6). 8.- Falta de previsão de consulta ao CADIN – infringência aos inc. I e II do art. 3º da Lei

Municipal 14.094/05 (item 3.7). 9.- Divergência entre os itens que tratam do critério de reajuste e

da data-base – infringência ao inc. III do art. 55 da Lei Federal 8.666/93 (item 3.8). 10.- Não

consta dos autos a publicação da abertura do certame no Diário Oficial da Cidade – infringência

ao inc. II do art. 8º e inc. III do art. 10, ambos do Decreto Municipal 46.662/05 (item 3.9). 11.-

Ausência de informações sobre quando e como serão apurados e quais as consequências do não

atendimento de dispositivos relativos à execução contratual – infringência ao inc. II do art. 55 da

Lei Federal 8.666/93. Ademais, há erros de digitação que devem ser corrigidos pela SECOM".

Diante de todo o exposto, submeto à elevada apreciação e referendo deste Egrégio Plenário, para

fins de cumprimento do estabelecido no artigo 31, parágrafo único, inciso XVI, e do artigo 101, §

1º, alínea "e", do Regimento Interno deste Tribunal, a decisão que determinou a suspensão do

Pregão 001/SECOM/2016 da secretária de Comunicação. Afinal, o Egrégio Plenário, à

unanimidade, referendou a medida determinada pelo Conselheiro Edson Simões – Relator.

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(Certidão – TC 834/16-00) Prosseguindo, o Conselheiro Domingos Dissei – Relator deu

conhecimento ao Egrégio Plenário da matéria constante do seguinte despacho: "1 -

Examinando o Edital da Concorrência 02/2015, da São Paulo Turismo S.A. – SPTuris, tendo por

objeto a contratação sob o regime de empreitada, por preço global, de obra de engenharia, para

readequação das instalações elétricas do Pavilhão de Exposições do Parque Anhembi, a

Auditoria apontou irregularidades no instrumento convocatório, nos termos das cópias já

encaminhadas a Vossas Excelências, levando-me a suspender o referido certame, decisão essa já

publicada no Diário Oficial de 18/02/2016 e que elevo ao referendo do Plenário desta Corte.

Resumo das irregularidades: 1 - Os Auditores apontaram, em seu relatório, as seguintes

irregularidades: a) O prazo entre a publicação do edital e a abertura da licitação é inferior a 30

dias, infringindo o inciso II do § 2º do art. 21 da Lei Federal 8.666/93. b) Previsão de

subcontratação de obras ou serviços de engenharia para as quais foi exigida a apresentação de

atestados de capacidade técnica, contrariando o item 9.14.3 do Manual de Instruções para

celebração e execução dos termos de compromisso do PAC. c) Falta de previsão do critério de

atualização financeira dos valores a serem pagos, desde a data final do período de adimplemento

de cada parcela até a data do efetivo pagamento, em infringência à alínea "c" do inciso XIV do

art. 40 da Lei Federal 8.666/93. d) Na minuta do contrato não consta cláusula anticorrupção, em

infringência ao que dispõe o § 1º do art. 3º Decreto 56.633/2015. A equipe técnica constatou,

ainda, as seguintes impropriedades: - Não consta no edital que os instrumentos de

acompanhamento da obra, admitidos como Livro de Ordem, devem atender aos requisitos da

Resolução CONFEA 1024/09 e do Ato Normativo 06/12 do CREA-SP. - Não consta nos autos

informação de que as interrupções nos trabalhos, por conta de eventos constantes do Calendário

de Eventos do Pavilhão, estão previstos no cronograma físico-financeiro da obra. - Na pesquisa

de preços a SPTuris não realizou cotação de preços de equipamentos diretamente com os

fabricantes." Afinal, que o Egrégio Plenário, à unanimidade, referendou a medida determinada

pelo Conselheiro Domingos Dissei – Relator. (Certidão – TC 700/16-44) Dando sequência, o

Conselheiro Presidente Roberto Braguim, a fim de que pudesse relatar os processos de sua pauta,

solicitou ao Conselheiro Vice-Presidente Maurício Faria que assumisse a direção dos trabalhos.

Passou-se à Ordem do Dia. – JULGAMENTOS REALIZADOS – PROCESSOS

RELATADOS PELO CONSELHEIRO PRESIDENTE ROBERTO BRAGUIM, na

qualidade de Relator – 1) TC 816/08-19 – Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente

– SVMA e Plena Terceirização de Serviços Ltda. – Pregão Presencial 68/SVMA/2007 – Contrato

003/SVMA/2008 R$ 1.387.999,77 – Serviços técnicos de manejo e conservação dos parques que

integram o Grupo Piqueri – Parques Piqueri, Chico Mendes, Chácara das Flores, Raul Seixas e

Santa Amélia ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, dos quais é Relator o

Conselheiro Roberto Braguim. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de

São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em acolher o

Pregão Presencial 68/SVMA/2007 e o Contrato 003/SVMA/2008. Relatório: Cuida o presente

da análise do Pregão 68/SVMA/2007 e do Contrato 003/SVMA/2008, dele decorrente, celebrado

entre a Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente - SVMA e a empresa Plena

Terceirização de Serviços Ltda., cujo objeto é a prestação de serviços de manejo e conservação

nos parques que integram o Grupo Piqueri - Parques: Piqueri, Chico Mendes, Chácara das Flores,

Raul Seixas e Santa Amélia, compreendendo a execução dos serviços e fornecimento de todos os

materiais, veículos, equipamentos, produtos de limpeza, pelo valor total de R$ 1.387.999,77 (um

milhão, trezentos e oitenta e sete mil, novecentos e noventa e nove reais e setenta e sete

centavos). Na análise desses Instrumentos a Subsecretaria de Fiscalização e Controle concluiu

pela irregularidade: a) da Licitação: devido às infringências assinaladas nos itens 9, 13 e 18 do

relatório de fls. 457/465, além de recomendar o aclaramento dos preços dos insumos utilizados

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no orçamento; a inclusão do orçamento estimativo no Edital, como um de seus anexos; e o

percentual do cálculo do BDI; e b) do Contrato: por força da excessiva oneração do Ajuste com

aquisição de mudas ornamentais já disponível em 03 (três) viveiros; não comprovação da

inscrição municipal; e insuficiência do empenhamento para cobrir o período de 24.12 a

31.12.2008, apontamentos esses constantes do relatório de fls. 466/472. Observou também o

encaminhamento intempestivo das informações ao SERI. Após análise preliminar dos

apontamentos da Auditoria, a Assessoria Jurídica sugeriu, antes de manifestação conclusiva, a

intimação da Pasta para conhecimento das conclusões ali alcançadas, observando a respectiva

Chefia a necessidade de uma acurada análise da Execução Contratual, que já está sendo realizada

no TC 774.08-70. Na defesa oferecida, a Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente –

SVMA esclareceu que o Departamento de Parques e Áreas Verdes – DEPAVE não possui

condições de produzir a variedade de espécies adequadas às especificidades de cada região,

motivo pelo qual não se poderia deixar de prever o fornecimento das mudas pretendidas no

contrato; admitiu, no entanto, o equívoco do Departamento de Administração e Finanças quanto

ao valor empenhado, esclarecendo, todavia, que os valores medidos foram inferiores aos

previstos, e, ainda, uma redução do valor contratual da ordem de 4,18%, não prejudicando o

andamento contratual; justificou, outrossim, o atraso das informações ao SERI. Na apreciação

dessa defesa, a Subsecretaria de Fiscalização e Controle considerou superados, frente aos

esclarecimentos prestados, os apontamentos sobre o fornecimento de mudas de plantas

ornamentais; sobre a exigência no Edital de patrimônio líquido mínimo para licitar; sobre a

divergência da certidão da JUCESP em confronto com o contrato social; e, finalmente, quanto à

regularidade da situação fiscal. A mesma Unidade ratificou, todavia, os apontamentos sobre os

critérios de atualização das verbas devidas; sobre a capacidade de licitar da empresa contratada; e

sobre a insuficiência da cobertura orçamentária, reiterando, ainda as recomendações antes feitas.

No parecer complementar de fls. 502/507, a Assessoria Jurídica ressaltou que a Secretaria não

conseguiu justificar as irregularidades remanescentes levantadas pela Auditoria, do qual,

contudo, divergiu a Assessora Subchefe, em razão do que opinou pela acolhida da Licitação e do

Contrato, este, em caráter excepcional. A seu turno, a Procuradoria da Fazenda Municipal

reportou-se aos esclarecimentos da Secretaria e acompanhou o entendimento da Subchefia da

Assessoria Jurídica, opinando pela relevação das impropriedades, e, alternativamente, pela

aceitação dos efeitos financeiros do Ajuste pactuado, sendo que a Secretaria Geral considerou

regular a Licitação e irregular o Contrato por ofensa ao artigo 60, "caput", da Lei Federal

4.320/641. Devidamente intimada, a Pregoeira e Presidente do Colégio Licitante ofereceu a

defesa de fls. 533/540, acompanhada de documentos, onde ressaltou: o arquivamento do

Inquérito Civil da 10º Procuradoria de Justiça por considerar suficiente a pena de suspensão de

1(um) mês e também do Inquérito Policial instaurado para investigar a falsificação documental; a

mudança do critério para a inserção do índice de atualização financeira após a edição do Plano

Real; a emissão de reserva e do empenho em 16/01/2008, antes da assinatura do Contrato

questionado, bem assim a modificação do Sistema de Execução Orçamentária Novo Céu,

obrigando a assinatura do Contrato somente em 24/01/2008, disto decorrendo que em 2008

foram reservados, empenhados, liquidados e pagos os valores efetivamente executados naquele

exercício, no importe menor de R$ 987.979,97 (novecentos e oitenta e sete mil, novecentos e

setenta e nove reais e noventa e sete centavos) e o saldo referente aos serviços de 01/01 a

23/01/2009, reservado, empenhado, liquidado e pago em 2009, no valor de R$ 88.677,65 (oitenta

e oito mil, seiscentos e setenta e sete reais e sessenta e cinco centavos). No encarte de fls.

545/547 a Secretaria aduziu novos esclarecimentos sobre a inviabilidade da inclusão de fatores

1 Art. 60. É vedada a realização de despesa sem prévio empenho.

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de atualização nos Editais, compensação ou mesmo de apenação financeira e o cumprimento da

penalidade aplicada à Empresa antes da abertura do Certame Licitatório, além da redução do

valor contratual de 4,18%, ao passo que a Contratada, também intimada, restringiu sua defesa ao

esclarecimento de que cumpriu a penalidade de suspensão para licitar e contratar e a expedição,

em 30.06.2011, do Termo de Recebimento Definitivo, considerando satisfatórios os serviços

prestados. Na apreciação dessas defesas, a Subsecretaria de Fiscalização e Controle ratificou suas

recomendações e suas conclusões sobre a insuficiência do valor empenhado, para a cobertura

orçamentária do período de 24.12.08 a 31.12.08, implicando desrespeito aos artigos 35, II2, c/c. o

artigo 60 da Lei Federal 4.320/64. A Assessoria Jurídica de Controle Externo, no entanto,

entendeu superados todos os questionamentos da Auditoria, com os esclarecimentos das defesas,

inclusive no que se refere à insuficiência de recursos, opinando, em decorrência, pelo

acolhimento da Licitação e do Contrato "sub examine" (fls. 571/575 e 576), o que recebeu o aval

da Procuradoria da Fazenda Municipal e da Secretaria Geral. É o relatório. Voto: O presente TC

tem por escopo a análise e julgamento do Pregão 68/SVMA/2007 e do Contrato

003/SVMA/2008 celebrado com a Plena Terceirização de Serviços Ltda., objetivando a prestação

de serviços técnicos de manejo e conservação nos parques integrantes do Grupo Piqueri. A

Subsecretaria de Fiscalização e Controle apontou, na avaliação desses Instrumentos, as

irregularidades resumidas nas conclusões dos relatórios encartados às fls. 457/465 (Licitação) e

466/472 (Contrato), que, no entanto, foram afastadas ou superadas após a apresentação das

defesas e dos pareceres emitidos pela Assessoria Jurídica de Controle Externo e Secretaria Geral,

e, ainda, pela Procuradoria da Fazenda Municipal, consoante resulta dos elementos informativos

e instrutivos deste processado. Releva notar, no entanto, que a questão em torno da insuficiência

de recursos para a cobertura orçamentária do período de 24 a 31.12.08, na assinatura do Ajuste,

perdeu interesse na medida em que os recursos se mostraram suficientes durante toda a Execução

do Contrato, inclusive com uma sobra não utilizada de R$ 284.353,15 (duzentos e oitenta e

quatro mil, trezentos e cinquenta e três reais e quinze centavos), cancelada posteriormente pelo

extrato de fl. 569, consoante se vê do parecer da Assessoria Jurídica, às fls. 571/576. Assim, com

apoio nessas manifestações e o que mais dos autos constam, acolho o Pregão 068/SVMA/2007 e

o Contrato 003/SVMA/2008, pactuado com a Plena Terceirização de Serviços Ltda. É como

voto. Participaram do julgamento os Conselheiros João Antonio – Revisor, Edson Simões e

Domingos Dissei. Presente o Procurador Chefe da Fazenda Guilherme Bueno De Camargo.

Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 24 de fevereiro de 2016. a) Maurício Faria – Vice-

Presidente no exercício da Presidência; a) Roberto Braguim – Relator." 2) TC 364/13-04 –

Companhia de Engenharia de Tráfego – CET e Aspect Mídia Indústria Eletro-Eletrônica,

Comércio e Serviços Ltda. – Pregão Eletrônico 30/2012 – Contrato 140/2012 R$ 6.839.616,00

est. – Locação de 27 Painéis de Mensagens Variáveis – PMU, sendo 01 com Pictograma, para as

vias urbanas do Município de São Paulo, com instalação e garantia de funcionamento

ininterrupto por 48 meses, com sistema de comunicação e disponibilização de mensagens,

operados a partir da Central de Operações da CET, localizada na Rua Bela Cintra, 385

ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro

Roberto Braguim. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo,

à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, considerando a ausência de

dolo, culpa ou má-fé dos agentes ou de prejuízo ao erário, em relevar as falhas constatadas e em

acolher o Pregão Eletrônico 30/2012 e o Contrato 140/2012 dele decorrente. Relatório: Trata-se

da análise do Pregão 30/12 e do Contrato 140/12 dele decorrente, ajustado entre a Companhia de

Engenharia de Tráfego – CET e ASPECT Mídia Indústria Eletro Eletrônica, Comércio e Serviços

2 Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro: (...) II - as despesas nele legalmente empenhadas.

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Ltda., tendo por objeto a locação de 27 (vinte e sete) Painéis de Mensagens Variáveis (PMVs),

sendo um com Pictograma, para vias urbanas do Município de São Paulo, com instalação e

garantia de funcionamento ininterrupto, com sistema de comunicação e disponibilização de

mensagens, operados a partir da Central de Operações da Contratante, no valor de R$

6.839.616,00 (seis milhões, oitocentos e trinta e nove mil, seiscentos e dezesseis reais). A Equipe

Técnica desta Casa concluiu pela irregularidade: I - do Pregão, tendo em conta: a insuficiência de

justificativas para a aquisição; Despacho de Autorização assinado por quem não detinha

competência legal e estatutária para fazê-lo, infringindo o disposto no artigo 38 "caput" da Lei

8.666/933; ausência de orçamento detalhado, desatendendo ao artigo 7º

4, § 2º, inciso II, da Lei

citada; falta de comprovação da publicação da abertura e adiamento da Licitação em jornal de

grande circulação, contrariando o artigo 4º5, inciso I, da Lei 10.520/02 e apresentação pela

adjudicada de Certidão desatualizada de registro ou inscrição de Pessoa Jurídica, no Conselho

Regional de Engenharia e Agronomia – CREA e/ou Conselho de Arquitetura e Urbanismo –

CAU, desatendendo ao subitem 11.2.4.1 do Edital. II - do Contrato 140/12: primeiro por derivar

de Licitação considerada irregular, e mais pela insuficiência de justificativas para a Contratação e

pela ausência de Despacho Autorizatório, desatendendo o que reza o artigo 606 da Lei 4.320/64.

Na sequência foi oficiada a CET e intimados os responsáveis Marcelo Cardinale Branco, na

qualidade de Diretor-Presidente da CET, André Castro de Souza – Chefe de Gabinete da

Presidência, Carlos Roberto Silva – Diretor Administrativo e Financeiro, George Charles

Balthazar Jr. – Superintendente Administrativo e Wagner Quarterone - Supervisor do

Departamento de Análise de Preços e Produtos e, ainda, a empresa Contratada. Em resposta, a

CET e os Responsáveis encaminharam suas defesas, esclarecendo que as atribuições de

competências estatutárias são assunto "interna corporis" e que as decisões competem à

Assembleia Geral, sendo certo que o Estatuto Social da Companhia contém estipulação própria

que permite ao seu Diretor Presidente delegar competência à Diretoria Administrativa e

Financeira, especificamente, para autorizar a realização de Certames Licitatórios, bem assim para

firmar Contratos deles decorrentes, de maneira que o ato de gestão praticado pelo seu Dirigente

encontra-se revestido de legalidade e amparado no seu Estatuto Social. A par disso, que os

equipamentos se encontravam inoperantes e a sua substituição impossibilitada pela

obsolescência, razão pela qual foi proposta a troca por equipamentos tipo LED, com baixo

consumo de energia, durabilidade, tecnologia de controle que permitia a operação à distância, de

forma unificada. Quanto à ausência de orçamento detalhado foi salientado que o preço

adjudicado ficou aproximadamente 29% (vinte e nove inteiros por cento) abaixo do orçado e que

não houve análise ou referência a preços praticados em Contratos anteriores pela inexistência

deles, já que os equipamentos existentes eram oriundos de doações de polos geradores de tráfego.

Ademais, que os avisos de abertura e adiamento foram publicados no DCI, respectivamente, nos

dias 19/07 e 10/08 de 2012, e a Certidão emitida pelo CREA foi analisada e considerada válida

pela Comissão de Licitação. Afora as questões de cunho técnico, o Sr. André Castro de Souza

3 Art. 38. O procedimento da licitação será iniciado com a abertura de processo administrativo, devidamente

autuado, protocolado e numerado, contendo a autorização respectiva, a indicação sucinta de seu objeto e do recurso

próprio para a despesa, e ao qual serão juntados oportunamente. 4 Art. 7º As licitações para a execução de obras e para a prestação de serviços obedecerão ao disposto neste artigo e,

em particular, à seguinte sequência: (...) § 2º As obras e os serviços somente poderão ser licitados quando: (...) II -

existir orçamento detalhado em planilhas que expressem a composição de todos os seus custos unitários; 5 Art. 4º A fase externa do pregão será iniciada com a convocação dos interessados e observará as seguintes regras: I

- a convocação dos interessados será efetuada por meio de publicação de aviso em diário oficial do respectivo ente

federado ou, não existindo, em jornal de circulação local, e facultativamente, por meios eletrônicos e conforme o

vulto da licitação, em jornal de grande circulação, nos termos do regulamento de que trata o art. 2º;

6 Art. 60. É vedada a realização de despesa sem prévio empenho.

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ressaltou que os itens 2.4 e 2.11 do Ato do Presidente 047/11 (fl. 116) legitima as competências

do Diretor Administrativo em conjunto com o Chefe de Gabinete para os atos questionados e, no

breve período em que esteve na Chefia, os processos de contratação foram sempre precedidos

dos pareceres técnicos e jurídicos da Companhia. Por sua vez, a ASPECT MÍDIA esclareceu que

a questão da Certidão do CREA foi objeto de Recurso Administrativo por parte da empresa

TRAFEG Sinalização e Segurança de Trânsito Ltda., o qual, provido, resultou em sua

inabilitação da Licitação. Entretanto, levado o tema ao Judiciário, Acórdão proferido à

unanimidade pelo Tribunal de Justiça de São Paulo invalidou a decisão da CET que a inabilitara

e determinou o seu retorno ao Processo Licitatório, sagrando-se ela vencedora do Certame. A par

disso, alegou que, não obstante a apontada falha na publicação, elevado número de participantes

se apresentaram atestando a preservação da publicidade e competitividade, sendo certo que a

implementação de nova tecnologia justificava a abertura da Licitação. A Assessoria Jurídica de

Controle Externo pronunciou-se pela irregularidade do Pregão e do Contrato, mediante parecer

que assim se resume. No que tange à higidez do Despacho Autorizatório do Procedimento

Licitatório concluiu não ser vedado ao Diretor Presidente da CET autorizar a abertura de

Procedimentos Licitatórios ou firmar Contrato, podendo também delegar tais atribuições.

