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TODiA A ARVORE ME- RECE O TEU CARINHO. O TICO-TICO ^_g)jV-._-. ANNO XVIII SEMANÁRIO DA5 CREANCAE. ^_Jf____>>- RIO DE JANEIRO. QUARTA-FEIRA, 5 DE DEZEMBRO DE 10-^ IAB ^^____ r_~--^.^<_>j_____<^z_^^:^y^>k yj —> ^ Numero avulsosoo N'JMERO ATRAZADO, 500 R5 Cartola. Repara tu, Borboleta. O Carrapicho adivinha. Quando levanta o canniço, Traz na ponta uma tainha. Borboleta. E' malandragem, Cartola. E' um peixinho amarrado Na extremidade da linha. foi três vezes pescado. OTIOO-TICO PUBLICA OS RETRATOS DE TODOS 05 SEUS LEITORES

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TODiA A ARVORE ME-RECE O TEU CARINHO.

O TICO-TICO^_g)jV-. _-.

ANNO XVIIISEMANÁRIO

DA5 CREANCAE.

^_Jf____>>-RIO DE JANEIRO. QUARTA-FEIRA, 5 DE DEZEMBRO DE 10-^

IAB

^^____ r_~--^.^ <_> j_____<^z_^^:^y^>k yj —> ^

Numero avulso sooN'JMERO ATRAZADO, 500 R5

Cartola.— Repara tu, Borboleta.O Carrapicho adivinha.Quando levanta o canniço,Traz na ponta uma tainha.

Borboleta.

E' malandragem, Cartola.E' um peixinho amarradoNa extremidade da linha.Já foi três vezes pescado.

OTIOO-TICO PUBLICA OS RETRATOSDE TODOS 05 SEUS LEITORES

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O TICO-TICO

njpr uDOCC [DO

BiAQUELLA casa grande cercada por um jardim florido, a pessoamais feliz era a Carmita. Um pedacinho de gente, com sete annos ape-nas, uma carinha risonha, muito cabello em caracoes e dois olhinhos

pretos como duas jaboticabas. Filha única de um casai rico. Carmita en-chia a casa de alegria e tinha bonecas de todos os tamanhos.

Uma vez a mamãe lhe disse entre dois beijos carinhosos:— Nós hoje vamos á cidade.

Carmita abriu mais ainda os dois olhinhos espertos, deu um pulinho, bateu as rhãpsinhas côr de

rosa e foi a correr vestir a sua roupinha mais linda.Um passeio á cidade! Era uma Iwneca nova, na certa.Eram então quatro horas da tarde, a hora desejada do lunch.A Carmita e a mamãe, que já tinham admirado as cambalhotas do Carlito no

cinema, tomavam chá. Carmita, então, sentadinha na extremidade da cadeira, sa-boreava um biscoito delicioso e fazia caretas á sua imagem reflectida muitas ve-zes nos espelhos da .confeitaria.

Havia muita gente que se acotovelava. A mamãe de Carmita reconhecera

uma das suas amigas e. depois de um cumprimento aítectuoso, travaram uma palestra animada e esqtie-ceram um pouco a pequenita que tomava chá.

Os garçons iam e vinham num serviço continuo, e foi no meio d'aquella balburdia toda queas duas senhoras notaram, afflictas, que a Carmita tinha desap parecido. A impaciência augmentava cadavez mais. Um cavalheiro amável procurava também a pequenina fugitiva e, depois de uma anciedade quejá se'prolongava, eis que surge, risonha, furando a multidão, a Carmita travessa.

— Não sahirás mais commigo—falou zangada a mamãe. Onde cstiveste?

Carmita baixou os olhos, puxou o beicinho ameaçando u:n pranto co-

pioso e respondeu, apontando a porta enfeitada com ricas caixas de bonbons:— Eu fui dar um doce aquella me nina pobre,Era verdade. A' porta da confeitaria luxuosa, uma creança maltrapilha,

em contraste corrj as scintillações dos cry staes e os tecidos caros dos ves-

tidos das senhoras, saboreava um doce que Deus lhe havia mandado pelamãosinha angélica da pequenina Carmita.

SOLDADINHO DE CHUMBO

^m^0

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íOOOOO 5 _ DEZEMBRO — 1923 ooo^<k>wo<><a>qwvww U litiü-TICO ooooo

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0 ALMANACH DO" WALHO'' PARA 1924a sahir em Dezembro deste anno, será distribuído gratuita-mente a todos os assignantes de um anno d'" O MALHO" eserá no gênero a mais util e interessante pubDcaçIo, conteifiecerca de 400 paginas de texto e chromos lindíssimos.

IDEAL DO BELLO SEXO

CAROGENOO melhor fortificante até hoje conhecido. E' o único cuja

propaganda não é mentirosa, mas sim a expressão da verdade,como af firmam todos quantos delle fazem uso.

ENGORDA, FORTALECE, EVITA OS PANNOS ESARDAS. Opera brilhantemente nas pessoas impaludadas,nas depauperadas por excesso de trabalho physicoe intelkctual.

Na sua composição predominam quina, kola, Strychinus earsênico. Com o uso de dois frascos o paciente certificar-se-á da efficacia desse maravilhoso preparado.

A' venda nas principaes pharmacia<i e drogarias.

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j^oooo o TICO-TICO OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO 5 ___ DEZEMBRO — 1923 ooooo]

Oi7QANISADO PELA PntTFEJTUPA Epelo ^Patronato de Men ore/d"

<3Gçar\w que dloancoü o ísRx?mío teve, r\o| Nurpiorv/oprimpal fatiòr de/ua Robustezó Sob a presidência do Dr. Alaor Pra-Ç ta, digníssimo Prefeito desta Capital,Y realisou-se, no dia 18 de Julho deste9 anno, no salão de despachos do Palácioa da Prefeitura, a cerimonia da leitura

- do laudo da commissão nomeada parajulgar o Concurso de Robustez de Cre-ancas organisado sob os auspicios daMunicipalidade e do "Patronato deMenores".

0 PARECER DA COMMISSÃO

JULGADORA

O parecer desta commissão, compôs-ta dos illustres médicos Professor Olin-tho de Oliveira (presidente), LeonelGonzaga, Silva Porto e Eduardo Mei-

9 relles, é um trabalho notável pela com-

S^ petencia scientifica revelada nos pro-cessos de selecção dos concorrentes.

a As suas conclusões, por isso, adquirema uma alta autoridade para conferir ása creanças premiadas um indiscutível ti-A tulo exponencial de robustez e deA saúde. Deste brilhante parecer, merectO ser destacado o seguinte trecho:

Estudando attentamente as suas<j) respectivas fichai, verificámos,() ' desde logo * unanimemente, que 5

dentre estas creanças apresenta-vam condições de superioridade' manifesta sobre as outras, mere-

cendo, portanto, e sem contesta-

Í

A pequena Maria do Carmo, i* prêmio do" Concurso de Robustez "

O QUE A ROBUSTEZ DEMARIA DO CARMO DEVE

AO "NUTRION"

res". Da valiosa communicação doDr. Luiz Nazareth, destacamos o se-jfuinte trecho:

¦• • •

!A minha cliente. Exma. Sra.7). Frederico da Silva Bretas, es-posa do Sr. João Pereira Bretas,residente á rua Conde de I^age »'33 (Rio de Janeiro), convalescendode uma grave febre puerperal,apresentava um estado geral de ãextrema debilidade. Enfraquecida, Aanêmica e muitíssimo lymphatica, \•— as suas condições orgânicas Xeram as mais precárias para « $amammentação de sua filha recém-nascida que, alimentada por umleite pobre de princípios nutritivos,participava da debilidade materna^

Sem demora, prescrevi á conva-lescente o uso continuado do "Nu-trion". Em pouco tempo ellareadquiria a saúde, augmentavade peso e sua filhinha Maria doCarmo, aos seis mezes de edade,sem outra alimentação além doleite materno, obtiuha o i° prêmiono Concurso de Robustez instituídopela Prefeitura do Districto Fe-deral e realisado ultimamente.

Receito habitualmente o "Nu-trion'" em minha clinica, com umasolida confiança adquirida em ex-periencias anteriores e sempre con-firmada por novos êxitos.

Dr. Luiz Nazareth"NUTRION"

PODEROSO TÔNICO

Foi o "Nutrion", o grande fortifi-cante nacional, que recolheu a melhorrecompensa desse certamen: o resul-tado do Concurso de Robustez de Cre-

çãòTósrprímeTros''lôgâres^HoZe "**f" v,e-u evidenciar de modo incon-

maior difficuldade em decidir da fundlvel ° valor. d.° "Nutnon*- como'ordem em que deveriam ficar col- to™cot(? «constituinte de meompara-

locadas. Resolvemos, então, aPre- vel e««açia no combate a fraquezaciar em separado os "itens"'es- orgânica, á debilidade physica e a des-ienciaes a cada ficha, utilisando í*--".**0* tant0 dc adultos com° da -*¦cada um de nós 3 pontos para ex-

Em importante documento relativo a D "Nutrion" é um tônico que muitosuas observações sobre o "Nutrion", o convém ás senhoras grávidas e ás mãesillustre medico do Rio de Janeiro, que amammentam, porque não só pro-Dr. Luiz Nazareth, confirma os me- move a nutrição da creança duranteritos «científicos e therapeuticos des- a vida intra-uterina como produz oute preparado, atravéz de suas referen- augmenta a riqueza nutritiva do leitecias ao caso da pequena Maria do do seio materno.Carmo que, com o auxilio do podero- Além disto, o "Nutrion" é um for-so tônico, — usado por sua progenito. tificante de primeira ordem para com-

5 6 Iriczes, filha de João Pereira ra, Exma. Sra. D. Fredenca da Silva bater a fraqueza, a magreza e o fas-^ __ _ — . .. - — Bretas, no periodo de amammentação, tio. O grande medico Professor MiguelÕ Bretas C D. rredenca da Silva — conquistou o referido i° prêmio de Couto declara em attestado que, entre

Robustez no importante concurso da os fortificantes conhecidos, dá a suaPrefeitura e do "Patronato de Meno- preferencia ao "Nutrion".

primir numericamente a sua xm~pressão, relativa a cada "item"de cada candidato. A somma destespontos deu a seriação procurada.Ficaram assim classificados os 5melhores candidatos:

V lotjar: MARIA DO CARMO,

Bretas, etc, etc.?>oooooooooooooooo<-><^<_>oo<-.ooooo í 0000000000000000000000000000<

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O TICO -TICO1 nsOW»'».

