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Índice

Unidade 1 – O Brasil Colonial

Capítulo 01 – A Expansão Marítima e Colonial 05

Capítulo 02 – O Período Pré-Colonial e a Colonização do Brasil 22

Capítulo 03 – As Invasões estrangeiras no Brasil 36

Capítulo 04 – A Expansão de Fronteiras e os Jesuítas no Brasil 47

Capítulo 05 – A Economia colonial do Brasil 63

Capítulo 06 – A Escravidão e a Resistência Escrava 78

Capítulo 07 – A Nova Política Colonial Portuguesa 90

Capítulo 08 – As Revoltas e Conspirações coloniais 96

Capítulo 09 – O governo D. João e a Independência do Brasil 108

Gabaritos 150

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UNIDADE 1

BRASIL COLÔNIA

1 - Expansão Marítima e Comercial

QUESTÕES

1. (Puccamp)

Erro de português Quando o português chegou Debaixo duma bruta chuva Vestiu o índio Que pena! Fosse uma manhã de sol O índio tinha despido O português (Oswald de Andrade. "Poesias reunidas". 2. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1972) Os versos descrevem um momento histórico ligado à a) Expansão Marítima Européia. b) Revolução Industrial Inglesa. c) Crise do Antigo Regime. d) Guerra dos Cem Anos. e) Partilha Afro-Asiática. (Pucsp) "Já no século XIV a.C., os fenícios, excelentes marinheiros, detinham o monopólio do comércio de especiarias no Mediterrâneo, a tal ponto que elas foram chamadas de 'mercadorias fenícias'. (...) as especiarias partiram para Roma provenientes do Egito, no início do século II a.C. (...). A cozinha medieval usava carnes em excesso, e tanto para conservá-las como para dissimular seu gosto, quando em princípio de decomposição, apelava obrigatoriamente para as especiarias (...). Os cruzados apaixonaram-se pelas especiarias por volta do século XI, quando chegaram à Terra Santa (...)." adaptado de Fernanda de Camargo-Moro. "Veneza; O encontro do Oriente com o Ocidente". Rio de Janeiro: Record, 2003, p. 37, 39, 49, 53. 2. A busca de especiarias não ocorreu apenas na Antiguidade e na Idade Média. No início da Idade Moderna, foi um dos motivos da a) exploração do litoral do Pacífico na América. b) intensificação do comércio no Mediterrâneo. c) decadência das cidades italianas. d) busca de novas rotas para as Índias. e) hegemonia da frota naval inglesa. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO (Ufpe) Na(s) questão(ões) a seguir escreva nos parênteses a letra (V) se a afirmativa for verdadeira ou (F) se for falsa. 3. Em 1492 ocorreu um fato da maior importância histórica. Alguns historiadores consideram um "descobrimento", outros um "encontro de dois mundos." Referimo-nos à chegada dos europeus à América, sobre o que se pode afirmar: ( ) a chegada dos europeus interrompeu o desenvolvimento das civilizações e dos povos que habitavam a América; ( ) o contato entre os habitantes da América e os europeus provocou a mortandade de parte da população nativa resultando em uma das maiores catástrofes demográficas da história; ( ) vários fatores impulsionaram o "encontro entre os dois mundos": o surgimento do estado moderno, a necessidade de alimentar uma população cada vez maior e as exigências do mercantilismo em utilizar ouro e prata como meio de troca; ( ) Portugal fez-se pioneiro na expansão marítima e transformou-se numa potência superior à Espanha, tornando-se independente das monarquias francesa e inglesa; ( ) na empresa da conquista associaram-se aos reis capitais de múltiplas burguesias. 4. Considere o texto adiante. "(...) aportei em Portugal, onde o rei dali entendia no descobrir ouro mais do que qualquer outro; [mas] em quatorze anos não pude fazê-lo entender o que eu dizia." (Carta de Cristóvão Colombo, escrita em maio de 1505. In: Janaína Amado e Luiz Carlos Figueiredo. "Colombo e a América". São Paulo: Atual, 1991. p. 25)

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No contexto do renascimento do comércio europeu e das grandes navegações, o projeto de descoberta de nova rota marítima em direção ao Oriente, idealizado por "Cristóvão Colombo", suscitou várias controvérsias. A partir do texto e do conhecimento histórico, é possível afirmar que a) a Coroa portuguesa aceitou, de imediato, o projeto de Colombo, contribuindo financeiramente para sua execução, desde que o mesmo se comprometesse a anunciar, com exclusividade, o descobrimento das regiões mineradoras. b) Cristóvão Colombo recusou o financiamento proposto pela Coroa portuguesa, haja vista o interesse desta de obter 100% do lucro advindo do comércio ultramarino provindo das regiões descobertas. c) Cristóvão Colombo preferiu aceitar o financiamento proposto pela Coroa italiana para realizar sua viagem em direção à América, em razão das preocupações exclusivamente econômicas dos reis de Portugal. d) a Coroa portuguesa rejeitou o projeto de Colombo, uma vez que tinha investido recursos na rota do périplo africano, como alternativa viável para a conquista do mercado oriental. e) Cristóvão Colombo esteve prestes a abandonar a execução de projeto de circunavegação, haja vista o desinteresse das Coroas portuguesa e espanhola por seu plano fantasioso e ultrapassado. (Ufpr) Na(s) questão(ões) a seguir, escreva no espaço apropriado a soma dos itens corretos. 5. No conjunto de importantes viagens e expedições marítimas dos século XVI, as quais chamamos de "Grandes Navegações", nota-se clara preponderância dos países Ibéricos. A esse respeito, é correto afirmar: (01) As navegações do período se faziam com recurso exclusivo à bússola, uma vez que ainda não se havia iniciado o estudo da navegação astronômica, isto é, orientada através da observação dos astros. (02) As embarcações adotadas pelos portugueses e espanhóis - as galeras - eram semelhantes àquelas utilizadas pelos navegantes genoveses e venezianos. (04) Por sua localização geográfica, Portugal tornava-se particularmente indicado para promover explorações marítimas: seu litoral se encontra a meio caminho entre o Mediterrâneo e o Mar do Norte, e bastante próximo da costa africana e das ilhas atlânticas. (08) Tanto Portugal quanto Espanha podiam contar com o apoio financeiro de vários comerciantes às expedições, interessados em reatar relações diretas com o Oriente desde a queda de Constantinopla (1453). (16) A Espanha entrou com relativo atraso na disputa com os portugueses pela descoberta de novas terras, em função de sua luta contra os muçulmanos pela reconquista de territórios ibéricos. (32) A precoce centralização monárquica, a consolidação do poder central e a aliança com uma nova classe mercantil possibilitam a Portugal desde o início do século XV estimular a expansão comercial e as expedições marítimas. soma = ( ) 6. (Fuvest) Sobre o Tratado de Tordesilhas, assinado em 7 de junho de 1494, pode-se afirmar que objetivava: a) demarcar os direitos de exploração dos países ibéricos, tendo como elemento propulsor o desenvolvimento da expansão comercial marítima. b) estimular a consolidação do reino português, por meio da exploração das especiarias africanas e da formação do exército nacional. c) impor a reserva de mercado metropolitano, por meio da criação de um sistema de monopólios que atingia todas as riquezas coloniais. d) reconhecer a transferência do eixo do comércio mundial do Mediterrâneo para o Atlântico, depois das expedições de Vasco da Gama às Índias. e) reconhecer a hegemonia anglo-francesa sobre a exploração colonial, após a destruição da Invencível Armada de Felipe II, da Espanha. 7. (Cesgranrio) O descobrimento do Brasil foi parte do plano imperial da Coroa Portuguesa, no século XV. Embora não houvesse interesse específico de expansão para o Ocidente,... a) a posse de terras no Atlântico ocidental consolidava a hegemonia portuguesa neste Oceano. b) o Brasil era uma alternativa mercantil ao comércio português no Oriente. c) o desvio da esquadra de Cabral seguia a mesma inspiração de Colombo para chegar às Índias. d) a procura de terras no Ocidente foi uma reação de Portugal ao Tratado de Tordesilhas, que o afastava da América. e) essa descoberta foi mero acaso, provocado pelas intempéries que desviaram a esquadra da rota da Índia. 8. (Ufpe) Portugal e Espanha foram, no século XV, as nações modernas da Europa, portanto pioneiras nos grandes descobrimentos marítimos. Identifique as realizações portuguesas e as espanholas, no que diz respeito a esses descobrimentos. 1. Os espanhóis, navegando para o Ocidente, descobriram, em 1492, as terras do Canadá. 2. Os portugueses chegaram ao Cabo das Tormentas, na África, em 1488. 3. Os portugueses completaram o caminho para as Índias, navegando para o Oriente, em 1498. 4. A coroa espanhola foi responsável pela primeira circunavegação da Terra iniciada em 1519, por Fernão de Magalhães. Sebastião El Cano chegou de volta à Espanha em 1522. 5. Os portugueses chegaram às Antilhas em 1492, confundindo o Continente Americano com as Índias. Estão corretos apenas os itens: a) 2, 3 e 4; b) 1, 2 e 3; c) 3, 4 e 5; d) 1, 3 e 4; e) 2, 4 e 5.

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9. (Cesgranrio) Acerca da expansão marítima comercial implementada pelo Reino Português, podemos afirmar que: a) a conquista de Ceuta marcou o início da expansão, ao possibilitar a acumulação de riquezas para a manutenção do empreendimento. b) a conquista da Baía de Argüim permitiu a Portugal montar uma feitoria e manter o controle sobre importantíssima rota comercial intra-africana. c) a instalação da feitoria de São Paulo de Luanda possibilitou a montagem de grande rede de abastecimento de escravos para o mercado europeu. d) o domínio português de Piro e Sidon e o conseqüente monopólio de especiarias do Oriente Próximo tornaram desinteressante a conquista da Índia. e) a expansão da lavoura açucareira escravista na Ilha da Madeira, após 1510, aumentou o preço dos escravos, tanto nos portos africanos, quanto nas praças brasileiras. 10. (Faap) Em apenas uma alternativa é falsa a correspondência entre a data e o fato importante: a) 1315 - Tomada de Ceuta (Início das Grandes Navegações) b) 1434 - Gil Eanes chega à Índias c) 1471 - Os portugueses chegam ao Equador d) 1488 - Bartolomeu Dias chega ao Cabo da Boa Esperança e) 1498 - Vasco da Gama chega às Índias 11. (Faap) Em apenas uma alternativa é falsa a correspondência entre a data e o fato importante: a) 1380 - Tárik, chefe muçulmano, invadiu a Península Ibérica b) 1385 - Batalha de Aljubarrota com a vitória dos portugueses contra os espanhóis c) 1415 - Queda de Ceuta e início da expansão portuguesa d) 1498 - Vasco da Gama chegou às Índias e) 1500 - A expedição de Cabral chegou às costas do Brasil 12. (Unesp) Sobre os jesuítas, intimamente relacionados com a expansão européia e a realidade colonial, é correto afirmar que: a) foram expulsos de Portugal e do Brasil no reinado de D. José I. b) respeitaram as culturas alheias, mas fizeram da educação uma das tarefas menos constantes na América, na Ásia e na África.c) a Ordem dos Jesuítas nunca foi reconhecida pela Santa Sé e pelos monarcas absolutos. d) deliberadamente buscaram aniquilar os guaranis catequizados. e) foram indispensáveis na luta contra-reformista, mas não estavam sujeitos a um modelo de organização hierarquizada militarmente. 13. (Cesgranrio) Com a expansão marítima dos séculos XV/XVI, os países ibéricos desenvolveram a idéia de "império ultramarino" significando: a) a ocupação de pontos estratégicos e o domínio das rotas marítimas, a fim de assegurar a acumulação do capital mercantil; b) o estabelecimento das regras que definem o Sistema Colonial nas relações entre as metrópoles e as demais áreas do "império" para estabelecer as idéias de liberdade comercial; c) a integração econômica entre várias partes de cada "império" através do comércio intercolonial e da livre circulação dos indivíduos; d) a projeção da autoridade soberana e centralizadora das respectivas coroas e sobre tudo e todos situados no interior desse "império"; e) a junção da autoridade temporal com a espiritual através da criação do Império da Cristandade. 14. (Puc-rio) Leia as afirmativas a seguir sobre a expedição de Pedro Álvares Cabral, que saiu de Lisboa em março de 1500: I) A missão da esquadra era expandir a fé cristã e estabelecer relações comerciais com o Oriente, de modo a trazer as valiosas especiarias para Portugal; desta maneira, reunia num mesmo episódio os esforços da Coroa, da Igreja e dos grupos mercantis do Reino. II) Chegar às Índias através de um caminho inteiramente marítimo só foi possível após o longo "périplo" realizado pelas costa africana, durante o século XV, por diversos navegadores portugueses, cujos expoentes foram Bartolomeu Dias e Vasco da Gama. III) A viagem expressou a subordinação da Coroa portuguesa à Igreja Católica, na época dos descobrimentos, já evidenciada quando o Papa estabeleceu a partilha do Mundo Novo, em 1494, através do tratado de Tordesilhas. IV) Era objetivo da viagem tomar posse de terras a Oeste, de modo a assegurar o controle do Oceano Atlântico Sul e, consequentemente, da rota marítima para as Índias. Assinale a alternativa que contém as afirmativas corretas: a) somente I, II e III. b) somente I, III e IV. c) somente II, III e IV. d) somente I, II e IV. e) todas as afirmativas estão corretas. 15. (Ufmg) Leia o texto. E aproximava-se o tempo da chegada das notícias de Portugal sobre a vinda das suas caravelas, e esperava-se essa notícia com muito medo e apreensão; e por causa disso não havia transações, nem de um ducado [...] Na feira alemã de Veneza não há muitos negócios. E isto porque os Alemães não querem comprar pelos altos preços correntes, e os mercadores venezianos não querem baixar os preços [...] E na verdade são as trocas tão poucas como se não poderia prever. DIÁRIO DUM MERCADOR VENEZIANO, 1508. O quadro descrito nesse texto pode ser relacionado à a) comercialização das drogas do sertão e produtos tropicais da colônia do Brasil. b) distribuição, na Europa, da produção açucareira do Nordeste brasileiro. c) importação pelos portugueses das especiarias das Índias Orientais. d) participação dos portugueses no tráfico de escravos da Guiné e de Moçambique. 16. (Fuvest) Durante o século XVI, a Europa conheceu um processo inflacionário profundamente perturbador - conhecido como "revolução dos preços"- que provocou uma acentuada transferência de renda entre os grupos sociais e, até mesmo, entre países. Esse processo foi causado: a) pela consolidação dos Estados Absolutistas que mantinham Cortes e gastos extraordinários.

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b) pelas guerras de religião que obrigaram os Estados a constituir exércitos poderosos e caros. c) pela abertura das rotas de comércio marítimo com a Ásia, inundando a Europa com especiarias e produtos de todo tipo. d) pela chegada, em grande quantidade, de prata e ouro da América espanhola. e) pelas guerras entre as monarquias mais poderosas para conquistar a Itália e manter a hegemonia na Europa. 17. (Pucsp) "Ó mar salgado, quanto do teu sal São lágrimas de Portugal! Por te cruzarmos, quantas mães choraram, Quantos filhos em vão rezaram! Quantas noivas ficaram sem casar Para que fosses nosso, ó mar! Valeu a pena? Tudo vale a pena Se a alma não é pequena.

Quem, quer passar além do Bojador Tem que passar além da dor. Deus ao mar o perigo e o abismo deu. Mas nele é que espelhou o céu." (Fernando Pessoa, MAR PORTUGUÊS. Rio de Janeiro, José Aguilar, 1960.) O poema de Fernando Pessoa se refere à conquista dos mares pelos portugueses, o início da era moderna. Se os resultados finais mais conhecidos dessas "Grandes Navegações" foram a abertura de novas rotas comerciais em direção à Índia, a conquista de novas terras e o espalhamento da cultura européia, alguns dos elementos desse contexto histórico cuja articulação auxilia na compreensão das origens dessa expansão marítima são: a) o avanço das técnicas de navegação; a busca do mítico paraíso terrestre; a percepção do universo segundo uma ordem racional. b) o mito do abismo do mar; a desmonetarização da economia; a vontade de enriquecimento rápido. c) a busca de ouro para as Cruzadas; a descentralização monárquica; o desenvolvimento da matemática. d) a demanda de especiarias; a aliança com as cidades italianas; a ânsia de expandir o cristianismo. e) o anseio de crescimento mercantil; os relatos de viajantes medievais; a conquista de Portugal pelos mouros. 18. (Fuvest)

Na última década do século XVI, Walter Raleigh publicou um livro intitulado A DESCOBERTA DA GUIANA, no qual se referiu aos homens sem cabeça (ver ilustração) que lá viviam. Embora não os tivesse encontrado, tinha certeza de que existiam, porque "todas as crianças das províncias de Orramaia e Canuri afirmam o mesmo". Essa é uma das descrições de monstros do Novo Mundo feita por um europeu do século XVI. Aliás, a grande maioria dos navegadores da época dos descobrimentos relatou a existência de monstros na África, Ásia e América. A constante presença dessas figuras nos relatos é indicativa: a) da visão de mundo da sociedade européia da época, que mantinha a visão medieval sobre a existência das maravilhas do mundo e ainda não havia adotado a observação efetivamente científica da cultura e da natureza. b) da crença renascentista de que à "humanidade" dos europeus correspondia a bestialidade dos povos do Novo Mundo, que estariam evoluindo de animais para seres humanos. c) da permanência cultural da mitologia antiga na Europa (principalmente a mitologia nórdica), que retratava os habitantes nativos das terras do Atlântico, Pacífico e Índico como monstros. d) da convicção generalizada de que todos os não-europeus eram descendentes de Caim e portanto tinham uma anatomia monstruosa. e) de uma mitologia nova que se formou na Europa Renascentista, resultante das alucinações sofridas por todos os navegadores diante da tensão provocada pelo desconhecido. 19. (Unesp) A transição gradativa do Mundo Medieval para o Mundo Moderno dependeu da conjugação de inúmeros fatores, europeus e extra-europeus, que ganharam dimensões e características novas. A inserção do Mundo não-europeu no contexto do colonialismo mercantilista, inaugurado pelos grandes descobrimentos, contribuiu para: a) a aceitação, sem resistência, da tutela cultural que o europeu pretendeu exercer sobre os povos da África e da Ásia. b) acarretar profunda contenção na expansão civilizatória do Mundo Pré-Colombiano. c) o indígena demonstrar sua inadaptabilidade racial para o trabalho. d) que o tráfico negreiro, operação comercial rentável, fosse determinado pela apatia e preguiça do ameríndio. e) a montagem de modelo político-administrativo caracterizado pela não intervenção do Estado Absoluto na vida das colônias. 20. (Fuvest) No processo de expansão mercantil europeu dos séculos XV e XVI, Portugal teve importante papel, chegando a exercer durante algum tempo a supremacia comercial na Europa. Todavia "em meio da aparente prosperidade, a nação empobrecia. Podiam os

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empreendimentos da coroa ser de vantagem para alguns particulares (...)" (Azevedo, J. L. de, ÉPOCAS DE PORTUGAL ECONÔMICO, Livraria Clássica Editora, pág.180) Ao analisarmos o processo de expansão mercantil de Portugal concluímos que: a) a falta de unidade política e territorial em Portugal determinava a fragilidade econômica interna. b) a expansão do império acarretava crescentes despesas para o Estado, queda da produtividade agrícola, diminuição da mão-de-obra, falta de investimentos industriais, afetando a economia nacional. c) a luta para expulsar os muçulmanos do reino português, que durou até o final do século XV, empobreceu a economia nacional que ficou carente de capitais. d) a liberdade comercial praticada pelo Estado português no século XV levou ao escoamento dos lucros para a Espanha, impedindo seu reinvestimento em Portugal. e) o empreendimento marítimo português revelou-se tímido, permanecendo Veneza como o principal centro redistribuidor dos produtos asiáticos, durante todo o século XVI. 21. (Cesgranrio) Assinale a opção que caracteriza a economia colonial estruturada como desdobramento da expansão mercantil européia da época moderna: a) A descoberta de ouro no final do século XVII aumentou a renda colonial, favorecendo o rompimento dos monopólios que regulavam a relação com a metrópole. b) O caráter exportador da economia colonial foi lentamente alterado pelo crescimento dos setores de subsistência, que disputavam as terras e os escravos disponíveis para a produção. c) A lavoura de produtos tropicais e as atividades extrativas foram organizadas para atender aos interesses da política mercantilista européia. d) A implantação da empresa agrícola representou o aproveitamento, na América, da experiência anterior dos portugueses nas suas colônias orientais. e) A produção de abastecimento e o comércio interno foram os principais mecanismos de acumulação da economia colonial. 22. (Faap) Uma destas datas está errada: a) 1212 - Bartolomeu Dias dobrou o Cabo da Boa Esperança b) 1492 - Colombo chegou ao continente americano c) 1494 - Assinatura do Tratado de Tordesilhas entre Portugal e Espanha d) 1513 - Balboa descobriu o Oceano Pacífico e) 1532 - São Vicente foi fundada por Martin Afonso de Sousa 23. (Faap) Leia o mapa da expansão marítima européia:

O traço contínuo indica a viagem de: a) Pedro Álvares Cabral b) Vasco da Gama c) Bartolomeu Dias d) Cristóvão Colombo e) Gil Eanes 24. (Faap) Leia o mapa da expansão marítima européia: Os traços - - - - - -- - - -- indicam a viagem de: a) Pedro Álvares Cabral b) Vasco da Gama c) Bartolomeu Dias d) Cristóvão Colombo e) Gil Eanes

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25. (Faap) Leia o mapa da expansão marítima européia:

Os pontos ............... indicam a viagem de: a) Pedro Álvares Cabral b) Vasco da Gama c) Bartolomeu Dias d) Cristóvão Colombo e) Gil Eanes

26. (Faap) "Os Lusíadas" de Camões, publicado em 1572, narra a viagem do herói português, representada graficamente assim: a) __________ b) --------------- c) ..................... d) --------------- e ....................... e) __________ ; ---------------; ....................... 27. (Ufpe) A chegada dos portugueses à Índia alarmava os venezianos que então dominavam o comércio das especiarias, pelo Mediterrâneo. Com relação ao período expansionista dos estados nacionais europeus, assinale a alternativa incorreta: a) Os esforços da Escola de Sagres foram, em parte, responsáveis pela utilização do astrolábio, entre outros instrumentos de navegação, e pelas viagens de expansão ultramarina portuguesa. b) A centralização do poder e a formação dos estados nacionais europeus têm uma estreita relação com o desenvolvimento econômico comercial. c) Os reis limitavam o poder da Igreja em seus territórios, pois atribuíam-se o direito de investidura dos bispos, sem consultar o papa. d) Os reis borgonheses conseguiram muito tarde a centralização política do reino devido às lutas constantes contra os árabes. e) A burguesia portuguesa desenvolveu suas atividades em cidades litorâneas em função da pesca e depois do comércio entre o Mediterrâneo e o Mar do Norte. 28. (Fuvest) "Esta palavra já não pode ter o sentido original. No âmbito de uma História total, significa (e não pode significar outra coisa) a promoção do Ocidente numa época em que a civilização da Europa ultrapassou, de modo decisivo, as civilizações que lhe eram paralelas. No tempo das primeiras Cruzadas, a técnica e a cultura de árabes e chineses igualavam, e suplantavam até, a técnica e a cultura dos ocidentais. Em 1600 já não era assim." (Jean Delumeau) A palavra a que se refere o autor e que designa um importante fenômeno histórico é a) Descobrimentos. b) Capitalismo. c) Renascimento. d) Iluminismo. e) Absolutismo.

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29. (Mackenzie) As razões do pioneirismo português na Expansão Marítima dos séculos XV e XVI foram: a) a invasão da Península Ibérica pelos árabes e a conquista de Calicute pelos turcos. b) a assinatura do Tratado de Tordesilhas por Portugal e pelos demais países europeus. c) um Estado Liberal centralizado, voltado para a acumulação de novos mercados consumidores. d) As guerras religiosas, a descentralização política do Estado e o fortalecimento dos laços servis. e) uma monarquia centralizada, interessada no comércio de especiarias. 30. (Fatec) "Popular e patriótica, a sublevação de 1363 despertaria as tensões mais profundas da sociedade portuguesa, na luta que se seguiu. De um lado, enfileiravam-se as tropas de Castela e dos senhorios mais poderosos. De outro, a burguesia mercantil, a pequena nobreza militar, o populacho das cidades e a 'arraia-miúda' dos campos. Os camponeses atacavam e saqueavam os castelos, vingando-se da prepotência fidalga e da miséria. Mas a decisão da luta estaria nas mãos dos ricos burgueses de Lisboa e do Porto. Estimulados por Álvaro Pais, estes abriram seus cofres: a decisão de quase dois anos de lutas, no campo de batalha, dependia muito de dinheiro para armar os seguidores do Mestre de Avis de fundos, para contratar arqueiros ingleses que enfrentassem a poderosa cavalaria castelhana. Durante o ano de 1384, as forças do 'Mestre', aclamado 'Defensor e Regedor do Reino', alcançaram inúmeras vitórias, apesar de atacadas por terra e por mar." (MENDES Jr., Antônio, Brasil - texto e consulta. São Paulo, Brasiliense, s.d. v. 1, p. 47.) A Revolução de Avis (1383/85), tratada no texto acima, possibilitou que Portugal tivesse uma posição pioneira na expansão marítima, em virtude: a) do domínio lusitano sobre as rotas que ligavam o mar Mediterrâneo aos centros comerciais do Mar do Norte. b) da influência que a burguesia mercantil passou a ter junto ao poder central. c) da política seguida por D. Fernando, o Formoso, apoiando as expedições marítimas. d) da liberalização do processo político, como forma de superar a crise feudal. e) da perda de controle, pelo Estado centralizado, do capitalismo comercial. 31. (Cesgranrio) Foram inúmeras as conseqüências da expansão ultramarina dos europeus, gerando uma radical transformação no panorama da história da humanidade. Sobressai como UMA importante conseqüência: a) a constituição de impérios coloniais embasados pelo espírito mercantil. b) a manutenção do eixo econômico do Mar Mediterrâneo com acesso fácil ao Oceano Atlântico. c) a dependência do comércio com o Oriente, fornecedor de produtos de luxo como sândalo, porcelanas e pedras preciosas. d) o pioneirismo de Portugal, explicado pela posição geográfica favorável. e) a manutenção dos níveis de afluxo de metais preciosos para a Europa. 32. (Ufrs) O processo de formação do Estado Nacional na Península Ibérica está diretamente ligado à Reconquista, que significou a) cobrança de impostos efetivada pelas casas reinantes aos invasores turcos. b) formação de exércitos nacionais para enfrentar o particularismo feudal. c) luta dos cristãos para recuperar os territórios ocupados pelos muçulmanos. d) confisco dos bens da Igreja para aumentar o poder feudal. e) ocupação de territórios invadidos por proprietários rurais e pela burguesia comercial urbana. 33. (Unirio) Ao longo dos séculos XV e XVI desenvolveram-se na Europa as Grandes Navegações, que lançaram algumas nações à descoberta de novas terras e continentes. A expansão ultramarina acarretou o(a): a) fortalecimento do comércio mediterrâneo e das rotas terrestres para o oriente. b) fim dos monopólios reais na exploração de diversas atividades econômicas, tais como o sal e o diamante. c) declínio das monarquias nacionais apoiadas por segmentos citadinos burgueses. d) superação dos entraves medievais com o desenvolvimento da economia mercantil. e) consolidação política e econômica da nobreza provincial ligada aos senhorios e à propriedade fundiária. 34. (Mackenzie) "Valeu a pena? Tudo vale a pena Se a alma não é pequena. Quem quer passar além do Bojador Tem que passar além da dor. Deus ao mar o perigo e o abismo deu, Mas nele é que espelhou o céu". (Fernando Pessoa) O significado de "passar além do Bojador", nas primeiras décadas do século XV, é: a) ultrapassar a "barreira" que, segundo a tradição grega, era o limite máximo para navegar sem o perigo de ser atacado por monstros marinhos, permitindo aos navegantes portugueses atingir a Costa da Guiné. b) Conquistar Ceuta e encontrar o "Eldorado", lendária terra repleta de prazeres e riquezas, superando os mitos vinculados ao longo da Idade Média. c) Conquistar a cidade africana de Calicute, importante feitoria espanhola responsável por abastecer o mercado oriental de produtos de luxo. d) Suportar o escaldante sol equatorial, as constantes tempestades marítimas e o "mar tenebroso" das ilhas da América Central. e) "Dobrar" o Cabo da Boa Esperança, por Vasco da Gama, aventura marítima coberta de mitos e lendas sobre a existência do "Paraíso" ou "Éden".

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35. (Unesp) "A conquista de Ceuta foi o primeiro passo na execução de um vasto plano, a um tempo religioso, político e econômico. A posição de Ceuta facilitava a repressão da pirataria mourisca nos mares vizinhos; e sua posse, seguida de outras áreas marroquinas, permitiria aos portugueses desafiar os ataques muçulmanos à cristandade da Península Ibérica." (João Lúcio de Azevedo. "Época de Portugal econômico: esboços históricos".) De acordo com o texto, é correto interpretar que: a) a expansão marítima portuguesa teve como objetivo expulsar os muçulmanos da Península Ibérica. b) a influência do poder econômico marroquino foi decisiva para o desenvolvimento das navegações portuguesas. c) o domínio dos portugueses sobre Ceuta era parte de um vasto plano para expulsar os muçulmanos do comércio africano e indiano. d) a expansão marítima ibérica visava cristianizar o mundo muçulmano para dominar as rotas comerciais africanas. e) o domínio de territórios ao norte da África foi uma etapa fundamental para a expansão comercial e religiosa de Portugal. 36. (Unb) Julgue os itens que se seguem, relativos às modificações operadas na Europa Ocidental e, particularmente, em Portugal, no início da Idade Moderna. (1) A expansão agrícola foi possível graças à abertura de novas regiões cultivadas, com a derrubada de florestas, a secagem de pântanos e o incentivo da expansão comercial. (2) Múltiplos fatores - a experiência acumulada no comércio de longa distância, o papel do Infante Dom Henrique e de sua lendária Escola de Sagres, a atração pelo mar, o interesse das novas classes sociais e os elementos internos da história política portuguesa - explicam o pioneirismo luso na expansão ultramarina. (3) O desenvolvimento das técnicas de navegação - como o aperfeiçoamento do astrolábio, do quadrante e de uma nova arquitetura naval que levaria à construção da caravela - é fator relevante para a compreensão da expansão marítima e comercial portuguesa. (4) A ocupação das costas africanas e das ilhas do Atlântico pelos portugueses alicerçou incursões mais ao Ocidente e a chegada destes ao Brasil. TOTAL: ( ) 37. (Unb) "Estamos presenciando o início do terceiro ciclo do processo de globalização. O primeiro ciclo se iniciou com as descobertas de Vasco da Gama e Colombo, abrindo um período de expansão mercantilista da Europa. O segundo ciclo correspondeu ao desenvolvimento da Revolução Industrial, que conduziria ao desigual intercâmbio entre produtos manufaturados da Europa e produtos primários dos demais países. O terceiro e atual ciclo corresponde à revolução tecnológica de meados deste século e está conduzindo ao assimétrico relacionamento entre países de alta e de baixa competitividade". (Hélio Jaguaribe. JORNAL DO BRASIL, 28/8/97.) Com o auxílio das informações do texto, julgue os itens que se seguem, referentes ao processo histórico de internacionalização da economia. (1) A expansão marítimo-comercial dos séculos XV e XVI, liderada pelos países ibéricos, abriu novas perspectivas à exploração econômica européia, quer ativando áreas de contato no Oriente, quer incorporando a América, recém-descoberta. (2) A Revolução Industrial, iniciada pela Inglaterra na segunda metade do século XVIII, consolidou o capitalismo como sistema dominante, impulsionando sua universalização. (3) Um ponto em comum entre os três ciclos do processo de internacionalização da economia é a tendência à superação das desigualdades entre áreas centrais e periféricas. (4) No estágio atual de uma economia altamente globalizada, as precárias condições de competitividade apresentadas por muitos países são compensadas pela inexistência de barreiras protecionistas por parte dos países tecnologicamente mais avançados. 38. (Pucpr) "Os navegadores dos séculos XV e XVI deixaram o Mundo menor e o Homem maior". Analise o mapa abaixo e relacione os roteiros com seus respectivos navegadores. .

a) 1 - Pedro Álvares Cabral (1500) 2 - Bartolomeu Dias (1487) b) 2 - Pedro de Covilhã (1487) 3 - Fernão de Magalhães (1519) c) 1 - Vasco da Gama (1498) 2 - Pedro Álvares Cabral (1487) d) 1 - Fernão de Magalhães (1519) 3 - Américo Vespúccio (1519) e) 2 - Américo Vespúccio (1492) 4 - Cristóvão Colombo (1492)

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39. (Uerj) O mundo conhecido pelos europeus no século XV abrangia apenas os territórios ao redor do Mediterrâneo. Foram as navegações dos séculos XV e XVI que revelaram ao Velho Mundo a existência de outros continentes e povos. Um dos objetos dos europeus, ao entrarem em comunicação com esses povos, era a: a) busca de metais preciosos, para satisfazer uma Europa em crise. b) procura de escravos, para atender à lavoura açucareira nos países ibéricos. c) ampliação de mercados consumidores, para desafogar o mercado saturado. d) expansão da fé cristã, para combater os infiéis convertidos ao protestantismo. 40. (Fatec) Considere as seguintes afirmações. I. Com a descoberta do caminho para as Índias, contornando a África, Portugal passou a dominar o comércio de especiarias, beneficiando a burguesia. II. Enquanto os portugueses exploravam a costa africana e descobriam o caminho para as Índias, os espanhóis, na audaciosa viagem de Colombo, tinham por objetivo atingir a China através do Atlântico. III. O plano de Cristóvão Colombo para atingir as Índias consistia em chegar a oeste viajando no sentido leste. IV. Entre 1497 e 1498, Vasco da Gama completou a epopéia marítima portuguesa, aportando em Calicute, nas Índias. Dessas afirmações, a) somente uma está correta. b) somente duas estão corretas. c) somente três estão corretas. d) todas estão corretas. e) nenhuma está correta. 41. (Unirio) Inúmeros escritores e poetas portugueses retrataram o imaginário que acompanhou o homem ibérico na sua aventura pelos mares nunca dantes navegados. Temores e fantasias não o impediram de se lançar às águas do mar Oceano, arriscando-se em busca, principalmente, de: a) novos caminhos para o Oriente, novos mercados, metais preciosos e propagar a fé cristã. b) escravos africanos, cana-de-açúcar, metais preciosos e catequizar os indígenas. c) escravos e ouro, desvendar os segredos dos mares e descobrir correntes marítimas desconhecidas. d) ouro e marfim, expandir o protestantismo e romper o monopólio árabe-veneziano no Mediterrâneo. e) pau-brasil, testar os novos conhecimentos náuticos e conhecer novas rotas. 42. (Uff) No ano de 1998 comemoraram-se os quinhentos anos da chegada de Vasco da Gama às Índias, fato considerado como um dos marcos das grandes navegações e descobrimentos que antecederam a descoberta e a colonização do "Novo Mundo". Assinale a opção que revela uma característica da colonização espanhola na América. a) Criação de Universidades por toda a área de colonização com o propósito de ilustrar as elites indígenas americanas para consolidar o domínio colonial. b) Redirecionamento da política colonial no Novo Mundo tendo como fato determinante o florescimento do comércio com as Índias. c) Exploração da mão-de-obra negra escrava por meio de instituições como o "repartimiento" com o objetivo de atender às demandas de produtos primários da Europa. d) Divisão do território ocupado em sesmariais com o intuito de extrair maior volume de prata e ouro do subsolo. e) Fundação de uma rede de cidades estendida por toda a área ocupada, formando a espinha dorsal do sistema administrativo e militar. 43. (Pucmg) O expansionismo marítimo europeu, nos séculos XV-XVI, gerou uma autêntica "Revolução Comercial", caracterizada por, EXCETO: a) incorporação de áreas do continente americano e africano às rotas tradicionais do comércio. b) ascensão das potências mercantis atlânticas, como Portugal e Espanha. c) afluxo de metais preciosos da América para o Oriente, resultante do escambo de mercadorias. d) deslocamento parcial do eixo econômico do Mediterrâneo para o Atlântico. e) perda do monopólio do comércio de especiarias por parte dos italianos. 44. (Pucmg) Os descobrimentos dos Tempos Modernos constituíram-se num desdobramento da Expansão Ultramarina. Nesse contexto, a América era, EXCETO: a) o filho esperado que permitia aos ibéricos formalizar seus sonhos. b) propriedade dos reis ibéricos, por direito divino, antes mesmo de ser descoberta. c) uma oportunidade para os ibéricos transplantarem seus valores culturais. d) um desafio para os ibéricos transformarem as suas visões imagéticas em realidade. e) o Paraíso que se identificava com os valores de igualdade e liberdade dos ibéricos. 45. (Pucmg) Em fins da Idade Média, difícil seria imaginar que os mareantes portugueses e espanhóis, nas viagens de exploração pelo mundo, pudessem contribuir para a formação do capitalismo porque, EXCETO: a) os investimentos nas expedições marítimas eram elevados e de alto risco. b) a arte de navegação era precária e sofria a influência das interpretações proféticas sobre os oceanos. c) as informações sobre a existência de outras civilizações eram confusas e fantasiosas. d) os tripulantes eram supersticiosos transformando qualquer sinal que surgia em maus presságios. e) os ibéricos vinham sofrendo sucessivas derrotas na luta contra os muçulmanos pela posse da península.

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46. (Fei) O processo de expansão marítima da Península Ibérica iniciou-se ainda nos fins da Idade Média. A Espanha, ainda dividida e tendo parte de seu território ocupado pelos mouros "andou atrás" de Portugal. Podemos afirmar que foram fatores decisivos do pioneirismo português em termos expansionistas EXCETO: a) o processo de centralização política e administrativa precoce do país, a partir da Revolução de Aviz b) a presença de uma nobreza fortalecida que, a partir dos impostos feudais, propiciou o capital necessário à empreitada expansionista c) a formação de quadros preparados para as grandes aventuras marítimas na Escola de Sagres d) o contato e o aproveitamento da cultura moura por parte dos portugueses e) o incentivo governamental à expansão 47. (Ufes)

Na EXPO'98, Portugal comemorou os 500 anos da descoberta de uma rota marítima para as Índias, que se deu graças ao domínio de novos conhecimentos náuticos. Contribuiu para isso a a) decadência da política mercantilista e a adoção de uma diretriz industrialista que facilitaram a fabricação, em larga escala, de instrumentos náuticos. b) descentralização do poder e a derrubada do domínio dos castelhanos em Portugal, fato que atrasava o desenvolvimento náutico do país. c) participação da nobreza, que reprimiu A Revolução de Avis e impediu a ascensão do grupo mercantil ao poder, pois os burgueses não reconheciam a tradição naval de Portugal. d) expansão que Portugal viabilizou, graças aos investimentos da Inglaterra interessada na obtenção de matérias-primas para sua indústria. e) criação de um centro de reunião de navegantes em Sagres, que foi responsável pela introdução de novas técnicas de navegação. 48. (Uece) A descoberta de novas terras por navegadores portugueses e espanhóis alimentou a imaginação dos europeus e fomentou uma visão paradisíaca do novo mundo. Com respeito a esta "visão do paraíso" nos trópicos, é correto afirmar: a) os europeus esperavam encontrar monstros e outras entidades mitológicas, o que se confirmou na presença de animais pré-históricos e seres humanos estranhos. b) os temores com relação ao inesperado levavam muitas vezes os europeus a demonstrar uma violência desumana contra os nativos do chamado Novo Mundo. c) as descrições dos novos territórios, com suas florestas exuberantes e seus pássaros exóticos, vinham confirmar as expectativas de descoberta do Paraíso na Terra. d) o encontro com seres de uma nova cultura, em um ambiente natural diferente, criou um clima propício ao entendimento mútuo e ao respeito pela vida humana, como era pregado pelos religiosos europeus. 49. (Ufsm) O ano de 1998 marca os quinhentos anos do Descobrimento do Brasil, pois, "Em 1498, D. Manuel ordenava que Duarte Pacheco Pereira navegasse pelo Mar Oceano, a partir das ilhas de Cabo Verde até o limite de 370 léguas [estipuladas pelo Tratado de Tordesilhas]. É esta a primeira viagem, efetivamente conhecida pelos portugueses, às costas do litoral norte do Brasil" (FRANZEN, Beatriz. A presença portuguesa no Brasil antes de 1500. In: ESTUDOS LEOPOLDENSES. São Leopoldo: Unisinos, 1997. p. 95.). Esse fato fez parte a) da expansão marítimo-comercial européia, que deslocou o eixo econômico do Mediterrâneo para o Atlântico. b) da expansão capitalista portuguesa, em sua fase mercantil-colonial plenamente consolidada no Brasil. c) do avanço marítimo português, tendo Duarte Pacheco Pereira papel relevante na espionagem e pirataria no Atlântico. d) do processo de instalação de feitorias no Brasil, pois Duarte Pacheco Pereira instalou a primeira feitoria, ou seja, São Luiz do Maranhão. e) das expedições exploradas do litoral brasileiro, cujo papel de reconhecimento econômico e geográfico coube a Duarte Pacheco Pereira. 50. (Ufsc) Américo Vespúcio, em Carta enviada de Lisboa a Lorenzo di Pier Francesco de Medici, em setembro de 1502, refere-se aos habitantes da América com os seguintes termos: Não têm lei, nem fé nenhuma, e vivem segundo a natureza. Não conhecem a imortalidade da Alma, não têm entre eles bens próprios, porque tudo é comum; não tem limites de reinos, e de províncias; não têm rei; não obedecem a ninguém, cada um é senhor de si; nem favor, nem graça a qual não lhes é necessária, porque não reina entre eles a cobiça; moram em comum em casas feitas à moda de cabanas muito grandes, e para gente que não têm ferro, nem outro metal qualquer, se pode dizer as suas cabanas, ou casas maravilhosas, porque eu vi casas que são longas duzentos e vinte passos, e larguras 30, e habilmente fabricadas, e numa destas casas estavam quinhentas ou seiscentas almas. [...] As suas comidas raízes de ervas e frutas muito boas, inúmeros peixes, grande abundância de mariscos; e caranguejos, ostras, lagostas, e camarões, e muitas outras coisas, que produz o mar.

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Com base nos fragmentos mencionados da Carta de Américo Vespúcio, marque a(s) proposição(ões) CORRETA(S) acerca dos habitantes na América: 01. dominavam técnicas de construção que lhes permitia erguer grandes cabanas, sem a utilização de estruturas de metal. 02. não possuíam bens materiais, nem conheciam limites territoriais. 04. residiam em choupanas de palha e madeira, nas quais as condições higiênicas eram precárias. 08. viviam como animais, impulsionados pela cobiça e preocupados apenas com a sobrevivência individual. 16. passavam dificuldades econômicas, pois eram precários os recursos alimentares oferecidos pela natureza. 32. dispunham com fartura de vários tipos de alimentos de origem vegetal e animal. 51. (Ufsc) Ó mar salgado, quanto do teu sal São lágrimas de Portugal! Por ter cruzarmos, quantas mães choraram, Quantos filhos em vão rezaram! Quantas noivas ficaram por casar Para que fosses nosso, ó mar! Valeu a pena? Tudo vale a pena Se a alma não é pequena. Quem quer passar além do Bojador Tem que passar além da dor. Deus ao mar ao perigo e o abismo deu, Mas nele é que espelhou o céu. PESSOA, Fernando apud SARONI, Fernando. "Registrando a História." Volume 1, São Paulo, Editora FTD, 1997. Tendo o texto por referência, assinale a(s) proposição(ões) VERDADEIRA(S). 01. A poesia refere-se às navegações portuguesas, entre as quais a viagem de Pedro Álvares Cabral, em 1500. 02. As navegações portuguesas foram um fato isolado da História da Europa, uma vez que só os portugueses dispunham, na época, de capitais, tecnologia e motivação para empreendê-las. 04. Segundo o poeta, as navegações, por seus perigos, causaram grande sofrimento às mães, filhos e noivas dos marinheiros que se arriscaram para que o mar fosse conquistado pelos portugueses. 08. A poesia refere-se ao Bojador, primeira conquista portuguesa, uma colônia árabe ao sul da Península Ibérica, conquistada a mando do rei de Portugal. 16. O sacrifício "valeu a pena" para Portugal. Basta mencionar que as descobertas portuguesas permitiram a acumulação de capital que, já no século XVII, possibilitou o início da industrialização em solo português. 32. As navegações portuguesas dos séculos XV e XVI tiveram como objetivo conquistar o litoral africano e retomar a posse das colônias americanas que tinham sido conquistadas pelos mouros. 52. (Unirio) "A 16 de setembro, vimos flutuar pequenos maços de ervas marinhas que pareciam ainda frescas..., o que fez todos acreditarem que a terra se aproximava." (COLOMBO, Cristóvão. In: ISAAC, J. & ALBA, "A História Universal - Idade Média". São Paulo, Mestre Jou, 1967, p.193) Este breve fragmento, extraído do diário de bordo escrito em 1492 por Cristóvão Colombo, tem um significado especial no processo de expansão das fronteiras européias. Podemos afirmar que a chegada à América faz parte do processo da(o): a) expansão da economia mercantil e do fortalecimento da classe burguesa. b) ampliação do movimento da Reconquista e da consolidação dos Reinos Cristãos Ibéricos. c) decisão tomada no Tratado de Tordesilhas e do fortalecimento econômico da Espanha. d) utilização de novas rotas em direção ao Oriente e da tomada de Constantinopla pelos turcos. e) descobrimento das novas técnicas de navegação e da assinatura da Bula Inter Coetera. 53. (Unb) Vasco da Gama singrou águas de dois oceanos, aportou em três continentes e desembarcou em terras sofisticadas, eventualmente até mais desenvolvidas, em vários aspectos, que a sua pátria lusitana. Ao fazê-lo, não apenas abriu as portas para os chamados descobrimentos portugueses, mas deu início ao período que alguns historiadores chamam de "era da dominação européia na História". A partir dessas informações, julgue os itens que se seguem. (1) Além de obter acesso aos condimentos indispensáveis à conservação dos alimentos, como o cravo, a canela e a pimenta, a expansão marítimo-comercial portuguesa promoveu a escravização do trabalho humano e o alargamento das fronteiras mercantis européias. (2) A exploração colonial dos Tempos Modernos favoreceu, ainda que de forma desigual, o crescimento social e econômico europeu e possibilitou a acumulação de riqueza necessária para o processo industrial dos séculos XVIII e XIX. (3) O que se convencionou denominar neocolonialismo conservou as mesmas estruturas do antigo colonialismo, embora sob a égide de uma nova orientação política e financeira: o absolutismo reinou e o mercantilismo exclusivista. (4) As teses liberais do século XIX, à revelia das críticas ortodoxas, estimularam as intervenções do Estado nos negócios comerciais e financeiros, o que fortaleceu os laços de dependência das colônias americanas às metrópoles européias. 54. (Uerj) Navegar é preciso, viver não é preciso. Este era o lema dos antigos navegadores, pois embarcar nos navios da rota dos índias ou do Brasil, entre os séculos XV e XVI, era realmente uma aventura. Uma das explicações para o pioneirismo português nessa aventura marítima é: a) o espírito de Cruzada, resultante da presença de uma burguesia mercantil à procura de terras. b) o processo de reconquista do território português, em decorrência do Guerra dos Cem Anos contra a França. c) a constituição da primeira monarquia absolutista dos tempos modernos, em virtude da aliança entre a nobreza e a Coroa portuguesas.

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d) a integração do país ao circuito do grande comércio europeu, com a criação de novas rotas entre as cidades italianas e o norte da Europa. 55. (Ufsc) Leia o texto que descreve os fenômenos da mitologia que ajudaram a construir o fatalismo geográfico representado pelo Cabo Bojador.

DO OUTRO LADO DO MAR TENEBROSO

Águas fervilhantes, ares envenenados, animais fantásticos e canibais monstruosos espreitavam a imaginação dos que desciam o

Atlântico em direção ao sul. Quando o navegador da Ordem de Cristo Gil Eanes passou o Cabo Bojador, um pouco ao sul das ilhas Canárias, em 1434, mais do que realizar um avanço náutico, estava desmontando uma mitologia milenar. Acreditava-se que depois do cabo, localizado no que é hoje o

Saara Ocidental, começava o Mar Tenebroso, onde a água fumegava sob o sol, imensas serpentes comeriam os desgraçados que caíssem no oceano, o ar seria envenenado, os brancos virariam pretos, haveria cobras com rostos humanos, gigantes, dragões e canibais com a

cabeça no ventre. O estrondo das ondas nos penhascos do litoral, que podia ser ouvido a quilômetros de distância, as correntes fortíssimas e as névoas de

areia reforçavam o pânico dos pilotos. Quando finalmente reuniu coragem e viu que do outro lado não havia nada de especial, Eanes abriu o caminho para o sul.

"Super Interessante", fevereiro de 1998, p.39. Assinale a(s) proposição(ões) correta(s): 01. Até 1434, o Cabo Bojador e a mitologia que o envolveu, simbolizavam um limite para a navegação. 02. O fatalismo geográfico, representado pelo Cabo Bojador, serviu como elemento impulsionador das grandes navegações portuguesas. 04. Acreditava-se que para além do Cabo Bojador, as águas do mar ferviam e os que ousassem ultrapassar aquele limite não poderiam regressar, pois pereceriam na Terra do Mestre João. 08. Estavam certos os navegantes ao acreditarem que, para além do Cabo Bojador, o Oceano era tão revolto e as correntes marítimas tão violentas, que impediam o retorno daqueles que ousassem ultrapassá-lo. 16. Portugueses e espanhóis alcançaram sucesso nas grandes navegações, pois jamais acreditaram na impossibilidade de navegar fora dos limites do Cabo Bojador. 32. O Oceano Atlântico também foi chamado por muito tempo de Mar Tenebroso, pois acreditava-se que nas suas águas ferventes ocultavam-se muitos mistérios. 56. (Pucmg) A expansão ultramarina dos países ibéricos, no início dos Tempos Modernos, apresenta como motivações, EXCETO: a) necessidade de conseguir novos mercados de produtos orientais. b) procura de um caminho marítimo para as Índias. c) a existência de grandes riquezas no continente americano. d) interesse pela difusão do cristianismo entre povos infiéis. 57. (Ufscar) Antes deste nosso descobrimento da Índia, recebiam os mouros de Meca muito grande proveito com o trato da especiaria. E assim, o grande sultão, por mor dos grandes direitos que lhe pagavam. E assim também ganhava muito Veneza com o mesmo trato, que mandava comprar a especiaria a Alexandria, e depois a mandava por toda a Europa. (Fernão Lopes de Castanheda, "História do descobrimento e conquista da Índia pelos portugueses" (1552-1561), citado por Inês da Conceição Inácio e Tânia Regina de Luca, "Documentos do Brasil Colonial". SP: Ática, 1993, p. 19.) O texto refere-se a) à união política e militar entre venezianos e mouros, contrários às navegações portuguesas. b) à chegada dos navegantes portugueses à Índia, comprovando empiricamente a esfericidade da Terra. c) ao enriquecimento do grande sultão muçulmano, às custas do empobrecimento das cidades italianas. d) ao deslocamento do comércio lucrativo de especiarias da região do Mar Mediterrâneo para o Oceano Atlântico. e) ao projeto de expansão marítima da coroa portuguesa, preocupada em difundir a fé cristã. 58. (Ufpe) Assinale a alternativa que não se relaciona com o movimento de expansão marítima portuguesa. a) No início da Idade Moderna, o oceano Atlântico era praticamente desconhecido, havendo navegações costeiras de Portugal aos países escandinavos: Dinamarca, Noruega e Suécia. b) Investimentos altos foram necessários à expansão portuguesa. O Estado foi o único agente capaz de investir grandes vultos, advindos de impostos recolhidos sobre a propriedade da terra. c) A unificação Italiana foi um dos pré-requisitos para a expansão marítima. d) A conquista de Ceuta em 1415 significou uma aliança de interesses entre a burguesia e a nobreza portuguesa cujos objetivos eram convergentes, na época. e) Os lucros comerciais atingidos com as expedições portuguesas de 1415 e 1460 na costa africana, foram superiores aos gastos realizados nesses empreendimentos. 59. (Pucsp) "Quem quer passar além do Bojador, Tem que passar além da dor. Deus ao mar o perigo e o abismo deu, Mas nele é que espelhou o céu." Fernando Pessoa, Mar Português, in "Obra poética". Rio de Janeiro, Editora José Aguilar, 1960, p.19. O trecho de Fernando Pessoa fala da expansão marítima portuguesa. Para entendê-lo, devemos saber que

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a) "Bojador" é o ponto ao extremo sul da África e que atravessá-lo significava encontrar o caminho para o Oriente. b) a "dor" representa as doenças, desconhecidas dos europeus, mas existentes nas terras a serem conquistadas pelas expedições. c) o "abismo" refere-se à crença, então generalizada, de que a Terra era plana e que, num determinado ponto, acabaria, fazendo caírem os navios. d) a menção a "Deus" indica a suposição, à época, de que o Criador era contrário ao desbravamento dos mares e que puniria os navegadores. e) o "mar" citado é o Oceano Índico, onde estão localizadas as Índias, objetivo principal dos navegadores. 60. (Fatec) Sobre a Expansão Marítima Espanhola é correto afirmar: a) a luta pela Reconquista de Ceuta, tomada pelos portugueses em 1415, impossibilitou a saída da Espanha como pioneira na Expansão Marítima Européia. b) pioneira na Península Ibérica, a Espanha pôde, a partir da constituição de seu Estado Nacional, assegurar recursos para este arriscado empreendimento. c) a luta pela Reconquista, a orientação aragonesa para empreendimentos no Mediterrâneo e a ausência de uma unidade política e territorial impossibilitaram à Espanha, em um primeiro momento, a investida no Atlântico. d) a Espanha, desde a conquista de Ceuta, em 1415, tornou-se a pioneira na investida marítima pelo Atlântico. e) a constituição do Estado Nacional Espanhol a partir da união de Castela, Aragão, Granada e Navarra possibilitou a organização do capital necessário para o pioneirismo deste país nas navegações do século XV. 61. (Pucpr) Na época dos descobrimentos marítimos ocorridos nos finais do século XV e no século XVI formaram-se os Impérios Coloniais Português e Espanhol. Assinale a alternativa correta: a) Das classes sociais ibéricas foi a nobreza que mais lucrou com as atividades marítimas. b) As principais navegações ibéricas ocorreram, também, devido aos avanços tecnológicos, antes da unificação de Portugal e Espanha. c) Trigo, centeio e cevada, encontrados em larga escala em solo americano e embarcados para a Europa, permitiram a melhoria alimentar em Portugal e na Espanha. d) O Império Colonial Português do Oriente foi iniciado por Pedro Álvares Cabral, na Índia, na Costa de Malabar e visava ao comércio de especiarias. e) A Carta de Caminha, tão mencionada no ano 2000, que marcou o 500° aniversário do Descobrimento, descreve os primeiros atritos e mortes decorrentes das lutas entre portugueses e indígenas. 62. (Fatec) Sobre o tratado de Tordesilhas, assinado em 1494, podemos dizer que: a) não foi bem recebido pela França, Inglaterra e Holanda, que acharam graça no mesmo e não concordavam com a divisão do mundo entre Portugal e Espanha. b) Portugal e Espanha eram os únicos donos das terras da América, fato não contestado pelos demais povos da Europa, pois esses países eram considerados superiores. c) foi totalmente aceito por todas as nações européias. d) foi de imediato desrespeitado por Portugal, que ultrapassou os limites estipulados por ele. e) foi desrespeitado pela Espanha, que se associou à França e invadiu o Brasil. 63. (Puc-rio) "Isto é claro - diziam os mareantes - que depois deste Cabo não há aí gente nem povoação alguma e as correntes são tamanhas, que navio que lá passe, jamais nunca poderá tornar." ("Gomes Eanes de Zurara", ca. 1430) A despeito de todos os temores e incertezas que marcaram a aventura da expansão marítima portuguesa, os aventureiros que nela se lançaram conseguiram desbravar a costa oeste africana, até o seu extremo sul, durante o século XV. Com relação a esses acontecimentos, podemos afirmar que: I - a ultrapassagem do Cabo Bojador, em 1434, pela expedição comandada por Gil Eanes, concretizou uma das primeiras das intenções do infante D. Henrique: a de firmar controle sobre o litoral da África subsaariana. II - a expansão portuguesa no litoral ocidental africano levou ao estabelecimento de feitorias e ao início, em pequena escala, do tráfico de escravos africanos. III - a crença na existência do reino cristão de Preste João, situado em algum lugar para além dos domínios muçulmanos, foi um dos elementos do imaginário coletivo da época que estimulou a participação de muitos nas expedições direcionadas para o litoral africano. Assinale a alternativa: a) se somente a afirmativa II estiver correta. b) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. c) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. d) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. e) se todas as afirmativas estiverem corretas. 64. (Mackenzie) Aqui espero tomar, se não me engano De quem me descobriu, suma vingança E não se acabará só nisso o dano Da vossa pertinaz confiança: Antes em vossas naus vereis a cada ano,

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Se é verdade o que o meu juízo alcança, Naufrágios, perdições de toda sorte, Que o menor mal de todos seja a morte! Os versos de Camões, em "Os lusíadas", retratam os perigos dos navegantes portugueses no mar infinito e, em especial, um episódio ocorrido com a esquadra de Cabral rumo às Índias após o descobrimento do Brasil, quando dobrava o Cabo da Boa Esperança. Assinale a alternativa correta. a) Os versos falam do naufrágio da nau de Bartolomeu Dias, que anos antes dobrara no mesmo lugar o Cabo das Tormentas, abrindo caminho para atingir as Índias. b) Camões descreve o episódio da nau de Diogo Dias, desgarrada da esquadra. c) Os versos falam da nau de Sancho de Tovar, encalhada em Melinde e posteriormente incendiada por ordem de Cabral. d) Camões refere-se à nau de Vasco de Ataíde, que desapareceu no início da viagem de Cabral ao Brasil. e) O poeta fala da segurança das viagens que acompanharam o período denominado "Carreira das Índias". 65. (Ufpi) A expansão marítima de Espanha e de Portugal tinha por objetivo, além dos interesses econômicos, impor à América uma cultura cristã. A respeito do papel da Igreja Católica neste projeto, leia as seguintes afirmativas: I- A Igreja Católica estava interessada em expandir o catolicismo para compensar a perda de fiéis na Europa. II- A Igreja Católica educava os filhos dos colonizadores dentro de sua concepção de cristianismo. III- A Igreja Católica concedia plena liberdade de culto a colonizadores e colonizados. IV- A Igreja Católica desconsiderava a cultura nativa para implantar o catolicismo. Assinale a opção correta. a) I, II e III estão errados. b) I, II e IV estão corretos. c) II, III e IV estão corretos. d) I e IV estão errados. e) I, III e IV estão corretos. 66. (Ufpi) Relacione os versos, abaixo apresentados, à expansão marítima de Portugal: "O sonho é ver as formas invisíveis de distância imprecisa, e, com sensíveis movimentos de esperança e de vontade, buscar na linha fria do horizonte a árvore, a praia, a flor, a ave, a fonte os beijos merecidos da verdade." (Fernando Pessoa) Tomando por base o conteúdo, expresso através da poesia apresentada, o descobrimento do Brasil representou: a) o resultado do planejamento adequado da Escola de Sagres, que condenava o espírito aventureiro. b) a demonstração da fantasia dos lusitanos, complementada pelas experiências técnicas, desenvolvidas na arte náutica. c) a dependência da expansão marítima lusitana à influência do romantismo na nobreza de Portugal. d) a prova da influência do predomínio da burguesia na nobreza lusitana, expressa na aceitação do desafio de enfrentar rotas desconhecidas. e) a execução do plano de cooperação internacional, pois as técnicas marítimas lusitanas eram fornecidas pelos italianos. 67. (Pucpr) Como conseqüência dos descobrimentos marítimos, grandes quantidades de ouro e prata foram levadas para a Europa pelos espanhóis, originárias de obras de arte e minas de povos vencidos, principalmente dos: a) tupis e guaranis. b) charruas e fueguinos. c) araucanos charruas. d) pueblos e seminoles. e) incas e astecas. 68. (Ufal) As navegações portuguesas do século XV operaram: ( ) No norte europeu, onde já era fácil capturar os vikings. ( ) Fundamentalmente, na região do Mediterrâneo, única área onde poderiam ser obtidos escravos muçulmanos. ( ) primeiramente, nas costas africanas, pois o comércio europeu exigia muitos elementos de troca. ( ) No sudeste asiático, pois interessava alcançar o mercado das especiarias. ( ) Imediatamente na busca da América, único continente capaz de fornecer produtos preciosos. 69. (Ufc) A respeito da expansão marítima européia, podemos afirmar, corretamente que: a) as inovações tecnológicas como a bússola, o astrolábio e novos modelos de navios são fundamentais e suficientes para explicar aquela expansão. b) a privilegiada localização geográfica de Portugal explica, suficientemente, o pioneirismo luso na expansão marítima dos séculos XV e XVI. c) as figuras imaginárias convivendo com instrumentos científicos mostram como a razão e a fantasia estavam presentes naquela aventura. d) as navegações e as descobertas das expedições reforçaram as novas idéias de que a Terra era redonda bem como do geocentrismo. e) a chegada de Vasco da Gama a Calicute fortaleceu o comércio indiano de especiarias através do Atlântico e quebrou a hegemonia das cidades italianas. 70. (Cesgranrio)

Legenda:

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1 - Viagens de Pedro Álvares Cabral 2 - Viagens de Vasco da Gama 3 - Viagens de Bartolomeu Dias 4 - Viagens de Pedro de Covilha Fonte: Almanaque Abril 1998, Ed. Abril S.A. Observando o mapa anterior podemos identificar várias rotas de navegação. Próximo à comemoração dos "500 anos" do Brasil, percebemos que o "descobrimento" de nosso país: a) foi acidental, tendo em vista Cabral estar indo para as Índias e, devido a uma calmaria, ter chegado às terras brasileiras e espanholas. b) foi proposital, tendo vista o Tratado de Toledo ter determinado que todas as terras a Oeste de Cabo Verde seriam de Portugal. c) está ligado apenas a um movimento de expansão religiosa da Coroa Portuguesa para converter as tribos africanas. d) está incluído numa expansão marítima e comercial que objetivava, entre outros fatores, a procura de metais preciosos e terras para Portugal. e) está relacionado à viagem de Vaco da Gama e à fundação de feitorias nas ilhas dos Oceanos Índico e Pacífico. 71. (Cesgranrio) "E também as memórias gloriosas Daqueles que foram dilatando A Fé, o Império, e as terras viciosas De África e de Ásia andaram devastando; E aqueles que por obras valorosas Se vão da lei da morte libertando

- Cantando espalharei por toda a parte, - Se a tanto me ajudar o engenho, e arte." - (Camões, Luís Vaz de, OS LUSÍADAS, Canto Primeiro, estrofe 2)

A obra épica de Camões nos remete ao século das conquistas portuguesas. Nos seus primórdios, a expansão ultramarina de D. João I foi possível em virtude dos seguintes fatores: I - formação do Estado Nacional; II - expulsão dos árabes da Península Ibérica; III - associação com a burguesia mercantil; IV - retomada de Constantinopla; V - conquista do Cabo Bojador. Estão corretos os fatores: a) III, IV e V, apenas. b) II, III e V apenas. c) I, IV e V apenas. d) I, II e IV apenas. e) I, II e III, apenas. 72. (Fgv) Leia atentamente as afirmações abaixo, sobre a expansão marítima e comercial moderna, e assinale a alternativa correta. I. O papel pioneiro na expansão marítima e comercial moderna foi dos Países Ibéricos, tendo Portugal iniciado o feito. II. O papel pioneiro na expansão marítima e comercial moderna foi dos Países Ibéricos, tendo a Espanha iniciado o feito. III. As conquistas espanholas em África (Ilhas Canárias) durante o século XIV, demonstraram a força da Invencível Armada às demais nações européias. IV. A Revolução de Avis foi um marco antecedente fundamental para essa expansão. V. Bartolomeu Dias, navegador português, foi o responsável pela passagem pelo sul da África e pela chegada às Índias. a) Apenas as afirmações I, III e V estão corretas; b) Apenas as afirmações I e IV estão corretas; c) Apenas as afirmações II e V estão corretas; d) Apenas as afirmações I, IV e V estão corretas; e) Apenas as afirmações III, IV e V estão corretas.

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73. (Pucmg) Sobre o expansionismo ultramarino europeu, entre os séculos XV-XVII, é correto afirmar que, EXCETO: a) a tomada de Constantinopla pelos turcos e a segunda conquista de Ceuta pelos portugueses são os marcos iniciais da expansão. b) os descobrimentos e a colonização das terras do Novo Mundo constituíram-se num desdobramento da expansão comercial. c) o afluxo de metais preciosos das áreas coloniais, principalmente ouro e prata, contribuiu para a superação da crise econômica européia. d) o deslocamento do eixo econômico do Mediterrâneo para o Atlântico contribuiu para a ampliação das fronteiras geográficas. e) a consolidação dos Estados Nacionais e a absolutização dos regimes europeus têm relação também com os efeitos das viagens ultramarinas. 74. (Mackenzie) Como falar em "Descobrimentos" se, já no século X, os vikings, provenientes da Escandinávia atual, alcançaram o extremo norte do continente americano? Em 984, o viking Eric, o Vermelho, atinge o sul da Groenlândia. No ano 1000, Leif Erikson chega à terra de Baffin e à Península do Labrador, no Canadá atual. Mas não se fixaram ou colonizaram essas terras. (Carlos Guilherme Mota) A historiografia tradicional denomina de Descobrimentos o período: a) de expansão da civilização islâmica responsável pelo desenvolvimento das técnicas e aparelhos de navegação. b) da descoberta de novos continentes e expansão das regiões produtoras e consumidoras, responsável pelo surgimento de um mercado mundial no início da Idade Moderna. c) de ascensão econômica da burguesia marítima- industrial e implantação nas novas terras descobertas do modo de produção capitalista. d) da generalização do comércio pela Europa Oriental a partir do século XI, responsável pela reabertura do mar Mediterrâneo ao comércio europeu. e) da exportação de capitais excedentes provenientes da América para as áreas coloniais e semicoloniais da Ásia e da África visando assegurar o controle das regiões produtoras de matérias-primas. 75. (Ufv) A expansão marítima européia, principalmente no século XV, foi impulsionada pelos interesses da jovem burguesia comercial aliada às monarquias nacionais. A alternativa que NÃO expressa objetivos da expansão marítima é: a) permitir o acesso aos metais preciosos da África, principalmente do Sudão, e às especiarias e artigos de luxo do Oriente. b) ampliar a lavoura açucareira para além de Algarve, região localizada no sul de Portugal. c) identificar novas técnicas de cultivo de povos da África e da América para incrementar a produção na metrópole. d) buscar a superação da escassez de cereais no Reino e em vários países europeus. e) capturar mão-de-obra para o trabalho escravo em lavouras de cana nas ilhas africanas do Atlântico, como Açores e Cabo Verde. 76. (Ufrs) Na Idade Média a dieta alimentar dos europeus era pobre, pouco diversificada e não incluía batata, tomate, milho e chocolate. Estes alimentos passaram a ser consumidos na Europa apenas na época moderna porque a) na época medieval o consumo destes alimentos era interditado pela Igreja por não serem citados na Bíblia. b) o elevado custo de produção desses produtos os destinava apenas para a decoração das festas da corte. c) considerados especiarias de alto preço, faziam parte do tesouro dos senhores. d) nesta época começou a haver contatos e trocas com a América. e) sua produção diminuiria a área de cultivo de trigo e videiras, produtos mais apreciados pelos mercados consumidores da época. 77. (Fgv) "Desdobramento da expansão comercial e marítima dos tempos modernos, a colonização significava a produção de mercadorias para a Europa, naquelas áreas descobertas em que as atividades econômicas dos povos 'primitivos' não ofereciam a possibilidade de se engajarem em relações mercantis vantajosas aos caminhos do desenvolvimento capitalista europeu. Assim, passava-se da simples comercialização de produtos já encontrados em produção organizada, para a produção de mercadorias para o comércio" (Fernando Novais - Portugal e Brasil na crise do Antigo Sistema Colonial, p.73.) Neste texto, o autor descreve: a) A integração de áreas do território americano ao mercado europeu, a partir do século XVI. b) As relações econômicas entre a Europa Ocidental e a Europa do Leste, no século XVI, quando prevaleceu o capitalismo comercial. c) As diferenças entre a colonização da América e a da África. d) A organização, na Ásia, do Antigo Sistema Colonial. e) A incorporação dos povos indígenas ao capitalismo europeu. 78. (Ufc) Dispostos a participar do lucrativo comércio de especiarias, realizado pelos portos do levante mediterrâneo e controlado pelos venezianos, os portugueses buscaram um caminho alternativo. Em 1498, Vasco da Gama conseguiu chegar à Índia: a) através dos portos do poente mediterrâneo. b) utilizando as antigas rotas terrestres do Meio Oriente. c) utilizando o canal do Panamá. d) através do Estreito de Magalhães. e) circunavegando a África. 79. (Fuvest) "Antigamente a Lusitânia e a Andaluzia eram o fim do mundo, mas agora, com a descoberta das Índias, tornaram-se o centro dele". Essa frase, de Tomás de Mercado, escritor espanhol do século 16, referia-se a) ao poderio das monarquias francesa e inglesa, que se tornaram centrais desde então. b) à alteração do centro de gravidade econômica da Europa e à importância crescente dos novos mercados. c) ao papel que os portos de Lisboa e Sevilha assumiram no comércio com os marajás indianos. d) ao fato de a América ter passado a absorver, desde então, todo o comércio europeu. e) ao desenvolvimento da navegação a vapor, que encurtava distâncias. 80. (Unifesp) Se como concluo que acontecerá, persistir esta viagem de Lisboa para Calecute, que já se iniciou, deverão faltar as especiarias às galés venezianas e aos seus mercadores. ("Diário de Girolamo Priuli". Julho de 1501) Esta afirmação evidencia que Veneza estava a) tomada de surpresa pela chegada dos portugueses à Índia, razão pela qual entrou em rápida e acentuada decadência econômica. b) acompanhando atentamente as navegações portuguesas no Oriente, as quais iriam trazer prejuízos ao seu comércio. c) despreocupada com a abertura de uma nova rota pelos portugueses, pois isto não iria afetar seu comércio e suas manufaturas. d) impotente para resistir ao monopólio que os portugueses iriam estabelecer no comércio de especiarias pelo Mediterrâneo. e) articulando uma aliança com outros estados italianos para anular os eventuais prejuízos decorrentes das navegações portuguesas.

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81. (Puc-rio) A expansão comercial e marítima, dos séculos XV e XVI, foi uma experiência de grande impacto no mundo europeu, pois: I) possibilitou a exploração das novas terras descobertas, por intermédio de atividades econômicas propiciadoras do abastecimento de gêneros agrícolas e metais preciosos em larga escala. II) utilizou-se de novas técnicas, possibilitadoras da ampliação dos conhecimentos náuticos e astronômicos. III) estimulou a difusão de relatos de cunho etnocêntrico sobre os povos e terras extra-europeus. IV) propiciou a paz religiosa entre reformadores e ortodoxos, na medida em que viabilizou a distribuição desses grupos pelos novos espaços habitáveis do mundo colonial. Indique a opção que apresenta as afirmativas corretas. a) I e II. b) III e IV. c) I, II e III. d) II, III e IV. e) Todas. 82. (Ufsm) Considere as afirmações sobre o processo de colonização na América hispânica e lusa: Asserção A expansão mercantil do século XVI foi feita a partir de demandas econômicas e foi viabilizada pelos Estados absolutistas, PORQUE Razão os interesses dos grupos mercantis e governamentais divergiam no que se referia aos produtos que deveriam ser explorados. Nesse caso, a) a asserção e a razão são verdadeiras, e a razão é uma justificativa da asserção. b) a asserção e a razão são verdadeiras, mas a razão não justifica a asserção. c) a asserção é falsa, e a razão é verdadeira. d) a asserção é verdadeira, e a razão é falsa. e) a asserção e a razão são falsas. 83. (Ufsm)

A charge trata de aspectos históricos importantes: a) as diferentes nações européias negociavam seus conflitos diplomaticamente. b) os habitantes da América percebiam a civilização européia como um modelo de relação entre os povos. c) a civilização européia propunha negociações que envolviam guerras entre os adeptos de uma religião e os ateus. d) os habitantes da América aguardavam que os colonizadores resolvessem suas contendas. e) a civilização vivida pelos europeus significava disputa entre as nações. 84. (Uel) Para compreender a expansão marítima nos séculos XV e XVI, é necessário considerar a importância da cartografia. Sobre o tema, é correto afirmar que os cartógrafos representaram o mundo: a) Valendo-se de conhecimentos acumulados e transmitidos por meio da filosofia, da astronomia e da experiência concreta. b) Desconhecendo o valor político de sua arte de cartografar para os rumos da rivalidade castelhano-portuguesa. c) Ignorando a hagiografia medieval e as crenças na existência de monstros marinhos e de correntes de ventos nos oceanos. d) Confirmando os conhecimentos estáticos sobre o planeta, resultantes da observação direta dos espaços desconhecidos. e) Anotando nos mapas pontos geográficos, longitudes e latitudes com exímia precisão, em função dos eficazes instrumentos de navegação.

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85. (Ufpe) Portugal teve um desempenho destacado na expansão marítima européia. Muitos fatores contribuíram para que esse país conseguisse construir um domínio colonial significativo para a época. Sobre o desempenho português no período da expansão marítima e a colonização da América, analise os enunciados a seguir. ( ) A Revolução de Avis (1383-1385) conseguiu firmar o poder da burguesia portuguesa com a exclusão total da nobreza dos núcleos de poder. ( ) Na viagem de Bartolomeu Dias, foi descoberta a passagem para as Índias, um importante passo para a expansão do poderio português. ( ) A formação do reino de Portugal contribuiu para o fortalecimento da figura do rei, apesar da descentralização política que lembrava o feudalismo francês. ( ) Os lucros obtidos com a viagem de Vasco da Gama garantiram suporte a Portugal para outras aventuras na navegação, inclusive para a viagem de Pedro Alvares Cabral. ( ) A colonização das terras conquistadas por Portugal teve também uma dimensão religiosa, com a presença da Igreja Católica. 86. (Mackenzie) Assinale a alternativa correta acerca da Expansão Ultramarina Européia. a) A corrida expansionista de Portugal e Espanha gerou, na segunda metade do século XV, um período de grande cooperação entre esses reinos europeus, denominado de União Ibérica. b) Posteriormente à descoberta do novo continente, o grande afluxo do ouro e da prata americanos para a Europa gerou uma significativa baixa nos preços dos alimentos. c) O navegador Cristóvão Colombo provou, com sua viagem, a tese do el levante por el poente, isto é, de que seria possível alcançar as Índias, no Ocidente, navegando em direção ao Oriente. d) As chamadas Grandes Navegações Européias inserem-se no processo de superação dos entraves medievais ao desenvolvimento da economia mercantil e ao fortalecimento da classe burguesa. e) Em agosto de 1492, a nau Santa Maria e as caravelas Nina e Pinta partiram de Palos, na Espanha, rumo ao leste, e atingiram, em outubro do mesmo ano, a costa da América do Norte. 87. (Ufc) O Tratado de Tordesilhas, assinado em 7 de junho de 1494 e confirmado nos seus termos pelo Papa Júlio II em 1506, representou para o século XVI um marco importante nas dinâmicas européias de expansão marítima. O tratado visava: a) demarcar os direitos de exploração dos países ibéricos, tendo como elemento propulsor o desenvolvimento da expansão comercial marítima. b) estimular a consolidação do reino português, por meio da exploração das especiarias africanas e da formação do exército nacional. c) impor a reserva de mercado metropolitano espanhol, por meio da criação de um sistema de monopólio que atingia todas as riquezas coloniais. d) reconhecer a transferência do eixo do comércio mundial do Mediterrâneo para o Atlântico, depois das expedições de Vasco da Gama às Índias. e) reconhecer a hegemonia anglo-francesa sobre a exploração colonial, após a destruição da Invencível Armada de Filipe II, da Espanha. 88. (Puccamp) "Girolamo Cardano (1501-1576) no seu tratado sobre o jogo Liber de Ludo Aleae (Livro dos Jogos de Azar), pode ter sido o primeiro a introduzir o lado estatístico da teoria das probabilidades. Descobriu que o arremesso de dois dados produz, não onze (2 a 12), mas 36 combinações possíveis." (Revista: "Scientific American Brasil", n. 10, São Paulo: Ediouro, 2003. p. 38) As idéias de Girolamo Cardano estão, de uma forma ou de outra, atreladas aos condicionantes históricos em que o autor viveu. Sua teoria emergiu dentro de um contexto em que a Itália a) iniciava o processo de desenvolvimento comercial e urbano, advindo das guerras santas impulsionadas pela nobreza. b) era o centro da economia européia, geradora de excedentes que poderiam, inclusive, ser investidos na produção cultural. c) recebia o apoio financeiro da hierarquia clerical, em razão da escolha deste país para a instalação do Estado do Vaticano. d) passava por um período de declínio da economia em função das dificuldades do comércio com o Oriente. e) mantinha o total isolamento de sua economia, uma vez que esta dependia exclusivamente das contribuições pagas pela maioria da população, que era constituída de servos. 89. (Ufes) "A própria localização da península, entre o Mediterrâneo e o Atlântico, e a importância do seu litoral em relação às suas fronteiras terrestres orientaram, porém, a sua política comercial e, por conseguinte, a sua política para o comércio externo e o controle do estreito de que se servia [...], controlando o comércio mediterrânico, o comércio atlântico, as rotas da 'Berberia' e, logo depois, a das Canárias antes da do Novo Mundo." (RUCQUOI, Adeline. "História medieval". Lisboa: Editorial Estampa, 1995, p. 285-287) A região pioneira na expansão marítima e comercial européia a que se refere o texto acima é a a) Península Itálica. b) Península Balcânica. c) Península Ibérica. d) Península Arábica. e) Península do Peloponeso. 90. (Ufrrj) O texto a seguir trata das incursões francesas na América; entretanto, essas ainda não representavam que a França tivesse dado início à sua expansão. Ao longo do século XVI, os franceses estiveram na América, mas isso não significava uma atitude sistemática e coerente desenvolvida pela Coroa. Era, no mais das vezes, atuação de corsários e de uns poucos indivíduos. Como exemplo, pode-se mencionar as invasões do litoral brasileiro, (...), e algumas visitas à América do Norte. FARIA, R. de M.; BERUTTI, F. C.; MARQUES, A. M. "História para o Ensino Médio". Belo Horizonte: Lê. 1998. p.182. Dentre os motivos que levaram a França a iniciar tardiamente sua expansão marítima e comercial, podemos destacar a) os problemas internos ligados à consolidação do Estado Nacional. b) a derrota da França na violenta guerra contra a Alemanha. c) a falta de associação entre a Coroa e a Burguesia francesa. d) a violenta disputa religiosa entre calvinistas e luteranos. e) a não inclusão das classes superiores no projeto expansionista.

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91. (Ufpe) Sobre a Expansão Marítima Européia, analise as afirmativas abaixo. 1 - Para a realização da grande aventura marítima, foram fundamentais as descobertas técnicas da época, não tendo influência a experiência do navegador. 2 - A busca de riqueza foi importante para o envolvimento das pessoas com a navegação e para a valorização de novos produtos comerciais. 3 - O descobrimento do Brasil foi resultado de uma estratégia do grande navegador Vasco da Gama com a ajuda de Pedro Álvares Cabral. 4 - A Expansão Marítima trouxe grandes renovações para a cultura da época e teve, portanto, claras ligações com as mudanças históricas que levaram à construção dos tempos modernos. 5 - A importância das viagens de Colombo se restringe aos parâmetros de uma aventura heróica de um grande e idealista navegador. Estão corretas apenas: a) 1, 2 e 5 b) 3 e 4 c) 1, 3 e 5 d) 2 e 4 e) 1, 2, 4 e 5 92. (Ufu) "Colombo não estava tão longe de certas concepções correntes durante a Idade Média acerca da realidade física do Éden, que descresse de sua existência em algum lugar do globo. E nada o desprendia da idéia (...) de que precisamente as novas Índias, para onde o guiara a mão da Providência, se situavam na orla do Paraíso Terreal. (...) A tópica das 'visões do paraíso' impregna todas as suas descrições daqueles sítios de magia e lenda." Sérgio Buarque de Holanda. "Visão do paraíso". A partir da interpretação do trecho acima, assinale a alternativa correta. a) Colombo, conforme a mentalidade própria de sua época, acreditava na existência do Paraíso Terrestre, na sua localização nas novas terras descobertas, e que ele havia sido levado para bem perto desse Paraíso, por vontade de Deus. b) O paraíso terrestre é um mito medieval cuja presença nas novas terras descobertas, na era das grandes navegações atlânticas do século XV e XVI, é evocada apenas como uma metáfora. c) Colombo não acreditava no Paraíso Terrestre, mas só pôde compreender a novidade da América comparando-a ao Paraíso. d) A América era um território cujas condições naturais e riquezas lembravam metaforicamente um paraíso, porém as colonizações espanhola e portuguesa destruíram seu aspecto paradisíaco. 93. (Ufmg) Sabe-se que Cristóvão Colombo não descobre a América, pois imagina estar chegando à Ásia, à ilha de Cipango [o Japão], perto da costa da China e da corte do Grão-Cã. O que procurava? As "Ilhas Douradas", Tarsis e Ofir, de onde saíam as fabulosas riquezas que o rei Salomão explorara [...]. Aliás, o Almirante era um homem obstinado. Convencido de ter chegado ao Continente Asiático quando desembarcou em Cuba, ele obrigou seus partidários a partilharem de sua idéia fixa. GRUZINSKI, Serge. "A passagem do século". 1480-1520: as origens da globalização. São Paulo: Companhia das Letras, 1999. p.21. Considerando-se as informações desse texto, é CORRETO afirmar que a) a obstinação de Colombo o levou a atingir as remotas regiões do Japão e da China, onde estariam as riquezas que - dizia-se - haviam sido exploradas pelo rei Salomão e pelo Grande Cã. b) a busca das maravilhas relatadas em livros de viagens, desde os tempos medievais, se constituiu em um dos fatores que incentivaram as grandes navegações no início dos tempos modernos. c) o desembarque de Colombo em Cuba, na sua segunda viagem, acabou por convencê-lo e a sua frota de que eles haviam chegado a uma terra ainda por descobrir - possivelmente as famosas "Ilhas Douradas". d) a descoberta da América foi feita por Américo Vespúcio, uma vez que Colombo, de acordo com novos estudos, atingiu, na sua primeira viagem, o Continente Asiático, onde foram fundadas feitorias. 94. (Ufrs) Nos primórdios da modernidade, os conquistadores, missionários e comerciantes europeus ocidentais trouxeram ao conhecimento do Velho Mundo a existência de vastos territórios inexplorados, inaugurando uma nova era de abertura e unificação de mercados. Entre outras razões dessa expansão geográfica, é correto citar a) o aumento excessivo da população que começou a se constituir ininterruptamente a partir do século XIV e provocou a busca de novas terras de colonização e exploração. b) o crescimento da economia nos séculos XIV e XV, que levou os europeus a procurar novos mercados. c) a expansão dos turcos otomanos, com a tomada de Constantinopla, o que bloqueou a passagem terrestre da Europa para o Oriente. d) o teocentrismo e a escolástica, que estimulavam os homens em sua curiosidade por novas culturas e novas religiões. e) a pretensão dos europeus de exercer o controle comercial e militar no Mediterrâneo. 95. (Pucmg) Em meio a grave conflito diplomático, em 1494, foi assinado o famoso Tratado de Tordesilhas para "dividir o mundo descoberto ou por descobrir" entre Portugal e Espanha. A partilha do mundo ultramarino, assegurada com esse acordo, garantia à Coroa portuguesa: a) a conquista de Ceuta no norte da África, ponto comercial importante, visando ao abastecimento de produtos para o mercado português. b) a posse do Atlântico afro-brasileiro, dando continuidade à expansão lusa incentivada pelo rei D. João II, concretizada no reinado de D. Manuel. c) o controle sobre todo o continente sul-americano, onde os portugueses esperavam encontrar os metais preciosos, antes dos espanhóis. d) o desbravamento da região amazônica através de expedições, já que os portugueses acreditavam encontrar ali o tão sonhado Eldorado. 96. (Ufjf) Leia, com atenção, a citação: "Diz-se muitas vezes que os povos da Península Ibérica - e particularmente os portugueses - estavam especialmente preparados para inaugurar a série de descobertas marítimas e geográficas que mudaram o curso da história mundial, nos séculos XV e XVI." BOXER, C.R. "O império marítimo português". Lisboa: Edições 70, 1969, p. 20. Com base na citação e em seus conhecimentos, leia atentamente as afirmativas, que buscam explicar as razões pelas quais os povos ibéricos podem ser considerados "especialmente preparados" para as descobertas marítimas: I. A frágil diferenciação social interna e as alianças entre aristocracia, burguesia e camponeses atuaram como importante fator de estabilidade social. II. A ativa participação dos árabes na condução do processo da expansão marítima ibérica possibilitou uma maior troca de experiências e projetos de expansão territorial.

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III. A pioneira fundação do Estado Moderno português encontrou na expansão ultramarina uma fonte de prestígio para manutenção da nobreza e uma expectativa de novas fontes de receita. Após a leitura, pode-se afirmar que: a) todas estão corretas. b) todas estão incorretas. c) somente a afirmativa III está correta. d) as afirmativas I e III estão corretas. e) somente a afirmativa II está correta. 97. (Uel) Sobre a expansão marítima ibérica da época dos descobrimentos, é correto afirmar que: a) Ocorreu de maneira pacífica, com a colonização e povoamento das Américas. b) Fundamentou a expansão do capitalismo mercantil, acompanhado pelas missões. c) Acabou com o comércio mediterrânico, concentrando-se tão somente no Atlântico. d) Fortaleceu as cidades-Estados italianas, tradicionais no comércio mercantil. e) Concedeu cidadania aos súditos que emigrassem para as colônias de além-mar. 98. (G1) Acerca dos fatores que fizeram de Portugal o pioneiro no processo das Grandes Navegações, examine as afirmativas a seguir: I. Precoce centralização política que, a partir de 1143, fez do rei um elemento fundamental na condução do projeto expansionista luso. II. O enriquecimento da burguesia mercantil lusa, a partir dos contatos com o mar do Norte e com a Itália. III. Voltado para o Mediterrâneo, Portugal assumiu uma privilegiada posição geográfica que o levaria mais facilmente ao Oriente Médio de onde vinham as especiarias. IV. Existência de um avançado centro de estudos de navegação comandado pelo infante Dom Henrique, conhecido como Escola de Sagres. Estão CORRETOS os itens a) I e II, somente b) II, III, e IV c) II e IV, somente d) III e IV, somente e) I, II e IV 99. (Ufpi) Sobre a Expansão Marítima e Comercial Européia (séculos XV e XVI), assinale a alternativa correta. a) A Espanha, em parceria com a França, dominou as rotas comerciais entre a América do Norte e a Europa. b) A Holanda, já no século XVI, impôs seu domínio marítimo e comercial, frente à Inglaterra, na América do Sul. c) A França, devido ao uso de expedições militares, controlou o comércio de especiarias no litoral da América Portuguesa. d) Portugal, ao assinar o Tratado de Tordesilhas com a Espanha, buscava garantir a exploração das terras localizadas no Atlântico Sul. e) A Inglaterra, a partir da chegada de Cristóvão Colombo ao "Novo Mundo", firmou-se como a nação hegemônica, nas rotas comerciais entre a América Central e a Europa. 100. (Uel) A análise das economias americana e africana durante os séculos XVI, XVII e maior parte do XVIII só pode ser feita levando-se em consideração a existência de um sistema maior, o comercial europeu. Esse sistema dá sentido e completa um ciclo econômico, mediante a realização de suas três etapas constitutivas - a produção, a distribuição e o consumo. (Adaptado de: REZENDE FILHO, Cyro Barros. "História Econômica Geral". São Paulo: Contexto, 2001. p. 89.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a expansão comercial européia, é correto afirmar: a) As relações econômicas desenvolvidas na América e na África devem ser compreendidas à parte do sistema comercial europeu. b) A economia americana difere da africana, porque esta última, em função de seu processo produtivo ainda comunitário, ficou excluída de uma das três etapas constitutivas do sistema comercial europeu: a produção. c) As etapas do ciclo econômico de produção, distribuição e consumo do sistema comercial europeu tiveram autonomia em relação à expansão comercial para a América e a África. d) Uma das peças-chave da economia européia do período foi o chamado "sistema colonial", que tinha entre seus eixos fundamentais a exploração de colônias por meio do estabelecimento de monopólios. e) A influência do sistema comercial europeu nas economias americana e africana limitou-se ao período colonial em ambos os continentes. 101. (Ufmg) Leia estas estrofes iniciais de "Os Lusíadas", poema datado de 1572: As armas e os barões assinalados Que, da Ocidental praia Lusitana, Por mares nunca de antes navegados Passaram ainda além da Taprobana, E em perigos e guerras esforçados Mais do que prometia a força humana, E entre gente remota edificaram Novo Reino, que tanto sublimaram; E também as memórias gloriosas Daqueles Reis que foram dilatando A Fé, o Império, e as terras viciosas De África e de Ásia andaram devastando, E aqueles que por obras valerosas Se vão da lei da Morte libertando: Cantando espalharei por toda parte, Se a tanto me ajudar o engenho e arte.

