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TRUTA BRAZUCA A incrível pesca de trutas no Brasil: um universo a ser descoberto PESQUEIRO Flyfishing com rações artificiais nº2, agosto de 2014 CENTRO DE TREINAMENTO Saiba mais sobre os cursos da Total Fly TÉCNICA Wolly buguer: passo a passo

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TRUTA BRAZUCA A incrível pesca de trutas no Brasil:

um universo a ser descoberto

PESQUEIROFlyfishing com rações artificiais

nº2, agosto de 2014

CENTRO DE TREINAMENTO

Saiba mais sobre os cursos da Total Fly

TÉCNICAWolly buguer: passo a passo

Cursos

CURSOS INTERMEDIÁRIOS E AVANÇADOS:

Ministrados pelos mais renomados instrutores da modalidade no Brasil, como Rubens de Almeida Prado e Gerson Kavamoto.

Trata-se de cursos voltados para quem quer se aprimorar, corrigir vícios adquiridos e poder pescar em qualquer local ou situação de pesca, e, ainda, para se aperfeiçoar em uma pescaria específi ca, tanto no que diz respeito a local quanto ao peixe-alvo.

CURSOS BÁSICOS:

Ministrados pela equipe Total Fly, têm como principal característica introduzir o iniciante na modalidade de forma simples e descomplicada.

Tão fácil que, após apenas um dia de curso, você já estará apto a buscar seu primeiro peixe no pesque-pague de sua preferência. E daí para frente é só progresso e emoção.

Faça o seu curso de fl y, não importa o nível de seu conhecimento na modalidade!

ONDE ESTAMOSLocalizado em Embu das Artes, o C.T. (Centro de Treinamento) da TOTAL FLY terá, em breve, tudo o que o pescador de fl y necessita em um único lugar.

e-mail: cursos@totalfl y.com.br

ANUNCIO_CENTRO-DE-TREINAMENTO.indd 1 12/11/2013 08:17:13

Pintados, Dourados, Piraparas, Piracanjubas e Outras Espécies

Agência Jund Pesca Especializada Em Turismo De Pesca

Agora também levamos você para pescar os gigantes da Argentina Ita Ibaté

- Destino famoso internacionalmente -

PESCA ESPORTIVA

Jund Pesca Turismo - Grupo Jund Pesca

Informações e reservasTel.: (11) 4522-7902 - e-mail: [email protected]

Rua Barão Do Triunfo, 315 Centro Jundiaí

www.jundpesca.com.br

ANUNCIO_JUNDPESCA.indd 1 07/11/13 23:15totalfly-ed01.indd 2 12/11/2013 08:26:49

Cursos

CURSOS INTERMEDIÁRIOS E AVANÇADOS:

Ministrados pelos mais renomados instrutores da modalidade no Brasil, como Rubens de Almeida Prado e Gerson Kavamoto.

Trata-se de cursos voltados para quem quer se aprimorar, corrigir vícios adquiridos e poder pescar em qualquer local ou situação de pesca, e, ainda, para se aperfeiçoar em uma pescaria específi ca, tanto no que diz respeito a local quanto ao peixe-alvo.

CURSOS BÁSICOS:

Ministrados pela equipe Total Fly, têm como principal característica introduzir o iniciante na modalidade de forma simples e descomplicada.

Tão fácil que, após apenas um dia de curso, você já estará apto a buscar seu primeiro peixe no pesque-pague de sua preferência. E daí para frente é só progresso e emoção.

Faça o seu curso de fl y, não importa o nível de seu conhecimento na modalidade!

ONDE ESTAMOSLocalizado em Embu das Artes, o C.T. (Centro de Treinamento) da TOTAL FLY terá, em breve, tudo o que o pescador de fl y necessita em um único lugar.

e-mail: cursos@totalfl y.com.br

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Pintados, Dourados, Piraparas, Piracanjubas e Outras Espécies

Agência Jund Pesca Especializada Em Turismo De Pesca

Agora também levamos você para pescar os gigantes da Argentina Ita Ibaté

- Destino famoso internacionalmente -

PESCA ESPORTIVA

Jund Pesca Turismo - Grupo Jund Pesca

Informações e reservasTel.: (11) 4522-7902 - e-mail: [email protected]

Rua Barão Do Triunfo, 315 Centro Jundiaí

www.jundpesca.com.br

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Cursos

CURSOS INTERMEDIÁRIOS E AVANÇADOS:

Ministrados pelos mais renomados instrutores da modalidade no Brasil, como Rubens de Almeida Prado e Gerson Kavamoto.

Trata-se de cursos voltados para quem quer se aprimorar, corrigir vícios adquiridos e poder pescar em qualquer local ou situação de pesca, e, ainda, para se aperfeiçoar em uma pescaria específi ca, tanto no que diz respeito a local quanto ao peixe-alvo.

CURSOS BÁSICOS:

Ministrados pela equipe Total Fly, têm como principal característica introduzir o iniciante na modalidade de forma simples e descomplicada.

Tão fácil que, após apenas um dia de curso, você já estará apto a buscar seu primeiro peixe no pesque-pague de sua preferência. E daí para frente é só progresso e emoção.

Faça o seu curso de fl y, não importa o nível de seu conhecimento na modalidade!

ONDE ESTAMOSLocalizado em Embu das Artes, o C.T. (Centro de Treinamento) da TOTAL FLY terá, em breve, tudo o que o pescador de fl y necessita em um único lugar.

e-mail: cursos@totalfl y.com.br

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Agência Jund Pesca Especializada Em Turismo De Pesca

Agora também levamos você para pescar os gigantes da Argentina Ita Ibaté

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PESCA ESPORTIVA

Jund Pesca Turismo - Grupo Jund Pesca

Informações e reservasTel.: (11) 4522-7902 - e-mail: [email protected]

Rua Barão Do Triunfo, 315 Centro Jundiaí

www.jundpesca.com.br

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Pintados, Dourados, Piaparas, Piracanjubas e Outras Espécies

04

Total fly Fly Fishing Magazine

EditorialExpediente

Total Fly continua a navegar!

A primeira edição da Total Fly Magazine

foi um sucesso! Muitos exemplares foram

enviados para todo o País – e também para

o exterior – a colaboradores, leitores e for-

necedores. De forma unânime, o feedback

foi um só: “Parabéns” pela iniciativa e pela

qualidade do conteúdo. Agora, a intenção

com a edição 2 é mostrar que não perderemos o foco. Por isso,

continuaremos a desvendar, aos poucos, esse maravilhoso mundo do

fly para você.

O crescimento de nossa Fan Page demonstra que o novo pesca-

dor necessitava de um canal direto para se informar, interagir e con-

tribuir para o crescimento da modalidade no Brasil. Obrigado a você

que curtiu a nossa página e prestigia o nosso conteúdo.

Para quem não conseguiu adquirir o exemplar impresso, disponibi-

lizamos seu conteúdo integral em nosso site: www.totalfly.com.br.

Paralelamente, o Centro de Treinamento da Total Fly entrou

em funcionamento a todo vapor, com vários cursos básicos em

grupos e personalizados. Já usufruíram do espaço os instrutores

Rubens de Almeida Prado – Rubinho, de São Paulo –, e Beto

Vaucher, de Curitiba.

Enquanto a Total Fly Magazine conquistava o Brasil e o Centro

de Treinamento recebia seus primeiros alunos, a Fábrica de Iscas

começou a operar. Dando treinamento especializado aos atadores,

utilizando somente anzóis e materiais de primeiríssima linha, as iscas

saíram das morsas, ganharam embalagem individual com etiqueta

descritiva e começaram a ser vendidas ao consumidor final por meio

de nosso parceiro: O BOTO (www.oboto.com.br).

