títulos nobiliárquicos do império do brasil

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TÍTULOS NOBILIÁRQUICOS TÍTULOS DE NOBREZA

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Os títulos nobiliárquicos ou títulos de nobrezaforam criados com o intuito de estabelecer uma relação devassalagem entre o titular e o monarca, sendo alguns deleshereditários ou não, como foi o caso no Brasil.Depois do século XV foram usados como forma de agraciarmembros da nobreza, por um conjunto de atos prestados àcasa real, ao monarca ou ao país, sem que lhe estivesseassociada qualquer função pública ou jurisdição ousoberania sobre um território. A partir do início do séculoXX, acabou, na maioria dos países, mesmo nas monarquias, arelação de governança e autoridade dos titulares e demaismembros da nobreza perante toda a população.

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Page 1: Títulos Nobiliárquicos Do Império Do Brasil

TÍTULOS NOBILIÁRQUICOS

TÍTULOS DE NOBREZA

Page 2: Títulos Nobiliárquicos Do Império Do Brasil

TÍTULO NOBILIÁRQUICO

Os títulos nobiliárquicos ou títulos de nobreza

foram criados com o intuito de estabelecer uma relação de

vassalagem entre o titular e o monarca, sendo alguns deles

hereditários ou não, como foi o caso no Brasil.

Depois do século XV foram usados como forma de agraciar

membros da nobreza, por um conjunto de atos prestados à

casa real, ao monarca ou ao país, sem que lhe estivesse

associada qualquer função pública ou jurisdição ou

soberania sobre um território. A partir do início do século

XX, acabou, na maioria dos países, mesmo nas monarquias, a

relação de governança e autoridade dos titulares e demais

membros da nobreza perante toda a população.

Os cinco principais títulos de nobreza formam uma escadinha

hierárquica que obedece à seguinte ordem, a começar do mais

poderoso: duque, marquês, conde, visconde e barão. Na Idade

Média, cada um desses fidalgos recebia do rei um pedaço de

terra onde eles mandavam e desmandavam, ajudando na

administração do reino. "Os nobres tinham autoridade

jurídica e militar sobre o território concedido pelo

monarca. Entre outras coisas, eles cobravam impostos,

cuidavam das fronteiras e recrutavam exércitos para o

reino", diz o historiador Celso Silva Fonseca, da

Universidade de Brasília. Quanto mais alta a honraria, mais

terra o nobre ganhava, e mais poder ele era autorizado a

exercer. Os títulos surgiram no século V, quando a Europa

foi retalhada em vários pequenos reinos. Dentro desses

impérios, os nobres formavam uma elite de parentes ou

súditos que ajudavam o rei na conquista de novas terras. A

partir do século IX, os títulos se tornaram hereditários,

passando de pai para filho. No Brasil, essas designações da

fidalguia aportaram no século XIX. No total, 1 211 títulos

de nobreza foram distribuídos por aqui. Mas com uma

diferença importante: eles não eram transmitidos de pai

Page 3: Títulos Nobiliárquicos Do Império Do Brasil

para filho. Se o herdeiro de um nobre quisesse ter direito

à mesma honraria, teria de pagar ao governo. Um título de

duque, por exemplo, custava três vezes mais que um de

barão. Com a proclamação da República, em 1889, todos os

ícones dos tempos de monarquia foram banidos pelos

militares, incluindo os títulos de nobreza. Hoje, essas

condecorações não valem nada. Mas, na Inglaterra e em

outras monarquias europeias, ser barão ou conde ainda

garante certo prestígio social.

O QUE É A NOBREZA?

A nobreza representa o estamento de maior

estrato, sendo geralmente hereditária. Uma classe social, a

nobreza era, tal como o clero e o povo, um dos três estados

ou ordens que compunham a sociedade na Europa da Idade

Média e Idade Moderna.

Aos nobres pertenciam grande parte dos territórios

conquistados, recebidos dos monarcas como premio das

vitórias nas batalhas e, portanto, o controle político.

Beneficiavam de duas regalias muito importantes: a

jurisdição privativa sobre os moradores dos seus domínios

senhoriais (isso até o fim da Idade Média, no [século XIV)

e a isenção de tributos, além de outros privilégios, tais

como o alódio. A nobreza está associada a um título

nobiliárquico e pode estar ligada ao governo de um

território, sendo que cada país tem as suas regras quanto a

nobiliarquia.

Quando uma família nobre é a soberana de um território,

passa a ser denominada de Casa. Exemplo: Rei - Reino - Casa

+ (nome da família), Duque - Ducado - Casa + (nome da

família). As famílias da alta nobreza - algumas das quais

Page 4: Títulos Nobiliárquicos Do Império Do Brasil

linhas familiares cadetes da casa real, tanto legítimas

quanto ilegítimas, isto é, que descendem de reis através de

príncipes não herdeiros ao trono ou de filhos ilegítimos

dos monarcas -, são também denominadas de Casa, mesmo não

sendo soberanas. Por causa dessa importância, com o tempo

alguma grande casa do reino poderia ascender à realeza,

seja por extinção da linhagem real, batalhas ou política.

Aos nobres associam-se os títulos nobiliárquicos segundo a

importância, prestígio ou ascendência do indivíduo e também

os brasões de armas de suas famílias.

Com o advento do Renascimento e da Idade Moderna, a nobreza

passou a tomar cada vez mais caráter cortesão, sem ligação

com o governo em si, principalmente devido a transição de

muitas monarquias, a partir do século XVII, de absolutismo

para monarquia constitucional.

A nobreza continua a viver e existir como estamento social,

mas sem o mesmo poderio de outrora. Sendo uma instituição

oficial nas 44 monarquias da actualidade, e uma instituição

de caráter privado nos países onde está extinta. Muitos são

políticos, artistas, banqueiros, grandes empresários, jet

setters, etc. Outros preferem dedicar-se mais a gerir o

patrimônio histórico-cultural herdado (nos casos em que o

patrimônio familiar é conservado), como obras de arte,

joias, hôtels particuliers, castelos, palácios, solares,

propriedades rurais, relíquias familiares (que muitas vezes

são relíquias que têm papel importante na história), etc.

Os nobres da atualidade muitas vezes são retratados em

meios de comunicação, mas, principalmente, nas revistas que

cobrem a realeza e a nobreza, como Hola!, Point de Vue,

Vanity Fair, Royalty, etc.

Page 5: Títulos Nobiliárquicos Do Império Do Brasil

Ranking da Aristocracia

(Nobreza)

A relação de hierarquia dos títulos é muito diversa.

Na maioria das monarquias tradicionais atuais e antigas

(Espanha, Portugal, França, Reino Unido, Bélgica,

Dinamarca, Suécia, Noruega, etc.), segue-se esta relação de

hierarquia:

Imperador – Imperatriz, (césar, kaiser, czar).

