traduÇÃo patrícia azeredo fotografias de gabrielle … · você seja feliz por um dia. aprenda a...

Fotografias de Gabrielle Revere

T R A D U Ç Ã O

Patrícia Azeredo

Rio de Janeiro | 2015

1ª edição

miolo-curlygirl.indb 3 24/8/15 17:42

Para minha mãe,

Jemima Rutherford Bathgate Massey Dance

E para Kaih, Shey, Dylan, Veronica e Venaih


INTRODUÇÃO:

Vamos falar das madeixas . . . . . . . . . . . . . . 9

CAPÍTULO 1

Conheça seus cachos . . . . . . . . . . . . . . . . 13

CAPÍTULO 2

A história secreta do cabelo . . . . . . . . . . . . 21

CAPÍTULO 3

Identifique seu tipo de cacho . . . . . . . . . . . 31

CAPÍTULO 4

O método Curly Girl: criando uma rotina diária de cuidados . . . . . . . . . . . . . 45

CAPÍTULO 5

Pegando uma ondulação . . . . . . . . . . . . . . 63

CAPÍTULO 6

Cachos multiculturais . . . . . . . . . . . . . . . 73

CAPÍTULO 7

Relaxar? Não faça isso! . . . . . . . . . . . . . . . 83

CAPÍTULO 8

Receitas e produtos caseiros . . . . . . . . . . . 89

CAPÍTULO 9

A melhor filosofia para o corte . . . . . . . . . 103

Sumário

Tratamento pré-limpeza para hidratar o cabelo, página 78

Joias para o cabelo dão um toque romântico no visual, página 171


CAPÍTULO 10

Manutenção feita em casa: como aparar o cabelo sem cortar o coração . . . . . . . 111

CAPÍTULO 11

Pintar os cachos sem pintar o sete: é só uma questão de tonalidade! . . . . . . . . . . . . . 125

CAPÍTULO 12

Crianças cacheadas: dicas para cuidar dos cachos infantis . . . . . . . . . . 135

CAPÍTULO 13

Garotos cacheados: rotina de cuidados para quem não tem tempo a perder . . . . . . . . . . . 147

CAPÍTULO 14

Perguntas e respostas cacheadas . . . . . . . . . . . . . 155

CAPÍTULO 15

Penteados e truques que casam com ocasiões especiais . . . . . . . . . . . . . . . 169

CAPÍTULO 16

Os cachos e a quimioterapia . . . . . . . . . . . . . . . 185

CAPÍTULO 17

Programa de recuperação em 12 passos para cacheadas: um cacho de cada vez . . . . . . . . . . 191

ASTROLOGIA DOS CACHOS

O horóscopo curly girl . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 194

CARTA DA LORRAINE

Para os cachos e avante . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 198

Técnica para prender o cabelo, página 53

Ensine as crianças a amarem seus cachos, página 140

Exemplo de cacho do tipo corkicelli, página 35


Alise o cabelo e talvez você seja feliz por um dia. Aprenda a amar

e cuidar dos seus cachos e será feliz pelo resto da vida!

Vamos falar das madeixas

Muita coisa mudou no mundo dos cabe-

los cacheados desde o lançamento da

primeira versão deste livro, há dez

anos. Por muitos anos, os cabelos

ondulados, encaracolados e crespos eram os pati-

nhos feios do mundo capilar, vistos como sinto-

mas a serem tratados e aberrações a serem

domadas em vez de algo natural. Entrando no salão

de beleza, havia uma atitude de “é claro que você não

quer esses cachos” e uma expectativa de que você deveria

agradecer ao cabeleireiro por escovar e alisar após o corte. Por sinal, em

uma convenção recente sobre cabelos, um cabeleireiro chegou para mim e

disse: “Se você me deixar fazer escova no seu cabelo, vai se apaixonar por

mim.” (Duvido!)

Apesar da jornada que muitas garotas cacheadas enfrentaram para acei-

tar e entender os próprios cachos, o comentário desse cabeleireiro é típi-

co da mentalidade comum desses profissionais e prova que o cabelo liso

ainda domina. Aqui estão alguns fatos e estatísticas reveladores: a chapinha é

o item mais vendido na indústria de cuidados para cabelos. Houve época em

que esses aparelhos eram oferecidos em companhias aéreas para que passa-

geiros pudessem alisar as madeixas antes do pouso (enquanto seus compa-

nheiros de viagem tinham que suportar o cheiro de cabelo queimado).

introdução


10 o m a n u a l d a g a r o t a c a c h e a d a

Coleção de Cachos da Lorraine

Botticelli

Ondulações, Ondulações em S e Cachos

Descoberta Vermelha

Corkicelli

Corkscrew

Fractal e Zigue-zague

Sereias Prateadas

O principal serviço em salões de beleza no

mundo inteiro é a escova (que chamo de

“fritar cabelos” devido aos danos causados

pelo secador). Além disso, a incrível quantia

de mais de nove bilhões de dólares é con-

sumida anualmente em produtos para alisar

o cabelo. Recentemente, uma reconheci-

da empresa de produtos capilares se gabou

de criar um comprimido que promete alisar

os cachos, mudando seu DNA. (Dá até para

imaginar as futuras manchetes: “Mulher

tem sintomas de paralisia, cegueira tem-

porária e fala arrastada, mas está feliz por

finalmente ter o cabelo liso!”)

