trabalho - manobras de higiene brônquica e reexpansão pulmonar
TRANSCRIPT
Manobras de Higiene Brônquica
INTRODUÇÃO
Um dos princípios básicos da fisioterapia respiratória é a facilitação do
clearance mucociliar e as manobras de desobstrução brônquica (manobras de
higiene) fazem parte de uma série de procedimentos que visam este objetivo.
As manobras de higiene visam manter a permeabilidade das vias aéreas e
evitar o acúmulo de secreções, possibilitando assim uma melhor respiração ao
indivíduo.
As secreções aumentam a resistência ao fluxo aéreo, dificultam as trocas
gasosas e tornam excessivo o trabalho dos músculos respiratórios.
A mucosa respiratória produz uma camada de secreção que a recobre e que
de forma contínua move-se através da atividade ciliar até a faringe, onde é
deglutida sem que o indivíduo perceba. Quando a quantidade de secreção
aumenta, como em pacientes com doença pulmonar caracterizada por
hipersecreção de muco, a tosse torna-se um mecanismo adicional para a
clearance mucociliar. Normalmente a expectoração é contaminada com células
da orofaringe, bactérias, alimentos e saliva. Se a quantidade de muco torna-se
muito grande para estes dois mecanismos, especialmente nas vias aéreas de
pequeno calibre onde a tosse é menos efetiva, o resultado é o acúmulo de
secreções.
Embora o escarro e o muco recebam a mesma denominação, o escarro é o
produto do trato respiratório inferior, enquanto o muco é produzido por todas as
membranas mucosas.
O manto ciliar tem uma organização estrutural precisa e a eliminação do muco
depende da integridade desta estrutura.
Os cílios se movem através da camada sol e uma onda é transmitida pelas
pontas dos mesmos, que emergem na camada gel. A camada sol proporciona
o meio adequado para o batimento ciliar e a camada gel aprisiona material
estranho ao aparelho respiratório.
Os recursos manuais da fisioterapia respiratória compõem um grupo de
técnicas de exercícios manuais específicos que visam ‘a prevenção no intuito
de evitar complicações de um quadro de pneumopatia instalado, ‘a melhora ou
reabilitação de uma disfunção toracopulmonar e ao treinamento e
recondicionamento físico das condições respiratórias do paciente pneumopata.
INDICAÇÕES DAS MANOBRAS DE HIGIENE BRÔNQUICA
Os recursos são geralmente empregados no tórax de indivíduos acometidos de
pneumopatias ou após cirurgia de tórax ou de abdome, especialmente quando
o indivíduo apresenta dificuldade de eliminar secreções das vias aéreas
inferiores, bem como nas dificuldades de uma ventilação pulmonar adequada
ou suficiente para suprir o consumo de oxigênio no organismo.
As manobras são realizadas geralmente em combinação ou associadas a
outras técnicas como a drenagem postural, inaloterapia, estimulação
diafragmática e estimulação costal.
Na avaliação a beira do leito, uma tosse ineficaz, a produção ausente ou
aumentada de escarro, padrão respiratório exaustivo, diminuição dos ruídos
respiratórios, presença de crepitações ou roncos, a taquipnéia, a taquicardia ou
a febre indicam um possível problema com retenção de secreções.
Em pacientes com ventilação mecânica, as manobras devem ser realizadas em
sincronismo com o ciclo do respirador.
Tapotagem (Percussão)
A percussão, durante a expiração, 5 Hz de freqüência, promovendo ondas de
energia cinética, transmitidas através das vias respiratórias, deslocam as
secreções da arvore brônquica e as mobilizam das regiões periféricas para as
centrais. Há controversa na aplicação das técnicas, segundo a sua freqüência
de execução e a sua associação a outras técnicas o tempo estimado é de (240
ciclos/minuto) sendo continuo. (Carvalho. M. Fisioterapia Respiratória 5º
edição)
A tapotagem consiste em percutir com as mãos em concha ou em ventosa, as
regiões torácicas relacionadas com as áreas pulmonares em que haja
secreção, respeitando as regiões dolorosas. (Costa, D. Fisioterapia respiratória
básica, 1999)
Contra indicação: Aplicação direto a pele, paciente apresentando ruídos
sibilares exacerbados, dispnéia, crise asmática, edema agudo do pulmão, pós
cirúrgicos em menos de uma hora de refeição fraturas de costelas, cardiopatas
graves.
