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FACULDADE DE ECONOMIA UNIVERSIDADE DE COIMBRA

Trabalho de Fontes de Informação Sociológica

Luís Miguel Costa Jesus

Coimbra, 2008

FACULDADE DE ECONOMIA

UNIVERSIDADE DE COIMBRA

Trabalho de Fontes de Informação Sociológica

Trabalho de avaliação contínua realizado no âmbito da unidade curricular de Fontes de Informação Sociológica, sob orientação de Paulo Peixoto

Luís Miguel Costa Jesus

Coimbra, 2008

Índice:

1. Introdução .............................................................................................................. 1 2. Desenvolvimento ................................................................................................... 2 2.1. Estado das artes ......................................................................................... 2 2.1.1. O que é o assédio moral? ........................................................................ 3 2.1.2. Consequências do assédio moral ............................................................ 5 2.1.3. O que é o assédio sexual? ....................................................................... 7 2.1.4. Características gerais do assédio sexual .................................................. 10 2.1.5. Consequências e efeitos do assédio sexual ............................................. 11

2.1.5.1. Efeitos psicológicos ........................................................................ 11 2.1.5.2. Efeitos físicos .................................................................................. 13 2.1.5.3. Efeitos económicos ......................................................................... 14 2.1.5.4. Efeitos na família ............................................................................ 15

2.1.6. Dificuldades na denúncia ........................................................................ 16 2.1.7. O que fazer em caso de assédio sexual? ................................................. 18

2.1.7.1. No caso de acontecer a si ............................................................... 18 2.1.7.2. No caso de acontecer a um colega no seu trabalho ........................ 19

3. Descrição detalhada da pesquisa ........................................................................... 20 4. Avaliação da página da Internet ............................................................................ 24 5. Ficha de leitura ...................................................................................................... 26 6. Conclusão .............................................................................................................. 30 7. Referências bibliográficas ..................................................................................... 31 Anexo A Página da Internet avaliada Anexo B Texto de suporte da ficha de leitura

Assédio Sexual e Moral no Trabalho

1

1. Introdução

Este trabalho académico é resultado da minha opção pelo regime de

avaliação contínua no âmbito da cadeira de Fontes de Informação Sociológica.

Embora fosse possível sugerir um outro tema que não estivesse presente na lista

com todos os temas sugeridos pelo professor, eu optei pelo tema “assédio sexual e

moral no mercado de trabalho” porque me despertou algum interesse e motivação

em querer saber mais sobre ele.

O assédio sexual e moral no trabalho é um problema que está por todo o

lado, por mais que pareça inexistente, muitas das vezes está escondido no silêncio

das vítimas. E neste trabalho académico inicialmente irei explicar o que é o

assédio sexual e o moral e depois mostrar as diferenças entre eles. Dentro dos dois

tipos de assédio pretendo mostrar as características gerais da vítima e do agressor

para uma melhor compreensão do tema. Este trabalho irá focar-se sobretudo nos

efeitos sobre a vítima e no que se pode fazer para reduzir este problema social.

Assim sendo vou falar sobre o que tem de ser feito e já foi feito para combater este

problema e também no que cada um de nós pode fazer para combater.


2

2. Desenvolvimento 2.1 Estado das artes

O emprego é nos dias de hoje algo precioso na medida em que este é que nos

permite sobreviver numa sociedade pós-industrial. O emprego é o esforço (físico

ou intelectual) que um indivíduo faz para uma empresa (ou até para a sua própria

empresa) para obter um salário que lhe permite ter alguma estabilidade na vida.

Todos nós já ouvimos falar em acidentes de trabalho, e nos dias de hoje o

desemprego é uma ameaça constante no sector empresarial. Porém existem outros

problemas ligados ao trabalho que não são tão fáceis de se perceberem, são

silenciosos na medida em que por vezes as vitimas se escondem ou por medo ou

até por vergonha. Mas são também problemas que muitas vezes estão camuflados

numa ilusão que poucos se conseguem aperceber deles. O assédio sexual e moral é

um desses problemas. Está por todas as empresas, não afecta só as grandes mas

também pode estar nas pequenas e médias empresas.

Porém, o assédio não afecta unicamente as vítimas dentro de uma empresa,

este persegue-as para onde quer que vão, sobretudo em marcas psicológicas, como

o medo, que incutem nas vítimas.

O trabalho é fundamental para sobreviver, mas o que uma vítima suporta

para manter esse trabalho retira-lhe a própria vida, mergulhando-a no medo e no

silêncio… E como nós sabemos, coisas relacionadas com a sexualidade ainda é

motivo para muito silêncio, muita vergonha e constrangimentos, o que dificulta

uma melhor eficácia no combate a este problema.


3

2.1.1 O que é o assédio moral no trabalho?

O assédio moral consiste numa agressão física e/ou verbal que tem como

objectivo a exposição a situações humilhantes de um trabalhador no seu local de

trabalho. E este não afecta apenas trabalhadores com cargos mais baixos, já que se

pode encontrar entre membros até de uma direcção de uma empresa. No entanto é

mais comum entre chefes e os seus subordinados, sendo a questão do poder dentro

da empresa importante.

