totalflyed02
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TRUTA BRAZUCA A incrível pesca de trutas no Brasil:
um universo a ser descoberto
PESQUEIROFlyfishing com rações artificiais
nº2, agosto de 2014
CENTRO DE TREINAMENTO
Saiba mais sobre os cursos da Total Fly
TÉCNICAWolly buguer: passo a passo
Cursos
CURSOS INTERMEDIÁRIOS E AVANÇADOS:
Ministrados pelos mais renomados instrutores da modalidade no Brasil, como Rubens de Almeida Prado e Gerson Kavamoto.
Trata-se de cursos voltados para quem quer se aprimorar, corrigir vícios adquiridos e poder pescar em qualquer local ou situação de pesca, e, ainda, para se aperfeiçoar em uma pescaria específi ca, tanto no que diz respeito a local quanto ao peixe-alvo.
CURSOS BÁSICOS:
Ministrados pela equipe Total Fly, têm como principal característica introduzir o iniciante na modalidade de forma simples e descomplicada.
Tão fácil que, após apenas um dia de curso, você já estará apto a buscar seu primeiro peixe no pesque-pague de sua preferência. E daí para frente é só progresso e emoção.
Faça o seu curso de fl y, não importa o nível de seu conhecimento na modalidade!
ONDE ESTAMOSLocalizado em Embu das Artes, o C.T. (Centro de Treinamento) da TOTAL FLY terá, em breve, tudo o que o pescador de fl y necessita em um único lugar.
e-mail: cursos@totalfl y.com.br
ANUNCIO_CENTRO-DE-TREINAMENTO.indd 1 12/11/2013 08:17:13
Pintados, Dourados, Piraparas, Piracanjubas e Outras Espécies
Agência Jund Pesca Especializada Em Turismo De Pesca
Agora também levamos você para pescar os gigantes da Argentina Ita Ibaté
- Destino famoso internacionalmente -
PESCA ESPORTIVA
Jund Pesca Turismo - Grupo Jund Pesca
Informações e reservasTel.: (11) 4522-7902 - e-mail: [email protected]
Rua Barão Do Triunfo, 315 Centro Jundiaí
www.jundpesca.com.br
ANUNCIO_JUNDPESCA.indd 1 07/11/13 23:15totalfly-ed01.indd 2 12/11/2013 08:26:49
Cursos
CURSOS INTERMEDIÁRIOS E AVANÇADOS:
Ministrados pelos mais renomados instrutores da modalidade no Brasil, como Rubens de Almeida Prado e Gerson Kavamoto.
Trata-se de cursos voltados para quem quer se aprimorar, corrigir vícios adquiridos e poder pescar em qualquer local ou situação de pesca, e, ainda, para se aperfeiçoar em uma pescaria específi ca, tanto no que diz respeito a local quanto ao peixe-alvo.
CURSOS BÁSICOS:
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Pintados, Dourados, Piaparas, Piracanjubas e Outras Espécies
04
Total fly Fly Fishing Magazine
EditorialExpediente
Total Fly continua a navegar!
A primeira edição da Total Fly Magazine
foi um sucesso! Muitos exemplares foram
enviados para todo o País – e também para
o exterior – a colaboradores, leitores e for-
necedores. De forma unânime, o feedback
foi um só: “Parabéns” pela iniciativa e pela
qualidade do conteúdo. Agora, a intenção
com a edição 2 é mostrar que não perderemos o foco. Por isso,
continuaremos a desvendar, aos poucos, esse maravilhoso mundo do
fly para você.
O crescimento de nossa Fan Page demonstra que o novo pesca-
dor necessitava de um canal direto para se informar, interagir e con-
tribuir para o crescimento da modalidade no Brasil. Obrigado a você
que curtiu a nossa página e prestigia o nosso conteúdo.
Para quem não conseguiu adquirir o exemplar impresso, disponibi-
lizamos seu conteúdo integral em nosso site: www.totalfly.com.br.
Paralelamente, o Centro de Treinamento da Total Fly entrou
em funcionamento a todo vapor, com vários cursos básicos em
grupos e personalizados. Já usufruíram do espaço os instrutores
Rubens de Almeida Prado – Rubinho, de São Paulo –, e Beto
Vaucher, de Curitiba.
Enquanto a Total Fly Magazine conquistava o Brasil e o Centro
de Treinamento recebia seus primeiros alunos, a Fábrica de Iscas
começou a operar. Dando treinamento especializado aos atadores,
utilizando somente anzóis e materiais de primeiríssima linha, as iscas
saíram das morsas, ganharam embalagem individual com etiqueta
descritiva e começaram a ser vendidas ao consumidor final por meio
de nosso parceiro: O BOTO (www.oboto.com.br).
A Total Fly Viagens também iniciou a sua jornada, levando os pri-
meiros clientes até a cidade de Pereira Barreto-SP, onde os tucunarés
não decepcionaram, e a adrenalina das pescarias pôde ser descan-
sada com o atendimento e o conforto proporcionados pela Alô Brasil,
que nos levou e nos trouxe de forma tranquila e segura para usufruir
das acomodações, de guias e excelente comida e atendimento do
Hotel Dinâmica Das Águas.
Em breve, lançaremos novos destinos, tanto para aqueles que não
têm tempo em grandes viagens, quanto para aqueles que podem “se
esquecer da vida” em pescarias memoráveis e em lugares maravilho-
sos pelo mundo afora.
E mais novidades virão por aí! Só temos a agradecer ao leitor,
colaboradores e parceiros pelo sucesso.
A Total Fly magazine é uma publicação institucional da mar-ca Total Fly. É proibida sua reprodução total ou parcial sem autorização por escrito da diretoria. O conteúdo dos anún-cios e mensagens publicitárias inclusos nesta edição é res-ponsabilidade dos anunciantes. A Total Fly magazine não se responsabiliza pela opinião publicada em artigos assinados.
Expediente
DiretoriaTOTAL FLY E LOOP INVEST
Edição e revisão de textoJanaína Quitério (MTB 45.041/SP)
Projeto gráfico e diagramação
Colaboraram nesta ediçãoAlexandre Sarpe, Bibiana Castro, Carlos
Cacosa, Diego Veronezi, Reginaldo Bueno
(Regis), Ricardo Morais (Rick Morais),
Rogério Batista (Jamanta), Vitor Poiani (fotos),
Zeca Salgado
Foto de capaJoanna Castro
EndereçoEstrada Kaiko, 1.100
Embu das Artes -SP - 06844-000
www.totalfly.com.br
É proibida a venda da revista, que é de distribuição gratuita.
06
Total fly Fly Fishing Magazine
SumárioEdição 02
PESQUEIRO - Flyfishing com rações artificiais _p08
TECNOLOGIAA evolução das varas
DESATANDO O ATADOComo escolher a morsa?
VIAGEMAgência, operadora ou
formadores de grupos? O que optar na hora da viagem?
SAÚDEPescar só depois de se alongar
POEMARIOSMaria e Omar
TRUTA BRAZUCA - Pesca de trutas no Brasil!_p12
TOTAL FLY CURSOS_p26 WOLLY BUGUER - passo a passo_p30
20
24
36
40
42
08
Total fly Fly Fishing Magazine
MatériaPesqueiro
F eitas antigamente com
pelos de veado (deer hair),
compactados e depois
aparados para dar a forma
específica de uma ração, essas iscas,
denominadas hair-ball, fizeram (e
fazem) muito sucesso em pesque-pa-
gues. São, de certa forma, trabalhosas
de serem confeccionadas, Além disso,
o material utilizado vem do exterior e é
natural, difícil de adquirir.
