textos sobre o foral de vieira do minho

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Page 1: Textos sobre o foral de vieira do minho

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Textos produzidos pelos alunos do 1.º ciclo.

Page 2: Textos sobre o foral de vieira do minho

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Aqui se apresenta um conjunto de textos, elaborados pelos

alunos dos 3.º e 4.º anos de escolaridade do Agrupamento de

Escolas Vieira de Araújo.

Estes alunos responderam positivamente ao concurso

literário, promovido pela Câmara Municipal, numa iniciativa de

comemorar os 500 anos da assinatura da Carta de Foral do

Concelho de Vieira do Minho.

Os textos foram produzidos recorrendo à informação

transmitida pela Biblioteca Escolar, a pesquisas pessoais dos

alunos e à colaboração dos encarregados de educação.

Estão todos de parabéns!

Page 3: Textos sobre o foral de vieira do minho

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Os 500 anos do foral de Vieira do Minho

A 15 de novembro de 2014 comemoram-se os 500 anos do foral do Vieira do Minho.

Há 500 anos atrás, D. Manuel I, saiu de Lisboa na sua carruagem, puxada pelos seus

cavalos reais, disposto a entregar o Foral às terras de Vernária.

Ao longo do seu percurso atravessou as ruas de Lisboa, os rios de todo o país, as

estradas romanas e os caminhos em terra, viajou em carruagens, cavalos e barcas. Instalou-

se em hospedarias para pernoitar durante a viagem até Vernária, e também na viagem de

regresso.

Chegado à Vernária, D. Manuel I dirigiu-se à Assembleia dos Homens-Bons, que eram

os homens mais importantes e populares do concelho, e entregou a Carta de Foral, que

representava Vernária. Lá, D. Manuel I foi convidado para um banquete onde havia um pouco

de tudo, de todos os produtos tradicionais da terra, como por exemplo: milho, carne de vaca e

de porco e vários tipos de peixes do rio.

D. Manuel I viajou de Lisboa até à Vernária para que o Foral pudesse ser entregue e

Vernária passasse a ser um concelho.

Passaram 500 anos, Vernária agora chama-se Vieira do Minho!

Diana Filipa – 3.º ano – EB de Rossas

Minho.

Há 500 anos atrás, D. Manuel I, saiu de Lisboa na sua carruagem, puxada pelos seus

cavalos reais, disposto a entregar o Foral às terras de Vernária.

Ao longo do seu percurso atravessou as ruas de Lisboa, os rios de todo o país, as

estradas romanas e os caminhos em terra, viajou em carruagens, cavalos e barcas. Instalou-

se em hospedarias para pernoitar durante a viagem até Vernária, e também na viagem de

Page 4: Textos sobre o foral de vieira do minho

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A viagem até Lisboa

Num dia ventoso de outono, alguns moradores da Vernária reuniram para discutir sobre quem

iria buscar a Carta de Foral, ao castelo do rei D. Manuel I, a Lisboa.

O senhor João, que era agricultor muito abastado disse:

- Eu posso emprestar os meus cavalos!

- E eu posso emprestar a minha carruagem! – acrescentou o senhor José, que era o nobre da

terra.

No entanto, ainda faltava decidir quem iria buscar a Carta de Foral a Lisboa. Então,

resolveram fazer uma reunião com todos os habitantes da Vernária. A reunião realizou-se numa

tarde de sábado, num largo do lugar do Mosteiro. Ela demorou cerca de duas horas, porque foi muito

difícil escolher os cinco representantes. Por fim, foram escolhidos os cinco elementos dos vários

lugares da Vernária.

No dia seguinte, começaram os preparativos para a viagem, que poderia demorar mais que

uma semana. Foram preparados dois cavalos fortes para puxar a carruagem, também arranjaram

umas cestas com alimentos para as pessoas que iriam na viagem. Também levaram alimentos para

os cavalos.

Numa madrugada chuvosa, iniciou-se a viagem até Lisboa. Na carruagem, os homens

conversavam sobre o que diriam ao rei, quando estivessem na presença dele.

Um dos homens perguntou:

__ Será que o rei nos vai receber, ou vai mandar um representante?

Os outros homens não souberam responder, mas gostavam de ser recebidos pelo próprio rei.