Todavia, não há nos autos justificativa para a escolha efetuada pela CET, que promoveu a

Licitação para locação de PMVs7 sem sopesar se tal opção seria mais vantajosa do que a compra

dos equipamentos, e, ademais, a publicação da abertura e do adiamento da Licitação em jornal de

grande circulação, embora sustentada que houve publicação no DCI, não está evidenciada nos

autos. Ponderou que caberia a CET ter decomposto os preços, apresentando os componentes dos

custos e que houve descumprimento do item 11.2.4.1 do Edital na apresentação pela Contratada

de Certidão do CREA que, embora regular em relação ao prazo, encontrava-se inválida pela

alteração de dado cadastral (aumento de capital social), após a sua emissão. Na sequência, a

Procuradoria da Fazenda Municipal transcreveu em parte substancial a defesa da CET,

ressaltando a presunção de legalidade dos atos administrativos e a inexistência de registro de

comportamento indevido dos agentes responsáveis. Requereu, assim, o acolhimento do Pregão e

do Contrato, ou sucessivamente, a aceitação dos efeitos financeiros decorrentes. Por fim, a

Secretaria Geral, divergindo em parte da Assessoria Jurídica, acolheu as razões aduzidas pela

defesa e deu por superada a falta de publicação em jornal de grande circulação, ante o

comparecimento de sete empresas na sessão de abertura, e a falta de justificadas para a realização

de Licitação e da contratação, com a ressalva de que a Administração não sopesou ser mais

vantajoso a locação dos PMVs do que a compra deles. Concluiu, porém, pela irregularidade do

Pregão e do Contrato por serem intransponíveis a ausência de orçamento detalhado e a não

conformidade da Certidão do CREA apresentada pela empresa vencedora. É o relatório. Voto:

Desde já, ficam superadas as questões assim consideradas pela Assessoria Jurídica de Controle

Externo e Secretaria Geral, primeiramente, no que toca à recorrente questão dos despachos

prolatados no curso do Procedimento Licitatório por autoridade que não teria competência legal e

estatutária para tal. Sobre o tema, conforme me pronunciei nos TCs 2.260/11-00 e 745/12-59,

entendo que a competência é matéria interna do Órgão, não sendo vedado ao Diretor Presidente

autorizar a abertura de Procedimentos Licitatórios, firmar Contratos, ou mesmo delegar tais

atribuições aos diretores. Destarte, considerando que o Certame transcorreu na vigência de Ato

legítimo de Delegação de Competência, afasto a falha apontada. Do mesmo modo, acompanho o

entendimento de que a falta de publicação da abertura e adiamento da Licitação em jornal de

grande circulação possa ser relevada, tendo em vista o comparecimento de diversas empresas na

sessão de abertura do Certame e as justificativas para a contratação que foram suficientes, em

7 PMVs: Painéis de mensagens variáveis.

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face da demonstração pela CET da situação de obsolescência e inoperância dos equipamentos

existentes. Nesse sentido, ainda, não vislumbro ilegalidade no fato de inexistir nos autos estudos

prévios justificando a opção pela locação ao invés de aquisição, como sustentou o douto

Assessor Subchefe da AJCE, tendo em vista a celeridade da evolução tecnológica e a rapidez

com que os equipamentos se tornam ultrapassados. Desse modo, investir capital na compra de

equipamento dessa natureza poderia significar prejuízo em curto prazo, além de dificultar a

migração para novas tecnologias sem o benefício da manutenção. Já adentrando nos pontos

polêmicos da percuciente instrução, restaram não superadas a infringência ao artigo 7º, § 2º,

inciso II, da Lei 8.666/93, pela ausência de orçamento detalhado, e o desatendimento ao subitem

11.2.4.1 do edital, pela não conformidade da Certidão do CREA da empresa vencedora. In casu,

tratando-se de locação de equipamentos que envolve tecnologia específica, não se desconsidera

possível existência de dificuldades para a determinação de cada item de custo envolvido.

Entretanto, conforme se verificou, pesquisa junto a empresas do mercado foi realizada, tendo

sido apurado o valor estimado utilizado como critério de aceitabilidade de preços, de modo que,

a falha detectada não teve o condão de causar, efetivamente, prejuízos à formulação de propostas,

haja vista que sete empresas foram capazes de formular as suas, bem como realizar disputas na

fase de lances. Sendo assim, recepciono a defesa da CET para superar a infringência ao citado

dispositivo. Por fim, saliento que a alegada não conformidade da Certidão do CREA foi, entre

outros pontos, motivo de Recurso Administrativo interposto pela TRAFEG Sinalização e

Segurança de Trânsito Ltda. contra decisão que habilitou a Contratada no Certame. Referido

Recurso foi provido pela CET e resultou, a priori, na inabilitação da ASPECT MÍDIA, todavia,

tal decisão não se deu com fulcro no desatendimento ao subitem 11.2.4.1 ora questionado. Nesse

aspecto, parece-me razoável o entendimento da CET de que ainda que constasse da própria

Certidão do CREA que qualquer alteração cadastral posterior implicaria sua nulidade, a

modificação de dado para aumento de capital social ocorrida no caso não comprometeu a higidez

de seu conteúdo, ao contrário, militou em favor da empresa. De outro modo, o alijamento da

Contratada ASPECT MÍDIA do Procedimento Licitatório deu-se pelo desatendimento aos

subitens 11.2.4.2 e 11.2.4.3 do Edital, motivo que conduziu a empresa a buscar a apreciação de

seu inconformismo no Poder Judiciário e obter decisão favorável do Tribunal de Justiça de São

Paulo, que invalidando a decisão da CET permitiu o seu retorno à participação nas demais etapas

da Licitação, restando, pois, reconhecida de forma incontestável a sua habilitação. Por tais razões

e considerando a ausência de dolo, culpa ou má-fé dos agentes ou de prejuízo ao Erário, relevo as

falhas apontadas e acolho o Pregão Eletrônico 30/12 e Contrato 140/12, dele decorrente. É como

voto. Participaram do julgamento os Conselheiros João Antonio – Revisor, Edson Simões e

Domingos Dissei. Presente o Procurador Chefe da Fazenda Guilherme Bueno De Camargo.

Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 24 de fevereiro de 2016. a) Maurício Faria – Vice-

Presidente no exercício da Presidência; a) Roberto Braguim – Relator." 3) TC 6.088/04-52 –

Autarquia Hospitalar Municipal – AHM e Centurion Segurança e Vigilância S.C. Ltda. – TA

001/2004 R$ 2.520,00 (exclusão do posto da creche do Hospital Municipal Infantil Menino

Jesus), relativo ao Contrato 022/2004 no valor de R$ 593.880,00, julgado em 17/4/2013 –

Contratação emergencial de empresa especializada em prestação de serviços de vigilância e

segurança patrimonial para as Unidades da Autarquia ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e

discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro Roberto Braguim. Acordam os

Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de

conformidade com o relatório e voto do Relator, em julgar regular o Termo de Aditamento

001/2004, relevando as falhas formais constatadas. Acordam, ainda, à unanimidade, em

determinar o arquivamento dos autos. Relatório: Trata-se, nesta oportunidade, da análise do

Termo 001/2004, aditado ao Contrato 022/2004, firmado entre a Autarquia Hospitalar Municipal

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Regional Central (atual Autarquia Hospitalar Municipal) e Centurion Segurança e Vigilância S/C

Ltda., para excluir do Ajuste o posto da creche do Hospital Infantil Menino Jesus, a partir de

30.07.04, às 19horas, no percentual de 1,43%, de acordo com o previsto na Cláusula Oitava do

Contrato, no valor de R$ 2.520,00 (dois mil, quinhentos e vinte reais). Destaco, inicialmente, que

o Contrato 022/2004 foi acolhido, à unanimidade, por esta Corte, consoante v. Acórdão de fl.

201, que determinou, na sequência, o exame do Termo Aditivo 001/2004. Nesse desiderato, a

Coordenadoria IV concluiu, com base nas análises efetuadas, que o Termo Aditivo em análise

apresenta ressalvas consubstanciadas na não apresentação do Certificado de Regularidade do

Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS válido à época do Ajuste e na publicação no

Diário Oficial da Cidade após 61 (sessenta e um) dias da data limite, em desacordo com o

disposto no artigo 26 da Lei Municipal 13.278/02. Diante desses apontamentos, determinei que a

Autarquia fosse oficiada para prestar os esclarecimentos necessários. De sua parte, a oficiada

juntou aos autos cópia de documento emitido pela Caixa Econômica Federal para demonstrar a

regularidade fiscal da Contratada, à época em que foi firmado o Termo. No que tange ao atraso

na publicação do Ajuste, alegou ser falha meramente formal, podendo ser relevada. Em novo

pronunciamento, a Coordenadoria IV reviu sua conclusão anterior, relevando o apontamento

quanto ao Certificado do Fundo de Garantia de Tempo de Serviço – FGTS, mantendo, porém, a

ressalva quanto à publicação extemporânea do Aditivo. A Assessoria Jurídica de Controle

Externo, a seu turno, opinou pelo acolhimento do Instrumento, uma vez que a regularidade fiscal

da Contratada restou comprovada, bem como, resultando passível de relevação sua publicação

intempestiva. A Procuradoria da Fazenda Municipal e a Secretaria Geral acompanharam as

conclusões da Assessoria Jurídica de Controle Externo, orientando-se pela regularidade do

Instrumento analisado. É o relatório. Voto: Dou pela regularidade do Termo Aditivo analisado,

considerando as manifestações unânimes lavradas nos autos nessa direção, nada obstante as

ressalvas apontadas inicialmente pela Área Técnica desta Casa. Na verdade, a publicação

intempestiva do Termo possui natureza formal, podendo ser relevada, não sendo óbice, portanto,

a sua aprovação. Quanto à falta de apresentação do Certificado de Regularidade do FGTS válida

à época do Ajuste, acompanho o entendimento da Assessoria Jurídica e da Secretaria Geral pela

relevação, uma vez que a omissão restou superada, com a posterior apresentação do documento

juntado às fls. 228/229. Por essas razões, julgo regular o Termo de Aditamento 001/2004,

determinando, a seguir, o arquivamento dos autos. É como voto. Participaram do julgamento os

Conselheiros João Antonio – Revisor, Edson Simões e Domingos Dissei. Presente o Procurador

Chefe da Fazenda Guilherme Bueno De Camargo. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque,

24 de fevereiro de 2016. a) Maurício Faria – Vice-Presidente no exercício da Presidência; a)

Roberto Braguim – Relator." 4) TC 2.795/09-00 – Recursos "ex officio", da Procuradoria da

Fazenda Municipal – PFM e de Mirian Korting Cunha interpostos contra a R. Decisão de Juízo

Singular de 30/1/2013 – Julgador Conselheiro Edson Simões – Secretaria Municipal de

Educação – SME e Mirian Korting Cunha – Prestação de contas de adiantamento bancário–

junho/2007 (R$ 7.000,00). Após o relato da matéria, "o Conselheiro Roberto Braguim conheceu

do recurso "ex officio", eis que decorrente de disposição regimental, demandando o reexame da

matéria, e dos voluntários interpostos, visto que presentes os pressupostos de admissibilidade

previstos no artigo 140 do mesmo diploma, e, quanto ao mérito, deu provimento parcial aos

apelos para o fim de desonerar a servidora do recolhimento do valor glosado, mantendo-se no

mais a R. Decisão impugnada. Ainda, Sua Excelência determinou, após a adoção das

providências decorrentes, o arquivamento dos autos. Afinal, na fase de votação, o Conselheiro

João Antonio – Revisor solicitou vista dos autos, o que foi deferido." (Certidão) Prosseguindo,

o Presidente em exercício, Conselheiro Vice-Presidente Maurício Faria, devolveu a direção dos

trabalhos ao Conselheiro Roberto Braguim. Reassumindo a direção dos trabalhos, o Conselheiro

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Presidente Roberto Braguim concedeu a palavra ao Conselheiro Maurício Faria para relatar os

processos de sua pauta – PROCESSOS RELATADOS PELO CONSELHEIRO VICE-

PRESIDENTE MAURÍCIO FARIA – 1) TC 2.852/06-91 – Secretaria Municipal de

Assistência e Desenvolvimento Social – Smads e Associação de Apoio ao Programa Capacitação

Solidária – AAPCS – Contrato 08/06 R$ 780.346,37 – Prestação de serviços técnicos

especializados para a capacitação continuada e acompanhamento da execução do Programa Ação

Família – viver em comunidade e aprimoramento da metodologia do Programa São Paulo

Protege ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, dos quais é Relator o

Conselheiro Maurício Faria. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de

São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em julgar regular

o Termo do Contrato 08/2006, considerando que: (i) – o objeto da associação contratada

enquadra-se na disposição legal em que o ajuste foi baseado; (ii) – foi juntada a justificativa para

a contratação; (iii) – o valor adequa-se ao praticado no mercado; (iv) – existência de plano de

trabalho minucioso. Acordam, ademais, à unanimidade, em determinar a expedição de ofício às

interessadas, dando-lhes ciência deste Acórdão, nos termos regimentais. Relatório: Em

julgamento o TC 2.852/06-91, que cuida da análise do Termo de Contrato 08/06, celebrado entre

a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social – SMADS – e a Associação de

Apoio ao Programa Capacitação Solidária – AAPCS, tendo por objeto a prestação de Serviços

Técnicos Especializados para capacitação continuada e acompanhamento da execução do

"Programa Ação Família – Viver em comunidade" e aprimoramento da metodologia do

"Programa São Paulo Protege". Em sua análise, o órgão técnico deste Tribunal entendeu regular a

Contratação realizada com fulcro no artigo 24, inciso XIII da lei Federal 8.666/93, ressaltando a

existência do Plano de Trabalho, bem como a justificativa de adequabilidade dos preços com os

padrões do mercado, por meio de comparativo com os preços praticados em contratações

anteriores. Instada a se manifestar, a Assessoria Jurídica de Controle Externo acompanhou o

relatório de Auditoria no sentido da regularidade do ato examinado, solicitando a remessa de

ofício à Origem para juntada do Estatuto da Contratada. Por seu turno, a Origem em observância

a intimação respectiva8, procedeu a juntada do Estatuto da Associação de Apoio ao Programa

Capacitação Solidária e várias atas de assembleias gerais ordinárias. Em derradeira análise, a

Auditoria manteve seu parecer no sentido da regularidade da contratação, ressaltando que a

documentação trazida aos autos atende ao aperfeiçoamento deste processo, no que foi seguida

pela AJCE. Encerrando a instrução, a Procuradoria da Fazenda Municipal requereu o

acolhimento do Contrato 08/SMADS/2006, vez que formalmente regular. É o relatório. Voto: O

Contrato 08/06 em análise encontra fundamento no artigo 24, inciso XIII, da lei Federal

8.666/93, que dispensa a licitação na contratação de instituição brasileira incumbida regimental

ou estatutariamente da pesquisa, do ensino ou do desenvolvimento institucional, ou de instituição

dedicada à recuperação social do preso, desde que a contratada detenha inquestionável reputação

ético-profissional e não tenha fins lucrativos. Oportuno assinalar que o objetivo da licitação é

garantir a proposta mais vantajosa para a Administração com a observância dos devidos

princípios constitucionais. Nesse sentido, a contratação direta em análise representa possibilidade

devidamente prevista de dispensa do procedimento licitatório, pressupondo procedimento formal

prévio destinado a assegurar a melhor contratação, inserida, evidentemente, dentro do campo

discricionário do Administrador Público. Sobre o tema, trago lição de Marçal Justem Filho9: "Por

tudo isso, não seria absurdo afirmar que a contratação direta deve ser aplicada como uma

8Intimação nº 1755/2007 – Sr. Antonio Floriano Pereira Pesaro (Secretário Municipal de Assistência Social à época)

– fl.101; 9 JUSTEN FILHO, Marçal. Comentários à Lei de Licitações e Contratos Administrativos. 16ª ed. São Paulo: 2014,

p. 391.

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modalidade anômala de licitação. Explica-se a afirmativa. Não se confunde a contratação direta

com os casos de concorrência, tomada de preços etc. Mas a contratação direta pressupõe um

procedimento formal prévio, destinado a produzir a melhor escolha possível para a

Administração. Esse procedimento envolve autonomia variável para a Administração, mas que

versa apenas sobre as providências concretas a serem adotadas. Não há margem de

discricionariedade acerca da observância de formalidades prévias, as quais devem ser suficientes

para comprovar a presença dos requisitos de contratação direta e para legitimar as escolhas da

Administração quanto ao particular contratado e o preço adotado". No caso em tela, verifico que:

(i) o objeto da Associação Contratada enquadra-se na disposição legal em que o Ajuste foi

baseado, (ii) foi juntada a justificativa para a contratação, (iii) o valor adequa-se ao praticado no

mercado, (iv) existência de Plano de Trabalho minucioso. Sendo assim, a vista dos elementos

contidos nos autos e considerando a manifestação unânime e favorável dos órgãos preopinantes,

voto pela REGULARIDADE do Termo de Contrato 08/06. Dê-se ciência aos interessados da

decisão proferida, nos termos regimentais. Participaram do julgamento os Conselheiros

Domingos Dissei – Revisor, Edson Simões e João Antonio. Presente o Procurador Chefe da

Fazenda Guilherme Bueno De Camargo. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 24 de

fevereiro de 2016. a) Roberto Braguim – Presidente; a) Maurício Faria – Relator." 2) TC

373/12-06 – Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social – Smads e Social

Bom Jesus – SBJ – Convênio 011/Smads/2010 R$ 720.000,00, TAs 001/2010 (prorrogação de

prazo), 002/2010 R$ 38.428,39/mês (prorrogação de prazo) e 001/2011 (prorrogação de prazo) –

Conjugação de esforços e recursos, para assegurar direitos socioassistenciais para a população

que deles necessitar, tendo em vista o contínuo desenvolvimento e aprimoramento das atenções

oferecidas nos serviços que compõem, em rede, o Sistema Único de Assistência Social de âmbito

nacional – Suas e a política de assistência social na Cidade de São Paulo, no âmbito da rede de

segurança social, mantendo um sistema de vigilância, monitoramento e avaliação, que assegure

padrão de qualidade no atendimento e garantia do caráter público na ação, bem como informação

aos usuários de seus direitos, permitindo a troca de experiências para uma gestão descentralizada

e participativa com o compromisso de buscar alternativas para reversão do processo de

reprodução da desigualdade social na Cidade de São Paulo (Tramita em conjunto com o TC

374/12-79) ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, dos quais é Relator o

Conselheiro Maurício Faria. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de

São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em julgar

formalmente regular o Termo do Convênio 011/SMADS/2010, bem como seus respectivos

Aditamentos 001/2010, 002/2010 e 001/2011. Acordam, ainda, à unanimidade, em determinar o

envio de cópia deste Acórdão aos interessados, nos termos regimentais. Relatório e voto

englobados: v. TC 374/12-79. Participaram do julgamento os Conselheiros Domingos Dissei –

Revisor, Edson Simões e João Antonio. Presente o Procurador Chefe da Fazenda Guilherme

Bueno De Camargo. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 24 de fevereiro de 2016. a)

Roberto Braguim – Presidente; a) Maurício Faria – Relator." 3) TC 374/12-79 – Secretaria

Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social – Smads e Social Bom Jesus – SBJ –

Acompanhamento – Execução contratual – Verificar se o Convênio 011/Smads/2010 (R$

720.000,00), cujo objeto é a conjugação de esforços e recursos, para assegurar direitos

socioassistenciais para a população que deles necessitar, tendo em vista o contínuo

desenvolvimento e aprimoramento das atenções oferecidas nos serviços que compõem, em rede,

o Sistema Único de Assistência Social de âmbito nacional – Suas e a política de assistência

social na Cidade de São Paulo, no âmbito da rede de segurança social, mantendo um sistema de

vigilância, monitoramento e avaliação, que assegure padrão de qualidade no atendimento e

garantia do caráter público na ação, bem como informação aos usuários de seus direitos,

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permitindo a troca de experiências para uma gestão descentralizada e participativa com o

compromisso de buscar alternativas para reversão do processo de reprodução da desigualdade

social na Cidade de São Paulo, quanto aos aspectos da legalidade, formalidade e mérito, está de

acordo com o Plano de Trabalho bem como a regularidade da prestação de contas (Tramita em

conjunto com o TC 373/12-06) ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, dos

quais é Relator o Conselheiro Maurício Faria. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas

do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator,

em julgar regular a execução parcial do Convênio 011/Smads/2010, no período de 1º de outubro

de 2011 a 31 de janeiro de 2012, relevando as falhas constatadas, uma vez que destituídas de

conteúdo suficiente para macular a execução. Acordam, ademais, à unanimidade, em determinar

à Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social que: 1 – estabeleça indicadores

para o acompanhamento, fiscalização, avaliação e execução dos convênios, exigindo das

conveniadas a elaboração de Planos de Trabalho mais detalhados, de forma a dar integral

cumprimento ao artigo 116, § 1º, da Lei de Licitação e Contratos; 2 – elabore o plano de

aplicação dos recursos financeiros, bem como realize os depósitos do fundo de reserva em conta

poupança específica; 3 – cumpra os prazos estabelecidos para realização dos pagamentos.

