theatro municipal de são paulo temporada 2013 cinema em ... · ... do filme o tempo e o vento, de...
TRANSCRIPT
TheaTro Municipal de São pauloTeMporada 2013
cineMa eM concerTo – 20 anoS
AMOR EM TEMPOS DE GUERRA
Illoresti cum eost acepelitas ducius dolorep editatus dipsunt prec-
temperem quias volendu ntotaerorrum nusam remqui re venimus, to
que sumquiamus.
Il moluptate nonet plignim postrum fugitio dolore nist magnam
excepudia corem eost, sapistion nam quos accabo. Itaquo berumen
tissit aut plaborrum accullab inisque iliqui accae ma pelit mod magni-
minis consed quiaspit pora cullanducia perovident lit eictore, auda ea
voluptatur sequia cusam doloreped quunti ratemolor sitatem dis etu-
rehendae dolore nonseque presciat magnihiliqui dolorrum soloressum,
officab is di dolupta vit quasinv elignih illuptatur alictibus, quam dolo-
rent mint vel incia venda quis entiam, simi, temqui cum que rerum vent
et ant rem ipicipis volut re, seque sitaquas aliberum, nonserat mo do-
lum hitat aliscie ntorera tquatia voluptatiost poriatio. Ut quamus audan-
dionet verorem quis es asin consendam serfernatis videria voles dicae
pro consequis voluptatque nimusam ereperuntur, to doloriae. Ut arunt
hil ilicit quiam fuga. Nam estium qui omnim unt.
Adit deliqui soloribus dolorio in et eum et ipsanto ius, con net opta
pra quia con et imporro dolum que litaquidus que dolor sequam eosa
ius rerum sit, odigend itatem fugiam, ariori cus exerchi llatasperum et
inctor sum ullignim iniminvelis ma cum hictorem remolest, sequi dias-
pere venihitae. Intur re di solorum re nes aut asition sendebit vellendunt.
Santior epellit atinvel ipsumquodio volentis debis con et delest om-
nis unt magnima sinciisquis mi, imus, unt et quatum fugia dolo blam
rem eaturehenis aut maio. Nempos resequasimet omnim faceat ma
quia ium re, cone nullestem et elitatur, ullupiet experrorunt eium ere
natiunt dolupta tempos as sunt voloreneces simolore pedit hicaeperum,
ut rempelliti blacea quias atium eosam facerupitas reribusa suntium,
sed eaquunt, imenimo lorest, ut dolut quossim ollaccu stiunti busanda
nonsend endicat esedipid et laut eum qui ut rem arciatiis sequatem vid
ulparum doluptatios a dolor adit et ant rest verchicabo. Nequo dit, sunt
ratias ad modita derionet inis sim quiam ut aut omnimagnimus conse-
distium ilique voluptatem imin non none corepelicil inctore moluptat
Jamil Maluf, Regente
theatro municipal de são paulo_cinema em concerto_temporada 2013_pg 4
CINEMA EM CONCERTO20 ANOS
Corria o ano de 1994 quando o maestro Jamil Maluf criou, para a Or-
questra Experimental de Repertório, a série Cinema em Concerto. O ob-
jetivo era mostrar que a associação cinema/orquestra sinfônica tem sido
profícua para ambos: as orquestras ganham novas obras que, de trilhas
sonoras originais, se transformam em obras para as salas de concerto
(como a cantata Alexander Nevsky, de Prokofiev, no filme homônimo),
e o cinema usufrui do rico repertório das orquestras, levado às telas na
forma de trilhas sonoras adaptadas (como a famosa valsa Danúbio Azul,
de Johann Strauss II, no filme 2001, uma Odisseia no Espaço).
No Cinema em Concerto, as trilhas sonoras são tocadas pela Or-
questra e acompanhadas das projeções de cenas dos respectivos
filmes, em uma tela de cinema, alçada acima do palco, criando um es-
petáculo de enorme impacto visual e sonoro.
Nesses 20 anos vários temas foram abordados: parcerias famosas
como a de Federico Fellini / Nino Rota e John Williams / Steven Spiel-
berg formataram espetáculos de enorme sucesso de público e crítica.
A presente edição do Cinema em Concerto, comemorativa dos 20
anos da série, tem como tema Amor em Tempos de Guerra. Filmes que
se tornaram clássicos, nas diversas épocas da arte cinematográfica, retra-
tam aqui o amor em suas várias formas de expressão: o amor romântico
entre Rick e Ilsa em Casablanca, o amor caridoso em A Lista de Schindler,
ou ainda o amor à honra em O Último Samurai, entre outros grandes mo-
mentos, ilustrados por inspiradas trilhas sonoras. Destaque especial terá
a exibição de cenas inéditas, acompanhadas de suas trilhas, do filme O
Tempo e o Vento, de Jayme Monjardim, ainda não estreado nos cinemas.