Rei – Rainha,

Regente,

Príncipe imperial – Princesa imperial,

Príncipe real, Princesa real,

Grão-príncipe,

Príncipe – Princesa,

Infante – Infanta,

Arquiduque – Arquiduquesa,

Grão-duque, Grã-duquesa,

Duque – Duquesa,

Marquês - Marquesa,

Conde – Condessa,

Visconde – Viscondessa,

Barão – Baronesa,

Senhor, Senhora,

Baronete,

Cavaleiro – Dama,

Escudeiro.

Page 6: Títulos Nobiliárquicos Do Império Do Brasil

IMPERADOR – IMPERATRIZ - IMPERADORA

Imperador (do Latim imperatore, literalmente, "alguém

que se prepara contra") é a designação dada aos soberanos

de algumas nações. Aquele que rege um império. O feminino

de imperador é imperatriz. Imperadores são geralmente visto

como superiores aos reis em honraria. Seu posto pode ser

obtido por hereditariedade, ou por força, como num golpe de

estado. Além disso, pode ser um posto conferido por eleição

de outros soberanos, como no caso do Sacro Império Romano

Germânico. No caso de haver uma imperatriz regente, seu

marido não recebe título de imperador, sendo chamado

simplesmente de consorte.

Em alemão, este título tem correspondência com Kaiser; em

idiomas eslavos, os termos usados são tsar ou czar. Ambos

derivam do título romano César.

Geralmente, o termo Império designa um estado composto por

diferentes nações e nacionalidades, além de um estado

nacional comum.

Na atualidade o único país que possui um imperador como

chefe de estado é o Japão.

OBS:

Chama-se de Imperatriz ou Imperador Consorte aquele que

contai casamento com um monarca reinante, no Sacro-Império

e no Brasil (embora a princesa Isabel não tenha sido

coroada), chamava-se de Imperadora a monarca reinante,

limitava-se a imperatriz as consortes de um imperador.

Page 7: Títulos Nobiliárquicos Do Império Do Brasil

“Sua Majestade Imperial o Senhor D. Pedro II,

Imperador Constitucional e Defensor Perpétuo do

Brasil".

D. Pedro II em trajes majestáticos para a abertura da

assembleia, autor desconhecido.

Page 8: Títulos Nobiliárquicos Do Império Do Brasil

REI – RAINHA

Rei (no feminino: rainha) é um chefe de Estado, ou um

súdito que pode ou não, dependendo do estilo de governo de

uma nação ou país, ser um soberano reinante (não

imperante), deter o exercício de poderes monárquicos sobre

um território designado de reino, sob uma política

governamental conhecida por monarquia. Seu adjetivo é o

real.

Um rei é usualmente o segundo maior título nobiliárquico

soberano, a seguir ao de imperador, cuja governação

normalmente abrangia territórios de maior extensão,

chamados de império, por englobar mais que um reino.

O equivalente feminino do rei é a rainha, embora o termo

"rainha" possa referir-se também a uma soberana no seu

próprio direito, a uma rainha reinante, ou à esposa de um

rei, uma rainha consorte. O marido de uma rainha reinante

é, por vezes, apelidado de rei consorte, mas é mais

comumente denominado de príncipe consorte. A sua família é

designada por família real.

Um rei ou rainha pode ostentar uma coroa, um manto real, ou

outros símbolos que representem o seu poder régio tais como

um ceptro ou então um documento que oficialize e que

sustente ou defina a sua autoridade como a Magna Carta de

1215 que determinava os poderes que o rei João de

Inglaterra poderia ou não deter.

Historicamente, o posição do "rei" deriva dos primeiros

líderes tribais ou principais de diferentes povos tais como

o (em sumério lugal, em semitico o sharrum, em latim rex,

em grego o basileus, em sânscrito o rajá, em alemão o

kuningaz) poderia ser também o tirano de uma cidade-Estado.

Muitas vezes, o rei não tinha só uma função política, mas,

ao mesmo tempo, uma religiosa, atuando como sumo sacerdote

ou divino rei, como foi o caso de certos reinos antigos.

OBS:

Chama-se de Rei ou Rainha Consorte aquele que contai

casamento com um monarca reinante.

Page 9: Títulos Nobiliárquicos Do Império Do Brasil

“Sua Majestade Fidelíssima a Rainha, Dona Maria

II, Rainha de Portugal d’Aquém e d’Além Mar”.

Maria II, 1829 por Thomas Lawrence, na Royal Collection.

Page 10: Títulos Nobiliárquicos Do Império Do Brasil

PRÍNCIPE – PRINCESA

Príncipe é a denominação dada ao chefe de estado de

um principado (Príncipe governante) ou a um membro de uma

família reinante ou imperante. Atualmente existem três

principados independentes: Andorra, Mônaco e Liechtenstein.

Seu adjetivo é o principesco.

Na maioria das monarquias que seguem a nobiliarquia o

título de Príncipe é dado a todos os filhos de um Chefe de

Estado. Nessas Monarquias o Herdeiro do Trono tem,

normalmente, um título adicional para o distinguir dos

outros Príncipes (Ex.: Príncipe Real, Príncipe Imperial,

Príncipe da Coroa, Príncipe Herdeiro, etc.). Em algumas

Monarquias o título Príncipe é inclusivamente concedido a

nobres não pertencentes directamente à soberana, como foi o

caso do Reino da Prússia Nas Monarquias ibéricas, contudo,

o título de Príncipe só é dado aos Herdeiros do trono,

recebendo os restantes filhos do soberano o título de

Infante.

O termo foi usado pela primeira vez pelo imperador Otávio

Augusto no ano de 27 a.C. e vem do Latim "principis",

"princeps", que significa "o primeiro", Octavio usava o

titulo de "princeps inter pares" o primeiro entre os pares

ou cidadãos, e era atribuido anteriormente ao chefe do

senado romano como príncipe do senado.

Princesa é a forma feminina de príncipe (do Latim princeps,

que significa cidadão principal). Na maioria das vezes, o

termo foi usado pela esposa de um príncipe, ou pelas filhas

deste.

Por muitos séculos, o título de "Princesa" não era

regularmente utilizado para a filha de um Monarca, que

simplesmente eram chamadas de "Lady" ou um equivalente. O

inglês antigo não tinha nenhum equivalente feminino de

"Príncipe", "Conde", ou qualquer Tratamento Real ou Nobre

Page 11: Títulos Nobiliárquicos Do Império Do Brasil

além de Rainha, e as mulheres da nobreza tinha o título de

"Lady".

As mulheres ganharam mais autonomia ao longo da história

europeia. O título de Princesa, simplesmente, passou a ser

utilizado por uma Filha de um Monarca ou por uma esposa de

um Príncipe, não implicando, necessariamente, ser

controlado ou de propriedade de um Príncipe. Em alguns

casos, uma Princesa é a Chefe Hereditária de um Estado, de

um Principado ou área significativa de seu próprio direito.