Acordam, ainda, à unanimidade, em determinar o envio de ofício aos interessados, dando-lhes

ciência do presente acórdão, nos termos regimentais. Relatório englobado: Em julgamento o TC

373/12-06, que cuida da análise formal do Convênio 011/SMADS/2010, bem como dos seus

respectivos Aditamentos 001/2010, 002/10 e 001/2011, tendo por objeto a prestação de serviço

denominado Clube da Turma M'Boi Mirim, e o TC 374/12-79, que trata do acompanhamento de

sua execução, no período de 01 de outubro de 2011 a 31 de janeiro de 2012. Nos autos do TC

373/12-06, a Auditoria desta Corte assinalou as seguintes impropriedades referentes ao Termo de

Convênio: (i) publicação extemporânea do termo; (ii) falta de definição quantitativa das metas a

serem atingidas durante a execução do convênio; (iii) ausências de especificação e quantificação

da contrapartida, pela Conveniada; (iv) falta de elaboração do plano de aplicação dos recursos

financeiros ou o Demonstrativo de Custeio do Serviço Conveniado; (v) ausência de apreciação e

aprovação da minuta do convênio pela assessoria jurídica da Unidade; (vi) não apresentação, pela

Conveniada, da inscrição no CNPJ, do Certificado de Regularidade do FGTS, com prazo de

validade em vigência, e da Certidão Negativa de Débitos de Tributos Municipais; (vii) ausência

de designação de representante da Administração para o acompanhamento da execução; (viii)

falta de divulgação na página eletrônica da Prefeitura; e (ix) ausência de ciência da celebração do

Convênio à Câmara Municipal. Com relação aos Termos de Aditamento, a Especializada, além

de considerá-los irregulares por sucederem ao Convênio considerado formalmente irregular,

também trouxe os seguintes apontamentos: a) Termo de Aditamento 001/201010

: (i) publicação

extemporânea; e (ii) não divulgação na página eletrônica da Prefeitura; b) Termos de Aditamento

002/2010 e 001/201111

: (i) documentos fiscais – Certidão Negativa de Débitos (CND) e

Certificado de Regularidade do FGTS – não estavam em vigência na data da assinatura dos

termos aditivos; (ii) valor empenhado insuficiente para atender as despesas do período aditado;

(ii) a prorrogação (por mais 12 meses – Termo Aditivo 002/2010 e por mais 24 meses – Termo

Aditivo 001/2011) é irregular, uma vez que não houve a elaboração do edital de chamamento

findo o período de um ano de vigência do Termo de Convênio; e (iii) não divulgação na página

eletrônica da Prefeitura. Em complementação, informou que o Convênio foi firmado pelo mesmo

valor do convênio estadual. No entanto, manifestou-se pela impossibilidade de aprofundar a

análise no tocante à razoabilidade dos valores praticados, tendo em vista que o conveniamento se

10

Termo de Aditamento nº 001/2010: prorrogação do prazo por 09 (nove) meses (de 01/04/2010 a 31/12/2010). 11

Termo de Aditamento nº 002/2010: prorrogação do prazo por mais 12 meses (de 01/01/2011 a 31/12/2011).

Termo de Aditamento nº 001/2011: prorrogação do prazo por mais 24 meses (de 01/01/2012 a 31/12/2013)

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deu pelo processo de municipalização dos convênios já firmados com a Secretaria Estadual de

Assistência e Desenvolvimento Social, sem o estabelecimento dos parâmetros de custeio. Por sua

vez, no que tange ao Acompanhamento da Execução, realizada para o período de outubro de

2011 a março de 2012, constante do TC 374/12-79, a Auditoria constatou as seguintes

impropriedades: (i) inexistência de placa de identificação afixada no imóvel onde funciona o

serviço conveniado; (ii) ausência de informação, no material promocional e de divulgação das

atividades, de que o Clube da Turma é mantido em convênio com a Prefeitura do Município de

São Paulo e com o Governo do Estado; (iii) não utilização de crachá pelos funcionários; (iv) com

relação ao fundo de reserva, não existe uma conta poupança específica para depósito dos

recursos; (v) apresentação de valores duplicados na prestação de contas do mês de dezembro de

2011 referente a nota fiscal 461 da Locabus Locação e Transporte Ltda.; (vi) infringência ao

princípio da anualidade orçamentária por não ter sido empenhado valor suficiente para atender a

despesa do exercício de 2012; (vii) não cumprimento dos prazos previstos para envio do

processo de pagamento à Unidade Contábil, nos repasses de outubro a dezembro, e para a

liberação do pagamento. Frente a essas constatações, a Auditoria propôs Recomendações à

Origem e à Conveniada. Instada a se manifestar, a Assessoria Jurídica de Controle Externo

acompanhou as conclusões da Auditoria, sugerindo a intimação da Origem para esclarecimentos.

Ato contínuo, em ambos os processos examinados, foram intimados a Origem, a Conveniada, e

os responsáveis à época. Ao analisar as justificativas apresentadas, a Auditoria: a) nos autos do

Processo TC 373/12-06: entendeu sanados os apontamentos referentes às ausências de

especificação e quantificação da contrapartida, à ausência de apresentação do Certificado de

Regularidade do FGTS, à ausência de designação de preposto da Convenente para representá-la

na execução do convênio, e à falta de ciência à Câmara Municipal. Quanto aos demais

apontamentos manteve as conclusões iniciais. b) nos autos do Processo TC 374/12-79: entendeu

esclarecidos os itens relativos à inexistência de placa de identificação afixada no imóvel

destinado ao projeto, à apresentação de valores duplicados na prestação de contas do mês de

dezembro de 2011, e parcialmente sanada a falha consistente ao cumprimento dos prazos

previstos para envio do processo de pagamento à Unidade Contábil. Quanto aos demais

apontamentos, manteve as conclusões iniciais. Instada a se manifestar, a Assessoria Jurídica de

Controle Externo acompanhou a Especializada. Em acréscimo, posicionou-se pela relevação dos

apontamentos relativos à falta de juntada da cópia do CNPJ, à ausência de disponibilização do

Convênio na página eletrônica da SMADS e também à irregularidade pela prorrogação do ajuste,

tendo o Sr. Assessor Subchefe asseverado que as regras de empenhamento merecem a necessária

adaptação às peculiaridades dos convênios, tanto é que esta E. Corte já tem decidido pelo

acolhimento, a despeito da ocorrência de insuficiência de empenhamento, ante a ausência de

comprovação de dolo ou má-fé e de prejuízo ao erário. Por fim, quanto à publicação

extemporânea, entendeu que a mesma não se mostra capaz de comprometer o ajuste. Por seu

turno, a D. Procuradoria da Fazenda Municipal requereu a regularidade dos ajustes, diante do

caráter formal das falhas assinaladas, ou ao menos, o reconhecimento dos efeitos financeiros

produzidos. A Secretaria Geral posicionou-se pelo não acolhimento dos ajustes e de sua

execução parcial. É o Relatório. Voto englobado: Entendo, com base na jurisprudência desta

Corte, que alguns apontamentos feitos não se apresentam como elementos suficientes à

conclusão de um julgamento pela irregularidade. São eles: a) publicação extemporânea do

Termo; b) ausência de divulgação do Termo de Convênio na página eletrônica da Prefeitura; e c)

empenhamento de recursos em valor insuficiente para o atendimento da despesa prevista para o

exercício. No tocante ao empenhamento de recursos em valor insuficiente para o atendimento da

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despesa prevista para o exercício, cumpre destacar os esclarecimentos prestados pela Origem de

que, nos termos da Portaria Intersecretarial 01/2012 – SEMPLA/SF12

, os valores totais foram

reservados, e os empenhos formalizados no momento da disponibilização de recursos

orçamentários e previamente ao início do vencimento do período de sua competência. Dessa

forma, tendo a Origem demonstrado que os empenhos emitidos foram suficientes para arcar com

as despesas do exercício, entendo que a ausência de empenhamento global não é passível de

macular o ajuste. Além disso, outros apontamentos feitos inicialmente diante dos esclarecimentos

prestados pela Origem foram considerados sanados pelos órgãos técnicos, razão pela qual

entendo, da mesma forma, que estão superados. São eles: a) ausência de especificação e

quantificação da contrapartida, pela Conveniada; b) não apresentação, pela Conveniada, do

Certificado de Regularidade do FGTS, com prazo de validade em vigência; c) ausência de

designação de representante da Administração para representa-la na execução; e d) ausência de

ciência da celebração do Convênio à Câmara Municipal; e) inexistência de placa de identificação

afixada no imóvel onde funcionava o serviço conveniado; e f) apresentação de valores

duplicados na prestação de contas do mês de dezembro de 2011. De igual forma, nos termos da

manifestação da Assessoria Jurídica de Controle Externo, considero passíveis de relevação

outros dois apontamentos feitos: não apresentação, pela Conveniada, da inscrição do CNPJ e a

prorrogação pelos períodos de 12 e 24 meses, sem a realização de chamamento. De outra parte,

agora fazendo menção aos apontamentos remanescentes – falta de definição quantitativa das

metas a serem atingidas durante a execução dos convênios, falta de elaboração do plano de

aplicação dos recursos financeiros ou o Demonstrativo de Custeio do Serviço Conveniado,

ausência de apreciação e aprovação da minuta do convênio pela assessoria jurídica da Unidade,

ausência de informação, no material promocional e de divulgação das atividades, de que o Clube

da Turma é mantido em convênio com a Prefeitura do Município de São Paulo e com o Governo

do Estado, não utilização de crachá pelos funcionários, ausência de conta poupança específica

para o depósito dos recursos relativos ao fundo de reserva, e não cumprimento dos prazos

previstos para envio do processo de pagamento à Unidade Contábil, nos repasses de outubro a

dezembro, e para liberação do pagamento - consigno haver nos autos elementos que aconselham

a prudência do Julgador no sentido da aplicação mais branda do ordenamento jurídico em relação

a tais aspectos, considerando, por um lado, as justificativas de defesa e, por, outro lado, a

constatação de que as impropriedades não guardam correlação com eventuais prejuízos ao Erário.

Além disso, muito embora os apontamentos feitos indiquem fragilidade e falhas nos

procedimentos adotados, ficaram adstritos à análise formal, sem aprofundamento sobre sua

materialidade, com destaque para aspectos de controle e formalizações documentais. Nos autos

ora examinados é de destacar-se, ainda, a natureza essencial, relevante e continuada dos serviços

objeto do Termo de Convênio, instrumentalizando a parceria entre o Poder Público Municipal e a

Organização Social sem fins lucrativos, para execução dos serviços incluídos dentre os inúmeros

programas na área de assistência social no Município de São Paulo, habilitado à Gestão Plena do

Sistema Único da Assistência Social – SUAS.13

Aliás, esse entendimento já foi expressado por

esta Relatoria, por ocasião do julgamento, de forma englobada, dos TCs 593.11-21, 649/11-84,

595.11-57, 650.11-63, 1.017.11-56 e 1.276.11-04, e também dos TCs 1.266.12-31 e 1.267.12-02,

nos quais foram acolhidos, à unanimidade, os Convênios e a as respectivas execuções. Nesses

termos, e considerando os elementos constantes dos autos, voto pela regularidade formal do

Termo de Convênio 011/SMADS/2010, bem como dos seus respectivos Aditamentos 001/2010,

002/2010 e 001/2011, Processo TC 373/12-06, e regular sua execução parcial, no período de 01

12

Estabelece cotas orçamentárias iniciais para a execução orçamentária – Exercício 2012 da Administração Direta,

Indireta e dos Fundos Municipais. 13

Resolução da Comissão Intergestora Bipartite nº 09, de 15/09/2005.

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de outubro de 2011 a 31 de janeiro de 2012, relevando as falhas assinaladas, vez que destituídas

de conteúdo suficiente para macular a execução, Processo TC 374/12-79. Outrossim, determino à

Secretaria Municipal que: 1. Estabeleça indicadores para o acompanhamento, fiscalização,

avaliação e execução dos convênios, exigindo das conveniadas a elaboração de Planos de

Trabalho mais detalhados, de forma a dar integral cumprimento ao art. 116, § 1º, da Lei de

Licitação e Contratos. 2. Elabore o plano de aplicação dos recursos financeiros, bem como

realize os depósitos do fundo de reserva em conta poupança específica. 3. Cumpra os prazos

estabelecidos para realização dos pagamentos. Dê-se ciência da presente decisão aos

interessados, nos termos regimentais. Participaram do julgamento os Conselheiros Domingos

Dissei – Revisor, Edson Simões e João Antonio. Presente o Procurador Chefe da Fazenda

Guilherme Bueno De Camargo. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 24 de fevereiro de

2016. a) Roberto Braguim – Presidente; a) Maurício Faria – Relator." – PROCESSO

RELATADO PELO CONSELHEIRO EDSON SIMÕES – 1) TC 4.543/14-48 – Velp

Tecnologia Ltda. – Companhia de Engenharia de Tráfego – CET – Representação em face do

Pregão Eletrônico 56/2014, cujo objeto é a prestação de serviços de locação de Terminais

Móveis de Dados – TMD com manutenção, suporte e treinamento ACÓRDÃO: "Vistos,

relatados e discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro Edson Simões. Acordam os

Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de

conformidade com o relatório e voto do Relator, em conhecer da representação, pois preenchidos

os requisitos de admissibilidade previstos no artigo 55 do Regimento Interno desta Corte e,

quanto ao mérito, em julgá-la improcedente. Acordam, ademais, à unanimidade, em determinar

que, após o cumprimento do artigo 58 do Regimento Interno deste Tribunal, arquivem-se os

autos. Relatório: Cuidam os autos de representação formulada pela empresa VELP Tecnologia

Ltda. em face do Edital de Pregão Eletrônico 56/14, da Companhia de Engenharia de Tráfego,

tendo por objeto a prestação de serviços de locação de Terminais Móveis de Dados – TMD com

manutenção, suporte e treinamento, com valor estimado em R$ 9.623.028,00 (nove milhões,

seiscentos e vinte e três mil e vinte e oito reais). A Representante insurgiu-se contra o seguinte:

1. Restrição à Participação no Certame. Fixação de data da Visita Técnica em momento anterior

ao da abertura. Afirma que ao fixar a data limite para agendamento da visita prévia (17/10/14),

em momento muito anterior à data da abertura da sessão pública, configura efetiva restrição à

participação de interessados no certame, o que não tem sido admitido pelas Cortes de Contas. 2.

Exigência prévia de certificado da ANATEL para todos os licitantes quando a exigência deveria

ser apenas para o vencedor do certame. Alegou que, por tratar-se de locação de equipamentos,

seria desnecessária a apresentação neste momento de atestados de certificação/homologação

junto à ANATEL, pois tal exigência seria cabível apenas em relação ao vencedor do certame.

Argumentou, assim, que a exigência é exagerada e desborda do que está previsto no artigo 37,

XXI, da Constituição Federal, segunda o qual somente deve ser exigido o mínimo necessário à

garantia da execução contratual. Encerra afirmando que bastaria exigir a apresentação, pelos

licitantes, de declaração de disponibilidade dos equipamentos que serão objeto da locação e que

eles possuem a aludida certificação/homologação da ANATEL, pois a apresentação desses

documentos somente será necessária em relação aos equipamentos do vencedor. A

Coordenadoria V concluiu pela improcedência da Representação. Verificou que desde a abertura

do certame, ocorrida em 07/10/2014, a Companhia de Engenharia de Tráfego – CET informou a

todos os interessados sobre a necessidade de agendamento até 17/10/2014 para realização de

visita técnica obrigatória. Assim, entendemos que foi respeitado o prazo mínimo legal de 8 (oito)

dias úteis quanto ao item. Além disso, asseverou que o item impugnado dispõe sobre a

necessidade de agendamento até o dia 17/10/2014, não fixando uma data única para que as

interessadas realizem a visita técnica. Ademais, alegou desconhecer eventual impossibilidade de

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que as visitas fossem realizadas até o prazo final para o recebimento das propostas, motivo pelo

qual os entendimentos do Tribunal de Contas da União – TCU e do Tribunal de Contas do

Estado de São Paulo – TCESP trazidos pela representante não se aplicariam ao presente caso.

Por fim, registrou a Auditoria que, segundo o item 6 do Anexo I – Termo de Referência, durante

a visita técnica obrigatória serão esclarecidas eventuais dúvidas sobre o ambiente onde será

utilizado, sistemas e demais necessidades para a operação dos equipamentos objeto de

contratação. Assim, considerou razoável tal exigência, pois permitiu aos interessados formularem

suas propostas com maior segurança. Dessa forma, a representação é improcedente nesse ponto.

No tocante à exigência prévia de certificado da ANATEL, a Auditoria registrou preliminarmente

que a questão da apresentação de atestados de certificação/homologação, junto à ANATEL, dos

equipamentos envolvidos, bem como de acessórios, quando aplicáveis, foi objeto de

questionamento pelos interessados em participar do Pregão Eletrônico 56/14 (anexo), sendo

publicada a seguinte resposta da Companhia de Engenharia de Tráfego – CET: "RESPOSTA 3:

Conforme o próprio Edital, o item questionado, 11.2.4.2, faz parte do item 11.2.4 – qualificação

técnica, que por sua vez faz parte do item 11 – documentos para habilitação, que no seu item

11.1 deixa claro que: ‘11.1 Divulgando o julgamento das propostas de preços na forma prescrita

nesse edital, proceder-se-á à análise dos documentos de habilitação da licitante primeira

classificada’. Portanto esse e os demais documentos da qualificação técnica deverão ser

apresentados e comprovados antes da divulgação. Além disso, por se tratar de um documento

que, caso já não tenha sido emitido, não se tem nenhuma garantia que será emitido, mesmo que o

interessado já tenha feito o pedido junto ao órgão. Caso fosse aceito na entrega dos

equipamentos, como sugerido pela empresa, estaríamos correndo risco de declararmos um

vencedor, assinarmos contrato e na entrega a certificação não ser conseguida e, a operação dos

equipamentos sem essa certificação é proibida por lei". De fato, ressaltou que a possibilidade de

apresentação da certificação somente na entrega dos equipamentos pode permitir situações como

a descrita pela CET. Além disso, é necessário que o produto possua os atestados de

certificação/homologação junto à ANATEL para que a empresa possa comercializar tais

equipamentos. Portanto, considerou razoável a exigência de que as licitantes apresentassem os

atestados de certificação/homologação junto à ANATEL como parte da sua habilitação e

qualificação técnica. Diante do exposto, a representação é improcedente nesse ponto. Tanto a

Origem quanto a Representante foram cientificadas da conclusão da Auditoria deste Tribunal.

Após transcorrer "in albis" o prazo concedido para manifestação dos interessados, a Assessoria

Jurídica de Controle Externo, a Procuradoria da Fazenda Municipal e a Secretaria Geral

acompanharam o entendimento da Especializada e opinaram pela improcedência da

Representação. É o relatório. Voto: Conheço da Representação, pois preenchidos os requisitos de

admissibilidade previstos no artigo 55 do Regimento Interno deste Tribunal. Quanto ao mérito,

com lastro nos pareceres da Coordenadoria V, da Assessoria Jurídica, da Procuradoria da

Fazenda Municipal e da Secretaria Geral, julgo-a improcedente. Cumpridas as formalidades

legais, arquivem-se os autos. Participaram do julgamento os Conselheiros João Antonio –

Revisor, Maurício Faria e Domingos Dissei. Presente o Procurador Chefe da Fazenda Guilherme

Bueno de Camargo. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 24 de fevereiro de 2016. a)

Roberto Braguim – Presidente; a) Edson Simões – Relator." – PROCESSOS RELATADOS

PELO CONSELHEIRO DOMINGOS DISSEI – A) REVISOR CONSELHEIRO VICE-

PRESIDENTE MAURÍCIO FARIA – 1) TC 3.262/07-94 – Recursos "ex officio", da

Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM, da Subprefeitura Santo Amaro e da Construtora

Anastácio Ltda. interpostos contra a R. Decisão de Primeira Câmara de 25/9/2013 – Relator

Conselheiro Eurípedes Sales – Serviços de limpeza e desassoreamento com remoção de 8.500

toneladas/ano de material não inerte (areia e entulho), manutenção dos flutuadores, conservação

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das áreas do reservatório, compreendendo vegetação, caiação de muretas e elementos de concreto

e desinfecção química da área de lazer do Reservatório de Amortecimento de Cheias, no Piscinão

Jabaquara, situado na Avenida Jornalista Roberto Marinho ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e

discutidos estes autos, ora em grau de recurso, dos quais é Relator o Conselheiro Domingos

Dissei. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à

unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em conhecer dos recursos "ex

officio", por regimental, e dos voluntários, dado que preenchidos os requisitos de

admissibilidade. Acordam, ademais, à unanimidade, no mérito, adotando o entendimento

esposado pela Assessoria Jurídica de Controle Externo, corroborado pela Secretaria Geral desta

Corte, em relevar as falhas apontadas pela Subsecretaria de Fiscalização e Controle deste

Tribunal, por serem de cunho formal e não terem o condão de macular o ajuste, a saber: -

Ausência de publicação do edital em jornal de grande circulação. - Preenchimento incorreto e

extrapolação do prazo da remessa de informações ao Seri. - Publicação extemporânea do

instrumento contratual no Diário Oficial da Cidade de São Paulo. - Certificado de Regularidade

com o FGTS juntado, com validade vencida na data da assinatura do contrato. - Falta de

evidências de que o licitante vencedor comprovou a indicação de um engenheiro sanitarista como

responsável técnico. - Falta de registro da formulação de lances verbais e sucessivos por parte

das três primeiras licitantes. Acordam, ainda quanto ao mérito, à unanimidade, por remanescerem

graves impropriedades como ausência de orçamento detalhado em planilhas que expressem a

composição dos custos unitários, bem como ausência de publicação da alteração do edital,

infringindo o artigo 18 da Lei Municipal 13.278/02 e o § 4° do artigo 21 da Lei Federal 8.666/93,

e, também, considerando as decisões proferidas pelo Tribunal de Contas da União, citadas pelos

órgãos técnicos, além do decidido nos processos TC 925/09-35 e 1.377/07-35, em manter o

julgamento pela irregularidade do Pregão Presencial 003/SP-SA/07 e do Contrato 001/SP-SA/07,

bem como de sua execução contábil e financeira, dando provimento parcial aos apelos para

reconhecer os efeitos financeiros, dado o fato de que os serviços foram prestados em sua

integralidade, bem como a ausência de dano ou prejuízo ao erário. Acordam, afinal, à

unanimidade, em determinar, após as medidas de praxe, o arquivamento dos autos. Relatório:

Iniciou-se o presente procedimento de fiscalização através da Ordem de Serviço 7.3.0.0388/07,

com vistas à análise do Pregão 003/SP-SA/2007 e do Contrato 001/SP-SA/2007, firmado entre a

Subprefeitura de Santo Amaro e a Construtora Anastácio Ltda., cujo objeto é a limpeza e

desassoreamento, manutenção, conservação e desinfecção do Reservatório de Amortecimento de