Nos últimos dez anos, passei meus

dias com centenas de clientes leais, além

de trinta mil novas clientes que frequen-

taram os Devachan Salons a cada ano, e

muitas vinham de longe para viver a trans-

formação cacheada. Ouvimos suas preocu-

pações e estudamos seus cachos. Fascinada

pela incrível beleza e diversidade dos cachos

naturais, comecei a fazer uma coleção de

amostras e algumas aparecem nesta pági-

na. Mas ainda há várias garotas cacheadas

se escondendo atrás de cabelos escovados,

alisados e escorridos. E ainda há muitas

perguntas sobre cabelos cacheados que pre-

cisam ser respondidas.

Algumas leitoras fizeram perguntas

sobre assuntos que não estavam na primei-

ra versão deste livro, como dicas para cortar

o próprio cabelo, como fazer as ondulações

se comportarem, quais produtos poderiam

usar e como fazer os cabelos alisados qui-

micamente voltarem aos cachos originais.


i n t r o d u ç ã o 11

programa específico para seu tipo de cacho e

veja a transformação de seu cabelo. Se você já

for uma garota cacheada, ele vai fornecer as

últimas informações sobre a melhor forma

de tratar e amar seus cachos. Sim, cachos têm

vontade própria, estão sujeitos ao clima e aos

humores, mas uma vez que você aceita isso e

trabalha com os cachos, em vez de contra eles,

seu cabelo vai responder bem.

Pode parecer um pouco obsessivo, mas

desde que me entendo por gente meus cachos

inspiraram e guiaram minha filosofia de vida:

cada dia é um novo dia e você precisa apenas

seguir o fluxo. Aceitar-se e abrir mão do que a

sociedade diz que você deve ser são os primei-

ros passos rumo à libertação pessoal. “Liberte

seu cabelo e o restante é consequência” virou

meu manifesto. Os cachos são a onda do futu-

ro e este, minhas amigas cacheadas, é apenas o

começo.

Levando isso em conta, decidi abordar

tais questões nesta nova edição. Na últi-

ma década, também vi algumas de minhas

maravilhosas clientes enfrentarem bra-

vamente tratamentos contra o câncer, por

isso acrescentei uma seção sobre cachos e

quimioterapia.

Outro fato ocorrido desde que escrevi a

primeira edição deste livro foi o nascimen-

to da linha de produtos DevaCurl. No início,

meu sócio Denis DaSilva e eu experimenta-

mos vários produtos em nosso salão, mas não

conseguíamos achar nenhum que deixas-

se o cabelo cacheado em seu melhor visual.

Também criamos fórmulas caseiras (como o

spray de lavanda, que depois se transformou

no DevaCurl Mist-er Right, e um produto

sem sulfato para lavagem chamado No-Poo),

porque os detergentes são particularmente

nocivos ao cabelo cacheado. Mas como nos-

sas clientes estavam implorando por esses

produtos, inexistentes no mercado, começa-

mos a entrevistar vários químicos até final-

mente encontrarmos um que estava disposto

a criar produtos bons para os cachos. Ao lon-

go de um ano, ele criou amostras que foram

testadas em nosso salão e distribuídas aos

clientes. Após vários ajustes no laboratório,

orgulhosamente lançamos a linha de produ-

tos botânicos Deva Curl, que está se tornando

fundamental para o mundo cacheado.

Isto e tudo mais que aprendi desde o pri-

meiro livro estão nas páginas a seguir. Se você

está chegando agora ao mundo cacheado, seja

bem-vinda! Este livro vai lhe ensinar uma

nova forma de lidar com seus cachos. Siga o


Caption for foto on this left side if we use a foto here... will not occur on all chapters


CAPÍTULO 1

Pelo fato de ter escolhido este livro, há uma boa

probabilidade de você já pertencer à irmandade

das garotas cacheadas, mulheres que vêm

lutando contra os cachos por boa parte da vida,

fazendo alisamentos, escondendo-os embaixo de cha-

péus, prendendo com elásticos, disfarçando com alon-

gamentos e tranças ou esticando com tudo que

encontrasse pela frente. Dependendo da época em

que nasceu, você pode ter experimentado produtos

químicos para alisamento, “fritadores de cabelo”

(como chamo os secadores), chapinhas ou imensos

cilindros em formato de lata de suco para alisar o

cabelo. Sei tudo sobre isso.

conheça seus cachos

É sua cabeça que precisa se acertar, não

o cabelo.



jeito. Eu deixava o suéter no alto da cabeça

para que ficasse pendurado na nuca e dizia:

“Olha, eu também tenho cabelo liso.”

