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ESTUDO DE VIABILIDADE DO BUSINESS- TO-BUSINESS ELETRÔNICO PARA A EMPRESA DOCES CHAVES LTDA VAGNER NUNES Marketing TIJUCAS - SC, 2006 TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

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ESTUDO DE VIABILIDADE DO BUSINESS-

TO-BUSINESS ELETRÔNICO PARA A

EMPRESA DOCES CHAVES LTDA

VAGNER NUNES

Marketing

TIJUCAS - SC, 2006

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

VAGNER NUNES

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO

ESTUDO DE VIABILIDADE DO BUSINESS-

TO-BUSINESS ELETRÔNICO PARA A

EMPRESA DOCES CHAVES LTDA

Trabalho de Conclusão de Estágio desenvolvido para o Estágio Supervisionado do Curso de Administração do Centro de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade do Vale do Itajaí.

TIJUCAS - SC, 2006

ii

Agradeço a todos que direta ou indiretamente se

envolveram na execução desse estágio, e especial,

a minha mãe e a minha tia Jucirene e seu esposo,

que acreditaram no meu potencial e me deram

subsídios para não desistir no meio do caminho.

Tal qual, meu orientador Luciano Giacomossa, que

com sua experiência e determinação atendeu

todas as minhas necessidades e dificuldades. Se a

publicação desse TCE é mérito alcançado, vocês

são merecedores desse mérito também.

iii

“É melhor lançar-se à luta, mesmo

correndo o risco do insucesso, do que

formar fila com fracos de espírito, que nem

sofrem muito nem vibram muito, envoltos

que estão nesta penumbra cinzenta, que

não conhece vitória nem derrota”.

Teodore Roosevelt

iv

EQUIPE TÉCNICA

a) Nome do Estagiário Vagner Nunes b) Área de Estágio Marketing c) Coordenador de Estágios Profº Nelson Zunino Duarte d) Supervisor de Campo José Carlos Chaves e) Orientador de Estágio Luciano Dalla Giacomassa

v

DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA

a) Razão Social Doces Chaves Ltda b) Endereço Estrada Geral Natureza , S/Nº - Tijucas - SC c) Setor de desenvolvimento do estágio Marketing/Tecnologia da Informação d) Duração do estágio 300 horas e) Nome e cargo do supervisor de campo José Carlos Chaves - Administrador f) Carimbo e visto da empresa

vi

AUTORIZAÇÃO DA EMPRESA

TIJUCAS, 05 de JUNHO de 2006.

A Empresa DOCES CHAVES LTDA., pelo presente

instrumento, autoriza a Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI,

a publicar, em sua biblioteca, o Trabalho de Conclusão de Estágio

executado durante o Estágio Supervisionado, pelo acadêmico

VAGNER NUNES.

__________________________________

LUIZ CARLOS CAMINHA CHAVES

vii

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1: Layout por Processo ................................................................................. 6

Figura 2: Layout por Produto .................................................................................... 7

Figura 3: Layout Posicional ...................................................................................... 8

Figura 4: Layout Combinado .................................................................................... 8

Figura 5: Layout por Célula ...................................................................................... 9

Figura 6: Etapas do planejamento de marketing ...................................................... 21

Figura 7 – Aplicações de Infra-estrutura de Comércio Eletrônico em Empresas ..... 35

Figura 8: Modelos de Home-Pages ......................................................................... 41

Figura 9: Visualização da fábrica ............................................................................. 53

Figura 10: Layout da empresa ................................................................................. 54

viii

LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Custo de Fabricação e de Comercialização dos Produtos ....................... 61

Tabela 2 - Histórico de Vendas por Tipologia de Produto ........................................ 62

Tabela 3 – Cálculo de Projeção de Vendas ............................................................. 65

Tabela 4 – Descrição das Funcionalidades do Sistema de E-commerce .............. 70

Tabela 5 – Descrição da Administração do Sistema de E-commerce ..................... 71

Tabela 6 – Planos de Loja Virtual da empresa Lojista Online .................................. 73

Tabela 7 – Planos de Loja Virtual da empresa ABC Interative ................................ 74

Tabela 8 – Projeção do custo de Transporte sob o aumento das Vendas .............. 75

Tabela 9 – Projeção para Ações de Mídia ............................................................... 76

Tabela 10 – Orçamento de Mídias ........................................................................... 77

ix

SUMÁRIO

EPÍGRAFE................................................................................................................ ii

AGRADECIMENTOS ............................................................................................... iii

EQUIPE TÉCNICA ................................................................................................... iv

DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA ......................................................... v

AUTORIZAÇÃO DA EMPRESA ............................................................................... vi

LISTA DE ILUSTRAÇÕES ....................................................................................... vii

LISTA DE TABELAS ................................................................................................ viii

SUMÁRIO ................................................................................................................ ix

1 INTRODUÇÃO...................................................................................................... 1

1.1 OBJETIVO GERAL ............................................................................................ 2

1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS.............................................................................. 2

1.3 JUSTIFICATIVA................................................................................................. 2

2 REVISÃO TEÓRICA ............................................................................................. 3

2.1 ADMINISTRAÇÃO ............................................................................................. 3

2.2 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO.................................................................. 4 2.2.1 ARRANJO FÍSICO - LAYOUT......................................................................... 4

2.2.2 Objetivos do Layout ........................................................................................ 5

2.2.3 Tipos de Layout............................................................................................... 6

2.3 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA..................................................................... 10

2.3.1 Atividade e retorno (lucratividade)................................................................. 11

2.3.2 Atividade e rotação ....................................................................................... 12

2.3.3 Estrutura e endividamento ............................................................................ 14

2.3.4 Liquidez......................................................................................................... 15

2.4 ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS............................................. 17

2.4.1 Recrutamento................................................................................................ 17

2.4.2 Seleção ......................................................................................................... 18

2.4.3 Benefícios Sociais......................................................................................... 19

2.5 ADMINISTRAÇÃO DE MARKETING............................................................... 19

2.5.1 Comunicação ................................................................................................ 22

2.5.2 Produto ......................................................................................................... 23

2.5.2.1 Impacto da Internet na Administração de Produtos ................................... 24

2.5.3 Distribuição ................................................................................................... 25

2.5.3.1 Distribuição Direta e Indireta...................................................................... 26

2.5.4 Preço............................................................................................................. 26

x

2.6 INTERNET ....................................................................................................... 28

2.6.1 Marketing Eletrônico ..................................................................................... 29

2.6.2 Comércio Eletrônico...................................................................................... 30

2.6.2.1 Vantagens do Comércio Eletrônico............................................................ 37

2.6.2.2 Cenário do Comércio Eletrônico ................................................................ 37

2.6.2.3 Categorias de Comércio Eletrônico............................................................ 38 2.6.3 Modelos Básicos de E-commerce ................................................................. 41

2.6.4 Sistemas Eletrônicos de Pagamento ............................................................ 41

2.7 PLANEJANDO O SITE .................................................................................... 43

2.7.1 Funcionalidades de um Site de E-commerce................................................ 46

2.7.2 Desenvolvendo o Marketing na Web ............................................................ 47

3 MÉTODO ............................................................................................................ 50

3.1 DELINEAMENTO DO ESTÁGIO...................................................................... 50

3.2 COLETA DE DADOS....................................................................................... 50

3.3 ANÁLISE DOS DADOS ................................................................................... 51

4 HISTÓRICO DA EMPRESA................................................................................ 52

4.1 PARQUE FABRIL ............................................................................................ 52

4.1.1 Layout da Empresa ....................................................................................... 53

4.2 PROCESSO PRODUTIVO .............................................................................. 56

4.2.1 Primeiro Estágio: Despolpamento da Fruta .................................................. 56

4.2.2 Segundo Estágio: Preparo de Doces, Geléia e Goiabadas .......................... 57

4.3 CERTIFICAÇÕES............................................................................................ 58

4.4 FORMA DE COMERCIALIZAÇÃO................................................................... 60

4.5 HISTÓRICO DE VENDAS ............................................................................... 61

4.5.1 Demanda do Setor via Comércio Eletrônico ................................................. 63

4.5.2 Projeção de Vendas...................................................................................... 65

5 LEGISLAÇÃO DO COMÉRCIO ELETRÔNICO .................................................. 66

6 INVESTIMENTOS EM SOFTWARES................................................................. 68

7 PROCESSO DE DISTRIBUIÇÃO ....................................................................... 75

8 ATIVIDADES DE DIVULGAÇÃO ........................................................................ 76

9 INVESTIMENTOS DE INFRA-ESTRUTURA ...................................................... 78

10 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................ 79

REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 81

ANEXOS ....................................................................................................................84

1 INTRODUÇÃO

Em pleno século XXI, também chamado de era digital, a concorrência se

torna cada vez mais acirrada devido à globalização das informações e dos negócios

se tornarem freqüentes.

Fatores como qualidade, relacionamento e tecnologia são pontos fortes

requisitados pelo consumidor dessa era. Uma vez inseridos em sua estratégia de

negócios, esses fatores conferem as empresas um determinado diferencial

competitivo no mercado.

Essas possibilidades com as quais se convive atualmente fazem com que

mercados fiquem cada vez mais próximos e de fácil acesso. A internet, o telefone e

o fax podem contribuir de forma significativa para a competitividade das empresas

no sentido das informações estarem disponíveis on-line e de agilizar as negociações

entre as partes.

Fazer negócios será, cada vez mais, uma das principais atividades realizadas

na internet. Esta se tornou um recurso simples de comunicação entre empresas e

clientes ou empresas e empresas, sendo que o fluxo monetário movimentado

diariamente em compras na rede está crescendo. A possibilidade de realizar

pesquisas de preço, compras, fazer serviços bancários e burocráticos sem ter que

sair de casa ou da empresa a qualquer hora do dia, é o grande responsável pelo

crescimento deste setor.

As ferramentas de vendas pela web estão cada vez mais se solidificando e

oportunizando a comodidade aos seus consumidores agregando valor ao produto

ofertado.

Sob o aspecto geopolítico, novos mercados estão sendo explorados em todos

os lugares, exigindo uma resposta ágil e global. Os negócios globais precisam

conectar-se com clientes, fornecedores, empregados e parceiros ao redor do mundo.

Pesquisas atuais informam que as transações comerciais entre empresas – o

próprio business-to-business-, mostra ser a melhor alternativa de comércio-

eletrônico devido ao grande volume envolvido nas negociações.

Diante desta realidade econômica e cultural é que a empresa Doces Chaves

Ltda – indústria de alimentos –, tem seu mercado consumidor em foco para a

ampliação de sua atuação a nível nacional através da comercialização de seus

produtos pela internet e as respectivas ações de divulgação desta nova ferramenta.

2

1.1 OBJETIVO GERAL

Estudo da viabilidade de implantação do comércio eletrônico business-to-

business (B2B) na empresa Doces Chaves Ltda.

1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Apresentar histórico de vendas da empresa;

- Identificar as normas existentes para o comercio eletrônico;

- Levantar custos de softwares;

- Levantar custos de distribuição;

- Desenvolver estratégia de divulgação do site;

- Identificar a capacidade de atendimento dos fornecedores;

- Especificar os investimentos na capacidade produtiva: estrutura,

equipamentos/tecnologias, pessoas, métodos/processos;

1.3 JUSTIFICATIVA

O presente estudo tem como princípio analisar a viabilidade para a

implantação do comércio eletrônico entre organizações (B2B) na empresa Doces

Chaves Ltda.

Para que esse estudo seja realizado, conta-se com a pré-disposição da

interessada em fornecer todos os dados necessários para análise da estrutura atual

em paralelo ao cenário do comércio eletrônico.

Diante de um mercado ainda em ascensão e pouco explorado, e deparando-

se com poucos concorrentes nacionais na venda de alimentos através do B2B, o

estudo traçará um panorama de oportunidade com base no mercado atual,

identificando a viabilidade da implantação desta ferramenta na empresa.

2 REVISÃO TEÓRICA

Cada empresa é uma combinação sem igual de pessoas, produtos, culturas,

políticas, fornecedores, investidores, reguladores, influenciadores e assim por diante.

Cada uma dessas empresas está sujeita à natureza imprevisível de seu ambiente

empresarial e de seu mercado. Todas necessitam encontrar métodos e sistemas

personalizados ao seu negócio e cada uma delas terá de adotar estratégias que se

ajuste a seus objetivos empresariais, e desenvolver táticas específicas para atingir a

esses objetivos.

Dessa forma, o comércio eletrônico é uma variável que se modifica

constantemente, seja pela ótica econômica, comercial ou tecnológica que lhe é

apregoada, onde se faz necessário não apenas o aprofundamento literário, mas

também de análise do cenário industrial atual, identificando as novas tendências e

perspectivas de atuação da empresa no mercado eletrônico.

Tendo em vista ser um estudo centrado na administração geral com foco em

marketing, serão abordadas as áreas de:

• Administração da Produção;

• Administração Financeira;

• Administração de Recursos Humanos;

• Administração de Materiais;

• Administração de Marketing:

⇒ Produto;

⇒ Preço;

⇒ Praça;

⇒ Promoção:

��Internet;

2.1 ADMINISTRAÇÃO

Com o aumento da concorrência, os consumidores estão mais exigentes na

escolha de um produto ou serviço, onde a qualidade tornou-se fator predominante

no momento da compra. As empresas para garantirem sua entrada e tornarem-se

4

competitivas no mercado, deverão obter resultados específicos e, além disso, uma

boa administração buscará resultados satisfatórios para a empresa e para a

sociedade.

Segundo Silva (1997, p. 25), “existem quatro processos administrativos onde

o administrador desempenha suas funções: planejar, organizar, dirigir e controlar”.

Para Kwasnicka (1999, p. 18), “a administração é um processo interativo que

busca a obtenção de resultados específicos. Administrar é, portanto, um processo

pelo qual o administrador cria, dirige, mantém, opera e controla uma organização”.

Para este trabalho, a organização e o planejamento foram focos em todas as

fases do estágio.

2.2 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO

O processo produtivo envolve as tecnologias utilizadas na produção, a mão-

de-obra, os insumos necessários para a produção do bem, a estocagem. Todos em

detrimento da disponibilidade do produto ao consumidor.

Para Silva (1997, p. 89), “administração da produção é a especialização

administrativa que trata do planejamento, organização, direção e controle do setor

de produção de uma empresa”.

De acordo com o autor acima, a administração da produção envolve todos os

fatores que estão baseados os conhecimentos gerais da administração.

Kwasnicka (1999, p. 120) considera quatro elementos fundamentais para o

sistema de produção: o primeiro é a tecnologia a ser empregada para a produção de

bens e serviços; o segundo é o conhecimento de seu perfil da força de trabalho

(mão-de-obra); o terceiro refere-se ao capital financeiro; o quarto é o conhecimento

de que estamos produzindo algo que as pessoas querem e necessitam consumir.

2.2.1 ARRANJO FÍSICO - LAYOUT

Para Mayer (1992), a atividade de elaboração de um layout da fábrica é aquela

na qual são considerados dois pontos. O primeiro é o arranjo dos departamentos de

produção e de serviços na fabrica. O outro é o arranjo dos equipamentos de

5

produção, com os quais o operador deve trabalhar determinadas seções, em alguns

desses departamentos.

Em ambos os casos o objetivo é o desenvolvimento de um arranjo que permita

o mais eficiente fluxo de trabalho, do ponto de vista de distância e custo.

Conforme Slack et al,

o arranjo físico de uma operação produtiva preocupa-se com a localização física dos recursos de transformação. Colocando de forma mais simples, definir o arranjo físico e definir onde e como colocar todas as instalações, máquinas, equipamentos e pessoal da produção. (SLACKL et al, 1997, p. 210)

O layout corresponde ao arranjo de diversos postos de trabalho nos espaços

existentes na organização, envolvendo, além da preocupação de melhor adaptar as

pessoas ao ambiente de trabalho, segundo a natureza da atividade desempenhada,

a arrumação dos imóveis, máquinas, equipamentos e matéria-prima (CURY, 1994, p.

373),

Pode-se afirmar então, que o layout é um arranjo físico dentro de um espaço

organizacional, visando à racionalização do trabalho para aumento de seu

rendimento.