Cheias – Piscinão Jabaquara, situado à Av. Jornalista Roberto Marinho – Brooklin. Analisou-se,

ainda, a execução contábil e financeira do ajuste. Por maioria de votos, a Colenda Primeira

Câmara do Tribunal, à vista das impropriedades apontadas pelos Órgãos Técnicos desta Corte,

julgou irregulares os instrumentos analisados. Vencido o Conselheiro Roberto Braguim que, nos

termos de sua declaração de voto apresentada, excepcionalmente, conheceu do procedimento

licitatório, acolheu o contrato dele decorrente e aprovou a execução contratual contábil –

financeira realizada no período. Contra o decisum foram interpostos recursos pela Procuradoria

da Fazenda Municipal, pela Subprefeitura de Santo Amaro e pela Construtora Anastácio Ltda.,

bem como recurso "ex officio", nos termos do artigo 136, inciso V, c/c o artigo 137, parágrafo

único, do Regimento Interno desta Corte, ora em julgamento. A Procuradoria da Fazenda

Municipal pronunciou-se para, em síntese, requerer que o presente recurso seja conhecido e

provido com vistas a reformar a r. decisão guerreada, de modo que sejam declarados regulares os

atos examinados nestes autos, ou que, ao menos, sejam reconhecidos os efeitos financeiros. A

Subprefeitura de Santo Amaro justificou todos os apontamentos, acrescentando que houve

excesso de formalismo que em nada contribui para o interesse público, incluindo em seu recurso

as razões do voto do conselheiro Roberto Braguim e requereu a reforma da R. Decisão. A

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Construtora Anastácio Ltda., ao recorrer, alegou que dos oito itens apontados como irregulares,

apenas os itens 4 e 6 são atinentes a ela. Desta forma, sobre a falta de evidência de que a

recorrente, licitante vencedora, comprovou a indicação de engenheiro sanitarista como

responsável técnico, alega que possuía liminar que possibilitou a sua participação no certame

licitatório sem a indicação do engenheiro sanitarista, e sem a apresentação da licença da Cetesb

na fase de habilitação. Assim, garantida a sua habilitação e tendo sido proclamada vencedora, a

contratada indicou o engenheiro sanitarista como responsável técnico, conforme consta dos

autos. Ainda, insistiu no sentido de sua atuação regular no tocante à licença de operação para

transporte de material não inerte junto a Cetesb, bem como ao Certificado de Regularidade com o

FGTS. Finalmente, incluindo as razões do voto do Conselheiro Roberto Braguim, requereu fosse

acolhido o seu recurso para o fim de ser reformada a R. Decisão e julgados regulares e aprovados

os itens que lhe foram imputados. Ao se manifestar, a Assessoria Jurídica de Controle Externo,

entendeu pela admissibilidade dos recursos interpostos, posto que se encontram em condições de

serem conhecidos, à vista do cumprimento do disposto no art. 138 e seguintes do Regimento

Interno, bem como do artigo 46 da Lei Orgânica, ambos deste E. Tribunal de Contas do

Município de São Paulo. Observou, também, que o referido julgamento está submetido ao

reexame necessário disposto no artigo 137 parágrafo único do mesmo Regimento. No que se

refere ao mérito, considerou os recursos parcialmente procedentes pelos argumentos que

explicita. Com efeito, a Assessoria Jurídica de Controle Externo considerou o caráter formal da

maior parte das falhas apontadas pelos Órgãos Técnicos desta Corte, desde o planejamento da

licitação até a execução do contrato, visto que não comprometeram os atos em exame. Destacou

que as falhas com caráter preponderantemente formal têm sido relevadas, tais como: -

preenchimento incorreto e extrapolação do prazo de remessa de informações ao Seri; - a

publicação extemporânea do instrumento contratual no Diário Oficial da Cidade de São Paulo; -

o Certificado de Regularidade com o FGTS juntado, sem validade, na assinatura do contrato; - a

falta de evidências de que o licitante vencedor comprovou a indicação de um engenheiro

sanitarista como responsável técnico; - falta de registro da formulação de lances verbais e

sucessivos por parte das três primeiras licitantes, isto considerando que não tiveram o condão de

macular os instrumentos, a exemplo dos vários julgados deste Tribunal nesse sentido: TC

1.313.07-52; 1.315.07-88; 2.826.08-43; 1.565.07-45; 1.602.07-7-; 2.269.08-89; 2.271.08-20 e

2.543.10.43. Apesar da infringência ao disposto no inciso II, artigo 8°, do Decreto Municipal

46.662/05, ausência de publicação do edital em jornal de grande circulação, 05 licitantes

participaram do certame, demonstrando que a competitividade do Pregão foi, de certa forma,

garantida com a divulgação efetivada junto à imprensa oficial. Ressaltou que remanesceram

graves irregularidades como ausência de orçamento detalhado em planilhas que expressem a

composição dos custos unitários, contrariando o disposto no inciso II do § 2° do artigo7° da lei

8.666/93 c/c artigo 7° do Decreto Municipal 46.662/05, bem como a ausência de publicação da

alteração do edital, em desobediência ao artigo 18 da Lei 13.278/02. Devido à ausência de

orçamento detalhado, este Tribunal julgou irregulares os instrumentos, conforme TC 925.09-35 e

TC 1.377.07-35. Quanto à alteração do Edital, essa foi feita de maneira significativa,

principalmente no tocante à habilitação técnica, implicando modificação da proposta. Conforme,

a Auditoria, tal fato exige nova divulgação do edital, pois poderia permitir a participação de

novas empresas ao certame, havendo a necessidade de designação de nova data para a sessão

pública do Pregão. Consistiram as alterações na qualificação técnica para a habilitação, visto que,

a princípio, era apenas permitida a indicação de um engenheiro sanitarista e após a alteração do

edital, a Certidão de Acervo Técnico poderia ter a indicação de um engenheiro civil, desde que o

responsável técnico fosse engenheiro sanitarista. Ademais, o § 4° do artigo 21 da Lei Federal

8.666/93 determina que "qualquer modificação no edital exige divulgação pela mesma forma que

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se deu o texto original, reabrindo-se o prazo inicialmente estabelecido, exceto quando,

inquestionavelmente, a alteração não afetar a formulação das propostas." Concluiu, a Assessoria

Jurídica de Controle Externo, que, dada a gravidade, essas duas ultimas impropriedades devem

ser mantidas. Destacou que de fato os serviços foram prestados em sua integralidade, não

havendo pendências entre as partes, assim como não há notícias nos autos de existência de dano

ou prejuízo ao erário, entendendo, por isso, que os ajustes atingiram a sua finalidade, e, em face

do princípio da segurança jurídica, seria imperioso acolher os efeitos financeiros dos

instrumentos em análise, com o intuito de preservar a estabilidade das relações jurídicas. Desta

forma, opinou pelo conhecimento do recurso "ex officio" e dos recursos ordinários interpostos, e,

quanto ao mérito, pelo parcial provimento do reexame necessário e dos apelos dos recorrentes

com o propósito de aceitar os efeitos financeiros dos ajustes. A Procuradoria da Fazenda

Municipal requereu o provimento de todos os recursos. A Secretaria Geral, no que tange à

admissibilidade, entendeu que o recurso "ex officio" deve ser conhecido porquanto regimental.

Além disso, os recursos interpostos preenchem todos os requisitos de admissibilidade previstos

no artigo 138 e seguintes do Regimento Interno, razão pela qual devem ser conhecidos. No

tocante ao mérito, acompanhou o entendimento da Assessoria Jurídica de Controle Externo, no

sentido de que as falhas formais poderiam ser relevadas, devendo ser mantidas as irregularidades

dos instrumentos analisados, Pregão Presencial 003/SP-SA/07, Contrato 001/SP-SA/07 e sua

execução contábil e financeira, bem como reconhecidos os efeitos financeiros dos ajustes.

Portanto, na esteira da manifestação expendida pela Assessoria Jurídica de Controle Externo,

opinou pelo conhecimento e parcial provimento do recurso "ex officio" e voluntários interpostos,

para o fim de reformar parcialmente o V. Acórdão de fls.600/601 com a finalidade de aceitar os

efeitos financeiros decorrentes do ajuste. É o relatório. Voto: 1 – Cuida o presente de recurso "ex

officio" e voluntários interpostos pela Procuradoria da Fazenda Municipal, pela Subprefeitura de

Santo Amaro e pela Construtora Anastácio Ltda., contra a r. Decisão que, por maioria, à vista das

irregularidades apontadas pelos Órgãos Técnicos desta Corte, julgou irregulares o Pregão

Presencial 003/SP-SA/07 e o Contrato 001/SP-SA/2007, tendo por objeto a prestação de serviços

de limpeza e desassoreamento com remoção de 8.500 toneladas/ano de material não inerte (areia

e entulho), manutenção dos flutuadores, conservação das áreas do reservatório, compreendendo

vegetação, caiação de muretas e elementos de concreto e desinfecção química da área de lazer do

Reservatório de Amortecimento de Cheias – Piscinão do Jabaquara. 2 – Com amparo nas

manifestações da Assessoria Jurídica de Controle Externo e da Secretaria Geral, que adoto como

razões de decidir, CONHEÇO do recurso "ex officio", por regimental, e dos voluntários

interpostos pela Procuradoria da Fazenda Municipal, Subprefeitura de Santo Amaro e

Construtora Anastácio Ltda., dado que preenchidos os requisitos de admissibilidade. 3 – No

mérito, adotando o entendimento esposado pela Assessoria Jurídica de Controle Externo,

corroborado pela Secretaria Geral, RELEVO as falhas apontadas pela Auditoria, por serem de

cunho formal e não terem o condão de macular o ajuste, a saber: ausência de publicação do edital

em jornal de grande circulação; preenchimento incorreto e extrapolação do prazo da remessa de

informações ao Seri; a publicação extemporânea do instrumento contratual no Diário Oficial da

Cidade de São Paulo; o Certificado de Regularidade com o FGTS juntado, com validade vencida

na data da assinatura do contrato; a falta de evidências de que o licitante vencedor comprovou a

indicação de um engenheiro sanitarista como responsável técnico; falta de registro da formulação

de lances verbais e sucessivos por parte das três primeiras licitantes. 4 – Contudo, por

remanescerem graves impropriedades como ausência de orçamento detalhado em planilhas que

expressem a composição dos custos unitários, bem como ausência de publicação da alteração do

edital, infringindo o artigo 18 da Lei 13.278/02 e o § 4° do artigo 21 da Lei Federal 8.666/93, e,

também, considerando as decisões proferidas pelo Tribunal de Contas da União, citadas pelos

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órgãos técnicos, além do decidido nos TC 925.09-35 e 1.377.07-35, mantenho o julgamento pela

irregularidade do Pregão Presencial 003/SP-SA/07 e do Contrato 001/SP-SA/07, bem como de

sua execução contábil e financeira. 5 – No entanto, com fundamento nas mesmas manifestações,

DOU PROVIMENTO PARCIAL aos recursos para reconhecer os efeitos financeiros, dado o fato

de que os serviços foram prestados em sua integralidade, bem a como a ausência de dano ou

prejuízo ao Erário. 6 – Após as medidas de praxe, arquivem-se os autos. É o meu voto.

Participaram do julgamento os Conselheiros Maurício Faria – Revisor, Edson Simões e João

Antonio. Presente o Procurador Chefe da Fazenda Guilherme Bueno de Camargo. Plenário

Conselheiro Paulo Planet Buarque, 24 de fevereiro de 2016. a) Roberto Braguim – Presidente; a)

Domingos Dissei – Relator." 2) TC 2.563/14-84 – Empresa de Tecnologia da Informação e

Comunicação do Município de São Paulo – Prodam-SP S.A. – Acompanhamento – Verificar a

regularidade do Edital do Pregão Eletrônico 05.003/14, cujo objeto é o registro de preços para

futura e eventual aquisição de módulos e switches para a Administração Direta e Indireta do

Município de São Paulo. Após o relato da matéria, "o Conselheiro Domingos Dissei,

considerando que: paralelamente à presente análise do edital desenvolveu-se também neste

Tribunal de Contas, no âmbito do processo TC 4.551/14-76, a análise do certame licitatório,

sendo certo que na Sessão Ordinária 2.825ª, de 19 de agosto de 2015, à unanimidade, este

Egrégio Plenário julgou regular o Pregão Eletrônico 05.003/2014, deixando de fazer qualquer

determinação, tendo em vista a ausência de irregularidades; na ocasião ficou consignado que o

objeto do certame em questão, dividido em 3 lotes, havia sido adjudicado às empresas Aynil

Soluções S.A., NEC Latin América S.A. e Alctel Telecomunicações e Informática Ltda.,

respectivamente, lotes 1, 2 e 3; por entender que a análise da licitação, por ser mais abrangente,

engloba a análise do edital licitatório, e, no intuito de se evitar eventuais decisões conflitantes,

Sua Excelência julgou prejudicada a presente análise, em virtude da perda do objeto. Ainda, o

Conselheiro Domingos Dissei – Relator determinou, após as medidas regimentais, o

arquivamento dos autos. Ademais, o Conselheiro Maurício Faria – Revisor, consoante declaração

de voto apresentada, acolheu o Edital do Pregão Eletrônico 05.003/14. Afinal, na fase de

votação, o Conselheiro Edson Simões solicitou vista dos autos, o que foi deferido." (Certidão)

3) TC 991/15-08 – Câmara Municipal de São Paulo – CMSP e Laboratório de Análises Clínicas

Clemente Pereira – TAs 05/85 Cr$ 861.623.910,00 (prorrogação de prazo contratual) e 03/86 Cr$

228.396,00 (prorrogação de prazo contratual), relativos ao Contrato 06/83 (Cr$ 48.720.000,00) –

Contratação para prestação de serviços especializados de laboratório clínico ACÓRDÃO:

"Vistos, relatados e discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro Domingos Dissei.

Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de

conformidade com o relatório e voto do Relator, em julgar irregulares os Termos Aditivos 05/85

e 03/86, por desatenderem ao disposto no artigo 44, § 1º, da então vigente Lei Municipal

8.248/75, com a redação dada pela Lei Municipal 9.404/81, que limitava os acréscimos ou

supressões contratuais ao percentual de 25% (vinte e cinco por cento) do valor inicial do

contrato. Acordam, ainda, à unanimidade, em reconhecer, no entanto, os efeitos financeiros

produzidos, tendo em vista o tempo decorrido, bem como a inexistência de notícia de

descumprimento do ajuste ou de prejuízo à Administração. Acordam, afinal, à unanimidade, em

determinar, uma vez cumpridas as exigências regimentais cabíveis, o arquivamento dos autos.

Relatório: Trata o presente da análise dos Termos Aditivos 05/85 e 03/86, relativos ao Contrato

06/83, celebrado entre a Câmara Municipal de São Paulo e o Laboratório de Análises Clínicas

Clemente Ferreira Ltda., em data de 01/11/1983, tendo por objeto a prestação de serviços

especializados de exames laboratoriais aos servidores da contratante, mediante o atendimento de,

no máximo, 200 encaminhamentos mensais, o qual foi acolhido por esta Corte, juntamente com

os Termos de Aditamento 06/83, 05/84 e 06/84, consoante acordão de fls. 56, datado de 07 de

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agosto de 1985. Também foi acolhido por esta Corte, consoante acordão de 08/01/1986, o Termo

de Aditamento 20/85, que cuidou de prorrogação do prazo de vigência do ajuste. Restaram

pendentes de julgamento, no entanto, o Termo de Aditamento 05/85, pactuado para o acréscimo

do objeto contratual em 100% (cem por cento), passando o ajuste a atender até 400

encaminhamentos mensais, bem como o Termo Aditivo 3/86, de prorrogação do prazo de

vigência, com seu objeto já acrescido. Cumpre destacar, preliminarmente, que a partir de janeiro

de 1989 estes autos permaneceram com seu andamento paralisado, voltando a tramitar somente

em março de 2015, quando localizado pela Secretaria Geral, ocasião em que me foi redistribuído

com fundamento no disposto no art. 99 do Regimento Interno desta Corte. Quanto ao Termo de

Aditamento 05/85, os pareceres dos órgãos técnicos desta Corte lançados aos autos foram

unânimes em apontar a sua irregularidade, visto que o acréscimo do objeto contratual contrariava

o disposto no § 1º do artigo 44 da Lei 8.248/75, que regulava, à época, as licitações e contratos

da Administração Municipal, visto implicar aumento do objeto contratual em mais de 25%.

Irregular também, conforme manifestação da Assessoria Jurídica desta Corte, o Termo Aditivo

3/86, que tratou da prorrogação de vigência do ajuste, mantida a quantidade aumentada de

exames laboratoriais. A Procuradoria da Fazenda Municipal, recentemente instada a se

manifestar sobre o quanto contido nos autos, acompanhou os pareceres no sentido da

irregularidade o Termo Aditivo 5/85, entendendo, no entanto, que, dado o tempo decorrido (32

anos), devem ser reconhecidos os efeitos financeiros produzidos. A Secretaria Geral, a seu turno,

embora reconhecendo a irregularidade do aludido Termos de Aditamento 5/85, opinou

igualmente pelo acolhimento de seus efeitos financeiros, em face do tempo decorrido e em

atenção aos princípios da estabilidade e segurança das relações jurídicas. É o relatório. Voto: 1 –

Compulsando os presentes autos, observa-se que o Contrato 06/83, de 11/11/1983, firmado entre

a Câmara Municipal de São Paulo e o Laboratório de Análises Clínicas Clemente Ferreira Ltda.,

tendo por objeto exames laboratoriais, bem como os Termos de Aditamento 06/83, 05/84 e

06/84, foram ACOLHIDOS por unanimidade pelo Plenário desta Corte, consoante acordão de

fls. 56, datado de 07 de agosto de 1985. 2 – Também foi acolhido por esta Corte, consoante

Acordão de 08/01/1986, o Termo de Aditamento 20/85, que cuidou do prazo de prorrogação do

ajuste. 3 – Porém, no que diz ao Termo Aditivo 05/85, que se prestou ao acréscimo do objeto

contratual em 100% (cem por cento) do quantitativo inicialmente previsto, resta bem evidenciada

a sua irregularidade, posto que desatendeu ao disposto no artigo 44, § 1º, da então vigente Lei

8.248/75, com a redação dada pela Lei 9404/81, que limitava os acréscimos ou supressões

contratuais ao percentual de 25% (vinte e cinco por cento) do valor inicial do contrato. 4 – Pela

mesma razão, irregular o Termo de Aditamento 03/86, que se prestou à prorrogação do prazo de

vigência do ajuste acrescido em 100% de seu objeto. 5 – Isto posto, acompanhando o

entendimento dos Órgãos Técnicos desta Corte, da Procuradoria da Fazenda Municipal e da

Secretaria Geral, JULGO IRREGULARES os Termos de Aditamento 05/85 e 03/86,

reconhecendo, no entanto, os efeitos financeiros produzidos, tendo em vista o tempo decorrido

(aproximadamente 32 anos), bem como a inexistência de notícia de descumprimento do ajuste ou

de prejuízo à Administração. Após, cumpridas as exigências regimentais cabíveis, arquivem-se

os autos. É como voto. Participaram do julgamento os Conselheiros Maurício Faria – Revisor,

Edson Simões e João Antonio. Presente o Procurador Chefe da Fazenda Guilherme Bueno de

Camargo. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 24 de fevereiro de 2016. a) Roberto

Braguim – Presidente; a) Domingos Dissei – Relator." 4) TC 2.746/08-06 – Secretaria

Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social – Smads e Sociedade Instrução e Socorros –

Acompanhamento – Execução Contratual – Verificar se o Convênio 352/Smads/2008 (R$

716.427,84), cujo objeto é a prestação do serviço denominado Centro, sendo oferecidas 326

vagas para crianças de 06 a 12 anos e para adolescentes de 12 a 15 anos, no Distrito São Rafael,

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está sendo executado conforme o pactuado ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes

autos, dos quais é Relator o Conselheiro Domingos Dissei. Acordam os Conselheiros do

Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório

e voto do Relator, considerando que os apontamentos da Subsecretaria de Fiscalização e Controle

desta Corte não tiveram o condão de afetar a regular execução dos serviços conveniados,

conforme bem demonstrado no Relatório de Acompanhamento às fls. 157/160 dos autos, em

acolher excepcionalmente a execução do Convênio 352/Smads/2008, referente ao período de

julho a setembro de 2008, relevando as falhas constatadas, por não possuírem a capacidade de

impedir o acolhimento de sua execução. Acordam, ainda, à unanimidade, em determinar a

remessa de ofício à Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social – Smads,

acompanhado de cópia das manifestações dos Órgãos Técnicos deste Tribunal, para o fim de que

reexamine a questão relativa ao controle dos valores repassados às conveniadas a título Fundo de

Reserva em face dos apontamentos da Auditoria, informando a esta Corte, no prazo de 90

(noventa) dias, a conclusão alcançada e eventuais providências adotadas. Relatório: Em

julgamento a execução do Termo Convênio 352/SMADS/2008, celebrado entre a Secretaria

Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social – SMADS e a Sociedade Instrução e

Socorros, tendo por objetivo a "prestação de serviço denominado Centro para Crianças de 06 a

12 anos e Centro para Adolescentes de 12 a 15 anos", referente ao período de julho a setembro de

2008. Referido Convênio foi celebrado com vigência de 01.04.2008 a 31.03.2010, no valor de

R$ 716.427,84, mediante o repasse mensal no valor de R$ 29.851,16. Posteriormente, foram

firmados 02 (dois) aditamentos para alterar o valor de repasse mensal: o primeiro, celebrado em

30.12.2009, alterou-o para R$ 40.615,61 e o segundo, firmado em 31.03.2010, para R$