Após vários anos de parceria com Eddynio Rossetto, curador da sé-
rie, o maestro Jamil Maluf iniciou, em 2010, nova parceria com a em-
presa Input Arte Sonora, contando, dessa vez, com Alexandre Guerra
como curador e Mário Di Poi na produção executiva. Ao lado de séries
como a Outros Sons, Ópera Estúdio e Música em Cena, entre outras, a
série Cinema em Concerto, apresentada anualmente pela Orquestra
Experimental de Repertório, sob a regência de seu Titular, Jamil Maluf,
passou a fazer parte obrigatória da agenda de programação sinfônica
do Theatro Municipal de São Paulo.
theatro municipal de são paulo_cinema em concerto_temporada 2013_pg 6
ORqUESTRA ExPERIMENTAl DE REPERTóRIOCORAl PAUlISTANO
Jamil Maluf – Regente
Bruno Greco Facio – Regente do Coro
Alexandre Guerra – Curadoria e Direção de Produção
Eduardo Semerjian – Narrador
Cláudio Micheletti – Violino
Camilo Carrara – Violão
27/7 – sábado 20h
28/7 – domingo 17h
cineMa eM concerTo 20 anoSAMOR EM TEMPOS DE GUERRA
CasablanCaMichael Curtiz – Diretor
Max Steiner – Compositor
Suíte 7'
a lista de sChindlerSteven Spielberg – Diretor
John Williams – Compositor
Cláudio Micheletti – Solista
Jewish Town, Remembrances
& Theme 13'30"
Cavalo de GuerraSteven Spielberg – Diretor
John Williams – Compositor
Dartmoor, 1912 7'
o Último samuraiEdward Zwick – Diretor
Hans Zimmer – Compositor
Taken 3'40"
o tempo e o ventoJayme Monjardim – Diretor
Alexandre Guerra – Compositor
Coral Paulistano – Participação
Camilo Carrara – Solista
Suíte 9'10"
o resGate do soldado ryanSteven Spielberg – Diretor
John Williams – Compositor
Coral Paulistano – Participação
Hymn to the fallen 6'30"
a ponte do rio KwaiDavid Lean – Diretor
Sir Malcolm Arnold – Compositor
Coral Paulistano – Participação
Tema Principal 4'10"
vídeo-depoimento amor em tempos de GuerraJoão Barone - Músico e escritor
Programa sujeito a alterações
theatro municipal de são paulo_cinema em concerto_temporada 2013_pg 8
theatro municipal de são paulo_cinema em concerto_temporada 2013_pg 10
CASAblANCA
A quintessência do filme de amor é, vejam vocês, um filme de guerra.
Casablanca foi dirigido por Michael Curtiz e ficou famoso por seu tema
principal, que o pianista toca todas as vezes que Ingrid Bergman, a ir-
resistível Ilsa, resolve dar o ar da graça no Rick's, o café dirigido por
Humphrey Bogart em Casablanca. O bar é frequentado por suspeitos
marroquinos e refugiados atrás de cartas de trânsito, todos empenha-
dos em escapar dos nazistas. Bogart não tem exatamente talento para
herói, mas acaba sendo, ao ajudar sua amada Ilsa a fugir de Casablanca
com o marido Laszlo, membro da Resistência tcheca. Antes, enfrenta o
dilema de perder a amada ou ganhar a virtude de ser o melhor amigo
do capitão Louis, interpretado por Claude Rains. O epílogo desse clás-
sico, considerado um dos dez maiores filmes da história do cinema, é
antológico: após embarcar sua querida Ilsa e o respectivo marido para
Lisboa, Rick e Louis seguem pela pista do aeroporto, cercados pela ne-
blina. O dono do Café diz: “Louis, acho que este é o começo de uma
bela amizade”. A frase, que pode ser lida como um sinal de resigna-
ção, revela, porém, que o verdadeiro tema de Casablanca é o sacrifício
da paixão pessoal por um ideal maior. O expatriado e cínico Rick não
tem a fúria patriótica de seu concorrente, o ativista Laszlo, mas sabe o
que significa dignidade, especialmente em tempos de guerra. O tema
principal de Casablanca, As Time Goes By, é considerado o segundo
mais importante de toda a história do cinema.
lISTA DE SChINDlER
Antes de realizar há 20 anos o grande sucesso que foi A Lista de Schin-
dler, o diretor Steven Spielberg tentou repassar o projeto para outros
colegas. O diretor justificou seu ato dizendo que não tinha maturidade
para dirigir um filme sobre o Holocausto. De fato, como disse o filó-
sofo austríaco Wittgenstein, “daquilo que não se pode falar é melhor
calar”. E o horror produzido pelos nazistas é de fato inenarrável, ‘infil-
mável’. No entanto, Spielberg encontrou uma saída: concentrou sua
atenção no personagem que inspirou o livro no qual se baseou: Oskar
Schindler. Schindler foi um empresário alemão da Morávia que salvou
1.100 judeus poloneses, empregando-os em sua fábrica. Ele manteve vi-
vos seus protegidos usando sua fortuna para subornar oficiais nazistas.