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Cessem do sábio Grego e do Troiano As navegações grandes que fizeram; Cale-se de Alexandro e de Trajano A fama das vitórias que tiveram; Que eu canto o peito ilustre Lusitano, A quem Neptuno e Marte obedeceram. Cesse tudo o que a Musa antiga canta, Que outro valor mais alto se alevanta. (CAMÕES, Luís de. "Os Lusíadas". Porto: Porto Editora, 1975. p. 69.) Com base na leitura dessas estrofes, é CORRETO afirmar que a idéia central do poema é a) exaltar a religião reformada e os valores puritanos, num contexto em que a Europa se expandia na direção de novos mundos. b) louvar os modelos antigos até então referenciais para a cultura européia, como as epopéias homéricas e os feitos de heróis gregos e romanos. c) narrar a saga marítima portuguesa, ou seja, os feitos relacionados às expedições oceânicas realizadas pelos lusos a partir do século XV. d) relatar os acontecimentos mais marcantes da conquista e colonização das terras brasileiras, visando a gravá-los na memória dos contemporâneos. 102. (Fuvest) O período 1450-1550, de transição da Medievalidade para a Modernidade, conheceu dentre outras características: a) decadência econômica e racionalização da vida religiosa. b) revalorização do aristotelismo e consolidação do Estado Absolutista. c) forte efervescência religiosa e intensa expansão comercial. d) avanço do liberalismo burguês e recuo do feudalismo. e) hegemonia européia francesa e despontar da arte gótica. 103. (Ufg) "A grande guerra dos anos posteriores a 1580 trava-se, na verdade, pelo domínio do oceano Atlântico, que se tornou o centro da terra. Coloca-se a questão de saber se o Oceano pertencerá à Reforma ou aos Espanhóis, à gente do Norte ou aos Ibéricos, porque é exatamente do Atlântico que se trata desde então." (BRAUDEL, Fernand. "O Mediterrâneo e o mundo mediterrânico". São Paulo: Martins Fontes, 1984. v. II. p. 38.) O texto acima refere-se às rivalidades européias no início da Idade Moderna. O espaço desses embates transfere-se do mar Mediterrâneo para o Atlântico. Sobre tais disputas, pode-se afirmar: ( ) As lutas entre protestantes e católicos espalharam-se pelo território europeu: os huguenotes na França, os calvinistas na Suíça, os puritanos e os anglicanos na Inglaterra e os luteranos no Sacro Império Romano Germânico revoltaram-se contra o princípio da infalibilidade do papa. ( ) No século XVI verificou-se o progresso da unidade européia. Os poderes tradicionais, o Papado e o Império saíram reforçados após os conflitos com as monarquias nacionais. ( ) Na luta contra a intolerância religiosa, a opressão fiscal, a regulamentação mercantilista e a centralização administrativa, as Províncias Unidas dos Países Baixos combateram a Espanha de Felipe II. ( ) A nobreza e os assalariados sofreram as conseqüências da deflação: uma baixa geral dos preços foi sentida em toda a Europa em decorrência dos fluxos de metais preciosos americanos. 104. (Uel) Considere as proposições a seguir. I. "No Século XIV, as insurreições camponesas e urbanas, o clima de agitação social e a falta de segurança nas estradas contribuíram para que o setor mercantil transferisse a rota terrestre, que ligava a cidade de Flandres (...), para a via marítima..." II. "A conquista de Ceuta significou apropriação de importantes lucros para o Estado e o grupo mercantil a ele ligado. Ao mesmo tempo, para a nobreza (...) ela foi vista como uma forma de combater os infiéis e conquistar terras..." III. "No final do antigo regime, significativos setores da nobreza, enfraquecidos, deixaram de participar das atividades mercantis, o que fez com que a burguesia e o rei se lançassem ao comércio marítimo." IV. "Os portugueses iniciaram a sua aventura expansionista através da pirataria e do saque às frotas italianas e iniciaram a expansão do seu império com a conquista do litoral africano." V. "No final do Século XV, Portugal detinha a exclusividade da rota atlântica das especiarias e dos artigos de luxo - o mais importante setor do comércio internacional na época." Sobre a expansão marítima portuguesa, são corretas SOMENTE as proposições a) I, II e V b) I, III e IV c) I, III e V d) II, III e IV e) II, IV e V 105. (Pucpr) Em plena Idade Média (1139/1140) nasceu Portugal, originário do Condado Portucalense. Enquanto o feudalismo era a marca política da Europa Ocidental, em Portugal mostrava-se frágil: o pequeno reino nascia unificado.

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Sobre o tema e evolução posterior, assinale a opção correta: I - O Condado Portucalense transformou-se em Estado, tendo sua independência proclamada por D. Afonso Henriques. II - Nos finais do século XIV ocorreu uma crise dinástica: com a morte de D. Fernando extinguiu-se a dinastia de Borgonha. III - A Revolução de Avis levou ao trono D. João, Mestre de Avis, apoiado pela burguesia de Lisboa e do Porto, além da adesão entusiástica da "arraia miúda". IV - A dinastia de Avis repeliu a política de expansão marítima, fixando prioridades da agricultura, meio de agradar à alta nobreza lusitana. V - Devido à política da dinastia de Avis, a expansão marítima somente ocorreria com o advento da dinastia de Bragança. a) As opções I, II e III estão corretas. b) Apenas a opção III está correta. c) As opções II, III e IV estão corretas. d) As opções III, IV e V estão corretas. e) As opções II, IV e V estão corretas. 106. (Ufsm)

Observe a figura e assinale a resposta que NÃO é correta. a) A organização da produção açucareira ocorreu de forma intensificada, com divisão de tarefas e utilização da tecnologia do período. b) A atividade açucareira no Brasil foi principalmente realizada por escravos negros, envolvidos em todas as etapas da produção. c) A escravidão estabeleceu-se na América a fim de sustentar atividades altamente lucrativas para a metrópole, ou seja, o tráfico e a produção de açúcar. d) As condições de trabalho implantadas na atividade açucareira ocupavam a mão-de-obra de forma intensiva, durante o período de produção. e) A utilização de mão-de-obra indígena originária da América foi definidora na organização produtiva implantada nas várias etapas do fabrico do açúcar. 107. (Puc-rio) Na Época Moderna, as narrativas de cronistas, viajantes, missionários e naturalistas, representaram o Novo Mundo ora como Paraíso ora como Inferno. Qual das afirmativas a seguir NÃO se encontra corretamente identificada com essa idéia? a) No imaginário europeu sobre o Novo Mundo, havia constantes referências à beleza e grandiosidade da natureza, o que possibilitava lhe conferir quase sempre positividade e singularidade. b) O Novo Mundo era visto como o lugar para a concretização dos antigos mitos do Paraíso Terrestre e do Eldorado, através dos quais a natureza exuberante garantia a promessa de riqueza. c) Os homens que habitavam o Novo Mundo eram quase sempre vistos como bárbaros, selvagens, inferiores e portadores de uma humanidade inviável. d) A visão do Novo Mundo foi filtrada pelos relatos de viagens fantásticas, de terras longínquas, de homens monstruosos que habitavam os confins do mundo conhecido até então no ocidente medieval. e) Na percepção e representação do Novo Mundo, os relatos orais dos primeiros descobridores ocuparam um lugar central por associá-lo exclusivamente ao Inferno. 108. (Uel) Leia o texto a seguir: Ora se há coisa que se deve temer, depois de ofender a Deus, não quero dizer que não seja a morte. Não quero entrar em disputa com Sócrates e os acadêmicos; a morte não é má em si, a morte não deve ser temida. Digo que essa espécie de morte por naufrágio, ou então nada mais, é de ser temida. Pois, como diz a sentença de Homero, coisa triste, aborrecida e desnaturada é morrer no mar. Fonte: Adaptado de RABELAIS, F. "Gargântua e Pantagruel". 2. vols. Tradução de David Jardim Jr. BH/RJ, Vila Rica, 1991. Livro IV. Cap. XXI. Com base no texto é correto afirmar que: a) A morte natural ou em terra era a coisa mais triste e aborrecida que a morte no mar. b) A morte por naufrágio não era vista como uma morte desnaturada. c) Os navegadores seguiam a sentença de Homero, ou seja, feliz daquele que encontra a sepultura nas águas marítimas. d) O encontro com a morte no mar suscitava muito pavor. e) A "boa morte" era aquela que ocorria no mar.

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2 – Pré-colônia e Colonização do Brasil

QUESTÕES (Puccamp) Não, é nossa terra, a terra do índio. Isso que a gente quer mostrar pro Brasil: gostamos muito do Brasil, amamos o Brasil, valorizamos as coisas do Brasil porque o adubo do Brasil são os corpos dos nossos antepassados e todo o patrimônio ecológico que existe por aqui foi protegido pelos povos indígenas. Quando Cabral chegou, a gente o recebeu com sinceridade, com a verdade, e o pessoal achou que a gente era inocente demais e aí fomos traídos: aquilo que era nosso, que a gente queria repartir, passou a ser objeto de ambição. Do ponto de vista do colonizador, era tomar para dominar a terra, dominar nossa cultura, anulando a gente como civilização. (Revista "Caros Amigos". ano 4. no. 37. Abril/2000. p. 36). 1. A respeito do início da colonização, período abordado pelo texto, pode-se afirmar que a primeira forma de exploração econômica exercida pelos colonizadores, e a dominação cultural e religiosa difundida pelo território brasileiro são, respectivamente, a) a plantation no Nordeste e as bandeiras realizadas pelos paulistas. b) a extração das "drogas do sertão" e a implantação das missões. c) o escambo de pau-brasil e a catequização empreendida pela Companhia de Jesus. d) a mineração no Sudeste e a imposição da "língua geral" em toda a Colônia. e) o cultivo da cana-de-açúcar e a "domesticação" dos índios por meio da agricultura. 2. (Mackenzie) Enquanto os portugueses escutavam a missa com muito "prazer e devoção", a praia encheu-se de nativos. Eles sentavam-se lá surpresos com a complexidade do ritual que observavam ao longe. Quando D. Henrique acabou a pregação, os indígenas se ergueram e começaram a soprar conchas e buzinas, saltando e dançando (...) Náufragos Degredados e Traficantes (Eduardo Bueno) Este contato amistoso entre brancos e índios preservado: a) pela Igreja, que sempre respeitou a cultura indígena no decurso da catequese. b) até o início da colonização quando o índio, vitimado por doenças, escravidão e extermínio, passou a ser descrito como sendo selvagem, indolente e canibal. c) pelos colonos que escravizaram somente o africano na atividade produtiva de exportação. d) em todos os períodos da História Colonial Brasileira, passando a figura do índio para o imaginário social como "o bom selvagem e forte colaborador da colonização". e) sobretudo pelo governo colonial, que tomou várias medidas para impedir o genocídio e a escravidão. 3. (G1) São fatos relacionados à expansão marítima portuguesa no século XV, exceto: a) o fim da Guerra de Reconquista; b) a Revolução de Avis; c) a aliança rei-burguesia; d) a Escola de Sagres; e) a localização geográfica privilegiada. 4. (Puc-rio) Leia as afirmativas a seguir sobre a expedição de Pedro Álvares Cabral, que saiu de Lisboa em março de 1500: I) A missão da esquadra era expandir a fé cristã e estabelecer relações comerciais com o Oriente, de modo a trazer as valiosas especiarias para Portugal; desta maneira, reunia num mesmo episódio os esforços da Coroa, da Igreja e dos grupos mercantis do Reino. II) Chegar às Índias através de um caminho inteiramente marítimo só foi possível após o longo "périplo" realizado pelas costa africana, durante o século XV, por diversos navegadores portugueses, cujos expoentes foram Bartolomeu Dias e Vasco da Gama. III) A viagem expressou a subordinação da Coroa portuguesa à Igreja Católica, na época dos descobrimentos, já evidenciada quando o Papa estabeleceu a partilha do Mundo Novo, em 1494, através do tratado de Tordesilhas. IV) Era objetivo da viagem tomar posse de terras a Oeste, de modo a assegurar o controle do Oceano Atlântico Sul e, consequentemente, da rota marítima para as Índias. Assinale a alternativa que contém as afirmativas corretas: a) somente I, II e III. b) somente I, III e IV. c) somente II, III e IV. d) somente I, II e IV. e) todas as afirmativas estão corretas. 5. (Uece) Nos primeiros anos do século XVI, os portugueses enfrentaram grande concorrência por parte de outras potências européias para a posse definitiva do território descoberto por Cabral. Sobre a presença de europeus não-portugueses no Brasil na primeira metade do século XVI, é correto afirmar: a) os ingleses por várias vezes tentaram estabelecer colônias nas terras brasileiras, chegando mesmo a criar uma "zona livre", sob controle dos piratas. b) espanhóis e holandeses trouxeram para a América as suas desavenças e conflitos, ocasionando a invasão do Recife no século XVI. c) apesar da chegada ocasional de navios estrangeiros, jamais houve uma tentativa organizada ou intenção deliberada de questionar a soberania portuguesa sobre as novas terras. d) os franceses, por não aceitarem o Tratado de Tordesilhas, eram os invasores mais freqüentes, chegando a estabelecerem-se no Rio de Janeiro em 1555-1560. 6. (Ufsm) Sobre a organização econômica, social e política das comunidades indígenas brasileiras, no período inicial da conquista do território pelos portugueses, é correto afirmar:

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I. Os nativos viviam em regime de comunidade primitiva, em que a terra era de propriedade privada dos casais e os instrumentos de trabalho eram de propriedade coletiva. II. A divisão das tarefas era por sexo e por idade; as mulheres cozinhavam, cuidavam das crianças, plantavam e colhiam; os homens participavam de atividades guerreiras, da caça, da pesca e da derrubada da floresta para fazer a lavoura. III. A sociedade era organizada em classes sociais, sendo o excedente da produção controlado pelos chefes das aldeias, responsáveis pela distribuição dos bens entre os indígenas. IV. Os indígenas brasileiros não praticavam o comércio pois tudo que produziam destinava-se à subsistência, realizando apenas trocas rituais de presentes. Está(ão) correta(s) a) apenas I e II. b) apenas I e III. c) apenas III. d) apenas IV. e) apenas II e IV. 7. (Ufmg) Leia o texto. E aproximava-se o tempo da chegada das notícias de Portugal sobre a vinda das suas caravelas, e esperava-se essa notícia com muito medo e apreensão; e por causa disso não havia transações, nem de um ducado [...] Na feira alemã de Veneza não há muitos negócios. E isto porque os Alemães não querem comprar pelos altos preços correntes, e os mercadores venezianos não querem baixar os preços [...] E na verdade são as trocas tão poucas como se não poderia prever. DIÁRIO DUM MERCADOR VENEZIANO, 1508. O quadro descrito nesse texto pode ser relacionado à a) comercialização das drogas do sertão e produtos tropicais da colônia do Brasil. b) distribuição, na Europa, da produção açucareira do Nordeste brasileiro. c) importação pelos portugueses das especiarias das Índias Orientais. d) participação dos portugueses no tráfico de escravos da Guiné e de Moçambique. 8. (Uff) A "Carta de Pero Vaz de Caminha", escrita em 1500, é considerada como um dos documentos fundadores da Terra Brasilis e reflete, em seu texto, valores gerais da cultura renascentista, dentre os quais destaca-se: a) a visão do índio como pertencente ao universo não religioso, tendo em conta sua antropofagia; b) a informação sobre os preconceitos desenvolvidos pelo renascimento no que tange à impossibilidade de se formar nos trópicos uma civilização católica e moderna; c) a identificação do Novo Mundo como uma área de insucesso devido à elevada temperatura que nada deixaria produzir; d) a observação da natureza e do homem do Novo Mundo como resultado da experiência da nova visão de homem, característica do século XV; e) a consideração da natureza e do homem como inferiores ao que foi projetado por Deus na Gênese. 9. (Ufpr) Jean de Léry, em seu livro Viagem à terra do Brasil, fala do estranhamento que os tupinambás tinham com relação ao interesse dos europeus pelo pau-brasil: "Uma vez um velho perguntou-me: Por que vindes vós outros, mairs e perôs (franceses e portugueses) buscar lenha de tão longe para vos aquecer? Não tendes madeira em vossa terra? Respondi que tínhamos muita mas não daquela qualidade, e que não a queimávamos, como ele o supunha, mas dela extraíamos tinta para tingir (...). Retrucou o velho imediatamente: e porventura precisais de muito? - Sim, respondi-lhe, pois no nosso país existem negociantes que possuem mais panos, facas, tesouras, espelhos e outras mercadorias do que podeis imaginar, e um só deles compra todo o pau-brasil com que muitos navios voltam carregados." (In: LÉRY, J. de." Viagem à terra do Brasil." Belo Horizonte:Ed. ltatiaia; São Paulo: Ed. USP, 1980. p.168-9.) Com base no seu conhecimento da história das primeiras décadas da colonização do Brasil, é correto afirmar: (01) Alguns Estados europeus não reconheciam o direito de Portugal sobre a "nova terra" e, dessa forma, empreendiam incursões a fim de disputar a posse das riquezas naturais nela existentes. (02) O pau-brasil, árvore então encontrada em abundância na Floresta Atlântica, era o principal produto brasileiro comercializado na Europa, onde o utilizavam como matéria-prima nas manufaturas têxteis. (04) Na exploração econômica do pau-brasil, o escambo representou a principal forma de relações comerciais entre europeus e indígenas da América Portuguesa. (08) A exploração do pau-brasil só se tornou economicamente rentável para os portugueses com a introdução da mão-de-obra escrava africana. (16) Tanto franceses como portugueses aproveitavam-se das desavenças entre grupos tribais para a obtenção de homens para o trabalho e para a guerra. (32) A presença de Jean de Léry em solo brasileiro está associada ao episódio da criação da França Austral, momento em que aquela potência expandiu os seus domínios até o extremo sul do continente americano. Soma ( ) 10. (Ufes) Os Tupinikim, uma das maiores nações indígenas brasileiras, possuíam as seguintes características no período colonial: I - viviam da pesca, da caça, da coleta de frutos e raízes proporcionada pelas florestas e matas; II - tiveram suas manifestações culturais, tradições e ritos cerceados, nas regiões onde foram encampados pelos aldeamentos jesuítas; III - exploravam latifúndios respeitados pela colonização branca e viviam pacificamente com os portugueses no interior do Brasil; IV - ocupavam parte do litoral brasileiro, na faixa compreendida entre o sul da Bahia e o Paraná. Em relação às proposições acima, está CORRETO o que se afirma a) apenas em I, II e III. b) apenas em II, III e IV. c) apenas em I, III e IV. d) apenas em I, II e IV. e) em todas elas.

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11. (Fgv) Sobre os povos dos sambaquis, é incorreto afirmar que: a) sendo nômades, ocuparam a faixa amazônica, deslocando-se durante milhares de anos, do Marajó a Piratininga; b) sedentários, viviam da coleta de recursos marítimos e de pequenas caças; c) as pesquisas arqueológicas demonstram que tais povos desenvolveram instrumentos de pedra polida e de ossos; d) na chegada dos primeiros invasores europeus, esses povos já se encontravam subjugados por outros grupos sedentários; e) esses povos viveram na faixa litorânea, entre o Espírito Santo e o Rio Grande do Sul, basicamente dos recursos que o mar oferecia. 12. (Mackenzie) E então, por cerca de trinta anos, aquele vasto território seria virtualmente abandonado pela Coroa portuguesa, sendo arrendado para a iniciativa Privada e se tornando uma imensa fazenda extrativista de pau-brasil. Iriam se iniciar, então, as três décadas menos documentadas e mais desconhecidas da História do Brasil. Náufragos, Traficantes e Degredados - As Primeiras Expedições do Brasil Assinale o período histórico analisado pelo texto acima e suas características. a) Período Colonial, caracterizado pela monocultura e economia exportadora de cana-de-açúcar. b) Economia mineradora, marcada pelo povoamento da área mineira e intensa vida urbana. c) Período Pré-Colonial, fase de feitorias, economia extrativista, utilização do escambo com os nativos, ausência de colonização sistemática. d) Fase da economia cafeeira, com acumulação interna de capitais e sem grandes mudanças na estrutura de produção. e) Período Joanino, de grande abertura comercial e profundas transformações culturais. 13. (Uflavras) "O fato de Cabral não ter trazido consigo nenhum padrão de pedra - com os quais desde os tempos de Diogo Cão, os lusos assinalavam a posse de novas terras - já foi apontado como uma prova de que o descobrimento do Brasil foi fortuito e que a expedição não pretendia "descobrir novas terras, mas subjugar as já conhecidas". Isto talvez seja fato. Mas por outro lado, é preciso lembrar que a posse sobre aquele território já estava legalmente assegurada desde a assinatura do Tratado de Tordesilhas - independentemente da colocação de qualquer padrão." (Eduardo Bueno. "A Viagem do Descobrimento - A verdadeira história da expedição de Cabral". 1998, p.109.) As alternativas abaixo correspondem a análises possíveis do trecho em questão. Todas são verdadeiras, EXCETO: a) o autor faz uma menção à "Tese da Casualidade da Descoberta". b) o autor é incondicionalmente favorável à segunda tese e justifica-se pelas características do Tratado de Tordesilhas. c) o autor se refere também à "Tese da Intencionalidade da Descoberta". d) para o autor, a questão dos "marcos de pedra" pode apoiar ambas as teses. e) o autor não atribui grande importância à questão dos "marcos de pedra". 14. (Uflavras) Enumere os eventos, de acordo com o período em que ocorreram e indique a alternativa que apresente a ordem CORRETA: 1. Período Pré-colonial (1500-1530) 2. Período Colonial (1530-1808) ( ) extração assistemática de pau-brasil. ( ) criação das Capitanias Hereditárias (D. João III). ( ) envio das expedições "exploradoras" e "guarda-costas". ( ) chegada dos jesuítas para catequese dos índios e educação dos colonos. a) 1 - 2 - 2 - 1 b) 2 - 2 -1 - 1 c) 1 - 1 - 2 - 2 d) 2 - 1 - 1 - 2 e) 1 - 2 - 1 - 2 15. (Fatec) Dentre as características gerais do período pré-colonizador destaca-se a) o grande interesse pela terra, pois as comunidades primitivas do nosso litoral produziam excedentes comercializados pela burguesia mercantil portuguesa. b) o extermínio de tribos e a escravização dos nativos, efeitos diretos da ocupação com base na grande lavoura. c) a montagem de estabelecimentos provisórios em diferentes pontos da costa, onde eram amontoadas as toras de pau-brasil, para serem enviadas à Europa. d) a distribuição de lotes de terras a fidalgos e funcionários do Estado português, copiando-se a experiência realizada em ilhas do Atlântico. e) a implantação da agromanufatura açucareira, iniciada com construção do Engenho do Senhor Governador, em 1533, em São Vicente. 16. (Pucrs) Responder à questão sobre o período pré-colonial brasileiro, com base no texto a seguir: "... Da primeira vez que viestes aqui, vós o fizestes somente para traficar. (...) Não recusáveis tomar nossas filhas e nós nos julgávamos felizes quando elas tinham filhos. Nessa época, não faláveis em aqui vos fixar. Apenas vos contentáveis com visitar-nos uma vez por ano, permanecendo, entre nós, somente durante quatro ou cinco luas [meses]. Regressáveis então ao vosso país, levando os nossos gêneros para trocá-los com aquilo que carecíamos." (MAESTRI, Mário. "Terra do Brasil: a conquista lusitana e o genocídio tupinambá". São Paulo: Moderna, 1993, p.86). O texto anterior faz alusão ao comércio que marcou o período pré-colonial brasileiro conhecido por a) mita. b) escambo. c) encomienda. d) mercantilismo. e) corvéia.

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17. (Ufrrj) "Até agora não pudemos saber se há ouro ou prata nela, ou outra coisa de metal ou ferro; nem lha vimos. Contudo a terra em si é de muito bons ares frescos e temperados como os de Entre-Douro e Minho, porque neste tempo dagora assim os achávamos como os de lá. (As) águas são muitas; infinitas. Em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo; por causa das águas que tem! Contudo, o melhor fruto que dela se pode tirar parece-me que será salvar esta gente. E esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza em ela deve lançar. E que não houvesse mais do que ter Vossa Alteza aqui esta pousada para essa navegação de Calicute (isso) bastava. Quanto mais, disposição para se nela cumprir e fazer o que Vossa Alteza tanto deseja, a saber, acrescentamento da nossa fé!" ("Carta de Pero Vaz Caminha ao Rei de Portugal" em 1°/5/1500.) Seguindo a evidente preocupação de descrever ao Rei de Portugal tudo o que fora observado durante a curta estadia na terra denominada de Vera Cruz, o escrivão da frota cabralina menciona, na citada carta, possibilidades oferecidas pela terra recém-conhecida aos portugueses. Dentre essas possibilidades estão a) a extração de metais e pedras preciosas no interior do território, área não explorada então pelos portugueses. b) a pesca e a caça pela qualidade das águas e terras onde aportaram os navios portugueses. c) a extração de pau-brasil e a pecuária, de grande valor econômico naquela virada de século. d) a conversão dos indígenas ao catolicismo e a utilização da nova terra como escala nas viagens ao Oriente. e) a conquista de Calicute a partir das terras brasileiras e a cura de doenças pelos bons ares aqui encontrados. 18. (Ufrs) Observe o Cartum abaixo:

(Fonte: "Primeira Missa" de Sampaio. ln: "Humores nunca dantes navegados: o Descobrimento segundo os cartunistas do sul do Brasil". Porto Alegre: SEC-RS, 2000.) Considerando a situação histórica e os significados expressos no cartum acima, analise as seguintes afirmações. I - O cartum retrata o momento inicial da conquista portuguesa, demonstrando aspectos do "choque cultura" ocorrido entre os conquistadores e os indígenas. II - A dominação portuguesa do Brasil não se deu unicamente com base na exploração dos recursos naturais e do trabalho indígena, mas também apresentou aspectos nitidamente ideológicos, como a imposição da religião católica aos autóctones. III - O cartum apresenta o momento inicial do contato interétnico como sendo de tensão e conflito armado e econômico, visto que os nativos reagiram às tentativas de vigilância impostas pelos conquistadores. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas I e II. c) Apenas I e III. d) Apenas II e III. e) I, II e III. 19. (Fuvest) Os portugueses chegaram ao território, depois denominado Brasil, em 1500, mas a administração da terra só foi organizada em 1549. Isso ocorreu porque, até então, a) os índios ferozes trucidavam os portugueses que se aventurassem a desembarcar no litoral, impedindo assim a criação de núcleos de povoamento. b) a Espanha, com base no Tratado de Tordesilhas, impedia a presença portuguesa nas Américas, policiando a costa com expedições bélicas. c) as forças e atenções dos portugueses convergiam para o Oriente, onde vitórias militares garantiam relações comerciais lucrativas. d) os franceses, aliados dos espanhóis, controlavam as tribos indígenas ao longo do litoral bem como as feitorias da costa sul-atlântica. e) a população de Portugal era pouco numerosa, impossibilitando o recrutamento de funcionários administrativos.

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20. (Ufpe) As feitorias portuguesas no Novo Mundo foram formas de assegurar, aos conquistadores, as terras descobertas. Sobre essas feitorias, é correto afirmar que: a) a feitoria foi uma forma de colonização, empregada por portugueses na África, na Ásia e no Brasil, com pleno êxito para a atividade agrícola. b) as feitorias substituíram as capitanias hereditárias durante o Governo Geral de Mem de Sá, como proposta mais moderna de administração colonial. c) as feitorias foram estabelecimentos fundados por portugueses no litoral das terras conquistadas e serviam para armazenamento de produtos da terra, que deveriam seguir para o mercado europeu. d) tanto as feitorias portuguesas fundadas ao longo do litoral brasileiro quanto as fundadas nas Índias tinham idêntico caráter: a presença do Estado português e a ausência de interesses de particulares. e) o êxito das feitorias afastou a presença de corsários franceses e estimulou a criação das capitanias hereditárias. 21. (Ufc) Acerca das pretensões iniciais da exploração e conquista do Brasil, assinale a alternativa correta. a) Interesses antropológicos levaram os portugueses a fazer contato com outros povos, entre eles os índios do Brasil. b) O rei dom Manuel tinha-se proposto chegar às Índias navegando para o ocidente, antecipando-se, assim, a Cristovão Colombo. c) O interesse científico de descobrir e classificar novas espécies motivou cientistas portugueses para lançarem-se à aventura marítima. d) Os conquistadores estavam interessados em encontrar terras férteis para desenvolver a cultura do trigo e, assim, dar solução às crises agrícolas que sofriam em Portugal. e) Os portugueses estavam interessados nas riquezas que as novas terras descobertas podiam conter, além de garantir a segurança da rota para as Indias. 22. (Unesp) Observe a figura e leia o texto.

(Reprodução da tela Primeira Missa no Brasil. Vítor Meireles, 1861.) Chantada a Cruz, com as Armas e a divisa de Vossa Alteza, que primeiramente lhe pregaram, armaram altar ao pé dela. Ali disse missa o padre Frei Henrique (...). Ali estiveram conosco (...) cinqüenta ou sessenta deles, assentados todos de joelhos, assim como nós. (...) [Na terra], até agora, não pudemos saber que haja ouro, nem prata, nem coisa alguma de metal (...) Porém, o melhor fruto que dela se pode tirar me parece que será salvar esta gente. E esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza em ela deve lançar. (Pero Vaz de Caminha. Carta do Achamento do Brasil, 10.05.1500.) A respeito da tela e do texto, é correto afirmar que a) demonstram a submissão da monarquia portuguesa à contra-reforma católica. b) expressam o encantamento dos europeus com a exuberância natural da terra. c) atestam, como documentos históricos, o caráter conflituoso dos primeiros contatos entre brancos e índios. d) representam o índio sem idealização, reservando-lhe lugar de destaque no quadro, o que era pouco comum. e) apresentam uma leitura do passado na qual os portugueses figuram como portadores da civilização. 23. (Ufsc) Sobre o contato entre europeus e indígenas no Brasil, no século XVI, é CORRETO afirmar que: (01) no período inicial de contato entre europeus e indígenas a idéia que se tinha do Brasil correspondia ao "Paraíso Perdido", o que se verificava pelas relações pacíficas em que viviam as nações indígenas no Brasil. (02) uma única nação habitava o território brasileiro no momento do contato: os tupis-guaranis. (04) o conhecimento da arte de curar era um dos saberes dos indígenas mais cobiçados pelos europeus, que procuraram aprender com eles como utilizar as plantas nativas em benefício próprio. (08) as sociedades indígenas brasileiras não possuíam riquezas em metais preciosos, ao contrário dos povos do México e dos Andes, cujas riquezas foram espoliadas pelos espanhóis. (16) os indígenas brasileiros se organizavam em cidades complexas, com grande concentração populacional e construções monumentais. Soma ( ) 24. Autoria própria 1 - Viagens de Pedro Álvares Cabral 2 - Viagens de Vasco da Gama 3 - Viagens de Bartolomeu Dias 4 - Viagens de Pedro de Covilha

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Observando os navegadores, qual desta(s) viagens chegou(aram) nas "índias”: a) 1. b) 2. c) 1 e 2. d) 2 e 3. 25. (Ueg) Seja qual for o termo utilizado para descrever o encontro de indígenas e europeus no continente americano no findar do século XV, é consenso que seu resultado foi, ao mesmo tempo, lucrativo para os europeus e desastroso para as populações indígenas. Sobre as conseqüências de tal encontro, analise as seguintes proposições: I. A colonização da América do Norte foi empreendida por famílias inglesas em fuga da Inglaterra por causa das perseguições religiosas. Ao implementá-la, os colonos dizimaram grande parte da população nativa, considerada um empecilho para os seus interesses. II. A estrutura básica da economia colonial na América do Norte foi a pequena propriedade fundamentada no trabalho familiar, na policultura e em uma indústria rudimentar, principalmente na área têxtil. III. A partir da descoberta da América, pode-se notar o interesse da Igreja em cristianizar os nativos, preservando as culturas locais, ao mesmo tempo em que se introduzia pacificamente a nova religião. IV. Nas possessões portuguesas, houve pouco interesse na efetiva ocupação do território, devido à prioridade dada pelo reino lusitano ao comércio com as Índias e ao fato de não terem sido encontrados metais preciosos nos primeiros contatos. Assinale a alternativa CORRETA: a) As proposições I, II e III são verdadeiras. b) As proposições II, III e IV são verdadeiras. c) As proposições I, II e IV são verdadeiras. d) As proposições I e III são verdadeiras. e) Todas as proposições são verdadeiras. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO (Ufba) Na(s) questão(ões) adiante julgue os itens numerados de I a V e assinale a alternativa correta utilizando a chave de respostas a seguir: a) Apenas as afirmativas II e III são corretas. b) Apenas as afirmativas I, II e V são corretas. c) Apenas as afirmativas I, IV e V são corretas. d) Apenas as afirmativas II, III, IV e V são corretas. e) Todas as afirmativas são corretas. 26. "(...) Os senhores poucos, os escravos muitos; os senhores rompendo galas, os escravos despidos e nus; os senhores banqueteando; os escravos perecendo a fome; os senhores nadando em ouro e prata; os escravos carregados de ferros; os senhores tratando-os como brutos, os escravos adorando-os e temendo-os como deuses; os senhores em pé apontando para açoite, como estátua da soberba e da tirania, os escravos prostrados com as mãos atadas atrás, como imagem vilíssima da servidão e espetáculos da extrema miséria. Oh Deus! Quantas graças devemos à Fé que nos destes, (...) para que à vista destas desigualdades reconheçamos com tudo vossa justiça e providência! (...)" (Vieira apud AVANCINI, p. 46) Com base no sermão do Padre Vieira, pode-se inferir: I - A posição do jesuíta referente à escravidão reflete o pensamento da Igreja Católica no período colonial. II - As denúncias da Igreja se limitavam ao repúdio às torturas e aos maus tratos, não havendo, porém, questionamento da escravidão enquanto instituição. III - As desigualdades terrenas são reconhecidas no discurso do jesuíta, que elege como espaço de julgamento o fórum divino. IV - A dominação colonialista se fazia pelo poder econômico, jurídico, político e ideológico sobre a classe trabalhadora escravizada. V - O negro ingressou na sociedade brasileira como cultura dominada, e as marcas da escravidão persistem no Brasil de hoje. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO (Pucmg) O texto, do ano de 1612, refere-se ao período colonial brasileiro. Leia-o com atenção "Os bens dos vassalos deste Estado são engenhos, canaviais, roças ou sementeiras, gados, lenhas, escravos, que são o fundamento em que se estriba essa potência [...] porém a [posse] dos escravos é a mais considerável porque dela depende o remédio de todos os outros. Estes escravos hão de ser de Guiné, vindos das conquistas ou comércios de Etiópia, ou hão de ser da própria terra, ou de uns e de outros. [...] Os índios da terra, que parecem de maior facilidade, menos custo e maior número, como andam metidos com os religiosos aos quais vivem sujeitos de maravilha fazem serviço, nem dão ajuda aos leigos, que seja de substância [...]" (MORENO, Diogo de. Livro que dá razão do Estado do Brasil. Apud INÁCIO, Inês da C. e LUCA, Tania R. de. DOCUMENTOS DO BRASIL COLONIAL. São Paulo. Ática, 1993, p. 62-63) 27. Assinale a afirmativa que sintetiza a lógica dos empreendimentos coloniais em relação ao trabalho: a) A mão-de-obra indígena era mais facilmente obtida por ser menos dispendiosa e pela grande quantidade de índios disponíveis na própria Colônia. b) A necessidade de grandes contingentes de trabalhadores levou os portugueses a recorrerem ao trabalho indígena. c) A questão da mão-de-obra foi um problema constante no período, conduzindo à escravização de índios e africanos. d) A escravização do gentio constitui-se numa questão polêmica que contrapôs, freqüentemente, lavradores e missionários. e) O trabalho compulsório mostrou-se o mais adequado ante as diretrizes mercantilistas de ocupação e exploração coloniais. TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES.

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(Pucmg) "Havia muitos destes índios pela Costa junto das Capitanias, tudo enfim estava cheio deles quando começaram os portugueses a povoar a terra; mas porque os mesmos índios se levantaram contra eles e faziam-lhes muitas traições, os governadores e capitães da terra destruíram-nos pouco a pouco e mataram muitos deles, outros fugiram para o sertão, e assim ficou a costa despovoada de gentio ao longo das Capitanias. Junto deles ficaram alguns índios destes nas aldeias que são de paz, e amigos dos portugueses. Á língua deste gentio toda pela costa é, uma: carece de três letras - não se acha nela F, nem L, nem R, cousa digna de espanto, porque assim não têm Fé, nem Lei, nem Rei; e desta maneira vivem sem justiça e desordenadamente. Estes índios andam nus sem cobertura alguma, assim machos como fêmeas; não cobrem parte nenhuma de seu corpo, e trazem descoberto quanto a natureza lhes deu. (...). Não há como digo entre eles nenhum Rei, nem justiça, somente cada aldeia tem um principal que é como capitão, ao qual obedecem por vontade e não por força; (...) [e que] não castiga seus erros nem manda sobre eles cousa contra sua vontade". (GANDAVO, Pero de Magalhães. Tratados da Terra do Brasil. História da província Sta. Cruz. Belo Horizonte / São Paulo: Itatiaia/Edusp., 1980, p.52-54) 28. O tema central do trecho dado pode ser resumido como sendo: a) a violência do processo colonizador contra os índios e sua submissão aos portugueses. b) a ausência da ordem política e da fé entre os povos indígenas do Brasil. c) o relato do comportamento e da falta de moral do índio no tocante aos seus costumes. d) a descrição da organização militar e ausência da autoridade indígena. e) a resistência do gentio à colonização e o estranhamento do colonizador frente à cultura indígena. 29. Todas as afirmativas a seguir, têm relação com o texto de Gandavo, EXCETO: a) No início da colonização, os portugueses encontraram diversas tribos indígenas que habitavam o litoral. b) A resistência do índio legitimou as "guerras justas", levando a sua captura e morte. c) A aculturação do indígena foi feita pela catequese, tarefa exercida especialmente pelos jesuítas. d) Na estrutura social indígena, o chefe exercia a autoridade e não poder de mando sobre a comunidade. e) Dentre as formas de rebeldia do gentio, destacaram-se as fugas e o ataque às vila coloniais. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO (Ufc) Na(s) questão(ões) a seguir escreva no espaço apropriado a soma dos itens corretos. 30. A sociedade colonial brasileira estava baseada na exploração de mão-de-obra cativa de origem africana. Os escravos eram utilizados: (01) no cultivo da cana para a fabricação de açúcar. (02) na educação dos filhos menores dos senhores de engenho. (04) na difusão de técnicas agrícolas pelo interior da colônia. (08) na interiorização da colônia como pequenos proprietários. (16) nos serviços domésticos da casa-grande senhorial. Soma ( ) TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO (Ufmt) Na(s) questão(ões) a seguir julgue os itens e escreva nos parênteses (V) se for verdadeiro ou (F) se for falso. 31. Dentro do contexto colonial brasileiro, julgue os itens. ( ) O "pacto colonial" consistiu no conjunto de normas e leis que regulavam as relações entre as Metrópoles européias, principalmente no campo político. ( ) O Brasil sendo uma colônia de povoamento tinha como características: pequena propriedade, policultura, produção para o mercado interno, mão-de-obra escrava. ( ) A crise do sistema colonial, no fim do século XVIII foi acelerada pela Revolução Industrial que passou a exigir novos mercados determinando o fim do monopólio colonial. ( ) Em 1763 a capital do Brasil foi transferida de Salvador para o Rio de Janeiro, para tanto colaborou o incremento da economia baseada na exploração de riquezas minerais localizadas nos atuais estados de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso. 32. (Ufpr) "Estado centralizado e sistema colonial conjugam-se para acelerar a acumulação de capital comercial pela burguesia mercantil européia" (NOVAIS, F. O Brasil nos Quadros do Antigo Sistema Colonial. In: BRASIL EM PERSPECTIVA, DIFEL). A respeito do sistema mercantilista e do sistema colonial, é correto afirmar que: (01) Monopólio, balança de comércio favorável e protecionismo constituíam as principais características do sistema mercantilista. (02) A produção do açúcar brasileiro conseguiu se expandir graças à rede de distribuição do produto, organizada pela Holanda. (04) A inserção do Brasil no sistema mercantilista permitiu que fossem estabelecidas diversas indústrias na Colônia. (08) Os engenhos de açúcar no Brasil também produziam objetos e alimentos para consumo próprio, garantindo auto-sustentação com referência a alguns produtos básicos. (16) Na vigência do sistema colonial, a descoberta do ouro nas Minas Gerais gerou modificações na economia brasileira, tornando-se o ouro seu principal produto no século XVIII. soma = ( ) 33. Uma quadrinha popular corria de boca em boca na Província de Pernambuco nos meados do século XIX: "Quem viver em Pernambuco Deve estar desenganado Que ou há de ser Cavalcanti Ou há de ser cavalgado." Esta quadrinha é ilustrativa de uma época do Nordeste brasileiro sobre a qual é correto afirmar que:

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(01) As camadas mais pobres eram excluídas das decisões políticas nas províncias do Nordeste. (02) Em Pernambuco, a maioria da população era constituída por escravos, cujo número era crescente em virtude do tráfico negreiro, estimulado oficialmente a partir de 1850. (04) A produção açucareira era monopolizada por oligarquias rurais. (08) O controle da política local era exercido por famílias influentes no setor administrativo das províncias. (16) A maior riqueza da região era o açúcar. Na mesma época, crescia a produção de café no Sul do Brasil, conquistando o mercado internacional. Soma = ( ) Assinale as proposições corretas, some os números a elas associados e marque no espaço apropriado. 34. (Ufba) Sobre o sistema administrativo do Brasil colonial, é possível afirmar:

(01) O sistema administrativo representado no organograma foi montado por D. João III, com o duplo objetivo de ocupar a terra e valorizá-la economicamente. (02) Com a instalação das capitanias hereditárias, o Estado português assumia financeiramente o empreendimento, concedendo aos donatários a posse das terras e repartindo com eles as rendas decorrentes da exploração do subsolo. (04) Com a implantação das capitanias hereditárias, a metrópole passou da fase de circulação de mercadorias para a de produção de gêneros agrícolas, destinados ao mercado externo. (08) Como as capitanias hereditárias não cumpriram os objetivos esperados por Portugal, D. João III decidiu extingui-las, instalando o governo-geral. (16) Com a instalação dos governos-gerais, a metrópole conseguiu efetivar a centralização administrativa na colônia, contando com o apoio da elite local, a quem cabia indicar os ocupantes dos cargos mais representativos. (32) Com a finalidade de sediar o governo-geral, a metrópole ordenou que a Capitania da Bahia de Todos os Santos fosse transformada em capitania real e que aí fosse fundada a cidade do Salvador. (64) As câmaras municipais eram órgãos integrados por representantes dos vários segmentos sociais, eleitos pelo sufrágio universal. Soma ( ) 35. (Mackenzie) A árvore de pau-brasil era frondosa, com folhas de um verde acinzentado quase metálico e belas flores amarelas. Havia exemplares extraordinários, tão grossos que três homens não poderiam abraçá-los. O tronco vermelho ferruginoso chegava a ter, algumas vezes, 30 metros(...) Náufragos, Degredados e Traficantes (Eduardo Bueno) Em 1550, segundo o pastor francês Jean de Lery, em um único depósito havia cem mil toras. Sobre esta riqueza neste período da História do Brasil podemos afirmar. a) O extrativismo foi rigidamente controlado para evitar o esgotamento da madeira. b) Provocou intenso povoamento e colonização, já que demandava muita mão-de-obra. c) Explorado com mão-de-obra indígena, através do escambo, gerou feitorias ao longo da costa; seu intenso extrativismo levou ao esgotamento da madeira. d) O litoral brasileiro não era ainda alvo de traficantes e corsários franceses e de outras nacionalidades, já que a madeira não tinha valor comercial. e) Os choques violentos com as tribos foram inevitáveis, já que os portugueses arrendatários escravizaram as tribos litorâneas para a exploração do pau-brasil. 36. (Unesp) Os primitivos habitantes do Brasil foram vítimas do processo colonizador. O europeu, com visão de mundo calcada em preconceitos, menosprezou o indígena e sua cultura. A acreditar nos viajantes e missionários, a partir de meados do século XVI, há um decréscimo da população indígena, que se agrava nos séculos seguintes. Os fatores que mais contribuíram para o citado decréscimo foram: a) a captura e a venda do índio para o trabalho nas minas de prata do Potosi. b) as guerras permanentes entre as tribos indígenas e entre índios e brancos. c) o canibalismo, o sentido mítico das práticas rituais, o espírito sanguinário, cruel e vingativo dos naturais. d) as missões jesuíticas do vale amazônico e a exploração do trabalho indígena na extração da borracha. e) as epidemias introduzidas pelo invasor europeu e a escravidão dos índios.

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37. (Cesgranrio) Com a expansão marítima dos séculos XV/XVI, os países ibéricos desenvolveram a idéia de "império ultramarino" significando: a) a ocupação de pontos estratégicos e o domínio das rotas marítimas, a fim de assegurar a acumulação do capital mercantil; b) o estabelecimento das regras que definem o Sistema Colonial nas relações entre as metrópoles e as demais áreas do "império" para estabelecer as idéias de liberdade comercial; c) a integração econômica entre várias partes de cada "império" através do comércio intercolonial e da livre circulação dos indivíduos; d) a projeção da autoridade soberana e centralizadora das respectivas coroas e sobre tudo e todos situados no interior desse "império"; e) a junção da autoridade temporal com a espiritual através da criação do Império da Cristandade. 38. (Cesgranrio) A política colonizadora portuguesa, voltada para a obtenção de lucros do monopólio na esfera mercantil, tinha como principal área de produção: a) a implantação da grande lavoura tropical, de base escravista e latifundiária caracterizada pela diversidade de produtos cultivados e presença de minifúndios e latifúndios; b) o "exclusivo colonial", que subordinava os interesses da produção agrícola aos objetivos mercantis da Coroa e dos grandes comerciantes metropolitanos; c) a agricultura de subsistência, baseada em pequenas e médias propriedades, utilizando mão-de-obra indígena; d) a integração agropastoril, destinada ao abastecimento do mercado interno colonial, sobretudo ao do metropolitano; e) a criação de Companhias Cooperativas envolvidas com a produção de tecidos e demais gêneros ligados ao consumo caseiro. 39. (Cesgranrio) "A História do Brasil nos três primeiros séculos está intimamente ligada à da expansão comercial e colonial européia na época moderna." (NOVAES, Fernando, A. "O BRASIL NOS QUADROS DO ANTIGO SISTEMA COLONIAL" in Brasil Perspectiva. Difil. S.Paulo, 1980, p.47) Considerando-se a opinião do autor, podemos dizer que, durante o período colonial: a) Portugal foi o artífice único do desenvolvimento do Brasil. b) houve uma autonomia do Brasil em relação ao quadro de competição entre as várias potências. c) o comércio interno foi a mola maior do desenvolvimento de nosso país. d) a organização da vida econômica e social do Brasil se vinculou ao quadro geral europeu. e) houve uma relativa dependência da estrutura do Brasil Colonial à conjuntura européia moderna. 40. (Cesgranrio) Sobre o Pacto Colonial que, na época mercantilista, definiu o relacionamento entre Metrópole e Colônia e determinou a forma de organização da sociedade colonial, assinale a afirmativa INCORRETA: a) "a metrópole, por isso que é mãe, deve prestar às colônias suas filhas todos os bons ofícios e socorros necessários para a defesa e segurança das suas vidas e dos seus bens, mantendo-se em uma sossegada posse e fruição dessas mesmas vidas e desses bens." b) "é, pois necessário que os interesses da Metrópole sejam ligados com os das colônias, e que estas sejam tratadas sem rivalidade. Quanto os vassalos são mais ricos, tanto o soberano é muito mais." c) "esta impossibilidade de subsistir qualquer indivíduo sem alheios socorros, ou Lei Universal que liga os homens entre si, tem a política nas colônias para maior utilidade e dependência em que devem estar da Metrópole." d) "para viverem em igualdade e abundância... que todos ficariam ricos, tirados da miséria em que se achavam, extinta a diferença da cor branca, preta e parda, porque uns e outros seriam sem diferença chamados e admitidos a todos os ministérios e cargos." e) "numa palavra, quanto os interesses e as utilidades da pátria-mãe se enlaçarem mais com os das colônias suas filhas, tanto ela será mais rica e quanto ela dever mais às colônias, tanto ela será mais feliz e viverá mais segura." 41. (Cesgranrio) Uma das bases do conjunto de práticas mercantilistas era a criação do chamado Antigo Sistema Colonial. Assinale a única das características a seguir que NÃO corresponde a esse sistema. a) Produção colonial com um caráter complementar à metropolitana. b) Colônia servindo como mercado consumidor para os produtos metropolitanos. c) Proibição da entrada de manufaturados não metropolitanos nas colônias, o que vigorou até a crise do sistema. d) Colônias com autonomia política, apesar da administração colonial ser controlada pela Metrópole. e) Monopólio metropolitano sobre o abastecimento de mão-de-obra para as colônias. 42. (Cesgranrio) A organização da administração colonial, apesar da conhecida diferença entre teoria e prática, estava orientada para garantir a conquista e o seu rendimento econômico, como mostra(m): a) subordinação vertical de todas as regiões e órgãos ao Governo Geral. b) crescente desvinculação da metrópole após a criação do Governo Geral. c) prevalência das Câmaras Municipais como agentes de arrecadação do Erário Régio. d) concentração nos capitães e governadores das atividades judiciais em todas as instâncias. e) orientação fiscalista e a preocupação com a defesa predominante em todo o período colonial. 43. (Faap) A colonização portuguesa no Brasil é caracterizada por uma ampla empresa mercantil. É o próprio Estado metropolitano que, em conjugação com as novas forças sociais produtoras, ou seja, a burguesia comercial, assume o caráter da colonização das terras brasileiras. A partir daí os dois elementos - Estado e burguesia - passam a ser os agenciadores coloniais e, assim, a política definida com relação à colonização é efetivada através de alguns elementos básicos que se seguem: dentre eles apenas um não corresponde ao exposto no texto; assinale-o. a) a preocupação básica será a de resguardar a área do Império Colonial face às demais potências européias. b) o caráter político da administração se fará a partir da Metrópole e a preocupação fiscal dominará todo o mecanismo administrativo. c) o vértice definidor, reside no monopólio comercial. d) a função histórica das Colônias será proeminente no sentido de acelerar a acumulação do capital comercial pela burguesia mercantil européia. e) a produção gerada dentro das Colônias estimula o seu desenvolvimento e atende às necessidades de seu mercado interno.

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44. (Faap) No processo de colonização dos trópicos americanos, as relações entre as colônias e as metrópoles foram definidas pelo regime: a) de livre comércio b) de oligopólio c) de monopólio d) liberal e) de livre iniciativa 45. (Faap) Intelectuais mais significativos do Período Colonial, exceto: a) J. Anchieta - autor de INFORMAÇÕES E FRAGMENTOS HISTÓRICOS b) F. Cardim - autor de TRATADOS DA TERRA E GENTE DO BRASIL c) P. M. Gândavo - autor de TRATADO DA TERRA DO BRASIL d) M. Nóbrega - autor de DIÁLOGO DOBRE A CONVERSÃO DO GENTIO e) José de Alencar - autor de IRACEMA 46. (Fatec) Durante o Período Colonial brasileiro, a mão-de-obra do negro africano substituiu, progressivamente, a indígena. Isso se deveu: a) ao fato dos portugueses já utilizarem, há muito, o trabalho escravo negro no sul de Portugal e nas ilhas do Atlântico. b) à inabilidade do indígena para o trabalho agrícola e sedentário. c) à reduzida e dispersa população pré-colombiana comparada com a grande oferta de mão-de-obra negra africana. d) ao fato dos negros africanos já aceitarem passivamente o trabalho na lavoura e na mineração do Brasil. e) aos interesses dos traficantes negreiros e de Portugal neste ramo de comércio colonial, altamente lucrativo. 47. (Fei) A chamada "sociedade patriarcal", característica do Brasil Colonial, assentava-se em dois elementos essenciais, que eram: a) livre comércio e isenção de taxas; b) mão-de-obra assalariada e monocultura; c) pequena propriedade e exportação; d) senhores e escravos; e) comércio e lavoura. 48. (Fgv) Com relação às populações indígenas brasileiras, NÃO é correto afirmar: a) para praticar a agricultura, os tupis derrubavam árvores e faziam a queimada, técnica que seria posteriormente incorporada pelos colonizadores. b) quando os europeus chegaram aqui, encontraram uma população ameríndia homogênea em termos culturais e lingüísticos, distribuída ao longo da costa e da bacia dos Rios Paraná-Paraguai. c) ao longo do período colonial, em várias ocasiões os aimorés, tupis, xavantes, tupiniquins, tapuias e terenas uniram-se para enfrentar os invasores europeus. d) feijão, milho, abóbora e mandioca eram plantados pelas nações indígenas, sendo que a farinha de mandioca tornou-se um alimento básico na Colônia. e) uma forma de resistência dos índios à presença do homem branco consistiu no seu contínuo deslocamento, para regiões cada vez mais pobres. 49. (Fgv) A exploração do pau-brasil se fazia pelo sistema de escambo. Isto significa que: a) a exploração era monopólio real; b) a exploração se baseava no trabalho forçado dos indígenas; c) a exploração era feita pelo sistema de arrendamento; d) a exploração era feita por contrabandistas; e) a exploração implicava na troca do produto por produto. 50. (Fuvest) No período colonial o Brasil, exemplo típico de colônia de exploração, apresentava as seguintes características: a) grande propriedade, policultura, produção comercializada com outras colônias e mão-de-obra livre b) pequena propriedade, cultura de subsistência, produção para o consumo interno e trabalho livre c) colonato, produção manufatureira comercialização com a Metrópole e mão-de-obra compulsória d) latifúndio, cultura de subsistência, produção destinada ao mercado interno e mão-de-obra imigrante e) grande propriedade, monocultura, produção para o mercado externo e mão-de-obra escrava 51. (Fuvest) A sociedade colonial brasileira "herdou concepções clássicas e medievais de organização e hierarquia, mas acrescentou-lhe sistemas de graduação que se originaram da diferenciação das ocupações, raça, cor e condição social. (...) As distinções essenciais entre fidalgos e plebeus tenderam a nivelar-se, pois o mar de indígenas que cercava os colonizadores portugueses tornava todo europeu, de fato, um gentil-homem em potencial. A disponibilidade de índios como escravos ou trabalhadores possibilitava aos imigrantes concretizar seus sonhos de nobreza. (...) Com índios, podia desfrutar de uma vida verdadeiramente nobre. O gentio transformou-se em um substituto do campesinato, um novo estado, que permitiu uma reorganização de categorias tradicionais. Contudo, o fato de serem aborígenes e, mais tarde, os africanos, diferentes étnica, religiosa e fenotipicamente dos europeus, criou oportunidades para novas distinções e hierarquias baseadas na cultura e na cor." (Stuart B. Schwartz, SEGREDOS INTERNOS) A partir do texto pode-se concluir que: a) a diferenciação clássica e medieval entre clero, nobreza e campesinato, existente na Europa, foi transferida para o Brasil por intermédio de Portugal e se constituiu no elemento fundamental da sociedade brasileira colonial. b) a presença de índios e negros na sociedade brasileira levou ao surgimento de instituições como a escravidão, completamente desconhecida da sociedade européia nos séculos XV e XVI. c) os índios do Brasil, por serem em pequena quantidade e terem sido facilmente dominados, não tiveram nenhum tipo de influência sobre a constituição da sociedade colonial. d) a diferenciação de raças, culturas e condição social entre brancos e índios, brancos e negros, tendeu a diluir a distinção clássica e medieval entre fidalgos e plebeus europeus na sociedade colonial. e) a existência de uma realidade diferente no Brasil, como a escravidão em larga escala de negros, não alterou em nenhum aspecto as concepções medievais dos portugueses durante os séculos XVI e XVII.

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52. (Fuvest) Foram características dominantes da colonização portuguesa na América: a) pequenas unidades de produção diversificada, comércio livre e trabalho compulsório. b) grandes unidades produtivas de exportação, monopólio do comércio e escravidão. c) pacto colonial, exploração de minérios e trabalho livre. d) latifúndio, produção monocultora e trabalho assalariado de indígenas. e) exportação de matérias-primas, minifúndio e servidão. 53. (Fuvest-gv) A escravidão indígena adotada no início da colonização do Brasil foi progressivamente abandonada e substituída pela africana entre outros motivos, devido: a) ao constante empenho do papado na defesa dos índios contra os colonos. b) à bem-sucedida campanha dos jesuítas em favor dos índios. c) à completa incapacidade dos índios para o trabalho. d) aos grandes lucros proporcionados pelo tráfico negreiro aos capitais particulares e à Coroa. e) ao desejo manifestado pelos negros de emigrarem para o Brasil em busca de trabalho. 54. (G1) Sobre o Período Colonial brasileiro, pode-se considerar INCORRETA apenas uma das afirmações a seguir: a) não apresentou movimentos sociais contestadores da dominação metropolitana; b) o século XVI foi marcado pelo início da administração portuguesa e pela implantação da rentável agroindústria açucareira; c) apesar do domínio português, nosso território chegou a ser ocupado parcialmente por franceses e holandeses; d) a vinda da família Real portuguesa para o Brasil desencadeou um processo de transformação desde a quebra do pacto colonial em 1808 até a Independência em 1822; e) a expansão territorial rompeu os limites estabelecidos pelo Tratado de Tordesilhas e, em 1750, o Brasil praticamente já tinha a atual configuração geográfica, reconhecida pelo Tratado de Madri. 55. (G1) As ______________ eram construídas pelos portugueses, ao longo do ___________ para o armazenamento do _________________. Completa a frase acima: a) caravelas - interior - açúcar; b) reduções - Rio de Janeiro - ouro; c) missões - interior - escravos d) feitorias - litoral - pau-brasil; e) feitorias - interior - escravos indígenas. 56. (G1) Das quinze capitanias hereditárias criadas pelo governo português, apenas duas se desenvolveram. Foram elas: a) São Paulo e Salvador; b) Rio de Janeiro e Pernambuco; c) Pernambuco e São Vicente; d) São Vicente e São Paulo; e) Pernambuco e Salvador. 57. (G1) Entre as causas da Criação das Capitanias Hereditárias no Brasil, podemos apontar a) a necessidade de apoio do governo português aos comerciantes de pau-brasil; b) a necessidade de organizar a exploração do ouro; c) o fracasso do governo geral; d) o interesse de Portugal no comércio de escravos indígenas; e) a falta de recursos do governo português que transferiu aos donatários a responsabilidade da colonização. 58. (G1) Sobre a presença dos jesuítas no Brasil, é INCORRETO afirmar: a) Catequizavam os indígenas; b) Educavam os indígenas e os colonos; c) Entregavam indígenas aos traficantes de escravos para manter as missões; d) Fundaram vários colégios; e) Contribuíram para amenizar as tensões entre indígenas e colonos. 59. (G1) A introdução da lavoura açucareira no Brasil pelo governo português, pode ser explicada: a) pela necessidade de se expulsar os franceses; b) devido à decadência do comércio de especiarias com as Índias; c) devido à necessidade de garantir aos colonos, um produto que pudesse ser trocado por escravos; d) pelo trabalho dos jesuítas, que precisavam de um produto para vender e garantir o sustento; e) a partir da descoberta do produto por bandeirantes na Amazônia. 60. (G1) A expressão "engenho" no Brasil colonial, designava: a) as áreas de lavoura de algodão para exportação; b) locais onde se armazenavam produtos para exportação; c) companhias de comércio de açúcar; d) grandes propriedades rurais onde se produzia açúcar; e) local onde era moída a cana-de-açúcar. 61. (G1) Entre as realizações de Men de Sá, o terceiro governador geral do Brasil, NÃO se destaca: a) a expulsão dos franceses do Rio de Janeiro; b) a construção da primeira capital do Brasil, Salvador; c) o apaziguamento da Confederação dos Tamoios, através dos jesuítas; d) o incentivo à agricultura e à pecuária; e) a permanência no Brasil além do que havia sido determinado, devido ao bom desempenho.

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62. (G1) Nos centro urbanos do Brasil colonial, a arquitetura e as artes caracterizaram-se pelo estilo: a) Rococó; b) Renascentista; c) Art Nouveau; d) Modernista; e) Barroco. 63. (Mackenzie) "Pouco fruto se pode obter deles se a força do braço secular não acudir para domá-los. Para esse gênero de gente, não há melhor pregação do que a espada e a vara de ferro." (José de Anchieta. Pedro Casaldáliga in "Na Procura do Reino") O fragmento de texto anterior, escrito nos primórdios da colonização do Brasil, refere-se: a) à evangelização do negro e o apresamento de escravos pelos bandeirantes. b) à expansão da cana-de-açúcar para o interior de Mato Grosso e a utilização de mão-de-obra indígena. c) à catequização do índio pelos jesuítas e a utilização dos silvícolas como mão-de-obra nas propriedades da Companhia de Jesus. d) à inadaptação do índio para o trabalho e a escravização do negro pelos jesuítas em suas reduções de ouro. e) à determinação dos jesuítas em pregar o Evangelho junto aos índios e negros, ampliando os horizontes da fé. 64. (Mackenzie) O sistema de capitanias hereditárias, criado no Brasil em 1534, refletia a transição do feudalismo para o capitalismo, na medida em que apresentava como característica: a) a ausência do comércio internacional, aliada ao trabalho escravo e economia voltada para o mercado interno. b) uma economia de subsistência, trabalho livre, convivendo com forte poder local descentralizado. c) ao lado do trabalho servil, uma administração rigidamente centralizada. d) embora com traços feudais na estrutura política e jurídica, desenvolveu uma economia escravista, exportadora, muito distante do modelo de subsistência medieval. e) uma reprodução total do sistema feudal, transportada para os trópicos. 65. (Mackenzie) A função histórica das colônias era completar a economia das metrópoles; no caso brasileiro, a atividade econômica que iniciou este papel histórico foi: a) a criação de gado, facilitando a penetração e povoamento do sertão. b) a cana-de-açúcar, produto em expansão no mercado europeu, que permitiu a ocupação efetiva da colônia. c) a exploração do ouro, fato que consolidou o modelo metalista de mercantilismo português. d) a exploração de drogas do sertão, utilizando trabalho indígena através de missões jesuíticas. e) a produção de gêneros de primeira necessidade voltados para o mercado interno. 66. (Mackenzie) "Contudo tornava-se cada dia mais claro que se perderiam as terras americanas a menos que fosse realizado um esforço de monta para ocupá-las permanentemente. Este esforço significava desviar recursos de empresas muito mais produtivas do oriente". (Celso Furtado) Para garantir sua presença em terras americanas e contornar os gastos elevados de uma colonização, o governo português introduziu: a) o sistema de capitanias, que transferia a particulares, em troca de privilégios e terras, as despesas da colonização. b) a centralização administrativa através do governo geral. c) a emigração maciça de mão-de-obra livre para a colônia, tendo em vista seu povoamento e desenvolvimento interno. d) a criação de um sistema administrativo, totalmente original, baseado em feitorias que incrementaram o povoamento. e) o enfrentamento militar com as potências invasoras e a perda de consideráveis áreas coloniais. 67. (Mackenzie) No Brasil, a corrida do ouro, do final do século XVII e início do século XVIII, provocou inúmeras mudanças nas relações econômico-sociais da colônia. Dentre elas, destacamos: a) o surgimento do mercado interno, o crescimento da propriedade livre e manifestações culturais notáveis na vida urbana. b) o declínio da população e povoamento disperso, sem interiorizar o processo de colonização. c) condições sociais mais opressivas e menores possibilidades de ascensão, em comparação à sociedade açucareira. d) a grande concentração de riquezas internas, em virtude da queda das restrições e impostos metropolitanos. e) a ausência de vínculos econômicos com outras regiões, já que a zona mineradora era, economicamente, auto-suficiente. 68. (Mackenzie) "O ser senhor de engenho é título que muitos aspiram; traz consigo o ser servido, obedecido e respeitado de muitos". (Antonil - "Cultura e Opulência do Brasil"). O texto de Antonil retrata a sociedade açucareira brasileira, cujas características eram: a) a estrutura social rígida e a autoridade quase sem limites do grande proprietário, estendendo-se aos familiares, dependentes e escravos. b) a notável mobilidade social e as grandes possibilidades de ascensão para trabalhadores livres, mestiços e escravos. c) o predomínio da vida urbana e a ausência de relações patriarcais. d) senhor de engenho e trabalhador assalariado nas posições sociais chaves. e) cultura e ideologia próprias, sem vínculos com a metrópole. 69. (Mackenzie) "Pedro Álvares Cabral morreu na obscuridade por volta de 1520, sem nunca ter retornado à corte e virtualmente sem saber que revelara ao mundo um território que era quase um continente. Em 1521, morria também o rei D. Manuel I, o monarca que jamais se interessou pela terra descoberta por Cabral". (Eduardo Bueno - "A viagem do descobrimento") O desinteresse de Portugal pelo Brasil na época do descobrimento explica-se: a) pela reduzida repercussão da descoberta entre as potências marítimas européias. b) pelo fato dos interesses do Estado Português e da burguesia mercantil estarem voltados para as riquezas do oriente. c) pela lógica da economia mercantilista, que valorizava acima de tudo a produção em detrimento do comércio. d) por estas terras pertencerem à Espanha, pelo Tratado de Tordesilhas. e) pelas enormes dificuldades de transportar com segurança os excedentes de produção dos índios brasileiros.

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70. (Puccamp) No Período Colonial Brasileiro, a implantação do trabalho escravo dos africanos deveu-se a) ao desconhecimento de técnicas de produção agrícola pelos indígenas, à fácil adaptação do negro às condições de trabalho e à necessidade de ocupar o território. b) à passividade do negro, à facilidade de produzir tabaco e aguardente e à aceitação por parte dos jesuítas do trabalho compulsório. c) à pouca distância entre o Brasil e a África, à belicosidade dos grupos indígenas e ao desinteresse dos portugueses na produção agrícola. d) ao pequeno crescimento demográfico da Metrópole, à proteção dos indígenas nas missões jesuíticas e à facilidade de extração do ouro de aluvião. e) à abundância de terra, à necessidade de produzir em alta escala um produto de grande aceitação no mercado europeu e à alta lucratividade do tráfico. 71. (Puccamp) "...a agricultura comercial é a solução. Produzem-se gêneros tropicais de acordo com as necessidades do mercado externo: o que determina o empreendimento produtivo é a circulação, o comércio..." Tendo em vista as características da ocupação portuguesa no Brasil, pode-se afirmar, a partir do texto, que a colônia era uma área a) fornecedora de gêneros de primeira necessidade. b) produtora de artigos manufaturados de luxo. c) vinculada à demanda de bens de capital. d) complementar da economia metropolitana. e) sem importância para a economia européia. 72. (Puccamp) Em razão de as comunidades primitivas indígenas representarem, no Período Colonial, apenas reservas de força de trabalho a ser aproveitada no corte e transporte do pau-brasil, entre 1500 e 1530, no Brasil, a) o comércio realizava-se através da troca direta ou escambo. b) a maioria das atividades produtivas concentrava-se na economia informal. c) o extrativismo mineral acabou desenvolvendo um mercado de consumo interno. d) a economia baseou-se essencialmente em atividades agrícolas. e) a expansão da pecuária impulsionou a utilização da mão-de-obra escrava africana. 73. (Puccamp) Os Governos Gerais foram instituídos como a única solução político-administrativa viável para a colonização efetiva do Brasil, na segunda metade do século XVI, porque a) a instituição do sistema, em 1548, suprimiu definitivamente a divisão da Colônia em Capitanias Hereditárias. b) o Governo-Geral representava a centralização político-administrativa da Colônia, que se tornava imperativa, pelo sucesso da maioria das Capitanias Hereditárias. c) o risco crescente, criado com a autonomia excessiva das Capitanias Hereditárias, levou o Estado Metropolitano a organizar o Governo Geral para substituí-las. d) o Governo centralizado na Colônia correspondia melhor à definição absolutista do próprio governo metropolitano. e) o Governo Geral constituía-se, em nível político, como um regime descentralizado e, em nível econômico, como uma grande empresa particular, estando à sua frente o Governador, o único responsável pelo investimento inicial e pelo incentivo à produção . 74. (Puccamp) Uma das exigências do projeto do governo português era fazer do Brasil, enquanto Colônia, um fator de enriquecimento do Estado Moderno lusitano. Respondendo a esta meta, a empresa açucareira teve como principais características: a) terra abundante, mão-de-obra livre e clima favorável. b) agricultura, senzala e pecuária eqüina. c) casa-grande, senzala e mão-de-obra livre d) latifúndio, monocultura e escravidão. e) escassez de terras, mão-de-obra escrava e intempéries climáticas. 75. (Pucmg) Na estrutura administrativa no Brasil colonial, as câmaras desempenharam importantes funções, tais como, EXCETO: a) conservação das ruas, limpezas da cidade e arborização. b) doação de sesmarias, comando militar e formação de milícias. c) construção de obras públicas: estradas, pontes, calçadas e edifícios. d) regulamentação dos ofícios, do comércio, das feiras e mercados. e) abastecimento de gêneros e cultura da terra. 76. (Pucmg) A família patriarcal foi o modelo de organização social do Brasil Colônia. Sobre ela, é correto afirmar, EXCETO: a) A esposa deveria acatar as ordens do marido, administrar a casa e educar cristãmente os filhos. b) O senhor poderia se servir sexualmente das escravas, consideradas "território do prazer". c) O primogênito dividia o poder com o pai, pois aos homens cabiam as posições de mando. d) As filhas eram educadas para reproduzir o papel da mãe como esposas servis e submissas. e) A autoridade suprema era a do pai, a quem todos deviam respeito, obediência e subordinação. 77. (Uece) "A armada de Martim Afonso de Sousa, que deveria deixar Lisboa a 3 de dezembro de 1531, vinha com poderes extensíssimos, se comparados aos das expedições anteriores, mas tinha como finalidade principal desenvolver a exploração e limpeza da costa, infestada, ainda e cada vez mais, pela atividade dos comerciantes intrusos." (HOLANDA, Sérgio Buarque de. "As Primeiras Expedições." in: HOLANDA, Sérgio Buarque de. (org) HISTÓRIA GERAL DA CIVILIZAÇÃO BRASILEIRA. Tomo I, Volume 1. São Paulo: DIFEL, 1960. p. 93.) Com base nesta citação, assinale a alternativa que indica corretamente os principais objetivos das primeiras expedições portuguesas às novas terras descobertas na América: a) expulsar os contrabandistas de pau-brasil e combater os holandeses instalados em Pernambuco b) garantir as terras brasileiras para Portugal, nos termos do Tratado de Tordesilhas, e expulsar os invasores estrangeiros c) instalar núcleos de colonização estável, baseados na pequena propriedade familiar, e escravizar os indígenas d) estabelecer contatos com as civilizações indígenas locais e combater os invasores franceses na Bahia

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78. (Uece) A administração colonial portuguesa exercia seus poderes através das Câmaras Municipais. Sobre estas instituições de poder local no Brasil colônia, podemos afirmar corretamente que: a) tinham funções exclusivas de aplicar as determinações da Coroa, sendo compostas por funcionários sem qualquer poder de decisão b) eram compostas exclusivamente pelos "homens bons", os grandes proprietários de terras, o que garantia a estabilidade econômica e permitia ampla autonomia local c) as câmaras detinham poderes limitados à aplicação da justiça em casos de crimes comuns e à arrecadação dos impostos locais, apesar de formada pelos "homens bons" da colônia d) tinham amplos poderes, tanto ao nível político como administrativo, e eram compostas por vereadores escolhidos em eleições diretas e universais 79. (Uel) No Brasil, a estrutura social do engenho constituiu-se em um exemplo clássico das formas de a) exploração feudal. b) instituição liberal. c) dominação colonialista. d) cooperação socialista. e) organização pré-industrial. 80. (Uel) A centralização político-administrativa do Brasil Colônia foi concretizada com a a) criação do Estado do Brasil. b) instituição do Governo Geral. c) transferência da capital para o Rio de Janeiro. d) instalação do Sistema das Capitanias Hereditárias. e) política de descaso do governo português pela atuação predatória dos bandeirantes. 81. (Uel) Durante todo o século XVI, os portugueses não se preocuparam com a ocupação da Amazônia, principalmente, devido à grande distância entre o extremo norte do Brasil e os principais centros de colonização que na época eram a) Pernambuco e Bahia. b) Rio de Janeiro e São Paulo. c) Minas Gerais e Mato Grosso. d) Rio Grande do Sul e Alagoas. e) Espírito Santo e Santa Catarina. 82. (Uel) Durante o período colonial, havia atritos entre os padres jesuítas e os habitantes locais porque os a) colonos eram ateus belicosos, e os jesuítas, pacíficos católicos. b) religiosos pretendiam escravizar tanto o negro como o índio e os colonos lutavam para receber salários dos capitães donatários. c) colonos desejavam escravizar o negro e os jesuítas se opunham. d) religiosos preocupavam-se com a integração dos indígenas no mercado de trabalho assalariado e os colonos queriam escravizá-los. e) colonos pretendiam escravizar os indígenas e os padres eram contra, pois queriam aldeá-los em missões. 83. (Uel) Em relação à sociedade colonial brasileira, é correto dizer que a) a estrutura agrária baseada na pequena propriedade da terra impedia a estratificação. b) o conjunto das camadas sociais caracteriza-se por expressiva mobilidade social. c) a escravidão foi um princípio básico da estratificação social, tendo-se pouca mobilidade social. d) o casamento entre pessoas de nacionalidades diferentes era proibido para preservar o poder lusitano na estratificação social. e) o desenvolvimento da economia agrícola possibilitou o aumento das atividades urbanas e a formação de restritas camadas sociais. 84. (Uel) A instalação do Governo Geral em 1549 contribuiu para que a colonização do Brasil passasse de transitória para efetiva. Havia um forte motivo que alimentava as esperanças dos portugueses: os espanhóis, nas terras vizinhas, encontraram o que buscavam. Ao tomar medidas procurando assegurar a posse sobre o vasto território, a Coroa portuguesa estava motivada pelas notícias sobre a) o modelo de colonização, dependente da iniciativa privada que se revelava pouco eficaz nos Açores e Madeira. b) as feitorias que vinham dando provas de eficiência como fortificações sólidas para a defesa da terra. c) as semelhanças das culturas pré-cabralinas do Brasil e pré-colombianas da América Central. d) os negócios da Índia em crescente lucratividade, sem riscos de prejuízos e decepções. e) a descoberta de metais preciosos nas terras altas sul-americanas voltadas para o Pacífico. 85. (Uerj) Um dos principais problemas brasileiros da atualidade é a questão da concentração da propriedade da terra. Os meios de comunicação de massa (rádio, televisão, jornal) trazem, todos os dias, matérias sobre invasões promovidas por camponeses sem-terra, mas a falta de terra para quem realmente trabalha nela não é um problema atual. Um instrumento de distribuição de terra do período colonial que comprova a longa duração deste problema no Brasil é: a) o Regimento Geral b) a Carta de Sesmaria c) os Tratados de Saragoça d) o Tratado de Tordesilhas 86. (Uerj) O Estado português reproduziu no Brasil duas feições metropolitanas, possibilitando uma permanente tensão entre as forças sociais dos poderes locais e as forças de centralização do absolutismo. As instituições que exerciam a administração local e central no Brasil colônia eram, respectivamente: a) vice-reinado e capitania hereditária b) câmara municipal e governo geral c) capitania geral e província d) cabildo e capitania real 87. (Uerj)

"E sentado no meu cais Descalço, roto e despido

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Sem trazer mais cabedal Que piolho e assobios" (MATOS, Gregório de. Apud WEHLING, A., WEHLING, M. J. C. de. "Formação do Brasil colonial". Rio de Janeiro: Nova Fronteira,

1994.) Os versos anteriores, escritos por Gregório de Matos no século XVII, satirizavam a vaidade e a rápida ascensão econômica dos comerciantes portugueses na Bahia, que apenas a partir do século XVIII adquiriram um status de maior importância na sociedade. Até essa época, um dos aspectos da sociedade colonial brasileira era definido pela seguinte afirmativa: a) Os proprietários de terra, especialmente os senhores de engenho, representavam a "nobreza da terra". b) A alta burocracia colonial, complemento das elites locais, era ocupada necessariamente por indivíduos nascidos em Portugal. c) Os setores médios da sociedade, principalmente os grandes comerciantes do litoral, formavam um conjunto homogêneo de indivíduos. d) Os ricos mineradores de ouro e diamantes, apesar de discriminados pela aristocracia da terra, ocupavam os cargos mais importantes na administração 88. (Ufes) A organização da agromanufatura açucareira no Brasil Colônia está ligada ao sentido geral da colonização portuguesa, cuja dinâmica estava baseada na a) pesada carga de taxas e impostos sobre o trabalho livre, com o objetivo de isentar de tributos o trabalho escravo. b) unidade produtiva voltada para a mobilidade mercantil interna, ampliada pelo desenvolvimento de atividades artesanais, industriais e comerciais. c) estrutura de produção, que objetivava a urbanização e a criação de maior espaço para os homens livres da colônia. d) pequena empresa, que procurava viabilizar a produção açucareira apenas para o mercado interno. e) propriedade latifundiária escravista, para atender aos interesses da Metrópole Portuguesa de garantir a produção de açúcar em larga escala para o comércio externo. 89. (Ufmg) Leia o texto. "A língua de que [os índios] usam, toda pela costa, é uma: ainda que em certos vocábulos difere em algumas partes; mas não de maneira que se deixem de entender. (...) Carece de três letras, convém a saber, não se acha nela F, nem L, nem R, coisa digna de espanto, porque assim não tem Fé, nem Lei, nem Rei, e desta maneira vivem desordenadamente (...)." (GÂNDAVO, Pero de Magalhães. HISTÓRIA DE PROVÍNCIA DE SANTA CRUZ. 1576) A partir do texto, pode-se afirmar que todas as alternativas expressam a relação dos portugueses com a cultura indígena, EXCETO: a) A busca da compreensão da cultura indígena era uma preocupação do colonizador. b) A desorganização social dos indígenas se refletia no idioma. c) A diferença cultural entre nativos e colonos era atribuída à inferioridade do indígena. d) A língua dos nativos era caracterizada pela limitação vocabular. e) Os signos e símbolos dos nativos da costa marítima eram homogêneos. 90. (Ufmg) Todas as alternativas contêm elementos corretos sobre o projeto missionário e catequizador dos jesuítas, no momento da colonização brasileira, EXCETO: a) A legitimação da espoliação e da fraternidade cristã. b) A oratória barroca, marcada pelo discurso linear e retilíneo. c) A simbiose da alegoria cristã e do pensamento mercantil. d) O ardor da diplomacia cristã, mistura de veemência e ambigüidade. e) Os caminhos violentos e sedutores da pedagogia missionária. 91. (Ufmg) "A cidade que os portugueses construíram na América não é produto mental, não chega a contradizer o quadro da natureza, e sua silhueta se enlaça na linha da paisagem. Nenhum rigor, nenhum método, nenhuma providência, sempre esse significativo abandono que exprime a palavra desleixo." (HOLANDA, Sérgio Buarque de. "O Semeador e o Ladrilhador". In: RAÍZES DO BRASIL. Rio de Janeiro: José Olympio, 1956.) A urbanização no Brasil colonial até o século XVII é vista como sendo provisória e acanhada. Um dos motivos pelos quais Portugal deixou em segundo plano a questão da urbanização foi a) a inutilidade dos centros urbanos já que na colônia a administração ficava a cargo dos Donatários. b) as dificuldades para contratar técnicos especializados que pudessem organizar as cidades. c) as lutas com os espanhóis para a manutenção das terras coloniais que impediram o desenvolvimento da colônia do Brasil. d) O predomínio da vida rural, nos engenhos e nas fazendas de criação, o que diminuiu a importância das cidades. 92. (Ufpe) No Brasil, a Companhia de Jesus participou desde o século XVI da colonização. Sobre a participação dos jesuítas, neste período, é correto afirmar que: a) Os jesuítas substituíram os capitães donatários depois da expulsão dos holandeses; b) A Igreja e a Realeza portuguesa eram inimigas no século XVI, portanto a Realeza obliterou a ação dos jesuítas; c) Os jesuítas atuaram em duas frentes: o trabalho missionário com os índios e a educação com a fundação dos colégios; d) Os jesuítas não encontraram espaço para atuação na América portuguesa. Por esta razão se radicaram na América espanhola; e) As atividades jesuítas foram incrementadas após as reformas pombalinas. 93. (Ufrn) A implantação do sistema colonial transformou as relações amistosas existentes entre indígenas e portugueses no início da ocupação do Brasil.

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Essa transformação se deveu à: a) grande inabilidade dos indígenas para a agricultura, recusando-se a trabalhar nas novas plantações açucareiras, atitude que desagradou aos portugueses. b) crescente ocupação das terras pelos portugueses e à necessidade de mão-de-obra, levando à escravização dos índios, que reagiram aos colonos. c) importação de negros africanos, cuja mão-de-obra acabou competindo com a dos indígenas, excluindo estes do mercado de trabalho agrário. d) introdução de técnicas e instrumentos agrícolas europeus nas aldeias indígenas, desestruturando a economia comunal dos grupos nativos. 94. (Ufrn) Sobre as Capitanias Hereditárias, sistema administrativo adotado no Brasil por iniciativa de D. João III, é correto afirmar: a) O sistema já fora experimentado, com êxito, pelos portugueses em suas possessões nas ilhas atlânticas e marcou o início efetivo da colonização lusa no Brasil. b) Os donatários tornavam-se proprietários das capitanias através da Carta de Doação, a qual lhes dava o direito de vendê-las, de acordo com seus interesses. c) A maioria dos donatários era representante da grande nobreza de Portugal e demonstrava forte interesse pelo sistema de capitanias. d) O fracasso do sistema é associado às lutas ocorridas na disputa pelas terras e aos conflitos com estrangeiros que freqüentavam as costas brasileiras. 95. (Ufsm) "O monopólio do comércio das colônias pela metrópole define o sistema colonial porque é através dele que as colônias preenchem sua função histórica, isto é, respondem aos estímulos que lhes deram origem, que formam a sua razão de ser, enfim, que lhes dão sentido." (NOIVAS, Fernando A. O Brasil nos quadros do Antigo Sistema Colonial. In: MOTA, Carlos Guilherme(org.). BRASIL EM PERSPECTIVA. São Paulo: Difel.) O texto expressa a situação do Brasil no chamado Pacto Colonial. Sobre isso, pode-se dizer que a) a colonização do Brasil se inseriu nos quadros da expansão imperialista mundial e constituiu um importante pilar de sustentação do Estado colonial. b) a colonização foi, em sua essência, motivada pelo interesse do Estado e dos grupos dominantes em adquirir e acumular metais preciosos e terras e em conquistar mercados. c) o pacto transformava a economia colonial numa economia central cuja função era gerar riquezas para a economia periférica metropolitana. d) o pacto favorecia os senhores feudais da metrópole que, recebendo dos colonos os privilégios do monopólio, apropriavam-se do extraordinário lucro gerado pela industrialização das colônias. e) a colônia era estimulada a produzir mercadorias manufaturadas, o que promovia o desenvolvimento do mercado interno e a acumulação de capital comercial pela burguesia mercantil nacional. 96. (Ufv) "O ser Senhor de Engenho é título a que muitos aspiram, porque traz consigo o ser servido, obedecido e respeitado de muitos. E se for, qual deve ser, homem de cabedal e governo, bem se pode estimar no Brasil o ser Senhor de Engenho, quanto proporcionadamente se estimam os títulos entre os fidalgos do Reino." (ANTONIL. "Cultura e Opulência do Brasil", 1711) O engenho colonial representava, em miniatura, o modelo das relações de poder que eram dominantes na sociedade colonial como um todo. Das alternativas a seguir, aquela que NÃO constitui atribuição típica de senhor de engenho na colônia é: a) organizar grandes expedições aos sertões em busca de metais e pedras preciosas. b) exercer o mando e o controle sobre um amplo espectro de dependentes e servidores, incluindo familiares, agregados, escravos e lavradores livres. c) possuir um grande plantel de escravos, ocupados na complexa tarefa da produção do açúcar. d) estar vinculado a uma rede triangular de relações mercantis, envolvendo a exportação do açúcar para a metrópole e a importação de escravos da costa da África. e) possuir imensa riqueza, na forma de terras e equipamentos para o fabrico do açúcar. 97. (Unaerp) Em 1534, o governo português concluiu que a única forma de ocupação do Brasil seria através da colonização. Era necessário colonizar, simultaneamente, todo o extenso território brasileiro. Essa colonização dirigida pelo governo português se deu através da: a) criação da Companhia Geral do Comércio do Estado do Brasil. b) criação do sistema de governo geral e câmaras municipais. c) criação das Capitanias Hereditárias. d) montagem do sistema colonial. e) criação e distribuição das Sesmarias. 98. (Unb) Quanto aos aspectos políticos e administrativos da vida colonial do Brasil no século XVI, julgue os seguintes itens. (0) O absolutismo português estendia-se ao Brasil, centralizando o monarca as decisões mais relevantes da vida política e administrativa da colônia. (1) O imperador governava diretamente a colônia, sem delegar poderes a uma burocracia e sem órgãos executores da política administrativa no Brasil. (2) A criação do governo-geral foi uma forma de garantir efetivamente a unidade e a centralização administrativa da colônia. (3) As eleições municipais, em princípio indiretas, eram conduzidas pelos "homens bons" reunidos nas câmaras.