ANNO XVIII RIO DE JANEIRO. OUART A-FEIRA. S DE DF7RMRR0 DE 1923 NUM. 94S

Sédií: Ouvidor, 164Rüdactor-ciiefe: Careos Manhães

Ofeicinas: VrscoNOTj Itauna, 419GerExte : Léo Osório

•0O0<X>OOO<>OOO<0O'C>O<X>OO0 Çi^^OOO^^OOOOOOOO^OOOOOOOOOOOOO^OOOO o

[tag@B© ©e $>©<?©CASTIGOS DE HONTEM E DE HOJE'

Mitvs netinhos:M muitos paizes do mundo ei-

vilisado ainda se punem ostransgressores das leis comcastigos bárbaros. A pena demorte tem ainda applicaçãonos paizes cultos, embora atendência dos povos, hoje, sejapara fazel-a desapparecer dos

methodos de correcção e repressão dos delin-x quentes.

*çmm oy^r o«^C o

M Sr o

iÁJ. O'-saí £gg, o

ooNo Brasil não existe

0 a pena de morte para osY réos dos grandes crimes;0 nem mesmo os castigos0 aviltantes como a esbor

^ doamento e a chibata.As sociedades cultas

a procuram, nos dias que0 correm, transformar osv scelerados em homensa de bem, sujeitando-os á0 reclusão, tanto mais

^ longa quanto maior fora o crime praticado, acom-0 panhada de trabalhos.õ Sujeitar os criminososa ao regimen de trabalho<> é distrahir-lhes o instin-v cto do mal, do crime, para o bem da3 sociedades.

E' um processo esse, meninos, que tem de-<> monstrado valiosos resultados, além de ser cara-0 cteristicamente christão.

No emtanto, meus meninos, nem sempre a pu-0 nição dos criminosos 'foi exercida com a magnani-0 midade dos tempos de hoje. Támbem, dizem osa estudiosos, o espirito de fraternidade que actual-

mente une os povos entre si é muitomaior do que era dantes.

Para mostrar a vocês o rigor dos/ castigos de séculos atraz, basta dizer

que se puniam os que abusavam douso do álcool com o supplicio dacanga e dos pés apertados.

Ha poucos annos descobriram-se

^fi^^fc^

Castigos do século XV

r770 W& ís O0 N»0s

nos archivos de uma cidade franceza textos de leis *dc repressão bastante rigorosos. Corria o século ryXV. Um delles estava assim redigido:"A todo homem ou mulher quevenda leite com água será collocadoum funil na garganta e por este des-pejado todo o dito leite, até que ummedico ou um barbeiro ache que otransgressor não possa mais engulirsem perigo de morte."

Os outros textos assim diziam:"Todo homem ou mulher que

venda manteiga conten-do nabo, areia ou outroingrediente, será gaiata-mente atado ao pelouri- ^nho. Depois, a dita man-teiga ser-lhe-á despejadasobre a cabeça e ahideixada até que o Sol a Xderreta toda e os cães a avenham lamber." <>

Finalmente, este ou- 0A

tro, de barbaridade in- Xconcebivcl: ò

"Todo homem o u vmulher que venda ovos achocos ou podres será «Qamarrado ao pelourinho; 0os ovos serão entregues á3 Acreanças, para que estas,

á maneira de passatempo, os arremessem aoamarrado até que se acabem de quebrar todos osditos ovos." Hão de convir os meus netinli03 queeram muito rigorosos os nossos antepassados emmatéria de repressão ás fraudes. Todo o criminosoé passível de pena, mas não deixa de ser preceitoerrado o de procurar castigar um crime, com outrocrime. A brandura nos castigos não pôde estimularo delinqüente a novos delictos, mormentequando essa brandura é bem exercida oacompanhada de catechese de índoles, detransformação radical dos sentimentosdos que erraram. A crueldade das penasinfligidas aos infelizes criminosos des-perta, nestes, instinctos de ódio á so-ciedade, muitas vezes inapagaveis.—VOVÔ,

5«ÍX>O<X><X><>0<><X><X><><><>O<>O<>O<><X><><> 5 <>0?<X>ôô<><>OOôô<>ôôOOô<>Oôô<X><>0^,

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i-OOOOO o TICO-TICO 0<XXX><>0<><><><><^^ $ — DEZEMBRO ¦ — 1923 00^<^>\

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TDCQITDGN A S, C_ M E N.TP S

O Sr. Adamastor Pinhei-ro e sua exma. senhora, D. Carolina Go-mes Pinheiro, residentes em S. Paulo, têm oseu lar augmentado pelo nascimento de umrobusto menino, oceorrido no dia 20 do me»findo, o qual recebeu o nome de Orlando.

Nasceu 18 do mez findo o louroArnlando, filhinho do Dr. Camillo Miguel

de Padua e dc sua exma. esposa D. Olga Guimarães dePadua. >

Foi enriquecido com o nascimento de um. lindo me-nino, que recebeu o nome de Henrique, o lar do Sr. Henrique Câmara e de sua esposa D. Alda Valle dos SantosCâmara.

A N N T V É R S A R I O S * "

Faz annos hoje a gorducha Carmen, filha do Sr. Adoljpho Benjanlin Salles.

Festejou a 25 do mez findo a data de seu natalicioo estudioso Plinio, dilecto primogênito do casal Dr. CoriolanoMendes e D. Sinesia Veiga C. Mendes.

Completou cinco annos ante-hon-tem a graciosa Ruth, filhinha do Sr.Agenor Rodrigues, do commercio destapraça.

—.— Esteve em festas no dia 2 docorrente o lar do Sr. capitão Jayme Boa-ventura, por motivo de ter completadoseis annos a sua graciosa filhinha Cybele.

«]QJ01[D_--__J1OSNelson, por ser muito activo; Ma-ria Adelia, por sorrir muito; Al-myr, por não saber jogar; Moa-

cyr, por ser muito bonito; Acyrema, por sermuito graciosa. E eu, por ser linguarudo.

E M h E I L A O

senhoritas

/*^*^i/ / 1\J \m{

wEstão em leilão as seguintese rapazes da rua José Veríssimo:

Quanto dão pela elegância da Aida? pelo busto da Ma-gdalena? pelo porte da Helena? pela gordura da Arlinda?pela altura da Dulce? peto andar do José? pelo sorriso doAlexandre? pela altura do Oscar? Pelo acanharnento daAlda? pelas presenças do Ary? pela alegria da Yolanda? pelaPose do Murillo? pela sympathia da Christina. E, finalmente,quanto dão pela minha lingua ferina?

N O CINEMA

Lygia, a travessa Ossi

N A BERLINDA

Estão na berlinda os seguintes meninos e meninas deS. Vicente:

A pose de Nelson H., a graça de Eugênio P., a belleza deArchimedes R., os olhos de Yago B., a gentileza de Fran-

cisco S., os olhos de Homero R., a côr tro-rena de MarciKo H., o bello comportamentode Eduardo S., a alegria de Oswaldo S.( oandar de Delsina A., a ingenuidade de Lau-ricy P., a creancice de Irene C, o sorrisode Diva M., por A. R.; a mudança tubitado genio de Roma P., os passeios constantes

de Ema P. e Eliza R. — Brahma. Estão na berlinda as senhoritas

e rapazes do Naibuco de Freitas:Carmen, por ser sympathica; Dohx

res, por ser querida; Odette C, por sermorena, Odette Ormond, por ser uma belleza; Odette Ma-cedo por sed uma bella morena; Maria de J. Ormond, porser a mais bonita « ter muito talento; Luiz Gualhano, porser syinupathico como o Rodolph Valentino; João, por bancarPedro II; Jayme, por ter cabellos preto9, Henrique, por ban-car Harold Lloyd «os domingos; Manoel (Poeta), por serlouro. E eu, por ser uma: Ruth Roland.

Berlinda dos alumnos da Escola José Verissimo (i* turno) 4* armo e 5°:

Cynira, por ser no jogo muito risonha; Cacyole, por jogar muito bem; Alipio, porque nojogo prefere sempre Cacyole; Dinah, por sera n/ais alta; Celeste, por ser a mais pequenina;

lx>oooo<x><xxx><x><x>ooo<x><>oo<><^

M_jHi)r

Querendo organisar um íilm, e não tendo elementos,resolvi contratar os artistas da rua Lins de Vasconcellos(Engenho Novo):

Dyrce F., a endiabrada Viola Dana;liselia F., a graciosa Mary M. Minter;

Gilva F., a "mignon" Mary Osborne;Yára S., a affectada Pina Menichelli;Iracema S., a trágica Pauline Frede-ríck; Jandira, S., a traidora FrancescaBertini; Helena F., a modesta Alice La-ke; Luey F., a formosa Norrria Talmad-ge; Sarah, por ser a meiga Billie Dove; VDssi Oswalda; Elza, a desageitada Louisa Y

Fazenda; Oswaldo, o saliente Jack Holt; Octavio, o forte XElmo Lincoln; Olavo, por ser o trágico Sessue Hayakawa; YMario F., o "valente" Harold Lloyd; Luiz F.j o gracioso ACharles Ray; Pedro F. o audacioso Hoot Gibson; José F., Ao gentil Ramon Novarro; Nello, o leviano Ben Turpin; <>Chino, o elegante Rodolph Valentino: Niro. o modesto Art VAcord; Oswaldo (331) o deli-cado William Russell; e eu porser a _*elhbr artista do ma-gestoso íilm 1— Princeza dosDollars,

• Para exhibir o meu f ilmintitulado: O amor e Psychéescolhi entre as artistas de minha companhia as seguintes:

Lina Leite, a seduetora Constance Talmadge; Maria Bor-ges, a interessante Shirley Mason; Gabriella Orsolini, a exag-gerada Mae Murray. Num dos seus bailados apparecerá: Al-tair Sampaio, a tentadora Nita Naldi; Laura Pereira, a tra-gica Norn(a Talmadge; Antonietta Elia, a convencida Car-mel Myers. Para alegrar este estupendo drama farão rir:Nycia Cravo, a brejeira Mary Pickford; Isac Cook, o en-graçadissimo Buster Keaton; Ida Gonçalves, a bella MarionDavies; Sarah Barreto, a deliciosa Barbara La Marr; e, final-men^e, interpretará o principal papel o Sylvio Elia, um R.Valentino; Oscar Soares da Silva, Eddie Polo; Izidra Fon-

toura, Alice Terry; Manoel Pompeu de Castro,Walla.ce Reid; Solangc, Pina Menichelli; Humberto,

George Walsh; Maria Xexeo, Francesca Bertini;Carlos Cavalcante, Buster Keaton. E eu, por

ser a única entre Vilfa e Deodoro parecidacom Pola Negrl. — Quem sou?