Vibração e Vibrocompressão
São contrações isométricas repetidas do ombro e cotovelo realizada sobre a
parede do tórax, durante a fase expiratória, em uma freqüência de 12 a 16 Hz,
podendo ser associado a compressão. (Carvalho. M. Fisioterapia Respiratória
5º edição)
É realizada com as mãos espalmadas, acopladas e com certa pressão no tórax
do paciente, o punho e o cotovelo de quem aplica deverão permanecer imóveis
impulsionando os movimentos vibratórios ( tremor energético) com um trabalho
mecânico proveniente da musculatura do braço e do ombro, deixando os
demais grupos musculares do membro superiores contraídos isometricamente
e as articulações do punho e do cotovelo imóveis.
Percussão Cubital
Com os mesmos objetivos da tapotagem a percussão cubital consiste em
percutir o tórax mediante o movimento de desvio ulnar com uma das mãos
semifechadas, mais precisamente com o lado hipotênar sobre a outra mão ou
os dedos da outra mão, que esta em concha e permanentemente acoplada ao
tórax do paciente, neste caso a percussão cubital será indireta, podendo
também ser realizada diretamente sobre o tórax do paciente, esta ultima é
menos empregada pelo desconforto do paciente.
A principal diferença entre a percussão cubital e a tapotagem é que o
movimento de “resvalo torácico” na pressão cubital é menos vibrátil, podendo
ser mais bem empregada nos casos em que a tapotagem causa dor. Por outro
lado, a percussão cubital embora menos vibrátil, por tratar-se de um movimento
brusco proporciona maior estimulo a tosse.
Drenagem Postural
A drenagem postural pode ser considerada uma técnica respiratória, que tem
como objetivo drenar secreção pulmonar da arvore brônquica, por esse motivo,
ás vezes recebe a denominação de drenagem brônquica ou drenagem postural
broncoseletiva. Sua principal fundamentação é o uso da ação da gravidade.
Neste sentido, ao reportamo-nos a anatomia da arvore brônquica, notamos que
esta tema configuração de uma arvore em posição invertida. Isto é, com os
troncos para cima e os galhos de folhas para baixo.
Considerando que a uma tendência natural de acumular secreções nas áreas
mais distais da arvore brônquica, pelo próprio efeito gravitacional o drenagem
imprega o posicionamento invertido (decúbito com o quadril mais elevado que
os ombros), no intuito de favorecer o acesso da secreção pulmonar a um
trajeto mais superior na arvore brônquica e, consequentemente, sua
eliminação.
Embora existam áreas localizadas na região superiores dos pulmões, há maior
tendência de acumulo de secreção nas vias aéreas mais inferiores. É por isso q
nos procedimentos de drenagem o paciente é posicionado de forma que seu
tronco fique mais inferior que o quadril. Drenagem por segmentos do pulmão.
Precauções: É importante certificar-se das condições do paciente a fim de
decidir com segurança sobre a aplicação desta técnica. Recomenda-se
atenção para as condições gerais do paciente, em especial a cardiovascular e
respiratória.
Não deve ser realizada menos de uma hora após as refeições para evitar o
refluxo gastroesofágico e a possibilidade de aspiração.
Dentre as contra-indicações, podemos citar também: pós-operatórios de
neurocirurgia craniana, pós-operatórios imediatos, pacientes ortopédicos com
limitações importantes, hérnia de hiato, paciente em ventilação mecânica e
com insuficiência respiratória aguda, infarto do miocárdio, arritmias,
insuficiência cardíaca congestiva, angina ao exercício, edema pulmonar,
embolia pulmonar, tuberculose ativa, pneumotórax, empiema, paciente
idosos/confusos, derrame pleural volumoso, hipertensão descontrolada,
queimaduras e feridas abertas no tórax, osteoporose.
Drenagem Autógena
Essa manobra deve ser feita da seguinte forma:
1. O paciente permanece sentado ereto
2. O paciente respira profundamente a um ritmo normal ou relativamente
lento.
3. As secreções nas vias aéreas se deslocaram para proximalmente para
como resultado do padrão respiratório.
4. À medida que as secreções se deslocarem para a traquéia elas são
expelidas com uma tosse suave ou expiração levemente forçada.
Objetivos: melhorar a ventilação e deslocação do muco.
Técnica expiratória forçada ou Huff
A técnica expiratória forçada foi popularizada por fisioterapeutas do Hospital
Bromptom em Londres. Pryor et al. Começaram a empregar a TEF ao final da
década de 1970 e nos anos de 1980.