A viagem seguiu com alguns incidentes, devido ao tempo, pois estava nevoeiro, e ao estado

do caminho, porque era de terra e tinha muitas pedras.

No dia 11 de novembro, ao fim do dia, os representantes da Vernária chegaram a Lisboa. Eles

foram procurar um abrigo para descansar e para fazer as refeições.

Nos dias que faltavam para a cerimónia, os senhores decidiram conhecer a cidade de Lisboa.

Percorreram as ruas e admiraram a beleza das casas, dos monumentos e adoraram ver as

carruagens que passavam nas estradas da cidade.

De manhã cedo, do dia 15 de novembro, seguiram muito vem vestidos até ao palácio onde

estava o rei D. Manuel I. Quando entraram, ficaram maravilhados com a riqueza das salas, muito

bem decoradas com belíssimos tapetes e loiças riquíssimas.

Finalmente foram recebidos pelo, rei que lhes entregou a Carta de Foral, e lhes dirigiu

algumas palavras de agradecimento.

Os homens regressaram à terra muito satisfeitos e ansiosos por mostrar o documento a todos

os habitantes do novo concelho da Vernária.

Turma 3.º C – Centro Escolar do Cávado

Page 5: Textos sobre o foral de vieira do minho

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A viagem no tempo

Um dia fui a um museu, onde avistei uma máquina do tempo e decidi viajar no tempo.

Viajei 800 anos para trás, até ao reinado de D. Afonso Henriques.

As suas armas eram de prata, com um ramo de castanheiro folhado.

Também descobri que Vieira do Minho tinha o nome de Vernária.

Fiquei curioso e resolvi ir até ao reinado do rei D. Manuel I. Eu fui-lhe apresentado e ele,

muito amável, insistiu que eu dormisse lá. A meio da noite ouvi um tim tim e percebi logo que

eram pessoas a lutar com espadas. Levantei-me logo da cama e derrotei-os num ápice.

Após a batalha vi que D. Manuel estava um bocado abatido. Fui ao pé dele e perguntei-

lhe o que se passava. Ele disse que precisava de uma mulher para ter um sucessor ao trono.

E assim surgiu o próximo rei de Portugal.

O vestuário dos nobres e do clero era muito esbelto, o do povo era muito antiquado.

Senti-me deslocado naquele ambiente e resolvi regressar à época atual.

Vítor Teixeira, 4.º ano – EB de Guilhofrei

Diana Filipa – 3.º ano – EB de Rossas

Page 6: Textos sobre o foral de vieira do minho

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D. Manuel I

D. Manuel I, rei de Portugal, da casa de Avis, na segunda dinastia, foi o 14.º monarca português,

conhecido como o Venturoso, o Bem-Aventurado ou o Afortunado.

Nasceu em Alcochete, uma vila perto de Lisboa em 1469 e morreu em Lisboa no ano de 1521.

Nono filho dos Infantes D. Fernando, 2.º duque de Viseu, e de D. Beatriz, casou três vezes,

com D. Isabel, filha dos reis católicos e viúva do príncipe D. Afonso. Com a morte da rainha, por parto,

casou em segundas núpcias com a infanta D. Maria de Castela, irmã de D. Isabel, com quem teve dez

filhos, além do primeiro filho, da sua anterior mulher. De novo viúvo, casou com a infanta D. Leonor,

tendo mais dois filhos.

Com a morte de D. Afonso, D. Manuel I foi aclamado como o seu legatário ao trono, em 1495.

O reinado de D. Manuel I: a política do rei D. Manuel I foi uma linha de continuação dos

anteriores governos. Prosseguiu com as campanhas de exploração ultramarina portuguesa,

expedições determinantes para a expansão do império e que levaram às descobertas do Brasil por

Pedro Álvares Cabral, em 1500, do caminho marítimo para a Índia por parte de Vasco da Gama, em

1498 e das Malucas pelo almirante D. Afonso de Albuquerque, em 1511.

Recebeu igualmente, do seu antecessor, um governo poderoso, centralizado com uma forte

tendência o absolutismo.