(…) Assédio moral (mobbing1, bullying, manipulação perversa,

terrorismo psicológico) caracteriza-se por ser uma conduta abusiva, de

natureza psicológica, que atenta contra a dignidade psíquica, de forma

repetitiva e prolongada, e que expõe o trabalhador a situações

humilhantes e constrangedoras, capazes de causar ofensa à

personalidade, à dignidade ou à integridade psíquica, e que tenta por

efeito excluir a posição do empregado no emprego ou deteriorar o

ambiente de trabalho, durante a jornada de trabalho e no exercício de

suas funções. (Nascimento, 2004)

Este assédio quando ocorre afecta a relação da vítima com o assediador para

o futuro, no qual um caso pontual pode tornar-se permanente. Esta situação é

crítica quando o trabalhador depende do seu trabalho, já que ao denunciar corre o

risco de ser despedido, e muitas das vezes a pressão causada por quem comete o

assédio é tanta que acaba por levar a vítima à própria demissão.

1 Termo inglês usado por Heinz Leymann para descrever o assédio moral.


4

Como anteriormente referi, nem sempre é entre chefe e trabalhador, pois até

pode ser ao contrário (embora raro). Existem três tipos de assédio moral:

• Vertical descendente

• Vertical ascendente

• Horizontal

Estamos na presença de hierarquias dentro da empresa, no tipo vertical

descendente, como o nome diz, começa do mais alto para o mais baixo, ou seja

quem comete o assédio são os indivíduos que estão hierarquicamente superiores

sobre os que estão abaixo deles próprios. Esta é a situação mais comum nos casos

de assédio moral no trabalho.

No assédio moral vertical ascendente estamos presentes numa situação

oposta, esta é muito rara, já que é o subordinado quem exerce poder sobre os seus

superiores.

Por último, o assédio moral horizontal ocorre entre indivíduos com o mesmo

poder dentro de uma empresa.


5

2.1.2 Consequências do assédio moral Os efeitos na vítima são na sua maioria psicológicos, visto que esta violência

se vai desenvolvendo ao longo do tempo, não sendo um caso espontâneo.

O isolamento da vítima é uma consequência que pode adquirir com o tempo

outras consequências mais graves, já que ao isolar a vítima dos seus colegas torna-

a um alvo mais fácil para sofrer ataques de assédio. Estando a vítima isolada,

torna-se difícil existir colegas que possam assistir a tais actos, e assim estes não

podem ser punidos já que ninguém pode servir de testemunha ou até denunciar

estes casos. Este isolamento também pode levar a pessoa a uma depressão e em

casos mais graves ao suicídio.

E as consequências não ficam só por aqui, sentimento de culpa e de

abandono vão progressivamente contribuir para agravarem a situação.

De ponto de vista médico, a vítima está sujeita a um sindroma de stress

traumático característico de numerosas situações de angústia por dia

(…) levando a manifestações físicas como tremuras, doenças gástricas

(…). Mudando assim o comportamento da vítima tornando-a facilmente

irritadiça, com mau humor e até agressiva. (…) esta situação pode

levar a vitima a desenvolver uma paranóia de desconfiança, com um

aumento de rigidez psíquica em sentimentos como a intolerância”

(Debout e Larouse, 2003: 103) (tradução minha).

Acaba por mudar a pessoa, sentimento de culpa associado a esta ansiedade

pode, por vezes, levar a pessoa a perda de confiança e a destruição da sua auto-

estima.


6

A humilhação sofrida inicialmente tem consequências psíquicas, no entanto,

estas ao longo do tempo vão demonstrar-se fisicamente em problemas de saúde ou

até por atitudes da vítima.


7

2.1.3 O que é o assédio sexual?

O que diferencia o assédio sexual do moral é a sua conotação sexual.

Definir assédio sexual não é simples, no Novo Dicionário da Língua

Portuguesa, HOLANDA, define assédio como insistência importuna,

junto a alguém com perguntas, propostas e pretensões. No senso

comum, assédio sexual pode ser definido como o acto de constranger

alguém mediante a prática de acção capaz de ofender-lhe a honra

subjectiva, sempre com o objectivo de obter vantagem sexual.”

(Scanfone, e Teodósio, s.d.:7) [adaptação para português de Portugal

minha]

Como estamos no contexto do trabalho, este ocorre sobretudo nas instalações

onde a vítima trabalha, e a partir daí pode também ocorrer em locais públicos e até

na própria casa devido as novas tecnologias.

No contexto de uma empresa temos trabalhadores, patrões, encarregados…

Ou seja, estamos na presença de posições hierarquicamente diferentes, no qual uns

têm mais poder que outros. Esta questão é fundamental, principalmente quanto

maior for a necessidade da vitima de manter o seu emprego. Assim o assédio

sexual no local de trabalho é “incomodar alguém numa perspectiva sexual” (Bravo

e Cassedy, 1992: 15) (tradução minha) no local de trabalho no qual quem comete

este assédio o faz contra a própria vontade da pessoa, ou seja ofende a liberdade e

a liberdade sexual da vítima.

