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Eletrônica 1

Transistores Bipolares de Junção

Prof. Hermano Cabral

Depto de Eletrônica e Sistemas � UFPE

Transistor Bipolar de Junção

Introdução

O Transistor Bipolar de Junção (TBJ) é um dispositivo

semicondutor de 3 terminais bastante importante.

Por ser mais versátil que o diodo, o TBJ é usado em uma

multiplicidade de aplicações.

Transistor Bipolar de Junção

Introdução

O Transistor Bipolar de Junção (TBJ) é um dispositivo

semicondutor de 3 terminais bastante importante.

Por ser mais versátil que o diodo, o TBJ é usado em uma

multiplicidade de aplicações.

Transistor Bipolar de Junção

Introdução

O princípio básico nesses dispositivos é o uso de uma tensão

entre 2 terminais (B e E) para controlar o �uxo de corrente no

3o (C).

Desse modo, ele pode ser usado como uma fonte de corrente

controlada para implementar ampli�cadores e chaves lógicas.

Transistor Bipolar de Junção

Introdução

O princípio básico nesses dispositivos é o uso de uma tensão

entre 2 terminais (B e E) para controlar o �uxo de corrente no

3o (C).

Desse modo, ele pode ser usado como uma fonte de corrente

controlada para implementar ampli�cadores e chaves lógicas.

Transistor Bipolar de Junção

Estrutura Física

O TBJ consiste de 3 regiões condutoras: a região do emissor,

a região da base e a região do coletor.

Se, como acima, estas regiões forem dos tipos n, p e n,

respectivamente, o TBJ é do tipo npn.

Se forem dos tipos p, n e p, o TBJ é do tipo pnp.

Transistor Bipolar de Junção

Estrutura Física

O TBJ consiste de 3 regiões condutoras: a região do emissor,

a região da base e a região do coletor.

Se, como acima, estas regiões forem dos tipos n, p e n,

respectivamente, o TBJ é do tipo npn.

Se forem dos tipos p, n e p, o TBJ é do tipo pnp.

Transistor Bipolar de Junção

Estrutura Física

O TBJ consiste de 3 regiões condutoras: a região do emissor,

a região da base e a região do coletor.

Se, como acima, estas regiões forem dos tipos n, p e n,

respectivamente, o TBJ é do tipo npn.

Se forem dos tipos p, n e p, o TBJ é do tipo pnp.

Transistor Bipolar de Junção

Modos de Operação

O transistor TBJ é formado por 2 junções pn: a junção

emissor-base (JEB) e a junção coletor-base (JCB).

Dependendo da polarização direta ou reversa de cada junção,

4 modos de operação podem ser obtidos:Modo JEB JCB

Corte Reversa Reversa

Ativo Direta Reversa

Ativo reverso Reversa Direta

Saturação Direta Direta

O modo ativo é usado na realização de ampli�cadores e os

modos de corte e saturação são usados na realização de chaves

lógicas.

Transistor Bipolar de Junção

Modos de Operação

O transistor TBJ é formado por 2 junções pn: a junção

emissor-base (JEB) e a junção coletor-base (JCB).

Dependendo da polarização direta ou reversa de cada junção,

4 modos de operação podem ser obtidos:Modo JEB JCB

Corte Reversa Reversa

Ativo Direta Reversa

Ativo reverso Reversa Direta

Saturação Direta Direta

O modo ativo é usado na realização de ampli�cadores e os

modos de corte e saturação são usados na realização de chaves

lógicas.

Transistor Bipolar de Junção

Modos de Operação

O transistor TBJ é formado por 2 junções pn: a junção

emissor-base (JEB) e a junção coletor-base (JCB).

Dependendo da polarização direta ou reversa de cada junção,

4 modos de operação podem ser obtidos:Modo JEB JCB

Corte Reversa Reversa

Ativo Direta Reversa

Ativo reverso Reversa Direta

Saturação Direta Direta

O modo ativo é usado na realização de ampli�cadores e os

modos de corte e saturação são usados na realização de chaves

lógicas.

Operação no Modo Ativo

Introdução

Para estabelecer a operação no modo ativo, polarizamos as 2

junções como acima.

Operação no Modo Ativo

Fluxo de Corrente

A polarização direta da JEB fará com que haja uma corrente

de difusão, denominada de corrente do emissor, através dela.

Operação no Modo Ativo

Fluxo de Corrente

Os elétrons que atravessam a JEB são portadores minoritários

na base com um per�l como o acima, com um valor máximo

de np(0) na JEB e o valor mínimo de 0 na JCB.

Operação no Modo Ativo

Fluxo de Corrente

Se nP0 é a concentração de elétrons considerando apenas o

equilíbrio térmico no limite da região de depleção, então a

concentração levando em conta a corrente de difusão é

np(0) = np0evBE/VT

Assim, aproximando o per�l da concentração por uma reta de

inclinação −np(0)/W , vemos que a corrente de elétrons de

difusão é inversamente proporcional a W e exponencial a vBE .

