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CONTAO DE HISTORIAS TODO MUNDO IGUAL SENDO DIFERENTE

1 - QUEM CANTA UM CONTOBia Bedran

Uma histria bem inventadaE bem contada por tiVale a vida, vale risada,Vale a pena existir.Quem canta um contoAumenta um pontoNa trajetria de se conhecerAtravs dos personagensQuem uma histria traz pra voc...Uma histria bem inventadaE bem contada por tiVale a vida, vale risada,Vale a pena existir.Quem canta um contoAumenta um pontoNa trajetria de se conhecerAtravs dos personagensQuem uma histria traz pra voc...

2 - A PRIMAVERA DA LAGARTARuth RochaGrande comcio na floresta! Bem no meio da clareira, debaixo da bananeira!Dona formiga convocou a reunio.: - Isso no pode continuar!- No pode no! Apoiava o camaleo.- um desaforo. A formiga gritava. - um desaforo!- mesmo. O camaleo concordava.A joaninha que vinha chegando naquele instante perguntava: - Qual o desaforo, hein?- um desaforo o que a lagarta faz! - Come tudo o que folha! Reclamava o Louva-a-Deus. - No h comida que chegue!A lagartixa no concordava: - Por isso no que as senhoras formigas tambm comem.- isso mesmo! Apoiou o camaleo que vivia mudando de opinio.- muito diferente, depois a lagarta uma grande preguiosa, vive lagarteando por a. - Vai ver que a lagartixa parente da lagarta. Disse o camaleo que j tinha mudado de opinio.- Parente no! Falou a lagartixa. - s uma coincidncia de nome! - Ento no se meta! - Abaixo a lagarta! Disse o gafanhoto. - Vamos acabar com ela! - Vamos sim! Gritou a liblula. Ela muito feia!O Senhor Caracol ainda quis fazer um discurso: - , minhas senhoras e meus senhores, como para o bem geral e para a felicidade nacional, em meu nome e em nome de todo mundo interessado, como diria o conselheiro Furtado, quero deixar consignado que est tudo errado. Mas como o caracol era muito enrolado, ningum prestava ateno no coitado.J estavam todos se preparando para caar a lagarta.- Abaixo a feira! Gritava aranha como se ela fosse muito bonita. - Morra comilona! Exclamava o Louva-a-Deus como se ele no fosse comilo tambm.- Vamos acabar com a preguiosa! Berrava a cigarra esquecendo a sua fama de boa vida.E l se foram eles, cantando e marchando:- Um, dois, feijo com arroz, trs, quatro, feijo no prato.- Um, dois, feijo com arroz, trs, quatro, feijo no prato.Mas, a primavera havia chegado, por toda a parte havia flores na floresta, at parecia festa. Os passarinhos cantavam e as borboletas, quantas borboletas de todas as cores, de todos os tamanhos borboleteavam pela mata. E os caadores procuravam pela lagarta:- Um, dois, feijo com arroz, trs, quatro, feijo no prato.- Um, dois, feijo com arroz, trs, quatro, feijo no prato.E perguntavam para as borboletas que passavam:- Vocs viram a lagarta que morava na amoreira? Aquela preguiosa, comilona, horrorosa.As borboletas riam, riam, e iam passando e nem respondiam. At que veio chegando uma linda borboleta.- Esto procurando a lagarta da amoreira?- Estamos sim. Aquela horrorosa, comilona.E a borboleta bateu as asas e falou:- Pois, sou eu.- No possvel! No pode ser verdade! Voc linda!E a borboleta sorrindo explicou:- Toda lagarta tem seu dia de borboleta, s esperar pela primavera.- No possvel, s acredito vendo!- Venha ver! Isso acontece com todas as lagartas. Eu tenho uma irm que est acabando de virar borboleta.Todos correram para ver. E ficaram quietinhos espiando. E a lagarta foi se transformando, se transformando at que de dentro do casulo nasceu uma borboleta.Os inimigos da lagarta ficaram admirados- um milagre!- Bem que eu falei. Disse o camaleo que j tinha mudado de opinio.E a borboleta falou: - preciso ter pacincia com as lagartas se quisermos conhecer as borboletas.

3 - DIFERENAS

Cada um tem um rosto, corpo, nome, jeito de ser, todo mundo tem nariz, todo mundo tem um p outro p.Todo mundo diferente sendo igual. Todo mundo igual sendo diferente.A linda paisagem tem mil corese todas as cores so to importantes.Todo mundo diferente sendo igual. Todo mundo igual sendo diferente.Cada um tem um rosto, corpo, nome, jeito de ser, todo mundo tem nariz,todo mundo tem um p outro p.Todo mundo quer amar viver ser feliz.Todo mundo diferente sendo igual. Todo mundo igual sendo diferente.A linda orquestra tem mil sons, e todos os sons so importantes.Todo mundo p diferente sendo igual Todo mundo igual sendo diferente.

