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CONSULTA PÚBLICA Nova NR-01 (Prevenção em Segurança e Saúde no Trabalho) MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO SECRETARIA DE INSPEÇÃO DO TRABALHO DEPARTAMENTO DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO Trata-se de proposta de texto para criação da nova Norma Regulamentadora n.º 01 (Prevenção em Segurança e Saúde no Trabalho) disponibilizada em Consulta Pública pela Portaria SIT n.º 428, de 27 de maio de 2014 , para coleta de sugestões da sociedade, em conformidade com a Portaria MTE n.º 1.127, de 02 de outubro de 2003 . As sugestões podem ser encaminhadas ao Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho - DSST, até o dia 25 de setembro de 2014, das seguintes formas: a) via e-mail: [email protected] b) via correio: MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho Coordenação-Geral de Normatização e Programas Esplanada dos Ministérios - Bloco “F” - Anexo “B” - 1º Andar - Sala 107 - CEP 70059-900 - Brasília - DF __________________________________________________________________________________________ PROPOSTA DE TEXTO NORMATIVO NR 01 - PREVENÇÃO EM SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO SUMÁRIO 1. Objetivo e Aplicação 2. Definições Básicas 3. Prevenção em Segurança e Saúde no Trabalho 3.8. Organização para a Prevenção em SST 3.9. Avaliação de Riscos 3.9.6. Identificação de Riscos 3.9.7. Análise e Julgamento de Riscos 3.10. Eliminação e Redução de Riscos 3.11. Acompanhamento, Medição de Desempenho e Revisão das Ações Preventivas 4. Documentação 5. Obrigações dos Empregadores 6. Participação dos Trabalhadores na Prevenção em Segurança e Saúde no Trabalho 7. Preparação para Emergências 8. Acompanhamento da Saúde dos Trabalhadores 9. Análise de Acidentes e Agravos à Saúde dos Trabalhadores 10. Relações Contratantes e Contratadas 11. Capacitação de Trabalhadores 12. Prevenção em SST para Trabalhadores com Deficiência, Reabilitados, Readaptados ou em Situação de Maior Vulnerabilidade - Glossário e Definições 1. OBJETIVO E APLICAÇÃO

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CONSULTA PÚBLICA

Nova NR-01 (Prevenção em Segurança e Saúde no Trabalho)

MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO

SECRETARIA DE INSPEÇÃO DO TRABALHO

DEPARTAMENTO DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO

Trata-se de proposta de texto para criação da nova Norma Regulamentadora n.º 01

(Prevenção em Segurança e Saúde no Trabalho) disponibilizada em Consulta Pública pela

Portaria SIT n.º 428, de 27 de maio de 2014, para coleta de sugestões da sociedade, em

conformidade com a Portaria MTE n.º 1.127, de 02 de outubro de 2003.

As sugestões podem ser encaminhadas ao Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho -

DSST, até o dia 25 de setembro de 2014, das seguintes formas:

a) via e-mail:

[email protected]

b) via correio:

MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO

Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho

Coordenação-Geral de Normatização e Programas

Esplanada dos Ministérios - Bloco “F” - Anexo “B” - 1º Andar - Sala 107 - CEP 70059-900 -

Brasília - DF __________________________________________________________________________________________

PROPOSTA DE TEXTO NORMATIVO

NR 01 - PREVENÇÃO EM SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO

SUMÁRIO

1. Objetivo e Aplicação

2. Definições Básicas

3. Prevenção em Segurança e Saúde no Trabalho

3.8. Organização para a Prevenção em SST

3.9. Avaliação de Riscos

3.9.6. Identificação de Riscos

3.9.7. Análise e Julgamento de Riscos

3.10. Eliminação e Redução de Riscos

3.11. Acompanhamento, Medição de Desempenho e Revisão das Ações Preventivas

4. Documentação

5. Obrigações dos Empregadores

6. Participação dos Trabalhadores na Prevenção em Segurança e Saúde no Trabalho

7. Preparação para Emergências

8. Acompanhamento da Saúde dos Trabalhadores

9. Análise de Acidentes e Agravos à Saúde dos Trabalhadores

10. Relações Contratantes e Contratadas

11. Capacitação de Trabalhadores

12. Prevenção em SST para Trabalhadores com Deficiência, Reabilitados, Readaptados ou em

Situação de Maior Vulnerabilidade

- Glossário e Definições

1. OBJETIVO E APLICAÇÃO

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CONSULTA PÚBLICA

Nova NR-01 (Prevenção em Segurança e Saúde no Trabalho)

1.1. Esta norma estabelece as disposições gerais e os requisitos mínimos para prevenção em

segurança e saúde no trabalho - SST, de forma a eliminar e reduzir os riscos à saúde e

integridade física e moral dos trabalhadores.

1.1.1. Esta Norma se aplica a todas as organizações, que, como empregadores, assumem os

riscos provenientes do desenvolvimento da atividade econômica, em todos os locais de

trabalho.

1.1.1.1. Esta Norma é aplicável também ao trabalho executado no domicílio do empregado e o

realizado a distância, que não se distinguem do trabalho realizado no estabelecimento do

empregador, desde que estejam caracterizados os pressupostos da relação de emprego.

1.1.2. As práticas e decisões tomadas no âmbito da organização devem considerar os riscos à

saúde e integridade física e moral dos trabalhadores, existentes ou que venham a existir nos

ambientes de trabalho e a aplicação dos princípios preventivos desta Norma.

1.1.3. A observância das Normas Regulamentadoras - NRs - não desobriga os empregadores

do cumprimento de outras disposições que sejam incluídas em Convenções ratificadas da

Organização Internacional do Trabalho, códigos de obras ou regulamentos dos Estados ou

Municípios, e outras, oriundas de convenções e acordos coletivos de trabalho.

1.1.3.1. O não cumprimento das normas de segurança e higiene do trabalho constitui

contravenção penal, conforme o Artigo 19, §2º, Lei n.º 8213/1991.

1.1.4. As disposições desta e das demais NRs podem ser aprimoradas por convenções e

acordos coletivos de trabalho e pela utilização de métodos, programas e sistemas de gestão de

riscos ocupacionais adotados voluntariamente pela organização.

1.1.5. As medidas de prevenção previstas em Normas Regulamentadoras setoriais e

específicas podem ser aplicadas, por analogia, a situações de risco similares em outros setores

de atividade.

2. DEFINIÇÕES BÁSICAS

Risco

Possibilidade de consequências negativas ou danos para a saúde e integridade física ou moral

do trabalhador, relacionados ao trabalho. O nível de risco é determinado pela combinação da

severidade dos possíveis danos e da probabilidade ou chance de sua ocorrência.

Fonte de risco

Aspecto ou elemento material ou imaterial, situação ou contexto do trabalho que, de forma

isolada ou combinada, tem o potencial intrínseco de dar origem a riscos à saúde e segurança

no trabalho.

Obs.: Para os fins desta norma, considera-se a expressão “Fonte de risco” como equivalente

ao termo “Perigo”.

Eventos de risco

São eventos de risco os incidentes, incluindo os acidentes, exposições a agentes nocivos,

exigências físicas ou mentais das tarefas e quaisquer outras ocorrências ou conjunto de

circunstâncias que possam afetar negativamente a segurança e saúde dos trabalhadores.

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CONSULTA PÚBLICA

Nova NR-01 (Prevenção em Segurança e Saúde no Trabalho)

Prevenção em segurança e saúde no trabalho - SST

Aplicação sistemática de conjunto de práticas e procedimentos de avaliação de riscos, seleção

e implementação de medidas para redução e eliminação dos riscos avaliados e

acompanhamento da efetividade desse processo.

Avaliação de Riscos

Processo abrangente que envolve as etapas de identificação, análise do risco, estimativa do

nível de risco e julgamento da importância do risco identificado para fins de prevenção.

3. PREVENÇÃO EM SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO

3.1. O empregador deve organizar e implementar ações de prevenção em SST, de forma

coordenada, contínua e sistematizada, integradas a todas as atividades da organização.

3.1.1. A abrangência, extensão e alcance das ações de prevenção devem ser vinculadas e

proporcionais às características das fontes de riscos nos ambientes de trabalho da organização.

3.2. Os seguintes princípios devem ser aplicados pelas organizações na prevenção em SST:

a) conhecer todos os riscos no trabalho, presentes e futuros, inclusive aqueles relativos a

variações e mudanças nas atividades da organização;

b) evitar os riscos que possam originar-se no trabalho;

c) eliminar os riscos existentes;

d) quando o risco não puder ser evitado ou eliminado, avaliar o risco e tomar medidas para

reduzir tanto as consequências possíveis quanto a probabilidade de sua ocorrência;

e) utilizar métodos e processos de trabalho e produção, incluindo as respectivas medidas

preventivas, em consonância com a evolução do progresso técnico;

f) adaptar o trabalho às características e capacidades dos trabalhadores;

3.3. As ações de prevenção em SST devem levar em consideração todos os fatores que

possam contribuir para eventos adversos relacionados ao trabalho e suas possíveis

consequências, inclusive aqueles decorrentes das formas de organização e relações sociais no

trabalho.

3.4. Os planos e programas de prevenção devem contemplar ações que abranjam todos os

riscos identificados, priorizando ações preventivas para as situações de riscos mais altos e

com maior potencial de danos aos trabalhadores, atendendo ao plano geral do quadro a seguir:

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Nova NR-01 (Prevenção em Segurança e Saúde no Trabalho)

3.5. Os planos de prevenção da organização e seus respectivos programas e projetos deverão

contemplar, no mínimo, ações de:

a) eliminação e redução de riscos, a serem mantidas, implementadas, ou aprimoradas;

b) prevenção nas alterações em procedimentos e condições de trabalho e quando da

introdução de novos processos e instalações, contratações e aquisições.

c) preparação para resposta a emergências;

d) capacitação para a prevenção e de comunicação dos riscos a todos os envolvidos;

e) acompanhamento e verificação de desempenho e efetividade das medidas adotadas.

3.6. A organização deve acompanhar continuamente e efetuar, sempre que necessário,

verificação abrangente e ajustes no processo preventivo em segurança e saúde no trabalho.