2.2.2 Objetivos do Layout

Para Cury (1994), os objetivos do layout são:

• Redução dos riscos a segurança dos empregados, visando melhor

qualidade de vida no local de trabalho e menores condições para

acidentes;

• Racionalizar a disposição física dos postos de trabalho, aproveitando

todo o espaço útil disponível;

Sob a ótica teórica de Simcsik (1993), outros objetivos devem ser

considerados:

• Otimização dos resultados, isto é, redução de custos homem/hora e

horas/máquina, este dois últimos no sentido de utilizar poucos

homens/hora e usar o necessário de horas/máquina;

6

• Maximização dos tempos de espera na produção, através do

balanceamento dos tempos de produção;

• Utilização de uma mesma área para atividades complementares, com

aproveitamento máximo de espaço;

• Redução do tempo produção através da redução das distancias, tempos

de espera de transporte e estocagem para outra fase de produção;

• Melhoria na supervisão, inclusive em nível direto e indireto, com a

diminuição das chefias intermediarias;

• Facilitação dos fluxos de comunicações, informações, pessoas e

materiais, com menos congestionamento e confusões, otimizando a

coordenação geral;

2.2.3 Tipos de Layout

Os principais tipos de layout são: por processo, pro produto, posicional, misto.

Layout por Processo: este tipo se caracteriza por possuir um processo para cada

departamento, onde todos os equipamentos ou operações semelhantes devem ser

agrupados com o objetivo de aproveitamento total de sua potencialidade.

Segundo Martins (2000, p. 10), “arranjo físico por processo se caracteriza pela

centralização dos grupos de trabalho ocupando a função que desempenham perante

o processo de forma idêntica”.

Figura 1: Layout por Processo

Entrada do Material

Saída do produto acabado

Torno revólver (TR)

Plainas (P)

Furadeiras (F)

Retífica (R)

Fonte: MARTINS (2000, p. 11)

7

Para Cury (1994, p. 38), “no layout por processo ou funcional, as máquinas são

agrupadas de acordo com a natureza da operação que é executada”.

Este tipo de layout, segundo Cury (1994), apresenta as seguintes vantagens:

• Grande flexibilidade para suportar variação e flutuação na demanda;

• Reduz a necessidade de duplicação de máquinas, ferramentas, calibres,

matrizes, vigas ou equipamentos especiais;

• Proporciona custos mais baixos de manutenção e separação;

• Assegura maior controle sobre produtos de alta precisão ou artigos

complicados.

Layout por Produto: sua visão principal é o produto, ou seja, as máquinas e

equipamentos são agrupados de acordo com o produto ou peça em fabricação. São

alguns exemplos de layout por produto: montagens de automóveis, programa de

vacinação em massa, representantes self-service.

Para Martins (2000, p. 12), o arranjo físico do produto possui aspectos de

produção contínua obedecendo a uma seqüência linear das operações para fabricar,

denominando a cada setor uma função especializada por alguma parte do produto.

Conforme Cury (1994, p. 382), “é utilizado quando o processo de produção é

contínuo, os equipamentos para o manuseio e movimentação dos materiais integram

as unidades de processamento e as máquinas necessárias são dispostas numa

seqüência lógica com base no produto”.

Figura 2: Layout por Produto

CT1 CT1 CT1 CTn

...

CT1 CT1 CT1

CT: Centro de Trabalho Operações em série e em paralelo

CT4 CT5 CT6 CTn

...

Fonte: MARTINS (2000, p. 12)

8

Layout Posicional: caracteriza-se pelo arranjo de posição fixa à baixa produção; é

usado principalmente na realização de projetos.

Conforme Martins (2000), o layout por posição fixa se limita a um produto

único, em quantidade pequena ou unitária e também não muito repetitivo, tendo

decorrência o deslocamento das máquinas e pessoal até o produto, executando a

operação necessária. Ex.: construção de uma rodovia, cirurgia de coração aberto,

estaleiro.

Figura 3: Layout Posicional

Layout Combinados: para Martins (2000), um layout combinado tem por finalidade

acatar vantagens das usadas no layout por processo e no layout funcional e por

produto, conectando a uma situação flexível ao vários níveis de produtos.

Figura 4: Layout Combinado

Produto

Máquina A

Máquina B

M1 M3

M3

P1 P2 P3 P4

B1

B2 Setor B Setor A

Fonte: Baseado no modelo de MARTINS (2000, p.113)

Fonte: MARTINS (2000, p.113)

9

Layout em Células de Manufatura: baseia-se no trabalho cooperativo, ou equipes

de pessoas que formam um grupo que partilham tarefas entre si em relação a

produção.

Segundo Slack et al,

o arranjo físico celular é aquele em que os recursos transformados, entrando na operação, são pré-selecionados para movimentar-se para uma parte específica da operação nos quais todos os recursos transformadores necessários a atender as suas necessidades imediatas de processamento se encontram. (SLACK et a, 1997, p. 243)

Figura 5: Layout por Célula

Para Slack (1997), existe também, a etapa onde se deve especificar como os

processos reunirão vários componentes para produzir o produto ou serviço final. Há

varias técnicas que podem ser usadas para documentar processos, porém

encontramos em todas, duas principais características:

• Mostram o fluxo de materiais ou pessoas ou informações através da operação

produtiva;

• Identificam as diferentes atividades que ocorrem durante o processo.

1

5

2

4

3

3

2 1

4

1 2 3

1 2

3

Célula 1

Célula 3

Célula 4

Célula 2

Produto Z

Produto W

Produto X

Produto Y

Fonte: MARTINS (2000, p. 293)

10

Ainda de acordo com Slack (1997), outros procedimentos devem ser considerados:

Diagramas de Fluxo Simples: são usados para identificar os principais elementos de

um processo, tal qual para fluxos de materiais ou informações.

Folhas de Roteiro: fornecem mais informações sobre as atividades envolvidas no

processo, incluindo uma descrição da atividade e as ferramentas ou equipamentos

necessários.

Estrutura de Processamento: é um método de diagramação que visa

especificamente os fluxos de clientes. Identifica algumas das atividades-chave que

podem ocorrer durante o “processamento” de clientes através da operação, incluindo

entre outras ações, a de: seleção, ponto de entrada, tempo de resposta, ponto de

impacto, prestação do serviço, ponto de partida e acompanhamento.

O número de processos e de relacionamentos entre eles são indicações da

escala e da complexidade da tarefa de produção envolvida.

2.3 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

É necessária uma determinada margem de lucro para a sobrevivência

contínua do negócio, logo a administração financeira é a área de uma empresa onde

são tomadas as decisões em relação ao controle de ganho ou lucratividade da

empresa.

Relacionada com o capital financeiro, as finanças corporativas referem-se à

administração de caixa, investimentos, captação de recursos, relação com

fornecedores, clientes, analises de custos e lucratividade.

Conforme Silva (1997, p. 98), “o dinheiro para uma empresa é tão importante

como o sangue no organismo humano, uma das funções do dinheiro é servir como

instrumento de troca”.

Segundo Kwasnicka (1999, p. 183), “a administração financeira é o processo

decisório e a ação que afetam a valorização do negócio”.

Por sua vez, os índices financeiros têm a finalidade de nos fornecer

informações que não são fáceis de serem visualizados de forma direta nas

11

demonstrações financeiras ou contábeis. Conforme Kwasnicka (1999), são

comumente agrupados em quatro áreas de estudo:

2.3.1 Atividade e retorno (lucratividade)

O retorno sobre o patrimônio liquido é o principal índice deste grupo, servindo

os demais como instrumentos auxiliares para explicação de sua variação ou

tendência.

Giro do Ativo (GA): estabelece relação entre as vendas do período e os

investimentos totais efetuados na empresa, que estão representados pelo ativo total

médio.

ATm

VLGA =

Sendo VL = vendas líquidas (ou receita líquida) e ATm= ativo total médio (ativo total/12 meses).

A interpretação isolada deste índice é no sentido de “quanto maior, melhor”,

indicando o nível de eficiência com que são utilizados os recursos aplicados na

empresa, isto é, ativo total.

Retorno sobre as Vendas (RSV): compara o lucro líquido em relação ás vendas

líquidas do período, fornecendo o percentual de lucro que a empresa esta obtendo

em relação ao seu faturamento.

100xVL

LLRSV =

Sendo LL = lucro líquido e VL = vendas líquidas (ou receita líquida).

A interpretação do índice de retorno sobre as vendas é no sentido de que

“quanto maior, melhor”.

Retorno sobre o Ativo (RSA): indica a lucratividade que a empresa propicia em

relação aos investimentos totais (ativo total) representados pelo ativo total médio.

100xATm

LLRSA =

Onde LL = lucro líquido e ATm = ativo total médio.

12

Na verdade, o retorno sobre o ativo é o produto do giro do ativo pelo retorno

sobre as vendas, isto é: VL

LLx

ATm

VL

ATm

LL= .

A interpretação do retorno sobre o ativo é no sentido de que “quanto maior,

melhor”.

Retorno sobre o Patrimônio Líquido (RSPL): indica quanto de prêmio que os

acionistas ou proprietários da empresa estão obtendo em relação aos seus

investimentos no empreendimento. O lucro, portanto, é o prêmio do investidor pelo

risco de seu negócio.

100xPLm

LLRSPL =

Sendo PLm = patrimônio líquido médio, ou seja, (PL inicial + PL final – LL)/2.

A interpretação do retorno sobre patrimônio líquido é no sentido de que

“quanto maior, melhor”.

Conforme Pereira (1999, p. 243) menciona, “os índices de retorno indicam a

vitalidade da empresa, que muitas vezes se deteriora a partir de sua fraca (ou

inexistente) capacidade de gerar lucro”.

2.3.2 Atividade e rotação

Os índices de rotação devem ser usados sempre conjuntamente. Os diversos

testes que desenvolvemos demonstraram que algumas vezes o PMRE tomado

isoladamente, se mostrou mais eficiente que o PMRV ou o PMPC também tomados

isoladamente, para fins de classificação de empresas.

Neste estudo, se examina o ciclo operacional e financeiro, os prazos de rotação de

estoques, recebimento das vendas e pagamento das compras.

Prazo Médio de Rotação dos Estoques (PMRE): indica quantos dias, em média, os

produtos ficam armazenados na empresa antes de serem vendidos. Além dos custos

de aquisição ou fabricação dos estoques, há uma série de outros gastos como

transportes, armazenagens e seguros.

13

xDPCPV

ESTmPMRE =

Sendo, ESTm = estoque médio, CPV = custo do produto vendido e DP = dias do período considerado, ou seja, 360 dias para um ano.

A tendência moderna é no sentido de que as empresas procurem girar seu

estoque cada vez mais rápido. Do ponto de vista de análise de risco, prazo médio de

rotação dos estoques é um índice do tipo “quanto maior, pior”, mas deve ser

analisado juntamente com os prazos de recebimento e pagamento, para se ter uma

idéia do ciclo financeiro da empresa.

Prazo Médio de Recebimento das Vendas (PMRV): indica quantos dias, em média, a

empresa leva para receber suas vendas. O volume de duplicatas a receber é

decorrência de dois fatores: montante de vendas a prazo; prazo concedido aos

clientes para pagamento.

xDPbrutareceitaIMPVL

DRmPMRV

)( −+

=

Sendo DRm = duplicatas a receber (média do período) e IMP =- impostos sobre as vendas.

Sob análise de risco, o prazo médio de recebimento das vendas é um

indicador do tipo “quanto maior, pior”. Por outro lado, convém analisá-lo juntamente

com os prazos de rotação de estoques e de pagamento das compras.

Prazo Médio de Pagamento das Compras (PMPC): indica quantos dias, em média, a

empresa demora a pagar seus fornecedores.

xDPC

FORNmPMPC =

Sendo C = compras e FORNm = fornecedores (média no período), calculado em:

2

)(1)( anterioranofinalFORNtanofinalFORNtFORNm

−−−+−=

Para cálculo das compras para empresas industriais, adota-se a seguinte

fórmula: 62,0)( xEiEfCPVC −+= .

14

O prazo médio de pagamento das compras é um índice do tipo “quanto maior,

melhor”, desde que o seu volume de fornecedores não se mantenha alto por atraso

nos pagamentos.

2.3.3 Estrutura e endividamento

Neste grupo, o “cabeça” é o índice de participação de terceiros. É sempre

importante trabalhar também com um índice que considere a participação do passivo

financeiro em relação ao endividamento ou ao ativo total. Composição de

endividamento tem uma função complementar, mostrando qual a parcela da divida

que vence a curto prazo. Este índice decorre das decisões estratégicas da empresa,

relacionadas às decisões financeiras de investimento, financiamento e distribuição

de dividendos.

Imobilização do Patrimônio Líquido (IPL): indica quanto do patrimônio líquido da

empresa esta aplicado no ativo permanente.

100xPL

APIPL =

Sendo AP = ativo permanente e PL = patrimônio líquido.

Cabe destacar que o índice de imobilização envolve importantes decisões

estratégicas da empresa, quanto à expansão, compra, aluguel ou leasing de

equipamentos. São os investimentos que caracterizam o risco da atividade

empresarial.

Participação de Capitais de Terceiros (PCT): indica o percentual de capital de

terceiros em relação ao patrimônio líquido, retratando a dependência da empresa em

relação aos recursos externos.

100xPL

ELPPCPCT

+=

Onde PC = passivo circulante e ELP = exigível a longo prazo.

A interpretação deste índice deve ser feita na proporção de “quanto maior,

pior”.

15

Composição do Endividamento (CE): indica quanto da dívida total da empresa

deverá ser pago a curto prazo, isto é, as obrigações a curto prazo comparadas com

as obrigações totais.

100xELPPC

PCCE

+

=

Deve ser interpretado no sentido de “quanto maior, pior”. A razão é que

quanto mais dívida para pagar a curto prazo, maior será a pressão para a empresa

gerar recursos para honrar seus compromissos.

Endividamento Financeiro Sobre Ativo Total (EFSAT): indica a participação do

passivo financeiro no financiamento do ativo da empresa, mostrando a dependência

da empresa junto a instituições financeiras.

100xAT

ELPONCTLPIFDDEFSAT

++++=

Sendo DD = duplicatas descontadas, IF = instituições financeiras, TLP = transferências do longo prazo para o passivo circulante, ONC = outros não cíclicos, como: dividendos, IR.

Neste sentido, o índice é do tipo “quanto maior, pior”, indicando que quanto

menos a empresa depender de recursos remunerados para financiar seu ativo,

melhor será a qualidade de sua estrutura de capitais.

2.3.4 Liquidez

Os índices de liquidez geral, corrente e seca, mantêm entre si, alta correlação

matemática. Visam fornecer um indicador da capacidade da empresa de pagar suas

dívidas, a partir da comparação entre os direitos realizáveis e as exigibilidades. No

geral, a liquidez decorre da capacidade de a empresa ser lucrativa, da administração

de seu ciclo financeiro e das suas decisões estratégicas de investimento e

financiamento.

Liquidez Geral (LG): indica quanto à empresa possui em dinheiro, bens e direitos

realizáveis a curto e longo prazo, para fazer face as suas dívidas totais.

16

ELPPC

RLPACLG

+

+=

Sendo RLP = realizável a longo prazo.

A interpretação do índice de liquidez geral é no sentido de “quanto maior,

melhor”.

Liquidez Corrente (LC): indica quanto a empresa possui em dinheiro mais bens e

direitos realizáveis no curto prazo (próximo exercício), comparando com suas dívidas

a serem pagas no mesmo período.

PC

ACLC =

Interpreta-se no sentido de que “quanto maior, melhor”.

Segundo Pereira (1999, p. 270), este índice tem sua validade “como

instrumento comparativo entre empresas do mesmo porte, da mesma atividade e da

mesma região geográfica”.

Liquidez Seca (LS): indica quanto a empresa possui em disponibilidade (dinheiro,

depósitos bancários a vista e aplicações financeiras de liquidez imediata), aplicações

financeiras a curto prazo e duplicatas a receber, para fazer faze ao seu passivo

circulante.