A Total Fly Viagens também iniciou a sua jornada, levando os pri-

meiros clientes até a cidade de Pereira Barreto-SP, onde os tucunarés

não decepcionaram, e a adrenalina das pescarias pôde ser descan-

sada com o atendimento e o conforto proporcionados pela Alô Brasil,

que nos levou e nos trouxe de forma tranquila e segura para usufruir

das acomodações, de guias e excelente comida e atendimento do

Hotel Dinâmica Das Águas.

Em breve, lançaremos novos destinos, tanto para aqueles que não

têm tempo em grandes viagens, quanto para aqueles que podem “se

esquecer da vida” em pescarias memoráveis e em lugares maravilho-

sos pelo mundo afora.

E mais novidades virão por aí! Só temos a agradecer ao leitor,

colaboradores e parceiros pelo sucesso.

A Total Fly magazine é uma publicação institucional da mar-ca Total Fly. É proibida sua reprodução total ou parcial sem autorização por escrito da diretoria. O conteúdo dos anún-cios e mensagens publicitárias inclusos nesta edição é res-ponsabilidade dos anunciantes. A Total Fly magazine não se responsabiliza pela opinião publicada em artigos assinados.

Expediente

DiretoriaTOTAL FLY E LOOP INVEST

Edição e revisão de textoJanaína Quitério (MTB 45.041/SP)

Projeto gráfico e diagramação

Colaboraram nesta ediçãoAlexandre Sarpe, Bibiana Castro, Carlos

Cacosa, Diego Veronezi, Reginaldo Bueno

(Regis), Ricardo Morais (Rick Morais),

Rogério Batista (Jamanta), Vitor Poiani (fotos),

Zeca Salgado

Foto de capaJoanna Castro

EndereçoEstrada Kaiko, 1.100

Embu das Artes -SP - 06844-000

www.totalfly.com.br

[email protected]

É proibida a venda da revista, que é de distribuição gratuita.

06

Total fly Fly Fishing Magazine

SumárioEdição 02

PESQUEIRO - Flyfishing com rações artificiais _p08

TECNOLOGIAA evolução das varas

DESATANDO O ATADOComo escolher a morsa?

VIAGEMAgência, operadora ou

formadores de grupos? O que optar na hora da viagem?

SAÚDEPescar só depois de se alongar

POEMARIOSMaria e Omar

TRUTA BRAZUCA - Pesca de trutas no Brasil!_p12

TOTAL FLY CURSOS_p26 WOLLY BUGUER - passo a passo_p30

20

24

36

40

42

08

Total fly Fly Fishing Magazine

MatériaPesqueiro

F eitas antigamente com

pelos de veado (deer hair),

compactados e depois

aparados para dar a forma

específica de uma ração, essas iscas,

denominadas hair-ball, fizeram (e

fazem) muito sucesso em pesque-pa-

gues. São, de certa forma, trabalhosas

de serem confeccionadas, Além disso,

o material utilizado vem do exterior e é

natural, difícil de adquirir.

Outro material muito utilizado

foi – e ainda é – a cortiça, vinda das

rolhas usadas em garrafas de vinho

e outras bebidas. Dessa forma, são

fáceis de se adquirir. Entretanto,

com o descobrimento de uma espu-

ma fabricada a partir do “Etil Vinil

Acetato”, abreviada E.V.A., que é um

tipo de borracha não-tóxica, aplicada

em diversas atividades industriais,

ocorre uma verdadeira revolução em

seu uso como material de atado (con-

fecção de iscas).

A utilização vai desde a montagem

de gafanhotos, abelhas, cigarras,

streamers, abdôme de diversos tipos

de insetos, até e, principalmente, a

elaboração das imitações de ração.

De excelente flutuabilidade, dura-

bilidade e variação de cores, faz su-

cesso não só na modalidade flyfishing

como também no bait casting.

Outro material utilizado como ração

artificial é a miçanga, muito usada

também na fabricação de colares e

demais artefatos, numa infinidade de

modelos, formatos e cores. Normal-

mente, são usadas em conjunto com as

rações em E.V.A. ou diretamente ao fi-

nal do tippet, tendo como auxiliar,para

que não afundem uma microboia colo-

cada alguns centímetros acima.

Flyfishingcom rações artificiaisSaiba mais sobre o uso de moscas ou de iscas em pesque--pagues, utilizadas como imitações de ração – a principal fonte de alimento dos peixes em tais locais TEXTO E FOTOS: REGINALDO BUENO NEVES

09

Total fly Fly Fishing Magazine

CONSTRUÇÃO DA RAÇÃO EM E.VA.

Materiais: placa de E.V.A., com

espessura aproximada de 8mm, um

furador com diâmetro aproximado

ao diâmetro da ração que se deseja

confeccionar e anzóis tipo Chinu com-

patíveis ao tamanho delas. É possível

utilizar espessuras menores e colar as

fatias de cores diferentes.

Existem variadas formas de mon-

tagens das rações, dependendo do

material utilizado (E.V.A., miçanga,

cortiça), ou seja, desde a apresenta-

ção de uma única isca (forma mais

comum), até a utilização de diversas

iscas em conjunto.

TÉCNICA DE UTILIZAÇÃO

Nos pesqueiros, as rações naturais oferecidas como

alimento são flutuantes, lançadas sobre a água, onde o

peixe sobe para comer. As rações artificias obedecem ao

mesmo padrão, ou seja, devem ser f lutuantes para atuarem

na superfície ou, no máximo, na sub-superfície (miçangas,

lã-ball), trabalhando em alguns poucos centímetros abaixo

da lâmina d’água.

Deve-se arremessar a isca no ponto desejado e aguardar

o ataque do peixe, porém, quando o peixe estiver um tan-

to manhoso, um sutil arrasto da isca na água, promovido

por uma leve e delicada puxada na linha, poderá promover

o ataque.

Não há comparação em ver a isca sendo atacada pelo

peixe na superfície, no visual, fazendo o coração do pesca-

dor disparar. É sensacional!

DOPPLER RIG: COMO UTILIZAR

Uma técnica amplamente utilizada no flyfishing em ge-

ral é o doppler rig, no qual duas ou mais iscas são apresen-

tadas no mesmo arremesso. Na utilização dessa técnica

em pesque-pagues, multiplica-se a chance de sucesso,

uma vez que são diversas rações artificiais ao mesmo tem-

po, aumentando as possibilidades de ataque.

Amarre no final do tippet uma ração artificial de sua escolha.

Na curva do anzol, amarre um segmento de monofilamento de

mesmo diâmetro do tippet, com aproximadamente 50/60 cm,

e depois amarre outra isca no final deste. Faça isso sucessiva-

mente, até no máximo três iscas. Arremesse no ponto desejado.

10

Total fly Fly Fishing Magazine

MatériaPesqueiro

Você poderá utilizar

rações em E.V.A. de cor

diferente e observar em

qual delas o peixe baterá.

Assim, observará qual a cor

que o peixe está atacando

no dia. Esse é o sistema

doppler rig.

Pode-se uti l izar tam-

bém uma isca de superfí-

cie (ração) e, na curva do

anzol, atar uma que afun-

de, por exemplo, lã-bal l

– que imita uma ração já

molhada descendo.

NUMERAÇÃO DO EQUIPAMENTO

Para a pesca em pesque-

-pagues, onde é normal

existirem peixes de bom

tamanho e que proporcio-

nam brigas memoráveis, a

atenção quanto à numeração

do equipamento é funda-

mental, especialmente para

não danificá-lo.Equipamen-

tos com numeração #7 ou #8

são os mais indicados com

tippets de diâmetros varian-

do entre 0,30 e 0,40 mm.