Outro material muito utilizado
foi – e ainda é – a cortiça, vinda das
rolhas usadas em garrafas de vinho
e outras bebidas. Dessa forma, são
fáceis de se adquirir. Entretanto,
com o descobrimento de uma espu-
ma fabricada a partir do “Etil Vinil
Acetato”, abreviada E.V.A., que é um
tipo de borracha não-tóxica, aplicada
em diversas atividades industriais,
ocorre uma verdadeira revolução em
seu uso como material de atado (con-
fecção de iscas).
A utilização vai desde a montagem
de gafanhotos, abelhas, cigarras,
streamers, abdôme de diversos tipos
de insetos, até e, principalmente, a
elaboração das imitações de ração.
De excelente flutuabilidade, dura-
bilidade e variação de cores, faz su-
cesso não só na modalidade flyfishing
como também no bait casting.
Outro material utilizado como ração
artificial é a miçanga, muito usada
também na fabricação de colares e
demais artefatos, numa infinidade de
modelos, formatos e cores. Normal-
mente, são usadas em conjunto com as
rações em E.V.A. ou diretamente ao fi-
nal do tippet, tendo como auxiliar,para
que não afundem uma microboia colo-
cada alguns centímetros acima.
Flyfishingcom rações artificiaisSaiba mais sobre o uso de moscas ou de iscas em pesque--pagues, utilizadas como imitações de ração – a principal fonte de alimento dos peixes em tais locais TEXTO E FOTOS: REGINALDO BUENO NEVES
09
Total fly Fly Fishing Magazine
CONSTRUÇÃO DA RAÇÃO EM E.VA.
Materiais: placa de E.V.A., com
espessura aproximada de 8mm, um
furador com diâmetro aproximado
ao diâmetro da ração que se deseja
confeccionar e anzóis tipo Chinu com-
patíveis ao tamanho delas. É possível
utilizar espessuras menores e colar as
fatias de cores diferentes.
Existem variadas formas de mon-
tagens das rações, dependendo do
material utilizado (E.V.A., miçanga,
cortiça), ou seja, desde a apresenta-
ção de uma única isca (forma mais
comum), até a utilização de diversas
iscas em conjunto.
TÉCNICA DE UTILIZAÇÃO
Nos pesqueiros, as rações naturais oferecidas como
alimento são flutuantes, lançadas sobre a água, onde o
peixe sobe para comer. As rações artificias obedecem ao
mesmo padrão, ou seja, devem ser f lutuantes para atuarem
na superfície ou, no máximo, na sub-superfície (miçangas,
lã-ball), trabalhando em alguns poucos centímetros abaixo
da lâmina d’água.
Deve-se arremessar a isca no ponto desejado e aguardar
o ataque do peixe, porém, quando o peixe estiver um tan-
to manhoso, um sutil arrasto da isca na água, promovido
por uma leve e delicada puxada na linha, poderá promover
o ataque.
Não há comparação em ver a isca sendo atacada pelo
peixe na superfície, no visual, fazendo o coração do pesca-
dor disparar. É sensacional!
DOPPLER RIG: COMO UTILIZAR
Uma técnica amplamente utilizada no flyfishing em ge-
ral é o doppler rig, no qual duas ou mais iscas são apresen-
tadas no mesmo arremesso. Na utilização dessa técnica
em pesque-pagues, multiplica-se a chance de sucesso,
uma vez que são diversas rações artificiais ao mesmo tem-
po, aumentando as possibilidades de ataque.
Amarre no final do tippet uma ração artificial de sua escolha.
Na curva do anzol, amarre um segmento de monofilamento de
mesmo diâmetro do tippet, com aproximadamente 50/60 cm,
e depois amarre outra isca no final deste. Faça isso sucessiva-
mente, até no máximo três iscas. Arremesse no ponto desejado.
10
Total fly Fly Fishing Magazine
MatériaPesqueiro
Você poderá utilizar
rações em E.V.A. de cor
diferente e observar em
qual delas o peixe baterá.
Assim, observará qual a cor
que o peixe está atacando
no dia. Esse é o sistema
doppler rig.
Pode-se uti l izar tam-
bém uma isca de superfí-
cie (ração) e, na curva do
anzol, atar uma que afun-
de, por exemplo, lã-bal l
– que imita uma ração já
molhada descendo.
NUMERAÇÃO DO EQUIPAMENTO
Para a pesca em pesque-
-pagues, onde é normal
existirem peixes de bom
tamanho e que proporcio-
nam brigas memoráveis, a
atenção quanto à numeração
do equipamento é funda-
mental, especialmente para
não danificá-lo.Equipamen-
tos com numeração #7 ou #8
são os mais indicados com
tippets de diâmetros varian-
do entre 0,30 e 0,40 mm.
Observe se o lago em que
você vai pescar não é muito
grande se os peixes são
menores (tilápias, matrinxãs
etc.). Nesse caso, do # 4ao #
6 são os ideais, com tippets
de diâmetros entre 0,20 e
0,30 mm.
Caso necessário, use um
empate de aço fino enca-
pado, pois alguns peixes
com dentes poderão cortar
a linha. O empate de aço
faz diminuir um pouco os
ataques. Muitas vezes, é
preferível não usá-lo mesmo
com a possibilidade de ter
a linha rompida em troca de
maior número de ataques à
isca. Cabe a você escolher.
LÍDER RECOMEN-DADO
Usa-se o de formulação
convencional, ou seja, 60%
de linha 0,50mm, 20% de li-
nha 0,40mm e 20% de linha
0,30mm, comprimento de 9
pés (aproximadamente 2,70
m), com tippet adequado.
Para as varas de numeração
menor, mantenha o percen-
tual e o comprimento e re-
duza o diâmetro das linhas.
Líderes torcidos são muito
utilizados, uma vez que são
muito resistentes, duráveis
e têm boa apresentação.
TIPPET
Podem ser curtos. As
imitações de ração têm
certa resistência ao ar e
comprometem, caso eles
sejam muito longos.
11
Total fly Fly Fishing Magazine
DICAS PARA MAIOR SUCESSO NA PES-CARIA
Onde o peixe está?
A melhor forma é per-
guntar ao proprietário ou
à pessoa responsável em
qual lago ou local do lago os
peixes estão mais acostu-
mados a comer. Caso não
tenha essa informação,
quando chegar ao local es-
colhido, com auxílio de um
estilingue ou arremessador
próprio (vendidos nas lojas
de pesca), procure lançar
um pequeno punhado de
ração natural na água e ob-
serve se os peixes sobem.
Caso afirmativo, as
chances para o dia serão
enormes. Dessa forma, lance
sempre uma pequena por-
ção de ração natural no lago
e, em seguida, arremesse
no mesmo local e aguarde o
ataque do peixe.
LUMINOSIDADE
Os peixes não gostam
muito de dias claros. Nes-
sas ocasiões, eles procuram
ficar mais no fundo do lago
ou em locais de sombra. Por
isso, prefira os dias mais
nublados ou, quando estiver
pescando em dias ensolara-
dos, aproveite a sombra das
nuvens que se formam na
água para pinchar.