A técnica de expiração forçada consiste de um ou dois huffs ( expirações
forçadas, de volume pulmonar médio a baixo, seguidas de um período de
respiração diafragmatica controlada e relaxada. As secreções brônquicas
mobilizadas para as vias aéreas superiores são ,então, expectoradas, e o
processo é repetido até que se obtenha limpeza brônquica máxima. O paciente
pode reforçar a expiração forçada pela autocompressão da parede torácica
com um rápido movimento de adução dos braços.
Tosse
A expectoração através da tosse é fundamental na desobstrução brônquica e a
fisioterapia respiratória busca adotar técnicas que não só colaboram na sua
eficácia como também a substitui na incapacidade de realiza-la corretamente.
São usadas manobras manuais para acelerar o fluxo expiratório (compressões
torácicas) e técnicas de estimulação da tosse reflexa (pressão esternal,
estímulo traqueal por massagem digital, estímulos traqueais diretos quando há
via aérea artificial).
Uma tosse eficaz deve ser precedida de uma inspiração profunda e ao realizar
a tosse, de contração simultânea dos músculos abdominais.
Quando o paciente não consegue tossir espontâneo, a tosse assistida é uma
ajuda terapêutica ao ato de tossir. É realizada mediante um estímulo manual,
exercício sobre o tórax do paciente no momento em que ele tenta tossir ou
tosse com muita dificuldade, devido a fraqueza dos músculos abdominais ou ao
alto limiar de irritabilidade das vias aéreas. Essa ajuda é uma pressão rápida,
exercida com a região palmar de uma das mãos na região póstero-superior do
tórax do paciente, ele deverá estar sentado. O fisioterapeuta fixará com a outra
mão, anteriormente, o tórax do paciente a fim de proteger e evitar o
deslocamento ou a queda do paciente para frente, mantendo imóveis as
articulações do cotovelo e do punho. Os impulsos dados pelas mãos do
fisioterapeuta tornam-se mais potentes e exige menor esforço, atingindo mais
profundamente o tórax e o sistema respiratório do paciente. A pressão
estimulante e rápida deve ser repetida duas ou três vezes, provocando uma
espécie de compressão do tórax e das vias aéreas, promovendo maior
estímulo ao início da tosse.
É comum que o paciente pós-operatório com cicatriz cirúrgica no tórax ou no
abdome, venha a inibir a tosse por medo de sentir dor na região. Nesse caso, é
importante explicar a importância da tosse e a forma correta de tossir, para
garantir a manutenção da higiene brônquica. O paciente deve fletir o tronco
sobre a incisão, colocar um apoio (travesseiro) sobre esta região, em seguida
inspirar profundamente e tossir fortemente, utilizando os músculos abdominais,
mantendo a glote e a boca semi-abertas para evitar pressão intratorácica e não
forçar os pontos da sutura cirúrgica.
A tosse reflexa tem quatro fases: irritação, inpiração, compressão e expulsão. A
tosse voluntária não requer a primeira fase. Para ser eficaz qualquer uma delas
deve gerar força suficiente para mobilizar as secreções da primeira a sétima
geração de brônquios.
ESTIMULAÇÃO DA TOSSE
Poderá ser feita manualmente, usando-se um estímulo traqueal com crianças
ou pacientes desorientados que não podem cooperar com o tratamento. É uma
manobra desconfortável, feita para estimular uma tosse reflexa.
O fisioterapeuta coloca dois dedos na fenda esternal (fúrcula) e aplica um
movimento circular com pressão para baixo dentro da traquéia facilitando uma
tosse reflexa.
Pode ser estimulada também com o auxílio de um cotonete, palito ou sonda de
aspiração, coloca-se na cavidade nasal, no palato da boca ou na epiglote.
Tipos de tosse:
1. Espontânea
2. Assistida ou auto- assistida
3. fragmentada
4. estimulada ( pressão na traquéia – fúrcula)
Aceleração do fluxo expiratório ou pressão expiratória
A pressão expiratória recebe diferentes nomes, conforme o uso e os hábitos
dos profissionais que a empregam no dia-a-dia da fisioterapia expiratória,
assim sendo é também denominada tensão expiratória manual ou terapia
expiratória por pressão ou terapia manual por pressão , além de outras
possíveis denominações não constantes na referencias bibliográficas até então
não consultadas.(Costa, D Fisioterapia respiratória básica, 1999)
A expiratória consiste em deprimir passivamente o gradial costal do paciente,
além daquilo que ele consegue realizar ativamente, durante uma expiração
normal ou forçada, pode ser feita com o paciente me decúbito supino ou
decúbito lateral em decúbito supino o terapeuta coloca as mãos sobre as
regiões paraesternais do paciente acompanhando o movimento torácico na
fase expiratória, aplicando também uma pressão no final da expiração
prolongando ainda mais esta fase, aplicando essa pressão nos sentidos para
baixo (crânio-caudal) e para fora (latero-lateral). Em decúbito lateral a pressão
é feita no mesmo sentido com apenas uma das mãos enquanto a outra devera
dar fixação a região torácica posterior auxiliando a compressão e protegendo
as articulações costovertebrais.
