aula 01 esqueletinho de direito de familia

22
Aula 01 Questões de revisão. 1) Como se encontra a família brasileira na legislação atual? R: (Artigo 226) que reconhece como família, aquela formada pelo casamento, pela união estável e ainda a formada por um dos ascendentes e seus descendentes (família monoparental) e a adoção. Existe discussão doutrinária a respeito da família formada por pessoas do mesmo sexo, a chamada famíliahomoafetiva. 2) Qual seria o conceito de família para o direito brasileiro atual? R: Conjunto de normas jurídicas que regulam as relações entre pessoas ligadas pelo vínculo da entidade familiar (casamento, união estável, adoção, família monoparental) e por parentesco (natural ou civil) e adoção. 3) O que se entende por esponsais? R: Esponsais ou promessa de casamento nada mais é do que ato preparatório para constituição de família. Não tem obrigatoriedade jurídica. Não faz parte das entidades familiares. Ainda é ato anterior à formação da família. 4) Quais os requisitos para a caracterização dos esponsais? R: promessa feita pelos noivos; recusa de casamento; ausência de justificativa para a ruptura; ocorrência de dano.

Upload: thammylssl

Post on 22-Dec-2015

16 views

Category:

Documents


4 download

DESCRIPTION

QUESTOES DE DIREITO DE FAMILIA DP/ADAP FMU

TRANSCRIPT

Page 1: Aula 01 Esqueletinho de Direito de Familia

Aula 01

Questões de revisão.

1)     Como se encontra a família brasileira na legislação atual?

R: (Artigo 226) que reconhece como família, aquela formada pelo

casamento, pela união estável e ainda a formada por um dos

ascendentes e seus descendentes (família monoparental) e a adoção.

Existe discussão doutrinária a respeito da família formada por pessoas

do mesmo sexo, a chamada famíliahomoafetiva.

2)     Qual seria o conceito de família para o direito brasileiro atual?

R: Conjunto de normas jurídicas que regulam as relações entre pessoas

ligadas pelo vínculo da entidade familiar (casamento, união estável,

adoção, família monoparental) e por parentesco (natural ou civil) e

adoção.

3)     O que se entende por esponsais?

R: Esponsais ou promessa de casamento nada mais é do que

     ato preparatório para constituição de família. Não tem obrigatoriedade

jurídica. Não faz parte das entidades familiares. Ainda é ato anterior à

formação da família.

4)     Quais os requisitos para a caracterização dos esponsais?

R: promessa feita pelos noivos; recusa de casamento; ausência de

justificativa para a ruptura; ocorrência de dano.

 

Page 2: Aula 01 Esqueletinho de Direito de Familia

AULA 02

1)     Quais as formas de parentesco admitidas pelo direito brasileiro?

R:  Formas de parentesco: natural e civil (adoção e afinidade).

Parentesco natural ou consangüíneo: linha reta e linha colateral (pessoas

ligadas pelo mesmo tronco ancestral).

Linha reta: vínculo de ascendência e descendência (art. 1591 CC) Essa linha

é infinita e não se dissolve com a ruptura do casamento ou da união

estável.

 Linha colateral: as pessoas não descendem entre si, mas procedem de um

mesmo tronco ancestral (art. 1592 CC) Essa linha vai até o 4º grau e se

dissolve com a ruptura do casamento ou da união estável.

Grau: distância de gerações é a medida de distância entre os

parentes.

g)     Parentesco civil por afinidade: criado por lei e decorre

do casamento ou da união estável (art. 1595 CC). Limita-

se a linha reta (ascendentes e descendentes) e colateral

até segundo grau (irmãos). Nomenclatura específica:

1)ascendentes: sogro e sogra; padrasto e madrasta. 2)

descendentes: nora, genro, enteada e enteado. 3)

colaterais: cunhados.

h)     Parentesco civil por adoção: igualdade de tratamento

com os filhos naturais. (art. 1626 CC)

2)     Qual o efeito da afinidade?

R: Os efeitos da afinidade não passam, normalmente, na linha colateral, do

segundo grau. Assim, não havendo direitos sucessórios entre os afins, a

obrigação de alimentos está limitada, em certos termos, ao padrasto ou

madrasta (art. 2009º/1-f). Por força dos arts. 1981º/1 e 1952º/1, a

obrigação de exercer a tutela ou fazer parte do conselho de família pode

recair sobre os afins. A afinidade em linha recta é impedimento

dirimente à celebração do casamento (art. 1602º-c CC), etc.