VENTOS
Observe a direção do
vento e procure arremessar
para onde ele está soprando:
é para lá que a ração natural
lançada anteriormente irá
ser arrastada e onde o peixe
provavelmente comerá. Com
vento muito forte, o peixe
tende a ir para o fundo.
TEMPERATURA DA ÁGUA
Trata-se de um fator
que influencia a pescaria
em praticamente todos os
ambientes. Procure pescar
em águas cuja temperatura
esteja dentro do aceitável
para o peixe procurado.
VISUALIZAÇÃO DA ISCA
Em algumas ocasiões,
especialmente quando uti-
lizadas iscas de cor difícil
de enxergar, como marrons
e pretas, use um “striker
indicator” – ou indicador
de fisgada -, que nada mais
é que uma pequena boia,
dessas de pescar lamba-
ris, conectada no tippet
em torno de 40 ou 50 cm
distante da mosca. Quando
a boia correr, é sinal de que
o peixe “bateu”.
12
Total fly Fly Fishing Magazine
MatériaPesca de Truta no Brasil
Truta brazucaSim, o Brasil tem trutas! Poucas pessoas sabem, mas nosso país possui uma população respeitável dessas espécies, e já teve muito mais. Nesta reportagem, você vai descobrir por que vale a pena pescar trutas no BrasilTEXTO: ROGÉRIO BATISTA “JAMANTA”
Nada de Patagô-
nia, América
do Norte ou
Rússia. Vamos
pescar truta no Brasil! O
mundo é legal porque ofere-
ce coisas diferentes. E aqui
no Brasil, temos um tipo de
pesca de truta diferente do
resto do mundo.
Tanto para aquele que
quer apenas pescar seu
13
Total fly Fly Fishing Magazine
peixinho como para quem
quer abraçar a técnica des-
se peixe que fez a cabeça e
conquistou o coração de mi-
lhares e milhares no mundo
afora, o nosso país apresen-
ta um tipo específico de
pesca esportiva: a pesca de
truta na montanha.
Nossos rios têm um nível
de dificuldade imposto
por suas condições, que
diferem do resto do mundo.
Trata-se de rios pequenos,
rápidos, rasos e com vege-
tação ao redor, o que difere
de rios semelhantes do
norte da Argentina. Mesmo
existindo na Europa algo
bem parecido – a exemplo
da região dos Pirineus, na
Espanha -, temos a dife-
rença da transparência da
água, o que já muda muito.
É por isso que a pesca de
truta de montanha brasilei-
ra é única. E há um univer-
so a ser descoberto.
14
Total fly Fly Fishing Magazine
MatériaPesca de Truta no Brasil
A CHEGADA DA TRUTA AO PAÍS
A truta arco-íris (Oncorhynchus mykiss) é originária
do Hemisfério Norte e foi introduzida na América do Sul
em 1904, na Argentina, e em 1905 no Chile, onde se am-
bientou muito bem e se tornou um forte vetor de desenvol-
vimento turístico.
Entretanto, em águas tupiniquins, elas nadam ofi-
cialmente desde 1949, quando o médico veterinário Dr.
Ascânio de Faria importou cinco mil ovos da Dinamarca.
Esses alevinos foram introduzidos nos rios Jacu Pintado e
Bonito, em São Paulo, na Serra da Bocaina (município de
Bananal), onde a sua reprodução passou a ser monitorada
nos anos seguintes.
Porém, em nossas andanças,
ouvimos relatos diferentes dos
dados oficiais: a truta podia ser
encontrada no rio Macaé de Cima,
Rio de Janeiro, desde 1929.
Os principais motivos para sua
importação foram o seu cultivo
para fins comerciais, devido ao
fato de ser considerada uma carne
nobre. Sua introdução nos rios
de serra brasileiros, por sua vez,
levou em conta a exploração da
pesca esportiva.
Com o passar dos anos, vários
estados passaram a ter produção
de trutas para fins comerciais, o
que consequentemente levou esse
peixe para vários rios do país.
Sabe-se que nos anos de 1978
e 1979 o Estado de Santa Catari-
na deu um grande passo com a
criação da estação de truticultura
de Lages, e depois a Painel, com
as quais, em seus primeiros anos,
foram soltos 500 mil alevinos nos
rios da serra catarinense, sem
falar de iniciativas privadas.
15
Total fly Fly Fishing Magazine
Essa foi uma iniciativa
governamental, da prefei-
tura de Lages com apoio
do BID/SUDEP, que buscou
alavancar a produção co-
mercial de salmonídeos na
região e povoar os rios para
pesca esportiva.
Não é preciso dizer que
isso se converteu em uma
população respeitável, com
relatos de capturas de tru-
tas de proporções patagôni-
cas nas décadas seguintes.
Isso elevou rios, como o
Lava-tudo, o Pelotas e o Ca-
noas, por exemplo, a status de
paraíso. Mais recentemente,
a grande população de trutas
do Rio Caveiras, Urubici e Rio
do Tigre atrai mosqueiros de
todos os cantos do país. Sem
falar na Joia-rara da serra
catarinense, o recém desco-
berto rio Criolas e suas trutas
enormes capturadas num típi-
co rio de montanha, de água
baixa e pesca técnica.
16
Total fly Fly Fishing Magazine
MatériaPesca de Truta no Brasil
PARAÍSO DOS MOSQUEIROS NO BRASIL
Alguns lugares do Brasil se tornaram verdadeiramente
celeiros de formação de mosqueiros, a exemplo do municí-
pio de São José dos Ausentes, no Rio Grande do Sul, que
há 20 anos possui projetos ligados à pesca com mosca,
começando pelo “Graxaim Carçado” e, recentemente, o
projeto “Pró-Ausentes”.
Entretanto, em Minas Gerais, o belíssimo rio Aiuruoca,
em Itamonte, na Serra da Bocaina, foi ponto comum de
truteiros do sudoeste, com o rio cuidado por pescadores e
por uma pousada da região.
Já no Rio de Janeiro, o lendário Macaé de Cima, ou
MDC, ajudou a desenvolver uma legião de pescadores em
suas límpidas águas.
No Estado do Paraná, houve introdução de trutas nas
cidades de Guarapuava, Malé e Inácio Martins, entre
outras, e hoje, mesmo depois de uma matança descontrola-
da, voltou a ter bons relatos de pesca de trutas e se inicia
projetos de proteção a essa espécie.
17
Total fly Fly Fishing Magazine
FALTA PROTEÇÃO
Nas últimas décadas,
estoques de trutas dos rios
no Brasil sofreram uma
redução considerável pela
pesca predatória. No mo-
mento em que as iniciativas
governamentais cessaram,
a truta passou a contar com
a sua permanência nos rios
brasileiros devido a seus
esforços de reprodução e
por projetos tocados por
Saiba maisO que leva a truta à extinção?
Em rio pequeno, um peixe ne-
cessita de, pelo menos, oito anos
para chegar a quatro quilos. E
nestes rios, (Caveira, Pelotas,
Lava-tudo, Macaé de Cima) pela
quantidade de alimento, poucos
chegam a essa idade. No momen-
to em que há pesca predatória, a
truta vira alvo principal.
Por que até hoje pouco se ouviu falar da truta?
