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1 a 15 de outubro de 2011 - Número 19 Mais informações: www.social.mg.gov.br TRAVESTIS E TRANSEXUAIS VÃO PODER USAR NOME SOCIAL EM SERVIÇOS PÚBLICOS DE MG Travestis e transexuais de Minas Gerais vão poder usar o nome social no âmbito da administração pública di- reta e indireta. O anúncio foi feito pelo secretário de Estado de Desenvolvimento Social, deputado Wander Borges, durante a abertura da II Conferência Estadual de Políticas Públicas e Direi- tos Humanos LGBT, realiza- da nesse fim de semana, no Sesc Venda Nova, em Belo Horizonte. O decreto 8496, que estabelece a adoção do nome social, foi publicado na edição de sábado (15) do Minas Gerais. O documento foi assinado pelo secretário Wander Borges e pela secretária de Estado de Planeja- mento e Gestão, Renata Vilhena. A iniciativa vai possibilitar, por exemplo, a travestis e transexuais serem chamados e identificados pelo nome que se reconhecem e são reconhecidos na sociedade, conforme ocorre com pessoas que são chamadas pelo apelido, como Xuxa e Pelé. Para a coordenadora Especial de Políticas de Diver- sidade Sexual, Walkiria La Roche, a medida vai con- tribuir para diminuir o preconceito e acabar com o constrangimento que travestis e transexuais so- frem, por exemplo, quando vão a uma delegacia. “A partir do momento que você apresenta um docu- mento que não condiz com o seu estereótipo e com a sua aparência, a pessoa que está atendendo, por muitas vezes, acha engraçado, debocha e isso fecha uma porta. A pessoa atendida não se sente bem naquele estabelecimento e acaba não buscando o serviço, pois se sente constrangida. Então, como forma de coibir qualquer tipo de constrangimento e de preconceito, foi adotado o nome social por meio de uma resolução”, explicou. Conferência A II Conferência Estadual de Políticas Públicas e Direitos Humanos LGBT reuniu mais de 400 pessoas de várias ci- dades mineiras e promoveu um debate intenso durante dois dias. Mais de 80 propostas (50 em âmbito estadual e 30 nacional) foram aprovadas e serão apresentadas no encontro nacional, a ser realizado em Brasília. O secretário Wander Borges lembrou, durante a abertura do evento, que o processo para a garan- tia plena dos direitos LGBT é longo e precisa ser construído com esforço conjunto entre governos, sociedades civil e o movimento. Ele citou os avan- ços nas políticas LGBT em Minas, como a criação, neste ano, da Coordenadoria Especial de Políti- cas de Diversidade Sexual, mas reconheceu que a caminhada ainda está longe do fim. “O Governo de Minas compreende a diversidade de gênero e sexualidade presente na vida de milhares de mineiros e mineiras e busca viabilizar o exercício do direito fundamental à vida digna, salvo de qual- quer forma de desvalorização aos modos singulares de sentir e agir”, disse. Abertura da conferência dos direitos LGBT Asscom / SEDESE

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1 a 15 de outubro de 2011 - Número 19

Mais informações: www.social.mg.gov.br

TravesTis e Transexuais vão poder usar nome social em serviços públicos de mG

Travestis e transexuais de Minas Gerais vão poder usar o nome social no âmbito da administração pública di-reta e indireta. O anúncio foi feito pelo secretário de Estado de Desenvolvimento Social, deputado Wander Borges, durante a abertura da II Conferência Estadual de Políticas Públicas e Direi-tos Humanos LGBT, realiza-da nesse fim de semana, no Sesc Venda Nova, em Belo Horizonte. O decreto 8496, que estabelece a adoção do nome social, foi publicado na edição de sábado (15) do Minas Gerais. O documento foi assinado pelo secretário Wander Borges e pela secretária de Estado de Planeja-mento e Gestão, Renata Vilhena.A iniciativa vai possibilitar, por exemplo, a travestis e transexuais serem chamados e identificados pelo nome que se reconhecem e são reconhecidos na sociedade, conforme ocorre com pessoas que são chamadas pelo apelido, como Xuxa e Pelé.Para a coordenadora Especial de Políticas de Diver-sidade Sexual, Walkiria La Roche, a medida vai con-tribuir para diminuir o preconceito e acabar com o constrangimento que travestis e transexuais so-frem, por exemplo, quando vão a uma delegacia. “A partir do momento que você apresenta um docu-mento que não condiz com o seu estereótipo e com a sua aparência, a pessoa que está atendendo, por muitas vezes, acha engraçado, debocha e isso fecha uma porta. A pessoa atendida não se sente bem naquele estabelecimento e acaba não buscando o serviço, pois se sente constrangida. Então, como forma de coibir qualquer tipo de constrangimento e de preconceito, foi adotado o nome social por meio de uma resolução”, explicou.