PC

DRLAFDISPLS

++=

Onde DISP = disponibilidades, AF = aplicações financeiras, DRL = duplicatas a receber (líquidas de provisão para devedores duvidosos).

Interpretação do índice: quanto maior, melhor.

17

2.4 ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS

Vinculada a participação do colaborador na empresa, a administração de

recursos humanos visa recrutar e adaptar este colaborador na empresa, treiná-lo,

prover benefícios para uma melhoria de vida. Ou seja, reconhecê-lo

profissionalmente no ambiente organizacional.

Para Silva (1997, p. 142), em todas as empresas existem pessoas que são

dirigidas e controladas no trabalho, compete ao administrador de recursos humanos

administrar as ações administrativas que tratam do planejamento, organização,

direção e controle do setor de pessoal de uma empresa.

Conforme Kwasnicka (1999, p. 201), “a área de recursos humanos prepara,

adapta, desenvolve e incorpora os funcionários para adequarem-se ao cargo que a

organização necessita”.

2.4.1 Recrutamento

Conforme Chiavenato (1998, p. 195), “é o conjunto de técnicas e procedimentos que

visa a atrair candidatos potencialmente qualificados e capazes de ocupar cargos

dentro da organização”.

Como o recrutamento é uma função de staff, suas providências dependem de

uma decisão da linha, que é oficializada através de uma espécie de ordem de

serviço – requisição de empregado ou requisição de pessoal. Pode ser efetuado das

seguintes formas:

Interno: é quando, havendo determinada vaga, a empresa procura preenchê-la

através do remanejamento de seus empregados, que podem ser promovidos,

transferidos ou transferidos com promoção.

Possui as vantagens de ser mais econômico, rápido, validade e segurança pela

escolha, fonte poderosa de motivação, aproveita os investimentos da empresa em

treinamento pessoal e desenvolve um sadio espírito de competição entre o pessoal.

Externo: se trata de preenchimento da vaga com pessoas estranhas, ou seja,

candidatos externos extraídos pelas técnicas de recrutamento, como por exemplo,

18

anúncios em jornais, agências de recrutamento, indicação de funcionários, contatos

com universidades, etc.

Suas vantagens são identificadas pela vinda de “sangue novo” e experiências novas,

renovação e enriquecimento dos recursos humanos já existente e contratação de

pessoas já desenvolvidas por outra empresas.

2.4.2 Seleção

Se o recrutamento é uma atividade de divulgação, de chamada, de atenção, a

seleção é uma atividade de escolha, de opção e decisão, de filtragem da entrada, de

classificação. Seu objetivo básico é de escolher e classificar os candidatos

adequados às necessidades da organização.

Para Chiavenato (1998, p. 221), a seleção “busca entre os candidatos

recrutados aqueles mais adequados aos cargos existentes na empresa, visando

manter ou aumentar a eficiência e o desempenho do pessoal”.

A seleção é um processo de comparação entre duas variáveis: de um lado, os

requisitos do cargo a ser preenchido (requisitos que o cargo exige de seu ocupante)

e, de outro lado, o perfil das características dos candidatos que se apresentam.

Segundo doutrina de Chiavenato (1998, p. 247), “funciona como um processo

composto de várias etapas ou fases seqüenciais”, as quais seguem:

• Fase 1: recepção preliminar dos candidatos;

• Fase 2: entrevista de triagem;

• Fase 3: aplicação de provas de conhecimento;

• Fase 4: entrevista de seleção;

• Fase 5: aplicação de testes psicométricos;

• Fase 6: aplicação de testes de personalidade;

• Fase 7: entrevista de seleção com o gerente;

• Fase 8: aplicação de técnicas de simulação;

• Fase 9: decisão final de admissão.

19

2.4.3 Benefícios Sociais

Benefícios são facilidades, serviços, conveniências e vantagens oferecidas

pela organização aos seus participantes. Para Chiavenato (1998, p. 414), nada mais

é do que “atividades voltadas para a preservação das condições físicas e mentais

dos seus empregados.”.

Quanto a sua exigência, podem ser legais ou espontâneos; quanto à sua

natureza, podem ser monetárias ou não monetárias; quanto aos seus objetivos,

podem ser assistenciais, recreativos ou supletivos.

Os custos dos planos de benefícios sociais podem ser totalmente pagos pela

empresa, rateados proporcionalmente entre a empresa e empregados, ou pagos

integralmente pelos empregados.

2.5 ADMINISTRAÇÃO DE MARKETING

Atualmente o mercado está cada vez mais complexo e competitivo. Inseridas

neste mercado se encontram muitas organizações que estão voltadas para o esforço

de atrair novos clientes e cultivar clientes fies. Manter seu diferencial em produtos

e/ou serviços, entre outros esforços, têm-se transformado cada vez mais em uma

função do próprio processo de vendas, em adição as características, ao preço e ao

prazo de entrega do produto.

A administração de marketing é definida por Kotler e Armistrong (1999, p. 08)

como a “análise, o planejamento, implementação e controle dos programas

destinados a criar, desenvolver e manter as trocas de benefícios com os

compradores-alvos a fim de atingir objetivos organizacionais”.

Marketing é uma palavra em inglês derivada de market, que significa

mercado. É utilizada para expressar a ação voltada para o mercado. Assim,

entende-se que a empresa que pratica o marketing tem o mercado como a razão e o

foco de suas ações.

20

O marketing pode ser entendido como

a função empresarial que cria continuamente valor para o cliente e gera vantagem competitiva duradoura para a empresa, por meio da gestão estratégica das variáveis controláveis de marketing: produto, preço, comunicação e distribuição. (DIAS, 2004, p. 2)

O marketing adotado como função empresarial, integra o conjunto de funções

desempenhadas na empresa, como produção, finanças, logística, recursos

humanos, sistemas de informação, engenharia de produtos, pesquisa tecnológica,

entre outras que gerenciam recursos e geram resultados para agregar valor

econômico ao processo empresarial como um todo.

As decisões de produto englobam a identificação de oportunidades de

lançamento de produtos e serviços, a adequação destes às necessidades e desejos

dos clientes, a formulação das estratégias de produto e linhas de produtos (como

diferenciação, posicionamento, etc.) e administração do clico de vida de produto,

entre outras. As decisões de preço envolvem a seleção da estratégia de preço que

gere vantagem competitiva e diferenciação para cada produto ou linha de produto,

bem como maximize o retorno para a empresa e para os parceiros do canal de

distribuição.

As decisões de promoção são aquelas relativas aos investimentos em

estratégias e atividades de comunicação (propaganda, marketing direto, relações

públicas, publicidade, eventos, seminários) e promoção de vendas (sorteios, prêmios

ao consumidor, descontos de preços, brindes e outros).

As decisões da variável distribuição englobam a escolha dos canais de

vendas e distribuição para que o produto esteja no lugar certo, no momento certo, e

o cliente possa realizar a compra e satisfazer a sua necessidade. Com o mesmo

propósito, o marketing direto evoluiu para uma estratégia de comunicação e

comercialização de produtos ou serviços com o cliente, sem intermediação de meios

ou canais de terceiros.

Atualmente, os meios para a execução do marketing direto se ampliaram e

podem contar com vendedores, televendas, telemarketing, equipes profissionais que

fazem uso de visitas, telefonemas, correio tradicional ou eletrônico (e-mail) ou outros

meios eletrônicos, como a televisão e internet, para atender ao cliente, estabelecer

um relacionamento com ele e realizar vendas. Com a evolução da tecnologia da

informação e da comunicação, especialmente a internet, o marketing interativo

evoluiu para o chamado marketing digital ou web marketing, onde o cliente controla

a quantidade e o tipo de informação recebida.

21

A expectativa é que o marketing pela internet e, principalmente o comércio

eletrônico (as vendas de produtos e serviços pela internet) venham a se tornar uma

estratégia competitiva primordial e amplamente adotada pelas empresas. (DIAS,

2004, p. 8)

Para Dias (2004), o planejamento de marketing é a etapa inicial de todo o

processo de administração de marketing, quando são definidos os objetivos de

mercado e tomadas às decisões estratégicas, incluindo a analise de mercado,

analise da concorrência, definição de cenários, avaliação de riscos e oportunidades,

seleção do mercado-alvo, decisão das estratégias do composto de marketing, dos

investimentos e orçamentos e dos meios de avaliação dos resultados das ações

planejadas. (DIAS, 2004, p. 11)

Figura 6: Etapas do planejamento de marketing

Fonte: Adaptado de Dias, Sergio R. Gestão de Marketing, 2004, p. 11.

Análise de mercado

Identificação de

oportunidades e riscos

Segmentação do mercado;

seleção do mercado-alvo

Objetivos de marketing

Estratégia de diferenciação de

produto

Estratégia de preços,

comunicação e distribuição

Plano tático

Orçamento de marketing

Avaliação e controle

22

2.5.1 Comunicação

Os objetivos da comunicação no processo de marketing são:

fixar o produto na mente do consumidor, criar uma mensagem única, consistente, compreensível e crível sobre o produto; construir uma imagem de marca diferenciada e sustentável na mente do consumidor; oferecer informações e incentivos para o consumidor adquirir o produto ou serviço da empresa; e gerar atitude favorável dos diversos segmentos de público para as iniciativas da empresa. (DIAS, 2004, p. 272)

Para Kotler (1999, p. 102), “a comunicação consiste na combinação

especifica de propaganda, promoção de vendas, relações públicas e venda pessoal

que a empresa se utiliza para perseguir seus objetivos de propaganda e marketing.”.

Para que a comunicação tenha um impacto ainda maior, a mesma deve se

basear no mix de marketing, que envolve os fatores promoção e produto, preço e

praça.

Posicionamento é a estratégia de criar uma posição ou imagem única para o

produto ou a marca na mente do consumidor, com base nas características

diferenciadas do produto e nas posições já ocupadas pelos concorrentes.

Proposição de valor é a declaração dos benefícios e atributos a serem

comunicados e da imagem objetivada para o produto ou marca.

A imagem da marca pode ser entendida como o conjunto de percepções,

crenças, idéias e associações cognitivas ou afetivas que uma pessoa tem sobre um

produto e que condiciona suas atitudes e seu comportamento de consumo. A

imagem de marca forte, consistente e favorável é uma força motivadora do

comportamento de consumo.

Ainda de acordo com Dias (2004), as atividades que integram o composto de

comunicação de marketing são as seguintes:

propaganda, promoção de vendas, vendas, marketing direto, relações públicas, publicidade ou assessoria de imprensa, promoção de eventos, merchandising e comunicação no ponto-de-venda, atendimento ao cliente, comunicação pela internet, embalagem. (DIAS, 2004, p. 273)

Comunicação pela internet é o conjunto de atividades de comunicação

interativa com os clientes, canais de vendas e parceiros que se utiliza da rede

mundial Internet, como e-mails, páginas na Web e anúncios na forma de banners.

O plano de comunicação de marketing é parte integrante do plano estratégica

de marketing e, portanto, deve ser coerente com os objetivos de mercado e as

23

outras estratégias do composto de marketing, ou seja, as estratégias de produto,

preço e distribuição.

Segundo Dias (2004, p. 278), “nove etapas compõem a elaboração e a

implementação do plano integrado de comunicação de marketing”, a saber:

1. análise do problema ou da oportunidade;

2. definição dos objetivos da comunicação;

3. seleção do público-alvo da comunicação;

4. seleção dos elementos do composto de comunicação;

5. definição da estratégia da mensagem;

6. definição dos meios de comunicação;

7. definição do orçamento de comunicação;

8. implementação do plano;

9. avaliação dos resultados.

Para Dias (2004, p. 109), “marca é uma letra, uma palavra, um símbolo ou qualquer

combinação desses elementos, adotada para identificar produtos e serviços de um

fornecedor especifico.”.

O valor de uma marca é o resultado do grau de lembrança ou conscientização da

marca pelo público, mais o grau de fidelidade de seus clientes e a força da imagem

associada à marca, que consequentemente, é expresso no seu valor de venda.

Ainda de acordo com Dias (2004, p. 109), a escolha da marca deve levar em conta

os seguintes fatores:

• deve sugerir os benefícios oferecidos pelo produto;

• deve ser positivo, distintivo e fácil de falar e lembrar;

• deve ser coerente com a imagem do produto ou da empresa;

• tem de poder ser registrado legalmente.

2.5.2 Produto

Quando se inicia o planejamento de marketing, deve-se realizar a análise do

mercado, que inclui o comportamento e o perfil dos clientes, a concorrência e as

variáveis do ambiente de marketing. Como resultado, espera-se obter uma visão das

oportunidades e dos riscos para desenvolvimento da linha atual de produtos e

serviços da empresa para o lançamento de novos produtos.

24

Segundo Kotler (1999, p. 145), “produto é qualquer coisa que possa ser

oferecida a um mercado para atenção, aquisição, uso ou consumo, e que possa

satisfazer a um desejo ou necessidade.”.

Para Dias,

a formulação da estratégia de produtos e serviços tem a finalidade de orientar a alocação de investimentos, bem como possibilitar a orientação da várias atividades da empresa para a geração de vantagens competitivas e a criação de valor para os clientes. (DIAS, 2004, p. 96)

Parte dessa estratégia se deve a seleção de público-alvo e decisão sobre os

produtos e serviços a serem desenvolvidos, a lista de atributos e benefícios

integrantes do produto ou serviço, a marca, a embalagem e a imagem a ser criada

para o produto.

Os componentes de uma estratégia de produtos, segundo Dias (2004), são os

seguintes:

• objetivos de mercado como vendas, participação de mercado e lucros;

• píblico-alvo selecionado, suas características demográficas,

psicográficas e expectativas;

• benefícios e atributos do produto ou serviço que os diferenciam da

concorrência e representam valor para os clientes;

• patentes do produto;

• serviços a serem agregados ao produto, como suporte pós-venda,

assistência técnica, treinamento, etc.;

• parceiros que adicionam benefícios ao produto da empresa e agregam

valor ao cliente, por meio de tecnologia, produtos e serviços;

• marca;

• embalagem;

• posicionamento e imagem desejados para a marca.

2.5.2.1 Impacto da Internet na Administração de Produtos

A difusão acelerada da internet e das tecnologias de hardware e software a

ela associadas criam novas oportunidades de negócios tanto nos mercados

organizacionais, as transações conhecidas como business-to-bussines - B2B, como

nos mercados de consumo, as transações business-to-consumer - B2C.

25

Outra importante conseqüência da internet são as mudanças estruturais na

dinâmica competitiva dos mercados e o seu impacto sobre os modelos de negócios,

principalmente nos processos de produção, vendas e distribuição.

O impacto da internet sobre a estratégia de produtos se dá pelo menos de

quatro maneiras: pela aceleração da velocidade de desenvolvimento e lançamento

de novos produtos; pelo aumento da quantidade de novos produtos e serviços

lançados; pela redução dos preços; e pela estratégia de customização de massa

(DIAS, 2004, p. 118).

Assim, o impacto das novas tecnologias de informação e comunicação será

maior nos setores em que a informação tem alta participação na estrutura de custo,

quando o produto é a informação em si (livros, jornais e revistas) ou a distribuição é

o principal componente do custo (empresas distribuidoras e varejistas).

A internet, de maneira rápida e econômica, possibilitará a customização de

produtos e serviços para grande quantidade de clientes.

2.5.3 Distribuição

Para Dias (2004, p. 126), “distribuição é o fluxo de bens e/ou serviços de um

produtor a um consumidor ou usuário final.”

O objetivo da distribuição é fazer o produto chegar ao ciclo de venda – que

abrange desde a saída do vendedor par a abordagem inicial do cliente até o

eventual pós-venda - de maneira rápida, segura, pontual, e lucrativa para a empresa

vendedora e de maneira acessível, confiável, pontual e segura para o cliente.

O processo de distribuir visa essencialmente maximizar três utilidades,

conforme Dias (2004, p. 126-127):

Utilidade de tempo: situações como previsões de venda, ciclo de venda, logística

(estoques, transportes, armazenagem), ciclo de vida do produto, sazonalidade,

comunicações (principalmente determinação dos prazos de propaganda e/ou

promoções de venda) e administração interna (fluxo do pedido: sua análise, análise

e concessão de crédito e faturamento) são essencialmente vinculadas à utilidade de

tempo.

