trabalho, alienação e consumo

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O que é Trabalho? O que é Alienação? O trabalho dignifica ou escraviza o ser humano? Trabalho, Alienação e Consumo

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Uma introdução ao trabalho no seu sentido positivo e negativo.

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Trabalho, Alienao e Consumo

O que Trabalho?O que Alienao?O trabalho dignifica ou escraviza o ser humano?Trabalho, Alienao e ConsumoTrabalho: caractersticas e histria Definio: toda a atividade na qual o ser humano utiliza sua energia para satisfazer necessidades ou atingir objetivos. Nesse, sentido por intermdio do trabalho, o ser humano acrescenta um novo mundo (a cultura) ao mundo natural j existente. Segundo Karl Marx (1818-1883), o trabalho uma atividade especificamente humana, porque implica a existncia de um projeto mental que modela uma conduta a ser desenvolvida para se alcanar um objetivo.

Trabalho

CaractersticaPara que serve o trabalho? Em termos individuais: Permite ao ser humano desenvolver sua criatividade e realizar suas potencialidades. Trabalhando podemos modificar o mundo e a ns mesmos. Em termos sociais: Tem como objetivo ltimo a manuteno e satisfao da vida e o desenvolvimento da sociedade. Dignifica

Essas caractersticas so positivas, pois o trabalho tem o papel de promover a realizao do indivduo, a edificao da cultura e a solidariedade entre os seres humanos.

Escraviza ou no? Marx

Ao longo da histria, a dominao de uma classe social sobre outra desviou o trabalho de sua funo positiva. Em vez de servir o bem comum, passou a ser utilizado para o enriquecimento de alguns. De ato de criao virou rotina de reproduo. De recompensa pela liberdade transformou-se em castigo. Historia do trabalho

Histria do trabalhoA primeira diviso do trabalho teria ocorrido em funo da diviso entre sexos, na qual certas atividades eram reservadas aos homens: caar, guerrear, garantir a proteo do grupo. Para as mulheres: garantir os trabalhos domsticos, os cuidados com os filhos. Na antiguidade: o trabalho manual foi considerado em varias culturas como uma atividade menor, desprezvel, comparvel atividade animal. Por considerar o homem racional, valorizava-se especialmente o trabalho intelectual, desenvolvido no ser humano que dispunha de tempo livre, o cio filosfico, para a reflexo e o exerccio da cidadania. continuaoIdade Mdia (V-XV): segundo o filsofo cristo Tomas de Aquino o trabalho era um Bem rduo, por meio do qual cada individuo se tornaria um ser melhor. No entanto, o trabalho intelectual ainda era valorizado. O que h de novo, que de acordo com o cristianismo medieval, o trabalho era uma forma de sofrimento que servia de provao e fortalecimento do esprito para alcanar o reino do cu. Idade Moderna (XVI): Segundo Lutero e Calvino, o trabalho passa a ser instrumento atravs do qual o homem realiza a sua vocao de continuar a obra da criao, iniciada por Deus. Trabalho passa a ser uma bno divina, e nele no h lugar para degradao ou castigo. deixar de ser humano.9continuaoIdade contempornea (XIX): o filsofo alemo Hegel concebe o trabalho como autoconstruo do ser humano. Por meio do trabalho, o ser humano produz o seu prprio ser, libertando-se de sua primeira natureza, distanciando-se do mundo natural ao criar a cultura. Aqui, o trabalho passa a ser uma mediao para a humanizao do indivduo. O trabalho passa a ser uma atividade de permanente construo e reconstruo de si, de configurao de si na configurao do mundo. O trabalho a maior fonte de humanizao do ser humano, pois atualiza suas potencialidades, realiza e concretiza ideais humanos possveis.

Continuao Por outro lado o filsofo alemo Karl Marx, acrescenta a dimenso negativa do trabalho na sociedade capitalista, essencialmente exploratria, que tem no lucro e na mais-valia a sua fora motriz. Desse modo, o trabalho tanto pode levar a liberdade quanto a alienao.

O que alienao?Karl Marx (1818-1883) foi quem analisou o fenmeno da alienao.Para ele a alienao pode ser percebida tanto no trabalhador quanto no fruto do seu trabalho. Fruto do trabalho: considerando-se que o fruto do trabalho no pertence ao trabalhador, mas vai s mos de quem manipula e explora a sua ao produtiva. Aquilo que se produz tem mais importncia que o trabalhador. Trabalhador: na medida que este no participa com a conscincia e a liberdade, nem consegue atribuir sentido e significado ao realizada fala-se em alienao do trabalhador.

Alienao

Enfim, como o trabalhador, o indivduo no possui vontade prpria sobre o que e como produzir esse poder de deciso no lhe pertence, como no lhe pertence o fruto do seu trabalho. A identidade que o trabalho lhe proporciona algo estranho sua vontade. Essa identidade lhe imposta; no se reconhece nela.

Alienao o processo a coisificao do homem por meio do trabalho: aquilo que era coisa sem vida (a matria, o produto) ganha vida, pois passa a determinar o valor do prprio trabalhador. Contudo, o homem (que tem vida), ao subordinar-se s imposies do mercado e no exercer a vontade prpria, transforma-se em coisa, perde sua humanidade. Ao mesmo tempo, que o trabalho humaniza a natureza, desumaniza o homem. Alienao: Do latim alienare , afastar; alienus, que pertence a um outro; Portanto, alienar tornar alheio, transferir para outrem o que seu.

Consumo e Consumismo?Pelo consumo consciente participamos como pessoas inteiras, movidas pela sensibilidade, imaginao, inteligncia e liberdade. Por exemplo, no comemos e bebemos apenas para saciar a fome ou a sede, mas temos preferencias que o paladar apura, e usamos de criatividade para inventar novos pratos e bebidas saborosas. O consumo nunca um fim em si, mas sempre um meio para outra coisa qualquer. Consumo alienado: a produo em massa tem por corolrio o consumo de massa, porque as necessidades artificialmente estimuladas, sobretudo pela publicidade, levam os indivduos a consumir sempre mais. O consumo alienado degenera em consumismo quando se torna um fim em si e no um meio. A nsia do consumo perde sua relao com as necessidades reais, o que leva as pessoas a gastar mais do que precisam e, as vezes, mais do que tem.