trabalho vidro

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Origem do vidro Fenícios, egípcios, persas, romanos, bizantinos, chineses. São numerosos os povos que disputam o privilégio da descoberta e da fabricação do vidro na antigüidade. Embora não exista dados precisos, alguns historiadores afirmam que a descoberta do vidro ou cristal, como foi chamado, foi feita pelos fenícios em uma praia do Mediterrâneo, no litoral do Líbano atual, mais de 2000 anos antes da Era Cristã, quando estes improvisaram uma fogueira utilizando blocos de salitre e soda e, algum tempo depois, notaram que do fogo Palhoça, junho de 2010

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Vidros

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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA

Origem do vidro

Fencios, egpcios, persas, romanos, bizantinos, chineses. So numerosos os povos que disputam o privilgio da descoberta e da fabricao do vidro na antigidade.

Embora no exista dados precisos, alguns historiadores afirmam que a descoberta do vidro ou cristal, como foi chamado, foi feita pelos fencios em uma praia do Mediterrneo, no litoral do Lbano atual, mais de 2000 anos antes da Era Crist, quando estes improvisaram uma fogueira utilizando blocos de salitre e soda e, algum tempo depois, notaram que do fogo escorria uma substncia brilhante que se solidificava imediatamente

Mas, conforme pesquisas arqueolgicas, o vidro j era conhecido h pelo menos 4.000 anos antes da Era Crist como mostram os objetos cerimoniais e adornos encontrados dentro de tumbas de faras, em pirmides do Egito.

Ainda na Era Crist, prximo ao ano 100, as tcnicas de fabricao se desenvolveram, quando os srios inventaram a tcnica do vidro soprado desenvolvendo a atividade vidreira, melhorando na qualidade e na diversidade dos produtos, principalmente na fabricao de frascos e garrafas, difundindo essa tcnica pelo mediterrneo, pela Europa ocidental e Oriente.

Com essa difuso da atividade vidreira, diversas provncias e cidades do Imprio Romano se transformaram em centros de produo e comrcio de utenslios domsticos, objetos de decorao, adornos, que eram mais fceis de fabricar com a tcnica do sopro em molde. O uso de vidros nas janelas era restrito as casas patrcias e as igrejas, devido a sua complexidade da produo naquela pocaDesenvolvimento

Depois de dominar a tcnica do sopro, os Romanos passaram a usar o vidro combinado com o ferro e o chumbo, melhorando sua produo, que agora se destacava com os vasos ornamentais e os mosaicos, que seriam fundamental para a arte dos vitrais.

Durante parte da Idade Mdia, devido a algumas instabilidades, muitos vidreiros se refugiaram em Constantinopla, onde puderam desenvolver sua arte, que por sua vez tiveram influncia helenstica e rabe alcanando alto nvel na produo de vidros de cor. E a partir do sculo 13, Veneza torna-se o grande centro vidreiro europeu, mais precisamente na Ilha de Murano, onde produziam vasos, frascos, garrafas, copos, compoteiras, espelhos, lentes e chapas de vidro que eram distribudas por toda a Europa.

A alto desempenho da produo em Veneza, impulsionou outros centros deproduo, que vieram a desenvolver novas tcnicas de sopro que possibilitava a fabricao de chapas de vidro, que mesmo ainda sendo imperfeitas por sua ondulao e grande variao na cor, no tamanho e espessura, eram bastante utilizadas nos vitrais das catedrais gticas, dos quais se destacavam, principalmente, Frana, Alemanha, Blgica e Bomia.

Com a Renascena e o princpio da Era Industrial novas pesquisas referentes ao processo produtivo e aos equipamentos so efetuadas para que possa ser desenvolvida a meta do vidro perfeito, que ser aplicado principalmente nos acabamentos frascos de perfume e nas folhas dos vidros para espelhos e vidraas.

Nos sculos 17 e 18, foi a vez da Frana de estar frente da manufatura europia de vidro, com a criao empresas estatais, como a Manufacture Royale des Glasses de France, alm de induzirem a criao de empresas privadas, como a famosa fbrica de Saint-Gobain, que foi quem fez os espelhos do Palcio de Versalhes.

Na sequncia, os sculos 19 e 20, so marcados pela troca da manufatura vidreira pela grande indstria do vidro e a fabricao do vidro plano, dando lugar a novos competidores nesse mercado, como Inglaterra, Alemanha e Blgica e depois os Estados Unidos, que j em 1900 assumem a condio de maior produtor mundial de vidro plano. O ano de 1952, foi marcado pelo desenvolvimento do vidro Float, conhecido como cristal, pela Pilkington na Inglaterra.