Conferência

A II Conferência Estadual de Políticas Públicas e Direitos Humanos LGBT reuniu mais de 400 pessoas de várias ci-dades mineiras e promoveu um debate intenso durante dois dias. Mais de 80 propostas (50 em âmbito estadual e 30 nacional) foram aprovadas e serão apresentadas no encontro nacional, a ser realizado em Brasília.O secretário Wander Borges lembrou, durante a abertura do evento, que o processo para a garan-tia plena dos direitos LGBT é longo e precisa ser construído com esforço conjunto entre governos, sociedades civil e o movimento. Ele citou os avan-ços nas políticas LGBT em Minas, como a criação, neste ano, da Coordenadoria Especial de Políti-cas de Diversidade Sexual, mas reconheceu que a caminhada ainda está longe do fim.“O Governo de Minas compreende a diversidade de gênero e sexualidade presente na vida de milhares de mineiros e mineiras e busca viabilizar o exercício do direito fundamental à vida digna, salvo de qual-quer forma de desvalorização aos modos singulares de sentir e agir”, disse.

Abertura da conferência dos direitos LGBT

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E X P E D I E N T E

Orgão oficial da Secretaria de Estado de Desenvolvimento SocialASSCOM - Assessoria de Comunicação

www.social.mg.gov.br - [email protected](31) 3916-8235

Panfletagem na BR381

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proTeja nossas crianças usou a br 381para conscienTizar moTorisTas

A blitz da Campanha Proteja marcou a semana da criança em Belo Horizonte. A ação educativa abordou os motoristas que passaram pela BR 381 (entre Belo Horizonte e Sabará) na terça-feira (11). “Conheci a campanha pela TV e acredito ser muito importante para incentivar as pessoas a denunciar a violência contra as crianças. Se eu souber de qualquer tipo de abuso ou exploração vou recorrer ao Disque Direitos Humanos”, afirmou o caminhoneiro Afonso Geraldo dos Santos, que parou para prestigiar a ação. A iniciativa foi promovida pela Sedese e contou com as parcerias da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Civil, Servas, ADEMIG, ABAD, Transportes Fátima e Conselho Estadual de Direitos da Criança e do Adolescente (Cedca).Na oportunidade, o material gráfico da campanha que enfatiza o Disque Direitos Humanos (0800 031 11 19) como ferramenta importante para denunciar as violações dos direitos da criança e do adolescente foi distribuído para os motoristas e passageiros.O objetivo foi sensibilizar a população sobre a importância de denunciar os crimes contra as crianças e adolescentes. “Grande parte das denúncias recebidas são sobre a violência que acontece no seio familiar, por isso é essencial que um vizinho ou aquela pessoa que tenha conhecimento de uma situação como essa denuncie”, lembrou o secretário de Estado de Desenvolvimento Social, deputado Wander Borges.De acordo com a PRF, cerca de 30 mil veículos trafegam por dia, no período da manhã, pela rodovia. Deste total,

30% dos motoristas foram conscientizados pela Proteja Nossas Crianças. A ação integra a programação da campanha promovida em vários municípios mineiros em comemoração ao mês da criança.

Mais denunciados

Os crimes contra este público são disparados os mais denunciados por meio do Disque Direitos Humanos (0800 031 11 19), serviço sigiloso e gratuito do Governo de Minas que recebe denúncias de qualquer violação de Direitos Humanos. Só nos primeiros nove meses deste ano foram 1.571 relatos, média de 174 por mês. Dentre os tipos de violência mais denunciados, estão a violência física dentro da própria família (593) e a negligência e abandono (562).

conferência da assisTência social começa quinTa-feira

Belo Horizonte vai sediar a 9° Conferência Estadual de Assistência Social. O encontro começa nesta quinta-feira (20) e reúne especialistas de todo o Estado para discutir temas como a consolidação do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), a

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ação

valorização de seus trabalhadores, as estratégias para a estruturação da gestão do trabalho no SUAS, entre outros. A programação completa está disponível no site www.social.mg.gov.br.