Outra das políticas implementadas durante o reinado do D. Manuel I foi focada no âmbito

religioso. Foi um grande impulsionador da construção de igrejas e mosteiros, e aprovou evangelização

nas novas terras colonizadas, através das missões católicas. Contudo, a política mais conhecida foi a

determinação feita em 1496 de expulsar todos os judeus e os muçulmanos, que não considerassem a

conversão religiosa. Ao que parece, esta decisão política formava parte do acordo de casamento com

Isabel de Aragão, sendo assim uma forma de agradar aos reis católicos. Esta política de mínima

tolerância com outras religiões levou, finalmente, a estabelecer a Inquisição em Portugal, em 1515.

Todas as reformas contribuíram para a constituição de edificações reais, que deram conta da

grandeza e do crescimento económico do império.

A sua consagração veio com a implantação do chamado manuelino, mesmo que tenha sido

começado anteriormente, veio a encontrar nas aspirações de D. Manuel I o melhor representante do

seu discurso. Também chamado de estilo gótico português tardio ou flamejante, as características

principais são a exuberância das formas, implementadas sobretudo em arquitectura, decoração e

escultura. O estilo manuelino foi desenvolvido em todo o território nacional, deixando-nos importantes

exemplos.

O termo Manuelino foi introduzido pela primeira vez na notícia histórica e descritiva do Mosteiro

de Belém, data de 1842.

O rei D. Manuel I foi o primeiro monarca assumir o título de Senhor do Comércio, da Conquista

e da Navegação da Arábia, da Pérsia e da Índia.

Beatriz Oliveira - Escola Básica de Rossas (4.º ano)

Page 7: Textos sobre o foral de vieira do minho

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Entrega do Foral

D. Manuel I

Era rei de Portugal

No ano de 1514

À Vernária atribui o Foral.

Para o receber

Foram homens importantes,

Do concelho saíram

Todos confiantes.

Deslocaram-se a Lisboa

Numa carruagem,

Era puxada por cavalos

E assim fizeram a viagem.

Percorreram caminhos de terra

E também estradas romanas.

Mas para atravessar os rios

Utilizaram barcas planas.

Para pernoitar

Às hospedarias recorriam

Depois de uma noite descansar,

No outro dia seguiam.

Quando a barriga dava horas

Paravam para a alimentação.

Era pouco variada

Com sopas, alguma carne e pão.

Foram ter com o D. Manuel I

Quando a Lisboa chegaram.

Este entregou-lhes o Foral

E depois à Vernária regressaram

Beatriz Antunes Mota - 4.º B – Escola Básica de Rossas

Page 8: Textos sobre o foral de vieira do minho

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Foral de Vieira do Minho

O rei D. Manuel l

O foral concedeu

A terras de Vernária

E o povo agradeceu.

A história de Vieira

Uma história com foral

Venham todos conhecer

Esta maravilha de Portugal.

Vieira do Minho, linda terra

O foral vai comemorar

Um documento tão antigo

Que temos de preservar!

No reinado de D. Manuel

O nosso concelho nasceu

Este rei, o venturoso

Que Vieira não esqueceu!

Vamos todos celebrar,

Quinhentos anos do foral

Viva a nossa terra

Com uma beleza sem igual!

Vitória Sofia - 4º ano – EB de Guilhofrei

Page 9: Textos sobre o foral de vieira do minho

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Foral de Vieira do Minho

No Século XVI o concelho

De Vieira do Minho

Chamava-se Vernária,

E era constituído por uma menor área.

Na época medieval a monarquia

É que reinava.

O Rei ordenava

E a rainha a isso o ajudava.

Foi a carta do foral,

Concedida aquela aldeia tranquila,

Há 500 anos atrás,

Que possibilitou

A transformação nesta bela vila.

Tanto tempo passou

E tanta coisa mudou!

Vieira do Minho está desenvolvida

E com muita mais vida.

João Pedro Costa Barbosa - 4ºAno

EB de Guilhofrei

Page 10: Textos sobre o foral de vieira do minho

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Foral de Vieira do Minho

Em 1498, Vasco da Gama descobriu o caminho marítimo para a Índia.

Em 1500, Pedro Álvares Cabral descobriu o Brasil.

É durante o reinado do rei D. Manuel I que surge o estilo manuelino, com motivos

inspirados nas viagens marítimas e no mar. O estilo reflete a ostentação da riqueza que

nessa época Portugal detinha.