Além disso, esta corrente também será proporcional à área AE

da JEB.

Por último, como np0 é inversamente proporcional à

concentração NA de dopantes na base, np(0) também o será.

Operação no Modo Ativo

Fluxo de Corrente

Se nP0 é a concentração de elétrons considerando apenas o

equilíbrio térmico no limite da região de depleção, então a

concentração levando em conta a corrente de difusão é

np(0) = np0evBE/VT

Assim, aproximando o per�l da concentração por uma reta de

inclinação −np(0)/W , vemos que a corrente de elétrons de

difusão é inversamente proporcional a W e exponencial a vBE .

Além disso, esta corrente também será proporcional à área AE

da JEB.

Por último, como np0 é inversamente proporcional à

concentração NA de dopantes na base, np(0) também o será.

Operação no Modo Ativo

Fluxo de Corrente

Se nP0 é a concentração de elétrons considerando apenas o

equilíbrio térmico no limite da região de depleção, então a

concentração levando em conta a corrente de difusão é

np(0) = np0evBE/VT

Assim, aproximando o per�l da concentração por uma reta de

inclinação −np(0)/W , vemos que a corrente de elétrons de

difusão é inversamente proporcional a W e exponencial a vBE .

Além disso, esta corrente também será proporcional à área AE

da JEB.

Por último, como np0 é inversamente proporcional à

concentração NA de dopantes na base, np(0) também o será.

Operação no Modo Ativo

Fluxo de Corrente

Se nP0 é a concentração de elétrons considerando apenas o

equilíbrio térmico no limite da região de depleção, então a

concentração levando em conta a corrente de difusão é

np(0) = np0evBE/VT

Assim, aproximando o per�l da concentração por uma reta de

inclinação −np(0)/W , vemos que a corrente de elétrons de

difusão é inversamente proporcional a W e exponencial a vBE .

Além disso, esta corrente também será proporcional à área AE

da JEB.

Por último, como np0 é inversamente proporcional à

concentração NA de dopantes na base, np(0) também o será.

Operação no Modo Ativo

Corrente do Coletor

A maioria dos elétrons que se difundem pela base alcançará a

JCB.

Como o coletor é mais positivo do que a base, esses elétrons

serão arrastados pela JCB até o coletor.

Operação no Modo Ativo

Corrente do Coletor

A maioria dos elétrons que se difundem pela base alcançará a

JCB.

Como o coletor é mais positivo do que a base, esses elétrons

serão arrastados pela JCB até o coletor.

Operação no Modo Ativo

Corrente do Coletor

A corrente IC do coletor será portanto igual à corrente de

difusão, e pode ser escrita como

IC = IsevBE/VT

A corrente Is é proporcional a AE e ND e inversamente

proporcional a W .

Assim, como no caso do diodo, Is também é fortemente

in�uenciada pela temperatura.

Por último, deve-se ressaltar que IC não depende de VCB .

Operação no Modo Ativo

Corrente do Coletor

A corrente IC do coletor será portanto igual à corrente de

difusão, e pode ser escrita como

IC = IsevBE/VT

A corrente Is é proporcional a AE e ND e inversamente

proporcional a W .

Assim, como no caso do diodo, Is também é fortemente

in�uenciada pela temperatura.

Por último, deve-se ressaltar que IC não depende de VCB .

Operação no Modo Ativo

Corrente do Coletor

A corrente IC do coletor será portanto igual à corrente de

difusão, e pode ser escrita como

IC = IsevBE/VT

A corrente Is é proporcional a AE e ND e inversamente

proporcional a W .

Assim, como no caso do diodo, Is também é fortemente

in�uenciada pela temperatura.

Por último, deve-se ressaltar que IC não depende de VCB .

Operação no Modo Ativo

Corrente do Coletor

A corrente IC do coletor será portanto igual à corrente de

difusão, e pode ser escrita como

IC = IsevBE/VT

A corrente Is é proporcional a AE e ND e inversamente

proporcional a W .

Assim, como no caso do diodo, Is também é fortemente

in�uenciada pela temperatura.

Por último, deve-se ressaltar que IC não depende de VCB .

Operação no Modo Ativo

Corrente da Base

A corrente da base iB tem 2 componentes, uma devido às

lacunas injetadas da base no emissor e outra devido à

reposição de lacunas perdidas em recombinações com elétrons

do emissor.

Operação no Modo Ativo

Corrente da Base

Uma análise destas 2 componentes revela que a corrente iB é

proporcional à corrente do coletor,

iB =

(Isβ

)evBE/VT =

ICβ

O valor β, denominado ganho de corrente de emissor comum,

idealmente é constante para um dado transistor, e é

inversamente proporcional a W e à razão NA/ND .

Logo, como desejamos que β seja o maior possível, devemos

ter a base o mais estreita possível e a base levemente dopada e

o emissor fortemente dopado.