Observe se o lago em que

você vai pescar não é muito

grande se os peixes são

menores (tilápias, matrinxãs

etc.). Nesse caso, do # 4ao #

6 são os ideais, com tippets

de diâmetros entre 0,20 e

0,30 mm.

Caso necessário, use um

empate de aço fino enca-

pado, pois alguns peixes

com dentes poderão cortar

a linha. O empate de aço

faz diminuir um pouco os

ataques. Muitas vezes, é

preferível não usá-lo mesmo

com a possibilidade de ter

a linha rompida em troca de

maior número de ataques à

isca. Cabe a você escolher.

LÍDER RECOMEN-DADO

Usa-se o de formulação

convencional, ou seja, 60%

de linha 0,50mm, 20% de li-

nha 0,40mm e 20% de linha

0,30mm, comprimento de 9

pés (aproximadamente 2,70

m), com tippet adequado.

Para as varas de numeração

menor, mantenha o percen-

tual e o comprimento e re-

duza o diâmetro das linhas.

Líderes torcidos são muito

utilizados, uma vez que são

muito resistentes, duráveis

e têm boa apresentação.

TIPPET

Podem ser curtos. As

imitações de ração têm

certa resistência ao ar e

comprometem, caso eles

sejam muito longos.

11

Total fly Fly Fishing Magazine

DICAS PARA MAIOR SUCESSO NA PES-CARIA

Onde o peixe está?

A melhor forma é per-

guntar ao proprietário ou

à pessoa responsável em

qual lago ou local do lago os

peixes estão mais acostu-

mados a comer. Caso não

tenha essa informação,

quando chegar ao local es-

colhido, com auxílio de um

estilingue ou arremessador

próprio (vendidos nas lojas

de pesca), procure lançar

um pequeno punhado de

ração natural na água e ob-

serve se os peixes sobem.

Caso afirmativo, as

chances para o dia serão

enormes. Dessa forma, lance

sempre uma pequena por-

ção de ração natural no lago

e, em seguida, arremesse

no mesmo local e aguarde o

ataque do peixe.

LUMINOSIDADE

Os peixes não gostam

muito de dias claros. Nes-

sas ocasiões, eles procuram

ficar mais no fundo do lago

ou em locais de sombra. Por

isso, prefira os dias mais

nublados ou, quando estiver

pescando em dias ensolara-

dos, aproveite a sombra das

nuvens que se formam na

água para pinchar.

VENTOS

Observe a direção do

vento e procure arremessar

para onde ele está soprando:

é para lá que a ração natural

lançada anteriormente irá

ser arrastada e onde o peixe

provavelmente comerá. Com

vento muito forte, o peixe

tende a ir para o fundo.

TEMPERATURA DA ÁGUA

Trata-se de um fator

que influencia a pescaria

em praticamente todos os

ambientes. Procure pescar

em águas cuja temperatura

esteja dentro do aceitável

para o peixe procurado.

VISUALIZAÇÃO DA ISCA

Em algumas ocasiões,

especialmente quando uti-

lizadas iscas de cor difícil

de enxergar, como marrons

e pretas, use um “striker

indicator” – ou indicador

de fisgada -, que nada mais

é que uma pequena boia,

dessas de pescar lamba-

ris, conectada no tippet

em torno de 40 ou 50 cm

distante da mosca. Quando

a boia correr, é sinal de que

o peixe “bateu”.

12

Total fly Fly Fishing Magazine

MatériaPesca de Truta no Brasil

Truta brazucaSim, o Brasil tem trutas! Poucas pessoas sabem, mas nosso país possui uma população respeitável dessas espécies, e já teve muito mais. Nesta reportagem, você vai descobrir por que vale a pena pescar trutas no BrasilTEXTO: ROGÉRIO BATISTA “JAMANTA”

Nada de Patagô-

nia, América

do Norte ou

Rússia. Vamos

pescar truta no Brasil! O

mundo é legal porque ofere-

ce coisas diferentes. E aqui

no Brasil, temos um tipo de

pesca de truta diferente do

resto do mundo.

Tanto para aquele que

quer apenas pescar seu

13

Total fly Fly Fishing Magazine

peixinho como para quem

quer abraçar a técnica des-

se peixe que fez a cabeça e

conquistou o coração de mi-

lhares e milhares no mundo

afora, o nosso país apresen-

ta um tipo específico de

pesca esportiva: a pesca de

truta na montanha.

Nossos rios têm um nível

de dificuldade imposto

por suas condições, que

diferem do resto do mundo.

Trata-se de rios pequenos,

rápidos, rasos e com vege-

tação ao redor, o que difere

de rios semelhantes do

norte da Argentina. Mesmo

existindo na Europa algo

bem parecido – a exemplo

da região dos Pirineus, na

Espanha -, temos a dife-

rença da transparência da

água, o que já muda muito.

É por isso que a pesca de

truta de montanha brasilei-

ra é única. E há um univer-

so a ser descoberto.

14

Total fly Fly Fishing Magazine

MatériaPesca de Truta no Brasil

A CHEGADA DA TRUTA AO PAÍS

A truta arco-íris (Oncorhynchus mykiss) é originária

do Hemisfério Norte e foi introduzida na América do Sul

em 1904, na Argentina, e em 1905 no Chile, onde se am-

bientou muito bem e se tornou um forte vetor de desenvol-

vimento turístico.

Entretanto, em águas tupiniquins, elas nadam ofi-

cialmente desde 1949, quando o médico veterinário Dr.

Ascânio de Faria importou cinco mil ovos da Dinamarca.

Esses alevinos foram introduzidos nos rios Jacu Pintado e

Bonito, em São Paulo, na Serra da Bocaina (município de

Bananal), onde a sua reprodução passou a ser monitorada

nos anos seguintes.

Porém, em nossas andanças,

ouvimos relatos diferentes dos

dados oficiais: a truta podia ser

encontrada no rio Macaé de Cima,

Rio de Janeiro, desde 1929.

Os principais motivos para sua

importação foram o seu cultivo

para fins comerciais, devido ao

fato de ser considerada uma carne

nobre. Sua introdução nos rios

de serra brasileiros, por sua vez,

levou em conta a exploração da

pesca esportiva.

Com o passar dos anos, vários

estados passaram a ter produção

de trutas para fins comerciais, o

que consequentemente levou esse

peixe para vários rios do país.

Sabe-se que nos anos de 1978

e 1979 o Estado de Santa Catari-

na deu um grande passo com a

criação da estação de truticultura

de Lages, e depois a Painel, com

as quais, em seus primeiros anos,

foram soltos 500 mil alevinos nos

rios da serra catarinense, sem

falar de iniciativas privadas.

15

Total fly Fly Fishing Magazine

Essa foi uma iniciativa

governamental, da prefei-

tura de Lages com apoio

do BID/SUDEP, que buscou

alavancar a produção co-

mercial de salmonídeos na

região e povoar os rios para

pesca esportiva.

Não é preciso dizer que

isso se converteu em uma

população respeitável, com

relatos de capturas de tru-

tas de proporções patagôni-

cas nas décadas seguintes.

Isso elevou rios, como o

Lava-tudo, o Pelotas e o Ca-

noas, por exemplo, a status de

paraíso. Mais recentemente,

a grande população de trutas

do Rio Caveiras, Urubici e Rio

do Tigre atrai mosqueiros de

todos os cantos do país. Sem

falar na Joia-rara da serra

catarinense, o recém desco-

berto rio Criolas e suas trutas

enormes capturadas num típi-

co rio de montanha, de água

baixa e pesca técnica.

16

Total fly Fly Fishing Magazine

MatériaPesca de Truta no Brasil

PARAÍSO DOS MOSQUEIROS NO BRASIL

Alguns lugares do Brasil se tornaram verdadeiramente

celeiros de formação de mosqueiros, a exemplo do municí-

pio de São José dos Ausentes, no Rio Grande do Sul, que

há 20 anos possui projetos ligados à pesca com mosca,

começando pelo “Graxaim Carçado” e, recentemente, o

projeto “Pró-Ausentes”.

