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questões de português tre-mg

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OFICIAL DE JUSTIA

APOSTILAS OPO

LNGUA PORTUGUESA

Nota

As questes aqui transcritas foram extradas de provas anteriores dos mais variados concursos, obedecendo o programa oficial.

Ateno: As questes de nmeros 1 a 10 referem-se ao texto que segue.

No corao do progresso

H sculos a civilizao ocidental vem correndo atrs de tudo o que classifica como progresso. Essa palavra mgica aplica-se tanto inveno do aeroplano ou descoberta do DNA como promoo do papai no novo emprego. Estou fazendo progressos, diz a titia, quando enfim acerta a mo numa velha receita. Mas quero chegar logo ao ponto, e convidar o leitor a refletir sobre o sentido dessa palavra, que sempre pareceu abrir todas as portas para uma vida melhor.

Quando, muitos anos atrs, num daqueles documentrios de cinema, via-se uma floresta sendo derrubada para dar lugar a algum empreendimento, ningum tinha dvida em dizer ou pensar: o progresso. Uma represa monumental era progresso. Cada novo produto qumico era um progresso. As coisas no mudaram tanto: continuamos a usar indiscriminadamente a palavrinha mgica. Mas no deixaram de mudar um pouco: desde que a Ecologia saiu das academias, divulgou-se, popularizou-se e tornou-se, efetivamente, um conjunto de iniciativas em favor da preservao ambiental e da melhoria das condies da vida em nosso pequenino planeta.

Para isso, foi preciso determinar muito bem o sentido de progresso. Do ponto de vista material, considera-se ganho humano apenas aquilo que concorre para equilibrar a ao transformadora do homem sobre a natureza e a integridade da vida natural. Desenvolvimento, sim, mas sustentvel: o adjetivo exprime uma condio, para cercear as iniciativas predatrias. Cada novidade tecnolgica h de ser investigada quanto a seus efeitos sobre o homem e o meio em que vive. Cada interveno na natureza h de adequar-se a um planejamento que considere a qualidade e a extenso dos efeitos.

Em suma: j est ocorrendo, h algum tempo, uma avaliao tica e poltica de todas as formas de progresso que afetam nossa relao com o mundo e, portanto, a qualidade da nossa vida. No pouco, mas ainda no suficiente. Aos cientistas, aos administradores, aos empresrios, aos industriais e a todos ns cidados comuns cabe a tarefa cotidiana de zelarmos por nossas aes que inflectem sobre qualquer aspecto da qualidade de vida. A tarefa comea em nossa casa, em nossa cozinha e banheiro, em nosso quintal e jardim e se estende preocupao com a rua, com o bairro, com a cidade.

Meu corao no maior do que o mundo, dizia o poeta. Mas um mundo que merece a ateno do nosso corao e da nossa inteligncia , certamente, melhor do que este em que estamos vivendo.

No custa interrogar, a cada vez que algum diz progresso, o sentido preciso talvez oculto - da palavra mgica empregada. (Alaor Adauto de Mello)1. Centraliza-se, no texto, uma concepo de progresso, segundo a qual este deve ser

(A)) equacionado como uma forma de equilbrio entre as atividades humanas e o respeito ao mundo natural.(B) identificado como aprimoramento tecnolgico que resulte em atividade economicamente vivel.

(C) caracterizado como uma atividade que redunde em maiores lucros para todos os indivduos de uma comunidade.

(D) definido como um atributo da natureza que induz os homens a aproveitarem apenas o que oferecido em sua forma natural.

(E) aceito como um processo civilizatrio que implique melhor distribuio de renda entre todos os agentes dos setores produtivos.

2. Considere as seguintes afirmaes:

I. A banalizao do uso da palavra progresso uma consequncia do fato de que a Ecologia deixou de ser um assunto acadmico.

II. A expresso desenvolvimento sustentvel pressupe que haja formas de desenvolvimento nocivas e predatrias.III. Entende o autor do texto que a magia da palavra progresso advm do uso consciente e responsvel que a maioria das pessoas vem fazendo dela.

Em relao ao texto est correto APENAS que se afirma em

(A) I. X(B)) II.

(C) III.

(D) I e II. X(E) II e III.

3. Considerando-se o contexto, traduz-se corretamente uma frase do texto em:

(A) Mas quero chegar logo ao ponto = devo me antecipar a qualquer concluso.

(B) continuamos a usar indiscriminadamente a palavrinha mgica = seguimos chamando de mgico tudo o que julgamos sem preconceito.

(C) para cercear as iniciativas predatrias = para ir ao encontro das aes voluntariosas.

(D) aes que inflectem sobre qualquer aspecto da qualidade da vida = prticas alheias ao que diz respeito s condies de vida.

(E)) h de adequar-se a um planejamento = deve ir ao encontro do que est planificado.

4. Cada interveno na natureza h de adequar-se a um planejamento pelo qual se garanta que a qualidade da vida seja preservada.

Os tempos e os modos verbais da frase acima continuaro corretamente articulados caso se substituam as formas sublinhadas, na ordem em que surgem, por

(A) houve - garantiria -

(B) haveria - garantiu - teria sido

(C)haveria - garantisse - fosse

(D) haver - garantisse - e

(E) havia - garantiu -

5. As normas de concordncia verbal esto plenamente respeitadas na frase:

(A)) J faz muitos sculos que se vm atribuindo palavra progresso algumas conotaes mgicas.

(B) Deve-se ao fato de usamos muitas palavras sem conhecer seu sentido real muitos equvocos ideolgicos.

(C) Muitas coisas a que associamos o sentido de progresso no chega a representarem, de fato, qualquer avano significativo.

(D) Se muitas novidades tecnolgicas houvesse de ser investigadas a fundo, veramos que so irrelevantes para a melhoria da vida.

(E) Comeam pelas preocupaes com nossa casa, com nossa rua, com nossa cidade a tarefa de zelarmos por uma boa qualidade da vida.

6. Est correto o emprego de ambas as expresses sublinhadas na frase:

(A) De tudo aquilo que classificamos como progresso costumamos atribuir o sentido de um tipo de ganho ao qual no queremos abrir mo.

(B) prefervel deixar intacta a mata selvagem do que destru-la em nome de um benefcio em que quase ningum desfrutar.

(C) A titia, cuja a mo enfim acertou numa velha receita, no hesitou em ver como progresso a operao qual foi bem sucedida.

(D) A preciso da qual se pretende identificar o sentido de uma palavra depende muito do valor de contexto a que lhe atribumos.

(E)) As inovaes tecnolgicas de cujo benefcio todos se aproveitam representam, efetivamente, o avano a que se costuma chamar progresso.7. Considere as seguintes afirmaes, relativas a aspectos da construo ou da expressividade do texto:

I. No contexto do segundo pargrafo, a forma plural no mudaram tanto atende concordncia com academias.

II. No contexto do terceiro pargrafo, a expresso h de adequar-se exprime um dever imperioso, uma necessidade premente.

III. A expresso Em suma, tal como empregada no quarto pargrafo, anuncia a abertura de uma linha de argumentao ainda inexplorada no texto.

Est correto APENAS o que se afirma em

(A) I.

(B)) II.

(C)III.

(D) I e II.

(E) II e III.

8. A palavra progresso frequenta todas as bocas, todas pronunciam a palavra progresso, todas atribuem a essa palavra sentidos mgicos que elevam essa palavra ao patamar dos nomes miraculosos.

Evitam-se as repeties viciosas da frase acima substituindo-se os elementos sublinhados, na ordem dada, por:

(A)) a pronunciam - lhe atribuem - a elevam

(B) a pronunciam - atribuem-na - elevam-na

(C) lhe pronunciam - lhe atribuem - elevam-lhe

(D) a ela pronunciam - a ela atribuem - lhe elevam

(E) pronunciam-na - atribuem-na - a elevam

9. Est clara e correta a redao da seguinte frase:

(A) Caso no se determine bem o sentido da palavra progresso, pois que usada indiscriminadamente, ainda assim se faria necessrio que reflitamos sobre seu verdadeiro sentido.

(B) Ao dizer o poeta que seu corao no maior do que o mundo, devemos nos inspirar para que se estabelea entre este e o nosso corao os compromissos que se reflitam numa vida melhor.

(C) Nada desprezvel no espao do mundo, que no merea nossa ateno quanto ao fato de que sejamos responsveis por sua melhoria, seja o nosso quintal, nossa rua, enfim, onde se esteja.

(D)) Todo desenvolvimento definido como sustentvel exige, para fazer jus a esse adjetivo, cuidados especiais com o meio ambiente, para que no venham a ser nocivos seus efeitos imediatos ou futuros.

(E)Tem muita cincia que, se sasse das limitaes acadmicas, acabariam por se revelarem mais teis e mais populares, em vista da Ecologia, cujas consequncias se sente mesmo no mbito da vida prtica.

10. Est inteiramente correta a pontuao do seguinte perodo:

(A)Toda vez que pronunciada, a palavra progresso, parece abrir a porta para um mundo, mgico de prosperidade garantida.

(B)) Por mnimas que paream, h providncias inadiveis, aes aparentemente irrisrias, cuja execuo cotidiana , no entanto, importantssima.

(C) O prestgio da palavra progresso, deve-se em grande parte ao modo irrefletido, com que usamos e abusamos, dessa palavrinha mgica.

(D) Ainda que traga muitos benefcios, a construo de enormes represas, costuma trazer tambm uma srie de consequncias ambientais que, nem sempre, foram avaliadas.

(E) No h dvida, de que o autor do texto aderiu a teses ambientalistas segundo as quais, o conceito de progresso est sujeito a uma permanente avaliao.

Leia o texto a seguir para responder s questes de nmeros 11 a 24.

De um lado esto os prejuzos e a restrio de direitos causados pelos protestos que param as ruas de So Paulo. De outro est o direito livre manifestao, assegurado pela Carta de 1988. Como no h frmula perfeita de arbitrar esse choque entre garantias democrticas fundamentais, cabe lanar mo de medidas pontuais e sobretudo de bom senso.

A Companhia de Engenharia de Trfego (CET) estima em R$ 3 milhes o custo para a populao dos protestos ocorridos nos ltimos trs anos na capital paulista. O clculo leva em conta o combustvel consumido e as horas perdidas de trabalho durante os engarrafamentos causados por protestos. Os carros enfileirados por conta de manifestaes nesses trs anos praticamente cobririam os 231 km que separam So Paulo de So Carlos.

A Justia o meio mais promissor, em longo prazo, para desestimular os protestos abusivos que param o trnsito nos horrios mais inconvenientes e acarretam variados transtornos a milhes de pessoas. adequada a atitude da CET de enviar sistematicamente ao Ministrio Pblico relatrios com os prejuzos causados em cada manifestao feita fora de horrios e locais sugeridos pela agncia ou sem comunicao prvia.

Com base num documento da CET, por exemplo, a Procuradoria acionou um lder de sindicato, o qual foi condenado em primeira instncia a pagar R$ 3,3 milhes aos cofres pblicos, a ttulo de reparao. O direito livre manifestao est previsto na Constituio. No entanto, tal direito no anula a responsabilizao civil e criminal em caso de danos provocados pelos protestos.

