Jean Nouvel

Torre de Agbar (Barcelona-1999)

Edifício de escritórios

TORRE AGBAR EM

BARCELONA

(1999)

Na realização deste projecto Jean Nouvel diz ter-se inspirado num monte que abriga um mosteiro de nome Monserrat que fica perto da cidade, importante símbolo de identidade catalã.

Apesar de este projecto ser algo arrojado tendo em conta a sua forma arquitectónica e especialmente a sua localização, mesmo no centro de Barcelona, foram postas algumas duvidas na sua construção, talvez devido aos seus 142m de altura. Este projecto é talvez o acumulado de todos os projectos de Jean Nouvel num só, este, não pela sua forma exterior nem sequer pela sua altura mas sim pela transparência, e apesar de ter 142m de altura, 32 andares e ocupar uma área de 50.693m2

ainda consegue transmitir uma leveza impressionante, isto devido aos materiais

utilizados e nas novas tecnologias encontradas para transmitir ao edifício aquilo que se pretende. Todo este conceito resulta de uma desmaterialização da torre, ou seja é como se a torre a partir de um certo nível se perdesse no céu, e por conseguinte fazendo parte deste, como se prolongasse por todo ele. São utilizadas placas metálicas coloridas, vermelhadas e alaranjadas na base e azul no topo criando portanto um degrade de cores permitindo um visualização fantástica ao ver o edifício ao

longe. A base de cor alaranjada surge como a simbologia do solo e o azul como a cor do céu, há uma sensação de como a torre nasceu do local apesar da sua grandeza.. Os seus elementos constituintes, ou seja as suas aberturas para o exterior são todas em formas geométricas mas irregulares, nenhuma é igual à outra em todos os 32 pisos. Nouvel numa entrevista afirma. “Todas as cidades têm edifícios simbólicos desde o ponto de vista cultural. Alem disso, o edifício emblemático esta ligado à representação do poder. […] Não há muito mais opções. O arquitecto não pode escolher. A arquitectura não é uma arte que possa dar respostas sobre si mesma,

sempre existem razoes pragmáticas e tangíveis. […] O arquitecto que não quer trabalhar assim só poderá fazer arquitectura no papel”.

Algumas revistas afirmam que se deviam fazer mais edifícios destes de forma a

caracterizar a grandiosidade da cidade, que estes edifícios se tornem marcos referenciais da sua cidade, um ponto simbólico do ponto de vista cultural. Este tipo de arquitectura, de modificar o significado cultural associado a espaços e formas parece cada vez mais um ponto de partida para muitos arquitectos, o novo projecto de Norman Foster, em Londres, parte do mesmo principio que segue a proposta formal de Nouvel para a Torre Agbar, este edifício foi apelidado pela população de vibrador devido a sua aparência exterior.

O edifício é constituído por dois cilindros de planta ovalada, em concreto armado, encaixados um dentro do outro. A parte interior funciona como um grande pilar, o outro define o volume externamente e, por sua vez, será coberto po uma fachada de metal e vidro, com laminas inteiramente moveis de

120X30cm. As janelas distribuem-se aleatoriamente na superfície de concreto, garantindo o espectáculo cromático –segundo o seu idealizados. A partir do vigésimo sexto andar, a estrutura adopta a forma de cúpula com o clímax atingido no trigésimo segundo andar, onde se situa uma sala de recepções que terá uma vista de 360 graus.

FIM

Trabalho realizado por Orlando Ribeiro nº12319