Embora a SS tivesse dado ordens para matar todos os judeus quando
se aproximava o fim da guerra, Schindler consegue persuadir os sol-
dados do batalhão de elite de Hitler a não seguir essas ordens. Ao se
despedir dos refugiados sobreviventes, em 1945, Schindler ganha de-
les uma peça de ouro feita com a prótese dentária de uma das vítimas
dos nazistas. Nela está inscrita uma citação do Talmude: “Quem salva
uma vida, salva a humanidade”. Há momentos comoventes como esse
no filme de Spielberg , mas o mais emocionante é a visita dos judeus
que trabalharam com Schindler ao túmulo do empresário, em Jerusa-
lém, onde depositam pedras. Esse é um velho costume judeu que de-
nota gratidão ao homenageado. O maestro John Williams escreveu
para o filme um dos seus mais belos temas, interpretado no filme pelo
violinista Itzhak Perlman.
theatro municipal de são paulo_cinema em concerto_temporada 2013_pg 12
CAvAlO DE GUERRA
O que pode a amizade entre o filho de um camponês e um cavalo
durante a guerra? O diretor Steven Spielberg fez essa pergunta a si
mesmo quando filmou há dois anos o épico Cavalo de Guerra. Nele, o
principal herói, Joey, é um cavalo que os militares ingleses levam para
a frente de batalha, na França, durante a 1ª Guerra. Usado pelos dois
lados do conflito, o cavalo não passa de um instrumento para os guer-
reiros. Entretanto, ele muda as vidas desses soldados, que não passam
de vítimas, como ele. Abandonado no meio do nada, Joey é a própria
imagem do desamparo. Pode-se até dizer que ele representa esses
milhares de jovens guerreiros, conduzidos à morte pela arrogância de
seus comandantes.
Mas nem tudo está perdido. Embora não possa se alistar por falta de
idade, o pequeno Albert enfrenta o desafio de resgatar Joey do campo
de batalha e levar o cavalo de volta a Devon, na Inglaterra. Em meio
ao horror da carnificina do primeiro grande conflito mundial, que du-
rou quatro anos e matou 15 milhões de pessoas, Albert representa uma
mensagem amorosa de esperança. Nesse drama, antes de tudo, Joey,
o cavalo, faz lembrar aos soldados de sua humanidade. Spielberg re-
alizou um filme nostálgico, ajudado por dois tocantes temas de John
Williams, que vamos ouvir, exatamente para mostrar que o mundo, an-
tes de pensar no futuro, precisa buscar no passado exemplos de leal-
dade. Cavalo de Guerra é um deles.
O ÚlTIMO SAMURAI
Toda história tem dois lados e o capitão Nathan Algren, interpretado no
filme O Último Samurai por Tom Cruise, acaba descobrindo a duras pe-
nas que aquele contra o qual se luta pode ser o da causa justa – tão ou
mais justa do que a sua. Algren, veterano da Guerra Civil americana, é
convidado para treinar o recém-formado Exército Imperial japonês du-
rante a era Meiji e enfrenta um movimento xenófobo, contrário à oci-
dentalização do Japão. O oficial representa não só uma ameaça aos
valores tradicionais do país como um elemento corruptor a serviço de
uma causa injusta. Ao treinar o Exército Imperial contra os samurais, Al-
gren percebe que essa será uma luta desequilibrada. Os soldados do
imperador não sabem sequer usar armas de fogo. Quando a batalha
começa, o massacre parece iminente.
Capturado pelos samurais, que ficam impressionados com a bravura
do americano, ele acaba entendendo a causa dos guerreiros e, mais
que isso, a cultura ancestral que representam. No final, luta ao lado
do outrora inimigo contra a ocidentalização do Japão e a decadên-
cia dos altos valores morais que viu preservados entre os samurais. O
filme ganhou uma complexa trilha do alemão Hans Zimmer, a centé-
sima composta por um músico que a crítica identifica como um dos
mais originais atuantes em Hollywood.
theatro municipal de são paulo_cinema em concerto_temporada 2013_pg 14
O TEMPO E O vENTO
A superprodução O Tempo e o Vento, que estrará em setembro, foi
dirigida por Jayme Monjardim, com base na obra de Erico Veríssimo.
