trabalho paisagismo lidiane monteiro

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Lidiane Monteiro Ribeiro Técnico em Design de Interiores Turma 2010/3 Trabalho de Paisagismo

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Page 1: Trabalho Paisagismo Lidiane Monteiro

Lidiane Monteiro Ribeiro

Técnico em Design de Interiores

Turma 2010/3

Trabalho de Paisagismo

Page 2: Trabalho Paisagismo Lidiane Monteiro

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Forrações

Rosinha-de-Sol

Nome Científico: Aptenia cordifolia

Família: Aizoaceae

Divisão: Angiospermae

Origem: África

Ciclo de Vida: Perene

Porte: 15 cm de altura

Descrição da planta:

A rosinha-de-sol é uma planta rasteira e muito vistosa. Suas folhas são ovais, glabras,

brilhantes, de coloração verde-clara e suculentas. Os ramos apresentam a mesma cor das folhas.

Ocorre uma forma variegada com folhas de bordas brancas.

Utilização no paisagismo:

É uma planta versátil, podendo ser utilizada com forração, em canteiros, maciços, bordaduras e

em vasos, inclusive vasos suspensos, em que ela fica pendente. É recomendada para jardins de

pedras e tem a capacidade de fechar bem o solo, impedindo o crescimento de ervas daninhas.

Floração:

As flores são delicadas, parecidas com margaridinhas e podem ser de coloração branca, rósea

ou vermelha. A floração se estende durante todo ano e as flores são muito atrativas para as

abelhas.

Cuidados no cultivo:

Deve ser cultivado a pleno sol, em solo fértil, arenoso e com boa drenagem, regadas quando o

tempo estiver muito seco e quente. Tolerante ao frio subtropical, mas pode ser levada para

ambientes protegidos em clima temperado. Multiplica-se por sementes, divisão da ramagem

enraizada, estaquia e mergulhia.

Page 3: Trabalho Paisagismo Lidiane Monteiro

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Lisimaquia

Nome Científico: Lysimachia procumbens

Família: Primulaceae

Divisão: Angiospermae

Origem: China

Ciclo de Vida: Perene

Luminosidade: Sol pleno e meia sombra

Porte: 20cm-30cm

Descrição da planta:

Com o nome de "lisimáquia" encontramos diversas espécies e variedades, entre elas a L.

congestiflora e a L. procumbens destacam-se no paisagismo. A lisimáquia é uma planta

rasteira, bastante ramificada e rústica. Ela apresenta folhas ovaladas, de coloração verde escura,

ocorrendo variedades variegadas de amarelo e branco, assim como, com folhas e pecíolos

avermelhados.

Utilização no paisagismo:

A lisimaquia é uma planta muito versátil, podendo ser cultivada em jardineiras, vasos e cestas

pendentes; valorizando as vistosas flores amarelas, com folhagem pendente e volume

interessante. Da mesma forma é uma excelente forração, acrescentando uma textura delicada à

paisagem.

Floração:

As flores são amarelas e podem ser mais ou menos numerosas de acordo com o cultivo. A

floração ocorre durante todo o ano.

Cuidados no cultivo:

Devem ser cultivadas em substrato fértil, bem adubados com matéria orgânica, regadas a

intervalos regulares. Não é tolerante à seca. Multiplica-se por estaquia ou mais facilmente pela

divisão da ramagem enraizada.

Page 4: Trabalho Paisagismo Lidiane Monteiro

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Tapete-inglês

Nome Científico: Polygonum capitatum

Família: Polygonaceae

Divisão: Angiospermae

Origem: Himaláia e Índia

Ciclo de Vida: Perene

Luminosidade: Sol pleno e meia sombra

Porte: 15 a 20 cm

Descrição da planta:

O tapete-inglês é uma planta herbácea, reptante e perene. Sua ramagem é delicada, de cor

castanha e as folhas são lanceoladas, pubescentes, com margens e nervuras vermelhas,

coloração bronzeada e com desenhos em "V".

Floração:

As inflorescências são terminais, globosas, verdes, brancas e rosadas, e despontam acima da

folhagem durante o ano todo, mas principalmente durante o verão e o outono.

Utilização no paisagismo:

É uma excelente forração, formando belos tapetes. Sua textura e coloração singulares

adicionam charme a diversos estilos de jardins. O tapete-inglês acrescenta rusticidade e

naturalidade em bordaduras ao longo de caminhos ou pedras e também pode ser cultivado em

vasos e floreiras.

Cuidados no cultivo:

Deve-se evitar sua utilização em áreas de intenso tráfego, pois não tolera o pisoteio. Em climas

temperados perde a folhagem durante o inverno. Adapta-se ao plantio no litoral. Deve ser

cultivada sob sol pleno ou meia sombra, em solo fértil, bem drenável e preparado com matéria

orgânica, com regas periódicas. Uma boa medida para o plantio é 4 mudas por metro quadrado

para a formação de um denso tapete. Tolerante a curtos períodos de seca. Exige pouca

manutenção, apenas podas para controlar o crescimento e adubações anuais. Aprecia o frio

subtropical ou mediterrâneo, desenvolvendo-se melhor nestas regiões. Multiplica-se por divisão

da ramagem enraizada e espontaneamente por sementes.

Page 5: Trabalho Paisagismo Lidiane Monteiro

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Prateadinha

Nome Científico: Chamaeranthemum venosum

Família: Acanthaceae

Divisão: Angiospermae

Origem: Brasil

Ciclo de Vida: Perene

Luminosidade: meia sombra

Descrição da planta:

A prateadinha é uma herbácea perene, de folhagem muito ornamental e aspecto compacto. Suas

folhas são simples e pequenas, de formato elíptico-ovalado. Sua beleza está no grande contraste

entre a cor de fundo das folhas, que é verde-escuro, e as nervuras que são prateadas.

Floração:

As flores podem ser brancas ou arroxeadas, são pequenas, discretas, delicadas e surgem em

inflorescências eretas. A floração ocorre no verão e tem pouca importância ornamental.

Utilização no paisagismo:

Podemos plantar a prateadinha em vasos e jardineiras, em grupos ou em composições com

outras plantas. Pode ser utilizada em canteiros ou como forração, em substrato mantido úmido.

Sua textura delicada e coloração particular resultam em um belo efeito paisagístico,

valorizando os projetos. É muito rústica também, exigindo pouca manutenção. Devido à sua

facilidade de propagação pode ser considerada invasora em algumas situações.

Cuidados no cultivo:

Deve ser cultivada sob meia-sombra, em solo fértil, enriquecido com matéria orgânica e

irrigado regularmente. Aprecia o clima ameno e não tolera geadas. A folhagem frágil não tolera

o pisoteio. Multiplica-se facilmente por sementes e divisão das mudas que se formam próximas

a planta mãe.

Page 6: Trabalho Paisagismo Lidiane Monteiro

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Musgo-Tapete

Nome Científico: Selaginella kraussiana

Família: Selaginellaceae

Divisão: Pteridophyta

Origem: África

Ciclo de Vida: Perene

Luminosidade: Sombra ou meia-sombra

Porte: até 15 cm

Descrição da planta:

Da mesma família das samambaias, o musgo-tapete é uma planta rasteira, de folhagem

delicada, verde vibrante e compacta, muito ornamental. Ocorre uma variedade de brotações

douradas e outra de folhagem mais compacta.

Utilização no paisagismo:

No paisagismo ele é muito utilizado em locais sombreados como forração, ou em maciços e

bordaduras, acrescentando uma textura interessante aos canteiros. É bastante apropriado

também em vasos e jardineiras, como única espécie ou em conjunto com outras plantas,

destacando-se em arranjos florais.

Cuidados no cultivo:

O musgo-tapete deve ser cultivado sob sombra ou meia-sombra em substrato leve, permeável e

com ótima capacidade de reter umidade, enriquecido com matéria orgânica. Esta planta não

tolera geadas e frio intenso. Multiplica-se por divisão da ramagem enraizada.

Page 7: Trabalho Paisagismo Lidiane Monteiro

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Arbustos

Pleomele

Nome Científico: Dracaena reflexa

Família: Ruscaceae

Divisão: Angiospermae

Origem: Madagascar e Ilhas Maurício

Ciclo de Vida: Perene

Luminosidade: Sol pleno, meia sombra ou luz difusa

Porte: 2 a 3 metros, podendo atingir 6 metros no seu habitat natural.