O poder pblico deveria definir, de preferncia em negociao com as categorias que costumam realizar protestos na capital, horrios e locais vedados s passeatas. Prticas corriqueiras, como a paralisia de avenidas essenciais para o trfego na capital nos horrios de maior fluxo, deveriam ser abolidas.

(Folha de S.Paulo, 29.09.07. Adaptado)

11. De acordo com o texto, correto afirmar que

(A) a Companhia de Engenharia de Trfego no sabe mensurar o custo dos protestos ocorridos nos ltimos anos.

(B) os prejuzos da ordem de R$ 3 milhes em razo dos engarrafamentos j foram pagos pelos manifestantes.

(C) os protestos de rua fazem parte de uma sociedade democrtica e so permitidos pela Carta de 1988.

(D) aps a multa, os lderes de sindicato resolveram organizar protestos de rua em horrios e locais predeterminados.

(E) o Ministrio Pblico envia com frequncia estudos sobre os custos das manifestaes feitas de forma abusiva.

12. No primeiro pargrafo, afirma-se que no h frmula perfeita para solucionar o conflito entre manifestantes e os prejuzos causados ao restante da populao. A sada estaria principalmente na

(A) sensatez.

(B) Carta de 1998.

(C) Justia.

(D) Companhia de Engenharia de Trfego.

(E) na adoo de medidas amplas e profundas.

13. De acordo com o segundo pargrafo do texto, os protestos que param as ruas de So Paulo representam um custo para a populao da cidade. O clculo desses custos feito a partir

(A) das multas aplicadas pela Companhia de Engenharia de Trfego (CET).

(B) dos gastos de combustvel e das horas de trabalho desperdiadas em engarrafamentos.

(C) da distncia a ser percorrida entre as cidades de So Paulo e So Carlos.

(D) da quantidade de carros existentes entre a capital de So Paulo e So Carlos.

(E) do nmero de usurios de automveis particulares da cidade de So Paulo.

14. A quantidade de carros parados nos engarrafamentos, em razo das manifestaes na cidade de So Paulo nos ltimos trs anos, equiparada, no texto,

(A) a R$ 3,3 milhes.

(B) ao total de usurios da cidade de So Carlos.

(C) ao total de usurios da cidade de So Paulo.

(D) ao total de combustvel economizado.

(E) a uma distncia de 231 km.

15. No terceiro pargrafo, a respeito do poder da Justia em coibir os protestos abusivos, o texto assume um posicionamento de

(A) indiferena, porque diz que a deciso no cabe Justia.

(B) entusiasmo, porque acredita que o rgo j tem poder para impedir protestos abusivos.

(C) decepo, porque no v nenhum exemplo concreto do rgo para impedir protestos em horrios de pico.

(D)confiana, porque acredita que, no futuro, ser uma forma bem-sucedida de desestimular protestos abusivos.

(E) satisfao, porque cita casos em que a Justia j teve xito em impedir protestos em horrios inconvenientes e em avenidas movimentadas.

16. De acordo com o texto, a atitude da Companhia de Engenharia de Trfego de enviar periodicamente relatrios sobre os prejuzos causados em cada manifestao

(A) pertinente.

(B) indiferente.

(C) irrelevante.

(D) onerosa.

(E) inofensiva.

17. No quarto pargrafo, o fato de a Procuradoria condenar um lder sindical

(A) ilegal e fere os preceitos da Carta de 1998.

(B) deve ser comemorada, ainda que viole a Constituio.

(C) legal, porque o direito livre manifestao no isenta o manifestante da responsabilidade pelos danos causados.

(D) nula, porque, segundo o direito livre manifestao, o acusado poder entrar com recurso.

(E) indita, porque, pela primeira vez, apesar dos direitos assegurados, um manifestante ser punido.

18. Dentre as solues apontadas, no ltimo pargrafo, para resolver o conflito, destaca-se

(A) multa a lderes sindicais.

(B) fiscalizao mais rgida por parte da Companhia de Engenharia de Trfego.

(C) o fim dos protestos em qualquer via pblica.

(D) fixar horrios e locais proibidos para os protestos de rua.

(E) negociar com diferentes categorias para que no faam mais manifestaes.

19. No trecho adequada a atitude da CET de enviar relatrios , substituindo-se o termo atitude por comportamentos, obtm-se, de acordo com as regras gramaticais, a seguinte frase:

(A) adequada comportamentos da CET de enviar relatrios.

(B) adequado comportamentos da CET de enviar relatrios.

(C) So adequado os comportamentos da CET de enviar relatrios.

(D) So adequadas os comportamentos da CET de enviar relatrios.

(E) So adequados os comportamentos da CET de enviar relatrios.

20. No trecho No entanto, tal direito no anula a responsabilizao civil e criminal em caso de danos provocados pelos protestos , a locuo conjuntiva no entanto indica uma relao de

(A)causa e efeito.

(B) oposio.

(C) comparao.

(D) condio.

(E) explicao.

21. No h frmula perfeita de arbitrar esse choque. Nessa frase, a palavra arbitrar um sinnimo de

(A) julgar.

(B) almejar.

(C) condenar.

(D) corroborar.

(E) descriminar.

22. No trecho A Justia o meio mais promissor para desestimular os protestos abusivos a preposio para estabelece entre os termos uma relao de

(A) tempo.

(B) posse.

(C) causa.

(D) origem.

(E) finalidade.

23. Na frase O poder pblico deveria definir horrios e locais , substituindo-se o verbo definir por obedecer, obtm-se, segundo as regras de regncia verbal, a seguinte frase:

(A) O poder pblico deveria obedecer para horrios e locais.

(B) O poder pblico deveria obedecer a horrios e locais.

(C) O poder pblico deveria obedecer horrios e locais.

(D) O poder pblico deveria obedecer com horrios e locais.

(E) O poder pblico deveria obedecer os horrios e locais.

24. Transpondo para a voz passiva a frase A Procuradoria acionou um lder de sindicato obtm-se:

(A) Um lder de sindicato foi acionado pela Procuradoria.

(B) Acionaram um lder de sindicato pela Procuradoria.

(C) Acionaram-se um lder de sindicato pela Procuradoria.

(D) Um lder de sindicato ser acionado pela Procuradoria.

(E) A Procuradoria foi acionada por um lder de sindicato.

Leia o texto para responder s questes de nmeros 25 a 34

Diploma e monoplio

Faz quase dois sculos que foram fundadas escolas de direito e medicina no Brasil. embaraoso verificar que ainda no foram resolvidos os enguios entre diplomas e carreiras. Falta-nos descobrir que a concorrncia (sob um bom marco regulatrio) promove o interesse da sociedade e que o monoplio s bom para quem o detm. No fora essa ignorncia, como explicar a avalanche de leis que protegem monoplios esprios para o exerccio profissional?

Desde a criao dos primeiros cursos de direito, os graduados apenas ocasionalmente exercem a profisso. Em sua maioria, sempre ocuparam postos de destaque na poltica e no mundo dos negcios. Nos dias de hoje, nem 20% advogam.

Mas continua havendo boas razes para estudar direito, pois esse um curso no qual se exercita lgica rigorosa, se l e se escreve bastante. Torna os graduados mais cultos e socialmente mais produtivos do que se no houvessem feito o curso. Se aprendem pouco, pacincia, a culpa mais da fragilidade do ensino bsico do que das faculdades. Diante dessa polivalncia do curso de direito, os exames da OAB so uma soluo brilhante. Aqueles que defendero clientes nos tribunais devem demonstrar nessa prova um mnimo de conhecimento. Mas, como os cursos so tambm teis para quem no fez o exame da Ordem ou no foi bem sucedido na prova, abrir ou fechar cursos de formao geral assunto do MEC, no da OAB. A interferncia das corporaes no passa de uma prtica monopolista e ilegal em outros ramos da economia. Questionamos tambm se uma corporao profissional deve ter carta-branca para determinar a dificuldade das provas, pois essa tambm uma forma de limitar a concorrncia mas trata-se a de uma questo secundria. (...)

(Veja, 07.03.2007. Adaptado)

25. Assinale a alternativa que reescreve, com correo gramatical, as frases: Faz quase dois sculos que foram fundadas escolas de direito e medicina no Brasil. / embaraoso verificar que ainda no foram resolvidos os enguios entre diplomas e carreiras.

(A) Faz quase dois sculos que se fundou escolas de direito e medicina no Brasil. / embaraoso verificar que ainda no se resolveu os enguios entre diplomas e carreiras.

(B) Faz quase dois sculos que se fundava escolas de direito e medicina no Brasil. / embaraoso verificar que ainda no se resolveram os enguios entre diplomas e carreiras.

(C) Faz quase dois sculos que se fundaria escolas de direito e medicina no Brasil. / embaraoso verificar que ainda no se resolveu os enguios entre diplomas e carreiras.

(D) Faz quase dois sculos que se fundara escolas de direito e medicina no Brasil. / embaraoso verificar que ainda no se resolvera os enguios entre diplomas e carreiras.

(E) Faz quase dois sculos que se fundaram escolas de direito e medicina no Brasil. / embaraoso verificar que ainda no se resolveram os enguios entre diplomas e carreiras.

26. Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, de acordo com a norma culta, as frases: O monoplio s bom para aqueles que ____________. / Nos dias de hoje, nem 20% advogam, e apenas 1% ____________. / Em sua maioria, os advogados sempre ____________.

(A) o retem / obtem sucesso / se apropriaram os postos de destaque na poltica e no mundo dos negcios

(B) o retm / obtm sucesso / se apropriaram aos postos de destaque na poltica e no mundo dos negcios

(C) o retm / obtem sucesso / se apropriaram os postos de destaque na poltica e no mundo dos negcios

(D) o retm / obtm sucesso / sempre se apropriaram de postos de destaque na poltica e no mundo dos negcios

(E) o retem / obtem sucesso / se apropriaram de postos de destaque na poltica e no mundo dos negcios

27. Assinale a alternativa em que se repete o tipo de orao introduzida pela conjuno se, empregado na frase Questionamos tambm se uma corporao profissional deve ter carta-branca para determinar a dificuldade das provas, ...

(A) A sociedade no chega a saber se os advogados so muito corporativos.

(B) Se os advogados aprendem pouco, a culpa da fragilidade do ensino bsico.

(C) O advogado afirma que se trata de uma questo secundria.

(D) um curso no qual se exercita lgica rigorosa.

(E) No curso de direito, l-se bastante.

28. Assinale a alternativa em que se admite a concordncia verbal tanto no singular como no plural como em: A maioria dos advogados ocupam postos de destaque na poltica e no mundo dos negcios.

(A) Como o direito, a medicina uma carreira estritamente profissional.

(B) Os Estados Unidos e a Alemanha no oferecem cursos de administrao em nvel de bacharelado.

(C) Metade dos cursos superiores carecem de boa qualificao.

(D) As melhores universidades do pas abastecem o mercado de trabalho com bons profissionais.

(E) A abertura de novos cursos tem de ser controlada por rgos oficiais.

29. Assinale a alternativa que apresenta correta correlao de tempo verbal entre as oraes.

(A) Se os advogados demonstrarem um mnimo de conhecimento, poderiam defender bem seus clientes.

