tipos de fechamentos

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TIPOS DE FECHAMENTOS, PAREDES E VEDAÇÕES UTILIZADOS EM UMA EDIFICAÇÃO RESIDENCIAL Tipos de Paredes 1. Parede Simples - São paredes executadas com blocos cerâmicos furados, de seis, oito ou dez furos, de furos redondos ou quadrados, que proporcionam paredes mais econômicas, por apresentarem custo inferior ao do maciço, bem como, sendo maiores e mais leves, propiciam maior rapidez de execução. Os blocos furados têm também um bom comportamento quanto ao isolamento térmico e acústico, devido ao ar que permanece aprisionado no interior dos seus furos. 1.2. Paredes Duplas - As paredes duplas de alvenaria de tijolo são geralmente utilizadas como paredes divisórias exteriores, pelas suas características, nomeadamente no conforto higrotérmico e acústico, permitindo o cumprimento das exigências funcionais. A caixa de ar entre panos de tijolos deve ter uma espessura de pelo menos 3 cm (em geral, tem 4 a 5 em). É recomendável que seja ventilada, ainda que “muito fracamente" através de duas séries de orifícios rasgados no pano exterior em cada andar: uma série junto à base da parede, que assegura simultaneamente a drenagem das águas, e outra na parte superior. Cada uma delas tem uma área total de furacão inferior a 10 cm² por metro linear de desenvolvimento da parede. A base da caixa de ar deve ser conformada de modo a permitir a recolha e o encaminhamento das águas infiltradas para os orifícios de drenagem. No entanto, a arquitetura do edifício nem sempre permite uma solução ventilada da caixa de ar, devendo ser adotadas que mitiguem a ocorrência de condensações no seu interior. Os panos constituintes das paredes devem ser travados entre si para incrementar a resistência às ações mecânicas, em particular para paredes de grande desenvolvimento. Poderão ser utilizados estribos metálicos ou não metálicos. Neste último caso consegue-se reduzir as pontes térmicas e fenômenos de corrosão. Deverão ser dispostos em quicôncio com uma densidade adequada e, em qualquer caso, com espaçamentos segundo a horizontal e a vertical, não superiores a 0.90 m e 0.50 m, respectivamente. Processo de execução: 1. Assenta-se primeiro uma fiada no pano interior; 2. Executa-se uma caleira, geralmente em quarto de círculo, com pendentes no sentido longitudinal, a qual deve ser feita em argamassa de cimento e areia com acabamento afagado e, de preferência, revestida com um produto betuminoso aplicado normalmente por pintura; 3. Juntamente com a execução da caleira, assentam-se nas zonas mais baixas das caleiras tubos para drenagem das águas, que possam passar através do pano exterior ou resultantes de condensações internas e que servem também para ventilação; 4. Assenta-se uma fiada no pano exterior; 5. Depois de assentar as duas primeirasfiadas (uma de cada lado), a caleira e ostubos para drenagem das águas, tapa-seo espaço entre os dois panos (caixa de ar)com um rolo de papel, uma régua ouserapilheira, para evitar que parte daargamassa de assentamento dos restantes tijolos se deposite na caleira e dificulte o escoamento das águas; 6. Em seguida, deve executar-se o pano exterior a toda a altura, após o que deverá ser revestido com reboco afagado pela sua face interior para contrariar a passagem de água através da parede exterior para a caixa de ar;

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TIPOS DE FECHAMENTOS

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Page 1: TIPOS DE FECHAMENTOS

TIPOS DE FECHAMENTOS, PAREDES E VEDAÇÕES UTILIZADOS EM UMA EDIFICAÇÃO RESIDENCIAL

Tipos de Paredes 1. Parede Simples - São paredes executadas com blocos cerâmicos furados,

de seis, oito ou dez furos, de furos redondos ou quadrados, que proporcionam paredes mais econômicas, por apresentarem custo inferior ao do maciço, bem como, sendo maiores e mais leves, propiciam maior rapidez de execução. Os blocos furados têm também um bom comportamento quanto ao isolamento térmico e acústico, devido ao ar que permanece aprisionado no interior dos seus furos.

1.2. Paredes Duplas - As paredes duplas de alvenaria de tijolo são geralmente utilizadas como paredes divisórias exteriores, pelas suas características, nomeadamente no conforto higrotérmico e acústico, permitindo o cumprimento das exigências funcionais.

