trabalho sobre antigo test amen to iii - livros poeticos

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Trabalho acadêmico da Disciplina Antigo Testamento III do CEEDUC sobre o tema: Livros Poeticos

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Page 1: Trabalho Sobre Antigo Test Amen To III - Livros Poeticos

CEEDUC Centro Evangélico de Educação e Cultura Curso: Bacharel de Teologia (Ministério) Turma: Modular Carga Horária: 45 h/s Disciplina: Antigo Testamento III Professor: Izabel Cristina Veiga Acadêmico: Ev. Márcio Batista e Denis Rafael da Cunha

TRABALHO ACADÊMICO

1. Qual a diferença entre grande parte da nossa poesia em relação à poesia hebraica? Resposta: A nossa poesia moderna apóia-se na rima e no paralelismo sonoro. Já a hebraica, enfatiza o ritmo e o paralelismo de idéias. Ou seja, a primeira linha do poema é paralela com a segunda ou com as seguintes, em uma das diversas formas. 2. O que são dísticos? Resposta: Dísticos, bicola ou bimembre são estrofes de dois versos. Tomamos por exemplo: “O justo florescerá como a palmeira,

Crescerá como o cedro do Líbano”

(Sl 92.12) 3. O que são trísticos? Resposta: Trísticos, tricola ou trimembre são estrofes de três versos. Apresentamos como exemplo: “que cobre o céu de nuvens,

que prepara para a terra chuva,

que faz brotar nos montes a grama”

(Sl 147.8) 4. O que são paralelismos de idéias? Resposta: O paralelismo é um ritmo equilibrado do pensamento e das idéias, mas do que das palavras e dos sons. 5. Quais os principais tipos de paralelismos hebreus?

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Resposta: Existem os seguintes tipos de paralelismos: Sinonímico ou sinônimo; Antitético ou contrastante; Sintético ou construtivo; Climático ou escada; Analítico; Emblemático e Quiástico. 6. De que trata o livro de Jó?

O livro de Jó trata sobre a soberania de Deus que usa satanás e o sofrimento para amadurecer o seu povo. Vimos na sala de aula: por quê sofrem os justos, se Deus é um Deus de Amor e Misericórdia? A resposta apresentada foi: Não sabemos!

7. Sintetize os discursos dos três acusadores de Jó e seus conceitos?

Elifaz No discurso de Elifaz, ele afirma que o sofrimento de Jó é por causa do pecado

(conforme Jó 4:1-21) Elifaz lembra a Jó de seu conselho a outros que estavam perturbados ou sofrendo e o

encoraja a seguir seu próprio ensino. Depois ele diz que o inocente e o reto não perecem. Elifaz é mais contundente, diz que o homem colhe o que semeia. Os homens perversos

são assemelhados a um covil de leões. Apesar de sua ferocidade, eles serão consumidos pelo sopro de Deus. Também Elifaz relata uma visão que alega ter tido e nesta visão ele fala de um espírito que lhe apareceu, causando grande temor de sua parte.

A mensagem da visão foi que o sofrimento por causa do pecado pessoal é inevitável, porque não há homem justo ou puro diante de Deus. Desde que todos pecam, todos têm que sofrer.

E depois Elifaz encoraja Jó a "buscar a Deus" (conforme Jó 5:1-27) Ele adverte Jó do perigo da ira contra os caminhos de Deus e Elifaz relata o destino de

um louco que ele tinha observado. Elifaz diz que buscaria a Deus se estivesse no lugar de Jó – que coragem de dizer isto.

Em seu terceiro discurso, ele parece estar dizendo que Deus não tem nada a ganhar do homem; ele não está fazendo Jó sofrer por alguma razão pessoal, egoísta. Elifaz insinua que Deus certamente não está afligindo Jó por causa da piedade que Jó tem estado afirmando. A única outra resposta é que ele está sofrendo por sua grande pecaminosidade. Supondo ter acertado toda a causa do sofrimento de Jó, Elifaz continua a alistar os pecados de Jó. Ele acusa Jó de falta de compaixão, de crueldade e de avareza. Elifaz resume que é por causa destes pecados específicos que Jó está rodeado de perturbação e calamidade. Contudo, o ímpio tira uma conclusão diferente da do piedoso. O ímpio afirma que Deus está tão afastado dos negócios dos homens que não conhece ou não se interessa pelo que eles estão fazendo.

