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Cuiabá, 22 de Maio de 2012. PATOLOGIA DAS ESTRUTURAS DE CONCRETO Disciplina: Patologia das Construções Prof . Augusto Alunas: Janaina Parra Márcia Andréia

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PATOLOGIA DAS

ESTRUTURASDE

CONCRETODisciplina: Patologia das Construes Prof. AugustoAlunas: Janaina Parra Mrcia Andria

Cuiab, 22 de Maio de 2012.

SUMRIO

1 INTRODUO 2 CORROSES DAS ARMADURAS 3 DEFORMAES ESTRUTURAIS 4 LIXIVIAES DE COMPOSTOS HIDRATADOS 5 FALTA DE QUALIDADE E ESPESSURA DO COBRIMENTO 6 IRREGULARIDADES GEOMTRICAS DOS ELEMENTOS DE CONCRETO 7 SEGREGAES DO CONCRETO 8 FISSURAS 9 CONCLUSO 10 BIBLIOGRAFIA

1 INTRODUO

Ao longo dos tempos, o homem tem lanado mo de diversos materiais para suas construes. Entretanto, constata-se que, nos ltimos anos, os materiais estruturais mais utilizados foram madeira, o ao e o concreto.

Figura 1.1 - Materiais Estruturais Mais Utilizados No Brasil, a maioria das estruturas foram, e ainda so, executadas com o concreto armado. Contrariamente ao que at se chegou a imaginar um dia, nenhum desses materiais apresenta durao ilimitada. Com o passar dos anos, descobriu-se que eles eram passveis de sofrer diversos tipos de agresso, que resultariam em variada gama de alteraes em suas caractersticas e propriedades. Dos trs, com certeza, o concreto armado foi o que mais surpresas causou. Apesar dos problemas terem demorado a apresentar-se, eles o fizeram em grande nmero, e motivados por variedade bem maior de agentes. As agresses sobre a madeira e o ao so em nmero reduzido, sendo as solues para os problemas delas decorrentes mais simples, j h muito definidas e com desempenho conhecido e de pouca variabilidade.

1.1 - Algumas Causas Agente causador das anomalias (cargas, umidade, variaes trmicas, agentes). biolgicos, incompatibilidade de materiais, agentes atmosfricos, etc.) 1.2 Alguns Casos Patologias em Pilares, Lajes, Vigas, Caixas d gua, Escadas.

2 CORROSES DAS ARMADURAS DE CONCRETO ARMADO

2.1 CORROSES NA BASE DE PILARES

Por causa da corroso pode haver perda de aderncia entre o ao e o concreto ou uma perda de seo da armadura que debilita a estrutura, podendo lev-la ao colapso.

ASPECTOS GERAIS: Manchas superficiais de cor marrom avermelhada; Fissuras paralelas armadura; Reduo da seo da armadura; Descolamento do concreto;

CAUSAS PROVVEIS Alta permeabilidade do concreto Insuficincia de argamassa para o envolvimento total dos agregados. Em reas de garagem, devido presena de monxido de carbono que pode contribuir para a rpida carbonatao do concreto.

2.2 CORROSES EM LAJES Laje executada sem o mnimo de cobrimento para proteo da armadura que coincidi com as juntas das frmas provocando corroso generalizada e expanso da seo das armaduras.

ASPECTOS GERAIS Manchas superficiais de cor marrom avermelhada. Corroso generalizada em todas as barras da armadura. Reduo da seo da armadura. Descolamento do concreto.

CAUSAS PROVVEIS Falta de espaadores Abertura nas juntas das frmas, provocando a fuga de nata de cimento. Presena de agentes agressivos guas salinas; atmosferas marinhas; etc Cobrimento em desacordo com o projeto.

2.3 CORROSES EM VIGAS COM JUNTA DE DILATAO

Corroso com perda de seo da armadura na base do Pilar. Difceis de identificar em seu surgimento, corroso das armaduras so intensificadas quando ocorre o desplacamento do concreto.

ASPECTOS GERAIS Fissuras paralelas armadura. Reduo da seo da armadura. Descolamento do concreto. Saturao da parte inferior viga.

CAUSAS PROVVEIS Juntas de dilatao obstrudas e com infiltrao. Presena de agentes agressivos; guas salinas; atmosferas marinhas; etc. Alta densidade de armaduras no permitindo o cobrimento mnimo exigido. Cobrimento em desacordo com o projeto. Alta permeabilidade do concreto Insuficincia de argamassa para o envolvimento total dos agregados.