(B) Embora tivessem cursado uma faculdade, no se desenvolveram intelectualmente.

(C) possvel que os novos cursos passam a ter fiscalizao mais severa.

(D) Se no fosse tanto desconhecimento, o desempenho poder ser melhor.

(E) Seria desejvel que os enguios entre diplomas e carreiras se resolvem brevemente.

30. A substituio das expresses em destaque por um pronome pessoal est correta, nas duas frases, de acordo com a norma culta, em:

(A) I. A concorrncia promove o interesse da sociedade. / A concorrncia promove-o. II. Aqueles que defendero clientes. / Aqueles que lhes defendero.

(B) I. O governo fundou escolas de direito e de medicina. / O governo fundou elas. II. Os graduados apenas ocasionalmente

exercem a profisso. / Os graduados apenas ocasionalmente exercem-la.

(C) I. Torna os graduados mais cultos. / Torna-os mais cultos. II. preciso mencionar os cursos de administrao. / preciso mencionar-lhes.

(D) I. Os advogados devem demonstrar muitos conhecimentos. Os advogados devem demonstr-los. II. As associaes mostram sociedade o seu papel. / As associaes mostram-lhe o seu papel.

(E) I. As leis protegem os monoplios esprios. / As leis protegem-os. II. As corporaes deviam fiscalizar a prtica profissional. / As corporaes deviam fiscaliz-la.

31. Assinale a alternativa em que as palavras em destaque exercem, respectivamente, a mesma funo sinttica das expresses assinaladas em: Os graduados apenas ocasionalmente exercem a profisso.

(A) Se aprendem pouco, a culpa da fragilidade do ensino bsico.

(B) A interferncia das corporaes no passa de uma prtica monopolista.

(C) Abrir e fechar cursos de formao geral assunto do MEC.

(D) O estudante de direito exercita preferencialmente uma lgica rigorosa.

(E) Boas razes existiro sempre para o advogado buscar conhecimento.

32. Assinale a alternativa que reescreve a frase de acordo com a norma culta.

(A) Os graduados apenas ocasionalmente exercem a profisso. / Os graduados apenas ocasionalmente se dedicam

a profisso.

(B) Os advogados devem demonstrar nessa prova um mnimo de conhecimento. / Os advogados devem primar nessa prova por um mnimo de conhecimento.

(C) Ele no fez o exame da OAB. / Ele no procedeu o exame da OAB.

(D) As corporaes deviam promover o interesse da sociedade. / As corporaes deviam almejar do interesse da sociedade.

(E) Essa uma forma de limitar a concorrncia. / Essa uma forma de restringir concorrncia.

33. Assinale a alternativa em que o perodo formado com as frases I, II e III estabelece as relaes de condio entre I e II e de adio entre I e III.

I. O advogado aprovado na OAB.

II. O advogado raciocina com lgica.

III. O advogado defende o cliente no tribunal.

(A) Se o advogado raciocinar com lgica, ele ser aprovado na OAB e defender o cliente no tribunal com sucesso.

(B) O advogado defender o cliente no tribunal com sucesso, mas ter de raciocinar com lgica e ser aprovado na OAB.

(C) Como raciocinou com lgica, o advogado ser aprovado na OAB e defender o cliente no tribunal com sucesso.

(D) O advogado defender o cliente no tribunal com sucesso porque raciocinou com lgica e foi aprovado na OAB.

(E) Uma vez que o advogado raciocinou com lgica e foi aprovado na OAB, ele poder defender o cliente no tribunal com sucesso.

34. Na frase Se aprendem pouco, pacincia, a culpa mais da fragilidade do ensino bsico do que das faculdades. a palavra pacincia vem entre vrgulas para, no contexto,

(A) garantir a ateno do leitor.

(B) separar o sujeito do predicado.

(C) intercalar uma reflexo do autor.

(D) corrigir uma afirmao indevida.

(E) retificar a ordem dos termos.Ateno: As questes de nmeros 35 a 42 referem-se ao texto abaixo.

Sobre tica

A palavra tica empregada nos meios acadmicos em trs acepes. Numa, faz-se referncia a teorias que tm como objeto de estudo o comportamento moral, ou seja, como entende Adolfo Sanchez Vasquez, a teoria que pretende explicar a natureza, fundamentos e condies da moral, relacionando-a com necessidades sociais humanas. Teramos, assim, nessa acepo, o entendimento de que o fenmeno moral pode ser estudado racional e cientificamente por uma disciplina que se prope a descrever as normas morais ou mesmo, com o auxlio de outras cincias, ser capaz de explicar valoraes comportamentais.

Um segundo emprego dessa palavra consider-la uma categoria filosfica e mesmo parte da Filosofia, da qual se constituiria em ncleo especulativo e reflexivo sobre a complexa fenomenologia da moral na convivncia humana. A tica, como parte da Filosofia, teria por objeto refletir sobre os fundamentos da moral na busca de explicao dos fatos morais.

Numa terceira acepo, a tica j no entendida como objeto descritvel de uma Cincia, tampouco como fenmeno especulativo. Trata-se agora da conduta esperada pela aplicao de regras morais no comportamento social, o que se pode resumir como qualificao do comportamento do homem como ser em situao. esse carter normativo de tica que a colocar em ntima conexo com o Direito. Nesta viso, os valores morais dariam o balizamento do agir e a tica seria assim a moral em realizao, pelo reconhecimento do outro como ser de direito, especialmente de dignidade. Como se v, a compreenso do fenmeno tica no mais surgiria metodologicamente dos resultados de uma descrio ou reflexo, mas sim, objetivamente, de um agir, de um comportamento consequencial, capaz de tornar possvel e correta a convivncia. (Adaptado do site Doutrina Jus Navigandi)

35. As diferentes acepes de tica devem-se, conforme se depreende da leitura do texto,

(A) aos usos informais que o senso comum faz desse termo.

(B) s consideraes sobre a etimologia dessa palavra.

(C) aos mtodos com que as cincias sociais a analisam.

(D) s ntimas conexes que ela mantm com o Direito.

(E) s perspectivas em que considerada pelos acadmicos.

36. A concepo de tica atribuda a Adolfo Sanchez Vasquez retomada na seguinte expresso do texto:

(A) ncleo especulativo e reflexivo.

(B) objeto descritvel de uma Cincia.

(C) explicao dos fatos morais.

(D) parte da Filosofia.

(E) comportamento consequencial

37. No texto, a terceira acepo da palavra tica deve ser entendida como aquela em que se considera, sobretudo,

(A) o valor desejvel da ao humana.

(B) o fundamento filosfico da moral.

(C) o rigor do mtodo de anlise.

(D) a lucidez de quem investiga o fato moral.

(E) o rigoroso legado da jurisprudncia.

38. D-se uma ntima conexo entre a tica e o Direito quando ambos revelam, em relao aos valores morais da conduta, uma preocupao

(A) filosfica.

(B) descritiva.

(C) prescritiva.

(D) contestatria.

(E) tradicionalista.

39. Considerando-se o contexto do ltimo pargrafo, o elemento sublinhado pode ser corretamente substitudo pelo que est entre parnteses, sem prejuzo para o sentido, no seguinte caso:

(A) (...) a colocar em ntima conexo com o Direito. (incluso)

(B) (...) os valores morais dariam o balizamento do agir (...) (arremate)

(C) (...) qualificao do comportamento do homem como ser em situao. (provisrio)

(D) (...) nem tampouco como fenmeno especulativo. (nem, ainda)

(E) (...) de um agir, de um comportamento consequencial... (concessivo)

40. As normas de concordncia esto plenamente observadas na frase:

(A) Costumam-se especular, nos meios acadmicos, em torno de trs acepes de tica.

(B) As referncias que se faz natureza da tica consideram-na, com muita frequncia, associada aos valores morais.

(C) No coubessem aos juristas aproximar-se da tica, as leis deixariam de ter a dignidade humana como balizamento.

(D) No derivam das teorias, mas das prticas humanas, o efetivo valor de que se impregna a conduta dos indivduos.

(E) Convm aos filsofos e juristas, quaisquer que sejam as circunstncias, atentar para a observncia dos valores ticos.

41. Est clara, correta e coerente a redao do seguinte comentrio sobre o texto:

(A) Dentre as trs acepes de tica que se menciona no texto, uma apenas diz respeito uma rea em que conflui com o Direito.

(B) O balizamento da conduta humana uma atividade em que, cada um em seu campo, se empenham o jurista e o filsofo.

(C) Costuma ocorrer muitas vezes no ser fcil distinguir tica ou Moral, haja vista que tanto uma quanto outra pretendem ajuizar situao do homem.

(D) Ainda que se torne por consenso um valor do comportamento humano, a tica varia conforme a perspectiva de atribuio do mesmo.

(E) Os saberes humanos aplicados, do conhecimento da tica, costumam apresentar divergncias de enfoques, em que pese a metodologia usada.

42. Transpondo-se para a voz passiva a frase Nesta viso, os valores morais dariam o balizamento do agir, a forma verbal resultante dever ser:

(A) seria dado.

(B) teriam dado.

(C) seriam dados.

(D) teriam sido dados.

(E) fora dado.

Ateno: As questes de nmeros 43 a 48 referem-se ao texto abaixo.

O homem moral e o moralizador

Depois de um bom sculo de psicologia e psiquiatria dinmicas, estamos certos disto: o moralizador e o homem moral so figuras diferentes, se no opostas. O homem moral se impe padres de conduta e tenta respeit-los; o moralizador quer impor ferozmente aos outros os padres que ele no consegue respeitar.

A distino entre ambos tem alguns corolrios relevantes.

Primeiro, o moralizador um homem moral falido: se soubesse respeitar o padro moral que ele impe, ele no precisaria punir suas imperfeies nos outros. Segundo, possvel e compreensvel que um homem moral tenha um esprito missionrio: ele pode agir para levar os outros a adotar um padro parecido com o seu. Mas a imposio forada de um padro moral no nunca o ato de um homem moral, sempre o ato de um moralizador. Em geral, as sociedades em que as normas morais ganham fora de lei (os Estados confessionais, por exemplo) no so regradas por uma moral comum, nem pelas aspiraes de poucos e escolhidos homens exemplares,mas por moralizadores que tentam remir suas prprias falhas

morais pela brutalidade do controle que eles exercem sobre os outros. A pior barbrie do mundo isto: um mundo em que todos pagam pelos pecados de hipcritas que no se aguentam. (Contardo Calligaris, Folha de S. Paulo, 20/03/2008)

43. Atente para as afirmaes abaixo.

I. Diferentemente do homem moral, o homem moralizador no se preocupa com os padres morais de conduta.

II. Pelo fato de impor a si mesmo um rgido padro de conduta, o homem moral acaba por imp-lo conduta alheia.

III. O moralizador, hipocritamente, age como se de fato respeitasse os padres de conduta que ele cobra dos outros.

Em relao ao texto, correto o que se afirma APENAS em

(A) I.

(B) II.

(C) III.

(D) I e II.

(E) II e III.

44. No contexto do primeiro pargrafo, a afirmao de que j decorreu um bom sculo de psicologia e psiquiatria dinmicas indica um fator determinante para que

(A) concluamos que o homem moderno j no dispe de rigorosos padres morais para avaliar sua conduta.

