trabalho elemento de maquinas( elementos de fixação )

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ENGENHARIA MECÂNICA PROCESSO DE FABRICAÇÃO III 1

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tipos de elementos de fixação

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ENGENHARIA MECÂNICA

PROCESSO DE FABRICAÇÃO III

SÃO PAULO, 2014

1

FORNOS

SÃO PAULO, 2014

2

Sumário1. INTRODUÇÃO 4

2. TIPOS DE ELEMENTOS DE FIXAÇÃO 5

2.1. Moveis 5

2.1.1 Parafusos 8

2.1.2 Porcas 18

2.1.3 Arruelas 24

2.1.4 Anéis elásticos 28

2.1.4 chavetas 31

2.2. Permanentes 37

2.1.1 Rebites 37

2.2.2 Pinos, Cavilhas e Cupilhas 43

3. CONCLUSÃO 48

4. REFERÊNCIA 49

3

1. INTRODUÇÃO

Na mecânica é muito comum a necessidade de unir peças como chapas, perfis

e barras. Entretanto, em mecânica as peças a serem unidas, exigem elementos próprios

de união que são denominados elementos de fixação. A união de peças feita pelos

elementos de fixação pode ser de dois tipos: móvel ou permanente.

Fixação móvel - No tipo de união móvel , os elementos de fixação

podem ser colocados ou retirados do conjunto sem causar qualquer

dano às peças que foram unidas. É o caso, por exemplo, de uniões

feitas com parafusos, porcas e arruelas.

Fixação permanente - No tipo de união permanente, os elementos de

fixação, uma vez instalados, não podem ser retirados sem que fiquem

inutilizados. É o caso, por exemplo, de uniões feitas com rebites e

soldas.

Tanto os elementos de fixação móvel como os elementos de fixação permanente

devem ser usados com muita habilidade e cuidado porque são, geralmente, os

componentes mais frágeis da máquina. Ainda é importante planejar e escolher

corretamente os elementos de fixação a serem usados para evitar concentração de tensão

nas peças fixadas. Essas tensões causam rupturas nas peças por fadiga do material.

Fadiga de material significa queda de resistência ou enfraquecimento do material devido

a tensões e constantes esforços.

4

2. TIPOS DE ELEMENTOS DE FIXAÇÃO

2.1. Moveis

Os elementos de fixação móveis mais usados em mecânica são: pinos,

cavilhas, parafusos, porcas, arruelas, chavetas etc...

O parafuso é uma peça formada por um corpo cilíndrico roscado e uma cabeça,

que pode ter várias formas.

Todo parafuso tem rosca de diversos tipos. Para você compreender melhor

a noção de parafuso e as suas funções, temos antes que conhecer tipos de roscas.

Roscas

Rosca é um conjunto de filetes em torno de uma superfície cilíndrica. Os filetes

das roscas apresentam vários perfis. Esses perfis, sempre uniformes, dão nome às

roscas e condicionam sua aplicação.

Rosca triangular - É o mais comum. Utilizado em parafusos e porcas de

fixação, uniões e tubos.

Figura 1 - perfil de rosca triangular

Rosca trapezoidal - Empregado em órgãos de comando das

máquinas operatrizes (para transmissão de movimento suave eu

uniforme), fusos e prensas de estampar (balancins mecânicos).

5

Figura 2 – Rosca trapezoidal

Rosca redonda - Emprego em parafusos de grandes diâmetros e que

devem suportar grandes esforços, geralmente em componentes

ferroviários. É empregado também em lâmpadas e fusíveis pela

facilidade na estampagem.

Figura 3- rosca redonda figura 4 – lâmpada rosca redonda

Rosca dente de serra- Usado quando a força de solicitação é muito

grande em um só sentido (morsas, macacos, pinças para tornos e

fresadoras).

6

Figura 5 – Exemplo rosca dente de serra

Rosca quadrada - Quase em desuso, mas ainda utilizado em

parafusos e peças sujeitas a choques e grandes esforços (morsas).

Figura – 6 - Exemplo rosca quadrada

2.1.1. Parafusos

7

Parafusos são elementos de fixação, empregados na união não permanente de

peças, isto é, as peças podem ser montadas e desmontadas facilmente, bastando

apertar e desapertar os parafusos que as mantém unidas.