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iOOOOO 5 _- DEZEMBRO — 1923 OOOOOOOOOOOOOOOOOOooo o TICO-TICO ooooo»

UMA VIAGEM Ã LU

ooo

janta*»'-. mr: :2 *ffi£|Maro-Ha lia no campo o seu livro de contos quando ap

. eceram dois morabitinos aiuma fada oue morava na Lua

A . . x

—_r J^y'Ji\L. A V>- ^4 l ** t iT - \ ID, • ) A

No mesmo instante surgiu junto de Marcclla a mais bel- <>_«]_ I J_ .. T.. -..-.•..-tft-it.i-T.-k'. in r . ti tn r. i * il - •) ¦-_ A T .1-1 A

Maro.lla lia no campo o seu wvro ae contos qu-uuu *i>- .-« «p^...^ ........,.- «"-o-- ,-_— — ..._.««.-.A pareceram dois morabitinos annunciando a approximação de Ia fada que ja se viu, coimdando-a para ura pasasto a Lua.

"W^^^^A-^^L^-^^^^^A^^A /^^^^^^"^^^—--^ ^^A]^\ <\Marcella accedeu a tão gentil convite e no mesmo tn- Momentos depois, Marcella desembarcava na Lua e dirçr-

stanta foi levada num tapete de velludo azul para o céo cheio tiu-se muito vendo as proezas de equilíbrio que os morab.it.-de nuvens prateadas. B°s faziam em teias de aranha.

0ooco<> De repent- Marcclla viu que a Lua se despedaçava Fechando os olhinhos, Marcella deu um grito 4: hor0 oue eliia era jogada do alto a um barco que vogava no mar. ror e... acordou. Marcella tivera um «onh.0 poraue ador

mecera lendo o livrínho d« contos.

üitiririríz-ütcir-tiir-tiir-ti-üiririric-ti-tiirir-ti irir-tiirirtiiririritir-t

^VINGANÇA

S (Rubens era um travesso menino. Contando0 Yv aPenas doze annos' era caPaz de fazer as

peores maldades. Sua mãe o reprehendiamuitas vezes, mas elle a nada attendia.O.castigo, porém, nunca esquece os máos e um

dia os seus companheiros vieram dizer-lhe queRaul, um menino em tudo differente delles, semprese negava ás suas brincadeiras e, por isto, queriamvingança.

O nosso valentão concordou iinmediata-0 mente.

Era justamente a oceasião em que Raul regres-sava da escola. Rubens arranjou uma porção de

>0<XX><X>ÓOÔO<X><>^OOÕ^><X>00<>0<X>

C A S T I O A

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pedras e o grupo de perversos arremessou-as, en-tão, contra a infeliz creança.

Aos gritos de soecorro do pobrezinho, acudiramas pessoas do logar. Rubens correu para casa e, nãopodendo abrir o portão, pulou o muro. O pé fal-seou e elle cahiu sem sentidos, com alguns feri-mentos. Levado ao leito, esteve doente muito tempo,e depois de curado foi implorar perdão ao seuadversário e este promptamente o perdoou.

Mais tarde, Rubens e Raul eram os melhoresamigos, caridosos e livres do peccado-

PfiGCY

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iooooo 0 TICO-TICO ooooooooo<>ooooooooooo 5 __ DEZEMBRO — 1923 ooooo»UPLA, O ESCOTEIRO 'DETECTIVE'

P O B R

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CONTO

U RDE B. C E L L I N I <>

O ! ?t C O N T I N

— Elle tomou o meu carro ás 2 horasda madrugada. Seguimos para o Retiro Sau-tjso; elle saltou na tal esquina e mandouque eu esperasse, com as lanternas apagadas.Á's 3 horas, elle voltou com outro sujeito,

'amparando os dois um terceiro typo que,de tão bebedo, nem podia andar; quasi vi- •nl,a carregado. Entraram no carro, e o su_jeito mo disse: Toca para a ladeira doAscurra. Vamos lá levar este nosso amigoque apanhou uma gatal Eu accendi as lart-ternas e puz.me a caminho. Quando chega-

mos a ladeira, o outro sujeito disse:O' Vigenio, paga você o homem, que eu nâo tenho

trocado.O sujeito deu-me trinta mil réis e cinco dc gorgçta, e

desceram carregando o amigo bebedo. Eu vim para a cidide.—1 E você ainda tem esse dinheiro?

Tenho. Está aqui!E, tirando a carteira do bolso, apresentou tres notas de

dez mil réis e uma de cinco, que o Mila embolsou, dizendoao "Perde-Ganha":

Antonico, paga a esse homem os 35 mil réis. Se nãotem que chegue...

—2 Tenho 1 Tenho 1 — disse o " Perde-Ganha",E i só Isso? — disse o "Pinga".Só, e obrigado 1 — respondeu o Mila

—t Mas o que tem esse dinheiro?Depois saberásl — exclamou o Antonico. Vae-te em-

bora c olha lil Caluda, ou então ponho a coisa em pratoslimpos. <

Já seil Scil — respondeu o "Pinga-", disparandoo carro. *

Mila e o Antonico lubiram, e, ás perguntas do sargento,o Mila apenas respondeu que tinha ido trocar dinheiro comum chauffeur, amigo do "Perde-Ganha".

Em seguida,, o Mila despediu-se, promettendo voltar, sepudesse, á noite, e, acercando-se do leito, passou carinhosa-mente a mão pela testa do Furão, que, contrahindo os olhos,sem os abrir, soltou um grunliido exquisito e deixou correrduas lagrimas.

Estás soffrendo, Furão? — perguntou o Mila.Mas o doente não respondeu.

A* noite achavam-se reunidos no quarto do Furão, alémdo ar.speçada e do chauffeur Domingos, mais o sargento,qua fora jantar e dispor o serviço da noite e o Dr. Felisber-Io, que não se contivera o voltara a saber noticias do Furão.Falavam o delegado e o sargento sobre assumptos da dele-gacia, quando entraram no. aposento o Dr. Costa e o Mila,tendo ficado i porta o "Perde-Ganha".

O medico, diriyindo-ss ao doente, inspeccionou mimi-ciosamente as ligaduras, que achou perfeitamente humedeci-das, mirou o vidro da poção; tomou o pulso ao doente,

a palpebra, e concluiu dizendo para oDr. Felisberto :

— Perfeitamente. O nosso Furão estáescapo, e não receio mais complicações.Agora, é questão ap.nas de repouso c te-remos de novo o Furão, de pé e activo.

— Que repouse á vontade. No attestadode freqüência, hei de considcral-o cmserviço extraordinário, com direito á gra-

tifi.açào. até que se restabeleça dc todo.Muito bem, Dr. Felisberto ! —

approvou o Dr. Costa. Assim é que seconquistam 03 bons auxiliares! E quantoaos aggressores, ainda nada ?

Infelizmente, nada, doutor; eeu temo que fiquem, afinal, impunesI...— disse o delegailo.

Será pena! — commentou o mr,dico.

Dr. Felisb.rto, dá-me licença?tou o Mila.

Para que precisa você de licença, m:il amiguinho í —perguntou o delegado.

000<X>ô0000oôCrt<.0<.A6ô0000000 g

arregaçou-lhe

HiJ*lín* / ^^

ooooooooooo

.0

UAÇAO)Para me intrometter na conversa» dos

naiores, respondeu o Mila.Fala, Mila! — disse-lhe o pae.Eu queria que o Dr. Felisberto me

dissesse .se este dinheiro é falso ou ver-dadeiro...

E o Mila apresentava na mãoaberta tres notas de io$ooo e umade 5$ooo.

1— Onde foste buscar isso, Mila?Espere, papae. Então, doutor X

O delegado firmara o pince-nez e de encontro á luz exa. Aminava cuidadosamente as notas, uma por uma. A

—> Positivamente falsas, embora muito bem fabricadas! Y— affirmou o delegado. Á

Eu sei onde foram feitas, e quem as fabricou! Ydisse calmamente o Mila. Y

Houve um movimento geral no quarto e o pinec-nez do VDr. Felisberto saltou do nariz policial. ^

Explica-te, Mila! —1 ordenou-lhe o pae.E mais; sei também que por causa desse dinheiro

falso é que o Furão está de cama...Heim ? 1 — clamaram todos.E quem foram os moedeiros falsos que o aggrediram...No Ascurra?! — exclamou o delegado.Qual Ascurra 1 No Retiro Saudoso, na casa verde dai

duas janellas.Positivamente o delegado enlouquecera: Agarrara o Mila

pelos hombros e o examinava também de encontro á luz; dc-pois examinava as notas; depois segurou o sargento pelobraço, largou-o, segurou o anspeçada; exclamou, emfim:

Chauffeur!...E deixando-se cahir sentado numa cadeira... limpou

íreneticamente o pince-nez.Os outros personagens estavam calados e pcrp.-xos; só

o " Perde-Ganha" sorria e resmungava:Oh! patrãozinho de arrepio!!

Afinal, o Dr. Costa, libertando-separa o filho:

¦— Mila, conta-nos isso por miúdo.- — Depois contarei tudo, papae; o mais urgente é apa-

nhar os moedeiros falsos e ao mesmo tempo os aggressoresdo Furão I Doutor, o senhor e o sargento, com mais algumaspraças, tomem o meu automóvel, isto é, o automóvel depapae e vão fazer o cerco da casa, ás 11 horas. O An-tônico sabe onde é. Hoje devem apanhar todos os cinco!

- Per-""- NÍ^Í_-ÍZÍ <«>->.»

do encanto, disse

0ooo.o0

Até quantos são, elle sabe! — gritou o delegado.Não se conversa mais. Sargento, toca para a delegacia, va.mos buscar a canoa.

E sahiu apressado seguido pelo sargento Cândido e oAntonico.

Então, Mila, você continua a fazer policia de ama-dor? Olhe o que sua mãe lhe pediu. Não se exponha nova-mente a represálias de malfeitores.

Não, papae 1 Não tomarei parte activa em diligenciaalguma; mas mamãe mesmo me censurariase eu não procurasse contribuir para a pu-nição dos que assim maltrataram o nossopobre Furão !...

Oh!!! — exclamou de repente o.chauffeur Domingos.

O pae e o filho voltaram-se para ochauffeur, que, de olhos dilatados, punha a

mão na bocea, abafando a exclamação.• — O que foi ?

Nada 1 seu doutor. Não foi nada!E sahiu do quarto, chamando com um aceno

anspeçada.O que foi? — perguntou-lhe este.Imagine você que quando o menino acabou de

falar, o Furão...O Furão ?

— Sim, homem! O Furão mesmo — eu Oestava por acaso olhando para elle — abriu Aos olhos, apinhou os dedos assim, e jogou qum beijo para o menino. A

(Continua no próximo numero') QOOOOOOOOOOOÔOOOOOOOOOOOOOOOOi

0S0osooooooo

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Gvõoé do GadlDllosO»

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25» SERÃO — CONTINUAÇÃO DE OLYMPIA E THEOPIIILO

ASSIM falando, apanhou duaspistolas carregadas e dirigiu-se.para a porta. No mesmo in-stantc viu apparecer o procura-dor do barão, que elle deixaraem Paris.