(B) consideremos cada vez mais difcil a discriminao entre o homem moral e o homem moralizador.

(C) reconheamos como bastante remota a possibilidade de se caracterizar um homem moralizador.

(D) identifiquemos divergncias profundas entre o comportamento de um homem moral e o de um moralizador.

(E) divisemos as contradies internas que costumam ocorrer nas atitudes tomadas pelo homem moral.

45. O autor do texto refere-se aos Estados confessionais para exemplificar uma sociedade na qual

(A) normas morais no tm qualquer peso na conduta dos cidados.

(B) hipcritas exercem rigoroso controle sobre a conduta de todos.

(C) a f religiosa decisiva para o respeito aos valores de uma moral comum.

(D) a situao de barbrie impede a formulao de qualquer regra moral.

(E) eventuais falhas de conduta so atribudas fraqueza das leis.

46. Na frase A distino entre ambos tem alguns corolrios relevantes, o sentido da expresso sublinhada est corretamente traduzido em:

(A) significativos desdobramentos dela.

(B) determinados antecedentes dela.

(C) reconhecidos fatores que a causam.

(D) consequentes aspectos que a relativizam.

(E) valores comuns que ela propicia.

47. Est correta a articulao entre os tempos e os modos verbais na frase:

(A) Se o moralizador vier a respeitar o padro moral que ele impusera, j no podia ser considerado um hipcrita.

(B) Os moralizadores sempre haveriam de desrespeitar os valores morais que eles imporo aos outros.

(C) A pior barbrie ter sido aquela em que o rigor dos hipcritas servisse de controle dos demais cidados.

(D) Desde que haja a imposio forada de um padro moral, caracterizava-se um ato tpico do moralizador.

(E) No justo que os hipcritas sempre venham a impor padres morais que eles prprios no respeitam.

48. Est correto o emprego de ambos os elementos sublinhados na frase:

(A) O moralizador est carregado de imperfeies de que ele no costuma acusar em si mesmo.

(B) Um homem moral empenha-se numa conduta cujo o padro moral ele no costuma impingir na dos outros.

(C) Os pecados aos quais insiste reincidir o moralizador so os mesmos em que ele acusa seus semelhantes.

(D) Respeitar um padro moral das aes uma qualidade da qual no abrem mo os homens a quem no se pode acusar de hipcritas.

(E) Quando um moralizador julga os outros segundo um padro moral de cujo ele prprio no respeita, demonstra toda a hipocrisia em que capaz.

Ateno: As questes de nmeros 49 a 54 referem-se ao texto abaixo.

Fim de feira

Quando os feirantes j se dispem a desarmar as barracas, comeam a chegar os que querem pagar pouco pelo que restou nas bancadas, ou mesmo nada, pelo que ameaa estragar. Chegam com suas sacolas cheias de esperana. Alguns no perdem tempo e passam a recolher o que est pelo cho: um mamozinho amolecido, umas folhas de couve amarelas,

a metade de um abacaxi, que serviu de chamariz para os fregueses compradores. H uns que se aventuram at mesmo nas cercanias da barraca de pescados, onde pode haver alguma suspeita sardinha oculta entre jornais, ou uma ponta de cao obviamente desprezada.

H feirantes que facilitam o trabalho dessas pessoas: oferecem-lhes o que, de qualquer modo, eles iriam jogar fora.

Mas outros parecem ciumentos do teimoso aproveitamento dos refugos, e chegam a recolh-los para no os verem coletados. Agem para salvaguardar no o lucro possvel, mas o princpio mesmo do comrcio. Parecem temer que a fome seja debelada sem que algum pague por isso. E no admitem ser acusados de egostas: somos comerciantes, no assistentes sociais, alegam.

Finda a feira, esvaziada a rua, chega o caminho da limpeza e os funcionrios da prefeitura varrem e lavam tudo, entre risos e gritos. O trnsito liberado, os carros atravancam a rua e, no fosse o persistente cheiro de peixe, a ningum ocorreria que ali houve uma feira, frequentada por to diversas espcies de seres humanos. (Joel Rubinato, indito)

49. Nas frases parecem ciumentos do teimoso aproveitamento dos refugos e no admitem ser acusados de egostas, o narrador do texto

(A) mostra-se imparcial diante de atitudes opostas dos feirantes.

(B) revela uma perspectiva crtica diante da atitude de certos feirantes.

(C) demonstra no reconhecer qualquer proveito nesse tipo de coleta.

(D) assume-se como um cronista a quem no cabe emitir julgamentos.

(E) insinua sua indignao contra o lucro excessivo dos feirantes.

50. Considerando-se o contexto, traduz-se corretamente o sentido de um segmento do texto em:

(A) serviu de chamariz respondeu ao chamado.

(B) alguma suspeita sardinha possivelmente uma sardinha.

(C) teimoso aproveitamento = persistente utilizao.

(D) o princpio mesmo do comrcio = prembulo da operao comercial.

(E) Agem para salvaguardar = relutam em admitir.

51. Atente para as afirmaes abaixo.

I. Os riscos do consumo de uma sardinha suspeita ou da ponta de um cao que foi desprezada justificam o emprego de se aventuram, no primeiro pargrafo.

II. O emprego de alegam, no segundo pargrafo, deixa entrever que o autor no compactua com a justificativa dos feirantes.

III. No ltimo pargrafo, o autor faz ver que o fim da feira traz a superao de tudo o que determina a existncia de diversas espcies de seres humanos.

Em relao ao texto, correto o que se afirma APENAS em

(A) I.

(B) II.

(C) III.

(D) I e II.

(E) II e III.

52. Est INCORRETA a seguinte afirmao sobre um recurso de construo do texto: no contexto do

(A) primeiro pargrafo, a forma ou mesmo nada faz subentender a expresso verbal querem pagar.

(B) primeiro pargrafo, a expresso fregueses compradores faz subentender a existncia de fregueses que no compram nada.

(C) segundo pargrafo, a expresso de qualquer modo est empregada com o sentido de de toda maneira.

(D) segundo pargrafo, a expresso para salvaguardar est empregada com o sentido de a fim de resguardar.

(E) terceiro pargrafo, a expresso no fosse tem sentido equivalente ao de mesmo no sendo.

53. O verbo indicado entre parnteses dever flexionar-se no plural para preencher de modo correto a lacuna da frase:

(A) Frutas e verduras, mesmo quando desprezadas, no ...... (deixar) de as recolher quem no pode pagar pelas boas e bonitas.

(B) ......-se (dever) aos ruidosos funcionrios da limpeza pblica a providncia que far esquecer que ali funcionou uma feira.

(C) No ...... (aludir) aos feirantes mais generosos, que oferecem as sobras de seus produtos, a observao do autor sobre o egosmo humano.

(D) A pouca gente ...... (deixar) de sensibilizar os penosos detalhes da coleta, a que o narrador deu nfase em seu texto.

(E) No ...... (caber) aos leitores, por fora do texto, criticar o lucro razovel de alguns feirantes, mas sim, a inaceitvel impiedade de outros.

54. A supresso da vrgula altera o sentido da seguinte frase:

(A) Fica-se indignado com os feirantes, que no compreendem a carncia dos mais pobres.

(B) No texto, ocorre uma descrio o mais fiel possvel da tradicional coleta de um fim de feira.

(C) A todo momento, d-se o triste espetculo de pobreza centralizado nessa narrativa.

(D) Certamente, o leitor no deixar de observar a preocupao do autor em distinguir os diferentes caracteres humanos.

(E) Em qualquer lugar onde ocorra uma feira, ocorrer tambm a humilde coleta de que trata a crnica.

Instrues: Para responder s questes de nmeros 55 a 64, considere o texto a seguir.

Jornalismo e universo jurdico

frequente, na grande mdia, a divulgao de informaes ligadas a temas jurdicos, muitas vezes essenciais para a conscientizao do cidado a respeito de seus direitos. Para esse gnero de informao alcanar adequadamente o pblico leitor leigo, no versado nos temas jurdicos, o papel do jornalista se torna indispensvel, pois cabe a ele transformar

informaes originadas de meios especializados em notcia assimilvel pelo leitor.

Para que consiga atingir o grande pblico, ao elaborar uma notcia ou reportagem ligada a temas jurdicos, o jornalista precisa buscar conhecimento complementar. No se trata de uma tarefa fcil, visto que a compreenso do universo jurdico exige conhecimento especializado. A todo instante veem-se nos meios de comunicao informaes sobre fatos complexos relacionados ao mundo da Justia: reforma processual, controle externo do Judicirio, julgamento de crimes de improbidade administrativa, smula vinculante, entre tantos outros.

Ao mesmo tempo que se observa na mdia um grande nmero de matrias atinentes s Cortes de Justia, s reformas na legislao e aos direitos legais do cidado, verifica-se o desconhecimento de muitos jornalistas ao lidar com tais temas.

O campo jurdico to complexo como alguns outros assuntos enfocados em segmentos especializados, como a economia, a informtica ou a medicina, campos que tambm possuem linguagens prprias. Ao embrenhar-se no intrincado mundo jurdico, o jornalista arrisca-se a cometer uma srie de incorrees e imprecises lingusticas e tcnicas na forma como as notcias so veiculadas. Uma das razes para esse risco lembrada por Leo Serva:

Um procedimento essencial ao jornalismo, que necessariamente induz incompreenso dos fatos que narra, a reduo das notcias a paradigmas que lhes so alheios, mas que permitem um certo nvel imediato de compreenso pelo autor ou por aquele que ele supe ser o seu leitor. Por conta desse procedimento, noticirios confusos aparecero simplificados para o leitor, reduzindo, consequentemente, sua capacidade real de compreenso da totalidade do significado da notcia.

(Adaptado de Toms Eon Barreiros e Sergio Paulo Frana de Almeida. http://jus2.uol.com.br.doutrina/texto.asp?id=1006)

55. Uma das razes para a dificuldade de se veicularem notcias atinentes ao campo jurdico est

(A) na improbidade de jornalistas que se dispem a pontificar em assuntos que lhes so inteiramente alheios.

(B) na inexistncia de tcnicas de comunicao adequadas abordagem de temas que exigem conhecimento especializado.

(C) no baixo interesse que os temas desse campo do conhecimento costumam despertar no pblico leigo.

(D) na problemtica traduo da linguagem do mundo da Justia para uma linguagem que o leigo venha a compreender.

(E) no frequente equvoco de considerar um assunto eminentemente tcnico como questo de interesse pblico.

56. Considere as seguintes afirmaes:

I. A expresso buscar conhecimento complementar sugere, no contexto do 2o pargrafo, a necessidade de atribuir aos juristas mais eminentes a tarefa de divulgar notcias do mundo jurdico.

II. No segmento que tambm possuem linguagens prprias (pargrafo 3o), a palavra sublinhada assinala que a imprensa dispe, como outros campos da mdia, de uma linguagem especfica.

III. Na expresso ao embrenhar-se no intrincado mundo jurdico (pargrafo 3o), os dois termos sublinhados do nfase ao risco de desnorteio que oferece uma matria especfica ao jornalista que pretende simplific-la.