3)     Qual o grau de parentesco entre irmãos?

R: irmãos: colateral segundo grau.

4)     Qual o grau de parentesco entre primos?

Page 3: Aula 01 Esqueletinho de Direito de Familia

R: primos: colaterais de quarto grau;

AULA 03

1)     Quando se aplica a presunção de paternidade no direito brasileiro?

R: Nascidos 180 dias, pelo menos, depois de estabelecida a convivência conjugal;

Nascidos nos 300 dias subsequentes à dissolução da sociedade conjugal, seja por

morte, separação, nulidade ou anulação de casamento. O artigo 1528 complementa

este inciso informando que se a mulher contrair novas núpcias e lhe nascer algum

filho, salvo prova em contrário, este se presume do primeiro marido, se nascido

dentro dos trezentos dias a contar da data do falecimento deste e, do segundo, se o

nascimento ocorrer após esse período e já decorrido o prazo.

2)     O que se entende por Filiação homologa e heterologa (art, 1597 CC)?

R: FILIAÇÃO HOMOLOGA: homóloga quando a fecundação se der entre gametas provenientes

de um casal que assumirá a paternidade e a maternidade da criança.

FILIAÇÃO HETEROLOGA : heteróloga, quando o espermatozóide ou o óvulo utilizado

nafecundação, ou até mesmo ambos, são provenientes de terceiros que não aqueles que

serão os pais socioafetivos da criança gerada.

3)     Quando será possível a utilização da Ação de Prova de Filiação?

R: quando não se tem  o registro de nascimento para provar o

reconhecimento da paternidade ou maternidade (art. 1605 e 1606 CC). Tem

legitimidade ativa apenas o filho ou seus herdeiros se este morreu menor ou

incapaz.

 

4)     Quando poderá ocorrer o reconhecimento voluntário de filhos?

R: (art. 1609 + 1613 CC). Pode preceder ao nascimento do filho ou ser  posterior

ao seu falecimento (apenas se tiver deixado descendentes).

Page 4: Aula 01 Esqueletinho de Direito de Familia

AULA 05 1)     Quais pessoas são sujeitos do poder familiar?

R:  Sujeito ativo: pais casados ou não (art. 1631 NCC). No caso de divergência entre eles:

decisão por parte da autoridade judiciária (art. 1631 p. único). A separação e o divórcio dos

pais não alteram o direito, mas interfere no exercício do poder familiar, uma vez que pode

acontecer de um dos pais ter a guarda e o outro o direito de visitas (com obrigatoriedade

de fiscalização do exercício da guarda) art. 1632 NCC.

    Sujeito passivo: filhos menores e não emancipados (art. 1630 NCC).

2)     Quando se fala em extinção e suspensão do poder familiar?

R:  extinção do poder familiar dá-se por fatos naturais, de pleno direito ou

por decisão judicial.

Dispõe o artigo 1.635 do Código Civil:

Art. 1.635. Extingue-se o poder familiar:

I - pela morte dos pais ou do filho;

II - pela emancipação, nos termos do art. 5º, parágrafo único;

III - pela maioridade;

IV - pela adoção;

V - por decisão judicial, na forma do artigo 1.638.

Art. 1.637. Se o pai, ou a mãe, abusar de sua autoridade, faltando aos

deveres a eles inerentes ou arruinando os bens dos filhos, cabe ao

juiz, requerendo algum parente, ou o Ministério Público, adotar a

medida que lhe pareça reclamada pela segurança do menor e seus

haveres, até suspendendo o poder familiar, quando convenha.

Page 5: Aula 01 Esqueletinho de Direito de Familia

Parágrafo único - Suspende-se igualmente o exercício do poder

familiar ao pai ou à mãe condenados por sentença irrecorrível, em

virtude de crime cuja pena exceda a dois anos de prisão.

A suspensão é temporária, perdurando somente até quando se

mostre necessária. Cessada a causa que a motivou, volta a mãe, ou o

pai, temporariamente impedido, a exercer o poder familiar, pois a sua

modificação ou suspensão deixa intacto o direito como tal, excluindo

apenas o exercício.

3)     Quando aplica-se a guarda?

