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    A Bot.A oo ]ocoUMA METFORA M f P ! E R I F O I R M A T ~ V A "!PARA o DIESAfHO" DA P R A G M T ~ C A

    Torquato CastroJr.

    Bacharel eMestre em Direito Privado pela Uni versidade Federal dePernambuco. Doutor em Filosofia do Direito e do Ertado pela PontificiaUniversidade Catlica de So Paulo. Proftssor Adjunto de Direitq Civil da

    Faculdade de Direito do Recifi, UFPE.

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    1076 A BOLA DO )OGO: UMA METAFORA "PERFORMAT IVA" PARA O "D ESAFIO" . .

    INTRODU(:AO: UMA METFORA 11PERFORMAT IVA"A cena final do filme B/ow Up, ttulo brasileiro "Depois D aquele Beijo"(ANTOl\TJONI, 1966), apresenta urna pantomima de partida de tenis, sem raquetes ou bola, que assistida, quando j est resolvida a trama, pelo protagonis ta.No presente texto, composto em homenagem ao ProfessorTercio SampaioFerraz}nior, propomos examinar algumas analogias, diante da teoria e prticado "direit0. m r i d ~ o d e s s ~ m e t q f n r : ~ de um 'op-o enrenado, do

    cineasta italiano; queremos comparar ao discurso jurdico tradicional, obJetuale neutro, a figurac;ao de um jogo em que, para dizer em oxmoro, os atoresfazem "haver" urna bola que, sob certo e relevante angu1o, "nao existe"1.Por essa metfora "performativa", procuramos acesso a urna compreenso"anteconceitual" de conceitos construdos na teorizac;ao da "norma juridica" e naprticaretrica da "neutralizac;lio" da decislio sob sua gide, direcionando a atenc;aoas imagens que ela produz e reproduz, como seus pressupostos metodolgicos.Coma palavra"anteconceitual" estamos tomando a idia de Hans Blurnenberg(BLUMENBERG, 1960) a respeito da razao nao se esgotar no conceito, havendourn campo ande ela gerada que irredutvel aexpressao ostensiva do conceito.O nome "performativa", para a metfora escolhida, contudo, est 1onge deper feito. Mais adequado talvez fos se dizer metfora "hipocrtica": com isso, atganhvamos um gancho para a proposic;ao de Bourdieu (BOURDIEU, 1992,p. 96), de que os juristas sao os guardioes da hipocrisia coletiva, assertiva comaqual nossa proposta guarda evidentes correspondencias . Metfora "hipcrita"nao bom, por razoes evidentes, mesmo j tendo essa palavra significado exatamente "atar".No fim, "hipocrtica" soa como apenas mais um neologismo hermtico e

    in til. Pod3,mos talvez dize-la metfora "dramatrgica", mas tambm essenome me parece imprprio, ao menos conotativamente, porque nao vemosmuito pantmima como "drama".~ e fiqte' 'metfora performativa", pois. A expressao ajuda a induzirfamiliaridade com a terminologa da teoria dos "atos de fala", de que todavianao vamos tratar aqui e, de modo geral, com a pragmtica.

    Estamos a jogar jogos rosianos: "Deus ex iste mesmo quando nao h. Mas o demnio naoprecisa de existir para haver- a gente sabendo que ele nao existe, af que ele toma canta detuda ." (ROSA, 2006, p. 53).

    TORC)UATO CASTRO )R-1077

    Sem embargo do nome que se de ametfora, nosso intuito primordialmente retrico-heurstico, o que torna este texto', ero muitos pon tos, talvezdemasiadamente impreciso, analgico, fragmentrio.A esperanc;a de que essa espcie de "charge cinematogrfica" traga os

    bons efeitos dialticos que, as vezes, tal forma propicia.Alis, a relativa impossibilidade de se traduzir a palavra charge por outraverncula nos inicia, involuntariamente, nos meandros que se quer t rabalhar,paradoxh entt pe! 1: entur na c;earq_ do inefvel (der r7nragharer)Adiantando um pouco o mrito, propomos aqui comparar a bola inexistente da cena de Antonioni a presenc;a "diabola" da norma jurdica, essa "me