Numa montagem por parafuso, podemos ter como elementos: o próprio

parafuso; a porca; hastes dotadas de roscas - fusos; arruelas, dispositivos de segurança.

Tipos de cabeças de parafusos

Sextavadas - predominantes em construção de máquinas;

Fenda (cabeça escareada),

sextavado interno (Allen).

Figura 7 – Tipos de cabeças de parafusos

Vantagens dos parafusos

Baixo custo;

Facilidades de montagem e desmontagem;

Principais aplicações

Parafusos de fixação em uniões desmontáveis;

8

Parafusos obturadores para tapar orifícios;

Parafusos de transmissão de forças;

Parafusos de movimento para transformar movimentos retilíneos em

rotativos e vice-versa.

Desvantagens nos parafusos

Possibilidade de ocorrer desaperto durante o funcionamento do

equipamento.

Baixo rendimento de transmissão e o elevado desgaste dos flancos das

roscas.

Quesitos na escolha de um parafuso

Cabeça e tipo de fenda quando exista;

Tipo de rosca;

Diâmetro do parafuso ou peça;

Comprimento do parafuso (geralmente deste a cabeça à ponta);

Qualidade de aço e resistência;

Acabamento

Tratamento galvânico.

Os parafusos se diferenciam pela forma da rosca, da cabeça, da haste e do

tipo de acionamento.

Figura 8 – exemplo diferença entre parafusos

9

O corpo do parafuso pode ser cilíndrico ou cônico, totalmente roscado ou

parcialmente roscado. A cabeça pode apresentar vários formatos; porém, há parafusos

sem cabeça.

Figura 9 – diferença entre corpos de parafuso

Classificação de 4 grandes grupos:

Parafusos passantes

Esses parafusos atravessam, de lado a lado, as peças a serem unidas,

passando livremente nos furos .Dependendo do serviço, esses parafusos, além

das porcas, utilizam arruelas e contra porcas como acessórios. Os parafusos

passantes apresentam-se com cabeça ou sem cabeça .

Figura 10 – parafuso passante

10

Parafusos não –passantes

São parafusos que não utilizam porcas. O papel de porca é desempenhado pelo

furo roscado, feito numa das peças a ser unida.

Figura 11 - Parafusos não passantes

Parafusos de pressão

Esses parafusos são fixados por meio de pressão. A pressão é exercida pelas

pontas dos parafusos contra a peça a ser fixada. Os parafusos de pressão podem

apresentar cabeça ou não.

Figura 12 - Parafusos de pressão

11

Parafusos prisioneiros.

São parafusos sem cabeça com rosca em ambas as extremidades, sendo

recomendados nas situações que exigem montagens e desmontagens frequentes. Em tais

situações, o uso de outros tipos de parafusos acaba danificando a rosca dos furos. As

roscas dos parafusos prisioneiros podem ter passos diferentes ou sentidos opostos, isto

é, um horário e o outro anti-horário.

Figura 13 – aplicação parafuso prisioneiro

A classificação geral dos parafusos é quanto à função que eles exercem e

alguns fatores a serem considerados na união de peças. Alguns tipos de parafusos

bastante usados em mecânica.

Parafuso de cabeça sextavada

Em geral, esse tipo de parafuso é utilizado em uniões em que se

necessita de um forte aperto da chave de boca ou estrela. Esse parafuso pode ser

usado com ou sem rosca. Quando usado sem rosca, o rosqueamento é feito na

peça.

12

Figura 14 – parafuso cabeça sextavada

Parafusos com sextavado interno (Allen)

O parafuso Allen é fabricado com aço de alta resistência à tração e

submetido a um tratamento térmico após a conformação. Possui um furo hexagonal

de aperto na cabeça, que é geralmente cilíndrica e recartilhada . Para o aperto,

utiliza - se uma chave especial: a chave Allen. Os parafusos Allen são

utilizados sem porcas e suas cabeças são encaixadas num rebaixo na peça fixada.

13

Em geral, esse tipo de parafuso é utilizado para travar elementos de

máquinas, esses parafusos são fabricados com diversos tipos de pontas, de acordo

com sua utilização.