— Vem procurar-me, Sr.Dumond, da parte de meu pae?

— perguntou Theophilo.— Sim, senhor! — respondeu o Sr. Dumond

um pouco desconcertado á vista das pistolas car-regadas.

Pensa levar-me á força? — inquiriu Theo-philo. Senhor... espero vossa submissão ao ba-rão... Mas, não devo occultar-vos que... souportador de uma ordem do rei....

Uma ordem de meu pae era bastante. Ellequer que vos acompanhe, acompanhar-vos-hei, masvos declaro desde já que não partirei sem ver denovo a pessoa por quem me decidi a vir até ondeestou...

Senhor. ..V — Nada de objecções, que seriam inúteis...;

S— Tenho ordem para fazer-vos partir logo...

— Um dever sagrado obriga-me a permanecer„*' aqui ainda algumas horas. E' necessário que eua volte ao castello. São onze horas, as portas do

castello estão fechadas, todos estão dormindo; nãodesejo promover escândalo: não vou acordar nin-guem. Por conseguinte, passarei a noite aqui, naattitude em que me vedes. Ao despontar do diadirigir-me-hei ao castello, onde me demorareitres quartos de hora. Depois, estarei prompto a

vos acompanhar.O Sr. barão não ficará satis-

feito... Não quererá, depois, des-culpar-me.

Eu lhe explicarei, assumindotoda a responsabilidade. Podeis, Sr.Dumond, se quizerdes," esperar-meaqui. Não desejo fugir e vos empenhoa minha palavra de honra de nemtentar escapar-me.

O Sr. Dumond, vendo Theüphüodisposto a nao partir se-não no dia seguinte e a . . ^. ve?«não abandonar as pistolas, $%{$" :fE^accedeu. Installou-se num 'Ucommodo vísinho e Theo-philo passou o-resto danoite a passear pelo quar-to e a pensar na conver-sação que entreteria comOlympia. Logo qne o dia

H

00Io

amanheceu, Theophilo chamou o Sr.Dumond e propoz-lhè a acompanhar,caso o desejasse, até á porta do cas-tello.

O Sr. Dumond fez-lhe ainda ai-gumas ponderações, mas Theophilomostrou tanta firmeza, que o Sr. Du-mond foi obrigado a ceder. Acompa-nhado de dois homens, seguiu de longeTheophilo, que pronictteu não ficar mais de uma Qhora com Olympia. Chegando ao castello, Theo- £philo foi informado de que Olympia acabava de asahir. O castello estava situado a um quarto de 6légua da igreja onde foram sepultados os restos ^mortaes de Euphrasia. Olympia, na véspera, com- abinara com Theophilo que o receberia ás dez ho- õras e que, depois, partiria para Brives. Quizera v*no emtanto, antes de deixar Uzerche, prestar uma aultima homenagem á memória da tia. 0

Apezar dos murmúrios do Sr. Dumond, Theo- Qphilo deixou logo o castello e foi encontrar-se com aOlympia. Entrando na igreja, parou na porta para 0melhor vel-a, só, no meio do coro e prosternada 0no túmulo de Euphrasia. A santidade do logar, á avista d'aquella igreja onde, sem a morte de Eu- <>phrasia, Theophilo teria recebido a mão de Olym- vpia — muitas recordações assaltaram a imaginaçãodo pobre jo.ven. Caminhou em direcção a Olympiaque, pelo ruido dos passos,' levantou a cabeça edeixou mostrar o rosto banhado de lagrimas. Theo-philo chegou-se para o túmulo e ajoelhou-se juntode Olympia. Depois, tomando uma das mãos deOlympia e apertando-a contra as suas, falou comvoz commovida:

O' respeitável Euphrasia, se vivesseis, era Q>aqui que eu teria recebido a maoquerida que me prometíestes. Eraaqui que um juramento sagrado unir-ia para sempre a minha sorte á deOlympia! Maj que ao menos esse ju-ramento seja proferido sob vossasvistas.! Sim, eu juro, Olympia, nãopertencer senão a vós. Tomo portestemunha o Ser Supremo que nosouve e t|ue lê tudo que. me vae

00

R^t o

o¦sE-

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* *p5-W< ¦ w

n'alma...Calae, Theophilo !

Poderieis estar fazendo umjuramento temerário...

Por ser elle inva-riavel é que o pronunciocom satisfação...

E se vosso pae oreprovar ?

(Continua)*>000000000000000000000000000 !) OOOOCK>VVCVOO<><X><><><X><X><X><X>00<>i

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»<e>oooo o TICO-TICO o<x>ooooooooooo9ooo<>oo 5 _ DEZEMBRO — 1923 ooooo•

AS T A R T A R d 0*A S GIGANTE .SHa muitos annos vários naturalistas e geogra-

phos emprehenderam uma viagem de pesquizasscienti ficas a uma região ainda não explorada das

0i

iost

índias Inglezas.

Em grandes excavações que esses touristesmandaram proceder emdeterminado logar foi en-contrada uma espécie de

cúpula de magestoso edi-

ficio. Ordens então foram

dadas aos excavadores

para agirem com a maxi-

ma prudência, afim de

não quebrarem a relíquia

archeologica, que devia ser, sem duvida, alguma pertencem á raça, já extincta, das tartarugas terres-maravilha da architectura hindu. Mas a surpresa tres, muito maiores que as marítimas que, como vo-dos sábios foi considerável quando puderam con- cês sabem, attingem a 2 metros de comprimento porstatar que aquillo que haviam tomado por algum um e meio de largura.

~^^)Jám'A \mW^-'<^^1^T^

Casco da tartaruga gigante

palácio hindu não era outra cousa que o casco de

uma tartaruga gigantesca.Essa descoberta compensou todos os trabalhos

que se despenderam para conseguil-a, pois delia sealcançaram brilhantes subsídios para a historia dos

reptis monstros que, emépocas remotas, povoaram a

Terra. O casco encontrado

pelos sábios e geographosera tão grande que sobelle podia abrigar-se com-modamente uma homem acavallo. Tartarugas comoessa encontrada nas índias

UM "BONBON

Vocês, já têm naturalmente ouvido a mamãe e

^ o papae fazer referencia ao custo cada vez mais

crescente do assucar, com o qual adoçam o café ou

preparam as balas, bolos e puddings que fazem o re-

galo dos petizes. O assucar é hoje um gênero quasiinaccessivel ao consumo

M O N S T R

Vso<>oosooss9os

do pobre e as balas e

bohbons só as possuem os

ricos.

Pois ha palzes cujas

crianças se regalam em

chupar bonbons gigantes-cos, que não são mais

do que uma canna de assucar. No nosso paiz existeem abundância a canna de assucar, que também écultivada nas Antilhas e no Egypto. Neste paiz acanna não é chupada como nÓ3 a chupamos, depois

Meninos egypcios, chupando canna

de descascada. Os naturaes egypcios reunem-se se-

gurando a canna e a chupam, juntos, como mostra <>a gravura que vocês ahi vêem.

A canna de assucar depois de colhida é, comovocês devem já saber, levada para as moendas que

dellas extrahem um liqui-

do espesso e assucarado

que depois de um proces-so longo de refinação se

transforma no bello assu-

car branco que vocês co-

nhecem.

Nem todo o assucar

0so

tque se consome no Mundo é tirado da canna de Y

assucar,

Na Europa usa-se em grande escala o assucartirado da beterraba, tão bom quanto o da canna.

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<0c-oo-oo o — DEZE:.ISIíO — 1S2J s>oocx>oo<

GALERIA DOS NOSoc>oceoco->oocco<>o o TICO- í iCO"oc/ooc-e

OS AMIGUINHOS

Alice, filha do Sr. Aprigio Ferreirados Santos.

Anais Thereza, filha do esculptorAdalberto Mattos.

OE IA N »l "

p. LGO-ÁIiJv

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ííbbb "¦& '' _H Bs:imbb^BbJ /5n\.'

Jr^ Ikfl BB1 B' Bi éísií^^^SBBt-i. BBfc- j

Alnino VivianiFialho.

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a-B^HBa- BEBa-B^a--! a-ÉÉ^ -M

Yarinha Guedes Fiorcntino c Leonardo Barbastefacio Maria Orbella

f) H--_V aW-KB "" ! ;4-H~^"*'' -*_=J-'*:" ' 'i-^Í^'í J^Mm Ba-aV

^v#-tW-*"*V- <-**' é__l ^ __^Bfíi Wwy i-v wífe i3 *^b1 ^^B *5**^ B»x^

Maria, filha do Sr. José C. deSouza Pinto

Albertina, filha do Sr. José deSouza Pinto.

Maria de Lourdes Sampaio

íoòòoooooooooooooooooooooooooo 11 ooooooo<x>oocx>ocx>o<><x><><x>oooo<x>j

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GRANDE epe do Natal PAGINA N. 3'_ .." .________-_^-^^" iii amÍ líyi '- " «»-w"i 11'hh.iwií m .'i'.'.'. '.i' «u'u[ i~-n*mmnmmmmm*y*mrm*mmm-rr!W!r!~^^Bma*Jr-

(Continua no próximo numero)

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i) Gilberto Duarte, 2) Maria de Lourdes Castro, * ' W *.

y 3) Ivonne Braz, 4) Zilah Teixeira, 5) Hcrbet Gui- WL ""si¦y ymW marães, 6) Gaspar da Conceição, 71 Juracy Domin- ff U '9f^ *

W*f .<7iic.ç, Maria de Lourdes Toscano, Jurema e Jacyra ^W '

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Domingues, 8) Lurta <fn Conceição, 9) Mariano Melgaes. 10) Roberto, Léa, llk c Dulce Coelho da Silva, 11) Pok/o *Darcy de Oliveira.

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»ooooo g __ DEZEMBRO — 1923 oooo^o<x>òo<><><><>oo<x>o<>o O TICO-TICO

/^C^ES^^^&á)mvida

00

RUJA (S. Paulo) — A côrapropriada é branca

COLLEGIAL (Rio) -.Quer um remédio para fazer,com que suas olheiras se tor-aem fundas? Pois então issose pede? Vá estudar, menina,e deixe-se dessas cogitações,

Impróprias para uma collegial.PEGASO (?) — Diz o horóscopo que o ho-

9 mem nascido a 14 de Janeiro é audaz e altruista.;0 Soffrerá injustiças que nunca lhe chegarão a aba-0 ter o animo. Fará casamento medíocre e terá viva

inclinação para o manejo das armas. A mulher nas-<£ cida a 28 de Dezembro difficilmente se casará eò quando o faça será depois de contratempos que9 muito contribuirão para o seu envelhecimento.;

S Visionárias, nunca deixarão de encararpor um prisma optimista. E ai dellasse não fose esse optimismo.