Agora percebo que não estava sozi-

nha. Neste livro você vai encontrar histó-

rias pessoais de várias garotas cacheadas

que passaram por essa mesma fase de nega-

ção e desespero capilar. Todas nós temía-

mos os dias úmidos quando, apesar de todos

os esforços, o cabelo acabava com frizz. Éra-

mos vítimas dos garotos na escola (“Ei,

Bombril, onde você arrumou esse cabe-

lo?” ou “Senta no fundo da sala. Não consi-

go ver o quadro porque o seu cabelo está na

frente!”), e assim sentíamos que o cabelo

cacheado era inferior, e, por consequência,

nós também.

Quando fiquei mais velha, desenvol-

vi uma mentalidade de vitimização em rela-

ção aos meus cachos. Eu os considerava uma

piada de mau gosto feita por um univer-

so cheio de caprichos, um erro genético que

os deuses da beleza colocaram no meu DNA.

Passava o dia inteiro pensando em formas de

deixar meu cabelo liso e sem frizz. Na minha

cabeça, a equação era simples: liso era lin-

do, cacheado era feio. Um sociólogo poderia

destacar que, para muitas pessoas, esta pre-

ferência pelo cabelo liso era uma forma sutil

de racismo. A maioria de nós foi influencia-

da por estereótipos de beleza promovidos na

última metade do século XX: o visual bran-

co anglo-saxão com cabelo loiro liso e ros-

to pálido. As crianças podiam ter cachos se

fossem dourados, mas era melhor alisarem

Em Leicester, Inglaterra, onde nasci, o

cabelo cacheado era motivo de chacota em

vez de aceitação. Odiei meu cabelo desde que

me olhei no espelho e vi que, ao contrário

dos meus seis irmãos e irmãs, cujos cabe-

los pareciam adequadamente escorridos,

eu tinha cachos do tipo corkscrew que toma-

vam conta da cabeça e me deixavam pare-

cida com a órfã Annie dos quadrinhos e do

cinema. Por anos eu tive certeza de que por

algum erro no hospital eu havia sido entre-

gue aos pais errados. No meu aniversário

de 3 anos, pedi a minha mãe uma peruca de

cabelos lisos e uma saia havaiana para poder

fingir que era uma dançarina de hula. Foi

um pedido estranho para uma criança que

vivia em uma pobre cidadezinha operária na

região central da Inglaterra. Aos 4 anos eu

via estrelas do rock e atrizes na TV exibin-

do cabelos longos e lisos que balançavam de

um lado para outro. Eu sonhava com a pos-

sibilidade de o meu cabelo balançar daquele

Meus irmãos e irmãs debochavam do meu cabelo.


c o n h e ç a s e u s c a c h o s 15

viraram espirais e, depois, cachos anela-

dos. Enquanto isso, eu tentava encontrar

informações sobre cabelos cacheados, mas

não havia nada disponível sobre o assunto.

Todos os cursos de cabeleireiro que pesqui-

sei diziam: “Cabelo é cabelo. Nós trata-

mos os cacheados do mesmo modo que os

lisos.” Não é de se surpreender que tantos

profissionais continuem a alisar os cabelos

de todas as clientes. Achei poucos mode-

los de cabelo cacheado nos quais pudes-

se me inspirar e percebi que buscava isso

desde os 5 anos. (Na época, eu sonhava que

uma fada-madrinha cacheada me pararia

na rua e diria: “Ouça, sei exatamente o que

fazer com seus cachos.” Claro que isso nun-

ca aconteceu.)

quando crescessem. Eu ia dormir à noite com

o cabelo bem-amarrado (na verdade, apri-

sionado), em rolinhos gigantescos, até quan-

do dormia na casa das amigas. Ficava deitada

bem quietinha para evitar que algum deles

caísse e os cachos voltassem a brotar, de

modo cruel e sádico.

Foi inevitável que eu decidisse me tor-

nar cabeleireira. Passei tanto tempo conser-

tando meu próprio cabelo que poderia muito

bem tentar ganhar a vida consertando o dos

outros. Trabalhei três anos como apren-

diz na Inglaterra, fui para Hong Kong por

quatro anos e fiquei fascinada com o cabe-

lo liso das minhas clientes. Depois morei no

Japão, onde a primeira palavra em japonês

que aprendi foi, claro, masuga, que significa

“liso”. Fiquei surpresa ao encontrar algumas

garotas cacheadas no Japão! (De onde você

acha que saiu o alisamento japonês?) Mesmo

quando alguns programas de TV populares

e suas lindas estrelas faziam longos cabe-

los ondulados entrarem na moda, eu deixava

o meu bem curto. Certa vez, um cabeleirei-

ro fez um corte bem rente chamado “túnel”

(ver página 112), mas, apesar de curto, meu

cabelo continuava volumoso. Naquela noite

fui a uma festa e o garoto de quem eu gostava

me olhou e disse: “Seu cabelo parece o tra-

seiro de um babuíno.”