Entretanto, em Minas Gerais, o belíssimo rio Aiuruoca,

em Itamonte, na Serra da Bocaina, foi ponto comum de

truteiros do sudoeste, com o rio cuidado por pescadores e

por uma pousada da região.

Já no Rio de Janeiro, o lendário Macaé de Cima, ou

MDC, ajudou a desenvolver uma legião de pescadores em

suas límpidas águas.

No Estado do Paraná, houve introdução de trutas nas

cidades de Guarapuava, Malé e Inácio Martins, entre

outras, e hoje, mesmo depois de uma matança descontrola-

da, voltou a ter bons relatos de pesca de trutas e se inicia

projetos de proteção a essa espécie.

17

Total fly Fly Fishing Magazine

FALTA PROTEÇÃO

Nas últimas décadas,

estoques de trutas dos rios

no Brasil sofreram uma

redução considerável pela

pesca predatória. No mo-

mento em que as iniciativas

governamentais cessaram,

a truta passou a contar com

a sua permanência nos rios

brasileiros devido a seus

esforços de reprodução e

por projetos tocados por

Saiba maisO que leva a truta à extinção?

Em rio pequeno, um peixe ne-

cessita de, pelo menos, oito anos

para chegar a quatro quilos. E

nestes rios, (Caveira, Pelotas,

Lava-tudo, Macaé de Cima) pela

quantidade de alimento, poucos

chegam a essa idade. No momen-

to em que há pesca predatória, a

truta vira alvo principal.

Por que até hoje pouco se ouviu falar da truta?

A truta passou a ser um peixe

normal para todos, ou seja, está

presente no rio como o lambari, a

piava, a traíra etc., e passou a fa-

zer parte do cardápio dos morado-

res da região. O problema é que,

por se tratar de um peixe muito

sensível, a sua reprodução não

é suficiente para manter os esto-

ques no momento em que há muita

pesca predatória.

Quais são as principais fontes de informação sobre a truta no Brasil?

Uma boa fonte de pesquisa

sobre o assunto é o dossiê da

truta, produzido pela “Rota da

truta”, compartilhado via Face-

book (www.facebook.com/rota-

datruta). No site do Moscanagua,

há informações sobre o assunto:

h t tp: //w w w.moscanagua .com.

br/wp-content/uploads/2013/04/

Histo%CC%81ria-da-Pesca-com-

-Mosca-V5.1.pdf. Entre os traba-

lhos publicados, cito dois: “In-

trodução da truta no Brasil e na

Bacia do Rio Macaé, estado do

Rio de Janeiro: histórico, legisla-

ção e perspectivas”, de Henrique

Lazzarotto & Érica Péllegrini Cara-

maschi. “A trajetória da truticultura

no estado de São Paulo no período

de 1949-1999”, de Hélio Ladislau

Stempniewski.

pescadores, pela iniciativa

privada (pousadas) e por

entidades, como a “ABPM” e

a “Rota da Truta”.

Trata-se de rios peque-

nos, que passam por dentro

de propriedades privadas,

em uma região que se acos-

tumou a matar truta – hábito

que poderia ser tolerado se

a quantidade de espécimes

abatidos não comprometesse

a sobrevivência da espécie.

Dessa forma, alguns municí-

pios já começaram a legislar

projetos que preveem a

proteção da truta, transfor-

mando esse peixe em objeto

de interesse municipal.

Municípios como Urupema,

Itamonte, Painel, Rio Rufino,

Urubici e São Joaquim já

seguiram essa ideia. Nesses

locais, a pesca tem sido

mais promissora, trazendo

mais divisas à cidade e a

toda a cadeia ligada à pesca

esportiva.

18

Total fly Fly Fishing Magazine

MatériaPesca de Truta no Brasil

Um alento para a perma-

nência da truta é a portaria

145/98 do Ibama, que per-

mite o manejo de salmo-

nídeos em rios nos quais

eles já existam, desde que

o Estado desse rio produza

os ovos.

Sabe-se que o Brasil

possui mais de 20 rios com

trutas, alguns com quanti-

dade, outros com qualidade,

mas muitos com dificulda-

des, o que para o mosqueiro

pode ser uma coisa legal,

pois proporciona o desafio

da captura da truta.

Portanto, no momento

em que se veem pescado-

res gastando um valor bas-

tante razoável para pescar

truta em várias partes do

mundo, nada mais oportu-

no que mostrar que aqui

tem essa espécie, e não

é só pequenina. Em um

rio do Brasil tem um belo

troféu esperando por você,

e mais, tem um tipo de

pesca divertida em locais

de beleza natural invejável.

Nas próximas edições,

serão desvendados um a um

esses rios, apresentando

coordenadas, dicas, guias,

hotéis e fotos para que você

possa buscar a sua Truta

brazuca.

19

Total fly Fly Fishing Magazine

20

Total fly Fly Fishing Magazine

ColunaTecnologia

A evolução das varasO que devo usar: vara de carbono, de fibra de vidro ou vara de bambu? Quando nos referimos a tais materiais, a maioria vai dar preferência ao mais atual. Entretanto, não podemos nos esquecer de que, sem evolução tecnológica, as varas de fibra de carbono super leves, usadas na pesca com mosca, nem existiriam. Confira o que o pescador esportivo ganha com essa trajetóriaTEXTO: RICK MORAIS FOTOS: VITOR POIANI

21

Total fly Fly Fishing Magazine

Por volta do final de 1.800, as varas de pesca

com mosca eram feitas de bambu. Além de

compridas, eram bastante pesadas. No início

de 1.900, começaram a aparecer as varas fabri-

cadas com tiras de bambu, coladas em formato sextavado

(hexagonal). Mas a primeira revolução na fabricação de

varas aconteceu no final dos anos de 1940, com o advento

da fibra de vidro. Com material barato e relativamente fá-

cil de ser fabricada, a vara

de fibra de vidro proporcio-

nava uma ação suave, qua-

se em câmera lenta, o que

levou a pesca com mosca a

outro nível.

A segunda revolução

nesse quesito se deu no

final da década de 1970,

quando surgiu o carbono.

Mesmo que, inicialmente,

ele fosse quebradiço e frá-

gil, era espetacularmente

leve, proporcionando vá-

rias ações, das mais lentas

às mais rápidas. Com os

problemas iniciais supera-

dos, esse material, desde

então, tornou-se padrão

não apenas na fabricação

de varas de pesca com

mosca, mas de todas as

modalidades.

Com o passar dos anos,

não vimos surgir outro

material revolucionário.

Na verdade, o que aconte-

ceu foi a melhora na pure-

za do carbono e, principal-

mente, a sua mistura com

outros materiais, como

boro, f i lamento de titânio

e resinas especiais.

Mas, você pode estar se

perguntando: “O que ganho

com isso?” Podemos tentar

responder a essa pergun-

ta observando o momento

atual. No mercado, encon-

tramos varas muito leves,

fabricadas com carbono e

fibras alinhadas por na-

notecnologia, reel seat de

titânio, passadores feitos do

mesmo material, encaixes

milimetricamente desenha-

dos e ações que transmitem

menos vibração à linha, o

que otimiza o arremesso e o

faz chegar mais longe e com

mais precisão.

22

Total fly Fly Fishing Magazine

ColunaTecnologia

Ao mesmo tempo, ao

lado da oferta de materiais

provenientes da evolução

tecnológica, observamos

certa nostalgia por parte

de alguns pescadores, que

vêm procurando no merca-

do varas de fibra de vidro

e bambu sextavado. E,

atendendo a essa demanda

de pescadores que buscam

vivenciar uma sensação di-

ferente na pesca com mos-

ca, boa parte dos fabrican-

tes desenvolveu modelos de

varas com esses materiais.