JOÃO DARCY P. L. ZAMITH(Vassouras) — O homem nascido a 31de Julho terá vida longa e sem enfermi-dades. Casar-se-á com uma parenta,afastada embora. Deve estar sempre at-tento á regularisação de sua conducta,ductil á mais corriqueira suggestão., Ohomem nascido a 16 de Novembro teráêxito em todas as emprezas em que en-

a trar. Protegido por benéfica influencia,- não gosará, só, desse bem estar que lhea chegar: — repartil-o-á com outros, pa-6 rentes e protegidos, que lhe serão, felizmente, gra-9 tos. Terá muitos invejosos de sua posição, quasiç sempre alta.;0 LÚCIA SOUZA (S. Rita do Sapucahy) —9 Não existe á venda tal musica e sua publicação éa interdicta pois o autor não abre mão dos direitosò de reproducção.

MYRIAM (Rio) — Um coração de ouro, oja da minha presada consulente. Tão bom e af feito áò bondade que muitas vezes se verá prejudicada por

ter praticado uma boa acção. Soffrerá injustiças$ porque nunca terá forças para repellir o inimigo0 — seu coração não o deixa —• Casará em idade que9 não estará longe, terá filhos, cujo caracter differirá0 muito do materno. Não soffrerá privações de nota,0 pois a fortuna, bem ou mal, sempre lhe sorrirá.

Procure usar uma jóia. que tenha incrustada

Suma granada. Esta pedra será a sua varinha de

condão, pois a defenderá de alguns dissabores.LILLIAM NOIRE (Santos) — Espirito ati-

Slado e arguto para negócios de alta monta, quasi

( sempre prejudicado por uma pressa que toca ása raias da sofre-9 guidão. No queX se diz própria-

Ni

* 7 v • c•yr X__* 0*&

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^&ÍcK^\

mente a índole, tem-n'a o consulenterazoavelmente apreciável. Caridoso,sentimental ás dores alheias, nuncaha de negar o apoio de sua assistênciamoral aos necessitados. Uma ponti-nha de vaidade, que não se confundecom orgulho, apparece em ateuns tra-ços de sua letra.

ALVAIADE (Rio) — Todosos formulários que nos enviou estão certos e as Xprovas remettidas não podiam ser melhores. Con- Otinue. 9

ISA SO' (São Paulo) — Prosélito é a pes- %soa que foi attrahida e professa uma doutrina ouacceita uma opinião.

CARUNCHO (Rio) — Entregámos sua car-ta ao Dr. Durval de Brito, que a responderá pelaClinica Medica.

jSgjX ALBERTO CURIOSO (São Pau- XIo) — Como periodo do Renascimento 9't comprehende-se historicamente a resur- X

' *^_|s re-Ção Que se operou nos séculos XV e 0,^Xm XVI das letras, sciencias e artes. Foi 9^W> um regresso á arte grega e á literatura #•W0 antiga. X

TAÇA DE VIDRO 9(Rio) — Não é indicado $o uso da água chlorofor- amada sem prescripção me- 9dica. O tratamento das Xunhas está regularmente Ybem feito, no seu caso. $SANTINHO (Rio) — Não damos horosco- 9

pos senão pelas columnas d'0 Tico-Tico.ZIZINHA (Bahia) — A origem da phrase"Não

ponho a mão no fogo" vem do fanatismo dospovos antigos que pensavam, ao dizer uma ver-dade, poder pôr a mão no fogo sem que ella sequeimasse.

ADAMADO (Rio) — Fabrica de espartilhospara homens devem existir em logares onde seencontrem homens futeis, bobos, adamados.

RUTH MENDES (Rio) — Para examegraphologico é necessário escrever em papel sempauta e, pelo menos, dez palavras.

SAGUINALTO (São Paulo) — Não podeser; não existem senão os da collecção. Sa quizercopiar, pôde vir á redacção — Ouvidor, 164.

OSMARD (Campinas) — O horóscopo de24 de Agosto diz que o homem raras vezes secasará e se o fizer ha de ser depoÍ3 dos 40annos.

Possuirá fortuna, mas não fará delia appli-cação notável. Soffrerá muito pela solidão de

* que se verá;ercado, ao fimda vida. A

J-Étí_ 1 /r;^w

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2* parte — Segue-se a comedia,' rmva mar circulo! Os escoteiros afastando-se,"j cinta mas engraçada comedia, arranjada para augmeutar a linha, formaram um.' por Octavio, numa scena só, cm que a semi.circulo cm frente ao mastro. A um

preoccupaçao é fazer sobresahir a jovial--dade, o desprendimento e bondade do es-

- coteiro. Uma comedia -.semelhante, qual-( quer dos nossos amigos é capaz cfo arran-i jar som precisar sequer escrever."

3a parte — Nós — Cada escoteiro faziaJ um nó, explicando aos assistentes a sua

utilidade não só na vida dos escoteiros,mas também na vida diária dc todos.

4a parte — Soccorros dc urgência -Octavio e Raul

signal ele cabeça do chefe, Armando deu ytim passo á frente e, com os olhos fitos Yna Bandeira, o braço esquerdo estendido. Va mão fechada, começou a pronunciar em Vvoz alta e firme o compromisso. v

Ao inicar a primeira parte — Prouictlo vpor minha honra proceder sempre como vhomem Consciente dos seus devores, leal Ve generoso, estendeu o dedo indicadeM:; a Vsegunda — Amar a Deus c a minlWPa-

e na

Resumo para os que não leram os an-teriores. —¦ Nesta secção acompanh<n-se

realisaram um curativo iria, servindã-a fielmente na pa.com asepcia completa num supposto feri- guerra, estendeu o medio, e á terceira — Àmento na cabeça de. Armando. Paulo Obedecer ao código do escoteiro, o an- XJoão sóceorretam OswakTo de uma sup- nular. aposta hcmorrhagia venosa num braço. To- Palmas da assistência, qtte puzera-se 3vdas essas provas eram feitas rapidamente toda de pé, cobriu a ultima syllaba do pe- ae Como. demonstrações eram acompanha- (lueno escoteiro, que commovidameute vol- atias de explicações que tinham o poder de tou ao seu logar. Seguiram-se do me,mo ainteressar vivamente os presentes em tudo modo, cada um por sua vez. Oswaldo, aa quanto assistiam e dar-lhes uma idéa Raul, João, Paulo e Octavio. Depois re- Xprecisa sobre o escotismo. petiram em coro os artigos do Código. Só X

Para os próprios pães dos que já eram então o chefe entregou a cada ura o bas- Vescoteiros, essas demonstrações tinham va- tão c o chapéo que se achavam estenelielos Vlor, pois a maioria permittia a freqüência no chão, dizendo com solemnidade-: /a vida de uma patrulha organisada por dos filhos á patrulha, como uma simples "Bit vos armo escoteiros para a honra. Q

seis meninos (Octavio, Paulo, João, brincadeira de creança, sem se aperceber para a gloria e para a defesa do Bra-§Raul, Oswaldo e Armando), que cos- do seu alto valor educativo. sil!" (i) I-'aseis parte da grande famiU' vtumavam reunir-se para brincar juntos. 5a parte — O compromisso — Junto escoteira. Honrae-a! 0Oi nossas caros leitores reunindo ai- ao mastro quatro graciosas meninas for- Depois cantaram o Rataplan! 0guns camaradas podem facilmente orga- maram, como guarda de honra, gentil tes- As famílias, coinmovitfanicnfc, vieram 0nisar tuna semelhante. Darão prova de teraunhas do acto supremo dos escoteiro?, abraçar os pequenos cavalheiros. Em to- 0iniciativa e patriotismo os que fizerem Isso dava á scena uma feição de cortezia dos os olhos, até nos do rude ferrcirei, õisso. Convidarão um homem de mais de escoteira, tirando ao mesmo tempo qual- lagrimas de emoção correram, ao cerrar ò20 annos para dirigil-os como chefe. A quer aspecto de cerimonia militar, preoc- r.os braços o filho. Soí>re a mãesinha de Otarefa é fácil. A educação pelo escotis- cupação que se deve ter sempre cm mira. Armando a emoção foi tão forte quetno, os processos praticados, são de uma Ante a patrulha, fonnada em linha," houve necessidade de afastal-a. A pobretão intelligente simplicidade que qualquer chefe, em breves pallavras, realçou ahomem, com pequena instrucção mas grancíeza do acto que iam realisar; docom grande alma, munido de um Ma- ctimpromisso sagrado que iam assumir dc-nual do Escoteiro pôde fascr-sc um in- ante da Bandeira da Pátria, deante doscomparável instruetor. Não precisa porá seus pães, deante dos seus camaradas. Seisso iienhum conhecimento especial. O era antes pcrdoavel um pequeno deslise,poPel do instruetor consiste em guiar as uma pequena mentira, daqucllc momento imaginava que havia de ser semvre o amcreanças, despertando-lhes os bons sen- cm dteante não teriam mais. o direito de paro do filho, via-o tão fraco de espiritotimentos, e o desejo de aprender por si só. fraquejar e appcllava para true, se algum nos seus egoismos, nas suas impertinen-; A

não - se sçn-tisse com bastante força de c'as... Quem o havia de defender dos AO COMPROMISSO cumprir sempre e sempre aquelle Código embates da vida quando crescesse-, a elle. Q

. ,, _•'. __ que ia jurar por sua honra, que recuasse tão mal preparado, cm queni quanto mais XA patrulha, com quatro rnezes ele oíga- dando um elevado exemplo de nobreza crescia mais se accentuava a debilidade dc *

nisada, rcalisa a cerimonia do compromis. consciência.Seguiram-se alguns momentos dc pro-

fundo silencio cm que os seis escoteirosconcentraram-se num exame final de con-sciencia.

l* parte — Precisamente ás 9 horas o Todos sentiam-se forteschefe apita a reunir. A patrulha alinhada quatro mezes vinham seem frente ao mastro feito de dois bastões, cumprir aquellas leis.., ?!cantando o Hymno Nacional, olhos fitos, Depois ria voz dc Alerta!, que os esco- i) Palavras pronunciadas por Olavo Bi- aacompanha a Bandeira <me vae subindo teiros atteneTeram, perftfando-se rijos, lac numa das primeiras cerimonias de. Alentamente. chefe- mandou—Para o compromisso, for- compromisso realisadas no Rio. a

i>000000000000000000000000000 1f! oooooooooooooooooooooooooooo»

polnsenhora pensava como era errada a edu- Qcação que dava ao filhinho amailn, c como óelle iria soffrer não fora aquele acasofeliz de teLo feito escoteiro!

Tinha-o ali, via-o mudar de dia paradia, tornar-se um homcmzinho. Dante

ra òes A

so. (Vejam no ultimo numero o program-ma da festa).