O assédio sexual no trabalho constitui, assim, uma forma de

descriminação baseada no sexo, na medida que envolve

comportamentos indesejados e deles são alvos consequentes

atentatórios da sua dignidade e liberdade. Uma vez que estes se


8

caracterizam pela conotação sexual, e que esta dimensão

comportamental não só é relevante no contexto do trabalho, como é

particularmente vulnerável aos juízos morais, as situações de assédio

são frequentemente suportadas passivamente, tornando-se difícil

apreender a sua verdadeira extensão e realidade do mundo de

trabalho. (Ministério do Emprego e Segurança Social, 1994: 5)

O assédio sexual no mercado de trabalho é um problema grave que afecta

mulheres e homens. No entanto este afecta em maior numero mulheres

Estamos na presença de um conceito recente, que vem de uma mudança na

sociedade. Essa mudança esta sobretudo ligada à entrada da mulher no mercado de

trabalho, nomeadamente com as representações sociais da mulher.

Os conteúdos consensuais destas representações orientam, por outro

lado, as explicações do senso comum sobre as posições sociais dos dois

sexos e as explicações do comportamento dos indivíduos de ambos os

sexos. Assim a discriminação da mulher no local de trabalho é como

que justificada pela sua função tradicional de mãe e de esposa e pelas

competências, irrelevantes no mundo do trabalho. (Ministério do

Emprego e Segurança Social, 1994: 8)

Esta mentalidade, por vezes, leva a que quem partilha esta visão sobre a

mulher a culpabilize e esteja do lado do agressor, ou seja, por vezes a vitima ainda

é vista como culpada, como sendo ela a própria razão de sofrer assédio.

As dificuldades de denúncia estão sempre ligadas ou à vergonha, ou ao medo

de represálias por parte dos outros,

As finalidades de quem assedia são sempre de fins sexuais, e é preciso

destacar que muitas das vezes esses favores sexuais são como uma moeda de troca


9

de uma promoção na carreira, no qual a vítima sofre chantagem, e que se não o

fizer, não será promovida.


10

2.1.4. Características gerais do assédio sexual

“Eles (autores do assédio) são frequentemente homens entre os 30 e 50 anos,

casados, que usam a sua posição para escolher a vítima.” (Debout e Larouse, 2003:

121) Os autores do assédio usam a sua reputação e mostra-nos a importância dela

e da posição social que o agressor tem. O agressor pode utilizar a sua posição para

ameaçar a vítima, criando-lhe medo e consequentemente o seu silêncio.

Devido à reputação, os autores deste crime mantêm as vítimas em silêncio,

pois estas poderiam denegrir facilmente a sua imagem, tornando-os mal vistos na

sociedade. Como o que um assediador pretende é favores sexuais, ele usa diversos

métodos para os atingir. Todos os métodos que possam ser usados estão sempre a

ser usados para manter uma grande pressão sobre a vítima. O poder torna-se uma

arma poderosa.

Os três métodos de assédio são:

• Verbal

• Não verbal

• Físico

A maior parte dos comportamentos são verbais, estes podem ser convites ou

comentários com conteúdo pornográfico. Não tão frequentemente se encontram

comportamentos não verbais, porém eles podem ser considerados, estes são

marcados sobretudo por pequenos gestos que o agressor tem para a vítima. Por

último temos o contacto físico, no qual o agressor entra em contacto com a vítima

fisicamente sem o seu consentimento.


11

2.1.5. Consequências e efeitos do assédio sexual

2.1.5.1. Efeitos Psicológicos

Tal como no assédio moral, as vítimas de assédio sexual correm o risco de

depressão, principalmente devidas a todas as reacções emocionais que são vitimas.

“Sofrer de assédio já é mau que chegue. Mas as vítimas ainda têm que lidar com a

ignorância da sociedade” (Bravo e Cassedy, 1992: 41) (tradução minha).

Os efeitos psicológicos na vítima são:

• Auto-culpa por parte da vítima;

• Auto-negação;

• Stress;

• Humilhação;

• Perda do interesse pelo trabalho;

• Perda de confiança;

• Raiva;

• Depressão;

A auto-culpa resulta da aceitação do assédio por parte da vítima, já que esta

atribui as responsabilidades a si mesma para o que lhe está a acontecer, e a partir

daí a situação começa a degradar-se. A humilhação (palavra frequentemente dita

por quem foi vitima de assédio para descrever o que sente/sentiu) provoca uma

subvalorização da pessoa, nomeadamente nas suas qualidades, já que esta vai

achar que não faz o seu trabalho da melhor maneira e vai encarar o que lhe está a

acontecer como um castigo. Associado a isto vem a perda do interesse pelo seu

trabalho, até mesmo nas pessoas que estão a trabalhar no que mais gostam.


12

Os efeitos nocivos são tantos que as vítimas perdem por completo o interesse no

que fazem.