Já tive a oportunidade

de pescar com uma vara

de bambu nacional (Ka-

rkour Seyoufi - Greg’s), de

fibra de vidro (Scott F2)

e de carbono (Sage, Scott

e Thomas & Thomas) e

posso afirmar que cada

uma delas cumpre muito

bem o seu papel. As varas

de bambu, de fato, trazem

uma sensação de se estar

pescando 100 anos atrás.

A ação lenta, quase em câ-

mera lenta proporcionada

por ela, é muito bonita.

As varas de fibra de

vidro, em sua maioria,

também apresentam ação

lenta, porém, em ritmo

diferente. Não requerem os

mesmos cuidados do bam-

bu e são muito resistentes.

Já as varas de carbono

dispensam comentários.

Além de super leves, pare-

A evolução tecnológica na fabricação das varas permite que o pescador esportivo pesque com materiais de ponta. Por outro lado, faz o pescador usufruir de sensações diferentes quando se pesca com materiais mais antigos

cem uma extensão do seu

braço. E é por isso que são

as minhas favoritas.

Se tiver oportunidade

de testarem essas varas

antigas, vá em frente. Tenho

certeza de que você irá

adorar.

EMPREENDIMENTOS E PARTICIPA OES

INVEST

24

Total fly Fly Fishing Magazine

ColunaDesatando o atado

Diz-se que

muitas das

ferramentas,

dos materiais e

dos acessórios para o atado

podem ser substituídos ou

mesmo adaptados na falta

dos específicos, quer seja

por motivo de emergência,

quebra, perda ou ainda

de ter esquecido de levá-

-los durante uma viagem.

Mas uma delas, por mais

imaginação e engenhosida-

de que o pescador/atador

tenha, será praticamente

impossível de substituir: a

morsa, ou, como é grafada

em inglês, vise.

Dizemos “praticamente”

porque com a capacidade

inventiva do brasileiro não

se brinca. Já vimos adap-

tações feitas com mandris

de furadeiras, pequenas

morsas comuns, entre

outros. Entretanto, o atador

irá descobrir a duras penas

que, sem a morsa apro-

priada, além das inúmeras

dificuldades por falta de ar-

ticulações e movimentos es-

pecíficos, seu atado ficará,

acima de tudo, sacrificante.

E, se resolver atar moscas

em anzóis menores (aque-

les usados para moscas

minúsculas em pesca de

pequenas espécies, como o

lambari), aí fica impossível!

Como escolher a morsa?Nesta edição, ajudaremos o pescador/atador iniciante a buscar a melhor opção no mercado, levando em conta a relação custo x benefício. Confira quais são os principais modelos de morsas, suas funções, além de vantagens e desvantagens TEXTO: CARLOS CACOSA | FOTOS: ZECA SALGADO

Nessa hora, só há duas

saídas: parar de atar ou com-

prar uma morsa específica.

Como parar de atar, para

quem começa, é o mesmo que

parar de pescar, o jeito é bus-

car a melhor opção no merca-

do. Quer seja em qualidade,

quer em preço. Vale lembrar

que nem sempre o mais caro

é o melhor, e nem sempre

o barato é realmente ruim.

Dessa forma, observe bem a

relação custo x benefício.

25

Total fly Fly Fishing Magazine

MODELOS

As morsas podem ser do tipo fixa

ou rotatória e os bons modelos conse-

guem prender um grande anzol a um

minúsculo anzol.

Basicamente, existem dois modelos

de pedestal ou de base. As morsas

do tipo fixa são as mais utilizadas

nas viagens de pesca, já que cabem

perfeitamente na bagagem do pesca-

dor. Ou nos casos em que o pescador

não tem um lugar apropriado (o “seu

canto”), onde possa deixar todo seu

material à mostra e ocupando espaço.

Já as morsas do tipo “base” são

as preferidas no dia a dia do atador,

sem contar que dá um charme todo

especial ao “cantinho” e ao “escritório

de pesca” do pescador\atador – ver-

dadeiro convite a longos bate-papos,

com amigos mostrando suas habilida-

des, trocando informações enquanto

se revezam no atado, ensinando os

iniciantes e aprendendo, com os mais

experientes, truques e macetes da

arte de atar.

MORSA DO TIPO FIXA

Vantagens = versatilidade, tamanho e peso

Desvantagens = incomoda e, muitas vezes,

vai soltando durante o processo do atado

MORSA DO TIPO BASE

Vantagens = devido ao peso da base, pro-

porcionam maior firmeza e estabilidade na

fixação da morsa

Desvantagens = tamanho e peso

COMO ESCOLHER

A principal dúvida do iniciante é qual delas escolher, já que temos

tantas opções de marcas e modelos disponíveis no mercado. Caso a compra

seja online, opte por um modelo que já tenha usado ou que tenha sido indi-

cado por um amigo que possui igual modelo.

Uma forma comum de iniciar é a compra de kits compostos de morsa

fixa, bobbin, tesoura e outras ferramentas. Se tiver condições de experi-

mentar, trata-se da melhor opção, evitando se irritar mais adiante com a

“pinça” (jaw) – que é a principal parte da morsa, responsável pela fixação

do anzol.

Opte por uma do tipo rotatória, o que facilitará o seu atado, principal-

mente quando se ata (amarra) o material na parte de baixo do anzol.

Uma coisa é certa: a morsa é o principal equipamento do atado e, com

certeza, se bem escolhido, durará para sempre.

Então, vamos lá! Mãos à obra ou mãos à mosca!

Procure adquirir a melhor morsa (vise) que seu orçamento permitir. Trata-se de um item que não deve ser economizado ou otimizado

26

Total fly Fly Fishing Magazine

MatériaCentro de Treinamento Total Fly

Muitas vezes,

recebemos

e-mails ou

telefonemas

de alunos interessados em

fazer um curso, mas estão

receosos por não terem

equipamentos ou qualquer

experiência na modalidade.

Nossa resposta a essas

preocupações é a mesma:

“Excelente!” E explica-

mos: é muito melhor não

ter experiência ou contato

anterior com a modalida-

de, pois é muito mais fácil

de aprender o certo e não

adquirir vícios.

Quando se parte para

o autodidatismo, o risco é

se orientar por algum meio

no qual a explicação não

é tão clara ou falta algum

pequeno detalhe que fará

muita diferença. Há quem

ache que pescar com equi-

pamento de f ly é simples-

mente jogar a linha e fazer

com que ela chegue um

pouco à frente, não impor-

ta como, literalmente aos

trancos e barrancos.

Quanto a não ter equipa-

mento, a resposta é similar:

é preferível não ter no prin-

cípio do que adquirir algo

Localizado em Embu das Artes, interior de São Paulo, o Centro de Treinamento (C.T.) Total Fly integra um conjunto de segmentos voltados à pesca com mosca ou Fly Fishing e mostrará aos iniciantes que a modalidade não é difícil como alguns pregam POR: ZECA SALGADO | FOTOS: ACERVO TOTAL FLY

TOTAL FLY CURSOS

27

Total fly Fly Fishing Magazine

de má qualidade ou inadequado para

a pesca de nossos peixes. É comum

ver alunos com equipamentos muito

antigos - diria até obsoletos -, que

há anos aguardavam ser utilizados,

ou então, equipamentos voltados à

pesca para climas e peixes diferentes

do nosso. Muitas vezes, os equipa-

mentos são buscados com base ape-

nas em preço nos sites estrangeiros,

sem ter a mínima noção das nomen-

claturas, ou dos tipos, modelos e va-

riações que tanto varas, como linhas,

carretilhas e acessórios têm. Fazendo

o curso de fly, mesmo no nível básico,

é possível ter uma boa noção.