O significado antigo aplica-se na Europa ainda na medida em

que, uma plebeu que se casasse com um Príncipe, iria quase

sempre se tornar uma Princesa, mas um cidadão do sexo

masculino que se casasse com uma Princesa, quase nunca se

tornaria um Príncipe, a menos que a sua esposa tenha, ou

viria a ter, um título maior, como o de rainha reinante ou

de Princesa Soberana, como por exemplo, a Princesa Luísa-

Hipólita, Princesa de Mônaco. A implicação é que se o homem

detivesse o título, ele teria mais poder sobre a sua

esposa, sem linhagem necessária.

Em muitas das Famílias Reais da Europa, um Rei concede aos

seus Herdeiros, Principados Reais ou Teóricos para treiná-

los para o futuro Reinado ou dar-lhes status social. Esta

prática tem feito com que, ao longo do tempo, muitas

pessoas pensem que "Príncipe" e "Princesa" são títulos

reservados para a Família imediata de um Rei ou Rainha. Na

verdade, a maioria das princesas da História não eram

membros imediatos da Família Real, mas as mulheres que se

casaram com Príncipes; no entanto, em muitos casos, uma

Princesa iria escolher alguém fora da Realeza para se

casar.

Page 12: Títulos Nobiliárquicos Do Império Do Brasil

“Sua Alteza Real a Sereníssima Princesa de Saxe-

Coburgo-Gota, Duquesa de Saxe, Dona Leopoldina de

Bragança, princesa do Brasil”.

Leopoldina, Princesa do Brasil, autor desconhecido.

Page 13: Títulos Nobiliárquicos Do Império Do Brasil

INFANTE – INFANTA

Infante é um título de nobreza, que está abaixo do de

príncipe, receberam esse título, mais precisamente todos os

filhos legítimos do rei ou rainha de Portugal ou Espanha

que não são herdeiros da coroa. Seu adjetivo é o infantal.

Sendo que, o herdeiro da coroa é o único que recebe o

título de Príncipe, sendo na Espanha, Príncipe das

Astúrias, e em Portugal, Príncipe Real de Portugal.

Também os filhos do herdeiro da coroa espanhola (Príncipe

das Astúrias) recebem o título de Infante, incluindo o

herdeiro presuntivo.

Os filhos do herdeiro da coroa portuguesa (Príncipe Real de

Portugal) recebem o título de Infante, salvo o herdeiro

presuntivo que recebe o título de Príncipe da Beira.

O feminino de Infante é Infanta. Em Espanha os Infantes

recebem o tratamento de Alteza Real (S.A.R.) enquanto em

Portugal somente o de Alteza (S.A.).

Um Infante português e os seus filhos (mas não os de uma

Infanta) têm associado o tratamento de senhor e de Dom, se

não forem eles mesmos criados Infantes por especial mercê

do soberano português, e.g.: S. Excª o senhor D. João da

Bemposta, filho de S.A. o infante D. Francisco de Bragança,

Duque de Beja (1691-1742) e neto legítimo do Rei D. Pedro

II. O substantivo infante, com inicial minúscula

imediatamente antes do nome próprio, é indicativo somente

de cavaleiro de infantaria, ou seja, de oficial de guerra.

No Brasil, tal título, apesar de continuar em uso após sua

independência, foi gradualmente sendo substituído pelo de

príncipe do Brasil, para indicar os filhos legítimos e não-

herdeiros da Coroa Imperial, e o(a) filho(a) legítimo(a) e

Herdeiro(a) da Coroa Imperial era o(a) único(a) que podia

ostentar o título de Príncipe Imperial do Brasil.

Page 14: Títulos Nobiliárquicos Do Império Do Brasil

“Sua Alteza a Sereníssima Infanta, Isabel Maria de

Bragança, Regente de Portugal”.

Isabel Maria de Bragança, regente de Portugal, autor

desconhecido.

Page 15: Títulos Nobiliárquicos Do Império Do Brasil

ARQUIDUQUE – ARQUIDUQUESA

Arquiduque (em polonês: Arcyksiążę; em alemão:

Erzherzog e no feminino: arquiduquesa) era o título

nobiliárquico dos filhos da Família Imperial da Áustria e

imperante no Sacro Império Romano Germânico (962-1806), os

von Habsburg. É imediatamente superior ao de Grão-duque e

inferior ao de infante. Seu adjetivo é o arquiduca.

Mesmo seu uso tendo sido mais famoso na Áustria, esse

título nobiliárquico pode ser concedido para qualquer

aristocrata.

A primeira utilização do título foi com os governantes da

Austrásia. Isso porque um dos merovíngios a usou como

resultante da sucessão complexa na Casa de Clóvis, Rei dos

Francos.

No Império Carolíngio, o título foi concebido como promoção

exclusiva para o Duque da Lotaríngia, que poderia ser visto

como sucessor do Reino da Lotaríngia, que tinha sido o par

do Reino da França Ocidental. Com o falecimento de Carlos

Magno a parte Oriental ficou conhecida como Frância

oriental, que é o precursor do Sacro Império Romano-

Germânico.

Após a separação da Alta Lotaríngia (moderna Lorena; em

alemão: Oberlothringen) e da Baixa Lorena (em alemão:

Niederlothringen; correspondente ao Ducado da Lorena).

A Capital da baixa foi Colônia e originalmente seu soberano

foi investido como Príncipe-bispo, com territórios que se

estendiam para o norte até a Frísia. A Baixa Lorena sofreu

uma grande fragmentação com os ducados dos Países Baixos,

Brabante(principalmente na Bélgica atual) e Gueldres (agora

no Reino holandês e dando seu nome à província de

Guéldria), reivindicando o posto arquiducal mas nunca foram

oficialmente concedidas pelo Sacro Imperador Romano. Em

holandês é Aartshertog.

Page 16: Títulos Nobiliárquicos Do Império Do Brasil

O título de Arquiduque da Áustria apareceu com o

Privilegium Maius,em 1359, um documento que o Duque Rodolfo

IV da Áustria falsificou a assinatura do Sacro Imperador

Frederico I que estava originalmente presente no documento

Privilegium Minus.

Isso porque o Duque Rodolfo IV tentou recuperar a

influência política dos Habsburgos na cena europeia,

tentando estabelecer relações com o Sacro Imperador Romano

Carlos IV de Luxemburgo e aumentar o respeito dos

governantes austríacos. No entanto, Rodolfo IV não

pertencia aos sete príncipes-eleitores, que - conforme

ditado pela Bula Dourada de 1356 - tinha o poder de

escolher o Rei dos Germanos/Sacro Imperador. Tal como

Carlos IV tinha feito Praga o centro de seu governo,

Rodolfo IV fez o mesmo para Viena, dando-lhe privilégios

especiais, como o lançamento de projetos de construção e

fundação da Universidade de Viena. Tudo isso visando

aumentar a legitimidade e influência da Casa e das suas

terras austríacas. Para o efeito, no inverno de 1358/1359,

Ruoolfo IV ordenou a criação de um documento falsificado

chamado Privilegium Maius ("o maior privilégio"). Ela entre

outras coisas determinou o título Palatino Arquiduque assim

seria equiparado aos Príncipes-eleitores. Este novo título,

contudo, não foi reconhecido pelo Sacro Imperador Carlos

IV.