3.7. Compete ao Ministério do Trabalho e Emprego:

a) formular as diretrizes da inspeção do trabalho e coordenar a inspeção dos ambientes e

condições de trabalho;

b) elaborar e revisar, em modelo tripartite, as Normas Regulamentadoras de Segurança e

Saúde no Trabalho;

c) estudar e propor aperfeiçoamento da legislação trabalhista e correlata;

d) adotar medidas necessárias à fiel observância dos preceitos legais e regulamentares sobre

SST

e) impor as penalidades cabíveis por descumprimento dos preceitos legais e regulamentares

sobre SST

f) embargar obra, interditar estabelecimento, setor de serviço, canteiro de obra, frente de

trabalho, locais de trabalho, máquinas e equipamentos;

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Nova NR-01 (Prevenção em Segurança e Saúde no Trabalho)

g) realizar levantamentos de causas de acidentes e doenças nos ambientes de trabalho;

h) notificar as empresas, estipulando prazos, para eliminação ou redução dos riscos à saúde e

integridade dos trabalhadores.

i) acompanhar o cumprimento dos acordos e convenções ratificados pelo governo brasileiro

junto a organismos internacionais, em especial à Organização Internacional do Trabalho -

OIT, nos assuntos de sua competência;

j) atuar, juntamente com a Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do

Trabalho - Fundacentro, no sentido de:

i) elaborar estudos e pesquisas pertinentes a segurança e saúde do trabalhador;

ii. avaliar métodos para eliminação e redução de riscos no trabalho;

iii. executar ações educativas e difundir informações em segurança e saúde no trabalho

iv. participar de ações interinstitucionais e parcerias para proteção e promoção da saúde

do trabalhador;

3.8. ORGANIZAÇÃO PARA A PREVENÇÃO EM SST

3.8.1. O empregador deve garantir estrutura organizacional para prevenção, contemplando:

a) atribuições e responsabilidades;

b) recursos humanos, técnicos, materiais e financeiros;

c) documentação;

d) formação e capacitação de todos os envolvidos;

e) consulta, comunicação e participação dos trabalhadores.

3.8.2. As ações de prevenção, sem prejuízo da atuação do Serviço Especializado em

Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho - SESMT, quando houver, podem ser

desenvolvidas pelo próprio empregador ou pessoas por ele designadas, internas ou externas à

organização.

3.8.2.1. Os profissionais integrantes dos SESMT, quando houver, devem ter participação ativa

nas ações de prevenção e aplicar conhecimentos técnicos de modo a eliminar ou reduzir os

riscos à saúde e segurança dos trabalhadores, observando-se as disposições previstas na NR-

04.

3.8.2.2. As pessoas e os serviços internos e externos à organização envolvidos em prevenção

em SST devem ser em número suficiente, dispor de competências e recursos, além de meios,

tempo e autonomia suficientes e necessários para atuação efetiva, tendo em conta as

características da organização, empresa ou estabelecimento e os riscos a que os trabalhadores

estão expostos.

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Nova NR-01 (Prevenção em Segurança e Saúde no Trabalho)

3.8.3. A critério do empregador, o processo de prevenção em SST pode estar organizado e

integrado em planos, programas, ações e sistemas de gestão de riscos voluntários, que

poderão ser consideradas pela Inspeção do Trabalho como substitutos ou equivalentes aos

programas de prevenção e gestão obrigatórios nas Normas Regulamentadoras, desde que

fique demonstrado o atendimento a todos os preceitos e exigências previstos legalmente.

3.9. AVALIAÇÃO DE RISCOS

3.9.1. A organização deve avaliar todos os riscos relativos a quaisquer atividades em seu(s)

estabelecimento(s) de forma a manter informações suficientes para adoção de medidas de

prevenção, acompanhamento da saúde, comunicação, formação e providências legais de

interesse dos trabalhadores.

3.9.2. Os critérios, técnicas e procedimentos de avaliação de riscos devem observar os

requisitos legais e ser adequados aos tipos de riscos existentes.

3.9.3. A avaliação de riscos, como definida nesta Norma, deve ser realizada:

a) antes do início do funcionamento da organização, empresa ou estabelecimento;

b) para as atividades existentes;

c) nas mudanças e introdução de novos processos ou atividades de trabalho;

d) por ocasião da execução de atividades não rotineiras e não programadas, exceto quando as

precauções necessárias e suficientes tenham sido adotadas;

e) para subsidiar os procedimentos em casos de acidentes de trabalho, emergências, acidentes

ampliados e outras situações adversas.

3.9.4. A avaliação de riscos deve ser feita a partir da caracterização e conhecimento dos

processos de produção, ambientes de trabalho, organização do trabalho e pessoas envolvidas e

considerar:

a) exigências legais aplicáveis à situação;

b) informações disponíveis na literatura técnica e científica pertinente;

c) avaliações de riscos e análises de incidentes, acidentes ou doenças relacionadas ao trabalho

na organização e em processos de trabalho análogos, internos ou externos à organização;

d) registros da organização sobre implementação e efetividade de ações preventivas;

e) dados previdenciários e de saúde pública relativos à saúde dos trabalhadores na

organização e no seu ramo de atividade econômica;

f) a percepção de riscos por parte dos trabalhadores, incluindo manifestações da Comissão

Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA, quando houver;

g) histórico fiscal e judicial da organização em matéria de segurança e saúde no trabalho.

3.9.4.1. A avaliação de riscos deve abordar também as fontes de risco externas ao local de

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trabalho que possam afetar a saúde e segurança no trabalho, incluindo riscos emergentes e

ameaças naturais.

3.9.5. A avaliação de riscos deve refletir as situações de trabalho existentes e ser revisada:

a) após a adoção de medidas preventivas, para avaliação de riscos residuais;

b) após inovações e modificações nas tecnologias, ambientes, processos, condições,

procedimentos e organização do trabalho;

c) se constatadas inadequações ou insuficiência das medidas preventivas a partir da ocorrência

de incidentes relevantes, acidentes de trabalho ou de danos à saúde dos trabalhadores

detectados nas ações de acompanhamento da saúde, internas ou externas à organização;

d) quando identificadas inadequações ou insuficiência das medidas preventivas por meio de

manifestações dos trabalhadores e seus representantes, auditorias fiscais ou voluntárias e

perícias ou procedimentos técnicos de qualquer natureza.

3.9.6. IDENTIFICAÇÃO DE RISCOS

3.9.6.1. A identificação de riscos deve incluir:

a) identificação das fontes de riscos;

b) descrição dos riscos gerados pelas fontes de riscos indicadas;

c) indicação de trabalhadores e outras pessoas sujeitos aos riscos, inclusive empregados de

empresas contratadas e visitantes.

3.9.6.2. A descrição de riscos deve indicar os eventos com potencial de causar danos e as

consequências possíveis.

3.9.6.3. O processo de avaliação de riscos pode se limitar à etapa de identificação quando não

for constatada a existência de fontes de riscos ou o risco for eliminado pela remoção de sua

fonte.

3.9.7. ANÁLISE E JULGAMENTO DE RISCOS

3.9.7.1. A análise de riscos deve considerar todos os fatores que afetem a probabilidade e a

severidade dos danos que possam ocorrer, levando em conta a efetividade das medidas de

prevenção já existentes.

3.9.7.2. A análise de riscos pode ser realizada com abordagens qualitativas, semi-

quantitativas, quantitativas ou combinação dessas, dependendo do risco e dos requisitos

legais, desde que produza informações suficientes para a classificação dos riscos e para as

ações de prevenção necessárias.

3.9.7.3. Para cada risco devem ser expressos:

a) a severidade do dano possível;

b) a probabilidade ou chance de sua ocorrência;

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c) o nível de risco

3.9.7.3.1. A gradação da severidade dos danos deve levar em conta a magnitude da

consequência possível, o número de pessoas afetadas, podendo ser expressa por descritor

qualitativo, índice ou de valor numérico.

3.9.7.3.1.1. Na possibilidade de mais de um dano para um mesmo evento de risco, a gradação

da severidade deve ser feita para cada risco gerado.

3.9.7.3.2. A gradação da probabilidade do dano pode ser expressa, igualmente, por descritor

qualitativo, índice ou valor numérico.

3.9.8. A gradação da probabilidade de ocorrência do dano deve levar em conta um ou mais

dos seguintes fatores:

a) as medidas preventivas existentes em relação àquelas exigidas legalmente;

b) a comparação do perfil de exposição ocupacional com valores de referência estabelecidos

legalmente ou, na falta deles, valores recomendados pela comunidade científica;

c) acidentes ou doenças relacionadas ao trabalho ocorridos na organização ou em situações de

trabalho similares.

d) as exigências físicas e mentais da atividade de trabalho e as capacidades e competências

dos trabalhadores envolvidos;

e) as práticas de prevenção adotadas comparadas com as melhores práticas disponíveis;

3.9.8.1. O nível de risco deve ser determinado pela combinação da severidade dos possíveis

danos com a probabilidade ou chance de sua ocorrência, utilizando-se matrizes de risco ou

outros procedimentos equivalentes, a critério do empregador.

3.9.8.2. Os níveis de risco devem ser expressos em escala de, pelo menos, quatro níveis,

correspondentes a Risco Muito Alto, Risco Alto, Risco Moderado e Risco Baixo, ou

denominações equivalentes, observando-se, no mínimo, os seguintes critérios:

a) nas situações em que não sejam observados os requisitos legais de prevenção aplicáveis, o

risco deve ser classificado sempre como Muito Alto ou Alto;

b) nas situações cujas consequências possíveis sejam fatalidades ou danos incapacitantes, o

risco deve ser classificado, no mínimo, como Moderado, ainda que adotadas as devidas

medidas de prevenção.

c) o risco deve ser classificado, no mínimo, como Alto nas situações que envolvem

exposições entre 50% e 100% do Valor de Referência para agentes reconhecidamente

cancerígenos, mutagênicos, tóxicos para a reprodução humana ou sensibilizantes

respiratórios;

d) em situações de extremo desconforto ou incômodo o risco deve ser classificado, no

mínimo, como Alto.

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3.10. ELIMINAÇÃO E REDUÇÃO DE RISCOS

3.10.1. A organização deve tomar as medidas necessárias e suficientes para eliminar ou

reduzir os riscos sempre que houver:

a) exigências legais aplicáveis;

b) níveis de risco que assim o determinem;

c) evidências epidemiológicas ou na literatura técnica indicativas de possíveis danos à saúde

relacionados às fontes identificadas;

d) evidências, na organização ou em processos de trabalho e produção análogos, de relação

entre o trabalho e danos à saúde dos trabalhadores.

3.10.1.1. Devem ser adotadas medidas necessárias para eliminar ou reduzir os riscos, antes do

aprofundamento da avaliação inicial e da obtenção de dados quantitativos.

3.10.2. Com base na avaliação dos riscos devem ser adotadas ações preventivas, observando-

se, no mínimo, os seguintes critérios:

a) Nível de Risco Muito Alto: O trabalho não deve ser iniciado ou continuado até que sejam

adotadas medidas que eliminem ou reduzam o risco, observando-se, no mínimo, os requisitos

legais aplicáveis.

b) Nível de Risco Alto: O trabalho não deve ser iniciado até que o risco tenha sido reduzido,

ou, em trabalhos em andamento, devem ser adotadas medidas imediatas que eliminem ou

reduzam o risco, priorizando-se medidas de caráter coletivo. Se necessárias, medidas

complementares devem ser implementadas dentro de período de tempo definido.

c) Níveis de Risco Moderado: o empregador deve garantir a manutenção e eficácia das

medidas de prevenção existentes, que devem ser aprimoradas e acompanhadas, especialmente

quando o risco estiver associado a consequências de maior severidade.

d) Níveis de Risco Baixo: o empregador deve garantir a manutenção das condições de

trabalho e as medidas de prevenção existentes.

