trabalho oficina arte e moda (14122016)
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Senai Cetiqt Aluna: Carolina Lima Disciplina: Arte e Moda
Professor: Gabriel Gimmler Netto
Arte e Moda
Ao longo destas semanas, vimos e discutimos na sala virtual, como o encontro entre a
arte e a moda pode ser rico e inspirador. Reunindo elementos recheados de história,
comportamento e cultura ou somente pelo teor estético, uma explosão de cores e formas se
transformam em peças de roupas onde cada centímetro é cuidadosamente pensado em fazer
jus ao objeto de referência. Constatamos que seja numa pintura ou numa instalação, todo tipo
de expressão artística pode ser adotada pela moda pelo simples fato dele existir.
Neste último trabalho proposto, resolvi ir além e incorporei um pouco mais dos
elementos pedidos. Em forma de colagem manual, no lado esquerdo inferior de quem olha,
está a imagem da obra prima medieval “O Casal Arnolfini” (1434), do pintor flamengo Jan van
Eyck, que serviu de inspiração para a maison Dior criar em seu outono inverno 2016, casacos
com mangas amplas, fazendo referência ao traje da mulher do quadro, em que apenas o tom
do verde se difere, uma vez que no casaco da marca francesa ele aparece em verde musgo.
Apesar de tamanha distância temporal, a essência da obra de Eyck torna o casaco da Dior uma
peça extremamente contemporânea.
Já o relógio vermelho Cartier representa a impotência que sentimos perante o tempo,
que passa cada vez mais rápido, obrigando os profissionais de criação se reinventarem de
forma mais velóz a fim de evitar que suas criações não caiam numa mesmice. E com a moda
não é diferente, uma vez que usando o tempo como aliado, as marcas que se preocupam em
serem inovadoras, passaram a incorporar em seus produtos e até na decoração das lojas,
formas e linhas de artistas nem sempre vindos do mundinho, trazendo frescor a qualquer
ambiente. Como exemplo, eu trouxe a marca de sapatos brasileira Melissa que desde 2005,
em sua flagship na Oscar Freire, reune tanto na fachada quanto no interior da loja, trabalhos de
gente de peso como: Zaha Hadid, Muti Randolph e dos irmãos Campana. Dentre eles, não há
alguém que podemos chamar de artista plástico ou estilista, mas é notória a contribuição que
todos estes artistas levam à esta tradicional marca que é a Melissa.
Portanto, para quem busca sobreviver numa era totalmente dominada pela rapidez das
novidades e pelo excessivo excesso de informação, a interferência da Moda na Arte e vice
versa deve ser muito bem vinda.
FIM