Operação no Modo Ativo

Corrente da Base

Uma análise destas 2 componentes revela que a corrente iB é

proporcional à corrente do coletor,

iB =

(Isβ

)evBE/VT =

ICβ

O valor β, denominado ganho de corrente de emissor comum,

idealmente é constante para um dado transistor, e é

inversamente proporcional a W e à razão NA/ND .

Logo, como desejamos que β seja o maior possível, devemos

ter a base o mais estreita possível e a base levemente dopada e

o emissor fortemente dopado.

Operação no Modo Ativo

Corrente da Base

Uma análise destas 2 componentes revela que a corrente iB é

proporcional à corrente do coletor,

iB =

(Isβ

)evBE/VT =

ICβ

O valor β, denominado ganho de corrente de emissor comum,

idealmente é constante para um dado transistor, e é

inversamente proporcional a W e à razão NA/ND .

Logo, como desejamos que β seja o maior possível, devemos

ter a base o mais estreita possível e a base levemente dopada e

o emissor fortemente dopado.

Operação no Modo Ativo

Corrente do Emissor

Pela Lei dos Nós de Kircho�, devemos ter

iE = iC + iB =β + 1

βiC =

IsαevBE/VT

A constante α = β/ (β + 1) é denominada de ganho de

corrente de base comum.

Devido ao fato de estarmos trabalhando com o modo ativo, e

para diferenciar do modo ativo reverso, também

denotaremos α por αF e β por βF .

Operação no Modo Ativo

Corrente do Emissor

Pela Lei dos Nós de Kircho�, devemos ter

iE = iC + iB =β + 1

βiC =

IsαevBE/VT

A constante α = β/ (β + 1) é denominada de ganho de

corrente de base comum.

Devido ao fato de estarmos trabalhando com o modo ativo, e

para diferenciar do modo ativo reverso, também

denotaremos α por αF e β por βF .

Operação no Modo Ativo

Corrente do Emissor

Pela Lei dos Nós de Kircho�, devemos ter

iE = iC + iB =β + 1

βiC =

IsαevBE/VT

A constante α = β/ (β + 1) é denominada de ganho de

corrente de base comum.

Devido ao fato de estarmos trabalhando com o modo ativo, e

para diferenciar do modo ativo reverso, também

denotaremos α por αF e β por βF .

Operação no Modo Ativo

Modelos de Circuito para Grande Sinais

Baseado no que vimos, os dois modelos acima podem ser

usados para analisar circuitos com TBJ.

Operação no Modo Ativo

Modelos de Circuito para Grande Sinais

Dois outros circuitos equivalentes, na con�guração Y

tradicional, também podem ser usados.

Estrutura de Transistores Reais

Introdução

Um transistor real tem a região do coletor maior do que a do

emissor e a base, fazendo com que os elétrons injetados na

base di�cilmente escapem de ser coletados pelo coletor.

Isto faz com que αR e βR sejam diferentes de αF e βF .

Estrutura de Transistores Reais

Introdução

Um transistor real tem a região do coletor maior do que a do

emissor e a base, fazendo com que os elétrons injetados na

base di�cilmente escapem de ser coletados pelo coletor.

Isto faz com que αR e βR sejam diferentes de αF e βF .

Estrutura de Transistores Reais

Observações

A área da JCB, sendo bem maior do que a da JEB, faz com

que a corrente de escala ISC do coletor seja bem maior do que

a do emissor.

Isto signi�ca que, para uma dada corrente IS , a JCB tenha

uma menor queda de potencial do que a JEB teria.

Além disso, temos as seguintes relações:

αF Ise = αR Isc = Is

Estrutura de Transistores Reais

Observações

A área da JCB, sendo bem maior do que a da JEB, faz com

que a corrente de escala ISC do coletor seja bem maior do que

a do emissor.

Isto signi�ca que, para uma dada corrente IS , a JCB tenha

uma menor queda de potencial do que a JEB teria.

Além disso, temos as seguintes relações:

αF Ise = αR Isc = Is

Estrutura de Transistores Reais

Observações

A área da JCB, sendo bem maior do que a da JEB, faz com

que a corrente de escala ISC do coletor seja bem maior do que

a do emissor.

Isto signi�ca que, para uma dada corrente IS , a JCB tenha

uma menor queda de potencial do que a JEB teria.

Além disso, temos as seguintes relações:

αF Ise = αR Isc = Is

Modo Ativo Reverso

Modelo

Podemos modelar o transistor

operando no modo ativo reverso de

forma similar ao modo ativo, como

mostrado ao lado.

Modo de Saturação

Introdução

Para que a JCB esteja reversamente polarizada, a tensão vCBpode chegar a até -0,4 V.

Abaixo disso, se a JEB estiver diretamente polarizada, o

transistor sai do modo ativo e entra na saturação.

Modo de Saturação

Introdução

Para que a JCB esteja reversamente polarizada, a tensão vCBpode chegar a até -0,4 V.

Abaixo disso, se a JEB estiver diretamente polarizada, o

transistor sai do modo ativo e entra na saturação.