Utilidade de lugar: o produto (ou serviço) precisa estar acessível, disponível, e deve

ser facilmente adquirido pelo cliente no momento em que ele decide compra-lo. Para

que isso aconteça, é fundamental que a empresa tenha feito antes um mapeamento

26

da distribuição e decidido sobre níveis desejáveis de penetração e ocupação de

mercado, tal qual, o tipo de varejo que irá utilizar.

O tipo de intermediário é importante, já que é necessária uma

compatibilização entre a imagem do produto e a imagem da loja que o estiver

comercializando. Produtos de luxo em lojas de imagem popular não terão sucesso, e

o contrário tampouco.

Utilidade de posse: tornar o produto o mais acessível possível. È importante a

ressalva de que não basta o cliente querer comprar, é preciso que ele possa

comprar, que tenha recursos para tal. Assim, a política de preços, descontos,

financiamentos, etc. têm de atender da melhor forma possível à equação desejo de

comprar versus possibilidade de comprar igual à compra efetiva.

2.5.3.1 Distribuição Direta e Indireta

Para Dias (2004, p. 154), “a distribuição direta é o processo de

comercialização que ocorre sem a participação de outra pessoa jurídica (para

comprar e revender).”.

Pode ser realizada por meio da venda pessoal ou por meio do marketing

direto, de telefonemas, de reembolso postal, de catálogos ou da internet.A

distribuição indireta caracteriza-se por utilizar, no fluxo dos produtos, as figuras

atacado e/ou varejo (DIAS, 2004, p. 154)

Já o varejo eletrônico é uma mídia para divulgação de produtos, serviços,

informação e venda. As empresas com lojas são as que mais vêm obtendo

resultados e volume de negócios com o uso da internet. A razão para isso parece

ser simples: são empresas que já tem uma marca forte em meio ao publico

consumidor e, além disso, dispõem de uma estrutura de distribuição já montada.

2.5.4 Preço

Ao definir preço como o montante de dinheiro pago em troca do uso de um

benefício proporcionado por um produto ou serviço, compreende-se que ele é uma

variável em função das utilidades, dos benefícios e dos atributos relevantes ao qual

o consumidor é sensível, segundo sua percepção. (DIAS, 2004, p. 254)

Para Kotler (1999, p. 162), “(...) preço é o volume de dinheiro cobrado por um

produto ou serviço. Em um sentido mais amplo, preço é a soma dos valores que os

27

consumidores trocam pelo beneficio de possuírem ou usarem um produto ou

serviço.”.

Segundo Dias (2004, p. 261), “para se definir o preço de um produto, faz-se

necessária uma análise onde se consideram os 4C’s de preços: consumidor,

companhia, concorrência e custos.”

A partir disto, a empresa conta com três estratégias de precificação: a

baseada em custo, baseada em valor e a baseada na concorrência.

Precificação baseada em Custo: Para isso, é necessário conhecer os custos para

dispor o produto ao consumidor, diante dos seguintes métodos: método de adição a

custo; consiste em apurar os custos incorridos na oferta do produto ou serviço e

sobre eles aplicar o montante desejado de lucratividade, como um percentual de

vendas. Método do ponto de equilíbrio; consiste na determinação da venda unitária

que, a um determinado preço, iguala a receita aos custos totais.

Precificação baseada em Valor: O método baseado em valor parte da percepção

de valor por parte do consumidor para a determinação do preço. Define-se em

função do que o mercado está disposto a pagar para que a empresa administre os

custos de desenvolvimento, produção e comercialização do produto ou serviço.

Se o ofertante estabelecer um preço superestimado, estará perdendo vendas.

Se, ao contrário subestimar o preço, deixará de otimizar sua oportunidade de lucro.

Precificação baseada na Concorrência: A empresa que se utiliza deste método

supõe que o consumidor baseia seu julgamento de preço comparando os

concorrentes entre si. Para atingir essa precificação existem dois métodos:

Método de equivalência de mercado: consiste em estabelecer o preço do

produto alinhado aos preços da concorrência, não necessariamente levando em

conta a estrutura de custos da firma. Geralmente este tipo de método é utilizado

quando o produto não possui diferencial e a elasticidade da demanda é difícil de ser

determinada.

Método de proposta selada: usualmente utilizado em concorrências públicas,

em que o preço da oferta deve considerar a estrutura de custos da empresa, mas

não deve ser superior ao do concorrente.

Preço de penetração ou de Skimming: o primeiro é utilizado para promover um

aceleramento das vendas. É usado intencionalmente, num patamar mais baixo do

28

que seria possível, para que estimule mais fortemente o mercado. Já o skimming é

onde se fixa o preço num patamar elevado, quando um produto novo é posto no

mercado, com o objetivo de “desnatar” o mercado. Isso acostuma ser feito quando é

lançada uma moda, um estilo ou uma nova tecnologia.

2.6 INTERNET

O mundo tem passado por um período de grandes avanços tecnológicos.

Todos os dias, a tecnologia e sua evolução contribuem para as mudanças no

mercado, nas pessoas e nos processos dentro de uma organização.

Numa descrição simples, Vassos (1997, p. 8) expõe que “a internet é a rede

mundial de redes, possibilitando os milhões de computadores compartilharem

informações entre si, vários recursos de comunicação (imagens, multimídias,

arquivos), banco de dados e transações”.

Ao romper barreiras geográficas e temporais, a internet possibilita aos

funcionários e dirigentes trocarem dados, informações, decisões e conhecimento de

forma mais ágil entre si e também com seus fornecedores, revendedores e clientes,

criando-se assim, uma nova cultura digital. Nessa nova cultura, fatores como tempo

e distância tendem a ser cada vez menos relevantes.

Para Munhoz (2004, p. 69), “desde que surgiu em formato comercial (por volta

de 1990 nos Estados Unidos e 1996 no Brasil), a Internet vem provocando

alterações profundas nas maneiras que as empresas se comunicam e agem”.

A Internet deve ser uma ferramenta – muito poderosa – que auxilie as

empresas a agregarem maior diferenciação e vantagem competitiva, através da

integração de todas as outras ferramentas e setores. A construção de marca na

Internet se torna difícil pela intangibilidade provida por essa, pela não existência

direta de um contato humano, mesmo com gastos exorbitantes, a dificuldade

continua.

Para Luiz (2004, p. 13), “as empresas da rede devem tentar alcançar uma

vantagem competitiva, que pode ser operar bons custos”. Para isso, as empresas

podem fazer as mesmas coisas que seus concorrentes, só que melhor - eficiência

operacional, ou pela estratégia de posicionamento fazer coisas diferentes de seus

29

concorrentes, mas mostrando uma liderança do valor que deve ser percebido pelos

clientes.

Segundo Minervini (2001, p. 194), “por meio da Internet podemos contatar

inúmeros clientes potenciais, utilizando vários bancos de dados. Utilizando o correio

eletrônico, nossa mensagem ou oferta chega aos mais diferentes lugares para

sermos contatados.”

Além de termos nosso endereço de correio eletrônico, é indispensável termos

um Web site onde os clientes possam conhecer a empresa e os produtos com

facilidade. Um estágio mais avançado quanto às tecnologias da informação,

segundo ele, seria que neste próprio Web site o cliente pudesse realizar a compra:

processo este denominado e-commerce. (MINERVINI, 2001, p. 194)

Para entender como uma empresa pode operar com sucesso no ambiente do

comércio eletrônico, é importante conhecer pelo menos seus elementos básicos e o

fluxo de informações digitais.

2.6.1 Marketing Eletrônico

A utilização de recursos digitais pré-estabelecidos em planos de marketing

que visem, principalmente, estabelecer um relacionamento com o consumidor

através de conteúdos informativos de seu interesse, nos remete ao conceito de

marketing eletrônico.

O marketing eletrônico é composto por:

[...] todas as atividades on line ou eletrônicas que facilitam a produção e a comercialização de produtos ou serviços para satisfazer os desejos e as necessidades do consumidor. [...] aprimora o programa geral de marketing, que, por sua vez, viabiliza os objetivos da empresa no comercio eletronico. (REEDY, SCHULLO e ZIMMERMAN, 2001, p.26)

Ainda de acordo com Venetianer, o marketing on-line é um conjunto de

atividades inseridas no contexto do marketing convencional, onde se divulga,

promove, anuncia e/ou dá suporte a seus produtos ou serviços, utilizando para isto

os recursos eletrônicos como a Internet. (VENETIANER, 1999, p. 17)

O planejamento estratégico das empresas deve auxiliar na obtenção do lucro,

tal qual, a força do marketing digital pode influenciar seu negócio a gerar resultados

30

de forma mais rápida. Cada uma oferece uma nova dimensão à comunicação, às

vendas e ao relacionamento com o mercado e/ou cliente.

Recursos tecnológicos típicos de marketing incluem a World Wide Web

(www), sites da web interativos, agentes de compras, shopping centers cibernéticos,

lojas virtuais entre outros.

Nos estágios iniciais, as pessoas vão ficar tão atraídas pela venda via

Internet, pelo treinamento de vendedores e técnicos via internet que as posturas

mentais de e-commerce e do “ponto-com” predominarão e muitas pessoas se

esquecerão do lado humano. Esse será o grande problema enfrentado com a

disponibilidade e uso de tantas tecnologias. (VERÍSSIMO, 2002)

Para que o planejamento de marketing eletrônico obtenha sucesso no

relacionamento com os clientes, as empresas precisam ter a capacidade de rastrear

os clientes anonimamente pelo site, colocá-los em categorias adequadas e dar-lhes

informações de acordo com a categoria a que pertencem.

Se tratando de comunicação, Hutt (2002) propõe com anunciar em

publicações comerciais e distribuir folhetos em feiras e conferências parece ser

eficaz para estimular o uso dos sites na internet. Além de fazer promoções e

propagandas, deve-se treinar o pessoal de vendas para instruir os clientes sobre

como utilizar o site e sobre as características especiais que foram criadas para

agregar valor aos negócios do cliente.

2.6.2 Comércio Eletrônico

O comércio sempre foi a base de desenvolvimento do mundo. Desde que o

homem deixou de ser viajante e se acalmou, estabelecendo-se em vilarejos e

pequenas cidades, havia o mercado, onde eram realizadas as compras e vendas de

bens por intermédio do sistema de escambo, ou seja, trocas. Com a proliferação de

estradas, comerciantes viajavam levando os mais diversos produtos às cidades mais

distantes. Foi o comércio que incentivou as navegações, assim como a descoberta

do Brasil se deve mais à busca de novos produtos e mercados do que a uma ação

política.

Com o passar do tempo, o panorama do comércio mundial se modifica, as

estradas se multiplicam, os Estados Unidos mostram-se grandes compradores e

vendedores, os países da América do Sul se emancipam e se tornam grandes

fornecedores de bens naturais através da indústria extrativista.

31

O comércio eletrônico já existe, em várias formas, desde o final da década de

1960, mas desde 1993, novas tecnologias em constante evolução permitem às

empresas realizar funções de negócios eletrônicos (e-business) com maior

eficiência, rapidez e menores custos do que jamais foi possível. (TREPPER, 2000, p.

3)

Para que a empresa seja realmente competitiva, ela precisa estar em dia com

as inovações tecnológicas básicas de produtos e processos. Além de reduzir os

custos, a introdução de novas tecnologias na empresa gera ganhos em qualidade e

produtividade.

De acordo com Veríssimo (2002), comércio eletrônico (CE) ou e-commerce “é

a atividade mercantil que conecta eletronicamente de um lado, os clientes, do outro,

os fornecedores”.

O comércio eletrônico ou e-commerce é um canal de comercialização no qual

o internauta pode comprar através dos sites comerciais e também pode vender por

meio dos leilões eletrônicos; isto somente esta sendo possível devido ao avanço e

melhoria das telecomunicações e da informática, que tendo o seu uso disseminado

gradualmente por todos os segmentos da sociedade, permite que haja a

possibilidade do cliente efetuar todo o processo de compra através de seu acesso

doméstico pela internet.

O e-commerce pode atuar de quatro formas: comunicação, processo de

negócios, serviços e on-line (HUTT, 2002, p. 116). Do ponto de vista da

comunicação, trata-se da entrega de informações, produtos/serviços ou pagamentos

através de linhas telefônicas ou redes de computadores.

De uma perspectiva do processo de negócios, é a aplicação de tecnologia

voltada para a automação das transações de negócios e fluxos de trabalho. Sob a

ótica de serviços, é uma ferramenta que atende ao desejo das empresas, dos

clientes e da gerência de reduzir custos de serviços, ao mesmo tempo que melhora

a qualidade dos produtos e acelera velocidade do serviço de entrega. E do ponto de

vista on-line, o comércio eletrônico nos dá a capacidade de comprar e vender

produtos e informações através da Internet e de outros serviços on-line.

Para Trepper (2000, p. 5), “o e-commerce envolve a utilização da Internet

para penetrar em novos mercados, descobrir ou criar novos canais de comunicação

e aproximar-se dos clientes e parceiros de negócios através desses canais”.

Este tipo de ferramenta pode reduzir os tempos de ciclo de negócios,

aumentando a velocidade e precisão das transações processadas por um número

32

menor de pessoas. Contribui também para a desintermediação, onde as empresas

eliminam os intermediários, reduzindo assim os estoques, custos de distribuição e

por fim, os preços.

O comércio eletrônico, conforme Albertin (2003, p. 31), pode ser entendido

como "qualquer tipo de transação comercial, em que as partes envolvidas interajam

eletronicamente e não através de trocas ou contactos físicos".

Nesta definição estão incluídas as seguintes operações de negócios: contato

com os clientes; intercâmbio de informação; suporte pré e pós-venda; venda;

pagamento eletrônico; distribuição e logística; empresas virtuais (ou estendidas); e

partilha de processos empresariais.

O comércio eletrônico se dá quando este conjunto de operações é realizado

fundamentalmente por recursos e meios eletrônicos, que tornam dispensável o

contato físico-presencial entre as partes envolvidas, bem como, irrelevante a

distância geográfica que se interponha entre elas.

Neto (2004) aborda o comércio eletrônico sob várias perspectivas, incluindo

comunicação, entrega de informações, bens e serviços e pagamentos por meios

eletrônicos. Para este autor, "o comércio eletrônico como processo de negócio, pode

ser entendido como a aplicação de tecnologia para a automação de transações

comerciais e fluxos de dados".

Segundo Venetianer, a denominação de e-commerce nos remete ao

conjunto de todas as transações comerciais efetuadas por uma firma, com o objetivo de atender, direta ou indiretamente, a seus clientes, utilizando para tanto as facilidades de comunicação e de transferência de dados mediadas pela rede mundial Internet. (VENETIANER, 1999, p. 120)

Ainda no seu entendimento, menciona quatro funções principais do e-

commerce: a comunicação, a melhoria de processos de negócios, o gerenciamento

de serviços e a capacitação de transações.

De forma mais abrangente, Albertin (2003, p.15) define comércio eletrônico

como "a realização de toda cadeia de valor dos processos de negócio num ambiente

eletrônico, por meio da aplicação intensa das tecnologias de comunicação e de

informação, atendendo aos objetivos do negócio". Portanto, não se restringe apenas

à área comercial da empresa. Ou seja, o comércio eletrônico inclui qualquer

atividade comercial que ocorra diretamente entre uma empresa, seus parceiros ou

clientes por meio de uma combinação de tecnologia de computação e comunicação,

33

sendo esta última responsável pelo fortalecimento de relacionamentos diretos entre

a empresa e seus clientes, distribuidores ou fornecedores.

No entendimento de Albertin, o comércio eletrônico é muito mais amplo e o

define como sendo

(...) o suporte para qualquer tipo de transações de negócio que utilize uma infra-estrutura digital, o que coincide com o uso mais abrangente que algumas empresas fazem do CE, tais como as que utilizam a Word Wide Web (WWW) para fornecer informações a seus clientes, com uma ferramenta de marketing, como um canal de vendas e uma linha de suporte. (ALBERTIN, 2000, p. 16).

