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Transporte Capítulo 3

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233Capítulo 3 - tRaNSpoRtE

GEStão dE polítiCaS públiCaS No paRaNá

Transporte

Capítulo 3

234 AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DO LEITO ESTRADAL DE ACESSO AO MEIO RURAL NO OESTE DO PARANÁ

GEStão dE polítiCaS públiCaS No paRaNá

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AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DO LEITO ESTRADAL DE ACESSO AO MEIO RURAL NO OESTE DO PARANÁ

Milton Podolak Junior - DER1

Loreni Teresinha Brandalise - UNIOESTE2

INTRODUÇÃO

as estradas de terra são responsáveis por grande parte dos problemas relacionados à erosão hídrica na nossa região, trazendo sérios problemas ao ambiente, poluindo e assoreando os mananciais de água. a existência de estradas não integradas ao sistema de conservação de solos provoca inúmeros problemas, agravando a erosão nas áreas de exploração agrossilvipastoril, dificultando a manutenção e provocando sua degradação.

o grave problema das péssimas condições de conservação existentes nas rodovias rurais municipais não pavimentadas da região faz com que os produtores rurais não atinjam os resultados esperados para escoar suas produções. o meio rural depende muito do poder público para ter uma boa infraestrutura de transportes, para poder sair a qualquer hora de sua propriedade, seja para ir ao médico, ao supermercado, à escola, seja para retirar a sua produção.

Sem boas estradas isto se torna um obstáculo, pois impossibilita o tráfego de qualquer veículo. o planejamento, a implantação ou a adequação de estradas integrada às demais práticas de manejo e conservação de solo e água propiciam um maior controle da erosão hídrica, bem como reduzem as necessidades e os custos de manutenção.

Este trabalho busca analisar as condições do leito estradal de acesso ao meio rural no oeste do paraná, identificando quais problemas dificultam os deslocamentos dos produtores rurais e apontando possíveis soluções. assim, o objetivo geral é examinar e avaliar as condições do leito estradal de acesso ao meio rural no oeste do paraná, propondo possíveis soluções aos órgãos competentes.

para o alcance do objetivo geral, buscou-se: (a) identificar quais problemas do leito estradal dificultam os deslocamentos dos produtores rurais; (b) analisar quais fatores são determinantes para que o leito estradal sofra alterações; e (c) apontar possíveis soluções para minimizar tais problemas, no intuito de auxiliar os produtores rurais no escoamento de safras e deslocamentos do dia a dia.

Estudos realizados demonstram que é possível, através de adequado uso, manejo e conservação de solo, reduzir significativamente as perdas de solo por erosão. Este manejo influencia diretamente a infiltração e retenção de água no solo, diminuindo o escorrimento superficial, minimizando os picos de cheia.

Em função dos problemas que estão sendo visualizados em nível de campo e de que o processo de erosão está recrudescendo em função da baixa qualidade do plantio direto instalado, retirada de terraços e do não planejamento integrado das propriedades em microbacias, reforça-se a necessidade urgente da retomada de políticas públicas que promovam a implantação de sistemas que exerçam duas funções primordiais de manejo e conservação de solo e água, que são:

1 aluno do curso em Formulação e Gestão de políticas públicas – unioeste - 2008.2 docente da unioeste, graduada em administração, Mestra e doutora em Engenharia da produção.

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a) o sistema de terraceamento devidamente planejado e integrado às outras práticas conservacionistas, como adequação de estradas, manejando o escorrimento superficial de água reduzindo desta forma a erosão nas propriedades e estradas rurais como vem ocorrendo, com a perda de solo e principalmente água;

b) armazenamento de água nas propriedades e microbacias através da adoção de um conjunto de práticas conservacionistas que devem ser utilizadas de forma integrada.

as operações agrícolas que envolvam mobilização do solo e/ou tráfego de máquinas alteram substancialmente a estrutura dos solos. o uso adequado da terra é o primeiro passo no sentido da preservação dos recursos naturais e na busca de uma agricultura sustentável. para isso, deve-se empregar cada parcela de terra de acordo com a sua aptidão, capacidade de sustentação e produtividade econômica, de tal forma que os recursos naturais sejam colocados à disposição do homem para o seu melhor uso e benefício, ao mesmo tempo em que são preservados para gerações futuras.

Esta pesquisa é relevante no sentido de analisar a situação das estradas rurais e de apontar possíveis soluções para sua trafegabilidade. E é neste contexto que este estudo se justifica.