Descrição da planta:

A pleomele é uma planta arbustiva, de textura semi-lenhosa e amplamente utilizada no

paisagismo e na decoração de interiores. Seu caule é ereto e ramificado. As folhas são simples,

coriáceas, ligeiramente onduladas, de cor verde-oliva escuro, dispostas em espiral ao longo do

ramos. Ocorrem ainda outras variedades, com destaque para duas cultivares variegadas: a

"Song of India", com folhas de margens cor verde-limão, e a "Song of Jamaica", de margens

cor branco-creme.

Floração:

As flores pequenas e brancas surgem no final do inverno reunidas em inflorescências terminais

e, assim como os frutos, não têm importância ornamental.

Utilização no paisagismo:

Page 8: Trabalho Paisagismo Lidiane Monteiro

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A pleomele é uma planta tropical muito vistosa e de crescimento moderado. No jardim ela pode

ser plantada isolada, em grupos ou em renques. Elas são rústicas e quando podadas

corretamente podem formar ótimas cercas vivas. Envasadas, elas podem ser utilizadas em

ambientes internos, onde são muito apreciadas na decoração por sua beleza e tolerância às

condições de baixa luminosidade. No entanto, esta tolerância deve ser sempre testada e é sabido

que as pleomeles não variegadas são um pouco mais resistentes que as formas variegadas. Na

dúvida o crescimento da planta deve ser monitorado, pois caso ela comece a perder as folhas e

estiolar (crescer muito rápido em altura) é sinal de que está faltando luz.

Curiosidades:

A pleomele é uma das plantas recomendadas para purificação do ar em interiores, de acordo

com a Plants for Clean Air Council (PCAC), organização que resultou de um projeto de

pesquisa originalmente conduzido pela NASA em conjunto com a Associação de Empreiteiros

de Paisagismos dos Estados Unidos. A pleomele é considerada eficiente na remoção de

compostos tóxicos do ar como formaldeído, benzeno, tolueno, xileno e tricloroetileno.

Cuidados no cultivo:

Deve ser cultivada sob sol pleno, meia-sombra ou luz difusa, em solo fértil, drenável,

enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente. A pleomele é tipicamente tropical,

apreciando o calor e a umidade. Apesar de crescerem sob sol pleno em regiões subtropicais,

elas preferem condições de luz filtrada ou meia-sombra, principalmente quando cultivadas em

regiões mais quentes e ensolaradas. Ela deve ser fertilizada quinzenalmente durante a

primavera e verão. É sensível ao frio intenso, a geadas e a salinidade de regiões litorâneas; e

tolerante a curtos períodos de estiagem. Quando mudada bruscamente de ambiente, ela pode se

ressentir, perdendo parte das folhas. Multiplica-se facilmente por estaquia de ramos lenhosos,

semi-lenhosos e ponteiros.

Page 9: Trabalho Paisagismo Lidiane Monteiro

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Mussaenda-rosa

Nome Científico: Mussaenda alicia

Família: Rubiaceae

Divisão: Angiospermae

Origem: África e Ásia

Ciclo de Vida: Perene

Luminosidade: Sol pleno

Porte: 2 a 3 metros

Descrição da planta:

Arbusto vigoroso do tipo semi-lenhoso e de aparência compacta. Pouco tolerante ao frio, é

uma planta indicada para regiões tropicais.

Floração:

Produz muitas inflorescências, com flores pequenas, discretas e amarelas e sépalas grandes de

cor rósea e salmão.

Utilização no paisagismo:

Pode ser cultivada em vasos, isolada ou em grupos no jardim. A mussaenda-rosa aprecia solos

ricos em matéria orgânica e irrigados regularmente.

Cuidados no cultivo:

Multiplica-se por estacas postas a enraizar em locais protegidos. Não é resistente ao frio.

Page 10: Trabalho Paisagismo Lidiane Monteiro

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Agave-dragão

Nome Científico: Agave attenuata

Família: Agavaceae

Divisão: Angiospermae

Origem: México

Ciclo de Vida: Perene

Luminosidade: Sol pleno

Porte: Pode atingir até 1,5 metros de altura e de diâmetro, chegando aos 4 a 5 metros de

altura, se contar a inflorescência esticada.

Descrição da planta:

O agave-dragão é uma planta muito utilizada no paisagismo, em composição com outras

plantas ou em maciços. Tem folhas grossas verde-claras com superfície acinzentada.

Floração:

Pode emitir uma inflorescência longa e cilíndrica com muitas florezinhas. Com o tempo,

surgem desta inflorescência, diversas mudinhas de novos agaves-dragão.

Cuidados no cultivo:

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Deve ser plantado a pleno sol, com solo fértil e com regas regulares. O agave-dragão viceja

com muito mais facilidade no calor.

Utilização no paisagismo:

Combina muito bem com jardins geométricos e tropicais.

Page 12: Trabalho Paisagismo Lidiane Monteiro

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Coração sangrento

Nome Científico: Dicentra spectabilis

Família: Fumariaceae

Divisão: Angiospermae

Origem: Ásia

Ciclo de Vida: Perene

Luminosidade: meia sombra

Porte: 50 cm

Descrição da planta:

O coração-sangrento é uma planta perene, ramificada desde a base, com ramos eretos, de

textura herbácea. Apresenta rizoma carnoso e horizontal, de onde emite os ramos. Suas folhas

são verdes, compostas e com longos pecíolos.

Floração:

As delicadas flores são pêndulas, em formato de coração, hermafroditas, dispostas lado a lado

em racemos de 3 a 15 flores individuais. A floração ocorre na primavera e verão. A forma

original apresenta pétalas externas róseas e as internas brancas. Atualmente estão disponíveis

variedades de flores róseas, brancas ou avermelhadas e de folhagem alaranjada também.

Utilização no paisagismo:

É uma planta muito bonita e de flores surpreendentes. Adequada para o cultivo em maciços,

renques junto a muros ou apenas isolada, em canteiros bem preparados. Também pode ser

plantada em vasos e floreiras. Apesar de ser de meia-sombra, aprecia a luz direta do sol nas

horas mais frescas do dia para não queimar as folhas. Rústica, exige pouca manutenção que

restringe-se às adubações orgânicas mensais na primavera e verão. Pode ser um pouco sensível

no primeiro ano, mas se fortalece após o estabelecimento.

Curiosidades:

Deve-se mantida longe do alcance de crianças pequenas e animais domésticos pois é tóxica,

além disso pode causar irritações na pele durante podas ou divisões.

Page 13: Trabalho Paisagismo Lidiane Monteiro

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Cuidados no cultivo:

]Deve ser cultivada em solo fértil, bem drenável, enriquecido com matéria orgânica e irrigado

regularmente. Aprecia o clima ameno, podendo ser cultivada em regiões de clima temperado,

subtropical e tropical de altitude. Em climas quentes apresenta folhas perenes e sob clima

temperado é caducifolia, perdendo a folhagem no inverno, mas rebrotando na primavera. Não

tolera estiagem. Multiplica-se por sementes e por divisão da planta formando mudas com folhas

e rizoma.

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Iuca-Mansa

Nome Científico: Yucca filamentosa

Família: Agavaceae

Divisão: Angiospermae

Origem: América do Norte

Ciclo de Vida: Perene

Luminosidade: Sol pleno ou meia sombra

Porte: 40 a 90 cm. Inflorescência chega a atingir 3,5 metros.

Descrição da planta:

A Iuca-mansa é uma planta arbustiva, de textura semi-lenhosa, desprovida de caule e

largamente utilizada no paisagismo, devido à sua beleza e rusticidade. Ela apresenta folhas

verde-azuladas, longas, lanceoladas, basais e dispostas em roseta. Com o crescimento das

folhas, soltam-se das margens fibras curvilíneas, brancas, que podem desaparecer nas folhas

velhas. Existe ainda muitas cultivares de iuca-mansa, com folhas variegadas de creme ou

amarelo. As formas variegadas mais importantes são a "Bright Edge", a "Golden Sword" e a

"Ivory Tower".

Floração:

A inflorescência da iuca é alta, cônica, em espiga e alcança até 3,5 metros. As flores são

pendulares, numerosas, de coloração branca, branca-creme ou esverdeadas, perfumadas à noite.

O florescimento ocorre no verão, nas plantas mais velhas e que recebem a luz direta do sol.