R: Guarda individual = decidida de forma consensual ou litigiosa. (neste

caso, um dos genitores tem a guarda e o outro o direito de visitas)

Guarda compartilhada = decidida de forma consensual ou litigiosa

(neste caso os dois genitores exercem conjuntamente o Poder

Familiar).

 

4)     Como se estabelece a responsabilidade dos pais pelos atos dos filhos

menores?

1. R: Os pais que têm filho que causam dano a terceiros não podem

alegar que o criou bem, culpa in vigilando. A responsabilidade dos

pais é objetiva – Teoria da Substituição: os pais substituem os filhos,

o tutor substitui o tutelado e o curador, o curatelado.

2. A responsabilidade civil encontra limite no patrimônio mínimo. É

um limite humanitário da responsabilidade civil.

Se os pais não tiverem patrimônio suficiente para reparar o dano, mas o incapaz tem, este responderá, civilmente, por equidade (art. 928 do CC). Haverá um litisconsórcio sucessivo. O Código Civil pretende reparar o dano causado pelo incapaz. A reparação será subsidiária e mitigada. Subsidiária: o incapaz só responderá se os pais não tiverem condições de pagar em favor da vítima. Mitigada: o juiz utiliza da equidade e poderá diminuir o valor a ser pagão pelo menor (prestigiando o princípio da proporcionalidade), art. 928 doCC,

Page 6: Aula 01 Esqueletinho de Direito de Familia

AULA 04

1)     De que forma poderá ocorrer o reconhecimento voluntário de

paternidade de filhos tidos fora do casamento?

R: registro do nascimento; por escritura pública ou escrito particular, a ser

arquivado na serventia; por testamento, ainda que incidentalmente

manifestado; ou por manifestação direta e expressa perante o juiz, ainda

que o reconhecimento não haja sido o objeto único e principal do ato que o

contém (artigo 1.609).Aliás, o reconhecimento pode preceder o nascimento

do filho ou ser posterior ao seu falecimento, se ele deixar descendentes. 

O reconhecimento de um filho havido fora do casamento geralmente é

formalizado no ato de registro do nascimento perante o Oficial de Registro

Civil das Pessoas Naturais. E, uma vez registrado o nascimento, cessa a

competência do registrador civil para receber manifestação de vontade do

genitor nesse sentido. 

2)     O reconhecimento voluntário de filhos tidos fora do casamento poderá

ser revogado ou anulado?

R: O reconhecimento voluntário é irrevogável e não pode ter condição

ou termo, mas poderá ser anulado (art. 1610, 1613 e 1604 CC).

 3)     Quem tem a legitimidade ativa para requerer a ação de investigação de

paternidade?

R:  pode ser intentada pelo suposto filho (e no caso de averiguação oficiosa

de paternidade também caberá ao Ministério Público) contra o suposto pai

e se o suposto pai já for falecido, contra seus herdeiros.

4)     Existe presunção de reconhecimento de filiação?

R:

Page 7: Aula 01 Esqueletinho de Direito de Familia

AULA 061)     Quais os requisitos da adoção de menores?

R: a)     idade do adotante

b)     idade do adotado

c)      estado civil

d)     diferença de idade entre adotante e adotado

e)     Cadastro Nacional de adotantes e de menores prontos para a adoção

f)      consentimento do adotado e pais ou representante do adotado quando

conhecidos.

g)     Procedimento judicial

h)     Prazo de permanência de um menor em um abrigo (dois anos)

i)        Estado de convivência (art. 46 ECA)

j)       Estabilidade familiar

k)     Decretação da perda do poder familiar (quando for o caso) dentro do prazo

fixado em lei

2)     Quais os efeitos da adoção de menores?

R: a)     atribui a condição de filho

b)     rompe os laços com a família originária (sem romper, entretanto com

os impedimentos matrimoniais)

c)      a morte dos adotantes não restabelece o vínculo com a  família de

origem.

d)     Inclusão do sobrenome do adotante e alteração do nome quando

menor e determinada em juízo.

e)     Gera relação de parentesco com toda a família do adotante.

f)      É irrevogável, mas pode sofrer anulação.

 3)     O Brasil admite a adoção internacional?

1. R: Adoção Internacional

Page 8: Aula 01 Esqueletinho de Direito de Familia

Art. 52 ECA

As Normas do CC não incidem na adoção internacional.

Lei 12.010 de 2009.

Decreto 3.087 de 1999 – Convenção Relativa à Proteção e Cooperação

Internacional em matéria de Adoção Internacional.