1 METODOLOGIA

Esta é uma pesquisa de caráter exploratório e foi delineada pelas chamadas fontes de papel, ou seja, pesquisa bibliográfica – livros e artigos científicos e pesquisa documental em documentos de arquivos públicos e/ou privados, relatórios, projetos, dentre outros. (Gil, 2002) assim, a pesquisa dividiu-se em bibliográfica e documental, além de observação in loco da área descrita no projeto analisado.

as fontes secundárias foram obtidas por meio de livros e publicações eletrônicas sobre o tema descrito. os documentos foram projetos do Governo do Estado do paraná sobre adequação de estradas rurais, que fazem parte do programa paraná doze Meses. também fizeram parte da pesquisa algumas legislações vigentes sobre o assunto.

a coleta de dados de fonte primária foi obtida por meio de análise do projeto de adequação da Estrada Rural executada no município de três barras do paraná e de visita in loco. o projeto é de adequação da estrada rural e de obras de controle de erosão, para reduzir a necessidade de manutenção da estrada, representando substancial economia ao Município e aos produtores rurais, garantindo o tráfego normal e o escoamento da produção agropecuária durante todos os meses do ano.

o Município de três barras do paraná foi desmembrado do Município de Catanduvas, em 13 de maio de 1980. possui uma área aproximada de 507,431 km², sua altitude média é de 856 metros. Sua posição geográfica é: latitude 25º 25’ 00” Sul; longitude 53 10’ 00” WGR.

o clima da região é subtropical úmido mesotérmico, com verões quentes com tendência de concentração das chuvas (temperatura média superior a 22º C), invernos com geadas pouco frequentes (temperatura média inferior a 18º C), sem estação seca definida.

os principais produtos agrossilvopastoris são: aves de corte; milho safra normal e feijão das águas. o número de produtores beneficiados com a referida obra são um total de cento e dez (110), sendo vinte e dois (22) diretos e oitenta e oito (88) indiretos.

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2 REVISÃO TEÓRICA

2.1 OCUpAÇÃO DO SOLO E AGRICULTURA

o Estado do paraná é eminentemente agrícola e ao longo de sua história muitos foram os ciclos de colonização: desde a exploração do ouro e o tropeirismo no século XiX, passando pelo ciclo da erva-mate e da madeira no início do século XX, a intensificação da cafeicultura até metade dos anos 70 e chegando à agricultura mecanizada nos dias atuais.

o processo de ocupação das terras no oeste de paraná ocorre com maior intensidade a partir dos anos 60 do século XX, principalmente pela exploração madeireira e posteriormente pela expansão agrícola, com a implantação de sistemas mecanizados para o cultivo da sucessão trigo-soja.

Com a destruição dos cafezais por severas geadas em 1975 e sob o amparo das políticas de crédito subsidiado do governo federal, o paraná incorporouse rapidamente ao processo de modernização da agricultura, principalmente nas terras de melhor fertilidade e de topografia mais favorável à mecanização, cujos solos passaram a ser ocupados por sistemas de produção empresarial. Nessas circunstancias, as famílias de pequenos agricultores foram condicionadas a migrarem para áreas marginais, cujas terras são de baixa aptidão agrícola. (MuZilli, 2005, p.3)

Estas famílias instalaram-se em pequenas propriedades, quase sempre explorando o solo com monoculturas sazonais, ou seja: safras de verão – soja, milho, feijão, mandioca; e de inverno – trigo, aveia, milho ‘safrinha’. Sempre influenciados por fatores econômicos, políticos, sociais e culturais, que levaram à sobre-exploração dos recursos naturais, colocando em risco a sustentabilidade.

além disso, o manejo do solo foi indiscriminado ao longo dos anos, com uso de tecnologia inadequada que comprometeram a produtividade, fazendo com que outras áreas fossem exploradas, causando desmatamento indiscriminado e consequentemente a erosão hídrica, o assoreamento de rios e mananciais, a poluição dos cursos d’água e os riscos de inundações em terras baixas. Com isso,

os eminentes riscos de se alcançar o ponto crítico da degradação ambiental, econômica e social, exigiram dos responsáveis pela política de desenvolvimento rural e dos profissionais de ciências agrárias, especialmente os que vinham atuando nos setores da pesquisa e extensão rural, mobilizar esforços e promover estratégias para a melhoria dos processos produtivos, visando potencializar a sustentabilidade da agricultura paranaense em seus aspectos agro-ecológicos e socioeconômicos. (MuZilli, 2005, p.5)

atualmente a preocupação com a preservação do meio ambiente é muito grande, pois o brasil possui aproximadamente 12% da descarga fluvial de água doce do planeta, o que representa responsabilidade especial sobre a sua conservação e uso, de forma a garantir a disponibilidade em quantidade e qualidade para a atual e as futuras gerações.