Foi a gota d’água! Como um vicia-

do que chegou ao fundo do poço, perce-

bi que não poderia mais brigar com meus

cachos. Comecei a deixar o cabelo crescer

e parei de fritá-lo com secadores, fazen-

do escova. Quando os cachos cresceram, Meus cachos no clima 100% úmidode Hong Kong.



O salão de Beverly Hills onde meus cachos eram vistos como “politicamente incorretos”.

Infelizmente, o mundo ao meu redor não

acompanhou minha mudança. O cabelo liso

ainda era o padrão, especialmente em Beverly

Hills, onde arrumei um emprego em um salão

da moda. Eu trabalhava lá havia uma semana

quando o dono voltou de férias e me viu pela

primeira vez. Ele apontou para mim, a novata

de cachos politicamente incorretos, e gritou,

furioso: “Alguém faça uma escova no cabelo

dessa garota agora!” Momentos depois, deixei

meu posto no lavatório do salão e fui embora

para nunca mais voltar.

Fui para a cidade de Nova York, onde,

pela primeira vez na vida dos meus cachos, eu

estava cercada de pessoas com cabelos mul-

ticulturais. Judeus, italianos, latinos e afro-

-americanos ao meu redor tinham cabelos

cacheados parecidos com os meus! Eu não

mais me sentia, e nem parecia, deslocada.

Em tom de brincadeira, meus amigos me

acusavam de viver em um mundo “cachocên-

trico”. Podia até ser verdade, mas também

é verdade que ainda vivemos em um mun-

do onde o estereótipo do cabelo liso tem uma

força imensa em nossa imaginação. Talvez

isso explique por que tantas de nós ainda

negam os próprios cachos ou por que cur-

sos de cosmetologia ensinam alunos a cor-

tar cachos com um estilo liso, forçando um

alisamento unidimensional, e também

por que tantos cabeleireiros ficam inti-

midados diante de cabelos cacheados. Em

vez de trabalhar com os cachos e a textura

Passei a condicionar o cabelo regular-

mente, experimentando vários produtos e

aumentando a quantidade de condicionador.

Deixei o cabelo crescer de modo que o S sua-

ve que é sua forma natural tivesse espaço para

se desenvolver. Do meu couro cabeludo aca-

baram brotando fios anelados que cresceram

e viraram cachos do tipo corkscrew grossos

que desciam até os ombros. Este era o destino

de meu cabelo, a natureza finalmente seguia

seu caminho. Recentemente, uma cliente de

54 anos chamada Miriam ouviu de um amigo:

“Finalmente você está com o cabelo que nas-

ceu para ter!” Era exatamente assim que eu

me sentia.

Eu me tornei totalmente politizada em

relação ao cabelo cacheado. Eu o via qua-

se como um casamento arranjado, algo que

não escolhi para mim mesma, mas era meu

“até que a morte nos separasse”. (Na verda-

de, meu testamento proíbe que alguém alise

meu cabelo após minha morte e contém ins-

truções a quem preparar meus cachos para o

funeral.) Jurei que ninguém iria ajeitar meu

cabelo ou minha mente de novo.



Shey, minha futura garota cacheada.

e necessidades. Também vai aprender

um jeito radical e lógico de cuidar do seu

tipo específico de cacho e cultivar a for-

ma natural dele. Como limpar, condicionar

e pentear o cabelo e ter um corte respeitá-

vel em vez de fazer com que ele seja fatia-

do, entalhado e massacrado. Você vai usar

seus cachos com orgulho todos os dias, eu

prometo. Isso vai mudar sua vida. Então

enrosque-se neste livro (desculpe) e

comece a ler.

natural do cabelo, eles foram trei-

nados a alisá-los, o que leva pelo

menos trinta minutos (e cerca de

vinte segundos para desfazer, se

estiver úmido ou chovendo).

Aproximadamente 65% das

mulheres, talvez mais, têm cabe-

los cacheados ou ondulados (faça

o teste na página 18 para ver se

você é uma delas). Mas muitas

ainda não sabem cuidar adequa-

damente dos fios ou, pior, fingem

que têm cabelo liso e maltra-

tam os cachos naturais. As garo-

tas cacheadas precisam abandonar as armas

de destruição capilar em massa, como seca-

dores que fritam o cabelo, chapinhas, sham-

poos cheios de detergentes, alisadores e

apliques. Estou tentando ajudar você e as

garotas cacheadas de todo o mundo com este

livro, através de seminários para cabelei-

reiros ensinando a cortar cabelos cacheados

e através de meu trabalho de coproprietá-

ria do Devachan Salons e do Deva Spa, onde

estimulamos as clientes a aceitar o próprio

cabelo, amar o que possuem, sempre, e apro-

veitando ao máximo. Em outras palavras, a

endireitar a cabeça em vez do cabelo. Após

tantos anos sofrendo e sendo desafiada

pelo que era visto como cabelo rebelde,

aprendi que vale a pena lutar pelos cachos.