O Duque Ernesto, o de Ferroe seus descendentes

unilateralmente assumiram, de forma pessoal, o título de

"Arquiduque".

A Áustria moderna permaneceu como Arquiducado até 1918. Sua

base era a Alta e Baixa Áustria. Em 1804 foi estabelecido o

título de Imperador com a Proclamação do Império Austríaco,

e o Arquiducado estava formalmente subordinado ao

Imperador, apesar de ser a mesma pessoa.

Até o século XV somente os homens ostentavam tal titulação.

Somente os governantes titulares dos territórios dos

Habsburgos, e suas esposas é que o usavam.

O arquiduque está, em grau de relevância, abaixo do título

de Rei e é superior aos outros nobres. Cada membro da Casa

usava do nascimento até o casamento, tal título.

Page 17: Títulos Nobiliárquicos Do Império Do Brasil

A Casa de Habsburgo, geralmente referida como Casa

d'Áustria, representa o seu país moderno, já que apesar da

Família ser originária da Suíça, século XI, eles deixaram

de ter posses neste país no século XIV, e o nome deriva de

Habichtsburg, o castelo do açor, sua morada oficial,

construído em 1020, no atual cantão de Aargau, na Suíça.

Inicialmente, foi usado exclusivamente pelo Chefe da Casa

de Habsburgo, chamada Casa d'Áustria, mesmo quando não

possuía ainda as Coroas Reais da Hungria e da Boémia e a

Coroa Imperial do Sacro Império Romano Germânico (962-

1806).

O título nobiliárquico data de 1156, mas só se tornou

hereditário depois da promulgação da Bula de Ouro, em 1356,

e só foi reconhecido pelos Príncipes eleitores em 1453. A

partir de então, todos os membros da Casa de Habsburgo

usariam o título nobiliárquico de Arquiduque ou

Arquiduquesa d'Áustria, com o predicado de Alteza Imperial

e Real.

Houve também arquiduques na Austrásia (sob Dagoberto), na

Lorena e no Brabante.

A titulação de "Arquiduque" faz referência aos governantes

da Áustria. Por isso não foi dado como um posto titular

para os Príncipes da Casa Imperial Austríaca de Habsburgo.

A partir do século XVI, o Arquiduque, e sua forma feminina,

Arquiduquesa, chegou a ser usado por todos os membros da

"Real e Imperial Casa de Habsburg", à semelhança do título

Príncipe de sangue, ou Infantes em muitas outras Casas

Reais. Isso porque o Chefe da Casa passou a ser Sacros

Imperadores do Sacro Império Romano-Germânico e Reis da

Hungria.

O Estatuto da Família Imperial de 1839 determinou que com o

casamento a pessoa pudesse perder a titulação de nascimento

e passaria a usar o da família a qual passou a pertencer,

ou os uniria. Mas as crianças resultantes da união

matrimonial não teriam qualquer pretensão a Coroa e seria

excluída da sucessão.

Page 18: Títulos Nobiliárquicos Do Império Do Brasil

“Sua Alteza Imperial e Real Arquiduquesa

Leopoldina da Áustria”.

Arquiduquesa Leopoldina da Áustria Por: Joseph Kreutzinger

(1757–1829).

Page 19: Títulos Nobiliárquicos Do Império Do Brasil

GRÃO-DUQUE – GRÃ-DUQUESA

Grão-duque (no feminino grã-duquesa) é um título de

nobreza, usado sobretudo na Europa Central e Oriental, para

designar certos soberanos de estados independentes ou semi-

independentes de pequena dimensão (grão-ducados). Na

hierarquia da nobreza, os grão-duques são considerados

inferiores aos Arquiduques, mas superiores aos Duques,

portanto são muito inferiores aos príncipes.

Na Rússia, desde quando Ivan, o Terrível foi coroado Tsar,

em 1547, o título passou a ser dado aos filhos e netos da

linhagem masculina dos Tsares, que mais tarde se tornaram

imperantes. As filhas e netas paternas dos imperadores

russos, assim como as consortes dos grão-duques russos,

eram geralmente chamadas "grã-duquesas".

Atualmente existe na Europa um único grão-ducado soberano,

Luxemburgo, cujo grão-duque é Henrique de Luxemburgo.

Page 20: Títulos Nobiliárquicos Do Império Do Brasil

“Sua Alteza Real Guilherme II, Grão-Duque de

Luxemburgo”.

Guilherme II Grão-duque de Luxemburgo por Jan Baptist van

der Hulst, 1849.

Page 21: Títulos Nobiliárquicos Do Império Do Brasil

DUQUE – DUQUESA

Duque é um título que se refere ao chefe de Estado de

um ducado. Depois do rei, era o nobre mais poderoso,

recebendo grandes extensões de terra para administrar. Os

primeiros duques vieram do Império Romano, onde os

comandantes militares eram agraciados com o nome de dux

("aquele que conduz", em latim). Seguindo a tradição,

países como Espanha e Portugal davam o título a seus

maiores generais. É o mais elevado título de nobreza nas

principais monarquias ocidentais, abaixo apenas de príncipe

– normalmente o filho da família reinante – e tem origem no

Império Romano, cujos comandantes militares recebiam o nome

de dux. O primeiro duque de que se tem notícia foi o de

Castellanos, no século 12. Entre os povos antigos, o duque

era merecedor de honrarias como se fosse parente do rei. Na

Rússia havia o título de grão-duque, entre o duque e o

czar, e na Áustria a mesma distinção foi instituída com o

título de arquiduque. O assassinato de um deles, Francisco

Ferdinando, numa Rua de Sarajevo em 28 de junho 1914, fez

eclodir a Primeira Guerra Mundial.

Na Idade Média, o título foi primeiro instituído entre os

monarcas germânicos, a designar os regentes de províncias

logo acima dos condes, figurando no mais altos lugar da

hierarquia nobiliárquica. Havia, no entanto, variações em

seu significado entre os diversos feudos e reinos, sendo

mesmo usado por príncipes. Esse hábito foi perpetrado por

algumas monarquias, que ainda hoje intitulam seus príncipes

mais importantes – especialmente o herdeiro aparente – com

algum título de duque, como nos pariatos britânico, belga,

dinamarquês, espanhol, holandês e sueco.

Na Era Moderna, tornou-se um título nominal sem relação

direta alguma com um principado nem ducado. Mantém-se,

todavia, como o mais alto título nobiliárquico das

principais monarquias ocidentais imediatamente superiores

ao de marquês e inferior ao de Infante.

Page 22: Títulos Nobiliárquicos Do Império Do Brasil

“Sua Excelência o Duque de Caxias”.

Luís Alves de Lima e Silva, O Duque de Caxias fotografado

por Carneiro, Silva & Tavares.