Quando a pessoa perde o interesse no seu trabalho, e tem sentimentos de

raiva ao assediador, no qual pode ter até desejos da morte de quem lhe faz mal,

normalmente o ambiente no trabalho fica hostil, e muitas dessas vezes acaba no

despedimento da pessoa, e caso não seja despedida ou até demitir-se, o assédio vai

mantendo-se.

A raiva que a vítima tem pode ter outro efeito, que é o de a levar a uma

depressão. A pessoa tem a raiva dentro de si, e por não a “deitar cá para fora” ela

vai-se acumular. Nessa acumulação segue-se os pensamentos de fraqueza por parte

da vítima, levando-a para uma situação de depressão. Esta depressão está

associada aos seguintes efeitos:

• Perda de apetite;

• Perda de peso;

• Perda de prazer e vontade sexual;

• Perda de energia e consequente aumento de fatiga;

• Sentimentos de culpa;

• Diminuição da capacidade de concentração;

• Pensamentos em suicídio;

O suicídio é o mais trágico desfecho para esta situação, nem sempre é

consumado, ou seja, muitas vezes são apenas pensamentos sobre a própria morte

que a pessoa tem, como se fosse a única forma de se libertar desta situação. Mas o

que mais aqui importa é o facto de as pessoas ponderarem a própria morte e terem

comportamentos suicidas.


13

2.1.5.2. Efeitos Físicos O stress tem efeitos directos na saúde do ser humano, e aqueles que foram

vítimas de assédio sofrem de alguns sintomas como:

• Dores de cabeça;

• Dores musculares nas costas;

• Náuseas;

• Distúrbios na alimentação;

• Insónias;

Por vezes as vítimas não associam estes problemas com o assédio que

sofrem, nomeadamente com o stress a que estão sujeitas. Mas maior parte destes

sintomas são efeitos do stress, da preocupação a que estão sujeitas.


14

2.1.5.3. Efeitos Económicos

Para além da questão emocional, as vítimas acabam por ter problemas

económicos graves. Muitas das vezes a pressão sobre a vítima é tanta que esta

abandona o trabalho. Se não o fizer continua a sofrer assédio, se o fizer perde o

seu rendimento, e em muitos casos é um problema grave. As vítimas perdem o seu

sustento, muitas das vezes ficam sem dinheiro para o seu sustento. E a partir daí os

seus problemas ainda se agravam mais.

Esta é uma questão fundamental, a dependência económica muitas vezes é o

motivo pelo qual a vítima se sujeita ao assédio. Se a vítima perde aquele trabalho,

perde o seu rendimento fixo, e a sua vida vai se agravar doutra forma.

É preciso ter em conta a nossa sociedade, e assim compreende-se a razão de

tal sacrifício. É aceitável a razão, mas não é aceitável a vítima ter que perder o seu

trabalho para se livrar de tais agressões.


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2.1.5.4. Efeitos na família

Não é só a vítima que sofre, também a sua família vai sofrer

indirectamente. Como sabemos, os efeitos psicológicos que a vítima tem são

permanentes, ou seja, não são exclusivos dentro do local trabalho. Estes afectam a

família mais directa, sobretudo as pessoas que partilham o mesmo lar com a

vítima.

Um dos efeitos psicológicos anteriormente referidos foi a raiva que a vitima ganha

ao assediador. Portanto podemos por a hipótese que nem sempre a vítima

descarrega no assediador, ou seja, essa raiva interiorizada vai ser descarregada nas

pessoas que estão mais próximas, como nos filhos, marido (no caso de mulher),

esposa (no caso de homem).

Visto desta perspectiva, esta questão leva a problemas gravíssimos no seio

da família já que destabiliza todos os seus membros. Podendo ser frequente a

descarga da irritação nos filhos, ou quando o cônjuge da vítima toma

conhecimento do que o seu parceiro está a sofrer, este toma pode tomar atitudes de

revolta contra o agressor.

Nas famílias mais tradicionais por vezes acontece outro problema, no qual a

vítima do sexo feminino é vista como a culpada do que lhe está a acontecer. No

fundo a razão disto é a mentalidade ainda retrógrada de décadas anteriores em que

o papel da mulher era desvalorizado no mercado de trabalho.


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2.1.6. Dificuldades na denúncia

Esta é uma questão fundamental para se perceber o porquê deste problema

ser ainda grave. Muitas das vítimas estão em silêncio, o medo de perder o emprego

muitas das vezes torna-se mais importante que se dar ao luxo de perder o seu

rendimento.

Outro aspecto que dificulta é a ignorância das leis, mas acaba por ser irónico

já que os assediadores na sua maioria também desconhece as leis que tornam este

comportamento ilegal e punível na lei. Pesquisei brevemente no código penal de

Portugal, e vi vários pontos em relação ao assédio sexual, sendo visto como um

crime contra a liberdade sexual da pessoa.

“Muitas das vítimas de assédio sexual estão embaraçadas e confusas com as

suas experiencias. Mesmo quando o assédio é inegável, (…) acreditam que estão a

exagerar ou tem o próprio sentimento de culpa.” (Bravo e Cassedy, 1992: 53)

(tradução minha)

Para além destas dificuldades, a sociedade apresenta-se como um medo para

a vítima, nomeadamente no medo de ser apontada na rua por parte das outras

pessoas, ou que façam julgamentos morais desta.

