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Sobre o blog

Esse é um espaço para dividir as dorese delícias da paternidade, observar onoticiário geral pela ótica paterna,trocar ideias e relatos divertidos - ounão - sobre essa experiência única.Para falarmos, do nosso jeito, que nãobasta participar da criação dos nossosfilhos: tem que ser pai

Sobre os autoresCLAUDIO NOGUEIRA

Claudio Nogueira éjornalista, tricolor e pai do Miguel hánove anos. Nasceu analógico, cresceudigital. Trabalhou em TVs, revista ejornal. O sonho de criança era serastrônomo. Hoje, se dedica a outroespaço: o virtual

RODRIGO BUENO

Paulista radicado no Rio,casado com a Grasi e pai das gêmeasMargarida e Iolanda desde 2012. Antesdisso, era um intrépido cartunista eilustrador de mão cheia. Hoje passabastante tempo cuidando da casa edas duas filhas

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Manifestação (não) élugar de criança?POR CLAUDIO NOGUEIRA18/03/2016 14:12

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POR CLAUDIO NOGUEIRA

SAÚDE PÚBLICA

Mulheres promovemcampanha #Meuabortonas redes sociais

27/04/2016 08:10

Reprodução | Facebook

Eu fiz um aborto. Um não, uns. Lembro do dia em que me descobri "grávido" pelaprimeira vez. A namorada, trêmula, confirmou asuspeita. Ela menor de idade, eu recém­chegado àidade adulta. Juntamos os cacos, juntamosdinheiro, o pouco que tinha. Contamos comamigos, rezamos bastante e chegamos à clínicaassustados, sem saber o que viria.O procedimentofoi relativamente rápido. Em menos de uma hora,recebi a informação de que ela já estava fora deperigo, mas ainda dormindo, sob efeito dosmedicamentos. O susto passou, a gravidez passou.Só não passou a sensação de que fui beneficiadopor ter acesso a recursos e apoio emocional paralidar com a situação.

Isso tem mais de 20 anos — e não me arrependo.Quando "engravidei" do Miguel, anos depois, tivecerteza que queria ser pai. Mas tive o direito deescolher.

1 milhão de abortos por ano

ABRIL 2016

27 28 29 30

g1 ge gshow famosos vídeos

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Passo largo comavanço tímido naampliação da licença-paternidadePOR CLAUDIO NOGUEIRA09/03/2016 15:20

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Não basta participar,tem que ser paiPOR CLAUDIO NOGUEIRA19/11/2015 15:02

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1 milhão de abortos por ano

De acordo com a Pesquisa Nacional do Aborto,feita pela Universidade Federal de Brasília (UnB)com o apoio da Agência Ibope Inteligência e doMinistério da Saúde, um milhão de abortos sãofeitos por ano no Brasil — e a cada dois dias morreuma mulher vítima de procedimento clandestino nopaís. Uma em cada sete brasileiras entre 18 e 39anos já fez ao menos um aborto na vida. Serestringirmos a faixa etária e focarmos nasmulheres entre 35 e 39 anos, essa proporção sobepara uma em cinco.

Com base nesses números — e na repercussão dacampanha #meuprimeiroassédio, que levoudiversas pessoas a relembrarem casos de abuso eassédio sexual cometidos por familiares, amigos,chefes, profissionais da área médica edesconhecidos — um grupo de mulheres,profissionais de várias áreas, lançam esta semanaa campanha #Meuaborto. A ideia é coletar, atravésde uma página no Facebook e de um e­mailpróprio, depoimentos que ajudem outras mulheresa relatarem seus casos e jogar luz sobre o tema —que também é alvo de debates no CongressoNacional, com a proposta do presidente daCâmara, Eduardo Cunha, que criminaliza a induçãoao aborto e exige da vítima a apresentação deexame de corpo de delito e boletim de ocorrênciapara comprovar a violência sexual. A AssembleiaLegislativa do Rio (Alerj) também discute umretrocesso na política sobre o aborto: no relatóriofinal da CPI sobre o tema, foi aprovadaa obrigatoriedade de os hospitais notificarem apolícia todos os casos de aborto que elesatenderem, até mesmo os permitidos por lei ou osespontâneos.

#Meuprimeiroassédio ajudou

"A campanha #meuprimeiroassédio sacudiu asrelações das pessoas, não sabíamos que eramtantos e tantas à nossa volta com casos paracontar, uma verdadeira epidemia. Queremos tirardo armário essa discussão tão importante sobre oaborto, dando a ela o peso que ela merece ao fazero debate", avalia a poetisa Maria Rezende, umadas protagonistas da ideia. "Queremos apossibilidade de aborto legal, seguro e gratuito paratodos. Propostas como as de Cunha no CongressoNacional e dos deputados da Alerj só pioram asituação".

