trabalho final - david jose dos santos

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1 FAJE DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA DISCIPLINA: F.C. V FIL. E LITERATURA 2015-1 PROFESSOR: PAULO MARGUTTI ALUNO: DAVID J. SANTOS ENTREGA: 06/03/2015 O ceticismo na obra de Machado de Assis: Enfoque Temático na estória de Esaú e Jacó. 1. Introdução. Durante o mês de fevereiro discutimos, em sala, a presença de elementos filosóficos na chamada segunda fase da literatura Machadiana. Período que engloba as seguintes obras: Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881), Quincas Borba (1891), Dom Casmurro (1899), Esaú e Jacó (1904) e Memorial de Aires (1908). Seguir-se-á neste ensaio a proposta dada, em sala, através da problematização de três das cinco questões sugeridas. Elas serão desenvolvidas em três partes: (i) O contexto filosófico-cultural do Brasil do século XIX; (ii) Aspectos da interpretação de Maia Neto; Machado de Assis, um cético pirrônico? (iii) A literatura e os elementos filosóficos. Como alegoria deste ensaio, utilizar-se-á a figura dos irmãos Pedro e Paulo da obra literária Esaú e Jacó e de seu narrador (Conselheiro Aires). Dado o contexto histórico no qual ela foi publicada, representar-se-á em Pedro o ideal monárquico e em Paulo o ideal republicano. No decorrer do texto associar-se-á a eles a figura das personagens bíblicas Esaú e Jacó e Pedro e Paulo. Ao Conselheiro Aires, narrador e personagem da estória atribuir-se-á a figura do observador que, por não fazer juízo algum durante a obra, pode ser interpretado como a figura do cético. Pelo contexto filosófico-cultural do Brasil passaremos, sem delongas, pelas influências francesas, Ecletismo Espiritualista e Positivismo Comtiano. Defende-se no último tópico desse ensaio que é possível haver filosofia associada à literatura. Sem a necessidade de nos prendermos nessa introdução, sigamos ao desenvolvimento dos tópicos.

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Trabalho pessoal de aula, entregue dia 03-03-2015

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Page 1: Trabalho Final - David Jose Dos Santos

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FAJE – DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA

DISCIPLINA: F.C. V – FIL. E LITERATURA 2015-1

PROFESSOR: PAULO MARGUTTI

ALUNO: DAVID J. SANTOS

ENTREGA: 06/03/2015

O ceticismo na obra de Machado de Assis: Enfoque Temático na

estória de Esaú e Jacó.

1. Introdução.

Durante o mês de fevereiro discutimos, em sala, a presença de elementos

filosóficos na chamada segunda fase da literatura Machadiana. Período que engloba as

seguintes obras: Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881), Quincas Borba (1891),

Dom Casmurro (1899), Esaú e Jacó (1904) e Memorial de Aires (1908).

Seguir-se-á neste ensaio a proposta dada, em sala, através da

problematização de três das cinco questões sugeridas. Elas serão desenvolvidas em três

partes: (i) O contexto filosófico-cultural do Brasil do século XIX; (ii) Aspectos da

interpretação de Maia Neto; Machado de Assis, um cético pirrônico? (iii) A literatura e

os elementos filosóficos.

Como alegoria deste ensaio, utilizar-se-á a figura dos irmãos Pedro e Paulo

da obra literária Esaú e Jacó e de seu narrador (Conselheiro Aires). Dado o contexto

histórico no qual ela foi publicada, representar-se-á em Pedro o ideal monárquico e em

Paulo o ideal republicano. No decorrer do texto associar-se-á a eles a figura das

personagens bíblicas Esaú e Jacó e Pedro e Paulo.

Ao Conselheiro Aires, narrador e personagem da estória atribuir-se-á a

figura do observador que, por não fazer juízo algum durante a obra, pode ser

interpretado como a figura do cético.