Figura 15 – tipos de parafusos allem ou sextavado interno

Figura 16 – Tipos de pontas de parafusos

Parafusos de cabeça escareada com fenda

14

São fabricados em aço, aço inoxidável, inox, cobre, latão, etc. Esse tipo

de parafuso é muito empregado em montagens que não sofrem grandes esforços e

onde a cabeça do parafuso não pode exceder a superfície da peça.

Figura 17 - Parafusos de cabeça escareada com fenda

De cabeça redonda com fenda

Esse tipo de parafuso é também muito empregado em montagens que não

sofrem grandes esforços. Possibilita melhor acabamento na superfície. São

fabricados em aço, cobre e ligas, como latão.

Figura 18 - De cabeça redonda com fenda

Parafuso de cabeça cilíndrica boleada com fenda

15

São utilizados na fixação de elementos nos quais existe a possibilidade de

se fazer um encaixe profundo para a cabeça do parafuso, e a necessidade de um

bom acabamento na superfície dos componentes. Trata-se de um parafuso cuja

cabeça é mais resistente do que as outras de sua classe. São fabricados em aço,

cobre e ligas, como latão .

Figura 19 - Parafuso de cabeça cilíndrica boleada com fenda

Parafuso de cabeça escareada boleada com fenda

São geralmente utilizados na união de elementos cujas espessuras sejam

finas e quando é necessário que a cabeça do parafuso fique embutida no

elemento. Permitem um bom acabamento na superfície. São fabricados em aço,

cobre e ligas como latão .

Figura 20 - Parafuso de cabeça escareada boleada com fenda

Parafuso auto-atarraxante

16

O parafuso auto-atarraxante tem rosca de passo largo em um corpo

cônico e é fabricado em aço temperado . Pode ter ponta ou não e, às vezes,

possui entalhes longitudinais com a função de cortar a rosca à maneira de uma

tarraxa. As cabeças têm formato redondo, em latão ou chanfradas e apresentam

fendas simples ou em cruz (tipo Phillips). Esse tipo de parafuso elimina a

necessidade de um furo roscado ou de uma porca, pois corta a rosca no

material a que é preso. Sua utilização principal é na montagem de peças feitas

de folhas de metal de pequena espessura, peças fundidas macias e plásticas.

Figura 21 – modelos parafuso auto-atarraxante

Parafusos com rosca soberba para madeira

Esse tipo de parafuso também é utilizado com auxílio de buchas

plásticas. O conjunto, parafuso -bucha é aplicado na fixação de elementos em

bases de alvenaria . Quanto à escolha do tipo de cabeça a ser utilizado, leva -

se em consideração a natureza da união a ser feita . São fabricados em aço e

tratados superficialmente para evitar efeitos oxidantes de agentes naturais. São

vários os tipos de parafusos para madeira. Apresentamos, em seguida, os

diferentes tipos e os cálculos para dimensionamento dos detalhes da cabeça .

Figura 22 - modelos Parafusos com rosca soberba para madeira

17

2.1.2. Porcas

São peças de forma prismática ou cilíndrica geralmente metálica, com um furo

roscado no qual se encaixa um parafuso.

São elementos de máquinas de fixação e estão sempre associadas a um fuso

ou parafuso.

Figura 23 – Modelo porca sextavada

Material de fabricação

As porcas são fabricadas de diversos materiais: aço, bronze, latão,

alumínio, plástico. Há casos especiais em que as porcas recebem banhos de

galvanização, zincagem e bicromatização para protege - las contra oxidação

Tipos de porca

Seus tipos variam de acordo com as roscas (que correspondem a do

parafuso) e formato, sendo os mais comuns as porcas sextavadas, quadradas,

recartilhadas (para apertos manuais) e borboleta (também conhecidas por "porcas

de orelhas") para apertos manuais, auto travante . Elas podem ser usadas na

transmissão de movimentos, como por exemplo nos macacos de um carro onde o

fuso gira e a porca se movimenta fazendo elevar a estrutura do macaco.

Porcas Sextavadas

18

Utilizadas para segurar a carga no sistema / tirante pela proteção ou

ajuste determinados no projeto .Usos diversos, em automóveis, residências e

indústrias .

Figura 24 – Modelo porca sextava

Porcas Quadradas

Usos diversos, em automóveis, residências e indústrias.

Figura 25 – Modelo porca quadrada

Porcas Recartilhadas

19

Para aperto manual são mais usados os tipos de porca borboleta, recartilhada

alta e recartilhada baixa.