Em relao ao texto, est correto SOMENTE o que se afirma em

(A) I.

(B) II.

(C) III.

(D) I e II.

(E) II e III.

57. O trecho citado de Leo Serva ressalta o fato de que

(A) a profisso de jornalista leva o homem de imprensa a se familiarizar com paradigmas que norteiam outros campos de atuao.

(B) a investigao de assuntos muito especficos faz com que o jornalista descure dos paradigmas de seu prprio campo de atuao.

(C) os jornalistas so levados incompreenso de muitos fatos quando se limitam aos paradigmas prprios do universo desses fatos.

(D) a inobservncia dos paradigmas da imprensa leva muitos jornalistas a simplificarem excessivamente a complexidade da matria de que tratam.

(E) as caractersticas do jornalismo levam muitos profissionais da imprensa a submeter uma matria especfica a paradigmas de outra rea.

58. Ainda no trecho de Leo Serva, a expresso Por conta desse procedimento pode ser substituda, sem prejuzo para a correo e o sentido da passagem, por:

(A) Tendo por alvitre o mesmo procedimento.

(B) No influxo de tal procedimento.

(C) Em que pese a esse procedimento.

(D) Conquanto seja considerado o procedimento.

(E) A par deste procedimento.

59. As normas de concordncia verbal esto plenamente atendidas na frase:

(A) Cabe aos jornalistas transformar informaes especializadas em notcias assimilveis pelo grande pblico.

(B) Restam-lhes traduzir assuntos especializados em palavras que os leigos possam compreender j primeira leitura.

(C) Exigem-se dos jornalistas que mostrem competncia e flexibilidade na passagem de uma linguagem para outra.

(D) No so fceis de traduzir em palavras simples um universo lingustico to especializado como o de certas reas tcnicas.

(E) Sempre haver de ocorrer deslizes, ao se transpor para a linguagem do dia-a-dia o vocabulrio de um campo tcnico.

60. Ao mesmo tempo que se observa na mdia um grande nmero de matrias atinentes s Cortes de Justia, s reformas na legislao (...)

NO se mantm o emprego de s, no segmento acima, caso se substitua atinentes por

(A) alusivas.

(B) concernentes.

(C) referentes.

(D) relativas.

(E) pautadas.

61. Traduz-se de modo claro, coerente e correto uma ideia do texto em:

(A) A complexidade do universo jurdico de tal ordem, tendo em vista a alta especializao de seu vocabulrio, razo pela qual um jornalista v-se em apuros ao traduzir-lhe.

(B) No apenas o campo jurdico: tambm outras reas, como a economia ou a medicina, onde se dispem de termos especficos, suscitam srios desafios linguagem jornalstica.

(C) H matrias especializadas que exigem dos jornalistas uma formao complementar, para que possam traduzir com fidelidade os paradigmas dessas reas.

(D) Sem mais nem porque, alguns jornalistas passam a considerar-se aptos na abordagem de assuntos especializados, da advindo de que muitas de suas matrias desvirtuam a especificidade original.

(E) Em sua citao, Leo Serva prope que a incompreensibilidade de muitas matrias jurdicas na imprensa deve-se ao procedimento redutor que leva um jornalista a incapacitar-se para aprender a totalidade da notcia.

62. Transpondo-se para a voz passiva o segmento Para esse gnero de informao alcanar adequadamente o pblico leitor leigo, a forma verbal resultante ser

(A) tenha alcanado.

(B) fosse alcanado.

(C) tenha sido alcanado.

(D) ser alcanado.

(E) vier a alcanar.

63. Atente para as seguintes afirmaes:

I. Haver alterao de sentido caso se suprimam as vrgulas do segmento Um procedimento essencial ao jornalismo, que necessariamente induz incompreenso dos fatos que narra, a reduo das notcias (...).

II. Ainda que opcional, seria desejvel a colocao de uma vrgula depois da expresso Ao mesmo tempo, na abertura do 3o pargrafo.

III. Na frase No se trata de uma tarefa fcil, visto que a compreenso do universo jurdico exige conhecimento especializado, pode-se, sem prejuzo para o sentido, substituir o segmento sublinhado por fcil: a compreenso.

Est correto o que se afirma em

(A) I, II e III.

(B) I e III, somente.

(C) I e II, somente.

(D) II e III, somente.

(E) I, somente.

64. A flexo dos verbos e a correlao entre seus tempos e modos esto plenamente adequadas em:

(A) Seria preciso que certos jornalistas conviessem em aprofundar seus conhecimentos na rea jurdica, para que no seguissem incorrendo em equvocos de informao.

(B) Se um jornalista decidir pautar-se pela correo das informaes e se dispor a buscar conhecimento complementar, ter prestado inestimvel servio ao pblico leitor.

(C) Todo equvoco que sobrevir precria informao sobre um assunto jurdico constituiria um desservio aos que desejarem esclarecer-se pelo noticirio da imprensa.

(D) As imprecises tcnicas que costumam marcar notcias sobre o mundo jurdico deveriam-se ao fato de que muitos jornalistas no se deteram suficientemente na especificidade da matria.

(E) Leo Serva no hesitou em identificar um procedimento habitual do jornalismo, a reduo das notcias, como tendo sido o responsvel por equvocos que vierem a tolher a compreenso da matria.

65)Indique o perodo cuja redao est inteiramente clara e correta.a)Resultou frustrada a nossa expectativa de adquirir bons livros, j que, na to decantada liquidao daquela grande livraria, s havia ttulos inexpressivos.b)Os incentivos fiscais constituem uma questo complicada, pois segundo alguns, a iniciativa privada recebe benefcios onde a contrapartida em criao de empregos insuficiente.c)Naquele editorial da revista no ficou claro a posio do mesmo, seja porque o editorialista de fato no o desejasse, ou ento porque a redao dele no o permitiu.d)Com o fim do rodzio no trnsito, espera-se que ele aumente, voltando a terem problemas de congestionamento justamente quando todos saem ou voltam para casa.66)Indique a sequncia que preenche corretamente as lacunas:1. Ainda _____ pouco exultava, o que agora chora. 2. Conversarei contigo daqui ___ pouco, disse-lhe. 3. Diz-se que os milionrios portugueses, ____ muitos residentes no Brasil, sentem saudades de Portugal. 4. O sbio francs Adhmar, que viveu _____ mais de cem anos, formulou a teoria dos Perodos Glacirios.a)h - h - h - hb)h - a - h - hc)a - h - h - hd)h -a - a - h67)Marque o conjunto de palavras que preenche as lacunas do texto, com correo gramatical e adequao modalidade padro da lngua:"Como profissional de comunicao, com alguma experincia em seu uso na poltica, tenho dificuldade em compreender o que pretendem os candidatos. Enganar-nos? Creio que isso. No ________ basta nada ________. Dizem ________. Uns, ________, de fato, nada tm a propor ou oferecer. Outros, ________ sabem falar." (S. Farhat)a)lhes - terem a dizer - mal - porqu - malb)lhes - ter a dizer - mal - porque - malc)nos - termos a dizer - mau - porque - mald)lhos - ter a dizerem - mau - porqu - mau68)A alternativa em que a pontuao est CORRETA :a)O padro culto do idioma, alm de ser uma espcie de marca de identidade, constitui recurso imprescindvel para uma boa argumentao. Ou seja: em situaes em que a norma culta se impe, transgresses podem desqualificar o contedo exposto e at mesmo desacreditar o autor.b)O padro culto do idioma - alm de ser uma espcie de marca de identidade -, constitui recurso, imprescindvel, para uma boa argumentao. Ou seja: em situaes, em que a norma culta se impe, transgresses podem desqualificar o contedo exposto e at mesmo desacreditar o autor.c)O padro culto do idioma, alm de ser uma espcie de marca de identidade, constitui recurso imprescindvel para uma boa argumentao, ou seja, em situaes em que a norma culta, se impe transgresses, podem desqualificar o contedo exposto e at mesmo desacreditar o autor.d)O padro culto do idioma, alm de ser uma espcie de marca de identidade constitui recurso imprescindvel para uma boa argumentao; ou seja: em situaes em que a norma culta se impe, transgresses podem desqualificar o contedo exposto e, at mesmo, desacreditar o autor...69)Assinale a nica alternativa em que a expresso "porque" deve vir separada:a)Em breve compreenders porque tanta luta por um motivo to simples. b)No compareci reunio porque estava viajando. c)Se o Brasil precisa do trabalho de todos porque precisamos de um nacionalismo produtivo. d)Ainda no se descobriu o porqu de tantos desentendimentos. 70)Assinale a opo correta quanto pontuao:a)De tempos em tempos prticas criadas para reduzir a degradao do meio ambiente, ganham notoriedade especial.b)De tempos em tempos, prticas criadas para reduzir a degradao do meio ambiente ganham notoriedade especial.c)De tempos em tempos prticas, criadas para reduzir a degradao do meio ambiente ganham notoriedade especial.d) De tempos em tempos prticas criadas, para reduzir a degradao do meio ambiente ganham notoriedade especial

Considere o texto para responder s questes de nmeros 71 a 76.

O antibafmetro

O Conselho Regional de Farmcia autuou uma drogaria da

capital gacha que anunciava a venda de um remdio aparentemente capaz de mascarar os efeitos do lcool e enganar o bafmetro. Cartazes no interior da farmcia faziam a propaganda do medicamento. Originalmente destinado a pacientes de alcoolismo crnico, ele no produz os efeitos anunciados. O dono da farmcia dever responder ainda a um processo por incitar os consumidores a beber e dirigir, crime previsto no Cdigo Penal. (Revista poca, 06.10.2008. Adaptado)

71. Em Cartazes no interior da farmcia faziam a propaganda do medicamento o verbo em destaque est conjugado no

(A) pretrito perfeito, pois apresenta um fato inesperado e incomum, ocorrido uma nica vez.

(B) pretrito imperfeito, pois se refere a um fato que era habitual no passado.

(C) pretrito mais-que-perfeito, pois indica fatos que aconteceram repentinamente num passado remoto.

(D) imperfeito do subjuntivo, pois apresenta um fato provvel, mas dependente de algumas circunstncias.

(E) futuro do pretrito, pois se refere a um fato de futuro incerto e duvidoso.

72. Considere os trechos:

... de um remdio aparentemente capaz de mascarar os efeitos do lcool...

... por incitar os consumidores a beber e dirigir, crime previsto no Cdigo Penal.

Os termos em destaque expressam, respectivamente, as circunstncias de

(A) afirmao e meio.

(B) afirmao e lugar.

(C) modo e lugar.

(D) modo e meio.

(E) intensidade e modo.

73. Assinale a alternativa em que os termos em destaque, na frase a seguir, esto corretamente substitudos pelo pronome.

O dono da farmcia dever sofrer um processo por incitar os consumidores a beber.

(A) sofr-lo ... incit-los

(B) sofr-lo ... incitar-lhes

(C) sofrer-lo ... incitar-los

(D) sofrer-lhe ... incit-los

(E) sofrer-lhe ... incitar-lhes

74. Em ... um remdio aparentemente capaz de mascarar os efeitos do lcool... os termos em destaque constituem uma

locuo adjetiva.

Indique a alternativa cuja frase tambm apresenta uma locuo desse tipo.