Em sua trilogia, Verissimo recua no tempo para contar a história do ín-
dio Pedro Missioneiro, que leva esse nome por ter nascido numa colô-
nia de jesuítas nas Missões. Ele vai conhecer mais tarde a filha de um
paulista, Ana Terra, que terá com ele um filho mestiço. Em sua trilogia,
Verissimo rejeita o estereótipo do gaúcho forte e dominador, fazendo
das mulheres suas heroínas, uma revolução para a época, chegando
mesmo a eleger uma delas, Sílvia, como narradora de um dos capítu-
los de sua saga, aquela contada em O Arquipélago. O escritor, acima
de tudo, faz um monumento contrapontístico em que a violência do
macho é neutralizada pela nobreza e delicadeza de mulheres, que es-
condem sua força por trás da frágil aparência.
Na primeira versão de O Tempo e o Vento, minissérie feita para a televi-
são, o maestro e compositor Tom Jobim escreveu vários temas em que
esboçou uma correspondência musical com a paisagem dos pampas.
Baseado na série de três livros escritos pelo gaúcho Erico Verissimo en-
tre 1949 e 1961, o filme O Tempo e o Vento ganha na nova versão uma
trilha orquestral do maestro e compositor paulista Alexandre Guerra.
O RESGATE DO SOlDADO RyAN
Mais uma vez, a parceria entre o diretor Steven Spielberg e o compo-
sitor John Williams mostra bons resultados num grande sucesso estre-
lado por Tom Hanks em 1998, O Resgate do Soldado Ryan, que rendeu
ao cineasta seu segundo Oscar. Inspirado num monumento a quatro
irmãos da Pensilvânia, que morreram no campo de batalha durante a
Segunda Guerra, na Normandia, o roteirista do filme escreveu uma his-
tória de heroísmo em que um capitão e sete homens arriscam a vida
para resgatar o soldado Ryan, interpretado por Matt Damon, que vi-
nha a ser justamente um dos quatro irmãos. Ryan, como o capitão, é
movido pelo mesmo sentimento de solidariedade que levou o oficial
a buscar o soldado no front. Ryan, no entanto, recusa-se a deixar os
companheiros paraquedistas para salvar a própria pele. O capitão, sem
alternativa, resolve ajudar Ryan e os outros a proteger uma ponte ame-
açada pelos tanques alemães. Spielberg gastou 27 minutos para re-
constituir o ataque na praia de Omaha, a um custo de US$ 12 milhões.
É considerada até hoje a cena de batalha mais espetacular produzida
pelo cinema e exigiu a participação de 1.500 homens, inclusive solda-
dos da reserva irlandeses. A trilha de John Williams é soberba. Recorre
a um diálogo entre o coral e os sopros para evocar o clima dos fune-
rais militares, como se poderá ouvir em Hymn to the Fallen, um hino
aos que tombaram no campo de batalha.
theatro municipal de são paulo_cinema em concerto_temporada 2013_pg 16
A PONTE DO RIO KwAI
Depois do emocionante hino aos heróis da Segunda Guerra composto
por John Williams, vamos chegando ao fim do concerto de hoje com a
talvez mais conhecida peça musical de um filme de guerra composta
até hoje, que rendeu em 1957 um Oscar ao compositor inglês Malcolm
Arnold, grande autor de sinfonias, morto há sete anos, e o primeiro bri-
tânico a ganhar a estatueta. Arnold compôs para o filme a célebre Mar-
cha do Coronel Bogey, que os soldados assobiam no filme – e também
todos os espectadores, claro. David Lean, o diretor que deu ao mundo
épicos como Doutor Jivago e Lawrence da Arábia, conta, em A Ponte
do Rio Kwai, a história de prisioneiros ingleses obrigados pelos japone-
ses a construir uma ponte para transporte ferroviário sobre o rio Kwai.
Em meio ao caos e à destruição, o coronel Nicholson, interpretado por
Alec Guinness, quer dar o melhor de si, construindo a mais perfeita das
pontes, mesmo que seja para o inimigo, só para manter seus homens
ocupados e levantar a combalida tropa. Há, é claro, quem considere
isso uma besteira. Preso no mesmo campo, o major Shears, papel de-
fendido por William Holden, só pensa em escapar dali, mas volta com
uma tropa inglesa para destruir a ponte, de onde se conclui que todas
as guerras são inúteis e destroem o melhor que o homem constrói no
mundo. A Ponte do Rio Kwai é mais que um épico sobre o nobre sa-
crifício de um homem por vezes tolo e falível, um típico oficial britâ-
nico apenas tentando manter o ânimo de seu regimento quando tudo
parece perdido. Mas não é um bom personagem para os dias atuais?
