tratado em defesa e proteÇÃo das crianÇas e adolescentes

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q que o tema crianças e adolescentes seja incluído nos fóruns de debates e nos acordos, nacionais e internacionais, relacionados ao futuro da humanidade e do planeta Terra; 3. Torna-se fundamental que a criança e o adolescente tenham garantido o direito à vida com dignidade, ao amor e cuidados básicos que incluem: alimentação, habitação, a atenção básica de saúde, acesso à educação e ao lazer. [33]

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Page 1: TRATADO EM DEFESA E PROTEÇÃO DAS CRIANÇAS E ADOLESCENTES

TRATADO EM DEFESA E PROTEÇÃO DAS CRIANÇASE DOS ADOLESCENTES

[33]

1. Ao discutirmos a problemática do meio ambiente e do desenvolvimentopartimos do pressuposto de que a questão central é a preservação da vida detodas as espécies. O modelo de desenvolvimento internacionalmente adotadodetermina uma desigualdade social e uma degradação ambiental, que repercutesobre a infância e a adolescência, que vive uma negação sistemática dos seusdireitos fundamentais.

2. Tal situação resulta na panorâmica vergonhosa em que se encontra a grandemaioria das crianças e adolescentes no mundo. Segundo os dados da UNICEF,a cada dia morrem 40.000 crianças de desnutrição e de doenças comuns, 150milhões de crianças continuam vivendo com saúde precária e crescimentodeficiente e 100 milhões de crianças entre 6 e 11 anos de idade não vão àescola. Acrescente-se a isso, os altos índices de violência, exploração dotrabalho infanto-juvenil, incluindo trabalho escravo e prostituição.

3. Torna-se fundamental que a criança e o adolescente tenham garantido odireito à vida com dignidade, ao amor e cuidados básicos que incluem:alimentação, habitação, a atenção básica de saúde, acesso à educação e aolazer.

4. Considerando que a criança e o adolescente são sujeitos de direito e tambémagentes de transformação da sociedade, fazendo parte da dinâmica doprocesso, e não apenas observadores passivos do que ocorre no mundo, e quea responsabilidade pelo desenvolvimento da criança e do adolescente cabe,concomitantemente, a nós adultos responsáveis, à família, à sociedade e aoEstado, propomos um compromisso coletivo no sentido de:

q que a criança e o adolescente tenham seus direitos cumpridos;q que esses direitos devem estar englobados em um compromisso que todas

as sociedades devem assumir e que essas prioridades devem ser mantidaspermanentemente;

q que as convenções, declarações, estatutos e leis de proteção e defesa dosdireitos da criança e do adolescente, nacionais e internacionais, sejamcumpridos por seus respectivos signatários e responsáveis;

q que nas nações que não os tenham, as ONGs trabalhem para que sejamassinados ou criados;

q que o tema crianças e adolescentes seja incluído nos fóruns de debates enos acordos, nacionais e internacionais, relacionados ao futuro dahumanidade e do planeta Terra;

q que as ONGs façam intercâmbio de experiências para a proteção e defesada criança e do adolescente de tal forma que a cooperação e a solidariedadepossibilitem a obtenção de resultados concretos a favor da criança e doadolescente;

Page 2: TRATADO EM DEFESA E PROTEÇÃO DAS CRIANÇAS E ADOLESCENTES

q que cada país destine no seu orçamento para políticas públicas dotaçõesproporcionais à população infanto-juvenil a serem administradas por umaação integrada entre Governo e sociedade civil.

Nosso compromisso é:

q divulgar este tratado em Defesa da Criança e do Adolescente e buscaradesões, tanto em nível nacional como internacional;

q definir as ações específicas para a concretização das metas ora acordadas,com ampla participação da sociedade civil e das ONGs;

q encaminhar, pressionar e fiscalizar permanentemente os órgãoscompetentes para viabilização e execução das metas propostas;

q garantir a participação de crianças e adolescente nos espaços de discussãoe ação das questões que lhes dizem respeito, especialmente ao que serefere ao futuro do planeta, considerando a sua peculiar condição de pessoaem desenvolvimento;

q realizar discussões anuais, em nível nacional, das ONGs signatárias destetratado, para avaliação do Planejamento e das metas assumidas;

q realizar daqui há 5 anos, uma reunião mundial das ONGs signatárias destetrabalho para avaliação e reformulação dos compromissos assumidos.