Tal seria o favor de Jó com o Senhor que, se fosse abatido temporariamente, Deus o livraria. Jó até seria capaz de fazer intercessão em favor de pecadores, uma profecia desconhecida do papel que Jó desempenharia no fim do livro, e com respeito aos seus três amigos!

Resposta de Jó Jó reconhece que suas palavras têm sido imprudentes, mas sugere que tal imprudência é

compreensível em vista de seu grande sofrimento. Logo, Jó está sugerindo, que, assim como os animais fazem barulho quando têm um motivo, assim ele tem razão em expressar sua aflição. Jó deseja que Deus lhe conceda sua petição: permitir-lhe morrer. Ele exprime

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dúvida que possa resistir. Sua força não é infalível. Ele critica seus amigos por acusarem-no de má ação em vez de mostrarem-lhe simpatia.

Ele os assemelha a um ribeiro intermitente. Na estação chuvosa, quando a água é farta, ele está cheio; mas uma vez que o calor começa e os viajantes buscam sua água, ele está seco. De modo semelhante, quando Jó necessitava da compaixão de seus amigos, e a esperava, eles se mostraram serem fontes que tinham secado. Ele se queixa de que não estava pedindo muito a eles. E muito importante este apontamento, Jó desafia seus amigos a apontarem seu pecado que era o suposto responsável por seu grande sofrimento. Bildade Bildade ao conversar com Jó, ele afirma a justiça do Todo-Poderoso. Levado pelas

palavras que Jó acaba de dizer, Bildade começa seu discurso com uma áspera repreensão a Jó. É certo que ele considera blasfemas as palavras de Jó e assim ele age para defender a justiça de Deus. Bildade também repete o argumento de Elifaz: “aquele que sofre deve ser perverso”. Ele insinua que, uma vez que os filhos de Jó foram “postos fora,” eles devem ter pecado. Ele sugere também que Deus poderia “despertar” para as súplicas de Jó se ele fosse puro ou se ele se arrependesse. Bildade apela para a sabedoria e a experiência das gerações passadas. Ele defende seu argumento dirigindo a atenção de Jó para as conclusões das gerações passadas. Por causa da vida curta do homem, sua sabedoria tem que ser aumentada pela dos “pais”. Bildade continua, sugerindo uma relação de causa e efeito entre a injustiça e o sofrimento. Ele demonstra seu princípio com três ilustrações:

• Assim como o papiro não pode existir sem lama, assim o homem não pode prosperar sem o favor de Deus.

• A confiança do ímpio é tão frágil como a teia da aranha; ele não tem nada em que se apoiar.

• O ímpio é como uma planta que cresce por pouco tempo, mas que é arrancada do seu lugar.

Bildade afirma também o poder e a majestade do Todo-Poderoso. A capacidade do

homem para manter inocência diante de Deus. O comentário de Bildade nestes versículos é paralelo àqueles de Elifaz. O ponto de Bildade parece ser repreender Jó por pensar que poderia ser justo diante de Deus. Jó tem insistido em sua inocência de qualquer pecado que justificasse seu sofrimento. Ele tem afirmado, diversas vezes, que está confiante que sua justificação é apenas questão de tempo.

Resposta de Jó Jó afirma, do mesmo modo, o poder e a sabedoria de Deus. Jó sente-se incapaz de

contender com Deus, para provar ou afirmar sua inocência perante o Senhor. Ele aborda poder e a majestade de Deus. Jó descreve o poder de Deus como é evidenciado na natureza. Ele observa que o homem é incapaz de questionar a Deus às contas por seus atos. Jó declara que Deus trata os perversos e os retos do mesmo modo. Ele ainda vai até o ponto de dizer que Deus é indiferente ao sofrimento do inocente e discrimina em favor do perverso. Alguém poderia tentar amenizar as palavras de Jó, mas parece óbvio que Jó brada contra Deus nesta parte. Precisamos lembrar que Jó não estava a par de toda a informação que possuímos sobre o assunto dos propósitos de Deus.