A caixa de ar entre panos de tijolos deve ter uma espessura de pelo menos 3 cm (em geral, tem 4 a 5 em). É recomendável que seja ventilada, ainda que “muito fracamente" através de duas séries de orifícios rasgados no pano exterior em cada andar: uma série junto à base da parede, que assegura simultaneamente a drenagem das águas, e outra na parte superior. Cada uma delas tem uma área total de furacão inferior a 10 cm² por metro linear de desenvolvimento da parede.

A base da caixa de ar deve ser conformada de modo a permitir a recolha e o encaminhamento das águas infiltradas para os orifícios de drenagem.

No entanto, a arquitetura do edifício nem sempre permite uma solução ventilada da caixa de ar, devendo ser adotadas que mitiguem a ocorrência de condensações no seu interior.

Os panos constituintes das paredes devem ser travados entre si para incrementar a resistência às ações mecânicas, em particular para paredes de grande desenvolvimento.

Poderão ser utilizados estribos metálicos ou não metálicos. Neste último caso consegue-se reduzir as pontes térmicas e fenômenos de corrosão. Deverão ser dispostos em quicôncio com uma densidade adequada e, em qualquer caso, com espaçamentos segundo a horizontal e a vertical, não superiores a 0.90 m e 0.50 m, respectivamente.

Processo de execução: 1. Assenta-se primeiro uma fiada no pano interior; 2. Executa-se uma caleira, geralmente em quarto de círculo, com pendentes no

sentido longitudinal, a qual deve ser feita em argamassa de cimento e areia com acabamento afagado e, de preferência, revestida com um produto betuminoso aplicado normalmente por pintura;

3. Juntamente com a execução da caleira, assentam-se nas zonas mais baixas das caleiras tubos para drenagem das águas, que possam passar através do pano exterior ou resultantes de condensações internas e que servem também para ventilação;

4. Assenta-se uma fiada no pano exterior; 5. Depois de assentar as duas primeirasfiadas (uma de cada lado), a caleira e

ostubos para drenagem das águas, tapa-seo espaço entre os dois panos (caixa de ar)com um rolo de papel, uma régua ouserapilheira, para evitar que parte daargamassa de assentamento dos restantes tijolos se deposite na caleira e dificulte o escoamento das águas;

6. Em seguida, deve executar-se o pano exterior a toda a altura, após o que deverá ser revestido com reboco afagado pela sua face interior para contrariar a passagem de água através da parede exterior para a caixa de ar;

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7. Depois da execução e revestimento da parede exterior, executa-se o pano interior também até a laje ou viga;

8. Depois dos dois panos executados, retiram-se da caleira os rolos de papel

ou serapilheira e se limpa completamente a caixa de ar; 9. Por último, assentam-se os tijolos nos espaços deixados na 2ª fiada do pano

interior quando da sua execução. 1.2 Alvenaria Estrutural As paredes estruturais são construídas com blocos de concreto ou cerâmico,

com modulação definida, tendo estas paredes à função resistente. Estes blocos têm dimensões e resistência maiores do que os convencionais, e de acordo com o número de pavimentos podem ser reforçados com o preenchimento de graute ou ainda receber armaduras.

Tem a finalidade de resistir ao seu peso próprio e outras cargas advindas de outros elementos estruturais tais como lajes, vigas, paredes de pavimentos superiores, carga de telhado, entre outros.

1.2.1 Painéis de Madeira Reconstituída – OSB - O OSB (Oriented

StrandBoard) é um painel de partículas de madeira orientadas, finas e longas strands consolidadas pelo uso de resinas, calor e pressão. A resina mais utilizada na produção do OSB é a fenólica, entretanto o uso da resina de isocianato é crescente, embora tenha custo superior. Esse tipo de painel é tipicamente formado por três camadas, sendo nas externas as partículas de madeira orientadas paralelamente na direção de formação do painel; na interna, a orientação é perpendicular.

O OSB é um painel estrutural considerado como uma segunda geração dos painéis WAFERBOARD. A diferenciação em relação aos aglomerados tradicionais se refere a impossibilidade de utilização de resíduos de serraria na sua fabricação. Além disso, possuem um baixo custo, e as suas propriedades, e as suas propriedades mecânicas assemelham-se às da madeira sólida, podendo substituir plenamente os compensados estruturais. Consiste num segmento de destacado crescimento no rol de produtos transformados de madeira.