Elas são polinizadas pela mariposa-da-iuca (Tegeticula maculata) e, após a polinização

cruzada, produzem frutos do tipo cápsula, com sementes negras e brilhantes. Após a floração e

frutificação a planta morre e dá origem a filhotes, que surgem na base.

Utilização no paisagismo:

A iuca-mansa é uma planta extremamente rústica, adequando-se a uma ampla variedade

climática, sendo capaz de tolerar a seca, calor intenso e mesmo neve ou geadas. Além disso, é

resistente aos avanços de cães e gatos. Por estes motivos é uma ótima escolha para compor

bordaduras, maciços ou conjuntos no jardim. Ela é especialmente indicada para jardins de

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pedra e áridos. Também pode ser cultivada em vasos e jardineiras, adornando pátios, terraços e

interiores bem iluminados.

Curiosidades:

Os índios norte-americanos a têm como medicinal, utilizam as fibras das folhas no artesanato e

o extrato das raízes na fabricação de sabões e xampus. As flores da iuca-mansa são

comestíveis, sendo preparadas em saladas ou cozidas. Diz-se que tem sabor de endívias.

Cuidados no cultivo:

Deve ser cultivada em solos arenosos ou rochosos, sendo bastante resistente à estiagem. Não

tolera solos mal drenados e encharcamentos prolongados. Seu crescimento é lento, mas a haste

floral cresce depressa. Multiplica-se por estacas de raízes, pela separação das mudas formadas

em torno da planta mãe e mais raramente, por sementes.

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Árvores

Salgueiro-chorão

Nome Científico: Salix x pendulina

Família: Salicaceae

Divisão: Angiospermae

Origem: China

Ciclo de Vida: Perene

Luminosidade: Sol pleno

Porte: 10 a 25 metros

Descrição da planta:

O caule é elegante, podendo ser tortuoso, com madeira frágil e casca parda-escura que racha

com o passar dos anos. A copa arredondada é formada pelo conjunto de ramos longos e

flexíveis, que chegam a tocar o solo. As folhas são simples, caducas, dispostas em espiral,

lanceoladas, acuminadas, com margens serrilhadas e pelos na página inferior. As folhas

apresentam cor verde a verde amarelada na página superior e glauca na inferior, dependendo da

cultivar.

Floração:

As flores surgem na primavera, elas são pequenas, esverdeadas, reunidas em inflorescências do

tipo amentilho. Planta dioica (com sexos separados). O fruto é do tipo cápsula.

Utilização no paisagismo:

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Os salgueiros-chorões atuais mais difundidos como árvores ornamentais são resultantes da

hibridização entre a cultivar Salix babylonica 'Pendula' com S. alba, originando S. x sepulcralis,

e com S. fragilis , originando S. x pendulina. Sendo que S. x sepulcralis é um híbrido mais

indicado para terrenos secos, enquanto que S. x pendulina é mais apropriado para terrenos

úmidos.

O salgueiro-chorão é uma árvore de cultivo milenar e grande impacto por sua folhagem

pendente e muito diferente de outras espécies. Geralmente é plantada isolada, como ponto focal

e remete a um certo misticismo, melancolia e contemplação. Os longos ramos balançam

graciosamente com o vento, como uma cabeleira. Ela é procurada para plantio junto a lagos e

rios, onde suas folhas podem tocar suavemente a superfície da água e até seu reflexo é

ornamental. No entanto, não é uma espécie apropriada para plantio próximo a tubulações de

água, esgoto, tanques ou piscinas, pois suas raízes invasivas podem danificar a estrutura dos

mesmos. Seu crescimento é rápido, mas infelizmente não é uma árvore muito longeva.

Cuidados no cultivo:

Deve ser cultivada em solo fértil, enriquecido com matéria orgânica, úmido a bem drenável e

irrigado regularmente no primeiro ano após o plantio. O salgueiro-chorão vai bem tanto em

solos secos, tolerando curtos períodos de estiagem, como em solos muito úmidos, inclusive

ajudando a absorver o excesso de água. Não tolera ventos fortes e sofre com geadas.

Multiplica-se por estaquia e alporquia.

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Chuva de ouro

Nome Científico: Cassia fistula

Família: Fabaceae

Divisão: Angiospermae

Origem: Sudeste da Ásia

Ciclo de Vida: Perene

Luminosidade: sol pleno

Porte: 5 a 10 metros

Descrição da planta:

A chuva-de-ouro é uma árvore ornamental decídua, de floração espetacular, com seus belos

cachos pendentes de flores douradas. Seu tronco é elegante, um pouco tortuoso, e pode ser

simples ou múltiplo, com a casca cinza-esverdeada. A copa é arredondada, com cerca de 4

metros de diâmetro. As folhas são pinadas, alternas, com 4 a 8 pares de folíolos elípticos,

acuminados e de cor verde-viva.

Floração:

No verão desponta suas inflorescências, do tipo rácemo, pendentes e longas, com cerca de 30

cm de comprimento e com numerosas flores amarelas, pentâmeras e grandes. Os frutos que se

seguem são do tipo legume, cilíndricos, de cor marrom, e contêm de 25 a 100 sementes

lenticulares, castanhas, lustrosas, envoltas em uma polpa doce e com propriedades medicinais.

Apesar da polpa ser comestível, as sementes são tóxicas e não devem ser ingeridas.

Utilização no paisagismo:

Page 19: Trabalho Paisagismo Lidiane Monteiro

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Isolada ou em pequenos grupos, a chuva-de-ouro se torna um centro de atenção no jardim,

durante sua floração. No resto do ano ela também não fica pra trás, pois fornece uma sombra

fresca, sem ser muito densa. Pode ser plantada em calçadas, pois não apresenta raízes

agressivas.

Cuidados no cultivo:

Deve ser cultivada em solo fértil, drenável, enriquecido com matéria orgânica e irrigado

regularmente. A chuva-de-ouro se adapta muito bem aos climas subtropical e tropical. Depois

de bem estabelecida ela é capaz de tolerar períodos curtos de estiagem. Multiplica-se por

sementes que necessitam de quebra de dormência para uma melhor germinação. A quebra de

dormência pode ser realizada através da escarificação física ou imersão em solução de ácido

sulfúrico por 5 a 20 minutos. Após este processo, as sementes devem ser deixadas de molho em

água por algumas horas antes do plantio.

Curiosidades:

Além de suas qualidades ornamentais, ela é utilizada em fitoterapia, tendo destaque especial na

medicina Ayurveda. Suas propriedades incluem desintoxicação e depuração do organismo.

Cuidado: a chuva-de-ouro têm propriedades tóxicas, e seu consumo deve ter sempre

acompanhamento médico.

Page 20: Trabalho Paisagismo Lidiane Monteiro

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Flamboyant

Nome Científico: Delonix regia

Família: Fabaceae

Divisão: Angiospermae

Origem: Madagascar

Ciclo de Vida: Perene

Luminosidade: pleno sol

Porte: 12 metros de altura

Descrição da planta:

Frondosa, ela possui tronco forte e um pouco retorcido. Sua copa é muito ampla, em forma de

guarda-chuva, e pode ser mais larga do que a própria altura da árvore. As folhas são bipinadas

(recompostas) formadas por 10 a 15 pares de folíolos, cada um dos quais contém 12-20 pares

de folíolos oblongos e sésseis.

Floração:

As inflorescências, em rácemos, surgem quando a árvore perde as folhas e são compostas por

flores grandes, vermelhas ou alaranjadas. Cada flor apresenta cálice com 5 sépalas e corola de 5

pétalas, com longos estames. Os frutos são do tipo vagem, planos, lenhosos e grandes, com

cerca de 45 cm de comprimento, e ficam marrons quando maduros. A floração ocorre na

primavera e verão. Ocorre ainda uma variedade de flamboyant chamada "Flavida", que possui

as flores completamente amarelas.

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Utilização no paisagismo:

As raízes do flamboyant são bastante agressivas, com parte delas acima da superficie,

tornando-a imprópria para a ornamentação de calçadas, ruas ou próximo às tubulações de água,

esgoto, paredes e até mesmo fiação elétrica. Sua beleza se destaca quando plantada isolada ou

em pequenos grupos em áreas extensas, como parques, praças e jardins extensos de residências,

indústrias e sítios. Como é tolerante a salinidade do solo pode ser utilizada no litoral também.

