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  • 8/12/2019 Trabalhos Da Unopar 2014.1 - Portifolio Grupo

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    GENIVALDO SOARES DA SILVA JUNIOR

    HERONILDO CARLOS MOTA DA SILVA SANTOSJOSE ABILIO JUNIOR

    SERVIO DE ATENDIMENTO MVEL DE URGNCIA (SAMU): PERFIL DAESTRUTURA ORGANIZACIONAL E DO ATENDIMENTO NO MUNICIPIO DO

    CONDADO/PE.

    Trabalho apresentado ao Curso Superior deTecnologia em gesto publica da UNOPAR -Universidade Norte do Paran, para a disciplinade Fundamentos da Gesto Pblica; Gesto de

    Pessoas; Economia no Setor Pblico; ticaPoltica e Sociedade; Seminrio I.

    Prof. Karen H. Manganotti; Marilcia Ricieri;Regina Malassise; Srgio de Ges Barboza;Cludia Cardoso M. Napoli

    JOO PESSOA2014

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    GENIVALDO SOARES DA SILVA JUNIORHERONILDO CARLOS MOTA DA SILVA SANTOS

    JOSE ABILIO JUNIOR

    SERVIO DE ATENDIMENTO MVEL DE URGNCIA (SAMU): PERFIL DAESTRUTURA ORGANIZACIONAL E DO ATENDIMENTO NO MUNICIPIO DO

    CONDADO/PE.

    RESUMO

    O Ministrio da Sade considera como nvel pr-hospitalar na rea de urgncia-emergncia

    aquele atendimento que procura chegar vtima nos primeiros minutos aps ter ocorrido oagravo sade que possa levar deficincia fsica ou mesmo morte, sendo necessrio,portanto, prestar-lhe atendimento adequado e transporte a um hospital devidamentehierarquizado e integrado. O Servio de Atendimento Mvel de Urgncias (SAMU) imprescindvel na prestao imediata de primeiros socorros podendo determinar o prognsticodo acidentado e diferenciar entre a recuperao e a incapacitao. A presente pesquisaobjetivou entender como funciona o servio, a estrutura organizacional e as normas e rotinas,identificar os motivos mais prevalentes dos atendimentos realizados, averiguar a ocorrncia decomplicaes clnica durante o atendimento, listar os procedimentos realizados pelos

    profissionais de enfermagem durante esses atendimentos e verificar o destino dos pacientesatendidos. Trata-se de uma pesquisa documental retrospectiva com abordagem quantitativa e

    estrutural. Os resultados obtidos revelam que o servio ele hierarquizado em mbitoMunicipal e Estadual. O estudo contribuiu para o fortalecimento do atendimento pr-hospitalar feito pelo SAMU do Condado/PE, em especial aplicado s vtimas clnicas e

    politraumatizadas, tornando-os mais eficientes pela diminuio das sequelas delesdecorrentes. realizao desse trabalho, somados as expectativas da nova realidade que seinicia.

    Palavras chave: SAMU. Urgncia. Emergncia. Atendimento Pr-Hospitalar.

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    LISTA DE ILUSTRAES

    FIGURA 1 UNIDADE MVEL DO SAMUCONDADO/PE .......................................35

    FIGURA 2 BASE DO SAMUCONDADO/PE ..............................................................36

    FIGURA 3 FICHA ATENDIMENTO SAMUCONDADO/PE (FRENTE) .................. 37

    FIGURA 4 FICHA ATENDIMENTO SAMUCONDADO/PE (VERSO) .................... 38

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    LISTA DE TABELAS

    Tabela 01 Distribuio dos atendimentos do SAMU de acordo com a faixa etria

    (n=40). Condado/PEabr./2012 ...........................................................................................21

    Tabela 02 Distribuio dos atendimentos do SAMU de acordo com o motivo dosatendimentos (n=40). Condado/PEabr./2012. ....................................................................23

    Tabela 03 Distribuio dos principais procedimentos de enfermagem da equipe doSAMU de acordo com os mais realizados (n=40). Condado/PE abr./2012.. 25

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    LISTA DE GRFICOS

    Grfico 01 Distribuio dos pacientes atendidos pelo SAMU de acordo com o gnero

    (n=40). Condado/PEabr./2012. ............................................................................................20

    Grfico 02 Distribuio dos atendimentos do SAMU de acordo com a profisso(n=40). Condado/PEabr./2012 .............................................................................................22

    Grfico 03 Distribuio dos atendimentos do SAMU de acordo com a ocorrncia decomplicaes clnicas (n=40). Condado/PEabr./2012. ........................................................24

    Grfico 04 Distribuio dos atendimentos do SAMU de acordo com o destino dadoao paciente (n=40). Condado/PEabr./2012 ..........................................................................27

    Grfico 05 Distribuio dos atendimentos do SAMU de acordo com a ocorrncia debito antes do atendimento (n=40). Condado/PEabr./2012 ..........................29

    Grfico 06 Distribuio dos atendimentos do SAMU de acordo com a ocorrncia debito durante o atendimento (n=40). Condado/PEabr./2012 ...............................................30

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    LISTA DE SIGLAS

    SUSSistema nico de SadeMSMinistrio da Sade

    SAMUServio de Atendimento Mvel de Urgncia

    APHAtendimento Pr-Hospitalar

    PHTLSPre-Hospitalar Trauma Life Soppourt

    RCPReanimao Cardiopulmonar

    UTIUnidade de Terapia Intensiva

    PSPronto Socorro

    SBVSuporte Bsico de Vida

    STARTSimples Triagem e Rpido Tratamento

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    SUMRIO

    1 INTRODUO ...............................................................................................09

    1.1 PROBLEMATIZAO .................................................................................... 101.2 JUSTIFICATIVA .............................................................................................. 121.3 OBJETIVOS...................................................................................................... 121.3.1 Objetivo Geral................................................................................................... 121.4.2 Objetivos Especficos ........................................................................................13