Segundo Muzilli, (2005) a disponibilidade hídrica no brasil se distribui de forma heterogênea variando de muito pobre a muito rica. Grande parte dos corpos d’água sofre processo de degradação: o desmatamento para atividades econômicas e/ou assentamentos humanos causa impacto negativo em áreas de nascentes e matas ciliares, comprometendo a conservação e a qualidade dos recursos hídricos.

a água é o recurso natural que está na base de todas as atividades sociais e econômicas, inclusive nos usos domésticos, agrícola e industrial, permitindo todo o ciclo produtivo, e sendo um insumo essencial para as suas atividades. os setores governamentais buscam desenvolver programas voltados para a conservação dos solos, promovendo o cultivo mínimo e o uso de culturas de cobertura.

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Entretanto, um dos desafios consiste em avaliar a eficiência das práticas recomendadas em reduzir as taxas de erosão, considerando a escala de uma bacia hidrográfica. para esse propósito, têm sido conduzidos projetos de monitoramento cujo objetivo é o de avaliar como e em quanto tempo as práticas de conservação do solo adotadas pelos agricultores são capazes de atenuar a erosão do solo. No monitoramento, os efeitos das práticas conservacionistas sobre o controle da erosão são avaliados por meio da variabilidade da produção de sedimentos, que, por sua vez, consiste na integração dos fluxos de sedimentos em suspensão, dentro de um intervalo de tempo. o fluxo de sedimentos em suspensão nos rios é formado por uma mistura de sedimentos provenientes de diferentes fontes, cuja identificação permite avaliar as implicações das práticas conservacionistas sobre a erosão hídrica. (MiNElla et al., 2007)

2.2 MICROBACIA HIDROGRÁFICA E MANEJO DO SOLO

de acordo com o programa Nacional de Microbacias Hidrográficas e Conservação de Solos na agricultura (2008), as microbacias são unidades geográficas naturais onde os fatores ambientais, econômicos e sociais encontram-se em condições homogêneas e por isso, mais apropriadas para o estabelecimento de planos de uso e manejo, monitoramento e avaliação das interferências humanas no meio ambiente. Elas representam unidades sistêmicas que permitem a identificação e o conhecimento das inter-relações dos fluxos de energia e dos demais fatores envolvidos no processo produtivo, com vistas a compatibilizar as atividades humanas com a preservação ambiental.

o manejo inadequado do solo torna vulnerável à existência e ocorrência de erosões, provocando o assoreamento dos mananciais e a formação de banquetas de areia, agravados pela falta de trabalhos bem conduzidos e a inexistência da mata ciliar para proteção dos corpos d´águas. a conservação do solo, sendo deficiente ou mal dimensionada, provoca escorrimento superficial das águas pluviais e causa danos ambientais, principalmente no aparecimento de vários sulcos de erosão.

isto pode ocorrer se, na hora de construir uma estrada de terra, forem adotados critérios como simplesmente acompanhar a divisa entre propriedades, sem levar em conta desníveis no terreno e o tipo de solo, que são ingredientes para que seu leito se transforme num foco de erosão e, mais grave ainda, numa interminável fonte de escoamento de terra para córregos ou rios próximos, assoreando-os e reduzindo sua capacidade de fornecimento de água. Sem falar na perda de terra produtiva das propriedades vizinhas à estrada.

para isso, o paraná busca promover o desenvolvimento rural de forma integrada e sustentável, tendo a microbacia hidrográfica como unidade de planejamento e a organização dos produtores como estratégia para a melhoria da produtividade agrícola e o uso de tecnologias adequadas sob o ponto de vista ambiental, econômico e social.

Na ganância de obter sempre mais lucros, o homem esquece sua condição de ser social e dos compromissos que tem para com a sociedade e a natureza. pensando nisso, o Governo do paraná e a assembleia legislativa do Estado do paraná, criaram a lei 8.014/1984, de 14 de dezembro de 1984, que dispõe sobre a preservação do solo agrícola e adota outras providências, e em seus artigos iniciais diz:

art. 1º - o solo agrícola é patrimônio Nacional e, por conseqüência, cabe ao Estado, aos proprietários de direito, aos ocupantes temporários e a comunidade preservá-lo, exercendo-se nele o direito de propriedade ou a posse temporária com as limitações estabelecidas neste código de uso do solo agrícola para o Estado do paraná.§ 1º- Considera-se solo agrícola, para os efeitos desta lei, aquele cuja aptidão e destinação for exclusivamente de exploração agro-silvo-pastoril.§ 2º- as ações ou omissões contrárias às disposições, desta lei, na utilização e exploração do solo agrícola são consideradas nocivas aos interesses do Estado do paraná.art. 2º - a utilização do solo agrícola somente será permitida mediante um planejamento, segundo a sua capacidade de uso através do emprego de tecnologia adequada.