JOÃO bARONEMúsico e Escritor
João Barone é baterista dos Paralamas do Sucesso e pesquisador da
Segunda Guerra Mundial, com foco na participação brasileira no con-
flito. Escreveu durante três anos a coluna Barone vai à guerra, na re-
vista Grandes Guerras, e realizou o documentário Um brasileiro no Dia
D (2006), lançado em DVD e exibido em vários canais de TV. Recebeu
condecorações por seu trabalho de valorização da história do Brasil
na Segunda Guerra, entre elas a Medalha Três Heróis Brasileiros (As-
sociação dos Ex-Combatentes do Brasil, 2009), a Medalha Mascare-
nhas de Morais (Associação Nacional dos Veteranos da FEB, 2010) e
a Medalha da Vitória (Ministério da Defesa, 2011). É fundador e presi-
dente do Clube de Veículos Militares Antigos do Rio de Janeiro (CV-
MARJ), membro da Military Vehicles Preservation Assosiation (MVPA),
nos Estados Unidos, e diretor da Associação Brasileira de Preservado-
res de Viaturas Militares (ABPVM). Lançou seu primeiro livro, A minha
segunda guerra, em 2008.
theatro municipal de são paulo_cinema em concerto_temporada 2013_pg 18
ORqUESTRA ExPERIMENTAl DE REPERTóRIO
A Orquestra Experimental de Repertório foi criada em 1990 a partir de
um projeto elaborado pelo seu regente titular, maestro Jamil Maluf, e
oficializada pela Lei nº 11.227 de 1992.
Tem por objetivos a formação de profissionais da mais alta quali-
dade, a integração ao instrumental sinfônico de instrumentos que re-
presentem uma autêntica conquista da nova tecnologia, com reflexos
estimulantes à criação musical, como os sintetizadores, por exemplo,
e a difusão de um repertório abrangente e diversificado que mostre o
extenso alcance da arte sinfônica de qualidade.
Suas várias séries de concertos com grandes nomes da música
erudita nacional e internacional, bem como estrelas da MPB, e suas
montagens de óperas, balés e gravações para TV, compõem uma pro-
gramação que vem conquistando o público e a crítica.
Em 1997 recebeu da Comissão de Música da Secretaria de Estado
da Cultura o Prêmio Carlos Gomes, como destaque de música erudita.
CORAl PAUlISTANO
O Coral Paulistano foi criado em 1936, por iniciativa de Mário de
Andrade, então diretor do Departamento Municipal de Cultura. A pro-
posta era levar a música brasileira ao Theatro Municipal de São Paulo.
Tratava-se de uma ideia de vanguarda, já que a elite paulistana des-
conhecia a importância do movimento nacionalista que contagiava os
compositores brasileiros da época.
Marco da história da música em São Paulo, o grupo foi um dos mui-
tos desdobramentos do movimento modernista da Semana de Arte
Moderna de 1922.
Sendo um dos mais versáteis coros da cidade, além de sua eclética
programação a cappella, participa assiduamente das produções ope-
rísticas e dos concertos sinfônicos do Theatro Municipal de São Paulo.
JAMIl MAlUFRegente Titular da Orquestra Experimental de Repertório
Regente titular da Orquestra Experimental de Repertório, Jamil Maluf
criou e se tornou diretor artístico do grupo em 1990. Foi diretor artís-
tico do Theatro Municipal de São Paulo, regente titular da Orquestra
Sinfônica Jovem Municipal, regente titular e diretor musical da Orques-
tra Sinfônica do Paraná e atuou como regente da orquestra e professor
de regência nos 12º e 34º Festivais de Inverno de Campos do Jordão.
Por quatro vezes recebeu o prêmio de Melhor Regente de Orques-
tra da APCA, o Prêmio Carlos Gomes na categoria de Melhor Regente
de Ópera e o Prêmio Maestro Eleazar de Carvalho como Personalidade
Musical do Ano. Como compositor de trilhas sonoras para teatro, rece-
beu os prêmios Apetesp, APCA e Panamco.
Natural de Piracicaba, Jamil Maluf se formou em regência orques-
tral na Escola Superior de Música de Detmold, na Alemanha, sob
orientação do maestro Martin Stephani. Durante os seis anos de per-
manência na Europa, regeu diversas orquestras e participou dos Semi-
nários para Regentes com o maestro Sergiu Celibidache.
bRUNO GRECO FACIORegente Titular do Coral Paulistano
Paulistano, graduado em composição e regência pelas Faculdades de
Artes Alcântara Machado, estudou sob a orientação dos mestres Abel
Rocha, Isabel Maresca e Naomi Munakata.
No ano de 2011 assumiu a regência do Collegium Musicum de São
Paulo, tradicional coro da capital, dando continuidade ao trabalho mu-
sical do maestro Rocha. Por 11 anos dirigiu o Madrigal Souza Lima, tra-
balho responsável pela formação musical de jovens cantores e regentes.