Espero que este livro possa mudar

sua forma de lidar com o cabelo cacheado.

Nele você vai encontrar um guia comple-

to dos cachos, com suas origens, potenciais



V O C Ê É U M A G A R O T A C A C H E A D A ?

Teste dos cachos

Você ainda está escondendo a verdade do

mundo e talvez até de si mesma? Responda

este breve questionário para determinar se

você faz parte do clube das cacheadas.

1. Você vive com medo da umidade, do suor, do

sexo espontâneo, de tomar banho com quem

você ama ou de qualquer clima ou atividade

capaz de desmascará-la como garota cacheada?

2. Você recorre a um profissional para alisar o

cabelo e não o lava por uma semana (além de usar

shampoo em pó ou a seco, que estragam o cabelo)?

3. Você fica chateada (quase às lágrimas) após

cada corte?

4. Seu cabelo desenvolve um volume indesejado

em clima úmido, quente ou chuvoso?

5. Seu orçamento para ferramentas e produtos

antifrizz, para alisar ou para relaxar o cabelo

excede suas contribuições dedutíveis do impos-

to de renda?

6. Você está quase sempre infeliz com a apa-

rência do cabelo?

7. Você se preocupa com o cabelo antes de

qualquer ocasião especial, como um casamento

ou reunião importante de negócios?

8. Você quase sempre tem um halo de frizz ao

redor da cabeça?

9. Você alisa o cabelo com tanta frequência que

a textura está seca e quebradiça e há fios que-

brados na parte superior e na franja?

10. Você usa o cabelo preso tão apertado que

costuma ter dor de cabeça?

11. Os cachos fazem você se sentir

descontrolada?

12. Veja antigas fotografias e lembre-se de

como você se sentiu em relação ao cabelo, e a si

mesma, no dia em que cada uma foi tirada. Havia

uma relação direta entre o cabelo e o seu humor?

Se você respondeu sim a uma ou mais pergun-

tas, parabéns! Você é uma garota cacheada pres-

tes a conquistar o mundo.

Seu cabelo está repleto de movimento,

ansiando pela liberdade, com as

ondulações loucas para formar

cachos e o frizz implorando

por um rumo. Continue lendo!

Você geralmente usa o cabelo preso em um rabo de cavalo bem apertado?



V O C Ê É U M A G A R O T A C A C H E A D A ?

Dez razões para ser cacheada

Eu poderia dar milhões de bons motivos para

você entrar no mundo dos cachos. Mas vamos

começar com dez:

1. Você fica mais livre em relação ao cabelo (e

se sente mais livre para ser você mesma).

2. Os cachos fazem você parecer mais jovem.

3. Ser cacheada significa ser ecológica. Os

detergentes (sulfatos) que existem no shampoo

poluem a água, então, ter uma vida sem sulfato

ajuda a limpar o suprimento de água da Terra.

Não usar secadores e chapinhas significa econo-

mizar energia elétrica.

4. A vida fica mais simples, porque você não pre-

cisa de equipamentos para cuidar dos cabelos.

5. Cachos equivalem a menos estresse. Sua vida

não gira mais em torno do clima.

6. Viajar fica mais fácil. Você vai colocar menos

produtos na mala e nenhum aparelho, além de

não se preocupar em como o novo clima vai afe-

tar seu cabelo.

7. Você fica mais ativa, pois não precisa mais

evitar o mergulho na piscina ou a malhação

pesada, que envolve muito suor.

8. Se chover em uma ocasião especial, você não

vai se preocupar.

9. Você vai economizar tempo e dinheiro gasto

no salão.

10. Aprender a aceitar e amar seus cachos sig-

nifica aprender a aceitar e amar a si mesma!



Confissão cacheadaJesse Reese analista de recursos humanos generalista

P or boa parte da minha vida, eu quis ser igual a todas as outras garotas cujo cabelo liso balançava de um

lado para outro em um rabo de cavalo, mas meus cachos não eram inspirados . Eu usava rabo de cavalo diariamente para tentar esconder o fato de ter um cabelo diferente . Depois, na faculdade, descobri produtos para cabelos cacheados e um salão que sabia cortar meus cachos e deixá-los bri-lhantes, saudáveis e cheios de vida . Nunca fiquei tão empolgada por ter cachos .

No segundo ano da faculdade, participei de uma entrevista simulada a fim de me preparar para a busca de um emprego . Depois, o homem que me entrevistou fez algumas críticas “construtivas”, não sobre as respostas que dei ou sobre o currículo, e sim sobre minha aparência: “Para as entrevistas reais,

faça escova”, dis-se ele . “Cabelo cacheado não é profissional .” Nunca fiquei tão ofendida em toda a minha vida . Disse a ele que o meu cabe-lo era parte da minha persona-lidade e que jamais trabalharia para um empregador que não contratasse alguém por causa do seu tipo de cabelo .