Vidro no Brasil

No Brasil, a primeira oficina de vidro foi montada por quatro arteso, que acompanhavam o prncipe Mauricio de Nassau, no perodo das invases holandesas entre 1924 e 1935, em Olinda e Recife. A oficina que fabricava copos, jarras, frascos e vidros para janelas, no teve vida longa, pois foi fechada com a sada dos holandeses das terras brasileiras.

Em 1810, o vidro voltou a fazer parte da economia do Brasil, quando o portugus Francisco Incio de Siqueira Nobre recebeu autorizao do Regente D. Joo para instalar uma fabrica de vidros em Salvador, BA, que produziria vidros lisos, frascos, garrafes e garrafas. Mas a fabrica no teria tido vida longa, fechando em 1825, atingida pelos conflitos e combates da Independncia, muito acesos na Bahia.Pouco tempo depois, fundada pelo italiano Folco, a Fbrica Nacional de Vidros So Roque, no Rio de Janeiro, onde 40 operrios italianos e brasileiros operavam fornos candinhos alem dos processos manuais.

J em 1861, foi realizada pelo governo imperial no Rio de Janeiro a 1 Exposio Nacional de Produtos Naturais e Industriais para mostrar aos estrangeiros a variedade de produtos fabricados pela industria vidreira brasileira.

A Fabrica Vidros e Cristais do Brasil, tambm no Rio de Janeiro, foi fundada em 1882 por Francisco Antonio Esberard, e utilizava cinco fornos entre grandes e pequenos, maquina a vapor e eltrica, para fabricar vidros de embalagem e vidros planos. Cresceu rapidamente e em pouco mais de dez anos de funcionamento, contava com cerca de seiscentos operrios. Sua atividade durou at 1940.

Dessa vez em So Paulo, nascia em 1895, a Companhia Vidraria Santa Marina, fundada por Antnio da Silva Prado e Elias Fausto Pacheco Jordo. Instalada na Barra Funda, na vrzea do rio Tiet, chegou a fabricar em menos de dez anos, um milho de garrafas e dois mil metros quadrados de vidro plano por ms.

Em 1916, fundada mais uma empresa vidreira carioca, a Companhia Industrial So Paulo e Rio, a Cisper, por Olavo Egydio de Souza Aranha Jr. e Alberto Monteiro de Carvalho. Foi a primeira indstria a usar as mquina automticas criadas Michael J. Owens, ao invs do sopro, o que transformou a empresa na maior fabricante de copos e garrafas de vidro do Brasil, tendo como principal cliente os fabricantes de cerveja e refrigerante.

Nadir e Morvan Dias de Figueiredo, em 1933, inauguraram uma moderna indstria de copos e artigos de vidro, iniciando suas operaes produzindo um volume de 72 mil copos por dia.

Por fim a indstria Francesa Saint-Gobain e a inglesa Pilkington, no ano de 1982, se juntaram e criaram a primeira fabrica de vidro float do Brasil, chamada Cebrace, localizada na regio do Vale do Paraba em So Paulo. Atualmente com quatro unidades, todas em So Paulo, produzem 2700 toneladas de vidro por dia.

Processos de FabricaoA fabricao do vidro pode ser dividida em trs partes principais: a fuso, moldagem e tmpera.

Fuso: Nessa etapa a matria-prima para a produo do vidro colocada dentro de um forno, que pode ser um forno de cadinho ou um forno tanque, e a mistura aquecida at que o material fique liquido o suficiente para a moldagem.

Moldagem: O vidro resfriado at uma temperatura de 800C para a moldagem. Existe vrias maneira de se moldar o vidro desde a moldagem por flutuao at a moldagem por sopro.

Tmpera: Depois que o vidro estar conformado ele chega ultima fase, tmpera, onde ele resfriado gradualmente at uma temperatura onde possa ser manejado e depois armazenado para a venda.