(A) A famlia viajou de avio Argentina.

(B) A energia produzida pela fora dos ventos chamada de elica.

(C) Ele resolveu de imediato todas as questes pendentes.

(D) A secretria gosta de chantili em seu caf.

(E) No frum, as salas estavam cheias de gente.

75. No texto, as palavras gacha e alcoolismo possuem hiato.

Indique a alternativa em que as duas palavras tambm possuem esse encontro voclico.

(A) Quadrado e caatinga.

(B) Guaran e leopardo.

(C) Toalha e saguo.

(D) Violeta e teatro.

(E) Moeda e guindaste.

76. Em ... destinado a pacientes de alcoolismo... o substantivo em destaque comum de dois gneros.

Assinale a alternativa que apresenta dois substantivos que tambm so comuns de dois gneros.

(A) Mrtir e monstro.

(B) Carrasco e ssia.

(C) Xereta e intrprete.

(D) Criatura e piloto.

(E) dolo e cnjuge.

77. Assinale a frase correta quanto ao emprego do gnero dos substantivos.

(A) A perda das esperanas provocou uma profunda d na personagem.

(B) O advogado no deu o nfase necessrio s milhares de solicitaes.

(C) Ele vestiu o pijama e sentou-se para beber uma champanha gelada.

(D) O omelete e o couve foram acompanhados por doses do melhor aguardente.

(E) O beliche no coube na quitinete recm-comprada pelos estudantes.

78. Considere as frases:

Esta escada tem degrau irregular.

O trofu vem adornado com ouro.

Elas esto corretamente escritas no plural na alternativa:

(A) Estas escadas tm degraus irregulares. Os trofus vm adornados com ouro.

(B) Estas escadas tm degrais irregulares. Os trofis vm adornados com ouro.

(C) Estas escadas tem degraus irregulares. Os trofus vem adornados com ouro.

(D) Estas escadas tem degrais irregulares. Os trofis vem adornados com ouro.

(E) Estas escadas tm degrais irregulares. Os trofus vem adornados com ouro.

79. Assinale a alternativa correta quanto ao emprego do gnero e do nmero das palavras.

(A) Os portas-retratos estavam espalhados sobre o ba.

(B) Toalhas laranja devero recobrir as mesas usadas na prxima conveno.

(C) A empresa escolheu os uniformes na cor azul-marinha.

(D) Os assaltantes, munidos de ps-de-cabras, invadiram o banco.

(E) As folhas de sulfite para a impresso dos convites eram bege.

80. Indique a alternativa cujas palavras preenchem, correta e respectivamente, as frases a seguir:

............................o motorista chegou, j havia uma srie de tarefas para ele realizar.

Aquele que .......................... carter no progride na carreira profissional.

Como ele se saiu ...............................na prova prtica, no conseguiu a colocao esperada.

(A) Mau ... mau ... mal

(B) Mau ... mal ... mau

(C) Mal ... mau ... mau

(D) Mal ... mau ... mal

(E) Mal ... mal ... mau

81. Indique a alternativa que completa a frase a seguir, respectivamente, com as circunstncias de intensidade e de modo.

Aps o telefonema, o motorista partiu..................

(A) s 18 h com o veculo.

(B) rapidamente ao meio-dia.

(C) bastante alerta.

(D) apressadamente com o caminho.

(E) agora calmamente.

82. A alternativa em que o termo em destaque exerce a funo de substantivo :

(A) Respondeu pergunta com um sorriso amarelo.

(B) Estava plida, e seu rosto apresentava tons amarelos.

(C) As cortinas amarelas combinavam com o ambiente.

(D) Marque com um trao amarelo as ruas do mapa.

(E) Os amarelos de Van Gogh tornaram suas telas famosas.

83. Considere as frases e as observaes sobre elas:

Marcelo, que trabalha em nosso departamento, declara-se um solteiro convicto.

O av disse neta: Voc minha princesinha!

Para dona Salete, todos da vizinhana pertencem gentalha.

I. Nos termos em destaque, o emprego do aumentativo e do diminutivo expressa a ideia de tamanho.

II. Voc um pronome pessoal do caso reto.

III. Todos classifica-se como pronome indefinido, pois se refere aos seres de maneira vaga e imprecisa.

IV. Em ... que trabalha em nosso departamento... o pronome em destaque relativo e se refere a Marcelo.

correto o que se afirma em

(A) I e III, apenas.

(B) II e III, apenas.

(C) III e IV, apenas.

(D) I, II e IV, apenas.

(E) I, II, III e IV.

84. Assinale a alternativa cujos verbos preenchem, correta e respectivamente, as frases a seguir.

Se o motor do veculo .................a temperatura alta, leve-o oficina mecnica.

Quando voc .......................o motorista, informe-lhe os novos endereos do Tribunal de Justia.

(A) manter ... ver

(B) manter ... vir

(C) manter ... viu

(D) mantiver ... ver

(E) mantiver ... vir

85. Considere as frases:

I. Recomendou que era para mim esper-lo porta do cinema.

II. Entre mim e a sua famlia sempre houve entrosamento.

III. Estes relatrios devem ser conferidos por mim e por vocs.

O emprego do pronome mim est correto em

(A) III, apenas.

(B) I e II, apenas.

(C) I e III, apenas.

(D) II e III, apenas.

(E) I, II e III.

Leia o texto para responder s questes de nmeros 86 e 87.

Nova lei torna airbag frontal obrigatrio

O projeto de lei que torna o airbag frontal para motorista e passageiro item de segurana obrigatrio em carros, camionetes e picapes, aprovado pela Cmara no ms passado, foi sancionado pelo presidente da Repblica e publicado ontem no Dirio Oficial da Unio.

A estimativa que hoje de 15% a 25% dos veculos vendidos no pas tenham o airbag, ndice que menor entre os populares (5%). (Folha de S.Paulo, 20.03.2009)

86. Entre os termos em destaque no texto, os que exercem a funo de adjetivo so

(A) frontal, passado e Oficial.

(B) frontal, item e passado.

(C) Oficial, ontem e ndice.

(D) Oficial, item e passado.

(E) item, ontem e ndice.

87. Supondo-se que um cidado resolva escrever ao presidente da Repblica para elogi-lo pela sano desse projeto, esse

cidado deve se dirigir ao presidente tratando-o por

(A) Vossa Senhoria.

(B) Vossa Excelncia.

(C) Vossa Magnificncia.

(D) Vossa Reverendssima.

(E) Vossa Eminncia.

88. Um dos pronomes de tratamento com que as pessoas devem se dirigir a juzes de direito Vossa Meritssima.

Em sua composio, o pronome Meritssima um

(A) adjetivo empregado em seu comparativo de superioridade.

(B) adjetivo empregado no superlativo relativo.

(C) adjetivo empregado no superlativo absoluto.

(D) substantivo empregado no grau aumentativo sinttico.

(E) substantivo empregado no grau aumentativo analtico.

89)Considerando-se o significado com que foi empregada a palavra MESMO no trecho "Mesmo depois de pronto, o barco de esporte e lazer continua a gerar trabalho em marinas", pode-se afirmar que ela foi empregada com idntico significado na frase:

a)Um passeio de barco agradvel, mesmo com tempo chuvoso.

b)A Receita Federal mesma que vetou a diminuio da carga tributria.

c)Mesmo que o mar esteja agitado, o esportista no deixa de sair com seu barco.

d)Apenas um barco chegou ao mesmo local onde estivera antes.

90. Assinale a alternativa cujos verbos preenchem, correta e respectivamente, a recomendao a seguir, afixada em seo

de determinado frum.

Prezados Senhores

Ns temos ...................a situaes constrangedoras por conta do uso indevido do celular.

Se os senhores no se .....................a agir com educao e respeitar o outro, desligando o aparelho quando necessrio, a Direo ....................... tomando medidas drsticas.

Contamos com a colaborao de todos!

(A) chego ... predispuserem ... interver

(B) chego ... predisporem ... intervir

(C) chegado ... predisporem ... interver

(D) chegado ... predispuserem ... intervir

(E) chegado ... predisporem ... intervir

Um arriscado esporte nacional

01 Os leigos sempre se medicaram por conta prpria, j que de 02 mdico e louco todos temos um pouco, mas esse problema jamais 03 adquiriu contornos to preocupantes no Brasil como atualmente. 04 Qualquer farmcia conta hoje com um arsenal de armas de 05 guerra para combater doenas de fazer inveja prpria indstria06 de material blico nacional. Cerca de 40% das vendas realizadas07 pelas farmcias nas metrpoles brasileiras destinam-se a pessoas 08 que se automedicam. A indstria farmacutica de menor porte e 09 importncia retira 80% de seu faturamento da venda ''livre'' de 10 seus produtos, isto , das vendas realizadas sem receita mdica.11 Diante desse quadro, o mdico tem o dever de alertar a 12 populao para os perigos ocultos em cada remdio, sem que 13 necessariamente faa junto com essas advertncias uma sugesto 14 para que os entusiastas da automedicao passem a gastar mais 15 em consultas mdicas. Acredito que a maioria das pessoas se 16 automedica por sugesto de amigos, leitura, fascinao pelo 17 mundo maravilhoso das drogas ''novas'' ou simplesmente para 18 tentar manter a juventude. Qualquer que seja a causa, os 19 resultados podem ser danosos.20 comum, por exemplo, que um simples resfriado ou uma 21 gripe banal leve um brasileiro a ingerir doses insuficientes ou 22 inadequadas de antibiticos fortssimos, reservados para 23 infeces graves e com indicao precisa. Quem age assim est 24 ensinando bactrias a se tornarem resistentes a antibiticos. Um 25 dia, quando realmente precisar de remdio, este no funcionar. 26 E quem no conhece aquele tipo de gripado que chega a uma 27 farmcia e pede ao rapaz do balco que lhe aplique uma 28 ''bomba'' na veia, para cortar a gripe pela raiz? Com isso, poder 29 receber na corrente sangunea solues de glicose, clcio, 30 vitamina C, produtos aromticos - tudo sem saber dos riscos que31 corre pela entrada sbita destes produtos na sua circulao.

Dr. Geraldo Medeiros - Veja - 1995

91 Sobre o ttulo dado ao texto - um arriscado esporte nacional -, a nica afirmao correta :

A)mostra que a automedicao tratada como um esporte sem riscos;

B)indica quais so os riscos enfrentados por aqueles que se automedicam;

C)denuncia que a atividade esportiva favorece a automedicao;

D)condena a pouca seriedade daqueles que consomem remdio por conta prpria;

E)assinala que o principal motivo da automedicao a tentativa de manter-se a juventude.

92Os leigos sempre se medicaram por conta prpria,... Esta frase inicial do texto s NO equivale semanticamente a:

A)Os leigos, por conta prpria, sempre se medicaram;

B)Por conta prpria os leigos sempre se medicaram;

C)Os leigos se medicaram sempre por conta prpria;

D)Sempre se medicaram os leigos por conta prpria;

E)Sempre os leigos, por conta prpria, se medicaram.