Cuidados no cultivo:

Deve ser cultivado em solo fértil, com irrigações periódicas no primeiro ano. Tolerante a

estiagem, porém não tolera frio intenso, sendo apropriada a regiões de clima tropical,

subtropical e equatorial. Multiplica-se por estacas semilenhosas ou sementes. As sementes de

flamboyant apresentam leve dormência tegumentar que pode ser quebrada com escarificação de

uma das extremidades ou imersão em água quente (80ºC) por 5 a 10 minutos. A germinação

ocorre em cerca de duas semanas após o plantio.

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Bordô-japonês

Nome Científico: Acer palmatum

Família: Sapindaceae

Divisão: Angiospermae

Origem: Japão, Coréia do Sul e China

Ciclo de Vida: Perene

Luminosidade: sol pleno e meia sombra

Porte: 6 a 10 metros de altura

Descrição da planta:

O bôrdo-japonês é uma arvoreta elegante, de folhas delicadas que mudam de cor com o passar

das estações. Seu caule pode ser simples ou ramificado desde a base, e sua copa é globosa. As

folhas são decíduas, palmadas, membranáceas e apresentam de 5 a 9 lobos acuminados e

profundamente marcados, com margens serrilhadas. Na forma típica, as folhas são verdes e

adquirem tons dourados a bronzeados no outono. Mas, atualmente há muitas cultivares

ornamentais, com folhas mais largas ou estreitas, que já nascem avermelhadas, rosadas,

douradas, ou que apresentam margens vermelhas, entre outras. Algumas das variedades mais

populares são "Atropurpureum", "Bicolor", "Dissectum" e "Reticulatum".

Floração:

As flores são discretas, avermelhadas e surgem em inflorescências do tipo rácemo, na

primavera. Os frutos se desenvolvem em pares e são do tipo sâmara.

Utilização no paisagismo:

Page 23: Trabalho Paisagismo Lidiane Monteiro

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Por sua beleza excepcional, porte pequeno e raízes não invasivas, o bôrdo-japonês é uma árvore

ideal para arborização urbana, sendo apropriado para jardins residenciais e calçadas, inclusive

sob a fiação. Podem ser utilizados isolados, como destaque, ou em grupos, como em renques ao

longo de caminhos, acrescentando uma atmosfera romântica à paisagem. Algumas variedades,

de porte ainda menor, podem até ser conduzidas sob a forma arbustiva, que é muito graciosa

também. É uma planta muito visada e popular para os entusiastas da arte do bonsai.

Cuidados no cultivo:

Deve ser cultivada em solo fértil, drenável e irrigado regularmente. Planta de clima temperado,

o bôrdo-japonês aprecia umidade e locais com estações marcadas, demonstrando assim toda a

sua cor no outono. Ela se adapta bem ao clima subtropical e tropical de altitude. Devido à

delicadeza de sua folhagem, esta árvore deve ser resguardada de locais com sol forte ao meio-

dia ou com muito vento, principalmente se este for seco. Multiplica-se por sementes, por

estacas e por enxertia.

Page 24: Trabalho Paisagismo Lidiane Monteiro

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Árvore do viajante

Nome Científico: Ravenala madagascariensis

Família: Strelitziaceae

Divisão: Angiospermae

Origem: Madagascar

Ciclo de Vida: Perene

Luminosidade: sol pleno

Porte: Pode atingir 8 metros de altura

Descrição da planta:

A árvore-do-viajante é uma planta rizomatosa, de porte arbóreo, mas de textura semi-lenhosa.

Ela tem um aspecto escultural e peculiar, próprio das estranhas e belas plantas de Madagascar.

Suas folhas são enormes, como as folhas de bananeiras e sustentadas por longos e fortes

pecíolos, dispostos em leque. Entre estes pecíolos, a planta acumula água, que serve para matar

a sede dos viajantes, e que acabou lhe valendo o nome popular. Quando estes pecíolos caem,

ficam cicatrizes no caule lenhoso à semelhança das palmeiras. Apesar se ser comumente

confundida com um palmeira, a árvore-do-viajante é relacionada com as estrelítzias (Strelitzia

sp).

Floração:

As inflorescências, semelhantes às de estrelítzia, surgem entre os pecíolos, com brácteas verdes

em forma de barco e flores de cor branca-creme, vistosas. O conjunto formado por brácteas e

flores lembra a cabeça de uma ave, com bico e crista pontiagudos. A floração ocorre no outono

e os frutos que se seguem são cápsulas marrons, com sementes de arilo azul iridescente,

atraentes para os pássaros. A árvore-do-viajante é polinizada por morcegos e lêmures.

Page 25: Trabalho Paisagismo Lidiane Monteiro

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Utilização no paisagismo:

Ela precisa de espaço para crescer bonita e ser adequadamente admirada. Pode ser utilizada

isolada ou em grupos, com caule único ou em touceiras gigantes, preferencialmente em

extensos gramados bem cuidados. A árvore-do-viajante é apropriada para grandes jardins

residenciais, fazendas e parques. Ela é considerada um dos símbolos de Madagascar e é muito

útil para os nativos, que extraem uma gordura sólida do seu caule e fazem coberturas com as

fibrosas folhas.

Cuidados no cultivo:

Deve ser cultivada em solo fértil, drenável, enriquecido com matéria orgânica e irrigado

regularmente. A árvore-do-viajante aprecia adubações orgânicas regulares e não é tolerante a

longos períodos de estiagem. É uma planta essencialmente tropical, nativa de florestas quentes

e úmidas e não tolera geadas ou frio intenso. O plantio em locais abertos e com ventos fortes

faz com suas folhas fiquem rasgadas e feias. A árvore-do-viajante necessita de ricas adubações

mensais para que cresça vigorosamente. Multiplica-se por sementes e por divisão das mudas

que se formam junto à planta mãe.

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Palmeiras

Ráfis

Nome Científico: Rhapis excelsa

Família: Arecaceae

Divisão: Angiospermae

Origem: China

Ciclo de Vida: Perene

Luminosidade: sol pleno, meia-sombra, sombra ou luz difusa

Porte: pode atingir 4 metros de altura

Descrição da planta:

A palmeira-rápis é uma elegante palmeira, ereta e entouceirada, muito utilizada na decoração

de interiores. Ela apresenta múltiplos estipes (caules), semelhantes ao bambú e revestidos com

uma fibra rústica e marrom. As folhas são palmadas, plissadas, de coloração verde-escura e

muito brilhantes.

Floração:

Planta dióica, com inflorescências ramificadas, compostas de pequenas flores amarelas que

originam frutos ovóides e brancos, de pouca importância ornamental. Ocorrem formas

miniaturas e de folhas mais largas ou variegadas também, muito caras e raras em cultivo.

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Utilização no paisagismo:

Sua utilização paisagística é bastante ampla, podendo ser plantada isolada ou em grupos,

inclusive compondo graciosas cercas vivas de desenho informal. Encaixa-se com perfeição em

jardins de inspiração oriental ou tropical. É também muito popular na decoração de escritórios,

lojas, eventos, shoppings centers e salas de estar. Quando plantada sob sol pleno, apresenta uma

coloração verde mais clara nas folhas, que amarelam mais rapidamente.

Cuidados no cultivo:

Deve ser cultivada em solo fértil e bem drenável, irrigado regularmente. A palmeira-rápis

aprecia a umidade, mas não tolera o encharcamento. Regas regulares em substratos muito bem

drenados são ideais para o seu cultivo em climas quentes. Leves adubações anuais são o

suficiente para plantas cultivadas em ambientes internos. Não tolera geadas, ambientes muito

secos ou com ar condicionado por tempo prolongado. Aprecia o clima ameno. Multiplica-se

por sementes e divisão das touceiras.

Curiosidades:

Os japoneses foram os primeiros a utilizá-la como ornamental, coletando espécimes na China,

para adornar o Palácio Imperial.

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Tamareira-das-canárias

Nome Científico: Phoenix canariensis

Família: Arecaceae

Divisão: Angiospermae

Origem: Ilhas Canárias

Ciclo de Vida: Perene

Luminosidade: sol pleno

Porte: De tronco único, com cerca de 70 a 90 cm de diâmetro, ela pode alcançar 20

metros de altura.

Descrição da planta:

A tamareira-das-canárias é uma palmeira robusta e muito rústica. Apresenta folhas pinadas e

longas, com folíolos afilados, de coloração verde-brilhante. Ao cair, as folhas deixam parte de

suas bainhas fixas ao tronco, que torna-se ambiente ideal para muitas epífitas se não for

removido.

