trabalho prático #5 sondas de perfuração e completação (henrique santana 74278)

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Nov, 2010 Princípios da Engenharia de Petróleo Sondas de Perfuração e Completação I Os Sondas de Perfuração e Completação Com custos elevados e essencialidade operacional, estas verdadeiras “cidadesitinerantes se transformaram no possível maior trade off do segmento petrolífero. Henrique Santana RA 74278 Trabalho Prático #5

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Nov, 2010 Princípios da Engenharia de Petróleo

Sondas de Perfuração e Completação

I

Os

Sondas de Perfuração e

Completação

Com custos elevados e

essencialidade

operacional, estas

verdadeiras “cidades”

itinerantes se

transformaram no

possível maior trade off

do segmento petrolífero.

Henrique Santana – RA 74278 Trabalho Prático #5

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Nov, 2010 Princípios da Engenharia de Petróleo

Sondas de Perfuração e Completação

II

ÍNDICE

HISTÓRICO CONCEITUAÇÃO CLASSIFICAÇÃO DAS SONDAS SONDA DE PERFURAÇÃO SONDA DE COMPLETAÇÃO PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO PROJETOS DE PERFURAÇÃO REFERÊNCIAS

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Sondas de Perfuração e Completação

III

HISTÓRICO

1859 - Perfurado o primeiro poço de petróleo nos EUA

Em 27 de agosto de 1859, o ‘coronel’ norte-americano Edwin Drake constrói a primeira

torre de petróleo na Pensilvânia, nos Estados Unidos. O líquido jorra quando o poço atinge 23

metros de profundidade. O petróleo era então utilizado como combustível para as lamparinas a

óleo, mas pouco depois passou a ser destilado para produzir carburantes como o querosene.

Tem início a febre do ouro negro: a descoberta de novas jazidas faria surgir cidades em pleno

deserto nos EUA. A figura 01 demonstra a exploração pioneira de petróleo na Pensilvânia (US)

como um “boom” parecido com a corrida pelo ouro na Califórnia (US).

Figura 01 – Corrida pelo “óleo de pedra” na Pensilvânia (US)

Na década de 1850, Benjamin Silliman Jr., professor de química da Universidade de Yale, foi

encarregado por um grupo de investidores - entre os quais George Bissell, advogado de Nova

York - com um projeto de pesquisa pelo qual receberia 526 dólares. Bissell tinha em mente algo

grandioso para o futuro: uma substância conhecida como “óleo de pedra”, nome que a

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Nov, 2010 Princípios da Engenharia de Petróleo

Sondas de Perfuração e Completação

IV

distinguia dos óleos vegetais e das gorduras animais. Ele sabia que o “óleo de pedra”

borbulhava nos mananciais ou vazava nas minas de sal da área ao redor do córrego Oil, nas

colinas do noroeste da Pensilvânia. Poucos barris dessa substância escura e de cheiro forte

eram obtidos por meios primitivos, escumando-a da superfície dos mananciais e dos córregos,

ou torcendo trapos ou cobertores embebidos naquele óleo. A maior parte desse minguado

suprimento era usada na feitura de remédios.

Bissell e seu grupo acreditavam que o “óleo de pedra” poderia ser exportado em

quantidade e processado para se converter num fluido que seria queimado em lampiões como

iluminante, que competiria em ótimas condições com os óleos de carvão que então dominavam

o mercado. Achavam que se conseguissem obtê-lo em quantidade suficiente, poderiam trazer

para o mercado um iluminante barato e de alta qualidade que o homem de meados do século

19 tão desesperadamente necessitava. Estavam convencidos de que poderiam iluminar cidades

e fazendas, e quase tão importante, poderiam usar o “óleo de pedra” para lubrificar as peças

móveis da nascente era mecânica. No final de 1854, Bissell contratou Silliman para analisar as

propriedades do óleo como iluminante e como lubrificante.

Ele ainda lutava para manter de pé sua aventura quando, num dia quente em Nova York, no

ano de 1856, viu pela janela a propaganda de um remédio à base do “óleo de pedra” que

mostrava várias torres de perfuração, do tipo usado para perfurar poços de sal. Surgiu-lhe a

idéia: por que continuar escavando e não perfurar para obter o “óleo de pedra”?