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99. (Unesp) A implantação do sistema de Governo-Geral, em 1548, não representou a extinção do anterior modelo administrativo descentralizado das Donatárias. Assinale a alternativa diretamente relacionada com o governo Tomé de Souza. a) Incorporação do reino português à Coroa espanhola pela morte do Rei D. Sebastião em Alcácer-Quibir. b) Fundação de São Paulo de Piratininga e da cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. c) Criação do Bispado do Salvador, o primeiro do Brasil. d) Assinatura do Tratado de Madrid, restabelecendo os limites naturais previstos no Tratado de Tordesilhas de 1494. e) Os franceses expulsos desistiram de contestar a soberania lusitana no Brasil. 100. (Unesp) Para o Brasil, "no geral, a economia colonial predatória, com baixo grau de reinvestimento, apresenta uma forma de crescimento extensivo que tende para a itinerância." (Fernando A. Novais, HISTÓRIA DA VIDA PRIVADA NO BRASIL.) Em conseqüência, é possível caracterizar a população brasileira desse período como a) instável e em constante litígio com a política colonial portuguesa. b) móbil, instável e dispersa. c) sedentária e concentrada na zona urbana. d) móbil e avessa à miscigenação. e) sedentária e concentrada no interior. 101. (Unirio) A colonização brasileira no século XVI foi organizada sob duas formas administrativas, Capitanias Hereditárias e Governo Geral. Assinale a afirmativa que expressa corretamente uma característica desse período. a) As capitanias, mesmo havendo um processo de exploração econômica na maior parte delas, garantiram a presença portuguesa na América, apesar das dificuldades financeiras da Coroa. b) As capitanias representavam a transposição para as áreas coloniais das estruturas feudais e aristocráticas européias. c) As capitanias, sendo empreendimentos privados, favoreceram a transferência de colonos europeus, assegurando a mão-de-obra necessária à lavoura. d) O Governo Geral permitiu a direção da Coroa na produção do açúcar, o que assegurou o rápido povoamento do território. e) O Governo Geral extinguiu as Donatarias, interrompendo o fluxo de capitais privados para a economia do açúcar. 102. (Unirio) A história econômica e social do Brasil Colonial está pontilhada de crises de abastecimento que podem ser explicadas por: a) desvio da produção de alimentos para o consumo das tropas e abastecimento do Oriente. b) maior atenção e investimento nos setores extrativos da economia colonial, durante o primeiro século da colonização. c) predominância dos setores voltados para a produção de exportação. d) baixa produtividade das lavouras indígenas responsáveis pelo abastecimento das cidades. e) constantes ataques de piratas, que paralisavam a importação de gêneros alimentícios da Europa. 103. (Unirio) O início da colonização portuguesa no Brasil, no chamado período "pré-colonial" (1500 -1530), foi marcado pelo(a): a) envio de expedições exploratórias do litoral e pelo escambo do pau-brasil. b) plantio e exploração do pau-brasil, associado ao tráfico africano. c) deslocamento, para a América, da estrutura administrativa e militar já experimentada no Oriente. d) fixação de grupos missionários de várias Ordens Religiosas para catequizar os indígenas. e) implantação da lavoura canavieira, apoiada em capitais holandeses. 104. (Unirio) A descoberta do Brasil não alterou os rumos da expansão portuguesa voltada prioritariamente para o Oriente, o que explica as características dos primeiros anos da colonização brasileira, entre as quais se inclui o(a): a) caráter militar da ocupação, visando à defesa das rotas atlânticas. b) escambo com os indígenas, garantindo o baixo custo da exploração. c) abertura das atividades extrativas da colônia a comerciantes das outras potências européias. d) migração imediata de expressivos contingentes de europeus e africanos para a ocupação do território. e) exploração sistemática do interior do continente em busca de metais preciosos. 105. (Unirio) Assinale, entre as opções a seguir, a que apresenta uma característica da organização da sociedade colonial brasileira: a) Predomínio de uma ampla camada de pequenos proprietários ligados à economia de abastecimento. b) Escravidão, que constituía seu principal elemento e na qual se baseava todo o funcionamento da economia colonial. c) Servidão indígena, largamente difundida no interior, principalmente após a expansão paulista. d) Ausência de um setor social ligado ao comércio, que era controlado pelos estrangeiros. e) Crescente ampliação das camadas de homens livres, ocupados em todos os setores da economia colonial. 106. (Unirio) O Estado Colonial no Brasil está organizado em esferas administrativas que conflitam com frequência, como expressão na: a) reação das Câmeras Municipais contra as ações de Governadores ou contra aspectos da política colonial como os monopólios. b) integração das administrações judiciária e militar na figura do Ouvidor-Geral. c) desvinculação da administração fazendária dos Governadores e Capitães, subordinando-se diretamente à metrópole. d) autoridade dos Governadores sobre a organização do clero. e) verticalização administrativa com rígida hierarquização de todos os órgãos subordinados aos Capitães. 107. (Cesgranrio) A Igreja Católica teve papel relevante no processo de colonização, que pode ser constatado: a) na Catequese que, promovendo a integração do índio aos padrões europeus e cristãos, favoreceu a sua emancipação. b) na Educação, através das Ordens Religiosas, a Igreja monopolizou as instituições de ensino até o século XVIII. c) nas Missões, que, ao reunirem os contingentes indígenas, facilitavam o fornecimento de mão-de-obra para a lavoura. d) na defesa das Fronteiras, sendo as missões a primeira defesa por onde penetraram estrangeiros no Brasil. e) na administração, ocupando o clero a maior parte dos cargos públicos que exigiam melhor nível de instrução.

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108. (Fuvest) "As aldeias de índios estão forçadas a entregar certa quantidade de seus membros aptos para realizar trabalhos (...), durante um prazo determinado. Esses índios são compensados com certa quantidade de dinheiro e destinados aos mais variados tipos de serviços." Esse trecho da obra de Sérgio Bagú, ECONOMIA DA SOCIEDADE COLONIAL, apresenta as condições de trabalho compulsório a) dos diversos grupos indígenas das áreas colonizadas por espanhóis e portugueses. b) dos grupos indígenas das áreas espanholas submetidos à instituição da "mita". c) dos grupos indígenas das áreas portuguesas submetidas às regras da "guerra justa". d) dos grupos indígenas das áreas agrícolas de colonização espanhola submetidos ao regime de "encomienda". e) dos grupos indígenas das áreas portuguesas e espanholas originários das "missões" dos jesuítas.

3 – Invasões Estrangeiras e Ataques à Colônia

QUESTÕES TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO (Puccamp) Recife Não a Veneza americana Não a Mauritsstad dos amadores das Índias Ocidentais Não a Recife dos Mascates Nem mesmo a Recife que aprendi a amar depois - Recife das revoluções libertárias Mas o Recife sem história nem literatura Recife sem mais nada Recife da minha infância (Manuel Bandeira, "Evocação do Recife, Libertinagem") 1. A Companhia das Índias Ocidentais a que o poema se refere faz parte de um momento da História brasileira e foi a) marcada por um conjunto de medidas que impulsionou a expansão da colonização portuguesa na América e a descoberta das áreas mineradoras no planalto central. b) formada com capitais públicos e privados lusos; sua finalidade era apoiar a luta pela expulsão dos holandeses do Nordeste e recuperar o comércio da colônia com a metrópole. c) organizada com a clara intenção de promover a centralização política, administrativa e jurídica da colônia nas mãos dos representantes enviados pelo governo holandês. d) criada pelo governo e por grupos mercantis e financeiros das Províncias Unidas com o objetivo de dominar a produção e o comércio de açúcar, assim como o tráfico de escravos. e) responsável pela elaboração de leis, normas e regras sobre toda administração pública e sobre a justiça que deveriam ser seguidas no reino e nas colônias portuguesas. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO (Puccamp) (...) a pré-história das nossas letras interessa como reflexo da visão do mundo e da linguagem que nos legaram os primeiros observadores do país. É graças a essas tomadas diretas da paisagem, do índio e dos grupos sociais nascentes, que captamos as condições primitivas de uma cultura que só mais tarde poderia contar com o fenômeno da palavra-arte. (Alfredo Bosi. "História concisa da Literatura Brasileira". S. Paulo: Cultrix, 1970, p. 15) 2. Dentre os muitos observadores do país, que se dedicaram a fazer tomadas diretas da paisagem, do índio e dos grupos sociais nascentes, temos artistas holandeses como Frans Post e Albert Eckhout. Tais artistas vieram ao Brasil, no século XVII, em função da a) Companhia de Jesus, que estimulou a difusão de obras artísticas que retratavam a beleza do Brasil, a fim de desmistificar a idéia de "selvageria" associada à natureza e ao indígena. b) administração pombalina, que valorizou a produção artística e científica desenvolvida por estrangeiros, no Brasil, exercendo o chamado "despotismo esclarecido". c) chamada Missão Francesa, que foi constituída por artistas e cientistas de várias nacionalidades, encarregados de registrar a geografia, as raças, a flora e a fauna brasileiras. d) Companhia das Índias Ocidentais, que se empenhou em avaliar economicamente a riqueza natural brasileira, para atender aos interesses comerciais da Coroa Portuguesa. e) administração nassauviana, que procurou desenvolver a vida cultural da "Nova Holanda", patrocinando a vinda e a produção de artistas, cientistas, escritores e teólogos. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO (Ufrn) Leia o fragmento textual abaixo para responder às questões adiante. A cidade dos tempos do capitalismo do século XX adquiriu uma característica que, até o século XIX, era peculiar aos portos: passa a se constituir, sobretudo, de uma população estrangeira, de várias origens e regiões, e, quando muito, de uma população apenas de passagem. A produção econômica, voraz em sua fome de força de trabalho a baixo custo, dispõe, nessa cidade, de um enorme mercado de mão-de-obra. No entanto, a cidade capitalista, apesar de gerar um novo território comum, não consegue garantir um espaço para todos. Adaptado de ROLNIK, Raquel. "O que é cidade." São Paulo: Brasiliense, 1995.

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3. Durante a primeira metade do século XVII, na Capitania do Rio Grande [do Norte], ocorreram vários conflitos armados, com os quais se podem relacionar os interesses a) das Companhias de Comércio de Pernambuco e da Paraíba, que lutavam pelo direito de aprisionar o nativo, com a finalidade de vendê-lo na Europa. b) das diversas etnias nativas, Tupi e Tarairiú, que aproveitavam os conflitos coloniais para vingarem-se dos grupos indígenas oponentes. c) da França e da Espanha, que, para retomarem o controle do Nordeste, instigavam os índios contra os portugueses, enfraquecendo estes. d) da Holanda e de Portugal, que buscavam aliança com os nativos, vistos como elementos de apoio na luta pelo domínio territorial do Nordeste açucareiro. 4. A observação do mapa a seguir e os conhecimentos sobre as pressões estrangeiras no Brasil colonial permitem afirmar:

(01) A invasão da Capitania do Maranhão pelos franceses despertou a metrópole portuguesa para a necessidade de ocupar e colonizar efetivamente a região. (02) A ocupação simultânea da baía de Guanabara e da Capitania do Maranhão pelos franceses decorreu, entre outros fatores, de divergências religiosas na Europa e só se concretizou após a aliança dos invasores com os traficantes de escravos e indígenas. (04) A concorrência que se estabeleceu entre as nações mercantilistas européias pela posse de áreas coloniais explica a constante presença de invasores estrangeiros no litoral das terras do Brasil. (08) A concentração de invasores estrangeiros no Nordeste resulta não só da importância da região na exportação do açúcar e na exploração do pau-brasil, mas também da presença, aí, dos principais centros urbanos coloniais. (16) A Nova Holanda, representada no mapa, foi organizada pelos invasores, após a expulsão dos antigos colonizadores portugueses e de seus escravos indígenas e africanos. (32) A presença de corsários ingleses contribuiu para a instalação de uma economia agrícola voltada para a exportação, na Capitania de São Vicente. (64) A instalação dos governos gerais e a posterior criação do Estado do Maranhão resultaram, entre outros fatores, da necessidade de defender a Colônia contra a ação de corsários e invasores estrangeiros. Soma ( ) TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES. (Ufpr) Na(s) questão(ões) a seguir, escreva no espaço apropriado a soma dos itens corretos. 5. No período compreendido entre os anos de 1624 e 1654, o Brasil-colônia foi alvo de duas tentativas de conquista por parte da Companhia das Índias Ocidentais, importante empresa mercantil dos Países-Baixos (Holanda). Sobre a conjuntura do domínio holandês no Brasil, é correto afirmar que: (01) A ocupação holandesa se fez sem resistência de qualquer espécie. (02) A invasão foi decidida principalmente em função dos lucros que poderiam ser auferidos pela Companhia das Índias Ocidentais com a exploração do açúcar, então a principal riqueza do Brasil. (04) O ataque à colônia era uma tentativa dos Países Baixos de atingir a Espanha, país com a qual travou uma guerra prolongada, uma vez que, com a União Ibérica, o reino de Portugal e todas as suas colônias haviam passado ao domínio do Imperador espanhol Filipe II. (08) Com a saída dos holandeses do nordeste brasileiro, a economia açucareira atinge o apogeu no Brasil. (16) Maurício de Nassau havia desenvolvido política de financiamento e reconstrução de engenhos. Com o fim de seu governo, os latifundiários endividados foram cobrados, crescendo a incompatibilidade entre os interesses dos produtores e o ocupante holandês. soma = ( ) 6. Nos séculos XVI e XVII, o Brasil foi alvo de invasões e de empreendimentos por parte de diversas nações européias. A este respeito é correto afirmar que: (01) Os franceses fundaram a França Antártica (1555) no Rio de Janeiro e a França Equinocial (1612) no Maranhão. (02) Os ingleses fizeram incursões, saqueando portos e suas povoações, bem como apresando cargas de navios. (04) Os holandeses se estabeleceram no nordeste brasileiro de 1630 a 1654, empenhando-se principalmente na produção e exploração do açúcar. (08) As invasões holandesas estavam ligadas à Companhia das Índias Ocidentais, criada para a exploração mercantil das colônias na América. (16) Os espanhóis praticaram a pirataria nas costas brasileiras nas primeiras décadas do século XVII, invadindo as cidades de Santos e Salvador. soma = ( )

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7. (Cesgranrio) No século XVII, as invasões do nordeste brasileiro pelos holandeses estavam relacionadas às mudanças do equilíbrio comercial entre os países europeus porque: a) a Holanda apoiava a união das monarquias ibéricas. b) a aproximação entre Portugal e Holanda era uma forma de os lusos se liberarem da dependência inglesa. c) as Companhias das Índias Orientais e Ocidentais monopolizavam o escambo do pau-brasil. d) os holandeses tinham grandes interesses no comércio do açúcar. e) Portugal era tradicionalmente rival dos holandeses nas guerras européias. 8. (Enem) Rui Guerra e Chico Buarque de Holanda escreveram uma peça para teatro chamada "Calabar", pondo em dúvida a reputação de traidor que foi atribuída a Calabar, pernambucano que ajudou decisivamente os holandeses na invasão do Nordeste brasileiro, em 1632.

- Calabar traiu o Brasil que ainda não existia? Traiu Portugal, nação que explorava a colônia onde Calabar havia nascido? Calabar, mulato em uma sociedade escravista e discriminatória, traiu a elite branca?

- Os textos referem-se também a esta personagem. - - Texto I: "... dos males que causou à Pátria, a História, a inflexível História, lhe chamará infiel, desertor e traidor, por todos os

séculos" Visconde de Porto Seguro, in: SOUZA JÚNIOR, A. "Do Recôncavo aos Guararapes". Rio de Janeiro: Bibliex, 1949. Texto II: "Sertanista experimentado, em 1627 procurava as minas de Belchior Dias com a gente da Casa da Torre; ajudara Matias de Albuquerque na defesa do Arraial, onde fora ferido, e desertara em conseqüência de vários crimes praticados..." (os crimes referidos são o de contrabando e roubo). CALMON P. "História do Brasil". Rio de Janeiro: José Olympio, 1959. Pode-se afirmar que: a) A peça e os textos abordam a temática de maneira parcial e chegam às mesmas conclusões. b) A peça e o texto I refletem uma postura tolerante com relação à suposta traição de Calabar, e o texto II mostra uma posição contrária à atitude de Calabar. c) Os textos I e II mostram uma postura contrária à atitude de Calabar, e a peça demostra uma posição indiferente em relação ao seu suposto ato de traição. d) A peça e o texto II são neutros com relação à suposta traição de Calabar, ao contrário do texto I, que condena a atitude de Calabar. e) A peça questiona a validade da reputação de traidor que o texto I atribui a Calabar, enquanto o texto II descreve ações positivas e negativas dessa personagem. 9. (Enem) No princípio do século XVII, era bem insignificante e quase miserável a Vila de São Paulo. João de Laet davalhe 200 habitantes, entre portugueses e mestiços, em 100 casas; a Câmara, em 1606, informava que eram 190 os moradores, dos quais 65 andavam homiziados*. *homiziados: escondidos da justiça Nelson Werneck Sodré. "Formação histórica do Brasil". São Paulo: Brasiliense, 1964. Na época da invasão holandesa, Olinda era a capital e a cidade mais rica de Pernambuco. Cerca de 10% da população, calculada em aproximadamente 2.000 pessoas, dedicavam-se ao comércio, com o qual muita gente fazia fortuna. Cronistas da época afirmavam que os habitantes ricos de Olinda viviam no maior luxo. Hildegard Féist. "Pequena história do Brasil holandês". São Paulo: Moderna, 1998 (com adaptações). Os textos apresentados retratam, respectivamente, São Paulo e Olinda no início do século XVII, quando Olinda era maior e mais rica. São Paulo é, atualmente, a maior metrópole brasileira e uma das maiores do planeta. Essa mudança deveu-se, essencialmente, ao seguinte fator econômico: a) maior desenvolvimento do cultivo da cana-de-açúcar no planalto de Piratininga do que na Zona da Mata Nordestina. b) atraso no desenvolvimento econômico da região de Olinda e Recife, associado à escravidão, inexistente em São Paulo. c) avanço da construção naval em São Paulo, favorecido pelo comércio dessa cidade com as Índias. d) desenvolvimento sucessivo da economia mineradora, cafeicultora e industrial no Sudeste. e) destruição do sistema produtivo de algodão em Pernambuco quando da ocupação holandesa. 10. (Faap) O Brasil estava sob domínio ibérico de 1580 a 1640. Neste período os criadores de gado e os bandeirantes, que buscavam metais e pedras preciosas, atravessaram a linha imaginária do Tratado de Tordesilhas, incorporando ao território brasileiro: a) Minas Gerais, Amazonas e Pará b) Ceará, Piauí e Alagoas c) Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso d) Maranhão, Pernambuco e Bahia e) Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina 11. (Fatec) A administração de Maurício de Nassau, no Brasil Holandês, foi importante, pois, entre outras realizações: a) eliminou as divergências existentes com os representantes da Companhia das Índias Ocidentais. b) criou condições para que a Reforma Luterana se afirmasse no Nordeste. c) promoveu a efetiva consolidação do sistema de produção açucareira. d) integrou o sistema econômico baiano ao de Pernambuco. e) realizou alterações na estrutura fundiária, eliminando os latifúndios. 12. (Fatec) "São os portugueses que antes de quaisquer outros se ocuparão do assunto. Os espanhóis, embora tivessem concorrido com eles nas primeiras viagens de exploração, abandonarão o campo em respeito ao Tratado de Tordesilhas (1494) e à bula papal que dividira o mundo a se descobrir por linhas imaginária entre as coroas portuguesa e espanhola. O litoral brasileiro ficava na parte lusitana, e os espanhóis respeitavam seus direitos. O mesmo não se deu com os franceses, cujo rei (Francisco I ) afirmaria desconhecer a cláusula do testamento de Adão que reservava o mundo unicamente a portugueses e espanhóis. Assim eles virão também, e a concorrência só resolveria pelas armas". (PRADO Jr, Caio. HISTÓRIA ECONÔMICA DO BRASIL. São Paulo, Brasiliense, 1967.) Segundo o texto, é correto afirmar que:

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a) espanhóis e portugueses resolveriam a posse das terras da América pela força das armas. b) a concorrência entre Portugal e Espanha serviu de pretexto para que o rei da França reservasse a si o direito de atacar a Península Ibérica e resolver o impasse pela força das armas. c) os franceses não reconheceram o Tratado de Tordesilhas e, por isso, não respeitaram a posse de terras pertencentes a Portugal ou Espanha. d) lançando mão da "cláusula de Adão", o rei da França fundamentava a tese de que o Papa tinha todo o direito de dispor do mundo, uma vez que era descendente direto de Adão. e) para os franceses, os espanhóis não respeitavam o litoral brasileiro e assolavam-no constantemente porque não reconheciam, em nenhum documento, que Portugal detinha a posse das terras brasileiras. 13. (Fatec) Os holandeses permaneceram no Brasil, em Pernambuco, de 1630 até 1654; conquistaram terras, desenvolveram a indústria açucareira e urbanizaram Recife. É correto afirmar, ainda, que a) foram traídos por Domingos Fernandes Calabar quando invadiram o Brasil. b) invadiram primeiramente o Rio de Janeiro, onde fundaram o Brasil Holandês, uma colônia totalmente formada por protestantes. c) dominaram grande parte dos senhores de engenho preocupados não só em escravizar os índios para trabalhar na lavoura mas também em destruir o Quilombo de Palmares. d) fundaram o Arraial do Bom Jesus, de onde partiram e dominaram por completo os brasileiros. e) tiveram em Maurício de Nassau a maior figura holandesa no Brasil, pois foi ele quem reorganizou a vida econômica, após ter garantido a ocupação do território. 14. (Fatec) Em relação ao período da ocupação holandesa no Nordeste brasileiro, afirma-se: I. A invasão deveu-se aos interesses dos comerciantes holandeses pelo açúcar produzido na região, interesses esses que foram prejudicados devido à União Ibérica (1580-1640). II. Foi, também, uma conseqüência dos conflitos econômicos e políticos que envolviam as relações entre os chamados Países Baixos e o Império espanhol. III. As medidas econômicas de Nassau garantiam os lucros da Companhia das Índias Ocidentais e os lucros dos senhores de engenho, já que aumentaram a produção do açúcar. IV. A política adotada por Nassau para assentar os holandeses na Bahia acabou por deflagrar sua derrota e o fim da ocupação holandesa, graças à resistência dos índios e portugueses expulsos das terras que ocupavam. São verdadeiras as proposições: a) I e II. b) I, II e III. c) II, III e IV. d) I, III e IV. e) II e IV. 15. (Fgv) Com relação ao domínio holandês no Brasil, no período colonial, pode-se afirmar que: a) os limites das suas conquistas ficaram restritos a Pernambuco, então a Capitania que mais produzia açúcar na Colônia; b) o governo de Nassau, de acordo com a Companhia das Índias Ocidentais, procurou, juntamente com os produtores locais, incrementar ainda mais a produção do açúcar; c) a partir de suas bases no Nordeste, os holandeses ampliaram o raio da sua dominação, chegando, em 1645, a conquistar a Amazônia peruana; d) oriundo de uma Holanda dividida pelas guerras de religião, o protestante Nassau fez do seu governo, em Pernambuco, um regime teocrático de protestantismo radical; e) nas regiões que dominaram, os holandeses transformaram a economia numa atividade igualmente lucrativa para Portugal e Espanha. 16. (Fgv) As tentativas francesas de estabelecimento definitivo no Brasil ocorreram entre a segunda metade do século XVI e a primeira metade do século XVII. As regiões que estiveram sob ocupação francesa foram: a) Rio de Janeiro (França Antártica) e Pernambuco (França Equinocial); b) Pernambuco (França Antártica) e Santa Catarina (França Equinocial); c) Bahia (França Equinocial) e Rio de Janeiro (França Antártica); d) Maranhão (França Equinocial) e Rio de Janeiro (França Antártica); e) Espírito Santo (França Equinocial) e Rio de Janeiro (França Antártica). 17. (Fgv) A administração de Maurício de Nassau sobre parte do Nordeste do Brasil, no século XVII, caracterizou-se a) por uma forte intolerância religiosa, representada, principalmente, por meio do confisco das propriedades dos judeus e dos católicos. b) pela proteção às pequenas e médias propriedades rurais, o que contribuiu para o aumento da produção de açúcar e tabaco em Pernambuco. c) por uma ocupação territorial limitada a Pernambuco, em função da proteção militar efetuada por Portugal nas suas colônias africanas. d) por inúmeras vantagens econômicas aos colonos e pela ausência de tolerância religiosa, representada pela imposição do calvinismo. e) pela atenção aos proprietários luso-brasileiros, que foram beneficiados com créditos para a recuperação dos engenhos e a compra de escravos.

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18. (Fgv) "Guerreado por Madri e pela Holanda, posto em quarentena pela Santa Sé, Portugal busca o apoio de Londres, preferindo a aliança com os distantes hereges, a associação com os vizinhos católicos. Dando seguimento vários tratados bilaterais, os portugueses facilitam o acesso dos mercadores e das mercadorias inglesas às zonas sob seu controle na Ásia, África e América". ALENCASTRO, L.F. de, "A economia política dos descobrimentos", NOVAES, A. (org.), A descoberta do homem e do mundo, São Paulo, Cia das Letras, 1998, p. 193. O trecho do texto de Alencastro refere-se: a) Ao período inicial da expansão marítima portuguesa, no qual as rivalidades com a Espanha em torno da partilha da América levaram a uma aproximação diplomática entre Portugal e Inglaterra. b) À época da Restauração, que se seguiu à união dinástica entre as monarquias ibéricas e que obrigou a Coroa portuguesa a enfrentar tropas espanholas na Europa e holandesas na África e na América. c) À época napoleônica, que acabou por definir o início da aproximação diplomática de Portugal com a Inglaterra, em virtude da articulação franco-espanhola que ameaçava as colônias portuguesas na América. d) Ao período de Guerras de Religião, durante o qual monarquia portuguesa, por aproximar-se dos calvinistas ingleses, passou a ser encarada com suspeitas pelo poder pontifício. e) À época das primeiras viagens portuguesas às Índias, quando muitas expedições foram organizadas em conjunto por Inglaterra e Portugal, o que alijou holandeses e espanhóis das atividades mercantis realizadas na Ásia. 19. (Fuvest) É característica da economia holandesa, na primeira metade do século XVII: a) a preponderância das atividades comerciais e financeiras, com a formação de importante frota naval. b) o predomínio do setor industrial na economia, em detrimento das atividades comerciais. c) a formação de companhias de comércio, dando início ao liberalismo econômico. d) o aproveitamento exclusivo de rotas fluviais, consolidando a hegemonia econômica na Europa Oriental. e) a inexistência de agricultura e pesca, conduzindo à dependência dos países fornecedores. 20. (Fuvest) Entre as mudanças ocorridas no Brasil Colônia durante a União Ibérica (1580 - 1640), destacam-se a) a introdução do tráfico negreiro, a invasão dos holandeses no Nordeste e o início da produção de tabaco no recôncavo Baiano. b) a expansão da economia açucareira no Nordeste, o estreitamento das relações com a Inglaterra e a expulsão dos jesuítas. c) a incorporação do Extremo-Sul, o início da exploração do ouro em Minas Gerais e a reordenação administrativa do território. d) a expulsão dos holandeses do Nordeste, a intensificação da escravização indígena e a introdução das companhias de comércio monopolistas. e) a expansão da ocupação interna pela pecuária, a expulsão dos franceses e o incremento do bandeirismo. 21. (Fuvest) Foram, respectivamente, fatores importantes na ocupação holandesa no Nordeste do Brasil e na sua posterior expulsão: a) o envolvimento da Holanda no tráfico de escravos e os desentendimentos entre Maurício de Nassau e a Companhia das Índias Ocidentais. b) a participação da Holanda na economia do açúcar e o endividamento dos senhores de engenho com a Companhia das Índias Ocidentais. c) o interesse da Holanda na economia do ouro e a resistência e não aceitação do domínio estrangeiro pela população. d) a tentativa da Holanda em monopolizar o comércio colonial e o fim da dominação espanhola em Portugal. e) a exclusão da Holanda da economia açucareira e a mudança de interesses da Companhia das Índias Ocidentais. 22. (Fuvest) Sobre a presença francesa na baía de Guanabara (1557-1560), podemos dizer que foi: a) apoiada por armadores franceses católicos que procuravam estabelecer no Brasil a agro-indústria açucareira. b) um desdobramento da política francesa de luta pela liberdade nos mares e assentou-se numa exploração econômica do tipo da feitoria comercial. c) um protesto organizado pelos nobres franceses huguenotes, descontentes com a Reforma Católica implementada pelo Concílio de Trento. d) uma alternativa de colonização muito mais avançada do que a portuguesa, porque os huguenotes que para cá vieram eram burgueses ricos. e) parte de uma política econômica francesa levada a cabo pelo Estado com intuito de criar companhias de comércio. 23. (Fuvest)

Este quadro, pintado por Franz Post por volta de 1660, pode ser corretamente relacionado a) à iniciativa pioneira dos holandeses de construção dos primeiros engenhos no Nordeste. b) à riqueza do açúcar, alvo principal do interesse dos holandeses no Nordeste. c) à condição especial dispensada pelos holandeses aos escravos africanos. d) ao início da exportação do açúcar para a Europa por determinação de Maurício de Nassau. e) ao incentivo à vinda de holandeses para a constituição de pequenas propriedades rurais.

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24. (G1) Entre as causas da ocupação holandesa em Pernambuco, pode-se destacar: a) o interesse no tráfico negreiro; b) a participação das companhias de comércio na exportação de algodão; c) a participação holandesa na indústria açucareira e a União Ibérica; d) a ausência dos jesuítas em Pernambuco; e) a necessidade de uma colônia protestante. 25. (G1) A exploração açucareira, ocorrida durante o século XVI e início do século XVII, envolvia dois países que lucraram com a imensa riqueza gerada pela produção do açúcar: a) Portugal e Inglaterra b) Inglaterra e Holanda c) Portugal e Holanda d) Cuba e Portugal e) Paraguai e Holanda 26. (G1) Durante a fase colonial, o Brasil foi alvo de vários ataques estrangeiros, sendo um deles em Pernambuco, marcado pela administração de João Maurício de Nassau. Este representava: a) Os interesses da burguesia inglesa que avançava na sua acumulação primitiva de Capital, ao explorar o açúcar brasileiro. b) A reação dos judeus portugueses interessados em manter o exclusivo comércio do pau-brasil. c) Os interesses dos holandeses, que, através da Companhia das Índias Ocidentais, queriam voltar a ter o controle do comércio do açúcar, perdido com a União Ibérica. d) A tentativa dos protestantes franceses de fundarem uma colônia de povoamento. e) A intenção da Coroa Portuguesa de garantir a efetiva exploração aurífera na região. 27. (Mackenzie) Constituíram importantes fatores para o sucesso da lavoura canavieira no início da colonização do Brasil: a) o domínio espanhol, que possibilitou o crescimento do mercado consumidor interno. b) o predomínio da mão-de-obra livre com técnicas avançadas. c) o financiamento, transporte e refinação nas mãos da Holanda e a produção a cargo de Portugal. d) a expulsão dos holandeses que trouxe a imediata recuperação dos mercados e ascensão econômica dos senhores de engenho. e) a estrutura fundiária, baseada na pequena propriedade voltada para o consumo interno. 28. (Mackenzie) Acerca da presença dos holandeses no Brasil, durante o período colonial, assinale a alternativa correta. a) Garantiram a manutenção do direito e liberdade de culto, tabelaram os juros e financiaram plantações. b) Perseguiram judeus e católicos através do Tribunal do Santo Ofício. c) Aceleraram o processo de unificação política entre Espanha e Portugal. d) Criaram, no Brasil, instituições de crédito, financiando a industrialização contra os interesses ingleses. e) Visavam à ocupação pacífica do Nordeste. 29. (Mackenzie) Dentre as conseqüências da expulsão dos holandeses do Brasil no século XVII, destacamos: a) o crescimento da produção açucareira, graças às novas técnicas aprendidas com os holandeses. b) o desaparecimento da oposição senhor e escravo, em função da luta contra o invasor batavo. c) o declínio da produção açucareira do nordeste, devido à concorrência do açúcar holandês produzido nas Antilhas. d) o alinhamento de Portugal à França, potência hegemônica da época. e) o abrandamento das restrições do pacto colonial e a concessão de maior liberdade de comércio. 30. (Mackenzie) Durante a união ibérica, Portugal foi envolvido em sérios conflitos com outras nações européias. Tais fatos trouxeram como conseqüências para o Brasil Colônia: a) as invasões holandesas no nordeste e o declínio da economia açucareira após a expulsão dos invasores. b) o fortalecimento político e militar de Portugal e colônias, devido ao apoio espanhol. c) a redução do território colonial e o fracasso da expansão bandeirante para além de Tordesilhas. d) a total transformação das estruturas administrativas e a extinção das Câmaras Municipais. e) o crescimento do mercado exportador em virtude da paz internacional e das alianças entre Espanha, Holanda e Inglaterra. 31. (Mackenzie) O desenvolvimento do ciclo de preação ao índio no banderismo vicentino, durante as invasões holandesas no século XVII, explica-se porque: a) os holandeses passaram a controlar as regiões africanas fornecedoras de escravos, impedindo o tráfico negreiro para área portuguesa, gerando assim a procura de escravos indígenas nas áreas sob domínio português. b) os invasores holandeses substituíram o escravo negro pelo índio, mais habituado à produção de excedentes. c) os portugueses sempre preferiram a escravidão indígena, que traziam lucros para a colônia. d) os vicentinos, devido à abundância de escravos negros na região, relutaram em aceitar escravos indígenas. e) os bandeirantes paulistas aprisionaram somente indígenas destribalizados, poupando as missões jesuítas de seus ataques. 32. (Mackenzie) Após a expulsão dos holandeses do Brasil, em 1654, as relações entre a colônia e a metrópole portuguesa caracterizaram-se pela: a) prosperidade econômica, tanto da colônia como da metrópole, em função da expansão do mercado açucareiro. b) estabilidade financeira de ambas, uma vez que não houve o pagamento de indenizações nos tratados de paz. c) menor opressão da metrópole sobre a colônia, em virtude da extinção do pacto colonial. d) crise econômica decorrente da concorrência do açúcar holandês das Antilhas, afetando a metrópole e a colônia. e) superação da dependência econômica de Portugal e Brasil em relação à Inglaterra.

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33. (Mackenzie) (...) o número de refinarias, na Holanda, passara de 3 ou 4 (1595) para 29 (1622), das quais 25 encontravam-se em Amsterdã, que se transformara no grande centro de refino e distribuição do açúcar na Europa. Elza Nadai e Joana Neves A respeito do aumento de interesse, por parte dos holandeses, não apenas na refinação do açúcar brasileiro, mas também no transporte e distribuição desse produto nos mercados europeus, acentuadamente no século XVII, é correto afirmar que: a) com a União Ibérica (1580-1640), os holandeses desejavam conquistar militarmente o litoral nordestino para obter postos estratégicos na luta contra a Espanha. b) a ocupação de Salvador, em 1624, por tropas flamengas, foi um sucesso, do ponto de vista militar, para diminuir o poderio de Filipe II, rei da Espanha. c) a criação da Companhia das Índias Ocidentais foi responsável pela conquista do litoral ocidental da África, do nordeste brasileiro e das Antilhas, visando obter mão-de-obra para as lavouras antilhanas. d) o domínio holandês, no nordeste brasileiro, buscava garantir o abastecimento de açúcar, controlando a principal região produtora, pois foi graças ao capital flamengo, que a empresa açucareira pode ser instalada na colônia. e) a Companhia das Índias Ocidentais, em 1634, na luta pela conquista do litoral nordestino, propõe a proteção das propriedades brasileiras submetidas à custódia holandesa, porém, em troca, os brasileiros não poderiam manter sua liberdade religiosa. 34. (Pucmg) A expressão "Círculo de ferro da opressão colonial", do historiador Caio Prado Jr., sintetiza admiravelmente a nova política adotada por Portugal com o fim da União Ibérica, em 1640. Com relação a essa nova política administrativa, é CORRETO afirmar que: a) o Conselho Ultramarino se tornou o órgão supremo da administração responsável por todos os negócios das colônias portuguesas. b) as Câmaras Municipais se tornaram soberanas e independentes expressando o poder máximo dos grandes senhores rurais. c) a Intendência do Ouro, órgão especial de arrecadação tributária, passou a se subordinar diretamente ao controle do governador da Capitania das Gerais. d) os Capitães donatários adquirem mais prestígio, principalmente, após a instalação do Vice-Reinado na América portuguesa. 35. (Pucrs) Responder à questão associando os países europeus (coluna A) com os fatos relativos às suas tentativas de ocupação territorial no Brasil colonial (coluna B). Coluna A 1- França 2- Espanha 3- Holanda Coluna B ( ) Ocupou área de importância central para a economia açucareira, desviando, para a região ocupada, grande parte do tráfico escravista de origem angolana. ( ) Disputou a ocupação da zona conflituosa e militarizada na fronteira meridional do império português. ( ) Dominou a área setentrional, de base econômica extrativista, com importância estratégica na expansão imperial rumo ao Pacífico. ( ) Desenvolveu importante base de apoio dos latifundiários luso-brasileiros, fornecendo empréstimos que propiciaram melhorias para o setor açucareiro. A numeração correta na coluna B, de cima para baixo, é a) 1 - 2 - 2 - 3 b) 2 - 3 - 3 - 1 c) 3 - 2 - 1 - 3 d) 2 - 2 - 3 - 1 e) 3 - 1 - 2 - 1 36. (Pucrs) As invasões holandesas no Brasil, no século XVII, estavam relacionadas à necessidade de os Países Baixos manterem e ampliarem sua hegemonia no comércio do açúcar na Europa, que havia sido interrompido a) pela política de monopólio comercial da Coroa Portuguesa, reafirmada em represália à mobilização anticolonial dos grandes proprietários de terra. b) pelos interesses ingleses que dominavam o comércio entre o Brasil e Portugal. c) pela política pombalina, que objetivava desenvolver o beneficiamento do açúcar na própria colônia, com apoio dos ingleses. d) pelos interesses comerciais dos franceses, que estavam presentes no Maranhão, em relação ao açúcar. e) pela Guerra de Independência dos Países Baixos contra a Espanha, e seus conseqüentes reflexos na colônia portuguesa, devido à União Ibérica. 37. (Pucrs) Em 1640, com o fim da União Ibérica, Portugal se defronta com vários problemas e desafios para administrar o Brasil Colonial e desenvolver a sua economia. Entre esses problemas, NÃO pode ser arrolada a) a expulsão dos holandeses da região açucareira do Nordeste. b) a destruição do Quilombo de Palmares, que desafiava a ordem escravista. c) a escassez de metais preciosos e a queda dos preços do açúcar. d) a expulsão dos jesuítas que dificultavam a escravização dos indígenas no estado do Grão-Pará. e) a reorganização administrativa da colônia e de sua defesa. 38. (Uece) "A armada de Martim Afonso de Sousa, que deveria deixar Lisboa a 3 de dezembro de 1531, vinha com poderes extensíssimos, se comparados aos das expedições anteriores, mas tinha como finalidade principal desenvolver a exploração e limpeza da costa, infestada, ainda e cada vez mais, pela atividade dos comerciantes intrusos." (HOLANDA, Sérgio Buarque de. "As Primeiras Expedições." in: HOLANDA, Sérgio Buarque de. (org) HISTÓRIA GERAL DA CIVILIZAÇÃO BRASILEIRA. Tomo I, Volume 1. São Paulo: DIFEL, 1960. p. 93.) Com base nesta citação, assinale a alternativa que indica corretamente os principais objetivos das primeiras expedições portuguesas às novas terras descobertas na América:

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a) expulsar os contrabandistas de pau-brasil e combater os holandeses instalados em Pernambuco b) garantir as terras brasileiras para Portugal, nos termos do Tratado de Tordesilhas, e expulsar os invasores estrangeiros c) instalar núcleos de colonização estável, baseados na pequena propriedade familiar, e escravizar os indígenas d) estabelecer contatos com as civilizações indígenas locais e combater os invasores franceses na Bahia 39. (Uel) "...de sistema econômico de alta produtividade, em meados do Século XVII, o Nordeste foi-se transformando progressivamente numa economia em que grande parte da população produzia apenas o necessário para subsistir. Muitos colonos, à procura de meios de sobrevivência, migraram para o interior, contribuindo para a dilatação das fronteiras." No Brasil, o fenômeno descrito no texto, resultou, indiretamente, a) do êxito da agroindústria. b) da invasão dos franceses. c) do fracasso das capitanias. d) da expansão da pecuária. e) da expulsão dos holandeses. 40. (Uel) "(...) As conseqüências da ruptura do sistema cooperativo anterior serão, entretanto, muito mais duradouras que a ocupação militar. Durante sua permanência no Brasil, (...) eles adquiriram o conhecimento de todos os aspectos técnicos e organizacionais da indústria açucareira. Esses conhecimentos vão constituir a base para a implantação e desenvolvimento de uma indústria concorrente, de grande escala, na região do Caribe. A partir desse momento, estaria perdido o monopólio, que nos três quartos de século anteriores assentara na identidade de interesse entre os produtores portugueses e os grupos financeiros (...) que controlavam o comércio europeu(...)". O texto descreve um fenômeno ligado, no Brasil, a) aos reflexos da Abertura dos Portos e às revoltas nativistas. b) aos resultados da invasão francesa e à expulsão dos jesuítas. c) ao domínio espanhol e à expulsão dos holandeses do Nordeste. d) aos tratados de comércio e aos privilégios da burguesia inglesa. e) ao Bloqueio Continental e à transferência da Corte Portuguesa. 41. (Uel) Considere as afirmações. I. A Companhia das Índias Ocidentais foi criada pelos holandeses, em 1621, com o objetivo de restabelecer, entre outros, o comércio do açúcar no nordeste brasileiro. II. A Coroa Ibérica enviou Maurício de Nassau para governar Pernambuco e expulsar os holandeses que tentavam ocupar a região produtora de açúcar em todo o nordeste brasileiro. III. Durante a ocupação do nordeste brasileiro, a administração holandesa procurou manter uma política de tolerância em relação às dívidas dos senhores de engenho, que foi rompida a partir de 1644. IV. Por serem calvinistas, os holandeses perseguiram principalmente os católicos e judeus, durante o período de sua ocupação na zona produtora de açúcar, no nordeste brasileiro. Sobre a ocupação holandesa no nordeste brasileiro no século XVII, estão corretas SOMENTE: a) I e II b) I e III c) II e III d) II e IV e) III e IV 42. (Uel) "Se determinais Deus meu dar estas mesmas terras aos piratas de Holanda, porque não as destes enquanto eram agrestes e incultas, senão agora? Tantos serviços vos tem feito essa gente pervertida e apóstata, que nos mandasses primeiro cá por seus aposentadores, para lhe lavrarmos as terras, para edificarmos as cidades e depois de cultivadas e enriquecidas lhes entregardes? Assim se hão de lograr os hereges, e inimigos da fé, dos trabalhos portugueses e dos suores católicos (...)". (VIEIRA, A. "Obras completas". Porto: Lello & Irmãos, 1951. v. XIV, p.315.) Com base no texto e em seus conhecimentos sobre a presença holandesa no Brasil, é correto afirmar: a) O domínio holandês no Brasil constituiu o episódio central dos conflitos entre Portugal e Países Baixos pelo controle do açúcar brasileiro, do tráfico de escravos africanos e das especiarias asiáticas. b) Senhores de engenho, escravos e índios converteram-se ao calvinismo e recusaram-se a participar do movimento de expulsão dos holandeses da Bahia e de Pernambuco. c) A intolerância religiosa holandesa para com os católicos, impedindo as tradicionais festas religiosas, procissões e missas, determinou a expulsão dos calvinistas do Brasil. d) Os portugueses renderam-se aos holandeses por acreditarem que os batavos fundariam mais cidades no Brasil. e) Para os portugueses, o domínio holandês no Brasil representou uma disputa religiosa sem implicações políticas e econômicas para o Brasil e Portugal. 43. (Uel) Leia os documentos a seguir. "Sua Sagrada Majestade El-Rei de Portugal promete, tanto em seu próprio Nome, como no nome de Seus Sucessores, admitir para sempre, de aqui em diante, no Reino de Portugal os panos de lã e mais as fábricas de lanifício de Inglaterra, como era costume até os tempos em que foram proibidos pelas leis, não obstante qualquer condição em contrário."(Tratado de Methuen, entre Inglaterra e Portugal, em 1703. Disponível em: <http://historiaaberta.com.sapo.pt//lib/doc002.htm.> Acesso em: 30 set. 2004.)

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"Eu a rainha faço saber aos que este alvará virem [...] que sendo-me presente o grande número de fábricas e manufaturas que [...] têm se difundido em diferentes capitanias do Brasil, com grave prejuízo da cultura, e da lavoura, e da exploração das terras minerais naquele vasto continente; porque havendo uma grande e conhecida falta de população, é evidente que, quanto mais se multiplicar o número de fabricantes, mais diminuirá o dos cultivadores; [...] hei por bem ordenar que todas as fábricas, manufaturas ou teares [...] excetuando-se tão somente aqueles [...] em que se tecem, ou manufaturam, fazendas grossas de algodão, que servem para o uso e vestuário de negros, para enfardar, para empacotar, [...]; todas as mais sejam extintas e abolidas por qualquer parte em que se acharem em meus domínios do Brasil." (Alvará de Dona Maria I sobre a manufatura no Brasil, em 1785. Disponível em: <http://www.webhistoria.com.br> Acesso em: 30 set. 2004.) Com base nos documentos, é correto afirmar: a) Ao contrário da Inglaterra, a manufatura não se desenvolveu no Brasil devido à ausência de vocação para a industrialização. b) As restrições da metrópole ao desenvolvimento manufatureiro no Brasil justificaram-se pela concorrência dos produtos ingleses, considerados de melhor qualidade. c) No século XVIII, a Coroa portuguesa aumentou o controle sobre a Colônia enquanto submeteu o seu reino aos interesses comerciais ingleses. d) As medidas proibitivas dos portugueses contra as manufaturas da Colônia representaram um afrouxamento no monopólio comercial, favorecendo os setores rurais. e) No século XVIII, Portugal e Inglaterra adotaram medidas conjuntas visando estimular a produção e o comércio das manufaturas em suas respectivas colônias. 44. (Ufal) "Durante sua permanência no Brasil, os holandeses adquiriram o conhecimento de todos os aspectos técnicos e organizacionais na indústria açucareira. Esses conhecimentos vão constituir a base para a implantação e desenvolvimento de uma indústria concorrente, de grande escala, na região do Caribe". (Celso Furtado. "Formação Econômica do Brasil".) Com base no texto, pode-se estabelecer uma das principais conseqüências das Invasões Holandesas no Brasil. ( ) Após a derrota no Brasil, os holandeses conquistaram um pequeno território, na América Central, Honduras. ( ) A produção holandesa de açúcar nas Antilhas provocou, pela concorrência, a crise açucareira no Brasil, no século XVII. ( ) A concorrência com a Inglaterra, pelo domínio do comércio do açúcar na Europa, decretou o fim da hegemonia comercial da Holanda. ( ) Os holandeses, após sua expulsão do Nordeste Brasileiro, deixaram de produzir açúcar, pois permaneceram envolvidos unicamente em investimentos no setor comercial. ( ) A luta para expulsar os holandeses colaborou para a união das três raças no Brasil: o branco, o negro e o indígena, desaparecendo a discriminação, o preconceito e a exploração. 45. (Uff) O domínio holandês no Brasil, sobretudo no governo de Maurício de Nassau, foi marcado por grande desenvolvimento cultural e artístico. Tal processo pode ser relacionado a características peculiares da República das Províncias Unidas no século XVII. Relativamente a este momento histórico é INCORRETO afirmar: a) A assimilação da arte, identificada mais fortemente na produção artística de Rembrandt, testemunhou o poderio da burguesia holandesa do período. b) Os holandeses viviam num república descentralizada que encorajava não só a eficiência econômica, como também o florescimento das artes e ciências. c) O calvinismo foi o fator determinante para o desenvolvimento do capitalismo holandês. d) A cultura holandesa era mais receptiva às inovações, assim como os elementos estrangeiros. e) A inexistência de uma corte contribuiu para que a burguesia holandesa não assimilasse, mais efetivamente, o consumismo exacerbado ditado pelos padrões culturais europeus. 46. (Ufmg) Leia o texto. "Nassau chegou em 1637 e partiu em 1644, deixando a marca do administrador. Seu período é o mais brilhante de presença estrangeira. Nassau renovou a administração (...) Foi relativamente tolerante com os católicos, permitindo-lhes o livre exercício do culto. Como também com os judeus (depois dele não houve a mesma tolerância, nem com os católicos e nem com os judeus - fato estranhável, pois a Companhia das Índias contava muito com eles, como acionistas ou em postos eminentes). Pensou no povo, dando-lhe diversões, melhorando as condições do porto e do núcleo urbano (...), fazendo museus de arte, parques botânicos e zoológicos, observatórios astronômicos". (Francisco lglésias) Esse texto refere-se a) à chegada e instalação dos puritanos ingleses na Nova lnglaterra, em busca de liberdade religiosa. b) à invasão holandesa no Brasil, no período de União lbérica, e à fundação da Nova Holanda no nordeste açucareiro. c) às invasões francesas no litoral fluminense e à instalação de uma sociedade cosmopolita no Rio de Janeiro. d) ao domínio flamengo nas Antilhas e à criação de uma sociedade moderna, influenciada pelo Renascimento. e) ao estabelecimento dos sefardins, expulsos na Guerra da Reconquista lbérica, nos Países Baixos e à fundação da Companhia das Índias Ocidentais. 47. (Ufmg) Analise este quadro:

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Evolução do número de engenhos de açúcar em cada Capitania FONTE: BETHENCOURT, Francisco; CHAUDUHURI, Kirti. "História da expansão portuguesa". Lisboa: Círculo de Leitores, 1998, p. 316. A partir dessas informações sobre a evolução do número de engenhos açucareiros no Brasil, entre 1570 e 1629, é CORRETO afirmar que a) a expulsão dos holandeses da Bahia provocou a retração da produção açucareira nessa Capitania. b) a invasão holandesa no Nordeste açucareiro destruiu a base produtiva instalada pelos portugueses na região. c) a substituição do trabalho escravo indígena pelo africano não alterou a produção de açúcar na região de São Paulo. d) a expansão da área açucareira em Pernambuco ocorreu, de forma significativa, durante o período da União Ibérica. 48. (Ufpe) Em relação às conseqüências do domínio espanhol sobre Portugal, que durou 60 anos - de 1580 a 1640, analise as proposições a seguir: 1. A França, inimiga da Espanha, ocupou Pernambuco, área de atuação dos portugueses; 2. As relações comerciais dos portugueses com a Ásia sofreram grandes perdas; 3. Portugal, para enfrentar a crise, tornou-se dependente da Holanda, assinando com esta o tratado da Paz de Holanda; 4. A marinha portuguesa foi quase aniquilada e Portugal subordinou-se à Inglaterra assinando com esta nação vários tratados; 5. Portugal centralizou a administração colonial e estabeleceu monopólios na economia. Estão corretas: a) 2, 3, 4 b) 3, 4, 5 c) 1, 2, 3 d) 2, 4, 5 e) 1, 3, 5 49. (Ufpe) A presença holandesa no Brasil colonial é tema que se destaca nos estudos historiográficos. Sobre o governo de Nassau (1637-44) e sua época, sempre surgem comentários e debates; porém, podemos afirmar que: a) a recuperação da autonomia política de Portugal, nesse período, deu mais condições para este país desenvolver relações com os holandeses no Brasil. b) Nassau não teve qualquer conflito com os nativos; apenas se desentendeu com o comando europeu da Companhia das Índias. c) a atuação de Nassau em nada modificou as relações dos holandeses com os senhores de engenho, fracassando, porém, na expansão militar e na exportação de açúcar. d) sua administração se restringiu a fazer benefícios à parte central do Recife, onde habitava com a sua família e onde construiu as obras mais importantes. e) não houve na sua administração nenhuma preocupação com as conquistas militares; seus interesses se voltavam sobretudo para a arte renascentista. 50. (Ufpe) A União Ibérica durou 60 anos e teve influência na colonização portuguesa do Brasil. Durante o período da união entre Portugal e Espanha, o Brasil: a) atingiu o auge da sua produção açucareira com ajuda de capitais espanhóis. b) foi invadido pela Holanda, interessada na produção do açúcar. c) conviveu com muitas rebeliões dos colonos contra o domínio espanhol. d) registrou conflitos entre suas capitanias, insatisfeitas com a instabilidade econômica. e) conseguiu ficar mais livre da pressão dos colonizadores europeus. 51. (Ufrn) No Brasil colonial, a ocupação holandesa da costa nordeste está inserida num contexto de disputa mercantilista entre as potências européias. Nesse sentido, é correto afirmar que o Rio Grande do Norte, a) mesmo sendo um pequeno produtor açucareiro, contribuiria com uma grande produção algodoeira, importante para as trocas mercantis. b) apesar de sua produção açucareira pouco expressiva, foi tomado pelos holandeses para assegurar o controle estratégico da nova colônia. c) por ter grandes rebanhos de gado, atraiu a cobiça de franceses e holandeses que disputavam o controle da pecuária bovina para o mercado europeu. d) por sua posição geográfica privilegiada, interessava muito aos holandeses, pois facilitaria o apoio a seus navios no caminho para as Antilhas.

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52. (Ufrs) "Motivos por que a Companhia das Índias Ocidentais deve tentar tirar ao rei da Espanha a terra do Brasil e lista de tudo o que o Brasil pode produzir anualmente". Este título de livro da época nos dá uma visão do espírito que norteou o movimento das invasões holandesas. Sobre estas podemos afirmar que a) a política de invasões dos holandeses visava restabelecer o protecionismo ao comércio colonial, porque os produtos brasileiros só podiam ser comprados pelos comerciantes espanhóis. b) a criação da Companhia das Índias Ocidentais visava romper o bloqueio econômico português que impedia o livre comércio do açúcar. c) os planos dos holandeses visavam à reapropriação dos lucros da distribuição e venda do açúcar brasileiro, prejudicados pela dominação filipina sobre Portugal. d) a hegemonia holandesa já estava estabelecida na Europa e era necessário agora ocupar a área açucareira com trabalhadores livres. e) os espanhóis, ao dominarem o Brasil, pretendiam desenvolver uma colonização fora do sistema mercantilista, e isto era lesivo aos interesses da Companhia das Índias Ocidentais. 53. (Ufrs) O mapa abaixo apresenta dados relativos à guerra pelo tráfico de escravos entre Holanda e Portugal ocorrida na primeira metade do século XVII.

(Fonte: Puntoni, Pedro. "Á Guerra dos Holandeses". São Paulo: Ática, 1995, p. 21.) Com base nos dados do mapa e levando-se em conta a conjuntura internacional, considere as seguintes afirmações. I - Os ataques holandeses às possessões africanas de Portugal se deveram à necessidade de controle destes importantes centros de fornecimento de escravos, fundamentais para a reprodução física da mão-de-obra dos engenhos brasileiros. II - Apesar da Trégua dos Dez Anos (1641-1651) na Europa, o governo holandês no Brasil não interrompeu seu processo expansionista, ampliando seus domínios com a ocupação de São Luís do Maranhão, ponto vital de apoio logístico ao tráfico negreiro internacional. III - A retomada de Luanda foi comandada pelo governador do Rio de Janeiro, Salvador Correia de Sá, sendo um projeto financiado pelos comerciantes e proprietários de terras locais, gravemente prejudicados pela interrupção do tráfico negreiro. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas I e II. c) Apenas I e III. d) Apenas II e III. e) I, II e III. 54. (Ufrs) As Câmaras municipais foram instituições fundamentais em todos os lugares onde houve a presença do Império ultramarino lusitano. Na América portuguesa não foi diferente, pois nas principais aglomerações urbanas elas exerciam um papel político essencial. Considere as seguintes afirmações, referentes à caracterização dessas instituições. I - Eram os canais de expressão política das elites locais, dos "homens bons" residentes nas diferentes vilas coloniais. Através da ocupação dos cargos na Câmara, essas elites expressavam suas demandas junto aos poderes centrais, como os governadores e a própria Coroa. II - Eram órgãos legislativos dedicados à aplicação das Ordenações Filipinas, sendo a eleição para os cargos camarários feita pelo voto direto e democrático do conjunto da população. III - Eram corpos deliberativos para os quais podia ser elegível a maior parte da população, excetuando-se somente os escravos africanos e os indígenas. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas III. c) Apenas I e II. d) Apenas I e III. e) Apenas II e III. 55. (Ufv) A respeito das invasões holandesas que ocorreram durante o século XVII no nordeste brasileiro, é CORRETO afirmar que: a) foram iniciativas de grupos de aventureiros holandeses, sem qualquer vinculação com as disputas internacionais entre os Estados-Nação do período. b) com a expulsão definitiva dos invasores holandeses em 1654, pela qual lutaram lado a lado índios, negros e portugueses, saíram reforçados os vínculos entre a Metrópole e a Colônia naquela região.

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c) nas batalhas de resistência à invasão dos holandeses em Pernambuco, destacou-se a figura heróica de Domingos Fernandes Calabar. d) durante o período da dominação holandesa no nordeste brasileiro, a população foi obrigada a trocar o catolicismo pelo calvinismo, por ser esta a religião do príncipe Maurício de Nassau. e) a forma pela qual se deu a expulsão definitiva dos holandeses explica o surgimento posterior de vários movimentos nativistas, como a Revolta de Beckman (1684-85), Guerra dos Mascates (1710-14) e a Revolução Praieira (1848). 56. (Ufv) Sobre o emprego da mão-de-obra, durante o primeiro século de colonização do Brasil, especificamente no Nordeste, pode-se afirmar que: a) em razão do alto contingente populacional do território brasileiro, mesmo sendo dizimadas tribos inteiras, os indígenas foram a base da exploração monocultora da colonização brasileira. b) as atividades econômicas nesse período tinham como base o trabalho familiar e a mão-de-obra livre que se localizavam nas imediações das unidades produtivas. c) negros e indígenas, base da produção dos engenhos, coexistiam nas propriedades produtoras de cana-de-açúcar realizando, por vezes, tarefas diferenciadas. d) com a decadência do escambo do pau-brasil, a mão-de-obra indígena passa a ser utilizada exclusivamente nas atividades de produção de açúcar e de criação de gado. e) os franceses utilizaram processos semelhantes aos dos exploradores portugueses na relação com os indígenas: distribuíram ferramentas e adornos manufaturados em troca do pau-brasil cortado e empilhado. 57. (Ufv) O período que se estende de 1624 a 1654 é caracterizado por tentativas de colonização costeira do Brasil e pelo efetivo domínio holandês no nordeste. Sobre as "Invasões Holandesas", nesse momento da história colonial brasileira, é INCORRETO afirmar que elas: a) iniciaram-se pela Bahia, de onde os holandeses foram expulsos, mas expandiram-se em direção a Recife até atingir o entorno de São Luís, região estratégica para o ataque às frotas oriundas das minas espanholas que por lá passavam carregadas de ouro e prata. b) estavam relacionadas com a União Ibérica e a conseqüente guerra pela autonomia das Províncias Unidas dos Países Baixos frente ao domínio espanhol, que interferiu nas relações políticas e comerciais entre portugueses e holandeses. c) contaram com a participação da Companhia das Índias Ocidentais, empresa responsável pela administração do território holandês conquistado e que, em troca de apoio, ofereceu vantagens aos senhores de engenhos de Pernambuco. d) entraram em decadência a partir de 1642, devido à nova política adotada pela Companhia das Índias Ocidentais, que obrigou os senhores de engenho a aumentar a produção de açúcar para que conseguissem pagar suas dívidas com os holandeses. e) propiciaram a substituição da mão-de-obra escrava pela livre nas lavouras canavieiras do nordeste, durante o governo do conde Maurício de Nassau, também conhecido por implementar a urbanização e o embelezamento do Recife. 58. (Unb) "A população da Colônia viveu em sua grande maioria no campo. As cidades cresceram aos poucos e eram dependentes do meio rural. A própria capital do Colônia foi descrita por Frei Vicente do Salvador, no século XVI, como 'cidade esquisita, de casas sem moradores, pois os proprietários passavam mais tempo em suas roças rurais, só acudindo no tempo das festas'. Um padre jesuíta refere-se à pobreza da pequena São Paulo, no século XVII, como resultado da constante ausência de habitantes porque, 'fora por ocasião de três ou quatro festas principais, eles ficam em suas herdades ou andam por bosques e campos, em busca de índios, no que gastam suas vidas' ". (Boris Fausto. "História do Brasil".) Com o auxílio do texto, julgue os itens seguintes, relativos à vida urbana no período colonial brasileiro. (1) O quadro descrito no texto modificou-se, em parte, pela crescente influência dos grandes comerciantes e pelo crescimento do aparelho administrativo. (2) A relevância qualitativa das cidades foi diminuindo ao longo do período colonial. (3) Fatos como a invasão holandesa e a vinda da família real para o Brasil tiveram grande importância no desenvolvimento dos centros urbanos. (4) As primeiras cidades brasileiras foram construídas do interior para o litoral, seguindo, assim, o fluxo do processo de ocupação dos espaços. 59. (Unesp) "Foi assim possível dispor um segundo ataque ao Brasil, desta vez contra uma capitania mal aparelhada na sua defesa, mas a principal e a mais rica região produtora de açúcar do mundo de então. Existiam aí e nas capitanias vizinhas mais de 130 engenhos que, nas melhores safras, davam mais de mil toneladas do produto." (J. A. Gonçalves de Mello.) O texto refere-se à a) Guerra dos Mascates. b) invasão francesa. c) invasão holandesa. d) Revolta de Beckman. e) invasão inglesa. 60. (Ufrn) Ao comentar a arte brasileira, Benedito L. de Toledo faz a seguinte descrição: E se olharmos para o teto, veremos o próprio céu retratado em pintura ilusionística no forro, que foi rompido para mostrar o Paraíso com a Virgem, os anjos e os santos. A talha usará colunas torcidas recobertas de vinhas e povoada de querubins, aves, frutos, cada elemento procurando vibrar e tomar todo o espaço possível. As colunas tortas serão as grandes eleitas porque sua estrutura helicoidal é o próprio movimento sem fim. À noite, os interiores das igrejas revelam novas surpresas. A iluminação à vela produz uma luz vacilante que faz vibrar o ouro da talha, dramatiza as pessoas e as imagens. Sente-se que se está num espaço consagrado pelo perfume do incenso vindo do altar-mor, onde é mais intenso o brilho do ouro na luz incerta das velas. [adaptação] TOLEDO, Benedito Lima de. Apud FERREIRA, Olavo Leonel, HISTÓRIA DO BRASIL. São Paulo: Ática, 1995. p.166. O autor da descrição se refere ao caráter essencial do estilo: a) Barroco - lirismo, apelo à emoção, busca de uma dinâmica infinita, solicitação de todos os sentidos. b) Naturalista - solidez, despertar da fé pela contemplação da natureza, quer do reino animal, vegetal ou mineral. c) Gótico - grandiosidade e leveza, tornada possível graças ao emprego de arcos em forma de ogiva e de inúmeros vitrais.

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d) Neoclássico - ênfase na harmonia e no equilíbrio, apelo às faculdades racionais do homem e realce para os elementos estruturais da construção. 61. (FGV) Assinale a alternativa incorreta quanto às realizações do governo de Maurício de Nassau no Nordeste brasileiro de 1637 a 1644. a) financiamento da recuperação dos engenhos de açúcar; b) tolerância para com as práticas religiosas dos habitantes da terra; c) incentivo a instalação de indústrias manufatureiras em Pernambuco; d) obras urbanísticas na cidade de Recife; e) estímulo à cultura promovendo a vinda de artistas e cientistas da Europa.

62. (FUVEST) Foram, respectivamente, fatores importantes na ocupação holandesa do Nordeste do Brasil e na sua posterior expulsão

a) o envolvimento da Holanda no tráfico de escravos e os desentendimentos entre Maurício de Nassau e a Companhia das Índias Ocidentais. b) a participação da Holanda na economia do açúcar e o endividamento dos senhores de engenho com a Companhia das Índias Ocidentais. c) o interesse da Holanda na economia do ouro e a resistência e não-aceitação do domínio estrangeiro pela população. d) a tentativa da Holanda em monopolizar o comércio colonial e o fim da dominação espanhola em Portugal. e) a exclusão da Holanda da economia açucareira e a mudança de interesses da Companhia das Índias Ocidentais. 63. (FUVEST) No que diz respeito à combinação entre capital, tecnologia e organização, a lavoura açucareira implantada pelos portugueses no Brasil seguiu um modelo empregado anteriormente a) no Norte da África e no Caribe. b) no Mediterrâneo e nas ilhas africanas do Atlântico. c) no sul da ltália e em São Domingos. d) em Chipre e em Cuba. e) na Península Ibérica e nas colônias holandesas. 64. (PUC) A sociedade do açúcar que se constituiu no decorrer dos dois primeiros séculos após o descobrimento das terras brasileiras foi marcada : a) pela ocupação da região central da colônia, levando à interiorização do povoamento. b) pela diversidade de segmentos sociais e pela mobilidade social dos seus integrantes. c) pelo domínio do trabalho escravo, reforçando o seu caráter discriminatório e autoritário. d) pelo desenvolvimento de um mercado interno diversificado, permitindo um maior fluxo da renda. e) pela integração harmoniosa de componentes culturais tanto dos colonizados quanto dos colonizadores. 65. (PUC) O domínio holandês em Pernambuco no período de Maurício de Nassau (1637-1644) destacou-se devido às medidas tomadas inicialmente pelo administrador holandês, as quais, em um primeiro momento, agradaram à elite local. Entre tais medidas, pode-se destacar a) a promoção das artes, com a vinda de importantes pintores holandeses que documentaram a região. b) a difusão do calvinismo, proibindo o culto e as manifestações de outras religiões, inclusive a católica. c) a urbanização de Recife, mandando derrubar todos os cajueiros da cidade para a abertura de largas avenidas. d) o incentivo ao plantio de cacaueiros, causando o declínio da cana-de-açúcar. e) a intensificação do comércio com os franceses que ocupavam o Maranhão. 66. (UFF) O domínio holandês no Brasil, sobretudo no governo de Maurício de Nassau, foi marca-do por grande desenvolvimento cultural e ar-tístico. Tal processo pode ser relacionado a características peculiares da República das Províncias Unidas no século XVII. Relativamente a este momento histórico é incorreto afirmar: a) A assimilação da arte, identificada mais fortemente na produção artística de Rembrandt, testemunhou o poderio da burguesia holandesa do período. b) Os holandeses viviam numa república descentralizada que encorajava não só a eficiência econômica, como também o florescimento das artes e ciências. c) O calvinismo foi o fator determinante para o desenvolvimento do capitalismo holandês. d) A cultura holandesa era mais receptiva às inovações, assim como aos elementos estrangeiros. e) A inexistência de uma corte contribuiu para que a burguesia holandesa não assimilasse, mais efetivamente, o consu-mismo exacerbado ditado pelos padrões culturais europeus. 67. (UFPB) No período de 1630 a 1654, a Companhia das Índias Ocidentais se apoderou de uma grande parcela do Nordeste brasileiro, período que ficou marcado pela figura do conde Maurício de Nassau. Constitui uma das características do governo de Nassau a) A vinda de vários cientistas e artistas, como Jorge Marcgrave, Willem Piso e Franz Post, que estudaram e representaram a natureza e a cultura do Brasil. b) O início de um programa bem sucedido de miscigenação com índios e negros no Brasil, razão da grande presença de pessoas louras e de olhos azuis no Nordeste. c) A política religiosa extremamente rígida, com a instalação de colégios para o ensino da religião protestante às crianças brasileiras e a proibição aos cultos realizados pelos judeus. d) A busca de ouro e prata, realizada através de várias expedições dirigidas ao interior, principal interesse da Companhia no Brasil. e) A execução de uma série de obras urbanas em Olinda, inclusive a construção de novas igrejas e conventos, tornando-a uma das cidades mais importantes de sua época. 68. (UNIPAR) "(...) nos períodos – 1637 a 1644 e 1649 a 1654 (...) muitos portugueses tinham fugido para os sertões, o que contribuiu muito para o povoamento do interior da Capitania, onde se desenvolveu a criação de gado. Da Paraíba, de Pernambuco e de Alagoas os criadores de gado também avançaram para o sul do Ceará, surgindo assim nos sertões cearenses uma civilização característica, baseada no boi e no couro."

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O fato histórico, que pode ser associado ao fenômeno descrito no texto, é a) a Guerra dos Mascates em Olinda. b) o movimento abolicionista no Sul. c) a invasão francesa no Nordeste. d) a Confederação do Equador. e) o domínio holandês no Brasil. 69. (UNOFOR) No século XVII, os holandeses ocuparam boa parte do Nordeste brasileiro. A primeira invasão ocorreu na Bahia (1624-1625), mas foi a partir do domínio de Pernambuco, que os holandeses conseguiram uma ocupação mais prolongada (1630-1654). Estas invasões estão ligadas, a) à posição assumida pelo grupo mercantil português que, receando perder mercado na Europa com a União Ibérica, manteve sua aliança com as Províncias Unidas. b) ao interesse holandês em manter o controle sobre a distribuição do açúcar na Europa, rompido desde a União Ibérica. c) ao interesse da Holanda que desejava controlar o aparelho fiscal do governo português no Brasil. d) à Companhia das Índias Orientais, criada no século XV, que tinha por objetivo interferir diretamente na produção e na aquisição das terras produtoras de cana-de-açúcar. e) à necessidade de Antuérpia e Amsterdã manterem-se como centros urbanos desinteressados em comercializar açúcar na Europa. 70. (UNOFOR) Considere o texto abaixo. "(...) O povoamento do interior do Estado do Ceará e o desenvolvimento da agropecuária são incrementados quando proprietários de Pernambuco, da Paraíba e de Alagoas fogem (...) dos invasores instalados no litoral do Nordeste até meados do século XVII." Ele se refere aos efeitos a) do domínio holandês no Brasil. b) das incursões inglesas na Região. c) do estabelecimento da França Equinocial. d) da ação das Companhias das Índias Orientais. e) das questões de limites entre Portugal e Espanha. 71. (UEBA) Do ponto de vista do mercado internacional do açúcar no século XVII, as invasões holandesas no Nordeste brasileiro representavam. a) luta pela manutenção do papel de intermediários. b) A luta pelo controle da distribuição do produto. c) A necessidade de controlar os centros produtores. d) O interesse no controle do transporte do produto. e) A pressão pela baixa dos preços. 72. (VUNESP) “Foi assim possível dispor um segundo ataque ao Brasil, desta vez contra uma capitania mal aparelhada na sua defesa, mas a principal e a mais rica região produtora de açúcar do mundo de então. Existiam aí, e nas capitanias vizinhas, mais de 130 engenhos que, nas melhores safras, davam mais de mil toneladas do produto.” (J. A. Gonsalves de Mello.) O texto refere-se à a) Guerra dos mascates. b) invasão francesa. c) invasão holandesa. d) Revolta de Beckman. e) invasão inglesa. 73. (MACKENZIE) Nas alternativas abaixo, assinalo a que não caracteriza a economia e sociedade do ciclo da cana-de-açúcar no Nordeste do século XVI. a) O financiamento, transporte e refinação do açúcar eram realizados por comerciantes e capitais holandeses. b) A introdução da mão-de-obra escrava negra baixava o custo da produção e o tráfico aumentava os lucros da burguesia metropolitana. c) A mão-de-obra assalariada européia foi responsável pelo baixo custo de maior produtividade nas plantations açucareiras. d) A concentração de renda e a economia voltada para o mercado externo caracterizavam o ciclo da cana-de-açúcar. e) A sociedade era marcada pelo ruralismo, a cultura do elite e a imobilidade social. 74. (UFPR) O quadro político-econômico fundamentado na empresa agrícola, na qual se baseou a colonização do Brasil, sofreu transformações com a união das coroas de Portugal e Espanha, em 1580 A Holanda, que promoveu guerra contra a Espanha, exerceu influência direta na colônia portuguesa na América a) Ocupando grande parte da região produtora de açúcar b) Destinando capitais pare a atividade mineradora, visando é exploração das Minas Gerais. c) Fazendo deslocar o eixo econômIco do centro-oeste para o leste d) Incentivando a indústria de pesca, única atividade, rendosa na época e) Implantando a cultura cafeeira e modificando em base. do sistema econômico 75. (MACKENZIE) Sobre a permanência e a expulsão doe holandeses no Brasil, é válido afirmar que. a) Durante sua permanência entre nós, não assimilaram conhecimentos sobre e Indústria açucareira, restringindo suas relações ao tráfico de escravos, refinamento e distribuição do produto. b) Após a salda dos holandeses, em termos de concorrência, nade foi alterado no mercado do açúcar, estando decadente o cultivo canavieiro na. Antilhas

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c) Com a saída de Nassau, manteve-se a mesma política de auxilio econômico o proteção aos engenhos, responsável pelo apoio nativo ao colonialismo holandês d) A decantada traição de Calabar hoje nos parece uma simples escolha entre dois tipos de colonialismo, não sendo o Brasil sequer português, nesta época do domínio espanhol e) Nassau usou de rígida política econômica, queimando engenhos devedores o atraindo o sentimento nativista contra o holandês atendendo aos objetivos de lucros imediatos da Companhia das Índias. 76. (PUC-SP) A expulsão dos holandeses do Brasil alterou a vida econômica-financeira da Metrópole portuguesa, porque a) Permitiu aos portugueses retomar o controle técnico do processo de refinação do açúcar, dominado pelos holandeses. b) Permitiu que Portugal retomasse o total controle da produção açucareira brasileira. c) Favoreceu o consumo do açúcar, tendo em vista a quebra do monopólio de distribuição no mercado internacional. d) Assegurou ao governo português e ampliação de suas rendas, pela estatização dos engenhos holandeses em Pernambuco e) Permitiu maiores lucros, pela introdução de novas técnicas do produção nos engenhos do Nordeste. 77. (FESP) Assinale a alternativa incorreta a) A dominação holandesa no Brasil trouxe concepções de mundo diferentes que se chocavam com o catolicismo predominante na colonização portuguesa. b) As disputas pelo mercado de açúcar foram decisivas para que os holandeses invadissem o Brasil. c) Portugal não demonstrou interesse em expulsar os holandeses do Brasil, mesmo depois do término da União Ibérica d) Recife conseguiu um crescimento significativo com a administração holandesa, chegando seus habitantes a enfrentar problemas de falta de moradia. e) Apesar das diferenças, holandeses e portugueses tinham a visão do colonizador que se preocupava em aumentar suas riquezas. 78. (FESP) As chamadas Províncias Unidas, entre elas a Holanda, conheceram um grande desenvolvimento econômico, o que contribuiu para o surgimento da crença de uma suposta superioridade do colonizador holandês em relação ao português. Indique, entre as afirmativas, as que evidenciam um comportamento mais avançado dos holandeses durante a ocupação do Nordeste brasileiro no século XVII. 1. A indulgência com que trataram os negros escravos, modificando-se, a partir da invasão, as relações de produção nas capitanias ocupadas. 2. A vinda, ao Brasil, de cientistas, dentre eles médicos, astrônomos, cartógrafos, preocupados em desvendar a realidade da colônia. 3. A habilidade política demonstrada por Nassau no trato com os colonos e incorporada prontamente pelos seus sucessores. 4. Uma relativa tolerância religiosa, permitindo a vinda de judeus que fundaram Sinagogas no Recife e a permissão para a continuidade do culto catálico, se bem que realizado de forma discreta. O incentivo ao barroco já que foram os invasores os construtores das mais belas Igrejas de Olinda e Recife. Assinale a opção correta: a) 2 e 4 b) 1 e 3 c) 4 e 5 d) 1 e 2 e) 3 e 5

4 – Expansão Territorial da Colônia e Conflitos Jesuítas x Bandeirantes

QUESTÕES

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO (Ufba) Na(s) questão(ões) adiante julgue os itens numerados de I a V e assinale a alternativa correta utilizando a chave de respostas a seguir: a) Apenas as afirmativas II e III são corretas. b) Apenas as afirmativas I, II e V são corretas. c) Apenas as afirmativas I, IV e V são corretas. d) Apenas as afirmativas II, III, IV e V são corretas. e) Todas as afirmativas são corretas. 1. "(...) Os senhores poucos, os escravos muitos; os senhores rompendo galas, os escravos despidos e nus; os senhores banqueteando; os escravos perecendo a fome; os senhores nadando em ouro e prata; os escravos carregados de ferros; os senhores tratando-os como brutos, os escravos adorando-os e temendo-os como deuses; os senhores em pé apontando para açoite, como estátua da soberba e da tirania, os escravos prostrados com as mãos atadas atrás, como imagem vilíssima da servidão e espetáculos da extrema miséria. Oh Deus! Quantas graças devemos à Fé que nos destes, (...) para que à vista destas desigualdades reconheçamos com tudo vossa justiça e providência! (...)" (Vieira apud AVANCINI, p. 46) Com base no sermão do Padre Vieira, pode-se inferir: I - A posição do jesuíta referente à escravidão reflete o pensamento da Igreja Católica no período colonial. II - As denúncias da Igreja se limitavam ao repúdio às torturas e aos maus tratos, não havendo, porém, questionamento da escravidão enquanto instituição.

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III - As desigualdades terrenas são reconhecidas no discurso do jesuíta, que elege como espaço de julgamento o fórum divino. IV - A dominação colonialista se fazia pelo poder econômico, jurídico, político e ideológico sobre a classe trabalhadora escravizada. V - O negro ingressou na sociedade brasileira como cultura dominada, e as marcas da escravidão persistem no Brasil de hoje. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO (Puccamp) (...) a pré-história das nossas letras interessa como reflexo da visão do mundo e da linguagem que nos legaram os primeiros observadores do país. É graças a essas tomadas diretas da paisagem, do índio e dos grupos sociais nascentes, que captamos as condições primitivas de uma cultura que só mais tarde poderia contar com o fenômeno da palavra-arte. (Alfredo Bosi. "História concisa da Literatura Brasileira". S. Paulo: Cultrix, 1970, p. 15) 2. Vieram somar-se aos primeiros observadores do país, de que trata o texto, missionários jesuítas, como Anchieta e Manuel da Nóbrega, aqui chegados para a) promover a conversão do gentio. b) instituir o nosso sistema literário. c) disseminar as idéias da Reforma. d) assimilar elementos do imaginário indígena. e) fundar nossas primeiras Academias. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO (Puccamp) Não, é nossa terra, a terra do índio. Isso que a gente quer mostrar pro Brasil: gostamos muito do Brasil, amamos o Brasil, valorizamos as coisas do Brasil porque o adubo do Brasil são os corpos dos nossos antepassados e todo o patrimônio ecológico que existe por aqui foi protegido pelos povos indígenas. Quando Cabral chegou, a gente o recebeu com sinceridade, com a verdade, e o pessoal achou que a gente era inocente demais e aí fomos traídos: aquilo que era nosso, que a gente queria repartir, passou a ser objeto de ambição. Do ponto de vista do colonizador, era tomar para dominar a terra, dominar nossa cultura, anulando a gente como civilização. (Revista "Caros Amigos". ano 4. no. 37. Abril/2000. p. 36). 3. Considere as afirmações adiante sobre o papel da Igreja no processo de colonização. I. Várias ordens religiosas atuaram na catequização dos índios brasileiros: franciscanos, carmelitas, beneditinos e, principalmente, jesuítas. II. As ordens religiosas acumularam, gradativamente, um considerável patrimônio econômico, para o qual a mão-de-obra indígena foi fundamental. III. A expansão do catolicismo não contou com o apoio da Coroa Portuguesa, que mantinha com a Igreja o regime de padroado. IV. A Inquisição não chegou a atuar no Brasil Colônia, uma vez que o grande sincretismo existente impedia o estabelecimento de dogmas. São corretas SOMENTE a) I e II b) II e III c) III e IV d) I, II e IV e) I, III e IV 4. (Cesgranrio) Apesar do predomínio da agromanufatura açucareira na economia colonial brasileira, a pecuária e a extração das "drogas do sertão" foram fundamentais. A esse respeito, podemos afirmar que: a) ocorreu uma grande absorção da mão-de-obra escrava negra, particularmente na pecuária. b) a presença do indígena na extração das "drogas do sertão" foi essencial pelo conhecimento da geografia da região nordeste. c) por serem atividades complementares, a força de trabalho não se dedicava integralmente a elas. d) ambas foram responsáveis pelo processo de interiorização do Brasil colonial. e) possibilitaram o surgimento de um mercado interno que se contrapunha às flutuações do comércio internacional. 5. (Cesgranrio) A ocupação do território brasileiro, restrita, no século XVI, ao litoral e associada à lavoura de produtos tropicais, estendeu-se ao interior durante os séculos XVII e XVIII, ligada à exploração de novas atividades econômicas e aos interesses políticos de Portugal em definir as fronteiras da colônia. As afirmações a seguir relacionam as regiões ocupadas a partir do século XVII e suas atividades dominantes. l - No Vale Amazônico, o extrativismo vegetal - as drogas do sertão - e a captura de índios atraíram os colonizadores. 2 - A ocupação do Pampa gaúcho não teve nenhum interesse econômico, estando ligada aos conflitos luso-espanhóis na Europa. 3 - O planalto central, nas áreas correspondentes aos atuais Estados de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, foi um dos principais alvos do bandeirismo, e sua ocupação está ligada à mineração. 4 - A zona missioneira no sul do Brasil representava um obstáculo tanto aos colonos, interessados na escravização dos indígenas, quanto a Portugal, dificultando a demarcação das fronteiras. 5 - O Sertão nordestino, primeira área interior ocupada no processo de colonização, foi um prolongamento da lavoura canavieira, fornecendo novas terras e mão-de-obra para a expansão da lavoura. As afirmações corretas são: a) somente 1, 2 e 4. b) somente 1, 2 e 5. c) somente 1, 3 e 4. d) somente 2, 3 e 4. e) somente 2, 3 e 5. 6. (Cesgranrio) A expansão da Colonização Portuguesa na América, a partir da segunda metade do século XVIII, foi marcada por um conjunto de medidas, dentre as quais podemos citar: a) o esforço para ampliar o comércio colonial, suprimindo-se as práticas mercantilistas. b) a instalação de missões indígenas nas fronteiras sul e oeste, para garantir a posse dos territórios por Portugal. c) o bandeirismo paulista, que destruiu parte das missões jesuíticas e descobriu as áreas mineradoras do planalto central. d) a expansão da lavoura de cana para o interior, incentivada pela alta dos preços no mercado internacional. e) as alianças políticas e a abertura do comércio colonial aos ingleses, para conter o expansionismo espanhol.

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7. (Cesgranrio) A formação do território brasileiro no período colonial resultou de vários movimentos expansionistas e foi consolidada por tratados no século XVIII. Assinale a opção que relaciona corretamente os movimentos de expansão com um dos Tratados de Limites: a) A expansão da fronteira norte, impulsionada pela descoberta das minas de ouro, foi consolidada nos Tratados de Utrecht. b) A região missioneira no sul constituiu um caso à parte, só resolvido a favor de Portugal com a extinção da Companhia de Jesus. c) O Tratado de Madri revogou o de Tordesilhas e deu ao território brasileiro conformação semelhante à atual. d) O Tratado do Pardo garantiu a Portugal o controle da região das Missões e do rio da Prata. e) Os Tratados de Santo Ildefonso e Badajós consolidaram o domínio português no sul, passando a incluir a região platina. 8. (Enem) O mapa a seguir apresenta parte do contorno da América do Sul destacando a bacia amazônica. Os pontos assinalados representam fortificações militares instaladas no século XVIII pelos portugueses. A linha indica o Tratado de Tordesilhas revogado pelo Tratado de Madri, apenas em 1750.

Adaptado de Carlos de Meira Mattos. "Geopolítica e teoria de fronteiras." Pode-se afirmar que a construção dos fortes pelos portugueses visava, principalmente, dominar a) militarmente a bacia hidrográfica do Amazonas. b) economicamente as grandes rotas comerciais. c) as fronteiras entre nações indígenas. d) o escoamento da produção agrícola. e) o potencial de pesca da região. 9. (Faap) Portugal cede Olivença à Espanha (em território europeu). Em troca, a Espanha cede à Portugal os Sete Povos das Missões (parte ocidental do RS). Estamos falando do Tratado de: a) EI Pardo b) Petrópolis c) Madri d) Badajoz e) Santo Ildefonso 10. (Fatec) Bandeiras eram: a) expedições de portugueses que atraíam as tribos indígenas para serem catequizadas pelos jesuítas. b) expedições organizadas pela Coroa com o objetivo de conquistar as áreas litorâneas e ribeirinhas do país. c) expedições particulares que aprisionavam índios e buscavam metais e pedras preciosas. d) movimentos catequistas liderados pelos jesuítas e que pretendiam formar uma nação indígena cristã. e) expedições financiadas pela Coroa cujo objetivo era exclusivamente descobrir metais e pedras preciosas. 11. (Fgv) O princípio do "Uti possidetis" esteve presente como base à solução dos conflitos de fronteira entre Portugal e Espanha no século XVIII. O resultado efetivo dessa negociação foi o Tratado de Madri (1750), que definiu, no caso brasileiro, limites territoriais muito próximo dos atuais. Foi o principal articulador desse tratado/princípio: a) Diego de Mendonça Corte Real; b) Francisco Pereira Coutinho; c) Luís Antônio de Sousa; d) Alexandre de Gusmão; e) João VI. 12. (Fgv) Entre os momentos definidores da penetração para além do limite do Tratado de Tordesilhas e a conseqüente expansão territorial do Brasil, no século XVII, estão o/os: a) Tratados de Utrecht e de Madri; b) Tratados de Santo IIdefonso e de Utrecht; c) Tratado de Madri e o ciclo da caça ao índio; d) ciclos de caça ao índio e de sertanismo por contrato; e) Tratado de Madri e o ciclo de sertanismo por contrato.

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13. (Fgv) "(...) assistimos no final do século XVII, após a descoberta das minas, não a uma nova configuração da vila nem à ruptura brusca com o padrão anterior, ao contrário, à consolidação de todo um processo de expansão econômica, de mercantilização e de concentração de poder nas mãos de uma elite local. A articulação com o núcleo mineratório dinamizará este quadro mas não será, de forma alguma, responsável por sua existência." BLAJ, Ilana, A trama das tensões.São Paulo, Humanitas, 2002, p.125. O texto acima refere-se: a) À vila de São Luís e ao seu papel de núcleo articulador entre a economia exportadora e o mercado interno colonial. b) À vila de São Paulo, cuja integração a uma economia de mercado teria ocorrido antes da descoberta dos metais preciosos. c) À vila de Ouro Preto, importante centro agrícola e pecuarista encravado no interior da América Portuguesa. d) À vila de Cuiabá, principal entreposto de tropeiros e comerciantes que percorriam as precárias rotas do Centro-Sul. e) À vila de Mariana, importante centro distribuidor de indígenas apresados pelos bandeirantes. 14. (Fgv) "Assim, alguns dos irmãos mandados para esta aldeia, que se chama Piratininga, chegamos a 25 de janeiro do ano do Senhor de 1554, e celebramos em paupérrima e estreitíssima casinha a primeira missa, no dia da Conversão do Apóstolo São Paulo e, por isso, a ele dedicamos a nossa casa". ANCHIETA, José de, "Carta de Piratininga (1554)". Cartas, informações, fragmentos históricos e sermões, Belo Horizonte/São Paulo: Itatiaia/Edusp, 1988, p.48. Sobre a fundação da vila de São Paulo no período colonial podemos afirmar que: a) Expulsos de Piratininga, os jesuítas retornaram em 1554 com tropas portuguesas que promoveram a destruição dos grupos indígenas da região. b) Sua fundação acompanhou a tendência da colonização portuguesa em privilegiar a formação de núcleos no interior, em lugar de entrepostos litorâneos. c) Desde sua fundação até o final do século XVIII, sua principal atividade econômica foi a produção de açúcar e algodão voltada para o mercado externo. d) Sua fundação ocorreu em função dos interesses jesuíticos em controlar o comércio de metais e pedras preciosas realizado pelas tribos indígenas da região. e) Sua fundação está vinculada à motivação missionária dos jesuítas que tinham nos colégios e aldeamentos suas bases principais. 15. (Fuvest) Qual destas definições expressa melhor o que foram as Bandeiras? a) Expedições financiadas pela Coroa que se propunham exclusivamente a descobrir metais e pedras preciosas b) Movimento de fundo catequético, liderados pelos jesuítas para a formação de uma nação indígena cristã c) Expedições particulares que apresavam os índios e procuravam metais e pedras preciosas d) Empresas organizadas com o objetivo de conquistar as áreas litorâneas e ribeirinhas e) Incursões de portugueses para atrair tribos indígenas para serem catequizadas pelos jesuítas 16. (Fuvest) "Na primeira carta disse a V. Rev. a grande perseguição que padecem os índios, pela cobiça dos portugueses em os cativarem. Nada há de dizer de novo, senão que ainda continua a mesma cobiça e perseguição, a qual cresceu ainda mais. No ano de 1649 partiram os moradores de São Paulo para o sertão, em demanda de uma nação de índios distantes daquela capitania muitas léguas pela terra adentro, com a intenção de os arrancarem de suas terras e os trazerem às de São Paulo, e aí se servirem deles como costumam." (Pe. Antônio Vieira, CARTA AO PADRE PROVINCIAL, 1653, Maranhão.) Este documento do Padre Antônio Vieira revela: a) que tanto o padre Vieira como os demais jesuítas eram contrários à escravidão dos indígenas e dos africanos, posição que provocou conflitos constantes com o governo português. b) um dos momentos cruciais da crise entre o governo português e a Companhia de Jesus, que culminou com a expulsão dos jesuítas do território brasileiro. c) que o ponto fundamental dos confrontos entre os padres jesuítas e os colonos referia-se à escravização dos indígenas e, em especial, à forma de atuar dos bandeirantes. d) um episódio isolado da ação do padre Vieira na luta contra a escravização indígena no Estado do Maranhão, o qual se utilizava da ação dos bandeirantes para caçar os nativos. e) que os padres jesuítas, em oposição à ação dos colonos paulistas, contavam com o apoio do governo português na luta contra a escravização indígena. 17. (Fuvest) Entre 1750, quando assinaram o Tratado de Madrid, e 1777, quando assinaram o Tratado de Santo Ildefonso, Portugal e Espanha discutiram os limites entre suas colônias americanas. Neste contexto, ganhou importância, na política portuguesa, a idéia da necessidade de: a) defender a colônia com forças locais, daí a organização dos corpos militares do centro-sul e a abolição das diferenças entre índios e brancos. b) fortificar o litoral para evitar ataques espanhóis e isolar o marquês de Pombal por sua política nitidamente pró-bourbônica. c) transferir a capital da Bahia para o Rio de Janeiro, para onde fluía a maior parte da produção açucareira, ameaçada pela pirataria. d) afastar os jesuítas da colônia por serem quase todos espanhóis e, nesta qualidade, defenderem os interesses da Espanha. e) aliar-se política e economicamente à França para enfrentar os vizinhos espanhóis, impondo-lhes suas concepções geopolíticas na América. 18. (Fuvest) Em 1694, uma expedição chefiada pelo bandeirante Domingos Jorge Velho foi encarregada pelo governo metropolitano de destruir o quilombo de Palmares. Isto se deu porque: a) os paulistas, excluídos do circuito da produção colonial centrada no Nordeste, queriam aí estabelecer pontos de comércio, sendo impedidos pelos quilombos. b) os paulistas tinham prática na perseguição de índios, os quais aliados aos negros de Palmares ameaçavam o governo com movimentos milenaristas. c) o quilombo desestabilizava o grande contingente escravo existente no Nordeste, ameaçando a continuidade da produção açucareira e da dominação colonial.