Page 23: Títulos Nobiliárquicos Do Império Do Brasil

MARQUÊS – MARQUESA

Marquês (no feminino: marquesa) é um título

nobiliárquico da nobreza europeia, que foi depois utilizado

também em outras monarquias originárias do mundo ocidental,

como o Império do Brasil. O título, de origem germânica

(Markgraf), possui variantes em diversas culturas da

Europa.

Na hierarquia o termo marquês é imediatamente superior ao

conde e inferior ao duque. Introduzido com o imperador

Carlos Magno. Os territórios do império que coincidiam com

a fronteira eram denominados "marcas", e o responsável pela

defesa e administração dessas "marcas" era o margrave.

Muito depois, ainda no Sacro Império Romano-Germânico,

esses territórios fronteiriços começaram a ser cedidos aos

principais condes, passando esses então a marqueses,

responsáveis pelos marquesados. Tardiamente, a partir do

século XV, o título passou a não mais ser necessariamente

relacionado a jurisdição ou a soberania de um território ou

a alguma função pública, somente como grau de nobreza.

Dependendo do sistema nobiliárquico de cada nação, é

comummente um título hereditário, que, todavia não costuma

ter a possibilidade de honras de grandeza.

Em Portugal, o título foi criado no século XV, juntamente

com o de duque, conde, visconde e barão, quando deixou de

usar-se a tradicional denominação de rico-homem. O primeiro

marquês português foi Dom Afonso de Portugal, Marquês de

Valença.

No Império do Brasil, segundo as regras da nobreza

brasileira, a exemplo doutros títulos em seu sistema

nobiliárquico, a titulação não estava ligada a soberania ou

jurisdição de qualquer território dentro do país, sendo

apenas uma alta honraria não-hereditária.

Page 24: Títulos Nobiliárquicos Do Império Do Brasil

“Domitila de Castro Canto e Melo A Marquesa de

Santos”.

A Marquesa de Santos aos 29 anos por: Francisco Pedro do

Amaral.

Page 25: Títulos Nobiliárquicos Do Império Do Brasil

CONDE – CONDESSA

Conde, do latim comes, comitis, que significa

«companheiro», (feminino: condessa) é um título

nobiliárquico existente em muitas monarquias, sendo

imediatamente superior a visconde e inferior a marquês.

Inicialmente, na Idade Média, era o senhor conde feudal,

dono de um ou mais castelos e de terras denominadas

condado, mas posteriormente, a partir do século XIV, o

título nobiliárquico foi utilizado apenas como grau de

nobreza.

Assessorando o rei num monte assuntos, do recolhimento de

impostos aos combates militares, o conde era tão importante

no dia-a-dia dos reinos que tinha até um substituto para

suas ausências, o visconde. O conde também administrava os

condados, área menor que os marquesados. O título vem do

latim comes, "aquele que acompanha”. Referia-se a aqueles

que viviam na órbita direta do imperador, seus assessores e

oficiais palacianos. Compunham o conselho particular do

monarca e o acompanhavam em viagens e negócios, quando

exerciam função adjunta e poderes delegados pelo soberano.

O valete, conhecido nas cartas do baralho, é o mesmo que

conde. Na irreverente linguagem tupiniquim, seria o nosso

conhecido aspone.

Na Inglaterra atual um título muito famoso é Conde Spencer.

A falecida Diana, Princesa de Gales era filha do oitavo

conde Spencer, cuja linhagem familiar é nobre e inicia-se

no ano de 1300. Os condes Spencer são descendentes da Casa

de Stuart. Também Sua Alteza Real, o príncipe Guilherme,

Duque de Cambridge, que é o futuro rei da Inglaterra é neto

do conde Spencer. O filho mais velho do conde Spencer

recebe o título de "Visconde Althorp", de Great Brington em

Northamptonshire até a morte do pai, quando passa a ser o

conde Spencer. Eles são muito ricos e influentes.

Page 26: Títulos Nobiliárquicos Do Império Do Brasil

“Sua Graça o senhor Francisco José da Rocha Leão Conde de

Itamaraty”.

Francisco José da Rocha Leão, conde de Itamarati (retrato

por François Claudius Compte-Calix).

Page 27: Títulos Nobiliárquicos Do Império Do Brasil

VISCONDE - VISCONDESSA

Visconde é um título nobiliárquico de categoria

superior à de barão e inferior à de conde.

Era o substituto do conde — em latim, vicecomes significava

vice-conde. Esse título de nobreza, assim como o de barão,

surgiu bem mais tarde, apenas durante o século 10. Em

termos administrativos, os viscondes podiam dirigir

pequenos territórios, do tamanho de vilas.

Em Portugal, o primeiro visconde foi D. Leonel de Lima,

feito visconde de Vila Nova de Cerveira durante do reinado

de D. Afonso V. No reinado de D. Maria I é criado, entre

outros, o visconde de Balsemão. O apogeu de criação de

viscondados situa-se na época liberal, especialmente a

partir dos meados do século XIX. De 1848 a 1880 foram

concedidos pelo menos 86 novos títulos; contudo a maioria

destes títulos foram concedidos em vida e não foram

renovados.

Na Inglaterra, um visconde muito famoso é o Visconde

Althorp, de Great Brington em Northamptonshire. Este

visconde é sempre o filho mais velho e herdeiro do Conde

Spencer. O atual Visconde Althorp é o honorável Louis

Frederick John Spencer, sobrinho da falecida Diana,

Princesa de Gales e primo de Sua Alteza Real o príncipe

Guilherme, Duque de Cambridge e de Sua Alteza Real o

príncipe Henrique de Gales.

Page 28: Títulos Nobiliárquicos Do Império Do Brasil

“Manuel Luís Osório, Visconde do Herval”.

Futuro Marques do Herval.

Manuel Luís Osório, autor desconhecido.

Page 29: Títulos Nobiliárquicos Do Império Do Brasil

BARÃO – BARONESA

Barão um título nobiliárquico existente em muitas

monarquias, sendo imediatamente inferior a visconde e

superior a baronete. A palavra barão provém do franco baro,

em alemão senhor, cavalheiro ou guerreiro, mas também pode

significar gabarola. Esta palavra germânica tem sido

emprestada para o latim no início da Idade Média. Seu

adjetivo é o baronial. É o primeiro título nobiliárquico

que não pode ser utilizado em repúblicas.

Os barões pertencem a nobreza do estado, e portando, fazem

parte da elite, tendo propriedades rurais, ocupando cargos

políticos e por vezes descendem da nobreza antiga, tendo às

vezes uma formação cultural elevada. A baronia era a terra

que conferia ao possuidor o título de barão, mas também, na

época feudal qualquer grande feudo.

Foi a princípio, no Império Romano, cargo administrativo,

equivalente ao papel de fiscalização dos prefeitos das

redondezas da capital romana. Hoje, se sabe, foi título

adoptado pelo imperador Adriano para premiar soldados e

administradores que se destacavam em suas atribuições, mas

que não tinham direito a se assentar na alta nobreza em

Roma.

Embora esta seja a origem dos primeiros títulos de barões,

isso não compete com a realidade, visto que o Império

Romano decaiu no final do século V, há mais de 1500 anos.