Há registos do consumo relevante de milho durante a Idade Média. Naquela

época era comum o consumo de sopas, pois era um alimento quente, que auxiliava na

manutenção da temperatura, principalmente nos períodos de inverno. Geralmente

cozinhava-se uma carne (que era conservada salgada) em água fervente, juntando

algum cereal pilado, para ser transformado em farinha (muito comum, o milho, além de

alguns legumes).

Sofia Rebelo, 4.º ano – EB de Guilhofrei

Page 11: Textos sobre o foral de vieira do minho

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Aquela época

Quando eu era jovem e tinha 18 anos assisti a um dos momentos mais importante de Vieira

do Minho. Decorria o ano de 1514, quando o rei D. Manuel I atribuiu o foral a esta nossa bonita

vila, situada junto à bela serra da Cabreira.

Nessa altura, Vieira do Minho chamava-se Vernária e era constituída pelas terras de

Cantelães, Eira Vedra, Mosteiro, Pinheiro, Tabuaças, Vieira do Minho e Vilarchão.

O rei quando atribuiu a Carta de Foral tinha como principais objetivos:

- Autorizar uma localidade a tornar-se concelho.

- Definir a dimensão, a sua administração e os privilégios desse território.

- Definir direitos e deveres dos habitantes do concelho.

- Conceder terras baldias para o uso coletivo da comunidade, regular impostos, portagens,

multas; estabelecer direitos de proteção e obrigação militares para serviço real.

Nessa altura viviam-se as grandes descobertas, com a descoberta da Índia e do Brasil.

Foi nessa altura que também se construíram importantes monumentos nacionais como a

Torre de Belém e o Mosteiro dos Jerónimos.

As principais autoridades eram os juízes, que aplicavam a justiça, os mordomos que

recebiam os impostos e a Assembleia dos Homens- Bons ( os homens mais importantes do

concelho). O local onde se reuniam chamava-se Casa do Município.

A pessoa mais importante era o alcaide que representava o rei e era também chefe militar.

A autonomia do concelho era representada por um símbolo que era o pelourinho.

Nesta época, a sociedade era composta pela nobreza (reis, rainhas, príncipes e princesas),

clero (religiosos), povo e soldados.

As principais atividades económicas desenvolvidas em Portugal eram: a agricultura, o

comércio e a pesca, sendo a agricultura a principal atividade que se praticava na nossa região.

Para ir numa deslocação utilizavam o cavalo e os mais ricos usavam a carruagem, no

entanto, a maioria das pessoas andavam a pé.

Foi importante para mim ter testemunhado este acontecimento e ter ficado a conhecer

aquela época.

Guilherme Ribeiro, 4.º ano – EB de Guilhofrei

Há 500 anos atrás, D. Manuel I, saiu de Lisboa na sua carruagem, puxada pelos seus

cavalos reais, disposto a entregar o Foral às terras de Vernária.

Page 12: Textos sobre o foral de vieira do minho

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Os 500 anos de Foral de Vieira do Minho

No ano de 1514, Vieira do Minho tinha o nome de Vernária e era constituída pelas terras de

Cantelães, Eira Vedra, Mosteiro, Pinheiro, Tabuaças, Vieira do Minho e Vilarchão.

As armas: escudo de prata com um ramo de castanheiro folhado e troncada de verde

frutado de ouro, com ouriços abertos de vermelho, acompanhados por duas espigas de trigo de

verde, atadas de vermelho em ponta. Em chefe três vieiras realçadas de ouro em faixa. Em contra

chefe duas faixas ondadas de azul. Coroa modal de quatro torres. Listel branco com as letras a

negro: Vieira do Minho.

Bandeira esquartelada de amarelo e negros cordões e borlas de ouro e de negro. Haste e

lança dourados.

A Carta de Foral é o documento que autorizava uma localidade de se tornar concelho. Era

também onde estavam escritos os direitos e deveres dos habitantes do concelho.

Autoridades do concelho:

- os juízes, que aplicavam a justiça;

- os mordomos, que recebiam os impostos;

- a Assembleia dos Homens Bons, que eram os homens mais importantes do concelho,

tratavam dos assuntos de interesse geral e elegiam os juízes e os mordomos. Reuniam na Casa

do Município.

- o rei fazia-se representar nos concelhos através de um alcaide, que era também o chefe

militar.

Símbolo de autonomia era o pelourinho.

Durante o reinado do rei D. Manuel I, foram feitas importantes viagens marítimas que

engrandeceram a história de Portugal.