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§ 1º- Compete ao Estado determinar organismo competente para determinar o planejamento e definir a tecnologia adequada prevista neste artigo.§ 2º- a aplicação do disposto neste artigo deverá ser gradativa, estabelecendo-se áreas prioritárias.art. 3º - o planejamento de uso adequado do solo agrícola deverá ser feito independentemente de divisas ou limite de propriedade, quando de interesse público.§ 1º- Entende-se por uso adequado a adoção de um conjunto de práticas e procedimentos que visem a conservação, melhoramento e recuperação do solo, atendendo a função sócio-econômica da propriedade.§ 2º- o conjunto de práticas e procedimentos serão definidos a nível estadual, com a participação federal ou municipal, em função do desenvolvimento e execução das áreas prioritárias e revistos periodicamente.art. 4º - Consideram-se de interesse público, enquanto da exploração do solo agrícola, todas as medidas que visem:a) controlar a erosão em todas as suas formas;b) sustar processos de desertificação;c) fixar dunas;d) evitar a prática de queimadas em áreas de solo agrícola, a não ser em casos especiais ditados pelo poder público competente;e) recuperar, manter e melhorar as características físicas, químicas e biológicas do solo agrícola;f) evitar assoreamento de cursos d’água e bacias de acumulação;g) adequar a locação, construção e manutenção, de canais de irrigação e de estradas em geral aos princípios conservacionistas;h) evitar o desmatamento das áreas impróprias para a agricultura e promover o reflorestamento nessas áreas, caso já desmatadas.

apesar da existência dessa lei, nesse período de tempo agravaram-se os problemas de conservação de solo devido ao desmatamento e manejo inadequado, por isso, o Governo do paraná decidiu retomar o programa de conservação de solos e de recursos hídricos, por meio da Gestão ambiental integrada em Microbacias.

ações integradas das secretarias da agricultura, Meio ambiente, planejamento e suas empresas vinculadas, além da Copel e Sanepar, serão concentradas nas regiões das microbacias hidrográficas. as secretarias dos transportes e da Educação também participam do programa. Segundo bianchini, essas ações serão retomadas de forma mais efetiva para proteger o solo, nascentes, rios e florestas dos sistemas de exploração agrícola.a meta é atuar nas 3.600 microbacias existentes em todo o Estado, com área de 5 a 6 hectares cada uma. de acordo com o engenheiro agrônomo do instituto Emater de Extensão Rural, oromar João bertol, até 2022 será eliminado o passivo ambiental do paraná. para isso, o programa inclui um forte componente que é a educação ambiental, estratégia para atingir e comprometer as gerações futuras com a necessidade de preservação do meio ambiente, com conservação de solos e manejo dos recursos hídricos e das florestas. (paRaNá, 2008)

Valter bianchini, Secretário da agricultura do Estado, destacou que o paraná é referência na agricultura e no desenvolvimento econômico, o que aumenta a responsabilidade do Estado em trabalhar também a dimensão social. “o esforço do Estado é integrar as três dimensões: econômica, social e ambiental”, citou.

2.3 EROSÃO

No que se refere às ações da natureza, pode-se citar as chuvas como principal causadora da erosão. ao atingir o solo, em grande quantidade, provoca deslizamentos, infiltrações e mudanças na consistência do terreno. desta forma, provoca o deslocamento de terra. o ser humano pode ser um importante agente provocador das erosões. ao retirar a cobertura vegetal de um solo, este perde sua consistência, pois a água, que antes era absorvida pelas raízes das

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árvores e plantas, passa a se infiltrar no solo. Esta infiltração pode causar a instabilidade do solo e a erosão.

Erosão é um impacto destrutivo do solo causado pela agricultura, desmatamento, construção em locais inadequados, técnicas agrícolas impróprias, má ocupação do solo, dentre outros. as partículas do solo impactado pela erosão se desprendem antes do cultivo e são levadas pela água, pelo vento ou por atividades humanas.

para amenizar e/ou anular um processo erosivo pode-se utilizar algumas técnicas que dificultam tais formações: o terraceamento, que consiste em formar degraus no solo, as curvas de nível, que consistem em arar o solo e semeá-lo seguindo cotas altimétricas; e a associação de culturas em plantios que permitem a exposição do solo, com legumes que o recobrem bem. Essas técnicas objetivam a perda de velocidade no escoamento da água para que esta não leve as partículas que não estão presas.