Pelo contexto filosófico-cultural do Brasil passaremos, sem delongas, pelas

influências francesas, Ecletismo Espiritualista e Positivismo Comtiano. Defende-se no

último tópico desse ensaio que é possível haver filosofia associada à literatura. Sem a

necessidade de nos prendermos nessa introdução, sigamos ao desenvolvimento dos

tópicos.

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2 - O contexto filosófico-cultural do Brasil do século XIX:

2.1 Especulações sobre os personagens Pedro e Paulo.

Em 7 de setembro de 1822 é “declarada” a independência do Brasil, anos

depois no dia 21 de julho de 1839 nasce Joaquim Maria Machado de Assis. Esse

abrolhou e cresceu tangenciado por duas ideologias. O saudosismo do espírito

monárquico e o progressismo da ideologia republicana. Quatro anos antes de sua morte,

Machado de Assis, publica o livro Esaú e Jacó que retrava a vida dos gêmeos Pedro e

Paulo.

Durante todo o enredo encontrado nos sete caderninhos do falecido

Conselheiro Aires (Narrador) está descrita a vida dos gêmeos, desde a subida do morro

da conceição por sua mãe Natalina até a divisão da herança. Pedro e Paulo. O

conservador e o progressista. Ambos destinados a brigar desde sua gestação.

— Esaú e Jacó brigaram no seio materno, isso é verdade. Conhece-se a causa

do conflito. Quanto a outros, dado que briguem também, tudo está em saber a

causa do conflito, e não a sabendo, porque a Providência a esconde da notícia

humana... Se fosse uma causa espiritual, por exemplo... (ASSIS, 1994, p. 19).

Antes de entrarmos nas nuanças filosófico-culturais do século XIX é melhor

elucidarmos o possível jogo de linguagem efetuado por Machado de Assis. Tanto na escolha do

nome Pedro e Paulo, quanto na figura de Esaú e Jacó.

Ora, as crianças lutavam dentro dela e ela disse: "Se é assim, para que viver?"

Foi então consultar a Iahweh, e Iahweh lhe disse: "Há duas nações em teu

seio, dois povos saídos de ti se separarão, um povo dominará um povo, o

mais velho servirá ao mais novo." (Gn 25, 22-23).

Para Esaú e Jacó temos a referência aos personagens bíblicos que antes de

nascer disputavam dentro da mãe a ‘ordem primogênita’. O mais novo que nasce

segurando o calcanhar do mais velho e que no final, por um golpe, receberá a benção de

seu pai. Através da figura agregada aos nomes de Pedro e Paulo podemos supor a

ligação aos seus homônimos personagens bíblicos do segundo testamento, que na

narrativa bíblica representam a disputa de dois sistemas. Sistema dos circuncisos

(tradição) e sistema dos incircuncisos (enculturação/ progressismo). Nas três narrativas

há disputa e há reconciliação das partes no fim das tramas.

Em especial, na estória de Machado de Assis, Pedro o médico representa o

conservadorismo representado pela imagem de Luiz XVI que possui e Paulo o

advogado representa o liberalismo republicano representado pela imagem de

Robespierre. Observa-se também que na narrativa ambos carecem de “corpo”, toda

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elucidação dos personagens parte das hipóteses que Conselheiro Alves (narrador e

personagem) levanta.

2.2. Contexto filosófico-cultural do Brasil no século XIX.

O Brasil no período de sua independência foi diretamente influenciado pela

filosofia francesa. Em especial pelo Ecletismo Espiritualista Francês formulado por

Maine de Biran e divulgado por Victor de Cousin. E pelo Positivismo Comtiano que era

difundido pelo ideal republicano e que marca a ideologia impressa na bandeira do

Brasil, Ordem e progresso.

Para o ecletismo espiritualista temos como representantes no Brasil:

Antonio Pedro de Figueiredo (1814-1859), Eduardo Ferreira França (1809-1857) e

Domingos Gonçalves de Magalhães (1811-1882). Para o Positivismo Comtiano, no

Brasil, temos como principais representantes Luís Pereira Barreto (1840-1923),

Benjamin Constant (1833-91), Miguel Lemos (1854-1916) e Teixeira Mendes (1855-

1927).