Floração:

As flores são pequenas e brancas reunidas em grandes inflorescências e dão origem a frutos

alaranjados do tamanho de azeitonas, do tipo drupa, muito apreciados pelos pássaros.

Utilização no paisagismo:

Devido à sua imponência, a tamareira-das-canárias não é indicada para pequenos ou médios

jardins residenciais, pois acaba de certa forma "reduzindo" o imóvel pela proporção. Sua beleza

é muito valorizada em parques, avenidas e grandes jardins residenciais ou de empresas.

Apresenta crescimento moderado a lento.

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Cuidados no cultivo:

Devem ser cultivadas em solo fértil, leve e enriquecido com matéria orgânica, com regas

regulares durante o crescimento. Planta tipicamente tropical, requer calor para o seu pleno

desenvolvimento. Em regiões temperadas podem ser cultivadas em vasos que são levados à

estufa no inverno. Tolerante a seca e a salinidade do solo. É usual a poda das folhas inferiores,

para estimular o crescimento apical e reduzir o volume da copa. Multiplica-se por sementes.

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Palmeira areca/Areca bambú

Nome Científico: Dypsis lutescens

Família: Arecaceae

Divisão: Angiospermae

Origem: Madagascar

Ciclo de Vida: Perene

Luminosidade: sol pleno, meia sombra, luz difusa

Porte: Ela pode ser conduzida de duas formas: com porte arbustivo (com muitos caules

- atinge até 3 metros) ou arbóreo (com poucos caules - atinge até 9 metros)

Descrição da planta:

A palmeira-areca é umas das palmeiras mais populares do mundo, tanto no jardim quanto na

decoração de interiores. De estipes múltiplos, chega a ser muito entouceirada. Os estipes são

elegantes, anelados, com bainhas de coloração verde-esbranquiçada a amarelada. As folhas são

grandes, verdes, recurvadas, compostas por 20 a 50 pares de folíolos, com pecíolos e ráquis

amarelados.

Floração:

As inflorescências são ramificadas, com numerosas e pequenas flores de cor branco-creme,

perfumadas. Os frutos são verde-amarelados e tornam-se arroxeados quando maduros.

Utilização no paisagismo:

Esta palmeira ainda é mais versátil do que se imagina, podendo ser amplamente utilizada no

paisagismo tropical, seja isolada, em cercas vivas, grupos ou até mesmo envasada, em pátios e

ambientes internos. Apesar de tolerar o sol pleno e crescer muito nestas condições, ela fica com

as folhas amareladas, com as pontas queimadas. Suas folhas ficam mais vistosas e bonitas sob

meia sombra ou luz difusa. Plantas envasadas que permanecem muitos meses em interiores

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devem receber um período de descanso em ambientes externos à meia-sombra para retomarem

o vigor.

Cuidados no cultivo:

Em comparação com outras palmeiras, a areca-bambú apresenta rápido crescimento. O porte

arbustivo é natural, isto é, não é necessário nenhum tipo de manejo para que a planta fique

entouceirada. Já o porte arbóreo, é conseguido através da poda dos estipes excedentes pela

base. Esta poda deve ser realizada continuamente, sempre que surgirem novas brotações, para

que os estipes selecionados ganhem vigor e se sobressaiam.

Deve ser cultivada em solo fértil, leve, drenável, enriquecido com matéria orgânica e irrigado

regularmente. Tolerante a transplantes e ao frio leve. Aprecia umidade do ar elevada, e por este

motivo não deve ser utilizada em ambientes com ar-condicionado. As adubações mensais

restringem-se à primavera, verão e outono. Multiplica-se por sementes que germinam em 2 a 6

meses e por divisão das touceiras enraizadas.

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Palmeira garrafa

Nome Científico: Hyophorbe lagenicaulis

Família: Arecaceae

Divisão: Angiospermae

Origem: Ilhas Maurício

Ciclo de Vida: Perene

Luminosidade: sol pleno ou meia sombra

Porte: 3 a 6 metros de altura

Descrição da planta:

A palmeira-garrafa é uma espécie exótica e escultural, de crescimento lento e porte pequeno.

Seu estipe (tronco) é único, cinzento, com cicatrizes em anel, e curiosamente dilatado na base,

uma adaptação para reservar água em períodos de estiagem. Emergindo do topo, surgem 4 a 8

majestosas folhas arqueadas, que chegam a 3 metros de comprimento nos indivíduos adultos.

Quando jovem, apresenta os pecíolos e bainhas avermelhados a amarronzados, o que lhe

confere um atrativo interessante nesta fase. As folhas são pinadas, com folíolos eretos e

lineares.

Floração:

A inflorescência surge da coroa, onde o caule se encontra com as bainhas foliares. Ela é do tipo

espiga com numerosas flores pequenas e de cor creme. Os frutos são do tipo drupa, ovóides e

passam de verdes a pretos, durante a maturação.

Utilização no paisagismo:

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No paisagismo, a aparência curiosa desta palmeira pode ser aproveitada em plantios isolados,

em grupos ou formando renques ao longo de caminhos. Particularmente, o plantio isolado

valoriza a característica escultural da espécie, principalmente como um ponto de destaque no

jardim. Pode ser utilizada sem medo adornando construções baixas, pois seu porte pequeno

quando adulta não deixará o conjunto desproporcional com o tempo.

Devido ao crescimento bastante lento é interessante adquirir mudas bem desenvolvidas, embora

estas sejam mais caras. Com o passar dos anos, a planta passa da forma de garrafa a um

formato mais cônico. Plantadas em vasos, as palmeirinhas jovens se tornam decorativas em

interiores bem iluminados, varandas ou pátios. A forma do estipe desta palmeira ficará melhor

delineada com a remoção periódica dos restos das bainhas foliares remanescentes à queda das

folhas.

Cuidados no cultivo:

Deve ser cultivada em solo fértil, bem drenável, enriquecido com matéria orgânica e irrigado

regularmente. Planta tipicamente tropical, a palmeira-garrafa aprecia o calor e a umidade. Ela é

indicada para o paisagismo em regiões litorâneas, pois resiste aos ventos e à salinidade. Capaz

de tolerar geadas leves, porém não resiste ao frio intenso. Fertilizações anuais na primavera e

suplementações com micronutrientes estimulam o crescimento e uma folhagem viçosa.

Multiplica-se por sementes que demoram de 4 a 6 meses para germinar.

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Palmeira-laca

Nome Científico: Cyrtostachys renda

Família: Arecaceae

Divisão: Angiospermae

Origem: Malásia, Indonésia, Tailândia, Bornéu e Sumatra

Ciclo de Vida: Perene

Luminosidade: sol pleno ou meia sombra

Porte: chega a atingir 6 metros

Descrição da planta:

A palmeira-laca é uma planta tropical de grande efeito paisagístico, que chama a atenção pelo

colorido vermelho vivo dos pecíolos e bainhas foliares. Ela apresenta múltiplos estipes (caules)

verdes, anelados, lisos, entouceirados, com diâmetro de 5 a 7 centímetros e altura de até 6

metros cada, podendo chegar a 9 metros nas ilhas de onde é nativa. As folhas são pinadas,

arqueadas, verdes, com cerca de 50 folíolos lineares, e pecíolos e bainhas de cor vermelha ou

laranja, de acordo com a variedade.

Floração:

A inflorescência é ramificada, e sua cor, inicialmente verde, vai gradativamente se tornando

vermelha. Os frutos são do tipo drupa, oblongos e negros quando maduros.

Utilização no paisagismo:

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A palmeira-laca é perfeita para composições de paisagismo tropical. No jardim, ela pode ser

utilizada isolada, como destaque, ou em grupos, como em maciços ou renques ao longo de

caminhos e muros. O vermelho vibrante em contraste com o verde das folhas quebra a

monotonia de verde que às vezes toma conta de jardins tropicais. Quando jovem, pode ser

plantada em vasos, adornando varandas, pátios e mesmo em interiores bem iluminados.

Também é indicada para jardins litorâneos, por tolerar a salinidade do solo.