Escolheu um certo Edwin L. Drake, que não era militar, mas passou a ser citado como

coronel para atender a circunstâncias para viajar a Titusville e iniciar a exploração. Na

primavera de 1959, já estando na cidade há meses, escreveu para Bissell: “Não devo mais

escavar manualmente. A perfuração sai mais barato. Mas imploro que mandem dinheiro se for

para fazer alguma coisa...”

Drake não tinha recebido ainda a carta de crédito quando, na tarde do sábado, 27 de

agosto, a broca atingiu uma fenda a 23 metros de profundidade, e deslizou mais uns 15

centímetros. O trabalho de perfuração foi suspenso. No dia seguinte, havia um fluido escuro

boiando na água. Na segunda-feira, quando Drake chegou, acoplou uma bomba comum ao

poço e começou a fazer exatamente o que fora motivo de zombaria: bombear o líquido. No

mesmo dia, recebeu o dinheiro de Bissell e a ordem de fechar o “troço”. Uma semana antes,

teria concordado. Agora, não. A simplicidade das medidas de Drake tinha liquidado todas as

dúvidas. Havia encontrado petróleo. [1]

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Nov, 2010 Princípios da Engenharia de Petróleo

Sondas de Perfuração e Completação

V

CONCEITUAÇÃO

Sonda de perfuração ou Plataforma de perfuração são equipamentos utilizados para

perfurar poços que permitam o acesso a reservatórios de petróleo ou gás natural. Dependendo

da localização do reservatório, as sondas podem ser terrestres ou marítimas. Estas últimas são

instaladas sobre uma base flutuante e podem ou não ter propulsão própria.

Uma possível composição de sonda é ornamentada pelos seguintes equipamentos:

1.Tanque de lama

2.Agitadores de argila

3. Linha de sucção de lama

4. Bomba do sistema de lama

5. Motor

6. Mangueira vibratória

7. Draw-works

8. Standpipe

9. Mangueira da Kelly

10. Goose-neck (Pescoço de ganso)

11. Traveling block

12. Linha de perfuração

13. Crown block

14.Derrick

15.Monkey board

16.Stand do duto de perfuração

17.Pipe rack

18.Swivel

19.Kelly drive

20.Mesa rotatória

21. Superfície de perfuração

22. Bell nipple

23. Ânulo do Blowout preventer (BOP – sistema de prevenção de fluxo descontrolado)

24. Dutos do Blowout preventer

25. Linha de perfuração

26. Broca de perfuração

27. Cabeça do Casing

28. Duto de retorno da lama

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Sondas de Perfuração e Completação

VI

Na figura 02 teremos um modelo simplificado de sonda de perfuração. [2]

Figura – 02 Modelo de sonda de perfuração

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Nov, 2010 Princípios da Engenharia de Petróleo

Sondas de Perfuração e Completação

VII

CLASSIFICAÇÃO

Para melhor entendimento iremos classificar as sondas em função da fase que o processo

de E&P (exploração e produção) esteja utilizando seus recursos, sendo elas a Fase de

Perfuração e a Fase de Completação. A execução das atividades destas fases não impede a

realização uma da outra, podendo ocorrer trabalhos paralelos.

FASE E&P - PARA AS SONDAS DE PERFURAÇÃO

A perfuração é a atividade mais essencial na recuperação de petróleo e gás natural. Uma

vez que o prospecto foi identificado, somente através da penetração efetiva da formação pela

broca de perfuração é que a presença de reservas recuperáveis de hidrocarbonetos pode ser

confirmada.

Ocorrendo em locais previamente determinados pelas pesquisas geológicas e geofísicas,

seno no mar (offshore) ou em terra (onshore), a atividade de perfuração de um poço (sendo o

primeiro, chamamos de – Pioneiro) é feita através de sonda.

Comprovada a existência de petróleo, outros poços serão perfurados para se avaliar a

extensão da jazida. Essa informação é que vai determinar se é economicamente viável ou não,

produzir o petróleo descoberto. Caso a análise seja positiva, o número de poços perfurados

forma um campo de petróleo – poço de desenvolvimento. Como o tempo de vida útil de um

campo de petróleo é cerca de trinta anos, a extração é feita de forma racional para que esse

período não seja reduzido.