    2 ATENDIMENTO PR-HOSPITALAR.........................................................142.1 O SERVIO DE ATENDIMENTO MVEL DE URGNCIASAMU........162.2 Estrutura Organizacional do SAMU em mbito Municipal..............................19

    3 APRESENTAO E ANLISE DOS DADOS OBTIDOS........................ 20

    4 CONSIDERAES FINAIS......................................................................... 31

    REFERNCIAS ..............................................................................................32

    ANEXO ............................................................................................................35

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    1 INTRODUO

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    1.1 PROBLEMATIZAO

    Sabe-se que o atendimento a pacientes em situaes de urgncia teve seu inicio nos

    perodos de guerra. No sculo XVIII, h descries do transporte de soldados franceses, para

    serem tratados longe dos campos de batalha. Naquela poca no havia preocupao com o

    tratamento durante o transporte, os pacientes apenas eram transportados at hospitais de

    campanha. Com o surgimento da guerra civil americana e com a criao da Cruz vermelha

    Internacional, esse modelo de transporte para o tratamento longe de conflito firmou-se o mais

    adequado (NASI, 2005).

    Conforme o autor supracitado, as descries de servios no militares de atendimento

    a pacientes vtimas de trauma so do incio do sculo XX. Tal atendimento tambm era

    fundamentado apenas no transporte dos pacientes para atendimento em nvel hospitalar. A

    disseminao dos servios de atendimento a pacientes vtimas de politrauma ocorreu durante a

    Segunda Guerra Mundial. Foi na Guerra da Coria e a Guerra do Vietn o incio da

    experincia com o tratamento de pacientes no campo de batalha.

    A prestao imediata de primeiros socorros pode determinar o prognstico do

    acidentado e diferenciar entre a recuperao e a incapacitao. A complexidade e a

    multiplicidade das leses, somada a necessidade de iniciar rapidamente o atendimento deprimeiros socorros. Quando predispem a um atendimento catico, na falta de conhecimento

    sobre os mtodos organizados e com a presena da execuo de protocolos, reconhecidos pela

    sua importncia e efetividade. importante que se estabeleam prioridades de avaliao e

    tratamento de socorrismo no atendimento inicial desses acidentados, baseadas nas leses que

    impedem as funes vitais (BORTOLOTTI, 2008).

    O atendimento ao traumatizado deve ser feito de maneira sistematizada e rpida para

    que no haja perda de tempo nem falhas no tratamento. O ideal que a vtima de traumareceba o tratamento definitivo de suas leses, dentro da primeira hora aps o trauma. No

    sistema de trauma bem organizado, o acionamento do sistema e o atendimento pr-hospitalar

    gastam em mdia pelo menos 20 a 30 minutos. Assim, o atendimento inicial do traumatizado

    no pode demorar mais do que 15 minutos. Por esse motivo que a sistematizao do

    atendimento deve ser seguida e sem erros (MARTINS; DAMASCENO; AWADA, 2007).

    O Ministrio da Sade considera como nvel pr-hospitalar na rea de urgncia-

    emergncia aquele atendimento que procura chegar vtima nos primeiros minutos aps ter

    ocorrido o agravo sade que possa levar deficincia fsica ou mesmo morte, sendo

    necessrio, portanto, prestar-lhe atendimento adequado e transporte a um hospital

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    devidamente hierarquizado e integrado. As situaes clnicas que mais frequentemente podem

    ser encontradas na prtica dos socorristas so as Doenas Cardiovasculares, Diabetes

    Mellitus, Dispneia, Sncope ou Desmaios, Coma, Acidente Vasculares Celebrais, Crise

    Convulsiva e Abdome Agudo. Segundo Oliveira et al., (2004) fundamental saber identificar

    sinais e sintomas que possam sugerir uma situao de emergncia clnica e as medidas a

    serem tomadas.

    Segundo Minayo e Deslandes (2008) consideramatendimento pr-hospitalar toda e

    qualquer assistncia realizada, direta ou indiretamente, fora do mbito hospitalar, utilizando-

    se meios e mtodos disponveis. Esse tipo de atendimento pode variar de um simples conselho

    ou orientao mdica at o envio de uma viatura de suporte bsico ou avanado ao local da

    ocorrncia onde haja pessoas traumatizadas, visando manuteno da vida e minimizaode sequelas. No Brasil, o sistema se divide em servios mveis e fixos. O pr-hospitalar

    mvel, objeto desta reflexo, tem como misso o socorro imediato das vtimas que so

    encaminhadas para o atendimento pr-hospitalar fixo ou para o atendimento hospitalar

    (MINAYO; DESLANDES, 2008).

    O Servio de Atendimento Mvel de Urgncias (SAMU) definido no Brasil, muitas

    vezes pelas pessoas como um atendimento de uma urgncia associado a uma ambulncia.

    essencial, no entanto, que a ideia do atendimento no local da ocorrncia do agravo, no sejadissociada da forma como esta ao desencadeada, ou seja, por meio de telefonema para a

    Central de Regulao, onde um profissional mdico, com treinamento especfico para tal,

    acolhendo todos os pedidos de ajuda mdica, julgando sua gravidade, priorizando o conjunto

    de necessidades que acorrem central e gerenciando o conjunto de recursos disponveis, de

    forma a oferecer a melhor resposta possvel a cada demanda, sempre na perspectiva de

    garantia de acesso (BRASIL, 2006a).