A truta passou a ser um peixe
normal para todos, ou seja, está
presente no rio como o lambari, a
piava, a traíra etc., e passou a fa-
zer parte do cardápio dos morado-
res da região. O problema é que,
por se tratar de um peixe muito
sensível, a sua reprodução não
é suficiente para manter os esto-
ques no momento em que há muita
pesca predatória.
Quais são as principais fontes de informação sobre a truta no Brasil?
Uma boa fonte de pesquisa
sobre o assunto é o dossiê da
truta, produzido pela “Rota da
truta”, compartilhado via Face-
book (www.facebook.com/rota-
datruta). No site do Moscanagua,
há informações sobre o assunto:
h t tp: //w w w.moscanagua .com.
br/wp-content/uploads/2013/04/
Histo%CC%81ria-da-Pesca-com-
-Mosca-V5.1.pdf. Entre os traba-
lhos publicados, cito dois: “In-
trodução da truta no Brasil e na
Bacia do Rio Macaé, estado do
Rio de Janeiro: histórico, legisla-
ção e perspectivas”, de Henrique
Lazzarotto & Érica Péllegrini Cara-
maschi. “A trajetória da truticultura
no estado de São Paulo no período
de 1949-1999”, de Hélio Ladislau
Stempniewski.
pescadores, pela iniciativa
privada (pousadas) e por
entidades, como a “ABPM” e
a “Rota da Truta”.
Trata-se de rios peque-
nos, que passam por dentro
de propriedades privadas,
em uma região que se acos-
tumou a matar truta – hábito
que poderia ser tolerado se
a quantidade de espécimes
abatidos não comprometesse
a sobrevivência da espécie.
Dessa forma, alguns municí-
pios já começaram a legislar
projetos que preveem a
proteção da truta, transfor-
mando esse peixe em objeto
de interesse municipal.
Municípios como Urupema,
Itamonte, Painel, Rio Rufino,
Urubici e São Joaquim já
seguiram essa ideia. Nesses
locais, a pesca tem sido
mais promissora, trazendo
mais divisas à cidade e a
toda a cadeia ligada à pesca
esportiva.
18
Total fly Fly Fishing Magazine
MatériaPesca de Truta no Brasil
Um alento para a perma-
nência da truta é a portaria
145/98 do Ibama, que per-
mite o manejo de salmo-
nídeos em rios nos quais
eles já existam, desde que
o Estado desse rio produza
os ovos.
Sabe-se que o Brasil
possui mais de 20 rios com
trutas, alguns com quanti-
dade, outros com qualidade,
mas muitos com dificulda-
des, o que para o mosqueiro
pode ser uma coisa legal,
pois proporciona o desafio
da captura da truta.
Portanto, no momento
em que se veem pescado-
res gastando um valor bas-
tante razoável para pescar
truta em várias partes do
mundo, nada mais oportu-
no que mostrar que aqui
tem essa espécie, e não
é só pequenina. Em um
rio do Brasil tem um belo
troféu esperando por você,
e mais, tem um tipo de
pesca divertida em locais
de beleza natural invejável.
Nas próximas edições,
serão desvendados um a um
esses rios, apresentando
coordenadas, dicas, guias,
hotéis e fotos para que você
possa buscar a sua Truta
brazuca.
20
Total fly Fly Fishing Magazine
ColunaTecnologia
A evolução das varasO que devo usar: vara de carbono, de fibra de vidro ou vara de bambu? Quando nos referimos a tais materiais, a maioria vai dar preferência ao mais atual. Entretanto, não podemos nos esquecer de que, sem evolução tecnológica, as varas de fibra de carbono super leves, usadas na pesca com mosca, nem existiriam. Confira o que o pescador esportivo ganha com essa trajetóriaTEXTO: RICK MORAIS FOTOS: VITOR POIANI
21
Total fly Fly Fishing Magazine
Por volta do final de 1.800, as varas de pesca
com mosca eram feitas de bambu. Além de
compridas, eram bastante pesadas. No início
de 1.900, começaram a aparecer as varas fabri-
cadas com tiras de bambu, coladas em formato sextavado
(hexagonal). Mas a primeira revolução na fabricação de
varas aconteceu no final dos anos de 1940, com o advento
da fibra de vidro. Com material barato e relativamente fá-
cil de ser fabricada, a vara
de fibra de vidro proporcio-
nava uma ação suave, qua-
se em câmera lenta, o que
levou a pesca com mosca a
outro nível.
A segunda revolução
nesse quesito se deu no
final da década de 1970,
quando surgiu o carbono.
Mesmo que, inicialmente,
ele fosse quebradiço e frá-
gil, era espetacularmente
leve, proporcionando vá-
rias ações, das mais lentas
às mais rápidas. Com os
problemas iniciais supera-
dos, esse material, desde
então, tornou-se padrão
não apenas na fabricação
de varas de pesca com
mosca, mas de todas as
modalidades.
Com o passar dos anos,
não vimos surgir outro
material revolucionário.
Na verdade, o que aconte-
ceu foi a melhora na pure-
za do carbono e, principal-
mente, a sua mistura com
outros materiais, como
boro, f i lamento de titânio
e resinas especiais.
Mas, você pode estar se
perguntando: “O que ganho
com isso?” Podemos tentar
responder a essa pergun-
ta observando o momento
atual. No mercado, encon-
tramos varas muito leves,
fabricadas com carbono e
fibras alinhadas por na-
notecnologia, reel seat de
titânio, passadores feitos do
mesmo material, encaixes
milimetricamente desenha-
dos e ações que transmitem
menos vibração à linha, o
que otimiza o arremesso e o
faz chegar mais longe e com
mais precisão.
22
Total fly Fly Fishing Magazine
ColunaTecnologia
Ao mesmo tempo, ao
lado da oferta de materiais
provenientes da evolução
tecnológica, observamos
certa nostalgia por parte
de alguns pescadores, que
vêm procurando no merca-
do varas de fibra de vidro
e bambu sextavado. E,
atendendo a essa demanda
de pescadores que buscam
vivenciar uma sensação di-
ferente na pesca com mos-
ca, boa parte dos fabrican-
tes desenvolveu modelos de
varas com esses materiais.
Já tive a oportunidade
de pescar com uma vara
de bambu nacional (Ka-
rkour Seyoufi - Greg’s), de
fibra de vidro (Scott F2)
e de carbono (Sage, Scott
e Thomas & Thomas) e
posso afirmar que cada
uma delas cumpre muito
bem o seu papel. As varas
de bambu, de fato, trazem
uma sensação de se estar
pescando 100 anos atrás.
A ação lenta, quase em câ-
mera lenta proporcionada
por ela, é muito bonita.
As varas de fibra de
vidro, em sua maioria,
também apresentam ação
lenta, porém, em ritmo
diferente. Não requerem os
mesmos cuidados do bam-
bu e são muito resistentes.
Já as varas de carbono
dispensam comentários.
Além de super leves, pare-
A evolução tecnológica na fabricação das varas permite que o pescador esportivo pesque com materiais de ponta. Por outro lado, faz o pescador usufruir de sensações diferentes quando se pesca com materiais mais antigos
cem uma extensão do seu
braço. E é por isso que são
as minhas favoritas.
Se tiver oportunidade
de testarem essas varas
antigas, vá em frente. Tenho
certeza de que você irá
adorar.
24
Total fly Fly Fishing Magazine
ColunaDesatando o atado
Diz-se que
muitas das
ferramentas,
dos materiais e
dos acessórios para o atado
podem ser substituídos ou
mesmo adaptados na falta
dos específicos, quer seja
por motivo de emergência,
quebra, perda ou ainda
de ter esquecido de levá-
-los durante uma viagem.