3.10.3. O Auditor-Fiscal do Trabalho, com base na inspeção de locais, condições de trabalho e

análise técnica da situação, pode determinar a reclassificação dos riscos ou considerar

situações como de grave e iminente risco para os fins legais.

3.10.4. As medidas preventivas devem ser prioritariamente de caráter coletivo e

implementadas dentro de períodos de tempo definidos, não sendo permitidas formas de

proteção baseadas exclusivamente em uso continuado de Equipamentos de Proteção

Individual.

3.10.5. Para cada ação preventiva devem ser definidos cronograma, responsáveis, recursos

humanos, materiais e financeiros e formas de acompanhamento e aferição de resultados.

3.10.6. Quando comprovada pelo empregador a inviabilidade técnica da adoção de medidas

de proteção coletiva ou quando estas não forem suficientes ou se encontrarem em fase de

estudo, planejamento ou implantação ou ainda em caráter complementar ou emergencial e

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Nova NR-01 (Prevenção em Segurança e Saúde no Trabalho)

temporário, devem ser adotadas as medidas preventivas necessárias, aplicando-se, em

primeiro lugar, medidas de caráter administrativo e de organização do trabalho e,

secundariamente, proteção baseada em Equipamentos de Proteção Individual - EPI.

3.10.7. A aplicação de EPI deve considerar as normas legais em vigor e somente pode ser

considerada como medida eficaz quando envolver, no mínimo:

a) seleção do EPI adequado tecnicamente ao risco, levando em conta as especificações dos

fabricantes, a eficiência necessária e o conforto oferecido, segundo o trabalhador usuário;

b) definição de EPI(s) obrigatório(s) para cada atividade;

c) capacitação dos trabalhadores quanto à correta utilização e limitações de proteção que o

EPI oferece;

d) procedimentos escritos e implantados para fornecimento, uso, guarda, higienização,

conservação, manutenção e reposição de EPIs, que garantam as condições de proteção

originalmente estabelecidas para o equipamento.

3.11. ACOMPANHAMENTO, MEDIÇÃO DE DESEMPENHO E REVISÃO DAS

AÇÕES PREVENTIVAS

3.11.1. As ações preventivas devem ser acompanhadas de forma previamente planejada e os

dados obtidos registrados, contemplando-se, no mínimo:

a) verificação da execução e efetividade das ações previstas;

b) inspeções sistemáticas nos ambientes e equipamentos de trabalho;

c) monitoração das condições ambientais e das exposições a contaminantes, quando aplicável;

d) acompanhamento das condições de trabalho e das exposições dos trabalhadores às fontes

de riscos;

e) discussão de inadequações ou insuficiência das medidas preventivas a partir da ocorrência

de incidentes relevantes, acidentes de trabalho ou de danos à saúde dos trabalhadores

detectados nas ações de acompanhamento da saúde, internas ou externas à organização;

f) discussão de inadequações ou insuficiência das medidas preventivas indicadas pelas

manifestações dos trabalhadores e seus representantes, auditorias fiscais ou voluntárias e

perícias ou procedimentos técnicos de qualquer natureza.

g) revisão de ações quando de mudanças significativas nos processos de produção com

introdução de novas fontes e situações de risco.

3.11.1.1. As ações preventivas deverão ser revistas, corrigidas e complementadas quando os

dados obtidos no acompanhamento dessas medidas indicarem deficiências em sua efetividade.

3.11.1.2. O empregador deve comprovar à fiscalização o correto funcionamento e manutenção

periódica das instalações e maquinário utilizados, dos equipamentos de trabalho e dos

equipamentos de proteção coletivos e individuais.

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Nova NR-01 (Prevenção em Segurança e Saúde no Trabalho)

4. DOCUMENTAÇÃO

4.1. Os empregadores devem manter documentação organizada referente ao processo de

prevenção em segurança e saúde no trabalho.

4.2. Todos os empregadores devem elaborar Documento Síntese (DS) que integre e sintetize,

para fins de coerência, conveniência e rastreabilidade, os registros das avaliações de riscos e

ações de prevenção referentes a cada estabelecimento da organização.

4.3. O Documento Síntese deve conter, no mínimo:

a) identificação da empresa, do estabelecimento, e dos responsáveis pelo processo de

prevenção em SST;

b) caracterização da organização com informações sobre o processo produtivo, ambientes de

trabalho e trabalhadores envolvidos;

c) inventário de riscos com a indicação, para cada risco identificado, das fontes, medidas

preventivas existentes, severidade e probabilidade dos danos possíveis e do nível de risco

estimado.

d) série histórica dos resultados das avaliações quantitativas de exposição a agentes nocivos

ambientais.

e) dados estatísticos consolidados, no mínimo, dos últimos 10 anos ou desde a abertura da

empresa, referentes a acidentes e agravos à saúde relacionados ao trabalho na organização;

f) resumo das ações preventivas a serem mantidas, melhoradas ou implementadas com

indicação de cronograma, responsáveis, recursos e procedimentos de acompanhamento e

aferição de resultados;

g) indicação das fontes de informação utilizadas para a elaboração do DS

4.3.1. Devem ser anexadas ao DS informações sobre os critérios utilizados para a

determinação dos níveis dos riscos e priorização de ações preventivas.

4.3.2. O Documento Síntese deve ser assinado por responsável legal pela organização e

revisto sempre que houver modificações significativas nos riscos existentes e a cada dois

anos, no mínimo.

4.3.3. O Documento Síntese e a documentação utilizada para sua elaboração devem estar

disponíveis para a fiscalização, trabalhadores e seus representantes, em meios físicos ou

eletrônicos, assegurado, a qualquer tempo, de forma facilmente compreensível, o acesso pleno

às informações, e garantidas a segurança e conservação das informações por um período

mínimo de vinte anos.

4.3.3.1. Constitui infração a esta Norma o empregador recusar-se a fornecer informação

requerida nos termos do item anterior, retardar deliberadamente o seu fornecimento ou

fornecê-la de forma incorreta, incompleta ou imprecisa.

4.3.4. Os documentos técnicos de responsabilidade de profissionais habilitados, quando

necessários, podem ser mantidos em meio físico ou eletrônico, desde que devidamente

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Nova NR-01 (Prevenção em Segurança e Saúde no Trabalho)

assinados pelos responsáveis, na forma legal.

4.4. Quando o trabalho não envolver fontes de risco, desde que adotadas as medidas

preventivas gerais de ordem, limpeza, segurança e conforto, o conteúdo do Documento

Síntese pode ser limitado a declaração expressa e justificada dessa situação pelo empregador.

4.5. O Documento Síntese e suas atualizações deverão ser apresentados e discutidos na

Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA, quando houver, na primeira reunião de

cada mandato e nas reuniões imediatamente após as atualizações do documento, com registro

em ata.

4.6. O Documento Síntese, registros de avaliação de riscos e os documentos referentes à

prevenção em segurança e saúde no trabalho devem ser suficientes para a elaboração de

quaisquer outros documentos para fins trabalhistas, previdenciários, judiciais e atuariais, de

forma a não haver prejuízos ou ônus aos trabalhadores.

4.7. A elaboração e atualização do DS não dispensa as empresas das exigências de outros

documentos e obrigações previstos em Normas Regulamentadoras aplicáveis à situação.

4.8. Poderão ser aceitos pela fiscalização formas alternativas de documentação e registro

relativos a gestão, análise, avaliação e eliminação ou redução de riscos, desde que seja

comprovada sua equivalência com os requisitos desta e das demais Normas

Regulamentadoras aplicáveis.

5. OBRIGAÇÕES DOS EMPREGADORES

5.1. Cabe ao empregador:

a) cumprir e fazer cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e saúde no

trabalho;

b) integrar as práticas de prevenção ao conjunto de atividades e métodos de trabalho e de

produção em todos os níveis hierárquicos da organização;

c) levar em conta os riscos para a segurança e saúde dos trabalhadores na escolha e utilização

de equipamentos de trabalho, substâncias ou produtos químicos e no planejamento e

concepção dos métodos e locais de trabalho;

d) demonstrar às autoridades competentes e aos trabalhadores e seus representantes que todos

os aspectos do trabalho que afetem a probabilidade e a severidade dos danos potenciais foram

considerados nas avaliações de riscos.

e) custear todas as ações de prevenção em SST, não sendo permitido gerar para essa

finalidade ônus financeiros para os trabalhadores.

f) definir e garantir responsabilidades, autoridade e competência aos responsáveis que indicar

para prevenção em SST, assegurando-lhes capacitação e meios materiais, pessoais e

organizacionais necessários e suficientes para o exercício de suas atribuições;

g) garantir que todas as pessoas sujeitas a riscos sejam informadas das fontes, situações de

exposição, possíveis consequências e medidas de prevenção e proteção existentes.

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Nova NR-01 (Prevenção em Segurança e Saúde no Trabalho)

h) consultar e possibilitar a participação dos trabalhadores e seus representantes nas ações de

prevenção em SST, levando em consideração o conhecimento e a percepção destes sobre o

processo de trabalho, riscos presentes e medidas preventivas adotadas.

i) garantir que as medidas de prevenção e proteção não criem novas situações de risco e que

levem em conta as condições de conforto e bem-estar dos trabalhadores;

j) considerar para a prevenção em SST o conteúdo das atas de reuniões e do Mapa de Riscos

elaborados pela CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - quando houver.

k) manter vigilância continuada sobre atividades de nível de risco Alto e garantir que sejam

exercidas apenas por trabalhadores devidamente capacitados, protegidos e autorizados.

5.2. Inexistindo obrigações ou parâmetros específicos nas Normas Regulamentadoras do MTE

para proteção da segurança e saúde dos trabalhadores em determinada situação, o empregador

deve utilizar como referência as normas técnicas oficiais e, na sua ausência ou insuficiência,

normas internacionais aplicáveis ao caso.

5.3. O empregador deve garantir que as pessoas designadas para atividades de prevenção

tenham conhecimentos para avaliação de riscos e familiaridade com os processos e locais de

trabalho, possam decidir sobre a necessidade de intervenção e estabelecer prioridades, discutir

opções de intervenção sobre os riscos, acompanhar tecnicamente a eficácia dos métodos

utilizados e indicar, quando necessário, a necessidade de outras ações preventivas.