Vidro FloatO vidro float um vidro plano transparente, podendo ser incolor ou colorido, com espessura uniforme e massa homognea. ideal para aplicaes que exijam perfeita visibilidade, por no apresentar nenhuma distoro ptica, e possui alta transmisso de luz, sendo comumente utilizado na indstria automobilstica, eletrodomsticos, construo civil, mveis e decorao. obtido atravs do deslizamento do material em fuso, sobre uma camada de estanho lquido, com temperatura e atmosfera controladas, produzindo lminas de vidro com superfcies perfeitamente paralelas sem distores de imagem com excelente qualidade tica.Esse vidro a base para o processamento de todos os demais vidros planos: laminado, temperado, curvo, serigrafado e usado em duplo envidraamento.

Processo de fabricao:

1 Forno de fuso: A mistura de areia com os demais componentes do vidro dirigida at o forno de fuso atravs de correias transportadoras. Com a temperatura de at 1600C, a composio fundida, afinada e condicionada termicamente, transformando-se numa massa homognea.

2 Banho float: A massa derramada em um banho de piscina de estanho lquido, em um processo chamado "Float Bath" (Banho Float). Devido diferena de densidade entre os materias, o vidro flutua sobre o estanho, ocorrendo um paralelismo entre as duas superfcies. Essa a condio para que a qualidade ptica superior do vidro float seja atingida. A partir desse ponto determinada a espessura do vidro, atravs da velocidade da linha. Quanto maior a velocidade, menor a espessura resultante.

3 - Galeria de Recozimento: Em seguida a folha de vidro entra na galeria de recozimento, onde ser resfriada controladamente at aproximadamente 120C e, ento, preparada para o recorte

4 - Inspeo Automtica: Antes de ser recortada, a folha de vidro inspecionada por um equipamento chamado "scanner", que utiliza um feixe de raio laser para identificar eventuais falhas no produto. Caso haja algum defeito decorrente da produo do vidro, ele ser refugado e posteriormente reciclado.

5, 6 e 7 - Recorte, empilhamento e armazenagens: O recorte realizado em processo automtico e em dimenses pr-programadas. As chapas de vidro so empilhadas automaticamente em pacotes prontos para serem expedidos ou armazenados.

Vidro ImpressoO Vidro Plano Impresso popularmente conhecido como "vidro fantasia" e um vidro um translcido, podendo ser incolor ou colorido. Normalmente aplicado em janelas e divisrias de ambientes em que se deseja manter a privacidade e a incidncia de luz. Podendo ser produzido em diversas cores e padres utilizado na construo civil, eletrodomsticos, e com finalidade decorativa.

Processo de Fabricao:

O processo de fabricao consiste na passagem do vidro j elaborado, na sada do forno, em torno de 1200 C, entre dois rolos metlicos e refrigerados com gua corrente em seu interior, que ao mesmo tempo o conformam e o esfriam. O rolo superior liso ou, em alguns casos, com uma estampa bem delicada, e o inferior o que efetivamente imprime o padro desejado ao vidro. A espessura do vidro determinada pelo espaamento entre os dois rolos laminadores.Aps a sada dos rolos laminadores, a fita de vidro, que ainda no est completamente rgida, conduzida por um conjunto de rolos at a entrada do forno de recozimento, onde se produz a diminuio da temperatura, de maneira lenta e gradual, at a temperatura ambiente.

Na sada do forno de recozimento, a fita cortada em chapas, nos tamanhos adequados, passando pelo processo de controle de qualidade, embalagem, armazenagem e expedio.ComposioO vidro uma substncia inorgnica, homognea e amorfa, obtida atravs do resfriamento de uma massa a base de slica em fuso. As propriedades do vidro so funo direta de sua composio qumica. Quando se conforma o vidro se joga com sua viscosidade. Esta no inicio no pode ser muito baixa, pois no seria possvel dar-lhe forma. Por outro lado ele no pode estar muito viscoso, pois tambm dificultaria a conformao. Durante a conformao o vidro vai se esfriando e ficando mais viscoso at que ele fique viscoso o bastante para no continuar a fluir.

Os ingredientes bsicos na composio do vidro so a slica com 72% aproximadamente nos componentes dos vidros ou oxido de silcio (Si02), obtida principalmente da areia branca pura, e lcalis. Os vidros so produzidos industrialmente com esses materiais.

O elevado ponto de fuso e a alta viscosidade tornam muito cara fabricao devido ao alto teor de slica. Por isso vimos que os outros 28% podemos encontrar potssio, alumina, sdio, magnsio, clcio, entre outros que servem para reduzirem o custo do processo e aumentam na variedade de tipos.