Ellen Bravo e Ellen Cassedy (1992), distinguiram quatro tipos de medo da

vítima:

• Medo de ninguém acreditar;

• Medo da humilhação;

• Medo de ostracismo2;

• Medo de prejudicar a carreira e/ou perder o trabalho;

2 Ostracismo significa ser condenado ao exílio. É usado neste caso como “ ser posto de parte”.


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Os medos são barreiras enormes na denúncia. Para além da vítima correr o

risco de ninguém acreditar na sua palavra ainda corre o risco de ser posta de parte

na sociedade, acabando por humilhar por completo a pessoa. Por último voltamos

ao aspecto financeiro, o medo de perder o trabalho. “Algumas vítimas foram

despedidas por denunciar, enquanto os assediadores continuam normalmente no

seu trabalho” (Ellen Bravo e Ellen Cassedy, 1992: 59) (tradução minha). O que

demonstra a injustiça perante tal situação, levando a vitima ao sentimento de

injustiça.

No entanto é essencial combater estes medos, estas inseguranças, para poder

minimizar ao máximo este problema social.


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2.1.7. O que fazer em caso de assédio sexual?

Este é o aspecto que quero focar mais neste trabalho académico. Ao longo

das minhas pesquisas fui confrontado com inúmeras barreiras que impossibilitam a

denúncia deste problema. Penso que este seja a questão essencial, a questão de

como ultrapassar as barreiras. Concluí que algumas das barreiras são quase

impossíveis de combater, nomeadamente a mentalidade das pessoas. No entanto

existe muitas pequenas acções que se podem fazer para minimizar este problema,

mesmo que não nos afecte a nós directamente. Então queria destacar a importância

que cada um pode ter e o que se pode fazer.

2.1.7.1. No caso de acontecer a si

Quando se é confrontado com este problema é fundamental manter a calma e

estabilidade emocional. Caso existam problemas em ter esta estabilidade é

necessário procurar ajuda. Uma boa ajuda pode ser prestada por um amigo com

que se tem confiança.

Nunca se deve isolar, acima de tudo deve ganhar confiança e não ter medo. O

isolamento pode tornar mais vulnerável a sua condição, nomeadamente tornar a

vítima num alvo fácil e isolado. A confiança é fundamental, sobretudo para dizer

não à situação quando confrontado pelo assediador, assim a vítima deve-se opor

sem medo ao comportamento do agressor.

A vítima deve ser tentar ao máximo registar com precisão o que lhe

aconteceu, e se necessário pedir ajuda aos seus colegas, já que estes podem ser

importantes para apresentar queixa. Por último deve fazer queixa aos superiores


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dentro da empresa, e também as autoridades para que elas façam cumprir a lei, e

sobretudo nunca deve-se sentir culpada por o que está a acontecer.

2.1.7.2. No caso de acontecer a um colega no trabalho

Antes de tudo, é necessário estar com muita atenção no local de trabalho para

ter a percepção deste problema. Deve-se estar sempre vigilante ao que rodeia,

embora possa ser uma tarefa árdua, no entanto não deve ser desprezada, porque

nunca se sabe se um dia pode acontecer a quem não espera e aí também ficaria

grato pela ajuda. Deve-se tomar esta ajuda como um dever cívico, e acima de tudo

deve-se procurar ajudar a vítima, denunciando ou sendo testemunha desta para que

seja mais fácil provar a agressão, ou simplesmente escutar a vítima e estar sempre

pronto a ajudar.


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4. Discrição detalhada da pesquisa

A primeira tarefa deste trabalho académico foi a selecção do tema de partida,

para depois se realizar uma delimitação desse tema. O tema escolhido foi “Assédio

sexual/moral no local de trabalho”. O que me motivou a seleccionar este tema foi a

sua própria problemática, a sua importância na sociedade, visto que somos uma

sociedade industrial, no qual um emprego é essencial à sobrevivência de milhões

de pessoas no mundo, e também devido a alguma curiosidade/desconhecimento

sobre o tema, já que ao trabalhar sobre o tema irei obter mais conhecimentos sobre

o mesmo.

Após a selecção do tema, é necessário realizar uma delimitação do mesmo.

Esta etapa é importante, visto que vai influenciar todas as futuras pesquisas e o

sucesso deste trabalho académico. Assim, usando as novas tecnologias de

informação, recorri à internet para obter mais conhecimento dentro do tema.