Figura 26 – Modelo porca recartilhada

Porca borboleta

A porca borboleta tem saliências parecidas com asas para proporcionar o

aperto manual. Geralmente fabricada em aço ou latão, esse tipo de porca é empregado

quando a montagem e a desmontagem das peças são necessárias e frequentes.

Figura 27 – Modelo porca borboleta

Porca cega ou Porca Calota

20

As porcas cega baixa e cega alta, além de propiciarem boa fixação, deixam as

peças unidas com melhor aspecto. Nesse tipo de porca, uma das extremidades do furo

rosqueado é encoberta, ocultando a ponta do parafuso. A porca cega pode ser feita de

aço ou latão, é geralmente cromada e possibilita um acabamento de boa aparência.

Figura 28 –Modelo porca calota

Porcas auto travante ou Parlok

Essa porca possui nylon em seu interior, que trava a porca no parafuso.

Figura 29 – Modelo Porcas autotravante ou Parlok

Porca Castelo

21

A porca castelo é uma porca hexagonal com seis entalhes radiais, coincidentes

dois a dois, que se alinham com um furo no parafuso, de modo que uma cupilha possa

ser passada para travar a porca, que evitam o deslocamento axial.

Figura 30 – modelo Porca Castelo

Porca rápida

Para montagem de chapas em locais de difícil acesso, podemos utilizar as

porcas:

Figura 31 – Modelo Porca rápida

Porcas fendas

22

A baixa deformação da rosca do elemento macho permite reutilizar diversas

vezes os elementos de fixação, tem bom comportamento quanto à resistência à

vibração, excelente comportamento às variações de temperatura, nenhuma agressão

nem marcação na superfície de apoio da porca sobre a peça.

As Porcas fendas porcas fendas podem ser simples ou dupla.

O principio de auto-travamento da porca fenda simples consistes em comprimir os

flancos de alguns filetes de rosca dos elementos machos sobre seus setores. Este

princípio é obtido executando-se uma fenda calibrada na parte central do hexágono da

porca, que é amassada sob uma carga específica. Na montagem, a porca retorna

à sua forma primitiva, gerando uma pressão sobre os filetes de rosca e que cria

um torque de travamento constante e independente do aperto.

Figura 32– Modelo porca fenda simples

Principio de funcionamento de auto-travamento da porca defenda dupla

consiste em comprimir os flancos de alguns filetes de rosca do elemento macho

sobre dois dos seus setores, em planos diferentes e deslocados a 180º. Esse

princípio é obtido executando-se duas fendas calibradas na gola superior da porca,

que são amassada sob carga específica. Para obter uma montagem correta, pé

fundamental que o elemento macho exceda a porca em pelo menos dois filetes da

rosca .

Figura 33- Modelo porca fenda dupla

2.1.3. Arruelas

23

A maioria dos conjuntos mecânicos apresenta elementos de fixação. Onde quer

que se usem esses elementos, seja em máquinas ou em veículos automotivos, existe o

perigo de se produzir, em virtude das vibrações, um afrouxamento imprevisto no aperto

do parafuso. Para evitar esse inconveniente utilizamos um elemento de máquina

chamado arruela.

Figura 34 – União de conjunto utilizando arruela

As arruelas têm a função de distribuir igualmente a força de aperto entre

a porca, o parafuso e as partes montadas. Em algumas situações, também

funcionam como elementos de trava. Os materiais mais utilizados na fabricação

das arruelas são aço carbono, cobre e latão .

Tipos de arruelas

Existem vários tipos de arruela: lisa, de pressão, dentada, serrilhada,

ondulada, de travamento com orelha e arruela para perfilados. Para cada tipo de

trabalho, existe um tipo ideal de arruela.

Arruela Lisa

24

Além de distribuir igualmente o aperto, a arruela lisa tem, também, a função

de melhorar os aspectos do conjunto. A arruela lisa por não ter elemento de

trava, é utilizada em órgãos de máquinas que sofrem pequenas vibrações.

Figura 35 – Modelos arruelas

Arruela de Pressão

A arruela de pressão é utilizada na montagem de conjuntos mecânicos,

submetidos a grandes esforços e grandes vibrações. A arruela de pressão

funciona, também, como elemento de trava, evitando o afrouxamento do

parafuso e da porca . É, ainda, muito empregada em equipamentos que

sofrem variação de temperatura (automóveis, prensas etc.).