Na perfuração rotativa, as rochas são perfuradas pela ação da rotação e peso aplicados a

uma broca instalada na extremidade de uma coluna de perfuração. Os fragmentos da rocha são

removidos continuamente através de um fluido de perfuração. Esse fluido é injetado por

bombas para o interior doa coluna de perfuração e retorna a superfície através do espaço

anular formado pelas paredes do poço e a coluna.

Ao atingir dada profundidade, a coluna de perfuração é retirada do poço e uma coluna de

revestimento de aço, com diâmetro inferior ao da broca é descida no poço. O anular entre os

tubos do revestimento e as paredes do poço é cimentado com a finalidade de isolar as rochas

atravessadas, permitindo o avanço da perfuração com segurança. Após a operação de

cimentação, a coluna de perfuração é novamente descida no poço, tendo em sua extremidade

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Nov, 2010 Princípios da Engenharia de Petróleo

Sondas de Perfuração e Completação

VIII

uma nova broca de diâmetro menor que a do revestimento para o prosseguimento da

perfuração.

A perfuração é realizada em etapas (fases). [3]

FASE E&P - PARA AS SONDAS DE COMPLETAÇÃO

Consiste no conjunto de tubulações e equipamentos necessários para garantir segurança e

eficiente produção de óleo e gás.

Abrange o conjunto de serviços efetuados no poço desde o momento em que, na fase de

perfuração, a broca atinge o topo da zona produtora até o momento que o poço entra em

produção.

Aspectos a serem considerados:

Segurança: Durante toda a vida útil do poço (fases de perfuração, avaliação, completação,

produção e intervenções) deverá haver, necessariamente, equipamentos de superfície e

subsuperfície que permitam total segurança, pelo menos duas barreiras de segurança. A

barreira de segurança é um sistema independente, dotado de dada confiabilidade, formado por

um conjunto solidário de elementos, capaz de manter sob controle o fluxo de um poço. A

obrigatoriedade de duas barreiras para o controle do poço faz com que, a qualquer falha

observada em um componente de uma barreira, se intervenha no poço para a restauração das

condições originais.

Técnico/Operacional: Deve-se buscar a otimização da vazão de produção (ou injeção) e

tornar a completação a mais permanente possível, ou seja, aquela que minimize a necessidade

de intervenções futuras para a manutenção do poço (operações de work over). A completação

apresenta reflexos por toda a vida produtiva do poço, envolvendo elevados custos e

demandando planejamento criterioso das operações e uma análise econômica cuidadosa.

Econômico: Fatores que influenciam no retorno do investimento estimado.

Localização do poço (mar ou

terra)

Tipo de poço (pioneiro,

extensão, desenvolvimento)

Finalidade (produção de óleo,

gás e injeção de água)

Fluidos produzidos (gás, óleo e

água)

Volumes e vazões de produção

previstos

Número de zonas produtoras

Estimulação (aumento da

produtividade)

Controle de produção de areia

Elevação Natural ou Artificial

Necessidade de recuperação

secundária. [3]

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Sondas de Perfuração e Completação

IX

SONDA DE PERFURAÇÃO

Para melhor entendermos o processo realizado pela sonda de perfuração iremos dividir

suas atividades em:

1- Sistemas

2- Colunas de perfuração

3- Brocas

4- Fluido de perfuração

1- SISTEMAS

Principais sistemas componentes de uma sonda perfuração:

Sistema de sustentação de cargas

Sistema de geração e transmissão de energia

Sistema de movimentação

Sistema de rotação

Sistema de circulação

Sistema de segurança

Sistema de monitoramento

Cada sistema tem suas responsabilidades e características com finalidades específicas:

Sistema de sustentação de cargas: (Mastro / subestrutura / fundação / estaleiro). Tem a

finalidade de dar suporte e estrutura a sonda de perfuração

Sistema de geração e transmissão de energia: Conjunto de equipamentos utilizados para

gerar e transmitir a energia necessária para a operação da sonda tem o objetivo de manter os

equipamentos energizados durante a operação de perfuração. Dependendo do modo de

transmissão de energia para os equipamentos (guincho, bombas de lama mesa rotativa e

pequenos motores AC), as sondas de perfuração são classificadas em sondas mecânicas ou

diesel – elétricas.