Através do motor de pesquisa Google efectuei uma pesquisa simples, no qual usei

as seguintes palavras-chave: Assédio sexual, e Assédio moral. Através da pesquisa

da primeira palavra-chave, decidi consultar a Wikipédia, porém a página em

português continha pouca informação e não continha quaisquer referências de

onde foram retiradas as informações, e para contornar este obstáculo, decidi mudar

o idioma para inglês. Ao mudar o idioma, a quantidade de informação aumentou, e

as informações já continham referências sobre o seu conteúdo, assim, confere a

estas informações um maior rigor e uma maior credibilidade. Na pesquisa da

segunda palavra-chave, usei exactamente o mesmo processo utilizado na primeira,

porém, a informação em português aparentava ser duvidosa (na própria página da

Wikipédia alertava a situação) e então voltei a mudar o idioma para inglês. Desta


21

vez não obtive o mesmo sucesso alcançado que tivera na procura da primeira

palavra-chave. Após esta situação voltei ao Google e numa pesquisa simples voltei

a usar como palavra-chave: Assédio moral. Dos resultados encontrados destaco o

endereço http://www.assediomoral.org/. Este endereço electrónico contém

bastante informação sobre o tema, e é reconhecido como um dos “melhores sítios

de Direitos Humanos em língua portuguesa” pela Rede de Direitos Humanos; isto

confere à sua informação credibilidade.

Esta primeira recolha de informação teve como objectivo um melhor

conhecimento sobre o tema, para que eu possa ter um maior conhecimento sobre o

mesmo, e assim poder delimitar o que pretendo fazer. Para já, vou tomar como

certas estas informações que recolhi (fazendo cópia da página) para mais tarde

poder confrontar estas informações.

Após a leitura do que recolhi, decidi delimitar o tema. Neste trabalho

académico para além de explicar o que é o assédio sexual e moral, vou focar a sua

prevenção, nomeadamente leis e acções que foram criadas para o combate deste

problema social.

Depois de saber precisamente que informações recolher para a pesquisa, abri

o dicionário de língua Portuguesa para recolher definições de: Assédio, Sexual e

Moral. Embora aparentemente esta parte da pesquisa nem contribua directamente

com informação para o trabalho, eu decidi realizá-la para compreender o

significado de cada palavra. Logo de seguida abri o motor de pesquisa Google. A

minha primeira procura foi: "o que é assédio sexual". Usei esta pesquisa booleana

(com as aspas) porque pretendia que o Google me encontrasse resultados de

páginas que tivessem exactamente a expressão que eu coloquei a pesquisar. Dos

resultados que me apareceram, cliquei no endereço:


22

http://recantodasletras.uol.com.br/textosjuridicos/17032, e através da leitura do

texto, tinha um link que me reencaminhava para a seguinte url:

www.assediosexual.blogspot.com, no qual encontrei a definição de assédio sexual,

informação sobre as vitimas e agressores de assédio sexual, os vários tipos de

assédio (verbal, físico e visual), sobre o seu processo e a sua prevenção. Embora

tenha encontrado muita informação, sabia que teria de a confrontar com outras

fontes para obter rigor científico no que recolhi. Assim sendo, decidi confrontar

estas informações com as que recolhi na minha primeira pesquisa. Logo de partida

pude concluir que se trata de informações em português do Brasil, logo, tenho que

ter em atenção que falam na realidade daquele país, porém o conceito não diverge

da realidade em Portugal.

Visto que o meu trabalho é mais focado nas acções promovidas para

combater o assédio, achei importante pesquisar o que estava no código penal,

então no motor de pesquisa Google e escrevi: código penal abuso sexual no

trabalho. Encontrei em http://www.legix.pt/docs/CP.pdf informação contra crimes

contra a liberdade sexual, e esta informação achei bastante importante. Continuei a

minha pesquisa em dos efeitos causados pelas agressões, pesquisando por “assedio

no trabalho consequências vitima”, não usei o operador booleano “+” porque o

Google já o utiliza por omissão. Nos resultados obtidos destaco

http://www.ensp.unl.pt/lgraca/textos188.html. Neste endereço encontrei para além

da informação que pretendia, ainda mais informação que pessoalmente creio que

vai enriquecer o trabalho, nomeadamente para comparar com as fontes recolhidas

ate agora.

O próximo passo é usar o catálogo online da Faculdade de Economia da

Universidade de Coimbra (FEUC) para pesquisar sobre o tema em livros. Com a


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informação que encontrar em livros vou sobretudo a confrontar com o que

encontrei na internet. Então no catálogo da FEUC pesquisei pela palavra assédio.

E fui buscar os livros encontrados. E desses escolhi três. Depois utilizei o catálogo

do Centro de Estudos Sociais (CES), e neste apareceu-me um livro que me

pareceu ser bastante útil. Então foi até ao CES para ter acesso a ele.

Por último queria um artigo de uma revista científica sobre o tema, então no

Google, escrevi “assédio +sexual +moral (revista ciências sociais) ” e nos

primeiros resultados apareceu-me um artigo (do Brasil) interessante.

Terminada a recolha de informação, dediquei-me à sua leitura. Após a

leitura, preferi dar mais importância às fontes impressas, no entanto a internet foi

importante neste trabalho.


24

4. Avaliação da página da internet

www.apav.pt/portal

Seleccionei esta página essencialmente porque neste trabalho académico me

foco na questão do apoio a vítima. Embora a instituição APAV (Associação

Portuguesa de Apoio à Vitima) não seja especificamente para vítimas de assédio

sexual e moral no mercado de trabalho, eu escolhi-o porque este destina-se a

ajudar vítimas de todas as causas. Este sítio não se destina apenas às vítimas,

também contém informação sobre a APAV, contém informação específica para

vítimas, contém legislação, estatísticas e até mesmo uma secção sobre

voluntariado.