    

4)     E possível a adoção de um menor por um casal de pessoas do mesmo sexo?

R: Não há determinação legal para a possibilidade de adoção por pessoas do mesmo sexo

(questão tratada nos Tribunais por Jurisprudência).

Page 9: Aula 01 Esqueletinho de Direito de Familia

AULA 071)     Qual a regra para a capacidade civil?

R:

2)     Quais são as regras de condição de validade de um casamento civil?

R:  1) observância dos impedimentos matrimoniais; 2) observância das causas de

invalidade; 3) aptidão (capacidade) para contrair núpcias; 4) presença de

autoridade celebrante; 5) observância do procedimento de habilitação.

3)     Explique as causas da anulação de casamento, ressaltando a legitimidade

e o prazo para ação de anulação de casamento de acordo com a lei

brasileira.

R: de quem não completou a idade mínima para o casamento, do menor em

idade núbil , quando não autorizado por seu representante legal , por vicio de

vontade nos termos dos artigos 1556 e 1558, por imcompetencia da

autoridade celebrante. O PRAZO PARA ANULAÇÃO DE CASAMENTO É DE 180

DIAS APARTIR DA DATA DE CELEBRAÇÃO OU 2 ANOS SE IMCOMPETENTE A

AUTORIDADE CELEBRANTE E 4 ANOS SE HOUVER COAÇÃO E A LEGITIMIDADE É

DO CONJUGE QUE SOFREU ALGUMAS DAS IRREGULARIDADES JÁ DESCRITAS.

Page 10: Aula 01 Esqueletinho de Direito de Familia

4)     Explique a habilitação para celebração de casamento.

R: A HABILITAÇÃO PARA O CASAMENTO SERÁ FIRMADA POR AMBOS OS NUBENTES DE PRÓPRIO PUNHO OU A SEU PEDIDO POR PROCURADOR E DEVE SER INSTRUIDO COM OS SEGUINTES DOCUMENTOS: CERTIDÃO DE NASCIMENTO OU DOCUMENTO EQUIVALENTE, AUTORIZAÇÃO

POR ESCRITO DAS PESSOAS SOB CUJA A DEPENDENCIA LEGAL

ESTIVEREM , DECLARAÇÃO DE 2 TESTEMUNHAS OU MAIS, DECLARAÇÃO

DE ESTADO CIVIL , DO DOMICILIO OU RESIDENCIA ATUAL , DOS

CONTRAENTES E DE SEUS PAIS , SE FOREM CONHECIDOS , CERTIDÃO DE ÓBITO DO CONJUGE FALECIDO OU DE SENTENÇA DECLARATÓRIA DE NULIDADE OU DE ANULIDADE DE CASAMENTO.

ESTANDO TUDO EM ORDEM A DOCUMENTAÇÃ , O OFICIAL REGISTRADOR

EXTRAIRA UM EDITAL QUE SE AFIXARÁ DURANTE QUINZE DIAS NAS

CIRCUNSCRIÇÕES DO REGISTRO CIVIL DE AMBOS OS NUBENTES E SE

PUBLICARÁ EM DIARIO OFICIAL , SE HOUVER. CUMPRIDA AS

FORMALIDADES A EFICACIA DA HABILITAÇÃO SERA DE 90 DIAS A CONTAR

DA DATA EM QUE FOI EXTRAIDO O CERTIFICADO.

Page 11: Aula 01 Esqueletinho de Direito de Familia

AULA 08

1)     Qual a regra para a presença de testemunhas na celebração de

casamento civil?

R: DE ACORDO COM O ARTIGO 1534 C.C CAPUT E PARÁGRAFO 2 º :

SERÃO 4 TESTEMUNHAS NA HIPÓTESE DO PARÁGRAFO ANTERIOR E SE ALGUM DOS

CONTRAENTES NÃO SOUBER LER OU NÃO PUDER ESCREVER.

2)     Como é a regra da declaração de vontade na celebração de casamento?

R: conforme o artigo 1535 do c.c : presente os contraentes, juntamente com as

testemunhas e o oficial registrador o juiz do ato ira ouvir dos nubentes a

confirmação (declaração ) de que pretendem se casar de livre e espontânea

vontade e declarará efetuado e realizado o casamento.

3)     Em que momento se perfaz a celebração do casamento?