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Sondas de Perfuração e Completação

X

Sistema de movimentação de carga: (guincho, bloco de coroamento, Catarina, cabo de

perfuração, gancho e elevador). Tem como objetivo realizar a movimentação das cargas a

serem executadas durante a perfuração do poço.

Sistema de rotação (mesa rotativa, kelly, cabeça de injeção, top-drive, motor de fundo). A

responsabilidade deste sistema é gerar a ação de rotatividade na coluna de perfuração.

Sistema de circulação: (bomba / tubulações e mangueiras / linha de retorno de lama /

peneira oscilante / calha de folhelho / fosso de reserva / fossos de lama / lameiro). Neste

conjunto de equipamentos serão realizados a circulação do fluido de perfuração, sua

purificação e armazenamento.

Sistema de segurança: (ESCP / Preventores / BOP). São válvulas e controladores preventivos

para fornecer a segurança necessária ao processo de perfuração.

Sistema de monitoramento: (manômetros / indicadores de peso / torquímetro / tacômetro

/ indicador de nível dos tanques / taxa de penetração da broca). É responsável pelo

monitoramento dos dados e fornecer o controle sobre o processo. [4]

2- COLUNAS DE PERFURAÇÃO

A coluna de perfuração é responsável pela transmissão da rotação e do peso necessários

para que a broca realize o trabalho de destruição das rochas

A função da coluna de perfuração:

Transmitir a energia necessária para o funcionamento da broca (peso e rotação)

Guiar e controlar a broca na sua trajetória no subsolo

Permitir a circulação do fluido de perfuração com o mínimo de perda de carga

Componentes da coluna de perfuração:

Comandos

Tubos de perfuração pesados (heavy weight drill pipe)

Tubos de perfuração

Equipamentos auxiliares:

o Estabilizadores

o Amortecedores de choque

o Substitutos

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Nov, 2010 Princípios da Engenharia de Petróleo

Sondas de Perfuração e Completação

XI

3- BROCAS

Equipamentos que tem a função de promover a ruptura e desagregação das rochas ou

formações. As brocas podem ser classificadas como: brocas sem partes móveis e brocas com

partes móveis.

As brocas para rochas mais moles possuem poucos cortadores de maior tamanho, enquanto

que para as rochas mais duras possuem cortadores menores e em maior quantidade. As figuras

- 03 demonstram os tipos de brocas por tipo formação.

COM partes móveis

o Podem ser de um a quatro cones

o Tricônica é a mais utilizada

o Elementos principais: estrutura cortante e rolamentos

SEM partes móveis

o Integral de lâmina de aço (rabo de peixe)

o Diamantes naturais

o Diamantes artificiais (PDC)

Figura – 03 broca para formação dura Figura – 03 broca para formação mole

4- FLUIDO DE PERFURAÇÃO

Historicamente, quando foi introduzido junto com a perfuração rotativa, a finalidade do

fluido de perfuração era simplesmente a remoção do cascalho produzido pela broca no fundo

do poço. Nestas circunstâncias, qualquer tipo de fluido capaz de realizar esta função podia ser

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Nov, 2010 Princípios da Engenharia de Petróleo

Sondas de Perfuração e Completação

XII

considerado um fluido de perfuração: água, ar, gás natural, sólidos em suspensão na água,

emulsões.

Com o progresso tecnológico e as exigências dos órgãos

ambientais, o fluido de perfuração tornou-se uma mistura complexa

de sólidos, líquidos e produtos químicos. A figura 04 demonstra o

fluxo operacional do fluido de perfuração.

Funções do fluido de perfuração:

Remover os cascalhos gerados pela broca do fundo do poço e

transportados para a superfície

Controlar as pressões das formações

Estabilizar as paredes do poço

Manter os cascalhos em suspensão sempre que houver parada

da circulação da lama

Resfriar e lubrificar a broca

Lubrificar a coluna de perfuração, reduzindo seu atrito com o

poço

Proporcionar a formação de reboco fino e impermeável para

proteger as formações produtoras

Permitir a coleta de informações sobre as formações através

dos cascalhos, traços de óleo e gás que são detectados na

superfície

Facilitar a realização de testes de formação, perfilagens, etc.