O mais visado no curso ministrado

pela Total Fly é a simplicidade do fly

fishing e a base. Na opinião de nossa

equipe, a base é que fará a diferença

entre pescar bem, pescar confortavel-

mente e ter prazer.

O curso mostra aos alunos que,

desde a forma de montar o equipa-

mento, segurá-lo adequadamente ou

mesmo executar um arremesso mais

elaborado, é necessário conforto e

praticidade. Além disso, orienta para

que o aluno busque a relação custo X

benefício, ressaltando que nem sem-

pre o mais caro equipamento é o que

se necessita ou o que o fará arremes-

sar ou pescar melhor.

Durante todo o dia, o aluno é

corrigido quanto à postura, é cobra-

do quanto a fazer os movimentos

de forma adequada, lembrado-se de

conceitos que fazem com que sua li-

nha faça o que ele ou a vara ordenam,

enfim, é ensinado ao aluno a ter o que

é chamado “Controle de linha” – um

dos mais importantes quesitos na

arte do fly fishing.

Ao final do dia, muitos se surpre-

endem não apenas com a simplicida-

de e com a facilidade da modalidade,

mas, principalmente, consigo mesmo

e com o progresso alcançado.

Conforto e praticidade fazem a diferença na pesca com mosca

28

Total fly Fly Fishing Magazine

MatériaCentro de Treinamento Total Fly

APTIDÃO PARA PESQUE-PAGUE

Leitores que receberam

nossos e-mails informativos

ou tiveram acesso à Fan

Page da Total Fly notaram

que o curso básico é voltado

à pesca em pesque-pagues.

Mas, por que não é voltado

à pesca de fly na natureza

ou embarcado?

Porque consideramos que

os pesque-pagues são verda-

deiros “quintais” dos pesca-

dores. Quando não conse-

guem viajar, podem optar

por esses verdadeiros oásis

nas grandes áreas urbanas.

Além da infraestrutura que

possibilita que o pescador

fique à vontade para levar

seus familiares, a seguran-

ça e o fato de o peixe estar

condicionado à alimentação

artificial com o fornecimento

de ração formam o conjunto

perfeito para dar os primei-

ros passos na modalidade.

O fato de o peixe estar

acostumado a esse tipo de

alimentação faz com que o

ato de capturá-lo fique bem

mais simples, já que basta

lançar na água a ração de

superfície e aguardar que o

peixe comece a comer. Na

sequência, basta arremes-

sar a imitação que variará

de iscas confeccionadas

com as mais diferenciadas

formas ou materiais, como

por exemplo, cortiça, E.V.A.,

miçanga, entre outras.

“Existe o antes e o depois do curso”. Esta frase é, em geral, dita por aqueles que fizeram um curso de arremesso com equipamento de fly.”

29

Total fly Fly Fishing Magazine

E a aula começa des-

de aí, pois, mesmo sendo

mais fácil de achar o peixe,

o iniciante deverá pôr em

prática o que aprendeu para

fazer a isca chegar até onde

o peixe está comendo.

Daí em diante, é se apri-

morar, começar a utilizar

iscas mais volumosas e,

com a experiência adquiri-

da no pesque-pague, partir

para as primeiras aventuras

em ambientes naturais.

Portanto, se você pretende

iniciar na modalidade, procu-

re antes fazer um curso.

Existem vários pelo

País, mas o diferencial do

ministrado pela Total Fly,

além dos motivos já citados,

é o valor. Como o intuito é

difundir a modalidade, nada

melhor que baixar o preço.

Rubens de Almeida Prado, o

Rubinho, ou com Gerson Ka-

vamoto. Além de ter a possi-

bilidade de formar o próprio

grupo, é possível escolher o

instrutor de sua preferência.

Basta consultar antecipada-

mente se há disponibilidade

na agenda.

Então, não perca tempo!

Entre em contato para con-

sultar as datas disponíveis

e venha para o emocionante

e divertido mundo do fly

fishing.

Por isso, o preço é de ape-

nas R$ 150 pelo curso feito

em grupo, e R$ 350,00 pelo

curso personal.

Após fazer o curso bá-

sico, com certeza o aluno,

independentemente de idade

ou sexo, pois as mulheres

e crianças estão cada vez

mais presentes, terá interes-

se em se aprimorar e irá bus-

car um curso intermediário

e avançado, que poderão

também ser feitos no C.T.

com nossos parceiros, como

30

Total fly Fly Fishing Magazine

ColunaTécnica

Wolly buger: passo a passoNesta edição, ensinaremos como fazer uma das diversas variações dessa mosca – e também uma das mais eficientes. Trata-se da isca lastreada, ou seja, que possui peso, fazendo com que ela afunde mais e proporcione a pesca na meia-água TEXTO E FOTOS: CARLOS CACOSA

FERRAMENTAS UTILIZADAS

Morsa

Bobbim\bobina

Heckle Pliers

Whip Finisher

Bodkin

MATERIAISAnzol Tiemco TMC300 - Ta-

manho #6

Pedaço de estanho

Linha 6\0

Marabou

Cristal Flash\brilho

Chenille

Pena para Heckle

Tesoura

Cola de secagem rápida

Caso tenha ficado

alguma dúvida quanto à

dinâmica do atado, veja o

passo a passo da isca em

vídeo: http://goo.gl/vcgRPq

31

Total fly Fly Fishing Magazine

A wolly buger é uma das

iscas preferidas para muitos

pescadores de fly. Sua

aparência, principalmente

quando está na água, é mui-

to atrativa, similar a uma

sanguessuga ou outro tipo

de verme. Sua locomoção é

praticamente um “convite

para o almoço”: Simples-

mente irresistível.

• Prenda o anzol na morsa.

• Enrole um pedaço de

estanho, começando um

pouco atrás do “olho” do an-

zol, para depois ter espaço

para atar o heckle ou colar

e finalizar a mosca. Chegue

com ele até um pouco antes

da curva do anzol para,

assim, ter espaço para atar

os materiais. Cauda e corpo.

(Marabou, brilho e chenile)

• Prenda a linha, come-

çando próximo ao “olho”

do anzol e vá passando por

cima do estanho, de forma

que a linha entre nos vãos

deixados pelas voltas do

material e, dessa forma,

ajudando a fixá-lo bem na

haste do anzol. Chegue até

próximo à curva do anzol. É

preciso deixar um espaço,

já que, se chegar muito

próximo à curva, a cauda da

isca ficará comprometida,

ou seja, torta para baixo

quando atar o marabou.

32

Total fly Fly Fishing Magazine

ColunaTécnica

• Prenda o marabou para formar a cauda da

isca, mas lembre-se: não exagere no material

para não gerar um volume desnecessário

na isca. Por outro lado, o volume não pode

ser pequeno, senão, quando molhada, ficará

muito fina – quase imperceptível – e, por

consequência, pouco atrativa pela falta de

movimento da cauda.

Outra coisa fundamental é que a cauda,

em geral, deve ter, no máximo, uma vez e

meia o tamanho da haste do anzol – parte

que compreende do término da curva até o

começo do “olho” do anzol.

• Coloque o brilho. Para

isso, uma boa dica é cortar

os pedaços que serão uti-

lizados em pares – e com o

dobro do tamanho que eles

teriam se colocados um a

um. Isso porque, se man-

tiver esticada a linha do

carretel ou bobbin e passar

esse brilho que cortou

por detrás da linha e unir

as pontas, ficará com o

tamanho exato que teriam

se fossem atados um a um.

Mantendo-os presos, leve-

-os até a posição que dese-

ja colocá-los junto à cauda.