Amar meus cachos mudou minha forma de encarar a vida e me ajudou a ser inde-pendente . E também me deu confiança para enfrentar as pessoas que acreditam que as mulheres devem se encaixar em um padrão que exige cabelo liso . Estou determinada a quebrar tal padrão e mostrar que garotas cacheadas são mulheres empoderadas e que viemos para ficar . Somos garotas! Temos cachos! Acostumem-se com isso!


a história secreta do cabelo

CAPÍTULO 2

Adoro as etiquetas com ins-

truções de lavagem nas

roupas. Elas me fazem res-

peitar o tecido e pensar muito

bem no tratamento que vou dar a ele. Quem

dera que nosso cabelo viesse com uma etiqueta

dessas! A verdade é que, em termos químicos, não há muita

diferença entre o seu cabelo e a mais fina lã que sai de uma

cabra da Caxemira. As cem mil ou mais fibras capilares que

estão na sua cabeça esticam e absorvem umidade, exata-

mente como a lã, que é composta pelos mesmos elementos

do cabelo: carbono, hidrogênio, nitrogênio, oxigênio e

enxofre. Como o cabelo é uma fibra delicada e especial

composta por milhões de células, faz sentido tratá-lo com

o máximo de respeito, da mesma forma que trataria outras

preciosas fibras que você tem ou admira.

Em cada cabeça cacheada de bebê deveria

haver uma etiqueta dizendo: Delicado. Não usar shampoos fortes.

Não lavar na máquina. Apenas lavagem a

seco. Nunca passar.



Confissão cacheadaDeborah Chiel escritora

N o dia do velório do meu pai, meu cabelo estava tendo um dia péssi-mo . Não quero parecer desrespei-

tosa, mas era o meu pior pesadelo virando realidade . Sofri a vida inteira por causa dos cachos: cortes malfeitos, tentativas fracas-sadas de deixar o cabelo crescer, horas per-didas alisando com produtos químicos de cheiro horrendo e encontros amorosos que não deram certo porque meus fios se trans-formaram em uma bola gigante de frizz .

Décadas depois, eu ainda acredito que minha vida social teria sido melhor se o sol estivesse brilhando e a umidade fosse baixa quando entrei na primeira aula da escola nova . O pior de tudo foram as

manhãs de sábado da minha adolescência, a maioria delas passada em uma sinagoga, já que meu pai era rabino . Eu ficava na frente do espe-lho lamentando porque meu cabelo havia assu-mido formas desconhe-cidas pela natureza .

Mas meu pai se recusava a aceitar o frizz como motivo para eu não aparecer na sinagoga, então eu ficava lá sentada toda semana odiando o cabelo, a mim mesma e a vida . Eu não tive um dia ruim de cabelo, tive uma década inteira .

Depois da facul-dade, comecei a fazer terapia e reprocessei todo o sofrimento que o cabelo tinha me causado durante a juventude cacheada, especialmente na adolescência . A terapeuta aparentava pensar que minha infelicidade estava relacionada a outras questões mais profundas, mas como ela poderia entender? O cabelo dela era liso escorrido .

Vários anos depois eu furei as orelhas, troquei os óculos por lentes de contato e comecei a sair de dentro da minha concha cacheada . Foi quando ocorreu a morte ines-perada do meu pai, de ataque cardíaco . Na ocasião mais dolorosa da minha vida, quan-do centenas de pessoas eram esperadas no velório, fui traída pelo cabelo . Não há dúvi-da de que boa parte da minha reação era luto deslocado, mas aquelas emoções anti-cachos eram profundas e tinham um con-trole forte sobre a minha psique .

Minha história tem final feliz . Acabei conhecendo Lorraine, que me estimulou a parar de brigar com o cabelo, cultivar os cachos e deixá-los crescer . Hoje em dia eu me sinto mais sexy e livre, paquero mais e até desenvolvi um gosto por lantejoulas e purpurina . Fico constantemente surpresa e grata pelos meus cachos e pela reação das pessoas a eles .


a h i s t ó r i a s e c r e t a d o c a b e l o 23

por serem mais baratos. E também porque

somos viciados em bolhas de sabão!

Você não precisa acreditar em mim.

Para ver o que o detergente faz ao seu cabe-

lo, faça essa simples experiência na cozinha:

despeje um pouco de detergente em uma

esponja úmida e aperte levemente. Voilá,

bolhas! Agora, segure a esponja embaixo da

água corrente e observe que leva quase uma

eternidade para enxaguar toda a espuma.

Fiz esta experiência com vários shampoos

e sabões e fiquei chocada ao descobrir que,

em alguns casos, as bolhas continuavam lá

dez horas depois! Você jamais conseguirá se

livrar de tanto detergente. Ele fica no cabelo

e polui o sistema de água e esgoto.