Mas uma delas, por mais
imaginação e engenhosida-
de que o pescador/atador
tenha, será praticamente
impossível de substituir: a
morsa, ou, como é grafada
em inglês, vise.
Dizemos “praticamente”
porque com a capacidade
inventiva do brasileiro não
se brinca. Já vimos adap-
tações feitas com mandris
de furadeiras, pequenas
morsas comuns, entre
outros. Entretanto, o atador
irá descobrir a duras penas
que, sem a morsa apro-
priada, além das inúmeras
dificuldades por falta de ar-
ticulações e movimentos es-
pecíficos, seu atado ficará,
acima de tudo, sacrificante.
E, se resolver atar moscas
em anzóis menores (aque-
les usados para moscas
minúsculas em pesca de
pequenas espécies, como o
lambari), aí fica impossível!
Como escolher a morsa?Nesta edição, ajudaremos o pescador/atador iniciante a buscar a melhor opção no mercado, levando em conta a relação custo x benefício. Confira quais são os principais modelos de morsas, suas funções, além de vantagens e desvantagens TEXTO: CARLOS CACOSA | FOTOS: ZECA SALGADO
Nessa hora, só há duas
saídas: parar de atar ou com-
prar uma morsa específica.
Como parar de atar, para
quem começa, é o mesmo que
parar de pescar, o jeito é bus-
car a melhor opção no merca-
do. Quer seja em qualidade,
quer em preço. Vale lembrar
que nem sempre o mais caro
é o melhor, e nem sempre
o barato é realmente ruim.
Dessa forma, observe bem a
relação custo x benefício.
25
Total fly Fly Fishing Magazine
MODELOS
As morsas podem ser do tipo fixa
ou rotatória e os bons modelos conse-
guem prender um grande anzol a um
minúsculo anzol.
Basicamente, existem dois modelos
de pedestal ou de base. As morsas
do tipo fixa são as mais utilizadas
nas viagens de pesca, já que cabem
perfeitamente na bagagem do pesca-
dor. Ou nos casos em que o pescador
não tem um lugar apropriado (o “seu
canto”), onde possa deixar todo seu
material à mostra e ocupando espaço.
Já as morsas do tipo “base” são
as preferidas no dia a dia do atador,
sem contar que dá um charme todo
especial ao “cantinho” e ao “escritório
de pesca” do pescador\atador – ver-
dadeiro convite a longos bate-papos,
com amigos mostrando suas habilida-
des, trocando informações enquanto
se revezam no atado, ensinando os
iniciantes e aprendendo, com os mais
experientes, truques e macetes da
arte de atar.
MORSA DO TIPO FIXA
Vantagens = versatilidade, tamanho e peso
Desvantagens = incomoda e, muitas vezes,
vai soltando durante o processo do atado
MORSA DO TIPO BASE
Vantagens = devido ao peso da base, pro-
porcionam maior firmeza e estabilidade na
fixação da morsa
Desvantagens = tamanho e peso
COMO ESCOLHER
A principal dúvida do iniciante é qual delas escolher, já que temos
tantas opções de marcas e modelos disponíveis no mercado. Caso a compra
seja online, opte por um modelo que já tenha usado ou que tenha sido indi-
cado por um amigo que possui igual modelo.
Uma forma comum de iniciar é a compra de kits compostos de morsa
fixa, bobbin, tesoura e outras ferramentas. Se tiver condições de experi-
mentar, trata-se da melhor opção, evitando se irritar mais adiante com a
“pinça” (jaw) – que é a principal parte da morsa, responsável pela fixação
do anzol.
Opte por uma do tipo rotatória, o que facilitará o seu atado, principal-
mente quando se ata (amarra) o material na parte de baixo do anzol.
Uma coisa é certa: a morsa é o principal equipamento do atado e, com
certeza, se bem escolhido, durará para sempre.
Então, vamos lá! Mãos à obra ou mãos à mosca!
Procure adquirir a melhor morsa (vise) que seu orçamento permitir. Trata-se de um item que não deve ser economizado ou otimizado
26
Total fly Fly Fishing Magazine
MatériaCentro de Treinamento Total Fly
Muitas vezes,
recebemos
e-mails ou
telefonemas
de alunos interessados em
fazer um curso, mas estão
receosos por não terem
equipamentos ou qualquer
experiência na modalidade.
Nossa resposta a essas
preocupações é a mesma:
“Excelente!” E explica-
mos: é muito melhor não
ter experiência ou contato
anterior com a modalida-
de, pois é muito mais fácil
de aprender o certo e não
adquirir vícios.
Quando se parte para
o autodidatismo, o risco é
se orientar por algum meio
no qual a explicação não
é tão clara ou falta algum
pequeno detalhe que fará
muita diferença. Há quem
ache que pescar com equi-
pamento de f ly é simples-
mente jogar a linha e fazer
com que ela chegue um
pouco à frente, não impor-
ta como, literalmente aos
trancos e barrancos.
Quanto a não ter equipa-
mento, a resposta é similar:
é preferível não ter no prin-
cípio do que adquirir algo
Localizado em Embu das Artes, interior de São Paulo, o Centro de Treinamento (C.T.) Total Fly integra um conjunto de segmentos voltados à pesca com mosca ou Fly Fishing e mostrará aos iniciantes que a modalidade não é difícil como alguns pregam POR: ZECA SALGADO | FOTOS: ACERVO TOTAL FLY
TOTAL FLY CURSOS
27
Total fly Fly Fishing Magazine
de má qualidade ou inadequado para
a pesca de nossos peixes. É comum
ver alunos com equipamentos muito
antigos - diria até obsoletos -, que
há anos aguardavam ser utilizados,
ou então, equipamentos voltados à
pesca para climas e peixes diferentes
do nosso. Muitas vezes, os equipa-
mentos são buscados com base ape-
nas em preço nos sites estrangeiros,
sem ter a mínima noção das nomen-
claturas, ou dos tipos, modelos e va-
riações que tanto varas, como linhas,
carretilhas e acessórios têm. Fazendo
o curso de fly, mesmo no nível básico,
é possível ter uma boa noção.
O mais visado no curso ministrado
pela Total Fly é a simplicidade do fly
fishing e a base. Na opinião de nossa
equipe, a base é que fará a diferença
entre pescar bem, pescar confortavel-
mente e ter prazer.
O curso mostra aos alunos que,
desde a forma de montar o equipa-
mento, segurá-lo adequadamente ou
mesmo executar um arremesso mais
elaborado, é necessário conforto e
praticidade. Além disso, orienta para
que o aluno busque a relação custo X
benefício, ressaltando que nem sem-
pre o mais caro equipamento é o que
se necessita ou o que o fará arremes-
sar ou pescar melhor.
Durante todo o dia, o aluno é
corrigido quanto à postura, é cobra-
do quanto a fazer os movimentos
de forma adequada, lembrado-se de
conceitos que fazem com que sua li-
nha faça o que ele ou a vara ordenam,
enfim, é ensinado ao aluno a ter o que
é chamado “Controle de linha” – um
dos mais importantes quesitos na
arte do fly fishing.
Ao final do dia, muitos se surpre-
endem não apenas com a simplicida-
de e com a facilidade da modalidade,
mas, principalmente, consigo mesmo
e com o progresso alcançado.