5.4. Serão solidariamente responsáveis pela prevenção em SST a organização principal e cada

uma das subordinadas sempre que estiverem sob direção, controle ou administração de outra,

constituindo grupo econômico, embora cada uma delas tenha personalidade jurídica própria.

5.5. Compete ao empregador informar aos trabalhadores, de forma clara e suficiente, sobre:

a) os riscos profissionais gerais e específicos, de forma pormenorizada, que possam originar-

se nos ambientes de trabalho, nas operações a executar e nos produtos a manipular (conforme

Artigo 19, §3º, Lei n.º 8213/1991);

b) as medidas de prevenção e proteção estabelecidas pela organização para reduzir riscos,

sejam coletivas, organizacionais ou individuais;

c) os resultados dos exames médicos e de exames complementares aos quais os trabalhadores

forem submetidos;

d) os resultados das medições de exposição a agentes ambientais realizadas nos locais de

trabalho;

e) meios e modos seguros de atuação frente a emergências e situações de risco grave e

iminente.

f) procedimentos que devem ser adotados em caso de acidente ou doença relacionada ao

trabalho.

5.6. O empregador deve permitir que representantes dos trabalhadores acompanhem a

fiscalização dos preceitos legais e regulamentares sobre segurança e saúde no trabalho.

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Nova NR-01 (Prevenção em Segurança e Saúde no Trabalho)

5.7. O empregador deve garantir que os trabalhadores interrompam de imediato suas

atividades, exercendo seu direito de recusa, sempre que constatarem evidências ou suspeição

razoável da existência de riscos para sua segurança e saúde ou de outras pessoas ou de que as

medidas preventivas e de proteção sejam insuficientes para a situação, com base em sua

capacitação e experiência, comunicando imediatamente o fato a seu superior hierárquico para

as medidas cabíveis.

5.8. A utilização de serviços de outros trabalhadores e empresas em ambientes de trabalho

interiores ou exteriores à organização não isenta o empregador de sua responsabilidade sobre

todos os trabalhadores envolvidos.

6. PARTICIPAÇÃO DOS TRABALHADORES NA PREVENÇÃO EM SEGURANÇA E

SAÚDE NO TRABALHO

6.1. O conhecimento e a percepção dos trabalhadores e seus representantes sobre o processo

de trabalho, riscos e medidas de prevenção e proteção devem ser considerados no processo

preventivo em SST.

6.2. É direito dos trabalhadores zelar por sua segurança e saúde no trabalho e de outras

pessoas afetadas pelo trabalho na organização.

6.3. Os trabalhadores devem, nos limites de sua capacitação e das instruções recebidas do

empregador:

a) utilizar corretamente máquinas, equipamentos e substâncias no trabalho;

b) comunicar situações geradoras ou agravantes de riscos à saúde ou segurança, própria e de

terceiros, e falhas nos sistemas de prevenção e proteção que identificarem durante seu

trabalho;

c) utilizar e cuidar corretamente dos Equipamentos de Proteção Individual - EPI - colocados à

sua disposição;

d) submeter-se aos exames médicos previstos nas Normas Regulamentadoras - NR.

6.3.1. As obrigações dos trabalhadores não afetam o princípio de responsabilidade do

empregador no que diz respeito à segurança e saúde no local de trabalho.

6.4. Deve ser garantido aos trabalhadores de organizações contratantes e contratadas, atuando

em um mesmo estabelecimento, nível equivalente de segurança, proteção contra agravos à

saúde, conforto e condições de trabalho.

6.5. O trabalhador tem o direito de ser informado, de maneira compreensível e abrangente,

sobre:

a) os riscos nos locais de trabalho, os resultados das medições ambientais realizadas, as

possíveis repercussões desses resultados sobre sua saúde ou segurança, os meios para

controlar tais riscos e as medidas de prevenção e proteção adotadas pela organização;

b) resultados das análises e as medidas preventivas adotadas em decorrência de incidentes

(incluindo acidentes de trabalho) e outros eventos adversos;

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c) resultados do acompanhamento de sua saúde, dos exames médicos e de exames

complementares de diagnóstico aos quais for submetido;

d) os dados de acompanhamento da saúde coletiva dos trabalhadores na organização.

6.6. Os trabalhadores e seus representantes têm o direito de apresentar propostas de medidas

preventivas e acompanhamento da saúde tanto para os riscos informados pelo empregador

quanto para os riscos identificados pelos próprios trabalhadores.

6.6.1. A organização deve responder tecnicamente, de forma clara e formal, às propostas

sobre segurança e saúde no trabalho dos trabalhadores e seus representantes.

6.7. O planejamento e a introdução de novas tecnologias, formas de organização do trabalho,

escolha e aquisição de equipamentos, entre outros fatos relevantes para a segurança e saúde

dos trabalhadores, devem ser objeto de informação, discussão e consulta aos trabalhadores e

seus representantes.

6.8. Os trabalhadores e seus representantes não podem ser prejudicados de qualquer forma por

sua participação na prevenção em SST.

6.9. Os trabalhadores e seus representantes têm o direito de alertar seus superiores sobre os

riscos percebidos no trabalho e, quando for o caso, de apelar para as autoridades competentes

quando considerarem que as ações de prevenção tomadas pelo empregador não sejam

suficientes.

6.10. O trabalhador tem o direito de recusar-se a executar ou cessar sua atividade ou

abandonar imediatamente o local de trabalho, sem qualquer prejuízo, comunicando o fato ao

superior hierárquico direto, quando houver evidências ou suspeição razoável da existência de

riscos à sua integridade ou de que as medidas preventivas e de proteção sejam insuficientes

para a situação.

7. PREPARAÇÃO PARA EMERGÊNCIAS

7.1. O empregador deve estar preparado para incidentes (incluindo os acidentes de trabalho),

emergências, acidentes ampliados e outras situações adversas, provendo meios necessários e

suficientes, especialmente para primeiros socorros, combate a incêndios e evacuação

emergencial, adaptados às características e circunstâncias das atividades desenvolvidas, aos

riscos identificados e ao porte da organização ou estabelecimento.

7.2. O empregador deve:

a) dar conhecimento a todos os envolvidos, de forma clara, sobre as formas de contato com

serviços internos e externos de atendimento de urgência.

b) capacitar pessoal para atuar em situações de emergência, em todos os turnos e setores de

trabalho.

7.3. A atuação dos sistemas públicos para atendimento a emergências não substitui nem

dispensa o empregador das obrigações previstas neste capítulo.

8. ACOMPANHAMENTO DA SAÚDE DOS TRABALHADORES

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8.1. O empregador deve desenvolver ações de acompanhamento da saúde dos trabalhadores

integradas às ações de prevenção em SST, de acordo com todos os riscos gerados pelo

trabalho, garantindo, no mínimo, a elaboração e implementação do Programa de Controle

Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, de acordo com a NR-07 e Normas

Regulamentadoras aplicáveis.

8.2. O acompanhamento da saúde dos trabalhadores é um processo sistemático, abrangente e

organizado de avaliação continuada dos dados individuais e coletivos obtidos em exames

médicos clínicos e complementares, analisados em conjunto com as informações sobre riscos,

agravos à saúde e possíveis eventos adversos no trabalho.

8.2.1. O acompanhamento da saúde dos trabalhadores deve ser utilizado para:

a) rastrear e detectar precocemente agravos à saúde relacionados ao trabalho;

b) subsidiar o empregador quanto à necessidade de medidas preventivas adicionais;

c) avaliar a eficácia e rever as medidas preventivas adotadas na organização;

d) definir a aptidão de cada trabalhador para exercer suas funções ou uma tarefa determinada,

com o objetivo primordial de adaptar o trabalho ao trabalhador;

e) permitir o conhecimento dos agravos à saúde e sua relação com os riscos derivados do

trabalho;

f) subsidiar procedimentos e métodos epidemiológicos e estatísticos de acompanhamento

coletivo da saúde dos trabalhadores;

g) subsidiar os procedimentos para afastamento de trabalhadores da situação de exposição ou

do trabalho;

h) subsidiar a emissão de notificações de agravos à saúde dos trabalhadores, em especial

Comunicações de Acidente do Trabalho - CAT;

i) subsidiar o encaminhamento de trabalhadores à Previdência Social para avaliação de nexo

causal, aferição de incapacidade e definição da conduta previdenciária;

j) indicar os trabalhadores que devem ser objeto de acompanhamento especial por

sensibilidade ou vulnerabilidade peculiar.

8.3. O acompanhamento da saúde dos trabalhadores deve ser desenvolvido por profissionais

familiarizados com patologia ocupacional e com o ambiente, condições de trabalho e riscos a

que cada trabalhador está sujeito.

8.4. O acompanhamento da saúde dos trabalhadores deve incluir procedimentos de vigilância

passiva e ativa, conforme definições desta Norma.

8.5. Os relatórios de acompanhamento da saúde dos trabalhadores devem refletir a evolução

da saúde coletiva na organização, no mínimo, desde o início da obrigação da implantação do

PCMSO na empresa ou setor.

8.6. Os prontuários médicos dos trabalhadores deverão registrar, no mínimo:

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a) descrição das condições habituais de exposição a agentes ou aspectos nocivos do trabalho,

de forma coerente com as avaliações de riscos na organização, com o conteúdo dos Atestados

de Saúde Ocupacional - ASO - e com os registros trabalhistas e previdenciários pertinentes;

b) informações sobre o perfil de exposição do trabalhador, e suas variações ao longo do

contrato de trabalho;

c) descrição das medidas de prevenção e proteção coletivas, organizacionais ou individuais

utilizadas para reduzir o risco nos períodos declarados;

d) atualização das modificações de funções, processos e ambientes de trabalho.

8.6.1. O trabalhador deve ter acesso a seu prontuário médico, sendo seu direito solicitar ao

empregador a retificação de qualquer informação que não condiga com a realidade de seu

trabalho ou condições de saúde.

8.6.2. As informações contidas no prontuário médico submetem-se aos parâmetros de sigilo e

confidencialidade previstos na legislação, não podendo ser divulgadas indevidamente ou

utilizadas em prejuízo de qualquer indivíduo.

8.7. Os procedimentos de acompanhamento da saúde não podem ter caráter de seleção de

pessoal, sendo vedada a exigência de declarações ou atestados acerca de qualquer doença ou

situação de saúde.

8.8. Os exames médicos ocupacionais não devem ser utilizados, em nenhum caso, para

substituir as medidas destinadas a prevenir e controlar as exposições ocupacionais.

8.9. Os trabalhadores, individual ou coletivamente, tem o direito de solicitar sua inclusão nas

ações de acompanhamento da saúde, com base nas condições de trabalho, na literatura técnica

ou na existência de queixas ou evidências de adoecimento relacionadas ao trabalho.

