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E.E.E.F.M.Heitor Villa-Lobos
Alunos:Douglas, Waltrick e JeffersonSérie: 9ªA
Carl Gustav Jacobi
Carl Gustav Jacobi nasceu no dia 10 de Dezembro de 1804, filho de um próspero banqueiro Judeu. Tinha três irmãos, dos
quais se destaca o mais velho, Moritz Jacobi, que se tornou um físico famoso.
Durante a sua infância o seu tio encarregou-se da sua educação, preparando-o para o
Gymnasium de Potsdam. Em 1817, ainda no primeiro ano do liceu, o seu talento foi
notado e transferiram-no para o último ano. No final desse ano estava já em condições de frequentar a universidade, mas acabou
por não ser admitido devido à sua idade.
Até atingir os dezesseis anos prosseguiu independentemente os seus estudos
acadêmicos. Em 1821, quando foi admitido na Universidade de Berlim, tinha já
estudado os textos de Euler “Introductio in analysis infinitorum” e procurado, por si, soluções para equações polinomiais de
grau cinco, por radicais. Na universidade tentou aprofundar os seus conhecimentos
em matemática e frequentou aulas reconhecendo, no final, que o ensino era de má qualidade. Procurou assim estudar por
si os trabalhos de Lagrange.
No final de 1824 conseguiu as habilitações necessárias e foi colocado como professor no
Joachimsthalsche Gymnasium, na época uma das principais escolas em Berlim. Ainda nesse ano
submeteu à Universidade de Berlim a sua tese de
doutoramento. Sendo Judeu, viu recusadas as suas
tentativas de agregação à
Universidade.
Em 1825 apresentou à Academia de Ciências de Berlim um artigo cuja
publicação foi rejeitada. Ainda nesse ano decidiu mudar as suas convicções
religiosas, tornando-se cristão. Desta forma, conseguiu uma colocação na Universidade
de Berlim. Insatisfeito com o ambiente científico decidiu mudar-se para a
Universidade de Königsberg onde chegou em 1826, juntando-se a Franz Neumann e a
Bessel .
Nessa altura, Jacobi tinha já feito várias descobertas na
área da teoria dos números. Com essas descobertas
conseguiu impressionar Gauss e Legendre . Este último
chegou mesmo a considerá-lo, juntamente com Abel, o melhor analista da sua era. Em 1829,
viajou a Paris e conheceu pessoalmente Legendre,
Fourier e Poisson . Com o seu trabalho em funções elípticas
“Fundamenta nova theoria functionum el lipticarum”
conseguiu atrair a atenção de toda a comunidade matemática
e alcançar o seu lugar como um dos maiores matemáticos
da época.
A 11 de Setembro de 1831 casou-se com Marie Schwinck e no ano seguinte reforçou a sua posição
de professor na Universidade de Königsberg. Iniciou então um ciclo de seminários que atraiu para a sua universidade muitos dos melhores
alunos da época.
Em 1843 começou a manifestar sintomas de depressão, por excesso de trabalho e decidiu viajar por Itália para recuperar forças. Com manifestas
melhoras, regressou a Berlim, onde viveu até à sua
morte.
Em 1844 Jacobi voltou à atividade acadêmica e apresentou uma série de seminários, na Universidade de Berlim, sobre a teoria da mecânica
analítica, desenvolvida por Lagrange.
O final da sua vida foi marcado pela ativa
participação em conflitos políticos em oposição ao
regime monárquico. Jacobi era um subsidiário real e,
simultaneamente, um opositor à monarquia, o que
provocou a suspensão do seu financiamento e
conseqüentes dificuldades econômicas. No entanto, naquela época, Jacobi era
juntamente com Gauss, uma das figuras mais famosas na Alemanha, pelo que lhe foi oferecida uma posição na
Universidade de Viena. Não querendo perder a
personalidade de Jacobi, o
Rei restituiu-lhe a pensão.
Morreu a 18 de Fevereiro de 1851, vítima de varíola.
Jacobi deixou contribuições importantes em quase todas as grandes áreas da matemática:
desde profundas descobertas no estudo de funções elípticas, passando pela teoria dos números à teoria das equações diferenciais. Estudou ainda fórmulas para o cálculo de
determinantes, em álgebra linear.