Sofia Rebelo Fernandes, 4.º ano – EB de Guilhofrei

Há 500 anos atrás, D. Manuel I, saiu de Lisboa na sua carruagem, puxada pelos seus

cavalos reais, disposto a entregar o Foral às terras de Vernária.

Page 13: Textos sobre o foral de vieira do minho

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Os 500 anos do Foral

No dia 15 de novembro de 1514, D. Manuel I saiu de Lisboa, numa carruagem

dirigida por dois cavalos brancos, que pertenciam à corte, destinado à Vernária.

Durante a sua viagem, D. Manuel I passou por estradas romanas, percorreu as ruas

de Lisboa e da Vernária e embarcou em navios e barcas para atravessar os rios.

Quando chegou ao seu destino, Vernária, foi recebido pelo povo, que lhe ofereceu

produtos tradicionais do concelho, como milho, carne de vaca, porco e carneiro, peixe e

outros produtos da região. De seguida, D. Manuel I dirigiu-se para a Assembleia dos

Homens Bons, que eram os homens mais importantes e populares do concelho, a quem

entregou o Foral.

D. Manuel I percorreu caminhos de terra, estradas romanas, frequentou

hospedarias e atravessou rios para entregar o Foral a representar Vernária.

No dia 15 de novembro de 2014 faz 500 anos que o rei D. Manuel I entregou o Foral

à Vernária, que hoje em dia chamamos Vieira do Minho.

Jéssica Ribeiro – 4.º ano – EB de Rossas

Há 500 anos atrás, D. Manuel I, saiu de Lisboa na sua carruagem, puxada pelos

seus cavalos reais, disposto a entregar o Foral às terras de Vernária.

Ao longo do seu percurso atravessou as ruas de Lisboa, os rios de todo o país, as

estradas romanas e os caminhos em terra, viajou em carruagens, cavalos e barcas.

Page 14: Textos sobre o foral de vieira do minho

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Foral de Vieira do Minho

Em 1514, D. Manuel I concedeu o foral a Vieira do Minho e também a Rossas.

As pessoas foram a cavalo ou de barco buscar o foral, pois ele era muito importante,

e ainda hoje é.

A Carta de Foral era um diploma régio de direito público, usada para cimentar

os pedidos do soberano, ou então, a pedido dos moradores, embora os bispos, as

ordens religiosas, as ordens militares e senhores feudais também tivessem o mesmo

privilégio.

O rei com a sua autoridade outorgava assim, um documento destinado a

regular a vida coletiva, económica, fiscal, social e judicial de uma povoação, passando

a ser a lei dessa comunidade de Homens Bons e Livres.

Há 500 anos, os pobres pertenciam ao Povo, os padres e os bispos pertenciam

ao Clero e os reis e príncipes pertenciam à Nobreza.

O povo trabalhava nos campos, o clero rezava e celebrava a missa e os nobres

eram os que viviam no castelo e comiam banquetes, enquanto o povo só comia uma

sopa. Para alguns nobres havia uma coroa diferente.

Há muito tempo a Península Ibérica foi habitada por vários povos, que

construíram vários monumentos, pois simbolizavam o tempo de antigamente.

No tempo em que o foral foi entregue era assim que se vivia.

Cláudia Isabel Fernandes Lobo, 4.º ano

Escola Básica de Rossas

Page 15: Textos sobre o foral de vieira do minho

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Foral de Vieira

Em 1514, ano de satisfação

Para o povo de Vieira

Que viveu grande emoção

Com a atitude do rei.

O que o povo tanto desejava

Finalmente aconteceu

A terra recebeu o foral

E ao rei agradeceu.

Em todo o concelho reinava,

Muita satisfação e alegria.

Todo o povo suspirava,

E mudou o seu dia-a-dia.

D. Manuel I neste concelho

Absolutamente tudo mudou,

A partir do grande momento

Em que o foral assinou.

A nossa linda terra

Foi concelho com Foral.

O povo muito se orgulha

De pertencer a Portugal.

Jorge Costa, 3.º ano – EB de Guilhofrei

Page 16: Textos sobre o foral de vieira do minho

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Foral

D. Manuel I

É um rei

Que está a ser um cavalheiro

Como imaginei.

Foi para Lisboa,

Para receber o Foral.