    O paciente no nos escolhe. Em vez disso, ele chega at ns por causa de algumaocorrncia traumtica que produziu uma leso que necessita de nosso atendimento. Ns

    escolhemos tratar nosso paciente. Aceitamos a responsabilidade de cuidar de pacientes e,

    algumas vezes, nas piores condies: quando estamos cansados ou com frio, quando as

    condies so imprevisveis. Devemos aceitar essa responsabilidade ou desistir dela.

    Devemos oferecer a nosso paciente, o que h de melhor em ns no com equipamentosem

    prvia conferncia, no com suprimentos incompletos, no com um conhecimento

    ultrapassado e no com indiferena. Ao fim de cada jornada de trabalho, devemos sentir que

    nosso paciente recebeu o melhor que temos a oferecer (ATENDIMENTO, 2007).

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    Portanto, a pesquisa proposta ser norteada pelas seguintes questes:Como o SAMU

    Hierarquizado? Quais os principais motivos que levam a populao do municpio do

    Condado/PE a solicitar o SAMU? Qual o encaminhamento dado aos pacientes ou vtmas

    atendidas, pelo SAMU do referido municpio? Ser que o atendimento pr-hospitalar

    realizado de maneira adequada? Qual a assistncia prestada a esses pacientes no atendimento

    pr-hospitalar at o intra-hospitalar?

    1.2 JUSTIFICATIVA

    A escolha do tema em questo deu-se pelo interesse da pesquisadores participante em

    atendimentos de urgncia e emergncia e como o servio se organiza de forma estruturada e

    hierarquizada, principalmente os de nvel pr-hospitalares. Alm deste fato, considerou-se

    tambm a abrangncia do tema e a escassez de pesquisas sobre o referido assunto. Sendo

    assim, este trabalho busca contribuir de forma positiva para o aumento do acervo no que diz

    respeito temtica, bem como, colaborar atravs dos resultados obtidos com os profissionais

    envolvidos no atendimento pr hospitalar, e com a populao que necessita destes servios,

    quer seja no Municpio onde ser realizada a pesquisa, quer seja em outras localidades.

    1.3 OBJETIVOS

    1.3.1 Objetivo Geral

    Investigar acerca do atendimento pr-hospitalar prestado pelo Servio de Atendimento

    Mvel de Urgncia no Municpio do Condado/PE.

    Analisar a Estrutura Organizacional do Servio de Atendimento Mvel de Urgncia.

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    2 ATENDIMENTO PR-HOSPITALAR

    Historicamente, aps a experincia vivenciada na segunda guerra mundial, observou-

    se a necessidade da existncia de servios especializados em trauma, com nfase na

    importncia do atendimento em nvel pr-hospitalar de forma adequada.A propagao deste

    servio ocorreu nos Estados Unidos atravs do servio Militar Americano na dcada de 60,

    sendo que da maneira como utilizado hoje, foi estruturado na metade dos anos 80, aps a

    experincia bem-sucedida da utilizao do Suporte Avanado de Vida no Trauma (NASI,

    2005).

    A equipe de profissionais oriundos da sade para o atendimento pr-hospitalar deve

    ser composta por: mdicos reguladores, mdicos intervencionistas, enfermeiros e auxiliareseauxiliares e tcnicos de enfermagem. Alm desta equipe de sade, em situaes de

    atendimento s urgncias relacionadas s causas externas ou de pacientes em locais de difcil

    acesso, dever haver uma ao pactuada, complementar e integrada de outros profissionais

    no oriundos da sade bombeiros, militares, policiais militares e rodovirios e outros, tais

    como: sinalizao do local, estabilizao de veculos acidentados, reconhecimento e

    gerenciamento de riscos potenciais, obteno de acesso ao paciente e suporte bsico de vida

    ao mesmo. Portaria 2.048/GM (OLIVEIRA; PAROLIN; TEIXEIRA JNIOR, 2004).

    O pessoal de atendimento pr-hospitalar pode facilmente desempenhar um papel ativo,se no em todas, na maioria das atuais recomendaes para a preveno de traumas. O

    tratamento bem-sucedido dos traumatizados depende da identificao das leses ou das

    possveis leses e de uma boa avaliao. O ambiente em que cada um trabalha especfico e,

    portanto, a aplicao dos princpios do PHTLS ir variar de acordo com questes como

    geografia, clima e nvel de ameaa (ATENDIMENTO, 2007).

    A maioria das vtimas de trauma morre sem que qualquer atendimento possa salv-las,

    pois suas leses so incompatveis com a vida. Entretanto, se houver maior investimento emcampanhas de preveno e educao em sade, alm do cumprimento das leis, pode ocorrer

    uma diminuio da incidncia desses traumas (MANTOVANI; TRAUMA, 2005).

    Os casos mais significantes em adultos que chegam ao pronto-socorro so por tentativa

    de suicdio, e o modo de intoxicao a ingesto por via oral. Tambm poder ocorrer abuso,

    que consiste em usar um medicamento em dose maior do que a recomendada para obter um

    efeito mais rpido. Outra causa de intoxicao aguda ocorre em pacientes que usam mltiplas

    medicaes ou tm metabolizao diminuda. Alm da via oral, podemos encontrar

    intoxicaes oculares, dermatolgicas e inalatrias (MARTINS et al., 2007).