Durante 2010 foi preparador do coro da Cia. Brasileira de Ópera, pro-
jeto pioneiro do maestro John Neschling que percorreu mais de 20 cida-
des brasileiras com a ópera O Barbeiro de Sevilha, de Gioachino Rossini.
A convite do maestro Neschling, tornou-se regente titular do Coral
Paulistano em fevereiro de 2013.
theatro municipal de são paulo_cinema em concerto_temporada 2013_pg 20
AlExANDRE GUERRACuradoria e Direção de Produção
O compositor Alexandre Guerra começou a estudar musica no saxo-
fone, aos 14 anos. Incentivado pelo pai, Carlos Guerra, foi estudar na
norte-americana Berklee College of Music, como aluno de David Spear
e assistente do compositor Elmer Bernstein. Com bolsas do fundo Duke
Ellington, se formou como compositor pelo departamento de música
para cinema, em Boston.
Aos 24 anos assinou os arranjos do CD Girassol, de Ed Lima, ven-
cendo o Prêmio Sharp de Música como melhor arranjador.
De volta ao Brasil, passou a estudar com Hans-Joachim Koellreutter e,
em 1998, estreou sua primeira trilha original em Monteiro Lobato: Furacão
na Botocúndia, de Roberto Elisabetsky. Deste então, trabalhou em mais
de 70 produções audiovisuais, entre filmes, documentários e séries de TV.
Dentre elas, podemos destacar a minissérie Maysa, da rede Globo;
séries para canais internacionais; longas-metragens como O Tempo e
o Vento, Acorda Brasil, Bodas de Papel e Brasil Animado; e documen-
tários como Quem se importa ? (Melhor longa – Festival de Miami) e
Mistério do Poço Azul.
Em paralelo ao universo dos filmes, Alexandre atua como instru-
mentista e compositor, tendo cinco álbuns lançados.
EDUARDO SEMERJIANNarrador
Ator em teatro, cinema e TV, Eduardo Semerjian participou de 22 mon-
tagens em teatro. Entre elas estão Hamlet - como Rei Cláudio - com
direção de Ron Daniels; 12 Homens e uma sentença, de Eduardo To-
lentino de Araujo, no Grupo Tapa; O Despertar da Primavera, musical
dirigido por Charles Moeller e Cláudio Botelho; e O Fingidor, escrito
e dirigido por Samir Yazbek.
Em cinema, recentemente terminou a 1ª fase das filmagens de Su-
pernova, de Guilherme Tensol, e também esteve em Blindness, de
Fernando Meirelles; Meu País, de André Ristum; Olga, de Jayme Mon-
jardim; Nina, de Heitor Dhalia; entre outros longas e vários curtas
metragens.
Em TV, participou de produções em diversas emissoras; sendo seus
principais trabalhos em Rei Davi, pela Record; e Maysa, de Jayme Mon-
jardim, fazendo André Matarazzo, na Rede Globo. Recentemente par-
ticipou do seriado O Negócio, de Michel Tikhomiroff, que irá ao ar em
junho deste ano na HBO.
ClÁUDIO MIChElETTIViolino
Formado em 2004 pela Liszt Ferenc Academy of Music de Budapeste,
na Hungria, Cláudio Micheletti é spalla da Orquestra Experimental de
Repertório e da Orquestra Sinfônica da USP.
Após o início dos estudos na Escola de Música de Piracicaba em
1986, foi aluno de Elisa Fukuda e por oito anos ocupou o posto de
spalla da Camerata Fukuda. Formou-se em violino Unesp (Universi-
dade Estadual Paulista), como aluno de Ayrton Pinto.
Ganhador do II Premio do X Concurso Eldorado de Música Eru-
dita-1999, venceu também os concursos Jovens Solistas da Osesp e
do Jovens Solistas da Orquestra Experimental de Repertório, por três
anos consecutivos.
Como solista, esteve à frente de grupos como a Osesp, Camerata
Fukuda, Experimental de Repertório, Sinfônica de Campinas, Sinfônica
de Minas Gerais, Sinfônica de São José dos Campos, Orquestra de Câ-
mara Brasiliana, Filarmônica do Rio de Janeiro, Orquestra de Câmara
da Unesp, Camerata de Jundiaí, entre outras.
Como camerista, integrou o Quarteto Camargo Guarnieri e atuou
como convidado do Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo.
A convite de Osvaldo Lacerda gravou peças para violino do
compositor.