Preferencialmente bem

centralizados, prenda-os e

repita o processo do outro

lado. Dessa forma, verá que

será bem mais fácil e rápi-

do e sem o problema de os

fios de brilho se soltarem

ou se moverem na hora de

ser atados.

33

Total fly Fly Fishing Magazine

• Depois de os brilhos esta-

rem atados, é hora de fazer

o corpo da mosca. Para isso,

ate a ponta do chenile junto

à cauda da isca. Outra dica

bem interessante é não cortar

o chenile, ou seja, não adianta

calcular mais ou menos o que

irá utilizar. Isso porque corre o

risco de sobrar, o que é ruim,

pois com o que sobrar você

poderia fazer outras iscas. Ou,

o que é pior, no caso do atado

faltar material. Ate-o, mas dei-

xe o restante ou pacote abaixo

da isca.

Se você estiver utilizando

uma morsa giratória, verá que,

se segurado firmemente e sen-

do enrolado com o movimento

da morsa, o chenile ficará bem

uniforme – sem aquele famo-

so risco de ficar muito bom

do lado que estamos vendo

enquanto enrolamos manual-

mente e, do outro lado, com es-

paços muito grandes entre as

voltas ou remontado. Quando

for fazer isso, procure utilizar,

se sua morsa tiver, o apoio de

linha, como poderá ver na foto

ao lado.

• Chegue com o chenile

até próximo o “olho” do an-

zol, mas lembre-se de deixar

espaço para a atar o heckle

ou colar e fazer os nós de

acabamento da isca.

Apare o chenile, dê um

nó de segurança para não

deixá-lo afrouxar.

34

Total fly Fly Fishing Magazine

ColunaTécnica

• Ate a pena escolhida para o heckle. Para isso, retire um

pouco das penas, deixando só a cerda da pena, o que fica-

rá bem mais fácil de atar. Ate a pena com o lado brilhante

voltado para você.

• Uma vez atada, prenda-a com a ferramenta Heckle Pil-

lers ou, na falta dela, segure firmemente a ponta da pena

e gire-a em torno da haste para formar o heckle - ou colar

da isca.

Não é necessário utilizar toda a pena. Algumas voltas são

suficientes para fazer o heckle. Lembrando que a largura da

pena não deve ultrapassar - ou se ultrapassar o mínimo pos-

sível - o tamanho do gap ou abertura da curva do anzol. Este

espaço compreende a ponta do anzol até a haste.

• Corte o excesso da pena, dê o nó de finalização para

prendê-la e dê mais dois ou três nós de acabamento para

formar a cabeça da mosca.

• Corte a linha e passe cola. Cuidado para não deixar a

cola pegar nas penas do heckle,

Está pronta sua wolly buger! Agora é só ir para a água

e testar a isca que, com certeza, lhe recompensará com

belos peixes.

35

Total fly Fly Fishing Magazine

36

Total fly Fly Fishing Magazine

ColunaViagem

Pescar com quem? Agência, operadora ou formadores de grupos?

A partir desta edição, a coluna Viagem abordará dicas de viagens e turismo de pesca esportiva. Para iniciar, confira as diferenças entre grupos, agências e operadoras. E boa viagem! POR: ALEXANDRE SARPE

Muitos dos

pescadores

esportivos

preferem

“montar”

sua própria

viagem, mos-

trando a amigos ou grupo

que é mais experiente ou

“entendido no assunto”.

A alegação é a de que, na

agência ou operadora de

turismo, o valor é muito

superior. Entretanto, apesar

de muitos formadores de

grupos dizerem que são

conhecedores no mercado,

há o risco de que, se ocorrer

algum problema durante

a viagem, não assumirem

a responsabilidade. E isso

pode ser desde um simples

extravio de bagagem a um

acidente mais grave.

Portanto, o ideal é viajar

com empresas cadastradas

perante órgãos regulamen-

tadores, ou, no mínimo, que

possuam o Cadastur. Exija

o cadastro.

O que é o Cadastur? Trata-se do sistema de cadas-

tro de pessoas físicas e jurídicas

que atuam no setor de turismo.

Composto pelo Ministério do Tu-

rismo, em parceria com órgãos

oficiais da área nos 26 Estados do

Brasil e no Distrito Federal, per-

mite o acesso a diferentes dados

sobre os prestadores de serviços

turísticos cadastrados.

Fonte : www.cadastur.turismo.

gov.br |www.embratur.gov.br

37

Total fly Fly Fishing Magazine

AGÊNCIA DE VIAGENS

A agência também pode

elaborar pacotes, mas, nor-

malmente, revende pacotes

das grandes operadoras,

ganhando uma comissão

para cada venda realizada.

A responsabilidade, de

acordo com o Código de

Defesa do Consumidor, é

solidária entre a agência e

a operadora.

OPERADORA DE VIAGENS

É a empresa que elabora

os pacotes. Negocia direta-

mente com todos os demais

fornecedores para obter

bons preços e oferecer paco-

tes nos quais o valor total é

bem inferior ao valor apre-

sentado se o consumidor

adquirisse a hospedagem e

transporte aéreo direto.

Como escolher a em-

presa em que irá comprar

o pacote turístico?

O interessado, se possí-

vel, deve solicitar indica-

ções de amigos e parentes

que já tenham utilizado a

agência de viagens, além

de consultar o Cadastro de

Reclamações Fundamen-

tadas e o Banco de Dados

do Procon. Além disso,

deve verificar se a empresa

está cadastrada no Cadas-

tur, ou em outros órgãos e

associações, como: ABAV,

BRAZTOA, SINDICATOS,

FENACTUR.

O consumidor deve soli-

citar todas as informações

– por escrito – da empresa

sobre a quantidade de dias

e noites, tipo e localização

do meio de hospedagem,

meio de transporte, tipo de

quarto (duplo, triplo etc.),

refeições inclusas, tipo de

barco, motor, motor elétrico,

bateria, se há carregador,

cadeiras, se os guias são da

região, condições de nave-

gação de determinados rios,

tipos de peixe (aqui temos o

efeito da natureza, lembre-

-se disso).

Do que é composto um

pacote turístico e que

tipos existem?

Normalmente, um pa-

cote turístico, nacional ou

internacional, é composto

por hospedagem, trans-

porte (aéreo, rodoviário,

ferroviário etc.), alimenta-

ção, traslados (“transfer”),

guias locais, barcos, motor,

motor elétrico, baterias,

cadeiras, equipamentos de

salvatagem, comunicado-

res etc.

Existe o pacote individu-

al (“forfait”), no qual o con-

sumidor, junto do agente

de viagens, escolhe hotel,

companhia aérea, locais

para os quais pretende via-

jar e pescar, enfim, monta

o pacote sob medida. Já no

pacote em grupo, ou seja,

a excursão, horários, meios

de transporte, hotéis etc.

estão preestabelecidos. O

consumidor se integra ao

oferecido, mas pode pedir

outros passeios, com paga-

mento à parte.

Pescadores brasileiros relutam em comprar pacotes de pesca ou qualquer serviço prestado pelo agente de viagens ou operadoras por acreditarem gerar gastos extras e desnecessários

38

Total fly Fly Fishing Magazine

ColunaViagem

Por que preferir pescar

com agência de viagem

ou operadora de turismo?

Os pescadores brasileiros

relutam em comprar pacotes

de pesca ou qualquer servi-

ço prestado pelo agente de

viagens ou operadoras por

acreditarem gerar gastos

extras e desnecessários. A

verdade é que o pescador

não faz a “conta inteira”,

pois nunca inclui nos orça-

mentos o tempo envolvido

na operação: gastos com

telefonia, trocas de e-mails

com o grupo, dados cadas-

trais, pagamentos. Acre-

ditam que, na viagem de

pesca, tem que se gastar o

mínimo possível.