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    epidmico em crianas. Como o papel do socorristas em todas as vtimas de incidentes com

    gua iniciar a reanimao no local, pode ser mais prtico evitar qualquer tipo de confuso

    com estes dois termos e usar o termo incidente de submerso, que engloba o afogamento e o

    quase afogamento. Alm disso, o termo incidente de submerso aplica-se independentemente

    da evoluo do paciente no local, a caminho do hospital ou, mais tarde, no hospital

    (ATENDIMENTO, 2007).

    Segundo Falco e Brando (2010), deve-se iniciado de imediato o atendimento de

    queimaduras trmicas ou por irradiao de preferncia no momento da ocorrncia.

    Infelizmente, o primeiro atendimento de emergncia realizado por familiares ou

    observadores bem intencionados, mas amedrontados. Assim, devemos nos lembrar: um

    socorrista no trata uma queimadura, simplesmente cuida da leso at que a vtima possa ser

    levada a um hospital ou centro de queimados para o tratamento completo.

    Os distrbios que atingem mltiplos sistemas tm um impacto importante na sade e

    no funcionamento de rgos. Tais condies complexas que pem em risco a vida devem ser

    avaliadas e diagnosticadas rapidamente e tratadas de maneira efetiva. Os profissionais que

    atuam em urgncia e emergncia devem aprender a prever consequncias que potencialmente

    pem em risco a vida dos distrbios multissistmicos e estabelecer prioridades de atendimento

    para o cliente (HUDDLESTON; FERGUSON, 2006).

    2.1 O SERVIO DE ATENDIMENTO MVEL DE URGNCIASAMU

    Considera-se urgncia quando h uma situao que no pode ser adiada, que deve ser

    resolvida rapidamente, pois se houver demora, corre-se o risco at mesmo de morte. Na

    medicina, ocorrncias de carter urgente necessitam de tratamento mdico e muitas vezes de

    cirurgia, contudo, possuem um carter menos imediatista (ATENDIMENTO, 2007).

    Os Servios de Atendimento Mvel de Urgncia (SAMU) acolhem os pedidos de

    ajuda mdica de cidados acometidos por agravos agudos sua sade, de natureza clnica,

    psiquitrica, cirrgica, traumtica, obsttrica e ginecolgica, pelo nmero nacional 192, de

    uso exclusivo das Centrais de Regulao Mdica, de acordo com Decreto da Presidncia da

    Repblica n. 5.055, de 27 de Abril de 2004.

    Aps o acolhimento e identificao dos chamados, as solicitaes so julgadas pelo

    mdico regulador que classifica o nvel de urgncia de cada uma e define qual o recurso

    necessrio ao seu adequado atendimento, o que pode envolver desde um simples conselho

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    mdico at o envio de uma Unidade de Suporte Avanado de Vida ao local ou, inclusive, o

    acionamento de outros meios de apoio, se julgar necessrio (BRASIL, 2006a). Define-se

    ambulncia como um veculo (terrestre, areo ou aquavirio) que se destine exclusivamente

    ao transporte de enfermos (BRASIL, 2006b).

    Ambulncia de Suporte Bsico (Tipo B) o veculo destinado ao transporte inter-

    hospitalar de pacientes com risco de vida conhecido e ao atendimento pr- hospitalar de

    pacientes com risco de vida desconhecido, no classificado com potencial de necessitar de

    interveno mdica no local e/ou durante transporte at o servio de destino. Tripulada por

    dois profissionais, sendo um o motorista e um tcnico ou auxiliar de enfermagem (BRASIL,

    2006a).

    Na Ambulncia de Suporte Bsico est sinalizador ptico e acstico; equipamento de

    radiocomunicao fixa e mvel; marca articulada e com rodas; suporte para soro; instalao

    de rede de oxignio com cilindro, vlvula, manmetro em local de fcil visualizao e rgua

    com dupla sada; oxignio com rgua tripla (alimentao do respirador; fluxmetro e

    umidificador de oxignio; e aspirador tipo Venturi); manmetro e fluxmetro com mscara e

    chicote para oxigenao; cilindro de oxignio porttil com vlvula (CARVALHO, 2008).

    Para os profissionais que esto no pronto-socorro (PS) fundamental conhecer quais

    so as regras do APH, os tipos de ambulncias, incluindo os pr-requisitos, funes e

    limitaes de cada profissional envolvendo no atendimento, assim como o cenrio doatendimento em situaes adversas expostas a riscos e condies desfavorveis, limitando as

    aes de interveno (MARTINS et al., 2007).

    Fazendo parte tambm da ambulncia, a maleta de emergncia com estetos adulto e

    infantil; ressuscitador manual adulto/infantil, cnulas orofarngeas de tamanhos variados;

    luvas descartveis; tesoura reta com ponta romba; esparadrapo; esfignomanmetro

    adulto/infantil; ataduras de 15 cm; compressas estreis; pacotes de gaze estril; protetores para

    queimados; cateteres para oxigenao e aspirador de vrios tamanhos; maleta de parto comluvas cirrgicas; clampsumbilicais; estilete estril para corte do cordo; saco plstico para

    placenta; cobertor; compressas e gazes estreis; braceletes de identificao (CARVALHO,

    2008).