Ambas as correntes no Brasil, devido às circunstâncias históricas

trabalhavam para construção do sentimento de nação e com a organização do novo

estado. O ecletismo espiritualista buscava conciliar a base cristã da cultura brasileira

com a necessidade de progredir, tinha cunho ético e estava livre do espiritualismo

tradicionalista de Cousin que buscava justificar pelo uso da filosofia a religião e o

estado. O Positivismo Comtiano representava no Brasil a manifestação do romantismo

pela exaltação da ciência, onde a ciência assume um caráter religioso e representa a

única manifestação legitima do infinito1.

Machado de Assis estava inserido nesse contexto de mudanças e de

construção de uma nova sociedade. Em seu autodidatismo deve ter respirado essas

correntes e as introduzido em seus escritos.

Nas especulações sobre sua pessoa intuiu-se na discussão em sala que o

autor pela não manifestação pessoal de posicionamento religioso, possivelmente não

possuía uma crença na ‘transcendência religiosa’ e encontrava sua transcendência no

‘êxtase estético’.

1 Parágrafo inspirado nas anotações de sala de aula.

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Maia Neto, filósofo brasileiro, aponta Machado de Assis como um cético

pirrônico. Na obra, Esaú e Jacó, intuímos a postura cética na conduta esquiva de Aires.

Personagem que marca a abertura do livro e o fecha. Como cético o conselheiro aponta

as possibilidades e não manifesta nenhuma visão dogmática no decorrer do livro.

Ele não representou papel eminente neste mundo; percorreu a carreira

diplomática, e aposentou-se. Nos lazeres do ofício, escreveu o Memorial,

que, aparado das páginas mortas ou escuras, apenas daria (e talvez dê) para

matar o tempo da barca de Petrópolis (ASSIS, 1994, p. 1).

3. Aspectos da interpretação de Maia Neto; Machado de Assis, um cético

pirrônico?

O Ceticismo Pirrônico tem origem com o filosofo grego Pirro de Elis (364-

265 a.C.) a postura cética é a Sképsis. Por Pirro nada ter escrito, todo o legado de sua

filosofia é por conta de seus discípulos. Temos como principal representante do

chamado ceticismo pirrônico Sexto Empírico (Séc. II e I a.C.).

Vejamos agora os principais aspectos da interpretação de Maia Neto sobre a

posição de que Machado de Assis é um Cético Pirrônico. Maia Neto identifica nos

personagens machadianos três aspectos céticos. O aspecto da zétesis em Brás Cubas, o

aspecto da epoché em Dom Casmurro e o Aspecto da ataraxia em Aires. Segundo ele o

ceticismo em Machado de Assis tem sua gestação na primeira fase, mas é decorrente da

estrutura narrativa da segunda fase.

José Raimundo Maia Neto - Não se trata de um ceticismo importado de

Pascal ou Montaigne. Machado não é filósofo. O ceticismo é o fundamento

porque está ancorado na estrutura formal do romance da segunda fase. É a

perspectiva do observador que surge a partir de Memórias Póstumas e se

torna o foco narrativo do romance. Como observador situado, sua perspectiva

é necessariamente restrita, sem qualquer onisciência (WOLFART, 2008, p.

1).

Segundo Maia Neto é Aires2 o mais elaborado dos personagens de cunho

cético de Machado de Assis. O trecho que segue ilustra a postura cética de Aires.

Aires sabia que não era a herança, mas não quis repetir que eles eram os

mesmos, desde o útero. Preferiu aceitar a hipótese, para evitar debate, e saiu

apalpando a botoeira, onde viçava a mesma flor eterna (ASSIS, 135).