Tem uma vida boa

Em cada local.

Era conhecido

Por Venturoso.

Que era

Sempre respeitado.

Todo o povo

O convidava para comer

E diziam:

“Manuel I não será mal criado”!

Bruna Gomes Araújo - 3.º ano, Escola Básica de Rossas

Page 17: Textos sobre o foral de vieira do minho

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Foral de Vieira do Minho

Estávamos no ano de 1514

No reinado de D. Manuel I.

Na esperança de Vernária ser concelho

Todos aguardaram o mensageiro.

Foi-nos atribuído o Foral

Com os nossos direitos e deveres.

Uma carta muito, muito importante

Que nos deu muitos afazeres.

Lá fomos nós até Lisboa

Buscar a preciosa carta.

Uma viagem demorada

Que de aventuras foi farta.

Fomos 4 homens bons

Pois eram difíceis as viagens,

Haveria perigo constante

Sendo o pior as pilhagens.

A viagem foi feita a cavalo

Por caminhos de terra batida.

O pior era quando chegava a noite,

Era difícil arranjar dormida.

Page 18: Textos sobre o foral de vieira do minho

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Chada a primeira noite

Em Braga, estávamos a passar.

Procuramos uma hospedaria

Que nos desse um bom manjar

Foi uma tarefa difícil

Pois eram poucas hospedagens

Para colher homens e animais

Nas suas longas viagens.

Mas lá encontramos uma casa

Que nos deu cama e comida,

Para nós e para os nossos cavalos,

Foi uma noite bem dormida.

Chegada a luz do dia

Continuamos a nossa viagem,

Esperando não encontrar problemas

Até a próxima paragem.

Chegamos ao rio Ave

E a ponte romana atravessamos,

Outros rios se seguiram

Em que uma ponte não encontramos.

Page 19: Textos sobre o foral de vieira do minho

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Para passar o rio Douro

A barca tivemos de utilizar.

Levava pessoas e animais

E mais o que se quisesse transportar.

Nos restantes dias

Até chegar a Lisboa

Mais dois rios passamos

E tinham ponte, coisa muito boa.

Os rios Vouga e Mondego

E as paisagens que vimos

Completaram o caminho

E nenhum perigo sentimos.

Chegados ao castelo do rei

D. Manuel I foi bom anfitrião

Pudemos descansar da viagem

E receber uma boa refeição.

A hora de receber o Foral

Das mãos do nosso querido Rei

Foi uma alegria sem igual

Que para sempre recordarei.

Page 20: Textos sobre o foral de vieira do minho

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Seguiu-se a viagem de regresso

Outros nove dias de caminho.

Vai ser uma longa jornada

Ainda bem que não vou sozinho.

Voltamos a passar pontes,

Barcas e caminhos de terra.

Pensando na hora da chegada

À Cabreira, a nossa terra.

À chegada fomos recebidos

Com uma festa sem igual.

Todos quiseram comemorar

E apreciar o nosso Foral.

O banquete que nos prepararam

Tinha tudo com fartura:

Carne, batatas, pão e milho

Com música à altura.

O ano de 1514,

No dia 15 de novembro.

É um dia a recordar,

Dos mais importantes que me lembro.

André Andrade (4.º ano) – Escola Básica de Rossas

Page 21: Textos sobre o foral de vieira do minho

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Foral de Vieira do Minho

Há muitos anos uma senhora velhinha vivia em Vieira do Minho. Esta freguesia

tinha o nome de Vernaria e também era composta por algumas aldeias como

Cantelães, Eira Vedra, Pinheiro entre outras. Esta senhora pertencia à classe social

do povo onde quem mandava era D. Manuel I.

Neste tempo foram feitas muitas viagens importantes e até grandes

descobertas como a do caminho marítimo para a Índia e a descoberta do Brasil.

Também neste tempo foi criado um estilo, o manuelino que era inspirado no mar e

nas viagens. Em 1514, o rei Manuel I era chamado “ o Venturoso “, mas agora, já não

é mesma pessoa a governar. Atualmente, em 2014, é Cavaco Silva o presidente da

república.

Desde ai houve muitas mudanças como por exemplo em 1514 era monarquia e

agora é república.