    Segundo o autor supracitado, os veculos que atuam no atendimento de acidentados e

    os de suporte bsico misto devero ter tambm os seguintes equipamentos: prancha curta e

    longa para imobilizao de coluna; talas para imobilizao de membros e conjunto de colares

    cervicais; colete imobilizador dorsal; frascos de soros fisiolgicos e ringer lactato; bandagenstriangulares; cobertores; coletores refletivos para a tripulao; lanterna de mo; culos,

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    mscaras e aventais de proteo; material mnimo para salvamento terrestre, aqutico e em

    alturas; maleta de ferramentas e extintor de p qumico seco de 0,8 kg; fitas e cones

    sinalizadores para isolamento de reas. Maletas com medicaes a serem definidas em

    protocolos pelos servios.

    O entendimento das situaes de agravos caracterizadas pelo nmero elevado de

    vtimas e sua consequente sobrecarga ao sistema de sade fundamental para uma adequada

    preparao para seu enfrentamento. A definio dos diversos termos utilizados para descrever

    essas situaes se torna importante para que o SAMU possa estabelecer seus protocolos de

    atendimento aos referidos eventos (BRASIL, 2006b).

    Segundo o autor supracitado, existem vrios protocolos de triagem no atendimento aos

    acidentes com mltiplas vtimas. utilizado pelo SAMU o START (Simples Triagem e

    Rpido Tratamento), que j est bem difundido no nosso meio. Foi idealizado nos Estados

    Unidos na dcada de 80 e fcil e rpido de ser utilizado para a triagem de um grande nmero

    de vtimas. Utiliza parmetros fisiolgicos de respirao, circulao e nvel de conscincia,

    dividindo as vtimas em quatro categorias ou prioridades e utilizando cartes coloridos para

    definir cada uma das prioridades.

    Mesmo com os avanos no atendimento inicial e no transporte do paciente

    traumatizado e com o aprimoramento das tcnicas cirrgicas, que cada vez mais esto menos

    invasivas, ainda continua sendo um membro fraturado. Os conceitos modernos pela

    associao para estudo da fixao interna (AO/ASIF) trouxeram grandes avanos no

    tratamento e no resultado final das fraturas. Na grande maioria dos casos de fratura, o

    diagnstico evidente e se caracteriza por uma combinao de sinais e sintomas que devem

    alertar o examinador. O complexo mundo das fraturas engloba desde as chamadas fraturas de

    estresse, que so basicamente falhas sseas, passando pelas fraturas estveis sem desvio, at

    as fraturas desviadas e com danos importantes aos tecidos moles, comprometimento vascular

    e disfuno neurolgica (BRITO; BACELAR, 200.

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    2.2 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DO SAMU EM MBITO MUNICIPAL

    PREFEITURA

    SECRETARIA MUNICIPAL DE SADE

    GERENCIA MUNICIPAL DE URGNCIA E EMERGNCIA

    COORDENAO GERAL

    COORDENAO DE ENFERMAGEM

    TCNICO EM ENFERMAGEM CONDUTOR

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    3 APRESENTAO E ANLISE DOS DADOS OBTIDOS

    Os resultados obtidos atravs da realizao da presente pesquisa sero apresentados a

    seguir sob forma de grficos e tabelas analisados e discutidos de acordo com a literatura

    pertinente. No primeiro momento sero expostos os dados referentes distribuio dosatendimentos do SAMU, em Condado/PE, segundo o gnero dos usurios.

    Grfico 01 Distribuio dos pacientes atendidos pelo SAMU de acordo com o

    gnero (n=40). Condado/PEabr./2012.

    Fonte: Pesquisa de campo, Condado/PE, 2012.

    De acordo com grfico acima o quantitativo de pacientes atendidos pelo SAMU do

    Condado/PE, segundo o gnero, a maioria de pacientes do sexo masculino com o percentual

    de 57,5% (23), e do sexo feminino 42,5% (17).

    O Censo Demogrfico 2010 para a cidade de Condado/PE, com uma populao total

    de 24.282, mostrou que 48,97% (11.844) da populao do sexo masculino e 51,03%

    (12.438) do sexo feminino (IBGE, 2010).

    Ao compararmos os valores percentuais citados no resultado da pesquisa, que dizem

    respeito ao atendimento por gnero, com a populao do municpio em questo, pode-se

    afirmar que tal prevalncia se d inversamente proporcional.

    O que no ocorre quando se faz uma anlise em relao ao nmero de bitos, pois de

    acordo com Brasil (2010), ocorreu um total de 153 bitos, no ano de 2010, dos quais 87

    (56,9%) foram em pessoas do sexo masculino e 66 (43,1%) do sexo feminino.

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    Tabela 01 Distribuio dos atendimentos do SAMU de acordo com a faixa etria (n=40).

    Condado/PEabr./2012.

    Faixa etria Frequncia Percentual

    0-12 anos de idade 1 2,5%

    13-18 anos de idade 4 10,0%

    19-59 anos de idade 25 62,5%

    Maior de 60 anos de idade 9 22,5%

    Idade no informada 1 2,5%

    TOTAL 40 100,0%Fonte: Pesquisa de campo, Condado/PE, 2012.

    Ao analisar os dados da tabela acima, que traz o quantitativo de pacientes atendidos

    pelo SAMU do Condado/PE, segundo a faixa etria, observa-se que houve entre os

    atendimentos, os adultos de 19-59 anos representam 62,5% (25), entre os idosos, ou seja,

    acima de 60 anos seu percentual foi de 22,5% (9), nos jovens entre 13-18 anos esse percentual

    foi de 10,0% (4), j em crianas de 0-12 anos teve percentual foi de 2,5% (1), e tambmhouve atendimento com idade no informada com seu percentual de 2,5% (1).