(Continuação)

caracter? Ella sentia tuelo e soffria silen- Âciosa, temendo pelo futuro delle. A

Agora tudo mudava. O filho fazia-se qhomem c ella sentia que breve seria o seu Aamparo. E isso devia-o ao escotismo! a

Pois ' se ha Bemfazeja escola, bemditos os que se ahabituando a lhe entregam, roubando horas elo seu la- a

O

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IOOOOO 5 ___.' DEZEMBRO — 1923 0<>-^00<>0<><>o<><><^<*>^^ 0 TICO-TICO OOOOOê

"¦ ""i ¦* " «ãã_. -^sa __

IO O VERDADEIRO

bor para educar, muitas vezes para sal- _Tar, os filhos alheios...! E emquanto a 3\boa senhora se deixava levar pelos seus KÍTratos pensamentos, a festa dos escotei-ros proseguia.

6* parte — Jogos — Foram escolhidos osjogos de scalp, Kim e ver sem ser visto.Era uma demonstração do que valiam osjogos escoteiros. O chefe ia explicando ojogo do scalp como jogo da agilidade,caracterisando os jogos de desenvolvi-mento physico; o Kim, como um extraor_dinario exercicio de observação; o ver semser visto, um dos jogos mais completosdo escotismo, desenvolvendo sinjultanea-mente o golpe de vista, a presença deespirito, resolução, observação, energia,coragem, memória, lealdade e disciplina.No emtanto é ura jogo tão simples e fa-cil. i

E' typico como jogo escoteiro (O Tico-Tico de 13-II-923—LIX).

7" parte — Provas para os meninos ex- ,. .... . .tranhos — Saltos, corridas, obstáculos - Lra Ratoho do *?*PP° -síava muito trist* M™ o *"**'*ío Coelhinho resolveu a ii-Os escoteiros, solícitos, carinhosos, convi- porq.ue _** neve Atoh™* ° buraco que lhe ruação: esquentou ao fogo um malho muitodaram os meninos presentes. Elles atten- serv!a de tntrada P*r* ° ni!lho- ««nde e correu para junto do ratinho, «piediam a começo cheios dc acanhamento, «chorava de afflicção.mas depois uma alegria intensa reinou en-tre toda aquella creançada.

8* parte — Reunidos todos, o chefe fa-lou aos presentes. Foi uma simples con.versa, como qualquer seria capaz de fazer,em que demonstrou o valor do escotismo—o auxilio precioso que elle representa comocoadjuetor dos paes se esses se interessa-rem pela vida do filho na tropa; mos*trou como o escotismo vem resolver ostres problemas de educação que são des-curados pela escola — a educação inte-gral do espirito obtida pela pratica dia-ria de acçõc moraes; a robustez, o com-pleto desenvolvimento physico, atravez das Depois collocou o malho em braza sobre E, graças ao amigo Coelho, o Ratinho Xmarchas, da vida ao^ ar livre, dos exer- a neve, que foi-se derretendo e abrindo chegou ao ninho e poude abraçar a mu- %

l

cios naturaes e da gyijrmastica; a educa- caminho para o ninho tio rato.ção pratica, graças os conhecimentos ge-raes que se exigem dos escoteiros e á ap-plicação e observação no terreno experimental do que a creança aprende theori.camente na Escola.

Salientou que o escotismo era praticadosó nas horas de folga, que o estudo e otrabalho eram sagrados; que as despezasa fazer limitavam-se á acquisição do uniforme, o que era antes uma economia,pois não podia haver para o uso diário,para o collegio, roupa mais forte, maissimples nem mais hygienica do que olindo trajo do escoteiro.

Muitos applausos seguiram-se ás pala-'Trás da chefe. Naquella simples conversa,contando com naturalidade, como quempalestrava, o que era o escotismo, conse-guira convencer a todos que aquillo erauma distracção para a qual todos os paes,que de verdade amam os filhos, deviamencaminhal-os

lher e os filhinhos que já choravam atua ausência. t

0

conferência, na Sociedade de Geographia,onde descreveu o seu percurso Rio-Mara-nhão, em commemoração do Centenário.Feita numa linguagem intelligente, com

Telegramma de PaoaeNoel

Foi hontem recebido, nestaA festa, foi dada por terminada. Os Iln_lS vagens e interessantíssimas obser-

escoteiros offereceram ainda aos presen- vaçoes, o conterencista agradou a todostes refresco e café preparados por elles <?,ue o foram ouvir Atravessou Minas, c telegramma quelesmos. ^ « Maranhão (de O para E) e atra- ^ interessar bastante _

O chefe viu-se seriamente atrapalhado vez dessa sua !on«a Peregrinação de oito todas aj úqpara attender aos pedidos de inscripção mczes> unla cas ocorrências <1<**" ««*•« Bras;, Eii-o:na patrulha que lhe faziam paes e me- impressionou foi a sua estadia entre os «Camhlho doCéo . de .ninos. Mas nada decidiu. Ainda era cedo escoteiros de Carolina, no Maranhão. Nao Dezembro — Ainigo* Wpara novas inscripções. era sem palavras de emoção que Souza ^ ricg.Tko _ Avjsç^E eis ahi algumas suggestoes de como Bispo se lembrava dos seus queridos ami. tm Q meu brinquedosse orgamsa uma festa de compromisso, gos que o cercaram de tanto carinho. Era .c_ „,,.;„ _- _._„,,„.... 1.. _. _-i «»___ -.___

propaganda pratica do escotismo.

NOTICIÁRIO"Raid" Rio-Maranhão

está cheio de Almanachs d'0 Tico-Ticoumeo grupo cora que para I024. M lrjais be„as historias> „1 11 mn ra7an ri_* in- «_-:_, :..*•,______._-.____.— _______ .«. __ _ _

aproveitando-a bem para fazer uma útil todo o interior foi otopou. Para nós foi uma razão de in- mais interessantes paginas de armar, oscomparável prazer ouvil-o, porque o gru- mais indispensáveis conhecimentos para a <>po de Carolina foi iniciado por sug- infância estão reunidos nas paginas do 0gestões da nossa secção. E' ura grupo nu- bello almanaeh. Chegarei para a semana, 0meroso e muito bem orientado. quando vocês puzerem i venda o Alma- õ

nach d'0 Tico-Tico para 1924. — Papae õVELHO LOBO Noel." 0

Em dias da semana passada reali-sou o andarilho Souza Bispo uma bella

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m<5oooo o TICO-TICO ooooooooooooooooooooo .1 __ nr.ZEMRRO — 1923 ooooo»

o,0 Desenho para colorir /o \l\ ° ° o

0Depois de colorido a lápis de côr ou aquarella, devem os meninos enviar á nossa redacção o desenhoacima. Publicaremos os nomes dos autores; dos melhores trabalhos.

Na semana finda, recebemos grande numero de desenhos coloridos, dos quaes destacamos os dos se-guintes amiguinhos:

Rubens Cintra Gomes de Souza, Ruy Werneck, Maria Camilla Mesquita r_i_hc.ro, Paulo Luiz da Silva,

g Octavio Pires Vieira de Mello, Helena Leite Gomes de Pinho, Plínio Ortiz da Silva, Rizza de Freitas,Célia Souto, Paulo Toledo Moraes, Mario Bastos, Arahy Lacerda de Almeida, Margarida Carvalho Ribeiro,Galileu Campos, Yedda T. de Oliveira, Guilherme Souza Oliveira, Alexandre Calazans de Moraes, LauryTesch Furtado, Accacio de Oliveira Pires Filho, Maria de Lourdes de Moraes, Margarida Aamentano, Je-ronymo Stempwiewki, Carlos Brooking e.Marcolino Westin.

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lllllllllllllllllllA BANDEIRA NACIONAE protecção aos fracos e humildes de cora-

ção. iComo bom patriota, cada brasileiro, é A bandeira nacional, estendida aos ven-um soldado destemido em defesa da pa- tos da bonança, representa a grandeza de

de caridade. Recordar os seus desvelosconstantes, no desdobramento de seus di- 'deversos misteres — na senda á Ascensãodas Almas Puras ao-Reino do Céo — serátria, — em perigo A bandeira nacional um povo no,t,__ e altivo na guerra e na relembrar quê a Justiça Divina, tem men-

r. nr. cptito .._._ c .-rv-_K/.l_-_ c./-r_".i-l_-_ AT__ _-_._ * ___ * __representa um symbolo sagrado. Na pazdevemos trabalhar, em prol do nosso caroBrasil; obediente ás suas leis, cumprindoconfiante, cada um, o seu dever. Destemodo, possamos assegurar a estabilidadeda ordem, que é a base do progresso.¦Sem que tenhamos sempre cm mira oalcance altamente significativo do nossolemníi — Ordem c Progresso, — cm nada,absolutamente, poderemos confiar. A uniãoda familia pátria é uma instituição sagra-da, onde deve reinar cm toda a plenitudede sua magestade o grandioso futuro quenos acona, e que não tarda esperar.

A riqueza de nosso solo é tão abun-dante, o quanto em léguas' e léguas seperde de vista, verdura de nossos pradose campinas exuberantes de viço e defruetos. Deus abençoa a pátria que. temum povo crente. O Brasil é o — grandecellci.ro do mundo, nelle ha de fruetificar

paz. sageiros na Terra. E' ella, a meiga crea-Sejanps patriotas. tura do claustro, sempre solicita, quem,

Humburto Saldanha nos hospitaes, procura alliviar a dôr dos___, que soffrem; mitigar a fome á pobreza A

" desvalida, regenerando as almas desviadas Qdo rebanho do Pae Celestial, em busca de Qsalvação. Finalmente, orando pela redern. ^pção dos penitentes, rogando: Senhor, der- Àramae um olhar de vossa clemência c sal- 0vae os peccadores. A

Assim, de seus lábios a prece sobe, como aOblação fervorosa de seus corações con- Xtrictos — nosso ardente almejar — aos YParamos Celestiacs, na immolação do per- /v

Jdão, no arrependimento de nossas faltas. X

Pleiteando junto ao Throno de Deus, as Ygraças infinitas de Sua Bondade eterna e Vmisericordiosa — a humanidade — reco- Y.

. nhece a obra portentosa do Salvador, con- )(\Tingubm ignora que ít caridade é o fiante na_ proraessas de um futuro gran-

5rI R _I A CARIDADE

maior penhor possuído, sem lisonja á-loso e cbeio de esperanças,a semente da arvore generosa, acolhendo ás almas devotadas ao serviço de Deus, Oxalá possamos usufruir taes venturasá sua sombra o viajor desconhecido. cm bem do próximo; cuja missão exalta

O Sejamos hospitaleiros e bons, dando a virtude e fala aos corações: — A irmã Humberto Saldanha.

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(DRIQDSCÜ)RESULTADO DO CONCURSO N. 1859

Solução exacta: — A gallinlia pretabota ovos no ninho.