Figura 36 – Modelo arruela de pressão

Arruela Dentada

25

Muito empregada em equipamentos sujeitos a grandes vibrações, mas com

pequenos esforços, como, eletrodomésticos, painéis automotivos, equipamentos de

refrigeração etc. O travamento se dá entre o conjunto parafuso/porca. Os dentes

inclinados das arruelas formam uma mola quando são pressionados e se encravam

na cabeça do parafuso.

Figura 37 – Modelos de arruelas dentadas

Arruela Ondulada

A arruela ondulada não tem cantos vivos. É indicada, especialmente, para

superfícies pintadas, evitando danificação do acabamento . É adequada para

equipamentos que possuem acabamento externo constituído de chapas finas.

Figura 38 – Modelo arruela ondulada

Arruela de Travamento com Orelha

26

Utiliza-se esta arruela dobrando-se a orelha sobre um canto vivo da peça. Em

seguida, dobra-se uma aba da orelha envolvendo um dos lados chanfrado do

conjunto porca/parafuso.

Figura 39 – Modelos arrulas de travamento com orelhas

Arruela para Perfilados

É uma arruela muito utilizada em montagens que envolvem cantoneiras ou

perfis em ângulo . Devido ao seu formato de fabricação, este tipo de arruela

compensa os ângulos e deixa perfeitamente paralelas as superfícies a serem

parafusadas.

Figura 40 – Arruela para Perfilados

2.1.4. Anéis Elásticos

27

O anel elástico é um elemento usado em eixos ou furos, tendo como

principais funções: Evitar deslocamento axial de peças ou componentes, Posicionar

ou limitar o curso de uma peça ou conjunto deslizante sobre o eixo.

Esse elemento de máquina é conhecido também como anel de retenção, de

trava ou de segurança.

Figura 41 – Exemplo de utilização anel elástico

Instalação dos Anéis Elásticos

Anéis elásticos são instalados sempre com as bordas chanfradas (laminadas)

voltadas para a peça que está limitando . Dessa forma, a pressão sobre o anel

elástico será exercida na área onde a borda do anel está paralela à parede da

canaleta. Se instalar incorretamente, o anel elástico exercerá pressão sobre as

bordas chanfradas ou laminadas que podem comprimir o anel elástico e com a

possibilidade de desalojá-lo da canaleta.

Material de fabricação e forma

Fabricado de aço -mola, tem a forma de anel incompleto, que se aloja

em um canal circular construído conforme normalização é utilizado em eixos com

diâmetro entre 4 e 1000 mm, trabalha externamente, Norma DIN 471.

Figura 42 – Modelo anel externo elástico

28

Para furos com diâmetro entre 9,5 e 1000 mm. Trabalha internamente Norma DIN

472.

Figura 43 – Modelo anel interno elástico

Para eixos com diâmetro entre 8 e 24 mm. Trabalha externamente Norma DIN

6799 .

Figura 44 – modelo anel externo para eixo 8 a 24 mm

Para eixos com diâmetro entre 4 e 390 mm para rolamentos.

29

Figura 45 – Modelo anel para eixo com diâmetro 4 e 390 mm para rolamentos

Para pequenos esforços axiais – anel elástico circular

Figura 46 – Aplicação anel elástico circular

Tendo em vista facilitar a escolha e seleção dos anéis em função dos

tipos de trabalho ou operação, existem tabelas padronizadas de anéis.

2.1.5. Chavetas

30

É um elemento mecânico fabricado em aço. Sua forma, em geral, é retangular

ou semicircular. A chaveta se interpõe numa cavidade de um eixo e de uma peça.

A chaveta tem por finalidade ligar dois elementos mecânicos.

Figura 47 – Exemplo aplicação chaveta

Chavetas longitudinais

São colocadas na extensão do eixo para unir roldanas, rodas, volantes etc.

Podem ser com ou sem cabeça e são de montagem e desmontagem fácil . Sua

inclinação é de 1:100 e suas medidas principais são definidas quanto a: altura (h);

comprimento (L); largura (b).

Figura 48 – Exemplo chaveta longitudinal

31

As chavetas longitudinais podem ser de diversos tipos: encaixada, meia-

cana, plana, embutida e tangencial.