Ainda fazendo uso das definições de Albertin (2000, p. 16), “os sistemas de

CE podem ter valor significativo como uma alavanca para novas estratégias de

gerenciamento de clientes”, principalmente porque eles:

• Conectam diretamente compradores e vendedores;

• Apóiam troca de informações totalmente digitadas entre eles;

• Eliminam os limites de tempo e lugar;

• Apóiam interatividade, podendo adaptar-se dinamicamente ao

comportamento do cliente;

• Podem ser atualizados em tempo real, mantendo-se sempre atualizados.

As lojas virtuais – websites - oferecem vantagens diferenciadas ao estilo

tradicional de canais de distribuição, seja pela exposição 24 horas do produto, maior

agilidade nas transações comerciais e transferência de informações, ou pela

importância na fidelização de clientes (MEGIDO & SZULCSEWSKI, 2002, p. 123).

A capacidade potencial oferecida pelo CE frente à globalização, se deve em

grande parte a competição de empresas tradicionalmente pequenas com as grandes

e nas várias localidades, no uso desta poderosa ferramenta.

Comércio eletrônico é um site que permite a comercialização de produtos ou

serviços na Internet, oferecendo a descrição dos itens, geralmente com fotos, formas

de pagamento e condições de envio. O cliente se utiliza do site para selecionar os

produtos ou serviços que deseja adquirir e para efetuar a compra.

Podem ser originadas de estabelecimentos que já existem, ou seja, o lojista já

dispõe de uma loja física e optou por abrir mais um canal de comercialização.

34

Para Clark (1998), existem dois tipos de usos da Web:

o primeiro refere-se como complemento do marketing tradicional, atingir novos mercados, canal de distribuição, canal de relacionamento, etc.; e o segundo, a criação de empresas virtuais – empreendimentos lucrativos e autônomos que existem somente na Internet. (CLARK, 1998, p. 55)

Para ele, entre outros produtos que podem render muito com a Web, estão os

produtos técnicos, cujos usuários poderão ser beneficiados por uma boa quantidade

de informações ou pela prestação de assistência técnica, e os produtos do mercado

business-to-business, em especial os voltados para grandes companhias e

empresas com uso intensivo de tecnologia.

Seguindo o pensamento de Veríssimo (2002, p. 7), “o empreendedor de hoje

para ter sucesso em seu empreendimento”, precisa:

• ser ético nos negócios;

• preocupar- se com os princípios de qualidade;

• buscar e ter o domínio das informações;

• entender as necessidades e anseios do cliente;

• preocupar-se com a preservação do meio-ambiente.

As transações pela rede visam, antes de tudo, cortar gastos. A redução dos

custos administrativos de fornecedores e supermercadistas podem chegar a

percentuais consideráveis, que permitirão um melhor planejamento financeiro do

empreendimento.

A Figura 7, retirada da 5ª edição da Pesquisa FGV, Albertin (2003), de

comércio eletrônico no mercado brasileiro, realizada em março de 2003, apresenta

os níveis de utilização de instrumentos de Tecnologia da Informação (TI) por parte

de organizações dos setores industrial, comercial e de serviços.

35

Figura 7 – Aplicações de Infra-estrutura de Comércio Eletrônico em Empresas

Fonte: 5a. ed. da Pesquisa FGV de CE no mercado brasileiro, 2003.

Observa-se que as organizações pesquisadas apresentam níveis razoáveis

de utilização de instrumentos eletrônicos, sendo que os de maior aplicação nos três

setores pesquisados são os sistemas de correio eletrônico e os sites web (home

page), presentes em praticamente 100% das organizações. Além destes, os

sistemas de transferência eletrônica de dados (EDI) são ferramentas de TI utilizadas

em mais de 50% daquelas organizações.

Um estudo realizado pela InformationWeek, citado por Trepper (2000), mostra

que 89% das empresas estão satisfeitas com o progresso na transformação de seus

modelos de negócio tradicionais para os modelos de e-commerce.

A seguir, conforme Trepper (2000), alguns fatores a serem considerados no

uso da internet a favor da empresa, inclusive como marcar presença na web:

• disponibilizar informações sobre a sua empresa.

• fazer um pequeno anúncio como numa revista ou jornal.

• automaticamente distribuir dados, palestras, discursos, cartas da

empresa e muito mais!!! Via e-mail, instantâneo, sem manuseio, sem

postagem, em problemas.

• promover produtos e serviços que sua empresa produz para o mundo!

• mostrar as novidades sobre sua empresa e seus lançamentos para

seus atuais clientes.

• atrair novos clientes para sua empresa.

36

• prover comunicação com prováveis e já existentes clientes via e-mail.

• responder as perguntas mais freqüentes feitas por seus clientes.

• oferecer um cartão de visitas que tenha uma maneira interativa e

instantânea de ser contatado pelo cliente.

• permitir que seus clientes preencham formulários eletrônicos contendo

ordens de compras dos produtos que eles vejam em seu site na rede.

• receber relatórios contendo informações e estatísticas sobre a origem

das visitas e em que os visitantes estão mais interessados (uma grande

maneira de testar o mercado para um novo produto, mensagens de

marketing, ou mesmo ver quais dos seus produtos é mais popular).

• abrir novos mercados, impossíveis de serem atingidos sem grandes

despesas com propaganda.

Para atrair a atenção de quem navega pelo ciberespaço, as empresas

precisam manter em seus sites um equilíbrio entre conteúdo, apelo visual e

tecnologia.

De acordo com Heath (2002, p. 23), “os visitantes de um site querem saber

duas coisas de imediato: o propósito do site e se ele contém as informações que

buscam”.

E esse é o diferencial dessa ferramenta: a internet é capaz de oferecer

informações relevantes e compreensíveis. É possível ainda, através dessa mídia,

proporcionar profundidade, o que não é tão fácil em outros meios, não se

esquecendo que muitos sites cometem o erro de tentar colocar tudo na primeira

página. Deve-se dividir os assuntos de forma organizada e ter a página inicial como

uma capa de um livro, tendo apenas uma síntese de tudo aquilo que existe no site.

Tudo é passível de venda através da Internet. Mas primeiro é necessário

encontrar um nicho de mercado, identificar qual é o valor agregado ao que será

ofertado via Rede, questionando e entendendo os motivos que levam um

consumidor a optar pela compra na Internet. É fundamental também, divulgar a

segurança. Este pode ser o seu diferencial em relação ao mercado, num mundo

onde existem ainda muitas dúvidas com relação a esse aspecto, mais

especificamente no comércio eletrônico.

37

2.6.2.1 Vantagens do Comércio Eletrônico

Entre outras vantagens, segundo Lojistaonline (acessado em 05/06/2006 em

www.lojistaonline.com.br), as que seguem são as que mais se destacam:

• Adquirir um canal de vendas sem os custos fixos de uma loja física.

• Possibilidade de vendas para todo o território nacional.

• Atendimento automático ao cliente possibilitando multiplicar o número de

transações com menor custo.

• Vendas 24h por dia.

• Automação dos pagamentos com relatórios sempre atualizados.

• Cálculo automático do frete.

• Controle de estoque.

• Divulgação do seu negócio, marcando presença na Internet.

• Captação de e-mails para marketing.

• Relatórios de eficiência de campanhas de marketing digital.

2.6.2.2 Cenário do Comércio Eletrônico

Com o saldo da balança comercial internacional estando em situação

superavitária, o Brasil poderá usar esses recursos financeiros excedentes para

subsidiar a introdução de novas tecnologias nas empresas, haja vista que estudos

recentes apontam que a nova geração está voltada aos avanços tecnológicos e que

o governante do país tende a distribuir recursos para as empresas investirem em

tecnologias.

No entendimento de Peppers e Rogers (2000), “não só se usará a web em

nosso microcomputador, como também em telefones celulares, televisões, relógios

de pulso, automóveis”.

Previsões de Komando reforçam que o próximo ciclo de crescimento da

Internet será o relacionamento busines-to-business. Segundo ele, esse é um lado

ainda não explorado que deve explodir. Os clientes terão total acesso ao programa

de controle estoque do fabricante, aos procedimentos e a qualquer tipo de

ferramenta de assistência. (KOMANDO, 2000, p. 26)

O comércio eletrônico nasceu com a venda de livros, seguida de cd’s e flores.

Atualmente, as empresas vendem quase tudo pela internet, de pizza a automóveis.

38

Essa rápida evolução se reflete em todos os números relativos à rede de

comunicação por computador, inclusive no de vendas de produtos. Nos Estados

Unidos, onde se concentra mais da metade dos internautas do mundo, quase 50%

das empresas vendem pela internet e 43% obtêm lucros. Entretanto, os empresários

brasileiros ainda precisam aprender muito sobre esse novo planeta de negócios,

principalmente com relação à legislação e meios de pagamentos digitais.

O volume de negócios entre empresas na Internet, conhecido como business-

to-business, cresceu 40,8 por cento no segundo trimestre em relação ao primeiro de

2005, de acordo com uma pesquisa da E-Consulting.com e a Câmara-e.net

divulgada em outubro desse mesmo ano. O total de negócios realizados entre os

meses de abril e junho atingiu 53,8 bilhões de reais, superando os 38,2 bilhões de

reais do primeiro trimestre, de acordo com as consultorias. Nos primeiros seis meses

de 2004, o volume total de B2B chegou a 92 bilhões de reais. O volume de negócios

praticados entre portais proprietários de empresas, ou B2B Companies, subiu de

29,8 bilhões de reais no primeiro trimestre para 42,8 bilhões no segundo trimestre.

Já nos mercados digitais independentes, conhecidos como e-marketplaces, o

total de negócios cresceu de 8,4 bilhões para 11,1 bilhões de reais entre o primeiro e

o segundo trimestre.

De acordo com a Revista CIO apud Trepper (2000, p. 12), “(...) até o ano

2006, o ritmo de crescimento do comércio eletrônico B2B será quase seis vezes

mais rápido do que o ritmo de crescimento do e-commerce B2C.”.

Esses são os números que o mundo nos revela quanto à evolução e

aceleração dos processos através das tecnologias existentes no mercado.

2.6.2.3 Categorias de Comércio Eletrônico

Conforme o foco de penetração no mercado almejado ou uso das tecnologias,

o comércio eletrônico pode ser aplicado como: e-business, e-commerce, business to

business, business to consumer, empresa – governo, consumidor – governo.

E-Business: Pode ser definido como uma estratégia de inserção da empresa na

Internet, visando automatizar suas atividades em diversas áreas, como as

comunicações internas e externas, a transmissão de dados, controles internos,

treinamento de pessoal, contatos com fornecedores e clientes, etc.

39

A meta do e-bussines é dar a públicos específicos, uma experiência completa

e personalizada.

E-commerce: Também chamado de comércio eletrônico, por outro lado, é parte

integrante do e-business. É a atividade mercantil que, em última análise, vai fazer a

conexão eletrônica entre a empresa e o cliente, seguindo a estratégia estabelecida

pelo e-business.

Divide-se em business-to-business (B2B) – utilizado para melhorar a

comunicação dentro da empresa e reduzir custos, aumentado à eficiência dos

processos de negócio - e em business-to-consumer – usado pelos consumidores

pela conveniência da compra de produtos ou serviços via Internet.

De acordo com Trepper (2000), os tipos de transações e funções de negócios

realizados via e-commerce são:

• Intercâmbio eletrônico de dados (EDI – Eletronic Data Interchange);

• Compras;

• Marketing e promoções;

• Serviço ao cliente e cobrança;

• Gerenciamento de estoques para entidades globais e com vários

pontos de operação;

• Comunicação organizacional.

Business-to-Business (B2B): É o nome que se dá a transações comerciais entre

empresas (Hutt, 2002). Muitas empresas se utilizam deste tipo de e-commerce para

se relacionar com seus fornecedores, fazendo pedidos, recebendo e pagando

faturas e pagamentos, trocando dados, captando novos parceiros, etc...

Para Neto (2004, p. 102), o business-to-business serve para “as empresas

que usam uma rede global (como a Internet) para procurar catálogos de produtos,

encomenda-los aos seus fornecedores, receber as faturas e efetuar o pagamento.”

Este tipo de comércio eletrônico já se pratica a alguns anos, usando EDI em redes

privadas.

No entanto, como fundamento deste estágio e de acordo com o negócio atual

da empresa Doces Chaves, utilizaremos o entendimento de Hutt (2002).

40

Resumindo, esta categoria de comércio eletrônico visa à obtenção de maior

vantagem competitiva através da integração da cadeia de valor da empresa com

seus processos de relacionamento.

O B2B é hoje o mais atrativo segmento da internet brasileira porque os

negócios feitos entre empresas envolvem volumes bem maiores do que entre a

empresa e o consumidor individual.

“Da forma como vejo o mercado, o melhor aproveitamento da internet vem

sendo obtido por empresas tradicionais que, através de operações B2B, conseguem

reduzir seus custos”, afirma o economista e consultor econômico-financeiro de e-

business, Sergio Amaral Silva. (Revista Empreendedor; 2001)

Business-to-Consumer (B2C): Para Neto (2004, p. 105), “a categoria negócio-

consumidor é a secção de retalho do comércio eletrônico que mais se tem

desenvolvido”. Atualmente já existem vários centros comerciais na Web que

comercializam todo o tipo de bens de consumo, tais como áudio/vídeo, artigos

alimentícios, eletrônicos, automotivos etc.

Nesta categoria, a empresa vende diretamente ao consumidor. Um

determinado consumidor entra no seu site em busca de um produto. Lá ele o

encontra. Busca por informações referentes a este produto, manual técnico,

funcionamento, preço, prazo de entrega, assistência técnica etc... Satisfeito com as

informações, ele começa a realizar a compra. Entra no módulo adequado para

realizar esta compra, escolhe o produto ou produtos e finaliza a compra.

Empresa – Governo: Abrange todas as transações entre as empresas e

organizações governamentais. Atualmente essa categoria está apenas começando,

mas poderia se expandir rapidamente se os governos usassem suas próprias

operações para promover o crescimento do comércio eletrônico.

Consumidor – Governo: Com o crescimento das categorias empresa-consumidor e

empresa-governo, os governos podem estender suas interações eletrônicas com o

consumidor, como é o caso do Imposto de renda, que já pode ser declarado pela

Internet.

41

2.6.3 Modelos Básicos de E-commerce

Pela sua globalização e capacidade de interatividade, a Internet tem sido

largamente utilizada como uma nova mídia de propaganda e marketing em

diferentes países. Por isso, existe uma diversidade muito grande nos conteúdos e

forma de apresentação das home-pages comerciais. A seguir, visualiza-se os

modelos mais usados no mercado brasileiro.

Figura 8: Modelos de Home-Pages

É um site que sim plesm ente descreve os produtos e tem com o finalidade conduzir os consu-

m idores para a com pra tradicional. Geralm ente, o site tem um e-m ail para esclarecer dúvidas

Perm ite que os consum idores façam pedidos via e-m ail, fax ou telefone, chegando a incluir

com pras por cartão de crédito. O problem a é que esses sites, em geral, não oferecem um am -

biente seguro para usuários de cartão de crédito.

O site fica hospedado em um shopping virtual e norm alm ente oferece lista de com pras, sistem a

de processam ento para pagam entos com cartão de crédito e provedor seguro.

N este caso a loja não está hospedada em nenhum shopping virtual, por isso não conta com

infra- estrutura para processar pagam entos com cartão de crédito, por exem plo.

O proprietário do site se responsabiliza pela m anutenção da loja virtual, desde a configuração e

o funcionam ento dos servidores até a infra- estrutura e a conectividade. Para trabalhar com

esse tipo de site, você vai precisar de um a equipe de apoio técnico capaz de garantir a eficiên-

cia e a confiabilidade das operações.

Site Dom éstico

Loja Virtual

Independente

Site institucional

Site Institucional

Increm entado

Loja Virtual

Fonte: VERÍSSIMO (2002, p. 12-13)

A partir das diversas abordagens a cerca da definição do comércio eletrônico,

percebe-se que este evolui de uma compreensão mais restrita, em que se limitava à

realização de transações eletrônicas, para uma concepção mais ampla, que envolve,

além das etapas do processo comercial, aspectos das outras áreas funcionais da

organização, de forma a conectá-las.