R: De acordo com o artigo 1533 C.C se perfaz no dia e hora designados previamente

pela autoridade que houver de presidir o ato, mediante petição dos contraentes,

que se mostrem habilitados com a certidão do artigo 1531 C.C que quando

verificada a inexistência de fato obstativo , o oficial do registro extrairá o certificado

de habilitação.

4)     Explique as formas de celebração especial de casamento.

R:  O artigo 1516, parágrafo 1º do Novo Código Civil disciplina que o “o

registro civil de casamento religioso deverá ser promovido dentro de

noventa dias de sua realização, mediante comunicação do

celebrante ao oficio competente, ou por iniciativa de qualquer

Page 12: Aula 01 Esqueletinho de Direito de Familia

interessado, desde que haja sido homologada previamente a

habilitação regulada neste Código. Após o referido prazo, o registro

dependerá de nova habilitação”.

O primeiro é no sentido de que os efeitos civis do casamento religioso

retroagem à data de sua realização, tanto se habilitação foi feita

anteriormente à celebração, quanto se foi ela realizada depois do

casamento, ainda que no primeiro caso tenha transcorrido o prazo

de 90 dias impostos pela lei. Nessa última hipótese deve ser

realizada nova habilitação.

O parágrafo 2º do mesmo artigo dispõe que “o casamento

religioso, celebrado sem as formalidades exigidas neste

Código, terá efeitos civis se, a requerimento do casal, for

registrado a qualquer tempo, no registro civil, mediante

prévia habilitação perante a autoridade competente e

observado o prazo do art.1532”.

 O segundo entendimento é no sentido de que os efeitos do casamento religioso não retroagem à data de sua celebração se houve habilitação anterior, mas o casamento não se realizou até noventa dias contados da habilitação.

 CASAMENTO MEDIANTE PROCURAÇÃO: ARTIGO 1542 C.C

Entrementes, é sabido que o ordenamento jurídico faculta aos nubentes fazerem-se representar por procurador, por expressa previsão do art. 1542 do Código Civil em vigor.

A maior exigência que se verifica é apenas que a procuração seja

constituída por instrumento público, com poderes especiais, conforme

dispõe o já citado art. 1.542 do Código Civil.

Os poderes especiais aqui noticiados referem-se especificamente

a designação da pessoa que o mandante deseja casar, sob pena de restar

prejudicado o livre consentimento, exigido no casamento.

Casamento nuncupativo (art. 1540 + 1541 CC)

R: TRATA-SE DE UMA SITUAÇÃO NA QUAL UM DOS NUBENTES ESTEJA EM

SITUAÇÃO DE RISCO DE VIDA E TENHA TAMBEM A AUSENCIA DE AUTORIDADE A

QUAL INCUMBE PRESIDIR O ATO, O MESMO NÃO DEIXA DE SER REALIZADO, ELE

Page 13: Aula 01 Esqueletinho de Direito de Familia

SE REALIZA MAS COM 6 TESTEMUNHAS QUE NO CASO NÃO TENHAM QUALQUER

LIGAÇÃO OU PARESNTESCO EM LINHA RETA OU COLATERAL ATÉ SEGUNDO

GRAU.

TENDO O ATO SE REALIZADO, AS TESTEMUNHASTEM O PRAZO DE ATÉ 10 DIAS

PARA COMAPRECER PERANTE A AUTORIDADE JUDICIARIA MAIS PROXIMA

PEDINDO QUE LHES TOME O TERMO EM QUE DEVE CONSTAR :

- QUE FORAM CONVOCADAS PELO ENFERMO , QUE ESTAVA EM PERIGO DE VIDA

MAS EM SEU PERFEITIO JUIZO E QUE EM SUAS PRESENÇAS OS NUBENTES

DECLARARAM LIVRES E ESPONTANEAMENTE RECEBER-SE POR MARIDO E

MULHER..

d) Casamento por moléstia grave com urgência (art. 1539 CC)

R: ESPÉCIE DE CASAMENTO REALIZADO NÃO NO LUGAR DESIGNADO PREVIAMENTE

PELO PRESIDENTE DO ATO, E SIM NO LUGAR ONDE SE ENCONTRAR UM DOS

CONTRAENTES QUE SE ENCONTRA COM GRAVE MÓLESTIA , E SENDO URGENTE

AINDA QUE A NOITE OU QUALQUER HORARIO PODE-SE REALIZA-LO MAS

MEDIANTE DUAS TESTEMUNHAS QUE SAIBAM LER E ESCREVER .