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d) os senhores de engenho temiam que os quilombolas, que haviam atraído brancos e mestiços pobres, organizassem um movimento de independência da colônia. e) os aldeamentos de escravos rebeldes incitavam os colonos à revolta contra a metrópole visando trazer novamente o Nordeste para o domínio holandês. 19. (Fuvest) Durante o período colonial, o Estado português deu suporte legal a guerras contra povos indígenas do Brasil, sob diversas alegações; derivou daí a guerra justa, que fundamentou: a) o genocídio dos povos indígenas, que era, no fundo, a verdadeira intenção da Igreja, do Estado e dos colonizadores. b) a criação dos aldeamentos pelos jesuítas em toda a colônia, protegendo os indígenas dos portugueses. c) o extermínio dos povos indígenas do sertão quando, no século XVII, a lavoura açucareira aí penetrou depois de ter ocupado todas as áreas litorâneas. d) a escravização dos índios, pois, desde a antigüidade, reconhecia-se o direito de matar o prisioneiro de guerra, ou escravizá-lo. e) uma espécie de "limpeza étnica", como se diz hoje em dia, para garantir o predomínio do homem branco na colônia. 20. (Fuvest) No século XVIII, o governo português incorporou a maior parte da Amazônia ao seu domínio. A ampliação dessa fronteira da colônia portuguesa deveu-se a) aos acordos políticos entre Portugal e França. b) às lutas de resistência das populações indígenas. c) ao início da exploração e exportação da borracha. d) à expulsão dos jesuítas favoráveis à dominação espanhola. e) à exploração e comercialização das drogas do sertão. 21. (Fuvest) "A fundação de uma cidade não era problema novo para os portugueses; eles viram nascer cidades nas ilhas e na África, ao redor de fortes ou ao pé das feitorias; aqui na América, dar-se-ia o mesmo e as cidades surgiriam..." João Ribeiro, História do Brasil Baseando-se no texto, é correto afirmar que as cidades e as vilas, durante o período colonial brasileiro, a) foram uma adaptação dos portugueses ao modelo africano de aldeias junto aos fortes para proteção contra ataques das tribos inimigas. b) surgiram a partir de missões indígenas, de feiras do sertão, de pousos de passagem, de travessia dos grandes rios e próximas aos fortes do litoral. c) foram planejadas segundo o padrão africano para servir como sede administrativa das capitais das províncias. d) situavam-se nas áreas de fronteiras para facilitar a demarcação dos territórios também disputados por espanhóis e holandeses. e) foram núcleos originários de engenhos construídos perto dos grandes rios para facilitar as comunicações e o transporte do açúcar. 22. (Fuvest) "O que mais espanta os Índios e os faz fugir dos Portugueses, e por conseqüência das igrejas, são as tiranias que com eles usam, obrigando-os a servir toda sua vida como escravos, apartando mulheres de maridos, pais de filhos, ferrando-os, vendendo-os, etc. [...] estas injustiças foram a causa da destruição das igrejas..." Padre José de Anchieta, na segunda metade do século XVI. A partir do texto, é correto afirmar que a) a defesa dos indígenas feita por Anchieta estava relacionada a problemas de ordem pessoal entre ele e os colonizadores da capitania de São Paulo. b) a escravidão dos índios, a despeito das críticas de Anchieta, foi uma prática comum durante o período colonial, estimulada pela Coroa portuguesa. c) os conflitos entre jesuítas e colonizadores foram constantes em várias regiões, tais que: Maranhão, São Paulo e Missões dos Sete Povos do Uruguai. d) a posição de defesa dos indígenas, assumida por Anchieta, foi isolada nas Américas, tanto na Portuguesa quanto na Espanhola. e) a defesa dos jesuítas foi assumida pela Coroa nos episódios em que essa ordem religiosa lutou por interesses antagônicos aos dos colonizadores. 23. (G1) Sobre a presença dos jesuítas no Brasil, é INCORRETO afirmar: a) Catequizavam os indígenas; b) Educavam os indígenas e os colonos; c) Entregavam indígenas aos traficantes de escravos para manter as missões; d) Fundaram vários colégios; e) Contribuíram para amenizar as tensões entre indígenas e colonos. 24. (G1) O sertanismo (ou bandeirismo) de contrato, tinha por atividade: a) a exportação de drogas do sertão; b) a busca de metais preciosos para o governo português; c) o tráfico negreiro para a Inglaterra; d) a captura de índios para escravizá-los; e) combater revoltas de índios e negros e destruir os quilombos. 25. (G1) Foi tratado de limites territoriais entre Portugal e Espanha, em que Alexandre de Gusmão defendeu o princípio do "Uti possidetis, uta possideatis": a) Santo Ildefonso; b) Utrecht; c) Tordesilhas; d) Madri; e) Badajós.

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26. (G1) I - Expedições de bandeirantes organizadas pelo governo português. II - Expedições de bandeirantes organizadas por particulares. As frases acima correspondem, respectivamente: a) às missões e às reduções; b) às feitorias e às bandeiras; c) às entradas e às bandeiras; d) às feitorias e às entradas; e) às bandeiras e às missões. 27. (G1) Na História do Brasil, em relação ao ciclo minerador, pode-se afirmar que: I) A capital da colônia foi transferida de Salvador para a cidade do Rio de Janeiro. II) Por dois séculos, os paulistas monopolizaram a exploração do ouro, apesar das tentativas fracassadas de outros grupos. III) Ocorreu o povoamento e a urbanização da região das Minas Gerais. Está(ão) correta(s) somente: a) I. b) II. c) III. d) I e II. e) I e III. 28. (Mackenzie) "Pouco fruto se pode obter deles se a força do braço secular não acudir para domá-los. Para esse gênero de gente, não há melhor pregação do que a espada e a vara de ferro." (José de Anchieta. Pedro Casaldáliga in "Na Procura do Reino") O fragmento de texto anterior, escrito nos primórdios da colonização do Brasil, refere-se: a) à evangelização do negro e o apresamento de escravos pelos bandeirantes. b) à expansão da cana-de-açúcar para o interior de Mato Grosso e a utilização de mão-de-obra indígena. c) à catequização do índio pelos jesuítas e a utilização dos silvícolas como mão-de-obra nas propriedades da Companhia de Jesus. d) à inadaptação do índio para o trabalho e a escravização do negro pelos jesuítas em suas reduções de ouro. e) à determinação dos jesuítas em pregar o Evangelho junto aos índios e negros, ampliando os horizontes da fé. 29. (Mackenzie) A historiografia tradicional atribui ao bandeirismo o alargamento do território brasileiro para além de Tordesilhas. Sobre esta atividade é correto afirmar que: a) jamais converteu-se em elemento repressor, atacando quilombos ou aldeias indígenas. b) as Missões do Sul foram preservadas dos ataques paulistas, devido à presença dos jesuítas espanhóis. c) na verdade, o bandeirismo era a forma de sobrevivência para mestiços vicentinos, rudes e pobres e a expansão territorial ocorreu de forma inconsciente como subproduto de sua atividade. d) eram empresas totalmente financiadas pelo governo colonial, tendo por objetivo alargar o território para além de Tordesilhas. e) era exercida exclusivamente pelo espírito de aventura dos brancos vinculados à elite proprietária vicentina, cujas lavouras de cana apresentavam grande prosperidade. 30. (Mackenzie) A partir do século XVII, uma série de fatores provocaram a expansão da colônia e ocupação do interior do Brasil, exceto: a) a pecuária desenvolvida no sertão nordestino e região sul. b) a busca de riquezas minerais liderada pelos bandeirantes de São Paulo. c) a ação missionária dos jesuítas vinculada também à extração de drogas do sertão. d) a União Ibérica, que possibilitou maior liberdade de circulação no território além de Tordesilhas. e) o apoio de jesuítas e índios dos Sete Povos das Missões, confirmando os termos do Tratado de Madri em 1750. 31. (Mackenzie) "Como decorrência do caminho, constituiu-se a civilização paulista (...) Na faina sertaneja e predadora dos paulistas, desenvolveram-se hábitos próprios, tributários dos indígenas e incorporados mesmo por aqueles que haviam nascido na Europa, como o alentejano Antonio Raposo Tavares." Laura de Mello e Souza O texto reporta-se às características da vida paulista no período colonial e seu significado. Sobre estes fatos NÃO podemos dizer que: a) o isolamento e a reduzida importância econômica da região resultaram num forte senso de autonomia entre a gente paulista. b) casas de taipa, móveis rústicos, tendo com idioma dominante o tupi-guarani até o século XVIII, esta era a vila de São Paulo. c) mestiços rudes, os mamelucos paulistas vagavam pelos sertões, apresando índios, buscando ouro ou atacando quilombos. d) o alargamento da fronteira foi uma conseqüência inconsciente da luta destes homens pela sobrevivência. e) o prestígio do bandeirante deve-se à integração dos vicentinos à economia exportadora açucareira. 32. (Mackenzie) O desenvolvimento do ciclo de preação ao índio no banderismo vicentino, durante as invasões holandesas no século XVII, explica-se porque: a) os holandeses passaram a controlar as regiões africanas fornecedoras de escravos, impedindo o tráfico negreiro para área portuguesa, gerando assim a procura de escravos indígenas nas áreas sob domínio português. b) os invasores holandeses substituíram o escravo negro pelo índio, mais habituado à produção de excedentes. c) os portugueses sempre preferiram a escravidão indígena, que traziam lucros para a colônia. d) os vicentinos, devido à abundância de escravos negros na região, relutaram em aceitar escravos indígenas. e) os bandeirantes paulistas aprisionaram somente indígenas destribalizados, poupando as missões jesuítas de seus ataques. 33. (Mackenzie) As regiões paulista e norte do Brasil tinham no período colonial vários aspectos históricos comuns, como assinala o historiador Boris Fausto. Identifique-os nas alternativas abaixo. a) A bem-sucedida economia de exportação canavieira baseada no latifúndio e escravidão africana.

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b) A influência da cultura indígena nos hábitos locais, o predomínio do mameluco, resultado da mestiçagem, e os choques entre missionários e colonos. c) A forte presença européia em virtude do intenso comércio com a metrópole. d) Enorme contingente de escravos africanos usados como mão-de-obra extrativista, já que nas regiões mencionadas os indígenas eram minoria. e) Economia mineradora, sociedade urbana e predomínio da língua portuguesa. 34. (Puc-rio) A aventura da colonização empreendida pela Coroa de Portugal, nas terras da América, entre os séculos XVI e XVIII, expressou-se na constituição de diversas regiões coloniais. Sobre essas regiões coloniais, estão corretas as seguintes afirmativas COM EXCEÇÃO DE: a) No vale do Rio Amazonas, a partir do século XVII, ordens missionárias exploraram as "drogas do sertão", utilizando o trabalho de indígenas locais. b) No vale do Rio São Francisco, a partir do final do século XVI, ocorreu a expansão de fazendas de criação de gado, voltadas para o abastecimento dos engenhos de açúcar do litoral. c) Na Capitania de São Vicente, em especial por iniciativa dos habitantes da vila de São Paulo, organizaram-se expedições bandeirantes que, no decorrer do século XVII, abasteceram propriedades locais com a mão-de-obra escrava dos índios apresados. d) Nas Minas, durante o século XVIII, a extração do ouro e de diamantes, empreendida por aventureiros e homens livres e pobres, propiciou o surgimento de cidades, onde o enriquecimento fácil estimulava a mobilidade social. e) No litoral de Pernambuco, durante a segunda metade do século XVI, a lavoura de cana e a produção de açúcar expandiram-se rapidamente, o que foi acompanhado pela gradual substituição do uso da mão-de-obra escrava do nativo americano pelo negro africano. 35. (Puccamp) "Não se pode contar nem compreender a multidão de bárbaro gentio que a natureza semeou por toda esta terra do Brasil. (...) Deus permitiu que fossem contrários uns dos outros, e que houvesse entre eles grandes ódios e discórdias, porque se assim não fosse os portugueses não poderiam viver na terra nem seria possível conquistar tanta gente. Quando os portugueses começaram a povoar a terra, havia muitos deste índios pela costa junto das Capitanias. Porque os índios se levantaram contra os portugueses, os governadores e capitães os destruíram pouco a pouco, e mataram muitos deles. Outros fugiram para o sertão, e assim ficou a costa despovoada de gentio ao longo das capitanias." (Pero de Magalhães Gandavo. "Tratado da Terra do Brasil". São Paulo: Obelisco, 1964) O relato de Gandavo sobre os índios e as suas relações com os portugueses no Brasil é do século XVI. Sobre essas relações é correto afirmar que I. os portugueses e os índios praticaram genocídio, uns em relação aos outros; II. a empresa colonizadora portuguesa teve, também, um caráter militar; III. os índios resistiram ao domínio português; IV. os índios não defenderam as suas terras situadas no litoral. Estão corretas a) I, II, III e IV. b) I, II e IV, somente. c) III e IV, somente. d) II e III, somente. e) I e IV, somente. 36. (Puccamp) A marcha do povoamento

(Adaptado de José William Vesentini. "Geografia: série Brasil". São Paulo: Ática, 2003. p. 181) No que se refere à faixa escura à leste, é correto afirmar que a ocupação e povoamento dessa faixa a) ocorrem desde a vinda das expedições exploratórias no litoral e ligam-se à exploração econômica do pau-brasil. b) têm início em meados do século XVIII e associam-se ao sucesso das capitanias do Nordeste e do Sudeste. c) vêm desde a época colonial e expressam a ligação econômica em relação aos centros mundiais do capitalismo, desde sua formação. d) resultam da invasão do litoral pelos imigrantes europeus e associam-se à desestruturação econômica do feudalismo. e) têm origem econômica na indústria açucareira e ligam-se à integração gradativa do índio e do negro à sociedade brasileira. 37. (Puccamp) Na Samarra, aliás, Manuelzão conduzira o início de tudo, havia quatro anos, desde quando Federico Freyre gostou do rincão e ali adquiriu seus mil e mil alqueires de terra asselvajada. - "Te entrego, Manuelzão, isto te deixo em mão, por desbravar!" E enviou o gado. Manuelzão: sua mão grande. Sua porfia. Pois ele sempre até ali usara um viver sem pique nem pouso - fazendo outros sertões,

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comboiando boiadas, produzindo retiros provisórios, onde por pouquinho prazo se demorava - sabendo as poeiras do mundo, como se navega. Mas, na Samarra, ia mas era firmar um estabelecimento maior. Sensato se alegrara. Mordeu no ser. Arreuniu homens e veio, conforme acostumado. (Guimarães Rosa. "Manuelzão") A atividade econômica à qual Manuelzão se dedicava, descrita no texto, contribuiu em grande parte, no Brasil colonial, para a) o povoamento das regiões Centro-Oeste e Sul. b) o surgimento do bandeirantismo no Sudeste. c) a decadência dos engenhos na província de Minas Gerais. d) a comercialização das “drogas do sertão” na região Norte. e) o estabelecimento de pequenas propriedades no sertão nordestino. 38. (Pucmg) A partir de finais do século XVII, a atividade mineradora, desenvolvida em Minas Gerais, provocou transformações políticas e no conjunto da economia colonial no século XVIII. São exemplos dessas transformações, EXCETO: a) alargamento da faixa de ocupação do território brasileiro. b) transferência da sede administrativa de Salvador para o Rio de Janeiro em 1763. c) concentração de mão-de-obra escrava em função da demanda dos centros mineradores. d) estímulo ao surgimento do bandeirantismo, favorecendo o processo de interiorização. e) incremento do comércio e ampliação do mercado interno. 39. (Pucmg) Apesar dos esforços metropolitanos no sentido de evitar a escravização dos índios nas terras brasileiras, variados mecanismos foram utilizados pelos colonos para garantir a utilização da mão-de-obra nativa durante o período colonial. Dentre eles podemos destacar, EXCETO: a) o estabelecimento da condição de "administrado". b) as "guerras justas" travadas contra as tribos hostis. c) a ação missionária jesuítica, evangelizando o gentio. d) as expedições de apresamento realizadas pelos bandeirantes. 40. (Pucmg) Hoje, fala-se muito da Estrada Real como patrimônio histórico nacional que rememora o passado dos caminhos que levavam e traziam mercadorias e escoavam o ouro que ia ser levado a Portugal. Assina-le a afirmativa mais ADEQUADA para definir Estrada Real. a) Os pontos de descanso e pousada dos tropeiros, viajantes que seguiam em tropas de burro ou mula cuja viagem era longa, cansativa e extremamente perigosa, já que envolvia carregamentos de ouro real que ia ser levado para as Minas. b) Locais da pastagem de gado e do comércio de mulas e burros que constituíam, na época da mineração, o principal meio de transporte de mercadorias e ouro controlados pelos tropeiros na região de Minas Gerais. c) As Bandeiras Oficiais, denominadas Entradas, que estabeleciam a criação de estradas com o selo real, identificadas como propriedade do rei de Portugal para a política de posse e ocupação do território brasileiro. d) Os caminhos abertos pelos portugueses como picadas nas matas, que, poucos anos depois, levaram ao surgimento de povoamentos urbanos nos seus arredores e onde foram erguidos postos de fiscalização para controlar o escoamento do ouro. 41. (Pucpr) "...sairão os missionários com todos os móveis, e efeitos, levando consigo os índios para aldear em outras terras da Espanha; e os referidos índios poderão levar também todos os seus bens móveis e semoventes, e as armas, pólvora e munições ... se entregarão as povoações à Coroa de Portugal, com todas suas casas, igrejas, e edifícios e a propriedade e posse de terreno..." "...como seria possível fazer a mudança de mais de trinta mil índios para outro lado do rio Uruguai sem causar-lhes danos irreparáveis; como transportar sem riscos mais de setecentas mil cabeças de gado?..." (Érico Veríssimo. O CONTINENTE. São Paulo, Círculo do Livro.) O texto refere-se ao a) Tratado de Santo Ildefonso - com entrega para a Espanha das terras da Colônia do Sacramento e dos Sete Povos. b) Convênio de El Pardo - que anulava o Tratado de Madri, em função da Guerra Guaranítica e atritos entre as comissões demarcadoras portuguesas e espanholas. c) Tratado de Badajós - que restaurava, na prática, o que fora disposto no Tratado de Madri. d) Princípio "Uti Possidetis": missionários e índios deveriam abandonar aquelas terras dado ao fato de as mesmas terem sido colonizadas efetivamente, antes, pelos portugueses. e) Tratado de Madri - que, no Sul, entregava a Colônia do Sacramento para a Espanha e destinava os Sete Povos para Portugal.

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42. (Pucrs) Responder à questão com base no mapa a seguir, sobre a criação de gado no período colonial brasileiro.

A partir da observação do mapa, pode-se concluir que a) a criação de gado era atividade exclusiva das regiões litorâneas do Brasil, sendo esse levado para a feira de Sorocaba, de onde partia para o mercado externo, grande consumidor de charque e couro. b) a criação de gado se concentrava no norte do Brasil, devido à inadequação do solo e do clima desta região para o cultivo da cana-de-açúcar, não havendo integração com as demais áreas coloniais. c) a região Sul do Brasil tinha na criação de gado uma importante fonte de renda, e levava seus derivados para serem comercializados na feira de Sorocaba, proporcionando uma integração econômica com a região mineradora. d) a pecuária só se desenvolveu no Brasil colonial em função do ciclo canavieiro, tendo por único objetivo abastecer de carne e couro a população litorânea, carente destes produtos. e) o gado criado no Rio Grande do Sul não tinha boa aceitação no mercado interno colonial, por seu alto custo, devido à enorme distância que separava o sul do sudeste minerador, além da concorrência da carne estrangeira, de melhor qualidade. 43. (Pucsp) Personagem atuante no Brasil colônia, foi "fruto social de uma região marginalizada, de escassos recursos materiais e de vida econômica restrita (...)", teve suas ações orientadas "ou no sentido de tirar o máximo proveito das brechas que a economia colonial eventualmente oferecia para a efetivação de lucros rápidos e passageiros em conjunturas favoráveis - como no caso da caça ao índio - ou no sentido de buscar alternativas econômicas fora dos quadro da agricultura voltada para o mercado externo (...)". Carlos Henrique Davidoff, 1982. O personagem e a região a que o texto se refere são, respectivamente: a) o jesuíta e a província Cisplatina. b) o tropeiro e o vale do Paraíba. c) o caipira e o interior paulista. d) o bandeirante e a província de São Paulo. e) o caiçara e o litoral baiano. 44. (Pucsp) As Bandeiras utilizaram amplamente os rios para penetrar no território brasileiro e atingir regiões distantes do litoral. Entre suas funções, é possível afirmar que a) estavam intimamente ligadas ao tráfico negreiro e buscavam o interior para vender escravos africanos para aldeias indígenas. b) opunham-se às tentativas de catequização de índios pelos jesuítas por considerar os índios destituídos de alma. c) procuravam, a mando da metrópole portuguesa, pedras e metais preciosos no interior do Brasil e no leito dos rios que navegavam. d) fundavam cidades ao longo dos rios e dos caminhos que percorriam e garantiam, posteriormente, seu abastecimento de alimentos. e) eram contratadas, por senhores de terras, para perseguir escravos fugitivos e destruir quilombos. 45. (Uece) A ocupação do interior da colônia brasileira aconteceu irregularmente, conforme o desenvolvimento das atividades econômicas. Marque a opção certa a respeito das principais atividades empreendidas pelas BANDEIRAS: a) a agricultura monocultora do café e o comércio com os espanhóis no Sul b) garantir a instalação de núcleos coloniais familiares e o estabelecimento de acordos de paz com os indígenas c) a busca de uma rota comercial para o Pacífico e garantir a liberdade dos indígenas, conforme a orientação dos jesuítas d) a procura de metais preciosos e a escravização dos indígenas 46. (Ueg) O processo de ocupação e desbravamento do interior brasileiro talvez seja uma das etapas mais interessantes da formação social do Brasil no período colonial. As entradas e bandeiras que desbravaram o sertão estão na origem da formação dos primeiros núcleos urbanos no interior do país, como no caso da região de Goiás. Sobre o processo de ocupação e povoamento de Goiás, é CORRETO afirmar: a) Até o início do século XVIII, a região do atual Estado de Goiás era desabitada e considerada território desconhecido tanto por portugueses quanto por indígenas, que ocupavam preferencialmente o litoral brasileiro. b) A bandeira de Bartolomeu Bueno da Silva foi a primeira expedição de exploração do atual território goiano, que lançou as bases para outros descobertos, como o das minas de Cuiabá. c) Por causa da grande distância a ser percorrida entre a região das minas dos Goyases e o Estado de São Paulo, foi pequena a utilização da mão-de-obra africana na região, ficando a extração aurífera sob o encargo de indígenas escravizados. d) O curto período de exploração aurífera em Goiás deve-se ao rápido esgotamento dos veios auríferos localizados nos leitos dos rios e à técnica rudimentar utilizada na extração do ouro. e) O declínio da produção aurífera trouxe poucos abalos à dinâmica social goiana, visto que já havia se estabelecido na região uma intensa atividade comercial e agrícola que sustentava o crescimento econômico local.

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47. (Uel) Durante todo o século XVI, os portugueses não se preocuparam com a ocupação da Amazônia, principalmente, devido à grande distância entre o extremo norte do Brasil e os principais centros de colonização que na época eram a) Pernambuco e Bahia. b) Rio de Janeiro e São Paulo. c) Minas Gerais e Mato Grosso. d) Rio Grande do Sul e Alagoas. e) Espírito Santo e Santa Catarina. 48. (Uel) Durante o período colonial, havia atritos entre os padres jesuítas e os habitantes locais porque os a) colonos eram ateus belicosos, e os jesuítas, pacíficos católicos. b) religiosos pretendiam escravizar tanto o negro como o índio e os colonos lutavam para receber salários dos capitães donatários. c) colonos desejavam escravizar o negro e os jesuítas se opunham. d) religiosos preocupavam-se com a integração dos indígenas no mercado de trabalho assalariado e os colonos queriam escravizá-los. e) colonos pretendiam escravizar os indígenas e os padres eram contra, pois queriam aldeá-los em missões. 49. (Uel) Em 1703, a Inglaterra impôs a Portugal o Tratado de Methuen que consistia basicamente em a) exclusividade comercial entre o Brasil e a Inglaterra. b) bloqueio marítimo aos navios de bandeira francesa. c) determinação de ruptura do Pacto Colonial. d) abertura dos mercados ingleses ao vinho português, em troca da abertura dos mercados lusitanos aos tecidos ingleses. e) proibição do comércio franco-espanhol com as colônias portuguesas. 50. (Uel) "(...) ela foi responsável pelo povoamento do sertão nordestino, da Bahia ao Maranhão. Foi um excelente instrumento de expansão e colonização do interior do Brasil. Com ela surgiram muitas feiras que deram origem a importantes centros urbanos, como por exemplo a Feira de Santana, na Bahia." Ao instrumento de expansão a que o texto se refere pode ser associada a a) pecuária. b) mineração. c) economia extrativa. d) economia mineira. e) produção açucareira. 51. (Uel) "Como não se tratava de regiões aptas para a produção de gêneros tropicais de grande valor comercial, como o açúcar ou outros, foi-se obrigado para conseguir povoadores (...) a recorrer às camadas pobres ou médias da população portuguesa e conceder grandes vantagens aos colonos que aceitavam irem-se estabelecer lá. O custo do transporte será fornecido pelo Estado, a instalação dos colonos é cercada de toda sorte de providências destinadas a facilitar e garantir a subsistência dos povoadores; as terras a serem ocupadas são previamente demarcadas em pequenas parcelas, (...) fornecem-se gratuitamente ou a longo prazo auxílios vários (instrumentos de trabalho, sementes, animais, etc.)." (PRADO JÚNIOR, C."História econômica do Brasil". 27 ed. São Paulo: Brasiliense, 1982. p.95-6.) Com base no texto, é possível afirmar que o autor se refere: a) À colonização do sertão nordestino através da pecuária. b) À ocupação da Amazônia através das drogas do sertão. c) À expansão para o interior paulista pelas entradas e bandeiras. d) À colonização do sul através da pecuária. e) Ao povoamento das Capitanias Hereditárias. 52. (Uel) Sabe-se que as missões jesuíticas foram quase todas instaladas além do raio de ação dos estabelecimentos coloniais, fato que propiciou aprofundar a iniciativa catequética, ainda que o isolamento das missões tenha contribuído para uma vida material mais precária, segurança mais difícil e sobrevivência problemática a longo prazo. Sobre as reduções ou missões jesuíticas no planalto paulista no século XVI e XVII, é correto afirmar: a) As missões fortaleceram as aldeias indígenas, respeitando as suas relações sociais no controle da terra e na distribuição dos trabalhos. b) As reduções foram caracterizadas pela mistura de povos e culturas indígenas, o que contribuiu para a política jesuítica de homogeneização e desarticulação das comunidades preexistentes. c) Os jesuítas preservaram a organização espacial das aldeias e os ritos nativos, utilizando-se dessa estratégia a fim de transformar os índios em escravos disciplinados para a agromanufatura do açúcar. d) As reduções especializaram-se em fornecer índios catequizados aos bandeirantes para serem vendidos como escravos às plantações de subsistência paulistas. e) As missões surgiram à margem da administração colonial, e seus rendimentos, provenientes da agricultura e do artesanato, foram empregados na proteção militar dos indígenas. 53. (Uel) "Das cidades, vilas, recôncavos e sertões do Brasil vão brancos, pardos e pretos e muitos índios de que os paulistas se servem. A mistura é de toda a condição de pessoas: homens e mulheres; moços e velhos; pobres e ricos; nobres e plebeus; seculares, clérigos e religiosos de diversos institutos (...)" (ANTONIL, A. J. "Cultura e opulência do Brasil" por suas drogas e minas. São Paulo: Livraria Progresso, 1955. p.185-6.) O texto acima, publicado inicialmente em 1711, descreve a ocupação de qual das regiões abaixo? Assinale a alternativa correta. a) Faisqueiras da Vila de São Paulo de Piratininga. b) Jazidas de Paranaguá e Curitiba. c) Minas de diamantes do Arraial do Tejuco. d) Minas Gerais. e) Minas do distrito de Jacobina na Bahia. 54. (Uem) Sobre as missões jesuíticas fundadas na época colonial, na região que atualmente corresponde ao estado do Paraná, assinale a(s) alternativa(s) correta(s). 01) As missões dos jesuítas tinham o objetivo de dominar os índios para facilitar sua escravização pelos demais colonos brancos.

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02) As missões ou reduções eram povoações onde moravam juntos os índios e os padres da Companhia de Jesus. 04) A expansão dos portugueses, já a partir do século XVI, sobre o território paranaense abriu o caminho para o estabelecimento das reduções dos jesuítas. 08) A fundação de missões, por parte dos jesuítas, objetivava a catequização dos índios e relacionava-se aos objetivos de expansão do catolicismo, por parte da Igreja Católica, como reação ao crescimento da Reforma Protestante. 16) A região entre os rios Ivaí, Piquiri e Paraná juntamente com a região dos Sete Povos das missões, no Rio Grande do Sul, são as únicas regiões do Brasil que tiveram missões dos jesuítas. 55. (Uepg) A incerta linha de Tordesilhas foi suplantada pela expansão das bandeiras paulistas, pelos criadores de gado, pelas forças militares e pela mineração. A partir do século XVIII a configuração territorial do Brasil passou a se aproximar bastante da atual, com exceção das fronteiras do Sul. Sobre as questões territoriais no sul do Brasil, assinale o que for correto. 01) No século XVlll, Portugal e Espanha disputaram os territórios das Sete Missões, ocupados por índios e jesuítas, e a Colônia do Sacramento, fundada no Rio da Prata, hoje território uruguaio. 02) A Colônia do Sacramento, base estratégica para o contrabando da prata oriunda da Bolívia e do Peru, foi incorporada ao Brasil em 1821, com a denominação Província Cisplatina. 04) A Província Cisplatina jamais se integrou ao Brasil em virtude da origem espanhola de seus habitantes e os conflitos de interesses na região do Prata. 08) Em 1827, a Província Cisplatina tomou-se a República do Uruguai. Duas forças políticas disputavam o poder: o Partido Blanco, dos pecuaristas, que se apoiava na Argentina, e o Partido dos Colorados, dos comerciantes de Montevidéu, que era simpático ao Brasil. 16) A Inglaterra, favorável à formação de uma grande república no Rio da Prata, colocou-se sempre contra a intervenção do Brasil nessa região. 56. (Uerj) (...) Eram pardos, todos nus, sem coisa alguma que cobrisse suas vergonhas. Nas mãos traziam arcos com suas setas. (...) Eles não lavram, nem criam. Não há aqui boi nem vaca, nem cabra, nem ovelha, nem galinha, nem qualquer outra alimária, que costumada seja ao viver dos homens. Nem comem senão desse inhame, que aqui há muito, e dessa semente de frutos, que a terra e as árvores de si lançam (...). (CORTESÃO, Jaime. "A Carta de Pero Vaz de Caminha". Rio de Janeiro: Livros de Portugal, 1943.) No Brasil, durante o período colonial, as mudanças transcorridas na organização política, econômica e social dos indígenas estão relacionadas com: a) o rompimento de sua unidade política, levando ao fracionamento das federações tribais. b) a expropriação das terras, provocando a interiorização de muitas comunidades nativas. c) a imposição gradativa do trabalho sedentário, levando a sua utilização como mão-de-obra assalariada. d) o seu largo emprego em trabalhos compulsórios na pecuária e na mineração, provocando a sedentarização das comunidades do litoral. 57. (Uerj) Desconhecendo as sociedades nativas, os europeus tinham a impressão de que os índios viviam "sem Deus, sem lei, sem rei, sem pátria, sem razão". (VAINFAS, Ronaldo (dir.). Dicionário do Brasil Colonial (1500-1808). Rio de Janeiro: Objetiva, 2000.) No Brasil, nos primeiros séculos de colonização, a imagem apresentada dos indígenas levou a uma oposição entre os missionários, principalmente os jesuítas, e os colonizadores. Esta oposição de projetos em relação aos indígenas está expressa, respectivamente, na seguinte alternativa: a) defesa da conversão e da liberdade x direito de escravização b) estabelecimento de alianças com tribos tupis x política de extermínio seletivo c) aceitação de costumes como a poligamia x imposição da cultura do conquistador d) emprego como trabalhadores livres x inserção socioeconômica como trabalhadores semilivres 58. (Ufc) A crueldade e impunidade dos participantes das entradas contra os indígenas foi denunciada pelo Pe. Antônio Vieira." ... e assim fala toda esta gente nos tiros que deram; nos que fugiram... nos que mataram, como se falassem de uma caçada e não valessem mais as vidas dos índios que a dos animais". Fonte: Carta do Pe. Antônio Vieira, 1653, Maranhão, destinada ao Padre Provincial, in COLETÂNEA DE DOCUMENTOS HISTÓRICOS PARA O 1Ž GRAU - 5• à 8• SÉRIES. SE/CENP. 1979, P.25. Considerando este depoimento, é correto afirmar que: a) as aldeias indígenas consolidavam a solidariedade existente entre as tribos. b) a população indígena, sobretudo no interior, sofreu um verdadeiro extermínio, vítima da escravidão. c) o bandeirismo contribuiu para o crescimento das vilas indígenas no atual território de São Paulo. d) a caça ao elemento indígena pelos bandeirantes foi condenada pelos senhores de terras. e) a colonização indígena sofreu uma significativa queda com o início das Missões dos Jesuítas.

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59. (Ufc) Leia o texto a seguir. "A barbarização ecológica e populacional acompanhou as marchas colonizadoras entre nós, tanto na zona canavieira quanto no sertão bandeirante; daí as queimadas, a morte ou a preação dos nativos. Diz Gilberto Freyre, insuspeito no caso porque apologista da colonização portuguesa no Brasil e no mundo: 'O açúcar eliminou o índio'. Hoje poderíamos dizer: o gado expulsa o posseiro; a soja, o sitiante; a cana, o morador. O projeto expansionista dos anos 70 e 80 foi e continua sendo uma reatualização em nada menos cruenta do que foram as incursões militares e econômicas dos tempos coloniais". (BOSI, Alfredo. "Dialética da colonização". São Paulo: Companhia das Letras, 1992, p. 22) A partir da leitura do texto, pode-se concluir, corretamente, que: a) os princípios republicanos garantiram, no século XX, uma ocupação territorial, feita com base na realocação econômica, nos centros urbanos, dos sujeitos expulsos pelas novas atividades implantadas no interior do país. b) o impacto ambiental e social das atividades econômicas implantadas é um problema que surgiu recentemente, a partir da mecanização das práticas agrícolas e pastoris. c) a marginalização social e econômica de alguns grupos constitui um dos efeitos das atividades econômicas desenvolvidas no Brasil desde o período colonial. d) o desenvolvimento da atividade açucareira na colônia alterou as condições naturais do território, ao introduzir o plantio em áreas extensas, o que reverteu em ganhos para as comunidades locais. e) a introdução de atividades modernas, desde a colônia, vem substituindo a ocupação predatória do meio ambiente, pelos nativos, por outra mais racional que, ao otimizar os recursos naturais, garante sua renovação. 60. (Ufes) O processo de expansão da conquista territorial que culminou com a incorporação da Amazônia ao domínio português esteve vinculado a diferentes situações. NÃO faz parte desse contexto o(a) a) iniciativa de colonos que se aventuravam na coleta de recursos naturais da região, como as "drogas do sertão", ou formavam as "tropas de resgate". b) implantação da grande lavoura canavieira com base no latifúndio e no trabalho escravo negro, voltada para o mercado externo. c) conflito entre colonos e missionários, que tinham, a respeito da população indígena, interesses diversificados. d) prática de uma política oficial adotada pela Coroa, que incentivava o movimento expansionista e fazia realizar expedições para o reconhecimento da área. e) ação das Ordens Religiosas que buscavam os indígenas para nucleá-los e catequizá-los, estabelecendo missões ou aldeamentos. 61. (Ufg) Leia o trecho a seguir: a impraticabilidade de se povoar a dita capitania [Goiás] nem outra qualquer parte da América Portuguesa senão com os nacionais da mesma América. E que achando-se todo o sertão daquele vasto continente coberto de índios, estes deviam ser principalmente os que povoassem os lugares, as vilas e as cidades que se fossem formando. Carta régia de D. José I a D. José Vasconcelos, governador da Capitania de Goiás. 1758. In: PALACÍN, Luís. "O século do ouro em Goiás". Goiânia: Ed. da UCG, 1994. p. 87. O documento aponta a preocupação da Coroa Portuguesa com o povoamento da Capitania de Goiás, cujo desdobramento foi a política de a) ocupação das terras indígenas. b) guerra justa contra as tribos indígenas. c) implantação de aldeamentos indígenas. d) mestiçagem de brancos, índios e negros. e) embates intermitentes com as tribos indígenas. 62. (Ufmg) Todas as alternativas contêm elementos corretos sobre o projeto missionário e catequizador dos jesuítas, no momento da colonização brasileira, EXCETO: a) A legitimação da espoliação e da fraternidade cristã. b) A oratória barroca, marcada pelo discurso linear e retilíneo. c) A simbiose da alegoria cristã e do pensamento mercantil. d) O ardor da diplomacia cristã, mistura de veemência e ambigüidade. e) Os caminhos violentos e sedutores da pedagogia missionária. 63. (Ufmg) Leia o texto adiante. "... Não castigar os excessos que eles [os escravos] cometem seria culpa não leve, porém estes [senhores] hão de averiguar antes, para não castigar inocentes, e se hão de ouvir os delatados e, convencidos, castigar-se-ão com açoites moderados ou com os meterem em uma corrente de ferro por mão própria e com instrumentos terríveis e chegar talvez aos pobres com fogo ou lacre ardente, ou marcá-los na cara, não seria para se sofrer entre os bárbaros, muito menos entre os cristãos católicos." (ANTONIL, André João. CULTURA E OPULÊNCIA DO BRASIL. 1711.) Esse texto, escrito por um padre jesuíta em 1711, pode ser relacionado à a) associação entre a escravidão e a moral cristã. b) condenação dos castigos aplicados aos escravos. c) oposição do clero católico à escravidão. d) regulamentação das relações entre senhores e escravos. 64. (Ufmg) Leia o texto. "Doenças, acidentes, deserções, combates com os índios iam dizimando paulatinamente a tropa. (...) Num dos momentos mais difíceis da aventura, o filho bastardo de Fernão, José Pais, compreendeu que a única maneira de retornar à casa seria matando o obstinado líder da bandeira. Mas Fernão descobriu a conspiração e quem morreu - enforcado à vista do arraial - foi José. E com ele seus companheiros de conjura."(SANTOS, C Moreira dos. JORNAL DO BRASIL, Caderno B, 27/04/1974.) Assinale a alternativa que apresenta afirmação correta sobre as bandeiras que penetraram o sertão brasileiro no século XVII. a) O caráter nômade e provisório das bandeiras impediu que elas iniciassem a fixação de população no interior. b) A adversidade da natureza impediu que os bandeirantes dessem início a qualquer tipo de atividade de subsistência. c) Os índios encontrados pelo caminho eram exterminados, quando impediam a captura de mão-de-obra negra e escrava.

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d) Os bandeirantes paulistas, soltos no sertão bravio, muitas vezes usurpavam do Rei o poder que este lhes delegara. 65. (Ufmg) Leia estes trechos de documentos relacionados ao Brasil Colonial, atentando para os processos históricos a que se referem: I. ... a grande constância de outros, desprezando as inclemências do tempo, desatendendo ao trabalho das marchas, vencendo os descômodos da vida, e perdendo o temor aos assaltos, continuavam a cortar bosques, a abrir caminhos, a penetrar sertões, a combater com o gentio bárbaro, fazendo a muitos e algumas mulheres prisioneiros... II. ... quem vir na escuridão da noite aquelas fornalhas tremendas, perpetuamente ardentes; as labaredas que estão saindo a borbotões de cada uma pelas duas bocas, ou ventas, por onde respiram o incêndio; os etíopes, ou cíclopes, banhados em suor tão negros como robustos que subministram a grossa e dura matéria ao fogo [...] não poderá duvidar, ainda que tenha visto Etnas e Vesúvios, que é uma semelhança de inferno. III. Ali ignora-se o uso da verruma, o método de conhecer o interior e as diversas camadas de terras: as ciências naturais, a mineralogia, a química, o conhecimento da mecânica, das leis do movimento e da gravidade dos corpos, tudo está ali muito na sua infância; das máquinas hidráulicas apenas se conhece ainda muito imperfeita, a que, pela sua figura e construção, chamam rosário... IV. ... o conde enriqueceu e ornou com edifícios vilas e cidades. Construiu pontes e palácios para utilidade e beleza. Erigiu, em parte por sua munificência, um templo para a piedade e para o serviço divino. Teve consigo e favoreceu, na paz e na guerra, os mais eminentes artistas [...] para que eles mostrassem, vencidos, [...] os lugares, as terras e as cidades que ele próprio vencesse. Os trechos I, II, III e IV fazem referência, respectivamente, a) à ação dos quilombolas, aos motins coloniais, às atividades agrícolas indígenas e à construção da cidade de Salvador. b) à pecuária, ao batuque dos negros, à arte naval portuguesa e à transferência da Corte portuguesa para o Rio de Janeiro. c) ao bandeirantismo, aos engenhos de açúcar, às técnicas de mineração e à presença holandesa no nordeste açucareiro. d) ao tráfico negreiro, aos rituais indígenas, às moendas de açúcar e à urbanização das vilas das Minas Gerais. 66. (Ufmg) Em janeiro de 1592, Brás Dias, mameluco, natural da cidade da Bahia, confessou perante a Mesa da Santa Inquisição que, durante quatro ou cinco anos, andando pelo sertão, fizera parte, junto com os gentios, de uma seita chamada Santidade, que funcionava na fazenda de Fernão Cabral, em Jaguaripe. A seita era dirigida por um índio chamado Antônio, que tinha sido criado pelos jesuítas nas missões. Entre outras coisas, esse Antônio, que era casado, batizava os próprios filhos, utilizando duas candeias acesas e um prato d'água, e chamavam a si próprios com os nomes de Jesus e de Santa Maria. Nos cultos, celebrados ao pé de cruzes metidas no chão em montes de pedra, uivavam e se comportavam como macacos, sem regras nem ordem, cometendo vários deslizes heréticos. (Texto baseado em documentos transcritos em VAINFAS, Ronaldo (Org.). "Confissões da Bahia". São Paulo: Companhia da Letras, 1997.) Esse testemunho demonstra que a) os missionários indígenas formados nas reduções jesuíticas reproduziam com perfeição os ritos católicos por toda a Colônia. b) a ação dos párocos, nos dilatados sertões da Colônia, levava a que os índios internalizassem os dogmas católicos aprendidos com os jesuítas. c) a religiosidade popular na Colônia se caracterizava pelo sincretismo e assimilava mais facilmente os aspectos exteriores do culto católico. d) os indígenas aceitavam livremente as regras e a ortodoxia dos preceitos do culto católico, dispondo-se a imitá-los mesmo no sertão mais bravio. 67. (Ufmg) Observe este mapa:

Mapa das Cortes [Mapa do Rio de Janeiro]. Mapoteca do Itamaraty, Rio de Janeiro. Esse mapa serviu de base aos representantes das Coroas portuguesa e espanhola para o estabelecimento do Tratado de Madrid, assinado em 1750, que definiu os novos limites na América entre as terras pertencentes a Portugal e à Espanha. Considerando-se essa informação, é CORRETO afirmar que o Tratado de Madrid a) substituiu o Tratado de Tordesilhas e conferiu às possessões lusas e espanholas na América uma feição mais próxima do que tinha sido a efetiva ocupação de terras pelas duas Coroas. b) estabeleceu uma conformação do território brasileiro muito distante da sua aparência atual, por ter respeitado espaços previamente ocupados pelos espanhóis no Continente Americano. c) manteve, com poucas alterações, o que já estava estabelecido pelos tratados anteriormente negociados entre as monarquias de Portugal e da Espanha, desde a Bula Intercoetera, editada em 1493. d) levou Portugal a desistir da soberania sobre grande parte da Amazônia em troca do controle da bacia do Prata, área estratégica para o domínio do interior do Brasil após a descoberta de ouro.

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68. A evolução do número de engenhos de açúcar, entre 1570 e 1629, se deu principalmente com capitais: a) inglês. b) português. c) francês. d) holandês. 69. (Ufpe) No Brasil, a Companhia de Jesus participou desde o século XVI da colonização. Sobre a participação dos jesuítas, neste período, é correto afirmar que: a) Os jesuítas substituíram os capitães donatários depois da expulsão dos holandeses; b) A Igreja e a Realeza portuguesa eram inimigas no século XVI, portanto a Realeza obliterou a ação dos jesuítas; c) Os jesuítas atuaram em duas frentes: o trabalho missionário com os índios e a educação com a fundação dos colégios; d) Os jesuítas não encontraram espaço para atuação na América portuguesa. Por esta razão se radicaram na América espanhola; e) As atividades jesuítas foram incrementadas após as reformas pombalinas. 70. (Ufpel) O mapa abaixo apresenta a economia brasileira em um determinado Período:

Fonte: NIZZA da SILVA, Maria Beatriz. "Nova História da Expansão Portuguesa". Lisboa, Ed. Estampa, 1986. Nele estão representadas as atividades econômicas do século: a) XVI, que apresenta exploração de pau-brasil, no litoral, e das drogas do sertão, na região amazônica, assim como a ocupação do interior brasileiro pelas atividades de mineração e pecuária. b) XVIII, que já demonstra atividades de mineração, no Centro-Oeste brasileiro, e de pecuária, na zona nordeste do Rio Grande do Sul. Não pode ser de século posterior, por não indicar atividade cafeicultora. c) XVII, que apresenta importações/exportações, antes proibidas na colônia, devido ao monopólio comercial. d) XIX, em que, no Brasil Império, a economia tinha por base a cafeicultura voltada para a exportação. e) XX, no qual a exportação de pau-brasil é preponderante na economia brasileira e se verifica a existência de áreas industriais, destacadas no mapa. 71. (Ufpel) Leia atentamente os relatos a seguir. "Cada morador não se contenta com poucas léguas de terra, entendendo que todas lhe serão precisas ainda que só sirvam de uma insignificante parte junto à sua cabana e por isso, ainda que toda a campanha esteja deserta, todos os campos estejam dados e tenham senhorio". João Roscio, no seu "Compêndio Noticioso do Continente do Rio Grande de S. Pedro", de 1781. "O abuso que há nesta capitania de terem alguns moradores tomado três, quatro sesmarias com dez, doze e mais léguas é prejudicialíssimo não só a S.A.R. mas aos povos em geral; ao mesmo tempo que há famílias que não possuem um palmo". Manoel Antonio Magalhães, administrador do quinto e dízimo [no Rio Grande do Sul], em fins do século XVIII. [...] "Há muitas famílias pobres - pobres vagando de lugar em lugar, segundo o favor e capricho dos proprietários de terras e sempre faltas de meios de obter algum terreno em que façam um estabelecimento permanente". Antônio José Gonçalves Chaves, em suas Memórias Ecônomo-Políticas sobre a administração pública no Brasil, de 1822. Os textos descrevem a) a formação socioeconômica rio-grandense, em que, nas grandes estâncias, se desenvolvia uma pecuária extensiva, com mão-de-obra imigrante italiana, nos séculos XVIII e XIX. b) a concentração fundiária - nas mãos dos luso-brasileiros - no Rio Grande do Sul, ao final do período colonial, a qual se reflete nos problemas agrários contemporâneos. c) a indignação das próprias elites coloniais com a forma de distribuição de terras pela Coroa, que não contemplava os estratos mais elevados da socidade. d) o problema agrário e social provocado pela distribuição de sesmarias, o qual durou até a promulgação da Lei de Terras, nas regências. e) o vazio populacioanl no Rio grande do Sul, determinado pelo sistema de doação de sesmarias, ao longo do Primeiro Reinado. 72. (Ufpel) FRONTEIRAS MERIDIONAIS DO BRASIL

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As linhas dos Tratados tracejadas nos mapas representam, respectivamente, a) o Tratado de Santo Ildefonso - quando as missões jesuíticas foram entregues aos portugueses pelos espanhóis - e a demarcação do Tratado de Tordesilhas. b) o Tratado de Badajoz (1750) - que determinou a criação dos Campos Neutrais - e o Tratado de Madri (1777), que, ao contrário, manteve a Colônia do Sacramento como portuguesa. c) o Tratado de Madri - pelo qual os portugueses entregaram as missões para os espanhóis em troca da Colônia do Sacramento - e o limite meridional do Tratado de Tordesilhas no sul do Brasil. d) o Tratado de Santo Ildefonso (1750) - que garantiu a posse da Província Cisplatina para o Império brasileiro - e a representação geográfica dada pelo Tratado de Badajoz (1777), que contrastou com o tratado anterior e antecedeu a Guerra Guaranítica. e) a fronteira determinada pelo Tratado de Madri (1750) - que eliminou os limites do Tratado de Tordesilhas - e a demarcação do Tratado de Santo Ildefonso (1777). 73. (Ufpi) Acerca das relações entre a Igreja Católica e o Estado Português no Brasil Colonial, é correto afirmar que: a) o Estado Português reservava-se o direito de fundar as dioceses e de designar seus respectivos bispos. b) o Estado Português impediu que a Igreja Católica dirigisse a instrução e a educação dos colonos. c) a Igreja Católica era encarregada de pagar as gratificações ao clero e de edificar os templos católicos. d) a Igreja Católica organizou as expedições militares que objetivavam o domínio das riquezas coloniais. e) a Igreja Católica recolhia de forma exclusiva o dízimo e repassava parte deste à Coroa Portuguesa. 74. (Ufpr) A grande pobreza e a produção agrícola voltada para o mercado interno marcaram o processo de formação da capitania de São Vicente. É nesse quadro que se observam, ao longo do século XVII, algumas características daquela sociedade, bem como as marcas de sua expansão em direção ao sul, ao centro-oeste e ao extremo norte do Brasil colonial. Assim, pois, fez(fizeram) parte desse processo: (01) A formação do bandeirantismo, ou das bandeiras, as quais consistiam em adentrar-se pelas matas para capturar índios, sobretudo guaranis, para convertê-los em escravos. As bandeiras contavam com grupos de dezenas e até centenas de pessoas. (02) A incorporação de enormes contingentes de escravos africanos para o trabalho nas lavouras do planalto, transportados aos campos de Piratininga através do Caminho do Mar. (04) A dedicação à busca de metais e pedras preciosas, o que leva à criação de vilas como Iguape, no litoral sul do atual estado de São Paulo, e Paranaguá, no atual estado do Paraná. Nessas localidades, verificou-se um breve surto de mineração que ocasionou a formação das "faiscações", isto é, de empreendimentos voltados para a procura de faíscas de ouro. (08) A necessidade de enfrentar longas distâncias com o objetivo de capturar índios para o trabalho na lavoura comercial do planalto paulista. É o que nos permite compreender a ampla presença de paulistas na região do Guairá, no atual estado do Paraná, bem como os deslocamentos até a região do Araguaia e mesmo até Belém, como se verificou com a bandeira comandada por Raposo Tavares. (16) A resistência aos ataques promovidos pelos paulistas às missões jesuíticas, a qual implicou a remoção das missões restantes para a região onde hoje se encontra o Uruguai e a constituição de grupos de guerreiros indígenas. Soma ( ) 75. (Ufrn) A implantação do sistema colonial transformou as relações amistosas existentes entre indígenas e portugueses no início da ocupação do Brasil. Essa transformação se deveu à: a) grande inabilidade dos indígenas para a agricultura, recusando-se a trabalhar nas novas plantações açucareiras, atitude que desagradou aos portugueses. b) crescente ocupação das terras pelos portugueses e à necessidade de mão-de-obra, levando à escravização dos índios, que reagiram aos colonos. c) importação de negros africanos, cuja mão-de-obra acabou competindo com a dos indígenas, excluindo estes do mercado de trabalho agrário. d) introdução de técnicas e instrumentos agrícolas europeus nas aldeias indígenas, desestruturando a economia comunal dos grupos nativos. 76. (Ufrn) As igrejas e os conventos, no Brasil colonial, foram construídos seguindo o estilo barroco da arte européia da época. Na arquitetura colonial, o movimento barroco se constituiu em a) oposição à suntuosidade nos ornamentos e na iluminação dos ambientes religiosos. b) expressão e instrumento da Contra-Reforma, associando poder, religião e riqueza. c) afirmação dos ideais da Reforma Religiosa, a qual pregava as liberdades individuais e justificava o enriquecimento. d) valorização do equilíbrio nas formas e da austeridade na decoração, inspirando-se na arquitetura grega clássica.

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77. (Ufrn) A partir do século XVII, a exploração portuguesa no território brasileiro ultrapassou o litoral, avançando pelo interior, com o movimento das Bandeiras, representado no mapa a seguir.

FONTE: COTRIM, Gilberto. "História e consciência do Brasil". São Paulo: Saraiva, 1997. p. 105. Analisando o mapa acima, é correto afirmar que as Bandeiras a) forçaram a dilatação da linha de Tordesilhas, favorecendo o império espanhol. b) dirigiram-se aos sertões procurando metais preciosos e criando aldeamentos indígenas. c) detiveram-se nas margens dos principais rios situados no território português. d) forneceram elementos para um primeiro delineamento das fronteiras brasileiras atuais. 78. (Ufrn) José de Anchieta, missionário jesuíta, veio da Europa, no século XVI, com o objetivo de evangelizar as populações indígenas no Brasil. Acerca dos índios, assim ele escreveu: Pouco se pode obter deles se a força do braço secular não acudir para domá-los. Para esse gênero de gente não há melhor pregação do que a espada e a vara de ferro. Apud COTRIM, Gilberto. "História e consciência do Brasil". São Paulo: Saraiva, 1997. p. 28. O depoimento citado expressa idéias que serviram de base para o (a) a) projeto de manutenção da cultura dos povos nativos levado a cabo pela Companhia de Jesus, apesar do conflito com as autoridades coloniais. b) tratamento dado pelos portugueses aos povos nativos, proibindo sua escravização em todo o território da colônia e importando africanos para a lavoura açucareira. c) política da Coroa portuguesa, que reunia os nativos nas reduções ou aldeamentos, onde ficavam a salvo dos ataques dos colonos interessados em sua escravização. d) conquista dos povos nativos, impondo-lhes o idioma, a religião, o direito e o modelo econômico e político dominante entre os europeus. 79. (Ufrrj) Cada ano, vêm nas frotas quantidade de portugueses e de estrangeiros, para passarem às minas. Das cidades, vilas, recôncavos e sertões do Brasil, vão brancos, pardos e pretos, e muitos índios, de que os paulistas se servem. A mistura é toda a condição de pessoas (...) ANTONIL. "Cultura e opulência do Brasil". São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1967, p. 264. O processo de ocupação do sertão e extração de ouro e diamantes ao longo do século XVIII permitiu a) a articulação econômica de regiões até então dispersas, juntamente com a formação de um mercado interno. b) a perpetuação do sistema de feitorias, apesar da desaprovação da coroa portuguesa. c) o rompimento do Tratado de Methuen assinado entre Portugal e Inglaterra. d) a eliminação do comércio de contrabando nas relações entre metrópole e colônia. e) o aprofundamento das relações comerciais entre o Brasil e as 13 colônias inglesas na América. 80. (Ufrs) Com o objetivo de povoar o território compreendido entre Laguna e Colônia do Sacramento, o governo português recrutou casais açorianos que fundaram os quatro primeiros núcleos colonizadores do Sul. Foram eles: a) Porto Alegre, São Leopoldo, São Borja e Pelotas. b) Santa Cruz, Santo Ângelo, São Lourenço e Jaguarão. c) São João das Missões, Torres, Gravataí e Rio Pardo. d) Viamão, Porto Alegre, Rio Grande e Santo Antônio da Patrulha. e) Livramento, Soledade, Rio Grande e Novo Hamburgo. 81. (Ufrs) Numere, em ordem crescente, os fatos relacionados a seguir conforme a ordem cronológica em que ocorreram, reservando o número 1 para o mais antigo. ( ) Presença holandesa no nordeste açucareiro ( ) Inconfidência Mineira ( ) Fundação da Colônia do Sacramento no Rio da Prata ( ) Revolta de Felipe dos Santos ( ) Instalação do Governo Geral com Tomé de Souza

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A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é a) 2 - 5 - 3 - 4 - 1 b) 1 - 3 - 5 - 2 - 4 c) 2 - 4 - 1 - 3 - 5 d) 5 - 2 - 3 - 1 - 4 e) 4 - 1 - 2 - 5 - 3 82. (Ufrs) Das alternativas referentes à imigração açoriana verificada no Rio Grande do Sul durante a segunda metade do século XVIII, assinale aquela que estiver INCORRETA. a) Entre as principais cidades gaúchas que tiveram origem açoriana, podemos destacar Porto Alegre, Santo Antônio da Patrulha, Taquari, Santana do Livramento e São Gabriel. b) O desenvolvimento da triticultura açoriana foi inviabilizado, entre outros fatores, pelas requisições da produção por parte da Coroa e pelo recrutamento forçado de agricultores para a prestação de serviço militar. c) Devido à denominada Guerra Guaranítica, não foi possível trasladar os açorianos para a região missioneira, o que provocou sua fixação precária em Rio Grande e Viamão. d) O sistema produtivo dos colonos açorianos era baseado na agricultura policultora, com especial ênfase na triticultura. e) O governo português estimulou a vinda dos açorianos ao Continente do Rio Grande com o intuito estratégico de povoar os novos territórios adquiridos através do Tratado de Madrid. 83. (Ufrs) O mapa abaixo apresenta a demarcação dos limites territoriais do Rio Grande do Sul na época colonial.

(REICHEL, H. J. & GUTFREIND, I. Fronteiras e guerras no Prata. São Paulo: Atual, p. 23.) Com base nos dados do mapa e levando em conta o processo histórico platino, analise as afirmações abaixo. I- Pelo Tratado de Madrid (1750), as Coroas ibéricas tentaram efetuar a troca da região missioneira pela Colônia de Sacramento, o que acabou não acontecendo devido à eclosão da Guerra Guaranítica. II- Como decorrência do Tratado de Santo IIdefonso (1777), o Rio Grande do Sul colonial passou a ter uma dimensão territorial maior do que o Rio Grande atual. III- A região missioneira permaneceu sob controle hispânico depois de 1777, embora sob administração laica, devido à expulsão dos jesuítas. Quais estão corretas? a) Apenas II. b) Apenas I e II. c) Apenas I e III. d) Apenas II e III. e) I, II e III. 84. (Ufrs) A respeito da experiência missioneira dos jesuítas no território do atual Rio Grande do Sul, é INCORRETO afirmar que: a) um dos resultados da primeira fase missioneira, ocorrida no princípio do século XVII, foi a formação da "Vacaria del Mar", que acabou se tornando importante fonte de exploração econômica pelos luso-brasileiros. b) como reação à fundação da Colônia de Sacramento, a Coroa espanhola estimulou a ordem jesuítica a transferir-se mais uma vez até a Banda Oriental do Uruguay, dando origem aos denominados Sete Povos das Missões. c) os Sete Povos das Missões atingiram seu ápice antes da ocorrência da Guerra Guaranítica, que acabou desarticulando o projeto reducional missioneiro. d) apesar de sua importante inserção econômica e geopolítica na região platina, os Sete Povos das Missões não estavam sob a jurisdição da Província Jesuítica do Paraguay. e) após a expulsão dos jesuítas da América Espanhola, acentuou-se o processo de decadência dos Sete Povos, que acabaram sendo anexados à Coroa portuguesa por luso- brasileiros no início do século XIX. 85. (Ufrs) Considere as seguintes afirmações, referentes ao período colonial do Rio Grande do Sul (séculos XVII e XVIII). I - Os Sete Povos das Missões foram uma tentativa de evangelização empreendida pelos jesuítas portugueses, visando à formação de reduções que abrigariam majoritariamente povos indígenas de etnia guarani, os quais, em troca da instrução religiosa, prestariam serviços nas estâncias missioneiras. II - A vila da Colônia do Sacramento foi a primeira capital da capitania do Rio Grande de São Pedro, tendo a entrega daquele território aos espanhóis ocasionado a transferência da capital para Porto Alegre.

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III - A ocupação efetiva do território do atual Rio Grande do Sul começou com o processo de concessão de sesmarias e com a constituição das primeiras estâncias ou fazendas dedicadas à pecuária extensiva. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas III. c) Apenas I e II. d) Apenas I e III. e) Apenas II e III. 86. (Ufrs) Considere as seguintes afirmações, referentes à atuação do Tribunal do Santo Ofício no Brasil colonial. I - O principal tribunal inquisitorial atuante no Brasil estava sediado no Rio de Janeiro, por ser essa cidade a capital do vice-reino. II - Entre os principais delitos punidos pelo Tribunal, estavam as práticas judaizantes, além da feitiçaria, da heresia e da bigamia. III - A Inquisição portuguesa agia através das denominadas "visitações", que atingiram diversas regiões brasileiras, como a Bahia, Pernambuco e Grão-Pará. Quais estão corretas? a) Apenas II. b) Apenas I e II. c) Apenas I e III. d) Apenas II e III. e) I, II e III. 87. (Ufrs) Observe o mapa a seguir, que apresenta as principais povoações portuguesas situadas no sul da América em meados do século XVIII.

Considerando a numeração, em ordem crescente, dos núcleos populacionais indicados nesse mapa, a alternativa que apresenta a seqüência correta é a) Colônia do Sacramento - Pelotas - Porto Alegre - Santo Antônio - Laguna. b) Montevidéu - Rio Grande - Porto Alegre - Rio Pardo - Laguna. c) Maldonado - Pelotas - Viamão - Triunfo - Desterro. d) Montevidéu - Pelotas - Viamão - Triunfo - Desterro. e) Colônia do Sacramento - Rio Grande - Viamão - Rio Pardo - Laguna. 88. (Ufsc) "No ano de 1649 partiram os moradores de São Paulo para o sertão, em demanda de uma nação de índios distante daquela capitania muitas léguas pela terra adentro, com a intenção de os arrancarem de suas terras e os trazerem às de São Paulo e aí se servirem deles como costumam. Após meses de viagem, encontraram uma aldeia de índios da doutrina dos padres da Companhia, pertencentes à Província do Paraguai. Todos estavam na igreja, e o padre rezava missa, quando entraram os soldados de mão armada na aldeia, e dentro da mesma igreja prenderam todos os índios e índias que não puderam escapar". Carta do Pe. Antônio Vieira, ao Provincial dos Jesuítas, escrita do Maranhão em 1653. Fundamentado(a) no fragmento da correspondência do Pe. Antônio Vieira e nos seus conhecimentos da História do Brasil Colonial, assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S). (01) Pe. Vieira informava ao seu provincial sobre as ações de apresamento de índios realizadas pelos Bandeirantes. (02) As denúncias do Pe. Vieira eram justificadas, pois durante a colonização do Brasil era proibida a escravização dos índios aldeados. (04) Os Bandeirantes agiam por ordem dos Reis de Portugal, que desejavam enfraquecer o poderio militar dos espanhóis apoiados pelos índios do Paraguai.

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(08) Foram freqüentes os ataques dos Bandeirantes às Reduções Jesuíticas, durante o século XVII, com o objetivo de apresamento de índios a serem utilizados como escravos. (16) Durante o período histórico conhecido como Brasil Colônia, os jesuítas justificavam a escravização dos negros, mas condenavam a escravização dos índios aldeados. (32) A escravização de índios e negros era uma exigência da Santa Sé para facilitar a sua evangelização. Soma ( ) 89. (Ufsc) Os florianopolitanos e visitantes podem, durante todo o ano, visitar as fortalezas de Santa Cruz de Anhatomirim, São José da Ponta Grossa e Santo Antônio de Ratones, notáveis obras da engenharia militar portuguesa. Assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S) sobre os acontecimentos que envolveram a construção dessas fortalezas. (01) A construção das fortalezas foi idealizada pelo Engenheiro Militar Brigadeiro José da Silva Paes, primeiro governador da Capitania de Santa Catarina. (02) A construção das fortalezas de Santa Cruz de Anhatomirim, São José da Ponta Grossa e Santo Antônio de Ratones fazia parte da estratégia de consolidar a ocupação portuguesa no sul da colônia e evitar uma invasão espanhola. (04) As fortalezas de Santa Cruz de Anhatomirim, São José da Ponta Grossa e Santo Antônio de Ratones foram construídas durante o Primeiro Império (1822-1831) e faziam parte do sistema defensivo que visava impedir a reconquista do Brasil meridional pelos portugueses. (08) As fortalezas de Santa Cruz de Anhatomirim, São José da Ponta Grossa e Santo Antônio de Ratones deviam proteger a ilha contra investidas estrangeiras. (16) Na época em que foram construídas as fortalezas mencionadas, o governo português temia os corsários franceses que, provenientes do Rio da Prata, poderiam tomar a ilha, caso não fosse defendida. (32) Durante as lutas pela independência do Brasil as referidas fortalezas foram usadas como prisão militar. Nelas foram encarcerados os revoltosos do Desterro que desejavam implantar um governo federalista. Soma ( ) 90. (Ufsc) Leia o texto. Trechos de uma carta escrita pelo espanhol Luiz Ramires, marujo da armada de Sebastião Caboto, com data de 10 de julho de 1528, em que descreve alguns acontecimentos ocorridos durante a sua estada na Ilha de Santa Catarina: De maneira que, outro dia de manhã, vimos vir outra canoa de índios e um cristão dentro dela. Este deu novas ao Sr. Capitão General como estavam naquela terra alguns cristãos, que eram até quinze [...]. E também disse de outros cristãos, que se diziam Melchior Ramirez [...] e Enrique Montes, os quais disse haviam ficado de uma armada de Juan de Solis e que havia mais de treze ou quatorze anos que estavam naquela terra... (REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO BRASILEIRO. Rio de Janeiro, p. 14-41, 1852, v. XV). Com base no texto e nos seus conhecimentos a respeito do povoamento inicial da Ilha de Santa Catarina, assinale a(s) proposição(ões) VERDADEIRA(S). (01) A Ilha de Santa Catarina era, no início do século XVI, habitada por indígenas, com quem os europeus fizeram contato. (02) A Ilha de Santa Catarina era despovoada até a chegada da expedição da qual fazia parte o espanhol Luiz Ramires. (04) A Ilha de Santa Catarina foi povoada, na época do descobrimento do Brasil (1500), por uma expedição comandada por Enrique Montes. (080 Na segunda década do século XVI, na Ilha de Santa Catarina, viviam entre os índios alguns cristãos, entre os quais estavam Melchior Ramirez e Enrique Montes. (16)Os primeiros europeus que chegaram à Ilha de Santa Catarina foram paulistas vindos de São Vicente. 91. (Ufscar) Observe o mapa.

MARCHA DE POVOAMENTO E A URBANIZAÇÃO DO SÉCULO XVIINOVAIS, Fernando. "História da vida privada no Brasil". Vol. I, SP: Cia. da Letras, 1997, p. 19. A respeito da ocupação do território brasileiro, foram feitas as quatro observações seguintes: I. iniciou-se pela nascente do rio Amazonas. II. seguiu os cursos dos rios em direção ao interior.

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III. foi decorrência da penetração do gado, da busca de metais preciosos e da exploração de drogas do sertão. IV. significou a criação de vilas e cidades na região do planalto central. Pode-se afirmar que estão corretas: a) I e II, apenas. b) I, II e III, apenas. c) I, II, III e IV. d) II e III, apenas. e) III e IV, apenas. 92. (Ufscar) ... a continuidade mecânica que a historiografia e os manuais escolares estabelecem entre o Brasil de hoje e o território heterogêneo açambarcado pela América portuguesa. Ora, não passa pela cabeça de um americano confundir a história da América britânica com a dos Estados Unidos. Da mesma forma, os mexicanos, os peruanos ou os argentinos não transpõem diretamente a história nacional de seus países para o quadro dos respectivos vice-reinados espanhóis de que dependiam. No Brasil, essa identificação entre colônia e nação é imediata. Recentemente, num congresso histórico realizado numa grande universidade européia, um professor brasileiro, comentando a carta de Pero Vaz de Caminha, assinalou uma frase do documento e a definiu, sem pestanejar, como uma expressão tipicamente brasileira. (Luiz Felipe de Alencastro. "A perenidade do Brasil". "Veja", 25.09.2002) Do texto, depreende-se que o autor defende a idéia de que a) países como os Estados Unidos e o México não são nacionalistas. b) a história da nação brasileira se inicia com a América portuguesa. c) a história nacional dos argentinos é semelhante à história mexicana, por terem sido ambos os países colonizados pela Espanha. d) é incorreta a interpretação norte-americana de separar sua história da história inglesa. e) o Brasil, como nação e território, não existia no início da colonização européia da América. 93. (Ufsm) "A Guerra Guaranítica foi a revolta dos missioneiros guaranis contra as imposições do Tratado de Madri, que os obrigava a abandonar suas terras, moradias, plantações e rebanhos. O acordo de 1750 favorecia as monarquias ibéricas, defendendo seus interesses na região, mas prejudicava gravemente os indígenas." (QUEVEDO, Júlio. A GUERRA GUARANÍTICA. São Paulo: Ática, 1996. p.29.) Com base no texto, é correto afirmar: a) Os índios reagiram à dominação colonial, porque defendiam exclusivamente o Império Teocrático organizado pela Igreja Católica, que se sobressaía na América, através da Companhia de Jesus. b) Os missioneiros guaranis estavam desaculturados do "ser" índio devido à tirania jesuíta, portanto defendiam somente os interesses dos padres. c) A guerra expressou a luta dos missioneiros guaranis que não queriam se transformar numa espécie de "sem terra" do século XVIII, visto que suas terras foram doadas aos soldados espanhóis. d) A guerra representou um dos raros momentos de reação indígena, organizada contra as imposições da Coroa e dos colonizadores luso-espanhóis. e) Os missioneiros guaranis enfrentaram os exércitos luso-espanhóis, porque estavam organizando uma confederação indígena antiespanhola. 94. (Ufu) A atividade bandeirante marcou a atuação dos habitantes da Capitania de São Vicente entre os séculos XVI e XVIII. A esse respeito, assinale a alternativa correta. a) Buscando capturar o índio para utilizá-lo como mão-de-obra ou para descobrir minas de metais e pedras preciosas, o chamado bandeirismo apresador e o prospector foram importantes para a ampliação dos limites geográficos do Brasil colonial. b) As bandeiras eram empresas organizadas e mantidas pela Metrópole, com o objetivo de conquistar e povoar o interior da colônia, assim como garantir, efetivamente, a posse e o domínio do território. c) As chamadas bandeiras apresadoras tinham uma organização interna militarizada e eram compostas exclusivamente por homens brancos, chefiados por uma autoridade militar da Coroa. d) O que explicou o impulso do bandeirismo no século XVII foi a assinatura do tratado de fronteiras com a Espanha, que redefiniu a Linha de Tordesilhas e abriu as regiões de Mato Grosso até o Rio Grande do Sul, possibilitando a conquista e a exploração portuguesa. e) Derivado da bandeira de apresamento, o sertanismo de contrato era uma empresa particular, organizada com o objetivo de pesquisar indícios de riquezas minerais, especialmente nas regiões de Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais. 95. (Ufu) "Se a transformação de índio em escravo exigiu ajustamentos por parte da camada senhorial, também pressupunha um processo de mudança por parte dos índios. Este processo desenrolou-se ao longo do século XVII, contribuindo para a evolução das bases precárias sobre as quais se assentava o regime de administração particular. Um dos elementos centrais deste processo foi a religião que, em certo sentido, servia de meio para se impor uma distância definitiva entre escravos índios e a sociedade primitiva da qual foram bruscamente separados". MONTEIRO, John Manuel. "Negros da Terra:" Índios e Bandeirantes nas Origens de São Paulo: São Paulo: Companhia das Letras, 1995, p.159. Considerando o e-mail apresentado, assinale a alternativa correta. a) A conversão religiosa do índio ao cristianismo era uma estratégia central para a desarticulação de seus laços culturais originais e sua inserção, como escravo, na sociedade colonial. b) A conversão do índio ao cristianismo não visava ter um efeito qualquer sobre os comportamentos e hábitos culturais indígenas, servindo apenas como justificativa para a escravidão. c) A camada senhorial de São Paulo não se alterou diante da herança cultural indígena, impondo aos índios, pela força das armas, sua cultura e sua religião. d) A religião cristã dificultou a inserção do índio como escravo na sociedade colonial, pois os missionários jesuítas opuseram-se veementemente à escravidão indígena.

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96. (Ufv) Em finais do século XVI e durante o século XVII, inúmeras expedições percorreram os sertões brasileiros, partindo principalmente da Capitania de São Paulo. Tais expedições ficaram conhecidas como "bandeiras", e seus componentes, "bandeirantes". O objetivo principal das bandeiras era: a) encontrar um novo caminho para as Índias Orientais. b) abastecer as regiões mineradoras das Minas Gerais. c) combater as incursões dos colonos espanhóis na fronteira do Rio Grande do Sul. d) destruir os quilombos de escravos fugidos das grandes fazendas de café. e) apresar índios e buscar ouro e pedras preciosas. 97. (Ufv) "O ser Senhor de Engenho é título a que muitos aspiram, porque traz consigo o ser servido, obedecido e respeitado de muitos. E se for, qual deve ser, homem de cabedal e governo, bem se pode estimar no Brasil o ser Senhor de Engenho, quanto proporcionadamente se estimam os títulos entre os fidalgos do Reino." (ANTONIL. "Cultura e Opulência do Brasil", 1711) O engenho colonial representava, em miniatura, o modelo das relações de poder que eram dominantes na sociedade colonial como um todo. Das alternativas a seguir, aquela que NÃO constitui atribuição típica de senhor de engenho na colônia é: a) organizar grandes expedições aos sertões em busca de metais e pedras preciosas. b) exercer o mando e o controle sobre um amplo espectro de dependentes e servidores, incluindo familiares, agregados, escravos e lavradores livres. c) possuir um grande plantel de escravos, ocupados na complexa tarefa da produção do açúcar. d) estar vinculado a uma rede triangular de relações mercantis, envolvendo a exportação do açúcar para a metrópole e a importação de escravos da costa da África. e) possuir imensa riqueza, na forma de terras e equipamentos para o fabrico do açúcar. 98. (Unesp) A partir de 1750, com os Tratados de Limites, fixou-se a área territorial brasileira, com pequenas diferenças em relação a configuração atual. A expansão geográfica havia rompido os limites impostos pelo Tratado de Tordesilhas. No período colonial, os fatores que mais contribuíram para a referida expansão foram: a) criação de gado no vale do São Francisco e desenvolvimento de uma sólida rede urbana. b) apresamento do indígena e constante procura de riquezas minerais. c) cultivo de cana-de-açúcar e expansão da pecuária no Nordeste. d) ação dos donatários das capitanias hereditárias e Guerra dos Emboabas. e) incremento da cultura do algodão e penetração dos jesuítas no Maranhão. 99. (Unesp) Com a chegada dos europeus no continente americano, a partir do final do século XV, as populações indígenas foram praticamente exterminadas. Mas, apesar da violência da conquista territorial, a resistência indígena nas regiões brasileiras sempre existiu, podendo ser identificada a) pela organização de quilombos em áreas distantes do litoral, onde preservaram costumes e tradições. b) pela aculturação e acordos com os padres jesuítas e de outras ordens religiosas nas missões religiosas. c) pela preservação de costumes no processo de coabitação e casamentos, que garantiam a mestiçagem entre brancos e índias. d) pela união entre as tribos do litoral e do interior contra a organização das missões jesuíticas. e) por lutas e enfrentamentos diversos, como a Guerra Guaranítica, e fugas para áreas do interior da Amazônia. 100. (Unesp) "Nossa milícia, Senhor, é diferente da regular que se observa em todo o mundo. Primeiramente nossas tropas com que vamos à conquista do gentio bravo desse vastíssimo sertão não é de gente matriculada no livro de Vossa Majestade, nem obrigada por soldo, nem por pagamento de munição." (Carta de Domingos Jorge Velho ao rei de Portugal, em 1694.) De acordo com o autor da Carta, pode-se afirmar que a) os bandeirantes possuíam tropas de mercenários, pagas pela metrópole, com o objetivo de exterminar indígenas. b) havia proibição oficial de capturar índios para a escravização e os bandeirantes pretendiam evitar ser punidos pelos colonos e pelos espanhóis. c) os exércitos portugueses, organizados na colônia, tinham a particularidade de serem compostos por indígenas especializados em destruir quilombos. d) algumas tribos indígenas ameaçavam a segurança dos colonos e as bandeiras eram tropas encarregadas de transportar os nativos para as reduções religiosas. e) muitas das bandeiras paulistas eram constituídas por exércitos particulares, especializados em exterminar e capturar indígenas para serem escravizados. 101. (Unesp) "Já se verificando nesta época a diminuição dos produtos das Minas, viu-se o capitão Bom Jardim obrigado a voltar suas vistas para a agricultura (...) Seus vizinhos teriam feito melhor se tivessem seguido exemplo tão louvável em vez de desertar o país, quando o ouro desapareceu." (John Mawe. "Viagens ao Interior do Brasil, principalmente aos Distritos do Ouro e Diamantes".) Segundo as observações do viajante inglês, os efeitos imediatos da decadência da extração aurífera em Minas Gerais foram a) a esterilização do solo mineiro e a queda da produção agropecuária. b) a crise econômica e a consolidação do poder político das antigas elites mineiras. c) a instalação de manufaturas e a suspensão dos impostos sobre as riquezas. d) a conversão agrícola da economia e o esvaziamento demográfico da província. e) a interrupção da exploração do ouro e a decadência das cidades.

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102. (Unesp) O padre José de Anchieta escreveu sobre as dificuldades de conversão dos índios ao cristianismo. Por aqui se vê que os maiores impedimentos nascem dos Portugueses, e o primeiro é não haver neles zelo de salvação dos índios [...] e com isso pouco se lhes dá aos senhores que têm escravos, que não ouçam missa, nem se confessem, e estejam amancebados. E, se o fazem, é pelos contínuos brados da Companhia, e logo se enxerga claro nos tementes a Deus que seus escravos vivem diferentemente pelo particular cuidado que têm deles. (José de Anchieta. "Informação do Brasil e de suas Capitanias", 1584.) Pela leitura do texto, é correto afirmar que o jesuíta a) entendia que a escravidão não poderia se tornar um obstáculo à catequização do gentio. b) opunha-se à escravização dos índios por julgá-la contrária aos princípios do cristianismo. c) considerava os costumes tradicionais dos indígenas adequados aos mandamentos cristãos. d) julgava os indígenas ociosos e inaptos para o trabalho na grande empresa agrícola. e) advogava a sujeição dos índios aos portugueses como meio para facilitar a sua conversão. 103. (Unesp) Observe o mapa e responda.

a) O meridiano de Tordesilhas, enquanto esteve em vigor, obstruiu a efetiva ocupação do interior do território brasileiro. b) As riquezas do Vice-Reinado do Rio da Prata atraíram muitos aventureiros em busca de fortuna fácil e que acabaram por se fixar na região sul do Brasil. c) A busca por pau-brasil e terras férteis para a cana-de-açúcar impulsionou a derrubada da mata atlântica e a fixação do colonizador no sertão nordestino. d) Apesar do aspecto extensivo da atividade, a pecuária desempenhou importante papel no processo de interiorização da ocupação. e) O intenso povoamento da região norte causou sérios problemas para a Metrópole, que não dispunha de meios para abastecer a área. 104. (Unifesp) "Se abraçarmos alguns costumes deste gentio, os quais não são contra nossa fé católica, nem são ritos dedicados a ídolos, como é cantar cantigas de Nosso Senhor em sua língua... e isto para os atrair a deixarem os outros costumes essenciais...". (Manuel da Nóbrega, em carta de 1552.) Com base no texto, pode-se afirmar que a) os jesuítas, em sua catequese, não se limitaram a aprender as línguas nativas para cristianizar os indígenas. b) a proposta do autor não poderia, por suas concessões aos indígenas, ser aceita pela ordem dos jesuítas. c) os métodos propostos pelos jesuítas não poderiam, por seu caráter manipulador, serem aceitos pelos indígenas. d) os jesuítas experimentaram os mais variados métodos para alcançar seu objetivo, que era explorar os indígenas. e) os jesuítas, depois da morte de José de Anchieta, abandonaram seus escrúpulos no sentido de corromper os indígenas. 105. (Unifesp) "... a vila de São Paulo de há muitos anos que é República de per si, sem observância de lei nenhuma, assim divina como humana..." (Governador Geral Antonio L. G. da Câmara Coutinho, em carta ao Rei, 1692.) O texto indica que, em São Paulo, a) depois que os jesuítas, que eram a favor da escravidão, foram expulsos, a cidade ficou abandonada à própria sorte. b) como decorrência da geografia da capitania e dos interesses da Metrópole, imperava a autonomia política e religiosa. c) a exemplo do que se passava no resto da capitania, reinava o mais completo descaso em termos políticos e religiosos. d) com a descoberta do ouro de Minas Gerais, os habitantes passaram a se queixar do abandono a que ficaram relegados. e) graças à proclamação de Amador Bueno, os habitantes da cidade passaram a gozar de um estatuto privilegiado.

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106. (Unifesp) "A substância do Tratado [de Madri, 1750] consiste em concessões mútuas e na partilha de um imenso território despovoado. Nós cedemos a Portugal o que não nos serve e para eles será de grande utilidade; e Portugal nos cede a Colônia e o rio da Prata que não os beneficia e nos destrói". (Francisco de Auzmendi, oficial maior da Secretaria dos Negócios Estrangeiros da Espanha e partícipe do Tratado.) Essa interpretação do autor a) ignora as vantagens que a Espanha obteve com o Tratado, haja vista a tentativa de Portugal reconquistar a região em 1809. b) demonstra a cordialidade existente entre Portugal e Espanha nas disputas pela posse de seus territórios americanos. c) silencia sobre o fato de que o entendimento entre Portugal e Espanha resultava prejudicial para a Inglaterra. d) defende o acordo por ser parte interessada no mesmo, pois foi pago pelo governo português para que a Espanha o aceitasse. e) revela que Portugal e Espanha souberam preservar com muita habilidade seus interesses coloniais no Novo Mundo. 107. (Unirio) A definição dos limites do Brasil colonial em diversos tratados, durante o século XVIII, foi o resultado político de vários movimentos, dentre os quais se destaca na região sul o(a): a) interesse português no rio da Prata, materializado na fundação da Colônia do Sacramento. b) necessidade natural de ocupação de novas terras para a "plantation" canavieira. c) proteção portuguesa aos aldeamentos indígenas, contrariando a política espanhola de escravização do gentio. d) disputa pela posse das zonas mineradoras na região platina. e) interferência do Papado na negociação do Tratado de Madri para resguardar as zonas missioneiras. 108. (Unirio) "Os colonizadores utilizaram a mão-de-obra indígena para construir suas cidades e instalar suas missões. Ao ensinar, acabaram por aprender, favorecendo um profundo processo de assimilação cultural iniciado pelo confronto." (Silva, Janice Theodoro da. "Descobrimento e Colonização", São Paulo, Ed. Ática, 1987.) A nossa identidade foi forjada durante todo o período colonial e teve como matriz o encontro e o confronto de culturas distintas. Observando a sociedade brasileira atual com base no fato exposto pela afirmativa acima, verificamos que a cultura: a) indígena passou por um processo de aculturação tão bem feito que não podemos identificar nenhum de seus traços na cultura brasileira atual. b) brasileira apresenta-se como cultura "pura", pelo fato de a cultura européia ter sido dominada pela indígena. c) européia foi tão influenciada pela cultura indígena que só o idioma português ficou como herança européia na cultura brasileira. d) brasileira tem como marca a "mestiçagem cultural", em que traços da cultura indígena se misturaram com traços europeus e africanos. e) indígena, apesar de ter sido dominada pela européia, deixou como herança a família monogâmica e matriarcal. 109. (Unitau) O bandeirismo foi uma atividade paulista do século XVI e XVII. Suas expedições podem ser divididas em dois grandes ciclos: a) O dos capitães do mato e de prospecção. b) O de expansão das fronteiras e de prospecção. c) Da caça ao índio e o de busca do ouro. d) O dos capitães do mato e de caça ao índio. e) O de expansão das fronteiras e o de busca do ouro. 110. (Puc-rio) A formação do espaço territorial brasileiro resultou de um conjunto de experiências históricas no qual interferiram processos de conquista e colonização, políticas de povoamento, guerras e acordos diplomáticos. Os itens abaixo apresentam algumas dessas experiências: I - O Tratado de Tordesilhas foi o primeiro documento legal a delimitar possessões portuguesas nas Américas. II - As bandeiras promovidas por paulistas, no século XVII, promoveram a fundação de vilas e cidades, nas atuais regiões Sudeste e Norte. III - Anexada ao território brasileiro, em 1821, a Banda Oriental do Uruguai vai permanecer por poucos anos no Império do Brasil como a Província da Cisplatina. IV - O Tratado de Petrópolis (1903) incorporou a região do Acre ao território brasileiro. Assinale: a) Se somente I, III e IV estão corretos. b) Se somente I, II e IV estão corretos. c) Se somente II, III e IV estão corretos. d) Se somente I e II estão corretos. e) Se todos os itens estão corretos.

5 – Economia na Colônia

QUESTÕES

1. ...utilizar energia alimentar para obter energia não-alimentar." Na produção açucareira do Brasil Colonial, foram infrutíferas as tentativas de se aproveitar o bagaço da cana como combustível para as fornalhas dos engenhos, como se fazia nas Antilhas. A cana era mais aguada e exigia mais tempo de cozimento do caldo do que a utilização do bagaço poderia proporcionar. Este, então, era conduzido diariamente aos campos, por 4 ou 6 escravos, e lá era queimado. Como resultado disso, comparando-se com a antilhana, pode-se afirmar que a produção brasileira a) era de melhor qualidade. b) era menos onerosa. c) empregava o trabalho escravo. d) promovia mais rapidamente a recuperação do solo. e) provocava a devastação das matas.