Este acontecimento deu início à Idade Média, que tinha um

sistema totalmente diferente da época imperial romana.

Desde então, foi iniciado o feudalismo e toda uma

hierarquização social nova.

Para a sua origem podemos então recuar, possivelmente já só

até essa época e inicialmente ao conceito da

hereditariedade da nobreza e ao de varão.

Page 30: Títulos Nobiliárquicos Do Império Do Brasil

“Ana Alexandrina Teixeira Leite, Baronesa Consorte

de Vassouras”.

Augusto Muller - A baronesa de Vassouras, por Augusto

Müller (1815–1883).

Page 31: Títulos Nobiliárquicos Do Império Do Brasil

ESTILOS REAIS E NOBRES

TRATAMENTO

Um estilo de endereçamento honorífico é a forma

legal, oficial ou reconhecida da utilização de um título

nobiliárquico. Um estilo, por tradição ou lei, precede a

referência feita a uma pessoa que tem um posto ou cargo

político, e, às vezes, é usado para se referir ao próprio

possuidor. Um estilo honorífico também pode ser atribuído a

um indivíduo a título pessoal. Tais estilos são

particularmente associados com as monarquias, onde eles

também podem, dependendo de regras específicas, ser usados

pelo cônjuge de um titular de cargo ou de um "príncipe de

sangue", durante a vigência do seu casamento. Líderes

religiosos também têm estilos específicos. Estilos

representam a moda através do qual os monarcas e nobres são

tratados. Ao longo da história, foram utilizados muitos

estilos diferentes, com pouca padronização. Este artigo

detalha os vários estilos usados pela realeza e nobreza,

com principal foco na da Europa e as que estão

estreitamente relacionada a esta, e na forma que chegou no

século XIX.

Page 32: Títulos Nobiliárquicos Do Império Do Brasil

IMPERAROR E IMPERATRIZ

Sua Majestade Imperial (S. M. I.) — usado por Imperadores,

Imperadoras e Imperatrizes.

é o tratamento usado por imperadores e imperatrizes , para

distingui-los de um rei e uma rainha, que simplesmente

detém o tratamento de Sua Majestade (S.M.).

A história deste estilo começou em meados do século XVIII.

Então começou a se ter conhecimento que deveria ter sequer

ao mínimo nem que fosse, um mínimo adjetivo para

diferenciar o trato entre reis e imperadores.

Nasceu daí o tratamento de Majestade Imperial, portanto

quem o detivesse, seria Sua Majestade Imperial.

Foi utilizado desde a sua criação então por chefes de casas

imperiais, entre eles o russo, o brasileiro, o centro-

africano, etc...

Há apenas um império cuja existência perdura até os dias

atuais, sendo um tratamento dado aos soberanos do império

do Japão. Assim, tal tratamento tem uma utilização bem

reduzida, quase inexistente.

Pelo fato de um imperador ser superior a qualquer outra

pessoa (até aos reis), inclusive também até soberanos que

não seguem a nobiliarquia, este tratamento faz com que quem

o detenha se sobressaia sobre quase todas as outras pessoas

do planeta.

Page 33: Títulos Nobiliárquicos Do Império Do Brasil

REI E RAINHA

Sua Majestade (S.M.) é um tratamento destinado aos reis. É

uma palavra derivada do latim maiestas, que significa

grandeza.

Mesmo que destronado um soberano perde o jus imperium (não

governa) e o jus gladium (não obriga), mas conserva o jus

majestatis (direito de ser tratado e protegido como

majestade) e tal continuará para os respectivos

pretendentes até que o trono seja eventualmente ocupado.

Inicialmente, durante a República Romana, a palavra

maiestas era um estatuto legal e da dignidade do Estado,

que devia ser respeitada acima de todo o resto. Esta foi

crucialmente definida pela existência de um crime

específico, chamado laesa maiestatis, literalmente "lesa

majestade", que consiste na violação daquele estatuto

supremo.

Diversos atos como o de celebrar uma festa num dia de luto

público, o desprezo dos vários ritos do Estado e

deslealdade na palavra ou ato foram punidos como crimes

contra a majestade da república. No entanto, mais tarde,

sob o Império Romano, ele veio a significar um crime contra

a dignidade do imperador. Mesmo com ações indiretas, tais

como o pagamento de um serviço num bordel com uma medalha

que ostentasse o retrato do imperador poderia ser punido

como um ato "maiestas".

Após a queda de Roma, majestade foi usada para descrever um

monarca da mais alta classificação - na verdade, era

geralmente aplicado a Deus. O título foi, então, também

assumido por reis de grandes potências como uma tentativa

de auto-elogio e apesar de um suposto estilo real, como um

rei ou rainha, que seria, assim, muitas vezes, ser chamado

Page 34: Títulos Nobiliárquicos Do Império Do Brasil

de "Sua Majestade Real". O primeiro rei inglês a usar este

estilo, Majestade, foi Henrique VIII - anteriormente, os

monarcas tinham utilizado a forma de tratamento de Sua

graça. Finalmente, o título ficou consagrado na lei, e foi

assim que todos os reis e rainhas da Europa passaram a

ostentar o título no dia-a-dia. Variações incluem Sua

Majestade Católica em Espanha e Sua Majestade Britânica no

Reino Unido, quando usado para distinguir entre diversos

monarcas.

Os principados não foram agraciados com esse tratamento,

mas sim com Sua Alteza ou Sua Alteza Sereníssima. Numa

nota, a quase todos os governantes dos estados-principados

no Império Britânico foi negado o uso de Sua Majestade, só

sendo reconhecidos como Suas Altezas, um estilo comumente

utilizado para filhos (e outros familiares), de uma

majestade, uma vez que eles não eram soberanos da família

real.

Na maior parte da África, onde possa haver reis e rainhas

ou chefes, eles usam Sua Majestade, em vez de Sua Alteza ou

Sua Alteza Real, independentemente dos reis ou chefes serem

soberanos de qualquer território, já que a maioria são

chefes de tribos dentro de vários países da África.

Page 35: Títulos Nobiliárquicos Do Império Do Brasil

PRÍNCIPE - PRINCESA IMPERIAL

Sua Alteza Imperial (S. A. I.) — utilizado por príncipes ou

princesas pertencentes a uma família imperial. Por exemplo,

na Rússia, filhos e netos do Imperador, em linha masculina,

detinham tal estilo. Já no Brasil, o título era destinado

ao príncipe herdeiro aparente – o Príncipe Imperial do

Brasil – e ao seu primogênito – o Príncipe do Grão-Pará.

Atualmente, tal tratamento é usado por membros da Casa

Imperial do Japão (denka, em japonês), No passado, o

tratamento foi aplicado a membros mais velhos das casas

imperiais francesa, russa, brasileira.

Os arquiduques da Áustria da dinastia de Habsburgo usavam o

tratamento de Alteza Imperial e Real (Kaiserliche und

königliche Hoheit, em alemão). O "real" denotava a condição

de príncipes da Hungria e da Boêmia que eles tinham.