NA FALTA DO PRESIDENTE DO ATO , ESTE PODERÁ SER SUBSTITUIDO POR

QUALQUER DOS SEUS SUBSTITUTOS LEGAIS, DO OFICIAL DE REGISTRO CIVIL OU

AD HOC NOMEADO PELO MESMO.

APÓS O ATO SERA LAVRADO UM TERMO PELO OFICIAL AD HOC QUE SERA

REGISTRADO NO RESPECTIVO REGISTRO NO PRAZO DE 05 DIAS , PERANTE DUAS

TESTEMUNHAS , QUE FICARAM ARQUIVADAS JUNTAMENTO COM O AUTO.

Page 14: Aula 01 Esqueletinho de Direito de Familia

AULA 09

1)     Descreva os efeitos pessoais do casamento.

R: fidelidade; coabitação;mútua ,assistência; respeito e consideração mútuos;

acréscimo do sobrenome e etc.

2)     Explique as regras para  o Pacto antenupcial.

R: O PACTO ANTENUPCIAL SERVE PARA REGULAMENTAR APARTIR DO CASAMENTO O

REGIME QUE CAIRAM SOBRE OS BENS DOS CONTRAENTES.

ELA DEVE SEGUIR AS REGRAS CONSTANTES NO ARTIGO 1653 A 1657 :

* O PACTO TEM DE SER REALIZADO POR MEIO DE ESCRITURA PUBLICA.

* PARA QUE O PACTO ANTENUPCIAL TENHA EFICÁCIA , SE ESTE FOR REALIZADO

POR MENOS FICA CONDICIONADA A APROVAÇÃO DE SEU REPRESENTANTE LEGAL.

* NO PACTO ANTENUPCIAL EM QUE OS CONTRAENTES OPTAREM PELO REGIME DE

PARTICIPAÇÃO NOS AQUESTOS, PODERAM CONVENCIONAR A LIVRE DISPOSIÇÃO

DOS BEM IMOVEIS QUE NELE CONSTEM DESDE QUE SEJAM PARTICULARES

* AS CONVENÇÕES NUPCIAIS NÃO TERAM EFEITO , SO TERAM EFICACIA E EFEITOS

PERANTE A TERCEIROS DEPOIS DO SEU REGISTRO EM LIVRO ESPECIAL , PELO

OFICIAL DE REGISTRO DE IMÓVEIS DO DOMILICIO DOS CONJUGES.

3)     Discorra sobre o regime da comunhão de bens.

R: Assim, o regime de comunhão de bens é o mesmo que o atual regime de comunhão

universal de bens.

Não havendo convenção, ou sendo ela nula ou ineficaz, vigorará, quanto aos bens

entre os cônjuges, o regime da comunhão parcial. (art. 1640 CC).

Os maiores de 60 anos casam-se, obrigatoriamente, sob o regime de separação de

Page 15: Aula 01 Esqueletinho de Direito de Familia

bens. (art. 1641 CC)

No Código Civil (CC) de 1916, o regime geral era o de comunhão universal de bens, e

o casamento era indissolúvel.

No Código Civil de 2002, o regime geral passou a ser o de comunhão parcial de bens,

havendo a possibilidade, inclusive, de alteração do regime de bens.

No regime de comunhão universal todos os bens entram na partilha, inclusive aqueles

adquiridos por herança ou doação, seja antes ou depois do casamento.

Já no regime de comunhão parcial, somente aqueles bens adquiridos na constância

do casamento é que entram na partilha, independentemente de quem tenha

contribuído mais ou menos para aquisição.

Neste ponto, importante salientar que a jurisprudência entende que a vigência do

casamento solve-se com a separação de fato.

Não há imposição legal dos nubentes escolherem um dos regimes elencados pelo

Código Civil, havendo ampla liberdade para os futuros cônjuges escolherem o regime

que melhor lhes convêm, podendo fazer uma miscelânea de regimes.

4)     Discorra sobre o regime da Participação final dos aquestos.

R: É um regime de bens em que o casal vive como se fosse regime de separação de bens, sem dividir nada, e, se acabar a relação pelo divórcio ou por morte, soma-se todos os bens que o casal adquiriu durante a relação e divide por dois, garatindo a metade dos bens a cada um. Assim, vivem como se fosse regime de separação de bens e se divorciam como se fosse regime de comunhão parcial de bens.