Os vidros coloridos nada mais que a adio de mangans, cobalto, ferro, nquel, antimnio e outros componentes metlicos.As matrias primas vitrificveis so em quase toda sua totalidade slidos granulados, com os gros numa faixa de tamanho 0,1 a 2 mm. A granulomtrica muito importante sobre dois aspectos:

A- Fuso: quando mais fina mais fcil de fundir, pois possui maior superfcie especifica. Porem muito fina no conveniente, pois acaba formando muito p que perdido na manipulao indesejvel nas emisses atmosfricas.

B- Misturas: Para se obter a composio que vai ser enforcada e atravs da fuso passara a constituir o vidro, necessrio se misturar diversas matrias primas de tamanhos parecidos para no dificultar na homogeneidade do vidro.

As matrias primas podem ser classificadas em grupos conforme a funo que desempenham:

Vitrificantes: So aquelas passiveis de se transformar em vidros (Slica).

Fundentes: A slica sozinha possui um vidro de tima qualidade, porem necessita de temperaturas extremamente altas para fundir e para ser conformado. O que torna o vidro com um custo elevado. Para resolver esse problema adicionam a matrias primas fundentes barrilha (carbonato de sdio) que apresentam caractersticas de se fundirem a temperaturas muito inferiores. O Brasil no auto-suficiente em barrilha que importada da Europa e dos Estados Unidos.

Estabilizantes: Para evitar que o vidro se dissolva em contato com gua se acrescenta os principais estabilizantes o xido de magntico e o xido de alumina.

Afinantes: Servem para retirar da massa vtrea criada pela fuso as repletas bolhas que no conseguem sair do seu interior devido alta viscosidade.

Colorantes: os vidros so incolores e para dar cores a eles so acrescido xidos ou elementos metlicos a sua composio para ficarem dissolvidos na massa, interferindo com a luz e produzindo cores. Corantes mais comuns cobalto (azul), selnio (rosa), mangans (vinho), ferro (verde) vidro plano automvel e cromo (verde) vidro garrafa de vinho.

O vidro um material 100% reciclvel, portanto tudo que no aproveitado como produto, seja por razes de processo como as bordas do vidro plano, ou por algum defeito ou quebra retorna ao forno para ser refundido.

Tipos de vidro

Embora utilizem a mesma matria-prima, as diferentes nomenclaturas so utilizadas para diferenciar os processos de fabricao e produtos finais distintos.Vidro Plano:Existem dois tipos de vidro plano, o float e o impresso tambm conhecido como fantasia ou fosco.

Vidro Float:

um vidro plano transparente, podendo ser incolor ou colorido, com espessura uniforme e massa homognea. Ideal para aplicaes que exijam perfeita visibilidade, por no apresentar nenhuma distoro ptica, e possui alta transmisso de luz, sendo comumente utilizado na indstria automobilstica, eletrodomsticos, construo civil, mveis e decorao.

Esse vidro a base para o processamento de todos os demais vidros planos: laminado, temperado, curvo, serigrafado, etc.

Vidro Impresso ou vidro fantasia:

um vidro translcido, podendo ser incolor ou colorido. Normalmente aplicado em janelas e divisrias de ambientes em que se deseja manter a privacidade e a incidncia de luz. Podendo ser produzido em diversas cores e padres. Utilizado na construo civil, eletrodomsticos, e com finalidade decorativa. Vidro de segurana:

Produzido a partir do vidro float tem como objetivo minimizar riscos em casos de acidentes, pois quando rompidos devem produzir menos suscetveis a causar ferimentos. Podem ser temperados e laminados.

Vidro Temperado:

O vidro temperado um vidro recebe um tratamento trmico ( aquecido temperatura de 650/700C e resfriado rapidamente), que o torna mais rgido e mais resistente quebra por impacto, sendo cinco vezes mais rgido que o vidro comum. Em caso de quebra produz pontas e bordas menos cortantes, fragmentando-se em pequenos pedaos arredondados.

O vidro temperado feito sobre medida pois seu corte impossvel depois de realizada a tempera. So considerados altoportantes, pois possuem furaes e recortes especiais, que no fragilizam a pea. Indicado para locais que requerem resistncia, como boxes de chuveiro, portas de vidro ou frontes de lareira. Seu uso em fachadas est restrito a entre vos de pequenas dimenses dentro de caixilhos.