50.314,11. Ressalte-se que o mencionado Convênio já foi julgado por este Tribunal de Contas na

Sessão Ordinária de 23.07.2014, sendo considerado regular, por unanimidade. Com relação à

execução, a Coordenadoria III, em sua primeira avaliação, referente ao período de Julho/2008 a

Setembro/2008, após visita ao serviço, concluiu que a conveniada estava atendendo ao Plano de

Trabalho. Todavia, apontou, no entanto, várias irregularidades na execução contratual. Os autos

retornaram à Subsecretaria de Fiscalização e Controle para realização de nova auditoria

abrangendo desta feita o período de janeiro a agosto de 2010, sendo certo que a especializada

manteve sua conclusão pela irregularidade da execução pelos motivos anteriormente apontados,

quais sejam: 1) A placa de identificação oficial no local da prestação do serviço estava

desatualizada, pois indicava outro serviço de assistência social anteriormente ali desenvolvido. 2)

Ausência de indicação formal de um técnico como gerente do serviço, e da responsabilidade

nominal de contador responsável pela prestação de contas; 3) Ausência do Certificado de

Entidade Beneficente de Assistência Social e do Ato Declaratório de Isenção de Contribuições

Sociais do INSS; 4) Falta de junção nos processos de pagamentos da previsão de horas técnicas e

oficinas; da cópia do plano de aplicação de parcela financeira e da declaração de férias coletivas

relativa ao exercício de 2010; 5) Em relação à GROAS - Grade de Ofertas de Atividades -

GROAS/2010, não junção no processo de pagamento e consequente falta de comprovação de sua

analise pelo Técnico Supervisor; 6) Em relação à Declaração Trimestral de Gerenciamento dos

Recursos Financeiros - DEGREF relativas ao período de janeiro a agosto de 2010, foram

assinadas por profissionais não indicados formalmente; 7) Remessa intempestiva à SMADS da

Planilha de Liquidação; 8) Emissão intempestiva da Declaração Mensal de Supervisão Técnica -

RESUP, ausência de informações sobre seu monitoramento e avaliação do convênio e sobre o

uso dos recursos financeiros; 9) Falta de comprovação da observância da regularidade da

Conveniada no CADIN e no FGTS no mês de agosto/2008; Observou, ainda, que a (10) RESUP

relativa a junho de 2010 não havia sido juntada no processo de pagamento, e que faltava

comprovação de que estaria sendo feita a avaliação das ações prestadas pela Origem e da

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aplicação do item "Encargos Sociais", e que (11) não foi observado, nos pagamentos de fevereiro

e março de 2010, o prazo estabelecido pelo artigo 39 da Portaria 30/SMADS/2007 entre a

emissão do extrato de liquidação e o pagamento. Foram intimados os Srs. Paulo Sérgio de

Oliveira e Costa (Secretário Municipal), Cristiane Alves dos Santos (Supervisor de Assistência

Social), Ana Lúcia de Julio Herrero (Técnica Supervisora – agosto e setembro), Silvia Kihil da

Silva Rodrigues (Técnica Supervisora – julho), e Rosicleide Baptista Cornejo (UPC), além da

Conveniada, sendo que a Sra. Cristiane não apresentou defesa. A Conveniada alegou que as

placas de identificação não foram fornecidas pela SMADS, que nunca lhe havia sido solicitada a

indicação formal de contador habilitado e que o gerente de serviço era formalmente apresentado

mensalmente na Declaração Mensal de Despesas - DESP. Informou que entregava o Certificado

de Entidade Beneficente de Assistência Social – CEBAS a cada 3 (três) anos, que é o prazo de

sua validade, e que a GROAS - Grade de Ofertas de Atividades e a declaração de férias também

haviam sido entregues, bem como entregava mensalmente as certidões de regularidade junto ao

CADIN e ao FGTS. As Sras. Ana Lúcia de Julio Herrero, Silvia Kihil da Silva Rodrigues e

Rosicleide Baptista Cornejo (UPC) apresentaram defesa conjunta informando que a placa de

identificação já havia sido solicitada e que a indicação do técnico pela Conveniada, de fato, não

havia ocorrido, bem como a entrega de Certificado de Entidade Beneficente e a Declaração de

Isenção, mas que tomaram as providências para sanar tal impropriedade. Quanto às demais

infringências, admitiram a falta de apresentação da documentação, mas que haviam

providenciado a regularização posteriormente. O Sr. Paulo Sérgio, então Secretário da SMADS,

alegou que o acompanhamento da execução dos convênios e as prestações de contas, dada a

descentralização das atividades da Pasta, seriam de competência das Supervisões de Assistência

Social das Subprefeituras, não podendo as infringências ser atribuídas à Secretaria. A respeito do

apontamento relativo à falta de fiscalização por parte da SMADS sobre a utilização dada pela

conveniada aos valores depositados a título de Fundo de Reserva, trouxe aos autos o

entendimento da Supervisão de Contabilidade da Pasta, como segue: "Quando ocorrem despesas

com rescisão de contrato de trabalho, apenas os dias trabalhados podem ser lançados na verba

mensal do convênio, as demais despesas deverão ser custeadas com recursos provenientes do

Fundo de Reserva. O Fundo de Reserva é, portanto, a contrapartida do município para dar lastro

financeiro à apropriação das despesas para as quais ele foi previsto, bem como para a cobertura

de outras despesas que surgirem em decorrência de rescisão contratual, como por exemplo, aviso

prévio indenizado e férias indenizadas, que embora não computadas nos percentuais deste Fundo,

poderão ser custeadas com o saldo disponível; quando este for insuficiente, deverá a organização

arcar com as diferenças. Esclarecemos ainda que o vínculo empregatício entre

trabalhador/organização independe da relação da organização com a SMADS, isso significa que

ainda que ocorra a rescisão do convênio, a organização não tem a obrigatoriedade de demitir

todos os trabalhadores que em determinado período foram disponibilizados para a execução do

convênio que foi extinto e assim realizar a prestação de contas do Fundo de Reserva. Diante do

exposto, entendemos s.m.j, que o fundo de reserva não pode ser confundido com saldos de

convênio, pois estes sim devem atender o disposto no parágrafo 5º e 6º do inciso III do Artigo

116 da Lei Federal 8.666/93". (sic) Após análise das defesas, AUD concluiu que permaneciam as

seguintes irregularidades: 1) Inexistência de fornecimento de placa de identificação oficial

atualizada no local da prestação do serviço; 2) Em relação à Planilha de Liquidação, remessa

intempestiva à SMADS; 3) Em relação às Planilhas RESUP - Relatório Mensal de Supervisão

Técnica, emissão intempestiva. 4) Falta de comprovação da observância da regularidade da

Conveniada no CADIN e no FGTS no mês de agosto/2008; 5) Falta de comprovação de que

estaria sendo feita a avaliação das ações prestadas pela Origem e da aplicação do item "Encargos

Sociais"; 6) Não foi observado, nos pagamentos de fevereiro e março de 2010, o prazo

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estabelecido pelo artigo 39 da Portaria 30/SMADS/2007 entre a emissão do extrato de liquidação

e o pagamento. Com relação ao item 5 (cinco) acima, ressaltou que o saldo do fundo de reserva

estava sendo investido em aplicações financeiras, que geravam rendimentos significativos, mas

que nem estes rendimentos e nem o saldo do fundo estariam sendo apontados na prestação de

contas do convênio, e não havia controle por parte da Origem se tais rendimentos vinham sendo

aplicados no Convênio. A Procuradoria da Fazenda Municipal entendeu que a Origem havia

esclarecido as impropriedades apontadas, todas de ordem formal, e, como a Auditoria não havia

apontado que os serviços não haviam sido executados ou que não haviam sido prestados a

contento, requereu o acolhimento da execução do Convênio, com relevação das impropriedades

e, sucessivamente, o reconhecimento dos efeitos financeiros e patrimoniais produzidos. É o

relatório. Voto: 1 – Consoante tenho ressaltado, quando do exame de casos da espécie, os

convênios com entidades sem finalidades lucrativas, são importantes instrumentos de que se

utiliza a Administração Municipal para a prestação dos serviços de assistência social voltados a

garantir as necessidades básicas da população em situação de vulnerabilidade. 2 – No caso em

exame, a Auditoria desta Corte, após minucioso exame da execução do Termo de Convênio,

apontou falhas que foram parcialmente sanadas no curso da instrução. Remanesceram, no

entanto, as irregularidades referentes à (1) inexistência de fornecimento de placa de identificação

oficial atualizada no local da prestação do serviço; (2) remessa intempestiva da Planilha de

Liquidação à SMADS; (3) Emissão intempestiva das Planilhas RESUP; (4) Falta de

comprovação da regularidade da Conveniada no CADIN e no FGTS no mês de agosto/2008; (5)

Falta de comprovação de que estaria sendo feita a avaliação das ações prestadas pela Origem e da

aplicação do item "Encargos Sociais"; e (6) Não observância, nos pagamentos de fevereiro e

março de 2010, do prazo estabelecido pelo artigo 39 da Portaria 30/SMADS/2007 entre a

emissão do extrato de liquidação e o pagamento. 3 – Com relação aos apontamentos constantes

dos itens 1,2, 3 e 6, entendo que, pela natureza formal de tais impropriedades, não tiveram o

condão de afetar a regularidade da execução dos serviços conveniados, pelo que relevo-os. 4 –

No tocante ao apontamento previsto no item 4 - falta de comprovação da regularidade da

Conveniada no CADIN e perante o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço no mês de

agosto/2008, há nos autos cópias de certidões posteriormente emitidas por ambos os órgãos, nas

quais se verifica a regularidade da Sociedade Instrução e Socorros, motivo pelo qual, igualmente,

relevo-o. 5 – Quanto ao registro de falta de comprovação de que estava sendo feita a avaliação

das ações prestadas para efeito de controle da qualidade do serviço assistencial, conclusão

resultante da apontada falta de preenchimento ou preenchimento incorreto dos instrumentos

previstos na Portaria 30/SMADS/07, em que pese possa se atribuir falhas aos procedimentos da

Supervisão de Assistência Social, não se pode deixar de levar em conta a observação da

Auditoria, relativa à supervisão técnica "in loco", constante de fls. 170, no sentido de que existia

no local dos serviços um caderno de páginas numeradas em que os técnicos da SAS registravam

os dias de suas supervisões, a exemplo dos registros de fls. 145/146. 6 – A respeito do

apontamento da Auditoria relativamente a ausência de fiscalização por parte da Origem dos

valores repassados à Conveniada a título de encargos sociais, notadamente do valor pertinente ao

Fundo de Reserva, que, segundo o entendimento da especializada, deveria merecer maior

controle e, quando não utilizado, deveria, ao final do convênio, ser devolvido à Administração

nos termos previstos no artigo 116, § 6º, da Lei 8.666/93, penso que a questão merece maior

reflexão. 7 – Veja-se que, nos termos da legislação que regulamenta o assunto, os serviços

socioassistenciais são custeados com a contrapartida do município. Nesse sentido, a Portaria

30/SMADS/2007, vigente à época do convênio de que se trata, previa no seu artigo 8º que o

valor da contrapartida destinada a custear a folha de pagamento seria acrescido de percentual

destinado à cobertura das despesas com encargo patronal em percentuais variáveis conforme se

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tratasse de organização isenta ou não isenta de recolhimento do INSS, bem como com percentual

destinado à provisão do fundo de reserva para custeio de 1/3 de férias+encargos, 13º salário +

encargos e outros. 8 – De acordo com os esclarecimentos da Origem, tais valores, repassados a

título de "provisão de fundo de reserva" se destinavam a garantir à conveniada um lastro

financeiro destinando a arcar com outras despesas próprias do empregador, tais como rescisão do

contrato de trabalho, encargos sobre férias, e outros eventos, que poderiam ou não ocorrer na

vigência do convênio, posto que o término da vigência do convênio não implica obrigatoriamente

na demissão dos trabalhadores da conveniada que atuaram na sua execução. 9 – Assim sendo,

não me parece desarrazoado o entendimento defendido pela Pasta no sentido de que tais valores,

correspondentes ao período em que os trabalhadores da entidade foram disponibilizados para

atuar no Convênio com a PMSP, não constituem saldo do convênio e que, caso não utilizados na

vigência do convênio, deveriam, ao final, ser devolvidos, posto que se destinavam às despesas

que poderiam ocorrer após o término do convênio, caso mantidos pela organização os vínculos

trabalhistas. 10 – Diante do exposto, e considerando que os apontamentos do órgão técnico desta

Corte não tiveram o condão de afetar a regular execução dos serviços conveniados, conforme

bem demonstrado no Relatório de Acompanhamento às fls. 157/160, ACOLHO

EXCEPCIONALMENTE a Execução do Convênio 352/SMADS/2008, celebrado entre a

Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social – SMADS e a Sociedade

Instrução e Socorros, tendo por objetivo a "prestação de serviço denominado Centro para

Crianças de 06 a 12 anos e Centro para Adolescentes de 12 a 15 anos", referente ao período de

julho a setembro de 2008, relevando-se as falhas apontadas, visto não possuírem o condão de

impedir o acolhimento de sua execução. 11 – Determino, no entanto, a remessa de ofício à

SMADS, acompanhado de cópia das manifestações da Auditoria desta Corte, para o fim de que

reexamine a questão relativa ao controle dos valores repassados às conveniadas a título Fundo de

Reserva em face dos apontamentos da Auditoria desta Corte, informando a esta Corte, no prazo

de 90 (noventa) dias, a conclusão alcançada e eventuais providências adotadas. É o meu voto.

Participaram do julgamento os Conselheiros Maurício Faria – Revisor, Edson Simões e João

Antonio. Presente o Procurador Chefe da Fazenda Guilherme Bueno de Camargo. Plenário

Conselheiro Paulo Planet Buarque, 24 de fevereiro de 2016. a) Roberto Braguim – Presidente; a)

Domingos Dissei – Relator." B) REVISOR CONSELHEIRO CORREGEDOR JOÃO

ANTONIO – 5) TC 2.507/15-94 – Sanecol Saneamento Ambiental e Ecológico Ltda. e

Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo – Cohab-SP – Representação em face do

Edital de Concorrência 002/15, cujo objeto é a contratação de empresa especializada para

realização dos serviços necessários para remediação do solo contaminado, instalação de sistema

de drenagem de vapores e gerenciamento e monitoramento da situação ambiental, para o C.H.

Heliópolis L, situado na Avenida Almirante Delamare com Rua Michele Príncipe –

Subprefeitura Ipiranga, no Município de São Paulo ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos

estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro Domingos Dissei. Acordam os Conselheiros do

Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório

e voto do Relator, em conhecer da representação, pois preenchidos os requisitos regimentais, e,

no mérito, em julgá-la prejudicada em razão da perda de seu objeto. Acordam, ademais, á

unanimidade, em determinar o envio de ofício à empresa representante Sanecol Saneamento

Ambiental e Ecológico Ltda. e à Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo – Cohab-

SP, para ciência deste Acórdão, dando cumprimento ao que dispõe o artigo 58 do Regimento

Interno deste Tribunal, bem como o posterior arquivamento dos autos. Relatório: Trata-se da

análise da Representação oposta pela Empresa SANECOL Saneamento Ambiental e Ecológico

Ltda., em face do Edital de Concorrência 2/2015, realizada pela Companhia Metropolitana de

Habitação de São Paulo - COHAB, cujo objeto é a contratação de empresa especializada para a

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realização dos serviços necessários para a remediação do solo contaminado, instalação de

sistema de drenagem de vapores e gerenciamento e monitoramento da situação ambiental, para o

Conjunto Habitacional Heliópolis L, situado na Av. Almirante Delamare com a Rua Michele

Príncipe – Subprefeitura do Ipiranga. Em síntese, a Representante insurgiu-se contra os seguintes

aspectos do edital: - a redação do subitem 16.5.214

configuraria ofensa ao princípio da legalidade,

uma vez que é vedada a emissão de CAT (Certidão de Acervo Técnico) em nome de pessoa

jurídica, de acordo com o artigo 55 da Resolução 1.025, de 30 de outubro de 2009, do CONFEA;

- o subitem 16.5.4.215

, que exige atestado de conclusão da obra ou outro documento equivalente,

emitido pela Prefeitura e sobre o local de sua realização, seria restritivo e direcionador. A

Representante requereu, ao final, a suspensão cautelar do certame, cuja abertura se daria em

22/05/2015. A Secretaria de Fiscalização e Controle analisou os documentos carreados aos autos

e posicionou-se pela procedência parcial do quanto questionado sobre o subitem 16.5.2, no

tocante à exigência da Certidão de Acervo Técnico – CAT, uma vez que a leitura do subitem

impugnado permite dupla interpretação, dando margem ao entendimento de que as CATs seriam

exigidas em nome da licitante (pessoa jurídica), o que é vedado pelo artigo 55 da Resolução

1.025, de 30 de outubro de 2009, do CONFEA (Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e

Agronomia). Concluiu a SFC, ainda, pela procedência do questionamento relativo à exigência

contida no item 16.5.4.2, que trata da apresentação do "auto de conclusão de obra ou documento

equivalente". Em face de tal pronunciamento determinei, "ad cautelam", a suspensão "sine die"

da Concorrência 02/2015, bem como a intimação da COHAB e do Pregoeiro para ciência,

cumprimento e manifestação. Após apresentação de defesa pela COHAB, a Secretaria de

Fiscalização e Controle, em nova manifestação, entendeu superado o apontamento do subitem

16.5.2 do Edital, uma vez que a Origem esclareceu que o Atestado e/ou Certificado expedido por

pessoas jurídicas de direito público ou privado deveria ser emitido em nome da licitante e

apresentar a execução de trabalhos similares, para comprovação de aptidão de atividade

pertinente e compatível com o objeto licitado. Acrescentou, ainda, que as certidões e atestados só

possuem validade se acompanhadas das CATs, essas sim emitidas em nome do profissional

competente. Quanto ao questionamento relativo ao subitem 16.5.4.2, atinente à exigência do auto

de conclusão das obras, considerou superado o apontamento em razão do compromisso da

Origem, de retirar do edital referido subitem. Em data de 01 de julho de 2015 foi referendado

pelo Órgão Pleno desta Corte de Contas a retomada da Concorrência, decisão condicionada à

efetiva alteração do subitem 16.5.4.2, conforme proposto pela Origem. A nova minuta do Edital

foi analisada pela Secretaria de Fiscalização e Controle, que concluiu sanada a irregularidade

anteriormente apontada – subitem 16.5.4.2 do Edital anteriormente publicado. A Assessoria

Jurídica de Controle Externo entendeu que a Representação preencheu os requisitos de

admissibilidade e, quanto ao mérito, tendo em vista as alterações propostas pela Origem, os

questionamentos apresentados pela Representante restaram prejudicados. A Procuradoria da

Fazenda Municipal, tendo em vista a comprovação nos autos de que a Origem republicou o

edital, alterando-o quanto aos itens levantados na peça inaugural, entendeu que a Representação

perdeu seu objeto. A Secretaria Geral opinou pelo conhecimento da Representação e, no mérito,

14

16.5.2 Atestado(s) e/ou Certidão(ões) expedido(s) por pessoa(s) jurídicas de direito público ou privado,

acompanhado(s) da(s) respectiva(s) Certidão(ões) de Acervo Técnico – CAT, emitidas pelas entidades de classe

profissional competente (registro no sistema CREA/CONFEA e/ou CAU), em nome da licitante, que demonstrem a

execução de trabalhos similares, para comprovação de aptidão de atividade pertinente e compatível como objeto

licitado. 15

16.5.4.2 Quando o atestado for fornecido por pessoa jurídica de direito privado deverá vi acompanhado de Auto

de Conclusão de Obra, ou documento equivalente, emitido pelo órgão competente da Prefeitura do Município onde

localizar-se a o empreendimento.

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pela perda de seu objeto quanto ao subitem 16.5.4.2, tendo em vista a alteração do Edital pela

Origem, e improcedente quanto a questão dos atestados de capacidade técnica, subitem 16.5.2,

uma vez que a Origem esclareceu e saneou as dúvidas existentes. É o relatório. Voto: 1 - A

presente Representação merece ser conhecida, pois preenchidos os requisitos regimentais. 2 -

Quanto ao mérito, observo que os questionamentos contidos na peça exordial restaram superados

ao longo da instrução processual como segue: o apontamento relativo ao item 16.5.2, com os

esclarecimentos prestados pela Origem, no sentido de que o Atestado e/ou Certificado expedido

por pessoas jurídicas de direito público ou privado deveria ser emitido em nome da licitante e o

item 16.5.4.2, mediante a exclusão da exigência de apresentação do "auto de conclusão de obra

ou documento equivalente". 3 - Assim, por todo o exposto, na esteira das manifestações da

Subsecretaria de Fiscalização e Controle e da Assessoria Jurídica de Controle Externo, cujas

razões adoto como fundamento para decidir, CONHEÇO da Representação e, no mérito,

JULGO-A PREJUDICADA em razão da perda de seu objeto. 4 - Expeçam-se ofícios à Origem e

à Empresa autora da Representação para ciência deste julgado. Após as providências de praxe

arquivem-se os autos. Participaram do julgamento os Conselheiros João Antonio – Revisor,

Maurício Faria e Edson Simões. Presente o Procurador Chefe da Fazenda Guilherme Bueno de

Camargo. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 24 de fevereiro de 2016. a) Roberto

Braguim – Presidente; a) Domingos Dissei – Relator." – PROCESSOS RELATADOS PELO

CONSELHEIRO CORREGEDOR JOÃO ANTONIO – 1) TC 4.070/04-16 – Recurso da

Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM interposto contra o V. Acórdão de 5/10/2011 –

Relator Conselheiro Roberto Braguim – Autarquia Hospitalar Municipal – AHM e DBDL

Serviços Médicos Ltda. – (Contrato 026/2003 R$ 275.817,00/mês e TAs) – Contratação de

serviços de remoção de pacientes em ambulâncias (de e/ou) para as Unidades componentes da

Autarquia (além de outros municípios, eventualmente) ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e

discutidos estes autos, ora em grau de recurso, dos quais é Relator o Conselheiro João Antonio.

Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de

conformidade com o relatório e voto do Relator, em conhecer do recurso da Procuradoria da

Fazenda Municipal – PFM, uma vez que presentes seus pressupostos de admissibilidade.

Acordam, ademais, à unanimidade, quanto ao mérito, uma vez que constatada a apresentação de

certidão negativa de débito – CND adulterada pela contratada, ainda que não tenham sido

detectados, "in casu", dolo ou má-fé por parte dos agentes públicos envolvidos, em negar

provimento ao apelo, mantendo-se o V. Acórdão recorrido por seus próprios e jurídicos

fundamentos. Acordam, ainda, à unanimidade, em determinar, após as comunicações de praxe, o

arquivamento dos autos. Relatório: Trata o TC 4.070/04-16 de Recurso Ordinário interposto

pela Procuradoria da Fazenda Municipal em face do V. Acórdão de fls. 226/227, que, à

unanimidade, de conformidade com o voto do Relator (fls. 216/225), julgou irregulares todos os

atos relativos ao Contrato 026/2003, celebrado entre a Autarquia Hospitalar Municipal Regional

de Campo Limpo e a empresa DBDL Serviços Médicos Ltda., uma vez que firmados tendo em

conta a apresentação de Certidão Negativa de Débito – CND adulterada, não reconhecendo,

assim, efeitos financeiros do ajuste, nos termos do art. 49, combinado com o art. 59 da Lei

Federal 8.666/93. Não houve aplicação de penalidades aos agentes públicos envolvidos, tendo

em vista que não se vislumbrou que tenham agido com dolo, má-fé ou desídia. Houve

determinação de envio de cópia do v. Acórdão, acompanhado das peças técnicas que o

embasaram, ao Excelentíssimo Prefeito de São Paulo, para as medidas tendentes à declaração de

inidoneidade da contratada, bem como ao Ministério Público do Estado de São Paulo, para

conhecimento e instauração dos procedimentos considerados pertinentes. Regularmente

intimadas, a Origem e a empresa contratada deixaram transcorrer "in albis" o prazo assegurado

para eventual interposição de recurso. Em seu recurso, a Procuradoria da Fazenda Municipal

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pleiteia a reforma parcial do V. Acórdão, para que sejam reconhecidos efeitos financeiros aos

atos celebrados, já que os serviços foram prestados e pagos, ainda que a conduta da Contratada –

apresentação de CND adulterada – seja passível de forte censura. Ressaltou, ainda, que a empresa

estava regular com suas obrigações perante o INSS durante o período contratual. Instada a se

pronunciar, a AJCE manifestou-se pelo conhecimento e improvimento dos recursos interpostos.

Por sua vez, a Secretaria Geral, acompanhando o pronunciamento da AJCE, manifestou-se pelo

conhecimento do apelo interposto e, no mérito, pelo seu improvimento, tendo em vista que as

razões alegadas pela recorrente nada acrescentam aos elementos já constantes dos autos, devendo

ser mantido o V. Acórdão recorrido, por seus próprios e jurídicos fundamentos. Este é o

relatório. Voto: Em julgamento o Recurso interposto pela Procuradoria da Fazenda Municipal,

em face do Venerando Acórdão de fls. 226/227, que, à unanimidade, julgou irregulares todos os

atos relativos ao Contrato 026/2003, celebrado entre a Autarquia Hospitalar Municipal Regional

de Campo Limpo e a empresa DBDL Serviços Médicos Ltda., deixando, inclusive, de reconhecer

efeitos financeiros do ajuste, uma vez que constatada a apresentação de Certidão Negativa de

Débito – CND adulterada. Da análise dos autos verifico, inicialmente, que a empresa DBDL

Serviços Médicos Ltda., valendo-se da premente necessidade da Administração em contratar

serviços de remoção de doentes, apresentou certidão adulterada para formalizar a contratação, a

qual se fundamentou no art. 24, inciso IV, e art. 26 da Lei Federal 8666/93, induzindo, assim, a

Administração a erro. Tal irregularidade, conforme restou assentado pelo Egrégio Plenário por

ocasião da prolação do Venerando Acórdão recorrido, é bastante para macular, de modo

irreparável, a contratação realizada e todos os atos decorrentes. Dessa forma, ainda que não

tenham sido detectados, "in casu", dolo ou má-fé por parte dos agentes públicos envolvidos, a

contratação está eivada de vício de natureza grave, impedindo assim a sua aceitação. Outrossim,

a alegação de que a empresa contratada estava regular perante o INSS à época do período

contratual, não é, ao meu juízo, argumento suficiente para afastar as conclusões da decisão

recorrida. Nesse sentido, de rigor a decretação de irregularidade da contratação celebrada, não

havendo, assim, como reconhecer efeitos financeiros do ajuste e os demais atos decorrentes

deste, na esteira do quanto estabelecido pelo art. 49 combinado com o art. 59 da Lei Federal

8.666/93. Ante o exposto, CONHEÇO DO RECURSO, uma vez que presentes seus pressupostos

de admissibilidade e, quanto ao mérito, NEGO-LHE PROVIMENTO, mantendo-se a decisão

recorrida por seus próprios e jurídicos fundamentos. Após as comunicações de praxe, arquivem-

se os autos. Este é o meu voto, Senhor Presidente. Participaram do julgamento os Conselheiros

Edson Simões – Revisor, Maurício Faria e Domingos Dissei. Presente o Procurador Chefe da

Fazenda Guilherme Bueno de Camargo. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 24 de

fevereiro de 2016. a) Roberto Braguim – Presidente; a) João Antonio – Relator." 2) TC

4.736/05-80 – Recursos da Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM, de Roberta Arantes

Lanhoso e de Himalaia Transportes Ltda. interpostos contra o V. Acórdão de 10/8/2011 – Relator

Conselheiro Edson Simões – Secretaria Municipal de Transportes – SMT e Himalaia Transportes

Ltda. (Contrato 005/05-SMT.Gab R$ 80.000.000,00 est.) – Serviços de transporte coletivo

público de passageiros, na Área 4, na Cidade de São Paulo. Após o relato da matéria, "o

Conselheiro João Antonio conheceu dos recursos interpostos, à vista de atendidos os requisitos

de admissibilidade. Também o Conselheiro João Antonio – Relator, quanto ao mérito, deu

provimento total ao apelo formulado pela Senhora Roberta Arantes Lanhoso, para o fim de

afastar a responsabilidade da recorrente e, consequentemente, as penalidades a ela impostas, pois

a responsabilização do assessor jurídico só deve ocorrer em caso de má-fé, dolo, culpa grave e

erro grosseiro, segundo dispõem a doutrina e a jurisprudência dominantes, situações não

caracterizadas durante a instrução processual, deixando, por conseguinte, de analisar o pedido

preliminar de nulidade processual, uma vez que a decisão de mérito coloca termo à questão.

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Ainda, o Conselheiro João Antonio – Relator, quanto ao mérito dos recursos interpostos pela

Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM e pela empresa Himalaia Transportes Ltda., deu

provimento parcial para aceitar os efeitos financeiros decorrentes da contratação, em homenagem

aos princípios da razoabilidade e da segurança jurídica, mantendo-se, no mais, o Venerando

Acórdão atacado, por seus próprios e jurídicos fundamentos. Também, o Conselheiro João

Antonio – Relator determinou o envio do Acórdão a ser alcançado pelo Plenário desta Corte ao

Ministério Público Estadual – 2ª Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social, em

atendimento ao pedido formulado nos autos e, após as comunicações de praxe, o arquivamento

dos autos. Afinal, na fase de votação, o Conselheiro Edson Simões – Revisor solicitou vista dos

autos, o que foi deferido." (Certidão) 3) TC 373/15-59 – JCN Soluções Ltda. – Secretaria

Municipal de Serviços – SES – Representação em face do Edital de Pregão Eletrônico

15/SES/2014, cujo objeto é a contratação de empresa especializada em prestação de serviços de

transporte, incluindo motorista, combustível, quilometragem livre, comunicação móvel, GPS e

sistema de rastreamento via satélite, com seguro total (sem franquia), objetivando o

deslocamento para apoio a atividades técnico-administrativas de unidades vinculadas à Secretaria

ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro João

Antonio. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à

unanimidade, pelos votos dos Conselheiros João Antonio – Relator, com relatório e voto, Edson

Simões – Revisor, Maurício Faria, com declaração de voto apresentada, e Domingos Dissei, em

conhecer da presente representação, eis que atendidos os requisitos de admissibilidade. Acordam,

ademais, à unanimidade, quanto ao mérito, em julgá-la improcedente, tendo em conta os

seguintes fundamentos: a) quanto à participação da COOPERPROGRESSO Cooperativa de

Serviços de Transportes – posteriormente inabilitada – como bem explanado pela Origem, o

subitem 2.6 do edital se referia à vedação para as cooperativas de mão de obra, o que não se

aplicava ao caso; b) as substituições das pregoeiras ocorreram em estrita observância ao previsto

na Portaria 108/2013/SES e art. 3º, inciso IV, do Decreto Municipal 46.662/2005; c) a ausência

da certidão de inexistência de débitos com o Sistema de Seguridade Social CND/INSS,

consubstanciado nos pareceres da Assessoria Jurídica e Secretaria Geral desta Colenda Corte de

Contas, entendo que a decisão da Comissão Licitante que deu provimento ao recurso da empresa

MASTER, com a consequente inabilitação da empresa JCN por não ter comprovado sua

regularidade fiscal, se coaduna com a legislação em vigor, mostrando-se a mais acertada para o

caso concreto; d) o preço praticado pela empresa consagrada vencedora, a Origem comprovou

uma redução de 21,571% no valor médio cotado pela Pasta, portanto, da análise comparativa dos

preços praticados pelas empresas, restou que o valor oferecido pela empresa Master, declarada

vencedora na sessão eletrônica se encontra dentro do preço pesquisado pela Pasta. Acordam,

ainda, à unanimidade, em determinar, após os procedimentos, nos termos do artigo 58 do

Regimento Interno deste Egrégio Tribunal, o arquivamento dos autos. Relatório: Trata-se de

Representação interposta pela empresa JCN SOLUÇÕES LTDA. contra o Edital de Pregão

Eletrônico 15/SES/2014, cujo objeto é a contratação de empresa especializada em prestação de

serviços de transporte, incluindo motorista, combustível, quilometragem livre, comunicação

móvel, GPS e sistema de rastreamento via satélite, com seguro total (sem franquia), objetivando

o deslocamento para apoio a atividades técnico-administrativas de unidades vinculadas a

Secretaria Municipal de Serviços. Alega a Representante, em síntese, que, no transcorrer do

processo licitatório, a cooperativa COOPERPROGRESSO Cooperativa de Serviços de

Transportes, apesar da vedação à participação de sociedades cooperativas no pregão em exame

(subitem 2.6 do edital) foi declarada vencedora do certame. Insurge-se, também, pela

substituição das Pregoeiras Sras. Juliana Mourão Silva Cutolo e Marina de Melo Gama; pelo

preço praticado pela empresa consagrada vencedora, Master Serviços de Locação de Veículos

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Ltda. EPP e pelas certidões de regularidade fiscal. Indagada, a Assessoria Jurídica conheceu da

Representação, vez que presentes os requisitos de admissibilidade previstos no artigo 55 do

Regimento Interno desta Casa. Quanto ao mérito, sugeriu remessa de ofício à Origem, para

conhecimento das alegações trazidas na presente Representação e eventual apresentação de suas

razões. Na sequência, a Origem juntou aos autos suas justificativas e a documentação de fls.

183/627. Diante do acrescido, em manifestação de fls. 631/640, a AJCE ressaltou a existência de

três sessões relacionadas ao presente Pregão. Em sessão do dia 27.10.2014, a

COOPERPROGRESSO Cooperativa de Serviços de Transporte havia sido habilitada, sendo

posteriormente inabilitada (fls. 247/257, 291 e 301 respectivamente) com a devida retomada da

sessão pública. Em 11.12.2014 a empresa JCN Soluções Ltda., ora Representante, era a nova

vencedora do certame, mas também teve essa decisão alterada, com estipulação de nova data

para a retomada da sessão (fls. 346/354 e 439). Por fim, em 21.01.2015, sem a interposição de

qualquer recurso por parte dos licitantes, a empresa Master Serviços de Locação de Veículos

Ltda. EPP fora habilitada. A Cooperativa COOPERPROGRESSO Cooperativa de Serviços de

Transportes havia sido declarada vencedora do certame porque a vedação constante do subitem

2.6 do edital referia-se apenas às cooperativas de mão de obra. Quanto às substituições das

Pregoeiras, aquela Especializada não vislumbrou qualquer estranhamento, pois a Sra. Marina de

Mello Gama substituiu a Sra. Juliana Mourão Silva Cutolo por motivo de férias no período de

26.11.2014 a 15.12.2014, conforme Portaria 133/SES/14, publicada no DOC de 15.11.2014 (fls.

604). Ressaltou que a autoridade competente, ao autorizar a abertura do certame e aprovar a

minuta do Edital e seus anexos, designou a Comissão Permanente de Licitação 02 (fl. 183),

constituída pela Portaria 108/2013. Segundo referida Portaria, as duas Senhoras seriam

respectivamente presidente e membro da Comissão Permanente 2, podendo haver substituições,

inclusive, por componentes da outras Comissões Permanentes. Desta feita, concluiu que as

substituições das Pregoeiras ocorreram em estrita observância ao previsto da Portaria

108/2013/SES e art.3º, IV do Decreto Municipal 46.662/2005. Em relação ao preço praticado

pela empresa consagrada vencedora, Master Serviços de Locação de Veículos Ltda. EPP, a

Origem informou que o preço proposto pela empresa posteriormente habilitada e homologada

(R$ 1.053.696,00) encontrava-se dentro do preço por ela pesquisado (R$ 1.343.519,94), na

verdade com redução de R$ 289.823,94, ou seja, 21,571% no valor médio cotado (fl. 625). Por

seu turno, a empresa Representante na sessão de 11.12.2014 em que foi considerada habilitada,

apresentou proposta no valor de R$ 997.000,00. Da análise comparativa dos preços praticados

pelas empresas, o valor oferecido pela empresa Master encontrava-se abaixo do montante cotado

para a contratação. Quanto à certidão de inexistência de débitos para com o sistema de

Seguridade Social – CND/INSS e certidão conjunta federal que abrangesse as contribuições

sociais, a Origem apresentou suas razões às fls. 616/625. Segundo ressaltou a Assessoria

Jurídica, o presente Edital dispõe em seu item 10.2 e 10.2.2 sobre a necessidade de

encaminhamento imediato da documentação exigida no subitem 10.6 (habilitação jurídica,

regularidade fiscal,...), sob pena de inabilitação da licitante, entendendo-se por "imediato" o

prazo de trinta minutos após a notificação pelo Sistema. O item 10.4 estipula o prazo máximo de

três dias úteis, a contar da habilitação, para o envio para a Comissão Permanente de Licitação 02

dos documentos originais. A Representante, considerada detentora da melhor oferta da sessão

pública de 11.12.2014, enviou de imediato a documentação a fim de comprovar sua regularidade

para habilitação. Todavia, a Comissão ao julgar o recurso da empresa Master, revisou os

documentos juntados e identificou que a empresa JCN, ora Representante, deixou de cumprir o

solicitado no item 10.6.2 letra "d" do Edital referente à certidão de inexistência de débitos para

com o sistema de seguridade social CND/INSS. De acordo com o documento de fl. 314, a

certidão negativa de débitos relativos às contribuições previdenciárias, bem como às de terceiros,

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tinha seu prazo de validade até 08/12/2014, a sessão pública se deu em 11.12.2014, restando

claro, dessa forma, que a empresa JCN não havia comprovado sua regularidade fiscal no

momento devido. Ademais, na data do certame a empresa JCN também deixou de apresentar a

Certidão Conjunta Federal, expedida pela Secretaria da Receita Federal do Brasil – RFB e pela

Procuradoria Geral da Fazenda Nacional – PGNF, que abarca todos os Tributos Federais e a

Dívida Ativa da União – DAU, conforme Portaria MF 358/14, alterada pela Portaria MF 443/14,

que estipulou como início de vigência de tal regra a data de 03/11/2014. Referida certidão fora

emitida junto com a documentação original e com data de 15.12.2014 (fl. 379), ou seja, após a

data da sessão pública ocorrida em 11.12.2014. Por outro lado, a empresa Master, declarada

vencedora na sessão eletrônica de 21/01/2015, apresentou a Certidão Conjunta Negativa (fl.

599), Certidão Negativa de Débitos Relativos às Contribuições Previdenciárias, bem como às de

Terceiros (fl. 600) e a Certidão Negativa de Débitos Relativos aos Tributos Federais e à Dívida

Ativa da União (fl.496). Por fim, opinou aquela Especializada pelo recebimento e improcedência

do presente instrumento, caindo por terra os argumentos da Representante. Na mesma senda,

consubstanciando-se no parecer da AJCE (fls. 631/637), a Procuradoria da Fazenda Municipal

opinou pela improcedência da presente representação (fls. 642/643). A Secretaria Geral, por meio

de sua assessoria, acompanhou às fls. 645/650 as conclusões alcançadas pelas Especializadas

desta E. Corte de Contas, destacando preliminarmente que as regras do instrumento convocatório

são precisas ao exigir a apresentação das documentações obrigatórias no momento da sessão de

pregão eletrônico, em consonância com a própria essência dinâmica daquela modalidade

licitatória, bem como do disposto no art. 5°, XVI do Decreto Municipal 43.406/2003. Como bem

explanado pela Origem, o subitem 2.6 do edital se referia à vedação para as cooperativas de mão-

de-obra, o que não se aplicava ao caso. A substituição das Pregoeiras restou mais do que

justificado e ocorreram em estrita observância ao previsto na Portaria 108/2013/SES e art. 3°, IV

do Decreto Municipal 46.662/2005. Diante do término da condição impeditiva de atuação como

Pregoeira, a Sra. Juliana Mourão Silva Cutolo retornou à sua função, inclusive presidindo a

reunião da Comissão Permanente de Licitação 02, de 05.01.2015, que decidiu dar provimento

integral às razões do recurso administrativo interposto pela empresa Master Serviços de Locação

de Veículos Ltda. EPP, contra ato da Comissão Permanente de Licitação que declarou vencedora

a empresa JCN Soluções Ltda. Impende observar que a Sra. Marina de Mello Gama estava no

período de férias de 05.01.2015 a 19.01.2015, conforme documento de fls. 603. Quanto ao preço

praticado pela empresa consagrada vencedora – Master Serviços de Locação de Veículos Ltda.