Desde o início de 2008 Cláudio Micheletti é professor de violino
na Faculdade Cantareira.
theatro municipal de são paulo_cinema em concerto_temporada 2013_pg 22
CineMa eM ConCerto – 20 anosregente e idealizador do Cinema em ConcertoJamil Maluf Direção de Produção e CuradoriaAlexandre Guerra Produção executiva Mário Di Poisupervisão técnica Rafael BenvenutiMontagemNani Garcia Gustavo Giani
orQUestra eXPeriMentaL De rePertÓrio
regente titularJamil Malufregente assistenteThiago Tavares
Primeiros violinosCláudio Micheletti (Spalla)Ana Rebouças GuimarãesCaik RodriguesGabriela FogoJessé Xavier ReisJonas Alves de SouzaLucas Oliveira da SilvaMatheus BaiãoRamon Rodrigues de AndradeRenato Pereira Rodolfo Guilherme da SilvaRômulo MoreiraThais MoraisWallace Bispo Wellington RebouçasWillian Gizzi segundos violinosLuis Fernando Dutra (Monitor)Alexandre BrittoAnanda FukudaCaio Paiva dos SantosDanilo Alves Diego Adinolfi VieiraDiogo Amorim SilvaDouglas AraújoEvaldo Alves
Fernanda Garcia Gabriel Nunes de OliveiraKarin HigaPaulo Galvão Renan GonçalvesRicardo GaldinoWagner FilhoViolasEstela Ortiz (Monitora)Bruno RochaCatarina Schmitt RossiGustavo AssumpçãoJennifer Cardoso Joel AlvesMauro Koiti ShimadaPedro FlorenceRodrigo Ramos Thiago Neres VioloncelosJúlio Cerezo Ortiz (Monitor)Agton dos SantosDouglas PereiraElton AraújoJonatas PereiraLuiz Sena Patrícia Rezende VanuciRafael de Caboclo Rodrigo PradoYgor GhensevContrabaixosAlexandr Iurcik (Monitor)Adriano Costa ChavesDaniel CamargoFernando TostaGustavo QuintinoHaran Magalhães Júlio Nogueira Marcos MagniFlautasMarcos Kiehl (Monitor)Aline VianaDanilo Crispim Felipe ManczoboésRodolfo Hatakeyama (Monitor)Gabriel P. MarcacciniGutierre MachadoRafael Felipe
ClarinetesAlexandre F. Travassos (Monitor)Evandro Alves Felipe ReisGleyton Ladislau FagotesJosé Eduardo Flores (Monitor)Ana Paula AdorroMatheus Parizon AmaralSandra RibeirotrompasWeslei Lima (Monitor)Álvaro BragaEdson R. NascimentoEric SilvaGerson PierottiWesley MedeirostrompetesLuciano Melo (Monitor)Mauro Stahl JúniorMichel MachadoRoger BritotrombonesJoão Paulo Moreira (Monitor)Arthur da Silva Rita Hélio GóesIgor Bueno da SilvaMaurício LundgrentubaSérgio Teixeira (Monitor)PianoLucas Gonçalves (Monitor)HarpaSoledad Yaya (Monitora)PercussãoRichard Fraser (Monitor)Arturo Uribe PortugalMónica Navas Rosângela Rhafaelle Thiago Lamattina
CoordenadorRonaldo Ribeiro Mariano Chefe administrativaAna Paula MaselliinspetoraRaquel RosaarquivistaBruno Lacerda
MontadoresMárcio Cavalcante BessaWellington Nunes Pinheiro
PreFeitUra Do MUniCÍPio De sÃo PaULo
PrefeitoFernando Haddadsecretário Municipal de CulturaJuca Ferreira
FUnDaÇÃo tHeatro MUniCiPaL De sÃo PaULo
DireÇÃo GeraLDiretorJosé Luiz Herenciaassessores técnicosMaria Carolina G. de FreitassecretáriaAna Paula Sgobi MonteiroCerimonialEgberto CunhaMaria Rosa Tarantini Sabatelli
DireÇÃo artÍstiCaDiretorJohn Neschlingassessoria Direção artísticaStefania GambaLuís Gustavo PetrisecretáriaEni Tenório dos SantosCoordenação de Programação artísticaJoão MalatianFigurinista residenteVeridiana PiovezanProdutora de FigurinosFernanda CâmaraDiretora Cênica residenteJuliana SantosCastingSérgio Spina
arQUiVo artÍstiCoCoordenadoraMaria Elisa P. PasqualiniassistenteCatarina Fernandes OliveiraarquivistasGiancarlo CarretoJosé ConsaniLeandro José SilvaLeandro LigockiCopistaAna Cláudia Oliveira
Centro De DoCUMentaÇÃoChefe de seçãoMauricio StoccoequipeLumena A. de Macedo Day
DireÇÃo De ProDUÇÃoDiretoraAline SultaniassessorCharles BosworthPergy GrassiCoordenadora de ProjetosVioleta Saldanha Kubrusly