A pressão expiratória é realizada com as mãos abertas, dedos aduzidos ao
maximo, punhos e cotovelos fixos e a pressão exercida é quase todo
proveniente do ombro. A pressão deve ser continua, devendo, no fim, haver
uma leve vibração para maior relaxamento do tórax do paciente,
proporcionando melhor alavanca para quem aplica o que torna a manobra mais
eficiente.
O objetivo principal da manobra é desinsuflar o tórax e os pulmões, diminuindo o espaço
morte e residual e aumentando o volume de ar corrente. Possibilitando a maior ventilação
pulmonar que por sua vez ira oxigenar melhor o sangue. Outro objetivo é melhorar a
mobilidade da caixa torácica. Cabe lembrar ainda que a pressão expiratória poderá, na sua fase
final, estimular a tosse e, quando a presença de acumulo de secreção nos pulmões do paciente
será também estimulada a expectoração.
Shaking
É uma técnica que é realizada com varias compressões acompanhando a
expiração com o objetivo de aumentar o fluxo aéreo para deslocar o muco.
Manobras de Reexpansão Pulmonar
A terapia de expansão pulmonar inclui uma variedade de técnicas respiratórias
destinadas a corrigir ou prevenir a atelectasia, a unidade shunt e a hipoxemia.
Os efeitos imediatos das técnicas de expansão pulmonar são:
- aumento da complacência pulmonar;
- diminuição do trabalho ventilatório;
- aumento da oxigenação arterial;
- aumento da remoção das secreções brônquicas.
INCENTIVADORES RESPIRATÓRIOS
Esta técnica utiliza aparelhos portáteis que promovem um feedback de que foi
alcançado o fluxo ou o volume desejado, sendo de fácil manuseio, tendo um
baixo custo e podendo ser utilizada tanto por crianças como por adultos
A inspirometria de incentivo também referido como inspiração máxima
sustentada (SMI) é uma técnica lançada em 1976 e consiste em fazer o
paciente realizar, através de incentivadores uma inspiração máxima sustentada
que consiste em uma inspiração profunda e lenta da capacidade residual
funcional (CRF) até a capacidade pulmonar total (CPT), seguida por uma
sustentação da inspiração durante 5 a 10 segundos.
Inspirômetros a volume
Sistema de pistão em que um êmbolo ou disco deve ser elevado até atingir a
capacidade inspiratória máxima ou nível predeterminado.
Este tipo é mais fisiológico pois o volume de treinamento é mais constante e
gera um fluxo menos turbulento quando comparado com o incentivador a fluxo.
Um exemplo de incentivador a volume é o Voldyne.
Inspirômetros a fluxo
Uma ou mais câmeras plásticas que abrigam esferas semelhantes a bolas de
pingue-pongue que se elevam em fluxos inspiratórios altos, promovendo um
incentivo visual ao paciente.
Nestes podem ocorrer fluxo turbulento inicial e alteração no trabalho ventilatório
alternando, portanto, o padrão de ventilação durante a terapia.
O Triflow e o Respiron são exemplos de incentivadores a fluxo.
Inspiração Profunda
Esta é uma técnica de expansão pulmonar que somente pode ser utilizada em
pacientes estáveis e cooperativos assim como os outros padrões ventilatórios.
Ela pode ser realizada através de diversos padrões como é descrito na
seqüência.
Inspiração fracionada ou em tempos
O paciente deve realizar uma inspiração suave e curta, por via nasal,
interrompendo-a por curtos períodos de apnéia pós-inspiratória e programada
para 2, 3, 4 ou 6 tempos repetitivos de acordo com as condições de mobilidade
torácica do paciente e sua familiarização com a técnica. A expiração é oral e
pode ser realizada até o repouso expiratório ou volume residual expiratório
médio.
A inspiração fracionada ou em tempos é eficaz na melhora da complacência
tóracopulmonar e no incremento da capacidade inspiratória (CI), sendo contra-
indicada quando há aumento da resistência nas vias aéreas, pois, pode ocorrer
aumento excessivo do trabalho respiratório.