Como é uma associação portuguesa, o sítio encontra-se totalmente em

português, e penso que é necessário destacar que recebeu o Prémio Direitos

Humanos da Assembleia da República de 2002, o que demonstra a sua fiabilidade

e reconhecimento a nível nacional.

De autoria institucional, este sítio é actualizado frequentemente, sobretudo na

página principal do sítio, com notícias e novidades da instituição. Tem o número

telefónico de apoio bem destacado, o que é bastante útil, porém deparei-me que a

chamada tem custos, creio que devia ser gratuita, já que se trata de um apoio

bastante útil.

O endereço URL é simples, e também é fácil de encontrar esta página num

motor de pesquisa. Em relação à pesquisa, o sítio tem um próprio motor de

pesquisa interno, o que facilita quem o consulta.

Não encontrei qualquer falha nas hiperligações do sítio, e estas são de fácil

acesso, podem ser encontradas no lado esquerdo da página. No entanto penso que


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tem hiperligações em demasia numa só página. Mas em compensação, o sítio não

contem qualquer tipo de publicidade, o que é de sublinhar.

A linguagem usada é acessível a qualquer pessoa que saiba ler e escrever,

penso que usa linguagem simples, e a informação é objectiva, não existe qualquer

tipo de persuasão ao leitor. Penso que a sua importância é ajudar, logo, quanto

maior o número de pessoas que consiga ajudar, maior será o seu sucesso.

Em relação ao seu grafismo, penso que está adequado. É simples, usa pouca

variedade de cores, sendo um fundo claro com o texto escrito a preto, o que é

óptimo para a leitura.

O sítio usa algumas imagens, no entanto acho que estas não o prejudicam em

nada, até pelo contrário, torna-o mais apelativo visualmente. O único ponto

negativo que encontro é em relação à impressão da página. Já que esta contem

duas colunas com ligações nos dois lados, ou seja, se quisermos imprimir

directamente através do nosso browser, corre o risco ou de cortar informação, ou

de reduzir as letras ao ponto de ser ilegível.

Como logo de inicio o disse, este sítio não é específico para o tema do meu

trabalho académico, ou seja, não teve grande impacto como uma fonte de

informação, no entanto, quero-o destacar pela sua importância para a ajuda neste

problema.


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5. Ficha de leitura

Título da publicação: Assédio Moral e assédio sexual nas organizações: Duas

faces do abuso de poder

Autor(es): Leila Scanfone; Armindo dos Santos de Sousa Teodósio

Local onde se encontra: http://www.convibra.com.br/pdf/122.pdf

Data de publicação: Não disponível

Nº de páginas: 13

Assunto: Assédio sexual e moral no trabalho

Palavras-chave: Assédio Moral, Assédio Sexual, Trabalho, Abuso de Poder,

Relações interpessoais, Organizações.

Data de leitura: Dezembro 2008

Observações: Nenhuma a acrescentar

Notas sobre os autores:

Leila Scanfone é graduada em administração. E exerce o cargo de Pontifícia na

Universidade Católica de Minas Gerais do Brasil.

Armindo dos Santos de Sousa Teodósio é mestre em ciências sociais e é professor

do curso de administração na PUC Betim, Brasil.


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Resumo

Este texto encaixa o assédio moral e sexual no contexto do trabalho e toma-o

como um problema social. Para além de dar as definições dos dois assédios, neste

podemos encontrar a relação entre indivíduo, trabalho e as organizações, cuja

importância do indivíduo é muito valorizada. O texto mostra-nos a forma como se

pode encarar o assédio em perspectivas de diferentes culturas. Para além disso, o

texto fala-nos a que níveis dentro de uma organização o assédio pode afectar, e

medidas/atitudes que se devem tomar para o combater.

Estrutura

A introdução do texto começa com a referência de alguns problemas no

trabalho e depois é apresentado o assédio como um problema que não é assim tão

recente, mas sim que actualmente ganha alguma importância, já que passou de

pouco discutida para um problema que tem vindo a ganhar leis novas para o seu

combate progressivo. Depois os autores mencionam a entrada da mulher no

mercado de trabalho, já que este acontecimento deu de certa forma alguma

sensualidade no meio de trabalho.

O primeiro ponto abordado neste trabalho, intitulado de “Indivíduo, trabalho

e organizações” descreve a importância do trabalho como socialização dos

indivíduos, desta maneira, atribui um papel importante das organizações sobre os

indivíduos. Porém, estabelece uma relação recíproca, já que o indivíduo é uma

“ferramenta” essencial numa empresa. Sobre esta questão da ferramenta, o texto

aborda um assunto no qual concordo, que é a forma como se olha para os

trabalhadores. Por vezes, os trabalhadores são apenas vistos como um instrumento

que só tem uma utilidade na empresa. Porém é necessário olhar para estes de uma


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forma mais humana, porque são todos seres humanos, que estabelecem relações

entre si. E aqui entra o assédio sexual e moral. Este é visto como uma falta de

dignidade humana nas relações interpessoais dos indivíduos nas organizações

empresariais.