Shampoo não é bom para cabelo algum,

mas para as cacheadas é um desastre. Isso

acontece porque o cabelo cacheado é tão

poroso que absorve o detergente como uma

esponja. Coloque isso no seu cabelo e não há

enxágue que tire. A verdade é que a espuma

não limpa. Os fabricantes colocam agentes

formadores de espuma nos produtos para

você comprar o mito da alegria da bolha

de sabão. Você sabe do que estou falan-

do: aquelas mulheres nos comerciais de TV

deleitando-se enquanto enchem a cabeça de

espuma no chuveiro e reaparecem, segun-

dos depois, exibindo cabelos maravilhosa-

mente penteados, cheios de brilho e vida.

Bom, esqueça as campanhas publicitárias

que associam bolhas de sabão à limpeza,

altivez e sensualidade. Não é assim que fun-

ciona, especialmente para os cachos, e você

não precisa entrar nessa.

Você nunca pensaria em lavar um belo

suéter de lã ou caxemira com um deter-

gente qualquer, mas a maioria das pes-

soas não pensa duas vezes antes de passar

shampoo nas preciosas fibras que estão no

alto da própria cabeça. O problema é que

os shampoos possuem um segredo sórdi-

do: eles contêm detergentes fortes como o

lauril sulfato de sódio (sodium lauryl sul-

fate), lauril éter sulfato de amônio (ammo-

nium laureth sulfate) ou lauril éter sulfato

de sódio (sodium laureth sulfate), que são

agentes formadores de espuma encontra-

dos em detergentes para lavar pratos e em

sabão líquido para roupas. Sim, eles são

bons para limpar panelas e frigideiras por-

que acabam com a gordura de modo bas-

tante eficaz.

O seu cabelo, por outro lado, precisa

manter a oleosidade natural a fim de pro-

teger os fios e o couro cabeludo. Acabar

com ela elimina a umidade, os aminoáci-

dos e anticorpos que o cabelo tanto precisa

e o deixa opaco, seco e sem vida. O mes-

mo acontece com a pele. Quando era assis-

tente de cabeleireiro júnior em Leicester,

Inglaterra, eu lavava entre dez a 15 cabe-

los por dia e ficava com as mãos racha-

das e sangrando por causa dos detergentes

nos shampoos. Isso não chega a surpreen-

der, tendo em vista que químicos do mundo

inteiro já provaram que detergentes irritam

a pele e os olhos. Mesmo assim, as empre-

sas continuam a usar detergentes em sham-

poos, que se tornaram comercialmente

disponíveis após a Segunda Guerra Mundial



liso. Até que um dia eu me olhei no espe-

lho de manhã e admiti que o cabelo esta-

va sem frizz e deliciosamente cacheado.

De acordo com a minha agenda, eu deveria

lavar com shampoo, mas não tive coragem

de mexer em time que estava ganhan-

do. Ousei esperar mais um dia, que vira-

ram dois e depois três, até conseguir ficar

quase três semanas sem shampoo. Eu só

limpava o couro cabeludo com spray de

lavanda, passava condicionador diluído

no cabelo e esfregava. Meu cabelo nun-

ca ficou tão bonito, então decidi fazer uma

experiência e ver quanto tempo eu conse-

guia ficar sem lavar o cabelo com shampoo

repleto de detergente, trocando-o pelo

que agora chamo de “No-Poo” (sem sham-

poo). E sabe o que mais? O momento em

que parei de usar shampoo foi o mesmo

em que comecei a amar meu cabelo!

Não me canso de dizer: Você não pre-

cisa usar shampoo. Não estou dizendo

para deixar o cabelo sujo. Ainda é preci-

so lavar o cabelo e o couro cabeludo, mas,

ao ler este livro, você vai perceber que

recomendo fazer a limpeza com um pro-

duto sem sulfato ou com um condiciona-

dor botânico (derivado de extratos reais

de plantas). Você deve abandonar o hábi-

to da espuma e a dependência do sham-

poo. Fiz isso e funcionou! Nos péssimos

velhos tempos, eu sujeitava meu cabelo e

couro cabeludo a doses vigorosas de espu-

ma muitas vezes por semana por pura for-

ça do hábito.

Nos dois primeiros dias após a lava-

gem, meu cabelo parecia flutuar no espaço

como um balão de gás hélio, desafiando as

leis da gravidade e alcançando os céus. Eu

tinha desordenado a superfície da cutícu-

la e desidratado os cachos. Consequente-

mente, a cutícula seguia o instinto natural

de buscar umidade na atmosfera, geran-

do o frizz. Outros três dias se passavam

até meu cabelo se recuperar o suficiente

do trauma para que eu conseguisse admi-

tir que ele fazia parte de mim. Nós convi-

víamos felizes pelo resto da semana (dois

dias), até chegar a hora da próxima lava-

gem com shampoo, de acordo com a agen-

da que impus a mim mesma. E o círculo

vicioso recomeçava.

