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GESTÃO INTEGRADA DE SISTEMAS DE SANEAMENTO José Sardinha Tratamento de águas residuais: soluções elegíveis, oportunidades e limitações Instituto Superior Técnico 3 de maio de 2012

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GESTÃO INTEGRADA DE SISTEMAS DE

SANEAMENTO

José Sardinha

Tratamento de águas residuais:

soluções elegíveis, oportunidades e

limitações

Instituto Superior Técnico

3 de maio de 2012

SOLUÇÕES CONVENCIONAIS DE TRATAMENTO.

Como varia o esforço de investimento em

sistemas de tratamento de águas residuais, em

função do aglomerado a servir?

GESTÃO INTEGRADA DE DE SISTEMAS DE SANEAMENTO

SOLUÇÕES CONVENCIONAIS DE TRATAMENTO.

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População (he)

Inv

es

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e)

Pop <2000

2000 < Pop <10000

Pop > 10000

Investimento específico face à dimensão da instalação de tratamento

GESTÃO INTEGRADA DE DE SISTEMAS DE SANEAMENTO

0,0

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8,0

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250 500 750 1000 1500 2000

Dimensão da Instalação (he)

Áre

a e

specífic

a (

m2/h

e)

Lagoas

Fossa/M acrófitas

Lagoa/M acrófitas

Imhoff/M acrófitas

Lamas Activadas

SBR's

Leitos Perco ladores

Área específica ocupada (m2/he) em função da dimensão da

instalação e da tecnologia da adoptada

SOLUÇÕES CONVENCIONAIS DE TRATAMENTO.

GESTÃO INTEGRADA DE DE SISTEMAS DE SANEAMENTO

Relação entre o custo de primeiro investimento e o custo de

exploração em função da dimensão e da tecnologia adoptada

0

100

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400

500

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0,00 0,05 0,10 0,15 0,20 0,25 0,30 0,35 0,40

Custo de exploração (EUR/m3)

Investim

ento

(1000 E

UR

) .

Lamas activadas

Lagoas

SBR's

Leitos Percoladores

Lagoa/M acrófitas

T.Imhoff/M acrófitas

Fossa/M acrófitas

250

500

750

1000

1500

2000

SOLUÇÕES CONVENCIONAIS DE TRATAMENTO.

GESTÃO INTEGRADA DE DE SISTEMAS DE SANEAMENTO

SOLUÇÕES CONVENCIONAIS DE TRATAMENTO.

Tecnologias e soluções encontradas podem

variar em função da dimensão do aglomerado a

servir, por forma a aumentar a sustentabilidade

da solução

GESTÃO INTEGRADA DE DE SISTEMAS DE SANEAMENTO

Investimento

Operação & Manutenção

Custo de exploração

Sustentabilidade ambiental

TECNOLOGIAS APROPRIADAS PEQUENA/MÉDIA DIMENSÃO:

• Tratamento Primário:

• Fossas

• Lagoas

• T. Imhoff

• Tratamento Secundário:

• Lagoas de Estabilização

• Leitos de Macrófitas

• Leitos/Filtros Percoladores

• Lamas Activadas convencionais

• SBR

• Membranas

• Tratamento Terciário:

• Remoção de Nutrientes (L. activadas/SBR/Precipitação)

• Filtração (Microtamisação/Membranas/Filtração/Macrófitas)

• Desinfecção (UV/O3/Cloragem/Lagoas)

TECNOLOGIAS APROPRIADAS

GESTÃO INTEGRADA DE DE SISTEMAS DE SANEAMENTO

TECNOLOGIAS

TECNOLOGIAS APROPRIADAS MÉDIA/GRANDE DIMENSÃO:

• Tratamento secundário:

• Lagoas de Estabilização (sol. parcial ou complementar)

• Leitos/Filtros Percoladores

• Lamas activadas convencionais/SBR

• Biofiltros

• Sistemas híbricos (biomassa suspensa e fixa)

• Sistemas por membranas

GESTÃO INTEGRADA DE DE SISTEMAS DE SANEAMENTO

TECNOLOGIAS

TECNOLOGIAS APROPRIADAS MÉDIA/GRANDE DIMENSÃO:

• Tratamento mais avançado que secundário (terciário):