Solucionistas: — Cyro Padilha Mon-teiro, Astor J. T. de Carvalho, Arman-do Gachldo Pires, Ary Pamphiro, LuizAugusto Paes Barreto, Rubens AugustoSoares de Souza, Etelvina Pereira Lima,Jesus Mora], "Waldyr da Rocha Silveira,Nicola Pepe, Fernanda Pontes Corrêa,Mario Silva, João Silveira, Paulo Silva,Ernesto Silva, Heloisa Moraes e Castro;Eurico Franca, Saulo Freitas Gomes,Djanira Vieira da Silva, Maria do Car-mo Duarte, Adail Vaz de Souza, Flora-cy Artlaga, Maria da Gloria S. Viard,Marina Brando Cotia, Maria Luiza deSouza Lima, Américo Cerquettl Casali,José Victor Rodrigues, Zilda Zabaté,Maria de Lourdes da Silva, Fausto Sca-tolini, Alzira Cruz, Julieta de C. Pe-reira, Narbal Assumpção, Maria do Car-mo Dias* Leal, Homero Dias Leal, Ma-rilia Dias Leal, Rubem Dias Leal, Dul-ce Conceição, Judith de Macedo SoaresSilva, Attila F. Arêa, Mary Haydée Go-mes da Silva, Ruy Pimenta, AlexandreBrandão, Antonia Estevam, Dalva daSilveira Pinto Cintra, Rosa Santiago,Affonso de V. Lobo, Odette Martins,Ary Ferreira Fernandes, Célia de Frei-tas Costa, Eduardo de Carvalho, AdeliaNoblat dos Santos, Francisco Moniz Bar-reto de Aragão, Yolanda de Lima, JoséMarcondes, Vergnland Calazans Gonçal-ves, Geraldo Bourroul de Queiroz, Fio-riano de eastro Lima, Maria de Lojr-des Pinto Ribeiro, Mario RodriguesPaes, Clovis de Oliveira Marinho, Aris-tldes Martins Pereira, Armando Amorimde Magalhães, Alcides José de Souza,Pedro de Souza, Almir M. Vianna, Was-hington Tarquinlo Pereira, PUnio Ortizda Silva, Carolina Barros de Aqulno Pe-reira, Elza Pacheco, Lakmé FerreiraNetto, Walter Diogo de Almeida Cam-pos, Maria Magdalena S. Lessa, Alicede SouGa Ribeiro, Arnaldo Brandão, Syl-via Lange, Roselmira Ferreira, Stella O.Maciante, Jacy Assis Theophilo Vas-concellos, Maria de Camargo Andrade,Celina Pinho, Thales Barbosa, Rosalln-da Moss Mello, Benno Selfert, MariaJosé de Magalhães Castro, João Silvei-ra, Tara de Lacerda, Nagib AntonioJorge, Oscar Leite de Almeida, AliceArmando, Julia Dinamarco Reis, Elzade Moraes Costa, Cid Mello, NewtonSilva, Guilherme Monteiro, Jurema Bra-ga, Luiz Frazini, Leonidas Deane, JoséMlndlin, Evaristo Baptista, Sebastião deSanfAnna e Silva, Miguel Lourenço, Ali-ce Freitas, Paulo S. Oliveira, Ruth deAndrade Pinto, Liz Monteiro Soares,Guilherme dos Anjos, Oswaldo de Ouro

Preto, João da Silveira, Simeâo Bentode Carvalho, Cecy Santos, Marcelino Ca-rabelos Moreno, Maria ãs> Perpétuo Soe-corro Botelho da Rocha, João SoutoSoares, Danillo Tavares, Luiz Fernan-des Cerne Guimarães, Maria da PenhaRodrigues, Lúcia da Conceição, CarlosGomes da Silva, Sadl de Toledo Cirno,Maria José de Barros Teixeira, Maari-cio A.- da Fonseca Lessa, Jayme Ramosda Fonseca Lessa, Lilia Rosaria Ricci,Olga Clements Villa Real, Conchita Xa-vier Víllamil, Maria L'se da Silva Cos-ta, Cid Etienne Dessaune, Lucita de Car-vadho, Thereza Bandeira de Mello, Al-ceu da Silva, Delma B. Pereira, Evan-dro de' Vasconcellos, José Cardoso deMello, Vera Hastings Barbosa de Olivei-ra. Jurema Zambon, Paulo Eduardo

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Ml- Arico Y

¦ ¦.::;;>. ;J:'::S© © .

José Manzonl, com 14iiit-zea, filho de Fran-cisco Sfnnzoni — Ibirú,

SAo Paulo.

Attesto que meu filho menor de14 mezes de edade, soffrendo hor-rlvelmente de umas feridas pelocorpo, e, já cangado de recorrer ]ia tudo que lho era jirescrtpto, co- ,¦meçou a fazer uso do seu prepa-rado "ELIXIR DE NOGUEIRA».do Pharin. Chlm. João da SilvaSilveira que, em pouco tempo fl-cou radicalmente curado. O meufilho chama-se JOSÉ MANZONI.Autoriso a publicação deste, parabem da humanidade soffredora.

8. Paulo — Ibirâ, 12 de Marçode 1922. — Francisco Manzoni —Testemunha: — Luiz Cícero (Fir-mas reconhecidas).

Stempniewskl, Ettore Toledo Sandres-chi, Ruth Bernardes, Esmeralda de Car-valho, Caetano Rodrigues Júnior, NelsonFreire de Sa CampaiBo, Llsette LopesiGastai, Nice Cerqueira, Franlr Vieira,José Poyares, Agenor de Mello, CarlosMoliterno, Alayde Eyer, Helena Sam-paio, Henrique 'Dias da Costa, Marcai AMario Schult, César Dias Filho, Eridan YLeite de Castro Velloso, Hugo de Sá VCampello Filho, Maria Lorena, Dirce Ca- Ãbral, Maria Rosa Duarte, Antenor da XSilva Negrine, Annlta Gonçalves, Luiza XCardoso dos Santos, Antonio Nico, Lygia Bessa da Franca, Francisco de Oli-veira, Minervina Carneiro da C o s tPaulo Barbosa Jacques, Aida FrederMassa, Fernandinho Martins, RobertoSampaio, Newton Mala, Letty Rimes deSoutfa Lobo, João Costa, Delza Pereirade Souza, Laury Tesch Furtado, ZildaAzevedo, Teimo do Couto Teixeira, Pu-blio Miele, Cândido Cardoso, EvaldoSchneHer, Zizinha Veado, Manoel Silva,Enoâ de Mello Castanho, José Geraldoda Cunha, Célia Santos, Aurora Adeli-na Gomes, Dulce Alves Ferreira, Mariade Lourdes de Moraes, Hermelinda La-cerda Bourget, Gygsal Setúbal Ritte,Albino de Lima, Arthur José Theodoro,Celina Julia Ferraz, Mario Gravina, Mo-destino Martins Netto, Antonio Moreirada Rocha, Carllos Vanotti, Ismar T. Ta-vares, Maria Nair Ramos, Oswaldo Con-ceie.âo, Evan de Azevedo e Silva, NelsonTerra Camargo, Alranio Ferreira, NeyFelix Sampaio, Bessie Wilson, HialdirMoreira Sampaio, Izaura Marques deOliveira, Dinah de Mello, Maria ClaraGomes de Souza, Antônio Barbosa Ja-cques, TJradla Saad, Zellna Corrêa Pe-reira. Augusto d"Aguiar, Emilia Gitahy Xde Alencastro, Maria de Lourdes SilvarfCícero Campos, Aida Gonçalves de A<:e-vedo, Isa E. Arnoldl, Gerson Pereira,Maria Yolanda Rodrigues Cintra, ArthurKauffmann, -Waldemar de Azevedo Gar-cia, Edidleda Xavier de Brito, Newtonde Brito Ribeiro, Carolina Frediani,Nino HoHender, D a g iri a r Combacau,Djalma Torres de Carvalho, Paulo Bell-sarlo de Souza Corlmbaba, Nelson Bra- a*a, Guilherme Campos Netto, Jayro Mo-" Virettl, Arnaldo de Mello Junqueira, Yvon- O,ne C. Santiago, Celso Rosellno, Maria Aido Carmo Silva, Léa Vieira Carmo, Ma- Xrio Rodrigues Pereira, Maria Izabel Ro- V:drigues Pereira, Ruth Gomes, Luiz An-tonio Servi, Manoel de Freitas Para-nhos, Lael Pontes, Athos Fábio RomanoBotelho, Manoel Lopes Corrêa, HiltonSette, Idea Daltro Rodrigues, Rosa Fa-ria, Guilherme Souza Oliveira, José Soa-res, Paulo de Oliveira Rodrigues, LucasJ. do Vai, Lauro Dantas, Carmen M.Gimenez, Hugo CruE Mascarenhas, Rosa

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•ooooo o TICO-TICO OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO 5 __ DEZEMBRO — 1923 OOOOOi

DE GRAÇA!TOPAS A5 CRÇflOÇflS WTELU<3ÇNT€S

PO BRASIL &ÇVE/1 L€R:Communicamos aos amiguinhos que continuamos a enviar figu-

rinhas e outros brindes do glorioso "XAROPE DAS CREANÇAS",de L. QUEIROZ, o soberano remédio contra coqueluche, catarrhos,bronchites, tosses, etc.

Escrevam hoje mesmo á Secção de Propaganda "ELEKEIROZ"— Rua São Bento, 21, 2* andar — S. PAULO, mandando dizerquaes as pharmacias da sua localidade que ainda não vendem oreputado "XAROPE DAS CREANÇAS" de ELEKEIROZ.

pçao, Grijalva Gomes Pires, Francisco jAugusto Guimarães do La Kocque e Car-los Prado,

1833 — Maria de Lourdes dc Moraes,Stdney Campos Hesketh, Ernesto Chalreo ICorrêa, Dionysia Barbosa Netto, Carlin- ,do Guimarães, Odette Figueiredo, JoséCamillo Pereira, José Joaquim de Guima-raes Sobrinho, Carlos Prado, e Guiomar iLeite.

CONCURSO N. 1.874

PARA OS LEITORES DESTA CAPITAL E D0"

ESTADOS PRÓXIMOS

Perguntas:

1* — Qual o lago do Canadá que é ani-mal feroz?

(2 syllabas)Plinio Silva.

2* — Qual a fructa que se lhe accres-contarmos uma sjllaba é animal?

(2 syllabas)Plinio Silva.