Cuidados no cultivo:

Deve ser cultivada em solo fértil, bem drenável, enriquecido com matéria orgânica e irrigado

regularmente. Planta tipicamente tropical, aprecia o calor e a umidade e é muito sensível ao

frio. Em regiões com estações bem marcadas, a palmeira-laca pode ser conduzida em interiores

e estufas durante o inverno e voltar para o jardim na primavera e verão. É capaz de tolerar

encharcamentos, mas não resiste à estiagem. Multiplica-se por sementes, preferencialmente

recém-colhidas, e divisão das touceiras. As sementes germinam em um período que varia dois

meses até um ano.

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Plantas aquáticas – marginais

Ninféia-vermelha

Nome Científico: Nymphaea rubra

Nome Popular: Ninféia-vermelha, ninféia-rosa, nenúfar

Família: Nymphaeaceae

Divisão: Angiospermae

Origem: Índia

Ciclo de Vida: Perene

Luminosidade: pleno sol

Descrição da planta:

Planta de folhagem e florescimento bastante ornamental, a ninféia-vermelha acrescenta beleza e

misticismo aos jardins com lagos. Suas folhas flutuantes são grandes, arrendodadas e com

bordas serrilhadas.

Floração:

As flores, elevadas acima do nível da água, são formadas no verão, e se abrem brancas,

tornando-se róseas com o passar do tempo. Os estames amarelos são elevados em bloco.

Utilização no paisagismo:

A ninféia-vermelha pode ser plantada em vasos ou diretamente no lodo em cursos de água

lentos ou lagoas de água doce, vivendo a pouca profundidade. Sua folhagem e flores

desaparece no inverno.

Cuidados no cultivo:

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Pode ser cultivada em lagos, tanques e espelhos de água, sempre a pleno sol. Se a água contiver

peixes, evite adubações pesadas, fazendo apenas uma fertilização leve caso seja muito

necessário. Tolerante ao frio. Multiplica-se pela divisão dos tubérculos e por sementes.

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Flor-de-lótus

Nome Científico: Nelumbo nucifera

Família: Nymphaeaceae

Divisão: Angiospermae

Origem: Ásia e Oceania

Ciclo de Vida: Perene

Luminosidade: pleno sol

Descrição da planta:

Suas folhas são grandes, arredondadas e levemente onduladas em direção as bordas. O pecíolo

é longo, espinhento e eleva as folhas acima da superfície da água.

Floração:

As flores, formadas no verão, são muito belas, e podem ser brancas ou róseas. Produz frutos

com sementes comestíveis. Sua folhagem e flores desaparece no inverno.

Cuidados no cultivo:

O lótus prefere cursos de água lentos ou lagoas de água doce, vivendo a pouca profundidade.

Se enraiza no fundo lodoso por um rizoma vigoroso.

Pode ser cultivada em lagos, tanques e espelhos de água, sempre a pleno sol. Se a água contiver

peixes, evite adubações pesadas, fazendo apenas uma fertilização leve caso seja muito

necessário. Aprecia o frio leve, florescendo mais em climas amenos. Multiplica-se pela divisão

da planta e por sementes.

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Curiosidades:

Utilização medicinal:

Indicações: Afecções respiratórias, estomacais, intestinais e uterinas, alívio da

menopausa.

Propriedades: Antidiarréica, antiinflamatória, antitussígena, emoliente catarral.

Partes usadas: Toda planta e raízes.

O lótus é uma planta aquática repleta de significados religiosos e míticos. No budismo, devido ao

seu ciclo de vida, simboliza a vida eterna e a renovação.

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Plantas aquáticas – palustres

Cavalinha

Nome Científico: Equisetum giganteum

Família: Equisetaceae

Divisão: Pteridophyta

Origem: Brasil

Ciclo de Vida: Perene

Luminosidade: sol pleno

Porte: pode atingir 2 metros de altura

Descrição da planta:

Da mesma família de muitas samambaias, a cavalinha apresentou uma evolução interessante,

onde suas folhas reduziram-se a escamas, sendo que a fotossíntese é realizada por hastes ocas e

articuldas. Para sua reprodução assexuada produz cones contendo esporos.

Utilização no paisagismo:

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É indicada para a composição com outras plantas na beira de fontes e lagos, ou utilizada como

maciço, em floreiras ou na frente de casas e outras edificações.

Cuidados no cultivo:

É muito rústica e tolerante ao frio, uma das poucas pteridófitas que se adaptam ao sol pleno.

Curiosidades:

Além de ornamental, a cavalinha é considerada uma planta medicinal. Gosta de locais úmidos e

terra rica em matéria orgânica.

Utilização medicinal

Indicações: Osteoporose, reumatismo, emagrecedor, inchaço pré-menstrual.

Propriedades: Diurético, anti-hipertensivo, calcificante, antiinfeccioso, antiprostático.

Partes usadas: Caule.

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Mulungu / flor-de-coral

Nome Científico: Erythrina crista-galli

Família: Fabaceae

Divisão: Angiospermae

Origem: América do Sul

Ciclo de Vida: Perene

Luminosidade: sol pleno

Porte: 6 a 10 metros

Descrição da planta:

Suas folhas são compostas, trifolioladas com folíolos glabros, de coloração verde levemente

acinzentado. É considerada uma florífera decídua, isto é, perde as folhas durante a floração. Os

frutos são do tipo legume (vagem). Com espessura de cerca de 50 cm, seu tronco é tortuoso e

bonito, além de útil: sua madeira tem muitas utilizações.

Floração:

As flores são vermelhas na superfície e rosadas na face inferior. A floração ocorre de setembro

a dezembro.

Cuidados no cultivo:

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Devem ser cultivadas em solo fértil, apreciando os lugares úmidos, como próximos a córregos e

lagos, o que deu origem ao nome popular corticeira-do-banhado. Tolerante ao frio. Multiplica-

se por estacas, mas principalmente sementes.

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Lírio-do-brejo

Nome Científico: Hedychium chrysoleucum

Família: Zingiberaceae

Divisão: Angiospermae

Origem: Ásia

Ciclo de Vida: Perene

Luminosidade: sol pleno

Descrição da planta:

O lírio-amarelo-do-brejo é uma planta rizomatosa da família dos gengibres. Sua folhagem é

bastante vistosa e vigorosa, tipicamente tropical, com folhas largas e coriáceas.

Floração:

As inflorescências terminais reúnem numerosas flores, muito perfumadas e bonitas, que

apresentam coloração amarelo creme, com o centro amarelo. A flores se formam durante o ano

todo, mas são mais abundantes na primavera e no verão.

Utilização no paisagismo:

No paisagismo são muito exuberantes, e necessitam de locais úmidos para se desenvolver bem.

Maciços e renques próximos à lagos e outras fontes de água são bastante adequados ao plantio

do lírio-amarelo-do-brejo.

Cuidados no cultivo:

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Devem ser cultivadas em solo fértil, úmido e enriquecido com matéria orgânica, com regas

freqüentes se não estiver adjacente à uma fonte de água. Não é tolerante às geadas. É bastante

rústica exigindo baixa manutenção. Multiplica-se por divisão das touceiras.

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Cactos e suculentas

Epiphyllums – cacto orquídea

Herbácea perene e suculenta, oriunda de clima quente e úmido, típico de regiões tropicais da

América do Norte e México. As flores são muito ornamentais e possuem cores expressivas

como o vermelho e tons róseos.

Cultivada à meia-sombra, prefere solo bem drenado ou ligeiramente arenoso, que não retenha

muita água. Planta de uso ornamental.

Sua propagação é feita por estaquia de folhas. Sua flores são bem grandes chegando até mais de

40 cm.

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Echeveria polidonis

Echeverias são plantas da família Crassulaceae, também conhecidas como flores de pedra ou

Suculentas, que se dividem centenas variedades diferentes, também exploradas para a geração

de híbridos. Dentre os mais populares, destacam-se a Morning Beauty e a Black Prince.

Originárias da América Latina são plantas bastante resistentes às secas e à luz solar, cultivadas

em diversas regiões do globo. Costumam tolerar bem uma alta variação de temperatura, e se

desenvolve melhor em áreas bastante iluminadas.

Apesar de consideradas plantas desérticas, são encontradas na natureza na encosta de

montanhas, desfiladeiros, e algumas variedades em determinadas florestas. Podem durar vários

anos, embora com o passar do tempo ela possa perder aquele atrativo formato compacto.

As echeverias dão flores mais de uma vez ao ano, com hastes que podem chegar até a 60 cm de

altura. Seu uso é comum como plantas de jardim, tanto em prédios comerciais como em

residências. São plantas que em geral toleram bem a presença de outras no mesmo espaço.