O grande diferencial competitivo para os sites comerciais de hoje tem sido a

hospedagem em sites seguros e a garantia dos processamentos de pagamentos

com cartões de créditos de forma segura e sigilosa.

2.6.4 Sistemas Eletrônicos de Pagamento

As transações eletrônicas de negócio somente podem ter sucesso se as

trocas financeiras entre compradores e vendedores puderem acontecer em um

42

ambiente simples, universalmente aceito – como o caso de cartões de crédito -,

seguro e barato.

Para Albertin (2000, p. 133), “os sistemas eletrônicos de pagamento e o CE

estão intrinsecamente ligados, dado que os clientes on-line precisam pagar produtos

e serviços.”

Para ele, num software de navegação da WWW que disponibilize o método

de pagamento em tempo real, o usuário entrega as instruções de pagamento ao

vendedor, que as encaminha para um banco na rede. O banco então autentica o

comprador e libera o valor para o vendedor, onde este último entrega o produto

comprado mediante a verificação do cliente.

De acordo com Neuman (1997) apud Albertin (2000, p. 55), nos sistemas de

pagamento via rede “deve-se considerar a segurança da home-page, confiabilidade,

eficiência e facilidade de uso”.

Os sistemas eletrônicos de pagamento existentes no mercado atual são:

dinheiro eletrônico, cheque eletrônico, cartão inteligente, cartão de crédito e cartão

de débito. Os mais usados, no entanto, são o cheque eletrônico e cartão de crédito.

Cheque Eletrônico: é a transferência de recursos financeiros disponíveis em

uma conta bancária para uma conta da empresa fornecedora, detentora do comércio

eletrônico como forma de negociação. Envolve três agentes: o comprador, o

intermediário e o vendedor. (VASSOS, 1997, p. 235)

Este processo também é conhecido como débito em conta corrente ou

transferência eletrônica.

Cartão de Crédito: De acordo com Cameron (1997) apud Albertin (2000, p.

66), “os cartões de crédito são os responsáveis por 90% de todas as transações

realizadas na Internet.”

No seu entendimento, as transações com cartão de crédito no ambiente

digital são consideradas mais seguras do que no mundo físico.

A negociação de pagamento com cartão de crédito envolve duas etapas: o

vendedor apresenta ao cliente o preço do produto/serviço, a confirmação e a

situação do pedido, as notificações de entrega e as condições de pagamentos

aceitas; o comprador apresenta ao vendedor a escolha de pagamento e as

informações associadas de uma maneira segura. (ALBERTIN, 2000, p. 166-167)

43

2.7 PLANEJANDO O SITE

O site é a parte estratégica principal para fazer negócios on-line. Determinar a

natureza do site é definir se o negócio que você quer implantar na internet será uma

loja, um site que fornece informações, business to business, business to consumer,

etc. Conhecer bem o cliente e ter um banco de dados eficiente para auxiliar no

processo de tomada de decisão são fatores muito importantes para se obter

vantagens competitivas.

No entendimento de Minervini (2001, p. 57), uma home-page focada em

comercialização de produtos no mercado externo deve seguir as seguintes regras:

a) não faça uma ‘poluição visual’: seja sóbrio e elegante;

b) não complique a ‘navegação’ para não cansar quem está chegando ao

“seu porto”;

c) seja concreto: não coloque muitos códigos, links etc... Não perca o

foco;

d) não coloque ores estranhas: lembre-se que nem todos os

computadores tem a mesma capacidade de ‘ler’;

e) é o teu cartão de visita em um oceano de cartões: como sempre,

solicite a ajuda de um especialista.

De acordo com Youle (2004, p. 1-2), “o sucesso no desenvolvimento de um

website depende do valor percebido pelos clientes”. Para isso, ele recomenda sete

passos:

Escolha um Mercado Alvo: você tem que escolher um mercado e descobrir

quais são suas necessidades, seus desejos e seus temores. Então, agressivamente

perseguir a realização dessas necessidades com os produtos certos e/ou serviços.

Este pode ser definido por segmentos (indústria, comércio, serviços, instituições

públicas, etc.), por grandes áreas (educação, medicina, engenharia, economia), faixa

etária (público jovem, terceira idade, adulto), preferências (colecionadores,

aficionados do esporte, amantes da culinária) e assim por diante. Dependendo da

natureza e do público alvo, direciona-se o conteúdo.

44

Identifique um Produto Principal: Esse produto principal é o que os

americanos chamam de "lead product". Geralmente utilizado para criar o primeiro

relacionamento de venda com seu cliente, tem como objetivo gerar credibilidade, e

possui um custo relativamente baixo. No intuito de confundir seus clientes do

objetivo principal do site de sua empresa, deve-se oferecer apenas um produto

principal, e depois ter várias ofertas de outros produtos/serviços para o mesmo

mercado. Seu produto principal deve receber a maior parte do foco em seu website,

em seus autoresponders e na sua newsletter.

Produto Secundário que Aumente seus Lucros: ter sempre um produto

secundário para qualquer negócio em que esteja envolvido, tendo-os expostos em

seu website, para que a venda desses itens secundários possam aumentar seus

lucros. Também se podem estabelecer parcerias com outras empresas ao identificar

produtos que, segundo sua avaliação, pode trazer benefícios para seu público alvo,

e como resultado, ocorrer uma divisão de lucros entre ambas as empresas.

Foco no Cliente: Tenha certeza de manter o foco de seu site em seu público

alvo. É necessário disponibilizar muitos benefícios para ele. Você tem que focalizar

em seus futuros clientes e em seus desejos.

Zona de Contato: também chamado de e-zine, é a principal forma de mantê-lo

em contato on-line com seus clientes, possíveis ou cativos. Exemplos disso são as

newsletters com informações sobre produtos ou acontecimentos a cerca do ramo de

atuação da empresa.

Comunidade com Máximo Tráfego: é preciso oferecer uma boa razão para

que as pessoas retornem. Produtos de boa qualidade e bom preço, visual da home-

page, grupos de discussão e outras interatividades, são os responsáveis pelo

retorno dos visitantes.

Propaganda: comece a anunciar de forma agressiva. O uso de anúncios

através de banners (gratuitos ou pagos) e e-zines podem se tornar meios efetivos

para incrementar o tráfego em seu web site. Não pode se esquecer também de

anúncios off-line, como divulgação em jornais, revistas especializadas, outdoors.

Outra alternativa seria fazer parte de um shopping na internet, o que é útil

para pequenas empresas que acabam de ser fundadas.

45

Segurança: com o crescimento do comércio on-line, cresce também a

preocupação com o aspecto ligado à segurança, uma vez que o ambiente da grande

rede é bastante inseguro, no qual toda informação é vulnerável à interceptação ou

adulteração. Existem, para eliminação desses riscos, os serviços de certificação

digital, cuja base é um padrão de criptografia de dados. A idéia consiste em validar e

reconhecer todas as partes envolvidas em um processo de comunicação: o emissor,

a mensagem e o receptor. O certificado digital pode ser descrito como uma "marca"

que confere credibilidade nas transações criptografadas pelos protocolos.

Logística: a logística envolve armazenagem e transporte. Em comércio

eletrônico, não basta ter um excelente site, um excelente produto e um excelente

preço. É imperativa uma excelente entrega. Isso acontece porque, apesar da venda

ser virtual, não se pode esquecer e que todo o seu processo logístico em sua

maioria é real. Entre o clique do mouse e a entrega do produto na casa do

consumidor há todo um sistema que precisa estar interligado e funcionando muito

bem para que nenhuma das etapas atrase ou muito menos que a compra não

chegue ao endereço solicitado.

Segundo o mandamento da logística, citado por Veríssimo (2002), “os

produtos devem estar nos lugares certos, na hora certa, nas quantidades certas, ao

menor custo possível”.

Para que um projeto de e-commerce se torne um grande sucesso, algumas

etapas são essenciais. É fundamental que o layout escolhido esteja em perfeita

sintonia com o perfil da empresa, onde uma boa apresentação gráfica, segundo

Atlas, é fundamental para conquistar a confiança e o interesse pelos produtos

apresentados.

Quem compra on-line, em primeira instância, julga pelo que vê na tela nos

primeiros 10 segundos, e caso o site não seja atraente, ele simplesmente muda de

site nos próximos 5 segundos. Não é suficiente lançar um portal de vendas de boa

funcionalidade e interatividade, sem preocupar-se com a aparência estética gráfica,

a harmonia de cores, o padrão de qualidade das imagens, a objetividade, a fácil

navegação, o design limpo, contexto organizado, a fácil interpretação dos tópicos e

etc.

Ainda de acordo com Atlas, “sites desorganizados e desestruturado no

julgamento imediato do visitante, traduz-se em empresa desorganizada e

46

desestruturada, não transmite seriedade e a confiança essencial nesse tipo de

seguimento comercial.”

Acredita-se, desta forma, que a apresentação do site, portal ou loja virtual,

quanto à arte gráfica e o design, são tão importantes quanto sua funcionalidade e

interatividade. A criação de um layout agradável e o planejamento da estrutura do

site são etapas que devem caminhar juntas.

2.7.1 Funcionalidades de um Site de E-commerce

Existem várias opções que podem ser adicionadas a um site de e-commerce

(loja virtual). A seguir, detalham-se algumas de forma resumida, lembrando que para

cada estilo de seguimento existe uma estrutura diferenciada. Isto porque, para

elaborar uma estrutura de vendas on-line é imprescindível saber exatamente o

objetivo da empresa e sua estrutura operacional.

Dentre as opções de funcionalidade e interatividade, as mais importantes,

conforme considera a empresa desenvolvedora de sites de e-commerce Atlas

(acessado em 12/04/2006 na página www.atlaswebmaster.com/), são as que

seguem:

• Formulário de Contato;

• Armazenamento de Dados Cadastrais;

• Cálculo de Frete;

• Forma de Pagamento (via boleto bancário, cartões de crédito; depósitos

identificados);

• Busca Avançada de Produtos (por categoria; marca; código e etc.);

• Chat - Sistema de Atendimento On-line;

• Controle de Estoque;

• Formas de Entrega;

• Sistema de Segurança de Informações-criptografadas;

• Solicitação de Orçamentos;

• Sistema de Gerenciamento de Banners;

• Sistema de Gerenciamento de Produtos;

• Sistema de Atualização de Estoque;

• Sistema de Manutenção do Site e-commerce;

47

• Sistema de Gerenciamento de Imagens da Loja (substituição e edição);

• Sistema de Gerenciamento de Textos (inserção ou edição);

• Banco de Dados de CEP e Logradouros;

• Sistema de Estatísticas de Acesso ao Site;

• Sistema de Contador de Visitas.

2.7.2 Desenvolvendo o Marketing na Web

Para Clark (1998), o planejamento para entrada de uma empresa na web

deve conter os seguintes passos:

Estratégia: preocupe-se com o relacionamento que o site na Web terá com as

demais atividades de marketing da organização;

Feedback dos Clientes: os levantamentos on-line devem ser vistos como uma

forma de aumentar o número de informações contidas no banco de dados, afim de

avaliar as tendências dos internautas em visitas ao site em paralelo com a

reformulação do processo de marketing usado pela empresa, caso os objetivos não

estejam sendo alcançados. Todo site deve incluir os números de telefone, pessoas

para contato e endereços da empresa;

Respostas: ao receber feedback ou perguntas dos clientes, a empresa deve

responder com agilidade. A empresa deve atualizar e renovar seu site com base no

feedback fornecido pelos clientes;

Integração: coordenar o marketing na web com as demais atividades de

marketing da empresa. Além de usar o site para fins promocionais e publicitários,

preparar o restante da empresa para prestar os serviços de venda e assistência

técnica on-line;

Um Site Estimulante: atualizar o conteúdo com freqüência; permitir que os

clientes interajam com a empresa, com especialistas através de canais diretos,

grupos de discussão, e-mails especiais, etc.;

48

Amplitude: criar ligações com outras matérias que poderiam interessar aos

clientes, de acordo com o perfil do visitante;

Divisão de Assuntos: organizar as informações no site para que seja fácil para

os clientes se deslocar de um ponto ao outro;

Imagens: usar apenas o número necessário, visando atender todo o público

doméstico, haja vista que existem conexões de baixa taxa de tráfego;

Promoção: considerando que há milhares de sites comerciais à disposição

dos clientes, as empresas precisam divulgar o site para atrair consumidores;

Domínio: conseguir um nome de domínio que seja fácil de lembrar. Um

formato comumente usado é www.nomedaempresa.com.br ou nomes que refletem

as vantagens oferecidas pelo site – www.notícias24h.com;

Multiplicadores: registrar a empresa em sistemas de busca, como o Google,

por exemplo, pode facilitar a divulgação;

Partindo para o modelo de marketing eletrônico entre empresas, Hutt (2002,

p. 124) propõem um modelo mais objetivo, conforme segue:

1. Escolher um mercado ou um grupo de clientes, específico;

2. Criar o reconhecimento do nome da empresa e de suas marcas;

3. Transmitir uma imagem de liderança;

4. Conduzir pesquisas de mercado;

5. Interagir com os clientes existentes e buscar novos clientes;

6. Fornecer informações em tempo real sobre produtos, serviços e

situação financeira da empresa para clientes e parceiros da cadeia de

suprimentos;

7. Vender produtos e serviços;

8. Vender de uma forma mais eficiente;

9. Anunciar no novo veículo;

10. Gerar orientação para a equipe de vendas;

11. Fornecer um veículo para serviços a clientes;

12. Construir relacionamentos fortes com os clientes

49

Ainda assim, para Hutt (2002) existem outros pontos críticos que devem ser

considerados, como a segurança nas transações financeiras no site, a agilidade nas

transações, criar um site fácil de usar, serviço pós-venda, etc.

3 MÉTODO

Partindo do aspecto bibliográfico para a coleta de dados, é necessário utilizar

as ferramentas e procedimentos corretos a fim de analisá-los.

3.1 DELINEAMENTO DO ESTÁGIO

Este estágio caracteriza-se como avaliação formativa, pois seu propósito é

melhorar ou aperfeiçoar sistemas ou processos.

A avaliação formativa normalmente implica um diagnóstico do sistema atual e sugestões para sua reformulação; por isso requer certa familiaridade com o sistema e, idealmente, a possibilidade de implementar as mudanças sugeridas e observar seus efeitos. (ROESCH, 1999, p. 74)

A abordagem adotada foi à qualitativa. Argumenta-se que a abordagem

qualitativa e seus métodos de coleta e análise de dados são apropriados para uma

fase exploratória da pesquisa. (ROESCH, 1999, p. 154).

3.2 COLETA DE DADOS

Segundo (Roesch, 1999, p. 255) “é preciso definir o que pesquisar, que fontes

serão pesquisadas, quantas visitas serão necessárias”.

Foram coletados dados primários, em que a empresa foi à fonte de

informações, tal qual, coleta de dados secundários em base aos sites de instituições

comerciais e de regulamentação nacional, sites de buscas, sites governamentais,

empresas já existentes que adotaram o e-commerce como ferramenta de venda.

Foram utilizadas para a coleta de dados, visitas a empresa em que foi

realizado o estágio, consultas em sites, base de dados de associações comerciais e

governamentais, revistas especializadas em comércio eletrônico, entre outros.

51

3.3 ANÁLISE DOS DADOS

Para a análise de dados, considerando o método predominantemente

qualitativo, foi utilizado o método de análise de conteúdo.

Esse método busca classificar palavras, frases, ou mesmo parágrafos em categorias de conteúdo. Utiliza desde técnicas simples até outras mais complexas, que se apóiam em métodos estatísticos, como, por exemplo, a análise fatorial, a regressão múltipla e a análise discriminante, entre outras. (ROESCH, 1999, p. 169-170).

4 HISTÓRICO DA EMPRESA

Fundada no ano de 1928 por João Adolfo Chaves e situada à Rua Miguel Ezequiel,

bairro Joáia, Tijucas, SC, a Doces Chaves Ltda fabricava naquela ocasião os

seguintes produtos: farinha de banana, doces de frutas, goiabada e goiabada

cascão. Seu principal produto nessa época era a farinha de banana a qual era

utilizada na alimentação de crianças.