Figura 04

movimentação dos cascalhos no fluido

Propriedade dos fluidos de perfuração:

DENSIDADE: A densidade é uma propriedade muito importante e deve ser mantida

controlada de modo que a sua pressão hidrostática seja suficiente para controlar os

fluidos das formações

VISCOSIDADE: É a medida da resistência da lama para fluir. Em outras palavras mede a

consistência da lama. A viciosidade deve ser suficientemente elevada para manter a

baritina em suspensão e assegurar o transporte dos cascalhos para fora do poço.

FILTRADO: O fluido de perfuração submetido à pressão hidrostática deposita defronte

das formações permeáveis uma película de baixa permeabilidade denominada Reboco

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Nov, 2010 Princípios da Engenharia de Petróleo

Sondas de Perfuração e Completação

XIII

(mud cake) enquanto uma parte líquida chamada Filtrado é drenada para dentro da

formação. Uma lama de boa qualidade deve apresentar um filtrado baixo e um reboco

fino e de ótima plasticidade. O filtrado API é a quantidade de líquido em cm3 que é

recolhido quando a lama é submetida a uma pressão de 100 PSI

REBOCO: É medido em mm ou frações da polegada e tem a sua consistência igualmente

avaliada em mole, duro, firme, elástico, etc.

TEOR DE SÓLIDOS: O controle do teor de sólido é muito importante e deve ser objeto de

todo cuidado uma vez que ele influi sobre diversas propriedades da lama: densidade,

viscosidade e força gel, produzindo desgaste nos equipamentos pela sua abrasividade e

reduz a taxa de penetração da broca.

FORÇA GEL: A força gel é um parâmetro que indica o grau de tixotropia da lama. Um

fluido tixotrópico é aquele que quando em repouso desenvolve uma estrutura gelificada

e que quando posto em movimento recupera a fluidez.

pH : É medido usando papeis indicadores ou potenciômetros, sendo mantido na faixa de

7 a 10. Ele determina apenas uma alcalidade relativa à concentração de íons H+ através

de métodos comparativos.

ALCALINIDADE: As alcalinidades dos fluidos de perfuração são determinadas por

métodos diretos de titulação volumétrica de neutralização e leva em consideração as

espécies carbonatos (CO3--) e bicarbonatos (HCO3-) dissolvidos na lama, alem dos íons

hidroxilas (OH-) dissolvidos e não dissolvidos.

Classificação dos fluidos de perfuração: Os fluidos de perfuração são classificados de acordo

com a natureza dos fluidos de base:

Lamas de base água

Lamas de base óleo

Lamas de base ar [5]

SONDA DE COMPLETAÇÃO

Para melhor entendermos o processo realizado pela sonda de completação iremos dividir

suas atividades em:

1- Tipos de completação

2- Etapas de uma completação

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Nov, 2010 Princípios da Engenharia de Petróleo

Sondas de Perfuração e Completação

XIV

1- TIPOS DE COMPLETAÇÃO

A completação é dividida quanto a alguns critérios de operacionalização, como:

Quanto ao posicionamento da cabeça do poço

o Árvore de Natal Convencional (ANC): Em terra, a cabeça do poço fica na

superfície. No mar. Em águas rasas, também é possível trazer a cabeça do poço

para a superfície. Em águas profundas temos também alguns exemplos de ANC.

Na figura 05 temos um modelo deste equipamento.

o Árvore de Natal Molhada (ANM): Em águas mais profundas, onde é inviável

trazer até a superfície, a cabeça do poço fica no fundo do mar, onde temos a

completação molhada. Na figura 06

temos um modelo deste equipamento.

Figura 05 – ANC Figura 06 – ANM

Quanto ao revestimento de produção

A classificação da completação quanto a revestimento é subdividida em:

o Poço aberto: Utilizado em formações bem consolidadas, como pouco risco de

desmoronar.

o Com liner rasgado: Boa para aplicação em poços horizontais.

o Com revestimento canhoneado: Mais utilizados atualmente.