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Jó afirma a impropriedade dos argumentos de Bildade para ajudar, para aconselhar, para salvar, etc. aqueles que necessitam de auxílio. Mesmo no mundo dos mortos, o poder de Deus é reconhecido. Ele continua sua descrição observando as manifestações do poder de Deus no céu e na terra. O ponto do discurso de Jó parece ser que ele reconhece o poder de Deus e não precisa de instrução dos seus “amigos” a este respeito. Pode ser que Jó esteja dizendo que se o homem está atemorizado diante do poder e da ação de Deus na natureza, como pode ele esperar entender a ação de Deus na ordem moral (seu domínio sobre ímpios e justos).

Zofar Primeiro discurso de Zofar: Zofar inicia seu discurso dizendo que nem sempre o que

fala muito é o que tem razão. Chama a conversa de palavrório que não ficará sem resposta,e diz que Jó está sendo castigado menos do que merece. Depois,faz comentários dizendo que Jó não é capaz de se achegar a Deus, e encerra o seu primeiro discurso, dizendo para Jó deixar o pecado que mancha a sua vida e se voltar para Deus para então poder dormir tranqüilo e andar novamente de cabeça erguida.

Conceito de Zofar: O sofrimento do homem é resultado do pecado, mas se o homem se arrepender e deixar de pecar, talvez alcance misericórdia e volte a viver com a conciência tranqüila. Resposta de Jó a Zofar Jó diz que apesar de seus amigos serem a voz do povo, nem sempre a voz do povo está

certa. Diz que não é menor que ninguém, e também sabe tudo o que esta sendo dito, no entato, estas palavras não servem para nada, eles são como médicos que não curam ninguém, e seus antigas explicações são como cinza que não vale nada, pois Jó sabe muito bem que não esta sofrendo por pecados.

Segundo discurso de Zofar: Zofar volta a se pronunciar e diz estar perturbado com as palavras de Jô, que elas são um insulto, mas que ele tem uma boa resposta para elas. Segue então dando vários exemplos de como Deus derrama a sua ira sobre os maus, e de como os maus recebem a recompença de suas maldade. Caracteriza Jó como um homem mau e que tão somente esta colhendo as maldades que semeou.

Conceito de Zofar: A alegria dos maus dura pouco. Resposta de Jó aos seus amigos: Jó responde a eles dizendo que embora achem que

seu sofrimento é decorrente de praticas de maldade, ele já viu muitos casos de pessoas más que embora sejam assim e rejeitem totalmente a Deus, ainda assim vivem tranqüilas. E encerra dizendo que suas consolações são vazias e que só estão proferindo mentiras pois suas palavras não se encaixam nesta situação.

Eliú Discurso de Eliú: quando parecia que a conversa iria terminar aparece Eliú que diz ser

sábio não pela idade mas sim pelo sopro de sabedoria divina. Irado com tudo o que ouviu de Jô e de seus amigos, ele começa a dizer que homem nenhum tem a resposta para Jó e que só Deus a tem.

Não obstante, passa a querer defender a Deus como um advogado das causas celestes. Continua dizendo que Deus não é injusto com ninguém, que Ele não erra, e define Jó como um pecador rebelde que só sabe zombar de Deus e falar mau dele, que Jó precisa se arrepender de seus pecados e reconhecer diante de Deus as suas faltas que por sinal não

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prejudicam à Deus, e sim à Jó e aos que convivem com ele. Diz que Jó esta sofrendo devido as suas maldades e esta recebendo o castigo que merece.

Conceito de Eliú: Deus não erra, Ele tanto protege o justo, quanto castiga o ímpio, portanto Jó esta sofrendo como castigo pelas suas maldades.

Referências

Enciclopédia Mundo Bíblico, Idéias sem fim, Coimbra/Portugal Bíblia Viva, Editora Mundo Cristão, São Paulo/SP Bíblia de Aplicação Pessoal, Editora CPAD, Rio de Janeiro/RJ ALLAN, Denis; http://www.estudosdabiblia.net