OBS:

Sua Alteza Imperial e Real (S. A. I. R.) — utilizado por

príncipes ou princesas que pertenciam simultaneamente a uma

família imperial e real, como os Arquiduques de Áustria,

por pertencer à Casa Imperial de Áustria e real de Hungria,

ou ao herdeiro do Império alemão, por ser também Príncipe

da Prússia.

Page 36: Títulos Nobiliárquicos Do Império Do Brasil

PRÍNCIPE - PRINCESA REAL

Sua Alteza Real (S. A. R.) — utilizado por príncipes ou

princesas pertencentes a uma família real, sendo mais comum

aos Herdeiros aparentes.

O Príncipe Real de Portugal é detentor deste do tratamento

de Alteza Real.

Na Espanha os filhos e filhas dos reis e do Príncipe ou

Princesa de Astúrias ostentam o título de Infante de

Espanha, salvo o herdeiro (a) da Coroa, que ostenta o

título de Príncipe de Astúrias. Também podem ostentar o

título de Infante de Espanha as pessoas distintas dos

filhos dos reis, desde que tenha algum parentesco bem

próximo junto ao monarca, que concede este por Via de Graça

e detêm o título vitalício, como é o caso de S. A. R. o

infante de Espanha Dom Carlos de Bourbon-Duas Sicílias, a

quem o rei Dom Juan Carlos I de Espanha concedeu essa

dignidade em 16 de dezembro de 1994. Em ambos os casos (é

dizer, tanto o Príncipe de Astúrias como os infantes de

Espanha), o tratamento é o de Alteza Real.

Este tratamento é a mais antiga variação do tratamento de

Alteza, superando até mesmo em antiguidade o de Alteza

Sereníssima, e o de Alteza Imperial. Por ser usado mais

precisamente por parentes de reis, este tratamento é o mais

desejado tratamento da variação de alteza, por vários

motivos, e até culturais.

Page 37: Títulos Nobiliárquicos Do Império Do Brasil

OUTRAS FORMAS DE ALTEZA

Sua Alteza Sereníssima (S. A. S.) — Tendo sido usado por

membros de Famílias Nobres Alemãs e por membros Cadetes das

Dinastias da França, Itália e Rússia.

O tratamento é tradicionalmente usado e associado a membros

de famílias nobres, mais respectivamente das principescas

de Mônaco e Liechtenstein, a Casa de Grimaldi e a Casa de

Liechtenstein, respectivamente. Não sendo exclusividade

desta casta da nobreza, a principesca.

Também foi usado por membros de famílias nobres alemãs (até

1917), quando a revolução alemã, varreu a monarquia da

Alemanha; e por membros cadetes das dinastias da França,

Itália e Rússia (durante as monarquias destes três países).

CURIOSIDADE:

Todos os Chefes de Estado franceses (incluindo também todos

os presidentes), são também por validade de antigos

tratados internacionais assinados no século XVI,

estilizados "Alteza Sereníssima", que garantiu a divisão do

co-tratamento com um clérigo católico. Como os termos do

tratado se referem a todos os governantes franceses,

portanto todos os presidentes franceses são também por

direito "Sua Alteza Sereníssima".

De 1853 a 1855, o presidente vitalício do México, Antonio

López de Santa Anna também usou o tratamento oficial de

"Sua Alteza Sereníssima".

Page 38: Títulos Nobiliárquicos Do Império Do Brasil

Sua Alteza Ilustríssima (S. A. Ilmª.) — utilizado por

descendentes de casamento morganático.

foi um tratamento utilizado no glorioso passado monárquico

por vários membros da aristocracia europeia. Ele provém da

palavra alemã Erlaucht ("ilustre"). Era um estilo usado por

membros de algumas famílias reais, bem como os membros de

algumas famílias comitais.

Por vezes é usado para traduzir a palavra russa

Ssiatelstvo, um estilo utilizado por membros de algumas

famílias da aristocracia russas (também por vezes traduzido

como Alteza Sereníssima).

Sua Alteza Grão-ducal (S.A.G.) - é o tratamento utilizado

antes de príncipe pelos membros não-reinantes de algumas

famílias alemãs, dirigidas por um grão-duque. Ou ainda

pelos descendente de um grão-duque reinante, que não seja o

herdeiro(a), usaria o este estilo. Esta prática foi seguida

pelo acórdão das famílias de Luxemburgo, Hesse, de Baden e

do Reno. Foi um tratamento utilizado por membros de algumas

famílias ducais, tais como as de Nassau e Saxe-Coburgo-Gota

(até 1844).

Sua Alteza Magnífica (S.A.M.) - tratamento usado

exclusivamente na história para classificar os membros da

Casa Principesca e Condal de Galli do Sacro Império Romano-

Germânico e do Reino de Itália. Este tratamento só estava

abaixo do de "Sua Alteza", usado naquela época pelos reis

mais famosos e potentes da europa, como os reis de

Portugal, Inglaterra e França. Demonstrava a imensa

supremacia daquela dinastia, mesmo que ainda estes não

fossem soberanos de algum reino.

Sua Alteza Senhoril (S.A.S.) - estilo de alta honra e

nobreza; estado de elevação de alta classificação.

Alteza Ilustre (A.I.) – Estados principescos de condes e

condessas.

Page 39: Títulos Nobiliárquicos Do Império Do Brasil

INFANTE – INFANTA

PORTUGAL E ESPANHA

Sua Alteza (S. A.) — utilizado pelos infantes de Portugal e

pelos filhos legítimos segundos do monarca e do herdeiro

presuntivo da Coroa de Portugal, em sentido estrito. Em

sentido lato, ocasionalmente é também utilizado para

designar todos os filhos de monarca, inclusive os que têm

título de príncipe. O título "Infante" foi também

concedido, por decreto, a algumas personalidades que apenas

estavam ligadas por laço de parentesco de 2º ou 3º grau ao

monarca.

Sua Alteza Real (S.A.R.) - Na Espanha os filhos e filhas

dos reis e do Príncipe ou Princesa de Astúrias ostentam o

título de Infante de Espanha, salvo o herdeiro (a) da

Coroa, que ostenta o título de Príncipe de Astúrias. Também

podem ostentar o título de Infante de Espanha as pessoas

distintas dos filhos dos reis, desde que tenha algum

parentesco bem próximo junto ao monarca, que concede este

por Via de Graça e detêm o título vitalício, como é o caso

de S. A. R. o infante de Espanha Dom Carlos de Bourbon-Duas

Sicílias, a quem o rei Dom Juan Carlos I de Espanha10

concedeu essa dignidade em 16 de dezembro de 1994. Em ambos

os casos (é dizer, tanto o Príncipe de Astúrias como os

infantes de Espanha), o tratamento é o de Alteza Real.