9. ANÁLISE DE ACIDENTES E AGRAVOS À SAÚDE DOS TRABALHADORES

9.1. As ações de prevenção em SST devem incluir o registro, a comunicação e análise de

acidentes de trabalho e de danos de origem ocupacional à saúde dos trabalhadores,

comprovados ou objeto de suspeita, com o objetivo de reconhecer os fatores determinantes do

evento e evitar sua repetição mediante ações corretivas e de prevenção.

9.1.1. A organização deve manter registros atualizados dos acidentes e danos à saúde

relacionados ao trabalho, assegurando fácil acesso e entendimento de seu conteúdo aos órgãos

competentes, trabalhadores e seus representantes.

9.2. O empregador deve comunicar aos órgãos competentes os acidentes do trabalho e danos à

saúde a eles legalmente equiparados, fornecendo cópia fiel da comunicação ao trabalhador ou

seus dependentes, bem como ao sindicato da categoria profissional.

9.2.1. A Comunicação de Acidente do Trabalho - CAT deve ser emitida para todo acidente ou

danos de origem ocupacional, ainda que não haja afastamento do trabalho ou incapacidade.

9.2.2. Em caso de acidente fatal, é obrigatório comunicar, de imediato, à autoridade policial

competente, ao órgão regional do Ministério do Trabalho e Emprego e ao sindicato da

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categoria profissional da vítima.

9.2.3. As análises de acidentes de trabalho e de outros eventos adversos devem ser

desenvolvidas pelo empregador com a participação dos trabalhadores, da Comissão Interna de

Prevenção de Acidentes - CIPA e do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e

em Medicina do Trabalho - SESMT, quando houver, e com o apoio técnico de outros

profissionais, se necessário.

9.2.3.1. As pessoas ou equipes designadas devem possuir competência para análise e

intervenção sobre as situações geradoras dos eventos, assegurando-se, no mínimo,

capacitação, tempo, garantias, autonomia e meios adequados de ação.

9.2.4. Os registros e relatórios de análises de acidentes e agravos relacionados ao trabalho

deverão ser apresentados e discutidos nas reuniões subsequentes da CIPA, quando existente.

9.2.5. Cabe ao empregador a adoção de medidas necessárias e suficientes para eliminação ou

redução dos riscos identificados nas análises de eventos adversos.

9.3. As análises de acidentes do trabalho e agravos à saúde dos trabalhadores de origem

ocupacional devem:

a) utilizar, pelo menos, os métodos preconizados nos manuais do Ministério do Trabalho e

Emprego, ou outros equivalentes;

b) considerar a realidade das situações geradoras dos eventos, levando em conta as atividades

efetivamente desenvolvidas, meio ambiente, materiais e organização da produção e do

trabalho;

c) considerar os eventos adversos em sua complexidade, evitando conclusões reducionistas e

atribuições de culpa que não contribuam para a prevenção;

d) evitar focar a discussão no comportamento e fatores de ordem pessoal dos trabalhadores;

e) apontar tanto os fatores imediatos, quanto os fatores subjacentes e latentes relacionados

com o evento;

f) fornecer evidências para aferir a efetividade e revisar as medidas de prevenção existentes;

g) propor as medidas de eliminação ou redução de riscos necessárias.

9.4. Acidentes de trabalho ou outros eventos adversos que envolvam mais de um empregador

devem ser analisados com a participação dos empregadores e dos trabalhadores envolvidos e

sua representação.

10. RELAÇÕES CONTRATANTES E CONTRATADAS

10.1. A contratante é responsável pela eliminação ou redução dos riscos à segurança e saúde

de todos os trabalhadores envolvidos, empregados próprios ou não.

10.2. Quando o empreendimento envolver mais de um empregador, estes devem atuar de

forma coordenada na prevenção em SST, informando-se reciprocamente e aos trabalhadores e

seus representantes sobre os riscos gerados, atendendo, no mínimo, aos seguintes itens:

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Nova NR-01 (Prevenção em Segurança e Saúde no Trabalho)

a) avaliação dos riscos gerados pela interação das atividades das empresas para todos os

envolvidos;

b) informações sobre as fontes de riscos existentes que possam afetar os contratados e sobre

as medidas de proteção adotadas e a adotar.

c) capacitação de contratados e trabalhadores próprios sobre práticas seguras de trabalho,

riscos e medidas preventivas, antes do início dos trabalhos e de forma continuada, atendendo,

no mínimo, ao definido em Normas Regulamentadoras aplicáveis;

d) realização e registro de inspeções periódicas para verificação do desempenho dos

contratados, de forma a acompanhar e garantir a adoção de procedimentos preventivos;

10.3. A empresa contratada, interagindo com o processo de produção da contratante, deve

incluir em sua avaliação de riscos os riscos adicionais gerados pela interação, além dos riscos

próprios e daqueles informados pela contratante.

10.3.1. A empresa que for contratada para atuar no estabelecimento de outra, sem

envolvimento direto com o processo de produção da contratante, deve manter, além de sua

própria avaliação de riscos, registro das fontes de risco e riscos informados pela contratante.

11. CAPACITAÇÃO DE TRABALHADORES

11.1. O empregador deve garantir aos trabalhadores capacitação suficiente e adequada em

segurança e saúde no trabalho, na contratação e periodicamente, incluindo, no mínimo:

a) riscos gerais e específicos na organização

b) o especificado nas Normas Regulamentadoras aplicáveis.

c) direitos e obrigações

d) preparação para atuação frente a emergências e riscos graves e iminentes.

e) critérios de avaliação dos riscos, medidas de prevenção ou proteção estabelecidas e

informações sobre a eficácia e limitações dessas proteções;

f) recomendações de segurança e precauções dos fabricantes ou fornecedores para

equipamentos ou produtos.

11.1.1. Novas capacitações deverão ser efetuadas, com a abrangência e profundidade

necessárias, quando houver:

a) transferência do trabalhador para outros locais de trabalho e mudanças de função;

b) introdução de novas tecnologias e mudanças em equipamentos ou procedimentos de

trabalho que gerem riscos adicionais;

c) retorno ao trabalho após ausências por período superior a trinta dias por motivo de doença

ou acidente, de natureza ocupacional ou não, ou parto;

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11.1.2. Os procedimentos de capacitação devem ocorrer após a admissão dos empregados,

dentro dos horários normais de trabalho e ser custeados integralmente pelo empregador.

11.1.3. A empresa contratada deve assegurar a participação dos seus empregados nas

capacitações em segurança e saúde promovidas pela contratante.

11.1.4. A empresa deve determinar e divulgar os pré-requisitos de autorização, formação,

capacitação e habilitação para trabalho em situações específicas que exijam cuidados

especiais de segurança.

11.1.5. Os procedimentos de capacitação devem ser acordados previamente com os

trabalhadores e seus representantes, incluindo aqueles previstos para a Comissão Interna de

Prevenção de Acidentes - CIPA e em Normas Regulamentadoras aplicáveis.

12. PREVENÇÃO EM SST PARA TRABALHADORES COM DEFICIÊNCIA,

REABILITADOS, READAPTADOS OU EM SITUAÇÃO DE MAIOR

VULNERABILIDADE

12.1. A organização deve assegurar proteção especial frente aos riscos gerados pelos

ambientes e formas de trabalho para os trabalhadores com deficiência, reabilitados,

readaptados e àqueles em situação de maior vulnerabilidade.

12.1.1. O empregador deve facilitar por todos os meios o desempenho desses trabalhadores,

de forma a eliminar ou reduzir a possibilidade de repercussões negativas sobre sua saúde e

integridade física e moral.

12.1.2. Para os trabalhadores com deficiência, reabilitados, readaptados ou em situação de

maior vulnerabilidade o empregador deve adotar, no mínimo, as seguintes medidas:

a) adaptar o trabalho às limitações dos trabalhadores;

b) consultar e permitir a participação dos trabalhadores interessados;

c) avaliar riscos específicos para esses trabalhadores;

d) definir aptidão à função e tarefas específicas;

e) favorecer a acessibilidade e providenciar ajudas técnicas necessárias;

f) disponibilizar mobiliário, equipamentos e condições ambientais adequadas;

g) facilitar a comunicação e acesso a informações;

h) organizar o trabalho de forma favorável e estimular capacitação, evolução funcional e

aproveitamento de capacidades;

i) proteger contra discriminação e assédio moral por sua condição peculiar;

j) disponibilizar condições sanitárias e de conforto, programas de promoção da saúde e

cuidados para segurança pessoal; e

k) capacitar especificamente profissionais de segurança e saúde no trabalho e pessoal

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administrativo.

12.2. A organização deve levar em conta, especificamente, os riscos que possam afetar

trabalhadoras grávidas, em situação de parto recente ou lactância e os trabalhadores menores.

GLOSSÁRIO E DEFINIÇÕES

Acidente ampliado: Evento súbito, como uma emissão, incêndio ou explosão de grande

magnitude, envolvendo uma ou mais substâncias perigosas, com potencial de causar grandes e

múltiplos danos ao meio ambiente e à saúde dos seres humanos expostos.

Acidente de trabalho: Evento não previsto, não desejado, ocorrido no exercício do trabalho ou

como consequência desse e que afete negativamente a saúde ou integridade física do

trabalhador.

Agravo: Lesão, doença, transtorno de saúde, distúrbio, disfunção ou síndrome de evolução

aguda subaguda ou crônica, de natureza clínica ou subclínica, inclusive morte, independente

do tempo de latência.

Análise de risco: Processo sistemático de compreender a natureza e fatores que afetam um

risco e de estimar o nível de risco a partir da severidade e probabilidade das consequências

possíveis visando julgar sua importância para atuação preventiva.

Avaliação da exposição: Processo para definir os perfis de exposição dos trabalhadores a

agentes ambientais nos locais de trabalho.

Acompanhamento de riscos: Coleta planejada e sistemática de informações para rastrear o

progresso, verificar a adequação e permitir decisões sobre projetos e programas de eliminação

e redução de riscos.

Nota: Para os fins desta norma, considera-se a expressão “acompanhamento de riscos”

como equivalente à expressão “monitoramento de riscos”.

Avaliação da exposição: Processo para definir os perfis de exposição e julgar a importância

das exposições a agentes ambientais nos locais de trabalho.

Canteiro de obra: Área do trabalho fixa e temporária, onde se desenvolvem operações de

apoio e execução à construção, demolição ou reparo de uma obra;

Classificação de riscos: Processo de classificar riscos de acordo com sua severidade e

probabilidade para determinar prioridades de eliminação ou redução desses riscos.

Consequências negativas - Danos: Qualquer repercussão, impacto ou efeito de um evento ou

sequência de eventos que afete negativamente a segurança ou saúde das pessoas ou meio

ambiente.