o processo de erosão numa propriedade, geralmente inicia-se em local mais baixo, podendo ser com águas pluviais da própria propriedade ou com a contribuição vinda de propriedades localizadas acima. Nada adianta executar serviços isolados e querer impedir a progressão da erosão sem que as outras propriedades também executam tais serviços, uma vez que o correto é efetuar trabalhos conjuntamente, desprezando divisas e iniciando pelo divisor das águas. (ZoCCal, 2007,p.47)

para que essa ação dê resultados, é necessário que os produtores rurais se unam e todos pratiquem estas técnicas. Entretanto, a erosão não acontece somente nas propriedades rurais, ela também é provocada pelas estradas rurais mal conservadas e, segundo Zoccal (2007) são elas as responsáveis pela maioria das erosões existentes e, ainda segundo ele, é necessário um bom planejamento de adequação com o uso de algumas técnicas primordiais. Estas técnicas, além de evitarem a erosão, também podem contribuir para o abastecimento do lençol freático, direcionando as águas pluviais para córregos e nascentes.

3 DESENVOLVIMENTO DO TEMA

ao analisar o projeto de adequação da Estrada Rural executada no Município de três barras do paraná e em contato com a equipe que atua neste projeto observou-se que o mesmo consta de várias etapas que são descritas a seguir.

3.1 TERRApLENAGEM

terraplenagem é a operação destinada a conformar o terreno existente aos elementos definidos em projeto. de maneira geral ela engloba os serviços de corte e de aterro; desmonte das porções mais elevadas do terreno e depósito de materiais nas zonas mais baixas. a conjunção desses dois serviços tem por finalidade proporcionar condições de tráfego compatíveis com o volume e tipo dos serviços que irão utilizar a rodovia.

3.1.1 DESMATAMENTO E LIMpEZA (LIMpEZA DE CAMADA VEGETAL)

desmatamento e limpeza são atividades que consistem na remoção de arbustos de qualquer porte, na remoção de tocos e de árvores com diâmetro de até 30cm (medido a 1,50m de altura acima do solo), de galhos, de emaranhados de raízes e de solo envolvente, do capim e da camada de solo com matéria orgânica até a espessura de 20cm.

a área de limpeza é definida pelos pontos de off-set (exceto a faixa de estrada existente) nas seções transversais que é a faixa do terreno a ser realmente terraplenada, isto é, a remoção de toda vegetação, árvores de qualquer porte, arbustos e vegetação rasteira, removidos a uma distância de transporte de até 50m.

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a matéria vegetal deve ser retirada para local específico e não deve ser incorporada ao material de aterro. Esse serviço é realizado com o objetivo de evitar a presença de material orgânico no corpo de aterro. a limpeza da faixa implica ainda a retirada de blocos de rocha e pedras isoladas, matacões, restos de construções demolidas, dentre outros.

3.1.2 DESTOCAMENTO E REMOÇÃO DE ÁRVORES

o destocamento compreende as operações de escavação e remoção de tocos e árvores com diâmetro superior a 30cm (medidas a 1,50m acima do solo) e disposição do material removido de uma distância de transporte de até 50m, como se pode observar na figura 1.

FIGURA 1 – Destocamento e remoção de árvores

FoNtE: dER/pR (2004).

3.1.3 CORREÇÃO DE GREIDE

Greide significa o perfil do eixo da pista referido à superfície acabada da estrada. É um serviço de terraplenagem executado para mover o material dos taludes de corte laterais para dentro do corpo da rodovia aterrando-a (bota dentro) a fim de tirá-la da condição de ‘caixão’, ou seja, com o greide enterrado, para a condição de greide elevado, o que fornece uma melhor condição de drenagem e trafegabilidade da rodovia, integrando-a com as áreas agrícolas lindeiras.

a compensação de material, para este tipo de rodovia, geralmente é feita no sentido transversal e engloba todo e qualquer movimento de materiais, inclusive para o ajuste de largura da estrada a fim de que se atinja a plataforma definida em projeto, preservando-se a estabilidade dos taludes, conforme se vê na figura 2.

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FIGURA 2 – Correção de greide

FoNtE: dER/pR (2004).

3.1.4 RETALUDAMENTO

É a execução dos serviços de rampeamento dos barrancos (taludes) laterais da estrada, até que se atinja a uniformidade de sua conformação. Compreende apenas o rampeamento do talude e deve ser medido em m². o material movimentado pela lâmina da motoniveladora é tão pequeno que não há necessidade de transportá-lo para outro local.

Quando esse volume de material for elevado, este serviço passará a ser chamado escavação, carga e transporte de material (figura 3).