EPP – comprovou a Origem, na verdade, uma redução de 21,571% no valor médio cotado pela

Pasta, portanto, da análise comparativa dos preços praticados pelas empresas, quer me parecer

que o valor oferecido pela empresa Master, declarada vencedora na sessão eletrônica, encontra-se

dentro do preço pesquisado pela Pasta (fl. 625). No que tange à regularidade das certidões, como

bem explanado pela Origem, a empresa JCN no momento da sessão pública do dia 11.12.2014

estava com a documentação de regularidade fiscal vencida em 08.12.2014, restando claro, dessa

forma, que a empresa JCN não comprovou sua regularidade fiscal no momento devido, o que a

impedia de contratar com a Administração Pública (fl. 625). Diante do exposto, concluiu pelo

conhecimento e improcedência da presente Representação, acompanhado pelo D. Secretário

Geral à fl. 651. É o relatório. Voto: Em julgamento, Representação interposta pela empresa JCN

Soluções Ltda. em face do Pregão eletrônico 15/2014, cujo objeto é a contratação de empresa

especializada em prestação de serviços de transportes, incluindo motorista, combustível,

quilometragem livre, comunicação móvel, GPS e Sistema de rastreamento via satélite, com

seguro total (sem franquia). Quanto à participação da COOPERPROGRESSO Cooperativa de

Serviços de Transportes – posteriormente inabilitada – como bem explanado pela Origem, o

subitem 2.6 do edital se referia à vedação para as cooperativas de mão de obra, o que não se

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aplicava ao caso. Ainda, conforme se depreende dos autos, as substituições das Pregoeiras

ocorreram em estrita observância ao previsto da Portaria 108/2013/SES e art. 3º, IV do Decreto

Municipal 46.662/2005. Quanto à ausência da certidão de inexistência de débitos para com o

Sistema de Seguridade Social CND/INSS, consubstanciado nos pareceres da Assessoria Jurídica

e Secretaria Geral desta Colenda Corte de Contas, entendo que a decisão da Comissão Licitante

que deu provimento ao recurso da empresa MASTER, com a consequente inabilitação da

empresa JCN por não ter comprovado sua regularidade fiscal, se coaduna com a legislação em

vigor, mostrando-se a mais acertada para o caso concreto. Finalmente, no que tange ao preço

praticado pela empresa consagrada vencedora, a Origem comprovou uma redução de 21,571% no

valor médio cotado pela Pasta, portanto, da análise comparativa dos preços praticados pelas

empresas, restou que o valor oferecido pela empresa Master, declarada vencedora na sessão

eletrônica se encontra dentro do preço pesquisado pela Pasta (fl. 625). Desta feita, CONHEÇO

da presente Representação, eis que atendidos os requisitos de admissibilidade, e quanto ao

mérito, julgo-a IMPROCEDENTE tendo em vista os argumentos acima relacionados. Proceda-se

nos termos do artigo 58 do Regimento Interno deste Egrégio Tribunal, após, ARQUIVEM-SE os

autos. Este é o meu voto, Senhor Presidente. Declaração de voto apresentada pelo Conselheiro

Maurício Faria: Vou acompanhar o Relator. Mas há uma questão referente à participação de

cooperativas nos serviços de transporte. Como a cooperativa que poderia, na sua participação,

eventualmente, ter chegado à condição de contratação foi inabilitada, isso deixou de ter uma

incidência mais direta na apreciação dessa representação. Entendo que é aquela matéria

complexa, ou seja, o Tribunal deve lidar com a apreciação que a Administração faz a respeito do

vínculo que se estabelece. Neste caso, aparentemente, a Administração não vetou a participação

de cooperativas, alegando que não era uma cooperativa de fornecimento de mão de obra. Mas há

uma determinada complexidade. Nós, várias vezes, vimos que a possível contratação de

cooperativas para a atividade de transporte, em geral, se faz lidando com subordinação e

hierarquia. Então, acompanho o Conselheiro João Antonio, mas com essa ressalva de que não

significa que nós estejamos – digamos – endossando uma eventual avaliação que a

Administração tenha feito no caso concreto. Estamos lidando com: se a Administração não

aponta e não se manifesta, entendemos que devemos ter uma reserva, uma cautela, ao lidar com

isso. Ao mesmo tempo, o entendimento geral nosso é de que, quando há subordinação e

hierarquia, a presença de cooperativas não é indicada. De qualquer forma, como isso não teve

incidência concreta, acompanho o Relator. Participaram do julgamento os Conselheiros Edson

Simões – Revisor, Maurício Faria e Domingos Dissei. Presente o Procurador Chefe da Fazenda

Guilherme Bueno de Camargo. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 24 de fevereiro de

2016. a) Roberto Braguim – Presidente; a) João Antonio – Relator." 4) TC 613/12-18 –

Subpefeitura Mooca – SP-MO e A. Tonanni Construções e Serviços Ltda. – Contrato 026/SP-

MO/2011 R$ 2.844.918,24 – Prestação de serviços técnicos de manejo de árvores, através de 04

equipes, pelo período de 12 meses. "O Conselheiro João Antonio – Relator requereu ao Egrégio

Plenário, nos termos do artigo 172, inciso IV, do Regimento Interno desta Corte, a retirada de

pauta do citado processo, para melhores estudos, o que foi deferido." (Certidão) –

PROCESSOS DE REINCLUSÃO – CONSELHEIRO PRESIDENTE ROBERTO

BRAGUIM – A seguir, o Conselheiro Presidente Roberto Braguim comunicou ao Egrégio

Plenário que tem em sua pauta dois processos para proferir voto de desempate, devolvendo um

deles posteriormente e nesta oportunidade o processo TC 4.443/06-93 – Recursos da

Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM, de Dulce Eugênia de Oliveira, de Roberta Arantes

Lanhoso e de Himalaia Transportes Ltda. interpostos contra o V. Acórdão de 10/8/2011 – Relator

Conselheiro Edson Simões – Secretaria Municipal de Transportes – SMT e Himalaia Transportes

Ltda. – Contrato 021/06-SMT.GAB (R$ 90.000.000,00 est.) – Serviços de transporte coletivo

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público de passageiros, na Área 4, na Cidade de São Paulo ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e

discutidos estes autos, ora em grau de recurso, devolvidos na presente sessão pelo

Conselheiro Presidente Roberto Braguim, após determinação de Sua Excelência, na 2.850ª

S.O., para que lhe fossem conclusos. Naquela sessão votaram os Conselheiros João Antonio

– Relator, Edson Simões – Revisor, Maurício Faria e Domingos Dissei. Acordam os

Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de

conformidade com o relatório e voto do Relator, em conhecer dos recursos voluntários

interpostos, eis que preenchidos os requisitos de admissibilidade previstos no Regimento

Interno desta Corte de Contas. Acordam, ainda, à unanimidade, quanto ao mérito, em dar

provimento integral aos recursos interpostos por Dulce Eugênia de Oliveira e Roberta

Arantes Lanhoso para o fim de afastar a responsabilidade das recorrentes e,

consequentemente, as penalidades a elas impostas, pois a responsabilização do assessor

jurídico só deve ocorrer em caso de má-fé, dolo, culpa grave e erro grosseiro, segundo

dispõem a doutrina e a jurisprudência dominantes, situações não caracterizadas durante a

instrução processual. Acordam, ademais, por maioria, pelos votos dos Conselheiros João

Antonio – Relator e Maurício Faria, votando o Conselheiro Presidente Roberto Braguim para

efeito de desempate, com fundamento no artigo 14, alínea "h", da Lei Municipal 9.167/80,

combinado com o artigo 26, inciso IX, alínea "a", do Regimento Interno desta Casa, com

fundamento nas manifestações colacionadas aos autos e, principalmente, na decisão proferida

pelo Judiciário nos autos do processo 0535801-71.2010.8.26.000, que reconheceu o não

prejuízo ao erário, deu provimento parcial aos apelos interpostos pela Douta Procuradoria da

Fazenda Municipal e pela empresa Himalaia Transportes Ltda. para aceitar os efeitos

financeiros decorrentes da contratação, em homenagem aos princípios da razoabilidade e da

segurança jurídica, mantendo-se, no mais, o Venerando Acórdão atacado, por seus próprios e

jurídicos fundamentos. Vencidos o Conselheiro Edson Simões – Revisor, nos termos de seu

voto proferido em separado, e Domingos Dissei, que negaram provimentos aos apelos

interpostos pela Procuradoria da Fazenda Municipal e pela empresa Himalaia Transportes

Ltda., mantendo o acórdão recorrido por seus próprios e jurídicos fundamentos. Acordam,

afinal, à unanimidade, em determinar, o envio de cópia deste Acórdão ao Ministério Público

do Estado de São Paulo – 2ª Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social, em

atendimento ao pedido formulado nos autos, arquivando-se o feito, após as comunicações de

praxe. Relatório: Os processos foram instaurados para analisar o contrato 240/04 de

31/12/04 a 27/06/05 (valor estimado de R$ 63.500.000,00), contrato 05/05 de 28/06/05 a

26/12/05 (valor estimado de R$ 80.000.000,00), contrato 20/05 de 27/12/05 a 23/06/06 (valor

estimado de R$ 100.000.000,00) e contrato 021/2006 de 24/06/06 a 21/12/06 (valor estimado

de R$ 90.000.000,00), celebrados entre a Prefeitura de São Paulo por meio da Secretaria

Municipal de Transportes e a empresa Himalaia Transportes Ltda., cujo objeto foi a prestação

de serviços de transporte coletivo público de passageiros, na área 4, nos termos dos artigos 2º

e 3º do Decreto 42.736/02, com a finalidade de atender às necessidades de deslocamento da

população. Em julgamento englobado realizado em 10 de agosto de 2011, o Plenário desta

Corte de Contas julgou à unanimidade irregulares os Contratos 240/04, 05/05, 020/05 e

021/06-SMT, diante das seguintes irregularidades: a) não caracterização da situação

emergencial, contrariando o artigo 24, inciso IV, da Lei Federal 8.666/93, por se tratar do 4º

contrato consecutivo de mesmo objeto dos três anteriores; b) falta de justificativa para o

preço contratado, infringindo o artigo 12 do Decreto Municipal 44.279/03 combinado com o

inciso III do artigo 55 e com o inciso III do parágrafo único do artigo 26, ambos da Lei

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Federal 8.666/93; c) ausência, no termo de contrato, de exigência relativa às apólices de

seguro de responsabilidade civil objetiva, infringindo o § 3º do artigo 4º do Decreto

Municipal 42.736/02. - ausência nos autos de cópias dos Anexos I e II do contrato, relativos

à descrição do sistema e seu funcionamento e às especificações do serviço de Atendimento

Especial – Atende, nem cópia do item 3.3 do Anexo III e do "Termo de Transferência de

Bens Móveis e Imóveis" apontando que o Anexo III apresentava o item/Anexo 3.2,

iniciando-se pelo subitem 3.2.3.1.1 – Locais de Instalação dos Postos de Venda,

equivocadamente; - ausência de informações e esclarecimentos para a indicação das

dotações, saldos e recursos orçamentários provisionados, para atender a despesa; a razão da

adoção para um mesmo programa (serviço Atende) das dotações relativas a "Projeto" e

"Atividade"; qual o custo estimado para o serviço Atende; e, por fim, se estava sendo adotada

a mesma fórmula para efeito de reajuste da remuneração dos serviços, conforme contratação

anterior. ACORDAM, ademais, à unanimidade, em não aceitar os efeitos financeiros do

ajuste. ACORDAM, ainda, à unanimidade, em razão das irregularidades verificadas, em

aplicar, individualmente, aos agentes públicos responsáveis, a multa no valor de R$ 481,02

(quatrocentos e oitenta e um reais e dois centavos), nos termos do inciso II do artigo 52 da

Lei Municipal 9.167/80. ACORDAM, também, à unanimidade, em determinar o envio de

cópias do presente Acórdão à Câmara Municipal de São Paulo, em atendimento às

solicitações feitas nos autos, bem como ao Ministério Público do Estado de São Paulo, para

eventual responsabilidade civil dos agentes públicos e eventual necessidade de ressarcimento

aos cofres públicos. ACORDAM, afinal, à unanimidade, após observadas as formalidades

legais, em arquivar os autos. No presente momento apreciamos apenas os recursos

interpostos nos autos do TC 4.443.06.53. A Procuradoria da Fazenda Municipal interpôs

recurso contra o V. Acórdão dispondo, dentre outros: a observância dos princípios da

segurança jurídica, da boa-fé, do decurso do tempo, razoabilidade e proporcionalidade;

ausência de lesão ao erário; justificativa plausível quanto à situação de emergência e natureza

de serviço essencial. A interessada Dulce Eugênia de Oliveira, Procuradora do Município de

São Paulo, apresentou sua peça recursal sob o argumento, dentre outros: preliminarmente,

ausência de intimação da interessada durante a instrução processual; nulidade do processo

por falta de citação; no mérito com destaque de ser assessora jurídica da pasta e fornecer

apenas parecer opinante e não vinculado. A interessada Roberta Arantes Lanhoso, Assessora

Jurídica da Secretaria de Transportes, apresentou sua peça recursal, dispondo, dentre outros:

preliminar de ausência de intimação durante a instrução processual; no mérito, destaque para

sua participação no contexto e quanto à natureza jurídica do parecer da assessoria jurídica.

Por fim, a empresa Himalaia Transportes Ltda. apresentou sua peça recursal, com destaque,

dentre outros: peculiaridade na Área 04; contratação com fundamento no princípio da boa-fé;

apresentou precedente do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo em que desonera a

empresa quanto à responsabilidade civil pelas contratações emergenciais; ausência de

prejuízo ao erário e serviço efetivamente prestado. A Assessoria Jurídica de Controle Externo

opinou pelo conhecimento dos recursos interpostos e, no mérito, pelo provimento parcial dos

recursos interpostos pela Procuradoria da Fazenda Municipal e pela empresa Himalaia

Transportes Ltda., para aceitar os efeitos financeiros da avença, e pelo provimento dos

Recursos das Recorrentes Roberta Arantes Lanhoso e Dulce Eugênia de Oliveira para

cancelar as penalidades aplicadas, julgando extinto o processo em relação às mesmas,

mantendo-se, no mais, a decisão. A Secretaria Geral acompanhou o entendimento da

Assessoria Jurídica de Controle Externo. O processo TC 1.733.06-67 foi analisado em sede

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de segundo julgamento em 19 de março de 2014, cujo extrato de julgamento restou assim

consignado: ACÓRDÃO "Vistos, relatados e discutidos estes autos, ora em grau de recurso,

dos quais é Relator o Conselheiro JOÃO ANTONIO. ACORDAM os Conselheiros do

Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o

relatório e voto do Relator, em conhecer dos recursos interpostos pela Procuradoria da

Fazenda Municipal – PFM, pelas Senhoras Dulce Eugênia de Oliveira e Roberta Arantes

Lanhoso e pela empresa Himalaia Transportes Ltda., por estarem presentes os requisitos de

admissibilidade previstos no Regimento Interno desta Corte. ACORDAM, ademais, quanto

ao mérito, por maioria, pelos votos dos Conselheiros JOÃO ANTONIO – Relator,

MAURÍCIO FARIA, apresentado em separado, e DOMINGOS DISSEI, em dar provimento

aos apelos oferecidos pelas Senhoras Dulce Eugênia de Oliveira e Roberta Arantes Lanhoso,

para o fim de afastar a responsabilidade e, consequentemente, as penalidades a elas impostas,

pois a responsabilização do assessor jurídico só deve ocorrer em caso de má-fé, dolo, culpa

grave e erro grosseiro, segundo dispõem a doutrina e a jurisprudência dominantes, situações

não caracterizadas durante a instrução processual, tendo o Conselheiro MAURÍCIO FARIA

consignado que houve equívoco de interpretação da decisão proferida, por parte dos Órgãos

Técnicos desta Corte, quando se incluiu a indicação das citadas servidoras como

responsáveis. ACORDAM, ainda quanto ao mérito, por maioria, pelos mesmos votos, com

fundamento nas manifestações colacionadas aos autos e, principalmente, na decisão proferida

pelo Judiciário no que concerne à não comprovação de prejuízo ao erário, em dar provimento

parcial aos recursos interpostos pela PFM e pela empresa Himalaia Transportes Ltda., para

aceitar os efeitos financeiros decorrentes da contratação, em homenagem aos princípios da

razoabilidade e da segurança jurídica, mantendo-se, no mais, o V. Acórdão atacado, por seus

próprios e jurídicos fundamentos. Vencido, no mérito, o Conselheiro ROBERTO BRAGUIM

– Revisor, que negou provimento aos recursos. ACORDAM, afinal, à unanimidade, em

determinar o envio de cópia do presente Acórdão à 2ª Promotoria de Justiça do Patrimônio

Público e Social, do Ministério Público do Estado de São Paulo, em atendimento ao pedido

formulado nos autos, com o posterior arquivamento dos autos. Participaram do julgamento os

Conselheiros ROBERTO BRAGUIM – Revisor, MAURÍCIO FARIA e DOMINGOS

DISSEI. Este é o Relatório. Voto: Em julgamento os recursos interpostos pela Procuradoria

da Fazenda Municipal, Dulce Eugênia de Oliveira, Roberta Arantes Lanhoso e Himalaia

Transportes LTDA, contra V. Acórdão que julgou irregular o contrato, não aceitou os efeitos

financeiros e aplicou multa aos responsáveis. Por estarem presentes os requisitos de

admissibilidade previstos no Regimento Interno deste Tribunal, CONHEÇO dos Recursos

interpostos pela Douta Procuradoria da Fazenda Municipal, pelas Senhoras Dulce Eugênia de

Oliveira e Roberta Arantes Lanhoso e pela empresa Himalaia Transportes Ltda. Merecem

provimento os recursos interpostos pelas Senhoras Dulce Eugênia de Oliveira e Roberta

Arantes Lanhoso para o fim de afastar a responsabilidade das Recorrentes e,

consequentemente, as penalidades a elas impostas, pois a responsabilização do assessor

jurídico só deve ocorrer em caso de má fé, dolo, culpa grave e erro grosseiro, segundo

dispõem a doutrina e a jurisprudência dominantes, situações não caracterizadas durante a

instrução processual. Nesse sentido, dispõe a Súmula nº 5, do Conselho Federal da Ordem

dos Advogados do Brasil: "Advogado. Dispensa ou inexigibilidade de licitação. Contratação.

Poder Público. Não poderá ser responsabilizado, civil ou criminalmente, o advogado que, no

regular exercício de seu mister, emitir parecer técnico opinando sobre dispensa ou

inexigibilidade de licitação para contratação pelo Poder Público, porquanto inviolável nos

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seus atos e manifestações no exercício profissional, nos termos do art. 2º, § 3º, da Lei

8.906/1994 (Estatuto da Advocacia e da OAB)." Ainda, utilizo da fundamentação do Nobre

Conselheiro Maurício Faria na análise do TC 1.733.06-67, em que houve na realidade um

erro na identificação dos responsáveis, uma vez o V. Acórdão determinou a

responsabilização dos agentes públicos envolvidos, enquanto único responsável apurado seria

o então Secretário Municipal de Transportes à época (fls. 1136 do TC 4.443.06-93). Destarte,

DOU PROVIMENTO INTEGRAL aos recursos interpostos por Dulce Eugênia de Oliveira e

Roberta Arantes Lanhoso para o fim de afastar a responsabilidade das Recorrentes e,

consequentemente, as penalidades a elas impostas. E com fundamento nas manifestações

colacionadas aos autos e, principalmente, na decisão proferida pelo Judiciário nos autos do

processo número 0535801-71.2010.8.26.000, que reconheceu o não prejuízo ao Erário, DOU

PROVIMENTO PARCIAL aos Recursos interpostos pela Douta Procuradoria da Fazenda

Municipal e pela empresa Himalaia Transportes Ltda. para aceitar os efeitos financeiros

decorrentes da contratação, em homenagem aos princípios da razoabilidade e da segurança

jurídica, mantendo-se, no mais, o Venerando Acórdão atacado, por seus próprios e jurídicos

fundamentos. Encaminhe-se cópia da decisão a ser alcançada pelo Plenário à 2ª Promotoria

de Justiça do Patrimônio Público e Social do Ministério Público Estadual, em atendimento ao

pedido formulado nos autos. Após as comunicações de praxe, ARQUIVEM-SE os autos.

Voto em separado proferido pelo Conselheiro Edson Simões: Conforme as manifestações

dos órgãos preopinantes, conheço dos recursos, uma vez presentes os requisitos de

admissibilidade. Quanto aos recursos interpostos por Dulce Eugênia de Oliveira e Roberta

Arantes Lanhoso, assessoras jurídicas da Secretaria contratante, assiste razão às recorrentes

ao visar o afastamento da multa para a qual foram intimadas. Em 10/8/2011, na 2571ª Sessão

Ordinária, este colegiado decidiu "à unanimidade, em razão das irregularidades verificadas,

em aplicar, individualmente, aos agentes públicos responsáveis, a multa no valor de R$

481,02 (quatrocentos e oitenta e um reais e dois centavos), nos termos do inciso II do artigo

52 da Lei Municipal 9.167/80". Naquela ocasião, o presente TC foi julgado, de maneira

englobada, com os TCs 3.009/05, 1.733/06 e 4.736/05 - que cuidam de outros contratos

também celebrados com a Himalaia Transportes Ltda. -, razão pela qual o decisum

contemplou uma pluralidade de responsáveis, ainda que, neste caso, isoladamente, apenas o

então Secretário Municipal de Transportes tenha sido identificado como responsável e

devidamente intimado desde o início da instrução processual. A inclusão equivocada das

servidoras recorrentes se deu depois do julgamento por este Colegiado, quando, em

20/09/2011, a Unidade Técnica de Cartório, Cadastro e Arquivo (folha 1135) requereu que a

Subsecretaria de Fiscalização e Controle informasse quais "os agentes que deverão ser

intimados" [do acórdão]. Em 21/9/2011, sem a participação do Relator Original ou do já

designado Relator Recursal, o órgão Auditor respondeu à Unidade Técnica de Cartório,

Cadastro e Arquivo com um rol contemplando o nome do então Secretário da Pasta e das

duas assessoras jurídicas. E assim foram feitas as intimações. A inclusão indevida das duas

servidoras é reforçada pelo recurso da Procuradoria da Fazenda Municipal, interposto em

08/9/2011 (folhas 1127/113), em que o Órgão Fazendário, antes das referidas intimações,

requereu que "a multa aplicada ao Ordenador de Despesa seja julgada insubsistente", não

havendo qualquer referencia a outros envolvidos. Por outro lado, também se observa a

posição favorável dos órgãos deste Tribunal, quanto à procedência desses dois recursos. A

Assessoria Jurídica de Controle Externo enfatizou que "não existe nenhuma imputação às

Recorrentes de que tenham agido sem atentar aos princípios consagrados de probidade e

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moralidade administrativa, nem mesmo que suas condutas tenham sido determinantes para a

repetição de sucessivas contratações emergenciais". A Secretaria Geral também entendeu

que a multa deveria ser afastada, pois, as referidas servidoras "não devem ser

responsabilizadas pela desídia que acarretou a contratação emergencial, posto que

como assessoras jurídicas não lhes competia a promoção de quaisquer atos

preparatórios visando à instauração de procedimento licitatório". De outra sorte, quanto

aos recursos interpostos pela Procuradoria da Fazenda Municipal e por Himalaia Transportes

Ltda., faz-se mister destacar o parecer da Secretaria Geral que, em síntese, aduziu que "as

razões dos recursos interpostos não tiveram o condão de afastar as irregularidades

descritas no V. Acórdão de fls. 1125/1126, aliás, referidas razões possuem idêntico

teor das defesas apresentadas em sede de instrução processual e não verifico

argumentos que propiciem a modificação do julgado, destarte já foram exaustivamente

apreciadas e consideradas quando da prolação do Acórdão, ora guerreado". Neste

sentido, faz-se oportuno reprisar que, no caso em tela, o Contrato 021/06-SMT.GAB,

celebrado com a empresa Himalaia Transportes Ltda. foi julgado irregular, sem ter seus

efeitos financeiros aceitos, por unanimidade, tendo em vista as seguintes ilegalidades: 1)"não

caracterização da situação emergencial, contrariando o artigo 24, inciso IV, da Lei Federal