Vidro laminado: considerado um vidro de segurana porque evita acidentes por estilhaamento e porque mantm o vo fechado mesmo com o vidro todo trincado. composto por uma ou mais chapas de vidro intercaladas por uma pelcula plstica de grande resistncia (PVB - Polivinil Butiral). Pode ser aplicado em coberturas, fachadas, sacadas, guarda-corpos, portas, janelas, divisrias, vitrines, pisos e outros. Alm disso, o vidro laminado possui outros benefcios, como a reduo da entrada de rudos externos (quando comparado aos vidros comuns) e a proteo contra os raios UV (Ultravioleta), pois o PVB barra 99,6% dos raios solares UV (Ultravioleta). Vidros blindados:So compostos de vrios vidros comuns do tipo float intercalados por varias camadas de uma pelcula muito resistente (UVEKOL). Estas varias camadas intercaladas com material polister fazem com que o projtil seja bruscamente amortecido, impedindo que o vidro seja perfurado.Deve-se tomar cuidado com os caixilhos onde sero aplicados os vidro blindados, pois a fora do projtil de expande at a ancoragem do vidro, no caso o caixilho. Aramados: o vidro que recebe no seu interior uma tela metlica, que introduzida na entrada dos rolos laminadores. Em caso de quebra, a tela metlica segura os pedaos de vidro, garantindo o fechamento do vo. Por essas caractersticas ele muito empregado em varandas e coberturas. Quando aplicado em divisrias de ambientes, em caso de incndio tambm retm bastante a passagem do fogo.Vidro Acstico:

Os vidros acsticos impedem que os rudos passem de um ambiente para outro. Esse conforto sonoro pode ser obtido atravs de duas solues: vidro laminado acstico e o vidro duplo ou insulado.

Vidro laminado acstico: um vidro laminado com um PVB especial (Silence) e por isso funciona como um excelente isolante acstico.

Vidro duplo ou insulado: o conjunto de dois ou mais vidros, podendo ser comum float ou laminado, separados por um camada de ar ou gs, conferindo reduo na propagao de som e na entrada de calor. Alm disso, pode ser equipado com persianas internas, que do ao conjunto um efeito esttico diferenciado.Bastante utilizado na porta dos freezers e refrigeradores.As dimenses e espessuras deste vidro so determinadas de acordo com o tamanho e espessura do caixilho, necessidade trmica ou acstica, presso do vento e local a ser aplicado.

Vidros especiais:Com o avano tecnolgico na criao de micro camadas, surgiram inmeros tipos de vidros especiais como: controle solar, autolimpante, baixa reflexo e baixo-emissivo.

Vidro de controle solar ou refletivo:

um vidro do tipo float que receberam uma camada metalizada para se tornarem espelhados. Eles permitem a total viso de dentro do ambiente para fora, porem inibem de quem esta do lado de fora do ambiente. Alem da privacidade tm a funo de reduzir a entrada de calor para o interior do ambiente, alm de produzir um controle na entrada da luz para o interior das edificaes. Com isso a temperatura interna fica mais agradvel e voc reduz o consumo de energia com o ar condicionado.So indicado para locais onde h grande incidncia de raios solares, como fachadas de prdios, janelas, portas, sacadas e coberturas, pois proporciona melhor conforto trmico.

Processo de fabricao:

On Line - Na fabricao do vidro float em uma determinada o vidro recebe uma camada metalizada com o vidro ainda quente, que se funde ao vidro penetrando um pouco na chapa. Podendo este vidro ser utilizado tambm na sua forma monoltica em janelas e portas, sem ter que ser laminado, pois a camada metalizada fica fortemente aderida a chapa de vidro.

Off Line: Apos o vidro float pronto, a chapa de vidro submetida a uma cmara que aplica na chapa de vidro uma fica camada metalizada, esta camada por sua vez no resistente ao tempo, por isso este vidro somente poder ser laminado. Apos laminado a camada metalizada fica protegida por muitos anos, sem prazo de validade. Vidro Autolimpante:Vidros autolimpantes aproveitam a fora dos raios UV (Ultravioleta) e da gua da chuva para combater a sujeira e os resduos que se acumulam no exterior e desta forma, mantm a superfcie do vidro limpa. Dessa forma reduzem o consumo de gua e o consumo de detergentes, que afetam o sistema. A camada autolimpante integrada ao prprio vidro e por isso tem um alto nvel de durabilidade, no se desgastando ao longo do tempo. Deve ser aplicado sempre na parte externa das edificaes como fachadas, coberturas, janelas, portas, sacadas e outros e em reas altamente poludas. Vidro com baixa reflexo: um vidro float extra clear (vidros com baixa concentrao de ferro em sua composio e por isso so extremamente claros e no esverdeados) capaz de reduzir a reflexo em 5 vezes. Ideal para vitrine, showrooms, museus, concessionrias, displays e outros tipos de aplicao que necessitem evitar o incomodo reflexo da luz no vidro. Vidro baixo-emissivo:

um vidro produzido em processo off-line e que apresenta baixa emissividade, ou seja, no permite a troca de calor entre o ambiente interno e externo. Quando utilizado como vidro duplo, isola termicamente at 5 vezes mais do que um vidro transparente monoltico. Usado no mercado de refrigerao comercial e na construo civil, em fachadas e coberturas.

Vidros Coloridos:Os vidros coloridos podem ser pintado e serigrafado.

Vidro pintado:

produzido a partir de um vidro float, onde recebe na linha de produo uma pintura especial, o que lhe confere, alm do acabamento colorido e de alto brilho, maior resistncia. Sua versatilidade possibilita a utilizao em mveis, residncias, escritrios, hotis, lojas e museus.

Vidro serigrafado:

No processo de serigrafia do vidro feita a aplicao de uma tinta vitrificada (esmalte cermico) no vidro comum, incolor ou colorido na massa. Em seguida esse vidro passa por um forno de tmpera onde os pigmentos cermicos passam a fazer parte dele. Ao final do processo, obtm-se um vidro temperado com textura extremamente resistente.EspelhoEspelhos so produzidos a partir de um vidro float que recebe uma camada a base de prata. Em seguida essa camada protegida por camadas de tinta, para prolongar a vida til do espelho, para que no haja oxidao. Podem ser produzidos em cores verde, fume e bronze.Vidro acidadoSo vidros tratados com cido e com aparncia esbranquiada. Oferece diversas opes estticas para arquitetos e decoradores, pois combinam a leveza do vidro com a sutileza da translucidez, dando um toque de nobreza ao design de mveis e decorao dos mais diversos ambientesVidro jateado um vidro trabalhado com jatos de gros de areia, que agridem mecanicamente o vidro, transformando-o em translcido e levemente spero. Usado em mveis e decorao.Vidro resistente ao fogoOs vidros resistentes ao fogo, sem malha metlica, so vidros laminados compostos por vrias lminas intercaladas com material qumico transparente, que se funde e dilata em caso de incndio. Essa reao se ativa quando a temperatura de uma das faces do vidro atinge 120C.Vidro curvoSo vidros comuns (float) aplicados sobre moldes em ao inox ou ao carbono em uma elevada temperatura e rigidamente controlada. A temperatura sobe rapidamente para que o vidro tome a forma do molde e em seguida a temperatura levemente baixada para que o vidro no sofra um choque trmico e se quebre.

Pode-se fazer vidros curvos de quaisquer espessuras e diversos raios, o ideal sempre consultar o fabricante para verificar se o raio que precisa est disponvel.AplicaesO vidro est cada vez mais presente na construo civil, contribuindo para o fornecimento de solues para o conforto ambiental, trmico, acstico ou de segurana, diz Luiz Jorge Pinheiro, diretor comercial da Cebrace.

A alta tecnologia alcanada pela cincia humana nos permite analisar projetos para edificaes que tenham o vidro na construo civil, como algo bsico e que possam substituir um dia, as pesadas vigas de ao e concreto que hoje sustentam edifcios e obras monumentais da Engenharia moderna. Novas tecnologias j permitem o uso do vidro em paredes de sustentao, em pisos e em estruturas de escadas, em projetos mais leves. Para o empreendedor individual uma dessas tcnicas, seria a do adesivo para unir vidros sobrepostos, um sobre o outro, formando colunas e pisos ou paredes totalmente de vidros, em que as qualidades do vidro, como transparncia, por exemplo, no desaparea e sua esttica seja mantida

O vidro por ser um composto de carbonato de clcio, calcreo e slica, uma estrutura incomum, frgil e sujeita a expanso devido ao calor, o que torna a tcnica do adesivo um pouco suspeita. Seria adequado apenas para clima frio, por isso, o vidro na construo civil, embora j muito usado em largas vidraas corredias e at em paredes totalmente de vidros, para substituir o concreto e o ao, ainda tem muito que caminhar.