93O motivo que levou o Dr. Geraldo Medeiros a abordar o tema da automedicao, segundo o que declara no primeiro pargrafo do texto, foi:

A)a tradio que sempre tiveram os brasileiros de automedicar-se;

B)os lucros imensos obtidos pela indstria farmacutica com a venda ''livre'' de remdios;

C)a maior gravidade atingida hoje pelo hbito brasileiro da automedicao;

D)a preocupao com o elevado nmero de bitos decorrente da automedicao;

E)aumentar o lucro dos mdicos, incentivando as consultas.

94Um grupo de vocbulos do texto possui componentes sublinhados cuja significao indicada a seguir; o nico item em que essa indicao est ERRADA :

A)blico - guerra;

B)metrpoles - cidade;

C)antibiticos - vida;

D)glicose - acar;

E)clcio - osso.

95O item em que o segmento sublinhado tem forma equivalente corretamente indicada :

A)...j que de mdico e louco todos temos um pouco. - uma vez que;

B)...vendas realizadas pelas farmcias... - entre as;

C)...sem que necessariamente faa junto com essas advertncias... - embora;

D)...para que os entusiastas da automedicao... - afim;

E)Quem age assim est ensinando bactrias... - mal.

96...jamais adquiriu contornos to preocupantes no Brasil como atualmente; ...sem que necessariamente faa junto com essas advertncias...; ...quando realmente precisar de remdio...; os advrbios sublinhados indicam, respectivamente:

A)tempo, modo, afirmao;

B)tempo, modo, tempo;

C)tempo, tempo, tempo;

D)modo, tempo, modo;

E)modo, modo, afirmao.

97O item em que o par de palavras NO est acentuado em funo da mesma regra ortogrfica :

A)prpria / advertncias;

B)farmcia / bactrias;

C)indstria / clcio;

D)importncia / razes;

E)remdio / circunstncia.

98Palavra que NO pertence ao mesmo campo semntico das demais :

A)arsenal;

B)armas;

C)guerra;

D)combater;

E)inveja.

99Termo sublinhado que exerce funo diferente dos demais :

A)...venda de seus produtos...;

B)...dever de alertar...;

C)...sugesto de amigos...;

D)...fascinao pelo mundo...;

E)...fazer inveja indstria.....

100Ao indicar as provveis razes pelas quais os brasileiros se automedicam, o Dr. Geraldo Medeiros utiliza um argumento baseado em opinio e no numa certeza; o segmento que comprova essa afirmao :

A) comum...(l.20);

B)Acredito...(l.15);

C)...por exemplo...(l.20);

D)Com isso...(l.28);

E)Qualquer que...(l.18).

As questes de nmeros 101 a 105 referem-se ao texto que segue.

Vrias famlias percorrem dez ou mais quilmetros com destino Serra da Cantareira, mais precisamente Chcara do Frade, com seus dezessete hectares tomados por alface, rcula, pepino, cenoura e dezenas de outras hortalias. As pessoas caminham entre os canteiros, trocam informaes sobre o plantio, escolhem o que comprar e levam produtos fresquinhos, jamais "batizados" por agrotxicos.

Cada vez mais hortas instaladas perto da capital esto abrindo suas portas aos visitantes. O proprietrio, Jos Frade, lucra com a venda direta. O consumidor, por sua vez, garante a qualidade do que est comendo.

Na Europa, isso muito comum. Desde a Idade Mdia, durante a poca da colheita, as plantaes dos vilarejos vizinhos s cidades se transformam em verdadeiras feiras livres. Por aqui, a onda est apenas comeando. Num raio de cem quilmetros da capital j existem pelo menos nove stios e chcaras que trabalham nesse sistema.

101.Considere as seguintes afirmaes:

I.Muitos consumidores das cercanias de So Paulo passaram a cultivar hortas domsticas, em que podem colher verduras no contaminadas.

II.Um hbito da Idade Mdia inspirou vrias famlias que, morando nas cercanias da Serra da Cantareira, resolveram fazer das hortas comunitrias autnticas feiras livres

III. A venda de hortalias diretamente do produtor para o consumidor traz, para aquele, vantagens financeiras e, para este, a garantia de produtos mais saudveis.

Em relao ao texto, est correto SOMENTE o que se afirma em

(A)I.

(B)II.

(C)III.

(D)I e II.

(E)II e III.

102.So grandes as vantagens que ....., da compra direta de hortalias (ou dos ...... , em geral); sabem disso aqueles que j se ...... e pensaram nos males dos agrotxicos.

Completam corretamente as lacunas do perodo acima:

(A)adviriam - hortifrutigranjeiros - detiveram

(B)adveriam - hortifrutigranjeiros - detiveram

(C)adviriam - hortisfrutisgranjeiros - deteram

(D)adveriam - hortisfrutisgranjeiros - deteram

(E)adviriam - hortifrutigranjeiros - deteram

103.A frase corretamente construda :

(A)Alface, rcula, pepino e outros legumes espalham-se, aos dezessete hectares na Chcara do Frade.

(B)As pessoas preferem os legumes de cujo risco de agrotxicos seja evitado.

(C)Foi na Idade Mdia onde comeou a surgir a venda direta do plantio ao consumidor.

(D)Os agrotxicos, com que esto contaminados os legumes nos supermercados, so evitados pelo produtor Jos Frade.

(E)Comprar hortalias do prprio produtor uma providncia de que muitas pessoas j comearam a se habituar.

104.Transpondo para a voz passiva a frase "Esto abrindo suas portas aos visitantes", a forma verbal resultante ser ..... .

(A)sero abertas

(B)so abertas

(C)tm sido abertas

(D)tm aberto

(E)esto sendo abertas

105.Na Chcara do Frade, as pessoas olham os canteiros e percorrem os canteiros informando-se sobre o que est plantado nos canteiros.

Eliminam-se as repeties viciosas da frase acima substituindo-se corretamente os termos sublinhados por:

(A)percorrem eles - lhes est plantado

(B)os percorrem - neles est plantado

(C)percorrem-lhes - neles est plantado

(D)os percorrem - est plantado-lhes

(E)percorrem-lhes - lhes est plantado

As questes de nmeros 106 e 107 referem-se ao texto que segue.

grave o quadro anual do ensino superior. A greve de professores paralisa boa parte das universidades federais. As universidades pblicas esto amargando uma espcie de xodo de seus melhores profissionais. Tm cada vez menos condies de competir com os salrios pagos pelas instituies privadas.

106.Indique o perodo que resume, de forma clara e exata, as informaes do texto, e que no apresenta incorreo gramatical alguma.

(A)Devido a pagarem mal os professores, esto havendo greves nas universidades federais, em que os melhores profissionais procuram as instituies privadas.

(B)Os professores do ensino superior oficial esto fazendo greve, ou mesmo xodo para as particulares, j que seus salrios no so competitivos.

(C)Como os salrios que pagam esto cada vez mais baixos, as universidades pblicas esto sofrendo greves e o xodo de seus melhores professores.

(D)As universidades particulares atraem os professores das oficiais, em virtude dos salrios que pagam, e que chegam a provocarem greves.

(E)H xodo ou greve dos professores das universidades federais para as particulares, onde os salrios as tornam muito mais competitivas.

107.Indique o perodo cuja pontuao est inteiramente correta.

(A)H muito, vm caindo os salrios dos professores das universidades pblicas, estes desanimados fazem greve ou, as trocam pelas instituies privadas.

(B)H muito vm caindo os salrios, dos professores das universidades pblicas estes desanimados, fazem greve ou as trocam, pelas instituies privadas.

(C)H muito, vm caindo, os salrios dos professores das universidades pblicas; estes desanimados fazem greve, ou as trocam pelas instituies privadas.

(D)H muito vm caindo os salrios dos professores das universidades pblicas; estes, desanimados, fazem greve ou as trocam pelas instituies privadas.

(E) H muito vm caindo, os salrios dos professores, das universidades pblicas; estes, desanimados, fazem greve, ou: as trocam pelas instituies privadas.

As questes de nmeros 108 a 112 referem-se ao texto que segue.

Os velhos das cidadezinhas do interior parecem muito mais plenamente velhos que os das metrpoles. No se trata da idade real de uns e outros, que pode at ser e mesma, mas dos tempos distintos que eles parecem habitar Na agitao dos grandes centros, at mesmo a velhice parece ainda estar integrada na correria, os velhos guardam alguma ansiedade no olhar, nos modos, na lentido aflita de quem se sente fora do compasso. Na calmaria das cidades pequeninas, como se a velhice de cada um reafirmasse a que vem das montanhas e dos horizontes, velhice quase eterna, pousada no tempo.

Vejam-se as roupas dos velhinhos interioranos: aquele chapu de feltro manchado, aquelas largas calas de brim cqui incontavelmente lavadas. aquele pudo dos punhos de camisas j sem cor ( tudo combina admiravelmente com a enorme jaqueira do quintal, com a generosa figueira da praa, com as teias no campanrio da igreja. E os hbitos? Pica-se o fumo de corda, lentamente, com um canivete herdado do sculo passado, enquanto a conversa mole se desenrola sem pressa e sem destino.

Na cidade grande. h um quadro que se repete mil vezes ao dia, e que talvez j diga tudo: o velhinho, no cruzamento perigoso, decide-se, enfim, a atravessar a avenida, e o faz com aflio, um brao estendido em sinal de pare aos motoristas apressados, enquanto amida o que pode o prprio passo. Parece suplicar ao tempo que diminua seu ritmo, que lhe d a oportunidade de contemplar mais demoradamente os ponteiros invisveis dos dias passados, e de sondar com calma, nas nuvens mais altas, o sentido de sua prpria histria.

H, pois, velhices e velhices ( at que chegue o dia em que ningum mais tenha tempo para de fato envelhecer. Celso de Oliveira

108.A frase "Os velhos das cidadezinhas do interior parecem muito mais plenamente velhos que os das metrpoles" constitui uma

(A)impresso que o autor sustenta ao longo do texto, por meio de comparaes.

(B)impresso passageira, que o autor relativiza ao longo do texto.

(C)falsa hiptese, que a argumentao do autor demolir.

(D)previso feita pelo autor, a partir de observaes feitas nas grandes e nas pequenas cidades.

(E)opinio do autor, para quem a velhice mais opressiva nas cidadezinhas que nas metrpoles.

109.Considere as seguintes afirmaes:

I.Tambm nas roupas dos velhinhos interioranos as marcas do tempo parecem mais antigas.

II.Na cidade grande, a velhice parece indiferente agitao geral.

III.O autor interpreta de modo simblico o gesto que fazem os velhinhos nos cruzamentos.

Em relao ao texto, est carreta o que se afirma SOMENTE em

(A)I.

(B)II.

(C)III.

(D)I e III.

(E)II e III.

110.Indique a afirmao INCORRETA em relao ao texto.

(A)Roupas, canivetes, rvores e campanrio so aqui utilizados como marcas da velhice.

(B)O autor julga que, nas cidadezinhas interioranas, a vida bem mais longa que nos grandes centros.

(C)Hbitos como o de picar fumo de corda denotam relaes com o tempo que j no existem nas metrpoles.

(D)O que um velhinho da cidade grande parece suplicar que lhe seja concedido um ritmo de vida compatvel com sua idade.

(E)O autor sugere que, nas cidadezinhas interioranas, a velhice parece harmonizar-se com a prpria natureza.