Com o falecimento do seu fundador a gerência dos negócios foi passada para seu

filho José Chaves, o qual ficou a frente da empresa até seu falecimento no ano de

1970. Neste mesmo ano, Luiz Carlos Caminha Chaves substituiu na administração

seu pai, permanecendo até hoje como diretor lutando para aprimorar seus produtos,

fazendo com que esta marca se traduza em confiança e qualidade, garantida pela

sua tradição.

Produz atualmente doces, geléias, goiabadas e polpas de frutas. Os produtos são

fabricados com rigoroso controle de qualidade e havendo uma constante

preocupação em trabalhar com insumos selecionados, a empresa executa vistorias

constantes e auxilia no processo de seus fornecedores desde o plantio até o envio

da matéria-prima para a produção.

4.1 PARQUE FABRIL

Contando com uma área construída de 1.200 m² e dispondo de maquinário

automatizado, a empresa possui uma equipe profissional consideravelmente enxuta,

o que a torna de certa forma, competitiva em custos. Suas principais áreas de

atuação são os estados de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de

Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.

A empresa visa um crescimento a nível nacional com muita cautela, para que possa

fazer um trabalho eficiente e com qualidade atendendo as necessidades do público

ao qual pretende expandir sua atuação.

53

Figura 9: Visualização da fábrica

Fonte: Doces Chaves Ltda.

4.1.1 Layout da Empresa

De acordo com o layout que segue (Figura 5), constata-se que a empresa formou

um layout por processo pela conseqüente disposição das máquinas e grupos de

trabalho centralizados pela natureza da operação a ser executada.

Esse tipo de arranjo físico beneficia a empresa em maior flexibilidade nos momentos

de picos de produção, não havendo necessidade nestes casos de manuseio de

layout’s, tão pouco de processos ou pessoas.

54

Figura 10: Layout da empresa

Fonte: Doces Chaves Ltda

2

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1

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1

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1

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4

1

29

28

30

55

Legenda:

1. Produto acabado;

2. Estoque potes plásticos;

3. Estoque caixas de papelão;

4. Área de rotulagem;

5. Taxo fechado;

6. Taxo fechado;

7. Taxo fechado;

8. Taxo fechado;

9. Bomba Centrífuga;

10. Despolpadeira;

11. Refinadora;

12. Despolpadeira reserva;

13. Pia;

14. Taxo aberto;

15. Triturador;

16. Coxo para lavação das frutas;

17. Mesa selecionadora de frutos;

18. Seladora;

19. Funil de tirar doce e geléia;

20. Funil de tirar doce e geléia;

21. Prateleira;

22. Prateleira;

23. Prateleira;

24. Prateleira;

25. Prateleira;

26. Prateleira;

27. Depósito de açúcar;

28. Depósito de polpa de fruta;

29. Caldeira;

30. Banheiro.

56

4.2 PROCESSO PRODUTIVO

O processo produtivo se inicia na compra das frutas com os agricultores da região

de Santa Catarina, que por ora são transportadas pelas transportadoras contratadas.

Quando os insumos estiverem disponíveis na fábrica, as frutas serão selecionadas e

lavadas para posteriormente serem processadas.

Vale frisar, que os vários tipos de frutas não são da mesma época de colheita e que

cada fruta tem que ser estocada para durar o ano inteiro, pois a próxima safra só

será possível no ano seguinte.

Outro fator importante refere-se ao ciclo produtivo, onde a produção é realizada

conforme os pedidos são realizados pelos clientes, e ainda que os históricos de

vendas indiquem um leve crescimento de demanda pelos produtos, a capacidade de

produção não é totalmente atendida pelo mercado. Para que isso venha a ocorrer, a

prospecção de novos clientes poderia alavancar as vendas.

Desta forma, a empresa se reveza a produzir em dias alternados, conforme o

atendimento dos pedidos venha a alcançar o nível de segurança do estoque de

produtos acabados.

4.2.1 Primeiro Estágio: Despolpamento da Fruta

Neste item descreve-se o processo produtivo da transformação da fruta em matéria

prima, imediatamente segue as etapas do processo produtivo.

1. Recebimento da matéria prima/pesagem: Essa operação depende da

determinação e do controle do rendimento industrial do fruto. As frutas são pesadas

em caixas de plástico em uma balança que deve estar em perfeito funcionamento.

2. Lavagem: O processo de lavagem ou limpeza úmida deve ser feito com água

tratada com cloro. O nível de cloração da água depende do tipo de equipamento

utilizado, o qual determina o tempo de contato entre a matéria prima e a água de

lavagem. A lavagem por imersão é o método mais simples e mais usual na remoção

57

da sujeira. Consiste em mergulhar a matéria prima em um tanque inox de água limpa

e clorada.

3. Seleção: A etapa da seleção evita o uso de frutas excessivamente verdes ou

estragadas, o que pode causar prejuízos naturais do produto final. È feita em mesas,

em locais bem iluminados.

4. Descascamento: Algumas frutas necessitam ter sua casca retirada antes da etapa

de desintegração. O descascamento é manual, feito através do uso de facas inox.

5. Trituramento: Processo pelo qual a fruta passa por um martelo oscilante, onde

será partida em pedaços menores para facilitar a extração da polpa e o seu

cozimento.

6. Cozimento: A fruta será cozida a alta temperatura (85ºC - 94ºC), há um tempo

médio de 15 minutos, para que fique esterilizada e facilite a próxima etapa. Neste

processo a polpa recebe conservante para que mantenha suas características por

mais tempo.

7. Despolpamento: Nessa operação, separa-se a polpa da casca e da semente. A

mesma despolpadeira serve para vários tipos de frutas.

8. Refinamento: O refinamento é feito por outra despolpadeira, mas com a peneira

mais fina, para que seja retirada qualquer impureza que possa a vir a aparecer,

como pontos pretos e outros materiais fibrosos que tenham passado pela primeira

etapa, devido ao processo ser de natureza mais bruta.

9. Estocagem: Nessa etapa a polpa pronta será embalada em tambores de 200

litros, dentro de saco plástico especial para alta temperatura, fechado com tampa e

arco, e levado ao seu local de estocagem, onde servirá para a fabricação do doce, o

ano inteiro.

4.2.2 Segundo Estágio: Preparo de Doces, Geléia e Goiabadas

Depois de transformada a fruta em polpa, segue-se para o estágio de

processamento e elaboração dos doces, geléias e goiabadas, conforme

detalhamento que segue das etapas desse estágio.

58

1. Adição de ingredientes: Os ingredientes básicos são: pectina, polpa de fruta,

açúcar, ácido e conservante serão adicionados nos taxos (globos de inox), onde é

feito o cozimento.

2. Concentração: A concentração será feita em tachos fechados a vapor, onde a

temperatura alcança 94º. O doce de fruta deve ter entre 56% e 58% de sólidos

solúveis final. A geléia deve ter entre 64% e 66% e o doce de corte (goiabada) deve

ficar entre 70% e 72%. O pH final dos produtos varia entre 3,2 a 3,4.

3. Embalagem: Após a concentração nos tachos, a geléia e os doces irão para um

funil de inox para serem armazenados em suas respectivas embalagens detalhadas

cada qual em seu processo a seguir. A geléia será armazenada, ainda que quente,

em potes plásticos de 320g, onde descansará em prateleiras fechadas com tela para

que endureça e tome sua forma original, ou seja, na forma gelatinosa. Após

descansar, no outro dia, será fechada com lacre de alumínio em uma seladora.

O doce de fruta também é embalado quente em potes plásticos de 450g, 650g,

950g, 1.700g, 2.000g, 4.800g e colocado nas prateleiras com telas, após este

processo espera-se esfriar, porque com a temperatura elevada se for fechado, o

pote vai soar criando uma camada de água em cima do doce, podendo provocar

fungos, assim somente no outro dia pode ser lacrado na seladora.

Já o doce de corte é embalado quente em potes de 600g e fechado com a tampa,

neste processo não precisa esperar esfriar para tampar, pois o estado final de sua

composição é mais sólido podendo ser virado de cabeça para baixo e em virtude de

sua embalagem não restar espaço algum para a entrada de ar.

4. Armazenagem: As embalagens serão rotuladas manualmente, acondicionadas em

caixas de papelão e armazenadas em local limpo, seco e ventilado.

4.3 CERTIFICAÇÕES

Os estabelecimentos que se destinam a fabricar produtos alimentícios, devem ter

uma responsabilidade muito grande com a qualidade de seus produtos e serviços,

especialmente no que se refere à garantia de segurança à saúde do consumidor.

59

A garantia da qualidade e da segurança na alimentação é atualmente, direito dos

consumidores em todo o mundo. Por isso cada vez mais, as organizações públicas,

e também as empresas no setor de alimentos têm buscado assegurar a qualidade

de seus produtos e serviços.

A necessidade do constante aperfeiçoamento das ações de controle sanitário na

área de alimentos fez com que o Ministério da Saúde, dentro de sua competência,

elaborasse as Portarias nº 1428 e 326, de 26 de dezembro de 1993 e 30 de julho de

1997 respectivamente, estabelecendo orientações necessárias para a inspeção

sanitária através da verificação do Sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos

de Controle (APPCC) da empresa produtora ou prestadora de serviços alimentícios,

e os aspectos que devem ser levados em conta na aplicação das Boas Práticas da

Fabricação (BPF), respectivamente.

Boas Práticas de Fabricação (BPF) é um conjunto de princípios e regras para o

correto manuseio de alimentos, abrangendo, desde as matérias-primas, até o

produto final, de forma a garantir a saúde e a integridade do consumidor.

A adoção de Boas Práticas de Fabricação é um requisito fundamental em um

Programa de Segurança Alimentar (PAS - Programa Alimento Seguro) aliado a

implementação dos PPHO (Procedimentos Padrões de Higiene Operacional), onde

neste são documentados os procedimentos necessários para assegurar a ausência

de perigos que possam comprometer a inocuidade dos alimentos. Estes são pré-

requisitos para o Sistema de Análise de Perigos e Produtos Críticos de Controle

(APPCC).

O Sistema APPCC é baseado numa série de etapas, inerentes ao processamento

industrial dos alimentos, incluindo todas as operações que ocorre desde a obtenção

da matéria-prima até o consumo do alimento, fundamentando-se na identificação

dos perigos potenciais à segurança do alimento, bem como nas medidas para o

controle das condições que geram perigos. (DOCES CHAVES LTDA.)

60

4.4 FORMA DE COMERCIALIZAÇÃO A empresa utiliza força de vendas (representantes) para atingir novos clientes e

atender os já existentes. No estado de Santa Catarina, e empresa realiza venda

direta. A seguir, os representantes que compõem a força de vendas da empresa e

suas respectivas áreas de atuação:

Marco Antonio dos Santos: Rio Grande do Sul e Santa Catarina (neste último

estado, apenas para os clientes não atendidos pela própria empresa);

Pedro Cardoso Filipes: os estados do Paraná e São Paulo;

Pericles Pedroso: demais estados.

Seu público alvo para comercialização são os supermercados, hipermercados e

atacadistas alimentícios. Compondo sua carteira de clientes, seguem os mais

representativos quanto ao critério volume de vendas versus maior lucratividade:

Atacado de Cereais Kretzer Ltda.

Blumenau Produtos Alimentares Ltda.

Cestão Niarco Ltda.

Comercial Chíru Ltda.

Comercial Prudêncio Ltda.

Crispal Distribuidora de Alimentos Ltda.

D.B. do Brasil Ltda.

Distribuidora Independência Ltda.

Distribuidora Sardagna Ltda.

Fábrica de Doces Nolasco Ltda.

Herondina Rosa & Filhos Ltda.

Hipermercado Koch Ltda.

Hospital Marieta Konder Bornhausen

Indústria de Doces Relâmpago Ltda.

Indústria Donabella Ltda.

Indústria e Comércio Oliveira Ltda.

Ivo Wenland & Cia Ltda.

Jorcob Distribuidora de Produtos Alimentícios Ltda.

Masotti & Cia Ltda.

NRT Distribuidora de Produtos Alimentícios Ltda.

Produtos Alimentícios Arapongas Ltda.

RM Distribuidora Ltda.

Serra Azul Comércio de Importação e Exportação Ltda.

Supermercado Archer S/A

Supermercado Irmãos Koch Ltda.

Supermercado Macris Ltda.

Supermercado Pierri Ltda.

Supermercado Rosa Ltda.

61

Supermercado São José Ltda.

Supermercado Sul do Rio

Supermercado Super Rosa Ltda.

Supermercado Topázio Ltda.

Supermercado Xande Ltda.

Supermil Ind. e Com. de Cereais Ltda.

Timoneiro Distribuidora de Alimentos Ltda.

4.5 HISTÓRICO DE VENDAS Encontrando-se num cenário concorrido, ainda assim a empresa tem mantido

estável seu ciclo de vendas nos últimos cinco anos, apresentando um leve

crescimento nos últimos dois anos se comparados aos anos anteriores. (Tabela

2).

Na tabela que segue (Tabela 1), visualizam-se os preços de comercialização, tal

qual, o seu respectivo custo de fabricação (já computados o valor da embalagem

e do transporte):

Tabela 1. Custo de Fabricação e de Comercialização dos Produtos

Fonte: Doces Chaves Ltda.

62

Tabela 2 - Histórico de Vendas por Tipologia de Produto

Fonte: Doces Chaves Ltda.

Na tabela acima se visualizam as vendas realizadas nos últimos cinco

anos, relacionadas por produtos. Percebe-se que nos últimos dois anos a

empresa aumentou suas vendas, ainda que timidamente.

Será a partir desses números e do conhecimento da pesquisa de mercado

realizada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil, ao qual a empresa teve

acesso, que a projeção de vendas será fundamentada.

63

4.5.1 Demanda do Setor via Comércio Eletrônico

Para entender a evolução histórica do e-commerce e os números

realizados nos últimos anos perante este tipo de comércio, uma pesquisa do setor

alimentício que se utiliza da ferramenta eletrônica para comercialização nos

remete a avaliar a demanda de empresas existentes no mercado que possam ser

atendidas pela empresa Doces Chaves Ltda.

Para tanto, o Núcleo de Informações e Coordenação (NIC), entidade

executora do Comitê Gestor da Internet no Brasil (acessado em 23/05/06 em

<www.cg.org.br>), por se tratar de um órgão público que realiza a gestão dos

dados do comércio eletrônico a nível nacional, se torna a principal fonte de base

para tais informações.

Realizada pelo Instituto Ipsos-Opinion, nos meses de agosto e setembro de

2005, a pesquisa “TIC EMPRESAS 2005” investigou a penetração e uso da

internet em empresas, incluindo uso de governo eletrônico, comércio eletrônico,

segurança, entre outros. A metodologia utilizada seguiu o padrão internacional da

OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e da

Eurostat (Instituto de Estatísticas da Comissão Européia), permitindo a

comparabilidade internacional.

A amostra probabilística da pesquisa foi desenhada de forma a apresentar

uma margem de erro de no máximo 1,5% no âmbito nacional e de 5%

regionalmente. As entrevistas foram aplicadas por telefone, para 2.030 empresas

com mais de 10 funcionários, e que compõem os sete segmentos da

Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE). Os resultados são

obtidos por região (N, S, CO, NE, SE), atividade e porte.

Porte da empresa

• DE 10 A 19 funcionários

• DE 20 A 49 funcionários

• DE 50 A 99 - funcionários

• DE 100 A 249 - funcionários

• DE 250 A 499 - funcionários

• DE 500 A 999 - funcionários

• 1000 OU MAIS – funcionários

64

Região

• Norte

• Nordeste

• Sudeste

• Sul

• Centro-Oeste

Mercados de atuação - CNAE

• Indústria de Transformação

• Construção

• Comércio/ Reparação de Automóveis

• Hotel/ Alimentação

• Transporte/ Armazenagem/ Comunicação

• Atividades Imobiliárias, alugueis e serviços

• Atividades Cinematográficas/ Vídeo/ Rádio/ TV

Baseado no mercado de atuação de Hotel/Alimentação, a pesquisa

entrevistou 290 empresas representada pelos seus respectivos portes. Desse

total, 87,35% utiliza a internet e 84,82% possuem website, onde neste último

caso, o setor alimentício lidera os outros mercados de atuação foco da pesquisa

analisada. Conotando o percentual de 73,38% das empresas do setor que

realizaram pedidos pela internet, representando o valor médio de faturamento de

R$ 216.090,00 (valor excluindo os impostos).