Neste regime, cada cônjuge administra seus bens independente da assinatura do outro, exceto para a venda de bens imóveis que se exige a chamada outorga marital. Parece complicado, mas não é, apesar de não haver muita procura para este regime. A lei acaba complicando este regime, para garantir a justa partilha de bens na data em que cessou a convivência.

As dívidas também são divididas entre os cônjuges ou companheiros, mas somente aquelas revertidas em benefício do casal. No caso de um pagar a dívida do outro, no final pode se compensar na partilha. Por fim, as dívidas são devidas até o valor total da herança ou meação do devedor, não sendo possível transferir o excesso aos herdeiros ou cônjuge não devedor.

No final da relação, não precisa vender os bens para dividir o montante em dinheiro. A lei determina que se puder preservar os bens e compensar o outro pelo justo valor em dinheiro, tudo bem. O importante é avaliar os

Page 16: Aula 01 Esqueletinho de Direito de Familia

bens móveis e imóveis adquiridos durante a convivência, calcular e dividir por dois, com dupla atenção para os eventuais extravios.

AULA 10

1)     Qual seria a diferença entre divorcio e separação?

R: A separação e o divórcio são causas para o término do casamento. Quando o

casal apenas deixa de viver junto como marido e mulher sem recorrer ao judiciário,

diz-se que o casal está separado. A separação não quebra os laços do

casamento, isto é, os separandos não podem casar outra vez enquanto não

obtiverem o divórcio. O divórcio rompe os laços do casamento e os

divorciados podem casar-se novamente. 

Divórcio Direto: O casal pode se divorciar diretamente, perante o juiz

de família, após dois anos da separação de fato, ou seja, do momento

em que as pessoas passaram a não viver mais como um casal. Esse

tempo deve ser comprovado por testemunhas.

  Divórcio Conversão: O casal estando separado judicialmente há

mais de um ano, pode requerer judicialmente o divórcio.

Tanto o divórcio direto, como o divórcio conversão, pode ser consensual

ou litigioso.

Já a separação judicial (divórcio) tem regras estabelecidas na lei civil. Existem dois

tipos de separação judicial, a consensual e a litigiosa. 

Separação consensual: este tipo de separação também pode ser chamada de

separação por mútuo consentimento, que é quando o casal convenciona as

condições da separação e apresenta o acordo ao juiz para ele proceder a

homologação. 

* Separação contenciosa (litigiosa): neste tipo de separação, um dos cônjuges

precisa provar que o outro violou gravemente os deveres do casamento tornando a

Page 17: Aula 01 Esqueletinho de Direito de Familia

vida em comum insuportável, por um dos seguintes motivos: adultério, tentativa de

morte, sevícia, injúria grave, abandono voluntário do lar conjugal por um ano,

condenação por crime infamante e conduta desonrosa. O juiz também pode

considerar outros fatos. 

A separação judicial, seja ela consensual ou contenciosa (letigiosa), extingue os

deveres de coabitação (morar junto) e fidelidade recíproca. Extingue, também, o

regime de bens, ou seja, os separandos deixam de ter direito sobre o patrimônio

que um ou outro adquirir a partir de então

2)     De acordo com o CC como seria a regra da separação judicial?

R: A Dissolução do casamento pelo divorcio poderá ser feito por meio

judicial (artigos 1120 a 1124 CPC) sendo possível na forma consensual ou

litigiosa ou extrajudicial (Lei 11.441 de 2007).

3)     De acordo com o CC  como seria a  regra para o Divorcio?

R:

4)     Qual as duas formas processuais admitidas para o Divorcio?

R: Na modalidade consensual, as partes concordam com os termos, e

ocorre de forma análoga à separação consensual, havendo somente a

Page 18: Aula 01 Esqueletinho de Direito de Familia

necessidade da presença de duas testemunhas que atestem que o casal

está separado de fato há mais de dois anos.

  Na modalidade litigiosa, poderá ser pedido após dois anos de

separação de fato comprovada, e o processo será análogo ao da

separação litigiosa.

 

AULA 11

1. Quem pode ser sujeito da obrigação de alimentos?

R: os pais, os ascendentes, os descendentes e os irmãos germanos

bilaterais ou unilaterais, recaindo-nos mais próximos em grau, uns em falta

de outros. De forma que o alimentando deverá pleitear alimentos,

primeiramente, aos parentes em linha reta, isto é, ao pai ou à mãe, na falta

ou impossibilidade destes, os avós maternos ou paternos, e assim

sucessivamente.

