trabalho de direito de familia

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Capítulo III DOS IMPEDIMENTOS Art. 1.521. Não podem casar: I – os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural ou civil; II – os afins em linha reta; III – o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotante; IV – os irmãos, unilaterais o bilaterais, e demais colaterais, até o terceiro grau inclusive; V – o adotado com o filho adotante VI- as pessoas casadas; VII – o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio contra o seu consorte. Dos impedimentos matrimoniais Para que o casamento seja válido e regular, alguns requisitos precisam ser observados. Eivado O Código Civil, em sua parte especial, em seu livro IV, Título I, Capítulos III e IV elenca requisitos para que o casamento possa acontecer, sendo válido, legítimo, regular e possa, de tal forma, produzir efeitos. Podemos concluir, pela leitura do Código que o objetivo do legislador foi de obstar uniões que atinjam a prole, a ordem moral ou pública, por simbolizarem um

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Page 1: Trabalho de Direito de Familia

Capítulo III

DOS IMPEDIMENTOS

Art. 1.521. Não podem casar:

I – os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural ou civil;

II – os afins em linha reta;

III – o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotante;

IV – os irmãos, unilaterais o bilaterais, e demais colaterais, até o terceiro grau inclusive;

V – o adotado com o filho adotante

VI- as pessoas casadas;

VII – o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio contra o seu consorte.

Dos impedimentos matrimoniais

Para que o casamento seja válido e regular, alguns requisitos precisam ser observados. Eivado

O Código Civil, em sua parte especial, em seu livro IV, Título I, Capítulos III e IV elenca requisitos para que o casamento possa acontecer, sendo válido, legítimo, regular e possa, de tal forma, produzir efeitos.

Podemos concluir, pela leitura do Código que o objetivo do legislador foi de obstar uniões que atinjam a prole, a ordem moral ou pública, por simbolizarem um prejuízo ao direito dos noivos ou aos de terceiros e em todo o círculo social.

Segundo Maria Helena Diniz, o impedimento matrimonial “é a ausência de requisitos para o casamento. Impede, portanto, a realização de casamento válido”.

Page 2: Trabalho de Direito de Familia

Sendo assim, se no matrimônio contraído estiverem presentes algum dos impedimentos elencados pelo Código Civil, tal união será eivada de nulidade, de tal forma que o impedimento será juridicamente ilegítimo.

Os impedimentos trazidos pelo Código Civil de 2002 são os chamados de “impedimentos dirimentes públicos ou absolutos”, pois envolvem matérias relacionadas à instituição familiar e à estabilidade social, podendo ser suscitado por qualquer interessado e pelo MP, representando este os interesses sociais como um todo.

Impedimento matrimonial por crime

CC/02, art. 1.521, VII

A partir do impedimentum criminis, não pode se casar o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio contra o seu consorte.

Tal impedimento tem fundamentação de ordem moral, pois, tal crime praticado contra um dos cônjuges, deveria causar repulsa no cônjuge sobrevivente, criando uma incompatibilidade cabal e plena em relação a pessoa que cometeu o delito. O legislador espera que sendo que o criminoso destruiu, em teoria, o lar e a família do cônjuge, este deva sentir aversão de plano em relação àquele.

É de suma importância ressaltar que tal impedimento apenas diz respeito ao homicídio doloso, pois em sua forma culposa, não há intenção de matar o próximo. A norma ainda postula que o facínora tenha sido condenado pelo crime de homicídio ou pela sua tentativa; entretanto, se houve absolvição ou prescrição do crime, subsequentemente teve sua punibilidade extinta, não configurando, desta forma, o impedimento matrimonial por crime.

Não obstante, graça, perdão ou anistia não tem a capacidade de fazer desaparecer esse impedimento.