    Em 2004, no Rio de Janeiro, os adultos jovens, que estavam na faixa etria entre 21 a

    30 anos, e os adultos maduros, enquadrados na faixa etria de 41 a 50 anos de idade, tiveram a

    mesma prevalncia em termos percentuais. Isto uma realidade observada no mbito geral,

    so dados que levam crescer as estatsticas todos os anos, onde possvel observar que esse

    tipo de injria vem acometendo cada vez mais a populao, principalmente os indivduos do

    sexo masculino que so os principais agentes etiolgicos dos acidentes motociclisticos,sendo possvel identificar que tambm os mesmos lideram nos nmeros de bitos

    (ATENDIMENTO, 2004).

    Os dados da Tabela 01 revelam de forma significativa que a maioria dos pacientes

    atendidos pelo SAMU est entre as maiores vtimas na faixa etria dos adultos jovens de 19 a

    59 anos de idade, logo, est de acordo com a literatura acima citada, podendo acrescentar

    ainda que tal fato relaciona-se assim ao processo de transio do jovem ao adulto, em que os

    fatores sociais e financeiros ganham nfase, a realidade que quanto maior o poder aquisitivo,maior a liberdade de executar algumas aes que nem sempre so livres de risco.

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    Grfico 02 Distribuio dos atendimentos do SAMU de acordo com a profisso

    (n=40). Condado/PEabr./2012.

    Fonte: Pesquisa de campo, Condado/PE, 2012.

    Conforme o grfico 02, que apresenta resultados obtidos, sobre o quantitativo de

    pacientes atendidos pelo SAMU do Condado/PE, segundo a profisso, percebe-se que na

    maioria dos pacientes no se obteve informao quanto profisso, com o percentual de97,5% (39) e que o percentual que informou foi de 2,5% (1).

    No Brasil, especificamente no estado de So Paulo, de 1997 a 1999, em um

    levantamento realizado sobre a populao trabalhadora e os acidentes de trabalhos fatais foi

    evidenciado que 66,2% foram acidentes-tipo (aquele que ocorre a servio da empresa),

    acidentes de trajeto 27,0% e 6,8% dos acidentes foram ignorados (Waldvogel, 2003). Uma

    constatao importante detectada neste estudo a de que os acidentes de trabalhos fatais no

    esto mais associados apenas s atividades realizadas no ambiente de trabalho restrito sempresas, como indica a grande concentrao de acidentes do trabalho fatais na categoria

    profissional de motoristas, com aproximadamente 20% do total das ocorrncias.

    Como pudemos observar no Grfico 02, a maioria dos pacientes atendidos pelo SAMU

    no tiveram a profisso informada, apenas um atendimento consta a profisso do paciente,

    seja Operador de Mquina Pesada. Esse fato refora, que os riscos mais esperados para os

    acidentes do trabalho j no so mais os correspondentes s atividades exercidas dentro do

    ambiente das empresas, mas sim os associados violncia e ao crescimento urbano.

    A elevada participao dos acidentes fatais de transporte e dos homicdios sinaliza a

    transferncia ou a expanso do local de trabalho, restrito ao ambiente das empresas, para o

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    espao da rua, acrescentando os riscos mais gerais que atingem toda a populao queles

    inerentes aos processos de trabalho. Verifica-se, pelos dados obtidos, que 97,5% dos pacientes

    no se obteve informao quanto a profisso, deixando uma lacuna, prejudicando a anlise do

    comportamento profissional dos atendidos, nem correlacionando s suas profisses.

    Tabela 02 Distribuio dos atendimentos do SAMU de acordo com o motivo dos

    atendimentos (n=40). Condado/PEabr./2012.

    Motivo do atendimento FrequnciaPercentual

    Causa externa (acidente/violncia) 18 45,0%

    Causa clnica 17 42,5%

    Obsttrico 3 7,5%

    Psiquitrico 2 5,0%

    TOTAL 40 100,0%

    Fonte: Pesquisa de campo, Condado/PE, 2012.

    De acordo com a tabela acima, que apresenta o quantitativo de pacientes atendidos

    pelo SAMU do Condado/PE, identificando os motivos pelos quais ocorreram os atendimentos

    realizados pela equipe, por causa externa (acidente/violncia) o percentual obtido foi de

    45,0% (18), por causas clnicas o percentual foi de 42,5% (17), nos atendimentos obsttricos o

    percentual foi de 7,5% (3) e nos atendimentos psiquitricos foi de 5,0% (2).

    Em um municpio do mesmo estado, os atendimentos realizados pelo SAMU de

    Olinda/PE, foram em um total de 1.956 ocorrncias, sendo 57,0% (1.114) por causas clnicas,32,9% (645) por causas externas e 7,3% (143), por remoes. Em 2,8% (54), formulrios de

    ocorrncias, esse dado foi ignorado (CABRAL; SOUZA, 2008).

    No possvel comparar nmeros, pelo fato da populao ser bem maior, porm

    interessante comparar os valores percentuais para perceber que as causas externas e as causas

    clnicas tambm se destacam nos atendimentos, porm a causa externa na pesquisa realizada

    encontra-se ocupando o primeiro lugar no atendimento do SAMU/ Condado. Deve-se levar

    em considerao que os atendimentos mais prevalentes foram os dois supracitados e que nos

    finais de semana ocorre um aumento devido aos acidentes de trnsito, salientando que na

    maioria dos casos esto associados ao alcoolismo.

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    Grfico 03 Distribuio dos atendimentos do SAMU de acordo com a ocorrncia de

    complicaes clnicas (n=40). Condado/PEabr./2012.

    Fonte: Pesquisa de campo, Condado/PE, 2012.