0 FOI O SEGUINTE O RESULTADO ro, José M. Telles, Maria M. Silva LeS- 3* — Qual a fructa que sem a primeira -sa, Luiz F. Silva Lessa, Octacilio Legey syllaba é parte do corpo humano?Silva, Paullb Silva Mario Silva, Ernesto /„ „vii-i,9,x . "~Silva, Armando Clément, Djanyra Vieira *>a s>uaDas)da Silva, Waldemar ^Bonelli, Maria da Amory Pompihd,Lourdes da Moraes, José Maria de Pai- 'va Ronco, Eduardo Mossi, Diva Gloria,

Alcides Leite da Cunha, Eduardo de Car-de 9 annos de edade e residente á rua d« valho. Joio da Costa, Maria do Carmo

0 S rhrktovãn n' rnn nesta ranltal 5ias Jjeafl- Hoiriero Dias Leal, MariliaY,&. _nn.stovao n . 199, nesta capital. Diag Leal, Rubem Dias Leal, Ernina deCarvalho, Rizza da Freitas, Geres Pe-2' Premio: nalya Clare, Roberto Simões, Milton Pi

FINAL DO CONCURSO:i* Premio:

MARIA DO CARMO SILVA

¦nheiro de Assis Ribeiro, Nice Cerquei-i DJ4LMA TORRES DP CARVAT PTD ra' Marla de Lourdes da Silva, LourdesZuj.il.msi iUP.£ínc ua 1,/iKVAL,tiU Fonte3> pnnio Ortiz da Silva. Francisco

ri« Pmilo r*/-íi»i'_;_ Mnvln t~.-Vv-i _**...

íyj _. \j xlili

Respostas certas:

0 de 10 annos de edade e morador a rua«C> Deolinda n°. 14, nesta capital.0A RESULTADO DO CONCURSO N. 18 58

Y00000ooQ SoInWoiiSstns: — Maria José Moreira¦ Ã Guimarães, Guilherme Calazans de Mo-X raes, Narbal Assumpgão, Maria de Lour-v des Dias da Costa, Alcides José de Sou-Ç> za, Aristhéa Bruckf Hélio J. Mainas,Ã J1auricio_ Antônio da Fonseca Lessa,

de Paula Corrêa, Maria Isabel Guima-

Marmello — Mello.2» — Sardenha — Sardinha.3» 1— Amazonas.4» — Fazendo — Fazenda.:5* ç- Abiu.

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o ãêTayme Ramos da Fonseca Lessa, MariaLourdes F. de Azevedo, Paulo de

E' de causar inveja um casal assim tãoalegre. E o mais importante é que nãodispensam o uso do Elixir de Inliame que

Q Oliveira Rodrigues, Hermelinda de La- Depura — Fortalece — Engorda.Ã cerda Bourger, Paulo Leite Bastos, Hil-Y da dos Reis, Armando Amorim de Ma-

?alhâes, Amory Pamphllio, Plinio Berto,•Q Guilherme Monteiro, Maria Thereza G.

Sde

.La Roque, Célia de Moraes, SôniaPrado, Paulo Anatocles da Silva, SldneyCampos Hesketh, Hercilia Magno Bitten

râ-es de La Rogue, Olga Sampaio Mar-tins, Catharina Baroni, Guilherme Au-gusto dos Anjos, Alda Athayde Guima-rães, Nirso da Fonseoa, Affonso de Ver-

ourt. Teimo dó Couto Teixeira, Maria Su,?,Ir° Lobo, Sylvia Horta de Oliveira,Odilon C. Cezar, José Alberto Hopf,Letty Rimes de Souza Lobo, Antônio daRocha, Arnaldo Duval, João Silveira,Laury Tesch Furtado, Carlos Barrooas,Julieta de Andrade Pinto, Almiro Vi-viani Fialho, Célia Santos, Maria Lui-ua de Souza Lima, Alba Torres. Mari;\Antonietta de Siqueira, Maria FeliciaBraga, Arnaldo de Mello Junqueira. NairTelles, Francisco Santiago, Maria Hele-

_>(V V*" a" **_'>»_5 n£* Gitahy de Alencastro, Guilherme Sou-, If*

r_W -T-- _£"___ //-T. za Oliveira, Maria Pinto Soutelro. Fer-

X_r !_1^__\n_ C^ÍV nanda Pontes Corrêa, Migny d* Asreve-> ^* Jr_~^ J-VJ.yní V do o Paulo Belisario da Souza Corimbaba.

Julia Dirfamaroo Reis, Nelio MachadoBastos, Maria Célia Külinger, Zuna Ti-noco, Maria de Lourdes Nazareth de Oli-veira, Naldir Baptista, Palmios Carnei-

^vadõrde^

ALPERCATASENVERNIZADAS

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18G- — Maria José d. Barros Ferreira,Maria do Carmo Dias Leal, Homero DiasLeal. Marilia Dias Leal, Rubem DlaiLeal, Arl.tlrles M. Porelra. Zâ_ft Assum-

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JULIO DE SOUZA.•>oooooooocxx><xx>ooooo<xxx>oooo 20 oo<^x>oooooo<xxx><>o<x>oo<>oo<x><

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•ooooo 5Q 4* — Qual o instrumento cortante for

Sniado pela nota musical e pelo advérbio?

(2 syllabas)Ruth de Booz.

DEZEMBRO 1923 «000000<X><>000<><><X><>0<><> 0As soluções devem cer enviadas a esta

redacçâo acompanhadas das declarações daidade e residência, assignatura do própriopunho do concorrente e ainda do vale qua

Qual a nota musical que é astro? Vae publicado a seguir e tem o n. 1.874.Tara este concurso, que será encerrado

no dia 23 do corrente, daremos como pre-E.is orgauisado o novo concurso de per- mio. por sorte, entre as soluções certas,

guntas. tnclas facçis. um rico livro illustrado.

CONCURSO N. 1.873PARA OS LEITORES DESTA CAPITAL E DOS ESTADOS

TICO-TICO 000001

(1 syllaba).Sarah Brito.

cone uRx/onuMER.o

1874

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O concurso de hoje é dedicado aos nos-sos leitores que gostam de desenho. Co-meçámos no espaço quadriculado uma ori-ginal grega para ornato que deverá sercontinuada pelos leitores.

As soluções devem ser enviadas a estaredacçâo acompanhadas das declarações deidade e residência, assignatura do própriopunho do concorrente e ainda do vale quevae publicado a seguir e tem o n. 1.875.

Para este concurso, que será encerradono dia 18 de Janeiro -vindouro, daremoscomo premio, por sorte, de Io e 2° loga-res, dois ricos livros de historias infantis.

.%2_LEpa&\ o(on(yp/o

o palavra CONCURSO. Melhor será tero endereço: Redacçâo d'Q Tico-Tico -—Rua do Ouvidor, 164 — Ria.

í-VV."A,.,«.WAnrt.V-VWftA,'A'

Sociedade AnonymaAVISO

Pedimos aos caros sohicionistas, parafacilitar o nosso trabalho de selecção decorrespondência, escrever sempre por forado enveloppe onde enviarem suas soluções

QUEM TUDO QUER TUDO PERDE

Havia dois irmãos; chamavam-se Raul eJoão.

Raul, o mais velho, devia contar seus 12annos; era um menino alto, robusto etinha um grande defeito: era extremamenteegoísta.

O outro era o contraste de seu irmão, tan-to physicamente como moralmente: fran-zino, dócil, muito meigo, parecia uma moça.

No dia de Paschoa receberam os doismeninos uma appetitosa manga-rosa. Rauldesejando comel-a toda disse: "Como souo mais velho tenho direito á maior parte";ao que o pequeno replicou: "Não, Raul,seja justo. A manga deve ser dividida empartes iguaes, pois sobre ella tenho 0 mes-

mo direito que você, o presente foi paraambos".

O egoísta com receio de perder a man-ga agarrou-a bruscamente e apanhando umafaca cortou uma parte infima da appetitosafrueta e deu ao irmão. Em seguida correuao jardim, com a sua parte, com a idéiade se regalar sósinho. Mas como na ves-pera havia cahido uma forte carga de água,o chão estava coberto de lama o que ofez escorregar com a tão desejada manga.

A frueta que estava bem madura sedespedaçou, misturando-se cora a lama.

Raul disse de si para si: "Aquelle quetudo quer tudo perde" e prometteu em-mendar-se.

Mlle Fulaninha

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LEIA£| Quem soffrer dos pulmões

(Licença n. 511 de 26 de Março de 1906)

O tratamento da tysica, das bronchites, das angi-nas do peito, dessas tenazes que muitas vezes sófindam quando finda a vida de sua victima, é umproblema, hoje praticamente resolvido para quemconhece o magnífico remédio tão popular no RioGrande do Sul, o Peitoral de Angico Pelotense.

Não é preparado que cure todas as moléstiasde todo o corpo. A sua acção certa,- infallivel, énos pulmões. Rouquidões, escarros de sangue, la-rynge, pneumonias, bronchites, tysica em todos osperiodos, influenza, nada lhe resiste.

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¦ WM$^&fâ&^&&Üffi.(Este numero contem 24 paginas)

22 OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO<

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TT iICO-TICO

O COSTUME DA CASA

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D. Gertrudes era m uito zangada e brusca e nunca praticava 0ra« sempre zangada e íaladora. D. Gertrufies é mal servidaa paciência, virtude que annula muitas dores e muitos dissabores. Peios creados que, após dois ou tres dias de serviço deixam o em-

prego.

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Outro dia chegou uma empregada nova.Obediente e calma, a creadinha pediu or-dens: — Para começar, disse D. Ger-trudes, engraxe estas seis botinas!

A creadinha tomou da escova e come-çou o serviço, principiando pelos seussapatinhos, que ha muito não ví-jih graxae. escova.

Chegando j v-....,..ha •¦ vendo . freadaengraxando ou )__{.__ sapatos ante. dosda patroa, J). ik-rtríides arrebatou <>r •;•-putos &.í nov;\ servente' e os atirn . dentrodc um reservatório d'agna.

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Surprehendida, a principio, a creadinha pareceu comprehender — Pensei que era esse o costume da casa! — respondeuo gesto da patroa: e atirou, ligeiro, todos os sapatos dentro do creadinha. D. Gertrudes percebeu a maior boa t. ms p:reservatório d'agua. — Que estás fazendo? — exclamou D. Ger- da creadinha e pensou que é preciso ser doei! p.r_ .; ..trudes. . bem s«?rvida.

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Era uma vez o Cartola e o Borboleta...

• ____ ^^tO --^¦¦¦¦¦¦•^^^^^ _^mmmmmm^WÊmm^mm^my J^ li ^*^ " """¦•w

0O Cartola havia muito que andava com o olho nuns patos, alli da visinhança... Armado de uns cordéis, em ouja extremidade amarrou varias iscas, o conceituado vagabundo

tratou logo de ir abafar os patos._^_____B_-a_-a___-____

-

Foi simples a maneira de os agarrar: Cartola deixou cahir a primeira isca, que foi devorada pelo primeiro pato e logo depois uma outra, que foi engulida pelo segundo.Uma vez enfiados os bichos, o trabalho foi puxal-os para casa...