Conforto e praticidade fazem a diferença na pesca com mosca
28
Total fly Fly Fishing Magazine
MatériaCentro de Treinamento Total Fly
APTIDÃO PARA PESQUE-PAGUE
Leitores que receberam
nossos e-mails informativos
ou tiveram acesso à Fan
Page da Total Fly notaram
que o curso básico é voltado
à pesca em pesque-pagues.
Mas, por que não é voltado
à pesca de fly na natureza
ou embarcado?
Porque consideramos que
os pesque-pagues são verda-
deiros “quintais” dos pesca-
dores. Quando não conse-
guem viajar, podem optar
por esses verdadeiros oásis
nas grandes áreas urbanas.
Além da infraestrutura que
possibilita que o pescador
fique à vontade para levar
seus familiares, a seguran-
ça e o fato de o peixe estar
condicionado à alimentação
artificial com o fornecimento
de ração formam o conjunto
perfeito para dar os primei-
ros passos na modalidade.
O fato de o peixe estar
acostumado a esse tipo de
alimentação faz com que o
ato de capturá-lo fique bem
mais simples, já que basta
lançar na água a ração de
superfície e aguardar que o
peixe comece a comer. Na
sequência, basta arremes-
sar a imitação que variará
de iscas confeccionadas
com as mais diferenciadas
formas ou materiais, como
por exemplo, cortiça, E.V.A.,
miçanga, entre outras.
“Existe o antes e o depois do curso”. Esta frase é, em geral, dita por aqueles que fizeram um curso de arremesso com equipamento de fly.”
29
Total fly Fly Fishing Magazine
E a aula começa des-
de aí, pois, mesmo sendo
mais fácil de achar o peixe,
o iniciante deverá pôr em
prática o que aprendeu para
fazer a isca chegar até onde
o peixe está comendo.
Daí em diante, é se apri-
morar, começar a utilizar
iscas mais volumosas e,
com a experiência adquiri-
da no pesque-pague, partir
para as primeiras aventuras
em ambientes naturais.
Portanto, se você pretende
iniciar na modalidade, procu-
re antes fazer um curso.
Existem vários pelo
País, mas o diferencial do
ministrado pela Total Fly,
além dos motivos já citados,
é o valor. Como o intuito é
difundir a modalidade, nada
melhor que baixar o preço.
Rubens de Almeida Prado, o
Rubinho, ou com Gerson Ka-
vamoto. Além de ter a possi-
bilidade de formar o próprio
grupo, é possível escolher o
instrutor de sua preferência.
Basta consultar antecipada-
mente se há disponibilidade
na agenda.
Então, não perca tempo!
Entre em contato para con-
sultar as datas disponíveis
e venha para o emocionante
e divertido mundo do fly
fishing.
Por isso, o preço é de ape-
nas R$ 150 pelo curso feito
em grupo, e R$ 350,00 pelo
curso personal.
Após fazer o curso bá-
sico, com certeza o aluno,
independentemente de idade
ou sexo, pois as mulheres
e crianças estão cada vez
mais presentes, terá interes-
se em se aprimorar e irá bus-
car um curso intermediário
e avançado, que poderão
também ser feitos no C.T.
com nossos parceiros, como
30
Total fly Fly Fishing Magazine
ColunaTécnica
Wolly buger: passo a passoNesta edição, ensinaremos como fazer uma das diversas variações dessa mosca – e também uma das mais eficientes. Trata-se da isca lastreada, ou seja, que possui peso, fazendo com que ela afunde mais e proporcione a pesca na meia-água TEXTO E FOTOS: CARLOS CACOSA
FERRAMENTAS UTILIZADAS
Morsa
Bobbim\bobina
Heckle Pliers
Whip Finisher
Bodkin
MATERIAISAnzol Tiemco TMC300 - Ta-
manho #6
Pedaço de estanho
Linha 6\0
Marabou
Cristal Flash\brilho
Chenille
Pena para Heckle
Tesoura
Cola de secagem rápida
Caso tenha ficado
alguma dúvida quanto à
dinâmica do atado, veja o
passo a passo da isca em
vídeo: http://goo.gl/vcgRPq
31
Total fly Fly Fishing Magazine
A wolly buger é uma das
iscas preferidas para muitos
pescadores de fly. Sua
aparência, principalmente
quando está na água, é mui-
to atrativa, similar a uma
sanguessuga ou outro tipo
de verme. Sua locomoção é
praticamente um “convite
para o almoço”: Simples-
mente irresistível.
• Prenda o anzol na morsa.
• Enrole um pedaço de
estanho, começando um
pouco atrás do “olho” do an-
zol, para depois ter espaço
para atar o heckle ou colar
e finalizar a mosca. Chegue
com ele até um pouco antes
da curva do anzol para,
assim, ter espaço para atar
os materiais. Cauda e corpo.
(Marabou, brilho e chenile)
• Prenda a linha, come-
çando próximo ao “olho”
do anzol e vá passando por
cima do estanho, de forma
que a linha entre nos vãos
deixados pelas voltas do
material e, dessa forma,
ajudando a fixá-lo bem na
haste do anzol. Chegue até
próximo à curva do anzol. É
preciso deixar um espaço,
já que, se chegar muito
próximo à curva, a cauda da
isca ficará comprometida,
ou seja, torta para baixo
quando atar o marabou.
32
Total fly Fly Fishing Magazine
ColunaTécnica
• Prenda o marabou para formar a cauda da
isca, mas lembre-se: não exagere no material
para não gerar um volume desnecessário
na isca. Por outro lado, o volume não pode
ser pequeno, senão, quando molhada, ficará
muito fina – quase imperceptível – e, por
consequência, pouco atrativa pela falta de
movimento da cauda.
Outra coisa fundamental é que a cauda,
em geral, deve ter, no máximo, uma vez e
meia o tamanho da haste do anzol – parte
que compreende do término da curva até o
começo do “olho” do anzol.
• Coloque o brilho. Para
isso, uma boa dica é cortar
os pedaços que serão uti-
lizados em pares – e com o
dobro do tamanho que eles
teriam se colocados um a
um. Isso porque, se man-
tiver esticada a linha do
carretel ou bobbin e passar
esse brilho que cortou
por detrás da linha e unir
as pontas, ficará com o
tamanho exato que teriam
se fossem atados um a um.
Mantendo-os presos, leve-
-os até a posição que dese-
ja colocá-los junto à cauda.
Preferencialmente bem
centralizados, prenda-os e
repita o processo do outro
lado. Dessa forma, verá que
será bem mais fácil e rápi-
do e sem o problema de os
fios de brilho se soltarem
ou se moverem na hora de
ser atados.
33
Total fly Fly Fishing Magazine
• Depois de os brilhos esta-
rem atados, é hora de fazer
o corpo da mosca. Para isso,
ate a ponta do chenile junto
à cauda da isca. Outra dica
bem interessante é não cortar
o chenile, ou seja, não adianta
calcular mais ou menos o que
irá utilizar. Isso porque corre o
risco de sobrar, o que é ruim,
pois com o que sobrar você
poderia fazer outras iscas. Ou,
o que é pior, no caso do atado
faltar material. Ate-o, mas dei-
xe o restante ou pacote abaixo
da isca.