• Remoção de Nutrientes (Lamas activadas/SBR/Biofiltros)

• Remoção de SST (Microtamisação/Membranas/Filtração areia)

• Desinfecção (UV/ O3/Cloragem/Lagoas)

• Desodorização:

• Scrubbers (oxidação/neutralização química)

• Biofiltros (via biológica, processo com menor impacte)

• Carvão activado (adsorção em meio granular)

• Reactor biológico (oxidação biológica na linha líquida)

GESTÃO INTEGRADA DE DE SISTEMAS DE SANEAMENTO

TECNOLOGIAS APROPRIADAS MÉDIA/GRANDE DIMENSÃO:

• Tratamento de Lamas:

• Espessamento (Gravítico/Mecânico/Flotação)

• Estabilização de lamas (digestão aeróbia/anaeróbia/calagem)

• Valorização energética de biogás (grupos/microturbinas)

• Aproveitamento de calor gerado em excesso

• Desidratação de lamas (F.Banda/Centrífugas/Filtros Prensa)

• Armazenamento de lamas desidratadas (Silos. Armazéns)

• Compostagem de lamas

• Secagem (térmica? solar?) de lamas desidratadas

TECNOLOGIAS

GESTÃO INTEGRADA DE DE SISTEMAS DE SANEAMENTO

TECNOLOGIAS APROPRIADAS MÉDIA/GRANDE DIMENSÃO:

• Tratamento de outros subprodutos:

• Areias (Lavagem. Desinfecção para reutilização ??)

• Gorduras (Concentradores. Degradação biológica ??)

• Gradados/tamisados (compactação. Lavagem ?)

• Efluentes e lamas de fossas sépticas (pré-tratamento e destino

na linha de tratamento?)

• Recepção e tratamento de lamas de outras ETAR (???)

• Recepção e co-tratamento de efluentes compatíveis (???)

• Resíduos de limpeza de colectores (???)

TECNOLOGIAS

Estação de Serviço Ambiental ??

GESTÃO INTEGRADA DE DE SISTEMAS DE SANEAMENTO

ASPECTOS GERAIS

ASPECTOS DE CONCEPÇÃO. OPORTUNIDADES/LIMITAÇÕES:

• Dotação de condições adequadas para realização das

atividades de operação e manutenção (acessos, espaço de

trabalho, atravancamentos, iluminação, ventilação, ruído, …)

• Segurança/Higiene/Saúde/Conforto nas instalações,

proporcionando boas condições de trabalho

• Seleção de materiais de qualidade adequada

• Selecção de equipamentos de qualidade e adequados ao

serviço pretendido

• Gradagem/tamisação (ou apenas tamisação, sem gradagem?...)

• Sistemas de recepção e tratamento de outros efluentes

líquidos e, ou lamas adequados

• Sistemas de tratamento/armazenamento de subprodutos

• Sistemas de armazenamento de lamas (DL 276/2009…3 meses)

• Sistemas móveis de desidratação de lamas (?...) GESTÃO INTEGRADA DE DE SISTEMAS DE SANEAMENTO

ASPECTOS DE CONCEPÇÃO

ASPECTOS DE CONCEPÇÃO. OPORTUNIDADES/LIMITAÇÕES:

• Descarregadores de emergência e de tempestade (???)

• Sistemas de segurança (by-pass) após cada etapa de

tratamento principal (fase líquida)

• Várias linhas paralelas (2 a 4 linhas) para fase líquida

• Várias linhas paralelas (2 linhas) para a fase sólida

• Inter-conectividade entre as várias linhas

• Sistemas de trasfega e inoculação de linhas?....

• Sistemas para esvaziamento de tanques (em rede?...)

• Medição de caudal (afluente, tratado, por linha, by-pass,...)

• Sistemas preventivos (ex. selectores biológicos / silos de cal /

trituradores on-line, …)

• Sistemas para adequados para responder ao funcionamento

em condições variáveis

GESTÃO INTEGRADA DE DE SISTEMAS DE SANEAMENTO

ASPECTOS DE CONCEPÇÃO. OPORTUNIDADES/LIMITAÇÕES:

• Equipamentos de reserva instalada (1+1 / 2+1 / 3+1 / 4+1)

• Política de rotatividade de funcionamento das reservas e

equipamentos ociosos?....