Porm sobre o vidro na construo civil, alguns engenheiros j envolvidos em projetos mais arrojados e em andamento, afirmam que j esto sendo usados diferentes tipos de vidros de formatos diferentes e de processamento diferenciados em sua constituio, no por agregar elemento novo na sua constituio, mas na tecnologia de seu resfriamento, que o fator que d maior ou menor resistncia ao vidro.

Podemos citar como exemplo a cidade de Dubai, onde est sendo construdo o edifcio mais alto do mundo e com o maior nmero de salas para escritrios, o vidro vem sendo largamente utilizado, em barras transversais, onde a resistncia no exige e em ambientes com paredes totalmente de vidro.

A Opo pelo vidro est cada vez maior devido ao relacionamento com as caractersticas que nos proporciona como a translucidez, integrao com o meio externo e eficincia energtica (proporcionada pela reduo da necessidade de iluminao e uso de ar-condicionado).

PropriedadesAs propriedades dos vidros, assim como de todos os outros materiais, dependem de suas caractersticas estruturais. A estrutura por sua vez, esta condicionada principalmente pela composio qumica, e em menor escala tambm pela historia trmica.

As propriedades do vidro mudam de acordo com a sua composio e a quantidade de cada composto. E quanto a historia termica o tempo de resfriamento do vidro tem grande influencia nas suas caracteristicas finais.

Por exemplo:

Aumentando-se o Na2O (xido de sdio) do vidro aumenta-se a sua fluidez, expanso e solubilidade, mas por outro lado diminui a sua durabilidade.

O Al2O3 (alumina ou xido de alumnio), ao contrrio do Na2O, aumenta a durabilidade e faz aumentar a viscosidade.

O BaO (xido de brio) e o PbO (xido de chumbo) aumentam a densidade e reduzem a viscosidade, alm de aumentarem a expanso trmica.

O CaO (xido de clcio) favorece a desvitrificaco.

A figura a seguir mostra como cada composto influencia no vidro:

NormatizaoAo escolher qualquer tipo de vidro, arquiteto ou especificador devem atentar para as normas tcnicas relativas ao uso dos diversos tipos de produtos. A principal delas a NBR 7199, que trata do projeto, execuo e aplicaes de vidros na construo civil. Para cada aplicao especfica h uma norma prpria; por exemplo, a NBR 14207 fala sobre vidros para boxes de banheiros, enquanto a NBR 14488 refere-se a vidros para tampos de mesa.

Sempre que se identifica a necessidade da criao de uma norma, o Comit rene pessoas interessadas no produto em pauta (fabricantes, empresrios, arquitetos, engenheiros, consumidores, estudantes etc.) para formar um grupo de estudos e elaborar a norma. Depois disso, o projeto passa por consulta nacional, anlise da sociedade e sugestes e objees tcnicas. Algumas das normas tcnicas sobre vidros planos:

ABNT NBR 7199/1989 Projeto, execuo e aplicao de vidros na construo civil. Fixa as condies que devem ser obedecidas no projeto de envidraamento. Refere-se aplicao de vidros em janelas, portas, divises de ambientes, guichs, vitrines, lanternins, sheds e clarabias.

ABNT NBR 11706/1992 Vidros na construo civil. Fixa as condies exigveis para vidros planos aplicados na construo civil.

ABNT NBR 12067/2001 Vidro plano Determinao da resistncia trao na flexo. Especifica um mtodo para a determinao da resistncia trao na flexo de vidros planos. Adicionalmente, apresenta-se o procedimento para a medio da flexo mxima oriunda do carregamento, a ser determinado sempre que houver interesse.

ABNT NBR 14207/1998 Boxes de banheiro fabricados com vidro de segurana temperado projeto, instalao e materiais utilizados. Estabelece os requisitos mnimos de segurana para os materiais utilizados no projeto e instalao de boxes fabricados a partir de painis de vidro de segurana temperado, para uso em apartamentos, casas, hotis e outras residncias.

ABNT NBR 14488/2000 Tampos de vidro para mesa requisitos. Especifica as exigncias de desempenho e medidas lineares necessrias para garantir a segurana da aplicao de vidro plano na composio de mesas que tenham o vidro como componente de uso aplicado sua utilizao.