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Sondas de Perfuração e Completação

XV

Quanto ao número de zonas exploradas

A divisão quanto a zona exploradas é exposta da seguinte forma:

o Simples: Possibilita produzir de modo controlado e independente apenas uma

zona de interesse.

o Múltipla: Possibilita produzir ao mesmo tempo duas ou mais zonas/reservatórios

diferentes através de uma ou mais colunas de produção descidas no poço. [3]

2- ETAPAS DE COMPLETAÇÃO

Esta etapa consiste em equipar o poço de componentes que permitem o mesmo entrar em

produção. A completação de um poço envolve um conjunto de operações subseqüentes à

perfuração.

Instalação de Equipamentos de superfície (cabeça de produção, BOP, etc.)

Condicionamento do revestimento de produção

Substituição do fluido do poço (lama) por fluido de completação isento de sólidos

Avaliação da qualidade da cimentação com perfis CBL/VDL/CEL/CCL/GR

Canhoneio da Zona de interesse

Avaliação da zona produtora (TFR/TP)

Descida da cauda de produção com coluna de trabalho

Descida da coluna de produção até o suspensor de coluna (MGL/DHSV/TH)

Instalação da Arvore de Natal Convencional, ou Molhada

Colocação do poço em produção [5]

PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO

Quanto à profundidade:

o Águas rasas (0 – 300) metros

o Águas profundas (300 – 1500) metros

o Águas ultraprofundas (acima de 1500) metros

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Nov, 2010 Princípios da Engenharia de Petróleo

Sondas de Perfuração e Completação

XVI

Quanto ao local:

o Sondas terrestres (SPT): São plataformas utilizadas nas operações onshore. A

figura 07 demonstra um exemplo de sonda terrestre.

Figura 07 – exemplo de sonda onshore

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Nov, 2010 Princípios da Engenharia de Petróleo

Sondas de Perfuração e Completação

XVII

o Sondas marítimas: São plataformas utilizadas nas operações offshore. Estão

entre os maiores móveis estruturas feitas pelo homem no mundo. Existem vários

tipos de plataformas de petróleo. A figura 08 demonstra alguns destes exemplos

respectivamente da esquerda para a direta.

Figura 08 – Plataformas diversas

1,2) Plataformas fixas: Essas plataformas são construídas em concreto ou aço

pernas, ou ambos, ancorada diretamente no leito do mar, suportando um deck

com espaço para equipamentos de perfuração, instalações de produção e os

quartos da tripulação. As plataformas fixas são economicamente viáveis para a

instalação em profundidades de até cerca de 1.700 pés (520 m).

3) Torres: Estas plataformas consistem em pequenas torres flexíveis e uma pilha

fundação de apoio uma plataforma para as operações convencionais de

perfuração e produção. Conforme torres são projetadas para sustentar

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Nov, 2010 Princípios da Engenharia de Petróleo

Sondas de Perfuração e Completação

XVIII

significativos desvios laterais e forças, e são usados normalmente em

profundidades que variam de 1.500 a 3.000 pés (460-910 m).

4,5) plataforma semi-submersível: Estas plataformas têm casca (colunas e

pontões) de um número suficiente de flutuabilidade para causar a estrutura para

flutuar, mas de peso suficiente para manter a estrutura vertical. As plataformas

semi-submersíveis podem ser movidas de um lugar para outro, pode ser lastrado

cima ou para baixo, alterando a quantidade de alagamento em tanques de

flutuação, que são geralmente ancorados por combinações de correntes, cabos

ou cordas de poliéster, ou ambos, durante a perfuração ou produção operações,

ou ambos, embora possam também ser mantido no lugar pelo uso de

posicionamento dinâmico. Semi-submersíveis podem ser usadas em lâmina

d'água de 200 a 10.000 pés (60 a 3.000 m).

6) Perfuratriz Jack: Unidades de perfuração (ou jack-ups), como o nome sugere,

são equipamentos que podem ser levantado acima do mar, utilizando os pés,

que pode ser reduzida, bem como fichas. Estes MODU's-Unidades Móveis de

Perfuração são normalmente utilizados em profundidades de até 400 pés (120

m), embora alguns projetos podem ir a 550 pés (170 m) de profundidade. Eles

são projetados para se deslocar de um lugar para outro, e depois escora-se por

implantar as pernas para o fundo do mar através de um pinhão e cremalheira

sistema de engrenagens em cada perna.