2.4 Corroses por ataque de Cloreto

A estrutura apresenta formao localizada de pites de corroso e lascamento do concreto devido a expanso dos produtos de corroso.

ASPECTOS GERAIS Manchas superficiais de cor marrom avermelhada. Apresenta corroso localizada com formao de pites. OBS. Pites Consiste na formao de pequenas cavidades e profundidade considervel podendo ser chamado puntiforme.

CAUSAS PROVVEIS Presena de agentes agressivos incorporados ao concreto, guas salinas, aditivos base de cloretos ou cimentos. Atmosfera viciada: locais fechados com baixa renovao de ar, existindo a intensificao da concentrao de gases.

3 DEFORMAES ESTRUTURAIS

Os edifcios de hoje so mais altos e esbeltos, a concepo privilegia grandes vos, h menos pilares e as lajes e as lajes apresentam espessuras reduzidas. Essas caractersticas trouxeram implicaes e tornaram as estruturas mais deformveis. 3.1 Deformaes excessivas nas Estruturas

O ritmo acelerado da obra pode fazer com que frmas e cimbramentos sejam retiradas antes do momento adequado.

OBS. Cimbramentos so estruturas de sustentao das formas em obras no prediais em concreto armado. So estruturas executadas com o objetivo de conter, provisoriamente, o peso das formas e as cargas eventuais sobre elas, durante e aps a concretagem. CAUSAS PROVVEIS O Efeito de carga Cclica; O Efeito da Fluncia do Concreto; Subdimensionamento; Sobrecarga (uma solicitao extra superior resistente de dimensionamento de projeto) A realizao de uma desforma prematura; Ocorrncia de falha no posicionamento ou no nivelamento da frma ou armadura; Deficincia na rigidez de sistemas de cimbramentos; Recalque diferencial da fundao; Consequncia de defeito de aparelho de apoio; Consequncia de defeito em junta de dilatao;

4 LIXIVIAES DE COMPOSTOS HIDRATADOS A lixiviao a ao extrativa ou de dissoluo que os compostos hidratados da pasta de cimento podem sofrer quando em contato com gua, principalmente as puras ou cidas.

A lixiviao do hidrxido de clcio, com a consequente formao do carbonato de clcio insolvel responsvel pelo aparecimento de eflorescncia caracterizada por depsitos de cor branca na superfcie do concreto.

CAUSAS PROVVEIS Alta solubilidade do hidrxido de clcio em gua pura deixando mais sensvel eletrlise causando a lixiviao.

5 FALTA DE QUALIDADE E ESPESSURA DO COBRIMENTO

Para a NBR-6118/2003, a durabilidade das estruturas de concreto altamente dependente das caractersticas do concreto e da espessura e da qualidade do concreto de cobrimento das armaduras. Dessa forma, define valores mnimos para as estruturas de concreto.

6 - IRREGULARIDADES GEOMTRICAS DOS ELEMENTOS DE CONCRETO Segundo Aranha (1994), as irregularidades geomtricas dos elementos de concreto armado so modificaes, em relao ao especificado no projeto estrutural e/ou no projeto de frmas, na geometria dos elementos, podendo ocorrer em nvel de planeza, esquadro ou nas alteraes das dimenses das sees das peas acima do tolerado pela NBR 14931 (ABNT, 2004) (Quadro 1).

Dimenso (a) cm

Tolerncia (t) Mm

a 60 60< a 120 120 < a 250 a > 250

5 7 10 0,4% da dimenso

Quadros 1 Tolerncias dimensionais para sees transversais de elementos estruturais (NBR 14931, 2004).

CAUSAS PROVVEIS A qualidade da madeira utilizada na execuo de frmas enfatizada por Yazigi (2003), orientando que sejam observadas a inexistncias dos seguintes defeitos: desvios dimensionais, arqueamento, encurvamento, encanoamento, ns, rachaduras, fendas, perfuraes por insetos ou podrido.Cuidados nas execues das frmas e do escoramento podem evitar irregularidades geomtricas dos elementos em concreto armado, conforme mostra a Figura 3.18.

Figura 3.18- Vigas em concreto armado com irregularidades geomtricas. (CREA/GO)

7 SEGREGAES DO CONCRETO Mehta e Monteiro (1994) definem a segregao como sendo a separao do concreto fresco de tal forma que a sua distribuio deixa de ser uniforme, comprometendo sua compactao, essencial para atingir o potencial mximo de resistncia e durabilidade (Figura 3.19).