Do faturamento total apresentado pelas empresas, no setor alimentício o

percentual de 41,13% representa o relacionamento B2B via internet,

posicionando-se em segundo lugar, neste mesmo critério, no ranking das

empresas entrevistadas. (ANEXO A)

Esses são alguns dos indicadores mais significantes para a empresa

Doces Chaves Ltda. determinar a demanda de mercado a ser atendida pela sua

implementação do e-commerce.

65

4.5.2 Projeção de Vendas

Tendo como base o percentual de 41,13% de empresas que se utilizam do

business-to-business para efetivação de seus negócios e do valor médio de

faturamento de R$ 216.090,00, quatro cenários de projeção no aumento das

vendas são traçados, baseados na média das vendas realizadas nos últimos

cinco anos, conforme tabela que segue.

Tabela 3 – Cálculo de Projeção de Vendas

Fonte: Doces Chaves Ltda.

5 LEGISLAÇÃO DO COMÉRCIO ELETRÔNICO

O crescimento acelerado do e-commerce vêm despertando a atenção do

mercado para os aspectos legais e tributários envolvidos nessa nova modalidade

de negócios.

A legislação aplicável a essa matéria é escassa no mundo todo. No Brasil,

vários projetos de lei referentes ao comércio eletrônico vêm sendo discutidos,

tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado Federal, a maioria versando

sobre a regulamentação de assinaturas eletrônicas, criptografia, certificados

digitais, arquivos, documentos e faturas eletrônicas, assim como sobre os crimes

praticados no âmbito da Internet.

Dentro do ordenamento jurídico brasileiro, são válidos inclusive os

contratos verbais, assim como os firmados por telefone, não havendo, portanto,

razão para se negar a validade dos contratos firmados eletronicamente.

De todos, o que tem sido considerado mais abrangente, regulando o

comércio eletrônico, a validade e o valor probatório dos documentos eletrônicos,

bem como a utilização das assinaturas digitais, é o anteprojeto de lei apresentado

pela OABSP, baseado na Lei Modelo para comércio eletrônico da Uncitral

(Comissão das Nações Unidas para o Direito Comercial Internacional) e na

proposta de diretiva européia 1999/93/EC.

Curiosamente, apesar de os certificados digitais ainda não estarem

regulados no Brasil, a Secretaria da Receita Federal adiantou-se ao Legislativo e

publicou no final de 1999 uma Instrução Normativa instituindo certificados

eletrônicos denominados e-CPF e e-CNPJ para uso no relacionamento dos

contribuintes com a Secretaria da Receita Federal.

O objetivo dessas legislações não deve ser o de burocratizar a Internet,

mas, ao contrário, dar segurança aos usuários de que seus direitos serão

respeitados e dar segurança às empresas no sentido de que elas não sofrerão

concorrências desleais de piratas da Net que não respeitam quaisquer direitos. A

meta deve ser de alavancar o e-business, e não limitá-lo.

Nota-se, no entanto, que não obstante as várias iniciativas de

regulamentação da matéria, o fato é que não há legislação específica, fato este

que, aliado à velocidade com que o comércio eletrônico vem se desenvolvendo,

suscita a questão de saber como as empresas e os profissionais da área devem

se posicionar diante da parente ausência de regulamentação no setor. Tanto o

67

modelo da Uncitral como o anteprojeto de lei da OAB acima mencionados são

expressos em afirmar que as leis de proteção aos consumidores são inteiramente

aplicáveis ao comércio eletrônico.

Segundo o PROCON (acessado em 10/04/2006 em www.idec.org.br),

quando o consumidor e fornecedor estiverem estabelecidos no Brasil, o Código

de Defesa do Consumidor (lei nº 8.078/90) é de aplicação obrigatória em casos de

negociações eletrônicas.

Todos os documentos eletrônicos são admitidos como meio de prova da relação

contratual, sendo dever do fornecedor informar previamente os termos do contrato

e permitir a sua impressão ou armazenamento digital em local, tanto quanto

possível, seguro.

Conforme o art. 1° do Projeto de Lei do Senado nº 672 de 1999 (ANEXO

B), o comércio eletrônico em todo o território nacional é regulado por este projeto,

aplicando-se também a qualquer tipo de informação na forma de mensagem

eletrônica usada no contexto de atividades comerciais. Porém, este mesmo

projeto ainda não foi regulamentado como lei, pois carece de votação no Plenário.

6 INVESTIMENTOS EM SOFTWARES

Sabendo-se da oportunidade de estar presente na Web, para tanto é

necessário um software que propicie a empresa realizar suas transações, expor

seus produtos, estar 24 horas disponíveis para acesso a seus clientes, entre

outros recursos.

Partindo do pressuposto que a empresa Doces Chaves Ltda. não possui

estrutura profissional e física de informática para desenvolver e realizar a devida

manutenção de um sistema de e-commerce, tal qual, impossibilitada de realizar

investimentos em softwares de última geração, cogita-se a possibilidade de

contratar empresas terceirizadas para pôr em prática tais procedimentos.

Diante disso, duas vertentes devem ser analisadas:

• as funcionalidades disponíveis no sistema a ser contratado, tendo a

principal característica de padronização do site de acordo com o negócio

da empresa.

• a possibilidade de administração do site via web, o que de certa forma

reduz custos operacionais e de instalação, caso se optasse pela compra de

um software;

Esses softwares deverão permitir ao cliente, quando situado na home-page da

empresa, realizar os seguintes procedimentos:

• Selecionar, através das seções ou do sistema de busca, os itens que quer

comprar, colocando-os no carrinho de compras;

• Informar o seu CEP e lhe permitir escolher a forma de entrega adequada;

• O cálculo do frete e preços de acordo com as condições pré-estabelecidas,

e apresentar as opções de pagamento disponíveis;

• O cliente poder escolher a forma de pagamento conveniente;

• Realizar um cadastro se for à primeira compra, ou informa seu e-mail e

senha para acessar o cadastro pré-definido pelo seu primeiro acesso;

• Informar seu endereço de entrega;

• Efetuar o pagamento, fechando o pedido;

• O cliente deverá receber um e-mail confirmando o pedido;

69

• A empresa deverá receber um e-mail com os dados do pedido e processar

a venda.

Em contato a três empresas do ramo e seguindo as vertentes acima, as

mesmas relacionaram os serviços prestados pela disponibilidade de um software

de e-commerce para a empresa Doces Chaves Ltda., tal qual o custo de adesão,

mensalidades, benefícios e limitações.

Na tabela 4, visualiza-se a descrição das funcionalidades encontradas nos

softwares de e-commerce das empresas orçadas.

Na tabela 5, visualiza-se a descrição dos itens constantes na administração

do software de e-commerce.

70

Tabela 4 – Descrição das Funcionalidades do Sistema de E-commerce

Continua...

71

Fonte: Adaptado dos orçamentos recebidos pelas empresas Lojista Online, Haven e ABC Interative.

Tabela 5 – Descrição da Administração do Sistema de E-commerce

Continua...

72

Fonte: Adaptado dos orçamentos recebidos pelas empresas Lojista Online, Haven e ABC Interative.

73

Depois de descritas as funcionalidades e recursos para a administração do

e-commerce através das empresas acima contatadas, deve-se agora, analisar os

custos e os benefícios com o investimento a ser efetuado em uma loja virtual.

A seguir os orçamentos recebidos pelas empresas acima mencionadas:

Lojista Online: A empresa Lojista Online oferece três planos básicos de aluguel e

hospedagem para Lojas Virtuais, diferenciados pelo número de produtos

cadastrados e pela quantidade de acessos mensais – pageviews:

Tabela 6 – Planos de Loja Virtual da empresa Lojista Online

Fonte: Lojista Online.

¹Os acessos (pageviews) foram dimensionados levando em conta o custo elevado

do link com a Internet.

Taxa única de instalação: R$ 350,00.

Não é comissão sobre as vendas realizadas pela loja e a hospedagem de domínio

é gratuita. À medida que a visualização do site aumenta, o custo do link torna-se

mais caro, razão pela qual o excedente é cobrado em acessos adicionais: a cada

caixa postal adicional é cobrado o valor de R$ 5,00 por mês, e a cada acesso

adicional na página que ultrapassar o limite de acessos contratados, a empresa

deve pagar o valor de R$ 0,005 por acesso.

Haven: A empresa Haven oferece apenas um plano, a um custo mensal de R$

50,00 e taxa de implantação do sistema de R$ 500,00.

ABC Interative: A empresa ABC Interative propôs os valores das mensalidades

de acordo com o número de produtos comercializados na loja, ou seja, levando-se

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em consideração a quantidade de produtos expostos. Porém, para qualquer plano

que se optar, será criado até 10 contas de e-mail. Tabela 7 – Planos de Loja Virtual da empresa ABC Interative

Fonte: ABC Interative.

Não há cobrança de taxa de adesão, tão pouco de implantação do sistema.

Para o registro de domínio nacional (www.sualoja.com.br) é cobrado a taxa única

de R$ 54,90 e a anuidade de R$ 30,00. Já para o registro internacional

(www.sualoja.com), são cobrados respectivamente os valores de R$ 74,90 e R$

45,00. Em ambos os casos, a cobrança da taxa e da anuidade é imediata.

7 PROCESSO DE DISTRIBUIÇÃO

Todo processo de distribuição para entrega de produto acabado é realizada

ás expensas da empresa, sem custo adicional ao cliente. Este valor já foi

calculado no custo fixo do produto, sem cobrança posterior.

Quando o cliente se encontrar dentro do estado de Santa Catarina, o

veículo da própria empresa faz a entrega; para os demais estados, a empresa

contrata a Transportadora Expresso Joaçaba Ltda., considerando um custo médio

de transporte de 5% sobre o valor das mercadorias adquiridas.

Assim sendo, abaixo visualiza-se o impacto do custo do transporte sob as

projeções de aumento nas vendas, tendo como base a média dos últimos cinco

anos de faturamento realizado.

Tabela 8 – Projeção do custo de Transporte sob o aumento das Vendas

Fonte: Doces Chaves Ltda.

A empresa Transportadora Expresso Joaçaba Ltda. tem capacidade

suficiente de atender a projeção de até 100% no aumento das vendas, por contar

com uma grande frota de veículos destinados ao transporte, para qualquer

destino a nível nacional.

Ainda assim, a empresa tem como segunda opção de transportes, caso a

Expresso Joaçaba não atenda a demanda vendida pela empresa, a

Transportadora Plimor Ltda, que se demonstra capacitada e devidamente

reconhecida por órgãos de transportes, mantendo-se na média dos mesmos

custos acima mencionados.

8 ATIVIDADES DE DIVULGAÇÃO

Conforme Kotler (1999, p. 325), “a propaganda business-to-business pode

criar consciência e conhecimento de um produto, desenvolver intenções de

compra e gerar confiança nos compradores”.

Sendo assim, as atividades de divulgação envolvem a identificação do

público-alvo, a seleção da mensagem e sua respectiva mídia, o objetivo da

mensagem e a realização de orçamentos.

A empresa se utiliza atualmente apenas do site como forma de divulgação,

ou seja, um site institucional, mas pretende reservar parte de seu lucro para

investimentos em mídia. O método a ser utilizado, neste caso, é o de percentual

sobre as vendas, uma vez que a empresa não dispõe de recursos financeiros

para imediata contratação de tais serviços.

Dessa forma, a empresa reservará 1,5% da receita total de suas vendas a

ações de marketing, voltadas para a divulgação. Na tabela que segue, constatam-

se os respectivos valores destinados a mídia de acordo com os cenários

projetados.

Tabela 9 – Projeção para Ações de Mídia

Fonte: Doces Chaves Ltda.

Para tanto, a partir do orçamento de mídias que segue a empresa poderá

optar pelo veículo de comunicação mais apropriado para o seu negócio, dentro do

seu orçamento de marketing acima estipulado.

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Tabela 10 – Orçamento de Mídias

Fonte: Elaborado pelo estagiário.

9 INVESTIMENTOS DE INFRA-ESTRUTURA

Como a empresa possui capacidade anual de produção em torno de

500.000,00 gramas dos produtos ora comercializada (distribuídos entre os

produtos goiabada, doces e geléias), atende-se a todos os cenários anteriormente

projetados, uma vez que não ocorrerão dispêndios ás expensas de alterações e

investimentos no processo produtivo.

Para tanto, haverá um ciclo contínuo de produção, onde os fornecedores

deverão estar cientes do fornecimento pontual dos insumos necessários, tal qual,

necessita-se avaliar a capacidade do fornecimento de cada um.

Quanto ao fornecimento de frutas, além dos produtores locais, a empresa

conta com o CEASA/SC, localizado na cidade de São José (SC), como recurso de

fornecimento da matéria-prima em eventuais faltas de insumos. Se tratando do

fornecimento de Açúcar e embalagens (plásticas ou de papelão), as respectivas

empresas Cooperçucar de São Paulo, Fibrasa Ltda. e Tecpac Ltda. têm

capacidade produtiva muito superior á demanda a ser atendida pela empresa

Doces Chaves Ltda.

10 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Contando com uma capacidade produtiva que possibilita um aumento em

até 100% com base na produção atual, a empresa possui entre outras vantagens,

uma estrutura física e de máquinas suficientes para atender aos cenários

projetados, não necessitando de imediato, investimentos no processo produtivo.

As mudanças a serem consideradas seriam de um novo ciclo produtivo, onde a

produção seria efetuada por mais dias úteis, e de maior utilização da infra-

estrutura disponível para produção, já que a empresa utiliza apenas parte dela.

Tendo como base a pesquisa desenvolvida pelo Comitê Gestor da Internet

no Brasil, onde 73,38% das empresas do ramo realizam compras pela internet, a

um faturamento médio de R$ 216.090,00, a empresa poderá atender o cenário de

projeção de aumento nas vendas de até 50%, passando a produzir a quantidade

anual de 413.658.184 gramas de doces, estimando uma receita de R$

1.282.744,00.

O software de loja virtual da Lojista Online seria o sistema que maior

custo/benefício traria para o negócio a ser implantado na empresa Doces Chaves

Ltda. Além de possuir uma quantidade maior de recursos para processamento de

pedidos e atender os requisitos básicos para funcionamento de uma loja virtual, o

designer da loja pode ser desenvolvido por profissionais da área e implementado

via página de administração, assim como, o dispêndio financeiro total é inferior as

outras duas empresas orçadas.

Dando continuidade ao processo, a empresa passará a contar com o valor

de R$ 19.241,00 para ações de marketing que se achar conveniente. A utilização

da ferramenta de mídia mala-direta será a forma mais adequada, uma vez que se

trata de um público empresarial específico e que em outras vias de comunicação

os resultados não demonstram ser viáveis para negócios do tipo e-commerce.

Além disso, o treinamento disponibilizado pela fornecedora da loja virtual para

entender todo o processamento de pedidos seria focado no administrador da loja

e na força de vendas, uma vez que estes últimos seriam responsáveis pelo

suporte às empresas que atendem em cada estado e como diferencial na

conquista de novos clientes.

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Uma vez que as empresas existentes passam a entender o processo e

começam a realizar transações via site, a força de vendas passa a focar em

melhorias de processos, estudos de mercado e captação de novos clientes.

Além de aumentar seu faturamento, a marca da empresa estará presente

em outros estados, uma vez que seu mercado de atuação será a nível nacional.

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ANEXO A

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ANEXO B

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ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS

Vagner Nunes

Estagiário

José Carlos Chaves

Orientador de campo

Profº Luciano Dalla Giacomassa Orientador de estágio

Profº Nelson Zunino Duarte Responsável pelo Estágio Supervisionado