111.O sentido do ltimo pargrafo do texto deve ser assim entendido.

(A)Do jeito que as coisas esto, os velhos parecem no ter qualquer importncia.

(B)Tudo leva a crer que os velhos sero cada vez mais escassos, dado o atropelo da vida moderna.

(C)O prestgio do que novo to grande que j ningum repara na existncia dos velhos.

(D)A velhice nas cidadezinhas do interior to harmoniosa que um dia ningum mais sentir o prprio envelhecimento.

(E)No ritmo em que as coisas vo, a prpria velhice talvez no venha a ter tempo para tomar conscincia de si mesma.

112.Indique a alternativa em que se traduz corretamente o sentido de uma expresso do texto, considerado o contexto

(A)"parecem muito mais plenamente velhos" = do a impresso de se ressentirem mais dos males da velhice.

(B)"guardam alguma ansiedade no olhar = seus olhos revelam poucas expectativas.

(C)"fora do compasso" = num distinto andamento.

(D)"a conversa mole se desenrola" = a explanao detalhada.

(E)"amida o que pode o prprio passo" = deve desacelerar suas passadas.

As questes de nmeros 113 a 125 referem-se ao texto que segue.

No inicio do sculo XX a afeio pelo campo era uma caracterstica comum a muitos ingleses. J no final do sculo XVIII, dera origem ao sentimento de saudade de casa to caracterstico dos viajantes ingleses no exterior, como William Beckford, no leito de seu quarto de hotel portugus, em 1787, "assediado a noite toda por ideias rurais da Inglaterra." medida que as fbricas se multiplicavam, a nostalgia do morador da cidade refletia-se em seu pequeno jardim, nos animais de estimao, nas frias passadas na Esccia, ou no Distrito dos Lagos, no gosto pelas flores silvestres e a observao de pssaros, e no sonho com um chal de fim de semana no campo. Hoje em dia, ela pode ser observada na popularidade que se conserva daqueles autores conscientemente "rurais" que, do sculo XVII ao XX, sustentaram o mito de uma arcdia campestre.

Em alguns ingleses, no historiador G.M. Trevelyan, por exemplo, o amor pela natureza selvagem foi muito alm desses anseios vagamente rurais. Lamentava, em um dos seus textos mais eloquentes, de 1931, a destruio da Inglaterra rural e proclamava a importncia do cenrio da natureza para a vida espiritual do homem. Sustentava que at o final do sculo XVIII as obras do homem apenas se somavam s belezas da natureza; depois, dizia, tinha sido rpida a deteriorao. A beleza no mais era produzida pelas circunstncias econmicas comuns e s restava, como esperana, a conservao do que ainda no fora destrudo. Defendia que as terras adquiridas pelo Patrimnio Nacional, a maioria completamente inculta, deveriam ser mantidas assim.

H apenas poucos sculos, a mera ideia de resistir agricultura, ao invs de estimul-la, pareceria ininteligvel. Como teria progredido a civilizao sem a limpeza das florestas, o cultivo do solo e a converso da paisagem agreste em terra colonizada pelo homem? A tarefa do homem, nas palavras do Gnesis, era "encher a terra e submet-la". A agricultura estava para a terra como o cozimento para a carne crua. Convertia natureza em cultura. Terra no cultivada significava homens incultos. E quando os ingleses seiscentistas mudaram-se para Massachusetts, parte de sua argumentao em defesa da ocupao dos territrios indgenas foi que aqueles que por si mesmos no submetiam e cultivavam a terra no tinham direito de impedir que outros o fizessem.

113.Ao mencionar, no primeiro pargrafo do texto, a inclinao dos ingleses pelo espao rural, o autor

(A)busca enfatizar o que ocorre no sculo XX, em que a afeio pelo campo lhe parece ser realmente mais genuna.

(B)a caracteriza em diferentes momentos histricos, tomando como referncia distintas situaes em que ela se manifesta.

(C)cita costumes do povo ingls destrudos pela acelerao do crescimento das fbricas, causa de sua impossibilidade de volta peridica ao campo.

(D)refere autores que procuraram conscientemente manter sua popularidade explorando temas "rurais" para mostrar como se criou o mito de um paraso campestre.

(E)particulariza o espao estrangeiro visitado pelos ingleses - Portugal - para esclarecer o que os indivduos buscavam e no podia ser encontrado na sua ptria.

114.Leia com ateno as afirmaes abaixo sobre o segundo pargrafo do texto.

I.Em confronto com o primeiro pargrafo, o autor apresenta um outro matiz da relao do esprito ingls com o espao rural.

II.O autor assinala os pontos mais relevantes referidos por G.M. Trevelyan para comprovar a ideia universalmente aceita de que o contato com a natureza importante para o esprito.

III.O historiador ingls revela pessimismo, a cujos fundamentos ele no faz nenhuma referncia no texto.

So corretas:

(A)I, somente.

(B)III, somente.

(C)I e III, somente.

(D)II e III, somente.

(E)I, II e III.

115.As indagaes presentes no terceiro pargrafo representam, no texto,

(A)pontos relevantes sobre os quais a humanidade ainda no refletiu.

(B)perguntas que historiadores faziam, s pessoas para convence-las da importncia do culto a natureza

(C)os pontos mais discutidos quando se falava do progresso na Inglaterra, terra da afeio pelo campo.

(D)questes possivelmente levantadas pelos que procurassem entender a razo de muitas pessoas no considerarem a agricultura um bem em si.

(E)aspectos importantes sobre a relao entre a natureza e o homem, teis como argumentos a favor da ideia defendida por Trevelyan.

116.No ltimo pargrafo do texto, o comentrio sobre os ingleses seiscentistas foi feito como

(A)denncia dos falsos argumentos utilizados por aqueles que ocupam territrios indgenas

(B)exemplo do carter pioneiro dos ingleses na tarefa de colonizao do territrio americano.

(C)maneira de evidenciar a rdua tarefa dos que acreditavam na fora da agricultura para o progresso da civilizao.

(D)confirmao de que terras incultas so entraves que, h sculos, subtraem ao homem o direito de progredir.

(E) comprovao de que, h poucos sculos, o cultivo da terra era entendido como sinnimo de civilizao.

117.Assinale a afirmao INCORRETA.

(A)Infere-se do texto que as palavras do Gnesis foram entendidas por muitos como estmulo a derrubar matas, lavrar o solo, eliminar predadores, matar insetos nocivos, arrancar parasitas, drenar pntanos.

(B)O paralelo estabelecido entre o cultivo da terra e o cozimento dos alimentos feito para se pr em evidncia a ao do homem sobre a natureza.

(C)O texto mostra que o amor pela natureza selvagem est na base da relao que se estabelece entre cultivo da terra e civilizao.

(D)O texto mostra que o amor natureza selvagem, considerado como barbrie, permitiu que certos povos se dessem o direito de apoderar-se dela.

(E) O Gnesis foi citado no texto porque o crdito dado s palavras bblicas explicaria o desejo humano de transformar a natureza selvagem pensando no bem-estar do homem.

118.Assinale a alternativa que apresenta ERRO de concordncia.

(A)No que os esteja considerando invlido, mas o professor gostaria de conhecer os estudos de que se retirou os dados mencionados no texto.

(B)Segundo alguns tericos, deve ser evitada, o mais possvel, a agricultura em regies de floresta; so reas tidas como adequadas preservao de espcies em vias de extino.

(C)Existem com certeza, ainda hoje, pessoas que defendem o cultivo incondicional da terra, assim como deve haver muitos que condenam qualquer alterao da paisagem natural, por menor que seja.

(D)Nem sempre so suficientes dados estatisticamente comprovados para que as pessoas se convenam da necessidade de repensarem suas convices, trate-se de assuntos polmicos ou no.

(E) Faz sculos que filsofos discutem as relaes ideais entre os homens e a natureza, questo que nem sempre lhes parece passvel de consenso.

119.Assinale a alternativa que NO apresenta erro algum de concordncia.

(A)J h muito tempo tinha sido feito por importante estudioso previses pessimistas quanto ao destino das reas rurais na Inglaterra, mas muitos no as consideraram.

(B)s vazes no basta alguns comentrios sobre a importncia do cenrio da natureza para a vida espiritual do homem no sentido de que se tentem evitar mais prejuzos ao meio ambiente.

(C)Certos argumentos de G.M. Trevelyan tornaram vulnervel certas vises acerca do modo como deveriam ser tratadas terras incultas.

(D)Segundo o que se diz no texto, os ingleses havia de terem se preocupado com a legitimao de sua tarefa de ocupao dos territrios indgenas.

(E) Quaisquer que sejam os rumos das cidades contemporneas, sempre haver os que lamentaro a perda da vida em contato direto com a natureza.

120.Assinale a alternativa em que h regncia INCORRETA.

(A)O empenho com que G.M. Trevelyan dedicou-se sua causa foi reconhecido por outros, principalmente pelo autor do texto.

(B)A crise em que passa a civilizao contempornea visvel em muitos aspectos, inclusive na relao do homem com a natureza selvagem.

(C)O homem sempre esteve disposto a dialogar com a natureza, mas esse dilogo nem sempre se deu segundo os mesmos interesses ao longo dos sculos.

(D)Muitos consideram ofensivo natureza consider-la como algo disposio das necessidades humanas.

(E) Acompanhar a relao do ser humano com o campo atravs dos sculos propicia ao estudioso observar situaes de que o homem nem sempre pode orgulhar-se.

121.Assinale a alternativa em que h ERRO de flexo verbal e/ou nominal

(A)Receemos pelo futuro, dizem alguns especialistas, pois, afirmam eles, se os cidados no detiverem a deteriorao ambiental, a humanidade corre srios riscos.

(B)Crem certos estudiosos que convm estudar profunda e seriamente o progresso da civilizao quando ele implica destruir o que a natureza levou milhes de anos para sedimentar.

(C)Quando, na dcada de 30, o historiador ingls interviu na discusso sobre o tratamento dispensado s terras adquiridas pelo Patrimnio Nacional, muitos no contiveram seu desagrado.

(D)Dizem alguns observadores que, quando as pessoas virem o que resta da natureza sem as marcas predatrias do homem, elas prprias buscaro frear as atividades consideradas negativas para o meio ambiente.

(E) Elementos da natureza so verdadeiros artesos de obras-primas; se os homens as desfizerem, estaro cometendo crime contra a humanidade.

122.No segundo perodo do primeiro pargrafo, a forma verbal "dera" pode ser substituda pela forma correspondente

(A)haveria dado.

(B)havia dado.

(C)teria dado.

(D)havia sido dado.

(E)tinha sido dado.

123.Do sculo XVII ao XXX circulou na Europa, com bastante intensidade, o mito de uma arcdia campestre. Muitos escritores ingleses sustentaram tambm esse mito durante sculos; os textos desses autores ingleses so at hoje bastante populares.

Reescrevendo-se o segundo perodo e substituindo-se os termos grifados acima por pronomes correspondentes, obtm-se corretamente:

(A)Muitos escritores ingleses, os quais textos so at hoje bastante populares, o sustentaram tambm durante sculos.

(B)Muitos escritores ingleses, cujos textos so at hoje