ProDUÇÃo eXeCUtiVaCoordenadoraCristiane SantosProdutoresRosa CasalliGabriel Baroneassistentes de produçãoAelson LimaPedro Guida
PaLCoDiretor de PalcoRonaldo ZeroChefe da CenotécnicaAníbal Marques (Pelé)Chefe de PalcoSidnei Garcia da Fonseca (Sidão)técnicos de PalcoAntonio Carlos da SilvaEdival DiasEdson Astolfi
Jesus Armando BorgesJoão Batista B. da CruzJoceni Serafim (Tatau)Jorge R. do Espírito SantoJosé Muniz RibeiroLourival Fonseca ConceiçãoLuis Carlos LeãoRodrigo NascimentoWilson José LuisassistentesElisabeth de PieriIvone DucciContrarregrasAlessander de OliveiraRodriguesBruno FariasCarlos BessaDiogo ViannaJulio de OliveiraMarcelo BessaMarcelo Luiz FrosinoPiter SilvaChefe de somSérgio Luis Ferreiraoperadores de somGuilherme RamosKelly Cristina da SilvaChefe de iluminaçãoCarmine D'AmoreiluminadoresAnselmo PlazaEduardo Vieira de SouzaIgor Augusto de OliveiraRafael PlazaValeria Regina LovatoYuri MeloCamareirasAndréa Maria de Lima DiasIsabel Rodrigues MartinsLindinalva Margarida CelestinoMaria Gabriel MartinsNina de MelloRegiane Bierrenbach
theatro municipal de são paulo_cinema em concerto_temporada 2013_pg 24
CentraL De ProDUÇÃo – CHiCo GiaCCHieriCoordenação de CosturaElisa Gaião PereiraCoordenadora de FigurinoMarcela de Lucca M. DutraassistenteIvani Rodrigues UmbertoexpedienteJosé Carlos SouzaJosé LourençoMarcela de Lucca M. DutraPaulo Henrique Souza
DireÇÃo De GestÃoDiretoraAna Flávia Cabral Souza LeiteassessorasLais Gabriele WebersecretáriaOziene Osano dos Santos
nÚCLeo JUrÍDiCoassessoraCarolina Paes Simãoassistente JurídicoJoão Paulo Alves Souza
assistÊnCia aDMinistratiVaSonia Gusmão de LimaAlexandro Robson BertonciniEsmeralda Rosa dos Prazeres
seÇÃo De PessoaLCleide Chapadense da MotaJosé Luiz P. NocitoSolange F. Franca ReisTarcísio Bueno CostaParceriasSuzel Maria P. Godinho
ContaBiLiDaDeAlberto CarmonaCristiane Maria SilvaDiego SilvaJocileide Campos F. AlbanitMarcio Aurélio Oliveira CameirãoThiago Cintra de Souza
CoMPras e ContratosGeorge Augusto dos SantosRodriguesJosé Pires VargasMarina Aparecida B. AugustoVera Lucia Manso
CorPos estÁVeisPaula Melissa NhanJuçara Aparecida de OliveiraRicardo Luiz dos Santos
inFraestrUtUraMarly da Silva dos SantosAntonio Teixera LimaCleide da SilvaEli de OliveiraEva RibeiroIsrael Pereira de SáLourde Aparecida F. RochaLuiz Antonio de MattosMaria Apª da Conceição LimaNelsa Alves F. F. da SilvaPedro Bento Nascimento
inForMÁtiCaRicardo Martins da SilvaRenato DuarteestagiáriosEmerson de Oliveira KojimaVictor Hugo A. Lemos
arQUitetUraLilian JahaestagiáriosMarina CastilhoVitória R. R. dos Santos
seÇÃo tÉCniCa De ManUtenÇÃoEdisangelo Rodrigues da RochaAilton Lauriano FerreiraNarciso Martins LemeRegina Célia de Souza FariaestagiárioVinícius LealCopaOlga BritoTherezinha Pereira da Silva
aÇÃo eDUCatiVaAureli Alves De AlcântaraCristina Gonçalves NunesMaria Elizabeth P. M. GaiaestagiáriosAbner Rubens de OliveiraAlana dos Santos SchambaklerAlessandra Noronha da SilvaAlex de Carvalho MattosBeatriz Santana FerreiraDanilo Costa GusmãoElizabeth Costa MarcolimoHelena ArianoLarissa Lima da PazLetícia EpiphanioSandra Brito da SilvaSelma Eleutério de SouzaStefan Barbosa de Oliveira
CoMUniCaÇÃoeditorMarcos FecchioassessoriaAna Clara Lima GasparElisabete Machado
ProGraMaDesign Kiko Farkas/ Máquina EstúdioDesigners assistentesAndré KavakamaRoman Iar AtamanczukatendimentoMichele AlvesimpressãoImprensa Oficial do Estado de São Paulo
co-realização
apoio cultural
MUNICIPAl. O PAlCO DE SÃO PAUlO