8.666/93, por se tratar do 4º contrato consecutivo de mesmo objeto dos três anteriores"; 2)

"falta de justificativa para o preço contratado, infringindo o artigo 12 do Decreto Municipal

44.279/03 combinado com o inciso III do artigo 55 e com o inciso III do parágrafo único do

artigo 26, ambos da Lei Federal 8.666/93"; 3) "ausência, no termo de contrato, de exigência

relativa às apólices de seguro de responsabilidade civil objetiva, infringindo o § 3º do artigo

4º do Decreto Municipal 42.736/02". Neste sentido, com base nas referidas manifestações

que adoto como razões de decidir, DOU PROVIMENTO aos recursos interpostos por

Dulce Eugênia de Oliveira e Roberta Arantes Lanhoso para afastar a multa para qual foram

intimadas e NEGO PROVIMENTO aos recursos interpostos Procuradoria da Fazenda

Municipal e por Himalaia Transportes Ltda., mantendo o Acórdão recorrido por seus

próprios e jurídicos fundamentos. Voto de desempate proferido pelo Conselheiro

Presidente Roberto Braguim: O presente TC versa sobre a análise do Contrato

021/2006/SMT-GAB, cujo objeto é a prestação de serviços de transporte coletivo público de

passageiros na Área 4, para atendimento às necessidades de deslocamento da população. Em

Sessão Ordinária de 10 de agosto de 2011, o E. Plenário julgou, à unanimidade, irregular o

Contrato em exame, não aceitando os efeitos financeiros produzidos e aplicando

individualmente aos responsáveis a pena pecuniária de R$ 481,02 (quatrocentos e oitenta e

um reais e dois centavos). Em sede recursal, manifestaram seu inconformismo a Procuradoria

da Fazenda Municipal, as Assessoras Dulce Eugênia de Oliveira e Roberta Arantes Lanhoso

e a contratada Himalaia Transportes Ltda. Levados à apreciação do E. Plenário em Sessão

Ordinária de 03/02/2016 o nobre Relator, Conselheiro João Antonio, conheceu dos Recursos

colacionados e quanto ao mérito, deu provimento aos Apelos de Dulce Eugênia de Oliveira e

de Roberta Arantes Lanhoso, por entender que a responsabilidade do Assessor Jurídico só

deve ocorrer em caso de má-fé, dolo, culpa grave e erro grosseiro, consoante doutrina e

jurisprudência dominantes, e de acordo com o disposto na Súmula 5, do Conselho Federal da

Ordem dos Advogados do Brasil – OAB, do seguinte teor: "Advogados. Dispensa ou

inexigibilidade. Licitação. Contratação. Poder Público. Não poderá ser responsabilizado, civil

ou criminalmente, o advogado que, no regular exercício de seu mister, emitir parecer técnico

opinando sobre dispensa ou inexigibilidade de licitação para contratação pelo Poder Público,

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porquanto inviolável nos seus atos e manifestações no exercício profissional, nos termos do

artigo 2º, § 3º, da Lei 8.906/1994 (Estatuto da Advocacia e da OAB)". Pelas razões expostas,

o Conselheiro Relator, acompanhado pelos demais integrantes do Pleno, deu provimento

integral a ambos os Apelos, para o fim de afastar a responsabilidade das Recorrentes e, por

consequência as penalidades a elas impostas. Concernentemente aos demais Recursos – da

Procuradoria da Fazenda Municipal e de Himalaia Transportes Ltda. – o Relator, seguido

pelo Conselheiro Maurício Faria, deu-lhes provimento parcial para, mantendo a declaração

de irregularidade do Contrato, aceitar seus efeitos financeiros, em homenagem aos princípios

da razoabilidade e da segurança jurídica, salientando que a decisão judicial proferida nos

autos do processo 0535801-71.2010-8.26.00, reconheceu a inexistência de prejuízos ao

Erário. Em outro norte, os Conselheiros Edson Simões – Revisor – e Domingos Dissei

negaram provimento aos Recursos do Órgão Fazendário e da Contratada, por entenderem que

as razões alinhavadas não tiveram o condão de afastar as irregularidades mencionadas no v.

Acórdão guerreado, vez que portam o mesmo teor das defesas apresentadas em sede de

instrução processual, argumentos esses já analisados por ocasião do julgamento de primeiro

grau. Consoante exposto, verificou-se empate no que se refere à aceitação ou não dos efeitos

do Ajuste, o que me levou a, no uso de competência que me é conferida pelo artigo 26, inciso

IX, alínea "a", do Regimento Interno16 avocar os autos para proferir voto de desempate, o que

ora faço. Nesse mister, filio-me à corrente trilhada pelos Conselheiros João Antonio e

Maurício Faria, pois os argumentos desenvolvidos pelo nobre Relator, acrescidos dos

integrantes da decisão judicial proferida pelo E. Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo,

em sede recursal, convenceram-me a aceitar os efeitos do Ajuste, em razão da inexistência de

indícios de qualquer prejuízo ao Erário. Nessa senda, em homenagem aos princípios da

estabilidade e segurança das relações jurídicas, pronuncio-me pela aceitação dos efeitos

patrimoniais do Contrato. Proclamação do Resultado: O E. Plenário, por votação unânime,

conheceu de todos os Recursos e, no mérito, deu provimento integral aos Apelos de Dulce

Eugênia de Oliveira e Roberta Arantes Lanhoso, para afastar as respectivas responsabilidades

e, por consequência, anular as penalidades aplicadas. Por maioria, com voto de desempate

desta Presidência, é dado provimento parcial aos Recursos do Órgão Fazendário e da

Contratada – Himalaia Transportes Ltda., unicamente para aceitação dos efeitos financeiros

produzidos pela contratação, mantida, por unanimidade, a declaração de irregularidade do

Ajuste. Fica mantida também a determinação de envio do presente Acórdão à 2ª Promotoria

de Justiça do Patrimônio Público e Social do Ministério Público do Estado de São Paulo, em

atendimento ao pedido formulado nos autos. Participaram do julgamento os Conselheiros

Edson Simões – Revisor, Maurício Faria e Domingos Dissei. Presente o Procurador Chefe da

Fazenda Guilherme Bueno de Camargo. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 24 de

fevereiro de 2016. a) Roberto Braguim – Presidente, com voto; a) João Antonio – Relator."

Na sequência, os Conselheiros Maurício Faria, Edson Simões e Domingos Dissei requereram

ao Egrégio Plenário, nos termos do artigo 172, inciso III, combinado com o artigo 182,

ambos do Regimento Interno desta Corte, adiamento do prazo para devolver os processos da

pauta de reinclusão, o que foi deferido. A seguir, o Conselheiro Presidente Roberto Braguim,

por ser Relator dos processos constantes da pauta de reinclusão do Conselheiro João Antonio,

solicitou ao Conselheiro Vice-Presidente Maurício Faria que assumisse a direção dos

trabalhos. – CONSELHEIRO CORREGEDOR JOÃO ANTONIO – 1) TC 233/10-85 –

16

Art. 26. São atribuições do Presidente: (...) IX - proferir voto: a) nos casos de empate, ainda que, anteriormente, já

tenha proferido voto sobre a matéria.

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Recursos "ex officio" e de Alonso Antonio Lopez Silva interpostos contra R. Decisão de

Juízo Singular de 10/4/2012 – Julgador Conselheiro Eurípedes Sales – Secretaria Municipal

de Habitação – Sehab e Alonso Antonio Lopez Silva – Prestação de contas de adiantamento

bancário – novembro/2005 (R$ 20.000,00) ACÓRDÃO: "Vistos, relatados englobadamente

com o TC 248/10-52 e discutidos estes autos, ora em grau de recurso, devolvidos na presente

sessão pelo Conselheiro João Antonio – Revisor, após vista que lhe fora concedida na 2.850ª

S.O., ocasião em que votou o Conselheiro Roberto Braguim – Relator. Acordam os

Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de

conformidade com o relatório e voto do Relator, em conhecer dos recursos "ex officio", eis

que decorrente de disposição regimental, expressada no parágrafo único do artigo 137 do

Estatuto Interno desta Casa, e do voluntário, por preenchidos os requisitos de admissibilidade

estabelecidos nos artigos 138 e 139 do mesmo diploma. Acordam, ademais, quanto ao

mérito, por maioria, pelos votos dos Conselheiros Roberto Braguim – Relator, Edson Simões

e Domingos Dissei, considerando que o apelo não trouxe aos autos qualquer fato novo que

pudesse alterar o decidido, em negar-lhes provimento, mantendo, "in totum", a R. Decisão de

Juízo Singular recorrida. Vencido, em parte, quanto ao mérito, o Conselheiro João Antonio –

Revisor que, consoante declaração de voto apresentada, deu provimento parcial aos apelos

para tornar insubsistente a penalidade aplicada e outorgar quitação integral ao responsável,

mantendo, no mais, a Decisão atacada por seus próprios e jurídicos fundamentos. Relatório e

voto englobados: v. TC 248/10-52. Declaração de voto englobado apresentada pelo

Conselheiro João Antonio: v. TC 248/10-52. Participaram do julgamento os Conselheiros

João Antonio – Revisor, Edson Simões e Domingos Dissei. Presente o Procurador Chefe da

Fazenda Guilherme Bueno de Camargo. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 24 de

fevereiro de 2016. a) Maurício Faria – Vice-Presidente no exercício da Presidência; a)

Roberto Braguim – Relator." 2) TC 248/10-52 – Recursos "ex officio" e de Felinto Carlos

Fonseca da Cunha interpostos contra a R. Decisão de Juízo Singular de 10/4/2012 – Julgador

Conselheiro Eurípedes Sales – Secretaria Municipal de Habitação – Sehab – Felinto Carlos

Fonseca da Cunha – Prestação de contas de adiantamento bancário – dezembro/2006 (R$

120.000,00) ACÓRDÃO: "Vistos, relatados englobadamente com o TC 233/10-85 e

discutidos estes autos, ora em grau de recurso, devolvidos na presente sessão pelo

Conselheiro João Antonio – Revisor, após vista que lhe fora concedida na 2.850ª S.O.,

ocasião em que votou o Conselheiro Roberto Braguim – Relator. Acordam os Conselheiros

do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o

relatório e voto do Relator, em conhecer dos recursos "ex officio", eis que decorrente de

disposição regimental, expressada no parágrafo único do artigo 137 do Estatuto Interno desta

Casa, e voluntário, por preenchidos os requisitos de admissibilidade estabelecidos nos artigos

138 e 139 do mesmo diploma. Acordam, ademais, quanto ao mérito, por maioria, pelos votos

dos Conselheiros Roberto Braguim – Relator, Edson Simões e Domingos Dissei,

considerando que o apelo não trouxe aos autos qualquer fato novo que pudesse alterar o

decidido, em negar provimento aos apelos, mantendo, "in totum", a Decisão de Juízo

Singular recorrida. Vencido, no mérito, o Conselheiro João Antonio – Revisor que, consoante

declaração de voto apresentada, deu provimento parcial aos apelos para tornar insubsistente a

penalidade aplicada, bem como outorgar quitação integral ao responsável, adotando como

razões de decidir os fatos trazidos pelos Órgãos Técnicos que não vislumbraram quaisquer

danos ou prejuízos ao erário, mantendo, no mais, a Decisão atacada por seus próprios e

jurídicos fundamentos. Relatório englobado: Examinam-se, de forma englobada, recursos

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"ex officio", com origem no disposto no parágrafo único do artigo 137 do Regimento Interno,

e Voluntários em face de decisões prolatadas, em sede de Juízo Singular, pelo Conselheiro

Eurípedes Sales nos autos dos processos de análise de Prestação de Contas de servidores da

Secretaria Municipal de Habitação - SEHAB, a seguir identificados: V) TC 72-000.233.10-

85 – Responsável: Alonso Antonio Lopez Silva, despesa no valor de R$ 20.000,00 (vinte mil

reais) examinada e reprovada totalmente, por infringência ao disposto nos artigos 6817 da Lei

Federal 4.320/64 e 1º18 da Lei Municipal 10.513/88, pela realização de despesa por

adiantamento que deveriam ocorrer pelo processo normal de aplicação e pelo pagamento de

auxílios que não se destinavam à remoção de famílias, ocorridas em 2001; VI) TC 248.10-52

– Responsável: Felinto Carlos Fonseca da Cunha, despesa no valor de R$ 120.000,00 (cento

e vinte mil reais) examinada e aprovada, parcialmente, no importe R$ 28.400,00 (vinte e oito

mil e quatrocentos reais) e rejeitada no valor R$ 91.600,00 (noventa e um mil e seiscentos

reais), por contrariar o disposto nos artigos 5819 e 6020 da Lei Federal 4.320/64 e 1º21 da Lei

Municipal 10.513/88, já que foram sido realizadas sem prévio empenho, pois as localidades

atendidas não constavam da solicitação inicial nem do despacho de autorização. Referidas

decisões afastaram, no entanto, a imputação de débito, por ausência de comprovação de dolo,

má-fé ou prejuízo, aplicando, porém, aos Responsáveis, multa no valor de R$ 481,02

(quatrocentos e oitenta e um reais e dois centavos), com apontamento de recomendações.

Apesar de oficiada em ambos os TCs, permaneceu silente a Secretaria Municipal de

Habitação - SEHAB, desenvolvendo-se a instrução dos autos com foco nos Apelos

necessários e nos Recursos Voluntários interpostos pelos responsáveis que, em breve síntese,

pretendem a reforma da Decisão para o afastamento da multa aplicada com fundamento na

violação ao Princípio da Tipicidade, eis que não se comprovou má-fé ou prejuízo ao Erário,

tampouco dolo ou culpa. As conclusões da Subsecretaria de Fiscalização e Controle, da

Subchefia da Assessoria Jurídica de Controle Externo e da Secretaria Geral foram orientadas

pelo conhecimento dos Recursos e pelo desprovimento, em contraposição à Procuradoria da

Fazenda Municipal que, ao revés, pugnou pelo conhecimento e provimento dos Apelos, com

a consequente declaração da regularidade da despesa e afastamento da multa. É o relatório.

Voto englobado: Conheço dos recursos "ex officio", eis que decorrentes de disposição

regimental, expressada no parágrafo único do artigo 137 do Estatuto Interno desta Casa, e

dos voluntários, posto que preenchidos os requisitos de admissibilidade estabelecidos nos

artigos 138 e 139 do mesmo diploma. No exame do mérito, concluo, a partir da análise dos

mencionados autos e dos PAs 2005-0.244.478-5 e 2006-0.213.623-3 acompanhantes, que a

conduta dos Responsáveis pelos adiantamentos mostra-se justificadora de apenação. Assim,

nos autos do TC 233.10-85 (item V) restou demonstrado que a quantia de R$ 20.000,00

17

Art. 68. O regime de adiantamento é aplicável aos casos de despesas expressamente definidos em lei e consiste na

entrega de numerário a servidor, sempre precedida de empenho na dotação própria para o fim de realizar despesas,

que não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação. 18

Art. 1º O regime de adiantamento é destinado à realização de despesas que não possam subordinar-se ao processo

normal de aplicação, sempre precedidas de empenho em nome de servidor. 19

Art. 58. O empenho de despesa é o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de

pagamento pendente ou não de implemento de condição. 20

Art. 60. É vedada a realização de despesa sem prévio empenho. § 1º - Em casos especiais, previsto na legislação

específica, será dispensada a emissão da nota de empenho. § 2º - Será feito por estimativa o empenho da despesa

cujo montante não se possa determinar. § 3º - É permitido o empenho global de despesas contratuais e outras,

sujeitas a parcelamento. 21

Art. 1º O regime de adiantamento é destinado à realização de despesas que não possam subordinar-se ao processo

normal de aplicação, sempre precedidas de empenho em nome de servidor.

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(vinte mil reais) foi glosada na medida em que a realização de despesas por adiantamento

deveria ocorrer pelo processo normal de aplicação, pela concessão de adiantamento para

atender despesas já realizadas e pelo pagamento de auxílios que não se destinaram à remoção

de famílias, já que aquelas remoções haviam ocorrido em 2001. De outra parte, no TC

248.10-52 (item VI) o Julgador houve por bem glosar as despesas no valor de R$ 91.600,00

(noventa e um mil e seiscentos reais) por terem sido realizadas sem prévio empenho e pelas

localidades atendidas não constarem da solicitação inicial nem do despacho de autorização.

Por esses motivos, não vislumbro elementos para discordar das manifestações da

Subsecretaria de Fiscalização e Controle, da Assessoria Jurídica de Controle Externo e da

Secretaria Geral, no sentido de que os Apelos não trouxeram aos autos qualquer fato novo

que pudesse alterar o decidido. Diante dessas razões e amparado nos pareceres dos Órgãos

Técnicos desta Casa, que passam a fazer parte deste voto, nego provimento a todos os

Recursos, mantendo "in totum" as Decisões recorridas. É o voto. Declaração de voto

englobado apresentada pelo Conselheiro João Antonio: Em julgamento os TCs 233/10-85

e 248/10-52, que tratam da análise dos recursos "ex officio" e Voluntário interpostos em face

das Respeitáveis Decisões de Juízo Singular, julgando irregulares as respectivas despesas,

nos valores de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) e R$ 91.600,00 (noventa e um mil e seiscentos

reais). Embora não tenha havido imputação dos correspondentes débitos, foi aplicada multa

aos responsáveis e também não foram outorgadas as respectivas quitações. Compulsando os

autos, observo que a instrução processual permite a revisão das decisões alcançadas, levando-

se em conta as considerações lançadas pela Assessoria Jurídica de Controle Externo. No TC

233/10-85, a AJCE asseverou que: "embora as aquisições pudessem ter sido realizadas pelo

processo normal de aplicação, houve prestação de contas, conforme se verifica no PA anexo;

não houve dano ao Erário decorrente de ato de gestão ilegítimo ou antieconômico, pois os

bens foram adquiridos com vistas a atender o bom andamento dos serviços da repartição e

foram incorporados, não tendo sido apontada irregularidade pela Área Técnica neste tópico;

não há notícia de desfalque ou desvio de bens ou valores públicos; e, por fim, não houve

menção a irregularidade de natureza grave, visto que a ilegalidade detectada não está na

aquisição dos utensílios em si, a qual não foi questionada, mas sim no procedimento adotado,

que está em desacordo com a legislação e, portanto, era vedado no caso concreto e cujo uso

incorreto deve ser coibido". No TC 248/10-52, segundo a AJCE, "há que se levar em

consideração a existência de uma portaria da Secretaria de Habitação – Portaria 138/SEHAB-

G/2006, que, embora contrarie a legislação de regência, Lei Federal 4.320/64 e Lei

Municipal 10.513/88, está em vigor e obriga o escalão hierárquico da Secretaria. Isso não

torna a despesa regular, mas exige que se leve em conta a situação enfrentada pelo servidor,

tanto assim, que a própria C-III abordou a necessidade de a Pasta editar nova portaria com

regras adequadas às leis vigentes." Ressaltou, ainda, aquela especializada, que "...não se

evidenciou mau uso dos valores adiantados ou prejuízo ao Erário, assim como dolo, culpa ou

má fé..." Diante do exposto, CONHEÇO dos Recursos "ex officio" e Voluntário, eis que

regimentais e, no mérito, DOU PROVIMENTO PARCIAL aos apelos para tornar

insubsistente a penalidade aplicada em ambos os processos, bem como outorgar quitação

integral aos responsáveis, adotando como razões de decidir os fatos trazidos pelos órgãos

técnicos que não vislumbraram quaisquer danos ou prejuízos ao erário. Mantenho, no mais, a

decisão atacada por seus próprios e jurídicos fundamentos. Este é o meu voto, Senhor

Presidente. Participaram do julgamento os Conselheiros João Antonio – Revisor, Edson

Simões e Domingos Dissei. Presente o Procurador Chefe da Fazenda Guilherme Bueno de

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Camargo. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 24 de fevereiro de 2016. a) Maurício

Faria – Vice-Presidente no exercício da Presidência; a) Roberto Braguim – Relator."

Prosseguindo, o Presidente em exercício, Conselheiro Vice-Presidente Maurício Faria,

devolveu a direção dos trabalhos ao Conselheiro Roberto Braguim. Continuando, os

Conselheiros requereram ao Egrégio Plenário, nos termos do artigo 172, inciso III,

combinado com o artigo 182, ambos do Regimento Interno desta Corte, adiamento do prazo

para devolver os processos remanescentes da pauta de reinclusão, o que foi deferido. A

seguir, o Presidente concedeu a palavra aos Senhores Conselheiros e à Procuradoria da

Fazenda Municipal para as considerações finais. Nada mais havendo a tratar, às 12h25min, o

Presidente encerrou a sessão, da qual foi lavrada a presente ata, que vai subscrita por mim,

Rodrigo Pupim Anthero de Oliveira, _______________________________, Secretário

Geral, e assinada pelo Presidente, pelos Conselheiros e pelo Procurador Chefe da Fazenda.

São Paulo, 24 de fevereiro de 2016.

_______________________________ ROBERTO BRAGUIM

Presidente

___________________________ ___________________________ MAURÍCIO FARIA JOÃO ANTONIO Vice-Presidente Corregedor

___________________________ ____________________________ EDSON SIMÕES DOMINGOS DISSEI Conselheiro Conselheiro

_________________________________ GUILHERME BUENO DE CAMARGO

Procurador Chefe da Fazenda

LSR/amc/smv/mcam/hc ATA DA 2.852ª SESSÃO (ORDINÁRIA)