Na verdade, viajar com

um agente de viagens ou

operadora de turismo repre-

senta economia, pois se tra-

ta da prestação de serviços

de um profissional capacita-

do e com ferramentas para

fornecer atendimento ágil e

preciso, sem que o pesca-

dor/passageiro/turista perca

tempo desnecessário ou

entre em numa furada.

Vale destacar que as

comissões dos agentes de

viagens são pagas pelas

empresas fornecedoras: ope-

radoras, transportes, redes

hoteleiras, pesqueiros etc. e

que não são repassadas aos

consumidores finais.

TURISMO DE PESCA EM NÚMEROS

O turismo de pesca

esportiva no Brasil pos-

sui números expressivos

e surpreendentes. Somos

hoje cerca de 23 milhões de

pescadores esportivos, e o

Brasil é o País que tem a

maior hidrografia do mundo,

consequentemente, a maior

quantidade de peixes de

água doce deste planeta.

O governo brasileiro

abriu os olhos para o merca-

do de pesca em 2010, com

a criação do Ministério da

Pesca e Aquicultura, que

nasceu com planos para a

pesca amadora e esportiva.

Este fato é muito impor-

tante, dada a possibilidade

de profissionalização que o

apoio governamental produ-

zirá em um mercado que, às

margens do Governo, movi-

menta cerca de 5 bilhões de

dólares anualmente e gera

1,5 milhão de empregos

diretos e indiretos.

Temos mais água, temos

os melhores peixes, temos

os melhores pescadores e

agora temos capacidade

turística para crescer.

DICAS

Preço: a agência de pes-

ca oferece pacotes, transfer

e hospedagem pelo mesmo

preço das operadoras, ou,

às vezes, em condições até

melhores que as operadoras.

Sem contar a possibilidade

de parcelamento.

Conhecimento: a agência

de pesca orienta sobre as

melhores opções em termos

de preço, passeios, roupas,

refeições, pontos de pesca,

guias, barcos, equipamento,

etc. para tornar a pescaria

em um sucesso.

Segurança: nada melhor

do que comprar com quem

vive a pesca esportiva e

gosta tanto quanto você. O

seu agente de viagens deve

ser um profissional que lhe

dê segurança.

Informação: a agência

de pesca tem acesso a

sistemas com todas as

informações (atualizadas)

e se mantém antenada nos

destinos de pesca para

oferecer pacotes adequados

para a época, o local e o que

se pretende fisgar.

Confiança: a agência de

pesca tem capacitação

necessária para dar suporte

ao turista no caso de pro-

blemas durante a viagem. O

seu agente de viagens resol-

ve os problemas enquanto

você pesca.

Seguro: Sempre que você

viaja com uma a agência

de pesca, está coberto por

seguro-turismo, que garan-

te qualquer necessidade

médica, hospitalar, hospe-

deira, repatriação, telefonia,

farmácia, bagagem e seguro

de vida.

Consulte seu agente de

viagens ou entre em conta-

to conosco:

[email protected]

39

Total fly Fly Fishing Magazine

29

Total fly Fly Fishing Magazine

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40

Total fly Fly Fishing Magazine

ColunaSaúde

Pescar só depois de se alongar!Não importa se a pesca esportiva é praticada apenas como hobby. É recomendado sempre se preparar fisicamente para a sua prática. Confira as dicas de alongamento que a Fisioterapesca preparou especialmente para o pescador esportivo POR: DIEGO VERONEZI, DE FISIOTERAPESCA

Em geral, lesões

costumam

acometer muito

mais os cha-

mados “atletas de fim de

semana”, isto é, aqueles

que não praticam exercí-

cios físicos regulares. Aí,

quando chega o final de

semana, esse “atleta” colo-

ca um tênis (muitas vezes,

impróprio) e corre 10 qui-

lômetros! Há quem calce

chuteiras e vai jogar bola

com os amigos (90 minutos

de correria), ou ainda, pega

uma raquete e entra em

uma partida de tênis como

se fosse a “final de Wimble-

don”. Já o pescador espor-

tivo coloca a vara no carro,

vai à represa, ao pesqueiro

ou ao rio e dá uns 800 arre-

messos ao longo do dia.

O detalhe fundamental é

que, na maioria dos ca-

sos, esses “atletas” não se

aquecem e não alongam os

músculos para a prática de

seus hobbies, esquecendo-

-se de que se trata também

de exercícios físicos.

Em trabalhos de acom-

panhamento de grupos

durante viagens de pesca,

a Fisioterapesca notou

Alongamento da musculatura lateral do pescoço

Alongamento da musculatura posterior do

pescoço

Alongamento da musculatura anterior do

pescoço

41

Total fly Fly Fishing Magazine

QUANTO TEMPO DEVE-SE ALONGAR?

O ideal é manter o

alongamento de 20 a 30

segundos em cada região

do corpo (posição) e fazer

três séries. Ou seja, repetir

três vezes a sequência de

alongamentos. Se for possí-

vel se alongar todos os dias,

ótimo! Mas, se não der,

tente fazer pelo menos três

vezes por semanas.

Para você, pescador

esportivo, não há dificul-

dade. Essa sequência é

possível de ser feita até

mesmo enquanto se pesca

embarcado, por exemplo,

nos deslocamentos entre os

pontos de pesca!

O alongamento não traz benefício imediato, como a maioria das pessoas imagina. É preciso fazer esse exercício repetidamente para melhorar a flexibilidade

que em torno de 95% dos

pescadores que sofrem

com lesões, ou mesmo com

algum tipo de dor aguda,

são justamente os “atle-

tas de fim de semana”. O

indivíduo, além de não se

exercitar regularmente, no

dia a dia trabalha muito e,

como consequência, tem

uma carga de estresse e

cobrança muito grande – o

que piora ainda mais a sua

condição física.

Quando o pescador tira

uma semana de folga para

relaxar com família e ami-

gos, começa uma maratona

de 600 a 1000 arremessos

diários – e sem “avisar” o

seu corpo -, muitas horas

por dia, geralmente em

pé debaixo de sol forte. É

quando começam as dores.

E é justamente para evi-

tar que isso aconteça que,

nesta edição, ressaltamos a

importância do alongamen-

to, que deve ser feito não

apenas dois minutos antes

do exercício, mas diaria-

mente! Isso porque, como o

benefício do alongamento

é aumentar a f lexibilidade,

seu efeito decorre a médio e

a longo prazos.

Portanto, as lesões dimi-

nuem se ele for feito repeti-

damente, não apenas antes

da pescaria, mas durante e

depois dela – ou de qual-

quer outro exercício físico.

Alongamento da musculatura da coluna vertebral Alongamento da musculatura posterior do ombro

Alongamento da musculatura anterior do braço

Alongamento da musculatura posterior do braço

Alongamento da musculatura

posterior da coxa, glúteo e coluna

lombar

Alongamento da musculatura posterior da coxa, glúteo e coluna

lombar

Alongamento da musculatura posterior da coxa, glúteo e

coluna lombar

MARIA E OMARNo mar,

Onda vai, onda vem!

Maria ia ao marAmar Omar Pescador.

Maria pescadora!(Que ironia!)

Quem pesca um pescado,Pesca um, pesca dois, pesca três

Maria foi ao marAmar Omar Pecador

Maria pecadora!(Quem diria?)

Quem peca um pecadoPeca um, peca dois, peca três

Maria vai ao marNão mais Omar, o pescador!Omar, o pecador, vai no mar,

Foge de Maria

(Que importa?)No mar,

Onda vai, onda vem.Não, não falta pescador

De pescar,Pescado pra MariaNem falta pecador

Pra pecar,Pecado de Maria.

Do livro Arlequinal, de José Roque

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