7, 8) Navios perfuradores: A sonda é um navio de transporte marítimo, que foi

equipado com aparelho de perfuração. É mais freqüentemente utilizados para

perfuração de poços exploratórios de óleo novo ou poços de gás em águas

profundas, mas também pode ser usado para a perfuração científica. As

primeiras versões foram construídas em um casco de navio modificado, mas os

projetos construídos propositadamente, usado hoje. A maioria dos navios

perfuradores são equipados com um posicionamento dinâmico do sistema para

manter a posição sobre o bem. Eles podem perfurar em profundidades de até

12.000 pés (3.700 m).

9) Sistemas de produção flutuante: Os principais tipos de sistemas flutuantes de

produção estão FPSO (Floating, Production, Storage and Offloading). FPSOs

consistem em estruturas monocasco grandes, geralmente (mas não sempre)

shipshaped, equipados com instalações de processamento. Essas plataformas

são atracadas em um local por longos períodos, e na verdade, não perfurar

poços de petróleo ou gás. Algumas variantes desses aplicativos, chamado FSO

(sistema de armazenamento e descarga flutuante) ou FSU (unidade flutuante de

armazenamento), são utilizados exclusivamente para fins de armazenamento e

processo de equipamentos de acolhimento muito pouco.

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Nov, 2010 Princípios da Engenharia de Petróleo

Sondas de Perfuração e Completação

XIX

10) Tension Leg Platform: TLPs são plataformas flutuantes presos ao fundo do

mar de uma forma que elimine o movimento mais vertical da estrutura. TLPs são

utilizadas em profundidades de água até cerca de 6.000 pés (2.000 m). As

"convencionais" TLP são um projeto de quatro colunas que se assemelha a uma

semi-submersível. Versões proprietárias incluem o Seastar e TLPs mini Moisés,

eles são relativamente de baixo custo, usado em profundidades de água entre

600 e 4.300 pés (180 e 1300 m). Mini TLPs também pode ser usado como

satélites de utilidade ou de plataformas de produção antecipada para maiores

descobertas em águas profundas. [6]

PROJETOS DE PERFURAÇÃO

A ANP disponibiliza em seu site, uma tabela que é atualizada quase em tempo real, onde

demonstra o status dos projetos de perfuração de poços no Brasil. Entre os dados fornecidos

temos:

Nome do poço

Nome da bacia onde o poço é explorado

Nome do operador

Bloco

Latitude e longitude do poço

Nome da sonda

Profundidade final e média

Lamina d’água

Tipo: Onshore ou Offshore

Situação da perfuração: (concluído / Perfurando / Avaliando)

Data da atualização

No endereço eletrônico

http://www.anp.gov.br/site/extras/situacao_pocos/index.asp?lngPaginaAtual=1 teremos as

informações disponibilizadas pela ANP. Na figura 09 a seguir temos um exemplo desta tabela.

[7]

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Nov, 2010 Princípios da Engenharia de Petróleo

Sondas de Perfuração e Completação

XX

Figura 09 – Tabela de poços de perfuração atualizada em 05/11/2010

REFERÊNCIAS

[1] UOL – Opera Mundi

http://operamundi.uol.com.br/noticias_ver.

php?idConteudo=5976

[2] Wikipédia

http://pt.wikipedia.org/wiki/Sonda_de_perf

ura%C3%A7%C3%A3o

[3] Apostila do curso de engenharia de

petróleo da UNISANTA

Matéria: Princípios da engenharia de Petróleo,

Capitulo IV, perfuração

[4] UENF

www.lenep.uenf.br

[5] Nupeg

www.nupeg.ufrn.br

[6] Wikipédia

http://translate.google.com.br/translate?hl

=pt-

BR&langpair=en%7Cpt&u=http://en.wikipe

dia.org/wiki/Oil_rig

[7] ANP

http://www.anp.gov.br/

Observação geral: Algumas citações em

referência foram resumidas e interpretadas

de acordo com o critério estabelecido pelo

autor do material.