O OSB apresenta as seguintes vantagens:

Baseado em exaustivos testes, OSB apresenta resistências equivalentes ao compensado, como propriedades de resistência à flexão, tração e compressão. O OSB possui uma maior resistência ao cisalhamento em relação ao compensado, devido a sua formação homogênea (eles não se desfazem sob tensão de cisalhamento). A resistência do painel não é afetada pela umidade em função de sua exposição ao ambiente, em decorrência de uma construção demorada ou atrasada. Contudo, pode haver um aumento nas dimensões das bordas;

OSB causa pouco impacto ao meio ambiente: OSB, comparado com o compensado, é produzido a partir de toras de pequeno diâmetro, espécies de rápido crescimento, ou de árvores de baixo valor comercial. As modernas fábricas são auto-suficientes na produção de energia para aquecimento, e são equipadas para atingir as mais exigentes especificações de controle de poluição do ar;

O painel é de construção uniforme: O painel OSB é produzido para ter a mesma qualidade das faces em ambos os lados. As fábricas norte americanas, produzem um painel com um fundo de tela, que deixa o painel com uma textura áspera em um dos lados, mais apropriado para condições úmidas de trabalho. Além disso, a superfície do painel pode ser lixada;

Painéis OSB são mais eficientes do que o compensado: O OSB é feito em grandes prensas, de até 3,6 x 7,2m, e, portanto pode fornecer uma grande faixa de dimensões de produtos para satisfazer vários usos finais; É importante ressaltar as

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vantagens econômicas do menor custo de painéis OSB em comparação aos painéis compensados, decorrentes de fatores como a tecnologia de produção automatizada, maior escala de produção e menor exigência em termos de qualidade das toras. A principal aplicação do OSB é na indústria da construção civil, pois suas características físicas e mecânicas permitem o uso para fins estruturais. Por esse motivo, esse painel concorre em algumas aplicações com o compensado. As chapas OSB são produtos utilizados para aplicações estruturais, como paredes, suportes para forros e pisos, componentes de vigas estruturais, estrutura de móveis, embalagens, entre outras, tendo em vista boas características de resistência mecânica e estabilidade dimensional. A utilização de chapas OSB tem crescido e ocupado espaço antes exclusivo de compensados, em virtude de fatores como redução da disponibilidade de toras de boa qualidade para laminação; o OSB pode ser produzido a partir de toras de qualidade inferior e de espécies de baixo valor comercial; a largura e o comprimento das chapas OSB são determinados pela tecnologia de produção e não em função do comprimento das toras como no caso de compensados. Por poder utilizar resíduos de madeiras provenientes de madeireiras e marcenarias, o OSB se destaca com sendo um painel ecológico, garantindo a preservação de florestas e a diminuição do desmatamento.

1.3 Paredes Interiores – são paredes destinadas a reduzir quer o vão dos

pavimentos, uma vez que as distâncias entre paredes exteriores são demasiado grandes, quer a suportar pequenas cargas localizadas.

1.3.1 Dry-Wall - Dry Wall é um sistema construtivo a seco de alta tecnologia

que utiliza chapas de gesso acartonado fixadas sobre estruturas metálicas, que compõe as paredes internas e o revestimento interno das paredes perimetrais, do seu imóvel. Estas paredes possuem características especiais que garantem maior qualidade e melhores resultados quando comparadas com a alvenaria convencional.

A utilização do Dry Wall na obra garante: • Otimização do cronograma físico-financeiro da obra • Facilidade de acesso às instalações elétricas e hidráulicas • Rapidez na execução • Flexibilidade para Projetos • Alívio de carga na estrutura • Limpeza no canteiro de obras • Pouco desperdício • Acabamento sem trincas • Conforto térmico e acústico 1.3.2 Painéis Monolítico - O Painel Monolítico da substitui a parede tradicional

com as vantagens de ser modular, pré-fabricado, leve, composto de uma alma de poliestireno expandido (EPS) entre duas malhas de aço eletro-soldadas de alta resistência que isolam melhor a temperatura e sons do ambiente externo, proporcionando melhor conforto termo-acústico. Este painel estrutural possibilitou um novo e avançado sistema de construção ao sintetizar as vantagens do sistema tradicional e do pré-fabricado.

Sistema construtivo autoportante (dispensa vigas e pilares) que traz racionalidade e produtividade ao canteiro. Recobertos "in loco" por argamassa estrutural. Com os painéis a argamassa forma verdadeiros micropilares ao longo das paredes, resultando em edificações monolíticas resistentes até a abalos sísmicos.

Principais vantagens:

Redução no tempo de execução; - Isolamento térmico e acústico: economia de energia e conforto térmico;

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Rapidez e facilidade na aplicação, requerendo pouca mão de obra especializada;

Flexibilidade de projeto podendo assumir as mais diversas formas;

Limpeza no canteiro, sem desperdício de material.