4 - SOFIA, A ANDORINHAAlmudena Taubuada Sofia andorinha tem olhos cor de mel e asas brancas que parecem de nata, ela mora no galho de uma arvore, come bichos da seda, e brinca de esconder com os meninos do povoado . Sofia andorinha gosta do cheiro de terra molhada, dos beijos da me e de cantar as musicas que Braile coruja ensina para ela . Campo, campinho, campinho , inho, inho canta o pssaro.Campo, campinho, campinho , inho, inho responde Sofia.Braile seu professor de sons e cheiros, porque Sofia tem os olhinhos cegos, toda tarde depois do almoo , Braile comea a aula: verde tem gosto de grama e bala de menta, o amarelo tem gosto de trigo e de quindim, o azul tem gosto de agua do rio e de doce de anis. Sofia aprende muito depressa porque uma andorinha muito diferente, ela sabe quando uma tempestade se aproxima porque o vento fica mais forte, e Sofia sabe quando chega o outono proque sua me sempre diz: Sofia, vamos viajar !Hoje Braile coruja no pode dar aula porque esta com uma crise de tosse, Sofia escuta o coro do canto das cigarras, e os passos de Lua tartaruga, e o soluo de um menino que chora , a Andorinha desce do galho e segue os rastros molhados que o menino vai deixando . - Um, dois, feijo com arroz, trs, quatro, feijo no prato, cinco, seis, molho ingls, sete, oito, comer biscoito conta Sofia. Toms o menino perdido v Sofia se aproximar e se abaixar para que ela suba na palma de sua mo, Sofia andorinha reconhece Toms, porque ele tem cheiro de sanduiche de mortadela. - Vou te levar para casa diz a andorinha.- Como se voc no pode ver, e eu no posso voar?- Conheo o caminho, Braile me ensinou como chegar ao povoado, venha que vou te levar, Toms solua e caminha atrs de Sofia tomando o cuidado para no tropear. Um, dois, feijo com arroz, trs, quatro, feijo no prato, cinco, seis, molho ingls, sete, oito, comer biscoito cantarola Sofia enquanto conta os passos para chegar ao pinheiro torto . Ela cheira o p de alecrim e escuta o barulho do rio, as arvores do caminho se afastam para que Toms passe com a andorinha pousada no ombro, o sino da igreja soa contente, Toms e Sofia chegaram ao povoado, o menino se inclina d um beijo na cabea preta de Sofia e com cuidado clica a andorinha no cho. Sofia andorinha levanta seu bico e chama o vento:- Campo, campinho, campinho , inho, inho . Cantarola. - Campo, campinho, campinho , inho, inho. Responde Braile guindo seus passos de volta pra casa.

5 - ERA UMA VEZ UM REINarrador - Era uma vez um rei, um rei que gostava tanto de ouvir historias, mas tanto, que uma vez resolveu dar um prmio a quem lhe contasse uma histria sem fim. , uma historia que no acabasse nunca, muita gente veio contar histria pro rei, mas todas elas tinham fim.Msica - Toda histria tem fim o reipensava assim! Toda histria tem fim o reipensava assim!Rei - Eu quero ouvir uma histria sem fim!Qual sera o sdito que vai contar pra mim, uma histria sem fim?Narrador - A apareceu um rapaz , cego que mesmo cego era muito esperto e disse saber contar uma histria que no acabava nunca. , uma histria sem fim.A ento o Rei sentou, comeou a ouvir e o rapaz comeou a contar a historiaque comeava mais ou menos assim:Rapaz - Era uma vez Senhor Meu Rei, um criador de patos, que tinha a maiorcriao de patos do mundo! Patoassim Meu Rei! Patoassim! Era pato que noacabava mais! Ele morava num stio, do lado do stio passava um rio, onde ele sempre levava ospatinhos para poderem nadar. Acontece que deuma feita Senhor Meu Rei, choveu muito, o rio cresceu, ficou muito largo, muito largo!E os patinhos demoravam, demoravam, demoravam, demoravam, demoravam, para chegar do outrolado!Narrador - O Rei ficou assim parado olhando pro rapaz, e ento perguntou pra ele:Rei- Muito bem meu filho eo resto da histria? Continue a histria!Rapaz - Deixe os patos passarem Senhor Meu Rei, Alteza. Que forte a correnteza e eles vo bem devagar. Deixe os patospassarem; Deixe os patospassarem; Deixe os patospassarem... Deixe os patos passarem; Rei - Est bem meu filho, est bem! Finge que os patos jpassaram, finge! E o resto da histria?Rapaz - Deixe os patos passarem; Deixe os patospassarem; Deixe os patospassarem...Senhor Meu Rei, h que ter pacincia, a correnteza forte e os patos vo bem devagar. Olha l est passando o primeiropato! Deixe os patospassarem; Deixe os patospassarem; Deixe os patospassarem...Rei - Ora, ora, ora! Esses patos no acabam mais de passar! Faltam muitospatos ainda?Rapaz - Faltam quase todos Senhor Meu Rei!Olha, olha! Deixe os patospassarem; Deixe os patospassarem.. Deixe os patos passarem; Deixe os patospassarem; Deixe os patospassarem..Rei Eu estou esperando a muito tempo este pato passar, vamos , vamos anda logo, quantos patos ainda faltam? Rapaz Ainda faltam muitos patos Senhor Meu Rei. Agora que acabou de passar o 3 pato, vamos, vamos. Deixe os patos passarem; Deixe os patospassarem; Deixe os patospassarem..Rei Ora, ora, sera que esta historia no termina nunca, esta historia no tem fim? Rapaz Exatamente como o Senhor me pediu, uma historia sem fim. Narrador O rei achou graa e deu o premio ao rapaz que mesmo cego ganhou de todo mundo da vila. Rapaz - Deixe os patos passarem; Deixe os patospassarem; Deixe os patospassarem.. Deixe os patos passarem; Deixe os patospassarem; Deixe os patospassarem .....

6 - QUEM CANTA UM CONTOBia Bedran

Uma histria bem inventadaE bem contada por tiVale a vida, vale risada,Vale a pena existir.Quem canta um contoAumenta um pontoNa trajetria de se conhecerAtravs dos personagensQuem uma histria traz pra voc... Uma histria bem inventadaE bem contada por tiVale a vida, vale risada,Vale a pena existir.Quem canta um contoAumenta um pontoNa trajetria de se conhecerAtravs dos personagensQuem uma histria traz pra voc...

- FIM -