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2. Observe a figura:

(Vera Lúcia Amaral Ferlini. "A civilização do açúcar: séculos XVI a XVIII". São Paulo: Brasiliense, 1986. p.39) No Brasil colonial, nos engenhos chamados reais, a moenda era hidráulica e não movida por uma junta de bois, como nos engenhos trapiches. Embora isso tenha representado um avanço técnico, o engenho real não era muito difundido porque I. o vulto do investimento para a sua instalação era muito maior do que ocorria no caso do engenho trapiche. II. a utilização de energia não-alimentar para produção de energia alimentar não seria econômica. III. os senhores de engenho ficavam na dependência da hidrografia local, e nem sempre as condições eram propícias. IV. nos trapiches podia-se substituir o boi pelo cavalo, sem prejuízo da área cultivada para a alimentação do homem. Pode-se afirmar que SOMENTE a) II e IV estão corretas. b) I e III estão corretas. c) I e II estão corretas. d) IV está correta. e) III está correta. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO (Pucmg) O texto, do ano de 1612, refere-se ao período colonial brasileiro. Leia-o com atenção "Os bens dos vassalos deste Estado são engenhos, canaviais, roças ou sementeiras, gados, lenhas, escravos, que são o fundamento em que se estriba essa potência [...] porém a [posse] dos escravos é a mais considerável porque dela depende o remédio de todos os outros. Estes escravos hão de ser de Guiné, vindos das conquistas ou comércios de Etiópia, ou hão de ser da própria terra, ou de uns e de outros. [...] Os índios da terra, que parecem de maior facilidade, menos custo e maior número, como andam metidos com os religiosos aos quais vivem sujeitos de maravilha fazem serviço, nem dão ajuda aos leigos, que seja de substância [...]" (MORENO, Diogo de. Livro que dá razão do Estado do Brasil. Apud INÁCIO, Inês da C. e LUCA, Tania R. de. DOCUMENTOS DO BRASIL COLONIAL. São Paulo. Ática, 1993, p. 62-63) 3. Assinale a afirmativa que sintetiza a lógica dos empreendimentos coloniais em relação ao trabalho: a) A mão-de-obra indígena era mais facilmente obtida por ser menos dispendiosa e pela grande quantidade de índios disponíveis na própria Colônia. b) A necessidade de grandes contingentes de trabalhadores levou os portugueses a recorrerem ao trabalho indígena. c) A questão da mão-de-obra foi um problema constante no período, conduzindo à escravização de índios e africanos. d) A escravização do gentio constitui-se numa questão polêmica que contrapôs, freqüentemente, lavradores e missionários. e) O trabalho compulsório mostrou-se o mais adequado ante as diretrizes mercantilistas de ocupação e exploração coloniais. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO (Ufmt) Na(s) questão(ões) a seguir julgue os itens e escreva nos parênteses (V) se for verdadeiro ou (F) se for falso. 4. Dentro do contexto colonial brasileiro, julgue os itens. ( ) O "pacto colonial" consistiu no conjunto de normas e leis que regulavam as relações entre as Metrópoles européias, principalmente no campo político. ( ) O Brasil sendo uma colônia de povoamento tinha como características: pequena propriedade, policultura, produção para o mercado interno, mão-de-obra escrava. ( ) A crise do sistema colonial, no fim do século XVIII foi acelerada pela Revolução Industrial que passou a exigir novos mercados determinando o fim do monopólio colonial. ( ) Em 1763 a capital do Brasil foi transferida de Salvador para o Rio de Janeiro, para tanto colaborou o incremento da economia baseada na exploração de riquezas minerais localizadas nos atuais estados de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso. 5. (Ufpr) "Estado centralizado e sistema colonial conjugam-se para acelerar a acumulação de capital comercial pela burguesia mercantil européia" (NOVAIS, F. O Brasil nos Quadros do Antigo Sistema Colonial. In: BRASIL EM PERSPECTIVA, DIFEL). A respeito do sistema mercantilista e do sistema colonial, é correto afirmar que: (01) Monopólio, balança de comércio favorável e protecionismo constituíam as principais características do sistema mercantilista. (02) A produção do açúcar brasileiro conseguiu se expandir graças à rede de distribuição do produto, organizada pela Holanda. (04) A inserção do Brasil no sistema mercantilista permitiu que fossem estabelecidas diversas indústrias na Colônia.

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(08) Os engenhos de açúcar no Brasil também produziam objetos e alimentos para consumo próprio, garantindo auto-sustentação com referência a alguns produtos básicos. (16) Na vigência do sistema colonial, a descoberta do ouro nas Minas Gerais gerou modificações na economia brasileira, tornando-se o ouro seu principal produto no século XVIII. soma = ( ) 6. (Ufpr) Em 1776, o primeiro ministro do reino português, Marquês de Pombal, escrevia: "Para que prestem a utilidade desejada, as colônias não podem ter o necessário para subsistir por si sem dependência da metrópole". (LAPA, J.R.A. O ANTIGO SISTEMA COLONIAL. São Paulo, Brasiliense, 1982.) As palavras de Pombal denotam a "lógica colonialista" que comandava as relações Brasil-Portugal. A respeito de tais relações, é correto afirmar: (01) O comércio e a navegação da colônia independiam das atividades comerciais da metrópole. (02) Cabia à colônia o papel de suprir a metrópole de matérias-primas necessárias ao seu enriquecimento. (04) A colônia deveria oferecer mercado consumidor às manufaturas produzidas pela metrópole. (08) O sistema de monopólio comercial funcionava como um dos eixos do mecanismo colonial. (16) Para a satisfação do mercado externo, a produção colonial foi organizada com base na policultura e nas pequenas propriedades. soma = ( ) TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 4 QUESTÕES. (Ufpr) Na(s) questão(ões) a seguir, escreva no espaço apropriado a soma dos itens corretos. 7. Sobre a pecuária na vida brasileira durante o Período Colonial, é correto afirmar que: (01) No século XVIII, a pecuária no Sul do Brasil não teve qualquer relação com o surto minerador das Minas Gerais. (02) A atividade pecuária foi muito importante para a expansão do território brasileiro. (04) Era realizada desde o século XVI na costa nordestina, coexistindo lado a lado com a produção açucareira. (08) Graças à pecuária, a existência de carne e leite no sertão nordestino amenizava a dura vida dos sertanejos, e o couro lhes era matéria-prima fundamental. (16) Cidades como Feira de Santana, na Bahia, e Sorocaba, em São Paulo, eram importantes centros de comercialização de gado. (32) No Rio Grande do Sul, o charque tornou-se grande fonte de renda. Soma = ( ) 8. Uma quadrinha popular corria de boca em boca na Província de Pernambuco nos meados do século XIX: "Quem viver em Pernambuco Deve estar desenganado Que ou há de ser Cavalcanti Ou há de ser cavalgado." Esta quadrinha é ilustrativa de uma época do Nordeste brasileiro sobre a qual é correto afirmar que: (01) As camadas mais pobres eram excluídas das decisões políticas nas províncias do Nordeste. (02) Em Pernambuco, a maioria da população era constituída por escravos, cujo número era crescente em virtude do tráfico negreiro, estimulado oficialmente a partir de 1850. (04) A produção açucareira era monopolizada por oligarquias rurais. (08) O controle da política local era exercido por famílias influentes no setor administrativo das províncias. (16) A maior riqueza da região era o açúcar. Na mesma época, crescia a produção de café no Sul do Brasil, conquistando o mercado internacional. Soma = ( ) 9. A árvore de pau-brasil era frondosa, com folhas de um verde acinzentado quase metálico e belas flores amarelas. Havia exemplares extraordinários, tão grossos que três homens não poderiam abraçá-los. O tronco vermelho ferruginoso chegava a ter, algumas vezes, 30 metros(...) Náufragos, Degredados e Traficantes (Eduardo Bueno) Em 1550, segundo o pastor francês Jean de Lery, em um único depósito havia cem mil toras. Sobre esta riqueza neste período da História do Brasil podemos afirmar. a) O extrativismo foi rigidamente controlado para evitar o esgotamento da madeira. b) Provocou intenso povoamento e colonização, já que demandava muita mão-de-obra. c) Explorado com mão-de-obra indígena, através do escambo, gerou feitorias ao longo da costa; seu intenso extrativismo levou ao esgotamento da madeira. d) O litoral brasileiro não era ainda alvo de traficantes e corsários franceses e de outras nacionalidades, já que a madeira não tinha valor comercial. e) Os choques violentos com as tribos foram inevitáveis, já que os portugueses arrendatários escravizaram as tribos litorâneas para a exploração do pau-brasil.

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10. A grande lavoura de exportação, a circulação de homens em busca de riquezas minerais e os estritos controles metropolitanos NÃO caracterizam, no Brasil Colônia, a presença de: a) três formas de existência social: o colonizador, o colono e os colonizadores; b) uma economia de base escravista, voltada para fora, subordinada às regras do Sistema Colonial; c) uma sociedade do tipo patriarcal, cuja a célula era o engenho, com características predominantemente rurais; d) a presença da autoridade da Coroa Portuguesa na Colônia como elemento inibidor de reações ao Sistema Colonial; e) numerosos homens livres e pobres, geralmente índios e ex-escravos, vivendo como agricultores e pequenos comerciantes. 11. (Cesgranrio) A política colonizadora portuguesa, voltada para a obtenção de lucros do monopólio na esfera mercantil, tinha como principal área de produção: a) a implantação da grande lavoura tropical, de base escravista e latifundiária caracterizada pela diversidade de produtos cultivados e presença de minifúndios e latifúndios; b) o "exclusivo colonial", que subordinava os interesses da produção agrícola aos objetivos mercantis da Coroa e dos grandes comerciantes metropolitanos; c) a agricultura de subsistência, baseada em pequenas e médias propriedades, utilizando mão-de-obra indígena; d) a integração agropastoril, destinada ao abastecimento do mercado interno colonial, sobretudo ao do metropolitano; e) a criação de Companhias Cooperativas envolvidas com a produção de tecidos e demais gêneros ligados ao consumo caseiro. 12. (Cesgranrio) Uma das bases do conjunto de práticas mercantilistas era a criação do chamado Antigo Sistema Colonial. Assinale a única das características a seguir que NÃO corresponde a esse sistema. a) Produção colonial com um caráter complementar à metropolitana. b) Colônia servindo como mercado consumidor para os produtos metropolitanos. c) Proibição da entrada de manufaturados não metropolitanos nas colônias, o que vigorou até a crise do sistema. d) Colônias com autonomia política, apesar da administração colonial ser controlada pela Metrópole. e) Monopólio metropolitano sobre o abastecimento de mão-de-obra para as colônias. 13. (Cesgranrio) O engenho de açúcar pode ser considerado como um recorte representativo do mundo colonial, por conter em seu interior as principais características da sociedade e da economia que se desenvolveram na colônia como, por exemplo, a(o): a) ampla integração entre os diversos segmentos étnicos da sociedade colonial. b) preponderância da população escrava, principal forma de mão-de-obra. c) participação direta do capital comercial europeu na produção colonial, através da propriedade dos engenhos. d) ausência de qualquer controle econômico da metrópole sobre a vida colonial. e) controle de toda a economia e dos cargos políticos da sociedade colonial pelos "senhores de engenho". 14. (Cesgranrio) A organização da administração colonial, apesar da conhecida diferença entre teoria e prática, estava orientada para garantir a conquista e o seu rendimento econômico, como mostra(m): a) subordinação vertical de todas as regiões e órgãos ao Governo Geral. b) crescente desvinculação da metrópole após a criação do Governo Geral. c) prevalência das Câmaras Municipais como agentes de arrecadação do Erário Régio. d) concentração nos capitães e governadores das atividades judiciais em todas as instâncias. e) orientação fiscalista e a preocupação com a defesa predominante em todo o período colonial. 15. (Cesgranrio) A pecuária, apesar de ter desempenhado importante papel na ocupação de determinadas áreas do território brasileiro, conservou seu caráter complementar na economia colonial especializada para a exportação, disso decorrendo: a) seu equilíbrio em relação às atividades agrícolas e extrativas na ocupação efetiva do território. b) sua subordinação ao capital comercial europeu. c) a exportação da produção de abastecimento, o que gerou, superávit no comércio colonial. d) a direção estatal da metrópole sobre a pecuária por força do monopólio régio sobre o sal e a carne. e) constantes crises de abastecimento dos alimentos, cuja produção era preterida pelas culturas de exportação. 16. (Faap) A colonização portuguesa no Brasil é caracterizada por uma ampla empresa mercantil. É o próprio Estado metropolitano que, em conjugação com as novas forças sociais produtoras, ou seja, a burguesia comercial, assume o caráter da colonização das terras brasileiras. A partir daí os dois elementos - Estado e burguesia - passam a ser os agenciadores coloniais e, assim, a política definida com relação à colonização é efetivada através de alguns elementos básicos que se seguem: dentre eles apenas um não corresponde ao exposto no texto; assinale-o. a) a preocupação básica será a de resguardar a área do Império Colonial face às demais potências européias. b) o caráter político da administração se fará a partir da Metrópole e a preocupação fiscal dominará todo o mecanismo administrativo. c) o vértice definidor, reside no monopólio comercial. d) a função histórica das Colônias será proeminente no sentido de acelerar a acumulação do capital comercial pela burguesia mercantil européia. e) a produção gerada dentro das Colônias estimula o seu desenvolvimento e atende às necessidades de seu mercado interno. 17. (Faap) No processo de colonização dos trópicos americanos, as relações entre as colônias e as metrópoles foram definidas pelo regime: a) de livre comércio b) de oligopólio c) de monopólio d) liberal e) de livre iniciativa 18. (Fatec) Dentre as características gerais do período colonial brasileiro destaca-se: a) uma sociedade escravocrata que, apesar de estar estruturada sobre o Pacto Colonial, possuía livre comércio com os holandeses e ingleses devido à necessidade da venda do açúcar aqui produzido. b) a utilização da mão-de-obra indígena no Brasil, até o governo de D. João VI, e a sua substituição, no período joanino, pela mão-de-obra do escravo negro.

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c) o trabalho dos missionários jesuítas, que conseguiram proteger e conservar a cultura original de nossos primeiros habitantes - chamados de índios. d) o surgimento de pequenas e médias propriedades, possibilitado pelos donatários das capitanias, para ocupar nosso extenso litoral. e) a montagem da produção açucareira, que ocorreu de acordo com o sistema de "plantation", originando uma sociedade patriarcal e escravista. 19. (Fei) Leia com atenção as afirmações a seguir: I - A economia colonial brasileira foi baseada na diversificação de atividades voltadas para o mercado interno. II - A agricultura no período colonial era pautada pelo trinômio monocultura-latifúndio-escravidão. III - Apesar da existência de homens livres em torno do engenho, principalmente em cargos técnicos, a mão-de-obra essencial do cultivo da cana e do preparo do açúcar era escrava. a) Apenas II está correta. b) Apenas I está correta. c) II e III estão corretas. d) Todas estão corretas. e) I e III estão corretas. 20. (Fei) Sobre o período colonial brasileiro, podemos afirmar que: I - Foi marcado por um rígido controle da economia por parte da metrópole portuguesa. II - Teve na produção de açúcar no Nordeste e na mineração no Sudeste as duas principais fontes de riqueza coloniais. III - Caracterizou-se pelo estabelecimento de um modelo agrário baseado na produção diversificada de gêneros agrícolas em pequenas propriedades. a) apenas I está correta b) I e III estão corretas c) II e III estão corretas d) apenas II está correta e) I e II estão corretas 21. (Fgv) "Há exagero em dizer que a extração do ouro liquidou a economia açucareira do Nordeste. Ela já estava em dificuldades vinte anos antes da descoberta do ouro (...). Mas não há dúvida de que foi afetada pelos deslocamentos de população e, sobretudo, pelo aumento do preço da mão-de-obra escrava..." Uma das conseqüências do processo descrito no texto, em termos administrativos, foi a) a transferência da capital do Vice-Reinado para São Paulo, que passou a ser o pólo econômico mais importante da Colônia. b) a criação das Câmaras Municipais que passaram a deter, na Colônia, os poderes de concessão para exploração do ouro em Minas Gerais. c) o deslocamento do eixo da vida da Colônia para o Centro-Sul, especialmente para o Rio de Janeiro, por onde entravam escravos e suprimentos, e por onde saía o ouro das minas. d) o desaparecimento do sistema de Capitanias Hereditárias e sua substituição, na região Sudeste, pelas Províncias. e) o desenvolvimento de um comércio paralelo de escravos nas antigas regiões produtoras de açúcar, que gerou a necessidade de centralizar o poder nas mãos dos ouvidores. 22. (Fgv) No período colonial, a renda das exportações do açúcar: a) Raramente ocupou lugar de destaque na pauta das exportações, pelo menos até a chegada da família real ao Brasil. b) Mesmo no auge da exportação do ouro, sempre ocupou o primeiro lugar, continuando a ser o produto mais importante. c) Ocupou posição de importância mediana, ao lado do fumo, na pauta das exportações brasileiras, de acordo com os registros comerciais. d) Ocupou posição relevante apenas durante dois decênios, ao lado de outros produtos, tais como a borracha, o mate e alguns derivados da pecuária. e) Nunca ocupou o primeiro lugar, sendo que mesmo no auge da mineração, o açúcar foi um produto de importância apenas relativa. 23. (Fgv) Quais as características dominantes da economia colonial brasileira: a) propriedade latifundiária, trabalho indígena assalariado e produção monocultura; b) propriedades diversificadas, exportação de matérias-primas e trabalho servil; c) monopólio comercial, latifúndio e trabalho escravo de índios e negros; d) pequenas vilas mercantis, monocultura de exportação e trabalho servil de mestiços; e) propriedade minifundiária, colônias agrícolas e trabalho escravo. 24. (Fuvest) No período colonial o Brasil, exemplo típico de colônia de exploração, apresentava as seguintes características: a) grande propriedade, policultura, produção comercializada com outras colônias e mão-de-obra livre b) pequena propriedade, cultura de subsistência, produção para o consumo interno e trabalho livre c) colonato, produção manufatureira comercialização com a Metrópole e mão-de-obra compulsória d) latifúndio, cultura de subsistência, produção destinada ao mercado interno e mão-de-obra imigrante e) grande propriedade, monocultura, produção para o mercado externo e mão-de-obra escrava 25. (Fuvest) Na engrenagem do sistema mercantilista de colonização do Brasil, fez-se opção pela mão-de-obra africana porque o tráfico negreiro: a) contribuía para o apresamento indígena como negócio interno da colônia. b) estimulava a utilização de mão-de-obra de fácil acesso e baixa rentabilidade econômica. c) atendia às pressões exercidas pelos ingleses em relação à troca da produção açucareira pelo fornecimento de negros. d) abria novo e importante setor do comércio para os mercadores metropolitanos. e) era elemento fundamental no processo de expansão econômica do mercado interno brasileiro.

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26. (Fuvest) A produção de açúcar, no Brasil colonial: a) possibilitou o povoamento e a ocupação de todo o território nacional, enriquecendo grande parte da população. b) praticada por grandes, médios e pequenos lavradores, permitiu a formação de uma sólida classe média rural. c) consolidou no Nordeste uma economia baseada no latifundiário monocultor e escravocrata que atendia aos interesses do sistema português. d) desde o início garantiu o enriquecimento da região Sul do país e foi a base econômica de sua hegemonia na República. e) não exigindo muitos braços, desencorajou a importação de escravos, liberando capitais para atividades mais lucrativas. 27. (Fuvest) No século XVIII a produção do ouro provocou muitas transformações na colônia. Entre elas podemos destacar: a) a urbanização da Amazônia, o início da produção do tabaco, a introdução do trabalho livre com os imigrantes. b) a introdução do tráfico africano, a integração do índio, a desarticulação das relações com a Inglaterra. c) a industrialização de São Paulo, a produção de café no Vale do Paraíba, a expansão da criação de ovinos em Minas Gerais. d) a preservação da população indígena, a decadência da produção algodoeira, a introdução de operários europeus. e) o aumento da produção de alimentos, a integração de novas áreas por meio da pecuária e do comércio, a mudança do eixo econômico para o Sul. 28. (Fuvest) Podemos afirmar sobre o período da mineração no Brasil que a) atraídos pelo ouro, vieram para o Brasil aventureiros de toda espécie, que inviabilizaram a mineração. b) a exploração das minas de ouro só trouxe benefícios para Portugal. c) a mineração deu origem a uma classe média urbana que teve papel decisivo na independência do Brasil. d) o ouro beneficiou apenas a Inglaterra, que financiou sua exploração. e) a mineração contribuiu para interligar as várias regiões do Brasil, e foi fator de diferenciação da sociedade. 29. (Fuvest) "No seu conjunto, e vista no plano mundial e internacional, a colonização dos trópicos toma o aspecto de uma vasta empresa comercial, ... destinada a explorar os recursos naturais de um território virgem em proveito do comércio europeu. É este o verdadeiro sentido da colonização tropical, de que o Brasil é uma das resultantes; e ele explicará os elementos fundamentais, tanto no social como no econômico, da formação e evolução dos trópicos americanos". (Caio Prado Júnior, HISTÓRIA ECONÔMICA DO BRASIL) Com base neste texto, podemos afirmar que o autor a) indica que as estruturas econômicas não condicionam a vontade soberana dos homens. b) demonstra a autonomia existente entre as esferas social e econômica. c) propõe uma interpretação econômica sobre a colonização do Brasil, acentuando seu sentido mercantil. d) dá ao Brasil uma especificidade dentro do contexto de colonização dos trópicos. e) confere ao sentido da colonização uma relativa autonomia em relação ao mercado internacional. 30. (Fuvest) Segundo as pesquisas mais recentes, pode-se afirmar, em relação aos quilombos coloniais brasileiros, que os mesmos: a) distinguiam-se pelo isolamento, pela marginalização, sem nenhum vínculo com os arredores que os cercavam; b) eram de caráter predominantemente agrícola, sobrevivendo do que plantavam e do que teciam; c) eram habitados exclusivamente por escravos fugidos, constituindo-se em verdadeiros Estados teocráticos; d) dedicavam-se, alguns, à agricultura, outros, à mineração, outros, ainda, ao pastoreio, articulando-se com os núcleos vizinhos através do comércio; e) existiram apenas durante o século XVII, tendo Palmares como eixo central. 31. (Fuvest) No que diz respeito à combinação entre capital, tecnologia e organização, a lavoura açucareira implantada pelos portugueses no Brasil seguiu um modelo empregado anteriormente a) no Norte da África e no Caribe. b) no Mediterrâneo e nas ilhas africanas do Atlântico. c) no sul da Itália e em São Domingos. d) em Chipre e em Cuba. e) na Península Ibérica e nas colônias holandesas. 32. (Fuvest) Ocupações dos vereadores de Salvador, Bahia, 1680-1729

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(S. B. Schwartz, Cia das Letras, 1995) O conjunto de dados da tabela anterior mostra que um grupo exerceu o controle da Câmara Municipal de Salvador, ou seja, que um grupo governou a "vila" durante o período, haja vista a função desta instituição na colônia. Trata-se do grupo formado pelos a) senhores de engenho e comerciantes. b) senhores de engenho e lavradores de cana. c) homens ligados às atividades econômicas urbanas. d) burgueses, pelos "não identificados" e por lavradores de cana. e) proprietários de terra em geral. 33. (Fuvest) "Os que trazem [o gado] são brancos, mulatos e pretos, e também índios, que com este trabalho procuram ter algum lucro. Guiam-se indo uns adiante cantando, para serem seguidos pelo gado, e outros vêm atrás das reses, tangendo-as, tendo o cuidado que não saiam do caminho e se amontoem" Antonil, "Cultura e opulência do Brasil", 1711. O texto expressa uma atividade econômica característica a) do sertão nordestino, dando origem a trabalhadores diferenciados do resto da colônia. b) de regiões canavieiras onde se utilizava mão-de-obra disponível na entre-safra do açúcar. c) de todo o território da América portuguesa onde era fácil obter mão-de-obra indígena e negra. d) das regiões do nordeste, produtoras de charque, que empregavam mão-de-obra assalariada. e) do sul da colônia, visando abastecer de carne a região açucareira do nordeste. 34. (Fuvest) No século XVIII, o governo português incorporou a maior parte da Amazônia ao seu domínio. A ampliação dessa fronteira da colônia portuguesa deveu-se a) aos acordos políticos entre Portugal e França. b) às lutas de resistência das populações indígenas. c) ao início da exploração e exportação da borracha. d) à expulsão dos jesuítas favoráveis à dominação espanhola. e) à exploração e comercialização das drogas do sertão. 35. (G1) A introdução da lavoura açucareira no Brasil pelo governo português, pode ser explicada: a) pela necessidade de se expulsar os franceses; b) devido à decadência do comércio de especiarias com as Índias; c) devido à necessidade de garantir aos colonos, um produto que pudesse ser trocado por escravos; d) pelo trabalho dos jesuítas, que precisavam de um produto para vender e garantir o sustento; e) a partir da descoberta do produto por bandeirantes na Amazônia. 36. (G1) A expressão "engenho" no Brasil colonial, designava: a) as áreas de lavoura de algodão para exportação; b) locais onde se armazenavam produtos para exportação; c) companhias de comércio de açúcar; d) grandes propriedades rurais onde se produzia açúcar; e) local onde era moída a cana-de-açúcar. 37. (G1) São atividades que auxiliavam a lavoura açucareira: a) tabaco e pecuária; b) extrativismo e mineração; c) extração de pau-brasil e escambo; d) mineração e pau-brasil; e) pecuária e escambo.

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38. (G1) I - O Brasil, produziu exclusivamente o açúcar; II - O Tabaco era usado na troca por escravos; III - Na Amazônia, praticava-se o extrativismo de drogas do sertão; IV - A Pecuária contribuiu para o povoamento do litoral; V - Nas lavouras, utilizava-se basicamente o trabalho escravo. São corretas as afirmativas: a) II, III e V; b) I, II e IV; c) II, IV, e V; d) I, IV e V; e) II, III e IV. 39. (G1) Sobre a descoberta do ouro nas Minas Gerais, podemos afirmar EXCETO: a) ainda no século XVI, foram feitas as primeiras descobertas de ouro no Brasil; b) foi estabelecido o Regimento das Minas para controlar a exploração do ouro; c) o ouro atraiu vários tipos de pessoas e de todos os lugares para a região, favorecendo o surgimento de cidades; d) entre os impostos sobre o ouro, o Quinto era a entrega de 20% do ouro encontrado à Coroa; e) o comércio não se desenvolveu com a mineração; 40. (Mackenzie) Duas atividades econômicas destacaram-se durante o período colonial brasileiro: a açucareira e a mineração. Com relação a essas atividades econômicas, é correto afirmar que: a) na atividade açucareira, prevalecia o latifúndio e a ruralização, a mineração favorecia a urbanização e a expansão do mercado interno. b) o trabalho escravo era predominante na atividade açucareira e o assalariado na mineradora. c) o ouro do Brasil foi para a Holanda e os lucros do açúcar serviram para a acumulação de capitais ingleses. d) geraram movimentos nativistas como a Guerra dos Emboabas e a Revolução Farroupilha. e) favoreceram o abastecimento de gêneros de primeira necessidade para os colonos e o desenvolvimento de uma economia independente da Metrópole. 41. (Mackenzie) A função histórica das colônias era completar a economia das metrópoles; no caso brasileiro, a atividade econômica que iniciou este papel histórico foi: a) a criação de gado, facilitando a penetração e povoamento do sertão. b) a cana-de-açúcar, produto em expansão no mercado europeu, que permitiu a ocupação efetiva da colônia. c) a exploração do ouro, fato que consolidou o modelo metalista de mercantilismo português. d) a exploração de drogas do sertão, utilizando trabalho indígena através de missões jesuíticas. e) a produção de gêneros de primeira necessidade voltados para o mercado interno. 42. (Mackenzie) No Brasil, a corrida do ouro, do final do século XVII e início do século XVIII, provocou inúmeras mudanças nas relações econômico-sociais da colônia. Dentre elas, destacamos: a) o surgimento do mercado interno, o crescimento da propriedade livre e manifestações culturais notáveis na vida urbana. b) o declínio da população e povoamento disperso, sem interiorizar o processo de colonização. c) condições sociais mais opressivas e menores possibilidades de ascensão, em comparação à sociedade açucareira. d) a grande concentração de riquezas internas, em virtude da queda das restrições e impostos metropolitanos. e) a ausência de vínculos econômicos com outras regiões, já que a zona mineradora era, economicamente, auto-suficiente. 43. (Mackenzie) "Pedro Álvares Cabral morreu na obscuridade por volta de 1520, sem nunca ter retornado à corte e virtualmente sem saber que revelara ao mundo um território que era quase um continente. Em 1521, morria também o rei D. Manuel I, o monarca que jamais se interessou pela terra descoberta por Cabral". (Eduardo Bueno - "A viagem do descobrimento") O desinteresse de Portugal pelo Brasil na época do descobrimento explica-se: a) pela reduzida repercussão da descoberta entre as potências marítimas européias. b) pelo fato dos interesses do Estado Português e da burguesia mercantil estarem voltados para as riquezas do oriente. c) pela lógica da economia mercantilista, que valorizava acima de tudo a produção em detrimento do comércio. d) por estas terras pertencerem à Espanha, pelo Tratado de Tordesilhas. e) pelas enormes dificuldades de transportar com segurança os excedentes de produção dos índios brasileiros. 44. (Puccamp) "...a agricultura comercial é a solução. Produzem-se gêneros tropicais de acordo com as necessidades do mercado externo: o que determina o empreendimento produtivo é a circulação, o comércio..." Tendo em vista as características da ocupação portuguesa no Brasil, pode-se afirmar, a partir do texto, que a colônia era uma área a) fornecedora de gêneros de primeira necessidade. b) produtora de artigos manufaturados de luxo. c) vinculada à demanda de bens de capital. d) complementar da economia metropolitana. e) sem importância para a economia européia. 45. (Puccamp) Uma das exigências do projeto do governo português era fazer do Brasil, enquanto Colônia, um fator de enriquecimento do Estado Moderno lusitano. Respondendo a esta meta, a empresa açucareira teve como principais características: a) terra abundante, mão-de-obra livre e clima favorável. b) agricultura, senzala e pecuária eqüina. c) casa-grande, senzala e mão-de-obra livre d) latifúndio, monocultura e escravidão. e) escassez de terras, mão-de-obra escrava e intempéries climáticas.

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46. (Puccamp) Considere as afirmações a seguir sobre a economia do Brasil no Período Colonial. I. A produção era ditada pelas necessidades da economia européia que se constituía no centro de todo o sistema. II. O comércio externo era monopolizado pela metrópole que impunha preços mínimos para os artigos coloniais, garantindo lucros tanto na compra como na venda. III. O latifúndio, a monocultura e a mão-de-obra escrava se impuseram diante da necessidade de produzir em alta escala e de garantir grande lucratividade aos empresários portugueses. Pode-se afirmar que a) somente I está correta. b) somente III está correta. c) somente I e II estão corretas. d) somente I e III estão corretas. e) I, II e III estão corretas. 47. (Puccamp) Leia o texto. (...) a primeira preocupação dos Estados colonizadores será de resguardar a área de seu império colonial em face das demais potências; a administração se fará a partir da metrópole, e a preocupação fiscal dominará todo o mecanismo administrativo. Mas a medula do sistema, seu elemento definidor, reside no monopólio do comércio colonial. (Fernando A Novais. O Brasil nos quadros do antigo sistema colonial. ln: Dea Ribeiro Fenelon. "50 textos de História do Brasil". São Paulo: Hucitec, 1974. p. 28) A partir da análise do texto e do conhecimento histórico, pode-se afirmar que: a) a política administrativa no Brasil colonial restringia-se ao recolhimento dos tributos para Portugal. b) a organização político-administrativa no Brasil colonial atendia aos interesses mercantilistas de Portugal. c) a administração do poder privado no Brasil colonial estava dissociado dos mecanismos do poder da metrópole. d) os mecanismos da administração portuguesa não permitiram a constituição de câmaras municipais no Brasil colonial. e) a organização administrativa no Brasil colonial dependia da quantidade de impostos arrecadados pela metrópole. 48. (Pucmg) Observe as informações apresentadas no mapa reproduzido a seguir.

A parte destacada no mapa representa: a) área de ocorrência do pau-brasil no século XVI. b) território ocupado com o plantio de cacau no século XX. c) o limite máximo alcançado pelo cultivo do café no século XIX. d) a região mineratória estabelecida durante o século XVIII. e) o espaço reservado à atividade açucareira no século XVII. 49. (Pucmg) A implantação da lavoura canavieira no Brasil colonial, em meados do século XVI, deveu-se, dentre outros fatores a, EXCETO: a) condições geográficas favoráveis: clima quente e terras em abundância. b) experiência portuguesa bem sucedida nas Ilhas Atlânticas. c) ampla aceitação do açúcar no mercado internacional. d) participação de capitais holandeses na distribuição do produto. e) baixíssimos custos na montagem do engenho açucareiro. 50. (Pucmg) No Brasil colonial dos séculos XVI-XVII, a estrutura tinha como suporte básico: a) extrativismo - trabalho livre - pequenas propriedades b) monocultura açucareira - escravidão - latifúndio c) cafeicultura - trabalho imigrante - latifúndio d) mineração - escravidão - médias propriedades e) pecuária - trabalho livre - grandes propriedades 51. (Pucpr) Comparando-se os ciclos da economia colonial brasileira, é correto afirmar: I - Os rendimentos decorrentes do ciclo do ouro, no século XVIII, foram superiores aos produzidos pelo ciclo do açúcar, até sua decadência, em função da concorrência antilhana. II - A sociedade surgida em função do ciclo açucareiro foi mais hierarquizada e aristocrática do que aquela que teve origem no ciclo do gado, nos sertões do Nordeste ou caatinga. III - Os investimentos iniciais na economia açucareira exigiam a aplicação de menos capitais do que o necessário para a exploração aurífera.

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IV- O aumento da pecuária no Rio Grande do Sul deveu-se em grande parte à necessidade de fornecer alimentos e mulas para os transportes obrigatórios às atividade do ciclo da mineração ou do ouro. Está correta ou estão corretas: a) Apenas as opções III e IV. b) Apenas a opção IV. c) Apenas as opções I, III e IV. d) Apenas as opções I e IV. e) Apenas as opções II e IV. 52. (Pucrs) Responder à questão com base nas afirmativas a seguir, sobre o período colonial brasileiro. I. A sociedade açucareira pode ser vista como um exemplo típico do modo de produção colonial, sendo regulada pelas rígidas regras do "Pacto Colonial" e baseada no sistema de "plantation". II. A sociedade mineradora representou o rompimento definitivo do "Pacto Colonial", pela crescente autonomia que o ouro proporcionava à Colônia, devido ao acúmulo de riquezas e aos investimentos no setor manufatureiro. III. A produção de açúcar, durante o século XVIII, teve um crescimento significativo, devido à expulsão dos holandeses de Pernambuco e à descoberta do ouro, o que propiciou melhores condições e maiores recursos para investir na lavoura canavieira. IV. A descoberta de ouro no Brasil colonial só foi possível em conseqüência da interiorização da colonização portuguesa, a partir dos movimentos bandeirantes, o que gerou importantes mudanças na sociedade colonial brasileira ao longo do século XVIII. V. Mesmo após a descoberta do ouro, em fins do século XVII, a estrutura sócio-econômica do Brasil colonial manteve-se atrelada ao setor primário-exportador, sendo ainda a cana-de-açúcar um importante produto de exploração metropolitana. A análise das afirmativas permite concluir que está correta a alternativa a) I, II e III b) I, IV e V c) II, III e IV d) II, IV e V e) III, IV e V 53. (Pucrs) Responder à questão com base no mapa a seguir, sobre a criação de gado no período colonial brasileiro.

A partir da observação do mapa, pode-se concluir que a) a criação de gado era atividade exclusiva das regiões litorâneas do Brasil, sendo esse levado para a feira de Sorocaba, de onde partia para o mercado externo, grande consumidor de charque e couro. b) a criação de gado se concentrava no norte do Brasil, devido à inadequação do solo e do clima desta região para o cultivo da cana-de-açúcar, não havendo integração com as demais áreas coloniais. c) a região Sul do Brasil tinha na criação de gado uma importante fonte de renda, e levava seus derivados para serem comercializados na feira de Sorocaba, proporcionando uma integração econômica com a região mineradora. d) a pecuária só se desenvolveu no Brasil colonial em função do ciclo canavieiro, tendo por único objetivo abastecer de carne e couro a população litorânea, carente destes produtos. e) o gado criado no Rio Grande do Sul não tinha boa aceitação no mercado interno colonial, por seu alto custo, devido à enorme distância que separava o sul do sudeste minerador, além da concorrência da carne estrangeira, de melhor qualidade. 54. (Pucrs) O processo de colonização portuguesa sobre o Brasil tem como um de seus pressupostos básicos a manutenção do PACTO COLONIAL, que regula as relações entre Colônia e Metrópole. Este pacto pode ser definido como um a) acordo celebrado entre os portugueses recém-chegados ao Brasil e os nativos, com o objetivo de viabilizar a exploração de pau-brasil e a utilização da mão-de-obra indígena para a realização desse trabalho. b) acordo feito entre os proprietários de terras na colônia, os Governadores Gerais e o rei de Portugal, com o objetivo de evitar a concorrência econômica entre metrópole e colônia, definindo-se os bens que cada parte produziria. c) instrumento de dominação e de imposição religiosa, muito utilizado pelos jesuítas em sua missão de evangelização e de conversão dos indígenas ao catolicismo, o que veio a facilitar a criação das Reduções, como a de São Miguel Arcanjo, no Rio Grande do Sul. d) instrumento de dominação política e econômica exercida pela metrópole, que se caracterizava pelo monopólio do comércio colonial e pela complementaridade da produção colonial em relação à metrópole, sendo proibida a criação de manufaturas na região colonizada. e) acordo celebrado entre Portugal, Espanha e suas respectivas colônias, a fim de se evitarem os conflitos territoriais e de se garantir uma maior produtividade das regiões exploradas, evitando-se a concorrência entre elas, que deveriam produzir bens complementares entre si. 55. (Pucsp) "Assim confabulam, os profetas, numa reunião fantástica, batida pelos ares de Minas. Onde mais poderíamos conceber reunião igual, senão em terra mineira, que é o paradoxo mesmo, tão mística que transforma em alfaias e púlpitos e genuflexórios a febre

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grosseira do diamante, do ouro e das pedras de cor?" (Andrade, C. Drummond de,COLÓQUIO DAS ESTÁTUAS. In: Mello, S., BARROCO MINEIRO, S. Paulo, Brasiliense, 1985.) A origem desse traço contraditório que o poeta afirma caracterizar a sociedade mineira remete a um contexto no qual houve a) a reafimação bilateral do Tratado de Tordesilhas entre Portugal e Espanha e o crescimento da miscigenação racial no ambiente colonial. b) o relaxamento na politica de distribuição de terras na colônia e a vigência de uma concepção racionalista de planejamento das cidades. c) a diversificação das atividades produtivas na colônia e a construção de um conjunto artístico e arquitetônico que singularizou a principal região de mineração. d) o deslocamento do eixo produtivo do nordeste para as regiões centrais da colônia e o desenvolvimento de uma estética que procurava reproduzir as construções românicas européias. e) a expansão do território colonial brasileiro e a introdução, em Minas, da arte conhecida como gótica, especialmente na decoração dos interiores das igrejas. 56. (Pucsp) "O que o canavial sim aprende do mar: o avançar em linha rasteira da onda, o espraiar-se minucioso, de líquido, alagando cova a cova onde se alonga. O que o canavial não aprende do mar: o desmedido do derramar-se da cana; o comedimento do latifúndio do mar, que menos lastradamente se derrama." João Cabral de Melo Neto, O mar e o canavial, in "A educação pela pedra. Antologia poética". Rio de Janeiro, José Olympio Editora, 1989, p. 9. João Cabral, recifense, relacionou, no fragmento de poema acima, mar e canavial. A associação considera semelhanças e diferenças entre eles e pode ser compreendida se considerarmos que: a) "o avançar em linha rasteira" do canavial é uma menção à expansão da produção açucareira na região Nordeste e especialmente no Estado de Pernambuco iniciada no período colonial e encerrada no Império. b) o mar e as praias de Pernambuco sempre foram, ao lado da cana, as únicas fontes de riqueza da região Nordeste, desde o período colonial até os dias de hoje. c) "o desmedido do derramar-se da cana" é uma referência crítica à organização da produção açucareira em latifúndios, unidades produtoras de grande porte. d) as lavouras de cana sempre estiveram localizadas no interior de Pernambuco, distantes do litoral, e a relação com o mar é para mostrar a totalidade geográfica do Estado. e) "alagando cova a cova onde se alonga" é uma sugestão de que o plantio da cana, assim como o mar, provocou, ao longo de sua história, muitas mortes. 57. (Uel) No Brasil, a estrutura social do engenho constituiu-se em um exemplo clássico das formas de a) exploração feudal. b) instituição liberal. c) dominação colonialista. d) cooperação socialista. e) organização pré-industrial. 58. (Uel) No Brasil Colônia, a pecuária teve um papel decisivo na a) ocupação das áreas litorâneas. b) expulsão do assalariado do campo. c) formação e exploração dos minifúndios. d) fixação do escravo na agricultura. e) expansão para o interior. 59. (Uel) A política econômica do mercantilismo explica, no Brasil Colônia, a a) decadência da economia de subsistência no Nordeste. b) introdução do trabalho assalariado na agricultura. c) prática econômica da substituição de importações. d) implementação da indústria têxtil no Sudeste. e) implantação da empresa agrícola açucareira. 60. (Uel) "(...) ela foi responsável pelo povoamento do sertão nordestino, da Bahia ao Maranhão. Foi um excelente instrumento de expansão e colonização do interior do Brasil. Com ela surgiram muitas feiras que deram origem a importantes centros urbanos, como por exemplo a Feira de Santana, na Bahia." Ao instrumento de expansão a que o texto se refere pode ser associada a a) pecuária. b) mineração. c) economia extrativa. d) economia mineira. e) produção açucareira.

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61. (Uerj)

O século XVIII foi marcado por inúmeras descobertas de ouro do Brasil, possibilitando um aumento da extração desse metal, como se observa na tabela acima. Essas descobertas provocam mudanças significativas na organização colonial, tais como: a) recuperação agrícola do Nordeste e redução das atividades pastoris b) estabelecimento da capital na cidade do Rio de Janeiro e incentivo às atividades urbanas c) declínio da utilização de mão-de-obra escrava e ampliação do trabalho assalariado nas minas d) superação da condição de colônia e elevação do Brasil à condição de Reino Unido a Portugal e Alvares 62. (Ufal) A administração de negócios públicos ou particulares tem sido alvo de pesquisa e estudo de pessoas interessadas em ordenar os fatores de produção e incentivar a produtividade, a fim de obter a máxima eficiência das diversas instituições, sejam elas públicas ou privadas. Nesse sentido, pode-se dizer que a implantação pelos portugueses de um modelo administrativo na Colônia teve, entre vários, o objetivo de a) favorecer a exploração de produtos manufaturados dos nativos no intuito de garantir o monopólio do comércio desses produtos à burguesia metropolitana. b) promover a prosperidade das capitanias que se dedicavam à criação de gado porque as carnes eram exportadas para a metrópole. c) impulsionar a colonização efetiva na nova terra no intuito de garantir o máximo rendimento das atividades econômicas coloniais para a metrópole. d) estabelecer o pacto colonial entre metrópole e colônia no intuito de garantir o desenvolvimento do mercado interno na nova terra. e) consolidar o desenvolvimento econômico da nova terra no intuito de garantir à burguesia um mercado consumidor de matérias-primas européias. 63. (Ufba) Sobre os fundamentos econômicos do Brasil colonial, é possível afirmar: (01) A produção colonial orientava-se para o consumo interno dos gêneros tropicais, para a dinamização do comércio entre as capitanias e para a capitalização dos proprietários de terras. (02) A monocultura caracterizou a área de produção do açúcar, enquanto a policultura vigorou em todas as outras áreas econômicas coloniais. (04) A pequena propriedade agrícola, característica da área de plantação do fumo, caracterizou também as regiões de plantação de algodão, café e cacau. (08) A escravidão indígena, substituída desde cedo em toda a colônia pela escravidão africana, foi condenada pela Igreja, pelo governo português e pelos governos coloniais. {16) O comércio colonial era fator de transferência de lucros da colônia para a metrópole, já que, detendo legalmente a exclusividade desse comércio, Portugal controlava os preços e as atividades de exportação e importação. (32) A criação de gado, considerada atividade de importância secundária, foi desenvolvida em pequenas propriedades próximas das áreas de cultivo do açúcar, não se distanciando das zonas de povoamento do litoral. (64) O monopólio comercial estabelecido por Portugal sobre o Brasil colonial foi derrubado a partir da União das Coroas Ibéricas em 1580. Soma ( ) 64. (Ufc) Leia com atenção. “Essa primazia acentuada da vida rural concorda bem com o espírito da dominação portuguesa, que renunciou a trazer normas imperativas e absolutas, que cedeu todas as vezes que as conveniências imediatas aconselharam a ceder, que cuidou menos em construir, planejar ou plantar alicerces, do que em feitorizar uma riqueza fácil e quase ao alcance da mão." (HOLANDA, Sérgio Buarque de. "Raízes do Brasil". 6• ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1971, p. 61.) Este texto nos remete a algumas características das primeiras fases da colonização portuguesa no Brasil, entre as quais podemos assinalar: a) A atividade mineira, com a descoberta das minas de ouro ainda no século XVI, e a construção planejada das cidades. b) A grande agricultura de exportação, criando cidades como simples entrepostos de comércio para a metrópole, e a intensa exploração da mão-de-obra. c) A racionalidade urbana, com as plantas das cidades cuidadosamente planejadas a partir do modelo de Lisboa, e a atividade agrícola intensiva. d) A cultura do café, baseada no trabalho escravo, e a manufatura do açúcar, empreendida com trabalho livre. e) A implementação de uma ampla política de colonização no Brasil, com a introdução de escolas e universidades e a criação de centros de formação profissional para o trabalho nos engenhos.

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65. (Ufc) Leia o trecho abaixo. "Na mineração, como de resto em qualquer atividade primordial da colônia, a força de trabalho era basicamente escrava, havendo entretanto os interstícios ocupados pelo trabalho livre ou semilivre." (SOUZA, Laura de M. "Desclassificados do Ouro: pobreza mineira no século XVIII". 3 ed. Rio de Janeiro: Graal, 1990, p.68.) Com base neste trecho sobre o trabalho livre praticado nas áreas mineradoras do Brasil colônia, é correto afirmar que: a) devido à abundância de escravos no período do apogeu da mineração, os homens livres conseguiam viver exclusivamente do comércio de ouro. b) em função da riqueza geral proporcionada pelo ouro, os homens livres dedicavam-se à agricultura comercial, vivendo com relativo conforto nas fazendas. c) perseguidos pela Igreja e pela Coroa, os homens livres procuravam sobreviver às custas da mendicância e da caridade pública. d) sem condições de competir com as grandes empresas mineradoras, os homens livres dedicavam-se à "faiscagem" e à agricultura de subsistência. e) em função de sua educação, os homens livres conseguiam trabalho especializado nas grandes empresas mineradoras, obtendo confortáveis condições de vida. 66. (Ufes) A organização da agromanufatura açucareira no Brasil Colônia está ligada ao sentido geral da colonização portuguesa, cuja dinâmica estava baseada na a) pesada carga de taxas e impostos sobre o trabalho livre, com o objetivo de isentar de tributos o trabalho escravo. b) unidade produtiva voltada para a mobilidade mercantil interna, ampliada pelo desenvolvimento de atividades artesanais, industriais e comerciais. c) estrutura de produção, que objetivava a urbanização e a criação de maior espaço para os homens livres da colônia. d) pequena empresa, que procurava viabilizar a produção açucareira apenas para o mercado interno. e) propriedade latifundiária escravista, para atender aos interesses da Metrópole Portuguesa de garantir a produção de açúcar em larga escala para o comércio externo. 67. (Ufes) O processo de expansão da conquista territorial que culminou com a incorporação da Amazônia ao domínio português esteve vinculado a diferentes situações. NÃO faz parte desse contexto o(a) a) iniciativa de colonos que se aventuravam na coleta de recursos naturais da região, como as "drogas do sertão", ou formavam as "tropas de resgate". b) implantação da grande lavoura canavieira com base no latifúndio e no trabalho escravo negro, voltada para o mercado externo. c) conflito entre colonos e missionários, que tinham, a respeito da população indígena, interesses diversificados. d) prática de uma política oficial adotada pela Coroa, que incentivava o movimento expansionista e fazia realizar expedições para o reconhecimento da área. e) ação das Ordens Religiosas que buscavam os indígenas para nucleá-los e catequizá-los, estabelecendo missões ou aldeamentos. 68. (Ufmg) Todas as alternativas apresentam afirmações corretas sobre a atividade pecuária no processo de colonização no Brasil, EXCETO: a) Constituiu-se numa atividade subsidiária da grande lavoura. b) Criou núcleos urbanos destinados ao comércio do couro. c) Destinou grande parte da produção de charque para o mercado externo. d) Foi um dos elementos importantes na interiorização da colonização. e) Produziu a figura do vaqueiro, um trabalhador livre geralmente pago em espécie. 69. (Ufmg) Todas as alternativas apresentam tributos cobrados pela Coroa Portuguesa na Capitania de Minas Gerais, EXCETO: a) Direito de Passagem. b) Direitos de Entrada. c) Foro Enfitêutico. d) Quinto do Ouro. e) Subsídio Voluntário. 70. (Ufmg) Todas as alternativas contêm afirmações corretas sobre a tributação do ouro nas Minas no período colonial, EXCETO: a) A Derrama era a cobrança dos impostos atrasados quando não eram preenchidas as cotas anuais. b) A tributação do ouro se verificou inicialmente sob a forma de cobrança por bateias. c) O imposto da Capitação recaía sobre todo escravo empregado nos trabalhos auríferos. d) O ouro passou a ser quintado somente a partir da instalação das Casas de Fundição. e) O quinto correspondia a uma porcentagem sobre a produção paga pelos mineradores. 71. (Ufmg) Sobre a economia do período colonial, é correto afirmar que a) a economia aurífera se caracterizou pela imobilidade social, bipolarizada entre o senhor e o escravo. b) a pecuária se baseou na criação intensiva, assentada no latifúndio exportador e no trabalho escravo. c) a produção colonial foi orientada para a exportação de gêneros para o mercado externo. d) a produção açucareira fixou a população no litoral e criou uma expressiva camada média. 72. Sobre a economia colonial, as afirmativas abaixos estão certas EXCETO:

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a) No início do século XVII, o açúcar era produto exclusivo da exportação colonial. b) No século XVIII, observou-se um aumentos à diversificação da economia colonial. c) A partir da segunda metade dos Setecentos, houve uma queda da produção aurífera. d) No século XVII, a exportação de açúcar era a maior do mundo. 73. (Ufmg) Antonil, jesuíta que viveu no Brasil, no período colonial, destacou a importância da posse de escravos, descrevendo-os como "as mãos e os pés do senhor...". Na perspectiva da economia colonial, essa importância pode ser confirmada pela vinculação entre o número de escravos possuídos e a doação de a) capitanias hereditárias, lotes de terras em que foi dividida a Colônia. b) datas de ouro, lotes de terra destinados à exploração mineral. c) sesmarias, para exploração, de acordo com o Regimento de Tomé de Souza. d) títulos de nobreza, necessários à obtenção de terras para a agricultura. 74. (Ufmg) Leia o trecho de documento. Senhor. Sendo como é a obrigação a primeira virtude, porque importa pouco zelar cada um o seu patrimônio, e descuidar-se da utilidade alheia quando lhe está recomendada, se nos faz preciso representar a Vossa Majestade a opressão universal dos moradores destas Minas involuta no arbítrio atual de se cobrarem os [impostos] de Vossa Majestade devidos, podendo ser pagos com alguma suavidade de outra forma sem diminuição do que por direito está Vossa Majestade recebendo, na consideração de que sejam lícitos os fins se devem abraçar os meios mais toleráveis... REPRESENTAÇÃO DO SENADO DA CÂMARA DE VILA RICA AO REI DE PORTUGAL, 26 de dezembro de 1742. Nesse trecho, os oficiais da Câmara de Vila Rica estão-se referindo à cobrança do a) dízimo eclesiástico, imposto que incidia sobre os diamantes extraídos no Distrito Diamantino. b) foro enfitêutico, tributo cobrado proporcionalmente à extensão das sesmarias dos mineradores. c) quinto do ouro, imposto cobrado por meio da capitação, que taxava também outras atividades econômicas. d) subsídio voluntário, destinado a cobrir as despesas pessoais do Rei de Portugal. 75. (Ufmg) Leia este trecho de documento: ... pois o Brasil, e não todo ele, senão três capitanias que são a de Pernambuco, a de Tamaracá e a da Paraíba, que ocupam pouco mais ou menos, no que delas está povoado, cinqüenta ou sessenta léguas de costa, as quais habitam seus moradores, com se não alargarem para o sertão dez léguas, e somente neste espaço de terra, sem adjutório de nação estrangeira, nem de outra parte, lavram e tiram os portugueses das entranhas dela, à custa de seu trabalho e indústria, tanto açúcar que basta para carregar, todos os anos, cento e trinta ou cento e quarenta naus ... ("Diálogos das grandezas do Brasil". Texto anônimo escrito por volta de 1613-18.) Com base na leitura desse trecho, é CORRETO afirmar que o sistema de exploração econômica implantado no Brasil nos primeiros séculos de colonização caracterizou-se por a) concentrar, nos incipientes meios urbanos, toda a estrutura de controle e comercialização da cana-de-açúcar, produto, em geral, comercializado em estado bruto. b) distribuir contingentes populacionais ao longo de toda a costa brasileira e desenvolver, sobretudo, o extrativismo vegetal da espécie conhecida como pau-brasil. c) favorecer o desenvolvimento da agricultura baseada na exploração da cana-de-açúcar, estimulando a fixação populacional, inicialmente, na faixa da mata nordestina. d) incrementar o processo de colonização a partir do estímulo à vinda e fixação de contingentes populacionais, que aqui se estabeleciam em pequenas propriedades agrícolas. 76. (Ufpb) No século XVII, a crise na empresa açucareira nordestina foi motivada pelo(a) a) crescimento da produção antilhana, concorrência inglesa, expulsão dos holandeses. b) desenvolvimento da pecuária, concorrência antilhana, queda do preço do açúcar nos mercados internacionais. c) crescimento da produção antilhana, concorrência inglesa, fim do monopólio português. d) descoberta do ouro nas Gerais, concorrência antilhana, desenvolvimento da pecuária. e) queda do preço do açúcar nos mercados internacionais, concorrência antilhana, fim do monopólio português. 77. (Ufpe) Na opinião do historiador Caio Prado Jr., todo povo tem na sua evolução, vista a distância, um certo sentido. Este se percebe, não nos pormenores de sua história, mas no conjunto dos fatos e acontecimentos essenciais... Assinale a alternativa que corresponde ao "sentido" da colonização portuguesa no Brasil. a) A colonização se estabeleceu dentro dos padrões de povoamento e expansão religiosa. b) A colonização foi um fato isolado, portanto, uma aventura que não teve continuidade. c) A colonização foi o resultado da expansão marítima dos países da Europa e, desde o início, constituiu-se numa sociedade de europeus sem nenhuma miscigenação. d) A colonização se realizou no "sentido" de uma vasta empresa comercial para fornecer ao mercado internacional açúcar, tabaco, ouro, diamantes, algodão e outros produtos. e) A colonização portuguesa teve, desde cedo, o objetivo de criar um mercado nacional no Brasil. 78. (Ufpe) A economia colonial brasileira a) possibilitou a comercialização direta dos produtos coloniais brasileiros com vários reinos europeus e vice-reinos coloniais americanos. b) foi a base para a formação e o desenvolvimento da Companhia das Índias Ocidentais, com sede em Amsterdã. c) estimulou a produção de açúcar de cana na Europa. d) tem, com a produção do tabaco e a exportação das ervas do sertão, os maiores lucros do período. e) enquadrava-se nos interesses comerciais europeus que geraram a colonização.

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79. (Ufpel) O mapa abaixo apresenta a economia brasileira em um determinado período:

Fonte: NIZZA da SILVA, Maria Beatriz. "Nova História da Expansão Portuguesa". Lisboa, Ed. Estampa, 1986. Nele estão representadas as atividades econômicas do século a) XVI, que apresenta exploração de pau-brasil, no litoral, e das drogas do sertão, na região amazônica, assim como a ocupação do interior brasileiro pelas atividades de mineração e pecuária. b) XVIII, que já demonstra atividades de mineração, no Centro-Oeste brasileiro, e de pecuária, na zona nordeste do Rio Grande do Sul. Não pode ser de século posterior, por não indicar atividade cafeicultora. c) XVII, que apresenta importações/exportações, antes proibidas na colônia, devido ao monopólio comercial. d) XIX, em que, no Brasil Império, a economia tinha por base a cafeicultura voltada para a exportação. e) XX, no qual a exportação de pau-brasil é preponderante na economia brasileira e se verifica a existência de áreas industriais, destacadas no mapa. 80. (Ufpi) Observe o mapa, abaixo apresentado:

De acordo com o destaque dado à parte do território de algumas "Capitanias", incluindo a do Piauí, no século XVIII, podemos associá-lo: a) ao desenvolvimento da mineração em diferentes regiões, que tinha como polo principal Minas Gerais. b) à expansão do plantio do algodão, valorizado tanto pelo mercado interno como pelo externo. c) à retomada do plantio da cana-de-açúcar após a expulsão dos holandeses de Pernambuco e da Bahia. d) ao incremento da política agrária de cunho mercantilista, que beneficiava os pequenos proprietários. e) ao processo de criação do gado, responsável pela ocupação de diferentes regiões do Brasil. 81. (Ufpr) A exploração do ouro e a consolidação da centralização do poder político e da administração em mãos dos reis portugueses foram os processos mais marcantes para o Brasil do século XVIII. Sobre essa conjuntura, é correto afirmar: (01) A descoberta de jazidas de ouro no Brasil foi providencial aos interesses de Portugal, pois liberou a metrópole européia de parte de sua dependência em relação à Inglaterra. (02) Os comerciantes portugueses residentes no Brasil não detinham privilégios de monopólio comercial, visto que o Tratado de Methuen também abriu o mercado brasileiro às companhias holandesas e italianas. (04) A política colonial portuguesa aplicada no século XVIII impediu o crescimento do mercado interno e o processo de urbanização no Brasil. (08) A partir da segunda metade do século XVIII, a produção aurífera brasileira entrou em declínio, em função do esgotamento das minas. (16) Os negros, principal mão-de-obra da economia do ouro, construíram igrejas e criaram irmandades em que buscavam assistência e visibilidade social. (32) Com a economia do ouro, a sociedade brasileira tornou-se mais complexa, dando oportunidade ao surgimento de camadas médias da população, formadas por funcionários, profissionais liberais, artesãos e comerciantes. Soma ( ) 82. (Ufrn) No século XVIII, teve início a exploração da região mineradora no Brasil, provocando transformações importantes na economia colonial, tais como o(a)

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a) desenvolvimento de um intenso mercado interno na colônia, dinamizado por comerciantes e tropeiros atraídos pela chance de enriquecimento. b) criação de um grande centro produtor de manufaturas, na zona aurífera, o qual fornecia produtos para o consumo das outras capitanias. c) valorização da moeda local, possibilitando, à Coroa portuguesa, obter um grande aumento da arrecadação tributária que pesava sobre a colônia. d) investimento de capitais estrangeiros na atividade agroexportadora açucareira, para fazer frente ao rápido processo de crescimento da mineração. 83. (Ufrn) No período Moderno, a Europa era caracterizada por ter uma sociedade aristocrática. Em razão disso, com a implantação do sistema colonial luso-espanhol no Novo Mundo, criaram-se relações de cunho aristocrático, que podem ser identificadas na a) formação de uma nobreza colonial baseada na miscigenação entre o europeu e as famílias descendentes dos altos governantes nativos. b) constituição de um grupo de comerciantes exportadores de açúcar, beneficiados pela isenção de pagamento de impostos à metrópole. c) ampliação do poder dos latifundiários, com autoridade garantida pelo domínio econômico e militar, para assegurar seus privilégios. d) consolidação dos privilégios de uma elite, em razão das atividades manufatureiras, que alimentavam o comércio local e o regional. 84. (Ufrrj) "Coloquemo-nos naquela Europa anterior ao século XVI, isolada dos trópicos, só indireta e longinquamente acessíveis e imaginemo-la, como de fato estava, privada quase inteiramente de produtos que se hoje, pela sua banalidade, parecem secundários, eram então prezados como requintes de luxo. Tome-se o caso do açúcar, que embora se cultivasse em pequena escala na Sicília, era artigo de grande raridade e muita procura; até nos enxovais de rainhas ele chegou a figurar como dote precioso e altamente prezado." (PRADO Jr., Caio. "Formação do Brasil contemporâneo". São Paulo, Brasiliense, 1961.) A colonização do Brasil, a partir do século XVI, permitiu à Coroa Portuguesa usufruir das vantagens trazidas pelas riquezas tropicais. Caracterizam a economia colonial brasileira: a) o monopólio comercial, a monocultura de exportação, o trabalho escravo e o predomínio das grandes propriedades rurais. b) o livre comércio, a indústria do vestuário, o trabalho livre e o predomínio das pequenas propriedades rurais. c) o liberalismo econômico, o trabalho assalariado, a monocultura canavieira e o predomínio das grandes propriedades rurais. d) o exclusivo colonial, o trabalho escravo, a exportação de ferro e aço e o predomínio das pequenas propriedades rurais. e) o monopólio comercial, o trabalho assalariado, a produção para o mercado interno e o predomínio das grandes propriedades rurais. 85. (Ufrrj)

A COLÔNIA BRASILEIRA - ECONOMIA E DIVERSIDADE POSSE DE ESCRAVOS DE ACORDO COM A ATIVIDADE PRODUTIVA CAPITANIA DA PARAÍBA DO SUL - ANO DE 1785 Adaptado de REIS, Manoel Martins do Couto. Descrição Geográfica, política e cronológica do distrito de Campos do Goitacazes. Campos de Goitacazes, arquivo (particular) de Arthur Soffrati, 1785. (Manuscrito) O quadro acima permite compreender a utilização da mão-de-obra escrava na atividade agropecuária no Brasil Colônia. Lendo-o atentamente, conclui-se que a) a importância dos engenhos de cana-de-açúcar demonstrava-se na região do Paraíba do Sul pela maior utilização proporcional e total de escravos. b) os lavradores de cana e mandioca detinham a maior parte das propriedades e dos escravos da região. c) a região de Paraíba do Sul apresentava um baixo índice de trabalhadores escravos em relação ao total de mão-de-obra utilizada. d) a atividade econômica da região estava centrada no plantio da mandioca com baixa utilização de trabalhadores escravos. e) dos criadores de gado da região, a maioria usava escravos, mas em pouca quantidade comparada às outras atividades econômicas. 86. (Ufrs) Dentre as características listadas a seguir, assinale aquela que NÃO está relacionada ao período colonial brasileiro. a) Propriedade agrária baseada no latifúndio b) Predominância da mão-de-obra escrava c) Agricultura em regime de monocultura d) Comércio subordinado à metrópole portuguesa e) Estímulo ao desenvolvimento das manufaturas

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87. (Ufrs) Leia o documento a seguir. CARTA DE DUARTE COELHO AO REI DE PORTUGAL, DOM JOÃO III, (Olinda, 27 de abril de 1542.) "Senhor: Pelo Capitão dos navios que daqui mandei o mês de setembro passado, dei conta a Vossa Alteza de minha viagem e chegada a esta Nova Lusitânia e do que aqui era passado. Depois meti-me, Senhor, a dar ordem ao sossego e paz da terra, com dádivas a uns e apaziguando a outros, porque tudo é necessário. E assim dei ordem a se fazerem engenhos de açúcares que de lá trouxe contratados, fazendo tudo quanto me requereram e dando tudo o que me pediram, sem olhar a proveito nem interesse algum meu, mas a obra ir avante, como desejo. Temos grande soma de canas plantadas, todo o povo, com todo trabalho que foi possível, e dando a todos a ajuda que a mim foi possível, e cedo acabaremos um engenho muito grande e perfeito, e ando ordenando a começar outros. (...). Quanto, Senhor, às coisas do ouro, nunca deixo de inquirir e procurar sobre elas, e cada dia se esquentam mais as novas; mas, como sejam longe daqui pelo meu sertão adentro, e se há de passar por três nações de muito perversa e bestial gente, e todas contrárias uma das outras, há de realizar-se esta jornada com muito perigo e trabalho, para a qual me parece, e assim a toda a minha gente, que se não pode fazer senão indo eu; (... ). Isto, Senhor, tenho assentado e mandado aí buscar coisas necessárias para a jornada e alguns bons homens, porque é necessário deixar aqui tudo provido e a bom recado, por todas as vias, em especial por os franceses, os quais, se sentirem não estar eu na terra, começarão a fazer suas velhacarias, pois há quatorze dias aqui quiseram fazer o que costumavam, mas não puderam. Mando a Vossa Alteza a notícia disso para que a veja, se for necessário." A partir das informações contidas na Carta de Duarte Coelho, torna-se possível identificar algumas das principais práticas mercantilistas portuguesas na América. Três delas foram a) a produção de gêneros tropicais de exportação, o metalismo e a manutenção do exclusivo colonial. b) a produção de gêneros tropicais de exportação, o metalismo e o livre comércio com as nações amigas. c) a produção de gêneros tropicais para o mercado interno, o liberalismo e a manutenção do exclusivo colonial. d) a produção de gêneros tropicais para o mercado interno, a utilização do trabalho compulsório e o livre comércio com as nações amigas. e) a produção de gêneros tropicais de exportação, o liberalismo e a manutenção do ideal cruzadista. 88. (Ufsc) "Se vamos à essência de nossa formação, veremos que na realidade nos constituímos para fornecer açúcar, tabaco, alguns outros gêneros; mais tarde ouro e diamantes, depois algodão e, em seguida, café para o comércio europeu. Nada mais que isto. É com tal objetivo, objetivo exterior, voltado para fora do país e sem atenção que não fosse o interesse daquele comércio, que se organizarão a sociedade e a economia brasileiras (...)". Caio Prado Júnior, in Formação do Brasil Contemporâneo". São Paulo, Brasiliense, 1979. Segundo o texto, é CORRETO afirmar que 01. o processo de colonização do Brasil atendeu unicamente aos interesses europeus. 02. a economia do Brasil Colônia foi subsidiária da economia européia. 04. a produção de manufaturados da Colônia atendia ao mercado interno; a de produtos agrícolas abastecia os mercados europeus. 08. a colonização do Brasil teve como objetivo a exploração dos recursos naturais, sem a preocupação de criar condições para o desenvolvimento da Colônia. 89. (Ufsc) A lavoura de cana-de-açúcar tornou-se, no século XVII, a base da economia brasileira. Sobre a lavoura canavieira e suas conseqüências, é VERDADEIRO: 01. O engenho era a unidade de produção. Compreendia, além das instalações usadas para produzir açúcar, a casa-grande, a capela e a senzala. 02. A mão-de-obra predominante era a do trabalhador escravo. Este, reduzido à condição de coisa, era tratado e marcado com fogo como animal. Podia ser vendido ou castigado. 04. A sociedade que se organizou, na época de apogeu do cultivo de cana-de-açúcar, possuía um caráter aristocrático. Embora fosse grande a mobilidade social, era muito difícil para um escravo tornar-se trabalhador livre e este transformar-se em senhor de engenho. 08. A família, que se formou nesta época, era patriarcal. A mulher, os filhos e todos os que rodeavam o senhor de engenho a ele temiam e obedeciam. 16. O crescimento da lavoura de cana-de-açúcar teve, entre outras conseqüências, o desenvolvimento da lavoura de subsistência e da pecuária. 32. A mineração foi uma atividade dependente da lavoura canavieira, uma vez que o ouro produzido era utilizado para pagar as importações dos insumos (ferramentas, mão-de-obra) necessários ao cultivo da cana. Soma ( ) 90. (Ufsc) El Rei, Nosso Senhor, atendendo as representações dos moradores das Ilhas dos Açores, que têm pedido mandar tirar delas o número de casais que for servido transportá-los à América, donde resultará às ditas ilhas grande alívio em não ver padecer os seus moradores, reduzidos aos males que traz consigo a indigência em que vivem, e ao Brasil um grande benefício em povoar de cultores alguma parte dos vastos domínios [...] foi servido [...] fazer mercê aos casais das ditas ilhas que quiserem se estabelecer no Brasil de lhes facilitar o transporte e estabelecimento, mandando-os transportar à custa de sua Real Fazenda [...] não sendo homens de mais de 40 anos e não sendo as mulheres de mais de 30; e logo que chegarem [...] a cada mulher que para ele for das Ilhas, de mais de 12 anos e de menos de 25, casada ou solteira [...] se darão 2$400 réis de ajuda [...] e aos casais que levaram filhos se lhes darão por de os vestir mil réis por cada filho [...] e se dará a cada casal uma espingarda, 2 enxadas, 1 enxó, 1 martelo, 1 facão, 2 facas, 2 tesouras, 2 verrumas e 1 serra [...] 2 alqueires de sementes, 2 vacas, 1 égua [...]. Apud CABRAL, Oswaldo R. - Os açorianos. "Anais do Primeiro Congresso de História Catarinense". Florianópolis: Imprensa Oficial, 1950. De acordo com o texto anterior, assinale a(s) proposição(ões) VERDADEIRA(S): 01. Os habitantes das Ilhas de Açores foram forçados, por determinação real, a virem para o Brasil habitar os domínios portugueses. 02. O texto nos permite perceber o interesse de Portugal em promover o desenvolvimento de uma indústria nas terras do Brasil Meridional, uma vez que prometia capital, ferramentas e máquinas para os que aqui viessem se estabelecer. 04. Entre os objetivos do governo português, como podemos perceber no texto, estava o povoamento do território brasileiro. 08. No documento, o governo português estabelecia condições da imigração para o Brasil. Não seriam aceitos homens com idade superior a quarenta anos e restringia-se a vinda de mulheres, a menos que fossem casadas e tivessem filhos. 16. Entre os incentivos para a vinda dos açorianos para o Brasil estavam as promessas do pagamento de uma ajuda de custo e de utensílios, ferramentas e animais. 32. Entre os fatores da vinda de açorianos para o Brasil, segundo o texto, estava a pobreza dos habitantes daquelas ilhas.

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91. (Ufscar) Sobre a economia e a sociedade do Brasil no período colonial, é correto relacionar a) economia diversificada de subsistência, grande propriedade agrícola e mão-de-obra livre. b) produção para o mercado interno, policultura e exploração da mão-de-obra indígena no litoral. c) capitalismo industrial, exportação de matérias-primas e exploração do trabalho escravo temporário. d) produção de manufaturados, pequenas unidades agrícolas e exploração do trabalho servil. e) capitalismo comercial, latifúndio monocultor exportador e exploração da mão-de-obra escrava. 92. (Ufscar) A respeito da ocupação do território brasileiro, foram feitas as quatro observações seguintes: I. iniciou-se pela nascente do rio Amazonas. II. seguiu os cursos dos rios em direção ao interior. III. foi decorrência da penetração do gado, da busca de metais preciosos e da exploração de drogas do sertão. IV. significou a criação de vilas e cidades na região do planalto central. Pode-se afirmar que estão corretas: a) I e II, apenas. b) I, II e III, apenas. c) I, II, III e IV. d) II e III, apenas. e) III e IV, apenas. 93. (Ufsm) "O monopólio do comércio das colônias pela metrópole define o sistema colonial porque é através dele que as colônias preenchem sua função histórica, isto é, respondem aos estímulos que lhes deram origem, que formam a sua razão de ser, enfim, que lhes dão sentido." (NOIVAS, Fernando A. O Brasil nos quadros do Antigo Sistema Colonial. In: MOTA, Carlos Guilherme(org.). BRASIL EM PERSPECTIVA. São Paulo: Difel.) O texto expressa a situação do Brasil no chamado Pacto Colonial. Sobre isso, pode-se dizer que a) a colonização do Brasil se inseriu nos quadros da expansão imperialista mundial e constituiu um importante pilar de sustentação do Estado colonial. b) a colonização foi, em sua essência, motivada pelo interesse do Estado e dos grupos dominantes em adquirir e acumular metais preciosos e terras e em conquistar mercados. c) o pacto transformava a economia colonial numa economia central cuja função era gerar riquezas para a economia periférica metropolitana. d) o pacto favorecia os senhores feudais da metrópole que, recebendo dos colonos os privilégios do monopólio, apropriavam-se do extraordinário lucro gerado pela industrialização das colônias. e) a colônia era estimulada a produzir mercadorias manufaturadas, o que promovia o desenvolvimento do mercado interno e a acumulação de capital comercial pela burguesia mercantil nacional. 94. (Ufv) O sistema de colonização introduzido no Brasil pelos portugueses baseou-se fundamentalmente: a) no monopólio do comércio pelo Estado português, assegurando, assim, a máxima lucratividade para os empresários metropolitanos. b) no desenvolvimento de produtos tropicais para satisfação do mercado interno consumidor. c) na exploração econômica da terra, com sua divisão em pequenos lotes chamados de feitorias. d) no povoamento da terra pelos excedentes demográficos da Europa, semelhante ao esforço colonizador empreendido nas Américas. e) no trabalho da mão-de-obra européia assalariada, para garantir a maior produtividade da área plantada e atender aos interesses da colônia. 95. (Unb) A grande lavoura, no Brasil colonial, organizou-se para oferecer em grande escala, para o exterior, gêneros tropicais produzidos em quantidade ínfima na Europa. A exploração agrária, por esse motivo, manteve as características condicionadas pelos objetivos mercantis. Com o auxílio dessas informações, julgue os itens a seguir: (1) Na grande lavoura colonial, que veio a se tornar parte da estrutura da formação social e econômica brasileira, o latifúndio foi a saída para a obtenção de avultada quantidade de produtos com baixo custo de produção. (2) O sistema de donatários permitiu incrementar a transferência de imigrantes, à medida que governo português tornou disponíveis recursos financeiros e extensões consideráveis de terra no Brasil para os interessados. (3) Os "objetivos mercantis" mencionados no texto estavam enquadrados na lógica do capital industrial; ou seja, a produção de matérias-primas nas colônias deveria, sobretudo, reduzir o custo de vida na Europa. (4) A exploração colonial fez parte de um conjunto de relações que envolveram o declínio da aristocracia fundiária européia, o fortalecimento das monarquias nacionais centralizadas e a ascensão da burguesia mercantilista das metrópoles. 96. (Unesp) O açúcar e o ouro, cada qual em sua época de predomínio, garantiram para Portugal a posse e a ocupação de vasto território, alimentaram sonhos e cobiças, estimularam o povoamento e o fluxo expressivo de negros escravos, subsidiaram e induziram atividades intermediárias; foram fatores decisivos para o relativo progresso material e certa opulência barroca, além de contribuírem para o razoável florescimento das artes e das letras no período colonial. Apesar desta ação comum ou semelhante, a economia aurífera colonial avançou em direção própria e se diferenciou das demais atividades, principalmente porque: a) não teve efeito multiplicador no desenvolvimento de atividades econômicas secundárias junto às minas e nas pradarias do Rio Grande. b) interiorizou a formação de um mercado consumidor e propiciou surto urbano considerável. c) o ouro brasileiro, sendo dependente do mercado externo, não resistiu à influência exercida pela prata das minas de Potosi. d) representou forte obstáculo às relações favoráveis à Metrópole e não educou o colonizado para a luta contra a opressão do colonizador. e) as bandeiras não foram além dos limites territoriais estabelecidos em Tordesilhas, apesar dos conflitos com os jesuítas e da ação cruel contra os indígenas do sertão sul-americano.

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97. (Unesp) "Já se verificando nesta época a diminuição dos produtos das Minas, viu-se o capitão Bom Jardim obrigado a voltar suas vistas para a agricultura (...) Seus vizinhos teriam feito melhor se tivessem seguido exemplo tão louvável em vez de desertar o país, quando o ouro desapareceu." (John Mawe. "Viagens ao Interior do Brasil, principalmente aos Distritos do Ouro e Diamantes".) Segundo as observações do viajante inglês, os efeitos imediatos da decadência da extração aurífera em Minas Gerais foram a) a esterilização do solo mineiro e a queda da produção agropecuária. b) a crise econômica e a consolidação do poder político das antigas elites mineiras. c) a instalação de manufaturas e a suspensão dos impostos sobre as riquezas. d) a conversão agrícola da economia e o esvaziamento demográfico da província. e) a interrupção da exploração do ouro e a decadência das cidades. 98. (Unirio) A história econômica e social do Brasil Colonial está pontilhada de crises de abastecimento que podem ser explicadas por: a) desvio da produção de alimentos para o consumo das tropas e abastecimento do Oriente. b) maior atenção e investimento nos setores extrativos da economia colonial, durante o primeiro século da colonização. c) predominância dos setores voltados para a produção de exportação. d) baixa produtividade das lavouras indígenas responsáveis pelo abastecimento das cidades. e) constantes ataques de piratas, que paralisavam a importação de gêneros alimentícios da Europa. 99. (Unirio) O desenvolvimento da economia mineradora no século XVII teve diferentes repercussões sobre a vida colonial, conforme se apresenta caracterizado numa das opções a seguir. Assinale-a. a) Incremento do comércio interno e das atividades voltadas para o abastecimento na região centro-sul. b) Movimento de interiorização conhecido como bandeirismo, responsável pelo fornecimento de mão-de-obra indígena para as minas. c) Descentralização da administração colonial para facilitar o controle da produção. d) Sufocamento dos movimentos de rebelião, graças à riqueza material gerada pelo ouro e pela prata. e) Retorno em massa, para a metrópole, dos colonos enriquecidos pela nova atividade. 100. (Unirio) ... a reprodução da economia colonial não é inteiramente comandada pelas variações conjunturais do mercado internacional; se isto é verdade, resta saber: o que influenciaria tal ritmo? Ao nosso ver, esta pergunta é respondida se considerarmos a Colônia como uma sociedade, com as suas estruturas e hierarquias econômicas e sociais. Em realidade, o ritmo da economia colonial seria comandado pela lógica e necessidades da reiteração da sociedade colonial. (FRAGOSO, João Luís Ribeiro. HOMENS DE GROSSA AVENTURA: ACUMULAÇÃO E HIERARQUIA NA PRAÇA MERCANTIL DO RIO DE JANEIRO (1790-1830). Rio de Janeiro, Arquivo Nacional, 1992, p. 243) Atualmente vários trabalhos vêm procurando realizar uma revisão sobre a estruturação da economia colonial brasileira. Assim, esses novos trabalhos contestam as teses do "sentido da colonização" e do "Antigo Sistema Colonial", as quais afirmam que a atividade colonizadora: a) previa o afrouxamento do exclusivo colonial como forma de cooptação política dos colonos, permitindo, desta forma, acumulações internas, embora fosse subordinada à expansão comercial européia. b) foi um desdobramento da expansão comercial européia e, nesse sentido, a realização da produção colonial dava-se na especialização para o abastecimento do mercado externo. c) foi pensada enquanto complementar a economia metropolitana, o que não significa dizer que os capitais investidos na produção colonial fossem exclusivamente da burguesia metropolitana e voltados para enriquecê-la. d) era dotada de ritmos próprios, os quais regulavam o sentido da produção colonial para uma transferência de excedentes para a metrópole, mas não para uma subordinação total desta economia ao capital mercantil europeu. e) não era totalmente regulada por uma transferência de excedentes para o mercado externo, sendo o sentido da colonização, deste modo, muito mais uma categoria de subordinação política do que econômica.

6 – Escravidão e Resistência dos Escravos na Colônia

QUESTÕES

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO (Ufpe) Na(s) questão(ões) a seguir escreva nos parênteses a letra (V) se a afirmativa for verdadeira ou (F) se for falsa. 1. Sobre os QUILOMBOS, pode-se afirmar: ( ) eram uma ameaça à ordem escravocrata e à economia do açúcar; neles, os negros fugidos dos engenhos tentavam reviver o modo de vida africano; ( ) durante a ocupação holandesa em Pernambuco os escravos, aproveitando a desorganização produzida pela guerra, fundaram vários quilombos; ( ) dois grandes líderes negros chefiaram quilombos em Pernambuco: Ganga Zumba e Zumbi; ( ) o bandeirante Domingos Jorge Velho, contratado pelo governo de Pernambuco, destrói o quilombo dos Palmares com o seu exército na primeira investida; ( ) o famoso batalhão de negros comandados pelo negro Henrique Dias também combateu o quilombo dos Palmares. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO (Ufpe) Na(s) questão(ões) a seguir escreva nos parênteses (V) se for verdadeiro ou (F) se for falso. 2. As pesquisas sociais contribuíram para o conhecimento crítico da realidade racial brasileira. Sobre a escravidão negra, no Brasil, podemos identificar alternativas verdadeiras e falsas.

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( ) O tráfico dos negros entre África e Brasil, dava-se em condições perigosas devido a possibilidade da Inglaterra capturar a "mercadoria", a partir de 1850. ( ) Os africanos introduzidos no Brasil, até o século XIX, provinham de várias regiões da África: Moçambique, Angola, Guiné, Congo, Mina e outras. ( ) Do milho ou da raiz do aipim fermentados, os negros extraíam uma bebida que, se ingerida em certa quantidade, provoca embriaguez. ( ) Na repressão ao quilombo dos Palmares, os bandeirantes foram utilizados como força militar da ordem colonial, mediante privilégios e pagamentos. ( ) Entre os vários castigos infligidos aos escravos, indicamos os mais comuns: o tronco, a gargalheira, o açoite e a amputação dos pés para os escravos fugidios. TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES. (Pucmg) O texto, do ano de 1612, refere-se ao período colonial brasileiro. Leia-o com atenção "Os bens dos vassalos deste Estado são engenhos, canaviais, roças ou sementeiras, gados, lenhas, escravos, que são o fundamento em que se estriba essa potência [...] porém a [posse] dos escravos é a mais considerável porque dela depende o remédio de todos os outros. Estes escravos hão de ser de Guiné, vindos das conquistas ou comércios de Etiópia, ou hão de ser da própria terra, ou de uns e de outros. [...] Os índios da terra, que parecem de maior facilidade, menos custo e maior número, como andam metidos com os religiosos aos quais vivem sujeitos de maravilha fazem serviço, nem dão ajuda aos leigos, que seja de substância [...]" (MORENO, Diogo de. Livro que dá razão do Estado do Brasil. Apud INÁCIO, Inês da C. e LUCA, Tania R. de. DOCUMENTOS DO BRASIL COLONIAL. São Paulo. Ática, 1993, p. 62-63) 3. Todas as afirmativas que se seguem têm relação com o texto, EXCETO: a) A mão-de-obra escrava foi indispensável para a produção de riquezas coloniais. b) O tráfico negreiro foi responsável, em grande parte, pelo abastecimento de escravos na Colônia. c) A riqueza do colonizador media-se pelo volume de suas propriedades, incluindo os escravos. d) A contribuição do trabalho dos indígenas foi mais substancial que o dos africanos. e) Os aldeamentos facilitaram a exploração, ainda que mais amena, da força de trabalho do índio. 4. Assinale a afirmativa que sintetiza a lógica dos empreendimentos coloniais em relação ao trabalho: a) A mão-de-obra indígena era mais facilmente obtida por ser menos dispendiosa e pela grande quantidade de índios disponíveis na própria Colônia. b) A necessidade de grandes contingentes de trabalhadores levou os portugueses a recorrerem ao trabalho indígena. c) A questão da mão-de-obra foi um problema constante no período, conduzindo à escravização de índios e africanos. d) A escravização do gentio constitui-se numa questão polêmica que contrapôs, freqüentemente, lavradores e missionários. e) O trabalho compulsório mostrou-se o mais adequado ante as diretrizes mercantilistas de ocupação e exploração coloniais. 5. Escravos do mundo, uni-vos! - conclamaria algum Marx daqueles tempos, CONVOCAÇÃO QUE VIRIA A ECOAR TAMBÉM EM NOSSO PALMARES, TANTOS SÉCULOS DEPOIS. Na frase em destaque, o autor faz referência a) à existência dos quilombos no Brasil, cuja origem estava relacionada à construção de refúgios, pelos brancos pobres da colônia, para proteger os escravos. b) ao movimento socialista desencadeado pelos negros brasileiros a partir da abolição do tráfico de escravos, em 1850. c) à luta dos escravos brasileiros contra o trabalho compulsório, simbolizada na resistência dos negros, índios e brancos que viviam em um quilombo na região Nordeste. d) ao levante dos escravos malês, que eram seguidores da religião islâmica, contra suas condições de vida e trabalho, na cidade de Salvador, em 1835. e) às revoltas dos escravos pernambucanos, que exigiam o direito de retornar para sua cidade natal, na região africana de Palmares. 6. (Cesgranrio) No Brasil, o quilombo foi uma das formas de resistência da população escrava. Sobre os quilombos no Brasil, é correto afirmar que o(a): a) maior número de quilombos se concentrou na região nordeste do Brasil, em função da decadência da lavoura cafeeira, já que os fazendeiros, impossibilitados de sustentar os escravos, incentivavam-lhes a fuga. b) maior dos quilombos brasileiros, Palmares, foi extinto a partir de um acordo entre Zumbi e o governador de Pernambuco, que se comprometeu a não punir os escravos que desejassem retornar às fazendas. c) existência de poucos quilombos na região norte pode ser explicada pela administração diferenciada, já que, no Estado do Grão-Pará e Maranhão, a Coroa Portuguesa havia proibido a escravidão negra. d) quase inexistência de quilombos no sul do Brasil se relaciona à pequena porcentagem de negros na região, o que também permitiu que lá não ocorressem questões ligadas à segregação racial. e) população dos quilombos também era formada por indígenas ameaçados pelos europeus, brancos pobres e outros aventureiros e desertores, embora predominassem africanos e seus descendentes. 7. (Faap) Os principais portos de desembarque de negros no Brasil foram: a) Santos, Vitória e Belém b) Salvador, Recife e Rio de Janeiro c) Rio Grande e Fortaleza d) Espírito Santo e Porto Alegre e) nas ilhas atlânticas portuguesas

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8. (Faap) A escravidão negra foi introduzida pela primeira vez pelos portugueses: a) no Brasil b) na Índia c) na Capitania de São Vicente d) nas ilhas atlânticas portuguesas e) na ilha de Fernando de Noronha 9. (Fatec) Durante o Período Colonial brasileiro, a mão-de-obra do negro africano substituiu, progressivamente, a indígena. Isso se deveu: a) ao fato dos portugueses já utilizarem, há muito, o trabalho escravo negro no sul de Portugal e nas ilhas do Atlântico. b) à inabilidade do indígena para o trabalho agrícola e sedentário. c) à reduzida e dispersa população pré-colombiana comparada com a grande oferta de mão-de-obra negra africana. d) ao fato dos negros africanos já aceitarem passivamente o trabalho na lavoura e na mineração do Brasil. e) aos interesses dos traficantes negreiros e de Portugal neste ramo de comércio colonial, altamente lucrativo. 10. (Fgv) "Oh, se a gente preta tirada das brenhas da sua Etiópia, e passada ao Brasil, conhecera bem quanto deve a Deus e a Sua Santíssima Mãe por este que pode parecer desterro, cativeiro e desgraça, e não é senão milagre, e grande milagre!" VIEIRA, Padre Antônio. Sermão XIV. Apud: ALENCASTRO, Luiz Felipe de, "O Trato dos Viventes". São Paulo: Companhia das Letras, 2000, p. 183. Sobre a escravidão no Brasil no período colonial, é correto afirmar: a) O tráfico de escravos no século XVIII era realizado por comerciantes metropolitanos e por "brasílicos" que saíam do Rio de Janeiro, Bahia e Recife com mercadorias brasileiras e realizavam trocas bilaterais com a África. b) A produção econômica colonial era agroexportadora, baseada na concentração fundiária e no uso exclusivo do trabalho escravo. c) O tráfico de escravos para o Brasil, no século XVIII, era realizado exclusivamente por comerciantes metropolitanos. A oferta de mão-de-obra escrava era contínua e a baixos custos. d) O tráfico de escravos no século XVIII era realizado apenas por comerciantes "brasílicos". A oferta de mão-de-obra, contudo, era descontínua e a altos custos. e) O século XVII marcou o auge do tráfico de escravos no Brasil, para atender à demanda do crescimento dos engenhos de açúcar, com uma oferta contínua e a altos custos. 11. (Fuvest) "Angola, Congo, Benguela Monjolo, Cabinda, Mina Quiloa, Rebolo" (Jorge Ben, África/Brasil-Zumbi) O texto refere-se a. a) colônias holandesas de exploração na África do século XVI ao século XVIII. b) grupos africanos escravizados e trazidos para o Brasil durante a colonização. c) reinos africanos que se rebelaram contra a colonização portuguesa na época da independência do Brasil. d) comunidades livres formadas por escravos fugitivos. e) países africanos atuais que mantêm estreitos vínculos com a cultura brasileira. 12. (Fuvest) O tráfico de negros para o Brasil foi importante elemento de: a) acesso a mão-de-obra de baixa rentabilidade econômica. b) estímulo ao comércio de índios enviados para Portugal. c) lucratividade, favorecendo a acumulação de capitais na metrópole. d) incentivo à produção de manufaturas para o mercado interno. e) predomínio da agricultura de subsistência e da policultura. 13. (Fuvest) Na engrenagem do sistema mercantilista de colonização do Brasil, fez-se opção pela mão-de-obra africana porque o tráfico negreiro: a) contribuía para o apresamento indígena como negócio interno da colônia. b) estimulava a utilização de mão-de-obra de fácil acesso e baixa rentabilidade econômica. c) atendia às pressões exercidas pelos ingleses em relação à troca da produção açucareira pelo fornecimento de negros. d) abria novo e importante setor do comércio para os mercadores metropolitanos. e) era elemento fundamental no processo de expansão econômica do mercado interno brasileiro. 14. (Fuvest) Entre as várias formas de resistência do negro ao regime escravista no Brasil Colonial encontramos os quilombos. Palmares, o maior exemplo de grande quilombo, possuía uma organização econômica que apresentava as seguintes características: a) agricultura policultora como principal atividade, organizada com base num sistema de sesmarias semelhante ao dos engenhos, que visava o consumo local e a comercialização do excedente. b) agricultura monocultora, que visava a comercialização, a caça, pesca, coleta e criação de gado para o consumo interno. c) agricultura policultora realizada em pequenos roçados das famílias, e um sistema de trabalho cooperativo que produzia excedentes comercializados na região, além da extração vegetal e da criação para a subsistência. d) atividades extrativas, pecuária bovina e caprina para atender o consumo local, e fabricação de farinha, aguardente e azeite para a comercialização. e) criação de animais, caça, pesca e coleta para a subsistência, e agricultura monocultora que concorria com a produção dos engenhos. 15. (Fuvest) No Brasil colonial, a escravidão caracterizou-se essencialmente a) por sua vinculação exclusiva ao sistema agrário exportador. b) pelo incentivo da Igreja e da Coroa à escravidão de índios e negros. c) por estar amplamente distribuída entre a população livre, constituindo a base econômica da sociedade. d) por destinar os trabalhos mais penosos aos negros e os mais leves aos índios. e) por impedir a emigração em massa de trabalhadores livres para o Brasil.