Nota 1: No contexto desta norma incluem lesões, doenças, sofrimentos e desconfortos

relacionados ao trabalho.

Nota 2: Podem existir consequências diversas para um evento, sequência de eventos ou

cenário específico.

Descrição do risco: Representação estruturada da identificação do risco, contendo, no

mínimo, fontes, eventos, causas, medidas de controle existentes e consequências.

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Nova NR-01 (Prevenção em Segurança e Saúde no Trabalho)

Empregado: Pessoa física que presta serviços de natureza não eventual a empregador, sob a

dependência deste e mediante salário;

Empregador: Organização individual ou coletiva titular da relação de trabalho, que,

assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de

serviços.

Empresa/Organização: organização de que se utiliza o empregador para atingir seus objetivos,

incluindo estabelecimento ou conjunto de estabelecimentos, canteiros de obra, frentes de

trabalho e locais de trabalho;

Estabelecimento: Cada uma das unidades da organização, funcionando em lugares diferentes,

tais como: fábrica, refinaria, usina, escritório, loja, oficina, depósito, laboratório;

Nota 1 - Para efeito de aplicação das Normas Regulamentadoras - NR, a obra de engenharia,

compreendendo ou não canteiro de obra ou frentes de trabalho, é considerada como um

estabelecimento, a menos que se disponha, de forma diferente, em NR específica.

Nota 2 - Quando se tratar de empreiteiras ou empresas prestadoras de serviços considera-se

estabelecimento o local em que os seus empregados estiverem exercendo suas atividades.

Evento adverso: Qualquer ocorrência de natureza indesejável relacionada direta ou

indiretamente ao trabalho, incluindo incidentes e exposições com potencial de gerar agravos à

saúde dos trabalhadores.

Fatores de risco: Fatores que influenciam, positiva ou negativamente, os níveis de risco.

Nota: no contexto desta norma a expressão “Fator de Risco” não deve ser usada como

equivalente a “Fonte de Risco” ou “Perigo”.

Frente de trabalho: Área de trabalho móvel e temporária, onde se desenvolvem operações de

apoio e execução à construção, demolição ou reparo de uma obra;

Grupo de Exposição Similar (GES): Grupos de trabalhadores com o mesmo perfil geral de

exposição devido à similaridade dos materiais e processos utilizados e similaridade de

frequência e modo de executar as tarefas.

Nota 1: o resultado fornecido pela avaliação da exposição de qualquer trabalhador desse

grupo deve ser representativo da exposição dos demais trabalhadores incluídos no grupo.

Nota 2: GES podem ser constituídos por trabalhadores de um mesmo processo, área, setor,

função ou que executam uma determinada atividade. Não devem ser confundidos com

agrupamento de trabalhadores com base apenas em denominações de funções ou cargos e

tarefas similares.

Grupo Econômico: Uma ou mais empresas com personalidade jurídica própria sob a direção,

controle ou administração de outra, constituindo grupo industrial, comercial ou outra

atividade econômica.

Nota 1: A empresa principal e cada uma das subordinadas são solidariamente responsáveis

na aplicação das Normas Regulamentadoras de SST do MTE.

Identificação de risco: Processo de buscar, reconhecer e descrever riscos quanto às possíveis

fontes, causas e consequências.

Incidente: Qualquer evento ou ocorrência não programada com potencial de causar danos ou

afetar negativamente a segurança e saúde dos trabalhadores.

Nota 1: É referido como “acidente” se resultar em danos ou consequências negativas

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Nova NR-01 (Prevenção em Segurança e Saúde no Trabalho)

pessoais ou materiais.

Nota 2: É referido como “quase acidente” ou apenas “incidente” se não resultou em danos

ou consequências negativas.

Julgamento da importância do risco: Comparação dos resultados da avaliação de riscos com

critérios especificados previamente, para determinar as medidas necessárias de eliminação ou

redução.

Limite de Exposição Ocupacional (LEO) ou Valor de Referência para a Exposição

Ocupacional (VREO): Concentração ou intensidade de um agente ambiental que é permitida,

baseada em dados sobre os efeitos à saúde.

Nota 1. Algumas substâncias ou agentes podem ter vários limites de exposição ocupacional,

como, por exemplo, uma concentração média ponderada para 8 horas diárias e 40 horas

semanais (ex.: “TLV-TWA” ou “LEO-MPT” estabelecidos pela ACGIH) e, ao mesmo tempo,

um limite de exposição de curta duração para 15 minutos (ex.: “TLV STEL” ou “LEO Curta

Duração”).

Nota 2. O LEO ou VREO deve ser utilizado para classificar os riscos para fins de prevenção

e não representa necessariamente uma linha divisória entre exposições seguras e não

seguras.

Local de trabalho: Área onde são executados os trabalhos.

Medidas para eliminação e redução de riscos: Seleção e implementação de uma ou mais

opções que eliminem ou reduzam o risco, incluindo:

- evitar o risco pela decisão de não começar ou continuar determinada atividade.

- remover da fonte de risco

- mudar a probabilidade de ocorrência do dano

- alterar o processo de modo a reduzir as consequências

Nota: no contexto desta Norma, devem ser consideradas equivalentes a “ações preventivas

em SST”, “medidas para controle de riscos”, “medidas de prevenção dos agravos”,

“medidas de proteção”, “tratamento de riscos”, “mitigação de riscos” e expressões

similares.

Medidas preventivas de caráter administrativo ou de organização do trabalho: Modificações

nas funções, locais, tempos de execução, metas de produção, ritmos de trabalho, escalas de

trabalho, distribuição de pessoal, modos de produção, estabelecimento de pausas, entre outros,

com a finalidade de reduzir a exposição dos trabalhadores às fontes de risco existentes no

trabalho.

Nível de Risco: Combinação da severidade dos possíveis danos e da probabilidade ou chance

de sua ocorrência.

Nota: deve ser definido utilizando-se matrizes de risco ou outros procedimentos equivalentes,

a critério do empregador.

Perfil de exposição: Registro e apresentação das exposições de um grupo de exposição similar

(GES) a determinado agente de risco.

Nota 1: um perfil qualitativo deve ser baseado em julgamento profissional; um perfil

quantitativo é baseado em estatísticas e inclui cálculos e análise de tendência central e da

variabilidade dos dados.

Nota 2: A determinação de perfis quantitativos de exposição para cada GES pode ter caráter

exploratório, coletando-se amostras intencionais, ou abordagem estatística, coletando-se

amostras aleatórias em quantidade adequada para tratamento estatístico dos dados.

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Nova NR-01 (Prevenção em Segurança e Saúde no Trabalho)

Plano: Nível mais elevado de planejamento operacional de longo prazo, contendo princípios,

diretrizes de caráter geral e estratégias para tomada de decisões e ações.

Nota 1: Inclui orientações de cunho maior como missão, objetivos gerais, estratégias

gerenciadoras, alocação de recursos e políticas institucionais.

Nota 2: Usualmente agrupa diversos programas e seus respectivos projetos e ações,

buscando atingir os objetivos estratégicos da organização.

Prevenção em segurança e saúde no trabalho: Conjunto das disposições ou medidas aplicáveis

às atividades da organização com o objetivo de evitar ou reduzir os riscos à saúde e

integridade dos trabalhadores ou qualquer outra pessoa no local de trabalho.

Exposição: Interação do trabalhador com fontes de risco nos ambientes de trabalho,

sujeitando-o às consequências possíveis.

Nota 1: Considera-se “exposição” o contato do trabalhador com um agente químico, físico

ou biológico ou com qualquer situação gerada pelo ambiente de trabalho, incluindo aspectos

ergonômicos, psicossociais e de segurança.

Nota 2: Uma exposição pode ser parte da atividade de trabalho ou incidental. A primeira é

aquela que ocorre rotineiramente na execução das atividades de trabalho. Exposições

incidentais podem ocorrer de forma não programada.

Probabilidade: Mensuração da chance de uma ocorrência expressa por descritor qualitativo,

índice ou valor numérico.

Profissional habilitado: Profissional legalmente habilitado por conselho profissional.

Programa: Planejamento específico que inclui projetos, objetivos, metas concretas,

abrangência e responsabilidades. Trata-se de instrumento operativo que ordena, vincula

cronológica, espacial e tecnicamente as atividades e recursos necessários para alcançar,

setorialmente, num determinado tempo, metas e objetivos.

Projeto: Empreendimento claramente planejado e delimitado pelos seus objetivos, suas

atividades, sua abrangência temporal e financeira, constituindo o nível mais específico e

detalhado dos planos e programas. Sistematiza e estabelece o traçado prévio a uma operação

ou atividade específica.

Redução de risco: Ações para diminuir a probabilidade, consequências negativas, ou ambas,

associadas a um risco.

Representantes dos trabalhadores: Pessoas reconhecidas legalmente como tais, incluindo

representantes sindicais e representantes eleitos livremente pelos trabalhadores da empresa,

conforme legislação ou convenções coletivas.

Riscos emergentes: Riscos novos, ausentes das previsões e expectativas rotineiras, relativos a

eventos raros, complexos e incertos, mas que podem ter impactos relevantes sobre a

organização e trabalhadores, resultantes de novas fontes de risco ou de exposições não

esperadas a fontes anteriormente conhecidas.

Riscos residuais: Riscos remanescentes após uma ou mais medidas preventivas.

Nota: Devem ser documentados e submetidos a acompanhamento e revisão, aplicando-se

novas medidas de redução ou eliminação se necessário.

Setor de serviço: Menor unidade administrativa ou operacional em um estabelecimento;

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Nova NR-01 (Prevenção em Segurança e Saúde no Trabalho)

Trabalhador autorizado: Trabalhador que, a partir de sua qualificação, capacitação ou

habilitação, recebeu anuência formal da empresa para trabalho específico.

Trabalhador capacitado: Trabalhador que recebeu capacitação nas condições estabelecidas em

Lei ou Norma.

Trabalhador qualificado: Trabalhador que comprove conclusão de curso específico

reconhecido pelo Sistema Oficial de Ensino.

Vigilância ativa da saúde dos trabalhadores: Realização de exames médicos dirigidos e

programados, que incluam, além dos exames obrigatórios pela legislação, exames específicos

de rastreamento e detecção precoce de agravos, determinados com base nos riscos avaliados,

em queixas dos trabalhadores ou em evidências epidemiológicas.

Vigilância passiva da saúde dos trabalhadores: Ações de atendimento à demanda espontânea

de trabalhadores que procurem atenção de serviços de saúde.