Padrão ventilatório com soluços inspiratórios
Esta técnica consiste em realizar várias inspirações curtas e sucessivas sem
apnéia pós-inspiratória, até atingir a capacidade pulmonar total (CPT), sendo a
última inspiração efetuada por via oral. A expiração deverá ser suave e também
por via oral.
Padrão ventilatório com apnéia máxima pós-inspiratória
Ele consiste em realizar uma apnéia de 3 a 10 segundos após atingir a
capacidade inspiratória máxima, através de uma inspiração nasal, lenta, suave
e uniforme.
Expiração Abreviada
Esse padrão incrementa o volume de reserva inspiratória, a capacidade
residual funcional e a capacidade pulmonar total.
Ele consiste em realizar ciclos intermitentes de inspiração profunda nasal,
intercalados com pequenas expirações, sendo que, no terceiro ciclo expira-se
completamente.
Os efeitos pulmonares promovidos por esta técnica, ocorrem por meio da
expiração que, por ser incompleta, aumenta a capacidade residual funcional,
mantendo o alvéolo com uma maior volume.
Pressão Positiva Expiratória nas Vias Aéreas (EPAP)
Este método consiste da auto aplicação de uma pressão positiva na expiração
através de uma máscara onde é acoplada uma válvula, na qual a resistência
expiratória será fixada (entre 5 a 20 cmH2O). Devido a pressão positiva
expiratória, um maior volume de ar chega as vias aéreas periféricas durante a
inspiração, evitando o colapso e permitindo a movimentação do ar por de trás
dos tampões mucoso, pelo aumento da ventilação colateral. O aumento da
pressão, desloca o muco em direção as vias aéreas centrais, onde pode ser
eliminados.
Pressão Positiva Expiratória Final (PEEP)
A PEEP é definida como sendo a manutenção da pressão alveolar acima da
pressão atmosférica ao final da expiração.
É um sistema de demanda constituído por uma válvula unidirecional, acoplada
a uma máscara facial, e uma resistência qualquer na fase expiratória a qual
determinará a PEEP.
A inspiração é ativa e é realizada sem nenhum fluxo adicional. Porém, numa
sensibilidade menor da válvula unidirecional, provocará aumento do trabalho
inspiratório. A expiração é feita contra uma resistência, tornando-a positiva ao
seu final (AZEREDO, 2002).
Efeitos
variação na pressão intra-alveolar;
melhora da complacência pulmonar;
aumento da CRF;
recrutamento alveolar;
redistribuição da água extravascular;
diminuição do shunt intrapulmonar;
remoção das secreções brônquicas.
Terapia com Pressão Positiva:
CPAP – Continuous Positive Airways Pressure e BiPAP – Bi-level Positive
Airways Pressure (Ventilação Não-invasiva - VNI)
Estas técnicas são bastante eficazes no tratamento da atelectasia e têm sido
grandemente utilizadas também no tratamento da Insuficiência Respiratória
Aguda. A ventilação não-invasiva é aplicada em pacientes em estado asmático
na tentativa de se evitar a ventilação mecânica através de intubação
orotraqueal, o que geralmente traz complicações ao paciente com alta taxa de
morbi-mortalidade.
A CPAP mantém uma pressão preestabelecida nas vias aéreas durante a
inspiração e a expiração, que acaba por aumentar o gradiente de pressão
transpulmonar através do aumento da pressão alveolar.
A BiPAP se diferencia da CPAP pela possibilidade de se aumentar o valor da
pressão inspiratória, o que, teoricamente, constituiria uma vantagem no
tratamento da insuficiência respiratória aguda por reduzir o trabalho respiratório
durante a inspiração. Seus principais efeitos no sistema respiratório são o
recrutamento alveolar, a prevenção de colapso das vias aéreas durante a
expiração e a melhora das trocas gasosas.
O uso do BiPAP tem como principal objetivo fornecer adequada troca gasosa
e reduzir o trabalho da respiração em pacientes com insuficiência respiratória.
Referências:
http://analgesi.co.cc/html/t7094.html
http://www.concursoefisioterapia.com/2009/06/tecnicas-de-expansao-
pulmonar.html
http://www.wgate.com.br/conteudo/medicinaesaude/fisioterapia/respiratoria/cinesio_bruno/cinesio_respiratoria_bruno.html
http://fisioterapianapneumologia.blogspot.com/2009/12/o-que-e-epap.html
http://www.soperj.org.br/revista/detalhes.asp?id=395 – Revista SOPERJ – Sociedade de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro.
Integrantes:
Ana Paula Menezes
Claudinéia Ramos
Dalila Carolina
Mauro da Silva
Natália Silva