Page 40: Títulos Nobiliárquicos Do Império Do Brasil

ARQUIDUQUE – ARQUIDUQUESA

Sua Alteza Imperial e Real (SAI&R), (em alemão: Kaiserliche

und königliche Hoheit), é um tratamento duplo possuído por

alguém que, através de nascimento, casamento ou outros

detém dois tratamentos individuais, o de Alteza Imperial e

Alteza Real.

Utilizado por príncipes ou princesas que pertenciam

simultaneamente a uma família imperial e real, como os

Arquiduques de Áustria, por pertencer a Casa Imperial de

Áustria e real de Hungria, ou ao herdeiro do Império

alemão, por ser também Príncipe da Prússia.

É o maior tratamento da classe de alteza, é utilizado pelos

membros da dinastia Habsburgo, que utilizam os títulos

Príncipe Imperial e Arquiduque da Áustria e Príncipe Real

de Boemia e da Hungria. Um exemplo disto é o contemporâneo

príncipe Lorenzo da Áustria-Este e dos seus filhos que são

membros da realeza belga, húngara, boemia e da família

imperial austríaca, ao mesmo tempo.

Page 41: Títulos Nobiliárquicos Do Império Do Brasil

GRÃO-DUQUE E GRÃ-DUQUESA

Sua Alteza Grão-ducal (S.A.G.) - é o tratamento utilizado

antes de príncipe pelos membros não reinantes de algumas

famílias alemãs, dirigidas por um grão-duque. Ou ainda

pelos descendentes de um grão-duque reinante, que não seja

o herdeiro (a), usaria o este estilo. Esta prática foi

seguida pelo acórdão das famílias de Luxemburgo, Hesse, de

Baden e do Reno.

Tratamento utilizado pelos membros não-reinantes de algumas

famílias alemãs, dirigidas por um grão-duque. Nenhuma

família reinante o estilo atualmente, embora tenha sido

utilizado mais recentemente pela irmã mais nova da falecida

grã-duquesa Carlota de Luxemburgo. Desde o casamento desta

última com o príncipe Félix de Bourbon-Parma, todos os seus

descendentes masculinos têm utilizado o estilo Alteza Real.

Grão-duques e grã-duquesas do Império Russo foram os filhos

ou netos do imperador (czar) e usaram o estilo Alteza

Imperial. O grão-duque de Toscana utilizou o estilo de

Alteza Real para si próprio, mas não é claro o estilo dos

outros membros da família que teriam usado na ausência dos

estilos austro-húngaros. Até ao momento, o sistema de

diferentes classes de "altezas" entrou em uso regular para

os parentes dos governantes (no século XIX), os grão-duques

de Toscana também foram membros da Casa de Áustria. Como

tal, tinham o título de arquiduque e usaram o estilo Alteza

Imperial e Real.

Na nobiliarquia, o estilo de Alteza Grão-Ducal estava

abaixo do que Alteza Real e Alteza Imperial, mas mais

elevado do que Sua Alteza Sereníssima. Se uma mulher com o

título de Alteza Real casasse com um homem com o tratamento

de Alteza Grão-Ducal, a mulher teria normalmente de manter

o seu estilo pré-marital. Além disso, se uma mulher com o

tratamento de Alteza Grão-Ducal casasse com um homem com o

título de Alteza Sereníssima, ela iria manter o seu estilo

pré-marital. No entanto, se uma mulher que ostentasse o

estilo de Alteza Grão-Ducal se casar com um homem que

ostentasse o estilo de Alteza Real ou Alteza Imperial ela

faria, sendo coerente com a tradição estabelecida de

conferir estilos, assumir o do seu marido, Alteza Imperial

e Real.

Page 42: Títulos Nobiliárquicos Do Império Do Brasil

DUQUE - DUQUESA

SUA ALTEZA (S.A.) ou SUA GRAÇA (S.G.), tratamento de

Sua/Vossa Alteza, se membro da família real; se não se

utiliza o tratamento de Sua/Vossa Excelência/Graça: usado

em todas as monarquias com modelos europeus. Ex: Duque de

Vigo. Na Espanha e outros países, nobres de alto escalão

com a classificação mínima de Duque, ou com a dignidade

Grande, são abordados como Sua excelência.

MARQUÊS – MARQUESA

Graça (S.G.) (tratamento de Sua/Vossa Graça/Excelência):

usado em todas as monarquias com modelos europeus. Na

Espanha há a distinção também, entre Marqueses e Marqueses,

com o título Grandeza de Espanha (tratamento de Sua/Vossa

Alteza). Ex: Marquês d'Alegrete.

Page 43: Títulos Nobiliárquicos Do Império Do Brasil

CONDE – CONDESSA

Conde/condessa (tratamento de Sua/Vossa Graça/Excelência):

usado em todas as monarquias com modelos europeus. Na

Espanha há a distinção também, entre Condes e Condes, com o

título Grandeza de Espanha (tratamento de Sua/Vossa

Alteza). Ex: Conde de Flandres.

Conde-Barão (tratamento de Sua/Vossa Graça/Senhoria):

título excepcional, criado em Portugal no século XIX para o

Conde-Barão de Alvito.

Visconde/viscondessa (tratamento de Sua/Vossa Graça, na

Espanha Sua/Vossa Excelência): usado em todas as monarquias

com modelos europeus, exceto no Reino Unido, em que é usado

como tratamento aos filhos dos condes, por causa da origem

(vice-conde). Na Espanha há a distinção também, entre

viscondes e viscondes, com Grandeza de Espanha.

BARÃO - BARONESA

Barão/baronesa (tratamento de Sua/Vossa Graça/Senhoria):

usado em todas as monarquias com modelos europeus. Na

Espanha há a distinção entre Barões e Barões com Grandeza

de Espanha (tratamento de Sua/Vossa Alteza). Ex: Barão de

Richtoffen.

Baronete/baronetesa (tratamento de Sua/Vossa Senhoria):

usado para o filho de um Barão. Usado apenas no Reino

Unido. Não possui predicado, e é simplificado por sir.

Page 44: Títulos Nobiliárquicos Do Império Do Brasil

COMENDADOR

Cavalheiro Comendador/Dama Comendadora (tratamento de

Sua/Vossa Graça/Senhoria).

SENHOR

SIR

Senhor/Senhora (tratamento de Sua/Vossa Graça/Senhoria):

sinônimo para barão, usado principalmente na França,

Espanha, Hungria e em alguns países eslavos. Ex: Catherine

Bau, senhora de Gossencourt (séc. XVI).

CAVALEIRO – DAMA

Cavaleiro (Sir) /Dama (tratamento de Sua/Vossa Senhoria):

usado apenas na França e no Reino Unido. É a casta mais

baixa da nobreza britânica. Ex: Sir Winston Churchill.

Dom/dona (tratamento de Sua/Vossa Senhoria): usado em

Portugal e Espanha para denominar os homens com foro de

fidalguia, com ou sem título específico.

Chevalier Cavalheiro, señor ou sir.

Page 45: Títulos Nobiliárquicos Do Império Do Brasil

CEMAL

Centro de Estudos Monárquicos em Alagoas.

Sir

João Paulo Oliveira S. Santos