2. Quando se da a extinção da obrigação de alimentos?

R: com a morte do credor e/ou alteração da necessidade e da possibilidade,

assim como o casamento ou união estável ou concubinato do credor cessa

o dever de prestar alimentos.

Page 19: Aula 01 Esqueletinho de Direito de Familia

Só a exceção do artigo 1709 c.c diz que no caso do credor ou cônjuge

adquirir novo casamento este não extingue a obrigação constante de

sentença de divorcio.

3. Qual a diferença entre alimentos provisórios e definitivos?

R:  Provisórios : são alimentos   fixados liminarmente em ação de alimentos

admitida pelo rito especial da Lei 5478/68 (Lei de Alimentos, art. 4º). Neste

caso é necessário aprova pré-constituída de parentesco, casamento ou

companheirismo, não estão sujeitos à discrição do Juiz. (art. 1706 CC).

 Definitivos ou regulares: fixados por sentença judicial por um Juiz de

Direito ou homologação de acordo entre as partes. (OBS: apesar de serem

chamados pela doutrina de alimentos definitivos, todo alimento pode ser

revisto e reavaliado é a chamada revisão de alimentos, art. 1699 do CC).

4. Quais as principais características da obrigação de alimentos?

R:  Características: personalíssimo (exceto previsão do art. 1700 CC);

irrenunciável (art. 1707 CC); incessível , incompensável e impenhorável

(art. 1707 CC); imprescritível (execução art. 206 § 2º CC); Atual (presente para o

futuro); irrepetível e irrestituível (regra); divisível (art. 1698 CC).

 

aula 12 .

1. Quais os requisitos para a configuração da união

estável.

R: publicidade,continuidade, durabilidade, objetivo de constituir família,

ausência de impedimentos para o casamento, ressalvados as hipóteses de

separação de fato, ou judicial, observância dos deveres de lealdade

respeito e assistência, bem como a guarda, sustento educação dos filhos.

Anteriormente para a configuração da união estável , era necessária a

convivência por mais de 5 anos, porem este requisitos foi derrogado pela lei

nº9.278/96.

2. Quais os efeitos pessoais da união estável?

R: segundo o artigo 1724 c.c lealdade, respeito assistência , e de guarda

e sustento dos filhos.

Page 20: Aula 01 Esqueletinho de Direito de Familia

3.Quais os efeitos patrimoniais da união estável?

R: A meação dos bens comuns adquiridos no decorrer da união estável, os

alimentos, e a sucessão hereditária representam os efeitos patrimoniais

da união estável. A meação e os alimentos são direitos que apresentam-se

da mesma forma tanto para os cônjuges quanto para os companheiros, já

a sucessão hereditária se apresenta de forma distinta, beneficiando mais

o cônjuge sobrevivente.

Não se esquecendo que o regime aplicado é o de comunhão pacial de

bens, conforme o artigo 1725 c.c .

4.Como se da a regra da conversão da união estável em

casamento?

R: Para se converter uma união estável em casamento, os requerentes devem

comparecer ao cartório de Registro civil do seu domicilio e dar entrada nos papeis

de casamento.

Igual ao casamento convencional, os noivos (brasileiros ou estrangeiros) podem

escolher o regime de bens e mudar o nome.

É necessário levar os documentos habituais e as duas testemunhas. para dar

entrada no processo de habilitação.

 A única diferença deste tipo de casamento, é a inexistência da Celebração, isto é,

não existe a presença do Juiz de paz para realizar a cerimônia.Após o prazo de 16

dias, os noivos poderão retirar a certidão de casamento civil no Cartório. 

O casamento começa a ter efeito nesta data. 

5.Como se da a regra dos alimentos na união estável?

R: A REGRA PARA OS ALMENTOS NA UNIÃO ESTAVEL CONFORME

ESTIPULA O ARTIGO 1624 C.C , ESTIPULA QUE OS PARENTES, CONJUGES OU

COMPANHEIROS PODEM PEDIR UNS AOS OUTROS OS ALIMENTOS QUE

NESCESSITEM PARA VIVER DE MODO COMPATIVEL COM A SUA CONDIÇÃO

SOCIAL , INCLUSIVE PARA ATENDER AS NECESSIDADESC DE SUA EDUCAÇÃO.