FIGURA 3 – Retaludamento

FoNtE: dER/pR (2004)

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3.1.5 CONTROLE DE GEOMETRIA E DO ACABAMENTO

Refere-se ao atendimento de limites de tolerâncias dos indicadores geométricos (cotas de greide, largura de plataforma, declividade de talude e suavização de talude): (a) controle de cotas; (b) controle da largura; e (c) controle de acabamento.

3.1.6 LIMITES GEOMÉTRICOS DE TOLERÂNCIA DOS SERVIÇOS

os serviços serão aceitos desde que executados com os limites:

a) largura da plataforma: até 20 cm para mais da largura projetada, não se admitindo variação para menos;

b) variação de cotas para eixos e bordos de no máximo 10 cm em relação ao projetado, para mais ou para menos;

c) abaulamento transversal de cada semiplataforma situada na faixa de (0,5) zero vírgula cinco pontos percentuais para mais ou para menos, não se admitindo situações que permitam o acúmulo de água no leito estradal;

d) inclinação dos taludes situada na faixa de (1,0) um ponto percentual para mais ou para menos, em relação ao projetado.

3.1.7 REGULARIZAÇÃO (INCLINAÇÃO TRANSVERSAL DO LEITO ESTRADAL)

o objetivo desse serviço é o de drenar as águas superficiais para os bordos do leito estradal. Na mesma operação, deverá ser executado o sarjeteamento da estrada, encaminhando as águas superficiais para os dispositivos de drenagem, evitando a erosão da pista, como se observa na figura 4.

o tipo de veículo que transita na estrada, o tipo de solo e a declividade longitudinal deverão ser os determinantes para a escolha do abaulamento, que deverá variar de 5 a 6 %.

FIGURA 4 – Regularização

FoNtE: dER/pR (2004)

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3.1.6 CONSTRUÇÃO DE LOMBADA

São barreiras construídas no leito estradal com o objetivo de impedir o escoamento rápido das águas, ou seja, diminuir a sua velocidade direcionando-as para as obras encarregadas de absorvê-las ou armazená-las (terraços, curvas de nível, bigodes, caixa de retenção).

as lombadas deverão ter o seu dimensionamento compatível com as declividades da estrada a ser adequada e com a largura a ser estabelecida. São projetadas para rampas acima de 2%, nas quais é muito grande a velocidade da água favorecendo erosões. o dimensionamento das lombadas normalmente é feito coincidindo com espaçamento dos terraços e/ou curvas de nível.

Em declividades acima de 10%, a canalização da água deverá ser executada conforme as características locais do terreno, deixando-se bem claro que este procedimento deverá ser efetuado onde houver necessidade de lombadas (rampas fortes ou muito longas).

a altura máxima de lombada deverá ser de 50 cm após compactação (utilização de 1,3 a 1,5 vez do volume de solo escavado para obtenção de 1 vez do volume adensado).

o comprimento da lombada (base b + base b) será de 10 a 15m, podendo variar no máximo 10%, para mais ou para menos. a largura da lombada deverá ser igual à largura da estrada até os limites da plataforma de rodagem. Na execução das lombadas e caixas de retenção deve-se:

a) respeitar as entradas de carreadores;

b) permitir o tráfego de caminhões com cargas pesadas e/ ou altas, ônibus e outros veículos de transporte;

c) direcionar convenientemente a água para o mecanismo de drenagem, acompanhando a declividade transversal da pista de rolamento.

3.1.7 CONSTRUÇÃO DE BIGODES/ SANGRADOUROS

os bigodes são extensões dos terraços e/ ou curvas de nível que usados em conjunto com as lombadas, auxiliam na retirada da água da pista direcionando-a para as áreas lindeiras, a fim de que possa ser absorvida pelo terreno. as dimensões dos bigodes variam de forma e seção de acordo com os dispositivos aos quais se integram as áreas lindeiras, como se observa na figura 5.

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FIGURA 5 – Construção de bigodes

FoNtE: dER/pR (2004).

3.1.8 CONSTRUÇÃO DE CAIXAS DE RETENÇÃO

São caixas de captação de água interligadas às lombadas de modo a armazenar a água proveniente do leito estradal e/ou dissipar sua energia, promovendo a sua infiltração.

Geralmente são construídas uma de cada lado da estrada, sempre que possível. a construção deve considerar a declividade do terreno, o volume de água de contribuição, a velocidade da água, precipitação dentro de um tempo de recorrência de 10 anos e taxa de infiltração do solo, entre outros (figura 6).

FIGURA 6 – Construção de caixas de retenção

FoNtE: dER/pR (2004)

os cuidados com a manutenção e limpeza das caixas de retenção e fator predominante para seu bom funcionamento, caso contrário, a falta deles irá comprometer a capacidade de armazenamento e infiltração.