Se você estiver utilizando
uma morsa giratória, verá que,
se segurado firmemente e sen-
do enrolado com o movimento
da morsa, o chenile ficará bem
uniforme – sem aquele famo-
so risco de ficar muito bom
do lado que estamos vendo
enquanto enrolamos manual-
mente e, do outro lado, com es-
paços muito grandes entre as
voltas ou remontado. Quando
for fazer isso, procure utilizar,
se sua morsa tiver, o apoio de
linha, como poderá ver na foto
ao lado.
• Chegue com o chenile
até próximo o “olho” do an-
zol, mas lembre-se de deixar
espaço para a atar o heckle
ou colar e fazer os nós de
acabamento da isca.
Apare o chenile, dê um
nó de segurança para não
deixá-lo afrouxar.
34
Total fly Fly Fishing Magazine
ColunaTécnica
• Ate a pena escolhida para o heckle. Para isso, retire um
pouco das penas, deixando só a cerda da pena, o que fica-
rá bem mais fácil de atar. Ate a pena com o lado brilhante
voltado para você.
• Uma vez atada, prenda-a com a ferramenta Heckle Pil-
lers ou, na falta dela, segure firmemente a ponta da pena
e gire-a em torno da haste para formar o heckle - ou colar
da isca.
Não é necessário utilizar toda a pena. Algumas voltas são
suficientes para fazer o heckle. Lembrando que a largura da
pena não deve ultrapassar - ou se ultrapassar o mínimo pos-
sível - o tamanho do gap ou abertura da curva do anzol. Este
espaço compreende a ponta do anzol até a haste.
• Corte o excesso da pena, dê o nó de finalização para
prendê-la e dê mais dois ou três nós de acabamento para
formar a cabeça da mosca.
• Corte a linha e passe cola. Cuidado para não deixar a
cola pegar nas penas do heckle,
Está pronta sua wolly buger! Agora é só ir para a água
e testar a isca que, com certeza, lhe recompensará com
belos peixes.
36
Total fly Fly Fishing Magazine
ColunaViagem
Pescar com quem? Agência, operadora ou formadores de grupos?
A partir desta edição, a coluna Viagem abordará dicas de viagens e turismo de pesca esportiva. Para iniciar, confira as diferenças entre grupos, agências e operadoras. E boa viagem! POR: ALEXANDRE SARPE
Muitos dos
pescadores
esportivos
preferem
“montar”
sua própria
viagem, mos-
trando a amigos ou grupo
que é mais experiente ou
“entendido no assunto”.
A alegação é a de que, na
agência ou operadora de
turismo, o valor é muito
superior. Entretanto, apesar
de muitos formadores de
grupos dizerem que são
conhecedores no mercado,
há o risco de que, se ocorrer
algum problema durante
a viagem, não assumirem
a responsabilidade. E isso
pode ser desde um simples
extravio de bagagem a um
acidente mais grave.
Portanto, o ideal é viajar
com empresas cadastradas
perante órgãos regulamen-
tadores, ou, no mínimo, que
possuam o Cadastur. Exija
o cadastro.
O que é o Cadastur? Trata-se do sistema de cadas-
tro de pessoas físicas e jurídicas
que atuam no setor de turismo.
Composto pelo Ministério do Tu-
rismo, em parceria com órgãos
oficiais da área nos 26 Estados do
Brasil e no Distrito Federal, per-
mite o acesso a diferentes dados
sobre os prestadores de serviços
turísticos cadastrados.
Fonte : www.cadastur.turismo.
gov.br |www.embratur.gov.br
37
Total fly Fly Fishing Magazine
AGÊNCIA DE VIAGENS
A agência também pode
elaborar pacotes, mas, nor-
malmente, revende pacotes
das grandes operadoras,
ganhando uma comissão
para cada venda realizada.
A responsabilidade, de
acordo com o Código de
Defesa do Consumidor, é
solidária entre a agência e
a operadora.
OPERADORA DE VIAGENS
É a empresa que elabora
os pacotes. Negocia direta-
mente com todos os demais
fornecedores para obter
bons preços e oferecer paco-
tes nos quais o valor total é
bem inferior ao valor apre-
sentado se o consumidor
adquirisse a hospedagem e
transporte aéreo direto.
Como escolher a em-
presa em que irá comprar
o pacote turístico?
O interessado, se possí-
vel, deve solicitar indica-
ções de amigos e parentes
que já tenham utilizado a
agência de viagens, além
de consultar o Cadastro de
Reclamações Fundamen-
tadas e o Banco de Dados
do Procon. Além disso,
deve verificar se a empresa
está cadastrada no Cadas-
tur, ou em outros órgãos e
associações, como: ABAV,
BRAZTOA, SINDICATOS,
FENACTUR.
O consumidor deve soli-
citar todas as informações
– por escrito – da empresa
sobre a quantidade de dias
e noites, tipo e localização
do meio de hospedagem,
meio de transporte, tipo de
quarto (duplo, triplo etc.),
refeições inclusas, tipo de
barco, motor, motor elétrico,
bateria, se há carregador,
cadeiras, se os guias são da
região, condições de nave-
gação de determinados rios,
tipos de peixe (aqui temos o
efeito da natureza, lembre-
-se disso).
Do que é composto um
pacote turístico e que
tipos existem?
Normalmente, um pa-
cote turístico, nacional ou
internacional, é composto
por hospedagem, trans-
porte (aéreo, rodoviário,
ferroviário etc.), alimenta-
ção, traslados (“transfer”),
guias locais, barcos, motor,
motor elétrico, baterias,
cadeiras, equipamentos de
salvatagem, comunicado-
res etc.
Existe o pacote individu-
al (“forfait”), no qual o con-
sumidor, junto do agente
de viagens, escolhe hotel,
companhia aérea, locais
para os quais pretende via-
jar e pescar, enfim, monta
o pacote sob medida. Já no
pacote em grupo, ou seja,
a excursão, horários, meios
de transporte, hotéis etc.
estão preestabelecidos. O
consumidor se integra ao
oferecido, mas pode pedir
outros passeios, com paga-
mento à parte.
Pescadores brasileiros relutam em comprar pacotes de pesca ou qualquer serviço prestado pelo agente de viagens ou operadoras por acreditarem gerar gastos extras e desnecessários
38
Total fly Fly Fishing Magazine
ColunaViagem
Por que preferir pescar
com agência de viagem
ou operadora de turismo?
Os pescadores brasileiros
relutam em comprar pacotes
de pesca ou qualquer servi-
ço prestado pelo agente de
viagens ou operadoras por
acreditarem gerar gastos
extras e desnecessários. A
verdade é que o pescador
não faz a “conta inteira”,
pois nunca inclui nos orça-
mentos o tempo envolvido
na operação: gastos com
telefonia, trocas de e-mails
com o grupo, dados cadas-
trais, pagamentos. Acre-
ditam que, na viagem de
pesca, tem que se gastar o
mínimo possível.
Na verdade, viajar com
um agente de viagens ou
operadora de turismo repre-
senta economia, pois se tra-
ta da prestação de serviços
de um profissional capacita-
do e com ferramentas para
fornecer atendimento ágil e
preciso, sem que o pesca-
dor/passageiro/turista perca
tempo desnecessário ou
entre em numa furada.
Vale destacar que as
comissões dos agentes de
viagens são pagas pelas
empresas fornecedoras: ope-
radoras, transportes, redes
hoteleiras, pesqueiros etc. e
que não são repassadas aos
consumidores finais.