Também neste tempo o vestuário era imensamente diferente ao de agora,

como mostram as seguintes imagens:

Há registros do consumo relevante de milho durante a Idade Média. Naquela

época era comum o consumo de sopas, pois além deste ser um alimento quente (o

que auxiliava na manutenção da temperatura, principalmente nos períodos de

inverno). Geralmente cozinhava-se uma carne (que era conservada salgada), em

água fervente, junto a algum cereal pilado para ser transformado em farinha (muito

comumente o milho), além de legumes.

Mariana Sousa – 4.º ano – EB de Guilhofrei

Page 22: Textos sobre o foral de vieira do minho

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A viagem

Eram seis horas da manhã, o sol ainda estava a nascer e a rua já estava cheia.

O Sr. Joaquim estava a dar as ordens aos seus homens, pois já estavam

atrasados. As carruagens já estavam completas de mantimentos para os longos

dias de viagem que os esperavam.

De Vernária até Lisboa, onde teriam à sua espera o rei, D. Manuel I, por muitas

ruas e cidades teriam de passar. A viagem estava no início e já os nervos eram

muitos.

Com tudo preparado, as carruagens aprumadas, os cavalos prontos e os

homens em posição, o Sr. Joaquim deu ordem de partida.

A viagem estava iniciada.

Ao fim de três longos dias de viagem tinham chegado a Lisboa. O encontro

com sua Alteza Real estava marcado para as 12h, no Terreiro do Paço.

Chegados lá, já tinham à sua espera a Corte Real. Muito apressadamente, o

Sr. Joaquim cumprimentou sua Alteza Real que, ao fim de longas horas de reunião,

concedeu à Vernária a condição de concelho.

O objetivo da viagem tinha sido concretizado e para felicidade da Vernária e do

Sr. Joaquim: Vernária era agora um concelho de Portugal!

Beatriz Pimenta – 4.º ano – EB de Rossas

Page 23: Textos sobre o foral de vieira do minho

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Carta de Foral

Uma Carta de Foral, ou simplesmente Foral, foi um documento real utilizado

em Portugal, que visava estabelecer um concelho e regular a sua administração,

deveres e privilégios. A palavra foral deriva a palavra portuguesa foro, que por sua

vez provém da latina fórum.

Os forais foram concedidos entre os séculos XII e XVI. Eram a base ou

estabelecimento do município e, desse modo, o evento mais importante da história

da vila ou da cidade. Era determinante para assegurar as condições de fixação e

prosperidade da comunidade, assim como no aumento da sua área cultivada, pela

concessão de maiores liberdades e privilégios aos seus habitantes.

O foral tornava um concelho livre de controlo feudal, transferindo o poder para

um concelho de vizinhos (concelho), com a própria autonomia municipal.

Por conseguinte, a população ficava direta e exclusivamente sob domínio e

jurisdição da coroa, excluindo o senhor feudal da hierarquia do poder.

O foral garantia terras públicas para o uso coletivo da comunidade, regulava

impostos e multas, e estabelecia direitos de proteção e deveres militares dentro do

serviço real.

Um pelourinho estava diretamente associado à existência de um foral. Era

erguido na praça principal da vila ou cidade, quando o foral era concedido e

simbolizava o poder e autoridade municipais, uma vez que era junto do pelourinho

que se executavam sentenças judiciais de crimes públicos, que consistissem em

castigos físicos.

Francisco – 4.º ano – EB de Rossas

Page 24: Textos sobre o foral de vieira do minho

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A nossa carta de foral

O rei D. Manuel I Era rei de Portugal.

No ano de 1514

Atribui-nos o foral.

Este rei era muito zeloso,

Construiu igrejas e mosteiros,

Porque era muito religioso,

E controlava os forasteiros.

Os habitantes da Vernária

A Lisboa foram procurar

O rei D. Manuel I

Para a Carta levar.

Tanto tempo passou,

Tanta coisa ofereceu,

Vieira do Minho mudou

E a Carta de Foral recebeu!

O povo muito se orgulha

Por Vieira ter Foral.

É a mais linda

Que nasceu em Portugal.

500 anos de Foral

Passaram rapidamente.

Dia 15 de novembro

Festejamos com toda a gente.

Em 2014

Com uma festa sem igual

Vamos todos festejar

Os 500 anos do Foral.

Luciana Campos – 4.º D – Centro Escolar do Cávado

Page 25: Textos sobre o foral de vieira do minho

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