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3.2 REVESTIMENTO pRIMÁRIO (CASCALHAMENTO OU pEDRA BRITADA)

o revestimento primário (cascalhamento) tem por objetivo proteger e dar um melhor suporte ao leito estradal e aumentar a vida útil da estrada, de modo a tornar trafegável a via em qualquer época do ano.

o dimensionamento do revestimento primário tem que levar em conta o tipo de solo do subleito, a capacidade de suporte e a declividade (rampa) e quantidade e qualidade do material a ser utilizado.

Em trechos com declives acentuados (acima de 10%) é aconselhável o revestimento total. a compactação deverá ser executada do bordo para o centro. E importante que esse serviço não obstrua as passagens, bueiros ou outros dispositivos de drenagem, como se observa na figura 7.

FIGURA 7 – Revestimento primário

FoNtE: dER/pR (2008).

3.3 DRENAGEM SUpERFICIAL

3.3.1 VALA LATERAL RASA E SARJETEAMENTO

Esse serviço é executado juntamente com a regularização (abaulamento) do leito estradal. o sarjeteamento deverá ter o formato triangular e é executado com a lâmina da motoniveladora.

3.3.2 BUEIROS TUBULARES DE CONCRETO

São estruturas drenantes, constituídas por tubos de concreto, normalmente posicionados transversalmente à plataforma, destinadas a permitir a passagem das águas sob a rodovia. podem drenar as águas precipitadas sobre a plataforma e taludes de cortes acumuladas em caixas coletoras. podem também servir para mudar de direção as águas pluviais.

os bueiros tubulares de concreto serão executados em linha simples, duplas ou triplas com tubos de diâmetros de 60 cm e 80 cm sem berço. Eventualmente poderá ser executado

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bueiro com diâmetro de 1,0 m dependendo do volume de contribuição de água da boca hidrográfica.

Na execução dos bueiros em solos sedimentares e arenosos, deverá haver reforço do berço para assentamento dos tubos, com material do revestimento primário ou similar, disponível, na espessura compatível.

Na execução dos bueiros em locais de fácil assoreamento na captação das águas (montante), deve-se tomar o cuidado para que o mesmo não fique totalmente abaixo do nível da estrada, construindo uma lombada sobre o mesmo.

3.3.3 CONSTRUÇÃO DE SAÍDA D’ÁGUA

É o desmonte do barranco lateral em pontos localizados, permitindo que as águas superficiais sejam retiradas do leito estradal e se direcionem aos terrenos adjacentes, devendo ser executadas sempre que houver manejo de solos nas propriedades lindeiras ou áreas de mato, e a topografia permitir. Esse serviço deverá ser executado com carregador frontal deixando uma grande área de escoamento, evitando, assim, obstruções futuras e facilitando sua limpeza.

3.4 SERVIÇOS COMpLEMENTARES

alguns pontos localizados ao longo da estrada necessitam de execução de obras complementares, visando a eficiência da estrutura de adequação implantada. Entre esses dispositivos estão:

drenos: poderão ser usados no caso de aparecimento de minas d’água no leito da estrada ou na área marginal da estrada. o dreno pode ser feito de pedra, cascalho, bambu, pneus etc., podendo ser subterrâneo ou de superfície.

bueiros de greide: para permitir o fluxo de água transversal (de um lado para outro da estrada). utiliza-se no caso de não poder conter o fluxo de águas com infiltração a montante.

Cobertura vegetal: Considerando os trabalhos de adequação realizados, faz-se necessário promover a cobertura vegetal de áreas consideradas erosivas com o objetivo de proteger o solo das erosões futuras e auxiliar na conservação das obras realizadas.

3.5 MELHORIAS AMBIENTAIS

Melhorias ambientais são serviços eventuais não detalhados no projeto e cuja definição pode ocorrer durante ou após a execução da obra. Nas obras de adequação de estradas rurais, o impacto ambiental causado é considerado de pouca relevância, sendo necessária apenas a autorização ambiental, devendo ser encaminhado um requerimento ao iap – instituto ambiental do paraná.

Quanto às melhorias ambientais, caberá à prefeitura a execução da proteção vegetal ao longo do trecho. a proteção vegetal consiste na utilização de vegetais diversos com o fim de preservar taludes, áreas de empréstimo, descidas d’água, bigodes, caixas de retenção e outras áreas que tenham sofrido alterações na sua cobertura vegetal, dando-lhes condições de resistência à erosão.

os processos de proteção vegetal são: enleivamento; plantio de grama em mudas; semeadura e o plantio de árvores e arbustos. assim, com a orientação de um técnico será utilizado o método mais indicado para cada situação, visando o controle da erosão e a consolidação do leito estradal.