O próximo ponto, chamado “Assédio Moral”, penso que os autores tentaram

explicar no que consiste o assédio, e dá o exemplo dos primeiros trabalhos feitos

sobre o assunto, conferindo assim a consciencialização deste problema. Nesses

trabalhos foram mostrados os efeitos que vinham da vítima, sobretudo a nível

psicológico.

A partir daí, os problemas psicológicos foram associados a depressões, a

baixas de produções. Foi aí que se viu o impacto não só na vítima, mas também na

empresa que este problema tem. Outro ponto focado, é a banalização que este

problema tem por parte da sociedade.

Depois temos um ponto que fala unicamente do assédio sexual. Este, no meu

ponto de vista, tem as mesmas características do ponto anterior, já que no fundo dá

explicações sobre o assédio sexual, no entanto abre outra perspectiva, com dois

pontos sobre a cultura. Creio que este seja um ponto interessante, já que pode de

uma forma sociológica, explicar alguns dos problemas, nomeadamente para uma

melhor percepção de como a sociedade aceita desta forma acrítica este problema.

Por último encontramos o ponto “A administração a ser buscada”, Aqui é nos

mostrado que o risco de o assédio acontecer nos cargos mais altos da empresa é

real. Assim, o texto segue-se de algumas medidas para minimizar este problema,

que pessoalmente penso serem interessantes.


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O poder é, neste caso, uma arma poderosa, que pode ser usado de forma

abusiva de forma negativa, porém, a solução pode estar no uso desse mesmo

poder, mas para resolver este problema.

Considerações finais

Este texto teve alguma importância neste trabalho, porém, creio que este

texto tem muitas citações. Sei que um bom trabalho necessita de citações, porém,

creio que quando em excesso fica a parecer uma compilação de opiniões e não um

texto com ideias de quem escreve.


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6. Conclusão

Neste trabalho académico apercebi-me o quanto grave é este problema

sobretudo pelo silêncio que a vítima se sujeita. Penso que se tem de olhar para o

assédio moral e sexual nas empresas de outra forma, sobretudo quando se vê

situações em que a vítima denuncia e é despedida como se fosse a culpa dela. Ao

longo deste trabalho também me fui apercebendo que a mentalidade por vezes é

uma enorme entrave à resolução deste problema. Mas também sei que a

mentalidade de uma sociedade é algo que demora séculos a mudar, e isso podemos

ver na História. Porém, resta-nos olhar para o futuro com algum optimismo e

pensar que as gerações futuras não vão sofrer deste problema. A nós, resta-nos

agir. Agir é a palavra certa para este problema. Se todos nós, minimamente,

fizéssemos algo para ajudar, certamente que se ia minimizar o sofrimento das

vítimas, e estar preparado para esta situação, visto que este problema pode atacar a

todos. Embora eu tenha destacado o assédio nas mulheres, este também afecta os

homens, não tanto, mas é uma realidade. Tenho a noção que falei pouco do assédio

moral, dei mais destaque ao assédio sexual, pois, pessoalmente foi este que me

interessou mais. Sobretudo em saber o que sente a vitima e as suas consequências.

Pessoalmente gostei de fazer este trabalho, gostei de saber mais sobre este

tema, já que quando comecei as minhas pesquisas sabia muito menos dele. Penso

que foi bastante útil o que se aprendeu nas aulas, sobretudo os modelos para citar,

e espero os ter aplicado com sucesso neste trabalho académico.


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5. Referências bibliográficas

1. Fontes impressas:

Bravo, Ellen e Cassedy, Ellen (1992), The 9 to 5 Guide to Cambating Sexual

Harassement: Candid Advice from 9 to 5, the National Association of working

woman. E.U.A: John Wiley & Sons, inc.

Debout, Michel e Larouse, Christian (2003), Violences au travail: Agressions,

Harcèlements, Plans sociaux. Paris: Editions de l'Atelier.

Ministério do Emprego e Segurança Social (1994), Assédio sexual no mercado de

trabalho, Comissão para a igualdade no trabalho e no emprego da Segurança

Social. Amadora: Centro de Investigação e Estudos de Sociologia do ISCTE

2.Internet:

Nascimento, Sónia (2004), “O Assédio Moral no ambiente de trabalho”. Página

consultada a 19 de Dezembro de 2008. Disponível em:

http://www.jbdata.com.br/mat-sonia1.html

Scanfone, Leila e Teodósio, Armindo dos Santos de Sousa (s.d.), “Assédio Moral

e assédio sexual nas organizações: Duas faces do abuso de poder”. Página

consultada a 23 de Dezembro de 2008. Disponível em:

http://www.convibra.com.br/pdf/122.pdf

Anexo A: Página da Internet


Anexo B: Texto de suporte da ficha de leitura (em anexo (pdf) no suporte informático)

trabalho de fontes de informação sociológica - fe.uc.pt · para manter esse trabalho retira-lhe...

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