ABNT NBR 14564/2000 Vidros para sistemas de prateleiras requisitos e mtodos de ensaio. Especifica as exigncias de desempenho e medidas lineares necessrias para garantir a segurana da aplicao de vidro plano na composio de sistemas de prateleiras.Patologias

Os vidros tm de ser trabalhados e colocados respeitando as disposies feitas pelas normas tcnicas, observando-se quatro regras bsicas na aplicao: folga, calo, dimensionamento e acabamento das bordas. As duas primeiras dizem respeito sua relao com a estrutura (ambas evitam que os esforos de dilatao trmica e de toro dos materiais causados pelas cargas de vento quebrem o vidro); o dimensionamento diz respeito sua funo (no caso de portas e divisrias, o vidro dever ser temperado; para uso em coberturas e fachadas obrigatrio que seja laminado ou aramado); por fim, quanto s bordas, estas devem ser lapidadas, para eliminar as micro-fissuras e dificultar as possveis propagaes de trincas.

Disposies construtivas:

Os caixilhos devem obedecer s seguintes disposies gerais:

O caixilho que vai receber o vidro deve ser suficientemente rgido para no se deformar;

Quando houver previses de deformaes estruturais na obra, deve-se tornar o caixilho independente da estrutura;

Se o caixilho e as molduras forem metlicos, devem ser inoxidveis ou protegidos contra a oxidao, atravs de pinturas ou tratamentos adequados, compatveis com os materiais de calafetagem para cada caso;

Os caixilhos de madeira e de concreto devem receber pelo menos uma camada d pintura de fundo em todo o rebaixo;

Os rebaixos devem estar isentos de umidade, gordura, oxidao, poeira ou outras impurezas.

Em qualquer dos casos anteriores, as camadas de pintura devem estar adequadamente secas, antes da colocao da chapa de vidro.

Envidraamento:

As chapas de vidro devem ser colocadas de tal modo que no sofram tenses suscetveis de quebr-las, tais como: dilatao, contrao ou deformao do caixilho, deformao ou recalque da obra;

No permitido o contato das bordas das chapas de vidro entre si, com alvenaria ou peas metlicas;

A fixao das chapas de vidro deve ser tal que impea o seu deslocamento em relao aos elementos de fixao, excetuados os casos em que o projeto prev movimentao;

Quando houver chapas de vidro com bordas livres acessveis, estas devem ser laboradas;

No caso de clarabias ou telhados, para iluminao de passagem ou locais de trabalho, a vidraa deve ser adequadamente protegida com telas metlicas ou outros dispositivos e quando no o for, o vidro deve ser de segurana aramado ou laminado;

A massa deve ser aplicada de maneira a no formar vazios, e sua superfcie aparente deve ser lisa e regular;

Aps o envidraamento deve-se evitar a aplicao, na chapa de vidro, para assinalar a sua presena, de pintura com materiais higroscpicos como, por exemplo, a cal, alvaiade (que provocam ataques sua superfcie ), ou a marcao com outros processos que redundem em danos a superfcie da chapa;

CorrosoOcorre devido a ataques qumicos, sempre que a gua fica em contato com a superfcie de um vidro, muitas reaes qumicas podero ocorrer, causando eroso ou manchas. Essa reao o primeiro estgio de corroso. Se esse primeiro estgio continuar sem interrupo por alguns minutos poder iniciar outra reao muito mais prejudicial.

Durante os estgios iniciais dessa reao, ocorrem furos microscpicos na superfcie. Se a reao continuar, o ataque superficial ficar mais aparente e o vidro poder irisar ou apresentar um corroso acentuada.

pouco provvel a ocorrncia de corroso nos vidros instalados em edifcios, porque a umidade, em contato com o vidro, no retida, rapidamente evaporada ou diluda. Em compensao, as condies para corroso ocorrem no espao entre duas chapas adjacentes armazenadas. Sem controle ambiental, esses espaos podero reter muita umidade.

Concluso

A Opo pelo vidro est cada vez maior devido ao relacionamento com as caractersticas, que nos proporciona como a translucidez, integrao com o meio externo, eficincia energtica (proporcionada pela reduo da necessidade de iluminao e uso de ar-condicionado), acstico e de segurana. Com as tcnicas atuais de fabricao podemos fabricar vidros com diversas caractersticas e para todos os tipos de finalidade.

Referncias bibliogrficashttp://www.casaemercado.com.br/materia.php?hIdMateria=332

http://www.andiv.com.br/normas_vigentes.asp

http://www.revistaconstrucaoenegocios.com.br/materias.php?FhIdMateria=130

http://www.cebrace.com.brhttp://www.santarita.com.brPalhoa, junho de 2010