trabalho - parte escrita
DESCRIPTION
PIG's - Ensaios Não DestrutivosTRANSCRIPT
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE MECÂNICA
CURSO TÉCNICO DE NÍVEL MÉDIO INTEGRADO EM MECÂNICA
EDUARDO MORAES QUIRINO
GABRIEL MUXFELDT SIQUEIRA
GABRIEL DUARTE MORATO
JOÃO VICTOR SANTOS
LUCAS STIEGLITZ CHIMICOVIAKI
PEDRO MARTINS LACHOWSKI
ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS APLICADOS À INSPEÇÃO DE
DUTOS
CURITIBA
2014
EDUARDO MORAES QUIRINO
GABRIEL MUXFELDT SIQUEIRA
GABRIEL DUARTE MORATO
JOÃO VICTOR SANTOS
LUCAS STIEGLITZ CHIMICOVIAKI
PEDRO MARTINS LACHOWSKI
ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS APLICADOS À INSPEÇÃO DE
DUTOS
Trabalho apresentado à disciplina de Ensaios
Não Destrutivos, do Curso Técnico De Nível
Médio Integrado Em Mecânica, do
Departamento Acadêmico de Mecânica –
DAMEC – da Universidade Tecnológica Federal
do Paraná – UTFPR.
Orientador: Prof. Dr. Ricardo Fernando dos Reis
CURITIBA
2014
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Modelos de PIGs.........................................................................................6
Figura 2 - Esquema da Aplicação do PIG em Dutos, com seus Principais
componentes...............................................................................................................6
Figura 3 - PIG para inspeção de dutos........................................................................6
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.........................................................................................................4
2 INSPEÇÃO DE DUTOS............................................................................................5
2.1 PIG (PIPELINE INSPECTION GAUGES)..............................................................5
2.1.1 PIG DE FLUXO MAGNÉTICO (MAGNETIC FLUX LEAKAGE, MFL).................7
2.1.2 PIG ULTRASSÔNICO........................................................................................9
2.1.3 COMPARAÇÃO ENTRE O PIG MFL E PIG ULTRASSÔNICO.........................9
2.2 INSPEÇÃO VISUAL REMOTA DE DUTOS POR VÍDEO......................................9
2.3 DUTOS NÃO-PIGÁVEIS......................................................................................10
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................11
REFERÊNCIAS.........................................................................................................12
4
1 INTRODUÇÃO
Dutos são condutos fechados, destinados principalmente ao transporte de
fluidos. Todos os dutos apresentam seção transversal uniforme e são ocos. Eles são
considerados o método mais seguro de transporte de produtos como petróleo e gás.
Por isso, para evitar acidentes e problemas ambientais é de extrema importância o
monitoramento dos dutos.
O presente trabalho relata os principais métodos de Ensaios Não Destrutivos
aplicados à inspeção de dutos. Atualmente, com os avanços da tecnologia, a
inspeção com PIG instrumentado é a mais utilizada no mundo.
5
2 INSPEÇÃO DE DUTOS
Em uma tentativa de manter dutos operando com segurança, as inspeções
periódicas são realizadas para encontrar falhas e danos antes que se tornem motivo
de preocupação. O monitoramento de dutos é, portanto, cada vez mais essencial,
devido à preocupações ambientais relativas à possíveis falhas ou rupturas o que
pode ocasionar vazamentos e custos elevados de reparação, substituição ou multas
relativas à impactos ambientais.
Como grande parte dos dutos é enterrada ou submersa, a tarefa de
inspecioná-los torna-se ainda mais complexa e inacessível. Por o acesso a esses
locais ser extremamente difícil, os ENDs mais comuns, como PM, LP, ultra-som e
radiografia não conseguem abranger tais dutos. Como solução para este problema,
a engenharia moderna vem propondo o uso de um equipamento chamado: Pig
Instrumentado de Inspeção.
2.1 PIG (PIPELINE INSPECTION GAUGES)
O PIG (Pipeline Inspection Gauges) é um dispositivo inserido em um
oleoduto que viaja livremente através dele, impulsionado pelo fluxo do fluído para
fazer uma tarefa específica dentro da tubulação. Estas funções se enquadram em
uma série de áreas diferentes:
- Utility PIGs (Cleaning PIGs) que executam uma função como limpeza do
tubo e separação de produtos;
- Smart PIGs (PIGs Instrumentados): são usados para fornecer informações
como a localização de amassamentos e ovalizações, detecção de vazamentos,
informações sobre a condição do gasoduto e da extensão e localização de qualquer
problema.
Atualmente existe uma grande variedade de PIGs, alguns dos quais estão
ilustrados na Figura 1.
6
.
Figura 1 - Modelos de PIGs.