TURISMO DE PESCA EM NÚMEROS
O turismo de pesca
esportiva no Brasil pos-
sui números expressivos
e surpreendentes. Somos
hoje cerca de 23 milhões de
pescadores esportivos, e o
Brasil é o País que tem a
maior hidrografia do mundo,
consequentemente, a maior
quantidade de peixes de
água doce deste planeta.
O governo brasileiro
abriu os olhos para o merca-
do de pesca em 2010, com
a criação do Ministério da
Pesca e Aquicultura, que
nasceu com planos para a
pesca amadora e esportiva.
Este fato é muito impor-
tante, dada a possibilidade
de profissionalização que o
apoio governamental produ-
zirá em um mercado que, às
margens do Governo, movi-
menta cerca de 5 bilhões de
dólares anualmente e gera
1,5 milhão de empregos
diretos e indiretos.
Temos mais água, temos
os melhores peixes, temos
os melhores pescadores e
agora temos capacidade
turística para crescer.
DICAS
Preço: a agência de pes-
ca oferece pacotes, transfer
e hospedagem pelo mesmo
preço das operadoras, ou,
às vezes, em condições até
melhores que as operadoras.
Sem contar a possibilidade
de parcelamento.
Conhecimento: a agência
de pesca orienta sobre as
melhores opções em termos
de preço, passeios, roupas,
refeições, pontos de pesca,
guias, barcos, equipamento,
etc. para tornar a pescaria
em um sucesso.
Segurança: nada melhor
do que comprar com quem
vive a pesca esportiva e
gosta tanto quanto você. O
seu agente de viagens deve
ser um profissional que lhe
dê segurança.
Informação: a agência
de pesca tem acesso a
sistemas com todas as
informações (atualizadas)
e se mantém antenada nos
destinos de pesca para
oferecer pacotes adequados
para a época, o local e o que
se pretende fisgar.
Confiança: a agência de
pesca tem capacitação
necessária para dar suporte
ao turista no caso de pro-
blemas durante a viagem. O
seu agente de viagens resol-
ve os problemas enquanto
você pesca.
Seguro: Sempre que você
viaja com uma a agência
de pesca, está coberto por
seguro-turismo, que garan-
te qualquer necessidade
médica, hospitalar, hospe-
deira, repatriação, telefonia,
farmácia, bagagem e seguro
de vida.
Consulte seu agente de
viagens ou entre em conta-
to conosco:
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Total fly Fly Fishing Magazine
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Total fly Fly Fishing Magazine
LONTRASLONTRAS
ANUNCIO_LONTRAS.indd 1 07/11/13 23:02totalfly-ed01.indd 29 12/11/2013 08:23:38
40
Total fly Fly Fishing Magazine
ColunaSaúde
Pescar só depois de se alongar!Não importa se a pesca esportiva é praticada apenas como hobby. É recomendado sempre se preparar fisicamente para a sua prática. Confira as dicas de alongamento que a Fisioterapesca preparou especialmente para o pescador esportivo POR: DIEGO VERONEZI, DE FISIOTERAPESCA
Em geral, lesões
costumam
acometer muito
mais os cha-
mados “atletas de fim de
semana”, isto é, aqueles
que não praticam exercí-
cios físicos regulares. Aí,
quando chega o final de
semana, esse “atleta” colo-
ca um tênis (muitas vezes,
impróprio) e corre 10 qui-
lômetros! Há quem calce
chuteiras e vai jogar bola
com os amigos (90 minutos
de correria), ou ainda, pega
uma raquete e entra em
uma partida de tênis como
se fosse a “final de Wimble-
don”. Já o pescador espor-
tivo coloca a vara no carro,
vai à represa, ao pesqueiro
ou ao rio e dá uns 800 arre-
messos ao longo do dia.
O detalhe fundamental é
que, na maioria dos ca-
sos, esses “atletas” não se
aquecem e não alongam os
músculos para a prática de
seus hobbies, esquecendo-
-se de que se trata também
de exercícios físicos.
Em trabalhos de acom-
panhamento de grupos
durante viagens de pesca,
a Fisioterapesca notou
Alongamento da musculatura lateral do pescoço
Alongamento da musculatura posterior do
pescoço
Alongamento da musculatura anterior do
pescoço
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Total fly Fly Fishing Magazine
QUANTO TEMPO DEVE-SE ALONGAR?
O ideal é manter o
alongamento de 20 a 30
segundos em cada região
do corpo (posição) e fazer
três séries. Ou seja, repetir
três vezes a sequência de
alongamentos. Se for possí-
vel se alongar todos os dias,
ótimo! Mas, se não der,
tente fazer pelo menos três
vezes por semanas.
Para você, pescador
esportivo, não há dificul-
dade. Essa sequência é
possível de ser feita até
mesmo enquanto se pesca
embarcado, por exemplo,
nos deslocamentos entre os
pontos de pesca!
O alongamento não traz benefício imediato, como a maioria das pessoas imagina. É preciso fazer esse exercício repetidamente para melhorar a flexibilidade
que em torno de 95% dos
pescadores que sofrem
com lesões, ou mesmo com
algum tipo de dor aguda,
são justamente os “atle-
tas de fim de semana”. O
indivíduo, além de não se
exercitar regularmente, no
dia a dia trabalha muito e,
como consequência, tem
uma carga de estresse e
cobrança muito grande – o
que piora ainda mais a sua
condição física.
Quando o pescador tira
uma semana de folga para
relaxar com família e ami-
gos, começa uma maratona
de 600 a 1000 arremessos
diários – e sem “avisar” o
seu corpo -, muitas horas
por dia, geralmente em
pé debaixo de sol forte. É
quando começam as dores.
E é justamente para evi-
tar que isso aconteça que,
nesta edição, ressaltamos a
importância do alongamen-
to, que deve ser feito não
apenas dois minutos antes
do exercício, mas diaria-
mente! Isso porque, como o
benefício do alongamento
é aumentar a f lexibilidade,
seu efeito decorre a médio e
a longo prazos.
Portanto, as lesões dimi-
nuem se ele for feito repeti-
damente, não apenas antes
da pescaria, mas durante e
depois dela – ou de qual-
quer outro exercício físico.
Alongamento da musculatura da coluna vertebral Alongamento da musculatura posterior do ombro
Alongamento da musculatura anterior do braço
Alongamento da musculatura posterior do braço
Alongamento da musculatura
posterior da coxa, glúteo e coluna
lombar
Alongamento da musculatura posterior da coxa, glúteo e coluna
lombar
Alongamento da musculatura posterior da coxa, glúteo e
coluna lombar
MARIA E OMARNo mar,
Onda vai, onda vem!
Maria ia ao marAmar Omar Pescador.
Maria pescadora!(Que ironia!)
Quem pesca um pescado,Pesca um, pesca dois, pesca três
Maria foi ao marAmar Omar Pecador
Maria pecadora!(Quem diria?)
Quem peca um pecadoPeca um, peca dois, peca três
Maria vai ao marNão mais Omar, o pescador!Omar, o pecador, vai no mar,
Foge de Maria
(Que importa?)No mar,
Onda vai, onda vem.Não, não falta pescador
De pescar,Pescado pra MariaNem falta pecador
Pra pecar,Pecado de Maria.
Do livro Arlequinal, de José Roque
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