Figura 3.19- Elementos em concreto armado com segregao.

CAUSAS PROVVEIS A causa da segregao uma combinao de consistncia inadequada, massas especficas excessivamente distintas, armaduras em alta densidade, condies inadequadas de transporte, lanamento e adensamento do concreto.

CUIDADOS A SEREM TOMADOS A NBR 14931(ABNT, 2004) recomenda que o concreto deve ser lanado com tcnica que elimine ou reduza significativamente a segregao entre seus componentes, observando-se maiores cuidados quanto maiores forem altura de lanamento e a densidade de armadura. Principalmente, quando a altura de queda livre do concreto ultrapassar a dois metros, no caso de peas estreitas e altas. 8 FISSURAS So aberturas que afetam a superfcie do elemento, sem comprometer todas as suas espessuras. Alm do aspecto esttico e a insegurana, as fissuras permitem a entrada de agentes agressivos.

Classificao das Fissuras.CLASSIFICAO

TrincasAcima de: 0,5mm

Fissurasde: 0,05mm `a 0,50mm

MicrofissurasInferior a: 0,05mm

Tratar a Causa

Recalque de fundao Falta de Armadura Falta de junta de Movimentao\Dilatao Descolamento\Destacamento

FISSURAS EM LAJES Como a laje est solidamente engastada nas paredes, ao dilatar ela leva junto parte da parede. Ento surgem trincas inclinadas nos cantos das paredes.

CAUSAS PROVVEIS Assim quanto s causas, as fissuras podem ser como mostra na tabela 1 abaixo.

Causa da Fissura

Localizao

Variao de Temperatura Externa

Junto Restrio Deformao

Tempo de Manifestao Semanas a meses, Lajes\Paredes conforme a delgadas\Pavimentos estao do de Concreto ano e as dimenses da pea. Semanas a meses, conforme a estao do ano e as dimenses da pea Vrias semanas ou meses

Pea mais Sujeita

Retrao Trmica

Junto Restrio Deformao

Elementos Espessos

Locais de Lajes\Paredes Retrao juntas de delgadas\Pavimentos Hidrulica Dilatao de Concreto potenciais Na Superfcie, Peas com grandes em direo superfcies de diagonal. Retrao por concreto fresco Secagem Na Superfcie, exposto como lajes e pavimentos de em direo concreto aleatria. Sobre Peas de dimenso armaduras vertical considervel No topo de Assentamento concretagem Pilares\Paredes Plstico arqueada Mudana de Lajes com espessura Profundidade Varivel Ao longo das Qualquer elemento Corroso de barras ou armado ou Armaduras bainhas protendido Contornando Reao lcaliLajes\Paredes os agregados Agregado delgadas grados.

Final de Pega semanas

Final de pega a semanas

Mais de 2 (dois) anos Mais de 5 (cinco) anos

9 CONCLUSO

A concluso do trabalho se fundamenta na importncia de se buscar uma maior durabilidade das edificaes, evitando que patologias de umidade venham a danificar o patrimnio e comprometer a sade das pessoas. O estudo possibilita a realizao de projeto de recuperao das patologias das obras. Devendo haver reconstruo das reas mais crticas e utilizao de materiais especiais. A escolha de materiais empregados e tipos de sistemas construtivos podem evitar o surgimento de patologias de umidade, assim como uma boa impermeabilizao. Tambm tem de ser considerado o micro clima que atua na edificao, o qual de fundamental importncia para se evitar a ao de gua como causador de patologias. A incidncia de chuva e vento pode variar de uma fachada para outra, exigindo caractersticas especiais e cuidados. Prevenir melhor que remediar: seguindo este lema preventivo e aplicando o contra as patologias de umidade, alm de ser mais eficaz e sem gastos econmicos, garante uma maior segurana e durabilidade da estrutura. Deste modo, ser benfico no s para a edificao em si, mas tambm para todas as pessoas que a utilizam.

10 BIBLIOGRAFIA

Fontes de Pesquisa: http://www.biblioteca.sebrae.com.br/bds/bds.nsf

http://www.usp.br/fau/cursos/graduacao/arq_urbanismo/disciplinas

http://www.scientiaplena.org.br

http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAz3cAC/dissertacao-patologia-estruturaconcreto-fundacao