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16. (Fuvest) Quanto à utilização da mão-de-obra durante o primeiro século da colonização, na região Nordeste do Brasil, pode-se afirmar que a) o escravo africano foi utilizado, preponderantemente, desde a fase do escambo do pau-brasil; b) as tribos tupis realizavam o comércio das madeiras com os franceses, ao passo que aimorés e os nagôs plantavam gêneros alimentícios para os jesuítas e colonos; c) desde o final do século XVI até o início do XVII, negros e indígenas coexistiam nas propriedades açucareiras realizando, por vezes, tarefas diferenciadas; d) as principais atividades econômicas nesse período tinham como base o trabalho familiar e a mão-de-obra livre; e) a falência do escambo do pau-brasil redundou em utilização exclusiva do indígena na cultura açucareira e na criação do gado, até o final do século XVI. 17. (Fuvest) Segundo as pesquisas mais recentes, pode-se afirmar, em relação aos quilombos coloniais brasileiros, que os mesmos: a) distinguiam-se pelo isolamento, pela marginalização, sem nenhum vínculo com os arredores que os cercavam; b) eram de caráter predominantemente agrícola, sobrevivendo do que plantavam e do que teciam; c) eram habitados exclusivamente por escravos fugidos, constituindo-se em verdadeiros Estados teocráticos; d) dedicavam-se, alguns, à agricultura, outros, à mineração, outros, ainda, ao pastoreio, articulando-se com os núcleos vizinhos através do comércio; e) existiram apenas durante o século XVII, tendo Palmares como eixo central. 18. (Fuvest) Um número considerável de alforrias, a existência de um comércio ilícito, uma grande quantidade de tributos e uma inflação considerável são alguns dos traços que caracterizavam: a) a sociedade colonial brasileira às vésperas da Independência; b) a economia paulista no auge do século XVII; c) Pernambuco na segunda metade do século XVI; d) as missões jesuíticas do Norte; e) a sociedade mineira do século XVIII. 19. (Fuvest) Durante o período colonial, o Estado português deu suporte legal a guerras contra povos indígenas do Brasil, sob diversas alegações; derivou daí a guerra justa, que fundamentou: a) o genocídio dos povos indígenas, que era, no fundo, a verdadeira intenção da Igreja, do Estado e dos colonizadores. b) a criação dos aldeamentos pelos jesuítas em toda a colônia, protegendo os indígenas dos portugueses. c) o extermínio dos povos indígenas do sertão quando, no século XVII, a lavoura açucareira aí penetrou depois de ter ocupado todas as áreas litorâneas. d) a escravização dos índios, pois, desde a antigüidade, reconhecia-se o direito de matar o prisioneiro de guerra, ou escravizá-lo. e) uma espécie de "limpeza étnica", como se diz hoje em dia, para garantir o predomínio do homem branco na colônia. 20. (Fuvest) No Brasil, os escravos 1. trabalhavam tanto no campo quanto na cidade, em atividades econômicas variadas. 2. sofriam castigos físicos, em praça pública, determinados por seus senhores. 3. resistiam de diversas formas, seja praticando o suicídio, seja organizando rebeliões. 4. tinham a mesma cultura e religião, já que eram todos provenientes de Angola. 5. estavam proibidos pela legislação de efetuar pagamento por sua alforria. Das afirmações apresentadas, são verdadeiras apenas a) 1, 2 e 4. b) 3, 4 e 5. c) 1, 3 e 5. d) 1, 2 e 3. e) 2, 3 e 5. 21. (Fuvest-gv) A escravidão indígena adotada no início da colonização do Brasil foi progressivamente abandonada e substituída pela africana entre outros motivos, devido: a) ao constante empenho do papado na defesa dos índios contra os colonos. b) à bem-sucedida campanha dos jesuítas em favor dos índios. c) à completa incapacidade dos índios para o trabalho. d) aos grandes lucros proporcionados pelo tráfico negreiro aos capitais particulares e à Coroa. e) ao desejo manifestado pelos negros de emigrarem para o Brasil em busca de trabalho. 22. (G1) O Quilombo dos Palmares passou para a história como símbolo da resistência negra, sediado na Serra da Barriga, no atual Estado de Alagoas. Esta experiência existiu porque: a) os holandeses dominaram o Nordeste e não tinham interesse no escravo africano. b) os paulistas começaram a apresar o índio e a vendê-lo para as lavouras, suprimindo o braço escravo. c) as invasões holandesas permitiram a fuga dos escravos negros porque desorganizavam as fazendas, nos primeiros tempos. d) a fuga era a única saída para os quilombos auxiliados pelos jesuítas. e) os escravos africanos foram estimulados pelos Bandeirantes, que pretendiam valorizar a mão-de-obra indígena. 23. (G1) A escravização do negro, pode ser explicada porque: a) os indígenas eram fracos e não suportavam o trabalho; b) a Igreja a considerava legítima e o tráfico negreiro era altamente lucrativo; c) os indígenas fugiam para as missões; d) os negros eram mais saudáveis que os indígenas; e) os indígenas resistiam à escravidão, organizando-se em quilombos.

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24. (G1) Das contribuições dos negros para a cultura brasileira, não podemos considerar: a) as religiões umbanda e candomblé; b) O samba e o frevo, entre outros ritmos; c) o bumba-meu-boi e a congada; d) palavras como Ubatuba, Jequitibá, Itaú, guaraná, tapioca, etc.; e) a feijoada, o vatapá, o acarajé. 25. (G1) "Jornada de trabalho, 12-18 horas; expectativa de vida, 10-15 anos; alojamento na senzala, dieta de farinha, feijão, aipim, às vezes melaço, peixe, charque." Este texto se refere à(s): a) Servidão feudal. b) Colônias imigrantes no Sul. c) Escravidão colonial no Brasil. d) Vida cotidiana nas fábricas do final do século XIX. e) Servidão indígena na lavoura açucareira. 26. (Mackenzie) As relações escravistas de produção marcaram o período colonial brasileiro. Sobre a utilização do trabalho escravo, podemos afirmar que: a) o trabalho negro era de baixa produtividade, mas a forte procriação remunerava os investimentos realizados na compra de escravos. b) a organização tribal dos negros africanos evitava o seu aprisionamento, constituindo-se em um empecilho para as trocas comerciais. c) articulava-se numa estrutura comercial onde a aquisição de escravos permitia o barateamento da produção de produtos tropicais. d) o trabalho escravo era economicamente menos rentável que o trabalho indígena, que possibilitava a existência de um mercado interno na colônia. e) os senhores de engenho brasileiros e a burguesia comercial intermediária favoreceram a acomodação inter-racial existente no Brasil-Colônia, possibilitando a organização dos negros. 27. (Mackenzie) "Em 1711, Antonil afirmava que os escravos eram as mãos e os pés dos senhores de engenho, porque, sem eles no Brasil, não é possível conservar, aumentar fazenda nem ter engenho corrente" Antonil - "Cultura e Opulência do Brasil" Sobre o trabalho e a resistência do negro à escravidão, é correto afirmar que: a) os escravos negros constituíam uma minoria nos canaviais, já que índios e trabalhadores livres eram responsáveis pelas plantations açucareiras. b) o engenho tinha no escravo negro a base de toda a produção; qualquer reação era punida violentamente. As fugas, os quilombos e a prática do suicídio eram evidências da resistência dos negros à escravidão. c) o negro só foi utilizado como mão-de-obra para a economia açucareira, não participando da mineração ou criação de gado que usaram, prioritariamente, trabalhadores livres. d) a escravidão no Brasil se revestiu de grande tolerância, mestiçagem e grandes oportunidades de ascensão social para o negro após a abolição. e) o negro era submisso, resignado, não reagia à escravidão, ao contrário dos indígenas; o tráfico negreiro não tinha importância para a economia da metrópole. 28. (Puc-rio) COM EXCEÇÃO DE UMA, as alternativas abaixo apresentam acontecimentos relacionados às formas de resistência dos escravos negros à dominação escravista na experiência histórica do Brasil, desde o século XVI. Assinale-a. a) Ocorrida em Salvador no ano de 1835, a revolta dos malês somava-se às revoltas escravas de 1814 e 1816 na Bahia, embora a elas não se comparasse em amplitude. b) Ao reivindicarem o direito de "brincar, folgar e cantar", por ocasião do levante no Engenho Santana de Ilhéus, em 1789, os escravos demonstravam que também lutavam por uma vida espiritual autônoma. c) Foi durante o período da ocupação holandesa no atual Nordeste que o quilombo dos Palmares consolidou sua posição de "Estado negro" encravado na colônia escravista. d) Surgido em terras de um abolicionista, o quilombo do Jabaquara constituiu-se em exemplo da complexa negociação social e política que distinguiu a resistência escrava nos anos finais da escravidão. e) A publicação do livro "O Abolicionismo", de Joaquim Nabuco, em 1883, constituiu-se em significativo libelo anti-escravista ao afirmar que o escravo e o senhor eram dois tipos contrários e, no fundo, os mesmos. 29. (Puccamp) " ... se dantes a servidão corrompia o homem livre, agora é a liberdade que corrompe o escravo..." A partir do texto pode-se afirmar que, no Brasil, a) a utilização do trabalhador livre, enquanto mão-de-obra especializada, foi provocada pela expansão do setor secundário. b) a presença do trabalhador livre, quando deixou de ser exceção, tornou-se forte elemento de dissolução do sistema escravista. c) o regime de parceria, quando gradativamente implantado, acelerou o processo de libertação de um grande contingente de escravos. d) em períodos de crise econômica o problema da mão-de-obra foi solucionado, parcialmente, com a transferência interna de escravos. e) o modelo escravista fortaleceu-se em decorrência de medidas de contenção de despesas provocadas, basicamente, pela imigração.

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30. (Puccamp) "Não se pode contar nem compreender a multidão de bárbaro gentio que a natureza semeou por toda esta terra do Brasil. (...) Deus permitiu que fossem contrários uns dos outros, e que houvesse entre eles grandes ódios e discórdias, porque se assim não fosse os portugueses não poderiam viver na terra nem seria possível conquistar tanta gente. Quando os portugueses começaram a povoar a terra, havia muitos deste índios pela costa junto das Capitanias. Porque os índios se levantaram contra os portugueses, os governadores e capitães os destruíram pouco a pouco, e mataram muitos deles. Outros fugiram para o sertão, e assim ficou a costa despovoada de gentio ao longo das capitanias." (Pero de Magalhães Gandavo. "Tratado da Terra do Brasil". São Paulo: Obelisco, 1964) O relato de Gandavo sobre os índios e as suas relações com os portugueses no Brasil é do século XVI. Sobre essas relações é correto afirmar que I. os portugueses e os índios praticaram genocídio, uns em relação aos outros; II. a empresa colonizadora portuguesa teve, também, um caráter militar; III. os índios resistiram ao domínio português; IV. os índios não defenderam as suas terras situadas no litoral. Estão corretas a) I, II, III e IV. b) I, II e IV, somente. c) III e IV, somente. d) II e III, somente. e) I e IV, somente. 31. (Pucmg) Durante a, vigência da escravidão negra no Brasil colônia, o poder senhorial sobre os escravos expressava-se, EXCETO: a) nos mecanismos de vigilância, incluindo a figura do feitor. b) na submissão absoluta do negro à escravidão. c) no estabelecimento das jornadas de trabalho. d) na construção ideológica da inferioridade do negro. e) no direito de castigar e premiar os cativos. 32. (Pucmg) "O universo religioso dos negros foi dilacerado no convívio colonial." (FERLINI, Vera L. A. "A Civilização do açúcar." São Paulo: Brasiliense, 1994, p.87) Confirmam essa afirmativa as opções a seguir, EXCETO: a) A integração do africano ao catolicismo dava-se, praticamente, à força. b) As manifestações da religiosidade africana eram reprimidas pelos órgãos de repressão. c) Os cultos africanos levavam o estigma de bruxaria e feitiçaria. d) A prática dos cultos negros, como os batuques, eram relegados à marginalidade. e) A imposição da religião do branco liquidou com o sincretismo religioso. 33. (Pucmg) Apesar dos esforços metropolitanos no sentido de evitar a escravização dos índios nas terras brasileiras, variados mecanismos foram utilizados pelos colonos para garantir a utilização da mão-de-obra nativa durante o período colonial. Dentre eles podemos destacar, EXCETO: a) o estabelecimento da condição de "administrado". b) as "guerras justas" travadas contra as tribos hostis. c) a ação missionária jesuítica, evangelizando o gentio. d) as expedições de apresamento realizadas pelos bandeirantes. 34. (Pucmg) Leia atentamente a afirmativa abaixo, escrita por Diogo de Campos Moreno, em 1612: "Os índios da terra, que parecem de maior facilidade, menos custo e maior número, como andam metidos com os religiosos aos quais vivem sujeitos [...] de maravilha fazem serviço, nem dão ajuda aos leigos, que seja de substância [...]." (Diogo de Campos Moreno. Livro que dá razão do Estado do Brasil (1612) APUD: INÁCIO, Inês da C. e DE LUCA, Tânia R. Documentos do Brasil Colonial. São Paulo: Ática,1993.p.63) Referente ao período colonial no Brasil, a afirmação revela, EXCETO: a) a preguiça dos índios aculturados na realização dos trabalhos coloniais. b) o processo de catequização e a submissão dos índios aos missionários. c) a utilização da força de trabalho indígena pelo clero e pelos coloniais. d) a abundância e o menor ônus do uso do trabalho dos índios nas atividades da colônia. 35. (Pucmg) A situação dos mulatos em Minas Gerais, no século XVIII, tem relação com: a) a estrutura social e demográfica que se apoiava firmemente sobre a base da escravidão africana. b) o desejo de homens, na ausência de herdeiros legítimos, de libertar seus filhos de mãe escrava. c) o respeito às leis e o cuidado de não cometer erros graves que colocassem em risco seus direitos. d) os esforços para restringir as alforrias e para proibir que mulatos herdassem propriedades. 36. (Pucpr) Em relação à mão-de-obra escrava no Brasil Colônia, é correto afirmar: a) A escravidão indígena foi substituída pela escravidão negra porque os indígenas não se adaptaram ao trabalho sistematizado no engenho de açúcar e no cultivo do café. b) A escravidão negra foi restrita ao Nordeste no século XVI e às áreas de cultivo do café no século XIX. c) A escravidão negra no século XVI foi predominante em São Paulo e no Paraná, onde a mão-de-obra escrava era utilizada no cultivo e produção do café. d) No Brasil a colonização portuguesa, ao contrário da colonização espanhola, não recorreu à escravidão indígena. e) Existiu tanto escravidão indígena quanto dos negros. A escravidão negra foi organizada em moldes empresariais e seu comércio garantia lucros para a metrópole.

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37. (Pucrs) Responder à questão, sobre a escravidão no Brasil, com base no texto abaixo. A BRECHA CAMPONESA "Um outro mecanismo de controle e manutenção da ordem escravista foi a criação de uma margem de economia própria para o escravo dentro do sistema escravista, a chamada 'brecha camponesa'. Ao ceder um pedaço de terra em usufruto e a folga semanal para trabalhá-la, o senhor aumentava a quantidade de gêneros disponíveis para alimentar a escravatura numerosa, ao mesmo tempo em que fornecia uma válvula de escape para as pressões resultantes da escravidão (...). O espaço da economia própria servia para que os escravos adquirissem tabaco, comida de regala uma roupinha melhor para mulher e filhos, etc. Mas, no Rio de Janeiro do século XIX, sua motivação principal parece ter sido o que apontamos como válvula de escape para as pressões do sistema: a ilusão de propriedade 'distrai' a escravidão e prende, mais do que uma vigilância feroz e dispendiosa, o escravo à fazenda. 'Distrai', ao mesmo tempo, o senhor do seu papel social, tornando-o mais humano aos seus próprios olhos. (...) Certamente o fazendeiro vê encher-se a sua alma de certa satisfação quando vê vir o seu escravo de sua roça trazendo o seu cacho de bananas, o cará, a cana, etc. (...) O sistema escravista - como qualquer outro - não poderia, evidentemente, viabilizar-se apenas pela força. "O extremo aperreamento desseca-lhes o coração', escreve o barão justificando a economia própria dos escravos, 'endurece-os e inclina-os para o mal. O senhor deve ser severo, justiceiro e humano'." REIS, João José & SILVA, Eduardo, In: MOTA, Myriam Becho & BRAICK, Patrícia Ramos. "História das cavernas ao terceiro milênio". São Paulo: Moderna, 1997, p.248. A chamada "brecha camponesa", de que tratam os autores do texto, refere-se a a) um pedaço de terra cedido em usufruto ao escravo, além de uma folga semanal para trabalhar na terra, de onde os negros podiam extrair gêneros extras para sua subsistência, como o tabaco, a banana, o cara, a comida de regalo, etc. b) um mecanismo de distração dos senhores, os quais passarão a produzir alguns gêneros para sua subsistência, criando, assim, uma válvula de escape contra as pressões do sistema. c) um mecanismo de distração para os escravos que, após passarem a semana inteira produzindo apenas cana-de-açúcar, em um dia da semana poderiam se dedicar ao plantio de outros gêneros, além de receberem uma pequena parcela da produção para seu próprio consumo. d) um mecanismo de controle e manutenção da ordem escravista, já que senhores e escravos podiam trabalhar conjuntamente, distraindo-se das tensões permanentes do sistema e amenizando as profundas diferenças sociais existentes entre eles. e) uma espécie de propriedade privada dos escravos, que possibilitava a estes produzir gêneros complementares para sua subsistência, suprindo também as necessidades alimentares de seu senhor, que trocava esses produtos por cana-de-açúcar. 38. (Pucrs) Considere as afirmativas a seguir sobre a sociedade brasileira no período colonial. I. A oposição senhor-escravo é uma das formas de explicar a ordenação social no período colonial, embora tenha existido o trabalho livre (assalariado ou não) mesmo nas grandes propriedades açucareiras e fazendas de gado. II. Os escravos trazidos da África pelos traficantes pertenciam a diferentes etnias e foram transformados em trabalhadores cativos empregados tanto nas atividades econômicas mais rentáveis (cana-de-açúcar e mineração) quanto nas atividades domésticas e urbanas. III. Os primeiros escravos foram os Tupis e os Guaranis do litoral, porém, à medida que se desenvolveu a colonização e se criaram missões jesuíticas, no final do século XVI, a escravização indígena extinguiu-se. IV. Os homens livres pobres (lavradores, vaqueiros, pequenos comerciantes, artesãos) podiam concorrer às Câmaras Municipais, pois não havia no Brasil critérios de nobreza ou de propriedade como os que vigoravam na metrópole portuguesa. Estão corretas as afirmativas a) I e II b) I, II e IV c) I e IV d) II e III e) III e IV 39. (Uece) Dentre as formas de reação coletiva dos negros africanos ao processo de escravização durante a colonização do Brasil, destaca-se a organização dos quilombos. Marque a opção correta a respeito dos quilombos. a) consistiam em paliçadas onde os ex-escravos, libertados pelos seus senhores, encontravam trabalho e apoio comunitário, já que a abolição não lhes garantiu emprego fixo. b) em toda a área colonial eles existiram, mas jamais chegaram a constituir um comunidade estável que estabelecesse contatos comerciais com as vilas. c) o Quilombo de Palmares foi o único que realmente resistiu às primeiras investidas dos "capitães do mato", apesar de não ter sobrevivido por mais de 5 anos. d) apesar de não ser o único, Palmares foi o mais importante dos quilombos, resistindo por décadas às investidas portuguesas durante o século XVII. 40. (Uece) Neste ano de 1996, comemoraram-se os 300 anos da morte de Zumbi, o líder maior do Quilombo de Palmares. Segundo as historiadoras Elza Nadai e Joana Neves, "o século XVI foi marcado por uma guerra sem tréguas aos quilombos de Palmares". Sobre a resistência negra à escravidão no Brasil, é correto afirmar que: a) a única vez em que os negros escravos se insurgiram contra a escravidão foi sob a liderança de Zumbi, que organizou a comunidade de Palmares b) além das revoltas e dos quilombos, os escravos cometiam assassinatos, crimes, suicídios, mutilações e outras formas de resistir à condição de escravo c) os quilombos, centros de resistência negra que se constituíam nos matos e nas florestas, não mantinham qualquer contato com as populações das vilas e reproduziam fielmente a estrutura social das tribos da África d) com exceção do quilombo de Palmares, a única forma de resistência encontrada pelos escravos foi o sincretismo religioso, em que conseguiam praticar sua religião ancestral

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41. (Uel) "Oh se a gente preta tirada das brenhas da sua Etiópia, e passada ao Brasil, conhecera bem quanto deve a Deus e à sua Santíssima Mãe por este que pode parecer desterro, cativeiro e desgraça e não é senão milagre e grande milagre!" (Antonio Vieira, 1633.) As palavras do Padre Vieira representam as inquietações e hesitações de autoridades régias, eclesiásticas e de colonos frente à mais emblemática rebelião de quilombos coloniais, o Quilombo de Palmares - o "Estado Negro" encravado no Brasil escravista. Sobre o tema, é correto afirmar: a) No Brasil as comunidades remanescentes dos quilombos foram aniquiladas e com elas também a tradição oral dos povos africanos. b) Vieira e outros jesuítas justificaram e defenderam a escravidão dos negros, combinando a idéia de missão com a de ordem escravista. c) As tropas locais, instruídas pelos jesuítas, negociaram pacificamente a rendição dos mocambos da Serra da Barriga. d) O insucesso das diversas expedições contra Palmares não alterou a política de prevenção contra fugas e ajuntamentos de fugitivos. e) A palavra "milagre" usada por Vieira significa o triunfo da libertação dos negros do cativeiro. 42. (Uem) Em meados do século XVII, o Padre Antonio Vieira, defendendo a necessidade de retomar os entrepostos portugueses de escravos no litoral africano, que se encontravam sob controle dos holandeses, afirmava que "sem Angola, não há negros e sem negros, não há Pernambuco". Em 1711, Antonil, em Cultura e Opulência do Brasil, dizia que "os escravos são as mãos e os pés do senhor de engenho, porque sem eles não é possível fazer, conservar e aumentar fazenda". A partir das informações acima, assinale a(s) alternativa(s) correta(s). 01) As citações dos dois autores demonstram que, desde o início da colonização, a escravidão do negro de origem africana foi alvo de contundentes contestações no Brasil. 02) Por aproximadamente três séculos, a resistência do africano à escravidão não encontrou eco entre os colonizadores de origem européia do Brasil. 04) Os trechos citados acima mostram que o colonizador considerava a escravidão fundamental para a continuidade da produção mercantil no Brasil Colonial. 08) Durante o denominado Ciclo do Ouro, a escravidão tornou-se muito mais branda no Brasil; em razão disso, no decorrer do século XVIII, houve uma significativa queda do número de escravos que fugiam para viver nos quilombos. 16) O controle da Holanda sobre os entrepostos de escravos na África acabou definitivamente com o fornecimento de escravos para o Brasil e obrigou a Princesa Isabel a determinar a abolição da escravidão no Brasil. 43. (Uerj) Desconhecendo as sociedades nativas, os europeus tinham a impressão de que os índios viviam "sem Deus, sem lei, sem rei, sem pátria, sem razão". (VAINFAS, Ronaldo (dir.). Dicionário do Brasil Colonial (1500-1808). Rio de Janeiro: Objetiva, 2000.) No Brasil, nos primeiros séculos de colonização, a imagem apresentada dos indígenas levou a uma oposição entre os missionários, principalmente os jesuítas, e os colonizadores. Esta oposição de projetos em relação aos indígenas está expressa, respectivamente, na seguinte alternativa: a) defesa da conversão e da liberdade x direito de escravização b) estabelecimento de alianças com tribos tupis x política de extermínio seletivo c) aceitação de costumes como a poligamia x imposição da cultura do conquistador d) emprego como trabalhadores livres x inserção socioeconômica como trabalhadores semilivres 44. (Ufc) Leia o texto abaixo. "A grande lavoura açucareira na colônia brasileira iniciou-se com o uso extensivo da mão-de-obra indígena. (...) Os engenhos do Recôncavo obtiveram força de trabalho indígena através de três métodos principais: escravização, escambo e pagamento de salários. (...) Na década de 1580, a legislação régia e a crescente eficácia dos jesuítas começou a criar problemas para os que desejavam obter trabalhadores indígenas por meio de resgate e 'guerra justa'." (SCHWARTZ, Stuart B. "Segredos Internos. Engenhos e escravos na sociedade colonial." São Paulo: Companhia das Letras, 1998, pp. 57-59.) A partir do texto acima, assinale a alternativa correta sobre a utilização da mão-de-obra dos indígenas nas grandes fazendas de açúcar, a) A escravização dos indígenas foi extinta no final do século XVI, razão pela qual os portugueses passaram a escravizar os africanos. b) As dificuldades para a escravização dos nativos e os lucros do tráfico negreiro levaram os portugueses a utilizar a mão-de-obra dos africanos. c) A escravização dos indígenas ocorria no interior dos aldeamentos jesuíticos, onde, ao lado da catequese, aprendiam o trabalho dos engenhos. d) Os jesuítas empreendiam uma intensa campanha contra a escravização dos indígenas, razão pela qual vieram para o Brasil no final do século XVIII. e) Os indígenas aceitaram o trabalho escravo e se acostumaram à vida com seus senhores, ao contrário dos negros africanos. 45. (Uff) Nos últimos anos, estudos acerca da escravidão têm revelado uma sociedade onde os negros, mesmo submetidos a condições subumanas, foram sujeitos de sua própria história. Sobre a atitude rebelde dos cativos, assegura-se que: a) Tarefas mal feitas e incompletas atestavam a veracidade dos argumentos sobre a ignorância dos escravos, o que impossibilitava a organização de movimentos rebeldes. b) A vigilância e fiscalização do feitor impediam a rebeldia, restringindo as alternativas de contestação à fuga e ao suicídio. c) As revoltas raramente ocorriam, pois, considerados mercadorias, os escravos se reconheciam como coisas e não como humanos.

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d) A rebeldia negra apoiou-se, sobretudo, na manutenção, por parte dos cativos, de seus valores culturais. e) O levante dos malês, em 1835, tinha forte conteúdo étnico, o que explica a excepcionalidade desse motim ocorrido na Bahia. 46. (Ufg) Leia o "Sermão da Sexagésima", do Padre Vieira. Para uma alma se converter por meio de um sermão, há de haver três concursos: há de concorrer o pregador com a doutrina, persuadindo; há de concorrer o ouvinte com o entendimento, percebendo; há de concorrer Deus com a graça, alumiando. Que coisa é a conversão de uma alma, senão entrar um homem dentro em si e ver-se a si mesmo. GOMES, Eugênio (Org.). "Vieira: Sermões". Rio de Janeiro: Agir, 1992. p. 120. [Adaptado]. O jesuíta Antônio Vieira fez sua carreira eclesiástica na Bahia. Esse sermão foi proferido em Lisboa no ano de 1655. Considerando os conflitos vividos na Colônia, o debate sobre a conversão se vinculava à a) capacidade do ouvinte para interpretar livremente as escrituras e, por meio do entendimento, concorrer à conversão de sua alma. b) defesa da cristianização do gentio, persuadindo o colono de que a prática da escravidão indígena deveria ser evitada. c) garantia da liberdade indígena, pois convertidos ao cristianismo seriam reconhecidos como portadores de direitos. d) supremacia da autoridade da Igreja perante o Estado na condução dos negócios na Colônia, definindo a primazia da ordem jesuítica. e) condenação a todas as formas de escravidão no mundo colonial, por meio da formação de uma consciência de si. 47. (Ufmg) Leia o texto adiante. "... Não castigar os excessos que eles [os escravos] cometem seria culpa não leve, porém estes [senhores] hão de averiguar antes, para não castigar inocentes, e se hão de ouvir os delatados e, convencidos, castigar-se-ão com açoites moderados ou com os meterem em uma corrente de ferro por mão própria e com instrumentos terríveis e chegar talvez aos pobres com fogo ou lacre ardente, ou marcá-los na cara, não seria para se sofrer entre os bárbaros, muito menos entre os cristãos católicos." (ANTONIL, André João. CULTURA E OPULÊNCIA DO BRASIL. 1711.) Esse texto, escrito por um padre jesuíta em 1711, pode ser relacionado à a) associação entre a escravidão e a moral cristã. b) condenação dos castigos aplicados aos escravos. c) oposição do clero católico à escravidão. d) regulamentação das relações entre senhores e escravos. 48. (Ufmg) Todas as alternativas apresentam afirmações corretas sobre a escravidão no Brasil, EXCETO a) O contingente de escravos era diversificado e abrigava conflitos em seu interior. b) O escravo foi sempre uma mercadoria cara, só acessível aos grandes senhores de terra. c) Os escravos de ganho realizavam serviços variados a mando do senhor visando à obtenção de benefícios. d) Um escravo, como qualquer outra mercadoria, podia ser objeto de compra, venda, empréstimo, doação ou penhora. 49. (Ufmg) Considerando-se a população escrava negra no Brasil até o final do século XVIII, é CORRETO afirmar que houve a) crescimento vegetativo constante, devido à ausência de qualquer tipo de controle de natalidade junto à população escrava. b) declínio progressivo da população negra alforriada, em razão da necessidade de se manter a mão-de-obra escrava. c) equilíbrio entre os escravos do sexo feminino e masculino, com o objetivo de garantir o crescimento da população cativa. d) necessidade de repor constantemente a mão-de-obra escrava com negros trazidos da África, para suprir uma forte demanda. 50. (Ufmg) Em pouco mais de cem anos, a ênfase passa do controle dos moradores para o dos escravos fugidos, do olhar metropolitano ao colonial, e uma figura central emerge: a do capitão-do-mato [...]. O termo capitão-do-mato já aparece em diversos documentos coloniais desde meados do século XVII [Contudo o cargo foi normatizado apenas no início do século XVIII.] Que terá acontecido no período que vai de meados do século XVII às primeiras décadas do século XVIII para que essa ocupação se estabelecesse tão firmemente na vida colonial? REIS, João José; GOMES, Flávio dos Santos (Orgs.). "Liberdade por um fio". São Paulo: Companhia das Letras, 1996. p.85. Considerando-se as informações desse texto, é CORRETO afirmar que o crescente fortalecimento do cargo de capitão-do-mato, entre meados do século XVII e início do século XVIII, se explica como conseqüência da a) interiorização da população em direção à área das drogas do sertão, o que resulta numa ocupação desordenada desses espaços produtivos por brancos e negros. b) explosão demográfica ocorrida na região das minas dos Goiases e de Cuiabá, que implica um adensamento populacional propício às desordens e violência, sobretudo as praticadas por escravos fugidos. c) urbanização do Nordeste, derivada da crise açucareira, gerada pela expulsão dos holandeses, crise que promove, nas vilas e arraiais, a concentração de escravos, que, até então, trabalhavam nos engenhos. d) dificuldade das campanhas para a destruição do quilombo de Palmares e a possibilidade do surgimento de novos e resistentes núcleos de quilombolas tanto no Nordeste quanto em outras áreas de interesse metropolitano. 51. (Ufmg) "Congregando segmentos variados da população pobre ou dirigindo-se às áreas de mineração, onde se concentravam enormes contingentes de escravos, as vendeiras e negras de tabuleiro seriam constantemente acusadas de responsabilidade direta no desvio de jornais, contrabando de ouro e diamantes, prática de prostituição e ligação com os quilombos." FIGUEIREDO, Luciano. "O avesso da memória": cotidiano e trabalho da mulher em Minas Gerais no século XVIII. Rio de Janeiro: José Olympio, 1993. A partir da leitura e análise desse trecho, é CORRETO afirmar que a escravidão nas Minas Gerais se caracterizava por a) um perfil rural e patriarcal, o que fazia com que as cativas e as forras ficassem reclusas, em casa, sob controle masculino. b) uma comunidade igualitária, o que se expressava na liberdade com que os negros circulavam pelas ruas. c) uma grande diversidade de formas de exploração do trabalho escravo, situação característica de um contexto mais urbano. d) uma relativa flexibilidade, o que se expressava no livre trânsito dos comerciantes entre as cidades e os quilombos.

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52. (Ufpb) A escravidão, inicialmente dos índios e posteriormente dos negros africanos, foi um fator decisivo para a implantação da grande lavoura canavieira no Brasil. Por isso, em plena Idade Moderna, de acordo com a MENTALIDADE COLONIALISTA, justificava-se a escravidão com o(s) seguinte(s) argumento(s): I. Os índios eram criaturas bestiais, antropófagas, supersticiosas e desprovidas de razão e da fé cristã, portanto, sujeitos ao domínio civilizatório da Europa. II. A escravidão era imprescindível à formação do Brasil, pois os escravos eram os "pés" e as "mãos" dos senhores de engenho. III. Os africanos, descendentes de Caim e amaldiçoados por Deus, deveriam sofrer no Brasil, purgando seus pecados, como forma de alcançar a salvação. IV. O comércio de escravos e a propagação do cristianismo retiravam os africanos do estado de barbárie em que viviam, evitando que os mais fortes destruíssem os mais fracos em guerras tribais. Dentre as afirmativas apresentadas, são verdadeiras: a) apenas I, II, IV b) apenas II, III, IV c) apenas I, II, III d) I, II, III e IV e) apenas I, III, IV 53. (Ufpe) O tráfico negreiro paralisou o crescimento da população na África. No século XVII, a população africana equivalia à da Europa e representava um quinto da população do globo. No século XX, representava menos da décima terceira parte da população mundial, segundo Maurice Halbwachs. Através do tráfico, o Brasil recebeu grandes contingentes de escravos africanos, que se distribuíram, no território, da seguinte forma: a) na produção do café, em São Paulo, desde o século XVII; a partir de século XVIII, na Bahia e em Pernambuco; b) os maiores contingentes de escravos africanos vieram para as áreas produtoras de açúcar, posteriormente para a região das minas e, só mais tarde para São Paulo, na produção de café; c) para Minas, logo no início do século XVI; em seguida para o Espírito Santo, Pará e Alagoas, com a produção de açúcar e, por último, para Pernambuco e Bahia; d) na região algodoeira, onde o modo escravista de produção foi dominante e, em seguida, para a região da borracha; e) no Rio de Janeiro, com a vinda da família real e no Rio Grande do Sul, como a mão-de-obra de uma agricultura do tipo familiar. 54. (Ufpe) As razões que fizeram com que no Brasil colonial e mesmo durante o império a escravidão africana predominasse em lugar da escravidão dos povos indígenas, podem ser atribuídas a: a) setores da Igreja e da Coroa se opunham à escravização indígena; fugas, epidemias e a legislação antiescravista indígena tornou-a menos atraente e lucrativa. b) religião dos povos indígenas, que, proibia o trabalho escravo. Preferiam morrer a ter que se submeterem às agruras da escravidão que lhes era imposta nos engenhos de açúcar ou mesmo em outros trabalhos. c) Reação dos povos indígenas, que por serem bastante organizados e unidos, toda vez que se tentou capturá-los, eles encontravam alguma forma de escapar ao cerco dos portugueses. d) a ausência de comunicação entre os portugueses e os povos indígenas e a dificuldade de acesso ao interior do continente, face ao pouco conhecimento que se tinha do território e das línguas indígenas. e) um enorme preconceito que existia do europeu em relação ao indígena, e não em relação ao africano, o que dificultava enormemente o aproveitamento do indígena em qualquer atividade. 55. (Ufpe) Um dos temas constantes na história do Brasil refere-se à escravidão. Muitas explicações são atribuídas ao fato de que a escravidão indígena foi sendo substituída pela africana. Analise atentamente as afirmações abaixo. ( ) A principal razão pela qual a escravidão indígena foi sendo substituída pela africana, deve-se ao fato de que o indígena era preguiçoso, preferia pescar e caçar a trabalhar forçado na agricultura. ( ) O africano era uma raça mais adaptada ao trabalho agrícola, principalmente ao trabalho físico pesado. Na África, já estava habituado a esse tipo de atividade e, por essa razão, ele se adaptou melhor que os indígenas. ( ) Os indígenas se rebelavam com mais freqüência contra o trabalho escravo que lhes era imposto, porque sua religião tinha como um dos mandamentos fundamentais o exercício da liberdade. ( ) A morte dos povos indígenas - em razão dos ataques dos brancos e do contágio de doenças - além da proteção da Igreja, que condenava a escravidão desses povos gerou a busca pela alternativa do trabalho escravo africano. ( ) É completamente equivocada a afirmação de que o africano se adaptou melhor à escravidão do que o indígena; qualquer povo livre sempre reagirá a qualquer tentativa de transformá-lo em escravo. 56. (Ufpe) No século XVI, a necessidade de garantir o abastecimento contínuo de força de trabalho escrava para a América produziu alianças políticas entre representantes dos interesses coloniais e reinos africanos. Sobre esta questão, analise as proposições abaixo. ( ) Estas alianças regularizaram as trocas de mercadorias, instalações de feitorias e de fortalezas. ( ) O Estado português foi o único a estabelecer alianças políticas com reinos africanos durante os séculos XVI e XVII. ( ) As trocas de mercadorias entre África e Brasil foram monopolizadas pelos comerciantes brasileiros desde o século XVI. ( ) A demanda de africanos transformados em escravos, para abastecer a América, cresceu ao longo do século XVII, provocando uma disputa entre vários comerciantes europeus, na tentativa de dominar áreas fornecedoras. ( ) Estas alianças políticas possibilitaram a presença de missionários europeus em vários territórios africanos, para realizar o trabalho de converter e catequizar a população nativa ao cristianismo. 57. (Ufpe) A produção da cultura no Brasil Colônia merece atenção da historiografia. Em Minas Gerais, por exemplo, houve produção no campo da música, a qual é estudada pelo significado das suas composições. Os músicos dessa época: a) tinham, muitos deles, destaque na sociedade, chegando a possuir propriedades e escravos. b) eram subordinados aos interesses exclusivos dos proprietários das minas de ouro, não tendo condições sociais de destaque. c) conseguiam viver da profissão, embora todos fossem funcionários do governo português no Brasil. d) desconheciam a música erudita européia mais famosa, limitando-se a sofrer influências das composições ibéricas. e) destacaram-se por suas composições originais, fugindo às ligações com a produção das irmandades religiosas de Minas Gerais.

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58. (Ufpe) No Brasil, a economia colonial sustentou-se com a predominância da mão-de-obra escrava e a exportação de produtos para a Europa, conforme os princípios mercantilistas da época. Nesse contexto, a presença dos escravos: ( ) influenciou na construção de hábitos culturais que perduram até hoje na sociedade brasileira. ( ) foi economicamente importante, não tendo, contudo, provocado repercussões significativas para a formação da religiosidade popular. ( ) contribuiu para a consolidação de preconceitos sociais e de discriminações políticas. ( ) trouxe a possibilidade de trocas culturais significativas para a constituição da sociedade brasileira. ( ) criou hierarquias sociais com repercussões nas relações de poder. 59. (Ufrn) A implantação do sistema colonial transformou as relações amistosas existentes entre indígenas e portugueses no início da ocupação do Brasil. Essa transformação se deveu à: a) grande inabilidade dos indígenas para a agricultura, recusando-se a trabalhar nas novas plantações açucareiras, atitude que desagradou aos portugueses. b) crescente ocupação das terras pelos portugueses e à necessidade de mão-de-obra, levando à escravização dos índios, que reagiram aos colonos. c) importação de negros africanos, cuja mão-de-obra acabou competindo com a dos indígenas, excluindo estes do mercado de trabalho agrário. d) introdução de técnicas e instrumentos agrícolas europeus nas aldeias indígenas, desestruturando a economia comunal dos grupos nativos. 60. (Ufrn) Leia este fragmento da Carta do Capitão-General da Capitania de Minas Gerais, Conde D. Pedro de Almeida, a Sua Majestade, datada de 20 de abril de 1719: Já dei conta a Vossa Majestade da soltura com que nestas Minas viviam os negros fugidos que nos Mocambos se atreviam a fazer todo gênero de insultos, sem receio de castigos. Falei também da possibilidade de fazerem ações semelhantes às dos Palmares, fiados na sua multidão e na meia confiança de seus senhores, que não só lhes fiavam todo o gênero de armas, mas lhes encobriam as suas insolências e delitos, mesmo os praticados contra seus próprios senhores. Recentemente, verificou-se a minha suspeita: os negros trataram de urdir uma sublevação geral, induzindo-se uns aos outros, por meio de emissários que andavam de uma para outras paragens, fazendo esta negociação. Tinham ajustado que a primeira operação dela fosse na quinta-feira de Endoenças, porque achando-se todos os homens brancos ocupados nas igrejas, tinham tempo para arrombar as casas deles e investir contra os brancos, degolando-os sem remissão alguma.Adaptado de GOULART, José A. "Da fuga ao suicídio: aspectos da rebeldia dos escravos no Brasil." Rio de Janeiro: Conquista, 1972. p.284. A partir da análise de vários documentos com esse teor, historiadores da atualidade afirmam que a) os funcionários coloniais não conseguiam manter os escravos sob controle, por isso os vendiam para outras localidades quando estes se rebelavam. b) as freqüentes agressões e revoltas dos escravos ocasionaram o aumento do número de alforrias ocorridas na capitania de Minas Gerais. c) as constantes lutas dos negros por sua liberdade tiveram importante papel no processo de abolição da escravatura no Brasil, oficializada com a Lei Áurea. d) os donos de minas, amedrontados por causa do grande número de negros sublevados, optaram pela imigração de trabalhadores europeus. 61. (Ufrn) Os documentos a seguir apresentam aspectos ligados à condição da mulher no Brasil colonial:

DOCUMENTO I Mulheres sem ter, às vezes, o que fazer. A não ser dar ordens estridentes aos escravos; ou brincar com papagaios, sagüis, mulequinhos. Outras, porém, preparavam doces finos para o marido; cuidavam dos filhos. FREYRE, Gilberto. "Casa-grande e senzala". 25. ed. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1987. p. 349. DOCUMENTO II A análise desses dois documentos permite afirmar que, no período colonial, a) as mulheres brancas administravam os negócios da família; as mulheres negras dedicavam-se aos cuidados do lar. b) o comércio era uma atividade restrita às mulheres brancas; as mulheres negras dedicavam-se à agricultura e ao artesanato. c) as atividades das mulheres brancas eram exercidas no interior da casa; as mulheres negras dedicavam-se também a atividades no espaço público. d) o poder de comando, na família branca, era dividido igualmente entre o homem e a mulher; na família escrava, a mulher ocupava

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um papel proeminente. 62. (Ufrrj) Leia o texto abaixo, sobre o tráfico de escravos. "O Brasil se distinguiu por ter sido o maior receptor de africanos escravizados, em toda história mundial.” O historiador Robert Conrad propôs a cifra de 5,5 milhões de africanos introduzidos no Brasil de um total calculado por Philip Curtin de 9,4 milhões que sobreviveram à travessia atlântica e chegaram vivos a algum porto no continente americano. (...) O tráfico se prolongou por tanto tempo e ganhou tão enorme volume, porque do outro lado do atlântico havia produtores de gêneros tropicais de exportação, que precisavam comprar a força de trabalho necessária ao escravismo colonial." GORENDER, Jacob. Brasil em preto e branco: o passado escravista que não passou. São Paulo: SENAC, 2000. p. 32-3; 43-4. Em relação ao trabalho e à vida do escravo na área colonial portuguesa na América, é correto afirmar que a) devido a uma propensão dos negros à promiscuidade sexual, os escravos não constituíram famílias. b) nas áreas mais dinâmicas da produção agrário-exportadora predominou o trabalho de origem africana. c) o emprego de escravos impunha um custo de vigilância menos elevado do que ocorre no emprego de trabalhadores assalariados. d) nos primeiros séculos da colonização, tanto o escravo quanto o trabalhador livre recebiam salário. e) em geral, o escravo era um trabalhador qualificado, apropriado a tarefas de uma agricultura baseada em tecnologias exigentes. 63. (Ufrrj) "Não há trabalho, nem gênero de vida no mundo mais parecido à cruz e paixão de Cristo, que o vosso em um desses engenhos. Em um engenho sois imitadores de Cristo crucificado (...) Cristo sem comer, e vós famintos; Cristo em tudo maltratado, e vós maltratados em tudo. Os ferros, as prisões, os açoites, as chagas, os nomes afrontosos, de tudo isso se compõe a vossa imitação, que se for acompanhada de paciência, também terá merecimento de martírio". (Vieira, Sermões. Apud BOSI, Alfredo. "A Dialética da Colonização". São Paulo: Companhia das Letras, 1992, p.172.) O texto representa mais uma das inúmeras justificativas para a escravidão durante o período de colonização da América Portuguesa. Sobre esta questão é correto afirmar que a) durante o primeiro século de colonização, a escravidão indígena foi empregada em várias regiões da colônia. Porém, com a adoção da mão-de-obra africana, ela foi completamente extinta, levando os indígenas a se internarem nos sertões do Brasil. b) a Companhia de Jesus, assim como outras ordens religiosas, procurava manter índios e negros afastados da sociedade colonial, nas missões, a fim de preservá-los da escravidão. c) a utilização da mão-de-obra africana articulava-se diretamente aos interesses mercantilistas de setores da burguesia comercial e da coroa portuguesa. d) a capacidade de trabalho do ameríndio superava em muito a do africano, o que levou à sua escravização sistemática até a sua extinção, por volta de meados do século XVII. e) a Igreja Católica dedicou-se, nos primeiros tempos da colonização da América, a evitar a escravização dos negros, já que estes, ao contrário dos ameríndios, teriam alma, sendo, por isso, passíveis de conversão. 64. (Ufrs) Sobre os quilombos no Brasil são feitas as seguintes afirmativas: I - Constituíam-se em agrupamentos de negros fugidos, como forma mais significativa de luta contra a escravidão. II - O mais conhecido núcleo de escravos fugitivos surgiu no século XVII, sob o nome de Palmares. III - O número de quilombos de que se tem registro dá uma imagem distorcida de sua freqüência real, muito maior do que aquela revelada por nossa historiografia tradicional em suas descrições. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas III. d) Apenas I e II. e) I, II e III. 65. (Ufrs) Observe o quadro a seguir.

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Convenções: HL = homens livres; ML = mulheres livres; HE = homens escravos; ME = mulheres escravas. A partir dos dados apresentados no censo populacional de 1780, e considerando o processo de ocupação territorial do extremo sul da Colônia, analise as seguintes afirmações acerca da demografia colonial sul-rio-grandense. I - A população escrava, que apresenta grande desequilíbrio entre os sexos, é inferior a um terço da SOMA TOTAL da população. II - Dentre as freguesias mais populosas, destacam-se aquelas que tiveram um povoamento exclusivo de imigrantes açorianos. III - Dentre as freguesias menos populosas, predominam aquelas com elevada presença de habitantes indígenas, o que se reflete no reduzido número de escravos destas localidades. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas I e II. c) Apenas I e III. d) Apenas II e III. e) I, II e III. 66. (Ufrs) Considere as seguintes afirmações, referentes à atuação do Tribunal do Santo Ofício no Brasil colonial. I - O principal tribunal inquisitorial atuante no Brasil estava sediado no Rio de Janeiro, por ser essa cidade a capital do vice-reino. II - Entre os principais delitos punidos pelo Tribunal, estavam as práticas judaizantes, além da feitiçaria, da heresia e da bigamia. III - A Inquisição portuguesa agia através das denominadas "visitações", que atingiram diversas regiões brasileiras, como a Bahia, Pernambuco e Grão-Pará. Quais estão corretas? a) Apenas II. b) Apenas I e II. c) Apenas I e III. d) Apenas II e III. e) I, II e III. 67. (Ufrs) Observe o quadro a seguir. Considere as seguintes afirmações acerca do tráfico de escravos para o Brasil durante o período colonial. I - O aumento do número de cativos trazidos para o Brasil no início do século XVII está diretamente relacionado com a implantação da agricultura de exportação no Nordeste. II - A queda verificada na importação de escravos pelo Brasil no segundo quartel do século XVII está associada às vicissitudes da ocupação holandesa de Pernambuco. III - Um novo aumento no número de entradas de cativos africanos ocorreu no início do século XVIII, quando as importações brasileiras de escravos cresceram mais de 50% em relação ao início do século anterior. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas I e II. c) Apenas I e III. d) Apenas II e III. e) I, II e III.

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68. (Ufsc) "Se uma pessoa chega na terra a alcançar dois pares de escravos, ou meia dúzia deles, ainda que outra coisa não tenha de seu, logo tem remédio para poder honradamente sustentar a sua família. Porque um lhe pesca e outro lhe caça, e os outros lhe cultivam e granjeiam suas roças, e desta maneira nem fazem os homens despesas em mantimentos com os seus escravos, nem com suas pessoas ..." GANDAVO, Magalhães. Apud NADAI, Elza; NEVES, Joana. "História do Brasil". São Paulo: Saraiva, 1996. p. 62. Assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S), com base no texto e nas circunstâncias em que foi escrito. (01) O autor justifica a escravidão, como uma necessidade econômica, mas adverte que não é moralmente aceitável entre os homens honrados da colônia. (02) Segundo o texto só uns poucos homens livres poderiam ter escravos, uma vez que a sua manutenção era extremamente dispendiosa. (04) No texto caracteriza-se a relação típica da escravidão. Uma pessoa (escravo) é considerada propriedade do seu dono, para quem terá de trabalhar e produzir o seu sustento. (08) A escravidão no Brasil, apesar da violência, teve pouca duração. Os primeiros escravos foram importados como mão-de-obra para a extração do pau-brasil, mas já no início do século XVIII as idéias iluministas influenciaram o governo a libertar os escravos. (16) O autor demonstra grande preocupação com o destino do escravo. Defende que, devido aos méritos do seu trabalho, deve ser alforriado. (32) O clima e o solo faziam com que os europeus, por si sós, não pudessem sobreviver no Brasil. Por esta razão, segundo o texto, tinham escravos adaptados à terra que podiam garantir a sua sobrevivência. (64) O escravo era um instrumento de trabalho. Cuidava das plantações e provia seu próprio sustento e o do seu senhor. Soma ( ) 69. (Ufsc) Maria Diamba Para não apanhar mais Falou que sabia fazer bolos Virou cozinha. Foi outras coisas para que tinha jeito. Não falou mais. Viram que sabia fazer tudo, Até mulecas para a Casa-Grande. Depois falou só, Só diante da ventania Que ainda vem do Sudão; Falou que queria fugir Dos senhores e das judiarias deste mundo Para o sumidouro. (LIMA, Jorge de . Poemas Negros. In: "Os melhores poemas". São Paulo: Global, 1994. p. 60) Sobre a escravidão no Brasil, é CORRETO afirmar que: (01) a escravidão de africanos destinou-se a fornecer mão-de-obra para a indústria, em crescente expansão no Brasil do século XVII. (02) o mercado de escravos provocou a desagregação social dos grupos de africanos que foram transportados para o Brasil. (04) algumas tribos africanas exerciam papel ativo no tráfico, facilitando o comércio de escravos pelos europeus e trocando prisioneiros de nações rivais por mercadorias. (08) os quilombos, como Palmares, foram locais de refúgio e socialização dos escravos que conseguiam escapar de seu cativeiro. (16) a Igreja no século XVII e, posteriormente, a Medicina no século XIX exerceram importante papel no rompimento com o preconceito racial do qual os afro-descendentes foram alvo no Brasil. (32) no Brasil Colônia imperava o patriarcalismo, definido como a autoridade exercida pelas mulheres sobre os homens naquela sociedade. (64) a exploração do escravo em atividades manuais fez com que estas fossem consideradas impróprias para um homem livre, preconceito que perdurou durante muito tempo no Brasil. 70. (Ufscar) Sobre o tráfico negreiro, consolidado pelos portugueses no Atlântico, são apresentadas as afirmações seguintes. I. Garantiu o poder da metrópole no Brasil, assegurando a transferência da renda do setor produtivo para o setor mercantil. II. Reduziu-se ao comércio de africanos entre a África e a América, sem modelar o conjunto da economia, da sociedade ou da política da América portuguesa. III. Na América, a Coroa portuguesa reconheceu a liberdade dos índios, mas na África estimulou o negócio negreiro. IV. Possibilitou a colonização da África como concorrencial em relação à colonização do Brasil. V. Estimulou o intercâmbio alimentar e de costumes entre a África e a América. Estão corretas as afirmações: a) I, II e III, apenas. b) II, III e IV, apenas. c) I, III e V, apenas. d) II, III, IV e V, apenas. e) I, II, IV e V, apenas. 71. (Ufu) Os estudos mais recentes de historiadores brasileiros têm apontado novas abordagens acerca do sistema colonial, da sua produção interna e das relações de trabalho. Nessa direção, a escravidão moderna é inserida ao lado de outras relações e sujeitos que também movimentaram a economia colonial. A esse respeito, assinale a alternativa INCORRETA.

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a) A visão tradicional atribuída ao trabalho escravo tem desconsiderado as diferenças étnicas das tribos e sociedades africanas e sua cultura de origem. Os africanos, além do massacre violento de suas populações e do tráfico de prisioneiros de guerras entre nações rivais, tiveram suas identidades desmanteladas com a transferência para regiões estranhas. b) Para além da relação senhor-escravo, termos como "desclassificados", "vadios" e "marginais" foram empregados para designar ex-escravos, migrantes portugueses pobres e homens brancos empobrecidos. Isto demonstrava a presença de outros sujeitos, os quais transformavam-se em moradores ou agregados, produzindo alimentos em unidades familiares. c) A peonagem do Rio Grande do Sul nas estâncias de gado, bem como os vaqueiros dos rebanhos do nordeste, configuravam outra modalidade de trabalho. Estas atividades eram eventualmente remuneradas, abasteciam a colônia e movimentavam a produção com o uso da força animal, desde as moendas até o transporte de mercadorias. d) Desde o início do processo de ocupação e colonização do Brasil, no século XVI, houve uma clara preponderância do uso do trabalho escravo africano, em função dos lucros obtidos com o tráfico negreiro e devido à inadaptação e indolência dos indígenas na extração de madeiras e nos canaviais. 72. (Ufu) Por volta da década de 1570, começou-se a substituir a mão-de-obra escrava indígena pela mão-de-obra escrava africana nos engenhos e plantações de cana-de-açúcar no Brasil. Aproximadamente em 1585, cerca de 75% da população escrava africana do Brasil vivia na Capitania de Pernambuco, onde o número de engenhos contabilizava mais da metade do total dos engenhos da colônia. A Capitania de São Vicente por sua vez, em 1585, quase não possuía habitantes de origem africana e o número de engenhos não passava de 3% do total da Colônia, situação bem diferente da do ano de 1549, quando cerca de 30% dos engenhos de açúcar localizavam-se naquela capitania. Adaptado de: COUTO, Jorge. "A construção do Brasil: Ameríndios, Portugueses e Africanos, do início do povoamento a finais de Quinhentos", Lisboa: Cosmos, 1995. A respeito da introdução da escravidão africana no Brasil e com base nas informações do texto, assinale a alternativa INCORRETA. a) A mão-de-obra africana foi incentivada em um momento em que se intensificavam as rebeliões, fugas e ataques indígenas contra engenhos e povoações portuguesas no litoral brasileiro. b) A adoção da mão-de-obra africana foi um fator decisivo para o desenvolvimento das economias das capitanias do norte da colônia e colaborou para a diminuição da importância econômica das capitanias do sul em relação às do norte. c) A adoção da mão-de-obra africana teve sucesso, pois atendia às necessidades lusas de imposição de um controle social mais eficaz e de fomento de uma nova atividade comercial lucrativa: o tráfico negreiro. d) A mão-de-obra indígena, por conta do adestramento praticado pelos jesuítas e de sua passividade em relação à escravidão, era mais produtiva que a africana. Porém, foi substituída por essa em função da lucratividade do tráfico negreiro. 73. (Unaerp) Houve em Minas Gerais, de 1720 a 1760, um Quilombo tão importante quanto o de Palmares. Era formado por mulatos, negros livres e, negros fugitivos, que, sendo rejeitados nas vilas dos brancos, saíram a desbravar o sertão e a fundar vilarejos em locais onde se descobria o ouro. Os proprietários de terras e escravos investiam, contra essas comunidades negras para tornar-lhes o ouro e as vilas, sob o pretexto de serem todos negros fugitivos. Esse episódio se refere ao: a) Quilombo de Cascalho, liderado por Zumbi. b) Quilombo de Campo Grande, liderado pelo Rei Ambrósio. c) Quilombo do Sapucaí, liderado por Domingos Jorge Velho. d) Quilombo de São Gonçalo, liderado pelo Rei Manuel. e) Quilombo de Indaiá, liderado por Bartolomeu Bueno do Prado. 74. (Unb) "Quando saltavam em terra Como um bando de animais, Dali do porto seguiam Logo pros canaviais E dos entes queridos Notícias não tinham mais". (Rafael de Carvalho) Com o auxílio das informações contidas no texto, julgue os itens abaixo, relativos à economia açucareira escravista no Brasil-Colônia. (1) A utilização do trabalho escravo fazia parte da lógica do antigo sistema colonial, à medida que o próprio tráfico proporcionava acumulação de riquezas. (2) Para estimular e favorecer o assentamento dos colonizadores no primeiro momento da colonização, a pequena produção escravista abastecia tão-somente o mercado interno. (3) A decadência da economia açucareira colonial deveu-se à rebeldia dos escravos, que fugiam para formar os quilombos. (4) O "banzo" era uma enfermidade que, não raras vezes, contribuía para reduzir a capacidade de produção dos negros escravos. 75. (Unesp) O tráfico de negros escravos para o Brasil Colônia representou: a) certa lucratividade para a Metrópole portuguesa, favorecendo a acumulação de capitais. b) prejuízos à Metrópole lusitana pela não adaptação do negro ao trabalho agrícola. c) a possibilidade da exportação de índios para a Europa na condição de escravos domésticos. d) incentivo ao crescimento do mercado interno e à criação de um parque manufatureiro. e) maior estímulo à agricultura de subsistência em prejuízo dos produtos agrícolas exportáveis. 76. (Unesp) A escravidão negra no período colonial brasileiro relaciona-se à a) eliminação da escravidão indígena. b) constituição de quilombos como forma de resistência. c) invasão holandesa no Nordeste. d) ausência de conflitos no processo emancipatório. e) expansão da agricultura de subsistência.

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77. (Unesp) Se bem que a base da economia mineira também seja o trabalho escravo, por sua organização geral ela se diferencia amplamente da economia açucareira. (Celso Furtado, "Formação econômica do Brasil") A referida diferenciação se expressa a) na relação com a terra que, por ser abundante no nordeste, não se constituía fator de diferenciação social. b) na imposição de controle rígido das exportações de açúcar, medida não tomada em relação ao ouro. c) na pequena lucratividade da economia açucareira e na rapidez com que os senhores de engenho se desinteressaram pela mesma. d) no isolamento da região mineradora, que não mantinha relações comerciais com o resto da colônia, tal como ocorria no nordeste. e) na existência de possibilidades de ascensão social na região das minas, uma vez que o investimento inicial não era, necessariamente, elevado. 78. (Unesp) Em um engenho sois imitadores de Cristo crucificado porque padeceis em um modo muito semelhante o que o mesmo Salvador padeceu na sua cruz, e em toda a sua paixão. (...) Os ferros, as prisões, os açoites, as chagas, os nomes afrontosos, de tudo isto se compõe a vossa imitação, que se for acompanhada de paciência, também terá merecimento de martírio. (Padre Antônio Vieira. Sermão pregado na Baía à irmandade dos pretos de um engenho, no ano de 1633.) Pode-se concluir dos argumentos do padre Vieira que os jesuítas, no Brasil, a) eram favoráveis à abolição da escravidão dos negros. b) viviam em conflito aberto com os senhores-de-engenho. c) consideravam necessário castigarem-se os escravos. d) estimulavam a escravidão de povos não-europeus. e) reconheciam os sofrimentos produzidos pela escravidão. 79. (Unifesp) Sobre os quilombos, é correto afirmar que a) desapareceram depois da terrível repressão que se abateu sobre Palmares no final do século XVII. b) sobreviveram a todas as repressões, porque sempre contaram com ajuda externa dos pobres livres. c) formaram-se em grande número, pequenos e grandes, durante toda a história da escravidão brasileira. d) foram tolerados pelas autoridades porque, ao se isolarem em lugares inacessíveis, não ameaçavam a sociedade. e) ficaram confinados às zonas produtoras de açúcar, tabaco e cacau do Nordeste, durante o período colonial. 80. (Unifesp) Estima-se que, no fim do período colonial, cerca de 42% da população negra ou mulata era constituída por africanos ou afro-brasileiros livres ou libertos. Sobre esse expressivo contingente, é correto afirmar que a) era o responsável pela criação de gado e pela indústria do couro destinada à exportação. b) vivia, em sua maior parte, em quilombos, que tanto marcaram a paisagem social da época. c) possuía todos os direitos, inclusive o de participar das Câmaras e das irmandades leigas. d) tinha uma situação ambígua, pois não estava livre de recair, arbitrariamente, na escravidão. e) formava a mão-de-obra livre assalariada nas pequenas propriedades que abasteciam as cidades. 81. (Unifesp) Para um homem ter o pão da terra, há de ter roça; para comer carne, há de ter caçador; para comer peixe, pescador; para vestir roupa lavada, lavadeira; ... e os que não podem alcançar a tanto número de escravos, ou passam miséria, realmente, ou vendo-se no espelho dos demais lhes parece que é miserável a sua vida. (Padre Vieira, 1608-1697.) O texto mostra que, para se viver bem na Colônia, seria preciso ter, sobretudo, a) escravos. b) terras. c) animais. d) cultura. e) habilidades. 82. (Unifesp) "Não é minha intenção que não haja escravos... nós só queremos os lícitos, e defendemos (proibimos) os ilícitos." Essa posição do jesuíta Antônio Vieira, na segunda metade do século XVII, a) aceita a escravidão negra mas condena a indígena. b) admite a escravidão apenas em caso de guerra justa. c) apóia a proibição da escravidão aos que se convertem ao cristianismo. d) restringe a escravidão ao trabalho estritamente necessário. e) conserva o mesmo ponto de vista tradicional sobre a escravidão em geral. 83. (Unioeste) Sobre a sociedade brasileira do período colonial, pode-se afirmar como verídico que 01. esteve baseada em relações sociais de cunho patriarcalista e escravista. 02. os escravos, além de abastecerem de mão-de-obra a agroindústria açucareira do Brasil, eram importante peça no comércio internacional. 04. os índios do litoral brasileiro foram rechaçados do seu habitat natural e foram usados nas incursões para o interior e, em inúmeras situações, como mão-de-obra escrava. 08. os senhores do engenho exerciam forte domínio social, caracterizando um certo poder local. 16. na sociedade que gravitava em torno da exploração das minas emergiu uma nova dinâmica sócio-cultural que buscava afirmar os valores do nativismo (valores locais) e contestava a exploração colonial. 32. a crise do sistema decorreu do desinteresse do Estado Absolutista na manutenção das áreas coloniais, motivado por fortes tensões sociais.

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84. (Unirio) Durante o século XVII podem ser observadas as primeiras reações contra o domínio colonial, entre as quais temos: a) "Quilombo dos Palmares" que simboliza as diversas formas de reações dos escravos à sua condição. b) a relativa independência dos núcleos populacionais interioranos, surgidos da expansão bandeirante. c) a Revolta do Rio de Janeiro, que representou o primeiro movimento de caráter emancipacionista da história colonial com conteúdo doutrinário definido. d) a Revolta de Beckmam, no Maranhão, que expressou uma reação dos comerciantes locais, ligados ao tráfico negreiro contra a política abolicionista da Coroa. e) as Guerras dos Emboabas e dos Mascates, que reagiram contra a opressão fiscal da metrópole na exploração do ouro. 85. (Unirio) "Os colonizadores utilizaram a mão-de-obra indígena para construir suas cidades e instalar suas missões. Ao ensinar, acabaram por aprender, favorecendo um profundo processo de assimilação cultural iniciado pelo confronto." (Silva, Janice Theodoro da. "Descobrimento e Colonização", São Paulo, Ed. Ática, 1987.) A nossa identidade foi forjada durante todo o período colonial e teve como matriz o encontro e o confronto de culturas distintas. Observando a sociedade brasileira atual com base no fato exposto pela afirmativa acima, verificamos que a cultura: a) indígena passou por um processo de aculturação tão bem feito que não podemos identificar nenhum de seus traços na cultura brasileira atual. b) brasileira apresenta-se como cultura "pura", pelo fato de a cultura européia ter sido dominada pela indígena. c) européia foi tão influenciada pela cultura indígena que só o idioma português ficou como herança européia na cultura brasileira. d) brasileira tem como marca a "mestiçagem cultural", em que traços da cultura indígena se misturaram com traços europeus e africanos. e) indígena, apesar de ter sido dominada pela européia, deixou como herança a família monogâmica e matriarcal.

7 - A Nova Política Portuguesa para o Brasil

QUESTÕES 1. (Puccamp) Ao Brasil, dentre as várias medidas adotadas pelo Marquês de Pombal, foi particularmente importante: a) a autorização do livre-comércio entre o Brasil e as demais nações aliadas, que mudou o equilíbrio das relações colônia-metrópole a favor da colônia e de sua autonomia. b) o decreto que suspendeu a proibição de atividades industriais na colônia e a isenção tarifária para as importações de matérias-primas necessárias às manufaturas. c) o decreto que autorizou a abertura de um Jardim Botânico no Rio de Janeiro, para apoiar o trabalho de naturalistas brasileiros ou estrangeiros na pesquisa da flora na colônia. d) a criação do centro de estudos técnicos e científicos destinado à preparação de pessoal especializado para atuar nas áreas de engenharia, artilharia, geografia e topografia. e) a mudança da sede do governo-geral de Salvador para o Rio de Janeiro por razões econômicas e estratégicas, ligadas à crescente importância do centro-sul da colônia. TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES. (Puccamp) O nosso foi um Século das Luzes dominantemente beato, escolástico, inquisitorial; mas elas se manifestaram nas concepções e no esforço reformador de certos intelectuais e administradores, enquadrados pelo despotismo relativamente esclarecido de Pombal. Seja qual for o juízo sobre este, a sua ação foi decisiva e benéfica para o Brasil, favorecendo atitudes mentais evoluídas, que incrementariam o desejo de saber, a adoção de novos pontos de vista na literatura e na ciência, certa reação contra a tirania intelectual do clero e, finalmente, o nativismo. (Antonio Candido. "Formação da Literatura Brasileira". São Paulo: Martins, v. 1, 1959) 2. No contexto histórico a que o texto se refere pode-se afirmar que a ação de Pombal no Brasil foi ao mesmo tempo conservadora e modernizante, pois a) mesclava uma exacerbada prática absolutista e mercantilista com acentuadas influências do iluminismo. b) procurava restaurar a plenitude do regime absolutista com certas influências do liberalismo europeu. c) reafirmava a função da economia colonial como complementar à de Portugal, mas extinguia o exclusivismo comercial. d) conciliava os ideais liberais da aliança franco-espanhola com princípios absolutistas da aliança anglo-portuguesa. e) provocava alterações importantes no perfil colonial brasileiro, com políticas baseadas na descentralização. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO (Ufpr) Na(s) questão(ões) a seguir, escreva no espaço apropriado a soma dos itens corretos. 3. Em 1776, o primeiro ministro do reino português, Marquês de Pombal, escrevia: "Para que prestem a utilidade desejada, as colônias não podem ter o necessário para subsistir por si sem dependência da metrópole". (LAPA, J.R.A. O ANTIGO SISTEMA COLONIAL. São Paulo, Brasiliense, 1982.) As palavras de Pombal denotam a "lógica colonialista" que comandava as relações Brasil-Portugal. A respeito de tais relações, é correto afirmar: (01) O comércio e a navegação da colônia independiam das atividades comerciais da metrópole. (02) Cabia à colônia o papel de suprir a metrópole de matérias-primas necessárias ao seu enriquecimento. (04) A colônia deveria oferecer mercado consumidor às manufaturas produzidas pela metrópole. (08) O sistema de monopólio comercial funcionava como um dos eixos do mecanismo colonial. (16) Para a satisfação do mercado externo, a produção colonial foi organizada com base na policultura e nas pequenas propriedades. soma = ( )

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4. (Fgv) Entre as mudanças operadas no Brasil pela intervenção do Marquês de Pombal estão a/o: a) criação da Companhia Geral do Grão-Pará e Maranhão, a exploração direta das minas de diamante e o incentivo à ampliação dos colégios jesuíticos; b) expulsão da Companhia de Jesus, a extinção das capitanias hereditárias e a redução dos impostos coloniais; c) exploração direta das minas de diamante, a extinção da Companhia Geral do Grão-Pará e Maranhão e a criação do Estado do Maranhão. d) apoio e financiamento da Companhia de Jesus, a redução de impostos coloniais e a extinção da Companhia Geral do Grão-Pará e Maranhão; e) incentivo às instalações manufatureiras na Colônia, a expulsão da Companhia de Jesus e a criação da Companhia Geral do Grão-Pará e Maranhão. 5. (Fgv) Ao contrário do que se verificou na monarquia absolutista francesa do século XVIII, houve diversos Estados absolutistas nos quais os respectivos monarcas e seus ministros tentaram de alguma forma pôr em prática certos princípios da Ilustração, sem abrir mão, é claro, do próprio absolutismo - tal foi, em essência, o absolutismo ilustrado. (Francisco José Calazans Falcon, "Despotismo Esclarecido") O rei D. José I e seu primeiro ministro Sebastião José de Carvalho e Melo - futuro marquês de Pombal, são considerados os representantes do despotismo esclarecido em Portugal. Acerca do chamado período pombalino, é correto afirmar que a) se reorganizaram as estruturas administrativas por meio da recriação das Câmaras Municipais e do restabelecimento do poder dos donatários. b) houve a criação de companhias de comércio na colônia e estabeleceu-se a cobrança de 100 arrobas anuais de ouro para Minas Gerais. c) se criou um tributo exclusivo para o ouro - quinto - com a intenção de evitar o contrabando e aumentar a arrecadação do fisco português. d) por meio de uma legislação específica, ampliou-se o poder da nobreza portuguesa, além da distribuição de cargos públicos e de pensões vitalícias. e) o Brasil obteve ganhos, como o direito de comercializar diretamente com as colônias portuguesas na África, o que significou o fim do pacto colonial. 6. (Fuvest) No processo histórico de Portugal o Tratado de Methuen consolidou a: a) subordinação econômica de Portugal à Inglaterra. b) prosperidade da indústria nacional portuguesa. c) liberdade de comércio entre as colônias portuguesas e inglesas. d) posse das terras situadas além do meridiano de Tordesilhas. e) supremacia da França como principal parceira comercial de Portugal. 7. (Fuvest) As reformas pombalinas propuseram, em relação ao Brasil, a) a expulsão dos mercenários e o afrouxamento das práticas mercantilistas. b) a expulsão dos jesuítas e uma política de liberdade do indígena. c) a criação de um sistema de intendências e a formação de companhias privilegiadas. d) a subordinação da Igreja ao Estado e a permissão para o surgimento da imprensa. e) o fomento às atividades manufatureiras na colônia e o combate aos espanhóis no sul. 8. (Fuvest) "No seu conjunto, e vista no plano mundial e internacional, a colonização dos trópicos toma o aspecto de uma vasta empresa comercial, ... destinada a explorar os recursos naturais de um território virgem em proveito do comércio europeu. É este o verdadeiro sentido da colonização tropical, de que o Brasil é uma das resultantes; e ele explicará os elementos fundamentais, tanto no social como no econômico, da formação e evolução dos trópicos americanos". (Caio Prado Júnior, HISTÓRIA ECONÔMICA DO BRASIL) Com base neste texto, podemos afirmar que o autor: a) indica que as estruturas econômicas não condicionam a vontade soberana dos homens. b) demonstra a autonomia existente entre as esferas social e econômica. c) propõe uma interpretação econômica sobre a colonização do Brasil, acentuando seu sentido mercantil. d) dá ao Brasil uma especificidade dentro do contexto de colonização dos trópicos. e) confere ao sentido da colonização uma relativa autonomia em relação ao mercado internacional. 9. (Fuvest) A exploração dos metais preciosos encontrados na América Portuguesa, no final do século XVII, trouxe importantes conseqüências tanto para a colônia quanto para a metrópole. Entre elas, a) o intervencionismo regulador metropolitano na região das Minas, o desaparecimento da produção açucareira do nordeste e a instalação do Tribunal da Inquisição na capitania. b) a solução temporária de problemas financeiros em Portugal, alguma articulação entre áreas distantes da Colônia e o deslocamento de seu eixo administrativo para o centro-sul. c) a separação e autonomia da capitania das Minas Gerais, a concessão do monopólio da extração dos metais aos paulistas e a proliferação da profissão de ourives. d) a proibição do ingresso de ordens religiosas em Minas Gerais, o enriquecimento generalizado da população e o êxito no controle do contrabando. e) o incentivo da Coroa à produção das artes, o afrouxamento do sistema de arrecadação de impostos e a importação dos produtos para a subsistência diretamente da metrópole. 10. (Pucmg) No Brasil Colônia, as Reformas Pombalinas da segunda metade do século XVIII tinham como um de seus objetivos: a) combater as idéias da Revolução Francesa trazidas da Europa por estudantes brasileiros. b) adotar uma política administrativa baseada no centralismo. c) reestruturar o "Pacto Colonial" concedendo privilégios aos ingleses. d) estimular a industrialização e o desenvolvimento do mercado interno da Colônia.

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11. (Pucmg) A expressão "Círculo de ferro da opressão colonial", do historiador Caio Prado Jr., sintetiza admiravelmente a nova política adotada por Portugal com o fim da União Ibérica, em 1640. Com relação a essa nova política administrativa, é CORRETO afirmar que: a) o Conselho Ultramarino se tornou o órgão supremo da administração responsável por todos os negócios das colônias portuguesas. b) as Câmaras Municipais se tornaram soberanas e independentes expressando o poder máximo dos grandes senhores rurais. c) a Intendência do Ouro, órgão especial de arrecadação tributária, passou a se subordinar diretamente ao controle do governador da Capitania das Gerais. d) os Capitães donatários adquirem mais prestígio, principalmente, após a instalação do Vice-Reinado na América portuguesa. 12. (Pucmg) Hoje, fala-se muito da Estrada Real como patrimônio histórico nacional que rememora o passado dos caminhos que levavam e traziam mercadorias e escoavam o ouro que ia ser levado a Portugal. Assina-le a afirmativa mais ADEQUADA para definir Estrada Real. a) Os pontos de descanso e pousada dos tropeiros, viajantes que seguiam em tropas de burro ou mula cuja viagem era longa, cansativa e extremamente perigosa, já que envolvia carregamentos de ouro real que ia ser levado para as Minas. b) Locais da pastagem de gado e do comércio de mulas e burros que constituíam, na época da mineração, o principal meio de transporte de mercadorias e ouro controlados pelos tropeiros na região de Minas Gerais. c) As Bandeiras Oficiais, denominadas Entradas, que estabeleciam a criação de estradas com o selo real, identificadas como propriedade do rei de Portugal para a política de posse e ocupação do território brasileiro. d) Os caminhos abertos pelos portugueses como picadas nas matas, que, poucos anos depois, levaram ao surgimento de povoamentos urbanos nos seus arredores e onde foram erguidos postos de fiscalização para controlar o escoamento do ouro. 13. (Pucpr) Em 1703, estipulou a compra de vinho português pela Inglaterra em troca da importação de tecidos ingleses por Portugal. O texto se refere ao Tratado de: a) Fontainebleau. b) Madri. c) Methuen. d) Utrecht. e) Londres. 14. (Pucrs) Para responder à questão, analisar as afirmativas que seguem, sobre o poder no Brasil Colônia. I. A administração da Colônia estava baseada num sistema centralizado e linear de poderes, que subordinava diretamente as Câmara Municipais ao Conselho Ultramarino. II. Havia uma separação entre os poderes da Igreja e do Estado, este último governando de forma absoluta a sociedade colonial através das Ordenações Manuelinas. III. As enormes distâncias e as dificuldades de comunicação provocavam uma longa demora nas decisões e prejudicavam a eficiência da máquina administrativa. IV. A administração local estava a cargo das Câmaras Municipais, cuja instalação dependia de autorização régia, que agiam conforme os interesses da oligarquia dos "homens bons". Pela análise das alternativas, conclui-se que somente estão corretas a) I e II. b) I e IV. c) II, III e IV. d) II e III. e) III e IV. 15. (Pucrs) Em 1640, com o fim da União Ibérica, Portugal se defronta com vários problemas e desafios para administrar o Brasil Colonial e desenvolver a sua economia. Entre esses problemas, NÃO pode ser arrolada a) a expulsão dos holandeses da região açucareira do Nordeste. b) a destruição do Quilombo de Palmares, que desafiava a ordem escravista. c) a escassez de metais preciosos e a queda dos preços do açúcar. d) a expulsão dos jesuítas que dificultavam a escravização dos indígenas no estado do Grão-Pará. e) a reorganização administrativa da colônia e de sua defesa. 16. (Pucsp) (...) esta Minas dos árcades e da Inconfidência, que constitui a culminância e o fecho dos três séculos da existência brasileira anteriores à transladação do Estado português, esta mesma Minas ainda possui mais um título a proclamar, entre os que mais alto a colocam na história de nossa sociedade: o de haver desenvolvido uma cultura, cujo avanço e cujo requinte podem ser avaliados com exatidão, pela capacidade de assimilar inteiramente os padrões europeus para, em profunda reelaboração, formular seus próprios valores e conceitos no que apresentam de mais básico, isto é, na própria estrutura mental que os gera e sustém (...) [obrigando-nos] a reconhecer a especificidade mineira deste barroco. (Machado, L. G. BARROCO MINEIRO. São Paulo: perspectiva, 4•ed., 1991, p.170.) A partir do fragmento anterior, leia e avalie as seguintes afirmações: I - o autor identifica três contribuições das Minas à formação do Brasil, ainda no período colonial: o Trovadorismo, o Nativismo dos inconfidentes e o Barroco. II - os fenômenos culturais e políticos vividos pela sociedade mineira, ao longo do século XVIII, expressam com certa fidelidade, segundo o autor, as atitudes mantidas pela colônia em relação às influências metropolitanas, ou seja, assimilação e transformação. III - o autor demonstra, no texto, como a capacidade da arte mineira de reproduzir os padrões estéticos europeus somente pode ser reconhecida após a instalação da corte portuguesa no Brasil, no início do século XIX. IV - se há algo que singulariza o estilo barroco mineiro do século XVIII, esse elemento é a originalidade de sua manifestação, que está relacionada diretamente ao fato de revelar, através de suas formas, a estrutura mental local. Indique quais das afirmações anteriores são corretas. a) I, II e III b) II e III c) I, II e IV d) II e IV e) I, III e IV

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17. (Pucsp) A extração de ouro na região das Minas, no século XVIII, produziu várias rotas de circulação e de comércio. Entre elas podemos destacar a ligação por terra das Minas com a) o Norte, que permitia a chegada de trabalhadores indígenas da Amazônia e de especiarias. b) a Europa, que facilitava o escoamento do ouro e a entrada de matérias-primas e alimentos. c) o Rio de Janeiro, que permitia acesso mais rápido e fácil dos minérios aos portos. d) a Bolívia, que articulava a produção de ouro para Portugal à extração da prata boliviana para a Espanha. e) o Sul, que abastecia a região mineradora de produtos industrializados, de gado e de açúcar. 18. (Uece) Dentre as principais medidas tomadas pelo Marquês de Pombal com relação à colonização do Brasil, pode-se assinalar corretamente: a) permissão para a criação de manufaturas e indústrias no Brasil, liberalização dos impostos alfandegários sobre os produtos brasileiros e maior controle sobre as atividades religiosas. b) criação de Companhias de Comércio, expulsão dos jesuítas e maior pressão fiscal sobre as áreas produtoras de ouro. c) transferência da capital da colônia do Rio de Janeiro para Salvador, expulsão da Companhia de Jesus dos territórios portugueses e criação de mesas de negociação de impostos com os produtores de ouro. d) extinção dos monopólios comerciais estatais, assinatura de acordos com a Igreja sobre a ação dos jesuítas e transferência da capital da colônia de Salvador para o Rio de Janeiro. 19. (Uel) Em 1703, a Inglaterra impôs a Portugal o Tratado de Methuen que consistia basicamente em a) exclusividade comercial entre o Brasil e a Inglaterra. b) bloqueio marítimo aos navios de bandeira francesa. c) determinação de ruptura do Pacto Colonial. d) abertura dos mercados ingleses ao vinho português, em troca da abertura dos mercados lusitanos aos tecidos ingleses. e) proibição do comércio franco-espanhol com as colônias portuguesas. 20. (Uerj)

O século XVIII foi marcado por inúmeras descobertas de ouro do Brasil, possibilitando um aumento da extração desse metal, como se observa na tabela acima. Essas descobertas provocam mudanças significativas na organização colonial, tais como: a) recuperação agrícola do Nordeste e redução das atividades pastoris b) estabelecimento da capital na cidade do Rio de Janeiro e incentivo às atividades urbanas c) declínio da utilização de mão-de-obra escrava e ampliação do trabalho assalariado nas minas d) superação da condição de colônia e elevação do Brasil à condição de Reino Unido a Portugal e Alvares 21. (Ufc) Em 1750, Sebastião José de Carvalho e Melo, o Marquês de Pombal, tornou-se primeiro ministro português e procurou dinamizar a administração colonial. Dentre as medidas por ele adotadas, destacam-se: a) o controle do ensino e da política de aldeamento entregue às ordens religiosas. b) a extinção do Estado do Grão-Pará Maranhão, por ser o centralismo a tônica de sua administração. c) a reforma e a ampliação da justiça, possibilitando, assim, o acesso da elite colonial aos cargos administrativos e fiscais. d) a expulsão dos Jesuítas da colônia, favorecendo os povos indígenas, que passaram a ter maior autonomia sobre os aldeamentos. e) a retomada do controle dos mecanismos comerciais e fiscais do mundo colonial por parte da metrópole, o que resultou em autonomia para as companhias de comércio. 22. (Ufg) O conde de Sabugosa, vice-rei entre 1720 e 1735, apoiou a comunidade de negociantes baianos em seus esforços em preservar o monopólio do tráfico negreiro com a África em oposição aos interesses dos comerciantes de Lisboa, que tinham o apoio de D. João V. [...] Em 1734 houve um protesto contra o monopólio do sal e contra os preços exorbitantes, o juiz de fora de Santos liderou um ataque contra o depósito de sal, colocando o produto à venda com preço reduzido. RUSSEL-WOOD, John. Centro e periferia no mundo brasileiro, 1500-1508. "Revista Brasileira de História". São Paulo: Anpuh/Humanitas, 18:36 (1988) 232-233. Os relatos indicam a especificidade da relação colonial na América portuguesa no contexto do capitalismo comercial e absolutista. Da leitura dos relatos conclui-se que a) o sistema colonial português na América baseava-se na relação de respeito, entre as partes, derivada do pacto colonial. b) a especificidade do sistema colonial português na América vinculava-se à subordinação política e econômica da colônia à metrópole. c) a transgressão do princípio da autoridade absoluta do Rei efetivou-se nos atos praticados pelos representantes da Coroa e pela população administrada. d) a organicidade do sistema colonial estava assegurada pelas formas de domínio político-administrativo da metrópole. e) a rigidez do domínio metropolitano impediu o atendimento às demandas políticas e econômicas da população colonial.