O evento é promovido pela Sedese em parceria com o Conselho Estadual de Assistência Social (CEAS). As ativi-dades terminam no sábado (22). O encontro fecha o ciclo de conferências realizadas na capital.

Mais informações: www.social.mg.gov.br

mineiras querem plano esTadual de políTicas para mulheres

Mulheres de vários municípios mineiros estão reunidas em Belo Horizonte, até quarta-feira (19), para apresen-tar propostas que deverão compor o Plano Estadual de Políticas para Mulher. As discussões estão sendo realizadas no Sesc Venda Nova (Rua Maria Borboleta, S/N, Bairro Leticia), durante a III Conferência Estadual para Mulher. A abertura do evento, nessa segunda-feira (17), contou com a participação da ministra da Secretaria de Políticas para Mulheres, Iriny Lopes. “É um momento para análise e defesa das políticas públicas para o próximo período. Todos os temas do Plano Nacional estão em debate e vamos aguardar os resultados de Minas Gerais para a Conferência Nacional”, destacou a ministra.A conferência é promovida pela Sedese, por meio da Coordenadoria Especial de Políticas para Mulheres, em parceria com o Conselho Estadual da Mulher (CEM) e com a Assembleia Legislativa. Representantes de mais de 240 municípios estão presentes para apresentar pro-postas em âmbito estadual e nacional afim de garantir os direitos e a valorização da mulher. A secretária de Estado da Casa Civil, Maria Coeli, repre-sentou o governador Antonio Anastasia no encontro e destacou: “devemos observar as mudanças que ocor-rem no perfil das famílias em Minas, porque observa-se o aumento do número de mulheres que chefiam suas

casas, mas elas ainda apresentam um valor menor na renda familiar. Então, é preciso atenção para as reali-dades porque isso repercute nas políticas de emprega-bilidade”, disse.“Devemos buscar alternativas que promovam a cidadania e a igualdade de direitos e de oportunidades entre homens e mulheres. Esta é uma maneira democrática para que juntos possamos construir políticas públicas destinadas à igualdade de gênero, ao fortalecimento da autonomia econômica, so-cial e política das mulheres”, ressaltou o secretário de Estado de Desenvolvimento Social, deputado Wander Borges. O encontro também vai eleger as delegadas que vão representar Minas Gerais na Conferência Nacional, de 12 a 14 de dezembro, em Brasília.

Abertura da conferência da Mulher

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Rua de lazer do Projeto “Só Quero Ver Meu Morro Feliz”

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só ‘quero ver meu morro feliz’ anima dominGo em sabará

O Projeto ‘Só Quero Ver Meu Morro Feliz’ movimentou o domingo (9) de mais de 1.500 moradores de Sabará. A população aproveitou para mudar o visual, tirar carteira de trabalho, ter assistência jurídica, entre outras atividades. A iniciativa foi promovida pela Sedese, por meio da Assessoria de Assuntos Sociais de Vilas e Favelas, com o apoio da prefeitura de Sabará e da Cauê.Além dos serviços, quem passou pela Praça do Povo, no bairro Fátima, curtiu os shows das bandas Kiko Soul, Verso Venenoso, Novo Encontro, Manancial e Via Láctea. O evento contou com a participação de Cris do Morro e Banda. As crianças também se divertiram com a rua de lazer.A ação contou com o SEBRAE e a Secretaria de Estado de Trabalho e Emprego como parceiros do evento.Neste ano, o projeto já visitou os Moradores da Vila Acaba Mundo, de Ribeirão das Neves, Contagem e Barreiro. A Barragem Santa Lúcia será a próxima beneficiada pela ação, prevista para dezembro.

Assessoria

A Assessoria para Assuntos de Vilas e Favelas, vinculada à Sedese, foi criada na gestão do Governador Antonio Anastasia e visa atender demandas dessa população. Minas Gerais é o primeiro Estado com uma assessoria dessa natureza.