Chavetas encaixadas

São muito usadas. Sua forma corresponde à do tipo mais simples de chaveta de

cunha. Para possibilitar seu emprego, o rasgo do eixo é sempre mais comprido que

a chaveta.

Figura 49 – Modelo chaveta encaixada

Chaveta meia- cana

Sua base é côncava (com o mesmo raio do eixo). Sua inclinação é de 1:100, com

ou sem cabeça. Não é necessário rasgo na árvore, pois a chaveta transmite o

movimento por efeito do atrito. Desta forma, quando o esforço no elemento

conduzido for muito grande, a chaveta desliza sobre a árvore.

Figura 50 – Exemplo chaveta meia cana

32

Chaveta plana

Sua forma é similar à da chaveta encaixada, porém, para sua montagem não se abre

rasgo no eixo. É feito um rebaixo plano.

Figura 51 – Exemplo chaveta plana

Chavetas embutidas

Essas chavetas têm os extremos arredondados, conforme se observa na vista

superior ao lado. O rasgo para seu alojamento no eixo possui o mesmo comprimento da

chaveta. As chavetas embutidas nunca tem cabeça.

Figura 52 - Exemplo chaveta embutida

33

Chavetas tangenciais

São formadas por um par de cunhas, colocado em cada rasgo. São sempre utilizadas

duas chavetas, e os rasgos são posicionados a 120º. Transmitem fortes cargas e são

utilizadas, sobretudo, quando o eixo está submetido a mudança de carga ou golpes.

Figura 53 - Exemplo chaveta tangencial

Chavetas de cunha

As chavetas tem esse nome porque são parecidas com uma cunha. Uma de suas

faces é inclinada, para facilitar a união de peças.

Figura 54 - Exemplo chaveta de cunha

34

Chavetas transversais

São aplicadas em união de peças que transmitem movimentos rotativos e retilíneos

alternativos.

Figura 55 - Exemplo chaveta transversal

Quando as chavetas transversais são empregadas em uniões permanentes, sua

inclinação varia entre 1:25 e 1:50. Se a união se submete a montagem e desmontagem

frequentes, a inclinação pode ser de 1:6 a 1:15.

Figura 56 – Chaveta transversal e simples

35

Chavetas paralelas ou linguetas

Essas chavetas tem as faces paralelas, portanto, não tem inclinação. A transmissão

do movimento é feita pelo ajuste de suas faces laterais às laterais do rasgo da chaveta.

Fica uma pequena folga entre o ponto mais alto da chaveta e o fundo do rasgo do

elemento conduzido.

Figura 57 – Exemplo paralelas ou linguetas

As chavetas paralelas não possuem cabeça. Quanto à forma de seus extremos,

eles podem ser retos ou arredondados. Podem, ainda, ter parafusos para fixarem a

chaveta ao eixo.

Figura – tipos de chavetas paralelas ou linguetas

36

Chaveta de disco ou meia-lua (tipo woodruff)

É uma variante da chaveta paralela. Recebe esse nome porque sua forma

corresponde a um segmento circular .É comumente empregada em eixos cônicos por

facilitara montagem e se adaptar à conicidade do fundo do rasgo do elemento

externo.

Figura 58 – exemplo chaveta disco ou meia-lua (tipo woodruff )

2.2. Permanentes

Os elementos de fixação permanente mais usados em mecânica são: rebites e

soldas.

37

2.2.1. Rebites

A fixação por rebites é um meio de união permanente. Um rebite compõe-se de

um corpo em forma de eixo cilíndrico e de uma cabeça. A cabeça pode ter vários

formatos. Os rebites são peças fabricadas em aço, alumínio, cobre ou latão. Unem

rigidamente peças ou chapas, principalmente, em estruturas metálicas, de reservatórios,

caldeiras, máquinas, navios, aviões, veículos de transporte e treliças. Rebites

(trabalham ao corte)

Figura 59 – amostra de alguns tipos de rebites

Figura 60 - Ponte João Luis Ferreira – Teresina

38

Vantagens das ligações Rebitadas

Barata e simples;

Maior facilidade de reparação;

Aplicação a materiais de má soldabilidade.

Execução simples Não exige operário qualificado Controle de qualidade

simples.