2 No Memorial de Aires, o ceticismo machadiano, de acordo com Gustavo Bernardo (2004) e Maia Neto

(1987), chegou a um alto grau de refinamento, com a figura do Conselheiro Aires, personagem avesso a controvérsias de qualquer tipo, que buscaria alcançar, pela apreciação estética da vida, a ataraxia pirrônica, ou seja, a tranquilidade (tranquilidade) intelectual (ALENCAR PIRES, 2008, p. 177).

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Na alegoria utilizada nesse ensaio os gêmeos são apenas duas figuras sem

profundidade elaborada que representam os ideais filosófico-políticos do século XIX. E

que servem para justificar a posição que será defendida quarta parte desse texto.

Observa-se, segundo Maia Neto, um triângulo entre os personagens machadianos que

surge diante da disputa pela mulher. Nos vértices dessa disputa está à mulher fonte de

preocupação, o homem de espírito e sua visão ingênua e o tolo com a visão estratégica.

Como a mulher prefere o tolo, o homem de espírito tende a se tornar o

cético que expressa à mesma visão cética do narrador. Na alegoria utilizada nesse ensaio

Flora é a fonte de tensão entre os gêmeos, porém não cabe colocar aqui entre Pedro e

Paulo a figura do tolo e do homem de espírito. A eles se encaixa mais a tensão vivida na

passagem da monarquia para a republica.

Apesar da obra, Esaú e Jacó, não ter sido analisada com enfoque cético

observamos que a figura de Aires nasce nessa obra. Ele como narrador apenas projeta

uma visão descritiva dos fatos, sem emissão de juízo em tempo algum. Acreditamos que

a advertência escrita nas primeiras páginas dessa estória nos dá margem para análise do

ceticismo presente na mesma. O narrador está morto, a estória é encontrada em seus sete

caderninhos e sua leitura não agrega nada ao leitor a não ser matar o tempo da travessia

da barca de Petrópolis.

4. A Literatura e os Elementos Filosóficos.

Se, retornarmos as origens da filosofia onde a encontraremos? Em teorias

complexas como as de Kant, Hegel, Wittgenstein, ..., John Rawls?

É lógico que não. Se, retornamos as origens da filosofia nos deliciaremos

diante das poesias, das tragédias gregas e das narrativas Platônicas. Migraremos para as

teorias de Aristóteles e atingiremos agora no tempo presente os debates sobre a

linguagem, a verdade e a justiça. Os debates sobre se houve ou não filosofia no Brasil e

quando ela começa.

Literatura também é fonte de filosofia, ela narra o cotidiano de pessoas que

vivem em um “mundo real” e que mesmo que desconheçam têm seus comportamentos

permeados pelas correntes filosóficas existentes em seu tempo.

O dramaturgo quando escreve manifesta sua visão de mundo (seu “eu

filosófico”). No século XIX a literatura brasileira trazia consigo as figuras do

nascimento da república, ela era marcada pelo forte nacionalismo e pelas dualidades

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como de modo breve analisamos na obra Esaú e Jacó. A literatura machadiana trazia

consigo o ceticismo pirrônico ou pessimista3 de Machado de Assis, o romantismo, o

realismo, ..., o modernismo de seu tempo. Ela era fonte da crítica “silenciosa” à

escravidão, crítica expressa nos versos de Castro Alves.

Ontem plena liberdade,

A vontade por poder...

Hoje... cúm'lo de maldade,

Nem são livres p'ra morrer. .

Prende-os a mesma corrente

— Férrea, lúgubre serpente —

Nas roscas da escravidão.

E assim zombando da morte,

Dança a lúgubre coorte

Ao som do açoute... Irrisão!... (Castro Alves).

No período colonial a filosofia estava presente na Ratio Studiorum dos

jesuítas, trazida para as terras brasileiras na fundação dos primeiros colégios jesuítas no

século XVI. Esses colégios tinham como função ensinar a filosofia escolástica, a

teologia e as artes. A filosofia estava presente nos sermões de Antônio Vieira, que ao

seu modo demonstrava uma visão de mundo, onde nos Sermões do Rosário ele

demonstrou um olhar que vai de encontro à visão de Castro Alves.