• Reutilização de efluente tratado em usos compatíveis (EE?)

• Sistemas adequados de proteção contra inundações

• Sistema de socorro energético (geradores de emergência,

grupos de co-geração, sistema de ar de serviço)

• Sistemas de ventilação evacuação térmica, de conforto e de

segurança

• Sistemas de desodorização adequados

• Medição de parâmetros on-line

• Sistemas de recolha de amostras

GESTÃO INTEGRADA DE DE SISTEMAS DE SANEAMENTO

ASPECTOS DE CONCEPÇÃO

ASPECTOS DE CONCEPÇÃO. OPORTUNIDADES/LIMITAÇÕES:

• Sistemas de instrumentação, controlo e automação

• Sistema de telegestão adequado

• Báscula e outros sistemas de pesagem/medida (silos)

• Sistemas adequados de armazenamento

• Eficiência energética multivectorial (processo de tratamento,

equipamentos, instrumentação e controlo, operação,

manutenção)

• Videovigilância (edifícios, órgãos e perímetro das instalações)

• Delimitação rigorosa de circuitos operacionais e de visita

• Enquadramento arquitectónico e paisagístico

• Sistemas de proteção contra acessos não autorizados e atos

de vandalismo

GESTÃO INTEGRADA DE DE SISTEMAS DE SANEAMENTO

ASPECTOS DE CONCEPÇÃO

ASPECTOS DE OPERAÇÃO

GESTÃO CORRECTA DOS SISTEMAS. CONDIÇÕES ESSENCIAIS:

• Recursos Financeiros:

Rigoroso cumprimento contratual

Contabilização do serviço prestado em tempo útil

Facturação atempada, correcta e transparente

Cobrança atempada…

Libertação de capacidade por optimização do investimento no

tempo

Selecção de soluções optimizadas no equilíbrio entre

investimento e custos de exploração na vida útil

Prestação de serviços complementares à comunidade, ocupando

capacidade temporariamente ociosa

Rigoroso planeamento e controlo de custos

GESTÃO INTEGRADA DE DE SISTEMAS DE SANEAMENTO

ASPECTOS DE OPERAÇÃO

GESTÃO CORRECTA DOS SISTEMAS. CONDIÇÕES ESSENCIAIS:

• Recursos Humanos:

Rigoroso cumprimento da legislação

Correcta e clara definição de Responsabilidades e competências

individuais e colectivas

Organização funcional

Clara definição de hierarquias

Envolvimento na gestão aos diversos níveis

Tipologia adequada e equilibrada

Formação contínua e adequada às funções

Promoção de responsabilidade social

GESTÃO INTEGRADA DE DE SISTEMAS DE SANEAMENTO

GESTÃO CORRECTA DOS SISTEMAS. CONDIÇÕES ESSENCIAIS:

• Recursos Materiais:

Consumo e produção de energia

Consumo de água potável

Consumo de água de serviço (reutilizada)

Consumo de reagentes

Consumo de massas e lubrificantes

Utilização de viaturas (optimização de percursos, regulamento

claro e cumprimento do código de conduta)

Monitorização e controlo do custo das comunicações

Fardamento e EPI

Higiene e Segurança no Trabalho

• Recursos Tecnológicos:

Características e adequação das instalações aos fins a que se

destinam, proporcionando boas condições para os trabalhadores

ASPECTOS DE OPERAÇÃO

GESTÃO INTEGRADA DE DE SISTEMAS DE SANEAMENTO

GESTÃO CORRECTA DOS SISTEMAS. CONDIÇÕES ESSENCIAIS:

• Controlo da qualidade da matéria prima:

Monitorização (e controlo?) da quantidade

Monitorização do regime de afluência

Monitorização e controlo da qualidade

Implementação de um Regulamento de serviço/descarga

Sensibilização/Educação Ambiental

• Controlo da qualidade dos produtos finais:

Efluente(s) tratado(s)

Lamas

Emissões gasosas

Areias / Gradados / Gorduras

Meio(s) receptor(es) / Cliente

Solos agrícolas / Aterros / Outras utilizações;

ASPECTOS DE OPERAÇÃO

GESTÃO INTEGRADA DE DE SISTEMAS DE SANEAMENTO

Obrigado.

QUESTÕES?

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