    tfora absoluta", que tarnbm no existe (no espac;o-tempo), m as queinegavelmente h, em nossa interas;ao,Pretendemos, co ro isso, mostrar, na instancia do metafrico, formas pre-:lirrnares, de um "antecampo" (Vorjeld), para comparar, talvez compreender,

    conceitos "pragmticos", como os de Ferraz Jr., que a um s tempo desmascaram e prorrogam- como "jogo sem fim" (FERRAZ JR., 1978 , p. 16 9) - essenalguma medida inevitvel "jogo sem bola".Devemos p erguntar se urna "charge" cabe bem em urna homenagem.A isso, responderamos afirmativamente com argumentos que encheriamvolumes. Ademais, a "charge" nao do homenageado. do "estado da arte" da

    f!.l.osofia (da linguagem), no qual nos movemos quase heroicamente, cada um asua maneira, uns menos, outros mais brilhantemente, como nosso mes tre.~ e nos pon hamos tal dever de prava de adequac;ao, em publicac;ao degenero epidtico, entretanto, j denuncia a peripcia a que nos deixamos levar

    pela fors;a de urna imagem cinematogrfica.Nosso mestre saber rir, talvez mesmo sem concordar.Enfim, nossa investigas;ao voltar-se- a algumas imagens da pragmtica

    de FerrazJr. e ao modo como essa pragmtica prope a superac;ao do "desafiokelseniano", na formular:o do mestre (FERRAZ ]R., 1996) precisamente na forma de um saber "tecnolgico" que o filsofo Ferraz

    ]r. encontra para o jurista, que ele tambm , a frrncla de conservar-se, a si e"ao Direito".

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    1078- A Bo LA oo Joc o : Uw- MrrAFoRA "PERFORMATIVA" PARA o "DESAFIO" ..

    11 . METFORAS E ANTECONCEITUAliDADE (VORBECRIFFL/CHf

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    1082-ABoLA ooJoco: UMA M ETAFORA "PERFORMATIVA" PARA o " De SAF IO"

    A ss im como nos computadores, o sinal eletrnico enviado po r urna alcans;aa out ra mquina. O mesmo sinal na verdade literahnente conecta os dois equipamentos, o que traduz talvez o sentido mais literal de "comunicas;ao".

    Vista dessa forma, a "mensagem" tem identidade, no sentido lgico dae.xpressao. Essa identidade implica reflex.ividade: que o que , o que .

    Para trazer a coisa aos termos de nossa imagem do jogo de tenis, a mensagem correspondera a bola que lans;ada do emissor ao recepto r. Nessa imagem, a bola enviada e a bola recebida sao a mesm a bola. Como no jogo de ters(nao encenado), a bola identica a ela mesma.

    Na proposta wittgenste1mana dos 'j ogos de linguagem", pressup6e-seurna espcie de ruptura no processo de comurcas:ao. Nao h um meio queseja contato efetivo entre os comurcantes. H comportamentos, "formas devida" coordenadas, nada de relevante em si, que se ponha intermediando.

    4. METFORAS DE JOGO E DOUTRINA JURfDICANao preciso pesquisa extensa para descobrir que j se fez proficuo uso de

    metforas de jogo para a discussao de temas jurdicos, inclusive po r influenciaindireta de Wittgenstein, pela chamada "Escola de Oxford", ou "fuosofia dalinguagem ordinria". H. -L . Hart talvez seja o mais notrio exemplo disso.

    Em Hart (HART, 1991), as metforas de jogo permitem apresentar adistins;ao entre pontos de vistas , ou perspectivas, internas e externas em relas;ao ao que se ve e vivencia e aprpria conceps;ao do que se entende po r "regras" do jogo.