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23. (Ufpe) A colonização portuguesa fez-se sob a tutela dos princípios econômicos mercantilistas, que priorizavam a atuação do Estado e destacavam o metalismo. No Brasil, houve participação de companhias de comércio com a finalidade de agilizar os negócios metropolitanos. Essas companhias: a) no século XVIII, tiveram apoio do Marquês de Pombal, que era o secretário do rei D. José I. b) restringiram suas atividades à importação do algodão e do café no século XVIII. c) tentaram livrar, no século XVIII, a economia do monopólio do açúcar, incentivando a livre concorrência. d) tiveram êxito nas suas tentativas de dinamizar o comércio colonial do Sudeste, no século XVII. e) restringiram-se ao comércio do algodão, sendo extintas no século XVII. 24. (Ufpel) O desenvolvimento desigual entre os povos, na atualidade, tem suas origens em limitações históricas, como: ALVARÁ DE 1785 Eu, a Rainha, faço saber aos que este alvará virem que, sendo-me presente o grande número de fábricas, manufaturas que de alguns anos a esta parte se têm difundido em diferentes capitanias do Brasil, com grave prejuízo da cultura e da lavoura, e da exploração das terras minerais daquele vasto continente; [...] hei de por bem ordenar que todas as fábricas, manufaturas, ou teares de galões, de tecidos - excetuando tão-somente aqueles dos ditos teares e manufaturas em que se tecem ou manufaturam fazendas gorssas de algodão, que servem para o uso e vestuário dos negros, para enfardar e empacotar fazendas e para outros ministérios semelhantes -, e todas as demais sejam extintas e abolidas em qualquer parte onde se acharem nos meus domínos do Brasil. [adaptado] A intenção da rainha, expressa no texto, foi a) promover a concentração dos recursos coloniais na monocultura cafeeira da exportação e numa industrialização substitutiva. b) manter a economia colonial embasada no algodão, que dominou o valor das exportações no século XVIII. c) subordinar os interesses brasileiros ao Tratado de Methuen, fazendo com que o ouro brasileiro acabasse em Portugal, através da Inglaterra. d) acelerar a industrialização portuguesa em detrimento do desenvolvimento agrícola brasileiro. e) evitar que, na fase do ciclo da mineração, ocorresse um desenvolvimento industrial no Brasil, concorrendo com a Metrópole. 25. (Ufpr) A partir de meados do século XVIII: (01) Verificou-se o restabelecimento das relações entre a Coroa portuguesa e os religiosos da Companhia de Jesus, graças à atuação do papa Urbano II. (02) A Coroa portuguesa dividiu administrativamente o seu domínio americano em dois reinos, que, entretanto, permaneceram subordinados ao governador-geral do Brasil. (04) Em relação à política colonial, o reinado de D. José I caracterizou-se pela adoção de medidas voltadas à centralização administrativa, visando a estabelecer maior controle econômico e político. (08) Para aumentar os rendimentos da Coroa, foi criada, em 1771, a Intendência dos Diamantes, que introduziu medidas severas e repressivas na fiscalização das atividades extrativas no Distrito Diamantino. (16) Após a subida de D. Maria I ao trono, abrandou-se a opressão econômica exercida sobre o Brasil, permitindo-se a instalação de fábricas na colônia. (32) Em relação a seus domínios sul-americanos, Portugal e Espanha estabeleceram o Tratado de Madri (1750), que formalmente revogou os limites estabelecidos pelo Tratado de Tordesilhas (1494). Soma ( ) 26. (Ufrs) Considere a seguir, a nota de 1776 do Marquês de Pombal ao Embaixador da França em Lisboa: 1) as colônias devem estar debaixo da imediata dependência de proteção dos fundadores; 2) o comércio e a agricultura delas devem ser exclusivos dos mesmos fundadores; 3) aos fundadores pertencem também privativamente 'os úteis provenientes da agricultura, comércio e navegação' das colônias; 4) para que prestem a utilidade desejada, as colônias não podem ter o necessário para subsistir por si sem dependência da metrópole; 5) quando entretém algum comércio com estrangeiros, tudo o que importa esse comércio clandestino e essas mercadorias introduzidas é um verdadeiro furto que se faz à respectiva metrópole e um furto punível pelas leis dos respectivos soberanos [...]; 6) portanto, não atentam contra a liberdade do comércio as potências que o restringem nas colônias a favor dos seus vassalos, e todo o governo que por indiferença tolere nos seus portos a contravenção dos cinco princípios anteriores pratica 'uma política destrutiva do comércio e da riqueza da sua nação'." Com relação a essa nota, são feitas as seguintes afirmativas: I - A liberdade de comércio é a base de todo o antigo sistema colonial. II - A subordinação das colônias às metrópoles abrange a política, a agricultura, o comércio e a navegação. III - O comércio entre as colônias e metrópoles não estabelece dependência, tornando a colônia livre em termos de política econômica. Quais estão corretas? a) Apenas I b) Apenas II c) Apenas III d) Apenas II e III e) I, II e III 27. (Ufsc) El Rei, Nosso Senhor, atendendo as representações dos moradores das Ilhas dos Açores, que têm pedido mandar tirar delas o número de casais que for servido transportá-los à América, donde resultará às ditas ilhas grande alívio em não ver padecer os seus moradores, reduzidos aos males que traz consigo a indigência em que vivem, e ao Brasil um grande benefício em povoar de cultores alguma parte dos vastos domínios [...] foi servido [...] fazer mercê aos casais das ditas ilhas que quiserem se estabelecer no Brasil de lhes facilitar o transporte e estabelecimento, mandando-os transportar à custa de sua Real Fazenda [...] não sendo homens de mais de 40 anos e não sendo as mulheres de mais de 30; e logo que chegarem [...] a cada mulher que para ele for das Ilhas, de mais de 12 anos e de menos de 25, casada ou solteira [...] se darão 2$400 réis de ajuda [...] e aos casais que levaram filhos se lhes darão por de os vestir mil réis

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por cada filho [...] e se dará a cada casal uma espingarda, 2 enxadas, 1 enxó, 1 martelo, 1 facão, 2 facas, 2 tesouras, 2 verrumas e 1 serra [...] 2 alqueires de sementes, 2 vacas, 1 égua [...].Apud CABRAL, Oswaldo R. - Os açorianos. "Anais do Primeiro Congresso de História Catarinense". Florianópolis: Imprensa Oficial, 1950. De acordo com o texto anterior, assinale a(s) proposição(ões) VERDADEIRA(S): 01. Os habitantes das Ilhas de Açores foram forçados, por determinação real, a virem para o Brasil habitar os domínios portugueses. 02. O texto nos permite perceber o interesse de Portugal em promover o desenvolvimento de uma indústria nas terras do Brasil Meridional, uma vez que prometia capital, ferramentas e máquinas para os que aqui viessem se estabelecer. 04. Entre os objetivos do governo português, como podemos perceber no texto, estava o povoamento do território brasileiro. 08. No documento, o governo português estabelecia condições da imigração para o Brasil. Não seriam aceitos homens com idade superior a quarenta anos e restringia-se a vinda de mulheres, a menos que fossem casadas e tivessem filhos. 16. Entre os incentivos para a vinda dos açorianos para o Brasil estavam as promessas do pagamento de uma ajuda de custo e de utensílios, ferramentas e animais. 32. Entre os fatores da vinda de açorianos para o Brasil, segundo o texto, estava a pobreza dos habitantes daquelas ilhas. 28. (Ufv) O Marquês de Pombal, ministro do rei D. José I (1750-1777), foi o responsável por uma série de reformas na economia, educação e administração do Estado e do império português, inspiradas na filosofia iluminista e na política econômica do mercantilismo, cabendo a ele a expulsão dos padres jesuítas da Companhia de Jesus dos domínios de Portugal. O Marquês de Pombal foi um dos representantes do chamado: a) Despotismo Esclarecido. b) Socialismo Utópico. c) Socialismo Científico. d) Liberalismo. e) Parlamentarismo Monárquico. 29. (Unesp) "Por volta de 1750, Portugal recebia enormes remessas de ouro do Brasil. A imensa riqueza da colônia permitira ao monarca português dispensar o concurso das cortes e reforçar o poder absoluto da realeza. Em 1750 morre D. João V e sucede-lhe D. José I. O novo monarca promoveu à posição de grande relevo o seu ministro cujas realizações, em conjunto, pretendiam o fortalecimento do Estado e a autonomia de Portugal. O ministro era essencialmente um nacionalista, atribuindo os problemas do país ao estado de dependência semicolonial em que Portugal se encontrava em relação à Grã-Bretanha." (Maria Beatriz N. da Silva [org.], O IMPÉRIO LUSO-BRASILEIRO - 1750 - 1822.) O texto refere-se ao período conhecido como a) Filipino. b) Manuelino. c) Pombalino. d) Vicentino. e) Joanino. 30. (Unesp) Os preços dos produtos da colônia portuguesa da América, o Brasil, caíram sensivelmente na segunda metade do século XVII. De 1659 a 1688, houve uma queda de 41% no preço do açúcar; já o preço do tabaco encolheu 65% de 1668 a 1688. A diminuição dos preços destes produtos coloniais produziu uma crise no comércio português. Na primeira metade do século XVIII, o déficit da balança comercial portuguesa foi compensado a) pela extinção dos monopólios estatais sobre produtos coloniais e pela suspensão do regime metropolitano do exclusivo colonial. b) pela entrega do nordeste brasileiro à Holanda e pelo incentivo à criação de gado nas regiões sul e sudeste da colônia. c) pela implantação de indústrias na colônia do Brasil e pela intensificação do comércio de especiarias com o Oriente. d) pela diminuição da exploração social, com o aumento dos salários dos operários, e o fortalecimento dos sindicatos de trabalhadores. e) pelo estímulo governamental ao desenvolvimento de manufaturas no reino e pelo volume crescente da produção aurífera no Brasil. 31. (Unirio) A cidade do Rio de Janeiro, capital do Brasil entre 1763 e 1960, teve a sua história ligada a vários processos que lhe conferem destaque na vida nacional como o(a): a) núcleo da expansão bandeirista, responsável pela conquista do território brasileiro. b) porto principal de exportação de açúcar, fator de atração para a família real portuguesa. c) pólo da colonização portuguesa no sul, principalmente depois da descoberta das minas. d) centro da industrialização brasileira no século XX, em especial da indústria de bens de capital. e) área central do território brasileiro, promovendo o equilíbrio regional. 32. (Unirio) A liderança do governo português pelo Marquês de Pombal repercutiu em vários aspectos da política colonial no Brasil, como o(a): a) recuo das ações portuguesas de expansão territorial no sul e centro-oeste. b) apoio à ação missionaria da Igreja como forma de consolidar a conquista do território. c) subsídio à lavoura canavieira nordestina, reforçando o caráter monocultor da economia colonial. d) incentivo ao ensino e sua liberalização sob a direção das Ordens Religiosas. e) política de rigoroso fiscalismo sobre a economia mineradora. 33. (Unirio) O Estado Colonial no Brasil está organizado em esferas administrativas que conflitam com frequência, como expressão na: a) reação das Câmeras Municipais contra as ações de Governadores ou contra aspectos da política colonial como os monopólios. b) integração das administrações judiciária e militar na figura do Ouvidor-Geral. c) desvinculação da administração fazendária dos Governadores e Capitães, subordinando-se diretamente à metrópole. d) autoridade dos Governadores sobre a organização do clero. e) verticalização administrativa com rígida hierarquização de todos os órgãos subordinados aos Capitães.

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34. (Unirio) As reformas educacionais de Pombal visavam a três objetivos principais: trazer a educação para o controle do Estado, secularizar a educação e padronizar o currículo. Muitos dos experimentos iniciais pombalinos ocorreram no Brasil, influenciados pelos princípios iluministas. Como decorrência das reformas pombalinas, podemos citar a: a) decretação da expulsão da Companhia de Jesus de todo o Império, proibindo qualquer comunicação verbal ou escrita entre jesuítas e portugueses. b) criação de escolas públicas que atendessem aos jovens da Corte aqui chegados com a família real (1808) e que necessitavam de uma educação leiga e crítica. c) exigência de que a população, após a Independência de Portugal (1822), se alfabetizasse, em virtude da consolidação de um Estado autônomo. d) elevação do Brasil à categoria de Reino Unido a Portugal e Algarves, o que possibilitou maior controle do Estado português sobre a educação na colônia. e) extinção do tráfico intercontinental de escravos, através da Lei Eusébio de Queiroz, atendendo às demandas liberais iluministas. 35. (Mackenzie) "A fome já me tem mudo que é muda a boca esfaimada mas se a frota não traz nada por que razão leva tudo?" Os versos críticos de Gregório de Matos descrevem a crise na colônia no final do século XVII, cujas raízes eram: a) a tradicional dependência econômica em relação à Holanda, sócia na produção açucareira. b) a centralização administrativa e o rígido monopólio impostos por Portugal, para superar a crise econômica após o domínio espanhol. c) a ascensão do açúcar brasileiro no mercado internacional, derrotando o concorrente holandês. d) a extinção de Companhias de Comércio particulares, devido à pressão colonial que desorganizara o comércio externo. e) as pressões inglesas diante da independência econômica e concorrência de Portugal. 36. (Pucpr) "Foi o grande Pombal o único a perceber que a raça semítica, assim como os colaterais da orla oriental do Mediterrâneo, poderiam fecundar a terra virgem do seu império americano... abriu a imigração aos muçulmanos que quisessem se transferir para o Brasil... Foi então que vieram os primeiros sírios, libaneses, persas, egípcios - quase todos nacionais do Mediterrâneo oriental, que o povo engloba sob o nome genérico de "turco"... (Dornas Filho, João - "Aspectos da Economia Colonial "- Biblioteca do Exército-Editora, 1958, pág. 75.) Sobre a conjuntura política do século XVIII, Governo Pombalino e o texto, assinale a única alternativa INCORRETA. a) O Marquês de Pombal, aplicando a filosofia Iluminista ao Absolutismo Real, se fez inserir na política denominada Despotismo Esclarecido. b) Sírios e libaneses foram denominados "turcos" porque suas terras de origem, parte do Império Árabe, tinham sido dominadas pelos turcos e os passaportes eram expedidos pelo Governo Turco. c) Os judeus, também de raça semítica, antecederam os islamitas no Brasil Colonial e os dois, preferencialmente, dedicaram-se ao comércio. d) O Governo de Pombal, no que se refere ao Brasil, foi marcado pela transferência da capital colonial de Salvador para o Rio de Janeiro. e) Tendo em vista diferenças religiosas e interesses econômicos, judeus, muçulmanos e seus descendentes tiveram constantes atritos no Brasil, na fase Colonial e Imperial. 37. (Ufpe) Sebastião José de Carvalho e Melo, Marquês de Pombal (1699 - 1782), dirigiu durante 27 anos a vida política e econômica de Portugal, como ministro do Rei D. José I. Em razão da atuação de Pombal, é correto fazer as seguintes afirmações. ( ) Durante o seu governo, foram criadas comissões encarregadas de fazer a demarcação das fronteiras entre terras do domínio português e terras do domínio espanhol, no território americano. ( ) Na sua luta contra os jesuítas, Pombal tentou atingi-los estendendo a lei de liberdade dos índios (1755) a todo o Brasil. ( ) O antijesuitismo, desenvolvido na época, foi uma estratégia de Pombal para acusar a Companhia de Jesus de ser um estado dentro de outro estado e, dessa maneira, justificar a expulsão dos jesuítas do Brasil. ( ) As rigorosas leis pombalinas acabaram por incentivar a "reforma geral no ensino", tornando-o mais complexo e multiplicando as escolas e as ordens responsáveis por elas, o que deu maior desenvolvimento à cultura colonial. ( ) Os jesuítas não se submeteram às ordens de Pombal e reagiram apoiando o governo de D. José I. 38. (Ufpel) "A única maneira de fazer com que muito ouro seja trazido de outros reinos para o tesouro real é conseguir que grande quantidade de nossos produtos seja levada anualmente além dos mares, e menor quantidade de seus produtos seja para cá transportada ..." In: FREITAS, Gustavo de. "900 textos e documentos de História". Lisboa, Plátano, s/d.: "Política para tornar o reino de Inglaterra próspero, rico e poderoso, 1549". Documentos econômicos dos Tudor. A afirmação descrita no texto expressa uma característica da política econômica a) mercantilista inglesa, base do Tratado de Methuem, que fomentou a acumulação de capital, inclusive com o ouro brasileiro, no século XVIII. b) capitalista industrial, quando os ingleses dominaram as colônias ibéricas através do comércio de produtos manufaturados, no século XVII. c) bulionista, baseada na exploração aurífera da América do Norte e no monopólio comercial com a instauração das Treze Colônias. d) colonialista, alicerçada na hegemonia que os ingleses exerciam no Atlântico Sul, desde o século XVI. e) metalista inglesa, resultante do Ato de Navegação de Cromwell, na República Puritana, no século XVII.

8 – As Revoltas e Conspirações Coloniais

QUESTÕES

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1. A análise da ilustração e os conhecimentos sobre o Brasil colonial permitem afirmar:

(01) No referido período histórico, a população colonial gozava dos mesmos direitos de cidadania concedidos à população metropolitana. (02) A parte inferior da ilustração representa o enraizamento de idéias anticoloniais e antimonopolistas em setores ilustrados e populares do Brasil colonial. (04) Os movimentos de Beckman, Maneta e Vila Rica não podem ser incluídos na representação, por terem eles se constituído episódios que se limitavam a contestar aspectos específicos da dominação colonial. (08) A parte superior da ilustração significa a sobrevivência dos ideais presentes nos movimentos anticoloniais, abrindo espaço para a independência e a construção do Estado Nacional. (16) Os movimentos anticoloniais do século XVII, à semelhança dos indicados na figura, buscavam a consolidação da unidade nacional. (32) Os movimentos indicados na representação assemelham-se, no que se refere à categoria social dos seus componentes, aos fundamentos ideológicos, aos planos de ação e divulgação e às propostas econômicas, políticas e sociais. Soma ( ) TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO (Puccamp) As ordens já são mandadas, já se apressam os meirinhos. Entram por salas e alcovas, relatam roupas e livros: (...) Compêndios e dicionários, e tratados eruditos sobre povos, sobre reinos, sobre invenções e Concílios... E as sugestões perigosas da França e Estados Unidos, Mably, Voltaire e outros tantos, que são todos libertinos... (Cecília Meireles, Romance XLVII ou Dos seqüestros. "Romanceiro da Inconfidência") 2. A respeito da caracterização dos inconfidentes, tema presente em todo o Romanceiro, considere o texto adiante. A análise da extração social dos revolucionários indica, claramente, que em Minas a inquietação está lastreada pela prosperidade (de lavras, terras de lavoura, de gado e de escravos): a revolução é intentada por homens de posse. (Carlos Guilherme Mota. "A idéia da revolução no Brasil (1789-1801)". São Paulo: Cortez, 1989, p. 115) A medida da Coroa que incidiu sobre essas posses e acirrou os desejos de rompimento com a metrópole foi a a) resolução da rainha, D. Maria I, de proibir a agricultura de subsistência na região de Minas Gerais. b) ameaça da Derrama, cobrança de 100 arrobas de ouro anuais a todos os habitantes, de forma indiscriminada. c) nomeação de Contratadores, encarregados de cobrar todos os tributos destinados à metrópole. d) oficialização do Quinto, imposto que incidia sobre a produção mineradora, da qual 20% destinava-se a Portugal. e) instituição da Devassa, apuração dos proprietários suspeitos de conspirarem contra a Coroa. 3. (Fuvest) O ideário da Revolução Francesa, que entre outras coisas defendia o governo representativo, a liberdade de expressão, a liberdade de produção e de comércio, influenciou no Brasil a Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana, porque: a) cedia às pressões de intelectuais estrangeiros que queriam divulgar suas obras no Brasil. b) servia aos interesses de comerciantes holandeses aqui estabelecidos que desejavam influir no governo colonial. c) satisfazia aos brasileiros e aos portugueses, que desta forma conseguiram conciliar suas diferenças econômicas e políticas. d) apesar de expressar as aspirações de uma minoria da sociedade francesa, aqui foi adaptado pelos positivistas aos objetivos dos militares. e) foi adotado por proprietários, comerciantes, profissionais liberais, padres, pequenos lavradores, libertos e escravos, como justificativa para sua oposição ao absolutismo e ao sistema colonial. 4. (Mackenzie) Há duzentos anos, em 1798, um movimento pela Independência do Brasil inspirou-se nos ideais revolucionários franceses, defendendo a igualdade social, o trabalho livre e o fim das distinções de raça e cor. Teve caráter popular, influência maçônica e forte conteúdo social. Identifique-o nas alternativas abaixo. a) Inconfidência Mineira b) Conspiração dos Suassunas c) Revolução Pernambucana

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d) Inconfidência Baiana e) Conjura Literária 5. (Fuvest) A Inconfidência Mineira foi um episódio marcado: a) pela influência dos acontecimentos de julho de 1789, a tomada da Bastilha. b) pela atitude anti-escravista, consensual entre seus participantes. c) pelo intuito de acabar com o predomínio da Companhia de Comércio do Brasil. d) pela insatisfação ante a cobrança do imposto sobre bateias. e) pelas idéias ilustradas e pela Independência dos Estados Unidos. 6. (Fgv) O movimento político organizado na Bahia em 1789 incluía em seu bojo e na sua liderança mulatos e negros livres ou libertos, ligados às profissões urbanas, como artesãos ou soldados, bem como alguns escravos. "Os conspiradores defendiam a proclamação da República, o fim da escravidão, o livre comércio especialmente com a França, o aumento do salário dos militares, a punição de padres contrários à liberdade. O movimento não chegou a se concretizar, a não ser pelo lançamento de alguns panfletos e várias articulações. Após uma tentativa de se obter o apoio do governador da Bahia, começaram as prisões e delações. Quatro dos principais acusados foram enforcados e esquartejados. Outros receberam penas de prisão ou banimento." O texto anterior refere-se à: a) Conjuração dos Alfaiates. b) Balaiada. c) Revolução Praieira. d) Sabinada. e) Inconfidência Mineira. 7. (Uel) Dentre as rebeliões coloniais, a que marcou o início do processo de emancipação política no Brasil, por questionar a dominação metropolitana na colônia, foi a a) Revolta de Beckman. b) Guerra dos Mascates. c) Guerra dos Emboabas. d) Inconfidência Mineira. e) Confederação do Equador. 8. (Mackenzie) No final do século XVIII, as restrições econômicas de Portugal ao Brasil chegaram ao máximo; o ouro declinava e as idéias liberais difundiam-se pelo país. Tais fatos provocaram um movimento pela independência, acentuadamente popular, com fortes preocupações sociais, conhecido por: a) Inconfidência Mineira. b) Guerra dos Mascates. c) Revolta de Felipe dos Santos. d) Conjura Literária. e) Inconfidência Baiana. 9. (Uece) Sobre as influências filosóficas e ideológicas da Inconfidência Mineira (1789), é correto afirmar que: a) os ideais napoleônicos de ampla extensão da educação básica foram a principal meta de governo dos insurretos b) o Congresso de Viena foi a principal fonte de inspiração para os inconfidentes brasileiros, que viam os governos da Europa central como as formas mais desenvolvidas de organização política c) as campanhas de libertação das colônias latino-americanas e o nacionalismo foram as principais matrizes ideológicas da Inconfidência d) a independência dos EUA e o pensamento liberal e anti-absolutista muito influenciaram os ideais dos inconfidentes brasileiros 10. (Mackenzie) "O certo é que, se os marcos cronológicos com que os historiadores assinalam a evolução social e política dos povos, não se estribassem unicamente nos caracteres externos e formais dos fatos, mas refletissem a sua significação íntima, a independência brasileira seria antedatada de 14 anos..." (Caio Prado Júnior - "Evolução Política do Brasil") O fato histórico mencionado no texto e que praticamente anulou nossa situação colonial foi: a) Criação do Ensino Superior. b) Alvará de Liberdade Industrial. c) Tratados de 1810 com a Inglaterra. d) Abertura dos Portos. e) Elevação do Brasil a Reino Unido. 11. (Fuvest) A Inconfidência Mineira, no plano das idéias, foi inspirada a) nas reivindicações das camadas menos favorecidas da Colônia. b) no pensamento liberal dos filósofos da Ilustração européia. c) nos princípios do socialismo utópico de Saint-Simon. d) nas idéias absolutistas defendidas pelos pensadores iluministas. e) nas fórmulas políticas desenvolvidas pelos comerciantes do Rio de Janeiro.

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12. (Uel) "Rebelião que expressou as contradições do Antigo Sistema Colonial. Teve influência maçônica iluminista, revelou objetivos emancipacionista e republicano. O movimento se diferenciou dos demais pelo caráter social, a igualdade racial declarada nos boletins, e pela participação de elementos provenientes das camadas populares da população (soldados, artesãos, ourives, alfaiates, domésticas, negros escravos e forros)". O texto refere-se à a) Balaiada. b) Conjuração Baiana. c) Revolta Farroupilha. d) Confederação do Equador. e) Guerra dos Mascates. 13. (Fuvest) A chamada Guerra dos Mascates, ocorrida em Pernambuco em 1710, deveu-se a) ao surgimento de um sentimento nativista brasileiro, em oposição aos colonizadores portugueses. b) ao orgulho ferido dos habitantes da vila de Olinda, menosprezados pelos portugueses. c) ao choque entre comerciantes portugueses do Recife e a aristocracia rural de Olinda pelo controle da mão-de-obra escrava. d) ao choque entre comerciantes portugueses do Recife e a aristocracia rural de Olinda cujas relações comerciais eram, respectivamente, de credores e devedores. e) a uma disputa interna entre grupos de comerciantes, que eram chamados depreciativamente de mascates. 14. (Mackenzie) Sobre a Guerra dos Mascates, assinale a alternativa correta: a) foi um conflito desencadeado pelos irmãos Manuel e Tomás Beckman, grandes proprietários de terras no Recife. b) foi uma reação dos jesuítas contra a escravização indígena no Recife e Olinda, e resultou na expulsão dos padres. c) ocorreu por causa da Lei das Casas de Fundição e pela repressão desencadeada pelo Conde de Assumar, fiel ao Rei. d) a vitória foi conquistada pelos olindenses após a sangrenta batalha do Capão da Traição. e) tratou-se de um conflito entre comerciantes do Recife, que defendiam a autonomia da vila, e senhores de engenho de Olinda, contrários àquela autonomia, acerca do Pelourinho que a simbolizava. 15. (Uece) "Cada hum soldado he cidadão mormente os homens pardos e pretos que vivem escornados, e abandonados, todos serão iguaes, não haverá diferença, só haverá liberdade, igualdade e fraternidade." (Manifesto dirigido ao "Poderoso e Magnífico Povo Bahiense Republicano", em 1798. Cit. por NEVES, Joana e NADAI, Elza. HISTÓRIA DO BRASIL. DA COLÔNIA À REPÚBLICA. 13• ed. São Paulo: Saraiva, 1990. p. 119.) Assinale a opção que melhor expressa as diferenças entre a Conjuração Baiana e a Inconfidência Mineira: a) os mineiros eram mais radicais do que os baianos com relação à escravidão, pois defendiam não só liberdade dos negros mas sua participação no governo b) enquanto em Minas os revoltosos evitavam tocar em questões delicadas como a escravidão, na Bahia a influência da Revolução Francesa era mais marcante c) a revolta na Bahia foi liderada e apoiada por setores instruídos da população, o que ditou seu tom mais moderado, mas em Minas a população pobre foi às ruas e expulsou as lideranças conciliadoras d) a influência da Independência dos EUA foi mais intensa na revolta baiana, enquanto que, em Minas, a presença dos ideais franceses foi mais forte 16. (Cesgranrio) Durante as últimas décadas do século XVIII, a colônia portuguesa na América foi palco de movimentos como a Inconfidência Mineira (1789), a Conjuração do Rio de Janeiro (1794) e a Conjuração Baiana (1798). A respeito desses movimentos pode-se afirmar que: a) demonstravam a intenção das classes proprietárias, adeptas das idéias liberais de seguirem o exemplo da Revolução Americana (1776) e proclamarem a independência, construindo uma sociedade democrática em que todos os homens seriam livres e iguais. b) expressavam a crise do Antigo Sistema Colonial através da tomada de consciência, por parte de diferentes setores da sociedade colonial, de que a exploração exercida pela Metrópole era contrária aos seus interesses e responsável pelo empobrecimento da Colônia. c) denunciavam a total adesão dos colonos às pressões da burguesia industrial britânica a favor da independência e da abolição do tráfico negreiro para se constituir, no Brasil, um mercado de consumo para os manufaturados. d) representavam uma forma de resistência dos colonos às tentativas de recolonização empreendidas, depois da Revolução do Porto, pelas Cortes de Lisboa, liberais em Portugal, que queriam reaver o monopólio do comércio com o Brasil. e) tinham cunho separatista e uma ideologia marcadamente nacionalista, visando à libertação da Colônia da Metrópole e à formação de um Império no Brasil através da união das várias regiões até então desunidas. 17. (Cesgranrio) A crise do Antigo Sistema Colonial (final do século XVIII) pode ser caracterizada através de um conjunto de fatos abaixo relacionados, com EXCEÇÃO de um. Assinale-o. a) As pressões da França industrializada, a cobiça norte-americana sobre os mercados latinos-americanos e o avanço do liberalismo nos países ibéricos; b) A Revolução Industrial Inglesa, a crítica liberal às práticas mercantilistas e a invasão napoleônica na Península Ibérica; c) O descontentamento dos colonos com a política econômica e fiscal metropolitana e a difusão da idéia de "revolução" entre as elites coloniais; d) As tentativas de redefinir o Sistema, de modo a atender às críticas dos colonos, mas sem abrir mão do "exclusivo"; e) As pressões inglesas sobre as metrópoles ibéricas, o apoio da Inglaterra aos movimentos coloniais de rebeldia e os tratados anglo-portugueses de 1810.

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18. (Mackenzie) "Atrás de portas fechadas à luz de velas acesas entre sigilo e espionagem acontece a Inconfidência." (Cecília Meireles, ROMANCEIRO DA INCONFIDÊNCIA) Sobre a revolta colonial mencionada no trecho anterior, assinale a alternativa correta. a) Tinha ampla mobilização popular e forte conteúdo social. b) Articulada junto à elite, com base ideológica iluminista, fracassou em parte por seu caráter localizado, restrito ao eixo Rio-Minas Gerais. c) Tiradentes, transformado em mito durante o Império dos Bragança, foi o verdadeiro chefe da conspiração. d) Este foi o único movimento que passou da fase conspiratória à luta armada. e) Apesar de fortes medidas de segurança, a conspiração teve um único traidor: Joaquim Silvério dos Reis. 19. (Uece) Sobre a assim chamada Guerra dos Mascates, pode-se afirmar corretamente que: a) significou a retomada de Recife pelos portugueses, após um período de dominação holandesa. b) os produtores de cana-de-açúcar de Recife, endividados, revoltaram-se contra os comerciantes de Olinda. c) resultou de conflitos entre comerciantes de Recife e senhores de engenho de Olinda a respeito do controle político-administrativo da região. d) foi uma típica revolta anti-colonialista, pois os "mascates" eram os comerciantes portugueses que dominavam a economia local, com o apoio dos senhores de engenho. 20. (Fei) Foi conseqüência da crise da mineração em Minas Gerais no fim do século XVIII: a) uma maior intervenção metropolitana nos assuntos coloniais e o conseqüente aumento da extração aurífera. b) o aumento da população na região das Minas Gerais. c) a maior tomada de consciência por parte dos colonos da exploração metropolitana, materializada na Inconfidência Mineira. d) o deslocamento do interesse metropolitano para suas colônias asiáticas. e) o fim da exploração portuguesa e o conseqüente enriquecimento dos donos de minas coloniais. 21. (Puccamp) O processo de independência política do Brasil atrelou-se às transformações do mundo ocidental no final do século XVIII e início do XIX. É correto afirmar que entre essas transformações está a) a estagnação industrial estimulada pelo pacto colonial, como instrumento de reserva de mercado. b) a ilustração que promoveu o reforço da religiosidade expressa no Barroco. c) a emancipação política das numerosas colônias latino-americanas apoiadas pelo congresso de Viena. d) o conjunto das rebeliões coloniais que receberam influências do pensamento liberal, apesar das diferenças entre as áreas coloniais e a Europa. e) a atuação dos movimentos autóctones das elites coloniais, não se subordinando ao processo geral da crise do Antigo Regime. 22. (Uel) A Inconfidência Mineira foi uma conspiração que ocorreu em Vila Rica, hoje Ouro Preto, com caráter separatista. Sobre esse movimento é correto afirmar que a) "foi um mero sintoma da generalização do pensamento socialista que vai explodir na geração seguinte. Apesar de sua existência efêmera representou um marco de resistência colonial contra a opressão metropolitana..." b) "inspirada nos ideais revolucionários franceses, visava à igualdade social, liberdade de comércio, trabalho livre e fim das distinções de raça e de cor." c) "o movimento reflete o clima de tensão social e política vivida na região. Foi nesta região que se desenvolveu a maioria das sociedades secretas que divulgaram os ideais revolucionários de liberdade." d) "foi um movimento que abortou antes de se iniciar, mas que mostrou um sintoma de desagregação do Império português na América. Embora não tenha recebido influência direta da Revolução Francesa os ideais iluministas e liberais estavam presentes no movimento." e) "defendendo o federalismo, os insurretos pretendiam proclamar a independência e organizar o governo com base nos princípios de soberania popular e participação das camadas mais pobres nas decisões políticas." 23. (Mackenzie) "A coalizão de magnatas comprometidos com a revolução mineira não era monolítica, tendo na multiplicidade de motivações e de elementos envolvidos uma debilidade potencial. Os magnatas esperavam alcançar seus objetivos sob cobertura de um levante popular". (Kenneth Maxwell - "A devassa da devassa"). Assinale a interpretação correta sobre o texto referente à Inconfidência Mineira. a) A Inconfidência Mineira era um movimento de elite, com propostas sociais indefinidas e que pretendia usar a derrama como pretexto para o levante popular. b) O movimento mineiro tinha sólido apoio popular e eclodiria com a adesão dos dragões: a polícia local. c) Os envolvidos não tinham motivos pessoais para aderir à revolta, articulada em todo o país através de seus líderes. d) A conspiração entrou na fase da luta armada, sendo derrotada por tropas metropolitanas. e) A segurança perfeita e o sigilo do movimento impediram que delatores denunciassem a revolta ao governo. 24. (Cesgranrio) O bicentenário da Conjuração Baiana (1798) recorda as rebeliões que, no final do século XVIII, tinham em comum refletir a crise do sistema colonial, a qual pode ser retratada pelas opções à seguir, com EXCEÇÃO de uma. Assinale-a. a) Penetração das idéias iluministas e liberais em parcela da elite colonial. b) Insatisfação crescente com as tradicionais restrições e o fiscalismo do sistema colonial. c) Influência dos movimentos externos como a Independência dos Estado Unidos e a Revolução Francesa. d) Politização das camadas populares, incluindo a massa escrava, constantemente rebelada, em aliança com a burocracia colonial. e) Liderança das elites coloniais na quase totalidade dos movimentos de rebelião. 25. (Ufrs) Através de grossas portas, sentem-se luzes acesas,

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- e há indagações minuciosas dentro das casas fronteiras. 'Que estão fazendo, tão tarde? Que escrevem, conversam, pensam? Mostram livros proibidos? Lêem notícias nas Gazetas? Terão recebido cartas de potências estrangeiras? (Antigüidades de Nimes em Vila Rica suspensas! Cavalo de La Fayette saltando vastas fronteiras Ó vitórias, festas, flores das lutas da Independência! Liberdade - essa palavra que o sonho humano alimenta; que não há ninguém que explique, e ninguém que não entenda!) O trecho anterior, retirado de um poema de Cecília Meireles, faz referência à a) Conjuração Baiana. b) Revolta dos Malês. c) Revolução Praieira. d) Inconfidência Mineira. e) Revolução Farroupilha. 26. (Mackenzie) "A fome já me tem mudo que é muda a boca esfaimada mas se a frota não traz nada por que razão leva tudo?" Os versos críticos de Gregório de Matos descrevem a crise na colônia no final do século XVII, cujas raízes eram: a) a tradicional dependência econômica em relação à Holanda, sócia na produção açucareira. b) a centralização administrativa e o rígido monopólio impostos por Portugal, para superar a crise econômica após o domínio espanhol. c) a ascensão do açúcar brasileiro no mercado internacional, derrotando o concorrente holandês. d) a extinção de Companhias de Comércio particulares, devido à pressão colonial que desorganizara o comércio externo. e) as pressões inglesas diante da independência econômica e concorrência de Portugal. 27. (Mackenzie) Há dois séculos atrás, ocorria na Bahia a Conjura dos Alfaiates, conspiração que faz parte do quadro das grandes rebeliões do final do século XVIII. Assinale a alternativa na qual estão descritos traços peculiares deste movimento, em relação aos anteriores. a) Foi a primeira expressão de um movimento de raiz popular, que combinava aspirações de independência com reivindicações sociais. b) Tinha composição exclusivamente elitista, daí a ausência de preocupações sociais. c) Ideologicamente, vinculava-se exclusivamente ao Liberalismo, tendo como modelo a independência dos E.U.A. d) O Estado português reagiu de forma bastante tolerante, já que seus líderes eram membros da elite colonial. e) A independência do Haiti nada teve em comum com as raízes deste movimento. 28. (Unb) A Inconfidência Mineira não foi um fato isolado. Ela está integrada ao contexto social, político e econômico do Brasil colonial. Na Capitania de Minas Gerais, houve muito outros, e também importantes, movimentos rebeldes. Considerando a História do Brasil como um todo, a Inconfidência Mineira também não foi única: ela se coloca ao lado de movimentos como a Conjuração dos Alfaiates (Bahia, 1798), a Conjuração do Rio de Janeiro (1794) e a Revolução Pernambucana de 1817, entre outros que também enfrentaram a dominação colonial. Carla Anastasia. "Os temas da liberdade e da Republicana na Inconfidência Mineira" (com adaptações) Com o auxílio das informações contidas no texto, julgue os itens seguintes. (1) Ao contrário do movimento de Vila Rica, fortemente marcado pela participação das elites locais, a Conjuração Baiana teve um cunho essencialmente popular. (2) Todos os movimentos citados no texto inscrevem-se no quadro geral de crise do antigo sistema colonial, quadro esse que também refletia as transformações vividas pela Europa a partir da Revolução Industrial e das revoluções liberais burguesas. (3) A Revolução Pernambucana de 1817, que eclodiu durante a permanência do Estado português no Brasil, traçou uma linha libertária que teve prolongamento na Confederação do Equador, dois anos após a Independência. (4) A imagem de Tiradentes, cultuada durante o período monárquico, sofreu forte oposição por parte daqueles que proclamaram a República, pelo que poderia inspirar contra o novo regime. 29. (Puc-rio) Nas últimas décadas do século XVIII, ocorreram diversas manifestações de descontentamento em relação ao sistema colonial português na América. Essas manifestações geraram movimentos sediciosos, que chamamos de "Conjurações" ou "Inconfidências", todos abortados pela repressão metropolitana. Sobre eles, NÃO é correto afirmar: a) A Conjuração Mineira, em 1789, foi a primeira a manifestar a intenção de ruptura com os laços coloniais, e reuniu diversos membros da elite mineradora. b) A Conjuração Baiana, em 1798, também conhecida como "Revolta dos Alfaiates", congregou entre as lideranças dos revoltosos, mulatos e negros livres ligados às profissões urbanas, principalmente artesãos e soldados. c) A Conjuração do Rio de Janeiro, em 1794, foi proveniente da Sociedade Literária do Rio de Janeiro, cujos membros, ao se reunirem para debater temas literários, filosóficos e científicos, defendiam concepções libertárias iluministas. d) As conjurações foram influenciadas pelas experiências européia e norte-americana, que se difundiram nas regiões coloniais por meio de livros importados, de pasquins elaborados localmente e de discussões nas casas e ruas de Ouro Preto, Salvador ou Rio de Janeiro. e) A influência externa se fez de modo distinto: enquanto a Conjuração Mineira tomou como exemplo o período do "Terror robespierrista" da Revolução Francesa, a Conjuração Baiana teve como paradigma os ideais expressos na Independência norte-americana.

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30. (Uff) O lema liberal "Liberdade, Igualdade e Fraternidade" consagrado pela Revolução Francesa influenciou, sobremaneira, as chamadas Inconfidências ocorridas em fins do século XVIII no Brasil Colônia. Assinale a opção que apresenta informações corretas sobre a chamada Conjuração dos Alfaiates. a) Envolveu a participação de mulatos, negros livres e escravos, refletindo não somente a preocupação com a liberdade, mas também com o fim da dominação colonial. b) Esta inconfidência baiana caracterizou-se por restringir-se à participação de uma elite de letrados e brancos livres influenciados pelos princípios revolucionários franceses. c) Em tal conjuração, a difusão das idéias liberais não acarretou crítica às contradições da sociedade escravocrata. d) Este movimento, também conhecido como Inconfidência Mineira, teve um papel singular no contexto da crise do sistema colonial, revelando suas contradições e sua decadência. e) Um de seus principais motivos foi a prolongada crise do setor cafeeiro que se arrastou ao longo da segunda metade do século XVIII. 31. (Pucmg) A tabela que se segue apresenta a entrada de navios no porto do Rio de Janeiro nas duas primeiras décadas do século passado.

Dados estatísticos extraídos do livro "História Político-Econômica e Industrial do Brasil", Heitor Ferreira Lima-SP-1970-Pág.136. Analisando-se os dados fornecidos, é CORRETO concluir: a) O período entre 1805 e 1807 foi caracterizado pela presença exclusiva de embarcações lusitanas no porto do Rio de Janeiro. b) A entrada de navios estrangeiros no porto do Rio de Janeiro cresceu continuamente a partir de 1808. c) A partir da Abertura dos Portos por D. João VI, o comércio entre Portugal e Brasil sofre visível redução. d) A assinatura do Tratado de Comércio e Navegação com a Inglaterra, em 1810, retraiu o fluxo de navios portugueses para o Brasil. e) O comércio externo brasileiro, no início do século passado, encontrava-se dominado pela Grã-Bretanha. 32. (Uel) "A falta de consistência ideológica não invalida o significado (...) do movimento. Era um sintoma da desagregação do Império português da América. A Coroa portuguesa bem o sentiu e tentou, por um castigo exemplar (1792), deter a marcha do processamento histórico e impedir, pelo terror, que seus domínios seguissem o exemplo da América inglesa. Refletia, por outro lado, os impulsos de um povo que tomava consciência de sua realidade, suas particularidades e suas possibilidades. Esse sentido foi nacionalista." O texto descreve uma realidade que pode ser associada à a) Inconfidência Mineira. b) Guerra dos Farrapos. c) Revolta dos Alfaiates. d) Revolução Pernambucana. e) Confederação do Equador. 33. (Mackenzie) O fato de ser alferes influiu para transformar-me em conspirador, levado a tanto que fui pelas injustiças que sofri, preterido sempre nas promoções a que tinha direito. Uni minhas amarguras às do povo, que eram maiores, e foi assim que a idéia de libertação tomou conta de mim. (Tiradentes) As razões da insatisfação do alferes e do povo mineiro em 1789 eram: a) a opressão tributária sobre a capitania cujo ouro se esgotara, o empobrecimento e ameaça da derrama e a divulgação das idéias iluministas pela elite letrada. b) a concentração de terras e do comércio em mãos de comerciantes lusos, provocando intensa xenofobia na região do ouro. c) a criação de indústrias nesta área pelo governo de D. Maria I, fato que enriqueceu a população local, gerando a idéia da independência. d) o predomínio do trabalho escravo na zona mineradora e a ausência total de mecanismos de alforria e trabalho livre, agravando a crise social. e) o declínio da produção de açúcar para exportação, despertando o choque de interesses entre colônia e metrópole, e a idéia de libertação. 34. (Ufpe) Movimentos políticos de caráter separatista ocorreram no Brasil nos séculos XVIII e XIX. Sobre este tema analise as afirmações que seguem. (0) Apenas dois movimentos de caráter separatista ocorreram no período colonial: a Inconfidência Mineira e a Revolução de 1817, ocorrida em Pernambuco. (1) Os cavaleiros da Luz, como eram chamados os componentes da sociedade maçônica baiana, apoiaram a Conjuração Baiana e a proclamação da República em 1798. (2) Da insatisfação dos artesãos, proibidos de construir suas próprias manufaturas, e do movimento pró-independência surgiu, no Rio de Janeiro, a Revolução dos Alfaiates. (3) A separação da capitania de Minas Gerais do reino de Portugal foi um plano dos revoltosos do movimento insurrecional mineiro, abortado em 1789. (4) O movimento de caráter separatista, ocorrido em 1817 em Pernambuco, chegou a proclamar uma República e a organizar um governo provisório.

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35. (Ufsm) No início do século XIX, idéias liberais provenientes da Europa, ao entrarem no Brasil, sofreram adaptações. As características do liberalismo no Brasil, durante esse período, são: a) liberdade econômica e igualdade jurídica. b) fim do pacto colonial e liberdade comercial, favorecendo a burguesia industrial brasileira. c) ideário republicano e idéias abolicionista. d) extirpação de obstáculos mercantilistas à expansão do projeto industrial e anticlericalismo. e) luta anticolonial e manutenção da escravidãoe do latifúndio. 36. (Ufsc) "..." Que estava plenamente provado o crime de lesa-majestade [...] a que premeditadamente concorriam de se subtraírem da sujeição em que nasceram e que como vassalos deviam ter a dita senhora (Dona Maria I), para constituírem uma República, por meio de uma formal rebelião, pela qual assentaram de assassinar ou depor General e Ministros, a quem a mesma senhora tinha dado jurisdição e poder de reger e governar os povos da Capitania [...] Portanto condenam o réu Joaquim José da Silva Xavier, por alcunha Tiradentes, Alferes que foi da tropa paga da Capitania de Minas, a que com baraço e pregão seja conduzido pelas ruas públicas ao lugar da forca e nela morra morte natural, para sempre. E que depois de morto, lhe seja cortada a cabeça e levada a Vila Rica, onde em lugar mais público dela, seja pregada em um poste alto, até que o tempo a consuma e o seu corpo será dividido em quatro quartos e pregados em postes pelo caminho de Minas "..." CASTRO, Therezinha de. "História documental do Brasil". Rio de Janeiro, Record, 1968. p. 123-124. Analisando o texto, o momento e as circunstâncias em que foi escrito, assinale a(s) proposição(ões) VERDADEIRA(S). 01. Trata-se da condenação de Joaquim José da Silva Xavier, conhecido como Tiradentes, que com outros não citados no trecho, foram julgados por terem participado de uma insurreição contra o governo português. 02. Segundo o texto, entre outros objetivos do movimento conspiratório, estava o de proclamar uma República. 04. A conspiração pretendia ainda a abolição da escravatura, independência das colônias americanas e a adoção dos princípios da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, proclamada na França. 08. O movimento por cuja participação foi condenado Tiradentes é conhecido, na História do Brasil, como "Revolta de Vila Rica" 16. Os réus foram condenados não só por conspirarem, mas por crime de assassinato de autoridades da Colônia e da rainha de Portugal. 32. O movimento que motivou a condenação de Tiradentes teve forte participação popular. Muitos dos que foram presos eram operários, soldados, agricultores pobres e mesmo alguns clérigos, como Frei Caneca, também condenado e executado. 37. (Pucrs) A crise do sistema colonial foi influenciada pelas idéias da Independência dos Estados Unidos e da Revolução Francesa. Nesse contexto, houve rebeliões planejadas pelas elites proprietárias de terras e pelas camadas populares no Brasil do final do século XVIII. A historiografia tradicional e a memória oficial dão ênfase à Inconfidência Mineira, movimento abortado, de caráter elitista, que não questionava a desigualdade social no Brasil Colônia. Já a história social, corrente historiográfica que enfatiza os movimentos sociais e discute os conflitos entre os diferentes projetos dos grupos sociais na formação da sociedade brasileira, dá maior ênfase à _______, um movimento que, em 1798, foi planejado por intelectuais, padres, soldados, alfaiates, mulatos e negros que pregavam o fim da escravidão, da carestia e dos privilégios do sistema colonial, tendo entre seus líderes Agostinho Gomes e Cipriano Barata. a) Guerra dos Mascates b) Rebelião de Felipe dos Santos c) Revolta dos Cabanos d) Conjuração Baiana e) Revolta de Beckman 38. (Fatec) Em 1798, surge na Bahia um movimento rebelde conhecido como Conjuração Baiana ou Revolta dos Alfaiates, que contou com a participação de pessoas das camadas sociais mais humildes. Esse movimento a) pretendia fundar uma Universidade, instalar manufaturas de tecidos e aproveitar o ferro e o salitre da região. b) protestava contra os impostos, defendia a abolição da escravatura e propunha aumento de soldo aos soldados. c) defendia o fim do Pacto Colonial e o desenvolvimento de manufaturas têxteis e siderúrgicas, além do estímulo à produção agrícola. d) foi o primeiro movimento de rebeldia a questionar o Pacto Colonial. e) no plano político contava com elementos adeptos da república, enquanto outros pretendiam uma monarquia constitucional. 39. (Puc-rio) A Conjuração Mineira (1789) e a Conjuração Baiana (1798) possuem em comum o fato de terem sido movimentos que: I - evidenciaram a crise do Antigo Sistema Colonial. II - visavam à emancipação política do Brasil. III - apresentavam forte caráter popular. IV - expressavam insatisfações em face da política metropolitana, particularmente desde a queda do Marquês de Pombal. Assinale: a) se apenas a afirmativa II estiver correta. b) se apenas as afirmativas I e IV estiverem corretas. c) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas. d) se apenas as afirmativas I , II e III estiverem corretas. e) se todas as afirmativas estiverem corretas. 40. (Ufu) No Brasil, a sociedade que se estruturou na região das minas possuía características que a diferenciavam do restante da colônia. A esse respeito, assinale a alternativa correta. a) O ouro, os diamantes e o comércio possibilitaram a formação de uma sociedade onde a riqueza era distribuída mais eqüitativamente, não se reproduzindo ali os contrastes entre a fortuna de poucos e a pobreza da maioria. b) A intensa miscigenação entre homens brancos e mulheres negras contribuiu para diminuir sensivelmente o preconceito racial, levando os senhores a dispensarem um tratamento humanitário aos seus escravos. c) A arte barroca de Aleijadinho, profundamente influenciada pelos dogmas religiosos da época, foi colocada a serviço da rica elite local, traduzindo um sentimento de conformismo e aceitação da ordem social vigente.

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d) Era uma sociedade urbanizada e heterogênea, formada por comerciantes, funcionários reais, artesãos, onde a riqueza proporcionada pelo ouro, diamantes e comércio estava concentrada nas mãos de poucos, contrastando com a miséria da maioria da população. 41. (Ufes) Sobre a Conjuração Baiana, ocorrida em 1798, é CORRETO afirmar que a) foi uma revolta liderada pelos senhores de escravos, que contou com pouca mobilização popular sobretudo das populações de cor. b) foi uma revolta anticolonial, com maior presença das camadas populares, que, entre outros objetivos, pretendia acabar com a escravidão e fundar uma república democrática. c) foi um movimento liderado por intelectuais e escravos, comprometido com a luta anticolonial, mas sem planos de revolta. d) foi um movimento contra as taxações excessivas sobre o fumo e o açúcar, que não assumiu um caráter anticolonialista. e) foi uma revolta liderada pela elite baiana, que lutava pela permanência do sistema escravista. 42. (Ufrs) Associe as afirmações apresentadas na coluna superior com as contestações setecentistas referidas na coluna inferior. 1- Revolta de Vila Rica (1720) 2- Conjuração Mineira (1789) 3- Conjuração Carioca (1794) 4- Conjuração Baiana (1798) ( ) Foi um movimento inspirado nas idéias revolucionárias francesas, com expressiva participação popular, principalmente de soldados e alfaiates. ( ) O principal motivo de sua eclosão foi o anúncio da criação das Casas de Fundição na região mineradora, visando coibir o contrabando do ouro. ( ) Foi um movimento independentista de reação aos excessos do colonialismo português, tendo como principais articuladores os padres, os militares e os intelectuais. A seqüência correta de preenchimento dos parênteses de cima para baixo é a) 1 - 2 - 4. b) 1 - 3 - 4. c) 4 - 2 - 3. d) 4 - 1 - 2. e) 2 - 1 - 4. 43. (Puccamp) Analise o conteúdo do panfleto. "O poderoso e magnífico povo bahinense republicano desta cidade da Bahia Republicana, considerando os muitos e repetidos latrocínios feitos com os títulos de imposturas, tributos e direitos que são cobrados por ordem da Rainha de Lisboa e no que respeita a inutilidade da escravidão do mesmo povo tão sagrado e digno de ser livre, com respeito a liberdade e igualdade, ordena, manda e quer que para o futuro seja feita nesta cidade e seu termo a sua revolução para que seja exterminado para sempre o péssimo jugo reinável da Europa (...)." (Affonso Ruy, "A Primeira revolução social brasileira". Rio de Janeiro: Laemmert, 1970. p. 68-9.) As revoluções da segunda metade do século XVIII estabeleceram "novos eixos para a política, para a economia e para a cultura do Ocidente". Dentre elas, a Revolução Francesa repercutiu intensamente sobre a sociedade colonial brasileira, como pode ser constatado nos termos do panfleto, que refletia o pensamento dos participantes a) das camadas populares, na Conjuração dos Alfaiates. b) das camadas médias, na Guerra dos Farrapos. c) da aristocracia açucareira, na Guerra dos Mascates. d) da aristocracia rural, na Guerra dos Emboabas. e) dos escravos, na Revolta Sabinada. 44. (Mackenzie) Já na Bahia, em 1798, a inquietação é orientada por elementos de "baixa esfera", pequenos artesãos, ex-proprietários de lavoura de cana, militares de baixo escalão (...) O problema é mais social que colonial. Carlos Guilherme Mota Sobre a Inconfidência Baiana, descrita no texto acima, podemos afirmar que: a) se inspirava nas idéias revolucionárias francesas e propunha mudanças na ordem social da colônia. b) liderada pela elite, preocupava-se com a preservação dos direitos dos grandes proprietários e da estabilidade social. c) tinha como único suporte ideológico as idéias da Independência dos E.U.A.. d) com sólido apoio militar e popular, ofereceu sério risco ao domínio colonial português. e) como a Revolução Pernambucana de 1817, foi derrotada por ser elitista e sem propostas sociais. 45. (Fatec) A Conjuração ou Inconfidência Mineira foi o primeiro movimento a manifestar de forma clara a intenção de romper completamente com Portugal. Dentre os muitos planos desses revolucionários estava a) fixar a capital em Sabará e implantar a República, sendo o primeiro presidente Alvarenga Peixoto. b) fixar a capital em Mariana e criar uma bandeira com um triângulo vermelho com a divisa "Libertas Quae Sera Tamem". c) fixar a capital em São João Del Rei e acabar com a escravidão negra. d) fixar a capital em São João Del Rei e acabar com o exército; em seu lugar atuariam as milícias. e) fixar a capital em Sabará e premiar as mulheres brancas que tivessem muitos filhos.

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46. (Fgv) Leia as afirmações sobre a Sedição Baiana de 1798 e assinale a alternativa CORRETA. I. Conhecida como Conjuração Baiana ou dos Alfaiates, a Sedição de 1798, foi um movimento social de caráter republicano e abolicionista. II. Diferentemente da Conjuração Mineira, o movimento de 1798 teve apoio dos setores mais explorados da sociedade colonial. III. Entre as reivindicações dos sediciosos estavam o fim do domínio colonial, a separação Igreja-Estado e a igualdade de direitos, sem distinção de cor ou de riqueza. IV. Dos muitos processados, quatro foram enforcados. Entre eles, Manuel Faustino dos Santos, de apenas 23 anos. V. O movimento caracterizou-se pela distribuição de panfletos manuscritos na cidade de Salvador. a) apenas I, II e IV estão corretas; b) apenas II, III e V estão corretas; c) apenas III e V estão corretas; d) apenas I e IV estão corretas; e) todas estão corretas. 47. (Ufrs) A partir da segunda metade do século XVIII, o chamado antigo sistema colonial, baseado nas práticas e nos princípios mercantilistas, enfrentou uma profunda crise. Desta crise resultou um conjunto de movimentos de independência nas áreas coloniais da América Latina. Considere os seguintes elementos. I - A Revolução Industrial na Inglaterra. II - A luta pela liberdade de comércio e pela autonomia. III - O desenvolvimento socioeconômico das colônias. IV - A influência das idéias iluministas. V - A política napoleônica. VI - A rivalidade entre a elite local e os representantes da elite metropolitana. Quais dentre eles contribuíram para a emancipação das colônias e rompimento do pacto colonial? a) Apenas I e II. b) Apenas I e IV. c) Apenas I, III e V. d) Apenas II, IV e VI. e) I, II, III, IV, V e VI. 48. (Ufc) Ao mesmo tempo em que se desenvolvia, em Portugal, uma política de reforma do absolutismo, surgiram conspirações na Colônia. Elas estavam ligadas às novas idéias e a acontecimentos ocorridos na Europa e nos Estados Unidos, mas também à realidade local. A idéia de uma nação brasileira foi se definindo à medida em que setores da sociedade da Colônia passaram a ter interesses distintos da Metrópole ou a identificar nela a fonte de seus problemas. Uma dessas conspirações foi a Inconfidência Mineira. Sobre o grupo que organizou esse movimento é correto dizer: a) era heterogêneo, de origem social variada, com idéias diferentes sobre as transformações sociais que o movimento deveria provocar. b) era um pequeno grupo de mineradores, preocupados unicamente em não pagar mais impostos à Metrópole, pois a extração do ouro tinha diminuído, e a Coroa continuava a cobrar o quinto. c) era um grupo homogêneo de intelectuais, inspirados no Iluminismo e no liberalismo da Revolução Americana. d) eram todos jovens, filhos da elite colonial, que tinham ido estudar na Europa. e) teve forte presença de homens pobres, livres, libertos e escravos, e por isso, o fim da escravidão era um de seus principais objetivos. 49. (Ufrn) Entre os movimentos que eclodiram no Brasil no final do período colonial, destaca-se a Conjuração Baiana, ocorrida em 1798. Nessa ocasião, em Salvador, foram divulgados panfletos manuscritos. Em um deles constavam os seguintes dizeres: Animaisvos Povo Bahiense que está para chegar o tempo feliz da nossa liberdade... [...] Homens, o tempo he xegado para vossa ressureição; sim, para ressucitareis do abismo da escravidão, para levantareis a sagrada Bandeira da Liberdade.[...] He fazer uma guerra civil entre nós, para que não se distinga a cor branca, parda e preta, e sermos todos felices sem exceição de pessoa, de sorte que não estaremos sujeitos a sofrer hum homem tolo, que nos governe, que só governarão aqueles que tiverem juizo e capacidade para mandar a homens. [...] ... huma revolução, afim de tornar esta Capitania hum Governo democrático, nelle seremos felices; porque só governarão as pessoas que tiverem capacidade para isso, ou sejão brancos ou pardos, ou pretos, sem distinção de côr... TAVARES, Luís Henrique Dias. Introdução ao estudo das idéias do movimento revolucionário de 1798. Salvador: Liv. Progresso, 1959. p. 7-13. No fragmento acima, estão expressos os anseios dos (as) a) categorias marginalizadas (artesãos, mulatos, soldados, brancos pobres e negros) que desejavam uma sociedade com direitos iguais para todos os segmentos sociais da Bahia. b) membros da elite branca da Bahia, que pretendiam a liberdade de comércio, o fim das imposições da metrópole e a autonomia política da província. c) grandes proprietários das decadentes lavouras canavieiras do Recôncavo Baiano, que temiam uma revolução feita pelos escravos negros e mulatos livres. d) camadas médias de Salvador, constituídas de homens livres, brancos e mulatos, temerosos de um levante dos escravos ou, como diziam, daquela "canalha africana". 50. (Fgv) A respeito da Revolta dos Alfaiates de 1798, podemos afirmar: a) Trata-se de uma revolução burguesa que tinha por objetivo eliminar o sistema colonial e estimular a entrada de imigrantes no Brasil. b) Os rebeldes foram influenciados pelas idéias do comunismo francês, que pregava a igualdade social e a distribuição de terras entre os mais pobres.

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c) Influenciados pelas doutrinas sociais da Igreja francesa, os líderes da revolta pretendiam garantir o ingresso no clero de homens de todas as raças. d) O discurso rebelde era marcado pelo anticlericalismo e defendia uma reforma na ordem vigente, de modo a eliminar as diferenças sociais. e) O movimento foi liderado pela elite baiana, descontente com a falta de incentivos do governo metropolitano com relação às necessidades da produção açucareira. 51. (Pucpr) A Conjuração Baiana (1798) diferenciou-se da Conjuração Mineira (1789), entre outros aspectos, porque aquela: a) envolveu a alta burguesia da sociedade do Nordeste. b) pretendia a revogação da política fiscal do Marquês de Pombal. c) aglutinou a oficialidade brasileira insatisfeita com seu soldo. d) teve um caráter popular, com preocupações sobretudo sociais. e) ficou também conhecida como "revolta dos marinheiros". 52. (Puccamp) Para responder à questão, observe os detalhes da bandeira.

No Brasil, a bandeira e o seu lema "Liberdade ainda que tardia" estão associados a um movimento político que questionava o pacto colonial. Eles simbolizavam a a) Revolta de Vila Rica de 1720. b) Inconfidência Mineira de 1789. c) Conjuração Baiana de 1798. d) Revolução Pernambucana de 1817. e) Confederação do Equador de 1824. 53. (Ufpe) A luta para construir a autonomia política do Brasil contou com várias rebeliões, em que se destacaram reflexões sobre a questão da escravidão, que tanto atingiu a nossa história. Os escravos foram decisivos para a produção da riqueza social e sofreram com a exploração política e física dos seu senhores. Sobre a luta contra a escravidão no Brasil, podemos afirmar que: a) não houve resistências dos grandes proprietários, preocupados apenas com os lucros da exportação de seus produtos. b) a Revolta dos Alfaiates, na Bahia, mostrou-se contra a escravidão e teve apoio da população mais pobre de Salvador. c) todas as rebeliões políticas do século XVIII foram claramente contra a escravidão; sobretudo, as que ocorreram em Pernambuco. d) a vinda das idéias liberais para o Brasil em nada contribuiu para o fim da escravidão no século XIX. e) o fim do tráfico em 1850 não teve relação com a luta contra a escravidão, não abrindo, pois, espaços para novas reivindicações de liberdade. 54. (Pucmg) "Ó vós Homens cidadãos; ó vós povos curvados e abandonados pelo Rei, pelos seus despotismos, pelos seus ministros. Ó vós povo que nascestes para seres livres e para gozardes dos bons efeitos da liberdade... O dia da nossa revolução está para chegar, animai-vos, que sereis felizes para sempre." ("Panfleto: Aviso ao povo Bahiense") O fragmento apresentado se refere ao movimento conhecido como "Conjuração dos Alfaiates". Com relação a esse movimento ocorrido na Bahia em 1798, é CORRETO afirmar que os revoltosos pretendiam: a) instalar uma República Provisória na cidade de São Salvador, com apoio da elite burocrática e de alguns membros do alto clero. b) defender o fim da dominação colonial garantindo, porém, a preservação do regime monárquico e a manutenção da escravidão. c) estabelecer um governo democrático na Capitania da Bahia de Todos os Santos, com igualdade de direitos, sem distinção de cor ou riqueza. d) protestar contra a política mercantilista portuguesa, buscando conseguir o apoio do governo norte-americano para pôr fim ao pacto colonial. 55. (G1) "A crescente falta de alternativas econômicas acabou levando a elite a considerar a idéia de um movimento revolucionário. Em 1788, os boatos de uma derrama produziram o elemento que faltava para a decisão. Os membros da elite tornaram-se conspiradores. Em pouco tempo, traçaram um plano para desencadear um movimento de independência. A revolta deveria coincidir com a derrama imposta pelo odiado governador. (...) Mas, antes do dia marcado, um dos conspiradores, Joaquim Silvério dos Reis, traiu os amigos, permitindo a reação do governo." (CALDEIRA, Jorge. "Viagem pela História do Brasil". São Paulo: Companhia das Letras, 1997. P. 112). O texto se refere: a) à Aclamação de Amador Bueno b) à Cabanagem c) ao Quilombo de Palmares d) à Inconfidência Mineira e) à Conjuração Baiana

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56. (Ufrs) Levando-se em consideração a origem social dos seus protagonistas, pode-se afirmar que a chamada Inconfidência Mineira foi a) um movimento de contestação ao sistema colonial que teve como seus principais agentes idealizadores os grandes fazendeiros e mineradores, além de burocratas e militares. b) um movimento encabeçado pelos grandes proprietários de escravos, insatisfeitos com a cobrança da taxa de capitação sobre a mão-de-obra cativa. c) uma revolta dos mineradores, liderados por Felipe dos Santos, que protestaram contra a instalação das Casas de Fundição. d) uma sedição que teve a decisiva participação das massas populares (especialmente artesãos e camponeses), lideradas pelo soldado José Joaquim da Silva Xavier, conhecido como o "Tiradentes". e) uma conjuração liderada pelos intelectuais residentes nas vilas mineiras, que se reuniam para conspirar contra o governo metropolitano nos encontros da Sociedade Literária. 57. (G1) No final do século XVIII, a colônia brasileira foi palco de dois movimentos que atestaram a Crise do Antigo Regime. Acerca das influências filosóficas e ideológicas da Inconfidência Mineira (1789) e da Conjuração Baiana (1798), é correto afirmar que: I) os movimentos em questão foram conseqüências da expansão napoleônica, principalmente no que se refere à educação básica no mundo colonial. II) estavam presentes o ideal de liberdade econômica e de igualdade jurídica do pensamento iluminista. III) o nacionalismo defendido como princípio básico da Revolução Francesa não estava presente. De acordo com as proposições anteriores, assinale: a) se todas estiverem corretas. b) se apenas a proposição I estiver correta. c) se apenas a proposição II estiver correta. d) se somente a proposição III estiver correta. e) se as proposições II e III estiverem corretas. 58. (G1) Referente à Conjuração Baiana, é COERENTE afirmar que: a) defendia a livre produção, a industrialização, a doação de terras às famílias pobres, porém preconizava a manutenção da escravidão b) eclodiu devido à criação das casas de fundição c) promovida pela Sociedade Literária Carioca, mesmo sem mártires e sem grandes heroísmos, atestava a divulgação crescente na Colônia da ideologia liberal d) influenciados pelas idéias liberais, os irmãos Suassuna elaboraram um projeto de independência para a província, mas logo foram presos e punidos e) muitos alfaiates, sapateiros, bordadores, carpinas e pedreiros aderiram ao movimento que, por isso, ficou conhecido como Revolta dos Alfaiates 59. (G1) Movimento de libertação colonial que queria o fim do pacto colonial, mas não preconizava a abolição da escravidão: a) Guerras dos Emboabas. b) Conjura Carioca. c) Revolta dos Malês. d) Inconfidência Mineira. e) Revolta do Maneta. 60. (Ufpi) Acerca da Inconfidência Mineira (1789), é correto afirmar que: a) a Coroa Portuguesa, diante da possível vitória do movimento, negociou com os inconfidentes e propôs a anistia total aos revoltosos. b) o projeto dos inconfidentes, com o objetivo de deslocar mão-de-obra para as minas, incluía o fechamento de engenhos e de fábricas de tecidos. c) a maior parte da direção do movimento era formada por pessoas pobres, e em suas propostas havia a defesa da extinção da propriedade privada. d) a rebelião ocorreu em um contexto no qual acontecia a diminuição da produção do ouro e o aumento na cobrança de imposto por parte da Coroa Portuguesa. e) a introdução do trabalho livre em substituição à mão-de-obra escrava e a indenização aos grandes proprietários escravagistas era defendida pelos inconfidentes. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO (Puccamp) Recife Não a Veneza americana Não a Mauritsstad dos amadores das Índias Ocidentais Não a Recife dos Mascates Nem mesmo a Recife que aprendi a amar depois - Recife das revoluções libertárias Mas o Recife sem história nem literatura Recife sem mais nada Recife da minha infância (Manuel Bandeira, "Evocação do Recife, Libertinagem") 61. Contextualizando historicamente a Guerra dos Mascates a que a poesia se refere, é correto afirmar que ela: a) teve conotação nativista, mas não antilusitana, uma vez que foi um movimento resultante da luta entre os grandes proprietários de terras de Olinda e o governo, pelo comércio interno do açúcar no Recife. b) resultou da insatisfação das camadas mais pobres da população da vila de Olinda contra o controle da produção e comercialização dos produtos de exportação impostos pelos comerciantes de Recife. c) refletiu a lógica do sistema colonial: de um lado, os colonos latifundiários de Olinda endividados e empobrecidos; de outro, os comerciantes metropolitanos de Recife, credores e enriquecidos.

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d) significou o marco inicial da formação do nativismo na colônia: de um lado, criou um forte sentimento antilusitano que se enraizou em Olinda; de outro intensificou a luta contra os comerciantes lusos de Recife. e) foi um dos mais importantes movimentos de resistência colonial: de um lado, a recusa dos proprietários rurais de Olinda em obedecer a metrópole; de outro, a luta dos comerciantes de Recife pelo monopólio do açúcar. TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES. (Ufpr) Na(s) questão(ões) a seguir, escreva no espaço apropriado a soma dos itens corretos. 62. A partir de meados do século XVIII, as relações entre a metrópole portuguesa e sua colônia brasileira sofrem graves e intensas perturbações, sintomas da crise do Antigo Sistema Colonial. A esse respeito, é correto afirmar que: (01) O desenvolvimento da colônia brasileira foi dado, ao longo do tempo, margem necessária a que surgissem interesses autônomos, passíveis de virem a se chocar com as normas do antigo sistema colonial. (02) Vigorava em todo o Brasil a proibição de se estabelecerem fábricas ou manufaturas de quase todos os gêneros, a fim de beneficiar a metrópole e garantir o uso da mão-de-obra disponível nos trabalhos de mineração e lavouras. (04) As propostas políticas formuladas pelos revoltos da Inconfidência Mineira (1789) eram fortemente inspiradas pela doutrina iluminista, então de grande prestígio na Europa e nos Estados Unidos. (08) O movimento liberal no Brasil teve características próprias, pois não foi influenciado ideologicamente por pensadores estrangeiros e não pretendia liquidar os laços coloniais. (16) O desenvolvimento acelerado do capitalismo industrial na Europa era incompatível com as barreiras erguidas pelo Antigo Sistema Colonial, tais como o monopólio metropolitano e a escravidão. Nota-se aí uma contradição que acelerou a crise do domínio português sobre o Brasil. soma = ( ) 63. "ANIMAI-VOS POVO BAHIENSE!" Na manhã de 12 de agosto de 1798 as paredes das igrejas de Salvador, a antiga capital, apareceram com manuscritos que diziam: "ESTÁ PARA CHEGAR O TEMPO EM QUE TODOS SEREMOS IRMÃOS, O TEMPO EM QUE TODOS SEREMOS IGUAIS"! (Mário Schmidt, "Nova Crítica do Brasil 500 anos de História Malcontada") O movimento citado teve como objetivo fundamental a independência nacional, foi liderado pelas camadas médias e populares e caracterizou-se por propostas sociais radicais. A influência externa mais destacada, a influência ideológica e a causa desse movimento foram, respectivamente a) Revolução Francesa; Iluminismo; crise no abastecimento. b) Independência Americana; Iluminismo; crise no abastecimento. c) Revolução Francesa; Liberalismo; crise no abastecimento. d) Independência Americana; Iluminismo; crise na mineração. e) Revolução Francesa; Iluminismo; crise na mineração. 64. (Fatec) Considere as afirmações seguintes, sobre a Conjuração Baiana. I. A chamada Conjuração Baiana (1798 - 1799) tinha como projeto o fim do Pacto Colonial, a diminuição de impostos, a abolição da escravatura e o aumento dos soldos militares. II. Os revolucionários baianos pregavam idéias coincidentes com as doutrinas sociais francesas - igualdade, liberdade e representação popular soberana. III. Os articuladores tinham a pretensão de construir uma república libertária e igualitária, apesar de manterem, no início, a escravidão para conseguirem o apoio dos grandes proprietários. IV. A Conjuração Baiana foi mais que uma manifestação pelo fim da dominação colonial. Ela mostrou possuir um caráter democrático, igualitário e popular, que se chocava com o simples projeto de independência proposto pelos grandes senhores rurais, desejosos de manter a estrutura escravista tradicional. Estão corretas somente as afirmações a) I e II. b) II e IV. c) I, II e III. d) I, II e IV. e) II, III e IV. 65. (Fatec) No século XVIII, a colônia Brasil passou por vários conflitos internos. Entre eles temos a a) Guerra dos Emboabas, luta entre paulistas e gaúchos pelo controle da região das Minas Gerais. Essa guerra impediu a entrada dos forasteiros nas terras paulistas e manteve o controle da capitania de São Paulo sobre a mineração. b) Revolta Liberal, tentativa de reagir ao avanço conservador da monarquia portuguesa, que usava de seus símbolos monárquicos e das baionetas do Exército da Guarda Nacional, como forma de cooptar e intimidar os colonos portugueses. c) Revolta de Filipe dos Santos, levante ocorrido em Vila Rica e liderado pelo tropeiro Filipe dos Santos. O motivo foi a cobrança do quinto, a quinta parte do ouro fundido pelas Casas de Fundição controladas pelo poder imperial. d) Farroupilha, revolta que defendia a proclamação da República Rio-Grandense (República dos Farrapos) como forma de obter liberdades políticas, fim dos tributos coloniais e proibição da importação do charque argentino. e) Cabanagem, movimento de elite dirigido por padres, militares e proprietários rurais, que propunham a proclamação da república como forma de combater o controle econômico exercido pelos comerciantes portugueses.

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66. (Fgv) "A confrontação entre a loja e o engenho tendeu principalmente a assumir a forma de uma contenda municipal, de escopo jurídico-institucional, entre um Recife florescente que aspirava à emancipação e uma Olinda decadente que procurava mantê-lo numa sujeição irrealista. Essa ingênua fachada municipalista não podia, contudo, resistir ao embate dos interesses em choque. Logo revelou-se o que realmente era, o jogo de cena a esconder uma luta pelo poder entre o credor urbano e o devedor rural." (Evaldo Cabral de Mello."A fronda dos mazombos", São Paulo, Cia. das Letras, 1995, p. 123). O autor refere-se: a) ao episódio conhecido como a Aclamação de Amador Bueno. b) à chamada Guerra dos Mascates. c) aos acontecimentos que precederam a invasão holandesa de Pernambuco. d) às conseqüências da criação, por Pombal, da Companhia Geral de Comércio de Pernambuco. e) às guerras de Independência em Pernambuco. 67. (Fgv) Antunes voltou ao capão e transmitiu a seus companheiros as promessas de Bento. Os paulistas saíram dos matos aos poucos, depondo as armas. Muitos não passavam de meninos; outros eram bastante velhos. Sujos, magros, cambaleavam, apoiavam-se em seus companheiros. Estendiam a mão, ajoelhados, suplicando por água e comida. Bento fez com que os paulistas se reunissem numa clareira para receber água e comida. Os emboabas saíram da circunvalação, formando-se em torno dos prisioneiros. Bento deu ordem de fogo. Os paulistas que não morreram pelos tiros foram sacrificados a golpes de espada. (Ana Miranda, "O retrato do rei") O texto trata do chamado Capão da Traição, episódio que faz parte da Guerra dos Emboabas, que se constituiu a) em um conflito opondo paulistas e forasteiros pelo controle das áreas de mineração e tensões relacionadas com o comércio e a especulação de artigos de consumo como a carne de gado, controlada pelos forasteiros. b) em uma rebelião envolvendo senhores de minas de regiões distantes dos maiores centros - como Vila Rica - que não aceitavam a legislação portuguesa referente à distribuição das datas e a cobrança do dízimo. c) no primeiro movimento colonial organizado que tinha como principal objetivo separar a região das Minas Gerais do domínio do Rio de Janeiro, assim como da metrópole portuguesa, e que teve a participação de escravos. d) no mais importante movimento nativista da segunda metade do século XVIII, que envolveu índios cativos, escravos africanos e pequenos mineradores e faiscadores contra a criação das Casas de Fundição. e) na primeira rebelião ligada aos princípios do liberalismo, pois defendia reformas nas práticas coloniais e exigia que qualquer aumento nos tributos tivesse a garantia de representação política para os colonos. 68. (Fuvest) A elevação de Recife à condição de vila; os protestos contra a implantação das Casas de Fundição e contra a cobrança de quinto; a extrema miséria e carestia reinantes em Salvador, no final do século XVIII, foram episódios que colaboraram, respectivamente, para as seguintes sublevações coloniais: a) Guerra dos Emboabas, Inconfidência Mineira e Conjura dos Alfaiates. b) Guerra dos Mascates, Motim do Pitangui e Revolta dos Malês. c) Conspiração dos Suassunas, Inconfidência Mineira e Revolta do Maneta. d) Confederação do Equador, Revolta de Felipe dos Santos e Revolta dos Malês. e) Guerra dos Mascates, Revolta de Felipe dos Santos e Conjura dos Alfaiates. 69. (Pucsp) (...) esta Minas dos árcades e da Inconfidência, que constitui a culminância e o fecho dos três séculos da existência brasileira anteriores à transladação do Estado português, esta mesma Minas ainda possui mais um título a proclamar, entre os que mais alto a colocam na história de nossa sociedade: o de haver desenvolvido uma cultura, cujo avanço e cujo requinte podem ser avaliados com exatidão, pela capacidade de assimilar inteiramente os padrões europeus para, em profunda reelaboração, formular seus próprios valores e conceitos no que apresentam de mais básico, isto é, na própria estrutura mental que os gera e sustém (...) [obrigando-nos] a reconhecer a especificidade mineira deste barroco. (Machado, L. G. BARROCO MINEIRO. São Paulo: perspectiva, 4•ed., 1991, p.170.) A partir do fragmento anterior, leia e avalie as seguintes afirmações: I - o autor identifica três contribuições das Minas à formação do Brasil, ainda no período colonial: o Trovadorismo, o Nativismo dos inconfidentes e o Barroco. II - os fenômenos culturais e políticos vividos pela sociedade mineira, ao longo do século XVIII, expressam com certa fidelidade, segundo o autor, as atitudes mantidas pela colônia em relação às influências metropolitanas, ou seja, assimilação e transformação. III - o autor demonstra, no texto, como a capacidade da arte mineira de reproduzir os padrões estéticos europeus somente pode ser reconhecida após a instalação da corte portuguesa no Brasil, no início do século XIX. IV - se há algo que singulariza o estilo barroco mineiro do século XVIII, esse elemento é a originalidade de sua manifestação, que está relacionada diretamente ao fato de revelar, através de suas formas, a estrutura mental local. Indique quais das afirmações anteriores são corretas. a) I, II e III b) II e III c) I, II e IV d) II e IV e) I, III e IV 70. (Ufpe) O termo 'Nativismo' é utilizado pelos historiadores para designar 'revoltas ou movimentos de resistência contra a dominação portuguesa'. São movimentos nativistas ocorridos no Brasil: a) Mascates, Emboabas, Revolta de Beckman. b) Guerra dos Bárbaros, Mascates. c) Revolução de 1817, Confederação do Equador. d) Revolução Praeira, Canudos, Quilombo dos Palmares. e) Confederação dos Tamoios, Guerra dos Bárbaros. 71. (Ufpr) Sobre as rebeliões ocorridas no Brasil, durante o período colonial, é correto afirmar:

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(01) A Revolta de Beckmann (1684), no Maranhão, pode ser considerada a primeira rebelião de cunho social no país, pois, com o apoio dos jesuítas, uniu brancos, escravos negros e índios contra os desmandos da Coroa Lusitana. (02) A Guerra dos Emboabas (1707-1709), em Minas Gerais, é considerada precursora dos ideais da Inconfidência Mineira, pois sua liderança tentava unir mineradores paulistas e portugueses na luta contra a espoliação da riqueza aurífera pela Metrópole. (04) A Guerra dos Mascates (1710-1712), ocorrida em Pernambuco, não pode ser entendida como uma revolta contra o jugo colonial, pois ela foi motivada, principalmente, por causa da disputa pelo controle econômico e político local entre comerciantes do Recife e senhores de engenho de Olinda. (08) A Inconfidência Mineira (1789) teve maior conotação colonial do que social, porque foi movimento de reação dos colonos contra as pressões exercidas pela Metrópole, e porque o objetivo principal de sua liderança era obter a separação política do Brasil de Portugal. (16) A Conjuração Baiana (1798) teve maior conotação social do que colonial, porque sua liderança não propunha a separação política, além de defender a Monarquia Portuguesa. Soma ( ) 72. (Ufrn) A Guerra dos Emboabas, a dos Mascates e a Revolta de Vila Rica, verificadas nas primeiras décadas do século XVIII, podem ser caracterizadas como a) movimentos isolados em defesa de idéias liberais, nas diversas capitanias, com a intenção de se criarem governos republicanos. b) movimentos de defesa das terras brasileiras, que resultaram num sentimento nacionalista, visando à independência política. c) manifestações de rebeldia localizadas, que contestavam aspectos da política econômica de dominação do governo português. d) manifestações das camadas populares das regiões envolvidas, contra as elites locais, negando a autoridade do governo metropolitano. 73. (Ufrs) Numere, em ordem crescente, os fatos relacionados a seguir conforme a ordem cronológica em que ocorreram, reservando o número 1 para o mais antigo. ( ) Presença holandesa no nordeste açucareiro ( ) Inconfidência Mineira ( ) Fundação da Colônia do Sacramento no Rio da Prata ( ) Revolta de Felipe dos Santos ( ) Instalação do Governo Geral com Tomé de Souza A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é a) 2 - 5 - 3 - 4 - 1 b) 1 - 3 - 5 - 2 - 4 c) 2 - 4 - 1 - 3 - 5 d) 5 - 2 - 3 - 1 - 4 e) 4 - 1 - 2 - 5 – 3 74. (Ufrs) A seguir, na coluna I, são citadas seis revoltas ocorridas durante o período colonial brasileiro. Na coluna II, são apresentadas as motivações de quatro daquelas revoltas. Coluna I 1 - Inconfidência Mineira 2 - Revolta de Beckman 3 - Guerra dos Emboabas 4 - Guerra dos Mascates 5 - Revolta de Filipe dos Santos 6 - Inconfidência Baiana ( ) Insatisfação da comunidade mercantil recifense com o domínio político dos senhores de engenho olindenses. ( ) Proibição da circulação de ouro em pó na região mineira e criação das Casas de Fundição. ( ) Criação da Companhia Geral do Comércio do Maranhão e oposição dos jesuítas à utilização da mão-de-obra indígena pelos colonos. ( ) Insatisfação dos colonos com a tentativa de monopolização das minas auríferas pelos paulistas. A seqüência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é a) 4 - 5 - 2 - 3. b) 1 - 2 - 3 - 6. c) 5 - 1 - 2 - 4. d) 3 - 2 - 6 - 5. e) 4 - 1 - 3 - 6. 75. (Ufsm) Escravos, colonos, mineiros, padres, poetas, militares e até senhores de engenho se revoltaram contra a dominação portuguesa no Brasil dos tempos coloniais. Nesse sentido, pode-se considerar que a I. Revolta de Filipe dos Santos, em 1720, refletia posições antagônicas, ou seja, a tentativa de Salvador continuar dominando o Rio de Janeiro e de o Rio de Janeiro tornar-se independente de Salvador. II. Inconfidência Mineira de 1789 defendia o fim da dominação portuguesa, a proclamação da República, a criação da Universidade e a fundação de fábricas. III. Conjuração Baiana de 1789 pregava a luta pela independência do Brasil e a defesa dos ideais de liberdade, igualdade e fraternidade. IV. Guerra dos Mascates de 1710 objetivava o fim da dominação portuguesa, a independência do Brasil, o fim das desigualdades sociais e a instalação de um governo republicano.

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V. Revolução Pernambucana de 1817 visava à manutenção do poder de escravizar os índios e à exploração igualitária das minas entre paulistas e mineiros. Estão corretas a) apenas I e III. b) apenas II e III. c) apenas I e V. d) apenas II e IV. e) apenas II e V. 76. (Umc) "Não eram os norte-americanos que serviam de exemplo a João de Deus e aos seus companheiros. Eram os sans-culottes. A 12 de agosto de 1798, apareceram, por toda a cidade, manifestos manuscritos. Dirigidos 'ao povo republicano' em nome do 'supremo tribunal da democracia', apelavam ao extermínio do detestável jugo metropolitano de Portugal." (Kenneth Maxwell) O texto refere-se a um movimento emancipacionista do século XVI conhecido como: a) Inconfidência Mineira. b) Revolta dos Mascates. c) Guerra dos Emboabas. d) Conjuração Baiana. e) Revolução Pernambucana. 77. (Unesp) As contradições, amplas e profundas, do processo histórico das Minas Gerais, acabaram gerando relações que podem ser entendidas através dos antagonismos: colonizador/colonizado; dominador/dominado; confidente/inconfidente; opressão fiscal/reação libertadora. Nesse contexto, a Coroa Portuguesa, em seu próprio benefício, desenvolveu uma ação "educativa" compreendendo: a) o estabelecimento de condições adequadas ao controle democrático da máquina administrativa. b) a realização de programas intensivos de prevenção dos súditos contra os abusos das autoridades. c) o indulto por dívida fiscal e o estímulo à traição e à delação entre os súditos. d) o arquivamento do inquérito e queima dos autos contra os inconfidentes. e) a promulgação de um novo regime fiscal que acabava com a prática da sonegação. 78. (Unifesp) "Não resta outra coisa senão cada um defender-se por si mesmo; duas coisas são necessárias... a fim de se recuperar a mão livre no que diz respeito ao comércio e aos índios". (Manuel Beckman, 1684.) As duas principais reivindicações do líder da Revolta que leva seu nome são a) a revogação do monopólio da Companhia de Comércio do Estado do Maranhão e a expulsão dos jesuítas que se opunham à escravidão indígena. b) a saída dos portugueses do Grão Pará e Maranhão e a supressão dos aldeamentos indígenas, que monopolizavam as chamadas "drogas do sertão". c) a repressão ao contrabando estrangeiro, que prejudicava os negócios dos atacadistas portugueses, e a liberdade para importar escravos negros. d) a expulsão dos holandeses do Nordeste, que monopolizavam o comércio do açúcar, e a reedição da guerra justa, que proibia a escravidão indígena. e) a revogação do monopólio comercial da Metrópole sobre o Norte e Nordeste da colônia e a proibição para importar escravos negros. 79. (Ufpe) A crise do sistema colonial foi uma construção histórica. Muitas rebeliões aconteceram e evidenciaram os descontentamentos dos colonos com as atitudes da metrópole. No Brasil colonial, tivemos: ( ) a Revolta dos Mascates, que ameaçou o domínio português com as alianças políticas feitas entre os comerciantes do Recife e a aristocracia de Olinda. ( ) a Inconfidência Mineira, que defendia, influenciada pelas ideias iluministas, o fim imediato da escravidão. ( ) a Inconfidência Baiana, em 1798, que contou com a liderança marcante dos grandes proprietários de terra e a participação dos maçons na divulgação das idéias liberais. ( ) a Guerra dos Emboabas, que ameaçou o domínio português, no século XVIII, com a ação dos rebeldes que conseguiram o controle e a exploração das minas de ouro. ( ) a Revolução de 1817, com a participação destacada do clero pernambucano e com a defesa de princípios do liberalismo. 80. (Ufmg) Leia este trecho: O meu pai era paulista Meu avô, pernambucano O meu bisavô, mineiro Meu tataravô, baiano Meu maestro soberano Foi Antônio brasileiro. Chico Buarque. Paratodos, 1993. Nesse trecho de canção, o autor procura traçar os caminhos percorridos por seus antepassados, para, com isso, sintetizar as várias facetas da identidade brasileira. As regiões referidas no trecho também permitem percorrer, na história do Brasil, uma trilha de sedição, porque, a) no período que antecedeu a Revolução de 30, esses Estados se insurgiram contra a Política dos Governadores, que manipulava as eleições presidenciais. b) às vésperas do Golpe de 64, as tropas aquarteladas nesses Estados apoiaram as reformas de base do Governo Goulart contra seus comandantes. c) durante o período colonial, essas Capitanias foram convulsionadas por movimentos de oposição, que atentavam contra a ordem metropolitana.

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d) na década seguinte ao golpe da maioridade, essas províncias assistiram a movimentos que protestavam contra a política centralizadora do II Reinado.

9 - Governo D. João VI e a Independência do Brasil

QUESTÕES

TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES. (Unb) A historiografia que trata da emancipação política do Brasil põe quase sempre em evidência a singularidade do nosso movimento com relação à América Espanhola. Enquanto nesta última o processo de ruptura com a metrópole resultou na constituição de várias repúblicas, no Brasil, a independência monárquica garantiu a integridade do território. Entretanto, o processo iniciado em 1808 e que alcançou o seu ponto máximo em 1822 possui múltiplos aspectos. Convém lembrar, Portugal não tinha condições de fazer frente às tropas francesas. Exercendo um papel secundário na Europa, sua margem de manobra era extremamente limitada. O tratado de Fontainebleau assinado pela França e pela Espanha já havia decidido a partilha de Portugal e do seu império. A transferência da Corte para o Brasil apresentou-se como a única solução. Maria Eurydice de Barros Ribeiro. "Os Símbolos do Poder". 1. Com referência à singularidade do movimento de emancipação política do Brasil, julgue os itens que se seguem. (0) Ao contrário da América Espanhola, o Brasil teve um processo de independência liderado por forças políticas renovadoras e ansiosas por uma profunda transformação das estruturas coloniais. (1) A sociedade política colonial que Portugal criou no Brasil permitiu uma independência tranqüila, sem movimentos de contestação à transição da colônia à condição de país independente. (2) A unidade territorial mantida no Brasil durante as negociações da independência foi resultado de vários fatores, tais como a presença da Corte portuguesa no Rio de Janeiro e a manutenção do sistema escravista do norte ao sul do país. (3) A crise do sistema colonial no Brasil tem causas econômicas e políticas profundas e bastante diversas daquelas que conduziram a América Espanhola à independência. 2. Quanto aos múltiplos aspectos do processo de independência do Brasil, que se inicia em 1808 e culmina em 1822, julgue os seguintes itens. (0) A decisão portuguesa de transferência da Corte para o Brasil foi um ato de soberania política. (1) A permanência de D. Pedro de Alcântara no Brasil, coroado como imperador, foi a garantia da continuidade dos interesses de Portugal com relação ao Brasil. (2) A Coroa britânica ocupou papel primordial nas negociações diplomáticas que levaram, de forma gradativa, entre 1808 e 1822, à emancipação política do Brasil. (3) A partilha do império português, prevista no tratado de Fontainebleau, era parte do intento napoleônico de fazer frente aos objetivos políticos e econômicos da Grã-Bretanha na Europa Continental. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO (Ufpe) Na(s) questão(ões) a seguir escreva nos parênteses a letra (V) se a afirmativa for verdadeira ou (F) se for falsa. 3. Entre as mudanças promovidas pela Coroa Portuguesa no Brasil, qual(is) a(s) que contribuiu(íram), a partir de 1808, para o desenvolvimento da idéia de independência? ( ) A abertura dos portos a todas as nações amigas. ( ) A criação da Academia Militar e da Academia da Marinha. ( ) A fundação da Biblioteca Real com livros e documentos portugueses preservando, dessa forma, a memória e a cultura portuguesa. ( ) A Imprensa Régia permitiu o aparecimento de jornais como GAZETA DO RIO DE JANEIRO e a IDADE DE OURO DO BRASIL na Bahia, ambos sob a proteção estatal, difundindo valores do Estado português. ( ) O deslocamento da capital da colônia, que era a cidade de Salvador, para o Rio de Janeiro favoreceu grandes negócios com os comerciantes brasileiros do porto do Rio de Janeiro. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO (Ufpe) Na(s) questão(ões) a seguir escreva nos parênteses (V) se for verdadeiro ou (F) se for falso. 4. Esta questão diz respeito à Revolução de 1817. ( ) No início do século XIX, a Revolução de 1817, em Pernambuco, esteve articulada ideologicamente com lutas burguesas nos Estados Unidos e na Europa. ( ) A conspiração dos Suassunas está para a Revolução de 1817, assim como o 18 Brumário está para a Revolução Francesa. ( ) A Revolução Pernambucana de 1817 foi vitoriosa em vários estados: na Paraíba, no Rio Grande do Norte, no Ceará, na Bahia e no Maranhão. ( ) Em Portugal, na cidade do Porto, a influência da Revolução de 1817 foi decisiva para a eclosão da Revolução Constitucional. ( ) O período que antecedeu 1817 caracterizou-se por uma fase de recessão que atingiu os preços do açúcar e do algodão no mercado internacional. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO (Ufba) Na(s) questões adiante escreva, no espaço apropriado, a soma dos itens corretos. 5. TEXTO I: "A pressão dos exércitos de Napoleão e os interesses ingleses em Portugal e suas colônias levaram o príncipe regente, D. João, a transferir-se para o Rio de Janeiro (1808) com toda a sua família (inclusive a mãe, a rainha D. Maria I) e sua Corte (...) [em] navios portugueses que saíram de Lisboa trazendo a Família Real, membros da Corte e funcionários (aproximadamente 15.000 pessoas, em 36 embarcações)."