Esse método de inspeção de dutos, através de PIGs, é uma forma bastante
utilizada para mapear defeitos causados pela corrosão ou abrasão ao longo dos
anos. Possui como vantagem a possibilidade de inspeção ao longo de todo o duto, o
que seria praticamente inviável para outras técnicas tradicionais no caso de dutos
enterrados de grandes extensões.
Figura 2 - Esquema da Aplicação do PIG em Dutos, com seus Principais componentes.
Tais pigs instrumentados são em sua maioria do tipo magnéticos e
ultrassônicos e permitem verificar a existência de trincas ou perda de material assim
como são capazes de detectar e determinar as dimensões de pequenos defeitos
como pites, informando também a sua localização.
Figura 3 - PIG para inspeção de dutos
7
Eles normalmente executam as seguintes funções:
- Separação de produtos;
- Limpeza os depósitos e os restos;
- Medição o diâmetro interno;
- Localização de obstruções;
- Calibração de meter loop;
- Remoção de líquidos;
- Remoção de gás;
- Medições da geometria da tubulação;
- Inspeção interna;
- Revestimento de diâmetro interno;
- Inibição de corrosão;
-Melhoraria da eficiência do fluxo.
O tipo de PIG a ser usado e sua configuração ideal para uma determinada
tarefa em uma tubulação devem ser determinados com base em vários critérios,
como:
- O objetivo: tipo, localização e volume da substância a ser removida ou
deslocada e tipo de informação a ser recolhida a partir de uma varredura por Smart
PIG.
- O conteúdo da tubulação: condução da pressão disponível versus pressão
necessária e a velocidade do PIG;
- As características do gasoduto: os tamanhos mínimos e máximos da
tubulação interna e a distância máxima que os PIGs devem viajar.
Como existem uma imensa variedade de tipos de PIGs, este trabalho
restringi-se ao estudo dos PIGs do tipo magnético e ultrassônico.
2.1.1 PIG DE FLUXO MAGNÉTICO (MAGNETIC FLUX LEAKAGE, MFL)
O tipo de “pig” mais comum para inspeção de defeitos de corrosão é o “pig”
de perda de espessura (ou perda de massa) que é capaz de detectar e dimensionar
pontos em que há redução da espessura de parede do duto e informar com boa
precisão a localização destes defeitos. Existem duas técnicas diferentes para “pigs”
de perda de espessura: pig ultrassônico e pig de fluxo magnético.
A técnica mais utilizada atualmente é a de fuga de fluxo magnético. Fuga de
fluxo magnético (MFL) é usado para detectar corrosão e desgaste em estruturas de
aço, mais comumente dutos e tanques de armazenamento. O princípio básico é a
aplicação de um ímã poderoso usado para magnetizar o aço.
8
Em áreas onde há corrosão do metal ou falta (desgaste), o campo
magnético do aço apresentará “vazamentos”. Então com uma ferramenta de MFL,
um detector magnético é colocado entre os pólos do ímã para detectar o campo de
fuga. Analistas iram interpretar o registro gráfico do campo de fuga para identificar
áreas danificadas e estimar a profundidade da perda de metal.
Atualmente é o método mais comum em aplicações para oleodutos e
gasodutos para encontrar regiões com perda de metal. Este método garante com
segurança análises de perdas de metal por corrosão e em alguns casos encontram
falhas geométricas ou metalúrgicas no material do duto.
O pig magnético, que normalmente é identificado pelas escovas de aço de
magnetização da parede do duto, possui outro módulo com sensores
discriminadores de corrosão interna e externa, e com hodômetros normalmente fixos
no final da ferramenta. Os vasos de pressão contêm bateria e eletrônica embarcada
de aquisição de dados. As escovas do modulo magnético estão dimensionadas para
ficar sempre em contato com a parede do duto, e são fixadas em magnetos
distribuídos em volta do corpo do módulo magnético do pig.
Assim, forma-se um circuito magnético através do fluxo magnético constante
na parede do duto que é o elemento primário de medição dos sensores Hall MFL.
Os sensores magnéticos são estrategicamente colocados no meio das escovas para
detectar eventuais fluxos de fuga de campo magnético associados à perda de
espessura e descontinuidade de material como trincas.
A técnica consiste em submeter um material ferromagnético, como os dutos
metálicos, a um campo magnético intenso, saturando o material magneticamente
permeável. Este campo magnético é introduzido no metal através de um par de imãs
ou magnetos, criando-se um dipolo magnético.
Durante a inspeção quando é encontrada alguma descontinuidade ou perda
de material, ocorre o desvio do campo magnético aplicado no material para o ar. A
quantidade de fluxo que é desviado para fora da parede da tubulação depende
proporcionalmente da geometria do defeito, tais como profundidade, comprimento e
largura. Calibrando-se o sistema de detecção do campo magnético de fuga,
consegue-se dimensionar defeitos geométricos em metais ferromagnéticos.