    O ponto de vista externo o do fotgrafo do flime de An tonioni, queolha a partida de fora. O que a cena de Antonior mostra de peculiar, emrelas;ao a esta diferens;a entre estar de fora e estar de dentro precisamente omomento do engajamento inevitvel.

    A partir do problema bem conhecido com a regra "proibido pisar a grama" ( F E R R A ~ , 1996, p. 177) possvel mostrar como se d a construs;aocategorial no direito. Urna dvida clssica, igualmente be m conhecida, se aojardineiro ~ m b m se aplica a pro ibis:ao. H , como se sabe, vrias possibilidades de se responder a e ssa dem anda decisional, vrias fo rmas de se chegar aoresultado dojardineiro pisar a grama.

    Contudo, urna resposta propriamente conceitual seria partirmos de urna"distins;ao" para construir um novo concei.to.

    1OR QUATO CASTRO jR - 1UllJ

    A ss im se faz: se distinguimos o pisar do jardineiro do pisar do p a s s ~ te,podemos dizer que haveria, em relas;ao ao grarnado, cujo transito se quer regular, de um lado, por parte do jardineiro, um "pisar terapeutico", em contraposis;ao aoque, de outro lado, se poderia chamar de "pisar ordinrio", do passante.

    Ora, h flagrantemente algo de risvel nessa construs;ao, talvez porque taoobviamente artificial. Do pon to de vista estritamente do pisar verificvel quantificadamente, no haveria diferens;a ent re o pisar do jardineiro ou do passante.Mas do ponto de vista prtico, para os propsitos e no contexto do problema que a norma p6e , a distins;o ganha novo sentido, "opera" como retricado c arter c1entfico do d1scurso JUn

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    1084-A BOLA oojoco : U MA METAFORA "PERFORMATivA" PARA o "DESAFIO" ..

    O poder de esclarecimento desse captulo final, o captulo em que Kelsenelucida seu pensamento sobre i n t e r p r e t a ~ a o da norma jurdica, , outrossim,gigantesco.

    FerrazJr. dedica-se a urna percuciente anlise do "desafio" que essa con cepc;:ao da interpretac;:o jurdica lan c;:a sobre os juristas.A p o s i ~ a o do prprio Kelsen em relac;:ao aquestao da i n d e t e r m i ,de certo modo, evasiva. Em um primeiro plano, que o do direito comofenmeno, nao e poss!Vel atribu1r a norma 1de nudade, porque a norma seraotodas as suas in terpretac;:es que "caibam" na moldura de possibilidades que aprpria indeterminac;:ao da linguagem natural propicia. A "norma" somente setorna identica a si no plano da ciencia do direito . O cientista do direito reconstri a norma, como se tivesse havido continuidade semantica.

    certo que a autoridade do escalao inferior "cumpre" alguma interpretac;:ao do texto a que se diz vinculado. Nesse sentido, h urna continuidade, comoque aposteriori, que o terico pode "descrever", ainda que tambm aqu a descrinao seja propriamente isso, porque se descrevem fatos e, em Kelsen, normanu nca tratada como fato.

    Esse modo de explicar e reconstruir a cadeia normativa, portanto, naooferece qualquer critrio para a decisao jurdica, que nao pode mais ser neutralizada pela retrica da univocidade do comando normativo. Toda de cisaoherm eneutica "ato de vontade", nao "ato de conhecimento".

    O que FERRAZJR. (1996, p. 122 e segs.) chama de "desafw", na verdade, algo que alcanc;:a toda da "doutrina tradicional" do direito, que pressupe exa tamente a possibilidade de se "saber" qual a t e r p r e carreta. Senao possvel alcanc;:ar essa pressuposic;:ao bsica, toda a retrica da neutralidade fica irremediavelmente abalada.