Desvantagens das ligações Rebitadas

Não desmontável

Maior peso da união

Campo de aplicação reduzido (chapas)

Não recomendável a carregamentos dinâmicos

Redução de resistência do material rebitado devido à furação

Tipos de rebite e suas proporções

O quadro a seguir mostra a classificação dos rebites em função do formato

da cabeça e de seu emprego em geral.

39

Tabela 1 – formatos de cabeça rebites

40

No quadro a seguir apresentamos as proporções padronizadas para os rebites Os

valores que aparecem nas ilustrações são constantes, ou seja, nunca mudam.

Tabela 2 – proporções padronizadas para rebites

41

Além desses rebites, destaca- se, pela sua importância, o rebite de repuxo,

conhecido por rebite ”pop” . É um elemento especial de união, empregado para

fixar peças com rapidez, economia e simplicidade. Abaixo mostramos a

nomenclatura de um rebite de repuxo

Figura 61 – Rebite de repuxo ou rebite pop

Figura 62 - Nomenclatura de um rebite de repuxo

2.2.2. Pinos, Cavilhas e Cupilhas

42

Os pinos e cavilhas têm a finalidade de alinhar ou fixar os elementos de

máquinas, permitindo uniões mecânicas, ou seja, uniões em que se juntam duas ou mais

peças, estabelecendo, assim, conexão entre elas.

Figura 63 - Figura 6 – exemplo utilização cavilha

Figura 64 – exemplo utilização cavilha

As cavilhas, também, são chamados pinos estriados, pinos entalhados, pinos

ranhurados ou, ainda, rebite entalhado. A diferenciação entre pinos e cavilhas leva em

conta o formato dos elementos e suas aplicações.

43

Pinos e Cavilhas se diferenciam pelos seguintes fatores:

Utilização;

Forma;

Tolerância de medidas;

Acabamento superficial;

Material Tratamento térmico.

Pinos

Os pinos são usados em junções resistentes a vibrações. Há vários tipos de

pino, segundo sua função:

Tabela 3 – utilização dos pinos

44

Figura 65 – Tipos de pinos

Cavilhas

A cavilha é uma peça cilíndrica, fabricada em aço, cuja superfície externa

recebe três entalhes que formam ressaltos. A forma e o comprimento dos entalhes

determinam os tipos de cavilha. Sua fixação é feita diretamente no furo aberto por

broca, dispensando-se o acabamento e a precisão do furo alargado.

Figura 66 – Tipos de cavilhas

45

Figura 67 – Classificação de cavilhas

Tabela 68 - Classificação de cavilhas segundo tipos, normas e utilização.

46

Cupilha ou contrapino

Cupilha é um arame de secção semi-circular, dobrado de modo a formar um corpo cilíndrico e uma cabeça.

Figura 69 – Tipos de cupilhas

Sua função principal é a de travar outros elementos de máquinas como porcas.

Figura 70 – Utilização de cuplilhas

47

3. CONCLUSÃO

O trabalho em si teve como objetivo apresentar os principais tipos de elementos de

fixação e suas aplicações, com base na material pesquisado o grupo foi capaz de

aprofundar mais os conhecimentos dentro daquilo que foi proposto, uma vez que trouxe

uma visão mais completa da importância desses elementos dentro da engenharia.

48

4. REFERÊNCIAS

ftp://ftp.cefetes.br/cursos/Mecanica/T%E9cnico/Elementos%20de%20M%E1quinas/

Elementos%20de%20Fixa%E7%E3o/01elem.pdf (acessado em 22/03/2014)

ftp://ftp.sm.ifes.edu.br/professores/joaopb/Elementos%20de%20Maquinas%20I/

Aula_02%20-%20Elementos%20de%20Fixa%E7%E3o.pdf (acessado em 22/03/2014)

http://tecinmed.com/artigos/mecanica/3-elementos-de-fixacaoxligacao.pdf (acessado em

22/03/2014)

ftp://ftp.demec.ufpr.br/disciplinas/TM245/Parafusos%20%282%29.pdf (acessado em

22/03/2014)

ftp://ftp.cefetes.br/cursos/Mecanica/T%E9cnico/Elementos%20de%20M%E1quinas/

Elementos%20de%20Fixa%E7%E3o/02elem.pdf (acessado em 22/03/2014)

49