Segui essa rotina sem questionar por-

que nunca achei instruções que tratassem

das necessidades específicas do cabe-

lo cacheado, diferentemente do cabelo

Água dura e o cabelo cacheadoA água dura contém sais de cálcio e mag-

nésio dissolvidos. Quando eles se mistu-

ram aos sulfatos do shampoo ocorre uma

reação química que dificulta ainda mais a

retirada do detergente e deixa o cabelo

ainda mais seco. Mas nem tudo são más

notícias: se você usar produtos para o

cabelo sem sulfato em áreas com água

dura, a falta de detergente faz com que

esses produtos sejam ainda mais fáceis de

enxaguar.


a h i s t ó r i a s e c r e t a d o c a b e l o 25

Fio de cabelo saudável e bem-condicionado: as cutículas, bem fechadas, parecem telhas dispostas perfeitamente em um telhado.

Agora moro em uma casa No-Poo.

Não uso mais nenhuma gota de shampoo e

detergente. Corro até suar quase todas as

manhãs, em vários ambientes, nado no mar

e em piscinas perto de casa — e, mesmo

assim, tenho o couro cabeludo cheiroso e

meu cabelo está mais lindo do que nunca.

A CUTÍCULAÉ CRUCIALSe você examinar o corte transversal de

uma fibra capilar no microscópio, vai ver

que parece um espaguete. Ao redor da has-

te existem pequenas escamas que cobrem

o córtex ou centro do cabelo como telhas

em um telhado. Essas escamas sobrepos-

tas são as cutículas do cabelo, fundamen-

tais para proteger cada fio e deixar o cabelo

bonito. Quando as escamas estão fechadas,

refletem a luz e o seu cabelo brilha. Quando

estão abertas, o cabelo não terá brilho, por-

que a luz precisa de uma superfície lisa para

refletir. Detergentes, o calor do secador ou

da chapinha, produtos químicos e esco-

vas danificam o cabelo, deixando a cutícula

áspera e escamosa. Em vez de ficarem per-

feitamente fechadas, pedaços da cutícula se

abrem e grudam uns nos outros como vel-

cro, gerando nós e deixando o cabelo emba-

raçado e embolado.

A cutícula lembra uma pinha. Lisa = cutícula úmida. Aberta = cutícula seca e com frizz.



POR QUE OCABELOCACHEADOÉ MAIS SECOA maioria de nós trata o cabelo e o cou-

ro cabeludo como uma só entidade, mas

eles são bem diferentes um do outro. O

couro cabeludo é pele e precisa ser tra-

tado do mesmo modo que a pele do ros-

to: limpando-o suavemente e mantendo-o

hidratado. O cabelo, por sua vez, é um apên-

dice de pele feito principalmente de uma

proteína chamada queratina, que tem con-

sistência de fibra. Cada folículo capilar que

produz o cabelo em nossa cabeça também é

lar de glândulas sebáceas (de óleo), que libe-

ram sebo, substância oleosa que lubrifica o

cabelo. Um motivo pelo qual especialistas

alegam que o cabelo cacheado é muito mais

seco do que os outros tipos de cabelo é que

existem apenas 100 mil fios em uma pessoa

de cabelo cacheado, comparados aos cerca de

120 mil em uma pessoa de cabelo liso. Como

há menos cabelos cacheados, existem menos

folículos e, portanto, menos glândulas sebá-

ceas para produzir óleo. Se você tem cabelo

bem cacheado, o sebo às vezes tem dificul-

dade para chegar às pontas, que tendem a ser

particularmente secas, então é preciso com-

pensar isso com hidratação extra.

Cachos na gravidezUm dia, quando Jamie, minha querida amiga e cliente, sentou-se para receber o corte, eu olhei para o cabelo dela e soube que estava grávida . Quando perguntei, ela negou e riu da minha capacidade de ler o cabelo em busca dos sinais de maternidade iminente . No dia seguinte, ela ligou para dizer que tinha feito um teste de gravidez e que eu estava certa .

Até mesmo no estágio inicial da gra-videz, o cabelo fica mais cheio e abundan-te da raiz até as pontas . Claro que à medida que a gravidez avança, o cabelo pode mudar . Embora isso não aconteça com todas as mulheres, muitas futuras mães percebem que o cabelo está mais grosso e crescendo mais rápido, como resultado dos hormônios a mais circulan-do pelo corpo . Durante a gravidez, o cabe-lo fica mais tempo em fase de repouso, significando que menos fios caem por dia . Assim, ele parece mais espesso e cheio . Infelizmente, algumas semanas após o bebê chegar, o cabelo tenderá a cair mais que o usual . No entanto, você vai estar muito ocupada cuidando do recém-nasci-do para se importar com isso .

É possível ter cabelo seco e couro cabe-

ludo oleoso. A pele mista, oleosa na zona T

(queixo, nariz e testa) e seca em todo o res-

to, é um indicador de que você pode ter um

couro cabeludo oleoso. O sebo e o suor pro-

duzidos pelo couro cabeludo são estéreis e

limpos, mas atraem sujeira e bactérias que

devem ser enxaguadas regularmente a fim


traduÇÃo patrícia azeredo fotografias de gabrielle … · você seja feliz por um dia. aprenda a...

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