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Nova NR-01 (Prevenção em Segurança e Saúde no Trabalho)

MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO

SECRETARIA DE INSPEÇÃO DO TRABALHO

DEPARTAMENTO DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO

Trata-se de proposta de texto para revisão do Anexo 3 (Limites de Tolerância para

Exposição ao Calor) da Norma Regulamentadora n.º 15 (Atividades e Operações Insalubres)

disponibilizada em Consulta Pública pela Portaria SIT n.º 414, de 19 de dezembro de 2013,

prorrogada pelas portarias:

- Portaria SIT n.º 421, de 14 de fevereiro de 2014 (por 30 dias);

- Portaria SIT n.º 425, de 18 de março de 2014 (por mais 30 dias);

- Portaria SIT n.º 426, de 23 de abril de 2014 (por mais 45 dias).

As sugestões podem ser encaminhadas ao Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho -

DSST, até o dia 02 de junho de 2014, das seguintes formas:

c) via e-mail:

[email protected]

d) via correio:

MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO

Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho

Coordenação-Geral de Normatização e Programas

Esplanada dos Ministérios - Bloco “F” - Anexo “B” - 1º Andar - Sala 107 - CEP 70059-900 -

Brasília - DF __________________________________________________________________________________________

EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS

A revisão deste anexo levou em consideração as demandas sociais e a necessidade de

atualização do texto previsto no Anexo n.º 3 da Norma Regulamentadora n.º 15 - NR-15. As

abordagens propostas tiveram por base estudos e pesquisas relacionados ao tema,

considerando-se, em especial, as disposições contidas nas normas técnicas ISO 7243:1989 e

ISO 8996:2004, e na American Conference of Governmental Industrial Higyenists - ACGIH.

Esta revisão inclui a avaliação preliminar dos riscos como ferramenta inicial para

identificação dos ambientes e condições de trabalho, com o fim de fornecer importantes

subsídios à tomada de decisão quanto à implantação de medidas preventivas e corretivas e

suporte à avaliação quantitativa, quando necessária. Ressalta-se que as avaliações previstas

têm como principal foco o controle da exposição e a preservação da saúde dos trabalhadores

___________________________________________________________________________

PROPOSTA DE TEXTO NORMATIVO

NR 15 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES

ANEXO N.º 3 - CALOR

1. Objetivos

1.1 Definir critérios para a caracterização e controle dos riscos à saúde dos trabalhadores

decorrentes de exposições ao calor em ambientes internos ou externos, com ou sem carga

solar direta, em quaisquer situações de trabalho.

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Nova NR-01 (Prevenção em Segurança e Saúde no Trabalho)

1.2 Estabelecer limites de exposição a serem utilizados como indicadores na avaliação,

prevenção e controle dos riscos decorrentes da exposição ao calor.

2. Disposições gerais

2.1 Os empregadores devem adotar medidas de prevenção e controle, de modo que a

exposição ao calor não cause efeitos adversos à saúde do trabalhador.

2.2 A avaliação do risco, seleção e a implantação das medidas de preventivas e corretivas

devem ser desenvolvidas com a participação dos trabalhadores.

2.3 Para fins de prevenção e controle, a avaliação do risco devido à exposição ao calor deve

considerar os aspectos relacionados ao ambiente, à operação e as condições de saúde do

trabalhador, entre os quais:

a) temperatura do ar;

b) umidade do ar;

c) velocidade do ar;

d) radiação térmica;

e) natureza e exigências físicas da atividade;

f) características das vestimentas;

g) evolução do conjunto destes fatores durante o tempo de trabalho.

2.4 Deve ser efetuada a aclimatação dos trabalhadores que necessitem realizar suas atividades

em ambientes com exposição ao calor, conforme item 5.

3. Avaliação Preliminar

3.1 Deve ser realizada avaliação preliminar da exposição ao calor, considerando os seguintes

aspectos:

a) identificação das funções e número de trabalhadores expostos;

b) ambientes, processos e operações de trabalho;

c) características dos fatores ambientais e das possíveis fontes geradoras de calor;

d) estimativa de tempo efetivo e frequência de exposição diária;

e) demandas do trabalho: esforços físicos e aspectos posturais;

f) descrição das medidas existentes para o controle da exposição;

g) constatação de condições específicas de trabalho que possam contribuir para o

agravamento dos efeitos decorrentes da exposição;

h) dados de exposição ocupacional existentes;

i) informações ou registros relacionados a queixas e antecedentes médicos relacionados aos

trabalhadores expostos.

3.2 Os resultados da avaliação preliminar devem subsidiar a adoção de medidas preventivas e

corretivas, sem prejuízo de outras medidas previstas nas demais NR.

3.3 Se a observação da exposição e os dados disponíveis não forem suficientes para permitir

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Nova NR-01 (Prevenção em Segurança e Saúde no Trabalho)

uma decisão quanto à necessidade de implantação de medidas preventivas e corretivas, deve-

se proceder à avaliação quantitativa.

4. Avaliação Quantitativa

4.1 A avaliação quantitativa deve ser representativa da exposição, abrangendo aspectos

organizacionais e ambientais que envolvam o trabalhador no exercício de suas funções.

4.2 A avaliação quantitativa tem a finalidade de subsidiar a adoção de medidas preventivas e

corretivas, e caracterizar a insalubridade.

4.3 A avaliação da exposição ocupacional ao calor é realizada com base no Índice de Bulbo

Úmido - Termômetro de Globo (IBUTG), conforme estabelecido no Apêndice 1.

4.4 O IBUTG e a taxa de metabolismo devem ser estimados e calculados de acordo com o

disposto no Apêndice 1.

4.5 Os níveis de ação para exposição ao calor, em função da taxa de metabolismo de trabalho,

ficam estabelecidos de acordo com o Quadro 1, abaixo:

Quadro 1: Níveis de ação em função da taxa de metabolismo.

Metabolismo (em Watts) Níveis de ação

100 31,7

120 30,6

140 29,6

160 28,8

180 28,1

200 27,5

220 26,9

240 26,3

260 25,8

280 25,4

300 25,0

320 24,6

340 24,2

360 23,9

380 23,5

400 23,2

420 22,9

440 22,6

460 22,4

480 22,1

500 21,8

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CONSULTA PÚBLICA

Nova NR-01 (Prevenção em Segurança e Saúde no Trabalho) * Nível de Ação = 59,9 -14,1 * log M (W), onde M = metabolismo,

em Watts.

4.6 Os limites de exposição para exposição ao calor, em função da taxa de metabolismo de

trabalho, ficam estabelecidos de acordo com o Quadro 2, abaixo:

Quadro 2: limites de exposição em função da taxa de metabolismo.

Metabolismo (em watts) Limites de exposição

100 33,7

120 32,8

140 32,0

160 31,4

180 30,8

200 30,2

220 29,8

240 29,3

260 28,9

280 28,6

300 28,2

320 27,9

340 27,6

360 27,3

380 27,0

400 26,8

420 26,5

440 26,3

460 26,1

480 25,9

500 25,7

* Limite de Exposição = 56,7 - 11,5 * log M (W), onde M =

metabolismo, em Watts.

5. Aclimatação

5.1 Sempre que forem excedidos os níveis de ação previstos no quadro 1 do item 4.5, o

empregador deve promover a aclimatação dos trabalhadores expostos ao calor.

5.2 Para os fins deste anexo, entende-se por aclimatação a adaptação fisiológica gradual do

indivíduo, cuja resposta é a melhora da capacidade para suportar a sobrecarga térmica.

5.3 A aclimatação deve ser um processo progressivo de exposição do trabalhador a sobrecarga

térmica, respeitados os limites estabelecidos no Quadro 1 do item 4.5, por um período de no

mínimo duas horas seguidas durante 5 dias consecutivos.

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Nova NR-01 (Prevenção em Segurança e Saúde no Trabalho)

5.4 Após qualquer tipo de afastamento igual ou superior a 15 dias deve ser efetuado o retorno

gradativo aos níveis de produção utilizando-se os limites do Quadro 1 do item 4.5,

promovendo-se nova aclimatação.

5.5 As condições para a aclimatação são de responsabilidade médica, devendo constar no

Programa de Controle Médico da Saúde Ocupacional - PCMSO.

6. Medidas Preventivas e Corretivas

6.1 Sempre que os níveis de ação previstos no quadro 1 do item 4.5 forem excedidos, devem

ser adotadas medidas preventivas que incluam, no mínimo:

a) disponibilização de bebidas frescas, com reposição suficiente de água;

b) fornecimento de vestimentas de trabalho adaptadas ao tipo de exposição e à natureza da

atividade;

c) programação dos trabalhos, especialmente os mais pesados, nos períodos com condições

térmicas mais amenas;

d) permissão da autolimitação da exposição;

e) informação e capacitação dos trabalhadores;

f) acompanhamento médico.

6.2 Constatado que, após a adoção das medidas preventivas descritas no item 6.1, o IBUTG se

encontra acima dos limites de exposição estabelecidos no Quadro 2 do item 4.6 deste Anexo,

devem ser adotadas, no mínimo, as seguintes medidas corretivas, quando aplicáveis:

a) eliminação, isolamento ou redução da radiação térmica;

b) melhoria do sistema de ventilação do ar;

c) redução da temperatura do ar e da umidade;

d) concepção e/ou adaptação dos locais e postos de trabalho;

e) alternância de atividades ou operações que gerem exposição ao calor a níveis mais

elevados com outras que não apresentem exposição ou impliquem exposição a níveis

menores;

f) introdução de pausas para recuperação térmica;

g) manutenção de local para descanso com condições térmicas mais amenas.

6.2.1 As pausas para recuperação térmica são consideradas tempo de serviço para todos os

efeitos legais.

6.3 Acompanhamento médico

6.3.1 O acompanhamento médico deve incluir:

a) identificação de possíveis patologias crônicas, para verificação de trabalhadores

susceptíveis a danos sistêmicos por exposição ao calor;

b) registro das queixas de danos à saúde relacionados ao calor;

c) orientação e monitoramento de trabalhadores que estejam tomando medicação que possa

comprometer sua resposta fisiológica à sobrecarga térmica;

d) monitoramento fisiológico.

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Nova NR-01 (Prevenção em Segurança e Saúde no Trabalho)

6.4 Monitoramento fisiológico

6.4 O monitoramento fisiológico deve ser efetuado sempre que os limites de exposição ao

calor forem ultrapassados, por meio do acompanhamento médico.

6.4.1 A exposição individual ao calor deve ser descontinuada, quando ocorrer uma das

seguintes condições:

a) a frequência cardíaca se mantém por vários minutos acima de 180 bpm (batimentos por

minuto) menos a idade do trabalhador em anos, para pessoas com desempenho cardíaco

normal; ou

b) a recuperação da frequência cardíaca, após 5 minutos de repouso ultrapassa 120 bpm; ou,

c) existência de sintomas de fadiga severa e repentina, náuseas, vertigem ou tontura;

d) sudorese intensa mantida por horas.

6.4.1.1 Constatadas as situações previstas no item 6.4.1, o trabalhador somente poderá

retornar ao trabalho após avaliação médica.