9
2.1.2 PIG ULTRASSÔNICO
O pig ultrassônico utiliza o embasamento teórico de END de ultrassom. Esse
pig é caracterizado por uma grande quantidade de cabeçotes que fazem a medição
de maneira direta da parede do duto.
Tais pigs utilizam pulsos ultrassônicos emitidos por transdutores (cristais
piezelétricos) e refletidos pelas descontinuidades, ou pela superfície oposta da peça,
as frentes de ondas são convertidas em sinais eletrônicos e mostrados na tela LCD
ou em um tubo de raios catódicos (TRC) do aparelho.
Alguns motivos que podem ocasionar erro no ensaio são: incerteza sobre
parâmetros físicos do duto e do fluido, interface não plana e interface rugosa. Tais
parâmetros devem ser controlados para que não haja más interpretações de
resultados.
2.1.3 COMPARAÇÃO ENTRE O PIG MFL E PIG ULTRASSÔNICO
Ambos os métodos exigem uma limpeza muito boa, apesar do método
ultrassônico exige uma limpeza melhor do que o método de fluxo magnético. Apesar
disso existem algumas diferenças, como a velocidade de deslocamento, no
ultrassônico o recomendado é de 2 m/s já no de fluxo magnético pode ser de 1 a 5
m/s. No método ultrassônico a medição da parede do duto é feita de maneira direta
e o sinal transmite-se através do líquido, já no fluxo magnético a medição da parede
do duto é feita de maneira estimada através da medição do campo magnético e é
um método independente do fluído para a transmissão do sinal.
2.2 INSPEÇÃO VISUAL REMOTA DE DUTOS POR VÍDEO
É uma forma usada para inspecionar visualmente o interior de tubulações,
na qual faz-se uso de sistemas especiais formados por componentes de vídeo
10
carregados por robôs, que permitem controle de foco, iluminação, zoom, orientação
e rotação. Isso permite a obtenção de imagens de alta qualidade e o fácil manuseio
usadas na inspeção e manutenção dos dutos.
2.3 DUTOS NÃO-PIGÁVEIS
Alguns fatores podem acarretar na incompatibilidade ou inviabilidade da
aplicação de PIGs em dutos, tais como: quando o PIG não pode passar por algum
ponto do duto (curvas muito acentuadas, grande variação de diâmetro ou
bifurcações); quando o duto não foi projetado para receber um PIG (o duto não
possui uma estrutura que permita colocar e retirar o PIG). Em casos assim é
utilizado para inspeção um inspetor externo de dutos (IED).
11
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Através deste trabalho, observa-se que o conhecimento de ensaios não
destrutivos aplicados à dutos é bastante importante. É interessante que sejam
utilizados ensaios não destrutivos em dutos para que não hajam acidentes
operacionais, impactos ambientais, perda de produção ou encarecimento em
manutenções corretivas. Foi observado que tais técnicas podem reduzir os custos
de operação e aumentar a confiabilidade no geral.
12
REFERÊNCIAS
CPTI - Centro de Pesquisa em Tecnologia de Inspeção. PIG Magnético. Disponível em: <http://www.cpti.cetuc.puc-rio.br/projetos/p/22/>. Acesso em: agosto, 2014.
FERREIRA, Mauro A. Equipamentos e Operações Submarinas. Disponível em: <http://www.simonsen.br/its/pdf/apostilas/base-tecnica/2/ambupprod-petroleo-e-gas-2-ano-5-capitulo.pdf>. Acesso em: agosto, 2014.
MAZZINI, Carlos E. Comparação de Métodos de Inspeção de Integridade de Dutos: Método PIG e CIS/DCVG. Projeto (Graduação), Engenharia Mecânica, Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória - ES, 2009.
SAMPAIO, Raimundo. Inspeção em Dutos. Apostila, 2009.
SARTI, Caio.; ARAÚJO, Renan de.; PINTO, Sâmara. PIG Tecnologia para tubulações. Trabalho (Graduação), Tecnologia em Construção Naval, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste, Rio de Janeiro - RJ, 2011.
SOUZA, Ricardo D. de. Avaliação Estrutural de Dutos com Defeitos de Corrosão Reais. Dissertação (Mestrado), Programa de Pós-graduação em Engenharia Mecânica, PUC-Rio, Rio de Janeiro - RJ, 2003.
SOUZA, Wagner A. G.; BARRA, Sérgio R. Ensaios Não Destrutivos Aplicados à Inspeção de Dutos. Artigo (Graduação), Engenharia de Materiais, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal - RN, 2011.