Julia Rezende

Julia Rezendena terça

Está mais do que na hora da gente conversar sobre ABORTO. Mais doque na hora de pararmos de matar tantas mulheres. De pararmos depensar aborto a partir de visões religiosas. De compreender que o abortonunca é uma escolha fácil ou simples, e que legalizá­lo não o tornarábanal. Abortar jamais será banal. Mas pode deixar de ser fatal. # meuaborto

Meuaborto

# MEUABORTO

Vamos falar de fatos?

A cada dois dias morre uma mulher vítima de aborto clandestino no Brasil.

... Ver mais

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Comunidade · 1.001 curtidas · Ontem às 07:29 ·

O movimento vai ganhar força nesta quarta­feira àtarde, em um protesto marcado nas escadarias daAlerj, com o sugestivo nome "Ato das mulheresbelas, recatadas e do lar: Fora Cunha, ForaBolsonaro e Fora Pedro Paulo". Além dos coletivosfeministas presentes na atividade e de testemunhosde mulheres que se submeteram a abortosclandestinos, o grupo espera que os homenstambém se mobilizem, dando seus testemunhossobre o procedimento.

"Queremos saber como os homens se colocamnessa questão. Até porque a responsabilidadetambém é deles", argumenta Maria. "Quem sofremais com isso tudo é a mulher. E quem luta pelosdireitos das mulheres são as mulheres, claro. Masos homem podem e devem apoiar a luta de váriasmaneiras, inclusive compartilhando algum relato",reforça a jornalista Fabiane Pereira, outraidealizadora da campanha.

Os depoimentos já começaram a chegar, e estãosendo organizados sob a hashtag #Meuaborto:

Meuabortohá 22 horas

# meuaborto [depoimento anônimo]

Tinha 27 anos. Estava num relacionamento estável, terminando afaculdade, realizando um projeto pessoal grande e oneroso, que estavasaindo integralmente do meu bolso. Estava feliz, apaixonada pelo meunamorado e muito feliz com meu trabalho autoral.

Tomava pilula há 6 anos, sempre alternando 4 meses de pílula e 01 depausa. Minha ultima consulta com ginecologista tinha sido 3 meses antes.Na ocasião, ela me disse que caso eu achasse que er... Ver mais

130 5 13

Mulheres de todas as idades colaboram com

exemplos de vida para o debate:

Meuabortohá 20 horas

# meuaborto [depoimento por email]

Assim como a Mariza eu também escolhi o meu momento dematernidade. Engravidei em 1976 e em 1977. Não tinha o desejo de sermãe. Fiz dois abortos com muita convicção. Em 1979 minha vida semodificou; casei e quis formar uma família. Em 1980 nascia PedroAntônio, meu filho amado e muito desejado. Em 1982 veio o meu ruivolindo e esperado, Paulo Francisco, no prazo que eu planejei. Por quemilhares de mulheres continuam sem ter a liberdade de exercer seudesejo, seja pela razão que for? Ser mãe ou não, é uma escolha. Não édestino. Sociedade hipócrita que em nome de nem sei o que, compactuacom um sistema perverso imerso na clandestinidade.

Glaucia Camargos

33 3 1

Além de testemunhos pessoais, a campanhatambém conta com depoimentos de quemacompanhou mulheres e casais no procedimentoabortivo:

Luiza S. Vilelana terça

# meuaborto

Quando uma amiga me ligou dizendo que precisava de ajuda porqueestava grávida e não queria estar, eu achei que fosse dar tudo certo, quefosse ser tranquilo. Afinal somos ricas, somos bem informadas, somos o1%.

A clínica na Dona Mariana tinha sido fechada há pouco tempo, mas"relaxa", eu disse, "vou me informar aqui e te digo". ... Ver mais

115 1 Compartilhar

No início do mês, a polícia do Rio invadiu e fechouuma clínica clandestina de aborto em Copacabana.Os médicos foram presos. A gestante que sesubmetia ao procedimento também foi consideradauma criminosa. A campanha tem o objetivo dedemocratizar histórias de vida e demonstrar que apossibilidade do aborto deve ser uma opção paratodos — e não só para quem pode pagar bem porisso. Logo, histórias de quem escolheu não fazer oprocedimento também podem — e devem — sercontadas.

Júlia Rodrigues Motahá 17 horas

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