    Dito anossa maneira, a questao que a retrica "tradicional" do "saber" jurdico consiste em fazer passar por saber o que, no fundo, querer - sabido ou alienado.E nto, s ~ p e r g u FerrazJr., se a anlise do rigoroso Kelsen estiver carreta, como haveremos de nos fiar para a neutralizac;:ao indispensvel?6. A METFO RA TECNOLG ICAA teora de FERRAZ JR. (1978, p. 04) segundo suas prprias palavras,corresponde a um "modelo meramente operacional" para a investigac;:ao do dis

    curso normativo, que cuida de "aspectos com portamentais da relac;:ao discursiva".

    TORQUATO CASTRO )R -1 085

    Em sua concepc;:ao, a dogmtica jurdica "compe, delineia e circunscreveprocedimentos que conduzem a autoridad e a omada .de posic;:ao" (FERRAZJR., 1998, p. 84). Assim ela urna "tecnologa".

    "Tecnologa" remete, etim ologicamente, ao conceito grego de techne e,fllosoficamente, ao seu correlato latino, ars.Definindo assim o direito, Ferraz Jr. parece juntar-se a urna tradic;:ao demais de dois mil anos. Ma s "tecnologa" boje no traduz o que antes que diziaco u o t mo Jriginal

    "Tecnologa" hoje o que faz a Hmpada acender, o aviao voar, o computador computar. ciencia dura, de pesar e medir, aplicada. No sentido queFerraz Jr. a emprega a expressao tem um uso ma is abertamente metafrico.

    A promoc;:ao do saber jurdico como "tecnologa" tem , ademais, urna qualidade entimemtica peculiar. que a palavra, no seu uso literal, pressupe osaber cientfico, o que passa a gerar a expectativa de que seu uso metafricotambm. Assim, o problema da cientificidade da dogmtica ju rdica fica pos-tergado, mas nunca negado.

    H ainda urna sobreposic;:ao de metforas tecnolgicas, mais especifica-mente "cibernticas". Prope FERRAZ JR. (1996, p. 190-191) :

    nossa hip tese de que ordenamentos ou sis temas normativos jurdicos so constitudos primariam en te por normas (repertrio do sistema)que guardam entre si r e l a ~ de validade reguladas po r regras decalibrac;:o (estrutura do sistema). [ ..] Qyando, porm, urna srie no dconta das demandas, o sistema exige urna m u d a n ~ a em seu padro defuncio namento, o que ocorre pela r i a ~ o de nova o r m a ~ o r i g e m e, emco nseqencia, de nova srie hierrquica.

    Ferraz Jr. denomina esses expedientes de ruptura do funcionamento li-near dos sistemas jurdico de "regras de calibrac;:ao". "Es tes valores que com pem o termostato, nao sao propriamente elementos do motor (nao operam oesfriamento), mas o regulam, isto , determinam como os elementos funcionam." (FE RRAZ JR., 1996, p. 190).

    Essas "regras de calibras;o", como o termostato de urna geladeira, servempara regular a dinamica fun cional do sistema, de mo do a conservar o seuequilibrio, impedi ndo que ele incorra em disfun r,:ao.

    E m um plano mais geral, porm, a pragmtica de Ferraz Jr. tributriada abordagem pragm tica de Apel/Habermas, sem ratificar, porm, o que

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    IV O O - r\ D UV \ UU ) ULAJ: U M A I V t i A ~ K ~ U K M A I I V A ~ A K A U U t ~ A > I U ..

    poderamos chamar de "apriorismo pragmtico" caracterstico (FERRAZ JR,1978, p. 89).Como afirma FERRAZ JR (1978, p. 124), a validade, do angulo pragmtico, "nao expressa mera e l a ~ o entre normas, mas entre normas enquanto intera

    ~ e s , pois a r e l a ~ o de i m u n i z a ~ o inclui os comportamentos comunicantes."Reparemos que ele usa a palavra "inclui" e nao "consiste de". Co m efeito,

    distingue FerrazJr., na o m u n i c a ~ o , os planos do "relato" e do "cometimento"(FERRAZ JR., 1978, p. 47).O que ele chama "relato" nos parece padecer ainda daquele modelo "in

    formattco da c o m u m c a em que urna "mensagem", 1dentJ.ca a ela mesma, passada, conteudisticamente, de um emissor a um receptor, como a bola, napartida de ten is.