    De acordo com grfico acima, que traz o quantitativo de pacientes atendidos pelo

    SAMU do Condado/PE, quanto ocorrncia de complicaes clnicas durante o atendimentoem 85,0% (34) no houve complicao durante o atendimento dos pacientes, e em 15,0% (6)

    houve complicaes durante os demais atendimentos.

    Em uma pesquisa realizada em 2008 foi avaliado na regio de Campinas, o socorrista

    leigo para atendimento precoce em situaes de emergncia. Entretanto, somente 35,9% dos

    que sabem reconhecer a presena de sinais de vida citaram pulso e movimento respiratrio,

    enquanto 46,6% citaram apenas a presena de pulso e 5,6% de respirao (PERGOLA;

    ARAUJO, 2008).Segundo o Grfico 03 na maioria dos atendimentos no houve complicaes, porque

    para cada situao h uma soluo no que diz respeito ao socorro s vtimas. A ativao do

    servio de emergncia, alm de permitir um envio rpido de ambulncia de suporte bsico ou

    avanado, conforme necessrio pode fornecer orientaes para os socorristas treinados ou

    no, facilitando o atendimento vtima. Sendo necessrio, tambm, o investimento nos cursos

    de treinamento em SBV, para a populao leiga, pois apesar de ser uma realidade ainda h

    grande falha em se iniciar as manobras bsicas, devido falta de conscientizao e ao medo

    de reprovao social pelo possvel fracasso. Pois, existe, em muitos casos, a falta de

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    conhecimento at para acionar o SAMU (192), fato do qual pode decorrer complicaes no

    atendimento, sem tempo hbil para o socorro.

    Tabela 03 Distribuio dos principais procedimentos de enfermagem da equipe do

    SAMU de acordo com os mais realizados (n=40). Condado/PEabr./2012.

    Principais procedimentos adotados Frequncia Percentual

    Avaliao clnica 35 87,5%

    Avaliao neurolgica 28 70,0%

    Oxigenoterapia 18 45,0%

    Infuso de fludos 17 42,5%

    Imobilizao cervical 9 22,5%

    Ressuscitao cardiopulmonar 1 2,5%

    TOTAL 108 270,0%

    Fonte: Pesquisa de campo, Condado/PE, 2012.

    De acordo com a tabela acima, que traz o quantitativo de pacientes atendidos pelo

    SAMU do Condado/PE, referindo quais os principais procedimentos realizados pelos

    profissionais de enfermagem da equipe. A avaliao clnica teve em seu percentual 87,5%

    (35), a avaliao neurolgica 70,0% (28), foi utilizado a oxigenoterapia em 45,0% (18),

    realizada a infuso de fludos em 42,5% (17), a imobilizao da cervical foi realizada em

    22,5% (9) e a ressuscitao cardiopulmonar em 2,5% (1) dentre os pacientes.

    A atuao do enfermeiro na rea de atendimento pr-hospitalar (APH) pressupe a

    aquisio de competncias especficas. Na opinio dos enfermeiros dos servios pblicos de

    APH do Municpio de So Paulo, a ressuscitao cardiopulmonar foi mais citada como

    conhecimento bsico (84%) e o procedimento mais frequente oxigenoterapia (15,5%). A

    anlise das opinies dos enfermeiros revelou que os temas considerados bsicos relacionaram-

    se s situaes que exige tomada de deciso, prontido e destreza sob estresse, ou atendimento

    de uma populao especfica, o que refora a importncia da capacitao nessa rea

    (GENTIL; RAMOS; WHITAKER, 2008).

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    necessitam de cuidados mdicos intensivos e uso de equipamentos). considerada do tipo E a

    aeronave de asa fixa ou rotativa para transporte inter-hospitalar e de resgate de paciente. Do

    tipo F a embarcao para transporte em via martima ou fluvial. H, ainda, a previso de

    meios de interveno rpida, utilizando veculos leves para transporte de mdicos com

    equipamentos para suporte avanado de vida e outros veculos adaptados para transporte de

    pacientes de baixo risco (MINAYO; DESLANDES, 2008).

    O SAMU de Porto Alegre/RS, em 2008, atendeu 14.787 demandas, sendo 92,75%

    (13.715) provenientes da populao. As demais solicitaes, 7,24% (1.072), foram realizadas

    por servios de sade, Empresa Pblica de Transporte e Circulao e Polcia Militar. Dessas

    demandas, 49,32% (7.293) foram classificadas pelo mdico regulador, como agravos clnicos;

    39,28% (5.809), como eventos traumticos; 5,82% (861), transporte simples; 2,98% (442),

    psiquitricos; 2,56% (379), obsttricos e 0,02% (03), no classificados. Identificou-se que,

    dos agravos clnicos, as USB prestaram 6.695 (91,80%) atendimentos clnicos e as USA,

    8,19% (598), dos quais 37,51% (2.736) pacientes foram encaminhados para hospitais

    pblicos, e em 31,51% (2.298) deles no houve registro do encaminhamento (MARQUES;

    LIMA; CICONET, 2011).