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(DARÓS, p. 10) TEXTO II: "Na realidade, 'quase de súbito, e no maior atropelo, tomaram-se providências para o embarque da Corte, quando as notícias da aproximação das tropas de Junot traziam alarma a toda a população. Foi um salve-se quem puder trágico, amargo, característico do nível de degradação a que chegara o Reino de Portugal sob o governo bragantino e de uma classe feudal inepta e corrupta.' " (MENDES JR., p. 98) Analisando os textos anteriores, pode-se concluir: (01) O texto I sugere que a fuga da Corte Portuguesa aconteceu de forma organizada, endossando a versão tradicional de que esse era um antigo plano da monarquia lusitana. (02) O texto II trata a questão da fuga da Família Real Portuguesa para o Brasil de forma alegórica, na medida em que utiliza elementos satíricos, ao analisar um fato histórico. (04) O texto I enfoca o tema do ponto de vista da historiografia romântico-oficial, transformando um fato marcado até por elementos tragicômicos num ato de racionalidade. (08) O texto II aborda o fato histórico segundo uma linha crítico-interpretativa, ressaltando suas múltiplas implicações. (16) Os textos I e II relacionam a fuga da Corte Portuguesa para o Brasil à expansão napoleônica, embora sob perspectivas históricas contrárias. (32) Os textos I e II apresentam visões contestadas pela literatura histórica, uma vez que partem de um enfoque eurocêntrico para a análise de fatos da história do Brasil. Soma ( ) TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO (Puccamp) " 'A 3 de setembro de 1825, partimos do Rio de Janeiro. Um vento fresco ajudou-nos a vencer, em 24 horas, a travessia de 70 léguas, até Santos, e isto significou dupla vantagem, porque a embarcação conduzia, também, 65 negros novos, infeccionados por sarna da cabeça aos pés'. Assim começa o mais vivo, completo e bem documentado relato da famosa Expedição de Langsdorff, que na sua derradeira e longa etapa, entre 1825 e 1829, percorreu o vasto e ainda bravio interior do Brasil, por via terrestre e fluvial - do Tietê ao Amazonas. Seu autor é um jovem francês de 21 anos, Hercules Florence, no cargo de desenhista topográfico. Encantado com as maravilhas das terras brasileiras e com seu povo hospitaleiro, Hercules Florence permaneceu aqui, ao término da expedição, escolhendo a então Vila de São Carlos, como Campinas foi conhecida até 1842, para viver o resto de sua vida. Florence morreu em 27 de março de 1879 (...)." (Revista: "Scientific American Brasil", n. 7, São Paulo: Ediouro, 2002. p. 60) 6. Muitos franceses, principalmente professores, cientistas, arquitetos, escultores e pintores vieram ao Brasil no século XIX a partir da instalação da Corte portuguesa no Rio de Janeiro. Pode-se explicar a presença desses franceses no país com o argumento de que a) a maioria deles chegou ao Brasil com o intuito de colonizar as regiões desabitadas do interior do país, constituindo núcleos de exploração de produtos tropicais, que seriam comercializados na Europa. b) eles tinham como missão convencer o rei D. João VI a romper relações diplomáticas com a Inglaterra, uma vez que este país tinha estabelecido o Bloqueio Continental, impedindo as relações comerciais entre França e Brasil. c) grande parte deles desembarcou no Rio de Janeiro estimulados por D. João VI, que tinha como um dos seus grandes projetos trazer uma missão artística francesa, com o objetivo de constituir no Brasil uma base de desenvolvimento cultural. d) todos esses franceses chegaram ao Brasil como refugiados políticos, uma vez que os mesmos discordavam da política cultural do imperador Napoleão Bonaparte, que perseguia os artistas contrários às suas determinações políticas. e) parte significativa da população francesa emigrou para o Brasil em razão dos intensos combates ocorridos durante a Comuna de Paris, instalando-se principalmente nos Estados do Maranhão e do Pará e trabalhando na extração da borracha. 7. (Ufpr) A presença no Brasil da Corte e do Príncipe Regente, D. João, criou condições concretas para que a separação do Brasil em relação a Portugal se tornasse definitiva. A respeito dessa conjuntura, é correto afirmar que: (01) D. João manteve a proibição de se instalarem indústrias no Brasil. (02) A abertura dos portos brasileiros liquidou com o elemento econômico essencial do sistema colonial ibérico: o monopólio comercial. (04) A instalação da corte portuguesa no Rio de Janeiro significou a transferência das decisões políticas do Nordeste para o Sudeste. (08) Ao liberalismo comercial, que interessava aos ingleses e às elites coloniais, corresponderia, no plano político, a instalação de um Estado Nacional na antiga Colônia. (16) O Brasil foi elevado à categoria de Reino Unido a Portugal e Algarves. soma = ( ) TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO (Ufba) Assinale as proposições corretas, some os números a elas associados e marque no espaço apropriado. 8. Sobre a crise do antigo sistema colonial, sabe-se: (01) O desenvolvimento do capital industrial e a crise do Estado absolutista resultaram em contestações ao sistema colonial montado segundo os princípios da política mercantilista. (02) De acordo com as teses livre-cambistas, defendidas a partir da Revolução Industrial, o sistema colonial era espoliativo das metrópoles, sempre obrigadas a manter despesas com suas colônias e a comprar produtos inferiores por elas produzidos. (04) Os princípios do liberalismo econômico foram veementemente defendidos pela burguesia e pelo Estado, em Portugal, porque preconizavam os direitos naturais do homem, a abolição do trabalho escravo e a soberania das nações. (08) A Guerra dos Mascates se caracterizou como um movimento entre colonos e metrópole, enquanto a Inconfidência Mineira e a Conjuração dos Alfaiates se caracterizaram como movimentos anticoloniais. (16) A mais evidente demonstração de apoio prestado pelo Estado e burguesia portugueses ao liberalismo ocorreu com a "Abertura dos portos do Brasil às nações amigas", em 1808. (32) A independência das colônias inglesas da América, na segunda metade do século XVIII, influenciou os movimentos emancipacionistas das colônias luso-espanholas do continente, cujos revolucionários solicitaram apoio ao país recém-independente.

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(64) Os direitos inalienáveis do homem defendidos pelos iluministas só foram respeitados, no Brasil, durante o lmpério e a República. Soma ( ) 9. Refere-se à Revolução Pernambucana de 1817: I. O objetivo dos rebeldes era proclamar uma república inspirada nos ideais franceses de igualdade, liberdade e fraternidade. II. O surgimento de lojas maçônicas como “Patriotismo “ e “Restauração” ajudaram a difundir as idéias liberais do iluminismo. III. Após abafada a revolução, os revoltosos não foram punidos devido haver membros da elite e do clero. a) se apenas a afirmação I estiver correta. b) se apenas as afirmações I e II estiverem corretas. c) se apenas as afirmações I e III estiverem corretas. d) se apenas as afirmações II e III estiverem corretas. e) se todas as afirmações estiverem corretas. 10. (Unesp) A respeito da independência do Brasil, pode-se afirmar que: a) consubstanciou os ideais propostos na Confederação do Equador. b) instituiu a monarquia como forma de governo, a partir de amplo movimento popular. c) propôs, a partir das idéias liberais das elites políticas, a extinção do tráfico de escravos, contrariando os interesses da Inglaterra. d) provocou, a partir da Constituição de 1824, profundas transformações na estruturas econômicas e sociais do País. e) implicou na adoção da forma monárquica de governo e preservou os interesses básicos dos proprietários de terras e de escravos. 11. (Ufrs) Sobre o processo de emancipação política do Brasil em 1822, considere as afirmativas a seguir. I - Para a aristocracia brasileira era fundamental que o governo do Brasil emancipado mantivesse o escravismo e as relações com a Inglaterra. II - Pedro I negou publicamente sua disposição de indenizar Portugal pela separação, mas assinou o compromisso que estabelecia o Tratado de Paz e Aliança. III - O Tratado de Paz com Portugal manteve a Província Cisplatina sob controle português. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas III. d) Apenas I e II. e) I, II e III. 12. (Fuvest) Podemos afirmar que tanto na Revolução Pernambucana de 1817, quanto na Confederação do Equador de 1824, a) o descontentamento com as barreiras econômicas vigentes foi decisivo para a eclosão dos movimentos. b) os proprietários rurais e os comerciantes monopolistas estavam entre as principais lideranças dos movimentos. c) a proposta de uma república era acompanhada de um forte sentimento antilusitano. d) a abolição imediata da escravidão constituía-se numa de suas principais bandeiras. e) a luta armada ficou restrita ao espaço urbano de Recife, não se espalhando pelo interior. 13. (Fatec) A abertura dos portos, realizada por D. João (1808), teve amplas repercussões, pois na prática significou: a) o aumento sensível das exportações sobre as importações, com a restauração da balança de pagamentos. b) o estabelecimento de maiores laços comerciais com Lisboa, conforme o plano de Manuel Nunes Viana, paulista de grande prestígio. c) manutenção da política econômica mercantilista, segundo defendia José da Silva Lisboa. d) o rompimento do pacto colonial, iniciando um novo processo que culminou com a Independência. e) a intensificação do processo da independência econômica do Brasil, em face da liberdade industrial. 14. (Puccamp) A franquia dos portos teve um alcance histórico profundo, pois deu início a um duplo processo o: a) do desenvolvimento do primeiro surto manufatureiro no Brasil e o crescimento do transporte ferroviário. b) do arrefecimento dos ideais absolutistas no Brasil e a disseminação de movimentos nativistas. c) da emancipação política do Brasil e o seu ingresso na órbita da influência britânica. d) da persistência do pacto colonial no Brasil e o seu ingresso no capitalismo monopolista. e) do fechamento das fronteiras do Brasil aos estrangeiros e a abertura para as correntes ideológicas revolucionárias européias. 15. (Cesgranrio) A transferência do governo português para o Brasil, em 1808, teve ligação estreita com o processo de emancipação política da colônia porque: a) introduziu as idéias liberais na colônia, incentivando várias rebeliões. b) reforçou os laços de dependência e monopólio do Sistema Colonial, aumentando a insatisfação dos colonos. c) incentivou as atividades mercantis, contrariando os interesses da grande lavoura. d) instalou no Brasil a estrutura do Estado português, reforçando a unidade e a autonomia da colônia. e) favoreceu os comerciantes portugueses, prejudicando os brasileiros e os ingleses ligados ao comércio de importação. 16. (Unirio) A transferência da Corte portuguesa para o Brasil, em 1808, alterou as relações econômicas da colônia com a economia mundial porque: a) reforçou o monopólio português sobre a economia colonial. b) pôs fim à hegemonia inglesa no comércio com o Brasil. c) provocou uma alta nos preços dos produtos coloniais, em decorrência do livre-comércio. d) rompeu o "pacto colonial", com a Abertura dos Portos. e) desencadeou a política fomentista de novas culturas.

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17. (Fatec) O povo brasileiro, às vésperas da Revolução Pernambucana de 1817, percebia a roubalheira de camarilha de corruptos insaciáveis e cantava quadras de protestos como: "Quem furta pouco é ladrão Quem furta muito é barão Quem mais furta e esconde Passa de barão a visconde". I. No ano de 1816, o Nordeste foi assolado por uma grande seca que afetou a agricultura de subsistência e provocou a queda da produção de algodão e açúcar. II. O prejuízo dos grandes proprietários ligados à exportação foi imenso. Mas, os mais prejudicados foram as massas trabalhadoras. III. O aumento de impostos e a criação de novos impostos para sustento da Corte sediada no Rio de Janeiro contribuíram para tornar ainda pior a qualidade de vida da população, à medida que o preço dos gêneros de primeira necessidade tornou-se proibitivo aos pobres. A respeito das asserções I, II e III sobre a Revolução Pernambucana de 1817 deve-se afirmar que: a) apenas a I está correta. b) apenas a I e a II estão corretas. c) apenas a I e a III estão corretas. d) todas estão corretas. e) todas são incorretas. 18. (Fei) O ato de D. João VI, proclamando a abertura dos portos do Brasil, na verdade garantia direitos preferenciais ao comércio inglês, que: a) na época dependia economicamente de Portugal; b) estava prejudicado pelo bloqueio imposto por Napoleão Bonaparte; c) assegurava o desenvolvimento econômico da colônia; d) pretendia favorecer os franceses, aliados tradicionais da Inglaterra; e) era carente de produtos industriais e bom fornecedor de matérias primas. 19. (Fgv) A abertura dos portos, em 1808, que favoreceu os proprietários rurais produtores de bens destinados à exportação, a) revogou os decretos que proibiam a instalação de manufaturas na Colônia. b) limitou o tráfico negreiro aos portos de Belém e São Luís, favorecendo a cultura do algodão. c) produziu como efeito imediato uma aceleração do processo de industrialização, atendendo aos reclamos dos ingleses. d) ampliou o controle econômico metropolitano sobre a Colônia através da criação do "exclusivo comercial" e) contrariou os interesses dos comerciantes e provocou grandes protestos no Rio de Janeiro e em Lisboa. 20. (Ufpe) As "revoluções libertárias" de Pernambuco, no século XIX, tinham um caráter separatista. A Revolução de 1817, entretanto, destacou-se por receber apoio de muitos padres católicos e da maçonaria. Sobre esta Revolução, podemos afirmar que: a) o governo revolucionário recebeu uma grande influência do Sinédrio, importante sociedade secreta de Portugal; b) o principal objetivo do movimento era liquidar o comércio a retalho dominado pelos portugueses; c) o seu líder maior - Frei Caneca - desejava a separação do Império e a formação de uma confederação; d) o movimento revolucionário foi essencialmente militar, porque não havia uma classe burguesa local; e) o governo provisório era representado pelos proprietários rurais, pelo comércio, clero, magistratura e forças armadas. 21. (Ufpe) A Independência do Brasil despertou interesses conflitantes tanto na área econômica quanto na área política. Qual das alternativas apresenta esses conflitos? a) Os interesses econômicos dos comerciantes portugueses se chocaram com o "liberalismo econômico" praticado pelos brasileiros e subordinado à hegemonia da Inglaterra. b) A possibilidade de uma sociedade baseada na igualdade e na liberdade levou a jovem nação a abolir a escravidão. c) As colônias espanholas tornaram-se independentes dentro do mesmo modelo brasileiro: monarquia absolutista. d) A Guerra da Independência dividiu as províncias brasileiras entre o "partido português" e o "partido brasileiro", levando as Províncias do Grão-Pará, Maranhão, Bahia e Cisplatina a apoiarem, por unanimidade, a Independência. e) Os republicanos, os monarquistas constitucionalistas e os absolutistas lutaram lado a lado pela Independência, não deixando que as suas diferenças dificultassem o processo revolucionário. 22. (Puccamp) A independência política do Brasil, que é a superação do Antigo Sistema Colonial, é também a passagem a uma nova estrutura de dependência, inscrita na órbita do a) exclusivismo metropolitano. b) neocolonialismo asiático. c) absolutismo monárquico. d) capitalismo industrial. e) despotismo esclarecido. 23. (Ufmg) Todas as alternativas apresentam afirmações corretas sobre a Independência do Brasil, EXCETO: a) A crença no liberalismo de D. Pedro I e a expectativa positiva quanto a uma constituição brasileira estavam presentes em 1822. b) A declaração de independência estava diretamente relacionada às determinações das Cortes de Lisboa enviadas a D. Pedro. c) A ideologia monárquica enraizada fez com que o povo e os políticos apoiassem o príncipe. d) A idéia do federalismo era mais importante para os radicais do que a defesa da República. e) A participação popular determinou os rumos da constituição do novo Estado Nacional.

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24. (Mackenzie) A transferência da Corte Portuguesa para o Brasil resultou em inúmeras mudanças para a vida da colônia, EXCETO: a) a extinção do monopólio, através do decreto da Abertura de Portos, em 1808. b) o Alvará de Liberdade Industrial anulado em grande parte pela concorrência inglesa. c) as iniciativas que favoreceram a vida cultural da colônia, como o ensino superior, a imprensa régia e a Missão Francesa. d) a tentativa do governo de conciliar os interesses dos grandes proprietários rurais brasileiros e comerciantes reinóis. e) os Tratados de 1810, assinados com a Inglaterra, que aboliram vantagens e privilégios, bem como a preponderância comercial deste país entre nós. 25. (Uece) Com a vinda da família Real portuguesa para o Brasil (1808), muitas mudanças se verificaram na estrutura da capital, Rio de Janeiro. Sobre estes melhoramentos, pode-se afirmar corretamente que: a) além da Abertura dos Portos e do incentivo às atividades industriais, muitos equipamentos urbanos foram criados, como o Jardim Botânico e o Banco do Brasil b) a vida na cidade mudou completamente, com sua total remodelação baseada nos moldes da reconstrução de Lisboa após o terremoto de 1777, destacando-se o sistema de esgotos c) os melhoramentos se limitaram às reformas nas casas que iriam abrigar os membros da Corte, nada alterando na vida de uma cidade colonial d) a situação sanitária na cidade melhorou bastante, o que ocasionou o fim das epidemias que periodicamente aconteciam 26. (Mackenzie) "O certo é que, se os marcos cronológicos com que os historiadores assinalam a evolução social e política dos povos, não se estribassem unicamente nos caracteres externos e formais dos fatos, mas refletissem a sua significação íntima, a independência brasileira seria antedatada de 14 anos..." (Caio Prado Júnior - "Evolução Política do Brasil") O fato histórico mencionado no texto e que praticamente anulou nossa situação colonial foi: a) Criação do Ensino Superior. b) Alvará de Liberdade Industrial. c) Tratados de 1810 com a Inglaterra. d) Abertura dos Portos. e) Elevação do Brasil a Reino Unido. 27. (Puccamp) A transferência da corte portuguesa para o Brasil conferiu à nossa independência política uma característica singular, pois favoreceu a a) ruptura do pacto colonial, sem graves convulsões sociais e, também, sem a fragmentação territorial. b) manutenção do exclusivo colonial e a continuidade dos investimentos portugueses. c) coesão partidária sem contestação e a unidade provincial em torno do novo regime. d) alteração da estrutura social anterior e, também, da organização econômica. e) permanência dos funcionários ligados à corte e, também, dos burocratas lusos. 28. (Mackenzie) A transferência da Corte Portuguesa para o Brasil beneficiou: a) França e Inglaterra, cujos produtos foram favorecidos por tarifas protecionistas. b) Portugal, porque a instalação da administração portuguesa na colônia passou a ser mais rígida, favorecendo suas finanças. c) o Brasil, pois a presença da Corte Portuguesa beneficiou a ruptura do Pacto Colonial sem grandes convulsões sociais. d) a Inglaterra, que passou a comercializar com a França o seu excedente de mercadorias. e) a França, pois a vinda da Família Real para o Brasil consolidou o Bloqueio Continental. 29. (Mackenzie) O processo de independência do Brasil caracterizou-se por: a) ser conduzido pela classe dominante que manteve o governo monárquico como garantia de seus privilégios. b) ter uma ideologia democrática e reformista, alterando o quadro social imediatamente após a independência. c) evitar a dependência dos mercados internacionais, criando uma economia autônoma. d) grande participação popular, fundamental na prolongada guerra contra as tropas metropolitanas. e) promover um governo descentralizado e liberal através da Constituição de 1824. 30. (Uece) A respeito da Revolução de 1817, que empolgou vários estados do nordeste do Brasil, podemos afirmar corretamente que: a) criticava a política absolutista de D. João VI e cogitava a República como forma de governo, mas não conseguiu estabelecer um consenso sobre a abolição da escravidão. b) pregava uma mudança total na situação do Brasil, com a instalação de uma República federativa, o fim da escravidão e a divisão das terras entre os colonos. c) não pretendia a independência de Portugal, mas apenas uma maior representação dos brasileiros nas Cortes portuguesas. d) apesar do radicalismo dos líderes revoltosos, o movimento não chegou a incorporar as classes médias e os intelectuais. 31. (Cesgranrio) A transferência da corte portuguesa para o Brasil, em 1808, acelerou transformações que favoreceram o processo de independência. Entre essas transformações, podemos citar corretamente a(s): a) ampliação do território com a incorporação definitiva de Caiena e da Cisplatina. b) implantação, na colônia, de vários órgãos estatais e de melhoramentos, como estradas. c) redução da carga tributária sobre a colônia, favorecendo-lhe a expansão econômica. d) política das Cortes portuguesas de apoio à autonomia colonial. e) restrições comerciais implantadas por interesse dos comerciantes portugueses. 32. (Mackenzie) Sobre a Carta Régia de Abertura de Portos às nações amigas de 1808, podemos afirmar que: a) resultou da pressão inglesa associada à aristocracia rural brasileira, pois a ambas interessava o fim do pacto colonial e a extinção dos privilégios da metrópole. b) gerou a independência econômica da colônia e fortaleceu sua industrialização, sem concorrência externa. c) não alterou significativamente a relação metrópole-colônia, já que Portugal atravessava excelente fase econômica. d) o progresso brasileiro não incitou o sentimento de oposição da metrópole, que apoiava as mudanças da política joanina na área colonial. e) não teve relação com pressões inglesas, sendo o resultado das tendências liberais da política colonial portuguesa.

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33. (Unirio) Assinale a opção cujo conteúdo está ligado à concretização da emancipação política do Brasil, em 1822: a) Reforço da política de monopólios adotada pelo governo de D. João no Brasil. b) Apoio do rei aos setores liberais da colônia, como no caso da Revolução Pernambucana. c) Política recolonizadora do Brasil adotada pelas cortes portuguesas. d) Desdobramento da Revolução Liberal do Porto na colônia. e) Reação das elites coloniais à permanência do Príncipe Herdeiro de Portugal na colônia. 34. (Cesgranrio) As transformações ocorridas no Brasil após a transferência da Corte Portuguesa, em 1808, inauguraram novas relações da então colônia com o mercado internacional, como conseqüência da(s): a) liberação da instalação de manufaturas na colônia, favorecendo seu desenvolvimento industrial. b) introdução de novos produtos agrícolas como o café, direcionando a economia da colônia para a exportação de produtos primários. c) reafirmação dos monopólios exercidos pelos comerciantes portugueses, que controlavam o comércio exterior da colônia. d) Abertura dos Portos e da assinatura de Tratados de comércio com a Inglaterra, rompendo o Pacto Colonial. e) iniciativas do governo para incentivar o desenvolvimento econômico como a Fábrica de Ferro e a criação da Junta de Comércio. 35. (Puccamp) O processo de independência política do Brasil atrelou-se às transformações do mundo ocidental no final do século XVIII e início do XIX. É correto afirmar que entre essas transformações está a) a estagnação industrial estimulada pelo pacto colonial, como instrumento de reserva de mercado. b) a ilustração que promoveu o reforço da religiosidade expressa no Barroco. c) a emancipação política das numerosas colônias latino-americanas apoiadas pelo congresso de Viena. d) o conjunto das rebeliões coloniais que receberam influências do pensamento liberal, apesar das diferenças entre as áreas coloniais e a Europa. e) a atuação dos movimentos autóctones das elites coloniais, não se subordinando ao processo geral da crise do Antigo Regime. 36. (Unb) No tocante às transformações verificadas no Brasil durante a crise do sistema colonial, julgue os itens seguintes. (1) As críticas ao absolutismo feitas na Europa assumiram, no Brasil, o sentido de críticas ao sistema colonial. (2) Em princípio, a Coroa funcionava como mediadora dos conflitos entre seus súditos, como no caso das divergências entre os produtores no Brasil e os comerciantes de Portugal. (3) Chegando ao Brasil, uma das primeiras medidas tomadas por D. João foi a abertura dos portos brasileiros ao comércio direto estrangeiro. (4) A invasão francesa na Península Ibérica e a transferência da corte portuguesa para o Brasil pouco modificaram as relações entre metrópole e colônia. 37. (Fatec) "Após o tratado, pelo regime de virtual privilégio do comércio britânico, ficou sendo o seguinte o estado legal das relações mercantis no Brasil: livres, as mercadorias estrangeiras que já tivessem pego direitos em Portugal, e bem assim os produtos da maior parte das colônias portuguesas; sujeitas à taxa de 24% 'ad valorem' as mercadorias estrangeiras diretamente transportadas em navios estrangeiros; sujeitas à taxa de 16% as mercadorias portuguesas, e também as estrangeiras importadas sob pavilhão português; sujeitas à taxa de 15% as mercadorias britânicas importadas sob pavilhão britânico, ou português." (Lima, Oliveira - D. JOÃO VI NO BRASIL.) O acontecimento histórico abordado no texto está diretamente relacionado com: a) a abertura dos portos brasileiros às nações amigas, em 1808. b) o repúdio à manutenção do Pacto Colonial. c) o Tratado de Comércio e Navegação de 1810, celebrado entre Inglaterra e Portugal. d) o processo de emancipação política do Brasil, iniciado em 1810. e) a independência da economia portuguesa em relação aos interesses capitalistas britânicos. 38. (Mackenzie) "A Independência brasileira é fruto mais de uma classe do que da nação tomada em seu conjunto". (Caio Prado Jr) Identifique a alternativa que justifica e complementa o texto. a) A independência foi liderada pelas camadas populares e acompanhada de profundas mudanças sociais. b) O movimento da independência foi uma ação da elite, preservando seus interesses e privilégios. c) Os vários segmentos sociais uniram-se em função da longa guerra de independência. d) Os setores médios urbanos comandaram a luta, fazendo prevalecer o modelo político dos radicais liberais. e) A aristocracia rural não temia a participação da massa escrava no processo, extinguindo a escravidão logo após a independência. 39. (Mackenzie) "Verifica-se portanto que o Brasil necessitava da potência mais poderosa do momento para sua afirmação no mundo colonial, também a Inglaterra possuía sólidas razões para o seu reconhecimento (...)" (Carlos Guilherme Mota) O interesse inglês no reconhecimento de nossa independência era determinado: a) pela garantia da manutenção do tráfico escravo, fato que favorecia a Inglaterra. b) pela preservação dos interesses portugueses, representados pelo Reino Unido. c) pelo controle de nosso mercado, configurado posteriormente nos Tratados de 1827. d) pelo apoio brasileiro à política da Santa Aliança. e) pelo interesse na assinatura de tratados de extraterritoriedade, com reciprocidade de direitos para ingleses e brasileiros. 40. (Fuvest) Durante o período em que a Corte esteve instalada no Rio de Janeiro, a Coroa Portuguesa concentrou sua política externa na região do Prata, daí resultando: a) A constituição da Tríplice Aliança que levaria à Guerra do Paraguai. b) a incorporação da Banda Oriental ao Brasil, com o nome de Província Cisplatina. c) a formação das Províncias Unidas do Rio da Prata, com destaque para a Argentina. d) o fortalecimento das tendências republicanas no Rio Grande do Sul, dando origem à Guerra dos Farrapos. e) a coalizão contra Juan Manuel de Rosas que foi obrigado a abdicar de pretensões sobre Uruguai.

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41. (Puccamp) A transmigração da família real portuguesa para o Brasil em 1808, repercutiu de forma significativa, no que se refere à participação do Brasil no mercado mundial, porque a) organizou-se uma legislação visando à contenção das importações de artigos supérfluos que naquela época começavam a abarrotar o porto do Rio de Janeiro. b) o Ministério de D. João colocou em execução um projeto de cultivo e exportação do algodão visando a substituir a exportação norte-americana, prejudicada pela Guerra de Independência. c) o tráfico de escravos negros para o Brasil foi extinto em troca do direito dos comerciantes portugueses abastecerem, com exclusividade, algumas das colônias Inglesas, como a Guiana. d) o corpo diplomático joanino catalisou rebeliões na Província Cisplatina, favorecendo, assim, a exportação de couro para a Europa. e) foi promulgada a Abertura dos Portos e realizados Tratados com a Inglaterra. 42. (Puccamp) A concretização da independência política do Brasil, em 1822, está ligada a) à política recolonizadora desenvolvida pelas Cortes portuguesas. b) à reação das elites coloniais à permanência de D. Pedro no Brasil. c) ao reforço da política de monopólios adotada pelo Governo de D. João no Brasil. d) ao apoio do rei aos setores liberais da Colônia, como no caso da Revolução Pernambucana. e) à repercussão, no Brasil, das revoluções portuguesas, chamadas As Patuléias. 43. (Ufmg) Assinale a alternativa que apresenta uma transformação decorrente da vinda da família real para o Brasil. a) Fechamento cultural, devido às Guerras Napoleônicas, provocado pela dificuldade de intercâmbio com a França, país que era então berço da cultura iluminista ocidental. b) Diminuição da produção de gêneros para abastecimento do mercado interno, devido ao aumento significativo das exportações provocado pela Abertura dos Portos. c) Mudança nas formas de sociabilidade, especialmente nos núcleos urbanos da região centro-sul, devido aos novos costumes trazidos pela Corte e imitados pela população. d) Formação de novos parceiros comerciais, em situação de equilíbrio, decorrente da aplicação das novas taxas alfandegárias estabelecidas nos Tratados de Amizade e Comércio. 44. (Mackenzie) No plano internacional, colaboraram para o processo de independência do Brasil: a) o desenvolvimento do capitalismo industrial, em prejuízo do mercantilista, e a política napoleônica, resultando na transferência da Corte Portuguesa para o Brasil. b) a ideologia liberal que defendia restrições e monopólios, além de forte intervenção do Estado na economia. c) a tradicional dependência de Portugal em relação à França, já que desde o século XVII estes países eram fortes aliados e parceiros econômicos. d) a política portuguesa liberal que garantia, após o retorno da Corte, todas as vantagens concedidas ao Brasil no período Joanino. e) o exemplo norte-americano e a influência iluminista não atingiam nossa realidade, marcada por forte atraso intelectual. 45. (Puccamp) A guerra que Napoleão Bonaparte movia na Europa contra a Inglaterra, em princípio do século XIX, provocou a vinda da Família Real Portuguesa para o Brasil. Com isso a) formou-se no Brasil uma elite progressista agrupada no Partido Brasileiro e dotada de profundos ideais republicanos. b) desapareceram os atritos entre Metrópole e Colônia, pois D. João VI adotou a política de priorizar os interesses brasileiros em detrimento dos demais países. c) fez-se necessária a aberturas dos portos do Brasil às nações amigas, prejudicando os interesses ingleses e dos proprietários rurais produtores de bens para exportação. d) alterou-se a relação de poder entre a Metrópole e a Colônia, pois a sede da monarquia portuguesa instalou-se no Rio de Janeiro. e) acelerou-se consideravelmente o processo de emancipação da Colônia, sob a liderança democrática de D. João VI. 46. (Ufmg) A abertura dos portos do Brasil, logo após a chegada de D. João VI, foi responsável pela entrada no país de uma grande quantidade de mercadorias inglesas, que passaram a dominar o mercado brasileiro. Essa situação decorreu a) da assinatura de tratados com a Inglaterra, que permitiram a importação desses produtos. b) da estrutura industrial brasileira, que se baseava na produção de alimentos e tecidos. c) da montagem de uma rede ferroviária, que facilitou a distribuição dos produtos ingleses no mercado brasileiro. d) do desenvolvimento urbano acentuado, que acarretou o aumento da demanda por produtos sofisticados. 47. (Unesp) No contexto da independência política do Brasil de Portugal, é correto afirmar que: a) no Congresso de Viena, os adversários de Napoleão I tomaram várias decisões a favor do liberalismo. b) a Revolução Constitucionalista do Porto (1820) defendia a ampliação do poder real. c) o regresso de D. João VI a Lisboa significou a vitória da burguesia liberal portuguesa. d) ao jurar a Constituição de 1824, D. Pedro I aderiu às teses democráticas de Gonçalves Ledo. e) a abertura dos portos e os tratados de 1810 favoreceram os comerciantes portugueses. 48. (Ufsm) No início do século XIX, idéias liberais provenientes da Europa, ao entrarem no Brasil, sofreram adaptações. As características do liberalismo no Brasil, durante esse período, são: a) liberdade econômica e igualdade jurídica. b) fim do pacto colonial e liberdade comercial, favorecendo a burguesia industrial brasileira. c) ideário republicano e idéias abolicionista. d) extirpação de obstáculos mercantilistas à expansão do projeto industrial e anticlericalismo. e) luta anticolonial e manutenção da escravidão e do latifúndio. 49. (Uerj) Quer Portugal livre ser, Em ferros quer o Brasil; promove a guerra civil, Rompe os laços da união. (Volantim, 07/10/1822)

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A partir dos versos acima, publicados em um jornal fluminense, pode-se verificar que a postura de Portugal em relação a sua antiga colônia, ao longo do ano de 1822, aprofundou o desgaste das relações entre os dois reinos. Assim, a independência do Brasil pode ser explicada pelo seguinte fato: a) criação do cargo de governador das Armas, gerando conflitos institucionais no Exército nacional b) arbitrariedade das Cortes portuguesas, subordinando os governos provinciais diretamente a Lisboa c) existência de facção separatista brasileira ligada ao tráfico negreiro, objetivando controlar as possessões portuguesas na África d) revogação da liberdade de culto concedida aos britânicos, ampliando os antagonismos entre Londres e as Cortes portuguesas 50. (Unesp) Sobre o processo de independência da colônia portuguesa na América, no início do século XIX, é correto afirmar que: a) foi liderado pela elite do comércio local, por intermédio de acordos que favoreceram colonizados e a antiga metrópole. b) a ruptura com a metrópole européia provocou reações e, dentre elas, guerras em algumas províncias, entre portugueses e brasileiros. c) os acordos comerciais com a Inglaterra garantiam o comércio português de escravos para a agricultura brasileira. d) a vinda da família real limitou o comércio de exportação para portugueses e ingleses, assegurando o monopólio da metrópole. e) as antigas colônias espanholas, recém emancipadas, auxiliaram os brasileiros nas guerras contra a metrópole portuguesa. 51. (Ufpe) Sobre o processo de independência do Brasil assinale a alternativa correta. a) Após a Independência, os diferentes grupos liberais existentes no Brasil unem-se em torno da centralização do poder. b) Liberais centralistas e liberais federalistas lutaram no início do século XIX contra a elite conservadora do Império. c) As revoltas populares ocorridas durante o primeiro reinado foram amplamente defendidas pelos liberais centralistas. d) José Bonifácio apoiou a Independência do Brasil dentro de uma proposição centralista do estado brasileiro. e) Depois de consumada a independência, D. Pedro I apoiou-se no "partido brasileiro" afastando-se do "partido português". 52. (Ufc) Sobre a relação entre as idéias liberais e o processo de independência política do Brasil, é correto afirmar: a) o liberalismo constituiu-se no principal instrumento ideológico na defesa da abolição dos escravos e da implantação da República. b) os liberais brasileiros defendiam a independência política assim como criticavam a escravidão e a dependência econômica. c) a defesa do livre comércio e da livre iniciativa colocou os liberais na oposição ao processo de independência. d) o liberalismo no Brasil assumiu um caráter radical e revolucionário, associado ao republicanismo e ao abolicionismo. e) os liberais criticavam o Pacto Colonial e o exclusivo comercial, embora aceitassem a permanência da escravidão. 53. (Ufpe) Atribuiu-se aos revolucionários de 1817 a defesa da soberania popular, a separação entre os poderes (legislativo, executivo e judiciário), a liberdade de culto e de expressão e a igualdade de direitos. Sobre esse movimento é correto afirmar: a) A revolta civil e militar, de 1817 em Pernambuco, destituiu o governo e estabeleceu pela força das armas um governo republicano, dando mostras de uma verdadeira revolução popular. b) O governo republicano que se instalou em Pernambuco em 1817, encontrou a estratégia militar que lhe garantiu a permanência no poder até abril de 1822. c) A ajuda do governo português aos revoltosos de 1817 em Pernambuco veio através de forças navais e terrestres, consolidando-se, então, o governo republicano revolucionário de Pernambuco. d) a origem de classe dos líderes do movimento republicano de 1817 não permitiu a radicalização das mudanças nas estruturas econômicas e sociais existentes. e) Em razão da ampla repressão do governo português ao movimento de 1817, os líderes foram presos e executados, inclusive o Frei Joaquim do Amor Divino Rabelo e Caneca. 54. (Fgv) A transferência da Corte portuguesa para o Brasil, em 1808, proporcionou: a) A ampliação do controle metropolitano sobre as atividades coloniais e o maior enquadramento do Brasil às estruturas do Antigo Sistema Colonial. b) O estabelecimento de interesses convergentes entre membros da burocracia imperial, proprietários rurais e comerciantes, base sociopolítica decisiva para o processo de emancipação política. c) A mudança da capital do Vice-reino do Brasil para o Rio de Janeiro e a compensação da perda do poderio político baiano, por meio de uma ampla autonomia econômica autorizada a toda a região nordestina. d) A emergência de uma burguesia mercantil interessada em modernizar o Brasil pelo rompimento dos laços coloniais com Portugal e a abolição imediata da escravidão. e) Maior dispersão dos domínios portugueses na América, em função das rivalidades regionais acentuadas e ampliadas com a elevação da cidade do Rio de Janeiro à condição de capital do império colonial. 55. (Mackenzie) A Abertura de Portos em 1808 foi um ato previsível em virtude da transferência da Corte Portuguesa para o Brasil. Dentre os maiores beneficiários dessa medida, destacamos: a) a Inglaterra, que, bloqueada economicamente por Napoleão Bonaparte, substituía o mercado perdido na Europa pelo brasileiro. b) os comerciantes portugueses, que ampliaram seus lucros e negócios. c) os países aliados dos franceses, que passaram a se beneficiar com a exportação e o fim do monopólio no Brasil. d) a indústria brasileira, que teve através do protecionismo condições de crescimento. e) os traficantes de escravos, que, beneficiados pelos acordos com a Inglaterra, intensificaram o tráfico negreiro. 56. (Ufes) No início do século XIX, a transformação do Brasil em sede da monarquia portuguesa levou D. João VI a adotar medidas que mudaram o contexto socioeconômico da antiga colônia. Dentre essas medidas, podemos destacar: I - a organização da maçonaria, constituída por grandes latifundiários e comerciantes do Rio de Janeiro; II - a criação do Banco do Brasil, da Casa da Moeda e do Jardim Botânico; III - a convocação de uma Assembléia Constituinte, que estabeleceu a liberdade de comércio para os comerciantes nacionais; IV - a criação da Faculdade de Medicina na Bahia, da Imprensa Régia, da Escola Nacional de Belas-Artes e da Biblioteca Pública do Rio de Janeiro; V - a assinatura de tratados de comércio e navegação com a Inglaterra, os quais favoreciam a comercialização de produtos portugueses pelas baixas tarifas alfandegárias.

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Assinale a opção que contém as afirmativas corretas: a) I e II b) I e V c) II e IV d) III e IV e) IV e V 57. (Pucpr) A Inglaterra pressionou Portugal para que este reconhecesse a independência do Brasil, o que proporcionaria o reconhecimento por outras potências européias. Para fazê-lo, Portugal exigiu e o Brasil assinou um tratado em que: a) estabelecia que somente os portugueses poderiam futuramente fixar-se no Brasil como imigrantes. b) o Príncipe D. Miguel ficava reconhecido sucessor de D. Pedro I no trono do Brasil. c) se comprometia a abandonar a Província Cisplatina ou Uruguai. d) pagava 2 milhões de libras esterlinas como compensação pelos interesses lusos deixados em sua antiga colônia. e) estabelecia um tribunal de exceção para julgar os portugueses que se envolvessem em delitos no Brasil. 58. (Ufal) "O Brasil, antes fragmentado em várias regiões que se comunicavam diretamente com a metrópole, adquiriu unidade política e territorial, graças aos mecanismos jurídico-administrativos centralizadores instaurados (...) na cidade. O Rio de Janeiro, antes uma cidade de ruas lamacentas e hábitos provincianos, transformou-se num movimentado centro comercial e cultural (...). O modo de vida da corte, denominação dada à capital, mudou radicalmente. O luxo e a ostentação empolgaram a elite rural escravista, que se transferiu para a cidade. Homens e mulheres, trajando à moda européia, passaram a circular pelas ruas do Rio, numa demonstração eloqüente de colonialismo cultural". O texto descreve um fenômeno relacionado a) à extinção do tráfico negreiro e à vinda de imigrantes para o Brasil. b) à política de incentivo cultural adotada por D. Pedro I. c) ao desenvolvimento da economia cafeeira no Vale do Paraíba. d) à instalação da família real portuguesa no Brasil. e) ao crescimento industrial e à urbanização do Sudeste no final do século XIX. 59. (Mackenzie) Não foram os brasileiros os agentes iniciais da independência, nem precisavam sê-lo. Em 1820, era muito mais Portugal que precisava reconquistar o Brasil que este a necessitar de uma separação. ("A Nação Mercantilista" - Jorge Caldeira) O texto se reporta a um importante fato que tem, pelas suas conseqüências, relação direta com nossa Independência em 1822. Assinale-o nas alternativas a seguir. a) A invasão de Portugal em 1820 por tropas napoleônicas e a fuga da corte para o Brasil. b) O declínio da economia brasileira entre 1808 e 1821, daí o interesse português em recuperá-la. c) A inversão brasileira, resultado do progresso entre 1808 e 1821, tendo em contrapartida a decadência da economia portuguesa, fatos que provocaram a Revolução do Porto de 1820, com claros objetivos de recolonizar o Brasil. d) Como D. João VI após a Revolução do Porto recusa-se a voltar para Portugal, desencadeou-se uma revolta da população brasileira pela Independência. e) A Revolução do Porto de 1820, essencialmente liberal, não tinha pretensões mercantilistas em relação ao Brasil. 60. (Ufrs) A partir da segunda metade do século XVIII, o chamado antigo sistema colonial, baseado nas práticas e nos princípios mercantilistas, enfrentou uma profunda crise. Desta crise resultou um conjunto de movimentos de independência nas áreas coloniais da América Latina. Considere os seguintes elementos. I - A Revolução Industrial na Inglaterra. II - A luta pela liberdade de comércio e pela autonomia. III - O desenvolvimento socioeconômico das colônias. IV - A influência das idéias iluministas. V - A política napoleônica. VI - A rivalidade entre a elite local e os representantes da elite metropolitana. Quais dentre eles contribuíram para a emancipação das colônias e rompimento do pacto colonial? a) Apenas I e II. b) Apenas I e IV. c) Apenas I, III e V. d) Apenas II, IV e VI. e) I, II, III, IV, V e VI. 61. (Puccamp) Movimento Comercial - 1796-1811

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Portugal - Colônias: Importação e Exportação A queda abrupta do movimento comercial das importações e exportações entre Portugal e suas colônias, em 1808, foi decorrência a) dos altos índices de inflação da economia portuguesa, que dificultavam as transações comerciais com as colônias. b) da ocupação do território português pelos ingleses, provocando a interrupção total das relações comerciais daquele país. c) da União das Coroas Ibéricas, quando a Espanha assume diretamente o monopólio do comércio das colônias portuguesas. d) da guerra entre ingleses e franceses que impediam a saída dos navios comerciais do continente europeu. e) dos desdobramentos econômicos, em razão da transferência da Corte portuguesa para o Brasil. 62. (Pucsp) Entre os eventos que antecederam a independência política do Brasil e propuseram ou criaram condições para a autonomia, podem-se mencionar a) as iniciativas da Coroa portuguesa no Brasil, no início do século XIX, como a permissão ao comércio internacional sem mediação da Metrópole e a criação de sistema bancário oficial. b) as revoltas ocorridas na região das Minas Gerais, no decorrer do século XVIII, com características e projetos, em todos os casos, emancipacionistas e propositores de um Estado brasileiro autônomo. c) as mudanças ocorridas no cenário europeu, entre o final do século XVIII e o início do XIX, com a ascensão de Napoleão ao trono francês e a conquista, por suas tropas, de toda a Europa Ocidental e de suas possessões coloniais. d) as ações de grupos de comerciantes da Colônia, desde o início do século XIX, desejosos de ampliar sua independência comercial e de estabelecer vínculos diretos com países do Ocidente europeu e do Extremo Oriente. e) as vitórias, no século XVIII, das lutas pela independência nas regiões de colonização espanhola, francesa e inglesa das Américas, gerando um conjunto de impérios autônomos, possíveis parceiros comerciais para o Brasil. 63. (Fuvest) "... quando o príncipe regente português, D. João, chegou de malas e bagagens para residir no Brasil, houve um grande alvoroço na cidade do Rio de Janeiro. Afinal era a própria encarnação do rei [...] que aqui desembarcava. D. João não precisou, porém, caminhar muito para alojar-se. Logo em frente ao cais estava localizado o Palácio dos Vice-Reis". (Lilia Schwarcz. "As Barbas do Imperador".) O significado da chegada de D. João ao Rio de Janeiro pode ser resumido como: a) decorrência da loucura da rainha Dona Maria I, que não conseguia se impor no contexto político europeu. b) fruto das derrotas militares sofridas pelos portugueses ante os exércitos britânicos e de Napoleão Bonaparte. c) inversão da relação entre metrópole e colônia, já que a sede política do império passava do centro para a periferia. d) alteração da relação política entre monarcas e vice-reis, pois estes passaram a controlar o mando a partir das colônias. e) imposição do comércio britânico, que precisava do deslocamento do eixo político para conseguir isenções alfandegárias. 64. (Unifesp) Sendo o clero a classe que em todas as convulsões políticas sempre propende para o mal, entre nós tem sido o avesso; é o clero quem mais tem trabalhado, e feito mais esforços em favor da causa, e dado provas de quanto a aprecia. (Montezuma, Visconde de Jequitinhonha, em 5 de novembro de 1823) O texto sugere que o clero brasileiro a) defendeu a política autoritária de D. Pedro I. b) aderiu com relutância à causa da recolonização. c) preferiu a neutralidade para não desobedecer ao Papa. d) viu como um mal o processo de independência. e) apoiou ativamente a causa da independência. 65. (Mackenzie) A Abertura de Portos foi um ato historicamente previsível, mas ao mesmo tempo impulsionado pelas circunstâncias do momento. Portugal estava ocupado por tropas francesas e o comércio não podia ser feito através dele. Para a Coroa, era preferível legalizar o extenso contrabando existente entre Colônia e a Inglaterra e receber os tributos devidos. Boris Fausto A Abertura de Portos produziu inúmeras transformações EXCETO: a) a escalada inglesa pelo controle do mercado colonial brasileiro, consolidada nos Tratados de 1810. b) a necessidade do governo Joanino de conciliar os interesses dos grandes proprietários brasileiros e comerciantes reinóis. c) que a medida foi acompanhada da revogação dos decretos de proibição da produção de manufaturas na Colônia. d) que a presença inglesa não anulou nossos esforços de industrialização, em virtude das tarifas protecionistas e do pequeno volume de importações inglesas. e) a questão da escravidão, que interessava à Inglaterra nesse momento, foi incluída nos tratados e acordos entre Portugal e Inglaterra. 66. (Pucmg) A transferência da Corte Portuguesa para o Brasil, em 1808, encontra-se associada, EXCETO: a) à submissão lusitana em relação aos interesses ingleses. b) à expansão napoleônica no continente europeu. c) à necessidade de recrudescimento do pacto colonial. d) à busca de segurança para o trono português. 67. (Unesp) Leia os itens a respeito da Revolução Pernambucana de 1817. I. Possuiu forte sentimento anti-lusitano, resultante do aumento dos impostos e dos grandes privilégios concedidos aos comerciantes portugueses. II. Teve a participação apenas de sacerdotes e militares, não contando com o apoio de outros segmentos da população. III. Foi uma revolta sangrenta que durou mais de dois meses e deixou profundas marcas no Nordeste, com os combates armados passando de Recife para o sertão, estendendo-se também a Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte. IV. A revolta foi sufocada apenas dois anos depois por tropas aliadas, reunindo forças armadas portuguesas, francesas e inglesas. V. Propunha a República, com a igualdade de direitos e a tolerância religiosa, mas não previa a abolição da escravidão.

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É correto apenas o afirmado em a) I, II e III. b) I, III e V. c) I, IV e V. d) II, III e IV. e) II, III e V. 68. (Fgv) O estabelecimento da família real portuguesa no Brasil, a partir de 1808: a) Significou apenas o deslocamento do imenso aparelho burocrático português sem nenhum desdobramento no processo de emancipação política brasileira. b) Interrompeu os vínculos entre os grupos estabelecidos em torno da Coroa Portuguesa e aqueles dedicados às diversas atividades econômicas coloniais. c) Deu inicio à campanha abolicionista, devido à atuação dos letrados portugueses junto aos integrantes da aristocracia escravista colonial. d) Criou vínculos estreitos entre os grupos dominantes da América espanhola e da América portuguesa, unidos contra as agressões e usurpações patrocinadas por Napoleão Bonaparte. e) Deu início à chamada "interiorização da metrópole" e permitiu uma aproximação entre os membros da burocracia imperial e grupos dominantes coloniais. 69. (Ufsc) Assinale a(s) proposição(ões) VERDADEIRA(S) em relação ao processo de independência do Brasil. (01) A independência do Brasil, a sete de setembro de 1822, atendeu aos interesses da elite social do Brasil Colônia e da burguesia portuguesa favorecida pelo decreto de Abertura dos Portos de 1808. (02) A revolta em Minas Gerais e no Rio de Janeiro, liderada pelo alferes Joaquim José da Silva Xavier, apressou os planos de D. Pedro, apoia-do pela aristocracia. Forçado pelas circunstâncias, teve de proclamar a independência. (04) No período colonial ocorreram numerosos motins e sedições como: a Aclamação de Amador Bueno, em São Paulo; a Guerra dos Emboabas e a Revolta de Vila Rica, em Minas Gerais. (08) A Maçonaria no Brasil, no século XIX, defendia os princípios liberais. As Lojas Maçônicas, em especial as do Rio de Janeiro, tiveram papel importante no movimento pela separação do Brasil de Portugal. (16) A independência, proclamada por D. Pedro, foi aceita incondicionalmente por todas as províncias. 70. (Mackenzie) Adotar em toda a extensão os princípios do liberalismo econômico significaria destruir as próprias bases sobre as quais se apoiava a Coroa. Manter intacto o sistema colonial era impossível nas novas condições. Daí as contradições de sua política econômica. Emília Viotti da Costa Sobre a política econômica adotada por D. João VI durante a permanência da Corte portuguesa no Brasil, é correto afirmar que: a) permanecia a proibição à produção das manufaturas nacionais e o estabelecimento de fábricas no Brasil, que representariam uma possível concorrência aos produtos ingleses. b) proibia a entrada e a venda de vinhos estrangeiros no Brasil, estabelecendo tarifas favoráveis aos vinhos portugueses, que continuaram a ser os mais consumidos. c) a abertura dos portos às nações amigas, em 1808, concedia liberdade de comércio à colônia, mas não extinguia o monopólio português exercido em nossa economia. d) com a assinatura dos Tratados de 1810, consolidou-se a dominação econômica inglesa sobre o nosso país, apesar de os súditos britânicos residentes no Brasil não terem garantia de liberdade religiosa. e) as medidas tomadas durante esse período acentuaram as divergências entre os interesses da elite nacional, as exigências britânicas e as necessidades dos comerciantes metropolitanos. 71. (Pucmg) O mapa a seguir mostra a Europa Ocidental nos anos iniciais do século XIX. A situação assinalada resultou na vinda da Corte Portuguesa para o Brasil, em 1808.

Portanto, o mapa retrata: a) O Tratado de Comércio e Navegação, assinado entre D. João e lord Strangford, que garantia liberdade comercial para ingleses e portugueses. b) O Tratado de Fontainebleau, assinado por França e Espanha, que supunha a invasão de Portugal e divisão de suas colônias. c) A Convenção Secreta, acordo entre Inglaterra e Portugal, que determinava a defesa marítima dos lusitanos pelos ingleses. d) o Bloqueio Continental determinado por Napoleão Bonaparte, que proibia os países europeus de comercializarem com os ingleses.

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72. (Puccamp) Na limpidez transparente de um universo sem culpa, entrevemos o contorno de uma terra sem males definitivos ou irremediáveis, regida por uma encantadora neutralidade moral. Lá não se trabalha, não se passa necessidade, tudo se remedeia. Na sociedade parasitária e indolente, que era a dos homens livres do Brasil de então, haveria muito disto, graças à brutalidade do trabalho escravo, que o autor elide junto com outras formas de violência. (...) Por isso, tomamos com reserva a idéia de que as "Memórias de um sargento de milícias" são um panorama documentário do Brasil joanino (...). (Antonio Candido, Dialética da malandragem. "Memórias de um sargento de milícias") Analise as afirmações sobre o período a que o texto se refere. I. A Coroa portuguesa suspendeu todas as concessões de futuras sesmarias, até o estabelecimento de um novo regime de propriedade legal da terra. Essas medidas favoreciam diretamente os interesses ingleses. II. O governo português autorizou o livre-comércio entre o Brasil e as demais nações não aliadas da França; o imposto de importação a ser pago nas alfândegas brasileiras pelos produtos estrangeiros foi fixado em 24%; os produtos portugueses pagavam 16%. III. Portugal, ao mesmo tempo que deu aos produtos ingleses tarifa preferencial de 15% no Brasil, inferior a dos seus próprios artigos, comprometeu-se a limitar o tráfico de escravos. IV. O governo foi responsável pela implantação de diversas academias e obras culturais no Brasil e pela contratação de artistas e professores estrangeiros. V. Os acordos realizados com a Inglaterra impulsionaram a imigração européia para o Brasil, deslocando o eixo econômico do Nordeste para a região Sudeste, no final do século XIX. É correto o que está afirmado SOMENTE em a) I, II e IV. b) I, II e V. c) I, III e IV. d) II, III e IV. e) II, III e V. 73. (Uff) Nas primeiras décadas do século XIX, ocorreu uma verdadeira "redescoberta do Brasil", como identificou Mary Pratt, graças à ação de inúmeros Viajantes europeus, bem como às Missões Artísticas e Científicas que percorreram o território, colhendo diversas informações sobre o que aqui existia. Foram registrados os diversos grupos humanos encontrados, legando-nos um retrato de diversos tipos sociais. Rica e fundamental foi a descrição que fizeram da Natureza, revelando ao mundo diferenciadas flora e fauna. Entretanto, até o início dos oitocentos, os estrangeiros foram proibidos de percorrer as terras brasileiras, e eram quase sempre vistos como espiões e agentes de outros países. O grande afluxo de artistas e cientistas estrangeiros ao Brasil está ligado: a) à política joanina, no sentido de modernizar o Rio de Janeiro, inclusive com o projeto de criar uma escola de ciências, artes e ofícios; b) à pressão exercida pela Inglaterra, para que o governo de D. João permitisse a entrada de cientistas e artistas no Brasil; c) à transferência da capital do Império Português de Salvador para o Rio de Janeiro, modificando o eixo econômico da Colônia; d) à reafirmação do pacto colonial, em função das proposições liberais da Revolução do Porto; e) à política de vários países europeus, que buscavam ampliar o conhecimento geral sobre o mundo, na esteira do humanismo platônico. 74. (Ufrrj) A citação a seguir destaca a chegada da corte portuguesa ao Rio de Janeiro, em 1808, como um início de uma fase de grandes mudanças para a cidade que perdia então a sua imagem colonial. Para o Rio de Janeiro, principalmente, era toda uma fase de sua história que agora terminava. Fase de grandes transformações realizadas sob o impacto das necessidades de toda ordem despertadas pela chegada e instalação da Corte portuguesa. Em pouco mais de uma década, a cidade passara por um processo de modernização material e atualização cultural, perdendo muito de sua aparência colonial para transformar-se numa metrópole. FALCÓN, F. C.; MATTOS, I. R. de. "O Processo de Independência no Rio de Janeiro". In: MOTA, C. G. (org). 1822. Dimensões. São Paulo: Perspectiva, 1972. Entre as medidas que favoreceram essas transformações podem ser assinaladas: a) o início da construção do Paço Imperial, a sede do governo, a criação da Imprensa Régia e a instalação da iluminação a gás. b) a construção da primeira estrada de ferro do Brasil, a criação do banco do Brasil e a fundação da Imperial Academia de Música. c) o estabelecimento da Intendência Geral de Polícia, a fundação do Banco do Brasil e a criação da Imprensa Régia. d) a criação da Imprensa Régia, a instalação da iluminação a gás e a construção da primeira estrada de ferro do Brasil. e) a permissão de instalação de manufaturas no Brasil, o estabelecimento da Intendência geral de Polícia e a construção da primeira estrada de ferro do Brasil. 75. (Ufrs) Embora a independência política do Brasil tenha sido declarada somente em 1822, o início do processo de emancipação pode ser relacionado com uma conjuntura anterior, na qual um acontecimento de grande impacto desencadeou as mudanças que levaram à separação entre o Brasil e Portugal. Esse fato, que assinalou o final efetivo da situação colonial, foi a) a Inconfidência Mineira, ocorrida em 1789, que introduziu no Brasil as idéias iluministas e republicanas, minando a monarquia portuguesa. b) a Inconfidência Baiana, ocorrida em 1798, que introduziu no Brasil as idéias jacobinas e revolucionárias, levando ao fim do domínio lusitano. c) a transferência da Corte para o Brasil em 1808, que significou a presença do aparato estatal metropolitano na Colônia, a qual passou a ser a sede da Monarquia portuguesa. d) a Revolução Pernambucana de 1817, que trouxe para o cenário político brasileiro o ideário maçônico e republicano. e) a convocação das Cortes de Lisboa em 1820, que exigiram o retorno de Dom João para Portugal e a recolonização do Brasil.

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76. (Ufsm)

"Super Interessante", fev. 2002, p. 33. Esse mapa foi feito a partir da suposição de que, se a Família Real Portuguesa não tivesse vindo para o Brasil em 1808, o processo de independência brasileira teria sido diferente. O mapa permite a seguinte conclusão: a) A divisão política da América Latina independe do rumo da história. b) Ao capitalismo industrial em expansão pouco importava a organização política dos Estados latino-americanos. c) A Corte portuguesa no Brasil foi capaz de manter a unidade territorial da colônia, submetendo-a ao regime monárquico. d) A consciência nacional se forja exclusivamente a partir da unidade lingüística. e) As guerras napoleônicas difundiram o ideal monárquico-liberal entre as colônias luso-espanholas da América. 77. (Ufv) O desembarque da família real e da corte portuguesa, em 1808, não só marcou o início de uma série de mudanças econômicas, políticas e administrativas como representou uma etapa decisiva no processo de emancipação política da Colônia. Das alternativas abaixo, assinale aquela que NÃO indica uma conseqüência da transferência da família real e da corte portuguesa para a América. a) Ocupação da Guiana Francesa e da Província Cisplatina e sua incorporação ao Império Português, como resultado da política externa agressiva adotada por D. João. b) Estabelecimento do Rio de Janeiro como sede do Império Português, que a partir de 1816 passou a se chamar Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. c) Abertura dos portos da Colônia às nações aliadas de Portugal, como a Inglaterra, dando início a uma fase de livre-comércio, ainda que com certas restrições. d) Revogação da lei que proibia a instalação de manufaturas na Colônia, o que provocou maior dinamização da economia, apesar da forte concorrência dos produtos ingleses. e) Redução dos impostos e da emissão de papel-moeda, o que impediu a reedição de movimentos de contestação ao domínio lusitano na América Portuguesa. 78. (Fgv) Com relação à África portuguesa, a emancipação política do Brasil em 1822: a) Provocou fortes reações nas elites angolanas, a ponto de alguns setores manifestarem interesse em fazer parte do império brasileiro. b) Acarretou a suspensão definitiva do tráfico negreiro como uma forma de retaliação do governo português contra a sua ex-colônia. c) Levou ao aparecimento de movimentos pela independência em Angola e Moçambique, que só se tornariam vitoriosos ao final do século XIX. d) Levou a Coroa portuguesa a implementar regimes de segregação racial em suas possessões africanas, inspirados na experiência inglesa na África do Sul. e) Provocou o desinteresse português na manutenção dos seus domínios no ultramar e o abandono dessas possessões a outras potências européias. 79. (Fuvest) A invasão da Península Ibérica pelas forças de Napoleão Bonaparte levou a Coroa portuguesa, apoiada pela Inglaterra, a deixar Lisboa e instalar-se no Rio de Janeiro. Tal decisão teve desdobramentos notáveis para o Brasil. Entre eles, a) a chegada ao Brasil do futuro líder da independência, a extinção do tráfico negreiro e a criação das primeiras escolas primárias. b) o surgimento das primeiras indústrias, muitas transformações arquitetônicas no Rio de Janeiro e a primeira constituição do Brasil. c) o fim dos privilégios mercantilistas portugueses, o nascimento das universidades e algumas mudanças nas relações entre senhores e escravos. d) a abertura dos portos brasileiros a outras nações, a assinatura de acordos comerciais favoráveis aos ingleses e a instalação da Imprensa Régia. e) a elevação do Brasil à categoria de Reino Unido, a abertura de estradas de ferro ligando o litoral fluminense ao porto do Rio e a introdução do plantio do café. 80. (Pucpr) Dentre os atos de D. João, na época também conhecida como Monarquia Joanina no Brasil (1808-1821), NÃO é correto afirmar: a) Reprimiu severamente a Confederação do Equador. b) Elevou o Brasil à categoria de Reino Unido a Portugal e Algarves. c) Invadiu a Guiana Francesa como represália à invasão de Portugal por tropas napoleônicas. d) Criou a Imprensa Régia, para a publicidade dos atos oficiais. e) Invadiu o Uruguai, anexando-o ao Brasil com o nome de Província Cisplatina.

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81. (Ufpe) A luta para construir a autonomia política do Brasil contou com várias rebeliões, em que se destacaram reflexões sobre a questão da escravidão, que tanto atingiu a nossa história. Os escravos foram decisivos para a produção da riqueza social e sofreram com a exploração política e física dos seu senhores. Sobre a luta contra a escravidão no Brasil, podemos afirmar que: a) não houve resistências dos grandes proprietários, preocupados apenas com os lucros da exportação de seus produtos. b) a Revolta dos Alfaiates, na Bahia, mostrou-se contra a escravidão e teve apoio da população mais pobre de Salvador. c) todas as rebeliões políticas do século XVIII foram claramente contra a escravidão; sobretudo, as que ocorreram em Pernambuco. d) a vinda das idéias liberais para o Brasil em nada contribuiu para o fim da escravidão no século XIX. e) o fim do tráfico em 1850 não teve relação com a luta contra a escravidão, não abrindo, pois, espaços para novas reivindicações de liberdade. 82. (Ufsc) "Não corram tanto! Vão pensar que estamos fugindo!" (Frase atribuída a D. Maria I, a Louca, quando a família real portuguesa se retirava de Lisboa para o Brasil, em 1807. "Nossa História". Rio de Janeiro, a. 1, n. 2, dez. 2003.) Sobre o início do século XIX na América Portuguesa, é CORRETO afirmar que: (01) a vinda da família real ao Brasil foi possível devido a um acordo diplomático estabelecido entre Dom João e Napoleão Bonaparte, no qual Portugal comprometia-se a manter as colônias abertas ao comércio francês. (02) antes do estabelecimento da Corte portuguesa no Brasil, a Metrópole não havia demonstrado interesse em atender às reivindicações por melhorias na Colônia. (04) a vinda da Corte significou, para os comerciantes da metrópole, uma oportunidade de enriquecimento, uma vez que a sede do império tinha sido transferida para o Brasil. (08) transformações importantes ocorreram com a vinda da Corte portuguesa ao Brasil. Era necessário adaptar as condições do modo de vida rústico dos brasileiros às exigências dos europeus que aqui aportaram. (16) as mudanças implantadas no Brasil para satisfazer os interesses portugueses não impediram a continuidade da escravidão. Os escravos exerciam várias funções no meio urbano e rural e estavam sujeitos a castigos físicos, tanto em ambientes privados quanto públicos. 83. (Puccamp) Observe a figura a seguir:

No início do século XIX, o movimento de embarcações estrangeiras no Rio de Janeiro aumentou consideravelmente, em função da Abertura dos Portos. Essa medida significou, principalmente, para o Estado português: a) o apoio político dos grandes proprietários rurais brasileiros, principal alvo dessa medida. b) o aumento dos lucros dos comerciantes portugueses, que ampliaram suas exportações. c) a consolidação da independência em relação à Inglaterra, estabelecidos laços comerciais com outras nações. d) a solução para a sobrevivência econômica do Estado, tendo em vista a conturbada situação européia. e) a reação antinapoleônica, uma vez que essa medida derrotou o Bloqueio Continental. 84. (Puccamp) (...) era o Leonardo Pataca. Chamavam assim a uma rotunda e gordíssima personagem de cabelos brancos e carão avermelhado, que era o decano da corporação, o mais antigo dos meirinhos(*) que viviam nesse tempo. (...) Fora Leonardo algibebe(**) em Lisboa, sua pátria; aborreceu-se porém do negócio, e viera ao Brasil. Aqui chegando, não se sabe por proteção de quem, alcançou o emprego de que o vemos empossado, e que exercia, como dissemos, desde tempos remotos. ( *) meirinho = funcionário da justiça. (**) algibebe = vendedor de roupas baratas; mascate. (Manuel Antonio de Almeida. "Memórias de um sargento de milícias. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1978, p. 6) Leonardo Pataca é uma personagem que viveu "nos tempos do rei" e obteve emprego por meio da proteção de alguém, prática que integra a política exercida por D. João VI após 1808. São medidas tomadas durante a administração joanina: a) a elevação do Brasil a Reino Unido a Portugal e Algarve e a decretação de Guerra ao Paraguai. b) a Abertura dos Portos e o Tratado de Comércio e Navegação com a Inglaterra. c) a extinção do tráfico negreiro, imposta pela Inglaterra em 1810, e a criação do Banco do Brasil. d) a modernização da capital e o Golpe da Maioridade, que garantiu a sucessão de D. Pedro I ao trono. e) o saneamento dos gastos da Corte e o crescimento das exportações e do setor industrial. 85. (Pucmg) "Pedro, se o Brasil se separar, antes seja para ti, que me hás de respeitar, do que para algum desses aventureiros." A recomendação feita por D. João VI ao filho D. Pedro, que permaneceria como Regente do Brasil, logo após a partida de seu pai para Portugal em 1821, está diretamente relacionada com: a) a vitória do movimento liberal da cidade do Porto, em 1820, que estabeleceu a monarquia constitucional em Portugal, limitando os poderes absolutistas do Rei. b) a divergência entre os representantes políticos brasileiros na Maçonaria e D. Pedro, que queria preservar os direitos da dinastia de Bragança.

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c) a revolta das tropas aquarteladas no Rio de Janeiro, contrárias à decisão do Príncipe regente, que pretendia permanecer no país. d) a adesão imediata do "Partido Brasileiro" à política defendida pelas "Cortes de Lisboa", favoráveis à manutenção do Reino Unido a Portugal e Algarves. 86. (Puc-rio) Entre as ações empreendidas pelo governo joanino durante a permanência da Corte portuguesa no Rio de Janeiro (1808-1821), NÃO É CORRETO afirmar que houve: a) a extinção do monopólio português sobre o comércio com o Brasil. b) a concessão de vantagens econômicas aos comerciantes ingleses. c) a suspensão do tráfico intercontinental de escravos. d) a efetivação de uma política de expansão territorial. e) a elevação do Brasil à condição de reino. 87. (Ueg) A transferência da família real portuguesa para o Brasil em 1808 causou intensa movimentação no panorama da colônia. Estima-se que mais de 10.000 pessoas aportaram no Rio de Janeiro. Sobre tal contexto, é CORRETO afirmar: a) A ruptura do pacto colonial e o processo de independência são dois acontecimentos estreitamente relacionados com o estabelecimento da corte portuguesa no Brasil. b) D. João VI transferiu-se de Portugal para o Brasil em função do intenso progresso econômico da colônia, garantido pela exploração aurífera. c) A chegada da família real trouxe como resultado uma repressão sistemática ao comércio de escravos e, ao mesmo tempo, o incentivo à exportação de produtos manufaturados para a Europa. d) A reciprocidade de interesses entre a Coroa portuguesa e as elites locais pode ser percebida no esforço conjunto para escapar da influência econômica inglesa. 88. Fez-se a Independência, praticamente à revelia do povo; e se isso lhe poupa sacrifícios, também afastou por completo sua participação política. A Independência Brasileira é fruto, mais de uma classe, que da Nação tomada em seu conjunto. Caio Prado Jr. Com base no texto, podemos afirmar que a Independência Brasileira: a) foi liderada pela aristocracia rural, que manteve no poder seu caráter elitista durante todo o império. b) foi fruto das lutas populares e responsável por radicais mudanças na área social. c) foi semelhante aos movimentos da América Hispânica, com lutas prolongadas e forte presença das massas camponesas. d) resultou do apoio inglês e foi comandada pela burguesia nacional, que passou a liderar a vida política do país. e) não teve um caráter de arranjo político, pois a manutenção da escravidão e de Pedro I no trono não eram relevantes para a aristocracia. 89. (Ufrs) Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do texto a seguir, na ordem em que aparecem. Com a transferência da Corte portuguesa para o Brasil, uma das primeiras medidas tomadas por Dom João foi a ..................... . Como resultado dessa medida, o pacto colonial foi na prática eliminado. No campo da política externa, as atenções do novo Império luso-brasileiro miraram os dois extremos da fronteira da América portuguesa, ou seja, a ................. e a .................. , onde aconteceram intervenções militares. Durante o período joanino, houve ainda a abertura do Brasil ao olhar estrangeiro, que teve como decorrência a vinda de expedições científicas e artísticas ao país, dentre as quais se destacou a ..................... . a) assinatura do Tratado de 1810 com a Inglaterra - Guiana Inglesa - Cisplatina - Missão Francesa b) abertura dos portos às nações amigas - Guiana Inglesa - Cisplatina - Missão Holandes c) assinatura do Tratado de 1810 com a Inglaterra - Guiana Francesa - Argentina - Missão Inglesa d) abertura dos portos às nações amigas - Guiana Francesa - Cisplatina - Missão Francesa e) assinatura do Tratado de 1810 com a Inglaterra - Guiana Holandesa - Argentina - Missão Inglesa 90. (Ufmg) Leia este trecho de documento: "Pernambucanos [...] o povo está contente, já não há distinção entre Brasileiros, e europeus, todos se conhecem irmãos, descendentes da mesma origem [...] Um governo provisório iluminado escolhido entre todas as ordens do Estado, preside a vossa felicidade [...] Vós vereis consolidar-se a vossa fortuna, vós sereis livres do peso de enormes tributos, que gravam sobre vós; o vosso, e nosso País [= Pernambuco] subirá ao ponto de grandeza, que há muito o espera, e vós colhereis o fruto dos trabalhos e do zelo dos vossos Cidadãos. Ajudai-os com [...] a vossa aplicação à agricultura, uma nação rica é uma nação poderosa. A Pátria é a nossa mãe comum, vós sois seus filhos, sois descendentes dos valorosos Lusos, sois Portugueses, sois Americanos, sois Brasileiros, sois Pernambucanos." Proclamação do Governo Provisório Revolucionário de Pernambuco, em 9 de março de 1817. Considerando-se os princípios que fundamentam a Revolução Pernambucana de 1817, é INCORRETO afirmar que seus participantes a) consideravam irrelevantes as questões tributárias e desigualdades existentes entre "Brasileiros", "Pernambucanos" e "Portugueses". b) entendiam que a riqueza tornava uma nação poderosa, sendo a agricultura vista como uma atividade econômica importante para a Pátria.

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c) promoveram a constituição de um Governo Provisório em Pernambuco, em oposição ao Governo Monárquico chefiado por D. João. d) reconheciam como identidades coletivas os "Pernambucanos", os "Portugueses" e os "Brasileiros", defendendo que todos eles eram filhos da Pátria. 91. (Uel) A transferência da Corte de D. João VI para a colônia portuguesa teve apoio do governo britânico, uma vez que: a) Portugal negociou o domínio luso na Península Ibérica com a Inglaterra, em troca de proteção estratégica e bélica na longa viagem marítima ao Brasil. b) Em meio à crescente Revolução Industrial, os negociantes ingleses precisavam expandir seus mercados rumo às Américas, já que o europeu era insuficiente. c) O bloqueio continental imposto por Napoleão fechou o comércio inglês com o continente europeu; a instalação do governo luso no Brasil propiciou a retomada dos negócios luso-anglicanos. d) O exército napoleônico invadiu Portugal visando a instituir o regime democrático republicano de paz e comércio, em franca oposição ao expansionismo da monarquia britânica. e) Os ingleses pretendiam consolidar novos mercados na América Portuguesa, tendo em vista antigas afinidades socioculturais com os ibéricos. 92. (Uff) "A preocupação (...) justificada de nossos historiadores em integrar o processo de emancipação política com as pressões do cenário internacional envolve alguns inconvenientes ao vincular demais os acontecimentos da época a um plano muito geral, (...) deixando em esquecimento o processo interno de ajustamento às mesmas pressões que é o de (...) interiorização da metrópole no Centro-Sul da Colônia" (DIAS, Maria Odila Silva da. "A lnteriorização da Metrópole". ln: MOTA, Carlos Guilherme. 1822: Dimensões. SP, Perspectiva, 1972, p.165). A citação anterior indica uma outra dimensão da análise do processo de emancipação política do Brasil e sua interpretação sugere: a) a necessidade de associar-se o enraizamento dos interesses portugueses no Centro-Sul ao processo de emancipação política pouco traumática; b) a valorização da reação conservadora na Europa como determinante da independência política do Brasil; c) a necessidade de atribuir-se relevância ao papel definitivo do sentimento de formação da nacionalidade brasileira em nossa emancipação política; d) a valorização dos elementos de ruptura presentes no processo de emancipação política, em detrimento dos elementos de continuidade; e) a necessidade de enfatizar-se o estudo das idéias de Rousseau e demais enciclopedistas para se compreender a independência política do Brasil. 93. A Revolta ocorrida no Brasil contra os gastos públicos de D. João VI foi: a) Confederação do Equador. b) Revolta dos Mascates. c) Revolução Praieira. d) Revolução Pernambucana. e) Revolução de Olinda.

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GABARITOS

UNIDADE 1

1- A Expansão Marítima e Comercial

1. [A] 2. [D] 3. V V V F V 4. [D] 5. 02 + 04 + 08 + 16 + 32 = 62 6. [A] 7. [A] 8. [A] 9. [A] 10. [A] 11. [A] 12. [A] 13. [D] 14. [D] 15. [C] 16. [D] 17. [A] 18. [A] 19. [B] 20. [B] 21. [C] 22. [A] 23. [B] 24. [A] 25. [C] 26. [A] 27. [D] 28. [C] 29. [E] 30. [B] 31. [A] 32. [C] 33. [D] 34. [A] 35. [E]

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36. V V V V 37. V V F F 38. [A] 39. [A] 40. [C] 41. [A] 42. [E] 43. [C] 44. [E] 45. [E] 46. [B] 47. [E] 48. [C] 49. [A] 50. 01 + 02 + 32 = 35 51. 01 + 04 = 05 52. [A] 53. V V F F 54. [D] 55. 01 + 32 = 33 56. [C] 57. [D] 58. [C] 59. [C] 60. [C] 61. [D] 62. [A] 63. [E] 64. [A] 65. [B] 66. [B] 67. [E] 68. F F V V F 69. [C] 70. [D] 71. [E] 72. [B] 73. [A] 74. [B]

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75. [C] 76. [D] 77. [A] 78. [E] 79. [B] 80. [B] 81. [C] 82. [D] 83. [E] 84. [A] 85. F V F V V 86. [D] 87. [A] 88. [D] 89. [C] 90. [A] 91. [D] 92. [A] 93. [B] 94. [C] 95. [B] 96. [C] 97. [B] 98. [E] 99. [D] 100. [D] 101. [C] 102. [C] 103. V F V F 104. [A] 105. [A] 106. [E] 107. [E] 108. [D]

2 – A Pré-Colônia e a Colonização do Brasil 1. [C] 2. [B] 3. [A] 4. [D]

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5. [D] 6. [E] 7. [C] 8. [D] 9. 01 + 02 + 04 + 16 = 23 10. [D] 11. [A] 12. [C] 13. [E] 14. [E] 15. [C] 16. [B] 17. [D] 18. [B] 19. [C] 20. [C] 21. [E] 22. [E] 23. 04 + 08 = 12 24. [D] 25. [C] 26. [E] 27. [E] 28. [E] 29. [C] 30. 01 + 16 = 17 31. F F V 32. 01 + 02 + 08 + 16 = 27 33. 01 + 04 + 08 + 16 = 29 34. 01 + 04 +32 = 37 35. [C] 36. [E] 37. [D] 38. [B] 39. [D] 40. [D] 41. [D] 42. [E] 43. [E]

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44. [C] 45. [E] 46. [E] 47. [D] 48. [B] 49. [E] 50. [E] 51. [D] 52. [B] 53. [D] 54. [A] 55. [D] 56. [C] 57. [E] 58. [C] 59. [B] 60. [D] 61. [B] 62. [E] 63. [C] 64. [D] 65. [B] 66. [A] 67. [A] 68. [A] 69. [B] 70. [E] 71. [D] 72. [A] 73. [D] 74. [D] 75. [B] 76. [C] 77. [B] 78. [B] 79. [C] 80. [B] 81. [A] 82. [E]

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83. [C] 84. [E] 85. [B] 86. [B] 87. [A] 88. [E] 89. [E] 90. [B] 91. [D] 92. [C] 93. [B] 94. [A] 95. [B] 96. [A] 97. [C] 98. V F V V 99. [C] 100. [B] 101. [B] 102. [C] 103. [A] 104. [B] 105. [B] 106. [A] 107. [B] 108. [B]

3 – As Invasões e os ataques estrangeiros na Colônia 1. [D] 2. [E] 3. [D] 4. 01 + 04 + 08 + 64 = 76 5. 02 + 04 + 16 = 22 6. 01 + 02 + 04 + 08 = 15 7. [D] 8. [E] 9. [D] 10. [C] 11. [C] 12. [C]

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13. [E] 14. [B] 15. [B] 16. [D] 17. [E] 18. [B] 19. [A] 20. [E] 21. [B] 22. [B] 23. [B] 24. [C] 25. [C] 26. [C] 27. [C] 28. [A] 29. [C] 30. [A] 31. [A] 32. [D] 33. [D] 34. [A] 35. [C] 36. [E] 37. [D] 38. [B] 39. [E] 40. [C] 41. [B] 42. [A] 43. [C] 44. F V F F F 45. [C] 46. [B] 47. [D] 48. [D] 49. [A] 50. [B] 51. [B]

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52. [C] 53. [C] 54. [A] 55. [E] 56. [E] 57. [E] 58. V F V F 59. [C] 60. [A] 61. [C] 62. [B] 63. [B] 64. [C] 65. [A] 66. [C] 67. [A] 68. [E] 69. [B] 70. [A] 71. [C] 72. [C] 73. [C] 74. [A] 74. [D] 76. [B] 77. [C] 78. [A]

4 – A Expansão de Fronteiras e os Jesuítas no Brasil 1. [E] 2. [A] 3. [A] 4. [D] 5. [C] 6. [C] 7. [C] 8. [A] 9. [D] 10. [C] 11. [D]

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12. [D] 13. [B] 14. [E] 15. [C] 16. [C] 17. [A] 18. [C] 19. [D] 20. [E] 21. [B] 22. [C] 23. [C] 24. [E] 25. [D] 26. [C] 27. [E] 28. [C] 29. [C] 30. [E] 31. [E] 32. [A] 33. [B] 34. [D] 35. [D] 36. [C] 37. [A] 38. [D] 39. [C] 40. [D] 41. [E] 42. [C] 43. [D] 44. [E] 45. [D] 46. [D] 47. [A] 48. [E] 49. [D] 50. [A]

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51. [D] 52. [B] 53. [D] 54. 10 55. 07 56. [B] 57. [A] 58. [B] 59. [C] 60. [B] 61. [C] 62. [B] 63. [A] 64. [D] 65. [C] 66. [C] 67. [A] 68. [D] 69. [C] 70. [B] 71. [B] 72. [E] 73. [A] 74. 01 + 04 + 08 + 16 = 29 75. [B] 76. [B] 77. [D] 78. [D] 79. [A] 80. [D] 81. [A] 82. [A] 83. [C] 84. [D] 85. [B] 86. [D] 87. [E] 88. 01 + 02 + 08 + 16 = 27 89. 01 + 02 + 08 = 11

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90. 01+08=09 91. [D] 92. [E] 93. [D] 94. [A] 95. [A] 96. [E] 97. [A] 98. [B] 99. [E] 100. [E] 101. [D] 102. [A] 103. [D] 104. [A] 105. [B] 106. [E] 107. [A] 108. [D] 109. [C] 110. [A]

5 – A Economia Colonial do Brasil 1. [E] 2. [B] 3. [E] 4. F F V 5. 01 + 02 + 08 + 16 = 27 6. 02 + 04 + 08 = 14 7. 02 + 04 + 08 + 16 + 32 = 62 8. 01 + 04 + 08 + 16 = 29 9. [C] 10. [E] 11. [B] 12. [D] 13. [B] 14. [E] 15. [E] 16. [E] 17. [C]

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18. [E] 19. [C] 20. [E] 21. [C] 22. [C] 23. [C] 24. [E] 25. [D] 26. [C] 27. [E] 28. [E] 29. [C] 30. [D] 31. [B] 32. [E] 33. [A] 34. [E] 35. [B] 36. [D] 37. [A] 38. [A] 39. [E] 40. [A] 41. [B] 42. [A] 43. [B] 44. [D] 45. [D] 46. [E] 47. [B] 48. [A] 49. [E] 50. [B] 51. [D] 52. [B] 53. [C] 54. [D] 55. [C] 56. [C]

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57. [C] 58. [E] 59. [E] 60. [A] 61. [B] 62. [C] 63. 16 64. [B] 65. [D] 66. [E] 67. [B] 68. [C] 69. [C] 70. [D] 71. [C] 72. [D] 73. [B] 74. [C] 75. [C] 76. [E] 77. [D] 78. [E] 79. [B] 80. [B] 81. 01 + 08 + 16 + 32 = 57 82. [A] 83. [C] 84. [A] 85. [A] 86. [E] 87. [A] 88. 01 + 02 + 08 = 11 89. 01+ 02 + 08 + 16 = 27 90. 04 + 16 + 32 = 52 91. [E] 92. [D] 93. [B] 94. [A] 95. V F F V

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96. [B] 97. [D] 98. [C] 99. [A] 100. [B]

6 – A Escravidão e a Resistência Escrava 1. V V V F V 2. V V F V V 3. [D] 4. [E] 5. [C] 6. [E] 7. [B] 8. [D] 9. [E] 10. [A] 11. [B] 12. [C] 13. [D] 14. [C] 15. [C] 16. [C] 17. [D] 18. [E] 19. [D] 20. [D] 21. [D] 22. [C] 23. [B] 24. [D] 25. [C] 26. [C] 27. [B] 28. [E] 29. [B] 30. [D] 31. [B] 32. [E] 33. [C]

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34. [A] 35. [C] 36. [E] 37. [A] 38. [A] 39. [D] 40. [B] 41. [B] 42. 06 43. [A] 44. [B] 45. [D] 46. [B] 47. [A] 48. [B] 49. [D] 50. [D] 51. [C] 52. [D] 53. [B] 54. [A] 55. F-F-F-V-V 56. V-F-F-V-V 57. [A] 58. V F V V V 59. [B] 60. [C] 61. [C] 62. [B] 63. [C] 64. [E] 65. [A] 66. [D] 67. [E] 68. 04 + 64 = 68 69. 02 + 04 + 08 + 64 = 78 70. [C] 71. [D] 72. [D]

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73. [B] 74. V F F V 75. [A] 76. [B] 77. [E] 78. [E] 79. [C] 80. [D] 81. [A] 82. [A] 83. V V V V V F 84. [A] 85. [D]

7 – A Nova Política Colonial Portuguesa 1. [E] 2. [A] 3. 02 + 04 + 08 = 14 4. [E] 5. [B] 6. [A] 7. [B] 8. [C] 9. [B] 10. [B] 11. [A] 12. [D] 13. [C] 14. [E] 15. [D] 16. [D] 17. [C] 18. [B] 19. [D] 20. [B] 21. [C] 22. [C] 23. [A] 24. [E]

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25. 04 + 08 + 32 = 44 26. [B] 27. 04 + 16 + 32 = 52 28. [A] 29. [C] 30. [E] 31. [C] 32. [E] 33. [A] 34. [A] 35. [B] 36. [E] 37. V-V-V-F-F 38. [A]

8 – As Revoltas e Conspirações Coloniais 1. 02 + 04 + 08 = 14 2. [B] 3. [E] 4. [D] 5. [E] 6. [A] 7. [D] 8. [E] 9. [D] 10. [D] 11. [B] 12. [B] 13. [D] 14. [E] 15. [B] 16. [B] 17. [A] 18. [B] 19. [C] 20. [C] 21. [D] 22. [D] 23. [A] 24. [D]

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25. [D] 26. [B] 27. [A] 28. V V V F 29. [E] 30. [A] 31. [A] 32. [A] 33. [A] 34. F V F V V 35. [E] 36. 01 + 02 = 03 37. [D] 38. [B] 39. [B] 40. [D] 41. [B] 42. [D] 43. [A] 44. [A] 45. [D] 46. [E] 47. [E] 48. [A] 49. [A] 50. [D] 51. [D] 52. [B] 53. [B] 54. [C] 55. [D] 56. [A] 57. [C] 58. [E] 59. [D] 60. [D] 61. [C] 62. 01 + 02 + 04 + 16 = 23 63. [A]

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64. [D] 65. [C] 66. [B] 67. [A] 68. [E] 69. [D] 70. [A] 71. 04 + 08 = 12 72. [C] 73. [A] 74. [A] 75. [B] 76. [D] 77. [C] 78. [A] 79. F F F F V 80. [C]

9 – O Governo D. João VI e a Independência do Brasil 1. F F V F 2. F V V V 3. V V F F V 4. V F F F V 5. 01 + 02 + 16 = 19 6. [C] 7. 02 + 08 + 16 = 26 8. 01 + 08 + 32 = 41 9. [B] 10. [E] 11. [D] 12. [C] 13. [D] 14. [C] 15. [D] 16. [D] 17. [D] 18. [B] 19. [E] 20. [E] 21. [A]

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22. [D] 23. [E] 24. [E] 25. [A] 26. [D] 27. [A] 28. [C] 29. [A] 30. [A] 31. [B] 32. [A] 33. [C] 34. [D] 35. [D] 36. V V V F 37. [C] 38. [B] 39. [C] 40. [B] 41. [E] 42. [A] 43. [C] 44. [A] 45. [D] 46. [A] 47. [C] 48. [E] 49. [B] 50. [B] 51. [D] 52. [E] 53. [D] 54. [B] 55. [A] 56. [C] 57. [D] 58. [D] 59. [C] 60. [E]

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61. [E] 62. [A] 63. [C] 64. [E] 65. [D] 66. [C] 67. [B] 68. [B] 69. 04+08=12 70. [E] 71. [D] 72. [D] 73. [A] 74. [C] 75. [C] 76. [C] 77. [E] 78. [A] 79. [D] 80. [A] 81. [B] 82. 02 + 08 + 16 = 26 83. [D] 84. [B] 85. [A] 86. [C] 87. [A] 88. [A] 89. [D] 90. [A] 91. [C] 92. [A] 93. [D]