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o percentual de 2% sobre o valor dos serviços do contrato será utilizado para a execução de serviços complementares à drenagem e preservação do meio ambiente. assim, esse valor poderá ser utilizado para a execução de obras que visem evitar erosões, tais como: dissipadores de energia; descidas d’água (camada de pedra de mão jogada); saída de bueiros (enrocamento de pedra de mão arrumada); berço de bueiros (reforço com diversos materiais disponíveis); valas; caixas de retenção; enleivamento (grama) dentre outros.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

as etapas de trabalho para a adequação de estradas rurais, pelo que se pode observar, são feitas em longo prazo e, portanto, em sua fase de implementação chegam a causar mais transtornos aos produtores rurais, pois interrompem o tráfego e dificultam o escoamento da safra ou mesmo, qualquer outro deslocamento que seja necessário fazer.

o governo precisa dar a devida importância ao homem do campo, desenvolvendo políticas de incentivo e criando condições de infraestrutura para que os produtores rurais sejam valorizados e tenham garantias de que possam retirar suas produções do interior do município, pois estes possuem compromissos assumidos com cooperativas ou centros consumidores.

além disso, se os produtores rurais conseguem produzir e escoar o fruto do seu trabalho, o governo, consequentemente, arrecada mais imposto em função dessa comercialização.

Esta valorização incentivará os produtores para produzirem mais em suas terras, sejam produtos agrícolas ou gado de corte ou leiteiro, além de também incentivá-los na preservação ambiental e no uso adequado do solo.

o processo de ocupação do solo, atualmente equivocado e sem as mínimas condições técnicas, levou à substituição quase total da vegetação primitiva, dando lugar a culturas de ciclo curto. o constante revolvimento do solo sem tecnologia adequada resultou no maior problema da prática agrícola, a erosão hídrica, que comprometeu os recursos naturais, pondo em risco a produção econômica, pela degradação dos solos e assoreamento dos mananciais que influenciam na qualidade e disponibilidade da água.

a erosão é um fenômeno que envolve a desagregação e o transporte de solos, sendo acionado e propagado através de mecanismos próprios da natureza, e acelerada por ações humanas no espaço, transportando grande quantidade de sedimentos, chegando a assorear os cursos d’água.

Muitas estradas foram construídas sem levar em consideração o relevo e principalmente sem a preocupação de conservação por parte dos municípios em realizar a manutenção, em razão de não disporem dos equipamentos mais indicados e adequados aos serviços necessários à sua conservação.

os trabalhos de conservação de solo quando são deficientes no dimensionamento de locação e construção das estruturas, ficam muito aquém das necessidades para reter o escorrimento superficial das águas pluviais e provocam danos ambientais, principalmente no aparecimento de vários sulcos de erosão.

Em propriedades onde não há preocupação com os danos ambientais provocados pela má exploração do solo, é provocado o surgimento de sulcos de erosões, carreando solo para o manancial abaixo e diminuindo sensivelmente a capacidade de armazenamento de água.

o carreamento de solo para os mananciais ocorre também com estradas rurais de terra mal conservadas. após a ocorrência de uma forte chuva, o solo é carreado para o córrego, pela falta de conservação e adequação necessária. a largura e o comprimento de

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lançante contribuem em muito para o carregamento do solo para as nascentes e baixadas, consequentemente, assoreando os mananciais.

Sabendo das dificuldades dos municípios em manter frentes de manutenção em todas as estradas rurais e do elevado custo de conservação, esta pesquisa propõe que seria conveniente ao poder público implementar técnicas mais duradouras e menos onerosas.

uma dessas técnicas seria a utilização de revestimento primário com o uso de pedra britada misturada ao solo e compactada sem controle, visando uma maior coesão superficial e consequentemente maior durabilidade, resultando em maior facilidade de manutenção, pois não há o desagregamento das partículas.

deste modo todos sairiam ganhando; o governo, que tem menor custo em manutenção, o produtor rural, que consegue escoar sua safra e se deslocar com maior facilidade, e a população em geral, que, necessitando utilizar estas estradas rurais, pode fazer sem preocupação de trafegabilidade. E, ainda, pode-se evitar o êxodo rural.

REFERÊNCIAS

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SEab. Conservação da água e do solo, e gestão integrada dos recursos hídricos. proposta a ser encaminhada à SudERHSa – plano Estadual de Recursos Hídricos. disponível em: http://www.pr.gov.br/seab/deral/proposta_SEab_planoEstadualHidrico020207.pdf acesso: 07 set. 2008.

ZoCCal, José Cezar. Adequação de erosões: causas, conseqüências e controle da erosão rural. In: Soluções cadernos de estudos em conservação do solo e água. presidente prudente.

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