    Na discusso do Grfico 04, de acordo com o destino dado aos pacientes atendidos

    pelo SAMU, na maioria, foram encaminhados para hospitais interestaduais. Salientando quedepende do estado clnico do paciente e da central de regulao. Deve ser levado em

    considerao, que os veculos apropriados so definidos de acordo com a Poltica Nacional de

    Atendimento as Urgncias, como tambm a existncia e padronizao desses veculos,

    materiais e rotinas. Favorecendo o mapeamento das reas de risco para acidentes e violncias,

    de modo a promover uma contra-referncia visando a propostas e procedimentos de

    preveno. Quanto ao destino dado aos pacientes, atendidos pelo SAMU do municpio do

    Condado/PE, verifica-se que 85,0% deles foram encaminhados ao Hospital Estadual,enquanto o encaminhamento ao Hospital Municipal e os atendimentos sem informao

    obtiveram o mesmo percentual de 7,5% cada um, enquanto no SAMU de Porto Alegre/RS, no

    ano de 2008, 37,51% dos pacientes foram encaminhados ao Hospital Pblico e em 31,51%

    deles no houve registro dessa informao.

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    Grfico 06 Distribuio dos atendimentos do SAMU de acordo com a ocorrncia de

    bito durante o atendimento (n=40). Condado/PEabr./2012.

    Fonte: Pesquisa de campo, Condado/PE, 2012.

    De acordo com grfico acima, que traz o quantitativo de pacientes atendidos pelo

    SAMU do Condado/PE, segundo a ocorrncia de bito durante o atendimento, teve o

    percentual de 97,5% (39) no houve bito durante o atendimento e que em 2,5% (1) dos

    pacientes atendidos foram a bito durante o atendimento.

    Foram registrados 35.084 bitos por atendimento no Brasil no ano de 2004. Desse

    total, 81,5% (28.576) eram de pessoas do sexo masculino e 18,5% (6.495) eram do sexo

    feminino. O sexo no foi identificado em apenas 13 casos (BRASIL, 2007).

    Neste Grfico 06, podemos perceber que apenas houve a ocorrncia de um bito

    durante o atendimento, observamos tambm, que foram registrados 35.084 bitos por

    atendimento no Brasil, no ano de 2004, em acidentes de transporte terrestres. Deixando claro

    que nesta pesquisa, embora a ocorrncia de bitos seja insignificante dentre os dados, em

    nvel nacional, uma vez que o maior ndice foi por causas externas, que inclui os acidentes

    automobilsticos e motociclsticos, que, geralmente, envolvem mais de um indivduo.

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    4 CONSIDERAES FINAIS

    O presente estudo teve xito, por ter alcanado os objetivos propostos, tanto na

    pesquisa de campo, quanto na bibliogrfica com temas especficos sobre o assunto que

    proporcionou oportunidade aos autores de, com este trabalho, ampliar os conhecimentos sobre

    a estrutura organizacional e no atendimento ao paciente em situao de urgncia/emergncia.

    Buscando contribuir de forma positiva para o aumento do acervo no que diz respeito

    temtica, bem como, colaborar, atravs dos resultados obtidos, com os profissionais

    envolvidos no atendimento pr-hospitalar.

    O servio ele est estruturado em trs pilares, que so: O Governo Federal, Estadual e

    Municipal. O primeiro faz o repasse da verba, o segundo faz a fiscalizao e da suportelogstico e o terceiro faz a execuo do servio em mbito municipal.

    O servio de atendimento pr-hospitalar uma rea de trabalho, que tem como produto

    final a prestao de cuidados aos clientes em estado crtico, para manuteno da prpria vida.

    Deste modo, o cuidado ao cliente resultado do empenho e sincronismo da equipe de tcnicos

    de enfermagem socorristas e condutores socorristas com a central de regulao.

    Constatou-se que os cuidados s vtimas, no ambiente pr-hospitalar, fazem parte dos

    propostos de atendimento PHTLS, que incluem procedimentos obrigatrios de imobilizao e

    preveno do agravante. Com isso foi constatado que no existe nenhum critrio para exercer

    o atendimento pr-hospitalar, e que de suma importncia capacitao dos profissionais; no

    seu local de trabalho ou da obrigatoriedade da especializao.

    O estudo contribuiu para o fortalecimento do atendimento pr-hospitalar feito pelo

    SAMU do Condado/PE, em especial aplicado s vtimas clnicas e politraumatizados,tornando-os mais eficientes pela diminuio das sequelas deles decorrentes.

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    REFERNCIAS

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    MARQUES, G. Q.; LIMA, M. A. D. S.; CICONET,R. M. Agravos clnicos atendidos

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    ANEXO

    FIGURA 1 - UNIDADE MVEL DO CONDADO/PE.

    Fonte: SILVA JNIOR, 2012.

    Equipes das Unidades Mveis de Suporte Bsico:

    Tcnico de Enfermagem

    Motorista-socorrista

    Cada Unidade Mvel de Suporte Bsico tem, alm de material de consumo onde se

    inclui medicaes, no mnimo: rede de oxignio, prancha longa de madeira para imobilizao

    da coluna, colares cervicais, cilindro de O2, talas de imobilizao de fraturas e ressuscitador

    manual adulto e infantil (ambu).

    Genivaldo Soares da Silva Jnior (Tc. Socorrista).

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    FIGURA 2 - BASE DO SAMU CONDADO/PE.

    Fonte: SILVA JNIOR, 2012.

    Base do Condado:

    Base do SAMU Condado, Pernambuco, Brasil. Localizado na Avenida 15 de

    Novembro, 757. Centro. Inaugurado em Setembro de 2006, sua equipe composta por 01

    coordenadora, 06 condutores socorristas e 06 tcnicos em enfermagem socorristas.

    Genivaldo Soares da Silva Jnior (Tc. Socorrista)

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    FIGURA 4 - FICHA ATENDIMENTO SAMUFRENTE.

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    FIGURA 5 - FICHA ATENDIMENTO SAMUVERSO.