6.5 Capacitação dos trabalhadores

6.5.1 A capacitação dos trabalhadores deve contemplar, no mínimo:

a) fatores de risco relacionados à exposição ao calor, tais como: situação clínica, idade,

consumo de bebidas alcóolicas, uso de drogas e medicamentos, entre outros;

b) distúrbios relacionados ao calor: causa, sinais e sintomas, tratamento;

c) prevenção dos distúrbios relacionados ao calor: aclimatação, hidratação, pausas no

trabalho;

d) situações de emergência decorrentes da exposição ao calor e respectivas condutas a serem

adotadas;

e) informações sobre os resultados das avaliações efetuadas, acompanhadas de explicação

acerca do seu significado e do risco que representam;

f) técnicas de aferição da frequência cardíaca.

7. Caracterização da condição insalubre

7.1 Caracteriza-se a condição insalubre caso sejam superados os limites de exposição

indicados no Quadro 2 do item 4.6 deste anexo.

7.1.1 As situações de exposição ao calor superiores aos limites de exposição são

caracterizadas como insalubres em grau médio.

7.1.2 A caracterização da exposição deve ser objeto de Relatório Técnico que contemple, no

mínimo, os seguintes itens:

a) introdução, incluindo objetivos do trabalho, e justificativa;

b) resultado da avaliação preliminar, incluindo os aspectos descritos no item 3.1 deste

Anexo;

c) metodologia e critério de avaliação adotados;

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Nova NR-01 (Prevenção em Segurança e Saúde no Trabalho)

d) especificação dos aparelhos de medição utilizados, calibração e outros cuidados

necessários para o correto manuseio;

e) descrição dos procedimentos de avaliação: locais, períodos e duração das medições,

posicionamento do conjunto de medição, representatividade da amostra selecionada;

f) descrição das condições da exposição: atividades desenvolvidas, jornada de trabalho,

vestimentas de trabalho, características ambientais e operacionais;

g) dados obtidos com base nas medições;

h) estimativa da taxa de metabolismo;

i) interpretação dos resultados;

j) recomendações para adoção de medidas preventivas e corretivas.

k) Informações complementares em decorrência de circunstâncias específicas que

envolveram o estudo realizado.

7.2 Comprovada a insalubridade, o empregador deve adotar medidas para a eliminação ou

redução da exposição, atendendo ao estabelecido neste Anexo e nas demais Normas

Regulamentadoras do MTE.

APÊNDICE 1

Avaliação da exposição ao calor com base no índice IBUTG

1. Índice de Bulbo Úmido - Termômetro de Globo - IBUTG

1.1 O IBUTG, definido com base na norma técnica ISO 7243:1989 ou atualização posterior,

deve ser calculado com base nas seguintes fórmulas:

a) sem exposição a radiação solar:

IBUTG = 0,7 Tbn + 0,3 Tg

b) com exposição a radiação solar

IBUTG = 0,7 Tbn + 0,2 Tg + 0,1 Tbs

Onde:

Tbn é a temperatura de bulbo úmido natural

Tg é a temperatura de globo

Tbs é a temperatura de bulbo seco (temperatura do ar)

1.2 Para a medição do IBUTG podem ser utilizados os equipamentos convencionais ou

equipamentos eletrônicos calibrados, obedecendo, para a temperatura de bulbo seco (Tbs) e a

temperatura de globo (Tg) as especificações da norma ISO 7726:1998 - Ergonomia do

Ambiente Térmico - Instrumentos para Medição Física Quantitativa ou atualização posterior,

e para a temperatura de bulbo úmido natural (Tbn), as especificações da norma ISO 7243:1989

ou atualização posterior.

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Nova NR-01 (Prevenção em Segurança e Saúde no Trabalho)

1.3 Quando o trabalhador estiver exposto a duas ou mais situações térmicas diversas, deve-se

determinar o IBUTG média ponderada no tempo, utilizando-se os valores de IBUTG

representativos da respectivas situações térmicas que compõem o ciclo de exposição do

trabalhador, por meio da seguinte expressão:

60

2211tIBUTGtIBUTGtIBUTG

IBUTGii

onde:

IBUTG = IBUTG médio ponderado no tempo, em º C.

IBUTGi = IBUTG da situação térmica “i”, em ºC.

ti= tempo total de exposição na situação térmica “i”, em minutos, no período de 60 minutos.

i= iésima situação térmica.

t1 + t2 + ... + ti = 60 minutos

1.4 Para utilização do índice IBUTG devem ser consideradas as seguintes limitações:

a) o índice foi concebido somente para as situações em que a vestimenta de trabalho é

constituída de calça e camisa de manga comprida, não podendo ser utilizado para roupas

sobrepostas ou trajes encapsulados.

b) o índice somente pode ser utilizado para situações de trabalho com VRO inferior a 33,7

para as pessoas aclimatadas e 31,7 para as pessoas não aclimatadas.

2. Estimativa da taxa de metabolismo

2.1 A taxa de metabolismo de trabalho deve ser estimada de acordo com a tabela 1 deste

Apêndice ou por meio da Frequência Cardíaca, conforme item 2.3 e subitens, devendo-se

comparar o valor médio estimado com aqueles indicados no Quadro 2 do item 4.6 deste

Anexo, para verificação dos limites de exposição.

2.2 A tabela 1 estabelece a taxa de metabolismo por categorias onde são definidas 5 classes:

repouso, leve, moderado, pesado, muito pesado.

Tabela 1 - Estimativa da taxa de metabolismo, conforme tipo de atividade.

Tipo Metabolismo

(Watts)* Exemplos

Repouso sentado 100

Repouso em pé 120

Leve 180

Trabalho sentado, manual e leve com as mãos ou

mãos e braços;

Trabalho sentado com pequenas ferramentas,

inspeção, montagens leves;

Dirigir veículos;

Em pé, com trabalho leve com os braços e alguma

movimentação;

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Nova NR-01 (Prevenção em Segurança e Saúde no Trabalho)

Moderado 300

Trabalho contínuo moderado das mãos e dos braços;

Trabalho moderado dos braços e pernas;

Trabalho moderado com braços e tronco;

Levantar ou empurrar cargas leves;

Manuseio ocasional de objetos com peso médio;

Caminhada normal.

Pesado 410

Trabalho intenso dos braços e do tronco;

Manuseio de objetos pesados, materiais de

construção;

Serragem manual, aplainamento;

Caminhada rápida (5,5 a 7 km/h);

Empurrar, puxar carrinhos de mão;

Muito pesado 520

Trabalho muito intenso e rápido;

Trabalho com pá;

Carregar, serrar manualmente, levantar ou empurrar

cargas pesadas,

Andar a passos rápidos.

*Para transformar Kcal/h em Watts, basta dividir o valor em kcal/h por 0,87.

2.2.1 Quando as cargas de trabalho variam no período de uma hora, deve ser calculada a taxa

metabólica média ponderada no tempo, utilizando-se valores estimados da taxa de

metabolismo representativos das respectivas atividades desenvolvidas pelo trabalhador

durante o ciclo de exposição, por meio da seguinte expressão:

60

2211 iitMtMtM

M

onde:

M = taxa metabólica média ponderada no tempo, em Watts.

Mi = taxa metabólica da atividade “i”, em Watts.

ti = tempo total de exercício da atividade “i”, em minutos, no período de 60 minuto corridos

I = iésima atividade.

t1 + t2+ ... + ti= 60 minutos.

2.3 Para fins de estimação da taxa metabólica, a frequência cardíaca deve ser registrada em

intervalos fixos de tempo, por exemplo, 1 minuto, sem interrupção, durante o período de

trabalho em que a condição térmica é avaliada ou durante um período de trabalho idêntico em

um ambiente mais fresco.

2.3.1 Os registros devem ser representativos das condições de exposição dos trabalhadores

avaliados.

2.3.2 Os registros devem ser obtidos por meio de monitores cardíacos.

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Nova NR-01 (Prevenção em Segurança e Saúde no Trabalho)

2.3.3 A relação frequência cardíaca - taxa de metabolismo deve ser determinada conforme

tabela 2, abaixo, de acordo com a frequência cardíaca estimada, peso, idade e sexo do

trabalhador avaliado.

Tabela 2 - Relação metabolismo (em watts) - Frequência cardíaca,

prevista em função da idade e do peso (mulheres e homens)

Idade

(anos)

Peso

50 kg 60 kg 70 kg 80 kg 90 kg 100 kg 110 kg

Mulheres

20 5.3 FC -

269

6.1 FC -

324

6.8 FC -

376

7.5 FC -

426

8.2 FC -

474

8.8 FC -

519

9.5 FC -

564

30 5.1 FC -

256

5.9 FC -

310

6.6 FC -

361

7.3 FC -

409

7.9 FC -

456

8.6 FC -

501

9.2 FC -

544

40 4.9 FC -

242

5.6 FC -

294

6.3 FC -

344

7.0 FC -

391

7.7 FC -

436

8.3 FC -

480

8.9 FC -

522

50 4.6 FC -

225

5.4 FC -

276

6.1 FC -

324

6.7 FC -

370

7.3 FC -

414

7.9 FC -

456

8.5 FC -

497

60 4.4 FC -

207

5.1 FC -

256

5.8 FC -

303

6.4 FC -

347

7.0 FC -

389

7.6 FC -

430

8.1 FC -

469

70 4.1 FC -

187

4.8 FC -

233

5.4 FC -

278

6.0 FC -

320

6.6 FC -

361

7.1 FC -

400

7.7 FC -

438

Homens

20 6.6 FC -

362

7.6 FC -

429

8.5 FC -

493

9.3 FC -

553

10.2 FC -

611

11.0 FC -

667

11.7 FC -

721

30 6.5 FC -

354

7.4 FC -

421

8.3 FC -

483

9.2 FC -

543

10.0 FC -

601

10.8 FC -

656

11.6 FC -

710

40 6.4 FC -

345

7.3 FC -

411

8.2 FC -

473

9.0 FC -

532

9.8 FC -

589

10.6 FC -

644

11.4 FC -

697

50 6.2 FC -

335

7.1 FC -

400

8.0 FC -

461

8.9 FC -

520

9.7 FC -

576

10.4 FC -

630

11.2 FC -

683

60 6.1 FC -

324

7.0 FC -

388

7.8 FC -

448

8.7 FC -

506

9.4 FC -

561

10.2 FC -

615

10.9 FC -

666

70 5.9 FC -

311

6.8 FC -

374

7.6 FC -

434

8.4 FC -

490

9.2 FC -

545

10.0 FC -

597

10.7 FC -

648 * Quando o trabalhador tiver idade ou peso que não estejam no quadro 2, deve-se utilizar o valor imediatamente

anterior.