Entre os escolásticos do século XVII são referidos, embora suas obras sejam

quase desconhecidas, os seguintes: Diogo Gomes Carneiro (1618-1676); Frei

Manuel do Desterro (1652-1706), que escreveu uma Filosofia Escolástica;

Frei Mateus da Conceição Pina (1687), da Ordem Beneditina, que teria

escrito uma Teologia Dogmática. Acima de todos sobressai o nome de

Antônio Vieira (1608-1697) que, parece, teve conhecimento das doutrinas

filosóficas de Descartes (Costa, 1964, p. 4).

A prática do ensino filosófico no século XVIII foi introduzida por Silvestre

Pinheiro Ferreira (1769-1846) em seu curso sobre conferências filosóficas. Essa prática

deu origem ao livro, Preleções Filosóficas sobre a Teoria do Discurso e da Linguagem,

a Estética, a Diceósina e a Cosmologia (edição da imprensa Régia, 1813). É ele, no

Brasil, o primeiro a fazer referência a pensadores alemães, como Kant, Fichte, Schelling

e Hegel.

Esses são alguns aspectos da filosofia no Brasil no período colonial.

Discorrer sobre esse tempo exige uma carga de estudos profunda e não superficial como

3 Paulo Roberto Margutti Pinto (2007) defende a idéia (ideia) de que o ceticismo machadiano seria

tributário de um “pessimismo cético” presente na tradição cultural brasileira do Barroco, no período colonial, partilhada por autores como Gregório de Mattos e Antônio Vieria (Vieira). O estudioso levanta assim uma polêmica com Maia Neto (1987), para quem Machado de Assis teria adotado o ceticismo de origem pirrônica, por meio da leitura de Montaigne (ALENCAR PIRES, 2008, p.176).

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a que tenho. Porém o fato dele ter dado origem a uma rica produção literária é também

ele a justificativa de que é possível existir uma literatura elementos filosóficos.

5. Considerações finais.

Tentei no decorrer desse ensaio mostrar o pouco que interiorizei do curso de

filosofia e literatura ministrado pelo professor Paulo Margutti. Tentei utilizar como

alegoria o texto de Esaú e Jacó e através dele manifestar o ceticismo na obra de

Machado de Assis, como trabalhamos em sala de aula.

No contexto histórico, sem delongas, passei pelas influências sofridas pela

filosofia no Brasil no século XIX. Influências do ecletismo espiritualista e do

progressismo Comtiano.

Em seguida por alguns aspectos que segundo Maia Neto fazem de Machado

de Assis um cético pirrônico. Por fim manifestei meu ponto de vista de que é possível

uma literatura de cunho filosófico. Acredito que a filosofia está no leitor que se

transforma pela leitura e que a leitura é capaz de provocar uma interação reflexiva, a

leitura é ‘autopoiética’.

[...] o leitor não está sozinho no mundo. Há algo que o tangencia

e que o provoca. Ao abrir seu livro, desvela-se diante dele um

novo mundo, repleto de significações e possibilidades. A

“estória” e as personagens estão em um “movimento inerte” que

afeta o leitor (SANTOS, 2015, p. 234).

Quanto à avaliação do curso. Foi interessante estudar o fato da associação

entre a literatura e a filosofia, me encanta o fato de existir no Brasil filósofos que

desejam construir uma escola filosófica originariamente brasileira e que gastam sua vida

em busca dos sinais da filosofia em nosso país. Acredito que devemos construir uma

filosofia com a face brasileira e que o papel dessa construção é despertar nos moradores

do Brasil a cidadania.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.

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ALENCAR PIRES, Isabel V. de. O ESTUDO DO CONSELHEIRO: O CETICISMO MACHADIANO NO

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