Page 48: Trabalho Paisagismo Lidiane Monteiro

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Kalanchoe pinnata – folha da fortuna

Esta crassulácea é uma planta perene. É uma herbácea, mas muitos trabalhos a classificam

como subarbusto, pelo tamanho que pode obter e pelo fato de várias plantas com raízes no

mesmo ponto darem a impressão de uma planta arbustiva.

As folhas são muito variadas, podendo ser simples, tendendo ao formato oval e arredondado na

base, ou então, nas folhas mais velhas, serem compostas imparipinadas. As suas bordas são

serrilhadas, como na maioria das plantas do gênero. Nestes pontos da borda, podem surgir

mudas adventícias, assim como em suas parentes, mas, diferente destas, as mudas só surgem se

as folhas caírem ao chão, e quase nunca enquanto ainda estiver na planta.

Os botões florais têm a inusitada característica de ‘estourarem’ se pressionados, pois são

hermeticamente fechados até a abertura da flor. As suas flores de coloração rósea apresentam-

se em cachos no ápice da planta, sendo que a maior parte dela fica escondida dentro das

sépalas.

Os frutos são constituídos de cápsulas semelhantes às de outras Kalanchoe, porém maiores.

As sementes são minúsculas, como as de eucalipto.

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Haworthia “Margaritifera” – planta pérola

Da família das Liliaceae, e também conhecida como Planta-pérola, essa suculenta se origina da

África do Sul. Herbácea perene, alcança até 15 centímeros e florece quase o ano inteiro. É

planta de meia-sombra ( não suporta sol direto de 11 às 17 hs).

É ótima para jardins rochosos, suportando solo mais seco, podendo ser regada apenas 1 vez por

semana.

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Talinum crassifolium - Maria-gorda

É uma planta herbácea, de altura variável (10-50cm), com folhas carnosas sem pêlos, ainda que

não tão suculentas quanto outras da família. As folhas têm forma oboval ou oval-lanceolada,

suas flores costumam ser cor púpura clara, mas podem ainda ocorrer exemplares com flores

rosa-claro ou até amareladas e surgem solitárias em uma inflorescência de talos avermelhados,

de tamanho muito variável. Os frutinhos são cápsulas (septifragas) geralmente redondas, cuja

cor varia do amarelo-vivo até o vermelho, escurecendo quando perto da maturação, quando tem

pouco mais de 3mm de diâmetro. Daí sai sementinhas minúsculas, pretas, lisas e achatadas,

com formato reniforme.

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Plantas Tóxicas

Asclepias curassavica L. / OFICIAL-DA-SALA

Nome científico: Asclepias curassavica L.

Família: Asclepidaceae.

Sinônimos botânicos: Asclepias bicolor Moench.

Outros nomes populares: algodãozinho-do-campo, algodãozinho-do-mato, camará-bravo,

capitão-de-sala, capitão-da-sala, cavalheiro-da-sala, cega-olho, cega-olhos, chibança, dona-

joana, erva-de-paina, erva-de-rato, erva-de-satã, erva-leiteira, falsa-erva-de-rato, flor-de-sapo,

ipecacuanha-brava, ipecacuanha-das-antilhas, ipecacuanha-falsa, leiterinha, mané-mole,

margaridinha, margaridinha-leiteira, mata-olho, paina-de-sapo, paina-de-seda, paininha.

Constituintes químicos: asclepiadina.

Propriedades medicinais: purgativo, emético, tônico cardiovascular, sudorífica, febrífuga,

vermífuga, antiasmática, anti-hemorroidária, antidiarréica, antileucorréica, antiblenorrágica,

hemostática, bernicida.

Indicações: cicatrização de feridas, hiposistolia cardíaca, astenia vascular, panarício, úlcera,

ferida carnosa, verruga.

Parte utilizada: folhas, raízes, látex.

Page 52: Trabalho Paisagismo Lidiane Monteiro

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Contra-indicações/cuidados: não encontrados na literatura consultada.

Efeitos colaterais: o látex é cáustico, causando sérias inflamações oftálmicas. A asclepiadina é

um veneno convulsivo dos músculos lisos e do coração. O macerado do caule provoca nos

animais de sangue quente parada da respiração, convulsões, arritmia cardíaca e parada cardíaca.

A ingestão de 1 g da planta por k g de peso vivo, é suficiente para causar a morte em animais.

Modo de usar:

- látex: purgativo, emético, tônico cardiovascular, hiposistolia cardíaca, astenia vascular, em

doses mínimas; Cauterizar verrugas; sobre uma banana é eficiente raticida.

- raízes: sudorífica, febrífuga, vermífuga, antiasmática, anti-hemorroidária, antidiarréica,

antileucorréica, antiblenorrágica, bernicida, panarício.

- planta inteira, sêca e pulverizada: hemostática.

- folhas machucadas: cicatrização de feridas.

- folhas em compressas: úlceras, feridas carnosas.

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Achillea millefolium L. - MIL-FOLHAS

Nome científico: Achillea millefolium L.

Família: Asteraceae.

Sinônimos botânicos: Achillea borealis subsp. Arenicola (Pollard) D.D. Keck, Achillea borealis

subsp. Californica (Pollard) D.D. Keck, Achillea lanulosa Nutt., Achillea lanulosa subsp.

Alpicola (Rydb.) D.D. Keck, Achillea laxiflora Pollard & Cockerell, Achillea pecten-veneris

Pollard

Outros nomes populares: alevante, anador, aquiléa, aquiléia, aquiléia-mil-flores, aquiléia-mil-

folhas, atroveran, botão-de-prata, erva-carpinteira, erva-carpinteiro, erva-das-cortadelas, erva-

das-damas, erva-de-carpinteiro, erva-de-cortadura, erva-de-são-joão, erva-do-bom-deus, erva-

do-carpinteiro, erva-dos-carreteiros, erva-dos-cortadores, erva-dos-golpes, erva-dos-militares,

erva-dos-soldados, levante, macelão, marcelão, mil-em-rama, mil-ramas, milefólia, milefólio,

mil-em-rama, mil-em-ramas, milfolhada, mil-folhada, milfólio, mil-ramas, mil-ramos,

novalgina, pêlo-de-carneiro, pestana-de-vênus, ponta-livre, prazer-das-damas, pronto-alívio,

salvação-do-mundo; mil en rama (espanhol), mille-feuilles (francês), yarrow (inglês),

millefoglio (italiano).

Constituintes químicos: achileína, achilina, ácido aquilêico, ácido caféico, ácido clorogênico;

ácido fórmico, ácidos graxos; ácido isovalérico, ácido mirístico, ácido salicílico, açúcares;

Page 54: Trabalho Paisagismo Lidiane Monteiro

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alcalóides; aminoácidos; aquineína, azulenos, bataínas, betaína, borneol, pró-camazuleno,

canfeno, cânfora, p-cimeno, cineole, cumarinas, derivados terpênicos e sesquiterpênicos,

eugenol, fitosterol; flavonóides (apigenina, epigenol, luteolina e seus glicosídeos, artemetina,

rutina, tuteolol); formaldeído, furfural, glicosídeos amargos, heterosídeos cianogênicos; inulina,

lactonas sesquiterpênicas; limoneno, linalol, milefina, minerais: P e K; mucilagens; óleo

essencial (cineol, proazuleno); a-pineno, ß-pineno, quercetina, quercitrina, resina, sabineno,

tanino, a-terpineno, trigonelina, a-tujona, vitamina C;

Propriedades medicinais: adstringente, amarga, analgésica, antibiótica, anticaspa, anticelulítica,

antidispéptica, antiespasmódica, anti-helmíntica, anti-hemorrágica, anti-hemorroidária,

antiinflamatória, antimicrobiana, antiperspirante, antipirética, anti-reumática, anti-séptica,

aperiente, aromática, carminativa, cicatrizante, colagoga, colerética, diaforética, digestiva,

diurética, emenagoga, estimulante, estomáquica, eupéptica, expectorante, hemostática,

hepática, hipotensiva, refrescante, reestabilizante da circulação sangüínea, tônica, vulnerária.