    Esse modelo, com efeito, bem mais apropado, para explicar/justificaro que ele chamada de de i m u n i z a ~ a o , que correlato do que procuramos entender retocamente, a n e u t r a l i z a ~ a o da decisao.

    Fica claro, porm, que sua compreensao pragmtica da norma jiDidica es tlonge de ser ingenua, em termos de fuQsofia da linguagem. Nao possvel categoricamente afrrmar que no h relato. O que ocorre que o "relato" semprehermeneuticamente indeterminado, o que devolve ao impasse kelseniano.

    7. PARA TERMINARO Dircito (e entra aqui de propsito esse "d" maisculo, anunciador de

    singularidade) urna gigantesca pantomima da verdade. Como as religies eas teologas. E ademais de toda verdade humana.

    A "verdade" e a "neutr alidade" em que se asscnta a legitimidade das decis6es j u r d i c : ~ s produto do sucesso performativo da e n c e n a ~ a o , que oblitera arelativa "falsidade" de sua m p r e c a ~ a o aobjetividade.Para fechar, e sem pretender que inferimos isso do que d issemos, o D ireito parece prin_9palmente urna religio, cuja teologa realizada sob alcunha de c i e n c i ~ . Na face ostensiva, religio da "verdade", religio dos "fatos",religio do observador neutro. Da "razao". Cu epistemolgico. Na face oculta, um jogo sem fim no limite ltimo entre c o n f i a n ~ a e t r a i ~ a o . Seus mitoscentrais, metforas absolutas, sao "a norma" e "o ordenamento".

    Escapar do conceitualismo? Pelo conceito, para alm do conceito?11l.l

    1ORQUI.TO LASTRO )R. - 1087

    O que parece certo que a - penso no termo Wit z.(W ITTGENSTEIN, 1991)- do jogo est no sucesso da c o n s e r v a ~ o dessas"bolas" que nao existem.

    R E F E R ~ N C I A SANTONIONI, M .; PONTI, C. BlowU p- Depois daqucle beijo. (Filme-vdeo]. r o d u ~ a o deCarlo Pon i, diw;:ao de Michelangelo Antonioni.ltlia e Reino Unido, 1966. DVD. Colorido. Som. 111 min.BLUM ENBERG, Ha ns. Paradigmen zu einerMetaphorologie. Frankfurtam Main, Suhrkamp,1960.__ sthensche Wld metaphorologische Schriften. Auswahl und achwort von AnselmHaverkamp. Frankfun am Main, Suhrkamp, 2001.__ Arbeit am Mythos. Frankfurt am Ma in, Suhrkamp, 2006._ _ . Theorie der Unbegrilllichkeit. Frankfurt arn Mai n, SuhrKa.mp, 2007 .BOURDIEU, Pierre. O poder simblico. Rio deJaneiro: Bertrand-Brasil, 1992.FERRAZ JR., Tercio Sampaio: Teorada NormaJurdica. Rio de Janeiro: Forense, 1978.__ n t r o ~ i i o ao Estudo do Direito-Tcnica, Decisao, D o m i n a ~ a o . 2 ed. Sao Paulo:Atlas, 1996.__ Direito, Retrica e C o r o u n i c a ~ a o , 2 ed. So Paulo: Editora Saraiva, 1997.__ F u n ~ a o Social da DogmticaJurdica. Sao Paulo: Max Lirnonad, 1998.HART, Hcrbert L.A. O Conceito de Direito. trad. A. Ribeiro Mendes. Lisboa: Fundas;iioCalouste Gulbenkian, 1986.KELSEN, Hans. Reine Rechtslehre, 2 ed. Osterreichische Staatsdruckerei, Wcin, 1992.LAFER, Celso. A c o n s t r u ~ dos Direitos Humanos: urn dilogo com o pensamento de

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