Indicações: abscesso, acne, adinamia, adstrição; afecções da pele (abscessos, feridas, eczemas,

etc.); afecções urinárias, alopecia, amenorréia, cálculo renal, calmante, cefalalgia; circulação,

cólicas menstruais, contusões, pulmonares e dérmicas; debilidade geral, depurar o sangue,

desintoxicar o organismo, diarréia, distúrbios nervosos, dores de cabeça; dores de estômago e

de dente; eczema, enurese nas crianças; escarlatina, escarros; espasmos gastrintestinais e

uterinos; falta de apetite, febre intestinal e intermitente, feridas, fígado, fissuras anais,

flatulência, gastrite, golpes, gota, greta; hemorragias nasal, uterinas e dos pulmões;

hemorróidas, incontinência urinária; inflamação das mucosas da boca, gástricas e intestinais;

inflamações e rachaduras na pele, insônia, intestinos, má digestão, manchas, mucosidade

intestinal, pleuris, poros dilatados, problemas digestivos, problemas de secreção da bile,

psoríase, queimaduras, regularizar a menstruação, resfriado, rins, sardas e manchas na pele,

sarna, transpiração nos pés; trombose cerebral e coronarianos; tumores, úlceras, úlcera gástrica,

varizes, vesícula, vômitos sangüíneos.

Aromaterapia: eliminar impurezas, estados de depressão e cansaço.

Parte utilizada: flores, folhas, caules, rizomas.

Contra-indicações/cuidados: mulheres em lactação e gestantes. Evitar a ação do sol na

epiderme molhada com o suco da planta fresca. Há possibilidade de intoxicação de animais

domésticos. Não deve ser tomado em doses fortes nem durante um período prolongado.

Efeitos colaterais: pode causar irritação dérmica com coceira e inflamação, podendo levar à

formação de pequenas vesículas, inflamação ocular, dores de cabeça e vertigens. O uso durante

a gravidez, pode provocar sangramentos.

Modo de usar:

- Uso interno:

. crua, picada, em saladas ou como acompanhamento de pão e manteiga: desintoxica o

organismo, depura o sangue e ativa as funções renais; perturbações gástricas, diarréia, gases

intestinais, hemostático, dores da menstruação;

. Infusão de 10 a 15 g da erva fresca (seca 2 a 4 g) em 1 litro de água, tomar 3 xícaras ao dia;

. infusão das flores: gastrite e úlcera gástrica;

. tintura em álcool 45%: 2 a 4 ml, três vezes ao dia;

. extrato fluido em álcool 25%: 2 a 4 ml, três vezes ao dia;

. xarope: 20 a 50 ml por dia;

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. maceração de 5 g em 100 ml de vinho branco por 10 dias. Tomar um cálice pequeno 2 ou 3

vezes ao dia;

. decocção de 2 g da raiz seca em um litro de água. Tomar 3 xícaras ao dia: nervosismo e

esgotamento físico e mental.

- uso Externo:

. decocção ou infusão: 10 a 15 g de erva em 1 litro de água. Massagear o couro cabeludo contra

queda de cabelos e calvície;

. decocção ou infusão: 25 a 30 g da planta por litro de água: feridas etc.;

. sumo: lavar a planta, retirar o sumo e aplicar sobre ferimentos e ulcerações;

. pomadas anti-reumáticas;

. supositórios: anti-hemorróidas;

. compressas ou cataplasmas: aplicar a planta fresca sobre o local afetado (feridas e úlceras).

. ablução: macerar 100 g de flores e 100 g de folhas durante 1 dia em 2 litros de água. Após,

aquecer, sem ferver, e aplicar na área afetada por 15 minutos: hemorróida;

. loções, fomentações e cataplasmas: afecções dérmicas e machucaduras;

. pó das folhas e flores secas e pulverizadas: feridas recalcitrantes;

. peles oleosas acnéicas: massagens e banhos relaxantes e descongestionantes;

. produtos infantis: cremes, xampus e loções: 1 a 5%;

. extrato glicólico: tônicos capilares, xampus e produtos para banho de espuma: 2 a 5%;

- usos específicos:

. varizes: decocção de 10 g de flores em ½ litro de água. Esquentar em fogo brando por 30

minutos. Tomar 2 xícaras pela manhã, em jejum, e outra à noite. Aplicar compressas mornas no

local afetado, 2 vezes ao dia.

. ferimentos: Aplicar infusão com gaze ou aplicar as próprias folhas e flores frescas, limpas e

esmagadas sobre as lesões Xampu para fortificar.

. hemorróidas, fazer banho de assento por 7 dias e toma-se o chá fraco.

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Tanacetum vulgare L. - CATINGA-DE-MULATA

Nome científico: Tanacetum vulgare L.

Família: Asteraceae.

Sinônimos botânicos: Chrysanthemum tanacetum Vis., Chrysanthemum uliginosum,

Chrysanthemum vulgare Bernh., Chrysanthemum vulgare var. Boreale (Fisch. Ex DC.) Makino

ex Makino & Nemoto, Pyrethrum vulgare (L.) Boiss., Tanacetum boreale Fisch. Ex DC.,

Tanacetum crispum Steud., Tanacetum umbellatum Gilib., Tanacetum vulgare var. Boreale

(Fisch. Ex DC.) Trautv. & C.A. Mey.

Outros nomes populares: atanásia, atanásia-das-boticas, erva-contra-vermes, erva-de-são-

marcos, erva-dos-vermes, erva-lombrigueira, palma, tanaceto, tanásia, tasneira. Tanarida

(espanhol); balsamita menor, hierba lombriguera, palma imperial, palmita de la India, tanaceto

(casteliano); tanaise commune, tanaisie (francês); tansy, common tansy, bitter buttons,

hindheal, parsley fern, wild quinine (inglés); tanaceto (italiano), ch’i-ai (chinês).

Constituintes químicos: ácido tanásico, tanacetona, lactonas sesquiterpênicas (partenolídeo),

flavonóides (flavona eupatilina), esteróis, glicose, ácidos cítrico, butírico e oxálico, tuiona,

canfol, tanino, resina, vitamina C.

- sumidades floridas contém 0,1 a 0,6% de óleo essencial e 7,64% de cinzas.

Propriedades medicinais: aromática, antiasmática, antibacteriana, antiespasmódica, anti-

helmíntica, anti-histérica, antiinflamatória, antinevrálgica, anti-reumática, antiulcerogênica,

béquica, carminativa, digestiva, diurética, emenagoga, estimulante, estomáquica, febrífuga,

hemostático, remineralizante, sudorífera, tônica, vermífuga.

Indicações: aerofagia, afecções nervosas, bronquite, clarear manchas de pele, contusão,

dismenorréia, dores articulares, dores musculares, dor de dente, dores reumáticas, eliminar

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furúnculos, emenagoga, entorse, epilepsia, epistase, feridas, flatulência, gota, histeria, infecções

na pele, inflamação, menstruação, parasitoses, pertubações gástricas, picada de insetos,

problemas menstruais, repelir insetos, vermes intestinais (lombrigas e oxiúros), rins.

Parte utilizada: folhas, flores.

Contra-indicações/cuidados: gestantes, lactantes, crianças. O ácido tanásico e a tanacetona são

tóxicos. Doses excessivas podem causar intoxicações.

As doses devem ser determinadas com grande prudência, pois todo o excesso de consumo

provoca uma congestão da região da bacia (órgãos abdominais), com lesões renais e nervosas,

inflamação dos órgãos nutricionais e sexuais, vômitos, convulsões, ação vasodilatadora em

gestantes, fica presente no leite das lactantes.

A essência da planta, injetada na veia de animais, provoca convulsões semelhantes às da

hidrofobia, inflamação no tubo digestivo, podendo resultar em espasmos violentos, paralisia do

coração e morte. O óleo pode causar dermatite de contato. Aborto.

Modo de usar: infusão, decocção, extrato fluido.

- infusão de 2 g de folhas secas em 200 ml de água. Tomar 2 a 3 xícaras (chá) ao dia;

- infusão de 20 g de flores em meio litro de água fervente. Filtrar quando estiver morno e tomar

2 xícaras ao dia: dismenorréia;

Como vermicida é necessário usar purgante depois de usar o cravo-de-defunto pois ele paralisa

os vermes intestinais (lombrigas e oxiúros), e não chegua a matá-los, mas facilita a sua

expulsão.

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Calotropis procera ait. r.br

Senecio brasiliensis less.

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Bibliografia:

http://www.plantamed.com.br/

http://www.jardineiro.net/br/index.php

http://www.plantasonya.com.br/